segunda-feira, 28 de outubro de 2024 0 comentários By: Fred

{clube-do-e-livro} A Ilha Perdida (Coleção Vaga-Lume) Maria Jose Dupre



A Ilha Perdida (Coleção Vaga-Lume)
Maria Jose Dupre 

Este clássico da literatura juvenil brasileira narra as peripécias de Eduardo e Henrique, dois garotos em férias na casa do padrinho, que resolvem explorar uma ilha e acabam descobrindo que ela é habitada por um estranho eremita. A narrativa ágil, enfática na ação e no suspense, fisga o leitor logo nas primeiras páginas. Lançado há mais de 40 anos, o livro já abordava uma questão atual: o respeito à natureza.

De: Márcia Regina Munhoz
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{clube-do-e-livro} Como enfrentar o ódio: A internet e a luta pela democracia Felipe Neto





Como enfrentar o ódio: A internet e a luta pela democracia
Felipe Neto

Sinopse
Felipe Neto como você nunca leu. Ainda em 2009, Felipe Neto se tornou um fenômeno da internet no país. Seu conteúdo, agressivo mas bem-humorado, se direcionava inicialmente às tendências da época, mas logo se voltou também à política, em especial ao governo do Partido dos Trabalhadores (PT). No entanto, com o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, a crescente aproximação da extrema direita ao poder e o recrudescimento de discursos de ódio contra minorias, Felipe passou a questionar suas convicções.Em Como enfrentar o ódio, ele retrata seu processo de tomada de consciência política — tão semelhante ao de milhões de brasileiros — e o papel do ódio em sua vida, primeiro como força propulsora de sua carreira e depois como ferramenta de que ele próprio se tornou vítima, em especial durante o governo de Jair Bolsonaro. Entrelaçando sua história aos principais acontecimentos dos últimos quinze anos e oferecendo uma perspectiva única sobre a internet e seu papel na manipulação dos usuários, Felipe nos convida a usar a boa comunicação para combater o obscurantismo, o retrocesso e o ódio que assola a sociedade.



De: Márcia Regina Munhoz

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{clube-do-e-livro} Fascismo Eterno Umberto Eco




Fascismo Eterno
Umberto Eco

Publicado pela primeira vez em 1997, como parte do livro Cinco escritos morais, O fascismo eterno chega aos leitores em nova edição no momento de ascensão mundial do flerte com o fascismo. Segundo Umberto Eco, entre as possíveis características do Ur-Fascismo, o "fascismo eterno" do título, estão o medo do diferente, a oposição à análise crítica, o machismo, a repressão e o controle da sexualidade, a exaltação de um "líder", um constante estado de ameaça, entre outros. O fascismo, denuncia o autor, longe de ser apenas um momento histórico vivo na Itália, na Europa (e no Brasil) do século XX, é uma ameaça constante da nossa sociedade.



De: Márcia Regina Munhoz 

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{clube-do-e-livro} A linguagem do cinema: uma introdução


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Resumo: Este livro-texto, que tem estudantes de graduação e cinéfilos como público-alvo, procura oferecer uma visão panorâmica da cadeia produtiva do cinema: como se dá a divisão do trabalho no processo de se fazer um filme, o que faz cada setor de produção (fotografia, arte, som, montagem, roteiro, produção e direção) e como cada profissional dessa cadeia pode dar sua contribuição estética e criativa para o resultado final: o filme. O objetivo central da publicação é ajudar o leitor a compreender os processos responsáveis pela construção do significado no meio audiovisual, tanto do ponto de vista dos cineastas quanto da perspectiva do público. O livro funciona como um curso sobre a linguagem cinematográfica, uma espécie de armazém cheio de ferramentas que se constituem como recursos disponíveis aos cineastas para contar histórias em um meio audiovisual. A leitura do livro proporciona um passeio por esse armazém, durante o qual o leitor conhecerá algumas dessas ferramentas e suas funções. Ao fim de cada capítulo, é incluído um pequeno texto com dicas de leitura e sugestões de extras de DVDs (ou blu-rays) que podem ensinar ainda mais sobre o tema abordado. O autor, Rodrigo Carreiro, é professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCom) e do Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), além de coordenador do Laboratório de Pesquisa de Imagem e Som (Lapis), grupo de pesquisa do CNPq, vinculado ao PPGCom da UFPE.



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{clube-do-e-livro} A invenção do inimigo - História e memória dos dossiês e contradossiês da ditadura militar brasileira (1964-2001)



De: Márcia Regina Munhoz

A invenção do inimigo - História e memória dos dossiês e contradossiês da ditadura militar brasileira (1964-2001)


Resumo: "A invenção do inimigo - História e memória dos dossiês e contradossiês da ditadura militar brasileira" revela o processo político de elaboração, montagem e uso de dois arquivos. De um lado, a documentação que a ditadura militar organizou para perseguir os "inimigos da pátria". De outro, o arquivo da Comissão de Anistia reunido por vítimas do regime que sofreram inúmeras formas de perseguição política entre 1964 e 1985. A obra investiga as formas de construção, organização e apresentação dos modelos narrativos com pretensão de valor de verdade. Como o Serviço Nacional de Informações (SNI) montou seus arquivos? Quem foram os homens e mulheres perseguidos na história recente do Brasil? De que maneira circulavam os documentos secretos entre os órgãos das comunidades de informação e repressão da ditadura? Como foram organizados os arquivos que buscam contar a história das vítimas do regime? Essas são algumas das questões enfrentadas neste livro.

De: Márcia Regina Munhoz 

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sábado, 19 de outubro de 2024 0 comentários By: Fred

{clube-do-e-livro} Lançamento: Forças Sexuais da Alma - Jorge Andréa - Formatos : Pdf e txt

FOR�AS SEXUAIS
DA ALMA



JORGE ANDR�A DOS SANTOS

M�DICO. VICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS DOUTRIN�RIOS
DO INSTITUTO DE CULTURA ESP�RITA DO BRASIL.


FOR�AS SEXUAIS
DA ALMA



FEDERA��O ESP�RITA BRASILEIRA

DEPARTAMENTO EDITORIAL

Rua Souza Valente, 17
20941 � Rio-RJ � Brasil
e

Av. L-2 Norte � Q. 603 � Conjunto F
70830 � Bras�lia-DF � Brasil


4� Edi��o

Do 26� ao 35� milheiro

Capa de
JOS� LUIZ CECHELERO

B.N. 42.870
05-AA; 000.01-O; 3/1990
Copyright 1987 by

FEDERA��O ESP�RITA BRASILEIRA

(Casa-M�ter do Espiritismo)
Av. L-2 Norte Q.
603 Conjunto70830
Bras�lia-
DF Brasil
F
Composi��oOficinas do
e fotolitos das
Departamento Gr�fico da FEB
Rua Souza Valente, 17
20941 Rio-
RJ - Brasil
C.G.C. n� 33.644.85710002-84 I.E. n� 81.600J03

Impress�o e acabamento:
Editora Brasil-Am�rica (EBAL) S. A. � Tel: 580-0303

Impresso no Brasil

PRESITA EN BRAZILO


SUM�RIO

Pref�cio

9
Introdu��o

13

CAP�TULO 1

25

A Psique: Consciente e Inconsciente

27
Perisp�rito ou Psicossoma

33
Genes Cromossomiais

37

Refer�ncias

41

CAP�TULO II

43

V�rtices Espirituais: N�cleos em Potencia��o

45
N�cleos Psi-Sexuais e Correla��es com a Zona F�sica


51

Refer�ncias

85

CAP�TULO III

87

Gl�ndulas e Horm�nios Sexuais

89
P�lula Anticoncepcional. Controle da Natalidade

94
Horm�nios Sexuais e Perisp�rito

106

Refer�ncias

CAP�TULO IV

Intersexualismo.
za��o Sexuallismo

Refer�ncia

CAP�TULO V

111

113

Transexualismo e mudan�as de Polariem
face da Reencarna��o. Homossexua115
138

139

�xtase Sexual: Chamamento Reencarnat�rio, Maternidade,
Constru��o da Alma

141

Refer�ncias

158


Ao insigne pensador e sempre
presente mestre da experimenta��o
cientifica, Claude Bernard, dedicamos
este livro.


PREF�CIO (*)

De h� muito o nosso interesse cient�fico encontra-
se guindado para os arcanos do psiquismo.
Conseq�entemente, a energ�tica profunda (Esp�rito
ou zona Inconsciente), carregando mecanismos
complexos, tem-nos mostrado fontes espec�ficas a
traduzirem um grandioso manancial. Pelas suas
caracter�sticas, pelas efus�es de seus v�rtices e respectivos
reflexos na psique de periferia ou zona
consciente, pelos atributos dessas fontes nutridoras
da pr�pria vida, esbarramos com os conte�dos criativos
onde a energ�tica das for�as sexuais representa
a ess�ncia de todo esse mecanismo.

Sabemos das dificuldades de abordagem dessa
proposi��o pelos m�todos psicol�gicos conhecidos.
A avalia��o consciencial, aquela que � atributo de
nossa raz�o intelectual, ainda se mostra pouco eficiente
para o mergulho nas fontes dessas energias
espec�ficas do Esp�rito. Por isso, o tema em quest�o,
estribado na pesquisa psicol�gica por excel�ncia,
exigiu na busca intuitiva um vigoroso recurso.

(*) Nesta nova edi��o, ap�s 6 anos, pouca coisa foi
acrescentada. Procuramos mais bem elaborar algumas frases
com finalidade de propiciar mais f�cil entendimento dos
pensamentos. Assim, n�o houve, propriamente, modifica��es
de id�ias, as quais continuam em sua postura inicial. (Nota
do autor.)


Alhures, um dos iniciadores da psicologia din�mica
no campo cient�fico, Freud, ao perceber muitas
dessas for�as, criou o seu pr�prio campo psicol�gico.
Apesar de ser conhecida como psicologia din�mica
de profundidade, as anota��es freudianas limitaram-
se � periferia, no consciente, com percep��es
de alguns de seus desvios. Essa psicologia foi o resultado
do p�lido reflexo daquelas for�as internas
alcan�ando a zona consciente, porquanto o investigador
acreditava, exclusivamente, na exist�ncia do
trabalho ps�quico dos neur�nios. Tudo seria o resultado
e reflexo dos campos cerebrais.

Jung deu mais penetra��o a essa psicologia din�mica,
por�m envolveu-se num farto intelectualismo,
algumas vezes, improdutivo. Assim procederam
outros psicologistas, inclusive os considerados
modernos. Todos eles embara�aram-se por n�o
terem traduzido, na zona do inconsciente, o campo
espiritual onde se assestam as for�as da vida. Com
isso, n�o conseguiram entender muitos dos processos
do psiquismo, onde o mecanismo palingen�tico
constitui a viga mestra e possui a chave para a compreens�o
de sua fenomenologia b�sica.

Com a amplia��o das pesquisas e estudos n�o
s� psicol�gicos, mas, tamb�m, da fenomenologia parapsicol�gica,
os campos do psiquismo v�m apresentando
um imenso potencial, de vasto colorido,
onde muitos de seus �ngulos foram abordados pelos
agu�ados prop�sitos da Doutrina Esp�rita.

Nesse campo do psiquismo ainda movedi�o e
necessitando de conceitua��o, fizemos algumas incurs�es
possibilitadas pelo nosso trabalho cotidiano
nos arraiais da psiquiatria. Percebemos que as
for�as criativas, mais efetivas, encontram-se envol



vidas por feixes energ�ticos espec�ficos e que, pelo
modo de objetivarem as suas dissocia��es na zona
consciente, podem ser nomeadas de for�as sexuais
da alma.

Neste livro, tentamos a abordagem das for�as
sexuais do psiquismo de profundidade objetivando
e mesmo personificando o seu manancial din�mico.
Tivemos um categorizado aux�lio as expensas da
Lei Palingen�tica que nos possibilita bases seguras
na tradu��o dos complexos problemas atados as
fontes da vida.

Ao percebermos essas imensas for�as da alma
passamos a adapt�-las ao campo do entendimento
humano. Desse modo, tivemos que conceituar a tem�tica
em reduzidos esquemas, �nica possibilidade
para a nossa compreens�o intelectiva. Mesmo assim,

o assunto, em alguns �ngulos, ultrapassou a nossa
avalia��o.
O assunto foi abordado em seus �ngulos mais
efetivos, de modo sint�tico e, propositadamente,
sem amplia��es; procuramos evitar as correla��es
com assuntos afins, para n�o perdermos contacto
com o eixo principal da tem�tica.

Compreendemos o valor das energias sexuais e
seus imensos horizontes transfundidos e incorporados
na raz�o c�smica. Quanto o homem necessita
de caminhar, a fim de participar, conscientemente,
dessa transcendente mec�nica!... N�o mais se compreender�
o sexo estudado apenas em suas manifesta��es
perif�ricas, na organiza��o f�sica, mas,
tamb�m, em profundidade na busca de suas fontes
criativas.

A pot�ncia sexual da alma na zona consciencial,
em muitas de suas manifesta��es, pode ser


tamb�m erotismo. Mas, na intimidade de suas for�as,
existe de tudo que represente a ess�ncia da vida,
como a sabedoria, as virtudes do Esp�rito, o caminho
da perfei��o e do amor integral.

O Autor


INTRODU��O

Nos dias de hoje, as explica��es mais acess�veis
sobre o destino humano recaem no espiritualismo,
pela incapacidade que o setor materialista apresenta
de uma resposta l�gica ou, pelo menos, algo que
satisfa�a o pensamento inquieto do mundo moderno.


O destino humano fica, assim, atado ao problema
sobreviv�ncia, onde a energ�tica espiritual imortal,
de per�odo em per�odo, vari�vel com a evolu��o
de cada ser, retorna ao mundo corp�reo, arcabou�o
ideal � evolu��o da individualidade.

Sem esse pensamento ficamos em campo reduzid�ssimo
e sem explica��es para os problemas que
est�o reclamando uma resposta. A individualidade
a�ambarcaria uma totalidade, seria o ser integral
constru�do atrav�s de imensas viv�ncias nos campos
f�sicos (personalidades) que ocupa. A energ�tica
espiritual, individualidade ou esp�rito, pelo
mecanismo palingen�tico, ser� respons�vel pela forma��o
de todo o arcabou�o corp�reo que lhe atender�
um respectivo per�odo. O que vale dizer, ser o
esp�rito o �lan Vital que se responsabiliza pela onda
morfogen�tica da esp�cie a que pertence. Entendemos
como esp�rito, ou zona inconsciente, a conjuntura
energ�tica que comandaria a arquitetura
f�sica atrav�s das telas sens�veis dos n�cleos c�lula



res. O esp�rito representaria o campo organizador
biol�gico, encontrando nas estruturas da gl�ndula
pineal os seus pontos mais eficientes de manifesta��es.
A gl�ndula pineal seria realmente o casulo
das energias do inconsciente, a sede do esp�rito,
pela possibilidade de ser a zona medianeira de transi��o
entre o energ�tico e o f�sico. Descartes, em sua
�poca, j� afirmava, em concord�ncia com os fil�sofos
de Alexandria, que a alma era o h�spede misterioso
da gl�ndula pineal. Al�m do mais, a biologia
nos informa sobre as correla��es do sexo e gl�ndula
pineal, onde alguns psicologistas perceberam os
seus desvios; por�m, as analises e estudos realizados
ficaram na superf�cie do psiquismo (zona consciente),
sem a devida penetra��o nas telas do esp�rito.


Os grandes v�rtices energ�ticos do inconsciente
estariam nos v�rtices de car�ter sexual, da mais
alta import�ncia na constru��o evolutiva do esp�rito,
quando devidamente conduzidos. Haver� sempre
possibilidade de alcan�armos as dimens�es superiores,
em busca do que � mais divino e puro
atrav�s da segura constru��o dessas ilhas din�micas
do inconsciente, quando o setor sexual se expande
harmoniosamente na esfera f�sica. Estando
na profundidade do esp�rito os v�rtices din�micos
do sexo, � claro que a defini��o sexual de uma determinada
personalidade (corpo f�sico) ser� conseq��ncia
das necessidades que a individualidade
(esp�rito ou zona inconsciente) reclama para se
construir. � de tal ordem o comando energ�tico dos
v�rtices que podemos denominar de sexuais, que
Freud criou a sua psicologia, unicamente com eles,
e Jung fez um interessante estudo de an�lise psico



l�gica limitando-os a determinados setores e catalogando
os respons�veis arqu�tipos (anima-feminino,
para a personalidade masculina e animus-masculino,
para a personalidade feminina), em suas
naturais oposi��es, pr�prias da psicologia junguista.

Entendemos que os v�rtices das energias sexuais
do inconsciente v�m de n�cleos em potencia��o
(focos energ�ticos do inconsciente e respons�veis
pela orienta��o da zona consciencial) como
que aderidos energeticamente �s emana��es de uma
for�a criativa (zona central do inconsciente ou esp�rito);
por isso, bastante potentes, apresentando
car�ter construtivo, por excel�ncia. S�o v�rtices
que se responsabilizam pelo amor em todos os graus
e variedades que cada ser possa apresentar. � nessa
regi�o do inconsciente, pela sutileza das energias
a� contidas, como, tamb�m, pelas m�ximas express�es
do psiquismo humano, que se alojaria a ess�ncia
da vida, o EU, o centro da Individualidade.

O despertar das "raz�es internas", refletidas no
denominado "encontro consigo mesmo", poder� dar-
se atrav�s do desenvolvimento harm�nico e equilibrado
do sexo. Assim, as express�es sexuais ser�o as
mais significativas da esfera vital do ser quando ligadas,
pela nobreza e qualificativos, � esfera das
emo��es mais puras. O sexo em seus diversos graus
e matizes est� ligado aos sentimentos nobres da
alma, embora em suas realiza��es, no terreno f�sico,
� zona consciente. A gl�ndula pineal seria o campo
medianeiro de todo esse mecanismo. O v�rtice espiritual
das energias sexuais em suas manifesta��es
no corpo f�sico, nos animais superiores at� o
homem, necessitariam da gl�ndula pineal como
uma zona adaptat�ria ou de filtragem.


A gl�ndula pineal deve ser considerada a gl�ndula
da vida ps�quica; a gl�ndula que ilumina toda
a cadeia org�nica, orientando as gl�ndulas de secre��o
interna atrav�s das estruturas da hip�fise.
Freud, no estudo da patologia ps�quica, percebeu os
desvios das energias do inconsciente que se dariam
pelas telas da gl�ndula pineal, por�m homologou as
suas pesquisas exclusivamente como resultantes das
estruturas f�sicas cerebrais; n�o mergulhando na
ess�ncia espiritual, os seus pensamentos limitaram-
se aos s�mbolos e efeitos de superf�cie. Jung foi um
pouco mais longe quando percebeu o majestoso
oceano das energias do inconsciente.

Seria por interm�dio dessa gl�ndula que os fatores
propulsores da evolu��o espiritual (ren�ncia,
uso equilibrado do sexo, toler�ncia, bondade, abnega��o
e disciplina emotiva por excel�ncia) alcan�ariam
�ndices bastante apreci�veis. A gl�ndula pineal
seria a tela medianeira onde o esp�rito encontraria
os meios de aquisi��o dos seus �ntimos valores,
por um lado, e, pelo outro, forneceria as condi��es
para o crescimento mental do homem, num
verdadeiro ciclo aberto, inesgot�vel de possibilidades
e potencialidades.

O sexo estaria ligado �s mais nobres fun��es de
sentimentalidade, havendo verdadeira entrosagem
em todos os planos da vida, onde o pr�prio prazer
do ato sexual deve representar, quando bem dirigido,
poderosa constru��o para o EU, tanto maior
quanto mais visado for o ato procriativo. N�o se
pode deixar de afirmar, com raz�o, que a evolu��o
espiritual estar� tamb�m ligada � utiliza��o equilibrada
do sexo. Quando o prazer se rebaixa e � desarmonicamente
dirigido, o sexo regride, desenvol



ve-se naquilo que � exclusivamente animalidade e
degrada-se. Da�, a necessidade de educa��o e conduta
bem orientada para n�o haver confus�es (t�o
comuns pelas nossas heran�as religiosas) e para
n�o considerarmos imoral tudo o que diz respeito
ao sexo. Atentemos, tamb�m, que o sexo ainda n�o
� moral devido a nossa evolu��o. Devemos aprender
a andar corretamente em seguras dire��es. Ningu�m
nasce de esp�rito evolu�do caminhando, sem
trope�os, na estrada estreita e correta da evolu��o.
Os erros s�o muitas vezes necess�rios, por�m que
sejam corrigidos imediatamente. At� a queda, que
vai al�m do erro, � admiss�vel quando se cai "para
frente" e se deseja levantar ganhando sempre algum
terreno e o aprendizado da li��o.

N�o estamos defendendo erros e conseq��ncias
das baixezas instintivas, mas, sim, admitindo experi�ncias
no setor humano. O sexo bem dirigido (tend�ncia
� monogamia ou castidade construtiva) �
sin�nimo de ascens�o, de conquista evolutiva. O
sexo mal dirigido (tend�ncia � poligamia ou ren�ncia
sem sentido, sem aplica��o das energias acumuladas
nos setores de construtivas atividades) � desarmonia
e motivo de queda. N�o � a ren�ncia e aus�ncia
de sexo f�sico que eleva. O sexo deve ser
observado e equilibradamente utilizado nas fases da
vida: mocidade, matura��o e velhice. Mesmo quando
n�o h� mais necessidade do contacto sexual (da
complementa��o f�sica), o sexo continua presente,
desenvolvendo fun��es mais altas e com maior significado
� a fase f�sica foi suplantada. A castidade
quando alcan�ada dever� ser sempre observada sem
tormentos, em qualquer fase da vida. Quando na
organiza��o f�sica suplantamos todas as fases do
sexo, em suas harmoniosas viv�ncias, atingiremos,


na posi��o espiritual, degraus mais significativos,
para n�s desconhecidos, de uma fase supersexual.

Nessa fase superior de emo��es mais nobres,
caracterizando uma supersexualidade, as correntes
energ�ticas ligadas aos ajustados implementos sentimentais
do esp�rito expandiriam-se em paroxismos
desconhecidos aos sentidos animais ainda
rudes; e o ser, mais bem fixado, compreender� que
na fase animal n�o podemos nem devemos correr o
risco de impor uma "castidade sem sentido", onde
os tormentos da mente estar�o sempre presentes.
Castidade nem sempre � aus�ncia; castidade � ordem,
� harmonia mental, � fun��o sexual equilibrante
com mente sadia e troca de vitalidade
entre dois seres que se amam, com ajuda dos �rg�os
sexuais ou sem eles; neste �ltimo caso, utilizando
as "mensagens do esp�rito" na ajuda real ao pr�ximo
e no dever cumprido de integral realiza��o.

Na esp�cie humana, quando a conjuntura sexual
se desenvolve normalmente atrav�s dos �rg�os
sexuais, o departamento cerebral � o comandante
imediato e a gl�ndula pineal ser� o �rg�o, por excel�ncia,
de controle e dire��o. Desse modo, a zona
consciente ser� o local das correspond�ncias sexuais
e, como tal, a zona dos tormentos e ansiedades
quando nos encontramos em veredas incertas e desarmonizadas;
portanto, n�o h� tormentos dos
�rg�os sexuais e sim mentes atormentadas pelo
descontrole vibrat�rio do sexo mal dirigido. No trabalho
mental bem conduzido, ocupa��o inteligente
pelas tarefas positivas que neutralizam os momentos
vibrat�rios negativos, est� o corretivo para o
esp�rito necessitado. O esp�rito encarnado encontraria
no corpo f�sico, pelo esquecimento das vidas


pregressas, a possibilidade de forma��o de novas
tend�ncias, verdadeiros reflexos condicionados que,
em se transformando em reflexos acondicionados
ou do esp�rito, neutralizar�o e apagar�o os erros
que, quando persistentes, constituir�o fatores de
retardo evolutivo.

Sexo � vida, � evolu��o, quando as emo��es
pulsam nas asas do bem comum. Sexo � luta, tormento,
desequil�brio, atraso evolutivo, quando abastardamos
os sentimentos na satisfa��o sexual tempor�ria
animal, que n�o acompanha o sentido maior
da vida, onde est�o sempre presentes os implementos
da sinceridade e trocas de afetividades.

Pela morte do corpo, carrega o esp�rito, no seu
estofo, toda a desarmonia que provocou e, em nova
reencarna��o, levar� na mente atribulada as tend�ncias
desequilibrantes, que somente o esfor�o,
disciplina e bom senso podem encarregar-se do equil�brio
reconstrutivo.

Da� a necessidade de impor-se, nas mentes em
desalinho de ordem sexual, a disciplina corretiva
para que as c�lulas sexuais, c�lulas de maior teor
de vitalidade do organismo, n�o sejam utilizadas
indevidamente (contactos sexuais sem justas raz�es
afetivas ou ren�ncia sexual sem as necess�rias
condi��es); isto �, para que n�o haja dispers�o da
"seiva energ�tica". Esta, em sendo absorvida, criaria,
pela potencialidade vibrat�ria, noutros setores,
principalmente da �rea mental no ponto referente
� abertura das janelas da inspira��o, as percep��es
maiores dos campos do psiquismo, onde se projetam
as viv�ncias maiores da superconsci�ncia. Isso
porque, no contacto sexual, existe uma fabulosa
troca de energias entre os dois elementos partici



pantes, as quais, espalhadas por todo o corpo f�sico,
ser�o aos poucos absorvidas pelo psicossoma (capa
envoltora do esp�rito), nutrindo, dessa forma, os
v�rtices profundos do inconsciente; conseq�entemente,
tal fato deve ser considerado um dos baluartes
evolutivos do ser.

Na castidade construtiva o ser haure condi��es
e for�as que logicamente reduzem as etapas reencarnat�rias,
pelo afastamento imediato dos compromissos
ligados ao outro ser, nas imensas e quase
sempre necess�rias trocas de energia. Por�m, nem
todos se encontram em condi��es de efetuar a expressiva
fun��o magn�tica, � custa das energias
vibracionais das emo��es (sede da vida), realizando
a felicidade t�o-somente na permuta dos abra�os,
beijos e contactos leves de corpos, nos cumprimentos
efusivos e nas cria��es inspirativas de toda natureza.
Somente um pequeno n�mero de indiv�duos
estar� capacitado a realiza��es desse jaez, pois a
maioria tem que responder pelo grau evolutivo da
terra, onde a procria��o s� se dar� atrav�s da uni�o
dos corpos f�sicos.

Conseq�entemente, o sexo, a fun��o sexual, no
est�gio em que se expresse, � sempre construtiva
quando em equilibrado uso. O abuso afrouxa os
centros de for�a do psicossoma (chacras) pelos
desajustes energ�ticos, deixando uma verdadeira
opacidade na vontade e outros setores emocionais,
revelados pelos dist�rbios do sistema nervoso neurovegetativo,
n�o permitindo aquela claridade e harmonia,
sempre presentes num esp�rito l�cido que
avan�a no caminho positivo da evolu��o.

O ser que tenta extirpar a sua energia sexual
de periferia, sem t�-la vivido e suplantado devida



mente, criar� graves erros com profundas ra�zes
destoantes, porquanto se est� antepondo � sua
pr�pria pot�ncia de deriva��o. As for�as sexuais
representam componentes do pr�prio impulso criativo;
se lhe fazemos cortes e desvios indevidos criaremos
mecanismos outros que, por sua vez, exigir�o
corre��es.

Tentar silenciar essas for�as � tentar destruir

o pr�prio indiv�duo. Devemos, sim, aperfei�oar, cada
vez mais, os canais de manifesta��o dessas for�as
que, al�m de se encontrarem nos �rg�os sexuais da
zona f�sica, tamb�m est�o presentes nos campos
psicol�gicos criativos do psiquismo de profundidade.
� claro que o des�g�e da energ�tica espiritual
� vari�vel em graus e tonalidades. Enquanto uns
est�o nas exclusivas deriva��es do sexo f�sico, com
atendimento dos sentidos e sob impacto da mente
consciente, outros encontram-se nos sublimes v�os
das energias criativas da alma. Enquanto uns est�o
frenando o sexo no corpo f�sico como coisa degradante,
outros est�o criando e bendizendo nas harm�nicas
for�as criativas. Os primeiros est�o recalcando
for�as que um dia explodir�o com todo o
cortejo patol�gico da sintomatologia ps�quica; os segundos
encontraram o caminho pelo ajustamento,
naturalidade e equil�brio de conduta. Viver em harmonia
a fase em que nos encontramos � como que
ser aceito pela pr�pria evolu��o. A atitude sadia
diante da vida sexual, seja qual for a fase do ser,
ser� sempre beleza sem degrada��o. A sexualidade,
em si, nunca se corrompe; as atitudes humanas,
com seus instintos deformados e ampliados pelo
mal, s�o uma fonte constante de respostas negativas.



O homem, quanto menos evolu�do, mais o seu
impulso sexual � instintivo sem o cortejo de emo��es
apuradas, qual acontece nos mais evolu�dos. No
in�cio da evolu��o o homem � puro instinto, � a
for�a abrasadora que busca escoamento. Posteriormente,
as vestiduras das emo��es v�o como que
intelectualizando o instinto primitivo, dando-lhe
outras conota��es, fornecendo-lhe outras possibilidades.
Quanto mais em baixo, mais estar� guindado
aos impulsos determin�sticos do instinto animal.
Quanto mais para cima, mais amplia��o das for�as
sexuais em in�meras atividades; � como se houvesse
uma difus�o do amor, onde os gestos nobres e a
fraternidade desfraldassem a sua bandeira. Podemos
dizer, tamb�m, que os jovens, mesmo os mais
evolu�dos dentro do panorama reencarnat�rio, ainda
possuem os �mpetos da jovialidade de reduzidos controles
em face das for�as sexuais; � medida que
alcan�am determinada idade, onde as solicita��es
sexuais do corpo f�sico encontram-se diminu�das,
possibilitam aberturas nos campos de atividades das
for�as sexuais de profundidade. A velhice do corpo
f�sico n�o significa apagamento da for�a sexual.
Aquele que dignificou seus campos sexuais, quando
na organiza��o f�sica, estar� sempre apto para a
viv�ncia nas posi��es supersexuais, isto �, os campos
que transcendem o sexo da zona f�sica, onde
nunca existir�o perdas de energias, mas suplanta��o
e ganho de novas potencialidades.

E, assim, vai o ser vivenciando novos campos
sexuais, de modo cada vez mais penetrante, mais
aut�ntico e verdadeiro, em busca da pr�pria alma.
� medida que nos afastamos do sexo de superf�cie
(zona f�sica), nos integraremos no sexo de profundidade
(zona espiritual). Para isso, entretanto, ha



ver� necessidade de experienciarmos todas as fases,
vivenciar todos os degraus, enfim, termos de caminhar
harmonicamente, descobrindo e percebendo,
no dia-a-dia, as auroras que se sucedem �s madrugadas
bem vividas. Desse modo, o ser mergulhar�,
sempre, para dentro de si mesmo e descortinar� o
"Cristo C�smico" que o anima e impulsiona.

A energia sexual, em todas as suas posi��es de
desenvolvimento, quer seja desencadeada pelo contacto
sexual no corpo f�sico e deslocada para as
constru��es da vida emocional, quer seja derivada
para as constru��es art�sticas por excel�ncia, representaria
sempre um combust�vel fabuloso que o homem
poder� utilizar no caminho para Deus. A
queima indevida desse combust�vel, em quaisquer
de suas faixas, seria o desvio do caminho e perda de
possibilidades aquisitivas que toda essa energ�tica
espec�fica pode propiciar.


CAP�TULO I

A PSIQUE: CONSCIENTE E INCONSCIENTE. PERISP�RITO
ou PSICOSSOMA. GENES CROMOSSOMIAIS.


A PSIQUE: CONSCIENTE E INCONSCIENTE

A organiza��o ps�quica humana pode ser apreciada
na tr�ade: consciente, superconsciente e inconsciente.
As duas primeiras zonas, a consciente e
superconsciente, a fazerem parte da organiza��o
material, estariam estribadas nos neur�nios da zona
encef�lica onde o trabalho ps�quico comumente se
afirma no intelectualismo anal�tico; isto �, a conclus�o
do trabalho da zona consciente � o trabalho
do nosso cotidiano, n�o existindo d�vidas sobre o
seu entendimento. Para percebermos o trabalho intelectual
necessitamos da an�lise de seus respectivos
elementos. Entretanto, o trabalho da zona inconsciente
� mais avan�ado, sendo pouco ou quase
nada percebido pela zona consciente. Entenda-se
que a zona consciente n�o possui os elementos necess�rios
para a participa��o integral do que realiza
o inconsciente. Da�, in�meros processos da zona
inconsciente ou espiritual n�o poderem ser avaliados
e muito menos percebidos pelo consciente. Este,
algumas vezes, pode alcan�ar os efeitos refletidos
dessas atividades profundas do psiquismo sob forma
de s�mbolos e fragmentos pela sua menor capacidade
elaborativa.

A zona superconsciente seria uma elabora��o
consciente mais avan�ada, onde o trabalho anal�



JORGE ANDR�A

tico consciencial tivesse possibilidades de amplia��o
numa s�ntese. Seria como que o consciente percebendo,
dentro de suas possibilidades, a desenvoltura
do inconsciente; haveria uma percep��o consciente
em faixas mais desenvolvidas, cuja ess�ncia do fen�meno
pudesse ser registrada. Seria um fen�meno
intuitivo, sem an�lises, desenvolvido na zona consciente,
por�m com foros de certeza e veracidade. A
percep��o superconsciente representaria a posi��o
fenom�nica intermedi�ria entre o trabalho do consciente
e os complexos mecanismos do inconsciente.

Por tudo, conclui-se que definir a zona espiritual,
pela reduzida tela da consci�ncia, ser� sempre
em car�ter de hip�tese e com estreitamento de conceitos,
apesar do aux�lio e trabalho da zona superconsciente.


A zona espiritual ou do inconsciente apresentaria
uma s�rie de camadas, com fun��es apropriadas,
onde poder�amos discernir um centro emissor de
todas essas energias que, pela sua condi��o de pureza
e perfei��o, denominamos de inconsciente
puro (*). Seguindo-se do centro para a periferia,
isto �, do esp�rito para a mat�ria, em outros termos,
do inconsciente para o consciente, perceber�amos
uma zona espiritual onde estariam gravados todos os
elementos adquiridos nas diversas experi�ncias, com
incorpora��o das respectivas aptid�es, o que nos
levou a denomin�-lo de inconsciente passado ou
arcaico. Esta zona reteria todos os elementos das
viv�ncias de um determinado ser, cujo caminho ser�

(*) Veja-se, em maiores detalhes, o livro do autor:
"Energ�tica do Psiquismo". Fronteiras da Alma. Editora
Caminho da Liberta��o. Rio. 1978. 2.a edi��o.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

infinito de possibilidades. Existiria uma outra camada
mais perif�rica que, em virtude de sua atua��o
bem pr�xima da zona consciente e como que
se relacionando com a zona material atuante, denominamos
de inconsciente presente ou atual.

Ampliando as id�ias, para melhor compreens�o,
ter�amos (gravura 1) :

1 � Zona do Inconsciente Puro � Centro da
vida, ponto de partida das energias diretivas do
Esp�rito a distribuir-se por toda a estrutura do psiquismo.
� uma zona inating�vel por qualquer dos
m�todos psicol�gicos em vigor. Representaria a zona
do aut�ntico Eu, com caracter�sticas de campo dimensional
de energias t�o espec�ficas que, por seu
interm�dio, haveria a possibilidade de pensar-se que

o "fluido universal" (elabora��o do pensamento divino)
a� encontrasse a porta de penetra��o e, conseq�entemente,
de orienta��o e abastecimento das
inesgot�veis vibra��es divinas para os seres. Seria
uma zona quintessenciada, faixa de nascimento das
energias criativas do pr�prio psiquismo, a ponte de
comunica��o e local de canaliza��o da Grande Lei
da Vida; seria a fonte de energia cr�stica que carregamos.
As energias criativas dessa zona, que nomeamos
de inconsciente puro, distribuem, com ordem
e precis�o, os necess�rios impulsos nutridores para
a camada que imediatamente lhe segue, por n�s
denominada de inconsciente passado ou arcaico.
Esta, por sua vez, orientaria a que lhe sucede e,
assim por diante, at� o corpo f�sico. Desse modo, o
Centro da Vida, a fonte criativa estaria, com seu


JORGE ANDR�A

inteligente direcionamento, nas c�lulas f�sicas orientando
os processos bioqu�micos, por�m com energias
perfeitamente adaptadas pelas respectivas filtragens
que as camadas dimensionais do psiquismo
podem oferecer.

2 � Zona do Inconsciente Passado ou Arcaico

� � camada que circunda a do inconsciente puro e
onde estariam sedimentadas todas as experi�ncias
que determinado ser vivenciou atrav�s dos evos. A�
encontraremos os "n�cleos" desses arquivos que,
pela sua intensa atividade, denominamos de n�cleos
em potencia��o; poder�amos nome�-los, em pensamento
junguista, de arqu�tipos. Quanto mais vivenciou
determinado ser, maior o lastro dessas fontes
vibrat�rias pelo mecanismo incorporativo; nessa
absor��o e devida metaboliza��o da mec�nica ps�quica,
os arquivos do esp�rito, a� situados, sempre
se expressar�o numa posi��o de unifica��o e totalidade
sob forma de aptid�es. Assim, os alicerces
das experi�ncias acumuladas transformam-se em
aptid�es que poder�o ser, cada vez mais, buriladas,
ampliadas e melhoradas, na medida em que a evolu��o
individual se for afirmando.
Desses n�cleos em potencia��o partir�o energias
que percorrer�o as diversas camadas do psiquismo
at� esbarrar no pared�o das c�lulas f�sicas,
especificamente em seus n�cleos, impulsionando e
direcionando o laborat�rio do c�digo gen�tico. Seria
esse o modo pelo qual as for�as do esp�rito interv�m
na organiza��o f�sica?

3 � Zona do Inconsciente Atual ou Presente �
Esta terceira zona de revestimento representaria
uma regi�o cujas fun��es psicol�gicas, por se en



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

GRAVURA 1

Corpo f�sico
Inconsciente atual
Inconsciente passado com

n�cleos em potencia��o
Inconsciente puro

A psique em esquema. O corpo f�sico a representar

o consciente e superconsciente. As demais camadas,
o inconsciente ou esp�rito.
GRAVURA 2

MOL�CULA HELICOIDAL DO ADN


1 � Campo energ�tico do gene influenciando
a estrutura f�sica que lhe serve de tela de
manifesta��o

2 � Estrutura do ADN


JORGE ANDR�A

contrarem bem pr�ximas da zona f�sica, mais facilmente
mostram parte dessa din�mica j� mais bem
percebida pela zona consciente. � a zona onde os
conflitos do psiquismo, sob forma de neuroses, mais
facilmente derramam-se na zona consciente, natural
canal de deriva��es.

Diante dessa apresenta��o dir�amos, de modo
l�gico, que � no inconsciente passado onde os v�rtices
energ�ticos do esp�rito se encontram enraizados,
a absorverem experi�ncias da zona consciente
e, por processo inverso, com possibilidade de nutrirem
os mecanismos da vida material. Essas fontes
inesgot�veis de energia espiritual, pela condi��o de
constante vibra��o, nos levaram a denomin�-las n�cleos
em potencia��o. E os correspondentes na periferia
(c�lulas do corpo f�sico), os elementos onde os
v�rtices desses n�cleos pudessem encontrar receptividade
como se fora uma tela captativa, seriam os
genes dos cromossomos. Estamos a ver que o psiquismo,
nessa hip�tese de trabalho, teria correla��es,
canais de entrosamento entre o esp�rito e a
mat�ria. A fim de que esses campos consigam,
entre si, entrosagem e sintonia dever�o ser adaptados
pelas diversas mudan�as dimensionais que as
camadas do psiquismo devem apresentar. Quanto
mais na periferia, na zona corp�rea, mais densifica��o,
quanto mais no centro, na zona espiritual,
mais quintess�ncia pela pureza dimensional.

Ainda poder�amos acrescentar no esquema do
psiquismo o corpo mental envolvendo o inconsciente
atual. Quanto a esta camada ou campo temos
que nos louvar nas informa��es espirituais, porquanto
n�o existem possibilidades de conhecimento
dessa zona pelos seus reflexos na zona consciente.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

Pelo que nos fala Andr� Luiz (entidade espiritual),
ela representa o envolt�rio sutil da mente. Poder�amos
dizer que nessa regi�o, possivelmente, o perisp�rito
encontre seus alicerces.

A camada intermedi�ria que poder� oferecer
todas essas condi��es de adapta��o, entre centro
espiritual e periferia corp�rea, seria o psicossoma
ou perisp�rito. � na rede perispiritual que os canais
do psiquismo encontram os aut�nticos caminhos de
entrosagem de energias.

PERISP�RITO OU PSICOSSOMA

Vimos a respeito da estrutura espiritual ou
zona do inconsciente que, apesar de ser regi�o energ�tica,
estaria constitu�da de zonas perfeitamente
definidas. Em nossos estudos representam as faixas
do inconsciente puro, inconsciente passado e inconsciente
atual (gravura 1) . Todas elas demarcadas
pelo corpo mental. Tais zonas seriam a conseq��ncia
de campos energ�gicos, estruturalmente diferentes,
a apresentarem fun��es bem espec�ficas. Por
serem campos vibrat�rios estariam sujeitos a expans�es
que, por sua vez, esbarrariam na intimidade
do corpo f�sico como um sugador daquelas
energias.

As expans�es energ�ticas, � maneira de v�u,
constituiriam um envelope, um envolvimento, como
que a resguardar as zonas do inconsciente ou campo
espiritual. Com isso, o psicossoma seria o envelope
intermedi�rio entre zona espiritual e zona
f�sica, servindo de filtro na dosagem e adapta��o
das energias espirituais com a organiza��o f�sica.
Por envolver o esp�rito ou o psiquismo de profun



JORGE ANDR�A

didade, foi denominado de perisp�rito ou psicossoma
(*).

A organiza��o ps�quica de profundidade, com
suas diversas camadas a sofrerem condensa��o �
medida que nos aproximamos da periferia ou corpo
f�sico, emitiria expans�es, cujo conjunto representaria
o "corpo do esp�rito" � corpo mental. Desses
alicerces, possivelmente, partiriam as forma��es
energ�ticas do perisp�rito ou psicossoma, o mais
condensado desses corpos energ�ticos, somente suplantado
(em condensa��o) pelo corpo f�sico que,
num sentido geogr�fico, est� a envolver toda a organiza��o.
Dissemos em outro lugar: "As camadas
energ�ticas se v�o superpondo ao foco central do
EU, centro do inconsciente puro, envolvendo-o, e �
maneira de verdadeiros envelopes v�o circunscrevendo,
fechando, como que isolando as irradia��es
energ�ticas das zonas profundas, que seriam as mais
purificadas. Assim, a energ�tica mais sutil, pura, de
origem no inconsciente puro, s� alcan�ar� a periferia,
na zona mais externa do inconsciente atual,
pela filtragem nas diversas paredes energ�ticas que,
embora sem modificar as possibilidades do centro
emissor, lhe d�o, no entanto, cor local apropriada.
A raz�o de tudo se estriba no fato de que os centros
nervosos de toda a zona consciente, tendo necessidade
de amparo e orienta��o, nos seus respectivos
trabalhos, pela zona inconsciente ou espiritual, recebam
a energ�tica do EU com a vibra��o que a
mat�ria suporte e se ache mais afim: isso s� se

(*) Para maiores detalhes, veja-se o livro do autor:
"Energ�tica do Psiquismo". Fronteiras da Alma. Editora
Caminho da Liberta��o. Rio. 1978. 2.a edi��o.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

conseguir� se as vibra��es puras do centro vital no
inconsciente puro sofram adapta��es, verdadeiras
condensa��es, antes de alcan�arem as telas de suas
manifesta��es no consciente."

� essa organiza��o perispiritual ou (do) psicossoma
que se infiltraria nos v�rtices energ�ticos
dos genes dos cromossomos que, por isso, passariam
a ser as telas de manifesta��es das energias profundas
que carregamos. Portanto, os n�cleos das c�lula
s f�sicas seriam as zonas por onde as energias
espirituais poderiam mostrar a sua influ�ncia e
orienta��o na mat�ria. O psicossoma possuiria organiza��o
funcional muito superior � mat�ria, influenciando-
a, de modo a se pensar, com l�gica, que
esta seria o resultado daquela. Nunca poder�amos
concluir que a mat�ria do corpo f�sico, atrav�s de
seu bioquimismo, pudesse originar as for�as do inconsciente
que possu�mos; ali�s, com esse pensamento
materialista procura a psicologia de nossos dias
fundamentar seus m�todos, inclusive os da psican�lise.
Sabemos, pelas conseq��ncias da experimenta��o
psicol�gica e parapsicol�gica, da amplia��o funcional
dos campos ps�quicos do inconsciente ou
espiritual e da relativa pobreza do campo intelectual
da zona consciente. Sendo a fun��o consciente
menor e mais reduzida do que os campos espirituais
ou do inconsciente, jamais poder�amos concluir que

o menor contivesse o maior e lhe desse origem;
muito ao contr�rio, o maior em fun��es estrutura
e dirige as fun��es do menor. Da�, pensarmos das
dificuldades da psicologia em desenvolver m�todos
de pesquisa ps�quica tomando como base a zona
consciencial e dela fazendo a fonte de origem de
toda a sua fenomenologia.

JORGE ANDR�A

Os campos perispirituais seriam muito mais
avan�ados do que os campos do consciente. Os primeiros
comandariam os segundos, tendo, dessa
forma, uma organiza��o estrutural especial de que
nos escapam os detalhes. V�rios estudos t�m mostrado
a exist�ncia, no perisp�rito, de discos energ�ticos

(chacras), como verdadeiros controladores das correntes
de energias, centr�fugas (do esp�rito para a
mat�ria) ou centr�petas (da mat�ria para o esp�rito)
, que a� se instalam como manifesta��es da pr�pria
vida. Esses discos energ�ticos comandariam,
com as suas "superfun��es", as diversas zonas
nervosas e de modo particular o sistema neurovegetativo,
convidando, atrav�s dos genes e c�digo
gen�tico, ao trabalho ajustado e bem ordenado da
arquitetura neuroend�crina.

As energias dessa zona perispiritual, em sua
penetra��o por todo o corpo f�sico, transfundem-se
pela periferia corp�rea, em pequena extens�o, mostrando
um campo externo bem evidente (aura). Esse
campo j� foi fotografado pelo m�todo Kirlian (auragrafia)
e est� sendo equacionado em face de suas
modifica��es nas oscila��es emocionais e desestrutura��es
patol�gicas. Os russos denominaram-no
de campo biopl�smico e os americanos de campo
psiplasma. A futura psicologia encontrar� nessas
emana��es perif�ricas grandes possibilidades de estudo
e experimenta��es, ampliando o campo do conhecimento
e melhor equacionando a ci�ncia do
esp�rito.

N�o poder�amos deixar de aventar as possibilidades
da exist�ncia de um campo energ�tico apropriado,
entre o perisp�rito e o corpo f�sico, o duplo-
et�rico. Seria uma zona vibrat�ria ocupando posi



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

��o de destaque em face dos fen�menos conhecidos
de materializa��o. Acreditamos que o campo energ�tico
dessa zona, em suas expans�es com a do perisp�rito,
se entrelace nas irradia��es do campo
f�sico e forne�a excelente material na formula��o
dos fen�menos psicocin�ticos e outros tantos dessa
esfera parapsicol�gica. Com isso, poder�amos explicar
muitas das curas que os chamados passes magn�ticos
podem propiciar, em aut�nticas transfus�es
de energias � expans�es da aura humana.

GENES CROMOSSOMIAIS

At� a presente data os pesquisadores e estudiosos
est�o � procura dos genes situados nos cromossomos
dos n�cleos celulares. Grande parte � de opini�o
que os genes nada mais s�o do que a pr�pria
mol�cula cromossomial com poderes desconhecidos,
a fim de atender � grande finalidade de continuidade
da vida. Mas, apesar de tudo, as pesquisas est�o
cada vez mais insistentes para que haja uma melhor
defini��o. Como seriam os genes, a sua forma
e a sua fun��o?

O gene representa hoje para a biologia o que o
�tomo representou para a f�sica no s�culo passado.
Naquela �poca, o �tomo foi a conseq��ncia de estudos
que exigiram a sua presen�a na constru��o
das equa��es da f�sica, embora n�o se pudesse verificar,
como atualmente com o gene, a sua presen�a.
Nos dias futuros cremos que o gene ser� perfeitamente
definido e situado; presentemente, apesar de
algum progresso, nada ainda foi conseguido. Na
atualidade, �tomos j� foram fotografados, apesar de
seus dinamismos. No caso dos genes, que representariam
muitos �tomos em a��o, por que a impossi



JORGE ANDR�A

bilidade de sua apari��o? Por que n�o temos a
aparelhagem adequada que permita a sua revela��o?
Ser� que os genes se encontram em posi��es
dimensionais diferentes dos �tomos comuns, em
dinamismos espec�ficos? Acreditamos que sim. E
emitimos a hip�tese de que o ADN (�cido desoxirribonucleico),
� maneira dum tapete material, albergar�
os genes que se encontrariam num estado
menos condensado do que a mat�ria que lhe abriga,
embora com grandes afinidades pela mesma.
Dessa forma, os genes estariam distribu�dos por
todos cromossomos, em sua intimidade, em estado
dimensional mais avan�ado, isto �, de subst�ncia
menos condensada, o que dificultaria o registro de
sua presen�a. (*)

Esse modo de ver contraria a id�ia que se tem,
atualmente, sobre os genes a representarem unidades
materiais, no pr�prio cromossomo, fazendo parte
de sua mol�cula. Com isso, a constru��o em laborat�rio
do gene sint�tico pela equipe do Dr. Korana,
no Instituto de Tecnologia de Massachusetts �
E.U.A., o foi com as quatro unidades b�sicas do
c�digo gen�tico. O gene criado, por esse experimentador
de valor, foi um gene de ARN transferencial
de tirosina, incluindo as mensagens de "partida" e
"parada" moleculares. Isto significa que esses elementos
inseridos em determinado cromossomo passaram
a fazer parte de sua organiza��o e de sua
espec�fica fun��o; tudo isso representa grande passo
cient�fico. Assim, vemos que o gene est� conceitua


(*) Para maiores detalhes veja-se o livro do autor:
"Paling�nese, a Grande Lei". Editora Caminho da Liberta��o.
Rio. 1980. 2� edi��o.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

do em equa��es absolutamente f�sicas. O que estamos
propondo � a conceitua��o do gene como campo
din�mico de energia inserido e manipulando a
mol�cula b�sica (ADN) da vida. Poder�amos grafar
esta id�ia, esquematicamente, na gravura 2.

Partindo dessa posi��o de que os genes seriam
v�rtices din�micos, embora com "personifica��o",
na intimidade da mat�ria cromoss�mica e pelas j�
existentes equa��es biol�gicas de que se acham envolvidos,
� de pensar-se que essas fontes energ�ticas
seriam as condutoras e orientadoras do cromossomo.
Consideremos, tamb�m, que nos cromossomos os
mais altos fen�menos da vida se expressam, sendo
imposs�vel consider�-los como efeito de simples bioquimismo
casual ou, no m�ximo, �s expensas dos
mecanismos neuroend�crinos. E estes, como precisos
mecanismos ativadores e reguladores, quando
de sua forma��o na c�lula-ovo seriam a conseq��ncia
de qu�? Assim, no campo energ�tico dos genes, a
denotar superioridade sobre a mat�ria cromoss�mica,
n�o faria parte dum campo organizador espec�fico
e, por sua vez, a se sustentarem em orientadores
ou energ�tica mais avan�ada? � claro que uma
fonte energ�tica mais avan�ada s� poderia estar no
psiquismo. O campo organizador seria o pr�prio
psiquismo. N�o o psiquismo material, f�sico ou zona
consciente, conseq�ente do trabalho dos neur�nios,
mas um psiquismo de profundidade, a zona do inconsciente
ou zona espiritual, onde toda a mat�ria
estaria sob sua influ�ncia e como que envolvida em
suas malhas. E para que a mat�ria pudesse atender
� dire��o e orienta��o dessa energ�tica espiritual,
as telas receptivas dos genes representariam campos
ideais para tal fim. Na intimidade do psiquismo
os seus v�rtices din�micos mais espec�ficos, elabora



JORGE ANDR�A

dos pelas aquisi��es de um ros�rio de viv�ncias (*),
encontrariam nos genes as telas de suas manifesta��es,
ap�s filtragem e adapta��es pelas camadas
dimensionais que esse pr�prio psiquismo nos mostra.
Dum lado, uma energ�tica bem aprimorada, os
v�rtices do esp�rito ou do inconsciente, do outro,
os genes como telas de manifesta��es daquelas energias
a dirigirem os processamentos do c�digo gen�tico
como incentivador da vida material. Com isso,
a fenomenologia da zona consciente, em pleno cadinho
celular, seria orientada e influenciada pelas
fontes de energias espec�ficas da zona inconsciente
ou do esp�rito.

As telas g�nicas dos cromossomos seriam, tamb�m,
os campos de absor��o de todas as experi�ncias
e mecanismos desencadeados pelos fatores do meio
ou processos na zona material do corpo. Haveria
uma farto e efetivo interc�mbio onde todos os processos,
inclusive os da intelec��o, seriam absorvidos
para a zona espiritual, sob forma de aptid�es, constituindo
sedimentos do arcabou�o evolutivo de determinado
ser. Somente um campo energ�tico que
subsista � morte do corpo f�sico teria possibilidades
de alcan�ar evolu��o. O processo evolutivo s� poder�
ser obra de tempo imensur�vel, cujas aquisi��es
de variados matizes seriam fornecidas por renova��es
peri�dicas que as reencarna��es podem
propiciar. Reencarna��o e imortalidade da energia
ps�quica seriam os pilares onde a evolu��o poder�
assentar as suas bases, fornecendo um amanh� �
biologia.

(*) Vede o pr�ximo cap�tulo sobre os n�cleos em potencia��o
do psiquismo.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

Quanto mais para dentro de um determinado
ser as energias do psiquismo seriam mais aprimoradas
e menos condensadas a fazerem parte de dimens�es
tamb�m evolu�das, quanto mais para a
periferia corp�rea haveria mais condensa��o, dimens�es
menos evolu�das, at� que na mat�ria ter�amos
o ponto m�ximo de condensa��o desse sistema.
Os genes representariam, como energia, um campo
de transi��o entre mat�ria e esp�rito. Seria uma
energia mais condensada em face das demais do psiquismo
da zona inconsciente, chegando quase �
condensa��o da mat�ria, mas ainda energia e imposs�vel
de revela��o pelos m�todos cient�ficos
atuais.

Como a mat�ria possui o seu psiquismo com
elabora��es bem expressivas, com boa raz�o os campos
energ�ticos internos teriam uma maior tonalidade
de trabalho e, como tal, respons�veis pela
dire��o e orienta��o da organiza��o f�sica do ser.
Dessa forma, o gene seria a tela de manifesta��o
da energ�tica espiritual a dirigir e orientar toda a
riqueza do metabolismo celular, como, tamb�m,
transfundir o manancial do psiquismo de profundidade
sob forma de tend�ncias, s�mbolos, intui��es,
cria��es diversas, sonhos etc., ao reduzido e limitado
psiquismo da zona consciente em seu apropriado
campo de trabalho.

REFER�NCIAS

Andr� Luiz � Psicografia de Francisco C�ndido

Xavier � "Evolu��o em Dois Mundos". FEB,

1� edi��o, 1959, Rio de Janeiro,


JORGE ANDR�A

Andr�a, Jorge � Paling�nese, a Grande Lei. Editora
Caminho da Liberta��o. 2� edi��o, 1980,
Rio de Janeiro.

Andr�a, Jorge � Energ�tica do Psiquismo. Fronteiras
da Alma. Editora Caminho da Liberta��o.
2� edi��o, 1978, Rio de Janeiro.


CAPITULO II


V�RTICES ESPIRITUAIS: N�CLEOS EM POTENCIA��O. N� CLEOS
PSI-SEXUAIS E CORRELA��ES COM A ZONA F�SICA.


!


V�RTICES ESPIRITUAIS: N�CLEOS
EM POTENCIA��O


Os n�cleos em potencia��o representariam
pontos vorticosos, ocupando dimens�o superior em
rela��o � mat�ria, fazendo parte da zona do inconsciente
(zona espiritual), em regi�o espec�fica (inconsciente
passado). Seriam unidades PSI, de vari�veis
potencialidades em virtude dos graus evolutivos
em que se encontram. (*) Esses graus estariam
representados pelas aquisi��es que as m�ltiplas
personalidades (corpos f�sicos) podem oferecer
a uma determinada organiza��o espiritual dentro
de sua viv�ncia evolutiva. Assim, atrav�s das experi�ncias,
os n�cleos em potencia��o iriam acumulando,
em potencial, as aptid�es das realiza��es que
a vida possa oferecer. Pela diversidade das experi�ncias
os n�cleos seriam vari�veis em potencialidades.
No seu conjunto representaria a pr�pria
energ�tica ps�quica espiritual, numa determinada
gama vibrat�ria, embora cada n�cleo ou conjunto
de n�cleos possam ter a sua �ntima condi��o.

(*) Para maiores detalhes, ver os livros do autor: "Paling�nese,
a Grande Lei"; e "Energ�tica do Psiquismo".
Fronteiras da Alma. Editora Caminho da Liberta��o. Rio.
1980 e 1978. 2as. edi��es.


JORGE ANDR�A

Os n�cleos em potencia��o, dessa forma, poderiam
ser avaliados em face das nossas medidas
mentais. Se possuem aquisi��es, principalmente no
bem e nos �ngulos positivos da vida, ser�o n�cleos
evolu�dos, de carga positiva e harmonicamente
atuantes. Entretanto, encontrando-se nas faixas
instintivas, pouco evolu�dos ou mesmo sobrecarregados
de experi�ncias negativas, ser�o fontes de
energias em faixas afastadas do bem e do amor.
Todos eles refletiriam os seus impulsos na zona
consciente ou personalidade, com o manancial de
que se acham investidos.

Diante da posi��o psicol�gica do homem dos
nossos dias, podemos anotar que os n�cleos em
potencia��o mais carentes, menos evolu�dos, s�o os
que se refletem com maior insist�ncia na periferia
consciencial. Tudo por necessidades construtivas a
fim de afirmar a pr�pria evolu��o; � o n�cleo carente
buscando amplia��o de potencialidades.

Todos esses n�cleos estariam coligados, vibratoriamente,
e ajuntados pelo parentesco evolutivo.
Essas "diminutas unidades" seriam distribu�das aos
milh�es, nos campos do psiquismo profundo, pelas
suas constantes forma��es, e representadas por
aptid�es adquiridas e indestrut�veis; por isso, fazendo
parte do esp�rito com sua condi��o de imortalidade.


Se f�ssemos ao ponto de desejar avaliar a estrutura
dessas unidades PSI, poder�amos dizer que
na sua constitui��o entrariam pequen�ssimos n�cleos,
os nucl�olos em potencia��o, a sustentarem o
potencial energ�tico do n�cleo. � como se fossem
pequenos v�rtices, uns dentro dos outros, penetrando
em degraus dimensionais cada vez mais afina



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

dos, � medida que se acercassem do centro do n�cleo
em potencia��o. Toda essa energ�tica seria atributo
de dimens�es superiores �s conhecidas, mesmo da 43
dimens�o, onde se encontram os ritmos do som, da
eletricidade, luz, raios Roentgen etc. Assim, poder�amos
nomear essa dimens�o mais avan�ada, de
dimens�o-PSI, n�o mais a 4� e sim uma 5� dimens�o,
onde os n�cleos em potencia��o teriam o
campo ideal de suas manifesta��es. No dizer de P.
Ubaldi: n�o existiriam nem 4� ou 5� dimens�es, e
sim dimens�es de uma nova estrutura��o, sempre
com representa��o trina. Logo, a 4� e 5� dimens�es
fariam parte da 1� e 2� posi��es dum novo sistema.
(*)


Para entendermos os aspectos de suas poss�veis
apresenta��es poder�amos dizer que os n�cleos em

(*) Veja-se estudo mais completo no livro: "A Grande
S�ntese", de P. Ubaldi. Editora Lake. SP. 1951. 2� edi��o.


JORGE ANDR�A


GRAVURA 3

Apresenta��o esquem�tica das expans�es energ�ticas do
n�cleo em potencia��o.

GRAVURA 4


N�cleos PSI-sexuais com suas respectivas irradia��es at� a
superf�cie corp�rea.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

potencia��o, em contacto uns com os outros, unidos
por fios de espec�ficas energias, t�picos filamentos,
tomariam a forma de um ros�rio onde as "contas"
seriam os pr�prios n�cleos em potencia��o. Com
isso, o filamento unificante desses n�cleos, enrodilhado
sobre si mesmo, um verdadeiro novelo, constituiria
um fio sem fim. Existiriam tantos n�cleos
quantas fossem as aquisi��es e experi�ncias incorporadas
para as regi�es espirituais, ampliando a
"fia��o" que tamb�m seria energia daquela faixa.

Esses n�cleos teriam nos genes cromossomiais
as telas ideais de suas manifesta��es e o local por
onde todas as experi�ncias da vida f�sica fossem
absorvidas. Dessa forma, os genes dos cromossomos
e os n�cleos em potencia��o do inconsciente
ou zona espiritual constituiriam, respectivamente,
os pontos de chegada e partida da viv�ncia energ�tica
PSI.

Se tentarmos apresentar outro aspecto do n�cleo
em potencia��o, que seria a sua estrutura funcional,
dir�amos que eles estariam constitu�dos com

o teor energ�tico das tr�s camadas do inconsciente
ou zona espiritual (gravura 1) � o inconsciente
puro, o inconsciente passado e o inconsciente atual.
A gravura 3 nos mostra o esquema do n�cleo em
potencia��o com suas camadas irradiantes, por�m
as vibra��es variariam de acordo com a posi��o em
que se encontram nas regi�es do psiquismo profundo.
Pelo esquema da mente humana (gravura
1), a distribui��o dos n�cleos pela zona do inconsciente
passado variaria de acordo com a sua pr�pria
carga energ�tica. Os mais evolu�dos, isto �, os mais
bem constitu�dos em aptid�es estariam mais em
contacto com o inconsciente puro; os menos evolu�

JORGE ANDR�A

dos, mais pobres de aquisi��es, estariam situados
na por��o mais externa em contacto com o inconsciente
atual. Com isso, a sua composi��o variaria
de acordo com a sua situa��o. Os que se encontram
mais para a zona do inconsciente puro seriam
n�cleos com maior carga energ�tica do inconsciente
puro e, por isso, mais evolu�dos. Os que estivessem
mais pr�ximos do inconsciente atual seriam os
menos evolu�dos, os mais carentes, os mais necessitados
de constru��o e, portanto, mais afinizados
em vibra��es com a organiza��o f�sica como que l�
buscando os campos das experi�ncias.

Os n�cleos em potencia��o quanto mais para

o centro do inconsciente, mais quintessenciados,
mais purificados, e quanto mais para a periferia,
mais condensados, mais facilmente vibrando com
a mat�ria do corpo f�sico. S�o esses n�cleos mais
perif�ricos que sustentariam a vida celular da organiza��o
f�sica pelas telas dos genes cromossomiais,
embora sendo influenciados e orientados
pelos mais evolu�dos, situados mais para o centro
do psiquismo.
Por tudo, os n�cleos em potencia��o seriam a
verdadeira estrutura do psiquismo de profundidade,
onde suas energias, arregimentadas nas experi�ncias
multimilenares, constituiriam um campo vibrat�rio
transcendendo � vida f�sica. Os fatores e
experi�ncias m�ltiplas do meio externo, absorvidos
sob forma de aptid�es, s�o como que incorporados
�s suas fontes de imortalidade, prosseguindo sempre
num processo evolutivo na busca de um amor
integral, a representar mecanismo de constante
realiza��o c�smica.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

N�CLEOS PSI-SEXUAIS E CORRELA��ES
COM A ZONA F�SICA


Partindo do conhecimento, j� exposto, que
essa hip�tese de trabalho possa oferecer, a respeito
dos n�cleos em potencia��o, podemos dizer que a
sua estrutura funcional se perderia em dimens�es
superiores onde as energias do esp�rito se espraiam.
� claro e l�gico que a zona consciente do intelecto
humano fica absolutamente isolada (conscientemente),
por n�o possuir elementos espec�ficos que
possam detectar aqueles campos vibrat�rios superiores.
Compreende-se, tamb�m, que os n�cleos em
potencia��o devam apresentar varia��es de acordo
com a regi�o em que se encontram e do setor a que
pertencem.

Todas as atividades da psique estariam na depend�ncia
das informa��es desses campos do inconsciente,
no caso o inconsciente passado. Essa
regi�o do inconsciente apresenta um farto e expressivo
campo de atividades, onde poder�amos anotar
as varia��es de suas energias de conformidade com
os n�cleos em potencia��o a que pertencem. As
fontes mais pr�ximas da periferia, fazendo limites
com o inconsciente atual, seriam os campos de
energias mais condensadas, mais afinizadas com a
mat�ria. As fontes energ�ticas mais internas, fazendo
limites com o inconsciente puro, seriam de
energias mais quintessenciadas, mais evolu�das, de
modo a incentivarem e mesmo orientarem os campos
mais externos. � nesse setor mais interno (gravura
4), acoplado aos campos do inconsciente puro,
que teriam nascimento as energias ditas sexuais,
pelas suas condi��es de impuls�o criativa.


JORGE ANDR�A

Os n�cleos respons�veis pelas for�as sexuais,
embora origin�rios nas vizinhan�as do inconsciente
puro, n�o ficariam limitados a essa regi�o. Suceder-
se-iam em cadeia at� as vizinhan�as do inconsciente
atual, embora mantendo contactos de seus
campos (gravura 4). Dessa posi��o, emitiriam energias
que venceriam as barreiras do inconsciente
atual, para adapta��es, a fim de alcan�arem a zona
corp�rea na afirma��o do sexo a que pertencem em
determinada etapa palingen�tica. Os n�cleos em
potencia��o dessa categoria, quanto mais. para a
periferia (pr�ximos do inconsciente atual), seriam
mais "personificados" e carregados de energias
adaptadas aos �rg�os sexuais do corpo; isto �, esses
n�cleos mostrariam a predomin�ncia da polaridade
sexual que o corpo f�sico revela. Ao passo que os
n�cleos mais internos (pr�ximos ao inconsciente
puro) seriam mais "impessoais", com uma carga
de energia de maior totalidade, onde as duas for�as
(masculinidade e feminilidade) se encontrassem
ajuntadas, como que fundidas.

Diante de tal proposta, percebe-se que, quanto
mais no centro do inconsciente, mais a for�a criativa
revela-se de totalidade; quanto mais na periferia,
mostra-se com predomin�ncia masculina ou
feminina. Esse campo energ�tico espiritual ou do
inconsciente, embora mostrando-se, tamb�m, como
energia sexual, seria bem diverso daquele que se
mostra nos �rg�os gen�sicos da regi�o corp�rea.

Com isso, queremos dizer que a energ�tica
sexual, quanto mais interna, mais sutil, a ponto de,
num esfor�o de express�o, traduzirmos como energia
supersexual. Assim, fazemos diferen�a dessa
energ�tica: quanto mais interna, mais integraliza



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

da e evolu�da apresentando um m�ximo potencial,
quanto mais externa, j� sendo distribui��o atrav�s
do inconsciente atual para as c�lulas corp�reas,
mais dividida, dicotomizada, mais condensada e
mais afinizada com a mat�ria. Quanto mais internas,
mais apresentam as for�as totalizadoras do
sexo, num verdadeiro bloco ou conjunto, a ponto de
serem absolutamente "impessoais"; quanto mais
externas, mais expressam a for�a sexual direcionada
numa das posi��es do sexo (masculino ou
feminino); da� a sua personifica��o.

Esses n�cleos em potencia��o, pelas suas fontes
irradiantes, influenciariam os seus vizinhos destinados
a outros misteres. � como se os n�cleos em
potencia��o sexuais irradiassem um colorido espec�fico
e influenciassem os demais com a sua pr�pria
tonalidade (gravura 4).

Nessa conceitua��o das energias do inconsciente
(ou esp�rito) estamos a ver e perceber que os
campos das for�as sexuais seriam bem expressivos
e, na zona consciente, os mais variados �ngulos
emocionais apresentar-se-�am com colorido sexual
pelo envolvimento daquelas fontes espec�ficas, for�as
da pr�pria alma, jamais sendo o resultado de
exclusivas atividades dos �rg�os sexuais da organiza��o
f�sica. Portanto, n�o deve haver confus�o com
atividades sexuais ligadas diretamente aos �rg�os
sexuais e �s energias sexuais que carregamos em
nosso esp�rito, embora as atividades sexuais na periferia
sejam orientadas por essas for�as do esp�rito.
Como essas for�as sexuais do esp�rito, para as quais
preferimos a denomina��o de "for�as criativas",
banham e envolvem as demais fontes dos m�ltiplos
e in�meros n�cleos em potencia��o do inconsciente


JORGE ANDR�A

passado, muitas das atividades do psiquismo podem
mostrar a influ�ncia daquele colorido. � bastante
comum nas artes a influ�ncia e derrame dessas
energias, ligadas aos campos sexuais internos, atrav�s
de s�mbolos e imagens v�rias.

Achamos que Freud ao perceber as for�as do
insconsciente, na zona intelectual que � a mais perif�rica,
sentiu o colorido do componente sexual.
Como analisava o inconsciente em face da organiza��o
f�sica e mesmo como o resultado desse trabalho
consciencial, s� poderia ter tirado ila��es
psicol�gicas nessa zona mais condensada, com s�mbolos
mais personificados e com exclusiva tonalidade
dessa regi�o. Por isso, viu o sexo em tudo,
por�m o sexo periferia, o sexo resultante do trabalho
hormonal do corpo f�sico, criando a sua psicologia
nesta faixa com horizontes profundamente
limitados.

O inconsciente para Freud era conseq��ncia
funcional das unidades neuroniais. Freud, realmente,
fez a abertura dos v�us da alma. Muitos t�m
procurado elevar essas posi��es ligadas ao sexo,
enquanto que outros apenas exaltam instintos
primitivos, salientando erotismo com hipertrofia na
licen�a, fundamentando-se em grande parte na filosofia
de Marcuse.

Jung foi mais longe ao perceber que, al�m das
for�as sexuais, existiam outros campos influencia-
dores das atividades ps�quicas onde os "arqu�tipos"
seriam as fontes de origem dos mesmos. Reconheceu
os valores daqueles eventos e analisou as for�as
do inconsciente em suas devidas posi��es a influenciarem
a psique consciente. Com a sua maneira de
ver sentiu a din�mica do inconsciente como uma


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

totalidade (libido) pelos arqu�tipos e s�mbolos e
suas respectivas emers�es na zona consciente, inclusive
os de tonalidade sexual. Na posi��o das
for�as sexuais existem, tanto no campo masculino
quanto no feminino, as duas faces onde uma delas
� sobrepujada e envolvida. Para Jung o homem traz
consigo, na profundidade do inconsciente, a sua
imagem feminina, como a mulher a sua imagem
masculina. S�o como que contrastes em equil�brio.
A imagem masculina Jung chamou de "animus" e
a feminina de "anima". Desse modo, o homem carrega,
tamb�m, o seu "anima", como a mulher o seu
"animus". As for�as de manifesta��o dessas imagens
do inconsciente (contrastantes com a zona
consciencial) s�o inesgot�veis e vari�veis em tonalidades,
e as medidas de cada situa��o ps�quica interna
poderiam revelar-se atrav�s dos sonhos como
proje��o dessas imagens.

A feminilidade da zona inconsciente do homem,
como a masculinidade da zona inconsciente da mulher
projetam-se na vida consciente comum, nas
mudan�as de humor, com os coloridos correspondentes
� for�a do inconsciente que representam.
Assim, o "anima" seria, em linguagem jungueana,

o arqu�tipo do feminino, como o "animus" o arqu�tipo
do masculino. No "anima" estaria a m�e, a
professora, a estrela de cinema, a apresenta��o de
um ideal de mulher, os caprichos de express�o feminina;
tudo isso, dependendo da fase da vida em
que o indiv�duo se encontra, porquanto a proje��o
do "anima" estar� relacionada com o arcabou�o
psicol�gico de determinada idade. O mesmo para a
mulher em rela��o ao "animus" representado pelo
pai, pelo mestre, pelo her�i dos contos ou mesmo do

JORGE ANDR�A

cinema, pelo atleta etc., e os reflexos nas produ��es
art�sticas.

Caso de estudo interessante, � luz da psicologia
junguista, � o c�lebre quadro de Mona Lisa, de
Leonardo da Vinci. A interpreta��o do famoso sorriso
da dama, A Gioconda, que n�o corresponderia ao
modelo, se � que realmente o teve, seria o reflexo da
alma feminina � o "anima" � do grande artista.
No pensamento junguista, quando a mulher apresenta
tonalidade masculina de disputa de dire��o
em empresas, de discuss�es e outras revela��es tipicamente
masculinas, seria o efeito de seu "animus"
projetando na tela consciente a sua pr�pria
imagem da zona inconsciente. No caso do homem,
a emers�o de seu "anima" na zona consciente resultaria
em atitude de maior sensibilidade, f�cil
aceita��o de id�ias e mesmo certa submiss�o em
face de determinadas situa��es. O homem apresentaria
atitudes mais delicadas, por isso mesmo com
maior sensibilidade.

Quando essas for�as � "animus" e "anima" �
est�o bem conjugadas s�o mediadores equilibrados
e construtivos entre o consciente e o inconsciente.
E a natureza, tanto a masculina quanto a feminina,
estar� sempre buscando o seu outro lado complementar
para realiza��es e afirma��es. Esse pensamento
junguista oferece uma psicologia din�mica,
mais substanciosa e muito mais l�gica.

As mais recuadas filosofias pressentiram essas
energias da alma com a sua necess�ria dualidade.
A gravura 5 constituiu uma das representa��es
mais antigas da humanidade. De origem chinesa

� taigitu � tem tido in�meras interpreta��es,
por�m, a id�ia central desse tipo de mandala tra

FOR�AS SEXUAIS DA ALMA 5 7

duz uma dualidade em constante equil�brio. Podemos
dizer que s�o campos de polariza��es opostas
com seu habitual movimento evolutivo; isto �, �
medida que os instintos, como for�as da alma,
fossem maturando para posi��es mais positivas, os
v�rtices que constituem os seus campos vibrat�rios
se iriam aperfei�oando e, conseq�entemente, as
for�as sexuais que por a� trafegam.

A dualidade desses campos, apesar de suas
polaridades, n�o constitui um contraste perene, mas
um equil�brio buscando harmonia na pr�pria raz�o
evolutiva. Assim, a filosofia chinesa denominava
uma das zonas de Yin e a outra de Yang, representando
as posi��es opostas da vida: em Yin estaria
um p�lo de nascimento (in�cio de consci�ncia), em
Yang o caminho de sua express�o maturativa, a
pura Luz; dum lado a sombra, do outro a luz; dum
p�lo, o masculino, do outro, o feminino.

Transferindo a esquem�tica para a zona do
inconsciente ou espiritual, situemos, nesses dois
campos, respectivamente, a zona masculina e a feminina.
Cada uma dessas zonas possui em seu bojo
uma pequena �rea do outro campo, a traduzir a
exist�ncia de diminuta fonte de energia sexual
oposta (gravura 5). Tanto a zona masculina, quanto
a feminina possuem em seu seio, em equil�brio
harm�nico, pequeno campo sexual de outra polariza��o.
Se o indiv�duo for do sexo masculino possui,
al�m de sua energ�tica sexual de predomin�ncia,
uma pequena fonte de pot�ncia sexual feminina, sem
maiores influ�ncias em sua organiza��o pelos seus
limitados influxos. Os que estiverem na faixa feminina,
tamb�m apresentar�o uma pequena fonte sexual
masculina limitada e como que dominada. Da�,


JORGE ANDR�A

concluir-se que, tanto os campos masculinos quanto
os femininos possuem dentro de seus pr�prios
conte�dos for�as sexuais opostas, por�m dominadas.
Isto quer dizer que a zona em evid�ncia, masculina
ou feminina, mant�m a luz de sua preponder�ncia
enquanto que a oposta fica como que
temporariamente na sombra, por�m com pequenos
reflexos nos outros campos. � nesse equil�brio de
for�as que a evolu��o se vai afirmando; nos casos
de desvios patol�gicos dessas fontes haver� desenvolvimento
de for�as destoantes, cujas rea��es-respostas,
que sempre mostram atitudes desarm�nicas,
visam, em �ltima an�lise, ao restabelecimento
dos conte�dos do psiquismo de profundidade.

Em nosso conceito, dos n�cleos em potencia��o
sexuais partem as for�as totalizadoras do sexo, embora
na periferia do consciente elas se afirmem de
acordo com a necessidade evolutiva daquela etapa
reencarnat�ria. Com isso, poder�o aparecer, tanto
no homem como na mulher, impulsos do sexo
oposto em tonalidades cab�veis e compreens�veis e
nos casos em que n�o haja distor��es doentias
dessas energias do psiquismo. A express�o da energ�tica
sexual estar� sempre relacionada com o panorama
evolutivo e a necessidade de viv�ncia consciencial
da faixa sexual de predomin�ncia. Portanto,
a oscila��o sexual, entre seus dois p�los, estar�
ligada � posi��o evolutiva de cada ser e �s varia��es
que essas cargas espec�ficas sofrem em determinada
fase da vida, no corpo f�sico, e respectivo arcabou�o
psicol�gico que o indiv�duo apresenta.

Achamos que Jung, por ter penetrado no inconsciente
com maior acuidade do que Freud e pelas
experi�ncias paranormais de que participou, devia


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA


ter conclu�do, dentro do panorama cient�fico, pela
imortalidade dos campos do inconsciente. Se chegou
a essa conclus�o n�o nos informou com precis�o,
apenas deixou transparecer em seu �ltimo livro
de Mem�rias alguns coloridos a respeito.

GRAVURA 5


De tudo, podemos concluir que Fre�d abriu os
v�us da alma aos estudos universit�rios. Jung sondou
e avaliou muitos dos campos do inconsciente
ou energ�tico espiritual. Outros vir�o, a fim de colocar,
na psicologia de nossos dias, a grande equa��o
sobre imortalidade e paling�nese.

* * *

As for�as sexuais do ser, pelos conceitos expostos,
existem tanto no homem quanto na mulher, no


JORGE ANDR�A

psiquismo de profundidade, de modo duplo, bissexual,
integralizado. � medida que nos aproximamos
da periferia da estrutura ps�quica, essas for�as
sexuais tendem a dividir-se e a se expressarem na
tonalidade de sua pr�pria necessidade (constru��o
evolutiva) na zona consciente; por�m, na profundidade,
quanto mais para o centro da alma, no inconsciente
puro, mais unida, mais integral, de carga
completa, bissexual. Se ajustarmos esses conceitos
num esquema de imortalidade, ao lado de suas
constru��es nos movimentos reencarnat�rios, compreenderemos
o valor da energ�tica PSI-sexual no
mecanismo evolutivo da vida, al�m de explicarmos
toda a fenomenologia da psicologia din�mica, cujos
fatos est�o encarcerados num cipoal de explica��es
intelectivas sem um eixo de pensamento coordenador.
O pr�prio Jung, diante das for�as evolutivas do
inconsciente e em constantes renova��es (reencarna��es),
criou o inconsciente coletivo para explicar

o manancial pret�rito que o homem carrega em sua
totalidade psicol�gica. Por n�o ter incorporado a
id�ia das renova��es do EU, com as respectivas
absor��es de experi�ncias que as reencarna��es propiciam,
tomou caminhos de complexidade intelectiva
para poder sustentar a tem�tica em quest�o.
Por ter percebido a volumosa energia do psiquismo,
desgarrou-se dos conceitos freudianos, que apenas
abordavam os reflexos dessas energias na tela
consciencial de conformidade com a teoria da sexualidade.
A Dra. Nise da Silveira, em seu livro sobre
Jung e sua obra, tem uma cita��o em que conv�m
transcrita: "A no��o da bissexualidade de todo ser
humano, antes de ser aceita pela ci�ncia, era j� uma
intui��o antiqu�ssima. Encontramo-la, por exemplo,


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

no mito dos Andr�ginos, apresentado por Arist�fanes
no Banquete de Plat�o. Os andr�ginos eram
seres bissexuados, redondos, �geis e t�o possantes
que Zeus chegou a tem�-los. Para reduzir-lhes a for�a
dividiu-os em duas metades: masculina e feminina.
Desde ent�o cada um procura ansiosamente sua
metade. O homem e a mulher sofrem esse mesmo
sentimento, expresso pelo mito, de serem incompletos
quando sozinhos, pois a natureza do homem
pressup�e a mulher e a natureza da mulher pressup�e
o homem."

Podemos dizer que o esp�rito hominal possui
nas for�as PSI-sexuais um dos pilares da sua pr�pria
evolu��o intelectiva e �tica, por ser a conseq��ncia
de aquisi��es multimilenares e em constantes
renova��es para burilamento e harmonia do
psiquismo. A meta a ser alcan�ada ser� sempre um
novo tipo de consci�ncia. Enquanto o esp�rito n�o se
apresentar integralizado em sua dupla for�a sexual,
exteriorizar� sempre, no processo reencarnat�rio, a
posi��o que est� a exigir experi�ncias e viv�ncias
na zona f�sica. Com isso, podemos aquilatar qual
seja a posi��o sexual dos esp�ritos. Eles possuem o
potencial dessas energias de modo integralizado na
bissexualidade, quando evolu�dos; nos menos evolu�dos,
as for�as estar�o pendentes na polariza��o
masculina ou feminina, com varia��es, maiores ou
menores, em face do grau evolutivo em que se encontram.
Conv�m referir que os esp�ritos, pela sua vestidura
perispiritual, apresentam-se, nas vid�ncias
comuns, com aspecto de sua �ltima encarna��o
humana e, com isso, traduzindo, tamb�m, a sua
polaridade sexual. Tanto os esp�ritos masculinos
como os femininos expressam-se e imprimem condi��es
condizentes com a sua posi��o genot�pica,


JORGE ANDR�A

existindo as varia��es de polariza��o do sexo ou
mesmo integraliza��o desses potenciais por condi��es
evolutivas.

Conting�ncias dessa ordem poder�o dizer-nos
que o sexo, masculino ou feminino, � uma dissocia��o
energ�tica com finalidade de aquisi��es evolutivas.
O esp�rito, encarnado ou desencarnado,
apresentar� a pot�ncia sexual, ora masculina ora
feminina, por se encontrar necessitado de realiza��es.
Somente os mais evolu�dos, pelas aptid�es adquiridas,
incorporaram em sua ess�ncia os dois fatores
(masculino e feminino), a representarem uma
unissexualidade pela bissexualidade maturada nas
etapas reencarnat�rias.

Traduzimos a totalidade din�mica do psiquismo
como energ�tica origin�ria no inconsciente puro
e em cuja zona mais perif�rica tomariam origem
as ra�zes das for�as sexuais (gravura 4). Estas,
nessa regi�o, representariam um campo de energias
criativas perfeitamente nutridas e orientadas pelo
foco central do psiquismo (insconsciente puro) que,
por sua vez, tamb�m se responsabilizaria pelos demais
n�cleos em potencia��o do inconsciente passado.
Os n�cleos em potencia��o ligados �s for�as
sexuais do inconsciente (for�as criativas por excel�ncia)
seriam distribu�dos pela orla do inconsciente
puro e em cadeia (gravura 4), buscando o inconsciente
atual; nos tra�os de sua passagem deixariam
a sua influ�ncia por toda a �rea do inconsciente
passado e, logicamente, do inconsciente atual. O
conjunto dessa for�a estaria diretamente ligado ao
processo evolutivo, auxiliando todos os campos da
vida, como, tamb�m, recebendo e incorporando
todo o produto dos trabalhos e experi�ncias que a
a zona consciente pode desenvolver. Portanto, n�o


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

s� a corrente ps�quica centr�fuga (do centro para
a periferia) a nutrir e influenciar os fen�menos
vitais da organiza��o f�sica, mas, tamb�m, a corrente
centr�peta (da periferia para o centro) a levar
todo o material desenvolvido e realizado nas telas
conscienciais. Assim, existiria um ciclo vital onde
correntes vibrat�rias de energias variassem de
acordo com a faixa que trafegam; quanto mais na
periferia mais condensa��o, quanto mais no centro
mais quintess�ncia; quanto mais na periferia, personifica��o,
quanto mais no centro, unifica��o.

As for�as sexuais corp�reas, quando ajustadas,
concorrem para a manuten��o do equil�brio interno.
Esse ajuste deve ser entendido de modo amplo,
no sexo bem conduzido, onde castidade com sentido
e sublima��o s�o tamb�m posi��es criativas da
alma. As for�as resultantes desses mecanismos de
sublima��o sexual ser�o sempre aproveitadas na
amplia��o de outras atividades do psiquismo, onde
os sentimentos positivos, aut�nticos e mais nobres
incorporam-se aos seus resultados.

Pelo visto, podemos dizer que os n�cleos em
potencia��o PSI-sexuais, localizados nas faixas mais
perif�ricas do psiquismo (limites com o inconsciente
atual), se expressam com for�as personificadas
do sexo, masculino ou feminino; quanto mais localizados
nas vizinhan�as do inconsciente puro, mais
englobam as for�as bissexuais, buscando uma totalidade,
a representarem uma ess�ncia criativa. O
esp�rito ou energ�tica do inconsciente, na sua parte
central e interna, carrega as potencialidades dos
dois sexos, cujas irradia��es, � medida que alcan�am
a periferia, v�o demonstrando a sua polariza��o,
masculina ou feminina, com todos os graus e
varia��es poss�veis, de acordo com fatores c�rmicos


JORGE ANDR�A

e de proje��es reencarnat�rias. Dessa maneira, os
n�cleos PSI-sexuais, de conformidade com os potenciais
din�micos que carregam, situariam a personalidade
do indiv�duo (zona consciente) na faixa
de sua necessidade evolutiva, para o lado masculino
ou feminino. E, dentro dessas faixas, com as
oscila��es de maior ou menor masculinidade ou
feminilidade.

A for�a sexual nascendo nas vizinhan�as do
inconsciente puro, como pot�ncia criativa da alma,
apresentaria, nos seus n�cleos em potencia��o, uma
predomin�ncia de for�as semelhantes �s do inconsciente
puro. Entretanto, iriam sofrendo varia��es �
medida que alcan�assem a periferia (limites com o
inconsciente atual); isto �, o n�cleo em potencia��o
na vizinhan�a do inconsciente atual teria predomin�ncia
das for�as a� existentes. Em outros termos:
os n�cleos PSI-sexuais mais internos possuiriam
maior teor de for�as do inconsciente puro (gravura
5A) e como que absorvendo as tonalidades bissexuais.
Os n�cleos em potencia��o sexuais mais perif�ricos
estariam com predomin�ncia de for�as do
inconsciente passado e atual (gravura 5B) a traduzirem
for�as mais condensadas e direcionadas
nos p�los, masculino ou feminino, com seus diversos
graus e varia��es, ou mesmo em for�as distoantes
nos casos patol�gicos.

* * *

O princ�pio espiritual, com os mecanismos de
suas energias criativas, atrav�s dos milh�es
de mil�nios foi expressando o componente sexual.
Nas plantas fanerog�micas percebe-se que,
inicialmente, a evolu��o propiciou as polariza��es


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA



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sexuais ajuntadas, por isso considerado um hermafroditismo.
J� nas plantas criptog�micas existe
maior separa��o dos respectivos p�los sexuais mostrando
a reprodu��o sexuada, que se ampliou bastante
no reino animal. Com isso, o princ�pio inteligente
ou esp�rito, no plano evolutivo, vai demonstrando
a necessidade da reprodu��o monog�mica,
embora, aqui e ali, algumas esp�cies animais possam
reviver o hermafroditismo como est�gios de
consolida��o evolutiva. Certos animais podem ativar
um potencial sexual oposto ao seu, em determinada
fase da vida, denotando a exist�ncia, em
seu princ�pio inteligente ou campo espiritual, do
potencial sexual duplo que o esp�rito carrega, em
exaltando certos princ�pios hormonais.

Os animais superiores, inclusive o homem, possuem
em suas organiza��es f�sicas, tanto a masculina
quanto a feminina, horm�nios dos dois sexos.
Qualquer que seja a polaridade sexual, um estado
de desorganiza��o dos campos espirituais poder�
excitar um determinado horm�nio, acarretando deforma��es
de efeitos chamados heterossexuais das
gonadas.

A for�a da energia sexual numa determinada
faixa, masculina ou feminina, seria o resultado da
expans�o e orienta��o dos n�cleos sexuais perif�ricos
e suas conseq�entes irradia��es e orienta��es no
setor material. Esses mesmos n�cleos mais perif�ricos
ser�o sempre orientados pela for�a central,
atrav�s de sua pr�pria cadeia (gravura 4). Bem
claro que todo o jogo de heran�a f�sica j� constitui
reflexos dos campos energ�ticos do esp�rito.

A energ�tica espiritual sem o corpo f�sico (desencarnados)
carrega consigo as duas grandes for



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

�as sexuais (masculina�feminina), que dever�o ser
exteriorizadas, numa das suas polariza��es, de conformidade
com a necessidade evolutiva, dentro de
uma Lei perfeita que comanda todos os �ngulos da
vida. Quanto mais essa for�a espiritual se expressa
em suas regi�es perif�ricas (limites do inconsciente
atual), o esp�rito ter� as suas tend�ncias para determinada
faixa sexual, tudo englobando numa
personalidade psicol�gica a ser traduzida no processo
reencarnat�rio. Da�, considerarmos as fontes
energ�ticas sexuais mais perif�ricas como personificadas,
traduzindo o seu pr�prio p�lo sexual de manifesta��o;
se a predomin�ncia energ�tica for das
regi�es centrais do esp�rito (limites do inconsciente
puro), traduziria for�as impessoais por serem totalizadas.
Nesta �ltima posi��o � de entender-se o
caso dos esp�ritos mais evolu�dos, n�o mais necessitados
de reencarna��o, por terem absorvido e unificado
as pot�ncias sexuais, tanto na polariza��o
masculina quanto na feminina. � como se esses esp�ritos
mais evolu�dos n�o mais precisassem das experi�ncias
na personalidade (corpo f�sico); em tais
casos, os mais evolu�dos s�o como que integralizados
nas duas for�as do sexo (masculino e feminino),
n�o necessitando das experi�ncias e dos diversos
matizes que as reencarna��es podem propiciar.
Seriam esp�ritos onde a estrutura��o das for�as
opostas do sexo n�o mais sofreriam varia��es; n�o
haveria falta numa ou noutra faixa a exigir constru��o
e equil�brio.

O esp�rito enquanto n�o estiver constru�do, no
sentido de integraliza��o das for�as sexuais (masculina
ou feminina) pelas viv�ncias multimilenares,
estar� sempre condicionado a reencarna��o provei



JORGE ANDR�A

tosa, �nico meio para equil�brio e ascens�o. Da�,
compreender-se a necessidade da reencarna��o para

o esp�rito, tanto na faixa masculina quanto na feminina,
como busca de um processo de realiza��o. �
claro que obedecendo ritmos no tempo, cujas mudan�as
de faixa vibrat�ria sexual, algumas vezes,
podem ser percebidas e anotadas; isto �, um esp�rito
que vinha ocupando corpos masculinos e por
necessidade da Lei passar� ao ritmo feminino. A
fase de transi��o, de uma potencialidade a outra,
muitas vezes deixar� tra�os de passagem traduzidos,
com matizes vari�veis, no arcabou�o psicol�gico
do reencarnante. Diga-se, de logo, que nesses mecanismos
citados n�o estamos nos referindo a aspectos
doentios e sim, exclusivamente, h�gidos.
Pelos conceitos apresentados, todo reencarnante
possuiria, em sua intimidade espiritual, as duas
for�as com predom�nio, maior ou menor, do p�lo
masculino ou feminino, a fim de buscar experi�ncias
e aquisi��es de aptid�es. Os que se encontram com
os fatores sexuais espirituais recompletados e integralizados
poder�o, em condi��es reencarnat�rias,
mostrar-se num dos p�los, masculino ou feminino,
com vida sexual normal. Esses indiv�duos, quase
sempre, apresentam-se como mission�rios, onde os
fatores sexuais s�o tamb�m deslocados na elabora��o
das grandes constru��es da pr�pria alma.
Exemplos dignos de registro nessa faixa evolutiva
s�o as estruturas psicol�gicas j� alcan�adas por
um Francisco de Assis, um Gandhi ou mesmo um
Schweitzer.

* * *

Denominemos essas for�as sexuais do esp�rito
de for�a PSI-Y, para a pot�ncia masculina, e PSI-X,


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

para a pot�ncia feminina. Pela desenvoltura do
tema, compreende-se que os n�cleos em potencia��o
sexuais mais perif�ricos (vizinhan�as do inconsciente
atual) estar�o carregados com for�as vari�veis,
para o lado PSI-Y ou PSI-X, a nutrirem o sexo,
masculino ou feminino, na organiza��o gon�dica
do corpo f�sico. Esses n�cleos em potencia��o ligados
ao sexo, abastecidos com as energias preponderantemente
masculinas ou femininas, estar�o sempre
sob forte irradia��o da sua zona mais perif�rica,
constitu�da de material do inconsciente atual, a
fim de manter a necess�ria nutri��o/orienta��o
que a organiza��o sexual do corpo f�sico exige e
necessita.

Diga-se, tamb�m, que por mais que haja afirma��o
de um dos p�los sexuais, em determinado
indiv�duo, haver� sempre for�a sexual contr�ria
embora dominada pela carga preponderante. Enquanto
n�o houver equil�brio e respectiva constru��o
dessas for�as, a necessidade reencarnat�ria se
imp�e, at� que as estruturas alcan�adas sejam de
tal ordem que o esp�rito mesmo reencarnado, em
corpo masculino ou feminino, n�o tenha necessidade
das experi�ncias relacionadas aos �rg�os sexuais
do corpo f�sico. Neste caso, poder�amos dizer que o
sexo (periferia) foi sublimado, que a castidade
passar� a ser construtiva e que as energias da alma,
j� integralizadas na bissexualidade, desfecham v�os
para posi��es de ascese das grandes elabora��es espirituais.
Isso n�o quer dizer que, alcan�ado certo
patamar evolutivo, as fun��es sexuais n�o sejam
exercidas se houver reencarna��o. O ser pode ter
alcan�ado condi��es evolutivas de tal ordem que os
campos sexuais criativos do inconsciente estejam


JORGE ANDR�A

maturados �s expensas dos desfiles reencarnat�rios,
mas, em determinado mergulho carnal (sexo masculino
ou feminino), a sua respectiva miss�o pode
estar condicionada � exist�ncia de c�njuge; desse
modo, as fun��es sexuais realizadas, por constitu�rem
novas experi�ncias, tendem a ampliar os lastros
do esp�rito ou zona inconsciente. Qualquer viv�ncia,
por menos expressiva que seja, jamais ser� afastada
do processo de incorpora��o �ntima.

Para compreendermos melhor as oscila��es
dessas for�as PSI-sexuais, ora na faixa Y ou X,
vamos recorrer ao esquema. Figuremos a totalidade
dessa energ�tica PSI-sexual no seu respectivo n�cleo
em potencia��o com a manifesta��o vibrat�ria
das suas tr�s zonas (gravura 3). Na zona central
do n�cleo a faixa vibrat�ria do inconsciente puro
estaria carregada de material bissexual integralizado.
Na zona que se sucede, isto �, a do inconsciente
passado, haveria um teor vibrat�rio de carga oscilante
das duas potencialidades sexuais. Na zona
mais perif�rica, com potenciais do inconsciente
atual, a for�a da sexualidade estar� personificada
ora na faixa Y, a masculina, ora na faixa X, a feminina.


Fa�amos com que as for�as PSI-sexuais do
n�cleo em potencia��o sejam projetadas em dois
tri�ngulos is�sceles justapostos. � claro que estamos
representando o manancial total das mir�ades
de n�cleos em potencia��o, ligados ao sexo, em uma
unidade PSI-sexual (gravura 6); dum lado, o potencial
masculino e, do outro, o feminino. Os tri�ngulos,
por sua vez, representariam as telas de
manifesta��o das energias sexuais espirituais no
corpo f�sico, onde cada um deles oferecesse ora o


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

potencial masculino, ora o feminino. Como no esquema
esses tri�ngulos est�o representando as faixas
masculina e feminina, qualquer que seja o sexo
em que o esp�rito se encontre, em determinado corpo,
haver� sempre as duas pot�ncias, embora com
maior ou menor predom�nio duma faixa sexual.
Tanto o corpo f�sico masculino quanto o feminino
apresentam as pot�ncias dos dois sexos, onde um
deles tem mais predom�nio sobre o outro, coisa j�
muito bem equacionada pela fisiologia. Tamb�m, �
condi��o aceita pela psicologia din�mica a exist�ncia
das fontes sexuais (masculina e feminina)
como for�as que se equilibram.

No nosso esquema, o tri�ngulo masculino ter�
maior �rea de potencial PSI-Y, enquanto que o tri�ngulo
feminino ser� �rea de potencial sexual predominantemente
PSI-X. Na zona central, zona
PSI-YX, as faixas s�o equivalentes em potencial,
havendo bissexualidade, por�m no sentido de integra��o
sexual, cabendo melhor a denomina��o
de unissexualidade pela integraliza��o de seus fatores.
Percorrendo o esquema, as vibra��es da energia
PSI-sexual situam-se em diferentes �reas: em
�reas maiores ou menores dos tri�ngulos. Isso
significa a posi��o sexual do encarnado, de acordo
com o potencial PSI-sexual que carrega. Se o encarnado
estiver em corpo masculino, em sua maior
�rea � PSI-Y" �, possuir� a predomin�ncia masculina
em sua m�xima potencialidade, revestido em
arcabou�o psicol�gico pr�prio. Em id�nticas condi��es,
por�m de p�lo oposto, estariam os encarnados
ocupando a faixa PSI-X". Essas faixas mais expressivas
das for�as sexuais, PSI-Y" e PSI-X", masculina
ou feminina, estariam na depend�ncia das
vibra��es do inconsciente atual dos n�cleos em


JORGE ANDR�A

potencia��o e, ao mesmo tempo, carregando for�as
sexuais contr�rias, embora em pequena propor��o,
conforme mostram as pequenas �reas triangulares
das extremidades, no esquema.

Compreende-se, dessa forma, que as faixas
PSI-Y' e PSI-Y estariam ligadas ao sexo masculino,
em tonalidades energ�ticas menos acentuadas na
periferia corp�rea, proporcionadas pelas for�as do
inconsciente passado do n�cleo em potencia��o
sexual. A mesma estrutura, por�m de potencialidade
feminina, estaria nas faixas PSI-X' e PSI-X, subordinadas,
como as masculinas, a maior influ�ncia
do inconsciente passado do n�cleo em potencia��o.
Com essa seq��ncia de apresenta��o entende-se que
estamos nos referindo �s condi��es fisiol�gicas em
esquemas psicol�gicos h�gidos, isto �, for�as sexuais
absolutamente sadias, sem quaisquer desvios patol�gicos.


Se o indiv�duo estiver na sua viv�ncia material,
psicologicamente projetado na �rea central do tri�ngulo,
portanto, diretamente ligado e influenciado
pelas energias PSI-YX, j� integralizadas e purificadas,
embora num corpo masculino ou feminino
teria, sob qualquer condi��o, tal eleva��o dessas
for�as criativas que o campo sexual estaria sempre
na faixa de sublima��o. Neste caso, n�o existiria,
propriamente, a necessidade de utiliza��o dos �rg�os
sexuais externos como mecanismo aquisitivo; mas,
se houver desenvolvimento da fun��o sexual no
corpo f�sico, ser� sempre num sentido espec�fico e
com nobreza de prop�sitos. Os indiv�duos que se
encontram nessa faixa central podem sublimar as
for�as sexuais, sem grande esfor�o, com naturalidade
e quase sempre dentro do que podemos no



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

mear de castidade construtiva e com sentido. Coisa
bem diversa dos que desejam alcan�ar "certos est�gios"
� custa duma castidade obrigat�ria, doentia
e sem sentido, quase sempre destrutiva pela
impossibilidade de realiza��es; s�o indiv�duos que
se encontram em faixas evolutivas mais inferiores,
n�o possuindo condi��es, por mais que desejem, de
alcan�ar outros est�gios. � o caso de determinadas
seitas religiosas obrigando seus filiados � conten��o
sexual, de modo indiscriminado e sem ajustadas
avalia��es, onde a maioria deles n�o possui as condi��es
evolutivas (experi�ncias pret�ritas construtivas)
de realiza��es em faixas mais altas. Os degraus
evolutivos t�m que ser vividos, os saltos
violentos s�o incompat�veis com os mecanismos da
evolu��o; ter� que haver a viv�ncia com incorpora��o
das for�as em a��o. Enquanto n�o houver uma
integraliza��o bissexual, jamais existir� um esp�rito
de plenitude unissexual. Os esp�ritos dessa faixa
mais avan�ada, encarnados na terra, s�o raros; s�o
representados pelos mission�rios, os s�bios, aut�nticos
l�deres que, com o potencial que carregam,
conseguem aglutinar a massa humana e dar-lhe um
destino mais seguro, embora mesmo, e quase sempre,
� custa da pr�pria vida na mat�ria. S�o
indiv�duos que j� se encontram, praticamente, projetados
em nova e superior forma de consci�ncia

(superconsci�ncia).

Aqueles que fazem parte das for�as sexuais
oriundas nas vibra��es regionais do inconsciente
passado, representando as faixas do esquema:
PSI-Y' e PSI-Y, no corpo masculino, e PSI-X' e
PSI-X, no corpo feminino, apresentar�o as suas
tend�ncias e influ�ncias conforme a carga da zona
inconsciente ou espiritual a que est�o submetidos.


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Nessas faixas podemos encontrar homens com suas
fun��es sexuais perif�ricas absolutamente normais,
embora o seu arcabou�o psicol�gico, a sua for�a
ps�quica, possua uma alma de colorido feminino
traduzida em atitudes de sensibilidade e delicadeza
mais ou menos apuradas, pr�prias do sexo feminino.
No caso das mulheres, mesmo com suas fun��es
sexuais absolutamente h�gidas, apresentam tonalidades
masculinas na alma, para mais ou para
menos, registradas pelas atitudes e expans�es pr�prias
dos homens. Os primeiros s�o homens de arcabou�o
psicol�gico feminino, as segundas, mulheres
de arcabou�o psicol�gico masculino, embora
todos eles sejam equilibrados e absolutamente normais
em suas fun��es sexuais de periferia ou zona
material. Assim, o esquema nos mostra que os que
se encontram nas faixas PSI-Y' ter�o bem mais
masculinidade psicol�gica em rela��o �queles que
ocupam a faixa PSI-Y, onde o teor de energia sexual
feminino � bem maior. Se considerarmos a
faixa PSI-X, haver� a predomin�ncia feminina com
exist�ncia de energias masculinas traduzidas no
arcabou�o psicol�gico da mulher; essa acentua��o
de masculinidade na estrutura psicol�gica feminina
ser� ainda mais expressiva na faixa PSI-X (vejam-
se e comparem-se as �reas representativas nos
tri�ngulos da gravura 6).

Os que pertencem � faixa sexual como proje��o
da zona do inconsciente atual dos n�cleos em
potencia��o possuem os campos sexuais bem definidos,
ora no setor masculino (PSI-Y"), ora no
setor feminino (PSI-X"); isto �, teriam, no corpo
f�sico, a tradu��o da masculinidade e feminilidade
em seus pontos m�ximos. Compreenda-se bem:
en a m�xima express�o sexual � de um p�lo, de uma


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

face, quer masculina, quer feminina. No esquema,
vemos que o potencial masculino � m�ximo em
PSI-Y" e a cota feminina � muito pouco expressiva.
Como, tamb�m, no setor feminino, PSI-X", o potencial
est� a pleno no seu p�lo e a cota masculina
� m�nima. Existir�o sempre, em qualquer estrutura
ps�quica, os dois p�los sexuais com as for�as de predomin�ncia
em face do panorama evolutivo.

*

Em qualquer das posi��es sexuais que o indiv�duo
se situe haver� sempre maior ou menor manifesta��o
de suas faces, at� que, no centro (zona
PSI-YX), existir� o encontro dos dois potenciais,
em integra��o qualitativa, como express�o m�xima
de um supersexo que seria grande parte da for�a
espiritual criativa que o mais evolu�do poder�
apresentar.

Conclu�mos que os n�cleos em potencia��o sexuais
possuiriam as fontes de energia de acordo com
a evolu��o do indiv�duo. Possuidor das tr�s pot�ncias
energ�ticas do inconsciente, o n�cleo em potencia��o
refletir� melhor aquela que se apresenta com
maior cota. Quando esses n�cleos se encontram nas
vizinhan�as do inconsciente puro apresentar�o potenciais
de predomin�ncia dessa fonte mais apurada.
Acontecendo o mesmo com os que se encontram
em pleno inconsciente atual, a transfundirem energias
de seus pr�prios quilates. As energias originais
nas fontes do inconsciente atual dos n�cleos em
potencia��o seriam as que definiriam a face personificada
do sexo, quer masculino, quer feminino,
pela sustenta��o de suas irradia��es bastante afins
com os campos f�sicos ou materiais.


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� medida que a energ�tica espiritual vai adquirindo
evolu��o, por aquisi��es de seus n�cleos
em potencia��o como resultado de viv�ncias, as
energias se iriam deslocando para posi��es mais
adiantadas do inconsciente passado e inconsciente
puro. Passaria o esp�rito, em constante evolu��o,
por uma s�rie peri�dica de encarna��es num determinado
sexo e posteriormente em outro, como que
obedecendo uma lei de harmonia dos contrastes ou
equil�brio de polariza��o. Sabemos da exist�ncia
desses contrastes, como equil�brio, em muitas fontes
da vida: � o dia com a noite, o erro com o acerto,

o bem com o mal, o escuro com o claro etc, como
uma necessidade de equil�brio nos opostos. No caso
do sexo o mesmo se daria, � o masculino com o feminino,
buscando-se mutuamente, aproximando-se
cada vez mais numa incorpora��o de qualidades,
onde o personificado condensado (masculino ou
feminino) torna-se impessoal e mais rarefeito pela
fus�o desses campos aparentemente contr�rios, mas
que s�o fatores de um �nico produto.
A energ�tica masculina que a mulher carrega
no inconsciente n�o poder� jamais dominar a cena
de seu sexo na zona consciente ou personalidade;
como, tamb�m, a energ�tica sexual feminina que o
homem carrega n�o poder� influenciar a sua estrutura��o
hormonal. Os desvios desaguam na patologia.
Os fronteiri�os, os que oscilam entre o jogo dos
horm�nios e arcabou�o psicol�gico, podem e devem
ser corrigidos na encarna��o para seu pr�prio equil�brio
e conquista evolutiva; a organiza��o f�sica,
pelos campos de experi�ncias e esquecimento tempor�rio
das vidas pret�ritas, oferece condi��es prop�cias
de ressarcimento ao lado das novas aquisi��es
no sentido positivo.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

N�o devemos confundir a alma feminina do indiv�duo
do sexo masculino, onde as emo��es temperamentais
transferem-se na personalidade, como
um natural e necess�rio des�g�e, em �ngulos de
normalidade, sem patologia. Tamb�m a alma masculina,
em indiv�duo feminino, a jorrar essa energ�tica
na personalidade, sem desvios patol�gicos de
qualquer natureza, pode representar transfer�ncia
de p�lo sexual pela reencarna��o, a traduzir reajuste,
onde as diversas conota��es c�rmicas aparecer�o
para o respectivo equil�brio. � o que se percebe,
ami�de, nos diversos �ngulos da personalidade humana.


Existem exemplos bem fartos a nos chamarem
a aten��o para essa possibilidade. Interessante de
anota��o foi o casal Chopin e George Sand. Chopin,
com a sua explos�o de genialidade musical, desaguava,
as melodias e constru��es musicais m�ltiplas, a
for�a criativa com a tonalidade sexual de profundidade
que carregava e se fazia presente em seu arcabou�o
psicol�gico. A alma desse grande compositor
necessitava da express�o de sensibilidade que somente
o campo sexual feminino de profundidade poderia
oferecer. � como se o jorro musical em composi��o
tivesse nascimento e fosse filtrado nos campos sexuais
do psiquismo, e retocado pela mais expressiva
"sensibilidade" que s� a polariza��o feminina pode
demarcar. Por isso, Chopin era o homem normal,
de fun��es sexuais normais, por�m de alma feminina
por excel�ncia.

George Sand, tamb�m artista, de setor diverso
ao de Chopin, dedicou-se � literatura. Nas letras e
na composi��o de suas frases trazia o �mpeto e resolu��o
de id�ias, sem muitos "apuros", com rapi



JORGE ANDR�A

dez e objetividade. Mostrava, a todo momento, em
seu arcabou�o psicol�gico, as fontes vorticosas dos
campos sexuais masculinos em predomin�ncia. E
era de tal ordem essa imposi��o masculina de sua
alma, que a transferia para a literatura e refletia
nas atitudes e comportamentos em face dos seus
vestu�rios. Dizia a escritora em refer�ncia: "Preciso
adotar o c�digo dos homens para ser respeitada em
meu trabalho." Mas, o que realmente desejava era
a imposi��o psicol�gica masculina que transferia
na arte, embora fosse, fisicamente, no psiquismo
consciente ou de superf�cie, fisiologicamente uma
mulher.

Davam-se bem, Chopin e George Sand, na conjuga��o
de seus sentimentos. Completavam-se pela
grande atra��o de suas energias e pela necessidade
de balsamizarem as suas almas com as for�as de
polariza��o opostas, a fim de se nutrirem e abastecerem.
Ela necessitava da profunda sensibilidade
que Chopin exteriorizava; ele completava-se na
efus�o de energias mentais decididas e objetivas de
George Sand para os fatos da vida.

Caso expressivo e que merece refer�ncia � o de
Mme. Roland, pela sua atua��o na revolu��o francesa.
Famosa mulher pelas atitudes correspondentes
ao seu sexo, por�m, na realiza��o intelectual, denotava
o imp�rio de for�as masculinas da alma, traduzidas
nas reuni�es pol�ticas que promovia, em seu
lar, naquela �poca revolucion�ria. As suas atitudes
psicol�gicas eram profundamente masculinas pela
objetividade de prop�sitos e pelas c�lebres conota��es
pol�ticas que conseguiu infundir em certo
grupo de deputados que faziam parte do Diret�rio
Franc�s da �poca.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

Por que muitas das personalidades humanas
t�m vis�veis necessidades dessas oscila��es e varia��es?
Seriam para um melhor aproveitamento das
aptid�es no sentido evolutivo? Ou isto j� significaria

o in�cio de mudan�a de polariza��o sexual pela pr�xima
reencarna��o? Nos casos em quest�o, de Chopin,
George Sand e Mme. Roland, onde se encontrariam
os seus esp�ritos? Onde estariam, no sentido
reencarnat�rio, e em que polariza��o sexual? Continuariam
ocupando corpos no mesmo sexo como que
completando a meta psicol�gica que deviam experienciar,
ou j� estariam em corpos do sexo oposto
buscando o equil�brio daquelas for�as criativas da
alma? Acreditamos ser bastante dif�cil uma an�lise
de tal quilate, mas isso n�o impede a necess�ria
conceitua��o em pauta para o entendimento da tem�tica.
� bem poss�vel que essas personalidades
citadas, exteriorizando, naquela �poca, em seus psiquismos
conscientes, fontes sexuais opostas, representassem
o in�cio de uma nova jornada, a fim de
colherem experi�ncias futuras na outra polariza��o
sexual. Assim, Chopin estaria a se preparar para
alcan�ar, dentro de algumas reencarna��es, um
corpo feminino e, por sua vez, George Sand e Mme.
Roland estariam em preparo para ocupar, de futuro,
corpos masculinos? Isto tudo, dentro desse conceito,
traduziria um grande movimento de equil�brio pela
altern�ncia sexual das individualidades. Passam-se
muitas encarna��es em corpos masculinos e, seguindo-
se, outras tantas, em corpos femininos. Pelas
experi�ncias e aquisi��es a evolu��o avan�aria na
busca de uma integraliza��o de potencialidades, a
meta de nosso sistema. O indiv�duo acabaria incorporando
a bissexualidade espiritual; seria a busca

JORGE ANDR�A

da unissexualidade pela viv�ncia de uma bissexualidade
integralizada.

Neste caso, de corpos masculinos exteriorizando
energias de campos sexuais femininos, estariam
muitos indiv�duos onde seus potenciais de
transi��o sexual, pela reencarna��o, como que se
est�o afirmando no novo corpo. Isto �, o indiv�duo
que vinha em experi�ncias femininas por longos
s�culos seria obrigado, pela grande lei, a vivenciar
as experi�ncias em corpos masculinos. Na fase transit�ria,
o potencial feminino pode demarcar e impor-
se no corpo masculino, embora esse corpo f�sico
seja, fisiologicamente, normal. O resultado l�gico
da quest�o � que o homem ter� atitudes psicol�gicas
condizentes com a organiza��o feminina e, muitas
vezes, traduzidas de homossexualidade, pela evid�ncia
de atitudes, quando, realmente, ser�o transexuais
conforme veremos no cap�tulo IV.

Claro que os casos variam em grada��es, em
maior ou menor profundidade, e acreditamos que
muitas dessas posi��es, em indiv�duos "sens�veis"
aos fen�menos parapsicol�gicos, revelam curiosidades
psicol�gicas de interesse cient�fico. Referimo-nos
a certos m�diuns que traduzem mensagens do
mundo espiritual com o mais profundo teor de sensibilidade
art�stica, pela possibilidade de serem envolvidos
nas energias criativas das for�as sexuais.
A mensagem delicada, de profundo teor de sensibilidade,
para que a sua carga vibrat�ria espec�fica possa
ser bem traduzida pelo m�dium masculino, ter�
que haver um envolvimento em seus campos sexuais
femininos de profundidade. Somente aquele componente
sadio e de apurada intui��o das vibra��es
caracter�sticas do sexo feminino t�m possibilidade


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

de tomar o m�dium mais d�ctil, mais mold�vel
�queles impactos de alta sensibilidade. No caso em
pauta, n�o queremos dizer que, em tudo isso, haja
feminiliza��o do m�dium masculino, mas, sim,
transbordamento do p�lo sexual feminino no psiquismo
consciente masculino.

O alcance evolutivo estaria no aperfei�oamento
e sublima��o. Dos instintos sexuais do homem primitivo
aos est�gios imensos de "intelectualiza��o
dos instintos", at� alcan�ar os degraus da sublima��o,
os mil�nios se ter�o escoado, os n�cleos em
potencia��o correspondentes se estariam carregando
de bissexualidade unificada como conquista da fase
humana. Ser� que nessa posi��o mais avan�ada,
onde os campos sexuais se encontrassem integralizados
em sua potencialidade e com o psiquismo agu�ado
por supera��o, haveria necessidades reencarnat�rias?
Se assim for plaus�vel, a amplia��o das
energias criativas podem alcan�ar m�xima matura��o,
em rela��o ao nosso orbe, convidando o indiv�duo,
no caso o esp�rito, a tomar novas diretrizes,
diversas das a que se vinha submetendo, para outras
esferas mais avan�adas com novos e diferentes equacionamentos
evolutivos. O esp�rito seria atra�do
para outras faixas de evolu��o pela matura��o de
suas for�as criativas j� integralizadas em nosso sistema.


*

Diante da conceitua��o exposta, desejamos referir
que essas for�as dos n�cleos em potencia��o,
at� o momento analisadas, o foram em terreno
absolutamente normal, h�gido. Entretanto, podemos
compreender que grande parte das reencarna��es,


82 JORGE ANDR�A

em nosso orbe, t�m por finalidade atender necessidades
c�rmicas, onde d�vidas pret�ritas necessitam
de ser neutralizadas e conseq�entemente resgatadas.
As necessidades c�rmicas podem estar demarcadas
em n�cleos PSI-sexuais doentes e destoantes.
� de prever-se que energias doentes reflitam desequil�brios,
que no caso alcan�ar�o, como as energias
h�gidas, o corpo f�sico em suas telas receptivas,
onde descarregar�o todo o manancial de que s�o
possuidoras. Em se considerando a gravura 6, a
energ�tica espiritual, origin�ria de n�cleos PSI-
sexuais doentes, irradiar� para o corpo f�sico, de
modo desconexo, excitando e penetrando outros
setores, por serem afins, demarcando as anormalidades.
Com isso, haver� distor��o sexual no corpo
f�sico pela fonte espiritual deturpada. � como se os
n�cleos em potencia��o sexuais estivessem com sua
energ�tica mesclada e sem harmonia, traduzindo
na morfog�nese humana a transmuta��o sexual a
refletir-se numa extensa patologia, onde o homossexualismo
ocupa lugar de destaque.

Se tomarmos ainda o esquema da gravura 6
como base, a anormalidade do n�cleo em potencia��o
dirigiria as suas unhas nos respectivos tri�ngugulos
(corpo f�sico) de modo oscilante; isto �, as
linhas de irradia��es esbarrariam em outros departamentos
da zona f�sica que n�o os seus, causando
influ�ncias delet�rias pelos desequil�brios e desarmonias
reinantes nos campos espirituais.

Os casos patol�gicos jamais dever�o ser confundidos
com "almas femininas" em corpos masculinos
ou corpos femininos com "almas masculinas", cujos
arcabou�os psicol�gicos podem traduzir express�es
de aspecto feminino em homens, ou masculinidade


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

em mulheres, embora as fun��es sexuais do corpo
f�sico sejam integralmente normais.

Esses mecanismos an�malos, como outros semelhantes
ligados aos n�cleos em potencia��o, desencadeiam
no corpo f�sico um conte�do de dores,
f�sicas e morais, cuja absor��o far� o "esp�rito vibrar"
em "t�nica desconhecida" como chamamento
para uma correta posi��o, procurando ressarcimento
da distonia. � claro e compreens�vel que, nos
casos dos desequil�brios da faixa sexual, seriam necess�rias
v�rias reencarna��es para harmoniza��o
do arcabou�o psicol�gico do indiv�duo, bastante violentado
pela distonia da energia sexual, cujas fontes
participam do movimento criativo das for�as da
psique.

Podemos compreender que nas constru��es do
bem, ap�s in�meras fases reencamat�rias harmonizadas
e na colheita de aptid�es absolutamente
positivas, ter�amos uma evolu��o espiritual, cujo
componente sexual seria uma aut�ntica medida reguladora
do processo de realiza��o, a representar a
busca da faixa cr�stica (PSI-YX) que todos alcan�aremos
algum dia. No momento em que nos encontrarmos
a vislumbrar a faixa cr�stica, ainda t�o
distante da humanidade, a energ�tica sexual alcan�aria
posi��es evolutivas de tal quilate, valendo-se
a denomina��o de campo supersexual. O campo supersexual
corresponderia a uma integraliza��o dos
p�los sexuais (masculino e feminino), traduzidos
no esquema da figura 6 por uma maior aproxima��o
dos dois tri�ngulos is�sceles. Assim, � medida que o
processo evolutivo fosse avan�ando, os respectivos
p�los sexuais se iriam ajuntando com finalidade de
se integrarem. Poderemos completar a id�ia, de


JORGE ANDR�A

modo esquem�tico (gravura 7), fazendo a fus�o dos
dois tri�ngulos representativos dos p�los, masculino
e feminino, de modo a serem transformados num
aut�ntico ret�ngulo. Esse ret�ngulo apresentaria
uma linha divis�ria, resultante da uni�o dos lados

Aten��o � GRAVURA 7

Fus�o dos tri�ngulos is�sceles
representativos das telas sexuais,
masculina e feminina,
configurando, pela unifica��o,
uma unidade integralizada.



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

dos tri�ngulos, como conseq�ente apagamento pela
constante fus�o. Prosseguindo no processo maturativo,
a linha divis�ria desapareceria para que o "ret�ngulo"
fosse proje��o exclusiva da for�a sexual integral
e harmonizada do supersexo (gravura 7), onde
os n�cleos em potencia��o sexuais seriam constitu�dos
quase que exclusivamente de subst�ncias purificadas
(inconsciente puro). Quando esse dinamismo
sexual estiver realmente integralizado pelos potenciais
das experi�ncias que o corpo f�sico pode oferecer,
o esp�rito j� estaria repleto de outras qualidades
positivas do psiquismo e n�o mais se obrigando
ao mergulho na condensa��o da carne. As reencarna��es,
em nosso plano, n�o seriam mais necess�rias
dentro dessa Grande Lei das Reencarna��es-
Peri�dicas, devido ao equil�brio atingido por evolu��o,
pelas fontes das energias criativas.

*

REFER�NCIAS

Andr�a, Jorge � "Paling�nese, a Grande Lei". Editora
Caminho da Liberta��o. 2� edi��o, 1980,
Rio de Janeiro.

Andr�a, Jorge � "Energ�tica do Psiquismo". Fronteiras
da Alma. Editora Caminho da Liberta��o.
2� edi��o, 1978, Rio de Janeiro.

Silveira, Nise � "Jung, Vida e Obra". Jos� Alvaro
Editor S.A., 1968, Rio de Janeiro.

Ubaldi, Pietro � "A Grande S�ntese". Trad. M�rio
Corbioli. Editora Lake, 2� edi��o, 1951, S�o
Paulo.


CAP�TULO III

GL�NDULAS E HORM�NIOS SEXUAIS. P�LULA ANTICONCEPCIONAL.
CONTROLE DA NATALIDADE. HORM�NIOS
SEXUAIS E PERISP�RITO.



GL�NDULAS E HORM�NIOS SEXUAIS

As gl�ndulas de secre��o interna, conforme
conceitua��o de Claude Bernard, produzem subst�ncias
apropriadas, os horm�nios, com respectivo
lan�amento na corrente sang��nea, a fim de exercerem
influ�ncias espec�ficas na organiza��o f�sica.

Os mecanismos das gl�ndulas de secre��o interna
est�o �s expensas, principalmente, da gl�ndula
hipofis�ria, cujos princ�pios influenciam nas dosagens
a serem aproveitadas pelo organismo.

Os horm�nios s�o fabricados pelas gl�ndulas
em quantidades m�nimas, por�m com efeitos surpreendentes.
Por isso � que o trabalho de uma determinada
gl�ndula end�crina sofre ativa��es e
regula��es das demais e de modo espec�fico pelos
princ�pios hipofis�rios.

A gl�ndula pineal (*), situada na zona medianeira
dos �rg�os encef�licos, por interm�dio de seus
princ�pios, principalmente a melantonina de constante
ritmo secretorio, teria uma grande influ�ncia
em toda a cadeia glandular. Escrevemos alhures
"Com os gritos da puberdade, aos 14 anos em m�dia,
a pineal, chefiando a cadeia glandular e mais con


(*) Para maiores detalhes, veja-se o livro do autor:
"Paling�nese, a Grande Lei", cap�tulos III e V.


JORGE ANDR�A

dicionada pelo desenvolvimento f�sico do indiv�duo,
seria campo de distribui��o de energias vindas dos
v�rtices da zona espiritual. Destarte, responderia
pelos mais altos fen�menos da vida � "gl�ndula
da vida espiritual" � e podendo ser elemento b�sico
e controlador das raz�es afetivas, e o sexo em suas
m�ltiplas manifesta��es dependeria integralmente
de sua interfer�ncia. "Estudos mais recentes indicam
que a gl�ndula pineal � um "rel�gio biol�gico"
complicado e sens�vel que regula a atividade das
g�nadas. Os Drs. Richard J. Wurtman, de Massachusetts,
e Julius Axelrod, do Instituto de Sa�de
Mental dos Estados Unidos, esclarecem que a pineal
converte a atividade nervosa c�clica, gerada por mudan�as
de luz no meio ambiente, em informa��o
end�crina."

"Pelos estudos acima enumerados, percebemos
a influ�ncia diretora da gl�ndula pineal sobre a cadeia
glandular do organismo. A liga��o que mant�m
com o hipot�lamo e outras zonas nobres do
sistema nervoso central � evidente, como tamb�m,
a influ�ncia que exerce no sistema nervoso neurovegetativo.
Desse modo, jamais poderemos afastar
a gl�ndula pineal da participa��o de in�meras fun��es
org�nicas, direta ou indiretamente, assim como
da acentuada correla��o no setor ps�quico.

"Haveria por parte da gl�ndula pineal, um elemento
energ�tico especializado que, por vias apropriadas,
pudesse anunciar a sua presen�a de comando
nos diversos setores org�nicos? A hip�tese
de uma energia atuante, dominando os departamentos
anat�micos, n�o deve constituir absurdo; n�o
podemos negar a exist�ncia de uma energ�tica ps�quica,
dentro e fora do organismo, emitindo vibra



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

��es (psic�tons). Existiria na gl�ndula pineal um
campo energ�tico, dimensionalmente mais avan�ado,
utilizando seus controles glandulares? As manifesta��es
da Energ�tica Espiritual poderiam manipular
essa credenciada usina org�nica? Seria a
gl�ndula pineal o ponto de maior express�o da organiza��o
f�sica e, como tal, um abrigo para a Energ�tica
Espiritual? Haveria nessa regi�o glandular
um feliz acasalamento entre esp�rito e mat�ria?

"Por que n�o admitir a pineal � devido � sua
situa��o absolutamente central em rela��o aos
�rg�os nervosos, das unidades glandulares que dirige,
dos elementos som�ticos que influenciam, do
sistema neurovegetativo que atua e controla �
como sendo o Centro Ps�quico, o Centro Energ�tico,

o Centro Vital, que se responsabilizaria pela ativa��o
e controle de todos os atos org�nicos, desde os
mais simples at� os fen�menos mais altos da vida?
"Podemos considerar a pineal como sendo a
gl�ndula da vida ps�quica, a gl�ndula que resplandece
o organismo, acorda a puberdade e abre suas
usinas energ�ticas para que o psiquismo humano,
em seus intrincados problemas psicol�gicos, se expresse
em v�os imensur�veis."

Ainda n�o se conhece com detalhes o modo de
atua��o dos horm�nios, embora j� se saiba que eles
se ligam aos chamados receptores hormonais (certas
prote�nas) e, para desencadearem quimicamente as
suas a��es, excitam determinadas zonas nobres do
n�cleo celular ao n�vel do ADN (�cido desoxirribonucleico)
cromoss�mico. � bem poss�vel que os horm�nios,
pela sua estrutura bionerg�tica, tenham
a��es espec�ficas nos genes dos cromossomos; isto �,
as subst�ncias dessa categoria, pela sua pr�pria


JORGE ANDR�A

emiss�o vibrat�ria, seriam absorvidas pelas camadas
energ�ticas da organiza��o animal, os chamados
campos organizadores ou psicossoma, pelas telas
dos genes cromossomiais, de modo a manter um
campo mais expressivo de inter-rela��es.

*

Os horm�nios gonadais pertencem ao grupo dos
horm�nios ester�ides. O horm�nio masculino est�
representado pela testosterona, cujo efeito se reflete
na manuten��o das gl�ndulas acess�rias do trato
genital e dos caracteres sexuais secund�rios, como,
tamb�m, preside o processo de matura��o dos espermatoz�ides.


Os horm�nios femininos est�o representados
pela progesterona (corpo amarelo do ov�rio) e pelo
estradiol (fol�culos ovarianos). A progesterona participa
da fase secret�ria da mucosa uterina, tendo
como fun��o primordial a manuten��o da gravidez.
O estradiol, horm�nio folicular, tamb�m influencia
a mucosa uterina entrando no processo regulador
do ciclo menstrual.

De interesse ser� o relato do ciclo gon�dico
feminino, embora de modo bastante sint�tico, a fim
de entendermos o processo agressivo na estrutura
f�sica causado pelas p�lulas anticoncepcionais ou
anuvolat�rios quando utilizadas fora das medidas
cient�ficas cab�veis.

De refer�ncia ao ciclo hormonal feminino podemos
dizer que nos �rg�os encef�licos existem,
inicialmente, transmissores do sistema nervoso central,
quem sabe mesmo se sob orienta��o da gl�ndula
pineal, atingindo o hipot�lamo na base cere



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

bral. Este �ltimo excita a hip�fise, a fim de despertar
a secre��o dos horm�nios chamados gonadotr�ficos
(FSH e LH). O FSH atua nos fol�culos ovarianos
propiciando desenvolvimento e matura��o. Pelo
desenvolvimento do fol�culo haver� secre��o do horm�nio
estrog�nico com atua��o na mucosa uterina
ou endom�trio, desencadeando um processo de crescimento
conhecido como fase proliferativa. O LH
estimula o fol�culo de de Graaf, no sentido de libera��o
do �vulo que, por sua vez, ir� deslocar-se
atrav�s da trompa de Fal�pio onde encontrar� o
espermatoz�ide, no caso da fecunda��o.

O fol�culo, ap�s expelir o �vulo, transforma-se
em corpo l�teo ou corpo amarelo e com a maior
secre��o de seu horm�nio, a progesterona, haver�
amadurecimento com certa sustenta��o do endom�trio.
� a chamada fase secret�ria da mucosa uterina.
Com isso, podemos dizer que o estr�geno �
caracter�stico da fase pr�-ovulat�ria do ciclo menstrual,
enquanto que a progesterona � atributo da
fase p�s-ovulat�ria desse ciclo.

Nessa posi��o, a progesterona e o estr�geno,
em maiores quantidades na circula��o, causar�o
inibi��o do fluxo gonadotr�fico, na gl�ndula hip�fise.
Sem a sustenta��o gonadotr�fica o corpo amarelo
regride e, por sua vez, os n�veis de progesterona
e estr�geno, no sangue, ser�o reduzidos. Sem a sustenta��o
da progesterona o endom�trio entra em
colapso, seguindo-se a menstrua��o. Com a diminui��o
desses horm�nios (progesterona e estr�geno)
na circula��o, n�o havendo inibi��o do fluxo gonadotr�fico,
ao n�vel do hipot�lamo-hip�fise, novamente
haveria o despertamento para o novo ciclo
mensal.


JORGE ANDR�A

P�LULA ANTICONCEPCIONAL.
CONTROLE DA NATALIDADE


No caso da utiliza��o das p�lulas anticoncepcionais
(anuvolat�rio oral), no seio das quais se encontram
combinados estr�geno e progest�geno, haver�
inibi��o dos horm�nios gonadotr�ficos (FSH
e LH) secretados pela hip�fise. Conseq�entemente,
n�o existir�, tamb�m, estimula��o para a matura��o
dos fol�culos ovarianos com a respectiva ovula��o;
o fol�culo entrar� em processo de atresia. Al�m
do mais, o progest�geno estimula a produ��o de
mucosidade, no colo uterino, francamente hostil �
penetra��o e migra��o do espermatoz�ide nas vias
femininas.

Pelo exposto, podemos avaliar o processo agressivo
nas estruturas gon�dicas, no organismo feminino,
que as p�lulas anticoncepcionais podem determinar.
Compreendemos, tamb�m, que a conquista
cient�fica ter� uma finalidade a alcan�ar. O uso das
p�lulas anticoncepcionais est�o merecendo mais
profundas pesquisas, em se considerando a possibilidade
de reflexos lesivos nos campos perispirituais.
Se as p�lulas atuassem, exclusivamente, nas regi�es
materiais, estar�amos, de modo irrestrito, ligados
aos conceitos defendidos pela ci�ncia, quanto ao seu
uso; entretanto, a exist�ncia dos campos perispirituais,
praticamente a zona de acoplamento com a
mat�ria, possibilita novos pensamentos indispens�veis
� pr�pria biologia que, por enquanto, n�o
possui condi��es de mais precisa abordagem.

A utiliza��o dos anovulat�rios tem indica��es
na regulariza��o do ciclo menstrual, podendo ser
estendida a um equacionamento de planejamento


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

familiar, dentro de certas medidas, nas quais possamos
avaliar n�o s� as influ�ncias nas estruturas
funcionais do corpo f�sico, como tamb�m, e principalmente,
na posi��o �tica e moral pelos seus efeitos
nos campos espirituais. Conhecer essas posi��es,
na avalia��o de utiliza��o adequada dos anticoncepcionais,
� permitir-se um conhecimento mais
profundo das leis morais e da pr�pria vida que uma
universalidade de posi��o pode propiciar.

Por tudo isso, o controle da natalidade s� poder�
ter sentido quando avaliado de muitos �ngulos,
onde as diversas estruturas individuais, f�sicas e
ps�quicas, possam ser devidamente apreciadas e
mais bem equacionadas. Mas, o que se est� presenciando
� a degrada��o de costumes ampliando e
destro�ando a organiza��o gen�tica com imensos
reflexos nos futuros desajustes familiares, onde os
mecanismos da reencarna��o respondem com severas
rea��es.

*

Preocupa-se a grei, discutem os indiv�duos, afligem-
se as na��es. Dos quatro cantos do universo, a
palavra dos congressos � de ang�stia em virtude da
explos�o demogr�fica e quest�es econ�mico-sociais.
Poder� o homem viver na Terra em ritmo acelerado
de novos nascimentos?

Um dos congressos mais intensos, realizado em
Santiago, em abril de 1967, da Federa��o Internacional
de Planifica��o da Fam�lia, fez realiza��es e
estudos onde a maioria dos problemas foi abordado
com a presen�a de 1.500 especialistas. Os assuntos
tiveram uma vis�o conjunta, abordando os temas
do desenvolvimento econ�mico insuficiente, ao lado
do crescimento demogr�fico elevado.


JORGE ANDR�A

Os participantes trouxeram as �ltimas aquisi��es
da fisiologia, na reprodu��o humana, como
esteio dos m�todos anticoncepcionais. Foram estudados
e comentados os dispositivos intra-uterinos e
infec��es; os contraceptivos p�s-coitais; as inje��es
de dep�sitos; o abortamento sob diversos prismas
e aspectos; e as microdoses cont�nuas de progest�genos
� p�lula anticoncepcional.

O congresso de Santiago deu especial destaque
� paternidade consciente e ao ponto concernente aos
deveres e direitos humanos. Defenderam posi��es
dignas quando afirmaram que unicamente ao casal
cabe a escolha dos n�meros de filhos. Acrescentamos:
ao casal que esteja em condi��es morais e espirituais
de entender o problema; pois, se n�o existe
dignidade no sentido espiritual, aquele sentido que
lhe d� o conhecimento da exist�ncia de uma alma
ou esp�rito que necessita das experi�ncias terrenas,
esse mesmo casal n�o estar� � altura de avaliar o
problema que � muito mais profundo do que se
possa pensar. Se o casal s� tem pensamentos superficiais
onde os bens materiais e as comodidades para

o corpo representem o alvo a atingir, � claro que
estar� muito afastado da quest�o; embora possa comandar
as diretrizes fenom�nicas que atinjam o
�rg�o reprodutivo, estar� bem longe de compreender
o porqu� maior da vida.
No congresso em refer�ncia, outro ponto que
mereceu destaque especial foi o crescimento da popula��o
e suas condi��es de vida. Problema que
exige especial aten��o por ser de grande repercuss�o
em nossa atual civiliza��o; por isso, a humanidade
vem sendo acionada com formas novas de governos,
trazendo bandeiras carregadas de teorias, quando


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

a felicidade da esp�cie humana jamais ser� encontrada
no aspecto exterior das coisas e das causas.
Somente no trabalho racionalizado, honesto e construtivo
poder� o homem mergulhar para dentro de
si mesmo e exteriorizar, a pouco e pouco, pela evolu��o,
as potencialidades espirituais buriladas nos
ros�rios reencarnat�rios por que passa. Dessa forma
poder� oferecer � sociedade onde milita, com nobreza
e dignidade, seu trabalho de neutraliza��o das
for�as negativas do ego�smo e da maldade, incentivando
a harmonia, a serenidade e o entendimento
de que o mundo necessita e anseia, a fim de acelerar
os seus passos evolutivos em rotas, no momento,
ainda inimagin�veis.

Diante de tal assertiva, n�o queremos dizer que
devamos aguardar est�ticos as solu��es da pr�pria
vida; muito ao contr�rio, devemos trabalhar arduamente,
esclarecer os menos categorizados e apoiar
os movimentos s�rios e cient�ficos que, mesmo que
n�o forne�am uma solu��o completa e bem ajustada
para o momento, ao menos seja o in�cio de algo
a despertar no interessado solu��es de maior f�lego.
Assim, em Santiago, no ano de 1967, foram observadas
as necessidades de educa��o, sa�de materna e
do filho, padr�o familiar, abortos criminosos e condi��es
do desenvolvimento f�sico e mental da crian�a.
Embora com finalidade de atender alguns interesses
comerciais na ordem do dia de nossa
civiliza��o, foi um despertar para outras necessidades,
que se ir�o impondo � medida que o homem for
compreendendo a realidade maior. Grande parte dos
congressistas sentiram apenas a necessidade do
controle da natalidade por falta de trabalho, pela
escassez de alimentos, falta de moradias, muitos


JORGE ANDR�A

jovens e poucas escolas, filhos desnutridos das fam�lias
numerosas, excesso de popula��o, e comprometimento
da sa�de mental. Em face dessas justificativas
apresentaram as estat�sticas da Am�rica
Latina, gleba ainda com deficiente povoa��o e
cujos �ndices de crescimento representam um dos
maiores do mundo; �ndices de 2,9 entre 1965 a 1980,
e de 2,6 entre 1980 a 2000, principalmente no Brasil.

O de que realmente necessitamos � solucionar,
com coragem e sem pieguismos, os problemas
sociais, numa coopera��o total e integral. Se todos
trabalharem condignamente em seus pr�prios afazeres,
sem querelas destoantes, sem exig�ncias descabidas,
sem ataques destrutivos �queles que labutam
para o bem comum, o salto positivo da humanidade
ser� bem maior; porque, construindo-nos
espiritualmente, estaremos auxiliando a totalidade
na solu��o bem mais correta de nossos problemas.
O atendimento maior que possamos prestar a algu�m
� o esclarecimento e a devida orienta��o num
sadio e harmonioso conhecimento da vida. Dever�

o homem tomar conhecimento das grandes leis da
vida de a��o e rea��o, do dinamismo onde vive
mergulhado e da fenomenologia palingen�tica a que
est� submetido.
� Poder�o dizer: mas, somente 10% da humanidade
est� esclarecida no entendimento da reencarna��o.
Como poderemos, neste caso, avaliar os
problemas de controle da natalidade desconhecendo
sua maior face?
� Por isso mesmo deve ser trabalho dos mais
espiritualizados para os menos esclarecidos.
� Mas, a ci�ncia oficial ainda n�o homologou
a lei da paling�nese como verdadeira.

FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

� Ent�o, essa mesma ci�ncia que se encontra
em permanente evolu��o ainda baseia suas determina��es
sobre o controle da natalidade em reduzidas
informa��es.
� Valer� a pena o esclarecimento do problema
em quest�o, que levar� ainda muito tempo para ser
definido com maior precis�o?
� Claro, e sempre que poss�vel deveremos orientar
os que se encontram com pensamentos defeituosos.
N�o devemos aceitar que os menos capacitados,
cujos estudos cient�ficos n�o alcancem outros
�ngulos, possam dar a �ltima palavra; mas, compreendemos
as dificuldades existentes, nessa fase
transit�ria da humanidade, e a necessidade de esclarecimento
das mentes para que as decis�es dos
menos atilados n�o determinem agress�es � Grande
Lei.
*

No terreno oscilante de transi��o em que vivemos,
quais as decis�es a serem tomadas em face
do controle da natalidade? N�o podemos generalizar
os fatos e � problema de foro �ntimo; cada caso, em
particular, dever� ter seu pr�prio estudo e as devidas
diretrizes.

O indiv�duo mais conhecedor das leis da vida,
sem raz�es reais para o controle da natalidade, responder�
com muito maior intensidade diante da
Lei a que est� submetido e que deseja modificar
com seu livre-arb�trio; aqueles que menos conhecem
as proposi��es espirituais, por falta de evolu��o
e incapacidade perceptiva, ter�o indubitavelmente
a resposta-rea��o, por�m relativa ao grau de conscientiza��o
diante do ato praticado. Portanto, h�


JORGE ANDR�A

que considerar o fator conscientiza��o como processo
de entendimento e responsabilidade.

A ci�ncia � para ser utilizada nas condi��es
mais exatas poss�veis, alcan�ando condi��es morais
condignas com a evolu��o de cada ser, com senso,
equil�brio e o valor de que est� investida. Devemos,
nos casos absolutamente comprovados de incapacidade
f�sica para a maternidade, ou da transmiss�o
de doen�as severas que ampliar�o o desequil�brio
humano, procurar os centros de controle, observa��es
e estudos, onde, temos esperan�a, em breve
estar�o amparados em maiores conhecimentos de
estofo filos�fico e moral.

O homem, nos dias de hoje, tem conhecimento
do controle da reprodu��o, n�o para satisfazer seus
baixos apetites e ampliar o gozo descontrolado pelas
comodidades, e sim propiciar, cada vez mais, melhores
condi��es f�sicas do cadinho reprodutivo, a
fim de que os esp�ritos, mesmo em desalinho, possam
ter na carne oportunidades mais bem ajustadas,
como d�divas da pr�pria evolu��o, na tentativa
de minora��o das dores que carregam consigo.

Determinado esp�rito, cuja posi��o dentro do
mecanismo evolutivo exija o mergulho na carne, e
cujos pais por quest�es levianas n�o permitem a
reencarna��o � cremos ser l�gico e nada poder�
mostrar em contr�rio �, poder� provocar um surto
de for�as desequilibrantes a acompanharem todos
os respons�veis pelo fechamento da porta reencarnat�ria.
A�, o aspecto f�sico (situa��o econ�mica,
futura falta de alimentos, e tanta outra coisa apresentada
com certa dose de exagero), que nos parece
a priori de suma import�ncia, nesse caso nada
representar� e pouca significa��o ter� diante dos


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

acontecimentos desencadeados pelo desequil�brio
din�mico, provocando roturas nas trilhas da vida...

O controle da reprodu��o deve estender-se �s
m�es extenuadas por muitos filhos, �quelas que
comprovadamente, e observadas cientificamente,
n�o estejam em condi��es f�sicas aceit�veis, e levando
em considera��o o panorama espiritual ao
nosso alcance; isto porque, muitas vezes, � atrav�s
da gravidez, da recep��o de um esp�rito na carne,
que se neutralizam manifesta��es ps�quicas da m�e
e do ambiente familiar, classificadas como de origem
org�nica. Os desajustes familiares, neuroses
diversas, s�o a colheita comum das medidas tomadas
contra a natureza.

Um filho que nasce �, em �ltima an�lise, grande
alegria para os c�njuges; da� a necessidade de
educa��o qualquer que seja a situa��o econ�mica,
a fim de que possam entender o porqu� maior de
suas vidas. A m�e tem necessidade de fornecer alimento,
carinho e certas "vibra��es", ainda desconhecidas,
ao filho, como que preparando-o, amparando-
o e escudando-o contra os assaltos da negatividade
ainda existente na Terra. A m�e que n�o
d� amor acaba sucumbindo nas teias desarmonizantes
das baixas vibra��es. Os que abusam do controle
da natalidade, com uso indevido de anticoncepcionais,
contribuem na degrada��o dos costumes
e na desorganiza��o do mecanismo gen�tico.

"Por esta raz�o o instituto da fam�lia � credor
do mais elevado acatamento, e a maternidade �
sempre o venerado altar onde se manifesta gloriosa,
mesmo quando se trata de uma maternidade atormentada
... A maternidade � o ber�o da grandeza


JORGE ANDR�A

humana e a mulher, por isso mesmo, � sacr�rio maternal.


"Excetuando-se aqueles esp�ritos que reencarnam
atrav�s da organiza��o feminina com sinais
de tormentos ou car�ter deformado � justo corretivo
imposto pela Divina Legisla��o � a mulher
possui as condi��es de co-criadora previstas no programa
celeste." (Leon Denis.)

O progresso na Terra tem seu grande alicerce
na fam�lia bem constitu�da. Desde o pobre ao rico,
todos t�m seus dias dif�ceis e suas horas de adversidades.
Estamos mergulhados num cadinho de
prova��es, e s� atrav�s das experi�ncias e dores �
que a evolu��o de cada um poder� afirmar-se. N�o
procuremos tudo explicar em face das exclusivas
necessidades do corpo f�sico; estas realmente t�m
que ser avaliadas e muito bem cuidadas, mas existe
algo indefinido dentro de cada ser, "uma voz", uma
"energ�tica", uma certeza que lhe diz os melhores
caminhos, embora acompanhados de lutas e sofrimentos.


A avalia��o das condi��es do controle da natalidade
� da maior complexidade. Somente aqueles
que participam de um entendimento global (f�sico e
espiritual) � que se encontram na posi��o de opinar;
assim mesmo, ainda estar�o sujeitos a erros. Os que
tomam posi��es unilateralizadas, quer materialistas
ou religiosos-sectaristas, estar�o sempre faltosos
com a Grande Lei, que exigir� uma aprecia��o conjunta
e mais integral nos departamentos f�sico e espiritual.
A vida sentida exclusivamente no prisma
f�sico, sem a fenomenologia palingen�tica como
mecanismo b�sico de evolu��o, deixar� sempre d�vidas
quanto � aprecia��o da harmonia do Universo,


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

pois o homem ter� vis�o limitada e suas manifesta��es
ser�o unilateralizadas e n�o poder�o responder
por uma verdade; com essa vis�o limitada e bem
reduzida n�o avaliar� com equil�brio o porqu� das
dores maiores em determinadas pessoas e, em
outras, um favoritismo inexplic�vel, seguindo-se a
costumeira frase dos menos categorizados: onde
estar� o sentido e a finalidade da vida? Ser� que
existe ainda, nos dias de hoje, com os conhecimentos
da hist�ria da humanidade, das leis c�smicas, da
ci�ncia e filosofia, algu�m que tenha a coragem de
afirmar que a sua pr�pria vida n�o tem sentido nem
finalidade, escoando-se definitivamente no t�mulo?

O nascimento de um novo ser n�o poder� estar
na depend�ncia exclusiva dos genitores. Existe, no
mecanismo da vinda do esp�rito para a reencarna��o,
imenso dinamismo em jogo, fazendo parte de
uma lei com todos os seu implementos. Modificar,
em pequenos �ngulos (material), o mecanismo
reencarnat�rio � criar desequil�brios, principalmente
de origem ps�quica, pois o desencadeamento do
processo antecede de muito ao encontro do espermatoz�ide
e �vulo.

O esp�rito reencarnante n�o estar� em contacto
com a m�e t�o-somente no momento da conjuga��o
(uni�o do espermatoz�ide com o �vulo); o

o processamento dessa aproxima��o deve obedecer
a uma conjuntura vibrat�ria de afinidades, de sintonias,
de verdadeira hipnose, com influ�ncias
m�tuas (m�e e futuro filho), de um mecanismo
quase origin�rio em vidas pregressas. De modo que
a atua��o descuidada e desavisada do controle da
natalidade, com finalidade de atender exclusivamente
�s necessidades f�sicas, e assim mesmo sem

JORGE ANDR�A

bases firmes, determinar� violentos choques no
dinamismo processual, com id�nticas respostas-
rea��es e retardamento daquilo que ser� sempre
realizado, queiramos ou n�o. A Grande Lei poder�
ser, aqui e ali, perturbada pela liberdade relativa
do homem; jamais, por�m, ser� dominada, a n�o ser
pelas mentes liberais e evolu�das, que conhecem o
cumprimento dos deveres e respondem pela grande
harmonia do Universo.

Na Terra existem ainda imensos e fabulosos
recursos que ser�o conhecidos e naturalmente mobilizados
em favor da humanidade, sem necessidade
de equil�brio populacional atrav�s das guerras e do
controle da natalidade. Ningu�m ter� d�vidas sobre
a necessidade urgente de um ambiente m�nimo de
educa��o e de situa��o econ�mica para a realiza��o
de profundo e vasto programa. � imperioso evitarmos
os motivos mais banais e pueris na explica��o
do controle da natalidade; quando certos requisitos
existem, faltam as condi��es morais e o entendimento.
Partamos em busca de solu��es dignas e firmes
diante do mecanismo s�bio da natureza.

Quando a finalidade do homem for mais bem
definida e entendida no panorama evolutivo do
conjunto c�smico, e esse entendimento perfeitamente
enquadrado nos motivos cient�ficos, poderemos
avaliar o que seja a coopera��o no sentido cr�stico,
como substituto definitivo da competi��o campeante
de nossos dias. Quer dizer que saberemos ensinar

o homem a conquista, com seu labor consciente, da
posi��o garantida pelas leis de nossa sociedade, que
sabe e quer que seus membros se integralizem no
conjunto, evitando perturba��es da m�quina � a

FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

valoriza��o do homem como pe�a mais importante
da evolu��o.

A cada um segundo as suas possibilidades, de
modo a n�o haver reivindica��es que n�o correspondam
� realidade, onde todos possam encontrar
e explicar, com justo sentido, a felicidade naquilo
que podem fazer, e entender que a constru��o �
lenta, justa e precisa. Todos, sem exce��es, ter�o
que caminhar com suas pr�prias pernas e suar no
trabalho cotidiano, onde o aspecto condena��o seja
substitu�do por alegria e prazer. � claro que ainda
estamos longe desse proceder, e raros s�o os homens
na Terra que conhecem o sentido real do trabalho
e as aquisi��es de suas necessidades. Muito
poucos possuem os objetos sem serem possu�dos
por ele.

A coopera��o de que falamos consiste em ensinar
aos menos capazes a ganhar o seu pr�prio sustento
e a produzir, a fim de conquistarem a liberta��o.
Liberta��o que � de cada um, e n�o uma
forma exterior que se proponha o homem manusear,
com outras finalidades que n�o aquelas bem
mais reais da evolu��o.

Coopera��o que n�o deve ser d�diva sem sentido
aos que se encontram em desalinho, por�m ensino,
orienta��o e obedi�ncia daqueles que desconhecem
ainda os preju�zos fabulosos do �cio, do
ego�smo e da aus�ncia de amor. Coopera��o no sentido
de evitar a nutri��o dos v�cios dos incompetentes
e desajustados. Ensinar, doar o cora��o em favor
do bem comum, para podermos sentir em nossa
vida as vidas que trafegam conosco, que despertam
cada dia na carne, a vida que doamos e tentamos
embelezar e harmonizar. Enfim, o movimento cr�sti



JORGE ANDR�A

co em a��o, o universalismo mais puro em marcha,
sem pieguismos, perturba��es nem viol�ncias f�sicas,
por�m como a grande revolu��o do Esp�rito que a
Doutrina Esp�rita nos ensina. O caminho do bem
pelo bem, em busca de horizontes prometedores de
felicidade plena.

HORM�NIOS SEXUAIS E PERISP�RITO

A correla��o horm�nios e perisp�rito � muito
mais importante do que se possa imaginar. O perisp�rito
(vide cap�tulo I) tende a absorver, com mais
facilidade, os produtos irradiativos da mat�ria,
aqueles que em expans�o na dimens�o energ�tica
s�o como que capacitados e incorporados nas redes
de suas malhas.

Hoje, sabemos que grande n�mero de subst�ncias
da organiza��o material emitem irradia��es,
principalmente aquelas que representam "seiva
atuante". Neste caso est�o certas subst�ncias comuns
da organiza��o embrion�ria que concorrem
na ativa��o de um metabolismo bem expressivo. �

o caso das gamosas, que mostraram ser estruturas
bioqu�micas respons�veis pelos impulsos construtivos
que o embri�o revela pela intensa multiplica��o
de suas c�lulas. As irradia��es, desse cadinho de
grupos celulares embrion�rios, s�o conhecidas como
as irradia��es mitogen�ticas de Gurwitz.
Todas as subst�ncias estruturadas por mol�culas
complexas teriam a possibilidade de irradiar
elementos apropriados das �rbitas de seus �tomos.
Muitas subst�ncias ativas, inclusive os alcal�ides,
de mol�culas espec�ficas, pelas suas condi��es
bioenerg�ticas, com facilidade influenciam a organi



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za��o perispiritual ou do psicossoma. Com muito
mais raz�o estariam neste caso os horm�nios das
gl�ndulas end�crinas, cujas influ�ncias e ativa��es
no setor f�sico j� s�o bem conhecidas. O que ainda
nos falta � o registro da atua��o hormonal em dimens�o
imediatamente superior (zona perispiritual),
conseq��ncia das irradia��es espec�ficas de
sua estrutura molecular.

Acreditamos na probabilidade de influ�ncia dos
horm�nios das gl�ndulas de secre��o interna nas
redes perispirituais da organiza��o animal, como
conseq��ncia de espec�ficas irradia��es. A pr�pria
ci�ncia biol�gica est� realizando experimentos e
estudos, a fim de determinar, atrav�s das modifica��es
qu�micas dos horm�nios, a sua poss�vel absor��o
e atua��o no psiquismo de profundidade. Desse
modo, logicamente, atrav�s das malhas do psicossoma,
dar-se-ia essa absor��o e respectiva influ�ncia
de uma "ess�ncia apropriada" do composto org�nico.
Estes experimentos est�o relacionados mais diretamente
com as distonias mentais, ligadas aos
desvios metab�licos e conseq�ente atua��o nos neur�nios.


Se realmente chegarmos � conclus�o desta
assertiva, de que os horm�nios, pela sua transforma��o
bioqu�mica, podem fornecer elementos
absorv�veis pelo psiquismo de profundidade, com
muito maior raz�o os horm�nios respons�veis pelo
setor sexual, masculino ou feminino, poder�o
oferecer elementos para esse ciclo de vida mais
apurado. Destarte, a influ�ncia no arcabou�o psicol�gico
do indiv�duo poder� sofrer oscila��es, relacionadas
com as cargas hormonais e com respostas
espirituais de retorno na organiza��o f�sica, onde as


JORGE ANDR�A

varia��es e respectivas tonalidades podem ser bem
expressivas. Lembremos a estrutura dos horm�nios,
as suas mol�culas, onde um teor pr�prio de irradia��es
deve ser observado, mesmo diante de microdosagens,
e cujos reflexos na organiza��o f�sica j�
s�o bem marcantes.

Como essas coisas dever�o passar-se? Como
esses mecanismos poderiam influenciar o psiquismo
de profundidade? Ainda nada sabemos a respeito.
Basta lembrar, entretanto, que a pr�pria organiza��o
f�sica � um jogo imenso de energias que se encontram,
em quase sua totalidade, condensadas, a
fim de atenderem a uma finalidade. As energias irradiantes
que a organiza��o f�sica propicia seriam
conseq��ncia de produtos mais espec�ficos, que se
acham como que diferenciados, em escala bioqu�mica
mais avan�ada. As irradia��es, como conseq��ncia
de um processo bioenerg�tico, seriam o resultado
da expans�o maturativa da estrutura qu�mica
mais categorizada que, no caso dos horm�nios,
representa uma das subst�ncias mais diferenciadas
da bioqu�mica.

J� se tem observado que certos produtos de
secre��o interna sofrem processos de "degrada��o
qu�mica", cujas subst�ncias em forma��o alcan�am
a psique consciente; conseq�entemente, haver� reflexos
na psique de profundidade. Quem sabe mesmo
se certos del�rios e aut�nticas alucina��es n�o
seriam a influ�ncia de uma ou mesmo v�rias subst�ncias
em degrada��o qu�mica atingindo o neur�nio?
O que n�o dizer das subst�ncias, quimicamente
degradadas, que possam atingir a zona mais
nobre do inconsciente ou zona espiritual? Neste
caso, conv�m lembrar que t�o-somente em outro


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

estado dimensional, estado irradiante da subst�ncia,
haveria essa possibilidade de influ�ncia naqueles
rec�nditos energ�ticos do ser.

Os horm�nios sexuais, tanto os de ordem masculina
quanto os de ordem feminina, pelo seu t�o
expressivo metabolismo (classe dos ester�ides), estariam
credenciados a oferecer subst�ncias irradiativas
diretamente da sua estrutura bioqu�mica ou
mesmo ap�s modifica��es qu�micas (degrada��o de
subst�ncia) por um natural processo transformativo.
As zonas do organismo que ofereceriam possibilidades
de absor��o dessas subst�ncias, em estado
irradiativo, seriam os genes dos cromossomos, por
serem, em nosso conceito (*), a tela ideal, o ponto
de encontro, a ponte de comunica��o entre os potenciais
externos ou do meio em que vivemos e a
zona do inconsciente ou espiritual representando as
estruturas da organiza��o interna.

L�gico de se pensar que a arquitetura de um
determinado ser possua a possibilidade de interc�mbio
entre todas as suas camadas ou regi�es ps�quicas,
onde as conclus�es das experi�ncias, desenvolvidas
na zona consciente, possam ser incorporadas
pelo inconsciente, sob forma de aptid�es, a fim de
servir � finalidade evolutiva como meta da pr�pria
vida. Os horm�nios sexuais que servem � organiza��o
f�sica, e que, por sua vez, j� seriam a conseq��ncia
da pr�pria orienta��o e dire��o do psiquismo de
profundidade (inconsciente ou esp�rito), teriam
uma atua��o bem maior do que se possa imaginar

(*) Para maiores elucida��es veja-se o livro do autor:
"Paling�nese, a Grande Lei". Editora Caminho da Liberta��o.
Rio. 1975.


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ao contribu�rem com as desenvolturas de seu �ntimo
e espec�fico metabolismo para a nutri��o da
organiza��o da psique. Tamb�m, com essa assertiva,
podemos avaliar as oscila��es e varia��es dentro da
estrutura��o do ser, onde o impulso evolutivo procurar�
sempre corrigir e levar para uma faixa h�gida
os desvios doentios de toda natureza; desvios
que podem ser contornados e resolvidos numa �nica
vida ou em v�rias romagens reencarnat�rias. A finalidade
� a de alcan�ar um patrim�nio harmonioso
que somente o equil�brio de a��es, em todas as dire��es
e dimens�es, pode oferecer ao indiv�duo.

Se realmente as influ�ncias dos horm�nios
gonadais, ap�s transforma��es espec�ficas, atingirem
o perisp�rito e outras camadas mais internas,
� de pensar-se na sua influ�ncia, por menor que
seja, na totalidade do arcabou�o psicol�gico do indiv�duo.
Essas influ�ncias estar�o, naturalmente,
relacionadas com as dosagens de subst�ncia. Assim,
podemos aquilatar a interfer�ncia das p�lulas anticoncepcionais,
pelas dosagens hormonais que carregam,
na organiza��o do ser. Em alguns casos
poder�o ajudar o mecanismo hormonal quando
existem defici�ncias, em outros, pela introdu��o de
novas doses, ir�o aumentar a potencialidade hormonal
de um determinado organismo. Haver� o
que se poder� dizer desnivelamento e agress�o org�nica.


De tudo, deduz-se que a ci�ncia ainda est�,
quanto � aplica��o das p�lulas anticoncepcionais,
necessitada de maiores informa��es na avalia��o de
seus prop�sitos e finalidades. Enquanto isso, manipulemos,
quando necess�rio, a estrutura do ser,
com equil�brio, cuidado e sempre procurando ava



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

liar as conota��es �ticas e morais decorrentes desses
mecanismos da vida.

*

REFER�NCIAS

Andr�a, Jorge � "Paling�nese, a Grande Lei".
Editora Caminho da Liberta��o. 2� edi��o, 1980,
Rio de Janeiro.

Karlson, Peter � "Bioqu�mica" (v�rios tradutores),
Editora Guanabara Koogan S.A., 1970, Rio de
Janeiro.


CAP�TULO IV


INTERSEXUALISMO. TRANSEXUALISMO E MUDAN�AS
DE POLARIZA��O SEXUAL EM FACE DA REENCARNA��O.
HOMOSSEXUALISMO.



INTERSEXUALISMO. TRANSEXUALISMO E
MUDAN�AS DE POLARIZA��O SEXUAL"
EM FACE DA REENCARNA��O.
HOMOSSEXUALISMO


Cada um desses t�tulos deve ser conceituado
para a compreens�o adequada dos mecanismos a
que est�o submetidos. Nas descri��es, estudos e artigos
sobre a tem�tica em quest�o, existem indevidas
aprecia��es que levam a incompreens�es e a
uma abordagem destoante. O pr�prio intersexualismo
apresenta interpreta��o vari�vel por muitos
daqueles que tratam do assunto. Devido a essas varia��es
e nuan�as devemos diferenciar esses t�tulos,
a fim de mais bem situar a quest�o.

Quando falamos de intersexualismo devemos
entender como sendo o indiv�duo que desde o nascimento
apresenta a genit�lia amb�gua, de modo a
exigir cuidadosa pesquisa na defini��o do sexo.
Nesses casos, quase sempre h� alguma predomin�ncia
de fatores em determinado p�lo sexual que contribuem
na avalia��o e defini��o sobre o sexo. � o
que poder�amos tamb�m denominar de pseudo-hermafroditismo,
porquanto o hermafroditismo significa
a exist�ncia de �rg�os reprodutores dos dois
sexos, em potencialidades id�nticas, num determinado
ser. Seria o chamado andr�gino.


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O transexualismo deve representar todo aquele
caso em que o corpo est� perfeitamente definido ao
lado da genit�lia, na faixa masculina ou feminina,
contudo, o arcabou�o psicol�gico n�o corresponde
� realidade f�sica. � o que se tem observado em
certas estruturas masculinas com atitudes, tend�ncias
e emo��es tipicamente femininas, ou organiza��es
femininas com a psique masculina.

No homossexualismo ter�amos os casos t�picos
de desvios patol�gicos em que os indiv�duos procurariam
atender �s solicita��es sexuais com o parceiro
do mesmo sexo, em atitudes ativas ou passivas.

Sobre esses tr�s cap�tulos preferimos conceituar

o intersexualismo e o transexualismo como desvios
com inexist�ncia desarm�nica de pr�tica sexual f�sica.
No homossexualismo, entretanto, haveria a pr�tica
sexual deformada com todas as seq�elas doentias
para o psiquismo. Devemos compreender, tamb�m,
que os desvios psicol�gicos do intersexualismo e
transexualismo comumente podem oferecer campo
prop�cio a des�g�es patol�gicos na organiza��o
sexual perif�rica, com absor��o das desarmonias
para a estrutura da alma ou do inconsciente. Qualquer
dessas faixas de diverg�ncias sexuais traduzem
um bem dirigido e transcendente processo que, por
motivos compreens�veis, buscam, principalmente
�s expensas das dolorosas solicita��es emocionais, o
equil�brio da totalidade da psique. �, realmente, na
colheita das dores, essencialmente de car�ter moral,
pelas deforma��es na organiza��o sexual, que o esp�rito
ou zona do inconsciente pode propiciar as
corre��es necess�rias para as defici�ncias que est�o
situadas na profundidade do psiquismo.

FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

As deforma��es de periferia, situadas na zona
consciencial, s�o o resultado inilud�vel das distor��es
e desarmonias que um determinado esp�rito
carrega, necessitando, quase sempre, tempo bem
expressivo para seu equil�brio. Algumas vezes, haver�
necessidade de transfer�ncias do desvio psicol�gico
sexual para outras etapas de vida f�sica (reencarna��o),
onde outras personalidades corp�reas
estariam mais prop�cias a absor��o, de modo integral,
daqueles desvios.

Estamos tratando de alguns desvios sexuais,
entretanto, o mecanismo em pauta refere-se a todas
as �reas de processamento da vida. O esp�rito ou
zona do inconsciente, apresentando estruturas
desarm�nicas em suas fontes, encontrar� no corpo
f�sico a tela espec�fica das manifesta��es de suas
energias. A organiza��o f�sica funcionaria como
exaustor e, como tela de filtragem e fixa��o,
tamb�m colheria as dores decorrentes pelo
mecanismo destoante. S� um pensamento dessa
ordem, embora se ache desenvolvido nos arraiais
da filosofia e da metaf�sica e com alguns translados
para o terreno cient�fico, daria o estofo
necess�rio para a compreens�o do tema. N�o se
pode, de s� consci�ncia, tentar a abordagem de t�o
profundos conceitos na exclusiva tela perif�rica do
corpo f�sico e numa vida reduzida de aproximadamente
65 anos. A desenvoltura dos fen�menos
ps�quicos � de imensa conseq��ncia para ser abordada
no restrito espa�o de uma �nica vida corp�rea,
entre o ber�o e o t�mulo.

A ci�ncia tenta, na sua constante labuta e pesquisa,
esclarecer muitos �ngulos da vida. No caso


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dos desvios sexuais, por envolverem grande parte
das for�as criativas, a ci�ncia fica como que embara�ada
em suas possibilidades, devido � abordagem
em posi��o exclusivamente perif�rica ou do
corpo f�sico; este, em �ltima an�lise, ser� a tela de
manifesta��es a traduzir a conseq��ncia externa do
processo.

* * *

O intersexualismo vem oferecendo processos
bem acurados de estudos pela medicina, principalmente
nos rec�m-natos. Diante de �rg�os sexuais
amb�guos, ap�s o nascimento, os pesquisadores lan�am
m�o do cariograma e da cromatina sexual de
Baar, onde observam, nos esfrega�os celulares pelo
raspado da mucosa bucal, o n�mero de cromossomos
e o pequeno corp�sculo crom�tico. Na esp�cie
humana, desde as afirma��es de Tjio e Levan, no
ano de 1956, o n�mero de cromossomos � de 46. O
corp�sculo de Baar foi encontrado acoplado � membrana
nuclear das c�lulas neuroniais das gatas e
ausente nos gatos. Essa diferencia��o serviu de base
e aplica��o na pesquisa humana.

No intersexualismo, a defini��o do sexo poder�
ser determinada pelo cariograma, que dar� um cari�tipo
normal. Quanto ao corp�sculo de Baar, se
estiver presente em 5% ou mais nas c�lulas estudadas,
o sexo ser� feminino, se ausentes, ser� masculino.
Isto quer dizer que as f�meas ser�o cromatino-
positivas e os machos cromatino-negativos.

Em certos casos de intersexo foram encontradas
modifica��es no n�mero de cromossomos, principalmente
sexuais, como no caso da s�ndrome de Kline



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

felter onde existem t�s cromossomos sexuais (XXY)
em lugar de dois.

Muitos outros exames auxiliares para a defini��o
ou tend�ncia sexual, nos intersexuais, podem
ser dirigidos para as dosagens hormonais, para a
bi�psia das gonadas, ou mesmo cirurgia, em exames
radiol�gicos e nos dermatoglifos. Este �ltimo exame
refere-se �s deforma��es das imagens palmares e
plantares em correspond�ncia com as altera��es
cromossomais. Ali�s, foi Cummins o pioneiro dessas
pesquisas no ano de 1936.

Consideremos que todas essas an�lises est�o
apenas na faixa da organiza��o f�sica, que n�o deve
traduzir a realidade integral do indiv�duo; esta
apresenta-se em maior percentagem e volume de
atua��o pelas energias profundas do psiquismo. �
no psiquismo de profundidade, nas camadas mais
sutis do inconsciente ou zona espiritual, que a vida
elabora as suas necessidades, transferindo-as para
a zona corp�rea qualquer que seja a conseq��ncia:
harm�nica ou desarm�nica, h�gida ou patol�gica.

A conquista m�dica tem que ser valorizada
pelas aquisi��es cient�ficas. No caso do intersexualismo
tem-se, pelos exames e an�lises, chegado �
conclus�o sobre o sexo de predomin�ncia ao lado da
apresenta��o dos �rg�os sexuais e a sua preval�ncia.
Tudo isso, poder� conduzir o indiv�duo numa trilha
espec�fica ao seu pr�prio caso, onde, na maioria das
vezes, a cirurgia � chamada para uma solu��o definitiva.
Mesmo sendo utilizada uma conduta cir�rgica,
h� necessidade, posteriormente, dum ajustado
plano educacional. Apesar de todos esses
cuidados m�dicos e adequada orienta��o, no per�odo


JORGE ANDR�A

da puberdade poder� haver desvios pela defini��o
psicol�gica do sexo de profundidade, que n�o pode
ser devidamente avaliado na fase infantil, pela sua
d�bia energ�tica, com todas as conseq��ncias
advindas pelas insistentes energias emitidas pela
alma. Se essas energias estiverem na faixa sexual
onde o exame e tratamento f�sico foram encaminhados,
o caso poder� ser bem-sucedido; ao contr�rio,
haver� sempre distor��es e dificuldades em qualquer
dos tratamentos habituais. Nesse �ltimo caso, somente
a compreens�o bem dirigida daquele que
carrega a distonia poder� situar essas for�as espec�ficas
da alma em terreno mais apropriado, evitando,
assim, maiores cargas de absor��o negativa pelas
viv�ncias de um sexo distorcido na periferia corp�rea.
Dentro deste quadro, n�o deixemos de considerar
a posi��o c�rmica do indiv�duo que poder� estar
em fase de esgotamento, onde o tratamento perif�rico
bem conduzido ser� revestido de grande sucesso.
Caso as for�as c�rmicas estejam ainda atuantes,
haver� dist�rbios, talvez maiores do que os apresentados,
desde o nascimento, no corpo f�sico.

Desse modo, estamos a ver a dificuldade de
situarmos a verdadeira polariza��o do sexo, nos
intersexuais, com a pesquisa de periferia limitada
ao corpo f�sico. Entretanto, n�o existe outro rumo,
no momento, a n�o ser das express�es perif�ricas na
organiza��o f�sica. Temos que nos guiar pelos dados
colhidos com aqueles exames acima referidos, a fim
de tomarmos decis�es e classificarmos a tend�ncia
sexual sempre exigida pela grei a que pertence o
indiv�duo. Mas, dia vir� em que a t�cnica biol�gica
ter� grande aux�lio dos campos espirituais, cujos


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

horizontes mais avan�ados permitir�o avalia��es
mais credenciadas.

* * *

Consideremos o transexualismo diverso do intersexualismo,
por n�o existir modifica��es da genit�lia
e tampouco necessidade de cirurgia corretora.
O transexualismo representaria, em nosso
conceito, exclusivamente os casos em que o fen�tipo,
a genit�lia e componentes hormonais estivessem
relacionados com determinado p�lo sexual do corpo
f�sico. N�o haveria desvio de qualquer natureza; os
�rg�os genitais externos corresponderiam � sua express�o.
Apesar dessas conota��es, dentro da aparente
normalidade, haveria modifica��es psicol�gicas,
isto �, as atitudes emocionais do indiv�duo teriam
correspond�ncia com o p�lo sexual oposto e
em graus vari�veis. Existiriam homens com �rg�os
sexuais an�tomo-fisiologicamente normais, embora

o setor ps�quico, em tudo, corresponderia a de uma
alma feminina. Tamb�m, para o lado feminino, os
�rg�os sexuais teriam apresenta��es e fun��es normais,
entretanto, o arcabou�o psicol�gico, pelas atitudes
e desenvolvimento de atividades, seria tipicamente
masculino. Portanto, n�o conceituamos no
transexualismo um desvio pela insatisfa��o e infelicidade
do indiv�duo com o sexo f�sico que carrega.
Os conceitos emitidos por Harry e Goutheil, h�
duas d�cadas aproximadamente, j� faziam diferen�a
desse grupo com os homossexuais e os intersexuais
de nossa abordagem, embora sempre ligados
a profundos desvios na zona f�sica. Os pesquisadores
ainda n�o t�m possibilidades de conceituar a tem�tica,
com profundidade, procurando nos arcanos do


JORGE ANDR�A

esp�rito os desvios que sempre se transferem � periferia
do corpo f�sico, onde s�o percebidos e avaliados.
Falam na castra��o hormonal e cir�rgica, mas
sempre abordam a situa��o de modo superficial e
considerando os transexuais como aut�nticos doentes.
� claro que muitos deles o s�o, por�m existem
tonalidades e sutis modifica��es psicol�gicas dentro
da normalidade, embora o normal na Terra seja
realmente coisa rara. O nosso grau de ignor�ncia
ainda � vasto; desconhecemos, quase que integralmente,
as posi��es espirituais. Al�m do mais,' quase
todos n�s somos "devedores" e, como tal, arrastamos
as impurezas c�rmicas do nosso passado pelos
diversos setores da atividade vital.

Lembramos as dificuldades que certos indiv�duos,
dentro de uma estrutura transexual, teriam
para manter a sua posi��o sexual fisiol�gica em
virtude das influ�ncias externas de toda natureza,
como, tamb�m, do panorama educativo em que se
situaram. Indiv�duos dessa ordem, na fase puberal,
podem descambar para o homossexualismo pelas
experi�ncias sexuais deformadas e ligadas a uma
educa��o identicamente defeituosa. Nesses casos, as
marcas poder�o ser profundas e o h�bito constante
de atender os sentidos, de modo patol�gico, poder�
deixar sulcos inapag�veis e perfeitamente nutridos
pela estrutura ps�quica do sexo que o indiv�duo carrega
na pr�pria alma. Seriam deslizes, influenciando
na queda dos fronteiri�os ou oscilantes, a se projetarem,
inevitavelmente, para o homossexualismo.

Devemos compreender que os transexuais existiriam
em duas faixas perfeitamente analis�veis. Os
fronteiri�os que acabamos de citar, por serem indiv�duos
com possibilidades de se "endividarem", dian



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

te do plano evolutivo, pela persist�ncia na patologia
sexual, onde enormes componentes dolorosos o
aguardariam. A outra faixa corresponderia aos
transexuais que possuem algum desenvolvimento
das for�as sexuais do psiquismo e em plena fase de
equil�brio construtivo; seriam indiv�duos mais bem
dotados na evolu��o, o que lhes daria uma certa
defesa diante de poss�veis quedas dentro dos mecanismos
instintivos inferiores. Casos dessa natureza
podem ser observados como resultado da transi��o
de polariza��o sexual no sentido reencarnat�rio.
Referimo-nos aos esp�ritos que v�m reencarnando
na faixa sexual masculina ou feminina, por algum
tempo, e como que de repente ocupam (geralmente
pelas miss�es e nobres experi�ncias) corpos do sexo
oposto. O resultado seria que, apesar de constru�rem
um corpo sadio com as energias h�gidas que o
pr�prio esp�rito carrega e influencia na morfog�nese

(*), a for�a sexual pret�rita da alma, aqueles v�rtices
ainda plenificados das emo��es e experi�ncias
passadas, n�o consegue deixar de influenciar o psi
quismo do novo corpo que apoia �rg�os sexuais de
tend�ncias opostas.

Os transexuais desse �ltimo grupo, j� com
maiores possibilidades evolutivas nas exist�ncias
pregressas, possuindo as for�as da alma de modo
nobre e identificadas com o equil�brio e a harmonia
da vida, jamais tergiversam ou descambam na patologia
sexual; s�o indiv�duos que n�o tendo aquela
necessidade de "constru��o emocional" atrav�s do

(*) Para maiores esclarecimentos veja-se o livro do
autor: "Paling�nese, a Grande Lei". Editora Caminho da Liberta��o.
2� edi��o, 1980, Rio de Janeiro.


JORGE ANDR�A

sexo de periferia (utiliza��o dos �rg�os sexuais do
corpo f�sico), normalmente constroem-se atrav�s da
castidade que, no caso, tem um sentido bastante
expressivo. Essa castidade n�o representaria o isolamento
de canais das for�as sexuais profundas,
por�m uma efetiva aplica��o das energias do esp�rito
nas grandes constru��es do bem, onde os frutos
das artes aut�nticas deixam mostras de for�as criativas
em constante efus�o. O resultado disso se
observa em trabalhos liter�rios, nas incompar�veis
sonatas e sinfonias que a musicalidade pode oferecer,
como, tamb�m, na dan�a dos pinc�is tra�ando
e retratando a vida das imagens e das coisas. Muitos
desses artistas, das letras, da m�sica ou da pintura,
podem situar-se nessa posi��o, derivando nas realiza��es
aut�nticas os fil�es de ouro que as for�as
internas do esp�rito possuem. � como se deixassem

o sexo de periferia temporariamente apagado, sem
atividade funcional, apenas utilizando outros canais
criativos e mais expressivos, pela arregimenta��o
da sexualidade espiritual. Nesta posi��o, a castidade
ser� sempre construtiva. Por�m, quando houver
o isolamento sexual, por pieguismos, fanatismos
ou conceitua��o pouco feliz de car�ter religioso e
sem substitui��o por outras fontes din�micas, a castidade
ser� destrutiva e sem escopo �til. A castidade
ser� sempre destrutiva quando houver cerceamento
das for�as sexuais que est�o exigindo e mesmo implorando,
pelo apetite gen�sico, a sua constru��o
na mat�ria. O resultado inevit�vel � o desbaratamento
e a desorganiza��o das for�as sexuais da
alma, que n�o encontram compensa��o com a necessidade
f�sica organizada, ainda necess�ria para
a grande maioria. O n�o evolu�do e mesmo despre

FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

parado n�o deve obstacular, mesmo em nome de
uma bandeira religiosa, a necess�ria canaliza��o
dessas for�as criativas.

Existir� sempre necessidade de dirigir com harmonia,
equil�brio e entendimento, o mecanismo
sexual. Alguns indiv�duos est�o em posi��o de praticar
uma castidade construtiva, outros, por n�o
terem as possibilidades de orientar as suas energias
sexuais em planos mais avan�ados, desorganizam-
se naquilo que podemos nomear de castidade
sem sentido, sempre destrutiva. Os transexuais
fronteiri�os, ainda pouco evolu�dos e ligados fortemente
�s for�as instintivas, energias sem suficiente
constru��o espiritual, com facilidade descambam
para o setor patol�gico, e somente diante do tempo,
�s vezes bem maior do que avaliamos, em muitas
voltas reencarnat�rias pela absor��o de dores e experi�ncias,
conseguir�o a retomada do fio evolutivo.

Os transexuais de transi��o reencarnat�ria,
aqueles em que os fatores sexuais da alma j� demonstraram
alguma matura��o, atravessam essa
faixa de vida com estoicismo e equil�brio por excel�ncia.
S�o indiv�duos que sentem o pequeno desvio
psicol�gico em face da maioria ainda instintiva, mas
jamais se permitem ao desregramento e desequil�brio
de sua fun��o sexual no corpo f�sico. Muitos
deles t�m diminutas solicita��es sexuais de superf�cie
(corpo material), ou as tornam reduzidas de
vontade pr�pria, preferindo tomar a posi��o da castidade
que, pelo �ngulo positivo, ser� uma castidade
com finalidades; ser� uma castidade construtiva,
porque as for�as sexuais da estrutura espiritual
foram deslocadas para setores criativos de degraus
mais avan�ados. Outros tantos desenvolvem as suas


JORGE ANDR�A

fun��es sexuais com regularidade fisiol�gica, sem
excessos, pr�prias ao sexo em que se encontram,
embora as tend�ncias psicol�gicas, como j� referimos,
sejam de polariza��o inversa; s�o quase sempre
indiv�duos incompreendidos, que est�o a merecer
uma an�lise bem mais criteriosa, em lugar de
uma avalia��o superficial fundamentada em pobres
aspectos, posi��es e atitudes fenot�picas.

A hist�ria tem fornecido exemplos de interesse,
permitindo maiores elucida��es sobre a tem�tica.
J� fizemos refer�ncias, no cap�tulo II, sobre o casal
Chopin e George Sand. Ampliando a conceitua��o
em pauta, podemos dizer que a personalidade de
George Sand, por tudo que se conheceu de sua lavra
liter�ria, de suas atitudes e m�todo de vida, principalmente
com Chopin, leva-nos a classificar o seu
esp�rito reencarnado, naquela �poca, como em fase
de transi��o. Isto �, a romancista, mulher integral
em suas formas e fun��es f�sicas, apresentava uma
alma oposta a feminilidade de seu corpo pelas atitudes
e resolu��es de car�ter masculino, at� mesmo
no pseud�nimo adotado. Ao lado disso, Chopin com
seus qualificativos f�sicos masculinos, psicologicamente,
emocionalmente, era uma alma feminina
refletindo-se na grande sensibilidade da arte; sensibilidade
que se ampliava � medida que a doen�a

(tuberculose) minava a zona f�sica, alterando o metabolismo
e alargando, com isso, as dores e preocupa��es,
resultando no grande extravasamento de
sua vida espiritual.

Acreditamos que Chopin e George Sand se
completavam pela zona f�sica, no atendimento dos
sentidos, e pela alma, no equil�brio psicol�gico de
suas potencialidades. N�o seriam aqueles transe



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

xuais em graus mais avan�ados e de notifica��es
m�ximas, mas, sim, esp�ritos em in�cio ou final de
transi��o reencarnat�ria, quanto � polariza��o sexual,
demonstrando atitudes pouco acentuadas
nessas muta��es psicol�gicas. � poss�vel que George
Sand j� esteja ocupando um corpo masculino, a
fim de dar seq��ncia ao fio evolutivo; poder� acontecer,
tamb�m, caso j� haja reencarnado, que o mecanismo
reencarnat�rio ainda conserve o mesmo
sexo f�sico para alcan�ar uma finalidade dentro de
sua rota evolutiva. Os mecanismos da evolu��o n�o
nos propicia conhecer as conseq��ncias de t�o delicada
problem�tica, entretanto, permitem-nos
emitir esses conceitos psicol�gicos que, realmente,
seriam muito mais da �rea parapsicol�gica.

Um outro caso, em grau semelhante, seria o de
Mme. Stael. Na Revista Internacional do Espiritismo,
de 9-10-1976, o artigo editorial, A Revers�o
Sexual, informa-nos que a referida escritora francesa,
j� desencarnada naquela �poca, lamentou-se,
junto a Allan Kardec, por ter sido "homem de mais
para uma mulher". Isto quer dizer que a feminilidade
de Mme. Stael sentia o desencontro, em parte,
com sua pr�pria atitude psicol�gica, de tonalidade
francamente masculina refletida em sua lavra
liter�ria. Seria o caso de perguntar-se: se Mme.
Stael estiver reencarnada, n�o estaria num corpo
masculino e, pela fase transicional (transexual),
com alma e atitudes psicol�gicas de tonalidades
femininas pela impossibilidade de adapta��o, devido
ao curto per�odo do processo em quest�o? Acreditamos
que o estofo psicol�gico da escritora Mme.
Stael teria, perfeitamente, condi��es de encontrar-se
em posi��o construtiva onde as for�as sexuais de
seu esp�rito est�o buscando um novo �ngulo de re



JORGE ANDR�A

completamento. Haveria como que a canaliza��o
de sua organiza��o sexual psicol�gica, em um novo
mergulho reencarnat�rio, para a outra faixa de
equil�brio em busca de novas e necess�rias aquisi��es.
Entretanto, para os que se encontram nessa
posi��o, como faixa de transi��o, haveria as solicita��es
do passado psicol�gico na nova personalidade
corp�rea oferecendo distonias, sempre com algum
perigo de deslizes no campo patol�gico.

A fase de transi��o de polaridade sexual, quando
realizada dentro de seus graus de normalidade,
apesar dos aspectos exteriores que possam traduzir
desvios, por falta de judiciosa avalia��o, apresenta
sempre um certo colorido do passado. Somente a
pouco e pouco � que o gen�tipo se mostra mais
adequado ao fen�tipo, conforme nossos pessoais
entendimentos e avalia��es psicol�gicas. Nos dias de
hoje entende-se o sexo masculino integral no Romeu,

o her�i com suas bravatas de capa e espada, o homem
arrojado e musculoso buscando, sem medidas,
a mulher; na feminilidade estaria a Julieta, de
formas hiperfeminis, exageradas, por�m de gestos
delicados, chamando aten��o do homem. Os transexuais
estariam entre essas posi��es e, assim mesmo,
em �ngulos vari�veis de conformidade com a
evolu��o e o plano de transi��o reencarnat�ria
(vide cap�tulo II). Mais uma vez acentuamos, nestas
linhas sobre transexualismo, que estamos, exclusivamente,
nos referindo �s posi��es de higidez; por
isso, n�o haver� qualquer abordagem sobre desvios
psicol�gicos pelos des�g�es patol�gicos no corpo
f�sico.

Todos esses campos s�o bastante delicados em
suas avalia��es, mas est�o sendo aqui anotados com


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

finalidade de percebermos o mecanismo maturativo
das for�as sexuais do esp�rito ou do inconsciente,
em �ngulos necess�rios � evolu��o pela transi��o
de polariza��o sexual. Um escritor da l�ngua portuguesa
confessa que os seus gestos, as atitudes,
sensibilidade e temperamento s�o absolutamente
femininos, entretanto, a elabora��o do trabalho
intelectual e respectivo impulso, e mesmo vontade
de realiza��o, s�o tipicamente masculinos. A passividade
de suas atitudes era de seu inteiro agrado
e muito mais vivida e sentida do que a sua atividade
como escritor; com isso, reconhecia existir em
si mesmo um mecanismo de frustra��o pela invers�o
das potencialidades sexuais. Tinha receios, que

o preocupavam bastante, que a invers�o psicol�gica
dos sentimentos chegasse ao corpo f�sico
e qualquer impulso, nesse sentido, seria profundamente
humilhante. Por tudo, considerava os impulsos
de suas emo��es como uma cascata de sentimentos
deformados e sentia-se algo feliz por conseguir
desvi�-los na literatura. Neste caso temos o transexualismo
que n�o descambou na patologia, por�m
com suas for�as contr�rias alimentadas em coloridos
negativos; talvez, e quase com certeza, o panorama
c�rmico estaria a dar essa conota��o de realidade
no quadro psicol�gico em pauta.
Conceituando o transexualismo com esse enfoque,
in�meros casos de reencarna��es podem ser
avaliados e estudados. Conhecemos alguns casos de
transexualismo, dentro dessa abordagem de normalidade,
relacionados a fen�menos parapsicol�gicos
da faixa Psitheta, fenomenologia essa ligada aos
"sens�veis" e que nada mais seria que os fen�menos
medi�nicos t�o bem estudados e equacionados pela
Doutrina Esp�rita. Certos m�diuns masculinos, com


JORGE ANDR�A

aut�nticos trabalhos no setor da psicografia, psicofonia
e com desenvoltura de outros fen�menos
medi�nicos, por condi��es espec�ficas de seu psiquismo
de profundidade, exteriorizam tonalidades
psicol�gicas de for�as femininas; isto �, s�o indiv�duos
que podem encontrar-se em posi��o ps�quica
bem evolu�da e cujo trabalho medi�nico exige mobiliza��o,
no esp�rito, das energias sexuais femininas.
Pela evolu��o das for�as sexuais haver� um transbordamento
de energias de maior interesse, na realiza��o
da mec�nica medi�nica, a exigir uma sensibilidade
ostensiva que t�o-somente a faixa feminina
pode propiciar. Poder� mesmo acontecer que os referidos
m�diuns se encontrem naquela faixa reencarnat�ria
de transi��o, onde vinham tendo uma
s�rie de corpos femininos e, de repente, apresentam-
se num corpo masculino: o colorido fortemente
feminino n�o poder� ter um r�pido apagamento das
predominantes influ�ncias pret�ritas. Poderia tratar-
se, tamb�m, de indiv�duos que estejam na faixa
masculina "ansiando" o lado feminino da futura
reencarna��o, que j� se delineia por efeito transi


cional da Lei que busca o equil�brio psicol�gico.

Por tudo isso, m�diuns masculinos que apresentam
tonalidades psicol�gicas femininas, pelas
condi��es j� expostas de normalidade, permitem a
tradu��o das influ�ncias espirituais e respectivas
mensagens com profundo estofo de sentimentalidade
pelas adequadas coloca��es das for�as sexuais do
psiquismo de profundidade. O maior grau de sensibilidade
medi�nica estaria relacionado com as for�as
psicol�gicas sexuais femininas, determinando o
alargamento dos campos perceptivos do inconsciente
ou zona espiritual e, conseq�entemente, expressiva
filtragem das comunica��es. Os impulsos vorti



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

cosos sexuais, de tonalidade feminina, seriam a
condi��o da expressiva sensibilidade desses m�diuns
masculinos, equilibrados e moralmente harmonizados,
favorecendo, tamb�m, a amplia��o dos movimentos
de fraternidade p�la expans�o apropriada
das for�as criativas da alma. Devido a essas possibilidades,
os m�diuns s�o personalidades muito
sens�veis, cujo sistema neurovegetativo, como antenas
espec�ficas, est� sujeito a descontrole diante de
determinadas e inquietantes manifesta��es; por�m,

o exerc�cio condigno nessa �rea pode propiciar, para
a alma que evolui, muitas defesas frente �s press�es
externas, deslocando suas atividades para horizontes
de dimens�es mais avan�adas.
Podemos dizer que o indiv�duo na faixa transexual,
canalizando as energias psicol�gicas que
carrega no trabalho construtivo, onde as artes e as
tarefas parapsicol�gicas s�o campos ideais de manifesta��es,
conhece que o caminho est� certo, seguro,
ajustado e, como de transi��o, sujeito �s
intensas oscila��es. Entretanto, encontrando-se o
indiv�duo mais recuado na evolu��o, carregando a
potencialidade sexual inversa de profundidade e com
as manifesta��es de superf�cie dessas energias,
tanto o intersexual quanto o transexual lutam sempre
contra o que consideram um desvio psicol�gico.
Quando reencarnados e em busca da defini��o do
sexo f�sico, s� t�m certo sossego no vislumbre de
outras constru��es mais avan�adas do esp�rito e,
pelo entendimento, cientificam-se da fase transit�ria
que est�o atravessando. Nesta, d�o vaz�o a
energias sexuais de profundidade (polaridade diversa
do sexo f�sico) pelos gestos, trajes e atitudes,
mas a grande manifesta��o dar-se-� pela express�o
nas artes quando existe a sensibilidade art�stica.


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Mesmo assim, pela defici�ncia de desenvolvimento
espiritual, correm em busca do sexo de sua predile��o
psicol�gica e alguns, na procura de satisfa��o
nessa posi��o, nos sentidos f�sicos, desaguam na
patologia homossexual.

* * *

No terceiro grupo, do homossexualismo, o ponto
de interesse cient�fico � a conota��o patol�gica.
Neste grupo consideramos todos os indiv�duos, em
distonias de variada ordem, que procuram atender
aos sentidos com o parceiro do mesmo sexo, em pr�ticas
deformantes e desarmonizadas. Os homossexuais,
al�m da satisfa��o sexual com o parceiro do
mesmo sexo, poder�o ter ou n�o uma esp�cie de
"atra��o eletiva" na posi��o emocional. Isto traduz
a maior ou menor profundidade patol�gica em que
se acham envolvidos.

Os homossexuais, em seus dist�rbios, apresentam
imensas varia��es cujos detalhes ser�o omitidos
por n�o pertencerem ao esquema do livro. Anotemos,
entretanto, que as distonias apresentam diversifica��es,
n�o s� no arcabou�o psicol�gico em evid�ncia
na zona consciente, como, tamb�m, podem alcan�ar
os desvios hormonais e mesmo o aspecto
f�sico do indiv�duo. Todas essas oscila��es e graus
de apresenta��es ser�o sempre a conseq��ncia das
desarmonias na estrutura espiritual ou do inconsciente,
em maiores ou menores desvios nas atitudes
psicol�gicas ou f�sicas.

Consideramos, sem qualquer sombra de d�vida,
que o homossexual, ao atender os sentidos em satisfa��o
sexual, jamais estar� em processo de realiza��o


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

conforme pensam algumas escolas. Ningu�m se realiza
no caminho do desequil�brio e da desordem. A
pr�tica deformante � resultado da distonia �ntima
que carrega consigo, cujo processo desencadear�
desajustes, principalmente no setor moral. A viv�ncia
desses mecanismos desarm�nicos despertar�o
impulsos espec�ficos que responder�o, algum dia,
pelo processo de integra��o na linha positiva da
evolu��o. A rea��o-resposta, pela zona espiritual,
estar� diretamente ligada � a��o desencadeante com
toda a colheita das necess�rias "dores-equil�brio".
Ent�o, o negativo, o erro, o processo degenerativo
desenvolver� sempre mecanismos de defesa e de impulsos
no sentido contr�rio, portanto evolutivo, n�o
conseguindo, jamais, sedimentar posi��es inferiores
ou paralisar o processo. O grande impulso evolutivo
ser� sempre dirigido na faixa do equil�brio e da harmonia;
da distonia fica a experi�ncia e viv�ncia, a
fim de criar defesas para a sedimenta��o de novas
posi��es mais expressivas no bem comum. Existe,
ap�s a queda, sempre possibilidades de soerguimento.


O homossexual, pelo desvio patol�gico, � um sofredor
por excel�ncia e pelas "emo��es esgar�adas"
� um solit�rio. Em regra geral apresenta dificuldades
de relacionamento por ser obrigado, pelas conting�ncias
da vida social, a definir-se sexualmente.
Ami�de, quando as press�es sociais s�o mais exigentes,
quase sempre o homossexual desemboca
nos conflitos neur�ticos. S�o pessoas habitualmente
ego�stas, embora am�veis, por�m, pela fragilidade
do campo emocional, apresentam car�ter bastante
inseguro e oscilante. Essa estrutura psicol�gica permite
que estejam, potencialmente, em hostilidade
constante para com as pessoas.


JORGE ANDR�A

Com esse quadro, podemos avaliar a variabilidade
das distonias no homossexual. Existir�o homossexuais
com desvios psicol�gicos bem acentuados
do outro sexo, de modo a encontrarem-se,
tamb�m, no grupo dos transexuais. �s vezes, o desvio
� t�o pronunciado que o pr�prio indiv�duo exige
uma defini��o de situa��o no sexo que psicologicamente
carrega; por isso, deseja lan�ar m�o das
possibilidades cir�rgicas e tratamentos hormonais
espec�ficos, a fim de sentir o corpo f�sico mais afinizado
com a sua emocionalidade ps�quica.

Os homossexuais s�o indiv�duos com intensas
manifesta��es psicossom�ticas s�o fr�geis, desconfiados
e profundamente sens�veis, o que lhes faculta
certas tend�ncias art�sticas e agudeza perceptiva,
muitas vezes traduzida por intelig�ncia. Isto n�o
quer dizer que n�o existam os casos associados de
intelig�ncia.

A ajuda terap�utica pode ser feita desde quando
haja o desejo, por parte do pr�prio indiv�duo, de
corre��o e equil�brio. O tratamento b�sico, para
essas distonias, � tentar direcionar a mente-vontade
em realiza��es aut�nticas e construtivas, ao lado de
absoluta castidade em rela��o aos seus impulsos
sexuais, de periferia, sempre atados aos sentidos.
Coibir os impulsos, por�m dar ao mecanismo do
psiquismo um trabalho construtivo, em qualquer
�rea, para que, na constru��o e no dever cumprido,
possa engajar-se na trilha das realiza��es espirituais.
Atender aos sentidos pelos impulsos pervertidos �
desestruturar a organiza��o do inconsciente ou espiritual,
cujas rea��es-respostas ser�o sempre severas
pelos processos da reencarna��o, em virtude do
envolvimento com as energias criativas da alma.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

O homossexual que, pela sua condi��o patol�gica,
insista na satisfa��o dos sentidos, absorver�,
das descargas emotivas do encontro com sexo id�ntico,
energias da mesma polaridade; isso, logicamente,
inundar�, cada vez mais, os v�rtices espirituais
de "subst�ncias" que n�o se entrosam e muito
menos se completam. A satisfa��o inadequada ser�
exclusivamente da zona f�sica, com o desajuste, cada
vez mais ampliado, da organiza��o espiritual.

Todo movimento reencarnat�rio representar�
sempre uma busca de ordem e equil�brio. Para o
homossexual, existir� necessidade intransfer�vel de
viv�ncia na castidade construtiva, a fim de encontrar
a harmonia para as futuras forma��es corp�reas
que as reencarna��es podem propiciar. Somente
assim haver� possibilidade de libera��o e segura
participa��o na estrutura evolutiva individual.

*

Desses tr�s principais cap�tulos � intersexualidade,
transexualidade e homossexualidade �
estamos percebendo a dificuldade de avaliarmos,
psicologicamente, certos indiv�duos pela riqueza
fenom�nica que apresentam. Ao lado dos desvios
ps�quicos devemos considerar o panorama c�rmico
que carregam. Dessa forma, compreende-se que a
dificuldade de enquadramento cient�fico descamba
numa variedade de denomina��es e conceitos, de
conformidade com as escolas.

Alguns casos de intersexualismo s�o denominados
de hermafroditismo ou mesmo de simples
invers�o sexual. O homossexualismo, com franca
inclina��o er�tica para o mesmo sexo, � tamb�m


JORGE ANDR�A

denominado de androginia, quando n�o de revers�o
sexual.

A ci�ncia, diante dessa multiplicidade, para
evitar confus�es de avalia��es dos diversos desvios
dessa natureza, procurou equacionar a posi��o
sexual nas estruturas perif�ricas do sexo, atendendo
os seguintes �ngulos:

a) gon�dico � pela verifica��o e estudo das
c�lulas das gl�ndulas genitais.
b) gen�tico � pela verifica��o e estudo da
cromatina sexual.
c) fen�tipo � pela verifica��o e estudo do
aspecto morfol�gico do indiv�duo.

d) psicossexual � pela verifica��o, estudo e
avalia��o do arcabou�o psicol�gico e influ�ncias
educacionais.

As varia��es s�o t�o intensas, em v�rios setores
de aprecia��o cient�fica, que j� se chega ao absurdo
de avaliar o problema sexual "numa modalidade de
existir", aceitando como normal muitas distonias;
isto porque s� est� sendo revisto e analisado o mecanismo
sexual de superf�cie, da zona corp�rea f�sica.
Anotemos, mais uma vez, que a zona f�sica do
psiquismo consciente � uma tela reflexiva das energias
profundas do esp�rito, onde as fontes sexuais
transferem e traduzem o que realmente possuem:
harmonia ou desarmonia. Pela desarmonia, os reflexos
dos desvios sexuais desembocam quase sempre
nas dores de car�ter moral; estas representam
sempre, como rea��es espec�ficas, a busca do pr�prio
equil�brio futuro. � na viv�ncia da dor, pela experi�ncia
corretiva, que o ser vislumbra um horizonte
fie possibilidades construtivas.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

O intersexual, o transexual e o homossexual
t�m que ser analisados e compreendidos de dentro
para fora, das estruturas do esp�rito para a psique
de superf�cie na zona consciente. Ter�o que ser entendidos
como o resultado das for�as do esp�rito a
refletirem, na tela consciente, o teor de energias
que consigo carregam. Um conceito desse quilate,
apesar de compreendido, n�o pode ser ainda equacionado
em sua �ntima estrutura. A pr�pria avalia��o
psicol�gica da zona consciente ainda est� revestida
de in�meras dificuldades pela variabilidade e
graus de apresenta��o, onde devemos considerar
n�o s� o bi�tipo, mas, tamb�m, o potencial emocional,
o grau intelectual, a instru��o alcan�ada e,
principalmente, o entendimento e an�lise avaliativa
do pr�prio indiv�duo.

Na abordagem dessas tr�s faixas (intersexualismo,
transexualismo e homossexualismo) devemos
compreender que o patol�gico, o doentio, est� bem
perto do h�gido, do normal. Certas posi��es de transi��o
reencarnat�ria, pela mudan�a de polariza��o
sexual, mostram faixas com limites imprecisos e,
outras vezes, t�o gritantes, denotando um quadro
patol�gico. Por que isso? Que se passa com a Grande
Lei evolutiva? Que est� acontecendo com as for�as
sexuais da alma? A Doutrina Esp�rita tem uma
plaus�vel explica��o para tudo isso: � a posi��o em
que nos encontramos no Planeta, onde o componente
de expia��o ainda � mais bem avantajado do que

o regenerativo. Os componentes c�rmicos, atritados
pela vida pregressa, exigem compensa��o.
Devemos considerar que muitos dos indiv�duos
enquadrados nesses cap�tulos, ao seu pr�prio modo
carregam posi��es dif�ceis, acompanhadas, comu



JORGE ANDR�A

mente, de desentendimentos. S� a constru��o no
bem, o desenvolvimento de trabalho e tarefas positivas
constantes poder�o neutralizar o carma (carga
negativa pregressa), cuja luta lhe foi oferecida pela
Grande Lei porque h� possibilidades de vit�ria. O
amanh� ser� grandemente expressivo para os que
tiveram vontade e souberam lutar por uma efetiva
posi��o espiritual. A bland�cia de uma nova aurora
apresenta-se sempre com os matizes das semeaduras
individuais no bem.

*

REFER�NCIA

Andr�a, Jorge � "Paling�nese, a Grande Lei". Edi


tora Caminho da Liberta��o, 2� edi��o, 1980.

Rio de Janeiro.


CAP�TULO V

�XTASE SEXUAL: CHAMAMENTO REENCARNAT�RIO,
MATERNIDADE, CONSTRU��O DA ALMA.


�XTASE SEXUAL: CHAMAMENTO REENCARNAT�RIO,
MATERNIDADE, CONSTRU��O
DA ALMA


Pelos conceitos emitidos at� o momento podemos
aquilatar da import�ncia da energ�tica sexual
nos respaldos da pr�pria vida. Energia criativa, por
excel�ncia, tem tido por parte da ci�ncia avalia��es
bastante superficiais. Entretanto, lembramos que
Freud percebeu alguns de seus �ngulos mais profundos,
como, tamb�m, alguns de seus desvios; seus
estudos atingiram exclusivamente a zona f�sica, n�o
conseguindo penetrar a grande fonte em que a vida
se esteia.

Apesar de tudo, mesmo com as avalia��es psicol�gicas
mais superficiais que s�o as mais comuns,
ficamos diante de um imenso quadro ainda por ser
equacionado e definido. As manifesta��es sexuais
da zona f�sica, ligadas � zona do psiquismo consciente,
j� nos fornece um manancial bastante expressivo
de an�lises. Se tentarmos traduzir o �xtase sexual,
manifesta��o magn�tica desenvolvida pelo encontro
dos dois p�los (masculino e feminino), ficamos
reduzidos na avalia��o, devido aos ainda limitados
campos perceptivos de nossa intelectualidade.
Ser� que o �xtase sexual teria a finalidade de atender
aos sentidos e assegurar a reprodu��o? Ser� que


JORGE ANDR�A

funcionaria como exclusivo mecanismo de conserva��o
da esp�cie? Ser� que a descarga energ�tica
propiciada pelo �xtase sexual visaria, com exclusividade,
um "bem-estar bioqu�mico"? Ou ser� que

o �xtase sexual construiria algo mais al�m da finalidade
evolutiva?
Acreditamos que o �xtase sexual, esta grande
rea��o da vida, al�m de atender a necessidade procriativa,
seria um mecanismo de profundas trocas
energ�ticas entre dois seres. As polaridades sexuais
necessitam do interc�mbio para complemento m�tuo.
As for�as sexuais da organiza��o f�sica encontram-
se ora na posi��o masculina, ora na feminina,
com finalidade de se juntarem pelo desenvolvimento
evolutivo. Seriam p�los em constante atra��o
um pelo outro, a fim de se constru�rem energeticamente.
Tudo se iria fazendo de modo que, pelas viv�ncias
reencarnat�rias, tanto o setor masculino
quanto o feminino fossem adquirindo independ�ncia
pela amplia��o das aptid�es.

O homem no in�cio da sua evolu��o vive pelos
sentidos materiais. A pouco e pouco, as fontes profundas
do esp�rito v�o-se deixando mostrar diante
das for�as sexuais em evid�ncia. Quanto mais evolu�dos
os seres, mais conscientes do processo espiritual
em atividade; isto �, quando o amor se desenvolve
com profundidade espiritual, o v�rtice do
�xtase sexual permitiria uma constru��o espec�fica,
entre o homem e a mulher, onde as suas respectivas
fontes seriam locupletadas e abastecidas. Quando o
relacionamento entre o homem e a mulher representa
apenas um encontro superficial e de simples
descargas de energias, o resultado ficar� na superf�cie,
na zona f�sica, sem atingir as for�as profun



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

das da alma, porque as suas finalidades foram
superficiais e sem a constru��o espiritual que o
amor s�rio e harm�nico pode propiciar. Compreender
um mecanismo desse quilate e entender a sua
finalidade n�o ser� somente conseq��ncia de intelectualidade
e cultura, mas, possivelmente, o resultado
de um processo maturativo alcan�ado por
evolu��o. Em "A Grande S�ntese", no cap�tulo As
vias da evolu��o humana, informa-nos P. Ubaldi:
"Os instintos inferiores, as paix�es tempestuosas,
s�o o antagonista na grande luta interior. As grandes
ren�ncias � pobreza, castidade, obedi�ncia �
s�o os decisivos embates dos quais a animalidade
sai desfalecida, mas que, conv�m lembrar, s� poder�o
ter valor quando se souber ao mesmo tempo
reconstruir, substituindo aqueles instintos e paix�es
por mais altas qualidades: amores, dom�nios e
paix�es mais espirituais; de outro modo, o ser perder-
se-� no v�cuo de uma infrut�fera asfixia. Se ao
ser se imp�e uma morte no n�vel animalidade, deveis
oferecer-lhe um renascimento no n�vel espiritualidade.
As paix�es s�o grandes for�as que n�o deveis
tentar destruir, mas utiliz�-las e elev�-las, porque
na evolu��o tudo procede por continuidade."

Pelo que hoje conhecemos do mecanismo das
energias, das suas atra��es e repuls�es, das suas
emiss�es e recep��es, n�o podemos deixar de
computar o imenso valor construtivo da din�mica
sexual. Claro que estamos a referir os casos harm�nicos,
ajustados, bem-intencionados e sem desequil�brios
de qualquer natureza, entre dois seres de
sexos diferentes. Desse entrosamento grandioso, por
ser, por excel�ncia, ben�fico e construtivo, haveria
muito mais do que uma atra��o m�tua com finali



JORGE ANDR�A

dade de abastecimento. As emiss�es de energias,
que o �xtase sexual oferece, poderiam muito bem ser
um campo atrativo para os esp�ritos necessitados de
reencarna��o. N�o queremos dizer que os v�rtices
do �xtase sexual representem uma porta aberta ao
mergulho espiritual nas armilas carnais, mas, sim,
um campo espec�fico de irradia��es, como se fora
um foco atrativo a convidar almas afins que estivessem
em sintonia com os pais para, dentro de estruturas
din�micas apropriadas, envolverem-se no
complexo fen�meno da reencarna��o.

Quando o �xtase sexual n�o pudesse responder
pelo processo reencarnat�rio, como s�i acontecer em
muitos casos pelo esgotamento procriativo-feminino,
ou les�es f�sicas que prejudiquem o processo,
buscaria despertar nos c�njuges a abertura de outros
campos mentais, de um amor mais purificado
pelo degrau alcan�ado, onde a fraternidade teria
lugar de destaque. E aqueles que, por motivos v�rios
n�o tivessem o encontro sexual f�sico, mas apresentassem
condi��es espirituais bem desenvolvidas na
pr�pria alma, conduziriam essas energias criativas
para o bem, para as virtudes, para a educa��o dos
filhos da vida e outros movimentos fraternos, a fim
de drenarem os seus potenciais acumulados. As
for�as do bem desenvolvidas entre os seres representam
benesses a enaltecer, continuamente, o amor
aut�ntico que se encontra acima de qualquer exterioriza��o,
por�m sustentando os imperec�veis valores
que dignificam a vida.

Andr� Luiz, no cap�tulo sobre sexo, em seu livro
"No Mundo Maior", d�-nos a seguinte refer�ncia:
"Convictos desta realidade universal, n�o podemos
esquecer que nenhuma exterioriza��o do instinto


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

sexual na Terra, qualquer que seja a sua forma de
express�o, ser� destru�da, sen�o transmudada no
estado de sublima��o. As manifesta��es dos pr�prios
irracionais participam do mesmo impulso ascensional.
Nos povos primitivos, a eclos�o sexual primava
pela posse absoluta. A personalidade integralmente
ativa do homem dominava a personalidade
totalmente passiva da mulher.

"O trabalho paciente dos mil�nios transformou,
todavia, essas rela��es. A mulher-m�e e o homem-
pai deram acesso a novos sopros de renova��o do
esp�rito. Com bases nas experi�ncias sexuais, a tribo
converteu-se na fam�lia, a taba metamorfoseou-se
no lar, a defesa armada cedeu ao direito, a floresta
selvagem transformou-se na lavoura pac�fica, a heterogeneidade
dos impulsos nas imensas extens�es
de territ�rio abriu campo � comunh�o dos ideais na
p�tria progressista, a barb�rie ergueu-se em civiliza��o,
os processos rudes da atra��o transubstanciaram-
se nos anseios art�sticos que dignificam o
ser, o grito elevou-se ao c�ntico; e, estimulada pela
for�a criadora do sexo, a coletividade humana avan�a,
vagarosamente embora, para o supremo alvo do
divino amor. Da espont�nea manifesta��o brutal
dos sentidos menos elevados a alma transita para
gloriosa inicia��o.

"Desejo, posse, simpatia, carinho, devotamento,
ren�ncia, sacrif�cio, constituem aspectos dessa jornada
sublimadora. Por vezes, a criatura demora-se
anos, s�culos, exist�ncias diversas de uma esta��o
a outra. Raras individualidades conseguem manter-
se no posto da simpatia, com o equil�brio indispens�vel.
Muito poucas atravessam a prov�ncia da posse
sem duelos cru�is com os monstros do ego�smo e do


JORGE ANDR�A

ci�me, aos quais se entregam desvairadamente. Reduzido
n�mero percorre os departamentos do carinho
sem se algemar, por largo trecho, aos gnomos
do exclusivismo. E, �s vezes, s� ap�s mil�nios
de provas cruciantes e purificadoras, consegue a
alma alcan�ar o z�nite luminoso do sacrif�cio para
a suprema liberta��o, no rumo de novos ciclos de
unifica��o com a Divindade.

"O �xtase do santo foi, um dia, mero impulso,
como o diamante lapidado � gota celeste eleita
para refletir a claridade divina � viveu na aluvi�o,
ignorado entre seixos brutos. Claro est� que, assim
como se submete o diamante ao disco do lapidario,
para atingir o pedestal da beleza, assim tamb�m o
instinto sexual, para coroar-se com as gl�rias do
�xtase, h� que dobrar-se aos imperativos da responsabilidade,
�s exig�ncias da disciplina, aos ditames
da ren�ncia."

� pela difus�o de energias criativas, onde o manancial
sexual de profundidade encontra-se acoplado
e fazendo parte de sua estrutura, que o ser tem
oportunidade de manifestar o �xtase de doa��o e
de entender o valor construtivo das realiza��es na
esfera do esp�rito. Doar energias, de modo fraterno,
positivo e sem preocupa��es da oferta, a possibilitar
a abertura dos campos da vida numa recep��o de
vitalidade constante e renova��es perenes. Quanto
mais oferecermos um trabalho �ntegro com doa��es
de amor, nos campos positivos do bem, mais seremos
reabastecidos por envolventes energias, tanto
mais construtivas quanto mais efetivas forem as
doa��es.

Pela conceitua��o em pauta, podemos avaliar
da import�ncia das atitudes que o ser humano ne



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

cessita desenvolver para sua constru��o espiritual.
Devemos anotar, tamb�m, as respostas negativas
em face dos desequil�brios desenvolvidos. A vida �
ordem e harmonia. Viver em desarmonia � semear
a desordem e o caos, com as rea��es-respostas que
as a��es desencadearam. Enquanto estivermos no
charco s� veremos turva��es e respiraremos os gases
resultantes das decomposi��es; quanto mais buscarmos
as fontes cristalinas, mais perceberemos a pureza
e a beleza da luz, embora, na luta, o sacrif�cio
possa construir o l�rio com toda a sua sutileza, perfume
e beleza, cujas ra�zes encontram-se implantadas
na lama. "O cativeiro nos tormentos do sexo
n�o � problema que possa ser solucionado por literatos
ou m�dicos a agir no campo exterior: � quest�o
da alma, que demanda processo individual de
cura, e sobre esta s� o esp�rito resolver� no tribunal
da pr�pria consci�ncia. � ineg�vel que todo aux�lio
externo � valioso e respeit�vel, mas cumpre-nos reconhecer
que os escravos das perturba��es do campo
sensorial s� por si mesmos ser�o liberados, isto �,
pela dilata��o do entendimento, pela compreens�o
dos sofrimentos alheios e das dificuldades pr�prias,
pela aplica��o, enfim, do "amai-vos uns aos outros"
assim na doutrina��o, como no imo da alma, com
as melhores energias do c�rebro e com os melhores
sentimentos do cora��o." (Andr� Luiz.)

Uma das grandes constru��es de que o ser pode
participar � a do processo procriativo, pela oferta
de um corpo ao esp�rito necessitado de experi�ncias
e realiza��es. Imaginemos a import�ncia de nossa
participa��o nesse grande movimento da vida e
quanto teremos que responder quando agredimos o
processo procriativo com a nossa desvairada inter



JORGE ANDR�A

fer�ncia. O nosso livre-arb�trio, a interferir no processo
procriativo, dever� ser sempre equilibrado e
amparado pelos motivos ajustados e bem equacionados
da ci�ncia.

� o caso de se perguntar: ser� prefer�vel um
esp�rito reencarnar num lar pobre com as habituais
dificuldades de subsist�ncia, absorvendo nos escolhos
e trope�os pela vida for�as e h�bitos de lutas
onde os pais participem com integralidade, ou ficar

o esp�rito aturdido e acoplado � m�e que lhe fechou
os canais, criando, nesta simbiose, neuroses e psicoses
de variados matizes? Os esp�ritos quando v�m
para a reencarna��o, na maioria das vezes, muito
antes do processo de gesta��o evidenciar-se, de h�
muito j� est�o em sintonia com o cadinho materno.
Sabemos, e temos como certo, que a ci�ncia
com os seus m�todos se vai aperfei�oando e haver�,
sem sombras de d�vidas, de futuro, uma sociedade
mais bem arregimentada. Por�m, nas fases transit�rias,
a fim de que a organiza��o social alcance
outros degraus �ticos e de moral elevada, haver�
dist�rbios e desentendimentos, representando a
procura do aut�ntico caminho. Nessas fases, a dor �
a bandeira desfraldada a ser colhida por todo aquele
que se encontre em dividas presentes ou pregressas,
na tonalidade que tenha a capacidade de suportar
e relacionado ao grau de responsabilidade
com o qual esteja comprometido.

Com o abuso na aplica��o dos anticoncepcionais,
a maternidade recebe um forte golpe pelas
restri��es de mecanismos altamente valorosos para
a evolu��o individual e coletiva. Sem contarmos o
aborto delituoso, a constituir crime dos mais graves,
com severas respostas espirituais para aqueles que


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

fugiram �s suas responsabilidades, o fechamento
das portas reencarnat�rias, pelo uso indevido dos
contraceptivos, contribui para desorienta��o das
energias desencadeadas pelo �xtase sexual.

O contacto sexual, desenvolvendo energias
imensas entre os c�njuges, de suas muitas finalidades
teria o fim prec�puo da atra��o do esp�rito reencarnante.
Haveria, desse modo, o chamamento
para aquele que, sintonizado com os pais, pudesse
encontrar o "caminho" na nova mudan�a dimensional
� motivo da realiza��o evolutiva individual
e do ciclo familiar.

Se os canais destinados � maternidade s�o
neutralizados e fechados, � claro que haver� dist�rbios,
principalmente no psiquismo de profundidade,
isto �, na zona inconsciente ou espiritual, onde as
energias emitidas por essas fontes n�o encontram
correspond�ncia em seu ciclo. Se o esp�rito encarnado
emite energias para a sua pr�pria mat�ria,
esta tamb�m forneceria energias a serem aproveitadas
pela zona espiritual ap�s devida metaboliza��o,
isto �, ap�s adapta��es. Havendo quebra desses
mecanismos, por causas diversas (p�lulas anticoncepcionais,
aborto delituoso), � l�gico que um dos
fatores mais expressivos da vida entre em colapso,
com as conseq��ncias da� advindas. As energias em
desalinho encravam-se na tecitura espiritual do
culpado, refletindo, de futuro, as desarmonias como
processo compensat�rio. Somente a dor, com o chamamento
de suas vibra��es, teria a possibilidade
de limpar os campos doentes do esp�rito desencadeados
pelas infelizes atitudes dos que transgrediram
a Grande Lei. A organiza��o do corpo f�sico
ainda constitui o exaustor ideal para o equil�brio


JORGE ANDR�A

daquele que se encontra, temporariamente, desarmonizado.


Diante dessa assertiva, devemos compreender a
import�ncia e o necess�rio cuidado avaliativo do
setor sexual, e da conduta que devemos manter
diante da l�gica de um entendimento mais correto
poss�vel. Com os nossos atos menos felizes, estribados
em opini�es sem crit�rios e sem sedimento, n�o
enganaremos sen�o a n�s mesmos. As leis s�o justas
e perfeitas. Os homens, ainda ignorantes das grandes
finalidades da vida, encontram-se limitados e,
apesar de suas avalia��es superficiais, unilateralizadas
e sem profundidade, desejam tra�ar rumos e
ditar normas como inconcussas verdades a serem
seguidas. Leon Denis, um dos grandes vexil�rios da
Doutrina Esp�rita, afirmava que "o lar aben�oado
por uma prole � templo dos pais e altar dos filhos,
escola em que a humanidade cresce, guindando o
ser ao �pice da destina��o para a qual evolute: a
perfei��o".

* * *

O �xtase sexual n�o pode significar apenas um
prazer para os sentidos na faixa da psique de superf�cie
ou zona consciencial. � claro que representa
um atrativo, uma necessidade e exig�ncia do
movimento glandular da arquitetura f�sica. Os seus
campos de influ�ncia ter�o que transcender a dimens�o
do nosso entendimento na mat�ria. V�rtices
de tal quilate devem alcan�ar as zonas nobres e
desconhecidas do psiquismo de profundidade, onde
as delicadas e ainda incompreens�veis organiza��es
da alma se dessedentam. Esses importantes v�rtices
energ�ticos, desencadeados pelo contacto sexual
na zona material, devem atravessar todos os campos


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

do psiquismo � procura de sua zona central, o inconsciente
puro (cap�tulo I). E, nesses momentos
inavali�veis pelos sentidos, inenarr�veis pelas emo��es,
fica o ser procurando o que h� de mais nobre
no universo onde vive e convive. Fica ansiando, em
�xtase, pela Grande Energia, pela Intelig�ncia M�xima,
pelo pr�prio Deus a manifestar seus incalcul�veis
efl�vios pelas zonas profundas do psiquismo,
na energia cr�stica vibrante que carregamos no inconsciente
puro.

A utiliza��o ou n�o do sexo na zona f�sica deve
obedecer a condi��es. Quem n�o estiver preparado,
pela pr�pria evolu��o, n�o poder� dispensar ou afugentar
o mecanismo sexual da zona f�sica. Quem
ainda n�o tiver suplantado as fases sexuais, nas
suas duas polaridades, n�o ter� condi��es de afastar-
se das necess�rias realiza��es na romagem f�sica.
Entretanto, a castidade pode ser desenvolvida,
pela constru��o das energias sexuais no bem, quando
essas for�as da alma estiverem mais maduras
para um direcionamento mais bem adequado.

O sexo � organiza��o espec�fica por onde os mecanismos
de sublima��o podem dar-se e, tamb�m,
por onde o amor favorece os impulsos que buscam
sempre o equil�brio das emo��es. Na aus�ncia de
responsabilidade, onde viceja o campo negativo da
libertinagem, o amor � desequil�brio, � animal e puramente
selvagem. O sexo s� evolui para o bem
e a sua maior constru��o � quando se projeta al�m
da mente de superf�cie e busca, no comando mais
nobre das emo��es, as viv�ncias mais avan�adas do
esp�rito.

Os que ainda vicejam nas paix�es animais,
elaborando v�cios dos sentidos, encontrar�o respos



JORGE ANDR�A

tas na patologia sexual, tendo muito a lutar e a
caminhar para equil�brio de suas organiza��es que,
por sua vez, � libera��o. Somente na conduta do bem
poder� o homem participar da harmonia que busca
e anseia.

� no relacionamento sexual equilibrado, sem a
busca constante do orgasmo passageiro, cansativo
e atordoante, que as almas se refazem, tornam-se
aut�nticas em estado r�tmicos de espiritualiza��o.
Pelo relacionamento harm�nico o ser atenderia ao
esp�rito reencarnante, como, tamb�m, � alma do
c�njuge ou participante, sem reflexos de les�es no
corpo f�sico e no perisp�rito.

As for�as sexuais bem dirigidas amparam as
cria��es de ordem f�sica, intelectual, sentimental e
espiritual. As for�as do sexo, desenvolvidas em todo

o seu estu�rio � da parte f�sica � zona espiritual �,
pelas permutas harm�nicas renovam os campos do
esp�rito e oferecem lampejos e impulsos para as
grandes constru��es humanas. Os que se encontram
em fases involutivas, cortejando a sensualidade barata
na vulgariza��o dos sentidos, destroem o seu
potencial de for�as criadoras, aumentando os campos
de amoralidade.
As grandes realiza��es est�o sedimentadas na
responsabilidade do amor-equil�brio. As mais expressivas
constru��es na vida art�stica e liter�ria
t�m oferecido excelsos exemplos nesse sentido. Dante,
sem a inspira��o de sua Beatriz, possivelmente
n�o teria elaborado a Divina Com�dia. A for�a criativa
do sexo � de tal ordem que pode ser tamb�m
transferida, em casos espec�ficos, aos campos do
mart�rio e da ren�ncia com apagamento da personalidade.
Nos atos de aut�ntico hero�smo, em mui



FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

tas circunst�ncias, poder� haver reflexos dessas
energias profundas do psiquimo, que somente a integridade
de seus efl�vios seria capaz de motivar.

Na aus�ncia de amor, nas baixezas da libertinagem
encontram-se os m�veis de destrui��o, inclusive
a decad�ncia da grei e dos povos. Os que se perderam
atrav�s das for�as sexuais desequilibrantes
incorporar�o, nas futuras reencarna��es, energias
destoantes diversas, onde a frigidez sexual, sem explica��es
cient�ficas para determinados seres, representa
uma resposta; existindo casos, pelas informa��es
espirituais, em que o parceiro de outrora
est� quase sempre presente como c�njuge necessitado
e exigente.

Nos dias presentes, de evidentes reajustes c�rmicos,
os reflexos destoantes na organiza��o sexual,
como rea��es-respostas da Lei, s�o gritantes. O n�mero
de homens e mulheres que est�o demonstrando
essas rea��es, na frigidez sexual sem causas
org�nicas apreci�veis, � bem maior do que se possa
aquilatar. O c�njuge, tanto masculino quanto feminino,
n�o tendo condi��es de entendimento com
a frigidez sexual do parceiro, inquieta-se e desorganiza-
se em face dos sentidos, pelas vorazes for�as
instintivas sempre a solicitar o que n�o lhe pode ser
dado. Em vista desses graves desajustes, somente o
conhecimento da posi��o c�rmica, pela an�lise e
devida avalia��o, propiciar�, para o casal em desajuste,
um caminho adequado num processo terap�utico
de equil�brio.

Quase sempre o abrir das comportas instintivas,
sem medidas e mesmo cultivando distonias,
constitui grave erro para aquele que devia preservar

o patrim�nio das suas for�as criativas. Com seus

JORGE ANDR�A

desequil�brios arrastam o parceiro, prejudicando e
atingindo os componentes sexuais que se encontram
relacionados com toda a estrutura de liga��o com

o
casal.
Por tudo, compreendemos a necessidade de utiliza��o
das vibra��es sexuais (com ou sem utiliza��o
direta dos �rg�os sexuais), com equil�brio e
disciplina, para que haja reservas energ�ticas imensamente
ben�ficas ao metabolismo ps�quico. � bem

oportuna a refer�ncia de um amigo espiritual: "A
castidade funciona como dep�sito de reservas energ�ticas,
castidade que n�o pode ser considerada
somente como a falta de exerc�cio sexual, mas como
m�todo e disciplina. Castidade que n�o � aus�ncia;
castidade que � apenas equil�brio. Porque, na permuta
das emo��es, as almas tamb�m se completam,
os corpos se renovam; porque n�o somente o processo
f�sico, mas tamb�m a dissocia��o energ�tica que
se interpenetra nos homens, nos seres, produz essa
dissocia��o, o interc�mbio mantenedor da pr�pria
vida. Na atualidade espiritualista, na impossibilidade
de convocar o homem a uma disciplina que
seria a ideal, � mister convoc�-lo aos exerc�cios
mentais, para que, por interm�dio deles, possa ele
manter a linha direcional de sua mente, voltada
para os deveres espirituais e complementada pela
fun��o equilibrada." Assim, situemos o sexo na arquitetura
do psiquismo como um dos pilares criativos
da vida.

* * *

Por essa maneira de ver, avaliemos a import�ncia
do contingente din�mico sexual no processo
evolutivo dos seres. Podemos, tamb�m, aquilatar


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

por que Freud percebeu essas for�as, embora s� as
correlacionasse na zona mais perif�rica ou do corpo
f�sico. Os seus estudos estavam afeitos � zona material
e, como tal, n�o p�de dar o grande mergulho
na ess�ncia do esp�rito e sentir as for�as supersexuais
que carregamos. Jung, que deu mais import�ncia
ao inconsciente no sentido de defini-lo em
"propor��es coletivas", ofereceu uma psicologia de
maior profundidade, traduzindo essas for�as sexuais
na dualidade: animus x anima. Os estudos desse
investigador teriam maior alcance e seriam mais
bem compreendidos se na sua psicologia fosse inclu�do
o mecanismo palingen�tico, mecanismo que
proporcionaria a simplifica��o de muitos de seus
conceitos.

Gostar�amos de lembrar que as for�as PSI-sexuais,
em seus pontos mais centrais do psiquismo,
em plena zona espiritual, sendo impessoais e de totalidade,
n�o apresentam as m�ltiplas varia��es
com que se refletem na periferia corp�rea. E um
dos fatores dessa diversifica��o de apresenta��o,
que mais influ�ncia determina na exterioriza��o
do pr�prio sexo (masculino ou feminino), seria o
arcabou�o psicol�gico de cada ser. Sabemos das in�meras
varia��es, que v�o ao infinito, dos indiv�duos,
embora possamos arregiment�-los, segundo o seu
desenvolvimento espiritual, em infranormais, normais
e supranormais. Se a estes tipos acrescentarmos
fatores de introvers�o e extrovers�o, pr�prios do
pensamento junguista e como os mais expressivos
no bi�tipo psicol�gico, esbarraremos numa extensa
variedade de apresenta��o sexual no corpo f�sico,
mesmo obedecendo � influ�ncia direta da faixa
PSI-sexual (gravura 6) de sua pr�pria necessidade.
Consideremos, ainda, as etapas da vida (inf�ncia,


JORGE ANDR�A

adolesc�ncia, idade adulta e velhice), os fatores do
meio ligados � alimenta��o, �s influ�ncias barom�tricas,
educa��o intelectual e sentimental, realmente,
chegaremos � conclus�o de um dif�cil enquadramento,
onde cada indiv�duo ter� o seu pr�prio aspecto,
por apresentar, tamb�m, sua pr�pria condi��o
evolutiva.

A potencialidade bissexual que possu�mos na
intimidade da alma, quando em canaliza��o normal,
na periferia consciencial, traduz a sua tend�ncia e
grau na adequada e necess�ria faixa f�sica. Entretanto,
podemos computar varia��es de acordo com
a idade do indiv�duo, cuja personalidade pode modificar,
em parte, as tend�ncias internas sem que
isto represente varia��es apreci�veis. � o caso de
certas pessoas, em idade avan�ada, que apresentam
rasgos emotivos com decis�es mais apropriadas ao
sexo oposto. Por isso, o homem velho pode apresentar-
se mais delicado, sentimental e mais submisso;
acontecendo o contr�rio com a mulher idosa que
pode refletir um pouco dos �mpetos e arrog�ncias
do sexo masculino.

Al�m dessas apresenta��es das energias sexuais,
absolutamente normais, sofrendo pequenas varia��es
de escoamento na zona consciente, existiriam
outras oscila��es tamb�m consideradas normais,
onde o indiv�duo revelar�, pelas atitudes emocionais,
ac�mulo de tend�ncias opostas reprimidas.
Estas �ltimas varia��es s�o perfeitamente percebidas
na escolha entre c�njuges em que, na maioria
das vezes, a atra��o entre ambos est� ligada a uma
desconhecida imposi��o; � como se houvesse entre
os dois sexos a necessidade de uma complementa��o
emocional. Cremos que as liga��es sexuais entr


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

c�njuges seriam mais puls�es ps�quicas de atra��o
(simpatia, entendimento �ntimo), como uma necessidade
de complemento construtivo, onde outras
faixas de vibra��es da vida entrariam em jogo.

Diante dessa conceitua��o, podemos dizer que a
energ�tica sexual na fonte interna ou espiritual
seria unificada por uma totaliza��o integral, na periferia
a varia��o seria imensa nas suas personifica��es.
O escoamento perif�rico dessas energias
variariam em face da tela consciente de manifesta��o
relacionada diretamente ao tipo psicol�gico.
Qualquer que seja a posi��o individual evolutiva

(infranormais, normais e supranormais), nos tipos
introvertidos a drenagem dessas energias seria
maior do que nos extrovertidos. Sabemos que o introvertido
cont�m-se em face do objeto, solicita
maior teor emocional, enquanto que o extrovertido
logo se identifica com o objeto, n�o necessitando de
maior carga emocional das correntes PSI-sexuais
em des�g�e. Esse mecanismo est� bem compreendido
na conhecida lei de dualidade ou dos contr�rios,
onde haver� sempre necessidade de equil�brio
entre os p�los do manancial energ�tico. Os indiv�duos
em suas pr�prias apresenta��es estar�o, quanto
�s energias sexuais, ora mais na profundidade,
ora em plena periferia consciencial. Alguns n�o conseguem
sentir o manancial interno como um des�g�e
natural de energias que busca a tela consciente;
por isso, situam-se superficialmente, vivenciando
as condi��es que os sentidos corp�reos solicitam.
S�o indiv�duos que vivem mais o sexo fisiol�gico,
sem o cultivo emocional de complemento; vivem exclusivamente
para os solicitantes instintos. Claro
que, tamb�m, existem os casos intermedi�rios em
que o indiv�duo j� sente a necessidade de ampliar a


JORGE ANDR�A

faixa energ�tica sexual para al�m de uma fun��o
f�sica.

Os que se encontram mais nos campos da profundidade
espiritual, por terem suplantado as viv�ncias
perif�ricas, s�o os mais evolu�dos, os que j�
sublimaram o sexo periferia. Diferem muito dos que
vivem exclusivamente na periferia (a maioria da humanidade),
ainda sem as condi��es evolutivas de
sublima��o e suplanta��o por matura��o. Para os
dois tipos humanos, os de profundidade e os de superf�cie,
a for�a criativa da vida, envolvendo fortes
conte�dos de sexualidade, manifesta-se na faixa
evolutiva em que se encontra o indiv�duo. Na for�a
criativa sexual de profundidade estaria um Francisco
de Assis esparzindo amor universal e, na periferia,
um D. Juan no amor carnal ego�sta. Na
profundidade espiritual estaria um Ghandi oferecendo-
se em holocausto pela liberdade do homem;
na periferia, um Napole�o marchando com seus soldados
em busca da conquista ego�sta de um imp�rio.
Nas profundezas do inconsciente, como viv�ncia,
estaria Atenas no s�culo de P�ricles a fornecer os
pensamentos mais expressivos da Filosofia, e na periferia
consciencial estaria Esparta, com sua r�gida
disciplina, a buscar o desenvolvimento dos m�sculos
e a demonstra��o da for�a f�sica dos homens.

*

REFER�NCIAS

Andr� Luiz � "No Mundo Maior". Psicografia de
Francisco C�ndido Xavier. Editora FEB, 2� edi��o,
1951, Rio de Janeiro.


FOR�AS SEXUAIS DA ALMA

Andr�a, Jorge � "Paling�nese, a Grande Lei". Editora
Caminho da Liberta��o. 2� edi��o, 1980,
Rio de Janeiro.

Ubaldi, Pietro � "A Grande S�ntese". Trad. M�rio
Corbioli. Editora Lake. 2� edi��o, 1951, S�o
Paulo.






Olá, pessoal:

                   Este é mais um livro de nossa campanha de doação  e digitalização de livros para atender aos deficientes visuais.

                   Agradecemos ao irmão Adeilton pela doação e ao irmão Fernando  pela digitalização.

                    Pedimos que não divulguem em canais públicos ou Facebook. Esta nossa distribuição é para atender aos deficientes visuais em canais específicos.


O Grupo Allan Kardec lança hoje mais um livro digital !

Desejamos a todos uma boa   leitura !

 Forças Sexuais da Alma - Jorge Andréa 
Sinopse:

Pesquisa as forças criativas da alma. Analisa temas como: glândulas e hormônios sexuais; pílula anticoncepcional; controle da natalidade; homossexualismo e outros. Ressalta o papel da glândula pineal na vida psíquica e demonstra a necessidade da utilização responsável da função sexual para o avanço no caminho da evolução.




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