procura, nas bancas de todo
o Brasil, comprova mais
uma vez o especial carinho que
voc��s t��m devotado a
todos os nossos lan��amentos.
Mensalmente nas bancas,
Confiss��es Intimas j�� se imp��e
como um sucesso editorial,
no seu g��nero. Assim como
Peteca, agora quinzenal,
Contos Er��ticos, tamb��m
mensal, e Astral, circulando
bi-mensalmente.
As cartas de consultas devem
ser remetidas diretamente
�� revista "Confiss��es Intimas"
- Caixa Postal 1716Curitiba/
PR/CEP 80000.
Parece tratar-se de um detalhe
insignificante, mas para o
nosso setor de correspond��ncia
�� bastante importante.
S��o v��rias revistas, al��m do
setor de Peteca (Personal,
Eros, Aten����o e outras).
Escrevam para "Opini��o"
dando o seu parecer sobre
Confiss��es Intimas.
Repetimos, sua opini��o, o
depoimento de todos os
leitores, �� bastante
valioso para n��s.
��ndice: 4 - Variantes do Impulso
Sexual / 5 - Introdu����o /
6 - Satir��ase & Ninfomania/
8 - Sadismo & Masoquismo/
10 - Exibicionismo & Voyeurismo/
13 - Fetichismo /15 - Emocional/
22-Sa��de/26-Pontode
Encontro / 34 - Opini��o.
Variantes do impulso sexual
.. Primeira parte
�� CORRETO O T��TULO "PERVERS��O SEXUAL"? O DESVIO
SEXUAL CONSTITUI UMA DOEN��A?
SATIRIASE X NINFOMAN��A/SEXO ORAL E CONJUN����O ANAL/
FETICHISMO / VOYEURISMO / EXIBICIONISMO /
SADISMO & MASOQUISMO/ZOOFILIA/AMOR INCESTUOSO/
PEDOFILIA/NECROFILIA/TRAVESTISMO & TRANSEXUALISMO.
4 confiss��es
Introdu����o
0 pr��prio curso da hist��ria da humanidade
tem demonstrado ser imposs��vel
estabelecer um crit��rio de "normalidade"
ou "anormalidade", especialmente
com rela����o ao comportamento nas diversas
manifesta����es da sexualidade
humana. Para a medicina, s�� pode ser
considerada "doen��a" situa����o que
apresente um quadro cl��nico realmente
"enfermo", j�� que n��o cabe �� ci��ncia
m��dica avaliar padr��es de comportamento.
H�� casos em que um dos
chamados desvios sexuais ou variantes
do impulso sexual se apresentam numa
pessoa portadora de doen��a mental.
Mas, muitos seres que padecem de
doen��as mentais n��o apresentam qualquer
um destes chamados "desvios".
Da�� o porqu�� de n��o haver nenhuma
rela����o entre a "doen��a" e o padr��o
incomum de comportamento sexual.
Quase sempre, aplica-se a defini����o
de Oscar Wilde: "Nada �� anormal entre
dois seres. A n��o ser a maldade e a
viol��ncia". Assim, n��o s�� a medicina,
como tamb��m a justi��a, s��o convidadas
a interferir nos casos de estupro ou
violenta����o, notadamente em casos
que envolvem menores de idade ou
crian��as.
Alguns cr��ticos tentam atribuir a
Freud, o pai da psican��lise, o termo
"pervers��o" ou "aberra����o sexual".
Tais classifica����es s��o anteriores ao
famoso pesquisador da sexualidade
que, no entanto, tamb��m as utilizava
em alguns dos seus trabalhos:
"Provavelmente n��o existe pessoa sadia
em que n��o haja, vez ou outra, alguma
esp��cie de suplemento �� sua atividade
sexual normal, �� qual possamos
com raz��o dar o nome de pervers��o
(... .)"
Muita coisa pode deixar de ser dita ou
completada pelo autor em seu tempo,
da�� a oportunidade que se oferece
para que outros pesquisadores a completem
mais tarde. Sobre os estudos
de Freud, completaria em nossos dias
o psic��logo e soci��logo ingl��s Eustace
Chesser:
"Como disse Freud, n��o h�� linha divis��ria
clara entre pr��ticas sexuais normais
e anormais, ou entre normalidade
e pervers��o. A maioria das pr��ticas
entre adultos que nelas consentem,
desde que n��o sejam nocivas a qualquer
dos parceiros e que conduzam ��
rela����es sexuais normais, podem ser
aceitas como varia����es normais, ainda
que apenas pelo fato de n��s todos sermos
diferentes".
Os termos aberra����es ou pervers��es
seriam mais tarde substitu��dos por
desvios. Em sua obra "Comportamento
Sexual do Brasileiro", D��lcio Monteiro
de Lima preferiu aplicar a denomina����o
"Comportamento N��o-Convencional",
ou "Varia����o de Padr��es".
Finalmente adotou-se a designa����o de
"Variantes do Impulso Sexual".
Muitos tabus da sexualidade humana
foram sepultados pelo psiquiatra norte-
americano Alfred C. Kinsey e seus
colaboradores, nas d��cadas de 30 e 40.
Posteriormente, pelos sex��logos, tamb��m
norte-americanos, Masters e
Johnson, que assim definiram a quest��o
das variantes do impulso sexual,
ap��s v��rios anos de pesquisas:
"�� nosso conceito ser aceit��vel e normal
qualquer pr��tica sexual privada
ocorrida entre adultos e com a aquiesc��ncia
de ambos. E por aquiesc��ncia
n��o nos referimos a pap��is assinados
ou coisa parecida. Significa que o ato
�� mutuamente interessante e apreciado,
e n��o se d�� ��s expensas de nenhum
dos dois".
confiss��es 5
"EU SOU UM S��TIRO, INSACI��VEL MESMO . .. "
"S�� POSSO CHEGAR A UMA CONCLUS��O: SOU NINFOMANIACA .
"N��o consigo tirar o sexo da cabe��a.
N��o posso ficar perto de primas, amigas
do escrit��rio e j�� vou cantando.
Mulher solteira ou casada, n��o rejeito
nenhuma; isso j�� me deu uma s��rie
de aborrecimentos e ando mudando de
emprego por causa disso. Tenho
22 anos e n��o consegui firmar: onde
chego vou criando confus��o, �� mulher
mo��a, �� coroa, tudo que aparece na
frente .. ."(O. V. M.J.-Campinas/SP).
6 confissc��s
Satir��ase vem de S��tiro, personagem
l��brico da mitologia, com p��s e cauda
de bode, que uma mulher se expunha
a encontrar na floresta, com risco de s��r
perseguida e violentada. Esse personagem,
que exagerava o tipo do homem
superviril, assombraria os esp��ritos e
alimentaria os pavores femininos durante
mil��nios. Hoje, qualifica-se de s��tiro
o homem que persegue muitas
mulheres com sua assiduidade" (Do
"Dicion��rio Sexual", de Georges Valensin
- Edit. Ibrasa).
A supervaloriza����o do sexo entre
muitos jovens, pode criar estado
de cio permanente, esse exagero de
supervirilidade, transformando-se
em mania ou obcess��o sexual. No
homem idoso, pode revelar o medo de
perder a pot��ncia, levando-o assim a
uma comprova����o di��ria ��� e at�� "hor��ria"
��� , de que continua em estado
satisfat��rio. Nos jovens, pode ocultar
algum problema, como a ejacula����o
prematura, ou incapacidade do orgasmo,
que faz com que o rapaz procure
maior n��mero de relacionamentos,
buscando um ajustamento que s�� encontrar��
na solu����o do seu pr��prio
problema.
Segundo a maioria dos pesquisadores,
o s��tiro �� geralmente um indiv��duo inseguro,
que procura se compensar pela
quantidade, j�� que n��o busca sanar
suas falhas e obter melhor qualidade
no relacionamento afetivo.
"A ninfoman��a tem cura?"
"Sou casada e desquitada, embora tenha
apenas 22 anos. Mas comecei
muito cedo, tendo sido deflorada por
um primo aos 12 anos, logo depois
me tornando amante de um cunhado.
Aos 15 anos eu j�� conhecia todos os
rapazes da vizinhan��a e da minha rua.
Logo tive de sair de casa e me tornei
prostituta. Encontrei um homem que
amei muito, meu marido, mas nem
assim consegui parar. Tenho dois filhos
e n��o sei como fazer para parar
com isso; por favor me ajude. Ser��
que existe um rem��dio, um calmante?
J�� tenho feito de tudo, procurei at��
a Umbanda e eles dizem que eu tenho
a pomba-gira. . ." ("Santista Desesperada"
- Santos/SP).���
Ninfoman��a, pode-se dizer, �� o correspondente
feminino da satir��ase no homem.
Dessa forma, ninfoman��a define
a mania das rela����es sexuais na mulher,
com uma freq����ncia que foge ��s
conven����es sociais. Etimologicamente,
"ninfa" significa "os pequenos l��bios
vulvares", juntando-se �� "mania". Por
ser bem maior, em nossa sociedade,
a repress��o no tocante �� sexualidade
feminina, o termo foi bem vulgarizado
e �� aplicado muitas vezes inadequadamente,
ind��cio da carga preconceituosa
contra a mulher. Basta a mulher ser
livre, trocando constantemente de
"casos", amantes ou parceiros ��� para
usar a terminologia mais popular ��� ,
e logo ela ser�� tachada de "ninfoman��aca",
com o intuito de uma repress��o.
O mesmo n��o acontece com
rela����o ao homem, sendo bastante
dif��cil algu��m dizer "fulano �� um
s��tiro". Da mesma forma como se
classifica facilmente uma mulher
de "ad��ltera" e dificilmente um
homem de "ad��ltero". . .
Assim como no homem portador da
satir��ase, a ninfoman��a na mulher
quase sempre indica incapacidade
de se atingir o orgasmo, raz��o pela
qual h�� uma troca e procura t��o
constante de novos parceiros. Para
muitos pesquisadores, a ocorr��ncia
dessa variante na mulher indica, quase
sempre, uma incapacidade de estabelecer
uma rela����o amorosa mais dura
doura.
Uma frustra����o amorosa pode conduzir
a essa forma de insaciabilidade sexual.
O tratamento atrav��s da psicoterapia
�� eficaz, embora demorado.
confiss��es 7
"ELE GOSTA DE BELISCAR, MORDER E ATE BATER .. ."
"�� PRECISO SER UM POUCO VIOLENTO PRA QUE ELA CONSIGA ... "
"Nos primeiros meses, pensei at�� em mado com mulheres da rua e por isso
me separar. Estamos casados h�� menos s�� consegue se satisfazer me morden
de um ano e meu marido �� violento do, dando belisc��es e, ��s vezes, at��
demais. Acho que ele estava acostu-batendo, machucando com sua viol��n8
confiss��es agora circula mensalmente!
cia. J�� interrompemos v��rias vezes,
ele promete acabar com isso mas
n��o adianta . . ." ("Linda" - Porto
Alegre/RS)
J�� se disse, em in��meras obras da literatura
e tamb��m nos comp��ndios de
sexologia, que em todo ser humano
h�� uma dose menor ou maior de
sadomasoquismo. Muitas vezes nos
surpreendemos ao antegozar um certo
prazer em contemplar o sofrimento
alheio. Por outro lado, h�� grande
n��mero de pessoas que procuram a
dor, numa esp��cie de autoflagelo, seja
a dor f��sica pu uma forma de sofrimento
ps��quico. Freud j�� afirmava que
em toda criatura h�� uma dose elevada
de sadomasoquismo, quase sempre
contida. J�� no grande prazer revelado
pelo jovem marido ao desvirginar sua
esposa, este sentimento se manifesta.
Por sua vez, n��o �� dif��cil encontrar
mulheres que s�� consigam o orgasmo
dessa forma, com um parceiro bastante
"Gosto de ser arranhado at�� sangrar..!'
"Desde crian��a gostava de matar gatos
e maltratar os animais. Aos 14
anos consegui, �� for��a, uma empregadinha
nossa, no interior. Quando
vim para S��o Paulo, fiquei vidrado
nas mulheres da rua, fiz caso com uma
delas e descobri que ela gosta de apanhar.
Ela tamb��m me arranha at��
sangrar e descobri que tamb��m gosto
disso. Num teste que fiz com uma psic��loga,
na ind��stria onde trabalho, ela
falou sobre isso e disse que eu preciso
de tratamento. Que m��dico eu devo
procurar, j�� que eu n��o posso pagar
. .
O Masoquismo, o prazer de sofrer,
s�� pode ser considerado perverso
quando procurado exclusivamente ou
quando vem seguido de ferimentos
graves. �� originado do nome de Sacher
Masoch, escritor austr��aco, que
A forma mais comum de
sadismo na mulher ��
a recusa do relacionamento sexual!
possessivo e at�� violento.
A palavra sadismo, o prazer er��tico de
causar dor, de forma ps��quica ou f��sica,
�� oriunda do Marqu��s de Sade, que
viveu no S��culo XVIII, e escreveu v��rios
relatos de seus relacionamentos
sexuais onde demonstrava esse prazer.
N��o s�� pelo ato f��sico de morder, beliscar
ou bater no parceiro ou parceira,
o sadismo pode ser caracterizado, mas
tamb��m pela dor ps��quica, manifesta
atrav��s de ofensas, palavr��es ou censura
durante o ato, numa forma de torturar
moralmente a companheira ou
companheiro. A forma mais comum de
sadismo na mulher �� a recusa do relacionamento
sexual, na qual ela experimenta,
assim, um determinado prazer
em ser desejada e n��o ceder.
escreveu v��rias obras (certamente proibidas
ao seu tempo), onde revelava ser
portador dessa mania, s�� experimentando
o orgasmo na rela����o sexual
ap��s experimentar algum tipo de dor
f��sica ou sofrimento moral.
Tanto isoladamente, sadismo ou masoquismo,
como quando apresentado em
conjunto e assim mesmo procurado
com exclusividade, esse tipo de variante
do impulso sexual pode ser eliminado
atrav��s da psicoterapia, ap��s o estabelecimento
das origens desse sentimento
no seu portador.
confiss��es 9
Exibicionismo
& Voyeurismo
"GOSTO DE EXIBIR O ��RG��O SEXUAL NOS MICT��RIOS ... "
"EU S�� ME SATISFA��O DESSA FORMA: ESPREITANDO, OLHANDO..."
1 0 confiss��es
"Antes eu costumava ficar no caminho
da volta da escola e fingia estar urinando
para que as meninas passassem e
me olhassem. Algumas corriam assustadas.
Eu tinha 15 anos quando fui expulso
da escola. No escrit��rio da firma
onde trabalho s�� tem um banheiro
e assim eu consigo exibir-me, deixando
a porta aberta, quando as
meninas entram (....) J�� fui chamado
a aten����o e agora resta os mit��rios
p��blicos, onde os gays passaram a
ser meu ponto de atra����o. Descobri
que nas saunas ainda �� melhor. . . ."
(E. V. Y. - S��o Paulo/SP)
Exibicionismo, ou ato de expor
publicamente os ��rg��os sexuais, ��
um termo criado h�� quase um s��culo
pelo m��dico legista franc��s
Las��gue. O exibicionismo �� uma
variante do impulso sexual que se
encontra quase que exclusivamente
no homem e muito raramente na
mulher. Em fun����o do relevo de suas
partes genitais, o homem exibicionista
sente grande satisfa����o er��tica em
exibi-las, simplesmente, sem a inten����o
de manter um relacionamento
sexual completo com suas espectadoras.
Embora n��o procure nem mesmo
dialogar com as mulheres a que se
exp��e, o ato de se mostrar causa
grande excita����o no exibicionista, que
geralmente complementa seu ato com
a masturba����o. O exibicionista �� geralmente
t��mido, teve uma educa����o reprimida
no sentido sexual. Nem sempre
�� bem dotado anatomicamente e,
nestes casos, parece tirar uma desforra
de um p��nis med��ocre, mostrando-o
sem pudor.
O exibicionista ��, entre os portadores
de uma das variantes do impulso se
xual, o mais sujeito a esbarrar nos
problemas da lei. Com certa freq����ncia,
�� ele preso sob a acusa����o de ultra
je p��blico ao pudor.
Hoje, os homens portadores dessa va
riante encontraram uma forma mais
f��cil de pratic��-la, sem problemas com
a lei ou repreens��es no trabalho ou em
clubes (onde geralmente avan��avam
nos reservados e toaletes femininas):
nos banheiros p��blicos ou nas saunas,
geralmente freq��entadas por homossexuais.
S��o os chamados pontos de
encontro "gay" (denomina����o norte-
americana que se d�� ao homossexual).
As mulheres com tend��ncia ao exibicionismo
(e h�� um pouco desse prazer
em toda mulher) n��o precisam sair de
seu quarto para pratic��-lo, especialmente
se moram defronte grandes pr��dios
de apartamentos, o que �� comum
acontecer. H�� sempre, para satisfazer
o desejo narcisista de mostrar o corpo
ou mesmo as partes mais ��ntimas,
uma plat��ia pronta e j�� acostumada a
este cinematogr��fico strip-tease.
Como em quase todas as formas de
variantes do impulso sexual, o exibicionismo
�� apontado pelos pesquisadores
como uma forma de incapacidade
de estabelecer um relacionamento
sexual completo, mais gratificante.
Raz��o pela qual seus portadores
geralmente s��o muito jovens ou ent��o
entregam-se �� sua pr��tica na idade
mais avan��ada, quando tamb��m
se torna dif��cil estabelecer um relacionamento
satisfat��rio.
"Perco horas espreitando ... "
"Desde garoto gostava de frestar
pelo buraco da fechadura e sempre
tinha a sorte de conseguir encontrar
janelas de apartamentos que davam
uma chance de ver garotas se vestindo
ou tirando a roupa. No col��gio,
conseguia pular um muro e ver todo
o panorama do vesti��rio das meninas.
Mas n��o sabia o mal que essa mania
iria me causar. Hoje n��o consigo fazer
outra coisa. N��o consigo estudar nem
Confiss��es 11
12 confiss��es agora circula mensalmente'.
trabalhar direito. Estou com 22 anos
e isso j�� se tornou uma psicoce para
mim. Perco horas e horas procurando
uma chance de espreitar pra poder
me satisfazer. Que tipo de m��dico
devo procurar ... " (A. M. - Niter��i/
RJ)
"Voyeurismo", ��� do franc��s "Voir"
(Ver) - , e traduzido para "espreitar",
define a mania de espiar clandestinamente,
��s escondidas, ver pessoas realizarem
os atos mais ��ntimos como despir-
se, defecar ou urinar, copular, etc.
Compulsivamente, �� tamb��m nos homens
que vamos encontrar a grande
maioria dos portadores do "voyeurismo".
Acredita-se que tal procedimento
tem origem na inf��ncia, quando os garotos
conseguem ver ��s escondidas os
seus pais em plena intimidade sexual.
Da�� a recomenda����o da moderna sexologia
para que os pais n��o fa��am da
nudez um mist��rio, "algo proibido e
pecaminoso".
Assim como o exibicionista, o voyeur
ou espreitador n��o deseja obter um
relacionamento sexual completo com
as pessoas que observa. Quanto mais
escondido, maior o prazer, e sempre de
forma a que a pessoa observada esteja
ignorando a presen��a do voyeur.
Embora n��o tenha problemas com a
lei, o voyeur �� tamb��m um ser perseguido
pela afli����o, pela incapacidade
de estabelecer um relacionamento
sexual satisfat��rio, assim como todos
os portadores de variantes do impulso
sexual.
A psicoterapia alcan��a excelentes resultados
na condu����o dos portadores
desta e de outras variantes, �� uma forma
mais gratificante, mais satisfat��ria,
no relacionamento sexual com o
sexo oposto.
Fetichismo
"CONSEGUI ROUBAR DO VARAL UMA CALCINHA DELA E VIVO
ADORANDO-A . .." "S�� TENHO OLHOS PARA AS N��DEGAS
DAS MULHERES, NADA MAIS..."
'Tem uma menina vizinha minha, sou do aquela rela����o de Peteca sobre as
vidrado nela. Consegui �� noite roubar pervers��es sexuais me identifiquei
do varal uma calcinha dela e com isso como um fetichista. Ser�� isso mesmo?
vivo me masturbando, beijando e adoDesde
pequeno j�� notava alguns lances
rando essa pe��a ��ntima. Embora a medessa
mania minha ... " (A. M. V. S.
nina seja f��cil de namorar, quem sabe Belo Horizonte/MG)
at�� de conquistar, eu n��o sei porque
at�� desisti, j�� me satisfa��o assim. LenO
fetichismo sexual constitui uma
confiss��es 13
atra����o er��tica por uma particularidade
f��sica ou pelo traje de uma mulher.
Como disse Freud, citado no in��cio do
cap��tulo desta edi����o, "provavelmente
n��o existe pessoa sadia em que n��o
haja, vez ou outra, alguma esp��cie de
suplemento �� sua atividade sexual normal".
Dessa forma, pode-se dizer (da
mesma forma que com rela����o ao
sadomasoquismo), que de fetichista
todos n��s temos um pouco. �� muito
comum adorarmos o objeto recebido
ou conseguido de qualquer forma,
pertencente a uma pessoa que nos
atrai. Desde que essa adora����o n��o passe
a substituir exclusivamente o prazer
de um contato sexual "por inteiro",
n��o h�� raz��o para conflitos. Se,
no entanto, essa atra����o por uma parte
f��sica ou determinado objeto torna-se
uma exclusiva forma de atra����o er��tica,
a busca de recursos da psicoterapia
�� indicada.
Como veremos adiante, n��o s�� objetos
inanimados, como essa pe��a ��ntima
descrita pelo leitor, mas uma infinidade
de outras e tamb��m partes do corpo
podem se constituir numa fixa����o definidamente
fetichista.
"S�� as n��degas me deixam bem
estimulado ... "
"Sou sadio e vivo bem. Sou feliz, mas
estou duvidoso sobre esse caso. �� o seguinte:
quando vou a praia ou mesmo
na rua, me chama muito a aten����o as
n��degas das mulheres, principalmente
as n��degas bem certinhas, nota 10, e
isso me deixa tremendamente estimulado.
Ao ter rela����es sexuais com mulheres,
escolho de prefer��ncia aquelas
que t��m as n��degas bem empinadas,
cheinhas. Quando estou na cama, fa��o
tudo, beijo as n��degas, mas na hora
de me satisfazer prefiro que ela fiqae
de bru��os para eu ficar ro��ando etm
cima delas e s�� com isso me realizo.
Outra coisa: ao ir para o trabalho, na
condu����o cheia, se vejo uma mulher de
n��dega atraente, s�� de me encostar
fico satisfeito. Ser�� que voc�� pode me
explicar se �� um caso anormal?'"
(R. M. - Rio de Janeiro/RJ)
Como j�� foi dito, �� bastante dif��cfl,
imposs��vel mesmo, classificar o que ��
anormal ou n��o no comportamento
sexual. Quando o portador de urra
variante do impulso sexual, como 1
o caso do fetichista, n��o dispensa o
relacionamento com a mulher, n��o
se pode dizer tratar-se de um comportamento
patol��gico. Considera-se
que o fetichismo tem origem na repress��o
sexual dos pais, fazendo com
que o rapaz transfira para um objeto
ou parte do corpo da mulher a sua
carga de atra����o er��tica, descarregando
assim, um prov��vel sentimento
de culpa se o desejo de posse for
direto pela pessoa. Se o fetichista se
det��m exclusivamente na adora����o
desse objeto ou paVte do corpo, certamente
isso acarretar�� traumas. Se o
objeto ou parte do corpo que constitui
o fetiche, o elemento er��tico,significa,
t��o somente, um agente de est��mulo
�� rela����o sexual pela qual ele consegue
atingir o orgasmo, n��o se pode definir
tal quadro como um dist��rbio grave,
de car��ter patol��gico ou doentio.
Na pr��xima edi����o:
Variantes do impulso sexual (segunda parte)
SEXO ORAL E CONJUN����O ANAL/ZOOFILIA/NECROFILIA/
INCESTO/PEDOFILIA/TRAVESTISMO & TRANSEXUALISMO.
14 confiss��es
Emocional
"Fiz amizade com uma garota, e agora
que ela est�� namorando um amigo meu
percebi que estou apaixonado por ela.
Devo declarar-me ou n��o?"(Eug��nio P.
S. da Silva - Sol��nea/PB)
Ser�� que voc�� est�� mesmo apaixonado?
Pode estar apenas um pouco mais
sozinho, se sentindo "exclu��do" do
relacionamento com seus dois amigos.
Saia com outros amigos, n��o se feche.
D�� um tempo, n��o s�� para conhecer
melhor seus sentimentos, mas para ver
como se desenvolve o namoro entre os
dois. N��o �� necess��rio que voc�� se afaste
deles, e n��o ser que esteja sofrendo
por v��-los juntos. Se voc�� se declarar,
pode ser que fique com a menina, mas
certamente perder�� o amigo. A amizade
�� uma coisa t��o importante como o
amor, n��o acha? Pode ser que um dia
ela fique sozinha e, ent��o, voc�� poder��
se aproximar. Se isso n��o acontecer,
tamb��m n��o �� motivo para infelicidade.
Todos n��s temos mais do que uma
chance de conhecer e amar pessoas que
possam nos completar.
confiss��es 15
16 confiss��es
"Gosto muito de uma garota que mora
em outra cidade, temos muitas afinidades.
N��o namoramos porque ela ��
ainda muito crian��a. Ser�� que ela ainda
se interessaria por mim se soubesse do
meu passado como homossexual? J��
faz algum tempo que abandonei este
tipo de vida e esfor��o-me para me livrar
de certos impulsos que ainda sinto.
Ser�� que n��o tenho o direito de ser
feliz? Devo contar tudo a ela e arriscar
a perd��-la? Devo esconder e ficar atormentado?
Quero me casar e ser feliz,
com essa garota ou com outra. Ser��
que alguma mulher seria capaz de me
compreender e me aceitar? (Carioca
Sofredor - Rio de Janeiro/RJ)
Voc�� n��o disse a sua idade, nem
mencionou se j�� teve alguma experi��ncia
heterossexual, e isto dificulta um
pouco a resposta. O fato de voc�� ter
tido algumas experi��ncias sexuais
n��o significa que voc�� �� e tenha que
ser homossexual por toda a vida.
Procure se sentir mais, se conhecer
bem l�� no fundo. Voc�� tem desejo
em rela����o ��s mulheres? Se tiver, ponha
em pr��tica essa necessidade.
Muitas vezes n��o �� f��cil encontrar
parceiras n��o profissionais para a rela����o
heterossexual, sendo mais f��cil
se relacionar com pessoas do
mesmo sexo. Outras vezes, o medo de
fracassar como homem perante uma
mulher, leva muitos jovens a se tornarem
homossexuais. Somente uma
quantidade razo��vel de experi��ncias
poder�� indicar realmente qual �� o seu
caminho. Se voc�� descobrir que, de
fato, sua satisfa����o sexual s�� pode
ser obtida com pessoas do mesmo sexo,
procure n��o fugir dessa constata����o.
Tente se "assumir" e n��o parta
para o casamento apenas para se enquadrar
nos padr��es sociais. Voc��
tamb��m pode ser feliz como homossexual.
Sua carta revela que voc�� ainda
luta contra seus impulsos, ou seja, o
passado n��o est�� t��o longe assim. Refor��amos
nossa sugest��o anterior: procure
se relacionar com mulheres, mas
n��o pensando s�� em casamento. Por
enquanto, n��o seria bom que voc��
iniciasse o namoro, nem qualquer
compromisso com uma adolescente.
Certamente existem mulheres capazes
de compreender e amar um homem
que tenha tido experi��ncias homossexuais.
Ter��o que ser mulheres mais
"abertas", mais maduras, com algumas
informa����es na ��rea sexual e com estrutura
emocional para enfrentar um
relacionamento que poder�� ter algumas
"interfer��ncias". �� pouco prov��vel
que uma jovem adolescente, quem
sabe �� espera de um "pr��ncipe encantado",
possa compreender e ajudar voc��.
"Desde pequeno sempre tive uma vida
muito fechada. Meus pais nunca me
levaram para passear e conhecer outras
pessoas. Acho que disso resultaram v��rios
complexos para mim. Hoje, quando
saio na rua, parece que todos est��o
me olhando, uma simples risada j��
me faz tremer. Tenho medo de n��o
ser aceito. O que fa��o?" (Curitibano
Encucado - Curitiba/PR)
Realmente, o tipo de vida que a crian��a
leva durante muitos anos nessa
"pequena sociedade" que �� a fam��lia
influencia muito seu desembara��o,
seu desempenho, mais tarde, na vida
da sociedade mais ampla. �� na adolesc��ncia
que os jovens tomam consci��ncia
maior de si mesmos e das pessoas
que os rodeiam, do mundo em geral.
�� bastante natural, nessa idade, a inseguran��a
e os conflitos, as indecis��es,
a preocupa����o com seu pr��prio corpo,
com sua apar��ncia f��sica. Mas �� tamb��m
uma ��poca muito rica, de novas
descobertas e de prepara����o para assumir
as responsabilidades de pessoas
adultas. Milhares de jovens, como vo-
Confiss��es 17
c��, tamb��m se sentem t��midos e inseguros
e muitos escondem isso atr��s
de uma pose de superioridade e ironia.
�� claro que o mundo todo n��o
estar�� de bra��os abertos para aceitar
voc��, nem para ficar reparando em voc��.
Sua seguran��a, sua auto-confian��a,
tem que ser buscada e constru��da por
voc�� mesmo, em coisas pr��ticas. Voc��
provavelmente estuda ou trabalha,
ou faz as duas coisas. Procure fazer
bem feito o que tem que fazer. Pe��a
ajuda se precisar, mas n��o deixe de se
esfor��ar. Cada vez que a gente consegue
realizar alguma tarefa, enfrentar
alguma situa����o dif��cil, isto nos faz
sentir confiantes. Cada um tem que
encontrar as atividades em que se sente
melhor. Procure conhecer e se comunicar
com pessoas de idade semelhante
�� sua, seja atrav��s do trabalho, estudo,
esporte, cinema, etc. .. Sempre haver��
alguma pessoa que tem gostos semelhantes
aos seus. Dessas afinidades
certamente nascer��o boas amizades.
Todo mundo tem necessidade de ser
aceito, de ser compreendido, mas isso
s�� poder�� acontecer se voc�� se abrir
um pouquinho para escutar e perceber
os outros. N��o fique fechado na sua
concha. N��o existe jeito de se aprender
a viver, a n��o ser vivendo.
Jovem com medo do encontro
"Conheci uma jovem por correspond��ncia
e agora vamos nos encontrar.
Estou com medo de decepcion��-la.
Acho que ela �� mais desenvolvida do
que eu. Tenho 18 anos, 1,70 m e peso
apenas 54 kg. Esse meu medo pode
ser por causa do meu complexo de
ser um pouco magro? Com que cara eu
vou ficar na hora do encontro se ela
n��o gostar de mim?"(Jo��o L. S. Alves
Rio de Janeiro/RJ)
Olha, Jo��o, em toda experi��ncia nova
existe sempre um risco: pode ou n��o
18 confiss��es agora circula mensalmente'.
dar certo. A gente tem que se preparar
para as duas possibilidades. Mesmo
tendo corpo de mo��a, ela pode gostar
muito de rapazes magros como voc��.
Nem por isso est�� tudo resolvido. Talvez
voc�� n��o goste de outras coisas nela,
e ela em voc��. Mas isso s�� poder��
ser confirmado na pr��tica da conviv��ncia.
N��o fuja do encontro. Pode ser o
come��o de uma boa amizade ou algo
mais profundo. Se n��o for, o m��ximo
que pode acontecer �� uma certa tristeza
que passar�� com o tempo. E a
vida continua, e voc�� encontrar�� mais
tarde a garota que ser�� sua companhei-,
ra.
Ela agora quer voltar
"H�� tr��s anos namorei uma mo��a e
por ela me apaixonei. ��ramos muito
felizes at�� que seus pais descobriram o
namoro e se opuseram. Diziam que ela
n��o devia namorar porque tinha um
defeito f��sico, e que eu n��o era rapaz
para ela. Tanto fizeram que ela acabou
terminando tudo comigo, o que me
deixou muito triste. Depois ela come��ou
a namorar outro rapaz, mas um
dia me disse que continuava a gostar
de mim. Agora ela terminou com o
outro e quer recome��ar comigo. N��o
sei o que fazer. Tenho medo de j�� n��o
ser mais o mesmo e tamb��m tenho
outra namorada. Estou confuso e indeciso."
(Jo��o Queiroz - Salvador/BA).
Conhecemos muito pouco de voc�� e da
mo��a para ajud��-lo a tomar uma decis��o.
Ela hoje est�� mais disposta a
enfrentar a oposi����o dos pais? Ela
est�� mesmo firme quanto �� decis��o
de encerrar com o outro namorado?
Nesses anos voc�� realmente sentiu a
falta dela, ou ficou apenas com o
amor-pr��prio ferido? O melhor seria
voc�� dizer a ela sobre suas d��vidas, e
n��o usar a outra namorada para provocar
ci��mes, numa esp��cie de vingan��a.
Analise bem como voc�� se sente com
essa namorada, e como se sentia antes
com a outra. S�� voc�� poder�� fazer a
escolha. Qualquer que seja ela, n��o fique
lamentando o que "poderia ter
sido". Ningu��m pode, nesses casos, ter
"certificado de garantia". Pode ser que
voc�� n��o se acerte nem com a primeira
nem com a segunda, mas sim com outra
pessoa que aparecer��.
"Sou calado e tenho poucos amigos.
J�� tive v��rias experi��ncias como homossexual
mas quase nunca consigo
sentir prazer porque n��o me solto. Geralmente
me satisfa��o com a masturba����o.
Nunca tive nenhuma rela����o com
mulheres mas algumas vezes penso
nelas. Na firma onde trabalho tenho
um amigo com quem me dou muito
bem h�� cerca de um ano. Conversamos
bastante e cada vez mais tenho vontade
de me aproximar mais intimamente
dele. Ser�� que devo falar abertamente
com ele? Tenho medo que depois ele
fique rindo de mim e contando vantagens.
N��o sei o que fazer, me ajudem. ..
(Queimado - V. Pompeia - S��o Paulo/
SP)
Parece que s��o dois os problemas que
voc�� apresenta. O primeiro �� a sua dificuldade
em se realizar sexualmente
nas experi��ncias homossexuais que
j�� teve. Voc�� mesmo diz que n��o se
"solta", e isto indica que voc�� est��
inseguro quanto ao caminho que vem
tomando. Essas experi��ncias, por si
s��s, n��o servem para se afirmar que
voc�� �� ou tem que ser exclusivamente
homossexual. De acordo com o relat��rio
Kinsey, famoso estudo sobre a
sexualidade feito nos Estados Unidos,
a maioria dos homens experimenta na
vida alguma rela����o com pessoas do
mesmo sexo, especialmente no per��odo
da adolesc��ncia. Talvez voc�� precise
ampliar um pouco o campo de sua vida
confiss��es 19
sexual, incluindo mulheres, se voc��
tiver vontade. Voc�� diz em sua carta
que n��o se acha "bem dotado": talvez
esse seu medo seja respons��vel por voc��
n��o ter tentado a aproxima����o com
mulheres. �� claro que esse caminho
n��o �� obrigat��rio, a n��o ser que voc��
realmente n��o tenha certeza de suas
reais necessidades. O segundo problema
diz respeito �� sua d��vida em se declarar
ou n��o ao seu amigo. Se voc��s j��
se conhecem h�� um ano e conversam
bastante, voc��, melhor do que n��s, poder��
avaliar como �� ele quanto ao car��ter.
Voc�� sente que ele �� honesto e
sincero em suas opini��es? Costuma ser
tolerante em rela����o a outras pessoas?
Ou, pelo contr��rio, �� do tipo gozador,
que gosta de ridicularizar as pessoas,
achando que s�� ele "sabe das coisas"?
Costuma se "achar o bom", contar vantagens?
Se for do segundo tipo, �� melhor
voc�� n��o se abrir. Se n��o, tome
coragem e fale com ele. Pode ser que
ele corresponda ao seu afeto e voc��s
poder��o se entender, como tamb��m ele
poder�� n��o desejar a aproxima����o que
voc�� gostaria, mas continuar�� seu amigo.
De qualquer forma, ser�� ��timo conservar
o amigo, n��o ��? Algumas coisas
em sua carta deixam transparecer que
a sua busca, a sua necessidade n��o ��
apenas sexual. Parece que voc�� se sente
um pouco s�� e inseguro e est�� �� procura
de algu��m para companheiro em
todos os sentidos. Fique atento aos seus
sentimentos e rea����es nos contatos que
tem com outras pessoas. Este companheiro
que voc�� precisa, ou melhor,
que todos n��s precisamos, poder�� ser
tamb��m uma companheira. Na verdade,
�� muito dif��cil separar as necessidades
afetivas das sexuais. �� bem prov��vel
que voc�� n��o tenha tido prazer
nas suas experi��ncias anteriores por
n��o ter sentido afeto. Esperamos que
voc�� encontre esse relacionamento satisfat��rio,
seja homo ou heterossexual.
20 confiss��es
"Sou casada h�� bastante tempo e meu
casamento s�� tem me trazido infelicidade.
Meu marido j�� teve e tem outras
mulheres. Durante muito tempo quando
ele chegava b��bado, tarde da noite,
eu ainda tinha que manter rela����es com
ele que, geralmente, me machucava
muito. Se eu n��o consentia, me acusava
de ter um amante. Certa vez encontrei-
o com a empregada da casa. Tive
vontade de mat��-lo ou me matar, mas
n��o fiz isso pensando em meus filhos.
Descobri que ele tamb��m mant��m rela����es
com homens, e j�� quis me for��ar
a compartilhar essas "farras". Al��m
disso, pouco ajuda em casa e ainda d��
maus conselhos aos filhos, o que me faz
temer pelo futuro deles. Eu trabalho
fora e fa��o tudo para n��o pensar na
minha situa����o t��o dif��cil. Recentemente,
conheci um homem com quem
estive por algumas horas. Eu n��o procurei
esta situa����o, aconteceu por acaso.
E, depois de tantos anos, me senti
feliz com este homem gentil e afetuoso,
que me deu enorme prazer. Agora
n��o sei o que fazer. Ele j�� me procurou
outras vezes, afirmando que ningu��m
ficar�� sabendo, pois ele e eu temos nome
e emprego a resguardar. Ser�� que
eu n��o tinha o direito de ser feliz pelo
menos uma vez? O que fa��o com meu
marido? Mato-o? O desquite ele diz
que n��o me d��. J�� estou cansada de
sofrer. (Sagitariana Infeliz - interior de
S��o Paulo). .
Realmente �� enorme a capacidade que
o ser humano tem para suportar o sofrimento,
mas o seu caso j�� est�� al��m
do suport��vel. �� claro que voc�� tem
n��o s�� o direito como o dever de procurar
ser feliz, n��o s�� por voc�� como
por seus filhos. 0 dif��cil �� compreender
como voc�� p��de ag��entar esta situa����o
durante tanto tempo. Talvez s��
o medo, medo dele, medo de enfrentar
a vida sozinha, possa explicar isso. Ser��
que algum homem ag��entaria seque.
metade dessa infelicidade de vida a dois,
cheia de desrespeito e viol��ncia? Certamente
a condi����o de ser mulher em
nossa sociedade ainda patriarcal, tem
muito a ver com essa sua aceita����o,
quase submiss��o, por tanto tempo, ainda
mais vivendo em uma cidade peque-
ma. Mas parece que as coisas atingiram
os limites e chegou a hora da decis��o.
Felizmente voc�� trabalha e isso deve
lhe dar a seguran��a de que pode sobreviver
por sua conta. As coisas que voc��
relata a respeito dele s��o motivos mais
do que suficiente para voc�� entrar com
um pedido de separa����o judicial. Procure
discretamente um advogado em
sua cidade, ou em outra, e informe-se
sobre os seus direitos. Al��m disso, exponha
o caso a amigos de confian��a,
ou a algum parente. Seu marido poder��
tentar alguma viol��ncia contra voc��
quando se sentir "abandonado". Se isso
acontecer, voc�� vai precisar de ajuda
para sair de casa e levar as crian��as. Pode
ser at�� que voc�� tenha que mudar
de cidade. N��o se importe com essas
mudan��as e dificuldades. Voc�� ainda
tem muita vida pela frente, sa��de para
trabalhar, montar outra casa e educar
bem seus filhos. Este outro homem que
voc�� conheceu foi important��ssimo,
mesmo que ele n��o possa ajud��-la daqui
para frente. Talvez n��o seja com
ele que voc�� reconstruir�� sua vida, mas
ele fez voc�� se lembrar do gosto bom
que a vida pode ter. Guarde bem esses
momentos e tire for��a deles para enfrentar
a "barra pesada" que vai ser a
separa����o de seu marido. Mesmo que
voc�� fique sozinha, ser�� melhor do que
o sofrimento que voc�� enfrentou no casamento.
confiss��es 21
'Tenho fimose e quero saber se isso
pode prejudicar a garota com quem eu
tiver rela����es. J�� pensei em fazer um
tratamento mas n��o tive coragem".
(Lu��s Cl��udio - Salvador/BA)
N��o h�� preju��zo algum para a garota,
mas sim para voc��, que poder�� sentir
desconforto e mesmo dores. N��o h��
o que pensar mais, Lu��s, v�� ao m��dico
e ele logo marcar�� a opera����o. Esta ��
22 confiiss��e s agora circula mensalmente!
muito simples, rotineira, e voc�� ficar��
no hospital apenas um ou dois dias; e
pode ser feita pelo INPS.
Dizem alguns m��dicos que a fimose,
que se manifesta em cerca de 10% dos
homens, deve ser operada antes da
idade adulta, pois a recupera����o ��
muito mais r��pida.
Procuro um m��dico ou um veterin��rio?
"Tenho 22 anos e h�� cinco anos tenho
espinhas profundas no rosto e, o que ��
pior, uma esp��cie de assadura horr��vel
no l��bio inferior. J�� consultei m��dicos,
mas nada adiantou. Na ��poca em que
apareceu o problema no l��bio eu tinha
um gato de estima����o. Ser�� que ele poderia
ter me transmitido alguma doen��a?
Devo procurar um veterin��rio?"
(Preocupado B. C. C. - Sorocaba/SP)���
Tanto as manifesta����es de acne (espinhas)
como o problema no l��bio, requerem
a consulta a um m��dico dermatologista
(especialista em doen��as
de pele). Sorocaba �� uma cidade grande,
com importante Faculdade de Medicina,
e certamente, n��o ser�� dif��cil
encontrar um bom especialista. Evite
passar qualquer rem��dio ou preparado
por recomenda����o de amigos leigos.
"Procuro solu����o para um problema
que me deixa preocupada. Minha filha
de 9 anos ainda faz xixi na cama. J��
levei ao m��dico v��rias vezes e ele me
recomendou que n��o implicasse com
ela e receitou um calmante. Mas nada
disso adiantou. O que devo fazer? Pe��o
o nome de algum rem��dio ��til." (M��e
desesperada - Campo Grande/MT).
Normalmente, por volta dos 2 ou 3
anos de idade a crian��a j�� tem condi����es
f��sicas de controlar a urina noturna,
e j�� se levanta para ir ao banheiro.
Entretanto existem muitos casos semelhantes
ao de sua filha. A primeira recomenda����o
�� procurar um m��dico ���
coisa que a senhora j�� fez ��� , para verificar
se existe algum problema f��sico
ou fisiol��gico que afete o controle da
urina. N��o havendo causa desse tipo,
�� necess��rio discutir as poss��veis causas
psicol��gicas. Como �� a crian��a em
outros aspectos? Insegura, ansiosa,
medrosa? �� muito reprimida em suas
atividades e brincadeiras? Como se relaciona
com os pais e com as outras
crian��as? Como vai indo na escola?
Podemos adiantar que, muitas vezes,
"fazer xixi na cama" �� ind��cio de inseguran��a,
uma manifesta����o da "vontade
de ser nen��", ansiedade por n��o
conseguir corresponder ��s expectativas
que os adultos t��m dela, ou mesmo
uma manifesta����o de rebeldia que pode
estar compensando uma excessiva
submiss��o durante o dia. 0 esclarecimento
de todas essas quest��es poderia
ser feito mais adequadamente por
um psic��logo infantil, a crian��a poderia
fazer um tratamento de ludoterapia.
Desconhecendo a sua disponibilidade
econ��mica e a exist��ncia ou n��o desse
profissional em sua cidade, podemos
dizer que, em nenhuma circunst��ncia,
a garota deve ser castigada. Tampouco
deve ser demonstrada a sua ansiedade
nem de seu marido com a situa����o, e
menos ainda, ridiculariz��-la. A menina
deve ser tratada com compreens��o e
carinho, deve se sentir segura de que
voc��s gostam dela mesmo assim, deve
ter confian��a e sentir que vale a pena
"crescer" e deixar de ser "nen��". O xixi
na cama deve ser reflexo de coisas
muito mais profundas e delicadas.
�� prefer��vel trocar e lavar len����is todo
dia do que traumatiz��-la com essa sua
dificuldade.
"Estou com um problema muito estranho:
minhas sobrancelhas est��o caindo,
principalmente quando s��o molhadas.
Que rem��dio devo usar?" (Jos��
Amador - Ribeir��o Preto/SP)
Aparentemente n��o se trata de um
problema de pele, externo, j�� que voc��
n��o mencionou nenhum sintoma de irrita����o,
alergia ou eczema no local.
Portanto, �� prov��vel que a queda das
sobrancelhas se deva a causas internas,
de origem glandular. De qualquer for-
confiss��es 23
ma, n��o podemos "receitar" rem��dio
algum. Voc�� deve procurar um m��dico
endocrinologista que procurar�� descobrir
a verdadeira causa do problema e
medic��-lo corretamente. Observe tamb��m
se ocorre queda de p��los em outras
partes do corpo. Tente recordar
ainda, em que circunst��ncias se iniciou
essa queda das sobrancelhas: por acaso
voc�� n��o teria usado algum preparado
no rosto, ou tomou algum rem��dio
recentemente para outras finalidades?
Preciso crescer mais cinco cent��metros
'Talvez voc��s n��o me respondam porque
n��o vou perguntar sobre sexo.
Quanto a isso n��o tenho problemas.
Gostaria de saber se existe algum meio,
exerc��cios talvez, que me ajudem a
crescer. Tenho 22 anos, 1,70 m de altura
e preciso de mais 5 cm para ser
jogador de basquete." (Sandro R. Uca-
Praia Grande/SP)
24 confiss��es
"�� claro que voc�� vai ter uma resposta,
Sandro. Em primeiro lugar, �� ��timo saber
que voc�� n��o precisa de esclarecimento
na ��rea sexual. O seu problema
�� realmente pequeno ��� tem apenas
5 cm ��� , mas infelizmente n��o tem solu����o.
A natureza tem seus limites
e na sua idade �� imposs��vel fazer qualquer
coisa para "esticar". Agora s��
resta amadurecer, crescer espiritualmente.
Voc�� tem que aceitar essa
limita����o e se desenvolver em outras
coisas. Mesmo porque, existem excelentes
jogadores de basquete com menos
altura que voc��.
Como engrossar a voz? E a falta
de p��los?
"Existe algum rem��dio que se possa
adquirir para engrossar a voz? Por
favor, gostaria de uma indica����o."
(J. R. Verasin - Teresina - PI)
O engrossamento da voz est�� ligado
a uma s��rie de horm��nios respons��veis
pelas manifesta����es, na adolesc��ncia,
dos chamados caracteres sexuais
secund��rios. Se voc�� ainda tem menos
de 18 anos vale a pena consultar um
m��dico endocrinologista (especialista
em gl��ndulas) que poder�� pesquisar
a origem do seu problema. Caso voc��
esteja na idade adulta �� pouco prov��vel
que se encontre uma solu����o. Mas
n��o se atormente com um aspecto
t��o secund��rio, n��o se cale, n��o deixe
de se comunicar por ter a voz mais
fina que a maioria dos homens. Essa
caracter��stica n��o tem absolutamente
nada a ver com a masculinidade e o
desempenho sexual de um rapaz, nem
com o seu valor como pessoa.
"Tenho 17 anos, me��o apenas 1,50 e
peso 46 kg. Meu problema �� que n��o
tenho p��los em parte alguma do corpo.
Eles come��aram a aparecer quando
eu tinha 13 anos, mas n��o se desenvolveram,
s��o apenas penugens. Tenho
vergonha de ficar nu perto dos amigos,
e mais ainda na frente de qualquer garota.
Tenho que me satisfazer com a
masturba����o. �� poss��vel fazer alguma
coisa?" (0. D��cio - Belo Horizonte/
MG)
Voc�� ainda �� jovem e seu processo de
desenvolvimento n��o est�� completo.
Talvez haja algum "atraso" nesse processo,
que poderia ser corrigido, acelerado,
com a administra����o de algum
horm��nio. Entretanto, apenas um
m��dico especialista (endocrinologista)
poder�� orientar esse tipo de tratamento.
Antes de ir ao m��dico, por��m, observe
as caracter��sticas das pessoas de
sua fam��lia: s��o pessoas de baixa estatura
e pouco peso? seu pai, tios ou
av�� s��o homens de pouco p��los? A
pilosidade do corpo, como tantas
outras caracter��sticas pessoais, depende
muito da hereditariedade, da carga
gen��tica que recebemos de nossos
antepassados. Certas popula����es, como
os ��ndios e muitos asi��ticos, quase n��o
t��m p��los no corpo, nem tampouco
barba. Mesmo entre a popula����o "branca"
�� muito vari��vel a quantidade de
p��los nos homens e mulheres. Se voc��
n��o puder resolver esse "problema",
viva com ele, mas viva bem. Os gostos
das mulheres tamb��m s��o variados, e
h�� muitas que apreciam um homem
sem p��los. E a aus��ncia deles em nada
afeta o desempenho sexual. N��o tenha
medo de enfrentar o relacionamento
com as meninas. Aceite mais naturalmente
as brincadeiras dos amigos e, se
n��o ag��entar, procure falar com eles
mais seriamente. Amigo de verdade
saber�� escut��-lo e evitar�� mago��-lo
outras vezes.
confiss��es 25
Para colocar seu an��ncio, C��digo de Endere��amento Postal
escreva corretamente os de sua cidade. No envelope,
dados, procurando resumi-los enderece corretamente: Revista
tanto quanto poss��vel. Envie seu confiss��es 'Ponto de Encontro "
an��ncio com carta assinada, Caixa Postal n��. 1716caligrafia
bem leg��vel e coloque o CEP 80000 - Curitiba /Paran��.
Ponto de encontro
De: Bons Amigos lançamentos
O Grupo Bons Amigos e o Grupo Só Livros com Sinopses têm o prazer de lançar hoje mais uma obra digital no formato txt , pdf e epub para atender aos deficientes visuais.
Confissões íntimas nº04 - Revista de Educação Sexual
Revista doada por Adeilton
Sinopse:
Excelente revista de educação sexual que teve grandioso sucesso entre as décadas de 70 a 90 do século passado. . Editado pela gráfica Grafipar - Gráfica Editora Ltda-Grupo de Curitiba. Tendo como responsáveis Faissal El-Khatib e Faruk El-Khatib . Redatores Nelson Faria e Nina Fock. Infelizmente não temos o nº01 E nº03 Quem tiver nos envie para digitalizar. Pode ser cópia xerox .Recomendamos !
Lançamento Só Livros com sinopses e Grupo Bons Amigos:
1 )https://groups.google.com/forum/#!forum/solivroscomsinopses
Blog:
Este e-book representa uma contribuição do grupo Bons Amigos e Só livros com sinopses para aqueles que necessitam de obras digitais como é o caso dos deficientes visuais
e como forma de acesso e divulgação para todos.
É vedado o uso deste arquivo para auferir direta ou indiretamente benefícios financeiros.
Lembre-se de valorizar e reconhecer o trabalho do autor adquirindo suas obras.
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Abraços fraternos!
Bezerra
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