sábado, 25 de julho de 2020 By: Fred

{clube-do-e-livro} LANÇAMENTO : REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº08 1979 - FORMATO : PDF, TXT E EPUB

O Manual de Peteca
�� uma agenda completa,
pra ningu��m botar
defeito.

Com todas as
peteca-tecas pra voc��
manusear, pregar na
parede ou colocai
debaixo do travesseiro.

E mais o hor��scopo
completo de Nina Fock;

receitas afrodis��acas de
queimar a l��ngua,
calend��rio com fotos
sensuais a cores e
agenda pra endere��o
das gatas e
compromissos, que
ningu��m �� de ferro.

Reserve j�� o seu
exemplar.



A medida em que aumenta
o n��mero de cartas,
cresce tamb��m o sucesso
de Confiss��es ��ntimas
nas bancas de todo o Brasil.
Esse �� o maior pr��mio
ao nosso trabalho,
concentrando-nos ainda
mais na miss��o de bem
informar sobre esse assunto
t��o importante que �� a
sexualidade humana.
Cartas de pais, educadores
e profissionais de v��rios
setores atestam a oportunidade
do lan��amento desta
publica����o.
Aproveitamos este espa��o
para o recado: no prazo
de 60 a 90 dias, no m��ximo,
todas as cartas s��o
respondidas, para o que
contamos com a
compreens��o dos leitores.
E as opini��es, mesmo
cr��ticas ou desfavor��veis,

ser��o sempre bem recebidas,
Escrevam.



e timidez sexual

"VIRGEM AOS 46 ANOS, QUERO COMPRAR UMA
LOVE DOLL"...

"Inicialmente, pe��o excusas pela extens��o
da missiva, por��m fiz o poss��vel
para resumi-la ao m��ximo. Tamb��m
quero que desculpem os erros de reda����o.
Sou um oper��rio e tenho apenas
instru����o prim��ria. Meu caso talvez
possa servir de consolo a muitos jovens
de 20 e poucos anos, e at�� menos,
que t��m problemas de ordem sexual e
que se queixam de serem 'Virgens".
Alguns dizem que j�� pensaram at��
em suic��dio. Talvez eu tamb��m esteja
esperando algumas palavras de conforto,
algum incentivo para continuar
vivendo nesta amarga solid��o.

4 confiss��es

Tenho 46 anos e sou virgem: nas poucas
vezes que tentei, nunca consegui a
uni��o sexual com nenhuma mulher.
Desde minha idade escolar eu era
dominado por uma timidez singular:
n��o falava com meus colegas, vivendo
como mudo entre eles. E assim foi
posteriormente, quando tive meus
primeiros empregos. Ap��s meus 20
anos, a exemplo de outros jovens
de minha idade, senti a necessidade
de procurar mulheres no meretr��cio
para satisfa����o sexual. Mas, fui infeliz,
fracassei em todas as vezes que visitei
aqueles bord��is. Parece-me que foram


impot��ncias ocasionais, pois naqueles
tempos eu n��o me sentia impotente, tinha
ere����es normais, praticava a masturba����o
como os demais jovens, o que
ainda hoje pratico, embora atualmente
com reduzida frequ��ncia. Suponho
que al��m da timidez, outros fatores
contribu��ram, como a cerveja que
bebi talvez em excesso, os cigarros que
fumei abusivamente e sem ser fumante,
fatores estes que possivelmente
contribu��ram para minha indisposi����o.
Da primeira vez nem tentei nada. Minha
companheira abra��ou-me antes de
entrarmos no quarto, mas foi como se
tivesse abra��ado um boneco. L�� dentro,
embora ela tivesse tentado excitar-
me, meu sexo n��o reagiu. Sentindo-se
frustrada, ela adormeceu ao meu lado
e eu nem sequer toquei nela. Foi horr��vel
para mim a manh�� seguinte
��quela malfadada noite! A noite de
vig��lia, somada ao amargor daquele
fracasso foi algo que me fez sentir profundamente
deprimido, arrasado! Naquela
manh�� minha vida tornou-se
um inferno, nada tinha gra��a, parecia
que o mundo se tinha acabado para
mim!

Aquele era o in��cio de uma s��rie de
tormentos pelos quais iria passar
no decorrer de minhas buscas de rela����es
com prostitutas. Apenas uma
vez tentei o ato sexual, mas faltou-
me a pot��ncia necess��ria. Tr��s vezes
posei com diferentes mulheres e
nem toquei na companheira. Outras
vezes nem cheguei a entrar no quarto
com a mulher, por recusa da mesma.


Aqueles fracassos seguidos geraram
em mim a falta de confian��a, a inseguran��a,
e o temor de um novo fracasso
desencorajou-me a continuar
minha visita ��quelas casas. Al��m disso,
salvo a atra����o que sentia pelas
mulheres, eu n��o me sentia bem
naquele ambiente de corrup����o e

sordidez. N��o sou nenhum puritano,
sou adepto do amor livre, mas refiro-
me aqui �� aus��ncia total de moral
daquela gente. Sentia e ainda sinto
uma certa avers��o por aquele ambiente.
Sinto em mim uma for��a
que entra em conflito com minha
necessidade ou desejo de voltar l��.
Tornei-me um sujeito profundamente
nervoso, triste, apreensivo, irritado
com tudo e com todos. Tive crises
nervosas. Possuindo muitos livros e
amante da boa leitura, aquela situa����o
turvava-me a mente, perturbava-
me profundamente, tirando-me a concentra����o
em qualquer leitura ou
estudo.

Sempre s��, sem companhia de nenhum
dos sexos, comecei a freq��entar bares
e a me embriagar, buscando no ��lcool
um lenitivo para o meu sofrimento.
Quando mais jovem, tive inten����o de
me casar, pois acreditava no casamento
como solu����o para meu problema de
solid��o e priva����o sexual. N��o me casei
devido �� minha timidez e problemas
de ordem financeira. Esse miser��vel
sal��rio brasileiro �� realmente desanimador!


Eu pouco acredito no poder positivo
da mente, mas o poder negativo,
como �� forte e real! Essa inseguran��a,
essa falta de confian��a em mim tem
me acompanhado, torturando-me a
toda hora!

Atrav��s da leitura de certa revista,
tive conhecimento da exist��ncia do
com��rcio das bonecas infl��veis ou
Love Dolh, nos Estados Unidos.
Fiquei muito interessado em adquirir
uma Love Doll e escrevi para
uma das casas comerciais dos Estados
Unidos, onde se vendem tais
mercadorias, solicitando cat��logo e
pre��o. Recebi fotoc��pias dos cat��logos
com pre��os de mercadorias
�� venda, por��m encontrei problemas
no envio do dinheiro.

confiss��es 5


Estou disposto a pagar qualquer pre��o
por uma Love Doll, pois acredito que
essa maravilhosa inven����o �� o rem��dio
seguro e eficaz para um indiv��duo
com problema id��ntico ao
meu. N��o como substituto da mulher,
�� claro, mas como um atenuante
para a priva����o das rela����es sexuais
normais. Com o uso da Love
Doll, o sujeito ter�� uma total desinibi����o,
n��o ter�� o problema do temor
de fracassar e passar por um vexame,
porque para a boneca �� indiferente
que seu "companheiro" realize ou
fracasse. Ela n��o reclama nada nem
escarnece, e ser�� uma companheira
sempre fiel e disposta a toda hora
que seu parceiro a solicite. Acredito
que assim o portador daquele problema
perder�� o temor do fracasso
e adquirir�� confian��a em si para
praticar o amor com mulher de verdade.


Hoje, superadas aquelas crises, sinto-
me mais resignado com minha sorte,
embora sinta que adquiri uma neurose
e sofra certas ang��stias por causa
da minha solid��o e principalmente
por ser virgem com 46 anos de idade.
Concordo com Nina Fock, h��
uma supervaloriza����o do sexo entre
certos jovens, e concordo que tal
fato lhes turva os sentidos para a aprecia����o
de outros prazeres, outras
coisas belas que a vida nos oferece".
("Celibat��rio Infeliz" - P. Grossa/
Paran��) ���

Felizmente, caminhamos hoje para
uma democracia sexual, onde liberdade
n��o deve jamais ser confundida
com licenciosidade. Essa democracia
significa que cada ser humano tenha
acesso a um direito que j�� �� seu, por
natureza, o de viver a pr��pria sexualidade,
sem tabus nem preconceitos.
Al��m das repress��es, da orienta����o
err��nea ou da falta de orienta����o,
cada ser humano j�� enfrenta um

6 confiss��es

grande problema que �� o de transpor
a barreira de sua pr��pria individualidade.
Onde o obst��culo maior ��
justamente a timidez, a inseguran��a
na forma de empreender a inicia����o

sexual.
A timidez chega a atingir um est��gio

"doentio" como se costuma dizer,
caracterizado por uma forma ego��sta
em que o indiv��duo se "fecha" como
certas plantas que n��o querem receber
o sol. E assim caminham para um
mutismo, um isolamento que s�� ir��

agravar o problema.


Como se pode observar pela comovedora
carta que fizemos quest��o de
reproduzir integralmente ��� com a
finalidade, mesmo, idealizada pelo
pr��prio leitor, de exemplificar at��
onde um ser pode ser arrastado por
esse "ensimesmamento" da timidez ���

o problema, se n��o foi atacado a tempo,
poder�� se estender at�� �� meia-
idade, ou mais, comprometendo n��o
s�� o desempenho sexual como toda
uma exist��ncia.
A qualquer idade e em qualquer tempo,
n��o se pode entregar uma vida ��
submiss��o da timidez. Essa inibi����o


doentia pode e deve ser curada em
qualquer ��poca. H�� sempre tempo para
come��ar uma nova vida. A altera����o
desse comportamento introvertido pode
ser conseguida com a ajuda de um
psicoterapeuta, mas em tudo prevalesce
uma boa dose de for��a de vontade.
Um homem n��o pode ser privado de
sua atividade sexual e por atividade
sexual queremos dizer o conv��vio
homem-mulher. A inibi����o e o temor
do desempenho s�� se eliminam com o
conv��vio, o relacionamento persistente
com o sexo oposto. Conhecemos in��meros
casos de pessoas que s�� na idade
bem avan��ada conseguiram um ajustamento
satisfat��rio para a sua express��o
sexual. O caminho �� o mesmo a ser
trilhado pelo adolescente: insistir no
relacionamento de amizade, no namoro
e ultrapassar a barreira do relacionamento
sexual. Mesmo entre duas pessoas
que se amam, s�� a freq����ncia do
ato sexual �� que poder�� melhorar o
grau de perfei����o. Todo mundo j��
falhou alguma vez na vida, por raz��es
as mais variadas. Para um homem cuja
ere����o �� normal, conseguindo mesmo
praticar a masturba����o, nada pode
impedir que ele atinja um grau satisfat��rio
no relacionamento com a
mulher. �� preciso considerar que os
fracassos fazem parte do processo:

o di��logo e a compreens��o com a
parceira permitir��o, nem que seja a
longo prazo, o encontro sexual que
conduz ao orgasmo rec��proco. �� preciso
ser mais cerebral, mais racional,
deixando inclusive as emo����es de
lado. Muitos homens se casaram e est��o
casando at�� hoje em idade mais ou
menos avan��ada, conseguindo inclusive
a felicidade de serem pais.

Temos dito que o ajustamento sexual
s�� se obt��m entre duas pessoas, nem
a tr��s nem a quatro, mas a duas pessoas.
No caso, entre homem e mulher,
mas n��o isoladamente.

Quanto ao caso da "love dofl" ("Boneca
do amor"), essa forma de saciar o
desejo sexual n��o passar�� de um ato
masturbat��rio. Uma masturba����o que
ainda implica numa grande frustra����o
de ter ali presente simples boneca
de ar. Quando simplesmente acompanhada
de fantasia sexual, vinculando

o ato a algu��m, pelo menos imaginariamente,
certamente �� bem menor
a frustra����o.
N��o �� a dificuldade de importa����o
de tal-objeto que nos parece, no
caso, o problema. O que importa,
isso sim, �� que a utiliza����o de tal
recurso s�� contribuir�� para agravar

o seu caso, exorbitando essa ren��ncia
a um dos mais importantes fatores
da exist��ncia, que �� o relacionamento
humano.
A vida sexual, o desejo e todo o seu
mecanismo, nasce com o ser humano
e morre com ele. S�� perde o vigor
sexual quem assim o deseja, por uma
educa����o repressiva da moral religiosa
ou por que foi acostumado a ouvir desde
crian��a que a vida sexual termina
nesta ou naquela idade. Como em tudo
nesta vida, cada um determina como,
quando e o que fazer com sua sexualidade.
A n��o ser no caso de uma fatalidade,
um acidente ou uma doen��a
que possam impedir o exerc��cio da
atividade sexual.

46 anos n��o �� idade para retirar-se
do campo de luta, entregue e acovardado
por uma timidez juvenil. �� idade
boa e forte para lutar, com todas as
for��as, contra esses fantasmas que s��
existem na imagina����o de cada um.
Todos os seres t��m o direito �� felicidade.
J�� est�� na hora de voc�� lutar peh
sua e aproveit��-la.


confiss��es 7


Masturba����o

"O QUE FA��O PARA PARAR?". .. .
"8 VEZES POR DIA: NO QUE PREJUDICA?".

"Eu sou um rapaz sem sorte. N��o
consigo arrumar uma mulher para
amar. Vou �� praia e vejo muitas mulheres,
fico constantemente excitado
e pratico a masturba����o 8 vezes, em
m��dia, por dia". . . (H. C. - Cabedelo/
Para��ba)
A masturba����o expressa a primeira
manifesta����o do impulso sexual, tanto
no homem como na mulher. Pelo fato
de possuir o ��rg��o sexual mais "aparente"
e proeminente, torna-se mais
comum e freq��ente a masturba����o
masculina, pela manipula����o do p��nis.
N��o obstante, a masturba����o feminina,
atrav��s da manipula����o do clit��ris,
massageando-o, tamb��m �� uma pr��tica
mais comum do que se imagina.
Desde a puberdade, quando sucedem
os fen��menos que assinalam o desenvolvimento
sexual do indiv��duo, tanto
no homem como na mulher, a mastur


8 confiss��es

ba����o �� o meio mais acess��vel para
liberar a tens��o sexual. Na verdade, a
pr��tica da masturba����o n��o implica em
qualquer preju��zo f��sico ou mental
para o ser humano, sendo inclusive
observado tamb��m a sua pr��tica em
v��rios animais. Seu maior malef��cio ��
justamente o sentimento de culpa que
sobrev��m �� sua pr��tica, afligindo alguns
jovens que receberam uma educa����o
repressiva, acostumados �� id��ia
de que sexo �� algo "vergonhoso ou
pecaminoso". At�� hoje, em alguns
estratos da sociedade, predomina o
err��neo conceito de que masturba����o
pode provocar "a esterilidade
(incapacidade de gerar filhos) ou conduzir
�� loucura". Pesquisas m��dicas
demonstram que tais conceitos n��o
possuem qualquer fundamento. Tamb��m
n��o h�� qualquer liga����o da masturba����o
com o aparecimento da acne


(cravos e espinhas), comum na fase
da adolesc��ncia. Muitos jovens que
n��o se masturbam tamb��m s��o afligidos
por essas erup����es da pele, que
desaparecem logo ap��s a adolesc��ncia.
"��s vezes duas ou tr��s vezes e, conforme
o dia, at�� mais vezes. Sinto que
isso pode me prejudicar e queria saber
quantas vezes por dia �� o normal".
.. (A. L. C. - S��o Paulo/SP)

Sexo n��o �� uma tarefa a cumprir,
uma competi����o ou jogo. Dessa
forma, n��o existe uma "m��dia" esta


-

belecida para o h��mero de vezes em
que se deve (ou se pode) praticar a
masturba����o ou o ato sexual. Essa
freq����ncia s�� pode e deve ser ditada
pelo desejo de cada um, pela natureza
de cada pessoa. As pessoas s��o diferentes
entre si; organicamente e tamb��m
emocionalmente ha' fatores diversos
para influir na carga de desejo
existente numa e noutra. A masturba����o
libera a tens��o sexual e �� praticada
pela impossibilidade ocasional
de se estabelecer um relacionamento
para o ato sexual completo. Em tudo
�� recomend��vel equil��brio (at�� mesmo
para se comer ou beber ��gua) e no
rol das rela����es humanas o sexo
n��o poderia constituir exce����o. Assim,
n��o h�� um "n��mero ideal" para
a freq����ncia do ato masturbatorio.
�� interessante que essa pr��tica esteja
associada a um real desejo e que esse
desejo n��o seja criado ou "for��ado". A
espontaneidade �� muito importante
para que se obtenha completa satisfa����o.


Ao se iniciar o estabelecimento de
rela����es sexuais com uma parceira,

o que geralmente ocorre ap��s a adolesc��ncia,
o impulso pela masturba����o
vai regredindo, reduzindo a sua
freq����ncia.
confiss��es 9


Anatomia sexual

'TODOS OS HOMENS DA MINHA FAMILIA S��O BEM DOTADOS,,
MENOS EU QUE TENHO O P��NIS PEQUENO DEMAIS"...
"QUAL A RELA����O ENTRE FIMOSE E O ASPECTO
ANAT��MICO?"...

"Isso me deixa muito nervoso: tenho
vergonha de ficar nu na presen��a de
colegas para tomar um banho e at��
mesmo para ficar com uma mulher,
s�� por ter o p��nis muito pequeno.
Queria saber se h�� um jeito para desenvolv��-
lo mais. J�� me masturbei
muito e n��o houve jeito. Tenho 18
anos e ele chega a medir 12 cent��metros.
Em toda minha fam��lia os homens
s��o bem dotados, s�� eu que sou
assim". .. (J. C.: Belo Jardim/Pernambuco)


10 confiss��es

"Ainda n��o tive rela����es com qualquer
mulher, sempre me masturbo,
tenho vergonha pois acho que meu
p��nis n��o �� normal. Em repouso.
mede 4 cm. e quando em ere����o,
9 cent��metros. �� normal esse tamanho?".
.. (A. P. C. - Catal��o/Goi��s) _

A injustificada preocupa����o com a
quest��o das dimens��es do ��rg��o sexual
masculino pode conduzir a um problema
mais s��rio: o temor do desempe



nho. Segundo a psic��loga americana
Shere Hite, grande maioria das mulheres
por ela entrevistadas considera a
quest��o das dimens��es do ��rg��o sexual
masculino um fator de menor import��ncia,
irrelevante mesmo diante do
principal: a qualidade de desempenho
do homem. Os estudos dessa
pesquisadora revelam ainda que a
mulher atinge facilmente o orgasmo
mesmo sem a penetra����o vaginal,
j�� que �� no clit��ris o centro de maior
concentra����o do est��mulo sexual da
mulher.

Assim sendo, vale repetir o que j��
foi dito por muito sexologistas: pela
quest��o do tamanho, qualquer garotinho
pode conduzir uma mulher ao
orgasmo. A natureza foi bem s��bia
na constru����o desse ajuste anat��mico,
j�� que a ��rea de prazer feminina est��
localizada na superf��cie, embora a
penetra����o vaginal complete o quadro.
Dessa forma, um jovem com 8 ou
9 cent��metros de p��nis n��o pode se
considerar inapto para o ato sexual.
O que importa �� o desempenho, o
prel��dio e a prepara����o do ato.
Como j�� foi dito, a gin��stica, a pr��tica
de esportes, desde que n��o haja excesso
ou exagero em jogos violentos,
massagens e uma vida saud��vel contribui,
sem d��vida alguma, para o desenvolvimento
f��sico geral e, conseq��entemente,
do aparelho genital masculino.
A consulta a um m��dico endocrinologista
�� aconselh��vel, pois h�� uma s��rie
de fatores que pode ter influ��do
no desenvolvimento insuficiente dessa
��rea. Especialmente quando numa
mesma fam��lia s�� um dos componentes
apresenta um problema dessa
ordem.

"Rela����o entre fimose e anatomia"
"Qual o mal de um garoto que aos 13
anos n��o consegue ainda colocar a
cabe��a (glande) do p��nis para fora?

Essa subst��ncia cremosa que os srs.
dizem ser o esmegma n��o �� provocada
por aquela subst��ncia da lubrifica����o,
o flu��do seminal? E quando
n��o h�� excita����o por que se forma

o esmegma? Por que h�� tanta sensibilidade
na glande ao sair para fora?
Se a gente fica dois dias sem lavar
bem o esmegma, essa coisa branca,
mal cheirosa, toma conta. Como evit��-
la? Isso provoca alguma doen��a?..."
(C. A. S. - S��o Paulo/SP)
A opera����o de fimose, ou circuncis��o,
que consiste no corte do prep��cio
(a pele que recobre a glande
ou cabe��a do p��nis) - incis��o feita
na base do freio, a parte da base, em
baixo, sob a glande ��� �� justamente
para liberar a glande, evitando que
ela fique permanentemente recoberta.
Essa cirurgia �� favor��vel sobretudo por
quest��o de higiene e n��o meramente
por princ��pios religiosos, como julgam
alguns. O ac��mulo de esmegma, segundo
relatos m��dicos j�� publicados
aqui (Confiss��es ��ltimas n��. 5), pode
provocar uma s��rie de problemas, a
come��ar pelo mau-cheiro, capaz de
desestimular a mais apaixonada das
parceiras. Al��m da balanite (infec����o
da glande) o esmegma pode provocar
tamb��m alguma enfermidade na mulher.
Estatisticamente demonstram
que h�� maior incid��ncia de c��ncer peniano
em homens n��o circuncidados
(com o problema de fimose) o mesmo
acontecendo com as esposas dos homens
portadores desse problema. A rela����o
da fimose com a anatomia do
��rg��o sexual �� a de que, na verdade, a
presen��a desse problema altera a conforma����o
do p��nis, especialmente
quando ereto, dando-lhe uma curvatura
bastante pronunciada.
confiss��es 11


Impot��ncia &
Temor do desempenho

Ser�� que isso �� o come��o
de uma impot��ncia?

''Comecei a me masturbar quando tinha
onze anos e sentia prazer mesmo
sem ter ejacula����o. Acho que eu era
muito novo.. Mais adiante, quando
passei a me interessar pelas meninas,
eu me masturbava com muita freq����ncia
e at�� for��ava a ere����o. Deixei
de fazer isso quando soube por voc��s
que isso pode ser prejudicial. J�� namorei
muitas garotas mas eu sou
bastante t��mido e nunca cheguei a
ter rela����es sexuais. Meu problema
atual �� que j�� n��o tenho tanta vontade
de me masturbar como antes. Se


12 confiss��es

r�� que �� porque eu descobri o sexo
muito cedo? Ser�� que isso �� come��o
de uma impot��ncia? Tenho medo de
que quando eu tiver 20 ou 30 anos eu
fique impotente. Queria que voc��s me
orientassem" (A. P. M. S. - Rio de
Janeiro/RJ)

Meu p��nis n��o fica
totalmente r��gido

"Sou solteiro e tenho 29 anos. Desde
os 13 anos me masturbo freq��entemente.
Houve ��poca em que me masturbava
v��rias vezes por dia e descobri
que interrompendo o ato eu prolongava
o prazer que sentia. Acontece que
depois de certo tempo fazendo isso


comecei a sentir que meu penis n��o
ficava r��gido como antes. E assim
foi passando o tempo e a rigidez diminuindo
e eu tinha vergonha de
contar para algu��m Hoje vivo numa
ang��stia total pois estou impotente.
Assim mesmo continuo a sentir atra����o
por mulheres, meu p��nis fica ereto
mas n��o o bastante r��gido para uma
penetra����o. J�� tive namoradas, mas
duraram pouco tempo, pois tenho
medo de enfrentar o casamento. H��
dois meses consultei um m��dico e
perguntei-lhe se n��o poderia ter havido
um desgaste em meu organismo,
devido �� masturba����o excessiva. Ele
me disse que isso �� pouco prov��vel
e que a causa do problema deve ser
psicol��gica/ Gostaria de saber o que
fazer para recuperar a pot��ncia, j��
que eu era um cara normal mantinha
rela����es com mulheres e nunca tive
frios com rela����o ao sexo. Ser��
que poderei voltar a ser potente?
Me ajudem. (Infeliz de Kaxu-Cachoeiro
de Itapemirim/ES)

O impulso sexual �� algo inerente ao
ser humano e a busca de uma satisfa����o
�� natural, saud��vel e desej��vel.
N��o existe, como j�� disse aqui in��meras
vezes, uma idade determinada
para que o adolescente, o jovem,
inicie uma vida sexual com o sexo
oposto. Desde a inf��ncia a crian��a
tem curiosidade e prazer em explorar
o pr��prio corpo, inclusive os ��rg��os
genitais. A masturba����o �� um
fen��meno bastante geral entre meninos
e meninas e n��o h�� nada prejudicial
em sua pr��tica, a n��o ser o sentimento
de culpa que muitas vezes ��
ocasionado por uma vis��o moralista do
sexo, que n��o admite o prazer sexual
a n��o ser com a finalidade reprodutiva.
Realmente, n��o �� aconselh��vel nem
for��ar uma ere����o nem interromper o
ato para prolongar o prazer. �� bom
responder ao que o corpo pede, na


turalmente, sem for��ar ou interromper.
�� claro que a partir de uma certa
idade s�� a masturba����o n��o poder��
ser plenamente satisfat��ria. O sexo
ficar�� muito mais rico se houver troca
de carinhos, estimula����o e prazer
m��tuos. Nesse sentido, �� importante
que os jovens n��o usem a masturba����o
como uma "fuga", por medo
de enfrentar o relacionamento com

o sexo oposto. �� preciso ter sempre
em mente que todos os jovens t��m
esse receio, esse temor do desempenho.
E s�� a pr��tica poder�� fazer
com que isso desapare��a. O principal
�� n��o ficar se preocupando demais
com isso, tentando corresponder aos
"padr��es" de freq����ncia, de tamanho
do ��rg��o, de capacidade de ere����o
que se ouve dizer por a��. Esses "padr��es"
muitas vezes n��o correspondem
�� realidade e s��o fruto geralmente
de uma cultura machista.
Muitas mulheres sabem que nem sempre
o homem que t��m mais ere����es
�� o melhor companheiro de cama.
Ao contr��rio, esse tipo de homem
tende a estar muito mais ocupado
com seu pr��prio prazer, com sua
pr��pria vaidade e pouco se ocupa
em dar carinho e garantir o orgasmo
feminino. Retomando as quest��es
colocadas pelas cartas, podemos dizer
que a masturba����o n��o enfraquece o
homem nem �� respons��yel por uma
diminui����o de pot��ncia. Outra coisa:
a intensidade e freq����ncia do impulso
sexual, da capacidade de ere����o no
homem, pode variar muito, dependendo
do estado f��sico e emocional da
pessoa. Segundo os estudiosos de sexo,
Masters e Johnson, s��o muito raros os
casos de impot��ncia prim��ria. Esta se
define quando o homem jamais �� ou
foi capaz de manter uma ere����o suficiente
para realizar a penetra����o numa
rela����o sexual. A maioria dos casos
de impot��ncia que se conhece �� do

confiss��es 13


tipo secund��rio. Ou seja: por algum
motivo, f��sico ou psicol��gico, um
homem que j�� teve capacidade de
ere����o normal, deixa de t��-la. Muitos
podem ser os fatores de ordem f��sica
que comprometem a capacidade de
ere����o. Doen��as como diabete, a prostatite
e a uretrite, al��m de doen��as
ven��reas mal curadas podem interferir,
al��m de dist��rbios glandulares ou
hormonais. Alguns medicamentos tamb��m
podem provocar uma impot��ncia
tempor��ria, bem como o excesso de
bebidas alco��licas e drogas. Em alguns
casos pode haver uma falta de determinadas
vitaminas (A e E), bem como
de prote��nas, que ocasionam uma
diminui����o na capacidade de produzir

o s��mem e, conseq��entemente, dificultam
a ere����o. Portanto, qualquer
homem que sinta alguma limita����o
em sua pot��ncia sexual deve procurar
um bom m��dico cl��nico para avaliar
as poss��veis causas f��sicas do problema.
Entretanto, na opini��o de muitos
especialistas, a maioria dos casos de
impot��ncia t��m causas psicol��gicas,
emocionais. Qualquer de n��s sabe,
por exemplo, que uma situa����o de
tens��o e preocupa����o (como a perda
de emprego, a morte de algu��m querido,
a absor����o com um trabalho
desgastante) geralmente nos torna
menos predispostos �� atividade sexual.
Mas ��s vezes os motivos n��o s��o t��o
aparentes e torna-se necess��rio um
exerc��cio de reflex��o mais profundo
para se saber porque o impulso sexual
diminuiu. ��s vezes, uma experi��ncia
sexual frustrante, ou o medo de engravidar
a mulher, pode bloquear a
ere����o. Mas, de qualquer forma, atualmente
j�� existem in��meras formas
de tratar o problema da impot��ncia.
No n��mero 51 da revista francesa
"Union" h�� um longo artigo sobre os
tratamentos f��sicos e psicol��gicos que
podem ser usados. No primeiro caso, a
revista menciona os tratamentos �� base
14 confiss��es


de horm��nios, os regimes aumentares
e vitam��nicos e, para alguns casos
espec��ficos, os implantes de p��nis.
H�� ainda, recentemente, o relato de
algumas experi��ncias recentes feitas
com acupuntura ou a t��cnica de
press��o com os dedos (do-in), inspiradas
nos conhecimentos orientais,
que visam a restabelecer o fluxo natural
de energia em certas partes do
corpo. Dentre os tratamentos psico



l��gicos, a revista menciona a psicoterapia,
a terapia comportamentalista
(que tenta eliminar as condi����es do
problema, os efeitos, mas sem buscar
as causas mais profundas), a hipnose,
os grupos de sensibiliza����o e a terapia
de casal. Seria imposs��vel resumir aqui
as caracter��sticas de cada um desses
tratamentos. Vamos ver alguma coisa
desse ��ltimo tipo citado, que �� o
m��todo desenvolvido pelos pesqui


sadores americanos Masters e Johnson.
A terapia envolve os dois membros
do casal e n��o apenas o parceiro que
apresenta o problema, pois acredita-se
que os problemas s��o da rela����o entre
os dois. Os terapeutas levam o casal
a compreender que a impot��ncia do
marido (ou a frigidez da mulher) diz
respeito a ambos e que a solu����o
s�� pode ser encontrata com base na
coopera����o. O casal �� entrevistado
separadamente e depois juntos. H��
depois uma s��rie de exerc��cios de sensibiliza����o
que ensinam novas maneiras
de se tocarem, novos gestos,
novas formas de aproxima����o. Nesta
fase se recomenda que o casal deve
se abster do ato sexual mesmo que
apare��a a ere����o. O tratamento
se prop��e a restabelecer a comunica����o
(verbal, t��til, de gestos e olhares,
afetiva) entre o casal. Nesse clima de
compreens��o m��tua, sem hostilidades
ou cobran��as, o problema da impot��ncia
perde grande parte da gravidade.
O homem e a mulher passam a
compreender que h�� uma disfun����o
sexual involunt��ria e que n��o h�� culpados
na est��ria. A participa����o dos
dois �� fundamental para o sucesso
do tratamento. Os terapeutas afirmam
que "ningu��m pode alterar o comportamento
de ningu��m, a n��o ser que a
pr��pria pessoa deseje fazer isso." O
clima criado entre o casal faz com
que a ere����o deixe de ser uma busca
aflitiva e faz desaparecer o temor do
fracasso. O casal ganha confian��a e
sabe que, sem pressa, poder�� voltar
a ter um relacionamento sexual
satisfat��rio.

Falamos, talvez um tanto longamente,
sobre esse m��todo terap��utico da impot��ncia
porque, a nosso ver, ele ��
muito rico pois leva em conta o conjunto
de um relacionamento. Acreditamos
que n��o �� correto encarar a fun����o sexual
apenas como uma satisfa����o f��sica.
0 ato sexual pode

confiss��es 15


mais ��ntimas de comunica����o humana
desde que nos livremos de tabus, regras
e preconceitos, e que percamos o
medo de mostrar emo����o e de fazer
carinho.
Achamos, portanto, que os jovens que
nos escrevem devem tentar se angustiar
menos com esse "fantasma da impot��ncia".
Se houver boa disposi����o
f��sica e maior seguran��a emocional

o problema deixar�� de existir. Cabe a
cada um de voc��s n��o desanimar pois
muito depende da cuca e da pr��tica.
Procurem vencer essa timidez, esse
receio de n��o ser "o bom" e se aproximem
das garotas. Tentem estabelecer
um relacionamento mais global ��� afetuoso,
de companheirismo ��� e n��o
apenas sexual. N��o deixem de conversar
sobre esses problemas com amigos
e com a pr��pria companheira. J�� foi
dito muitas vezes aqui que a satisfa����o
sexual da mulher geralmente dispensa
a penetra����o do p��nis e s��
o mito do machismo impede que
essa verdade seja mais divulgada e
aceita. N��o estamos negando que
haja casos graves, cr��nicos, de impot��ncia
masculina, e que talvez s��
possam ser resolvidos com ajuda
m��dica e psicol��gica especializada.
Mas tudo indica "que os leitores que
nos escrevem n��o s��o desse tipo,
j�� que s��o capazes de ere����o e prazer
na masturba����o.
Meu problema �� o mais grave de todos

"Estou com 21 anos e nunca namorei.
Nem sei como se d�� um beijo na boca
e como fazer uma mulher ter prazer.
Nem tenho coragem de procurar
prostitutas e me refugio na masturba����o.
O outro problema �� que tenho
uma pequena curvatura no p��nis e
isso me faz recear uma rela����o sexual.
Estou desesperado. N��o sei o que fazer
para perder essa timidez." (S. A. S. Duque
de Caxias/RJ)

16 confiss��es



Sexualidade feminina

O tamanho do clit��ris influi?

"J�� fui para a cama com muitas mulheres
e pude notar que as mulheres
que t��m o clit��ris pequeno s��o frias
e quase nunca chegam ao orgasmo,
enquanto as que t��m o clit��ris grande
chegam r��pido ao orgasmo e s��o muito
sensuais. Ser�� que essa constata����o que
fiz na pr��tica tem algum fundamento
ou ter�� sido coincid��ncia? "(A. S. S. A.


Jo��o Pessoa/PB).
H�� de fato varia����es de tamanho e
formato do clit��ris, da mesma forma
que o p��nis pode variar de homem
para homem. No entanto, essa diferen��a
de tamanho n��o interfere de modo

algum com a capacidade de sentir
prazer. A explica����o para o que voc��
observou �� a seguinte: quando uma
mulher fica excitada ocorre um grande
aumento de volume no clit��ris,
que �� o ��rg��o mais sens��vel do aparelho
genital feminino. Isso quer dizer
que quando o clit��ris est�� maior o
orgasmo pode estar perto. As mulheres
de clit��ris pequeno n��o chegam
ao orgasmo n��o porque o clit��ris
seja pequeno, mas porque n��o est��o
suficientemente excitadas. A excita����o,
o desejo sexual, tem sobre o
clit��ris a mesma a����o de intumesc��ncia
que ocorre com o p��nis que fica

ereto.

confiss��es 17


Apertos, car��cias e orgasmo

"H�� algum tempo namoro uma garota
da qual gosto muito. Aos poucos nosso
relacionamento foi ficando maior
e, certa vez, quando nos desped��amos,
os apertos foram tantos que cheguei
ao orgasmo. Parece que ela corresponde
aos meus movimentos e me agarra
tanto que penso que tamb��m est��
tendo prazer. Bem, eu queria saber se
essas ejacula����es freq��entes podem ser
prejudiciais para mim e se ela �� capaz
de ter orgasmo nessas condi����es."

(Garoto Curioso - Itabuna/BA)
O aparelho genital feminino est��
muito menos exposto, �� menos f��cil
de ser tocado e excitado do que

o masculino. Mas �� importante lembrar
que o orgasmo feminino n��o
exige, de modo algum, a penetra����o
na vagina, j�� que o local de maior
excita����o �� o clit��ris, localizado
logo acima da uretra, entre os grandes
l��bios. Da mesma forma que o
p��nis, o clit��ris tamb��m cresce com
a excita����o e essa pode ser provocada
por v��rios meios: fantasias er��ticas,
contato com a roupa, com a
m��o, com as pernas, etc .. . Se voc��s
dois se apertam de roupa �� mais
f��cil voc�� atingir o orgasmo do que a
garota, pois o contato com o clit��ris
�� mais dif��cil e menos direto. S�� ��
poss��vel ter certeza perguntando a ela.
�� muito bom que voc��s falem sobre
isso. Muitas garotas passam um temp��o
frustadas porque ficam excitadas
com esses contatos mas n��o conseguem
chegar ao orgasmo porque a
estimula����o precisaria ser mais direta,
como na masturba����o. N��o h�� nada
prejudicial com essas suas ejacula����es
freq��entes: elas s��o o resultado
natural da excita����o sexual. �� muito
positivo, que voc�� n��o esteja preocupado
apenas com o seu prazer mas tamb��m
com o dela. O ��nico inconveniente
desses contatos apressados (e geral18
confiss��es

mente escondidos, com medo) �� que
eles podem provocar um problema
de ejacula����o precoce. Isto ��, os rapazes
se acostumam a procurar uma satisfa����o
r��pida, onde o objetivo principal
�� a ejacula����o. Mais tarde, quando
mantiverem rela����es sexuais normais,
talvez tenham dificuldade em controlar
a ejacula����o e usufruir com mais
riqueza todo o relacionamento a dois.
�� bom lembrar tamb��m, que por
problemas de condicionamento ou
por ignor��ncia dos est��mulos adequados,
a excita����o feminina tende a ser
mais lenta do que a masculina.

"Tenho 20 anos e namoro um rapaz
de 19. Vamos nos casar no ano que
vem, mas estou com medo. J�� faz
4 meses que temos rela����o sexual,
mas eu n��o sinto absolutamente nada.
Finjo que sinto para n��o deix��-lo
triste porque sinto que ele me ama
e eu tamb��m o amo. Estou ficando
com complexo por achar que sou
uma mulher fria. Pensei em consultar
um m��dico mas tenho medo que
ele fique sabendo. Ele diz que me acha
uma mulher muito sensual, mas n��o
me sinto assim nem com ele nem perto
de qualquer outro homem. N��o
ag��ento mais fingir. Quando estou
com ele na cama e n��o consigo sentir
nada, come��a a me dar um nervoso e
parece que vou explodir. J�� pensei
em terminar tudo mas n��o tive coragem
porque gosto muito dele. Tenho
certeza que o problema �� meu, pois
ele �� um homem muito atraente e
faz tudo para me excitar. O que devo
fazer?" (Noiva �� espera de um conselho
- Porecatu/PR)

Em primeiro lugar �� bom que voc�� saiba
que esse seu problema aflige milhares
de outras mulheres que se julgam
frias. E a maior parte delas fazem
racioc��nio incorreto, de se acharem
anormais, sentirem que o problema
est�� nelas e n��o nos companheiros de


cama. E o pior �� que muitas se calam,
fingem um prazer que n��o sentem e
passam a vida frustradas. Voc�� j�� deu
um passo importante quando escreveu
essa carta e pediu orienta����o. E pode
dar muitos outros que v��o acabar com
seus grilos. Mas muita coisa precisar��
ser feita a dois, pois certamente seu
noivo n��o �� um super-amante que
n��o tenha nada a aprender. �� fato que
a maioria dos homens se excita e atinge
o orgasmo mais facilmente do que
as mulheres. �� f��cil entender porque
isso acontece: os ��rg��os genitais masculinos
est��o mais �� vista e s��o mais
facilmente estimulados. Al��m disso,
desde pequeno eles s��o encorajados
a exercerem sua sexualidade. Exploram
mais o corpo, se masturbam,
conversam sobre sexo, v��em revistas
er��ticas, etc. Enquanto isso, as meninas
s��o mais presas, s��o ensinadas que
sexo �� ruim e pecaminoso, que n��o
se deve tocar no corpo, que �� preciso
tomar cuidado com os homens, que
h�� o risco de gravidez, que mulher
que gosta de sexo n��o presta, etc. . .
Ou seja: a sociedade faz tudo para
manter a mo��a pura e assexuada
at�� o casamento. Esse tipo de educa����o
faz com que muitas mo��as aprendam
a reprimir seus impulsos sexuais
e por isso acabam se tornando "insens��veis",
"frias". E quanto mais frias
s��o, mais s��o "mo��as direitas". E claro
que n��o �� f��cil derrubar toda essa carga
de preconceitos, de moral antissexo,

do dia para a noite.

S��o barreiras muitas vezes inconscientes
que nos impedem de sentir prazer.
Mas �� preciso tentar, e tentar na
pr��tica. Da mesma forma que para
aprender a nadar �� preciso cair n'��gua
e soltar o corpo. Damos aqui algumas
sugest��es. N��o tenha medo de fantasiar.
Por exemplo: quando l�� um livro,
revista, ou v�� um filme com cenas de
amor, imagine-se como parte daquilo.
Repare nos homens que est��o perto

de voc��, inclusive no seu namorado.
Tente imaginar como seria o toque
das m��os, o contato dos l��bios, o cheiro
da pele. Pense que voc�� �� uma mulher
atraente. Experimente tocar seu
pr��prio corpo, ao som de uma m��sica,
e descubra como ele �� gostoso. Se
voc�� nunca se masturbou, fa��a isso
tamb��m. N��o h�� nada de errado em
se auto-estimular e descobrir onde
est��o seus pontos mais sens��veis.
Se voc�� conseguir se soltar um pouco,
vai ver como �� f��cil sentir orgasmo
com a masturba����o. E esse conhecimento
que voc�� ter�� de seu corpo voc��
ir�� transmitindo (com palavras ou
gestos) ao seu noivo. Lembre-se que
a maioria dos homens ignora como
dar prazer a uma mulher, pois pensam
que basta ter um penis ereto e penetrar
na vagina. Atualmente j�� est�� provado
que a maioria das mulheres n��o consegue
sentir orgasmo apenas com a
penetra����o e necessitam de uma estimula����o
mais ou menos direta e cont��nua
do clit��ris. E muitas vezes isso s��
pode ser feito sem que haja a penetra����o.
Ou seja: a mulher chega ao orgasmo
antes do homem, atrav��s da manipula����o
ou do sexo oral. N��o h��
porque ficar correndo atr��s de um
orgasmo vaginal ideal e simult��neo ao
do homem. �� claro que voc�� precisar��
da colabora����o do seu companheiro.
�� preciso que ele aceite essas novas
experimenta����es. Proponha a ele que
voc��s fiquem juntos algumas vezes
apenas trocando car��cias, conhecendo
e explorando o corpo um do outro.
E que a rela����o n��o seja apenas uma
corrida para o orgasmo. Tente conversar
com ele, aos poucos, e fa��a com
que ele perceba suas dificuldades e
como ele pode e deve ajud��-la. Ponha
na cabe��a que o problema n��o �� s��
seu, que n��o h�� nada de anormal com
voc��. �� apenas quest��o de tempo e
pr��tica para que desperte sua sexualidade
adormecida.

confiss��es 19


Chego a sentir ��dio de mim mesma

Tenho 18 anos e h�� algum tempo
comecei a namorar um rapaz de 25.
Depois de 3 meses de namoro come��amos
a ter certas intimidades, mas
nunca chegamos �� rela����o completa.
Costum��vamos ter sexo oral ou
anal, mas ele dizia que n��o achava
isso certo. Depois come��ou a me
atormentar, me acusando de j�� ter
tido essas intimidades com outros.
Isso me afligia, me fazia chorar, pois
ele era o primeiro que conseguia aquilo
de mim. Agora estou desesperada
pois ele me abandonou sem dizer
nada e tenho medo que ele conte
para outros, inclusive para um ex-
namorado que nunca tentou nada
comigo. O que devo fazer quando arrumar
outro namorado? Devo contar
minhas experi��ncias ou devo guardar
sigilo? Queria saber tamb��m se toda
mulher sente falta de sexo como os
homens. Eu s�� sinto necessidade
quando estou com um homem, e
n��o consigo pensar em sexo nem me
masturbar. Parece que gosto mais de
um rapaz quando ele n��o faz nada
comigo. Ao contr��rio de outras mo��as,
que gostam mais quanto mais
os namorados fazem. Eu fico com
remorso, chego a ter ��dio de mim.
Queria saber tamb��m se �� poss��vel
uma gravidez sem o rompimento do
h��men, apenas com uma ejacula����o
externa. Por favor, me aconselhem.
Estou cheia de grilos e n��o tenho ningu��m
com quem conversar." (Solit��ria
Gamada - S��o Jos�� dos Campos/SP).
Essa sua experi��ncia com o namorado
realmente foi muito negativa. N��o que
exista qualquer coisa de errado ou
anormal no que voc��s fizeram, mas
devido �� atitude, aos valores moralistas
do rapaz. Ainda bem que voc�� n��o
teve a rela����o sexual completa, pois
certamente teria agora mais uma coisa
a lamentar: a virgindade perdida. J��

20 confiss��es



discutimos muito esse assunto de virgindade
e nossa posi����o �� que este
�� um tabu irracional e preconceituoso.
Mas infelizmente ainda �� um valor para
muita gente, mo��as e rapazes. Portanto,
uma mulher s�� deve deixar de ser
virgem quando puder encarar essa
situa����o com naturalidade e tiver certeza
que n��o vai se sentir uma infeliz,
uma "perdida", caso o rapaz n��o se
case com ela. N��o h�� motivo para
voc�� ter que contar as intimidades
que teve com esse namorado para
um outro. Isso �� assunto seu, seu
corpo lhe pertence. Da mesma forma
como o rapaz n��o vai lhe contar
suas experi��ncias anteriores. �� claro
que as mulheres t��m tanta necessidade
de sexo como os homens, mas isso
muitas vezes �� sufocado por uma
educa����o repressiva. Na resposta ��
carta anterior j�� discutimos alguns dos
problemas que impedem a mulher
de se soltar e de se realizar sexualmente.
Podemos acrescentar aqui que o
comportamento de muitos homens ��
outro fator que dificulta a plena sexualidade
da mulher. Na medida em
que os homens, machistas e moralistas,
querem "testar" a mo��a, querem
saber se s��o os "primeiros", prometem
casamento para levar a mulher
para a cama, etc. isso s�� pode gerar
inseguran��a nas mulheres. E �� preciso
ter claro que esse tipo de homem �� que
est�� errado. Seria excelente se a gente
pudesse encontrar companheiros com
quem trocar amor, sexo, carinho e
companheirismo sem esse medo de
estar sendo usada, de ficar falada. ��
um absurdo a freq����ncia com que
muitos rapazes dormem com uma
mulher e saem por a�� contando vantagem.
O sexo �� algo bom e rico e
s��o deveria ser usado para "marcar
pontos" no prest��gio de ningu��m.

Mas ainda s��o poucos os rapazes que
superaram a moral dualista: o homem

pode tudo e a mulher nada. A maioria
ainda separa as mulheres em dois tipos:
as "direitas", com quem se casam,
e as "f��ceis", com quem se divertem.
Cabe principalmente ��s pr��prias mulheres
combater esse tipo de comportamento,
n��o se deixando usar nem testar
pelo primeiro cara que aparece,
nem dando sexo em troca de promessa
de casamento. Isso n��o quer dizer que
as mulheres n��o devem ter intimidades
ou rela����o sexual fora do casamento.
Achamos que as mulheres devem procurar
"educar" seus parceiros. N��o
fazer sexo quando eles querem e s��
para satisfaz��-los, ou para dar a "prova
de amor". Fazer sexo, sim, porque
sentem prazer e n��o se sentem culpadas
ou com remorso do que est��o
fazendo. Se um cara tem intimidades
com uma mulher e depois fica atormentando-
a para saber se foi o primeiro,
�� bom ficar de p�� atr��s com ele.
Provavelmente ele est�� mais interessado
em "marcar ponto" do que em
aprofundar uma experi��ncia m��tua.
O principal �� que a mulher n��o se coloque
numa posi����o humilhante, de se
sentir culpada e obrigada a jurar que
ele �� o primeiro. J�� pensou se fosse

o contr��rio? Se as mulheres exigissem
homens virgem para se casar? Quanto a
sua ��ltima quest��o: a gravidez sem penetra����o
vaginal �� coisa muito rara,
mas pode ocorrer. Por precau����o, para
evitar ansiedades, talvez seja bom
controlar os dias f��rteis pelo m��todo
do calend��rio e evitar nesses dias uma
ejacula����o muito pr��xima �� entrada
da vagina.


CONFISS��ES 21


Variantes do
impulso sexual

"MEU MARIDO N��O TENTA A CONJUN����O ANAL
"UMA LINDA GAROTA E S�� ADORA CAVALOS".
"SOU TRANSEXUAL, QUERO MUDAR DE SEXO".

"Pratiquei muito a conjun����o anal"...

"Sou casada h�� tr��s meses e meu marido
at�� agora n��o fez qualquer tentativa
de conjun����o anal comigo. Quando
solteira, ainda garota, pratiquei v��rias
vezes com um namorado e apreciei
esse tipo de rela����o". . . (Daniela" S��o
Paulo/SP).

Antes do casamento, a conjun����o anal
�� bastante difundida n��o s�� pelo tabu
da virgindade, mas sobretudo como
f��rmula anticoncepcional, a fim de
evitar a gravidez. A impossibilidade
de manter o ato sexual conduz a uma
transfer��ncia, por assim, dizer, do
est��milo er��tico para a regi��o anal,

22 confiss��es

por natureza sens��vel, em algumas
pessoas, �� excita����o. Esse condicionamento
pode estar sendo agravado
pelo desempenho pouco satisfat��rio
de seu marido. �� aconselh��vel procurar
de sua parte, obter um ajustamento
ao ato sexual completo, mesmo
com aux��lio do est��mulo anal. Esse
ajustamento vir�� de forma espont��nea,
desde que haja colabora����o de ambas
as partes. Sexo n��o �� uma tarefa como
trabalho ou outra qualquer, um tipo
de obriga����o. Em sexo e amor, a espontaneidade
est�� acima de tudo. O
casamento �� muito recente e com o
tempo a intui����o dele ser�� mais
agu��ada para saber como excit��-la para
obter um melhor relacionamento.


"Ela tem urna zoofilia diferente"...

"Conheci uma linda garota, portadora
de uma zoofilia diferente. Filha de
fazendeiro, ela levava uma vida solit��ria,
sem amigos da mesma idade. Sendo
filha ��nica, n��o contava nem mesmo
com o apoio de um irm��o ou
irm��. Assim, sua ��nica distra����o ��
cuidar dos animais, os quais adora
e dedica todo seu carinho, pois raramente
vem �� cidade. Sendo a nossa
amizade muito ��ntima, certo dia ela
me contou seu maior segredo. Antes,
por��m, tive de prometer que n��o diria
nada a ningu��m. S�� hoje resolvi escrever
para essa espetacular revista e pedir
uma orienta����o.

Ela sente uma atra����o er��tica por
cavalos, uma verdadeira paix��o. S��
cavalga em p��lo e se masturba quase
que diariamente no lombo desses animais.
Segundo ela, alcan��a um orgasmo
intenso quando sente o corpo do
cavalo entre suas coxas e principalmente
no sexo. Queria saber, atrav��s
da revista ou de uma carta pessoal,
se existe algum tratamento para tal
caso". . . (J. C. V. - Natal/Rio Grande

do Norte)
Zoofilia �� a atra����o sexual por animais,
um tipo de variante bastante difundida,
especialmente entre os adolescentes
que vivem na ��rea rural. 0 tratamento
�� dispens��vel, j�� que estudos
m��dicos revelam que esse tipo de atra����o
�� transit��rio e sua procura se deve
��nica e exclusivamente pela impossibilidade
de se obter relacionamento sexual
com outros seres humanos. Logo
ap��s estabelecer um relacionamento
social com outros jovens, a atra����o
sexual vir�� naturalmente. Em alguns
pa��ses ainda �� considerado um crime
ter rela����es com animais, embora no
caso dessa mo��a o relacionamento seja
mais caracterizado como uma forma
de masturba����o, um ato masturbatorio
sem o uso das m��os. As restri����es re-

confiss��es 23



24 confiss��es


ligiosas tamb��m s��o severas, havendo
muitas alus��es b��blicas aos atos sexuais
com animais.
Dada a sua intimidade com essa mo��a,
sem uma condena����o expressa, �� conveniente
recomendar-lhe que intensifique
o conv��vio social com rapazes e
mo��as na mesma faixa de idade.

"Gostaria de saber mais alguns detalhes
sobre Transexualismo: a) �� poss��vel
a um jovem brasileiro, transexual,
ir aos Estados Unidos fazer este tipo
de cirurgia, para trocar de sexo?

b) Fica muito cara uma opera����o
desse tipo? Qual �� o pre��o, mais ou
menos, em dinheiro nosso? c) J�� que se
fala tanto em horm��nios, n��o ��
poss��vel a um transexual submeter-se
a um tratamento com horm��nios
femininos aqui mesmo no Brasil?
d) Caso a resposta seja afirmativa,
onde e como posso encontrar tais
medicamentos? Por favor, eu preciso
destas informa����es, ajudem-me". . .
("Jovem de Bar��o" - Bar��o de Antonina/
S��o Paulo)
"O transexual �� o indiv��duo com
identifica����o psicossexual oposta
aos seus ��rg��os genitais externos,
com o desejo compulsivo de mudan��a
dos mesmos" ��� este �� o conceito
divulgado pela Associa����o
Paulista de Medicina, formulado em
1976 por uma comiss��o formada
por 13 especialistas de v��rios setores
da medicina, incluindo dois juristas
para avaliar o aspecto psicolegal da
quest��o. N��o obstante esse grande
passo dado na luta pela conquista
dos direitos do transexual no Brasil,
a justi��a paulista vem de condenar

o cirurgi��o Roberto Farina por
proceder interven����es cir��rgicas de
"redetermina����o sexual".
Em ess��ncia, pode-se dizer que o transexual
acredita ser o resultado de um
erro biol��gico. �� a mulher num corpo
de homem ou o homem num corpo de
mulher.

Uma das maiores autoridades mundiais
no assunto �� o cientista e psic��logo
norte-americano John Money, que esteve
recentemente no Brasil, a convite
da Universidade Estadual de Londrina,
no Paran��, onde ministrou, juntamente
com 18 especialistas estrangeiros, um
Curso de Alto N��vel em Criminologia.
Autor de mais de 200 livros, ele �� pesquisador
na ��rea de psicoendocrinologia
na Universidade John Hopkins, em Baltimore,
Estados Unidos. Em entrevista
concedida �� revista "Veja", interrogado

sobre a condena����o do dr. Roberto Farina,
disse John Money:

"Na Europa e nos Estados Unidos,
considera-se uma forma de reabilita����o
mudar o sexo de uma pessoa que ��
transexual. Por isso �� dif��cil, para pessoas
que trabalham na Europa e nos
Estados Unidos, entender a atitude das
autoridades brasileiras nesse caso. Penso
que a legisla����o brasileira ainda est��
na Idade M��dia em rela����o ao sexo".
Quanto ��s informa����es solicitadas pelo
jovem, acreditamos que n��o haja qualquer
impedimento para que um cliente
seja submetido �� cirurgia de "redetermina����o
sexual" nos Estados Unidos.
Conv��m, no entanto, uma consulta
��s autoridades quanto �� quest��o de
perman��ncia fora do pa��s por um
prazo maior do que o concedido a turistas.
Sobre os demais detalhes, �� oportuno
fazer uma consulta por carta ao
Dr. John Money ��� Universidade John

Hopkins, em Baltimore ��� EUA.
Na pr��xima edi����o de Confiss��es Intimas
focalizaremos o tratamento ("Teste
da Vida Real") e aspectos da posterior
cirurgia para mudan��a de sexo
homem/mulher ou mulher /homem.


confiss��es 25


"O FLU��DO SEMINAL EST�� DIMINUINDO"...
'TIVE CACHUMBA E UM DOS TEST��CULOS �� MAIOR'

"Sou um jovem de 18 anos e acho que
estou com um s��rio problema. J�� pensei
em ir ao m��dico, mas sou muito
t��mido. Estou desesperado porque
de uns dois meses para c�� notei algo
diferente em mim e fiquei muito
triste. Eu tinha uma namorada e
quando est��vamos trocando beijos e
car��cias, meu p��nis ficava ereto numa
rigidez fora do comum. Certa noite
aconteceu que meu p��nis n��o queria

26 confiss��es

nada, ficou completamente sem ere����o.
Sem que ela percebesse, terminei
tudo com ela. Evito novos contatos
temendo acontecer o mesmo.
O problema n��o �� s�� esse, quando me
masturbo noto que o l��quido est��
diminuindo, muitas vezes n��o sai
quase nada, estou com medo de ficar
est��ril". . . (D. D. D. - Belo Horizon-
te/MG)
�� indicada a consulta a um m��dico


urologista, pois s�� um espermograma
poder�� avaliar o quadro cl��nico. O
espermograma �� o balan��o de um
exame dos espermatoz��ides no esperma.
Esse balan��o �� muito importante
para o estudo da fertilidade
masculina e, no seu caso, bastante
jovem, �� interessante faz��-lo agora.
O n��mero de espermatoz��ides situa-
se em torno de 70 milh��es por cent��metros
c��bicos no esperma, mas pode
variar consideravelmente de homem
para homem e tamb��m de
acordo com os dias, a idade, o estado
de sa��de e at�� a ejacula����o. Uma segunda
ejacula����o muito pr��xima �� primeira
evidentemente cont��m muito menos
espermatoz��ides, embora suficiente
para a fertiliza����o. Consta que
um m��nimo de v��rios milh��es �� normalmente
necess��rio para a paternidade,
mas em alguns casos bastaram
alguns milhares. Por outro lado, um
n��mero excepcionalmente grande de
milh��es de espermatoz��ides por cent��metro
c��bico pode at�� prejudicar

a fertilidade.

'Tive cachumba e ela desceu"...

"Aos 13 anos tive cachumba e n��o
sabendo do problema fui jogar v��lei.
A cachumba desceu e assim fiquei
alguns dias de cama. Com vergonha
de contar o problema ao meu pai,

o problema demorou a se revelar e
aconteceu de eu ficar com um test��culo
maior que o outro. Tenho 23
anos e minhas rela����es sexuais at��
hoje s��o normais. As vezes sinto uma
leve dor, no test��tulo maior". . .
(A. B. A. - Rio de Janeiro/RJ)
Essa diferen��a no tamanho dos test��tulos
n��o �� rara. O mais importante,
no seu caso, �� um exame cl��nico
com um m��dico endocrinologista,
especialista em disfun����es glandulares,
afim de avaliar se n��o houve
preju��zo quanto �� fertilidade. Essa
avalia����o �� urgente e deve ser feita
antes do casamento.

N��o escuto direito

"Estou sofrendo muito por causa de
um problema auditivo que n��o me
deixa arrumar nada na vida. Nenhuma
mo��a aqui gosta de mim por causa da
minha surdez. Tenho 28 anos e nunca
tive rela����o sexual com uma mulher.
Sinto atra����o pelas mulheres e n��o
sou t��mido, mas' quando converso
com uma mo��a no dia seguinte ela
n��o quer saber de mim, pois n��o
entendo quase nada do que ela diz.
Sinto uma zoada na cabe��a e ��s vezes
fico muito agitado. J�� fui a um m��dico
mas ele disse que n��o tenho nada errado
no ouvido, que o problema deve
ser de fundo nervoso. J�� estou cansado
de tomar rem��dios. Ajudem-me. N��o
sei o que fazer." (Rapaz Triste - Ibira-

rema/SP).

Sugerimos que voc�� procure outros
m��dicos especialistas em problemas
de ouvido (otorrinolaringologista)
que possam encontrar a causa de sua
surdez. Voc�� dever�� fazer um relato
bem preciso sobre a est��ria desse
defeito. Desde que idade voc�� come��ou
a sentir essa dificuldade? Ela se
manifesta sempre ou apenas quando
voc�� est�� com mulheres ou em outras
situa����es de ansiedade? Os dois ouvidos
est��o afetados? �� claro que a
surdez n��o pode ser apenas de fundo
nervoso, apesar de que ela pode ser
agravada por situa����es de tens��o.
�� fundamental que a causa seja descoberta
para que possa ser devidamente
corrigida, talvez com o uso
de um aparelhinho para surdez. N��o
se desespere, mas procure realmente
todos os meios para resolver isso,
indo at�� a Capital se n��o houver
bons especialistas em sua cidade.
Sua surdez n��o deve ser de nascen��a
e mesmo hoje ela n��o �� total.

confiss��es 27


�� claro que esse defeito, que dificulta
a comunica����o com as pessoas,
est�� impedindo voc�� de levar uma vida
normal. Mas n��o fa��a uma trag��dia
desse problema, pois certamente ele
poder�� ser corrigido. H�� centenas de
pessoas surdas, que usam aparelho e
levam uma vida normal. Encare com
naturalidade essa sua limita����o, procure
ameniz��-la e desenvolver suas
outras qualidades. Se voc�� tiver mais
confian��a em si, ver�� que os outros

o aceitar��o muito mais facilmente.
E voc�� tamb��m encontrar�� uma
companheira que saber�� apreciar voc��
como pessoa.
Meu rosto muda de cor
"At�� uns cinco anos atr��s eu levava
uma vida normal, ia a festas, praia,
sa��a com outras pessoas. Hoje meu
passatempo preferido �� ver filme, no
cinema ou na TV e quase sempre
estou sozinho. Uma coisa terr��vel
aconteceu comigo. Tenho pele branca
e a cor do meu corpo permanece
constante. Mas o meu rosto costuma
mudar de cor, ficando muito

28 confiss��es

vermelho, principalmente nas bochechas.
�� como se meu sangue
estivesse fervendo. Por esse motivo
me afastei das pessoas, n��o tenho
namoradas, parei de estudar e deixei
de arranjar bons empregos. O que
fa��o para manter firme a cor do

rosto? (D. A. S. - Agrestina/PE)
Seu relato fornece poucos dados para
q-ie se possa dizer a causa do seu
problema. Tanto pode ser um problema
circulat��rio local, como pode
ser de origem emocional. �� muito
comum que as pessoas fiquem ruborizadas,
ou com o rosto vermelho,
quando tem que enfrentar situa����es
dif��ceis ou novas, como falar em
p��blico ou conversar com uma pessoa
desconhecida. Mas o seu caso
parece mais s��rio do que essa situa����o
descrita. Procure logo um bom
cl��nico geral ou ent��o um m��dico
especialista em problemas circulat��rios.
N��o deixe de procurar uma solu����o
para esse problema, mas enquanto
isso n��o se afaste do mundo. N��o
h�� nada de monstruoso no fato de seu
rosto mudar de cor e �� claro que
voc�� deve ter pessoas amigas que n��o
v��o deixar de gostar de voc�� por
causa disso. Parece que �� voc�� que
est�� dificultando sua vida por considerar
que n��o pode levar a vida
como antes. Trate de sair dessa: volte
a estudar, converse com os outros,
n��o fuja de empregos. Para fazer
essas coisas n��o �� preciso ter cor firme
no rosto, mas cabe��a boa, interesse,
dedica����o, amizade pelos outros.
�� claro que voc�� deve tratar do problema,
mas n��o esque��a que talvez o
problema maior, criado por voc��,
seja a mudan��a de humor e n��o
de cor.






De: Bons Amigos lançamentos <






O Grupo Bons Amigos e o Grupo Só Livros com Sinopses têm o prazer de lançar hoje mais uma obra digital  no formato txt , pdf e epub para atender aos deficientes visuais.  

 REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº08  1979
 
 Revista doada por Adeilton
Sinopse:
Excelente revista de educação sexual que teve grandioso sucesso entre as décadas de 70 a 90 do século passado. . Editada pela gráfica Grafipar - Gráfica Editora Ltda-Grupo de Curitiba. Tendo como responsáveis Faissal El-Khatib e Faruk El-Khatib . Redatores Nelson Faria e Nina Fock. Infelizmente não temos o nº01 E nº03 Quem tiver nos envie para digitalizar. Pode ser a cópia xerox Recomendamos !

Lançamento    Só Livros com sinopses e Grupo Bons Amigos:

)https://groups.google.com/forum/#!forum/solivroscomsinopses  

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