Gr��fica e Editora Ltdaum
ano e meio de circula����o, com
um sucesso de aceita����o cada
Diretores Respons��veis:
vez maior nas bancas de todo o
Faissal El Khatib
Faruk El Khatib Brasil. A partir de janeiro de
1980, estaremos circulando
quinzenalmente, atendendo aos
confiss��es
Reg. io D. C. D. P. do D. P. F.
sobno. 1975 P 209/73.
Diretor e Editor:
Faruk El Khatib
Diretor de Reda����o:
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Lee Corr��a
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, Luis A; Stinghen Ichefe)
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��ltima edscao em banca
Composi����o, impress��o e
ecabamenro cm oficinas pr��prias
Distribui����o nacional-
pedidos dos principais
respons��veis por este sucesso,
por essa aceita����o: voc��s,
os leitores de Confiss��es Intimas.
Enquanto isso, est�� nas bancas
mais uma revista para o
Leitor-Grafipar curtir "Peteca-Som"
para aqueles que se completam
na m��sica e no som.
J�� est�� nas bancas a edi����o 1980
de "Astrologia, Sexo e Amor",
de Nina Fock, com Hor��scopo
para o ano que se aproxima,
inicio de novas d��cadas.
E a partir do dia 28, o "Manual
de Peteca", com a sele����o
das garotas de Peteca e o guia
tur��stico-er��tico de todo o Brasil.
��NDICE: 4 -Inicia����o e timidez
sexual/8 -Anatomia do ��rg��o/
13 -Ejacula����o precoce e
impot��ncia/15 -Variantes do
impulso sexual/l 7 -Sexualidade
feminina/24 -Homossexualidade
feminina/28 -Sa��de/31 -Ponto
de Encontro/33 -Opini��o.
Inicia����o
e timidez sexual
"SAI PELO MUNDO, MAS ESSA TIMIDEZ N��O ME LARGA".
"HOMENS DE 25 ANOS, NADA SABEMOS SOBRE SEXO". .
"A TIMIDEZ
N��O ME LARGA".. .
"J�� n��o tenho mais motivos para viver,
estou desiludido de tudo. A timidez
est�� me dominando a ponto de eu
andar fugindo das pessoas. Quando
morava com a fam��lia, ficava sema��
nas e semanas sem sair na rua, para
n��o encontrar com as pessoas. Ent��o,
resolvi sair pelo mundo, mas aonde vou
tudo continua do mesmo jeito. Agora
estou morando numa fazenda, estou
4 confiss��es
gostando do trabalho, mas por causa
do acanhamento estou a ponto de de��
sistir. Saio de madrugada para o ser��
vi��o e s�� volto depois do p��r-do-sol,
para n��o encontrar algu��m. Principalmente
uma garota de quem gosto
muito. Gosto dela mas. evito encontr��-
la, pois n��o tenho coragem de me
aproximar. Sou uma pessoa que j��
n��o tenho um minuto de sossego na
vida, dia e noite com o pensamento
de um dia me libertar deste mal e at��
hoje n��o consegui. J�� consultei um
psiquiatra, fiz exame de eletro-encefalograma,
que acusou uma disritmia
cerebral e ele disse que sofro de psico��
se maniaco-depressiva. Nina, gostaria
que voc�� me dissesse se s��o doen��as
graves e o que devo fazer. Sou um
simples agricultor, n��o tenho meios"..
(E. V. S. - Irai de Minas / Minas Gerais)
Muitas vezes um diagn��stico m��dico
pode parecer assustador, especialmente
se n��o �� acompanhado de uma expli��
ca����o muito clara, acess��vel ao enten��
dimento do cliente. Certos nomes de
males simples, para quem n��o sabe dis��
so, podem sugerir um mal incur��vel.
Segundo especialistas, um grande n����
mero de pessoas possui, em grau maior
ou menor, uma disritmia cerebral.
Quase o mesmo se pode dizer da psico��
se maniaco-depressiva. Em algumas
pessoas o problema se acentua de for��
ma quase que permanente e noutras ��
circunstancial, manifestando-se confor��
me as situa����es. Seu problema �� psico��
l��gico e n��o constitui, conforme seus
temores, uma "doen��a grave". Sendo
psicol��gico, depende muito de sua rea��
����o. Reagir �� exatamente o que voc��
precisa fazer. Ao inv��s de evitar pes��
soas, voc�� deve passar a procur��-las.
Sua carta revela muita sensibilidade.
Voc�� n��o diz sua idade, mas certa��
mente deve estar no final da adoles��
c��ncia, entre 18/22 anos. Pode-se
deduzir que voc�� trabalha numa
fazenda, pr��ximo a uma cidade ou
grande vila, pois diz que �� leitor de
nossas revistas. Quando voc�� vai ��
sua cidade para comprar revistas,
aproveite para ficar pr��ximo ��s pes��
soas, conversar com elas, mesmo as
pessoas mais simples ou mais idosas
do que voc��. Tente fazer amizade com
outros rapazes, a companhia deles ir��
encoraj��-lo a enfrentar a multid��o de
festas. J�� que voc�� �� agricultor, vamos
dar um exemplo figurado: voc�� sabia
que o rem��dio para mordida de cobra
�� extra��do do pr��prio veneno da co��
bra? Pois �� isso a��: o rem��dio para o
seu mal est�� justamente naquilo que
voc�� mais teme. Voc�� precisa do con��
v��vio com muita gente. Se for poss��vel,
inclusive, arranje um emprego na cida��
de e prossiga seus estudos. Fa��a econo��
mias e mude-se para uma cidade maior
ainda. No in��cio vai ser terr��vel, voc��
ter de conversar com as pessoas. Mas,
isso passar�� muito r��pido. Em breve
voc�� estar�� conversando com pessoas
��GUAS PARADAS S��O
PROFUNDAS! N��O SE
TRANSFORME NUM BICHO
DO MATO.
at�� desconhecidas, o que n��o deixa de
oferecer algum perigo. Por isso, n��o se
deixe levar pela conversa de pessoas
que percebam a sua ingenuidade. Isso
n��o deve constituir um empecilho para
que voc�� fa��a boas amizades. Volte a
estudar e leia muito. E n��o tenha ver��
gonha de ser t��mido. Saiba que a inibi����o
ainda �� uma das coisas mais boni��
tas nos jovens. As pessoas salientes de��
mais tendem a ser cansativas. Voc��
deve conhecer bem o prov��rbio muito
citado pelas pessoas antigas do mato:
��guas paradas s��o profundas! Sua carta
revela um bom grau de intelig��ncia:
n��o se transforme num bicho do mato.
N��o se esconda, ponha sua melhor rou��
pa e na primeira oportunidade v�� �� ci��
dade, chegando-se mais ��s pessoas. Elas
n��o mordem, mas se por acaso o mor��
derem, voc�� certamente encontrar�� o
rem��dio noutras que saber��o dar-lhe
beijos e carinhos daquele amor que vo
confiss��es 5
c�� e todo ser humano merece!
"AOS 25 ANOS, NADA SEI
SOBRE AMOR E SEXO".. .
'Tenho 25 anos, estou cursando o
terceiro ano do segundo grau. Tenho
bom papo sobre v��rios assuntos, po��
r��m quando se fala em sexo eu n��o
tenho a forma����o de outros jovens
da mesma idade. Meus pais s��o mara��
vilhosos, mas nada ensinaram a respei��
to, talvez por falta de tempo ou eu n��o
lhes dei chance para isso. Minha inf��n��
cia e mocidade foram sempre compar��
tilhadas com rapazes e por isso esque��
ci das garotas. Acho que n��o s�� eu
mais todos meus amigos s��o assim.
E hoje como podemos ensinar a um
rapaz de 15 anos, se ele imagina que
n��s sabemos tudo at�� para ensi��
n��-lo? Por isso, algumas perguntas que
talvez muitos achem ing��nuas, mas
uma boa parte tamb��m tenha vontade
de fazer. Seguem: o que se faz no na��
moro al��m do beijo? H�� masturba����o
de ambas as partes? Como a gente mas��
turba a namorada? Quantas vezes ou
qual a m��dia de masturba����o por
m��s? E a m��dia de rela����es sexuais
que se deve manter? No espa��o entre
uma rela����o e outra, a masturba����o
�� conveniente ou prejudicial? A pe��
netra����o anal �� normal? Existe um li��
vro que ensine a namorar, a beijar e a
ter rela����es?". . . ("Uncle" - Salvador/
Bahia)
N��o se pode estabelecer regras sobre
como conduzir um namoro e chegar
at�� a rela����o sexual. Nesse jogo entra
individualidade de cada um e a soma
de caracter��sticas pessoais das duas
pessoas envolvidas no namoro, no re��
lacionamento. O que voc�� pode obter
depende do que a sua namorada ou
companheira deseja conceder. Quan��
do h�� pleno consentimento, muitas
car��cias ��ntimas podem ser permitidas
num namoro. �� medida em que as
6 confiss��es
car��cias progridem, a timidez vai desa��
parecendo gradativamente. Toda pr��ti��
ca �� considerada normal entre duas
pessoas adultas quando h�� aquiesc��n��
cia de ambas as partes. O foco de excita����o
na mulher est�� localizado no
clit��ris, pequeno ��rg��o localizado ��
entrada da vagina. Massagear com os
dedos esse pequeno ��rg��o saliente
(que corresponde ao p��nis masculi��
no e cuja sensibilidade se assemelha
�� da glande do p��nis) �� a forma de
masturba����o feminina, n��o havendo
necessidade de introdu����o do dedo na
vagina, como pensam muitos. Mas, ��
bom prestar aten����o: muitas mulheres
(a grande maioria, ali��s) teve sua
sexualidade reprimida e nem sempre
se sente t��o a vontade quanto o ho��
mem para ser tocada em sua parte genital.
O acariciamento deve ser muito
suave e lento, sendo que a fric����o do
clit��ris exige um tato delicado. Deve-
se convir que o toque violento na re��
gi��o ��ntima nunca �� agrad��vel, nem
mesmo para o homem. Quando ��
"m��dia" para a pr��tica da masturba����o,
n��o existe algo determinado, uma
norma. A masturba����o �� uma pr��tica
saud��vel, necess��ria para externar sua
sexualidade. �� uma forma de aliviar
a tens��o sexual, quando n��o h�� pos��
sibilidade de manter o relacionamento
com uma parceira. A freq����ncia da
masturba����o deve ser determinada pe��
lo desejo espont��neo de cada um. N��o
�� aconselh��vel for��ar essa excita����o.
At�� mesmo entre adultos, no espa��o
entre o relacionamento com a mulher,
o al��vio da masturba����o �� muitas vezes
procurado. A pr��tica do ato solit��rio,
ao contr��rio do que pensam muitos,
n��o diminui o interesse pelo relacio��
namento sexual. E n��o h�� nenhuma
inconveni��ncia ou preju��zo nessa pr����
tica alternada. Quanto ao coito anal,
assim como o sexo oral, s��o variantes
do impulso sexual praticadas entre
pares jovens que n��o desejem o ato
sexual, como forma de preservar a
virgindade da parceira ou at�� mesmo
como um recurso de renova����o er��ti��
ca. Obedecendo ao princ��pio de que
tais pr��ticas exigem consentimento de
ambas as partes, sem que haja preju��zo
de uma delas. Finalmente, o leitor
pergunta se existe um livro que ensine
a namorar, a beijar e a ter rela����es.
Enfim, um manual completo de sexo e
amor, n��o �� mesmo? Pois bem, acredi��
tamos que existem muitos livros por
a��, ensinando t��cnicas do beijo e at��
do ato sexual. De nossa parte, achamos
que isso j�� faz parte de nossa natureza
e da natureza de cada um. Cada pessoa
gosta de beijar e de fazer sexo de uma
maneira diferente. Ele ter�� de desco��
brir o "jeitinho" que sua parceira mais
gosta e ela, por sua vez, dever�� partici��
par e descobrir tamb��m os gostos dele.
Portanto, torna-se muito dif��cil esta��
belecer um padr��o de comportamento.
As pessoas s��o muito diferentes entre
si. Quanto ao ato sexual em si, ele ��
uma coisa t��o natural, t��o espont��nea,
justamente porque todos n��s somos
dotados ��� ainda e tamb��m ��� de nosso
instinto, tal e qual animais que tam��
b��m somos. Embora racionais. H�� s����
culos os animais se multiplicam na
natureza sem que haja necessidade de
algu��m para ensin��-los. E a humani��
dade chegou a essa superpopula����o de
hoje da mesma forma. Est�� a�� uma
coisa que n��o se ensina, aprende-se
instintivamente. E como somos racio��
nais (pensamos e imaginamos at��
demais!) ficamos a querer "inventar
moda" quando o mais belo e o maior
prazer da coisa est�� na sua simplici��
dade, na sua espontaneidade e naturalidade
!
confiss��es 7
Anatomia do ��rg��o
"QUANDO 0 RAPAZ PERDE A VIRGINDADE, OCORRE SANGRAMENTO?"...
'TIVE CACHUMBA, MEU P��NIS PAROU DE CRESCER"...
"INJE����ES DE SILICONE AUMENTAM O P��NIS?"...
"NA PRIMEIRA OCORRE
SANGRAMENTO?".. .
'Tenho 18 anos, sou forte e saud��vel,
mas tenho alguns problemas a serem
solucionados, que passo a enumerar.
Tenho certeza de que eles ajudar��o
muitos outros a resolver os seus gri��
los: 1) Tenho fimose, mas em nada
me atrapalha. O m��dico do Col��gio
disse que era um pouco fraca e que
com limpeza di��ria com ��gua moma
ficaria curado. Isso �� correto? 2) Ain��
da sou virgem, devido a alguns fracas
sos, provocados por: a) Ao atingir a
ere����o, mal iniciada a penetra����o e
o p��nis j�� come��ava a voltar ao esta��
do normal; b) Quando no estado de
repouso, a glande, com um leve manuseamento,
�� descoberta. Mas ereto, ��
dific��limo conseguir coloc��-la para fora
e o freio parece que vai romper. Por
qu��? 3) Meu p��nis tem um desvio
acentuado para a esquerda. Isto pode
atrapalhar uma rela����o sexual? Que
devo fazer? 4) Tenho muita sensibili��
dade na glande, que dificulta um pou��
co a penetra����o. E normal? 5) Quando
8 confiss��es
o homem perde a virgindade, sente
alguma dor e ocorre algum sangramento?
Como acontece? 6) Na masturba����o
(que pratico algumas vezes por
dia), s�� sinto prazer se execut��-la com
movimentos ligeiros. Ser�� que numa
rela����o eu s�� atingiria o cl��max se me
movimentasse muito r��pido? 7) Sou
um pouco t��mido, mas as garotas s��o
loucas por mim (n��o �� convencimento,
n��o). Fico frustrado em n��o poder cor��
responder aos interesses sexuais de al��
gumas, devido aos problemas citados
no item 2. Que fa��o?"... ("Indagador
Pirado" - Fortaleza - Cear��)
�� dif��cil avaliar por carta se o m��dico
do seu col��gio deu um diagn��stico
correto. Ele est�� correto na quest��o
da limpeza, que deve ser feita repeti��
das vezes, duas ou tr��s por dia. Alguns
casos em que a fimose n��o �� bastante
acentuada, evita-se a cirurgia na expec��
tativa de que a pr��pria atividade se��
xual torne mais flex��vel o prep��cio,
pele que cobre a glande - cabe��a do
p��nis. No entanto, o desconforto ex��
perimentado por voc�� na tentativa
da primeira rela����o sexual, conforme
revela no item 2, leva-nos a crer de
que o caso necessita de nova avalia����o
m��dica. Inclusive pelo fato de quando
o p��nis se torna ereto, a glande ficar
aprisionada, recoberta pela pele do
prep��cio, de forma, como diz, a pare��
cer que vai rebentar o freio. Parece
tratar-se de um caso de fimose ou de
freio curto, sendo que a segunda pos��
sibilidade �� mais forte, quando voc��
diz que o p��nis tem um acentuado
desvio para a esquerda.
Antes de tudo, um conselho: procure
um m��dico especialista, mesmo atra��
v��s do INPS.
Quanto ��s demais perguntas: 4) Essa
sensibilidade na glande (cabe��a do
p��nis) que dificulta a penetra����o, ��
justamente pelo fato de ela viver re
coberta pelo prep��cio, provocando
inclusive o ac��mulo de esmegma,
subst��ncia cremosa de forte mau-cheiro.
5) Ao "perder a virgindade" ou
durante a primeira rela����o sexual
de sua vida, s�� ocorrer�� sangramento
se houver ruptura do "cabresto", par��
te da pele do prep��cio ligada ao freio,
na base da glande, na regi��o inferior do
p��nis. Alguns jovens tamb��m possuem
forte tend��ncia para irrita����es na
sa��da do canal da uretra, onde pode
ocorrer um sangramento m��nimo, bas��
tante raro. 6) Provavelmente voc��
imprime um ritmo muito "ligeiro" na
masturba����o devido ao desconforto
que sente quando puxa ou comprime
o prep��cio sobre a glande. No ato
sexual, um ritmo ligeiro demais pode
ocasionar a ejacula����o prematura, fa��
zendo com que voc�� atinja o orgasmo
t��o logo haja a penetra����o. 7) Essa ti��
midez vai desaparecer, quando voc��
resolver o problema que o aflige. Co��
mo j�� foi dito, a orienta����o m��dica
deve ser procurada com urg��ncia.
Em pouco tempo voc�� estar�� apto
a exercer sua atividade sexual com
desembara��o.
"MEU P��NIS PAROU DE
CRESCER"...
"Eu tenho o p��nis pequeno demais.
Desde os 12 anos venho tendo este
problema. Antes era normal, mas de��
pois ele foi retardando, isto ��, parou
de crescer. Aos 15 anos tive ca chumba,
ela desceu e um dos test��culos come��
��ou a crescer. Levaram-me ao m��dico
e ele me receitou uns rem��dios para
tomar at�� voltar ao tamanho normal.
Mas o rem��dio continuou a fazer efei��
to e a�� ele ficou menor que o outro.
��s vezes penso que �� por este motivo
que o p��nis n��o cresce". .. ("Complexado"
-Goi��nia/Goi��s)
Seu caso exige, com certa urg��ncia,
confiss��es 9
as aten����es de um m��dico endocrinologista.
H�� bons especialistas em sua
cidade, que �� uma capital. Mesmo
atrav��s do INPS, voc�� poder�� obter
bons resultados atrav��s de exames e
tratamento a base de horm��nios.
"ELES EST��O MUITO
ABAIXO DA M��DIA?"
"Tenho 18 anos, 1,78 m de altura,
72 kg. de peso, meu p��nis mede
apenas 3/4 cm de comprimento em
estado de repouso e 8/9 cm (por
2/3 cm de di��metro) em estado de
ere����o. Sou uma pessoa bem apa��
rentada e me considero inteligente o
suficiente (pois tenho um QI 120)
para me destacar em coisas que fa��o.
Quando comecei a notar este proble��
ma, me atirei aos livros sobre sexo e
at�� mesmo de magia, j�� que estava
impossibilidado de participar de es��
portes, ir �� praia e at�� comecei a gazear
aulas do Col��gio, coisa que nunca
fiz antes. Tenho tentado tudo, desde
massagens at�� magia (parece rid��culo,
veja a que ponto estou) e cheguei at��
a consultar um amigo meu que est��
em vias de se formar m��dico, na espe��
cialidade de urologista, mas ele n��o
pode me ajudar. Descobri um exem��
plar antigo do livro Kama Sutra (edi��
����o de 1926), onde achei a f��rmula
de um unguento para aumentar o
p��nis, mas o preparado s�� funciona
por poucos minutos (apesar da infor��
ma����o de durar meses) e n��o me aju��
dou muito. Nina, voc�� �� minha ��ltima
esperan��a, pois j�� n��o ag��ento mais
tanta goza����o. Gostaria de saber se
existe algum medicamento ou mas��
sagens que possam aumentar o p��-
nis". . . (J. S. B. - Recife / Pernambu��
co)
'Tenho 20 anos, e meu irm��o mais
velho descobriu que s�� a atividade
sexual �� que aumenta o p��nis. Eu vou
come��ar". . . (C. F. - Natal / Rio Gran
10 confiss��es
de do Norte)
"Tenho 23 anos, estou come��ando a
ficar preocupado e complexado com o
tamanho do p��nis. Acho-o muito pe��
queno. Quando ereto ele mede cerca
de 6,5 cm de comprimento por 2 cm
de di��metro e quando est�� normal (em
repouso) mede 3 cm de comprimento.
Nas rela����es sexuais que venho tendo
com minha parceira, percebo que n��o
consigo satisfaz��-Ia. Ela finge gostar,
diz que est�� tudo bem, mas eu tenho
minhas d��vidas. Al��m do p��nis peque��
no, chego ao orgasmo primeiro que ela
todas as vezes, logo ap��s a penetra����o,
n��o levo nem um minuto para ejacular.
Tenho 1,75 m de altura e 59 kg de peso".
. . ("O Preocupado" - Itaquece
tuba / S��o Paulo)
tuba / S��o Paulo)
"Desejo saber certos detalhes sobre
como engrossar e crescer mais o p��-
nis, pois o meu �� pequeno e fino de��
mais. Pretendo me casar e preciso de
uma informa����o para este caso t��o
infeliz". . . (J. L. S. C. - Belfort Roxo/
Rio de Janeiro)
Em virtude da grande variedade de
ra��as que povoam este pa��s de dimen��
s��o continental, as diferen��as f��sicas
se acentuam. Isso n��o significa que
p��nis pequeno seja caracter��stica
obrigat��ria desta ou daquela ra��a,
n��o h�� regra sem exce����o. H�� japoneses
bem dotados como h�� ��rabes
ou negros com p��nis pequeno. Mas,
�� no vesti��rio dos col��gios e clubes
esportivos, entre descendentes de ita��
lianos, portugueses, negros, ��rabes,
judeus, japoneses, alem��es, etc, que
as diferen��as f��sicas saltam aos olhos
e acabam por criar traumas desneces��
s��rios. Surge o esp��rito de competi����o:
fulano tem 9, outro 12, fulano 14,
beltrano 16 e sicrano, imaginem,
20 cent��metros. H�� diferen��as den��
tro de uma mesma fam��lia: o irm��o
mais velho tem 10 cm e o mais novo,
com apenas 15-anos, j�� tem 15 cent����
metros! Certamente nesta fam��lia o
pai �� descendente de uma ou duas
ra��as diferentes daquela uma ou duas
da esposa! Diferen��as gen��ticas t��m
sido exaustivamente focalizadas em
salas de aula, n��o �� mesmo? Bom,
assim como os olhos azuis de Cl��udia
n��o significa que ela seja mais bonita
ou mais inteligente do que a mulata
Ros��ngela, o tamanho do p��nis nada
tem a ver com o desempenho, esse,
sim, da maior import��ncia. A qualida��
de est�� acima da quantidade, sempre e
sempre, apesar de todas as afirma����es
e piadas em sentido contr��rio.
O prazer da mulher se completa com a
penetra����o p��nis-vagina, �� claro. Mas
h�� dois fatores que n��o impedem a um
p��nis pequeno de lev��-la ao orgasmo.
Em primeiro lugar a vagina amolda-se
ao tamanho do p��nis e o prazer do ato
para ela est�� mais nas pr��prias contra��
����es vaginais do que na dimens��o do
��rg��o sexual do parceiro. Em segundo,
para uma grande maioria de mulhe��
res o maior foco de prazer, al��m das
contra����es vaginais, est�� localizado
no clit��ris, �� entrada da vagina. Invertendo-
se a posi����o tradicional do
coito, com a mulher por cima, fica
bem mais f��cil de que ela obtenha
o orgasmo, isso at�� mesmo quando
o companheiro seja bem dotado.
Al��m disso, o homem deve substi��
tuir sua preocupa����o com as dimenconfiss��es
11
s��es pelo objetivo de fazer com que
sua companheira atinja o orgasmo.
A concentra����o com a qualidade do
seu desempenho vai jogar para um
plano secund��rio essa sua preocupa��
����o com tamanho que, na verdade,
nada significa para tornar, por si s��,
0 ato satisfat��rio. Pelo contr��rio, o
portador de um membro avantajado
e sem t��cnica, sem jeito, al��m
de n��o satisfazer a mulher ainda
pode machuc��-la, deixando-lhe com
traumas e medo de um novo rela��
cionamento.
Embora n��o exista uma "m��dia uni��
versal", pois isso seria imposs��vel,
fazendo um balan��o da opini��o de
sexologistas de v��rios pa��ses pode-se
chegar a essa conclus��o: em estado de
repouso, o p��nis mede de 3 a 9 cent��metros,
em estado de ere����o de 9 a
1 5 cent��metros (por 2 a 4 cent��metros
de di��metro). Um pouco a mais, um
pouco a menos, isso n��o significa ne��
nhuma "anormalidade".
Uma disfun����o glandular pode con��
tribuir para a falta de desenvolvimen��
to do p��nis ou de qualquer outra re��
gi��o do corpo, assim como influir no
desenvolvimento geral. Sob a super��
vis��o de um m��dico endocrinologista
(especialista neste setor), um trata��
mento a base de horm��nios pode cor��
rigir tais defici��ncias. Influi muito nas
possibilidades de tratamento as causas
e o quadro cl��nico de cada paciente.
O fator idade �� tamb��m muito impor��
tante. Na maioria dos casos, �� neces��
s��rio que o paciente n��o tenha comple��
tado a fase da adolesc��ncia (entre 18/
22 anos, bastante vari��vel segundo ca��
da indiv��duo). Para tudo isso, s��o
necess��rios exames e avalia����es que
s�� o especialista pode fazer. N��o se
pode ir �� farm��cia da esquina e tomar
inje����es de horm��nios, sob o risco
de s��rios preju��zos para a sa��de.
Nos ��ltimos tempos, fala-se muito em
12 confiss��es
inje����es de silicone no p��nis, que
aumentam o volume. N��o existe ne��
nhuma divulga����o a respeito dessa
t��cnica e de seus resultados. Consul��
tamos alguns especialistas e estes con��
sideram tal recurso bastante duvido��
so: calcula-se que o tal "implante"
de silicone dificulte o desempenho
do ato sexual. Por outro lado, tratan��
do-se de uma subst��ncia qu��mica e
portanto artificial, sabe-se que em
determinados casos h�� rejei����o por
parte do organismo. Ao mesmo tem��
po, algumas autoridades m��dicas t��m
alertado sobre a possibilidade do sili��
cone ser uma subst��ncia com agentes
cancer��genos, havendo o registro de
caso de c��ncer no seio, conseq����n��
cia dessa aplica����o.
Al��m de tratamento m��dico, muitas
cl��nicas de fisioterapia dedicam-se a
essa finalidade, atrav��s de gin��stica
corretiva, massagens, etc. A gin��stica
e a pr��tica de esportes �� sempre sau��
d��vel, colaborando para o desenvol��
vimento geral do corpo, beneficiando
todas as regi��es, evidentemente.
Finalmente, como frisamos na edi��
����o n��. 54 de Peteca (na se����o "Con��
fiss��es Intimas"), h�� muitos caminhos
a serem tentados, quando isso consti��
tuir uma obsess��o, a ponto de com��
prometer o futuro, a express��o sexual,
a vida toda de uma pessoa. �� preciso
estar atento sobre os riscos de "pro��
messas milagrosas", de tratamentos
que poder��o prejudicar futuramente.
Por mais diminuta que sejam as suas
dimens��es, �� prefer��vel um p��nis que
funcione satisfatoriamente do que um
"bem dotado" (aumentado artificial��
mente) que possa falhar, comprometer
o processo de ere����o e at�� mesmo a
mec��nica da ejacula����o.
Ejacula����o precoce
Impot��ncia
"N��O CONSIGO EJACULAR. SEREI EST��RIL?"
"Ainda n��o encontrei um problema
id��ntico ao meu. Tenho 30 anos e
nas poucas vezes que tive rela����es
com prostitutas, n��o consegui a ejaccula����o.
J�� tentei de todas as maneiras
na masturba����o e nunca consegui
o objetivo. J�� fiz tratamento m��dico e
n��o houve solu����o. Nina, ��s vezes
acontecem as polu����es noturnas, assim
de 10 em 10 dias e logo ap��s estas, eu
acordo e noto que n��o estou de p��nis
ereto. Quando estou namorando, du��
rante as car��cias, fico excitado e ent��o
acontece aquele pouquinho de esperma,
nunca a ejacula����o normal. Nina,
responda �� minha carta o mais breve
poss��vel, estou desesperado, pois sou
noivo e vou me casar daqui a tr��s me��
ses. Tenho medo de n��o conseguir o
meu objetivo e ter o meu casamento
arrazado. Nunca contei nada a ningu��m,
nem mesmo �� minha namorada.
N��o tenho coragem. Nunca tive doen��
��as ven��reas, acho que tenho os dois
test��culos um pouco pequenos, sendo
que meu p��nis ereto mede 13 cent����
metros. Sou pobre e n��o posso pagar
um especialista. Ser�� que �� um problema
nos cord��es esperm��ticos, que
impedem a passagem do esperma?
confiss��es l3
H�� possibilidade de tirar uma radiografia
dos ��rg��os genitais pelo INPS?
Nina, meu maior sonho �� ter um lar
feliz: ser�� que sou est��ril e n��o po��
derei ser pai? Ajude-me, por favor"...
("Jovem Triste" - Mogi das Cruzes/
S��o Paulo).
Esperamos que a resposta chegue em
tempo. De qualquer forma, mesmo
casado, o seu problema tem solu����o.
N��o sabemos quais os recursos da
ag��ncia do INPS de Mogi das Cruzes.
Pela import��ncia da cidade, acredita��
mos que os recursos sejam suficientes
para o diagn��stico e tratamento do seu
caso. Consulte o cl��nico geral da ag��n��
cia de sua cidade e seja bastante claro
e sincero, explicando toda a situa����o.
Acreditamos que se n��o houver meios
a�� em Mogi, o que �� improv��vel, ele
o remeta para a capital paulista. Intui��
tivamente, voc�� parece estar na pista
correta ou aproximada do seu proble��
ma. A ejacula����o ocorre alguns segun��
dos ap��s as contra����es ves��culo-prost��ticas,
um canal fino, chamado deferente,
em cada bolsa leva os espermatoz��ides
para os reservat��rios seminais. Os
espermatoz��ides v��o para fora com a
ajuda de certas gl��ndulas que produ��
zem o l��quido denominado s��men, ou
fluido seminal. Esse l��quido mistura-se
aos espermatoz��ides e �� expelido em
uma s��rie de jatos, a ejacula����o. Tr��s
gl��ndulas s��o encarregadas dessa fun��
����o: as gl��ndulas de Cowper, as ves��culas
seminais e a pr��stata. Os espermatoz��ides
s��o produzidos pelos tes��
t��culos e coligidos nos canais deferentes.
Parte dos canais deferentes tem a
forma de uma mola esticada ao lado
dos test��culos. As contra����es dos m��s��
culos movimentam para o exterior a
massa de espermatoz��ides que, ao pas��
sarem pelos canais deferentes, mistu��
ram-se ��s secre����es das tr��s gl��ndulas.
Qualquer altera����o nessa mec��nica po14
confiss��es
der�� impedir a ejacula����o, ou deixar
que um pequeno volume de fluido
seminal acompanhado de outro pequemo
volume de espermatoz��ides seja
insuficiente para provocar o orgasmo.
Ao mesmo tempo, esse volume dimi��
nuto n��o permitira a gera����o de filhos.
Embora um ��nico espermatoz��ide se��
ja suficiente para fecundar o ��vulo
feminino, sabe-se que h�� necessidade
de um razo��vel volume de espermatoz��ides
para que ocorra a fertiliza����o.
Al��m de radiografias, espermograma
(um balan��o dos espermatoz��ides no
esperma, para determinar o grau de
fertilidade) outros exames ser��o
necess��rios para avalia����o e posterior
tratamento dessa disfun����o ejaculat��ria.
Fique tranquilo: o problema n��o
�� t��o complicado e a Medicina est��
preparada para solucion��-lo. Seu caso
n��o �� t��o raro como se imagina. O que
sucede com problemas ligados �� fun����o
sexual �� que normalmente a pri��
meira preocupa����o que se tem �� de
esconder o mal. sendo os pr��prios
m��dicos obrigados a manter sigilo.
N��o se envergonhe do seu caso: voc��
n��o �� o ��nico, muita gente est�� se
tratando e se curando de problema
id��ntico. O que voc�� deve fazer, antes
de tudo. �� colocar sua noiva a par da
situa����o. Afinal, ela �� sua futura espo��
sa, sua melhor amiga e a pessoa mais
credenciada para ajud��-lo na solu����o
do impasse. Milh��es e milh��es de pes��
soas sofrem de diferentes casos ligados
�� fun����o sexual. Voc�� j�� observou
isso como leitor ass��duo desta revista.
Portanto, coragem e m��os �� obra: nada
impede que voc�� possa obter um fun:
cionamento saud��vel da sexualidade,
compor seu lar e sua fam��lia. Isso s��
depende de voc��, da sua coragem e da
sua persist��ncia.
Variantes do
impulso sexual
TENHO TEND��NCIAS PARA O VOYEURISMO". . .
"SOU UM MACH��O OU UM S��TIRO?"
"COITO ANAL PODE PREJUDICAR A MULHER?"
"UMA CA��DA PARA VOYEUR".. .
"Sou um rapaz sem problemas de se��
xo; j�� mantive rela����es com prostitu��
tas. Mas acho que tenho uma ca��da
para voyeurismo, pois n��o paro de
olhar minhas vizinhas tomando banho.
Um dia me pegaram e acabou tudo,
mas n��o desisti e continuo com essa
mania". . . (Mickey - Rio de Janeiro /
RJ)
J�� se disse muitas vezes que todo indiv��duo
��, em grau maior ou menor, um
"espreitador" ��� ou voyeur (vem do
franc��s voir, ver). Quase sempre, o
voyeur tem inclina����o para o exibicionismo,
aquele que sente prazer er��tico
em expor seus ��rg��os genitais. Assim
como o primeiro, o voyeur, sente o
prazer ��� chegando mesmo a atingir o
orgasmo (geralmente com o auxilio da
masturba����o) ao ver os ��rg��os genitais
alheios.
Os banheiros p��blicos, especialmente
os de cinema, s��o povoados de voyeurs.
Compulsivamente, o voyeur chega a
se expor ao perigo de complica����es
com a lei, utilizando at�� bin��culos e
procurando locais estrat��gicos junto a
grandes edif��cios residenciais.
Via de regra, o portador dessa variante
sofre de uma profunda timidez e inse��
guran��a, revelando grande dificuldade
para conseguir estabelecer um relacio��
namento sexual completo.
"SOU DO TIPO MACH��O". . .
'Tenho 18 anos, j�� caminhando para
confiss��es 15
os dezenove, signo de Peixes. Pe��o,
por favor, uma orienta����o. Sou o tipo
do homem "mach��o", um heteros��
sexual, tenho muitas rela����es com
prostitutas, chego a ir at�� tr��s vezes
por semana �� casa de prostitui����o
e n��o me satisfa��o; tenho rela����es
at�� com homossexuais e a cada dia
estou mais louco para fazer amor.
Masturbo-me quase todos os dias,
��s vezes penso em procurar uma
subst��ncia qu��mica para baixar minha
pot��ncia sexual. Meu p��nis mede
17 cent��metros e 3 e pouco de di��me��
tro. N��o posso ir ao cinema assistir
a um filme er��tico que j�� fico excitado
e acabo me masturbando ali mesmo no
escuro. N��o tenho namorada, gosto de
uma garota no servi��o, mas n��o consi��
go chegar nela, pois tenho medo de to��
mar um fora. Chego a me masturbar
quatro vezes por dia. Tenho certeza
de que se tivesse uma companheira fe��
minina, conseguiria ter umas quatro
rela����es por noite com ela, quando
n��o tenho mais dinheiro para ir ��
zona vou para a casa de homossexuais
para satisfazer o meu prazer. Pode pa��
recer incr��vel, mas estou num sufoco
e tenho at�� medo de pegar doen��as ven��reas
com as minhas rela����es. Satisfa��
��o qualquer homossexual ou prostitu��
ta, pois apesar de ser um garoto de
18 anos sei fazer amor, mas isso n��o
importa. 0 importante �� diminuir a
pot��ncia sexual: estou quase para es��
tourar". .. (J. 0. S. - S��o Paulo / SP)
Na ess��ncia das palavras de sua carta
est�� a pr��pria resposta �� sua afli����o sua
insaciabilidade. O estado de cio per��
manente do s��tiro �� chamado satir��ase.
Essa procura compulsiva de sexo e
prazer, com acentuada varia����o de par��
ceiras (ou parceiros, no caso de homos��
sexuais) revela incapacidade tempor����
ria para estabelecer rela����es est��veis.
Voc�� mesmo confessa que "gosta de
uma garota, mas tem medo de chegar
16 confiss��es
nela". E revela o desejo de encontrar
uma companheira permanente. H�� ti��
midez e, ao mesmo tempo, h�� medo
do amor, o medo de se apaixonar, bas��
tante natural na sua idade. Elimine
esses conflitos e parta para o namo��
ro, para a tentativa de estabelecer
um v��nculo, manter um relaciona��
mento est��vel e duradouro.
"O COITO ANAL PODE
PREJUDIC��-LA?"
"Tenho 21 anos e minha garota 18.
Namoramos h�� quase dois anos e de
uns meses para c�� vimos praticando a
rela����o anal, quase que diariamente.
Queria saber se essa pr��tica pode pre��
judic��-la futuramente". . . (J. M. A. Fortaleza
/ Cear��).
Possibilidades sempre existem, tudo
dependendo de detalhes f��sicos e da
predisposi����o org��nica de cada indiv����
duo. Publica����es m��dicas ressaltam os
riscos da pr��tica do coito anal, como
preju��zos para os m��sculos do esf��ncter
e a probabilidade de fissuras ou
f��stulas anais. No entanto, observa����es
cl��nicas feitas em grupos homossexuais
revelam que muitas vezes a m�� alimen��
ta����o (comidas condimentadas, aus��n��
cia de frutas e verduras) causa maior
n��mero de problemas do que esse tipo
de riscos do coito anal. Por outro lado,
pelo fato dessa regi��o n��o ser natural��
mente lubrificada, como �� o caso da
vagina, h�� necessidade de faz��-lo arti��
ficialmente, assim como manter muita
higiene antes e depois do ato, atrav��s
do conhecido meio de lavagem por
meio de seringas (chuca) de borracha.
Tradicionalmente, o coito anal (tam��
b��m chamado de sodomia) foi pratica��
do mesmo na antiguidade, como meio
anticoncepcional, com a finalidade de
evitar filhos.
VIOLENTADA NA INFANCIA
"Eu tinha apenas 8 anos e estudava ��
tarde. Ao voltar da escola eu tinha que
atravessar uma ��rea meio deserta e
um dia, fui assaltada por um homem
que eu nunca tinha visto e que me for��
��ou sexualmente. Quero saber o que
devo fazer. Estou com 16 anos e tenho
namorado. Tenho medo de casar, pois
ouvi dizer que o homem percebe na
primeira rela����o se a mulher �� ou n��o
virgem. Como �� a rea����o do homem
que se casa e tem a primeira rela����o
com a esposa?" (M. A. - Santo ��ngelo RS)
Voc�� foi v��tima de um estupro, isto
��, de uma viol��ncia sexual e este
ato �� criminoso. O homem que a
violentou deveria responder nos
tribunais pelo que fez. Ele certa��
mente seria julgado e condenado,
ainda mais sendo voc�� uma crian��a.
Infelizmente s��o muitos os casos
de abuso sexual praticados princi��
palmente contra mulheres e crian��
��as, e a maior parte dos criminosos
fica impune, porque quase todas
as v��timas t��m medo ou vergonha
de denunciar o fato. Voc�� nada diz
sobre o que fez na ��poca: contou para
sua fam��lia, procurou ajuda de al
confiss��es l7
gu��m? Ou escondeu de todos e re
moeu tudo sozinha? Que marcas lhe
deixou o acontecimento, al��m do
receio de n��o arranjar marido por
n��o ser mais virgem? Se �� saud��vel e
normal que uma crian��a de 8 anos
tenha brincadeiras sexuais com crian��
��as da mesma idade, o mesmo n��o se
pode dizer quando ela e' for��ada e
usada para satisfazer a sexualidade
de um adulto. Aproveitamos o seu
relato para alertar os pais e profes��
sores quanto �� responsabilidade que
t��m de informar e preparar as crian��
��as em situa����es semelhantes. Deve
ser dito �� crian��a que existem peri��
gos reais por parte de adultos malintencionados,
de forma que a pr����
pria crian��a entenda que precisa se
proteger, evitando andar sozinha em
lugares mais desertos, procurando sem��
pre andar em grupo e n��o se deixar
levar por conversa ou presentes. Mais
importante ainda �� ter um clima de
confian��a entre pais e filhos, respon��
dendo sempre com clareza as pergun��
tas sobre sexo, sem colocar medo des��
necess��rio, mas prevenindo, como j��
disse, para situa����es de perigo real.
Voltando �� sua d��vida atual. Para to��
dos os efeitos, voc�� tem certamente
toda a apar��ncia de uma mo��a virgem.
Isto ��, depois de tantos anos, seu
h��men est�� t��o fechado como de
qualquer outra mo��a que nunca tenha
tido uma rela����o sexual. Seu futuro
marido jamais perceber�� qualquer
diferen��a e n��o poder�� desconfiar de
nada a n��o ser que voc�� ou outra pes��
soa lhe conte sobre o que ocorreu.
�� realmente lament��vel que ainda se
d�� tanto valor �� virgindade, a ponto
de voc�� achar que deve esconder um
fato que deve ter sido t��o desagrad����
vel na sua vida. Seria muito bom para
voc��, se pudesse discutir isso mais
abertamente, desabafar, superar a ver��
gonha e o medo, para que possa des
18 confiss��es
frutar mais tranq��ilamente do seu
corpo, da sua sexualidade. Se n��o ��
poss��vel fazer isso com esse ou outro
namorado, procure algu��m com quem
discutir. Poderia ser um m��dico (ou
m��dica) ginecologista. Do nosso pon��
to de vista, o mais importante agora
n��o �� informar ou n��o ao futuro ma��
rido, mas fazer com que voc�� se sinta
bem consigo mesma, que aceite seu
corpo, que n��o tenha medo de expe��
rimentar prazer com o sexo oposto,
que n��o se sinta culpada ou diminu����
da por um ato sexual ao qual foi for��
��ada com apenas 8 anos de idade.
MARIDO MUITO R��PIDO
OU ESPOSA DEMORADA?
"Na adolesc��ncia e juventude eu me
masturbava muito, por falta de oportu��
nidade de manter rela����es com mulhe��
res, e tamb��m por ter sido criado
com muitas restri����es e sem qual��
quer informa����o sobre sexo. Atual��
mente sou casado, tenho dois filhos e
sou feliz em quase todos os aspectos.
O problema �� que dificilmente consigo
levar minha mulher ao orgasmo, e
quase sempre chego antes dela. Desejo
uma explica����o. Isso acontece porque
eu me masturbei muito e sou muito
r��pido, ou pode ser que ela seja fria?
Nas poucas vezes que estive com ou��
tras mulheres, elas tamb��m tiveram
prazer. Ou poder�� ser porque meu
p��nis �� muito pequeno (13 cm em ere����o)?"
(Gauch��o - Porto Alegre - RS)
Sua carta �� um sinal promissor. S��o
muitas as mulheres que se acham frias
e nos escrevem pedindo ajuda. E a
maioria dos maridos ou companheiros
quase sempre ignora o fato de que suas
mulheres est��o insatisfeitas. Por isso
dizemos que voc�� e sua esposa j�� an��
daram metade do caminho: ela n��o
finge que sente orgasmo e voc�� se
preocupa em querer que ela tenha
prazer e, al��m disso, sugere que o
problema tamb��m pode ser seu e n��o
apenas dela. Realmente, parece que o
problema est�� nos dois. Voc�� �� r��pido
demais, tem ejacula����o precoce, e isto
provavelmente se deve ao longo per��o��
do em que se satisfazia sozinho, n��o
tendo que se preocupar com a excita����o
de outra pessoa, seguindo seu
pr��prio ritmo. E ela, ao contr��rio,
provavelmente nunca aprendeu a se
excitar sozinha. E quase certo que
tenha aprendido a reprimir seus
pr��prios impulsos, como conseq����n��
cia de uma educa����o moralista e igno��
rante que sempre reprimiu muito
mais a sexualidade da mulher. (A
prop��sito, sugerimos que voc�� leia
os artigos publicados na revista Rose
sobre esse assunto). Esse desacerto
que est�� acontecendo com voc��s ��
quase que a regra geral entre os ca��
sais. Mas �� poss��vel acertar o passo,
principalmente porque voc��s dois
est��o conscientes do problema e dis��
postos a fazer alguma coisa. Em
primeiro lugar, tire da cabe��a a
preocupa����o com o tamanho do seu
��rg��o. Em outros n��meros e cap��tu��
los dessa mesma revista temos tra��
tado disso e a conclus��o �� que o ta��
manho n��o �� o que importa. Outra
coisa, n��o fique comparando sua es��
posa com outras mulheres. Elas po��
dem ter fingido orgasmo, coisa f����
cil de ser feita principalmente num
relacionamento espor��dico. Ou po��
dem ter tido realmente porque eram
mais soltas, ou porque voc�� fez cari��
nhos que n��o costuma fazer a sua
esposa. J�� repetimos aqui, v��rias vezes,
que �� muito dif��cil uma mulher chegar
ao orgasmo apenas com a penetra����o
vaginal. A maioria necessita de uma
estimula����o direta e cont��nua do
clit��ris (pequena sali��ncia situada
externamente entre os grandes l��bios
da vagina) que �� o ��rg��o de maior sen
sibilidade da mulher. Muitos homens
ignoram isso e fazem a�� alguns cari��
nhos ligeiros, como parte das prelimi��
nares, mas que s��o insuficientes para
garantir o orgasmo. As mulheres sa��
bem (pelo menos aquelas que j�� se
masturbaram) que o clit��ris �� o pon��
to de maior excita����o, mas muitas
t��m vergonha de pedir ou de aceitar
car��cias intensas a��, porque acham
que o orgasmo tem que ser sentido
na vagina. E se privam de um prazer
certo em troca de um outro que qua��
se nunca vem. Seria ��timo se voc��s
dois se pusessem a explorar todos os
pontos sens��veis do corpo um do
outro, tirando da cabe��a o padr��o
estabelecido. Procure, tamb��m, con��
ter um pouco sua excita����o, evitando
carinhos muito diretos no p��nis e
ocupando-se mais em fazer carinhos
nela. Existem alguns exerc��cios que
podem retardar a ejacula����o, que
consistem em comprimir (com a
m��o ou a vagina) a cabe��a do p��nis.
Os sex��logos americanos Masters e
Johnson desenvolveram v��rias t��cnicas
para tratar de casais com esse tipo de
desacerto. Eles afirmam, por exemplo,
que quase todos n��s precisamos apren��
der a nos tocar antes de correr em bus��
ca do orgasmo. E sugerem que os ca��
sais fa��am uma s��rie de "exerc��cios"
de sensibiliza����o, de contato com as
m��os, boca, a pele toda, sem se estimu��
larem nos ��rg��os genitais para evitar
o orgasmo. Ou seja, eles acham que ��
importante para o casal aprender a se
comunicar pelo toque sem a preocupa��
����o com o orgasmo, que viria depois,
naturalmente, quando os dois parcei��
ros se sentissem plenamente �� vonta��
de e sem inibi����es com o pr��prio
corpo.
O ato sexual deixaria ent��o de ser uma
simples descarga de tens��o, passando
a ser um ato de comunica����o integral
entre duas pessoas, com carinho,
confiss��es 19
alegria, sem pressa e sem marca����o
de pontos. �� o estar junto, que��
rendo dar e receber prazer, de uma
forma completa. Experimentem e
volte a nos escrever.
"MORRO DE VERGONHA DELE"
"N��o consigo me realizar sexualmen��
te, apesar de j�� ter 25 anos e viver h��
6 anos com um rapaz. Consigo o orgasmo
raras vezes e com muito esfor��o.
Isso s�� acontece quando tomo alguns
chopes e perco a vergonha de lhe pedir
da maneira que gosto (com o p��nis em
minha vagina e eu cruzando as pernas).
Mas isso acontece raramente, porque
morro de vergonha dele. Ele nunca
disse nada, mas s�� pode pensar que eu
sou anormal. Ele me faz muitas caricias
ousadas, eu chego perto, mas
na hora H o orgasmo n��o vem. Tenho
medo que ele me deixe por outra mu��
lher normal e eu o amo demais.
Me ajudem, me mandem uma expli��
ca����o. Ser�� que um dia eu serei nor��
mal? Devo procurar tratamento m����
dico?" (Tristonha - Fortaleza - CE)
Medo de ser anormal, vergonha do
parceiro, receio de perd��-lo: esses
pensamentos ou sentimentos certa��
mente n��o s��o a melhor companhia
para voc�� ir pra cama ��om algu��m.
Ponha na cabe��a que sua dificuldade
�� semelhante �� da maioria das mulhe��
res e que n��o h�� nada anormal com
voc��. Leia a resposta �� carta anterior
e procure discutir esses problemas
com seu companheiro. Ele tamb��m
pode ter barreiras, timidez e igno��
r��ncia da sexualidade da mulher.
Mas tamb��m deve amar voc��, j�� que
est��o juntos h�� seis anos, e deve estar
interessado no seu prazer. O maior
obst��culo para se excitar e conseguir
o orgasmo �� a inibi����o, a vergonha de
aceitar e pedir certos tipos de carinho.
E isso �� muito mais forte nas mulhe
20 confiss��es
res que sempre foram mais reprimidas.
E s�� �� poss��vel vencer isso a dois,
com muita confian��a no respeito do
outro ��s suas necessidades. Tome chopes
mais vezes e nessas ocasi��es apro��
veite para lhe falar do que voc�� sente,
das coisas que voc�� gosta, do medo
que tem do julgamento dele. Propo��
nha algumas coisas novas. Por exem��
plo: ao som de uma m��sica suave, cada
um por vez, ir�� tocar o rosto do outro,
que fica de olhos fechados. Depois,
em outro dia talvez, fa��am a mesma
coisa com o resto do corpo. Comecem
a se familiarizar com o corpo todo do
outro, fazendo massagens suaves, com
um creme, apalpando, apertando de
leve com a boca e as m��os. O efeito
de tudo isso pode ser um relaxamento,
e n��o a excita����o. Mas �� muito impor��
tante essa sensa����o de se entregar, de
se sentir cuidada, acarinhada. Faz com
que aumente a intimidade, a sensa����o
de ser aceita e ajuda a gente mesmo se
aceitar, a gostar do pr��prio corpo. V��
descobrindo que tipo de coisas, cari��
nhos ou situa����es que a deixam mais
excitada e n��o tenha medo de dizer a
ele, pois certamente o relacionamento
ficar�� mais rico, mais satisfat��rio
para os dois. N��o achamos que �� caso
de procurar m��dico por esse problema
(mas voc�� deve ir ao ginecologista para
exames de rotina). Sugerimos que
voc�� procure em sua cidade algum
"curso" de express��o corporal que
pode ajud��-la muito para soltar a cou��
ra��a de inibi����o. E, se for poss��vel,
que seu companheiro tamb��m v��
junto. Al��m disso, sugerimos que voc��
leia sobre o assunto: Sexo sem culpa
e sem medo, por Albert Ellis, editora
Papelivros e Sexo e Amor para os
Jovens, por Fl��vio Gikovate, da edi��
tora - MG.
CASADA E VIRGEM
'Tenho 18 anos, estou casada h��
4 meses e continuo virgem. Quando
tentamos ter rela����es sinto muita dor
e n��o quero continuar. N��o h�� posi����o
nem carinho que me fa��a ter vontade.
Estou tomando comprimido, porque
tenho muito medo de ter filho. Ser��
que �� por isso que sou fria? Tenho me��
do de ir ao m��dico e contar tudo isso
para ele. Pe��o que me ajudem. Vivo
muito encucada, pois �� p��ssimo ter
um marido e n��o ter rela����es com
ele. Eu o amo demais e n��o posso
satisfaz��-lo . . ." (W. N. S. - Recife PE)
D�� pra imaginar bem sua afli����o.
Voc�� n��o deve pensar apenas em
satisfazer seu marido, mas pensar
tamb��m em sua pr��pria satisfa����o.
Voc�� est�� cheia de medos e inibi����es
e, como dissemos acima, esses
sentimentos s��o inimigos do prazer.
E urgente que voc�� consulte um
m��dico ginecologista, coisa que j��
deveria ter feito antes mesmo de
casar e de come��ar a tomar a p����
lula. Ele dever�� fazer um exame
bem completo para ver se h�� cau��
sas org��nicas para essa sua dor in��
tensa. Esse tipo de desconforto (dor
na rela����o sexual) recebe o nome
cient��fico de diapareunia e pode ser
causado por muitos fatores. No seu
caso, pode ser que o h��men seja muito
espesso e necessita de uma pequena
interven����o cir��rgica para romp��-lo.
Para as mulheres que j�� t��m uma vida
sexual mais regular, a dor pode ser
causada por irrita����es e infec����es
no canal vaginal ou no colo do ��tero.
Em todos os casos em que existe dor
na rela����o sexual �� importante que
a mulher procure o m��dico. Entre��
tanto, a causa da dor e do desconfor��
to pode ser de ordem psicol��gica,
emocional. Isto ��, a inibi����o, o medo,
a vergonha, provocam tens��o e impe��
dem a excita����o. Assim sendo, a mu��
lher n��o fica lubrificada, n��o relaxa
a vagina para receber o p��nis. No fun��
do, esses sintomas indicam que a mu��
lher n��o est�� querendo ou n��o est��
preparada para o ato, sexual. Pode
ser por medo de engravidar, por medo
de se entregar ou demonstrar prazer,
ou at�� mesmo porque ela j�� n��o tem
interesse em ter rela����es onde ra��
ramente chega ao orgasmo. Repetimos,
portanto, que o priorit��rio agora ��
voc�� consultar um m��dico. Se ele
concluir que n��o h�� nenhum proble��
ma org��nico, voc�� e seu marido t��m
que partir para outras solu����es. Dar
um tempo pra que voc��s continuem
"namorando", isto ��, fazendo cari��
nhos e conseguindo o orgasmo sem
ter rela����es sexuais completas. �� im��
portante que voc�� n��o se sinta na
obriga����o de ter rela����es com ele
s�� porque se casou. Conversem bastan��
te, procurem ler mais sobre sexo
(damos duas sugest��es na resposta ��
carta anterior) e tentem se conhecer
��ntima e corporalmente. De pou��
co vai adiantar voc�� abrir as per��
nas e deixar de ser virgem. Sua vida
sexual poder�� ficar cada vez pior, se
voc�� fizer isso s�� para cumprir as
"obriga����es" de esposa. E ser�� mais
uma que segue o padr��o estabelecido
de coito, onde o homem penetra e
consegue o orgasmo, enquanto a mu��
lher fica a ver navios. E vai aprender
a fingir que sente orgasmo, s�� para
n��o desapontar o orgulho do compa��
nheiro.
COBERTOR E FANTASIAS
"Sou uma jovem de 18 anos e j�� faz
um ano e meio que namoro um rapaz
de 25 anos. O problema �� que desde
os 13 anos, eu me masturbo usando
meu cobertor. Antes eram umas 3 ve��
zes por m��s, mas agora s��o v��rias vezes
na semana. Al��m do cobertor, tam��
b��m uso pensamentos, imagina����o de
estar na cama com um rapaz que
confiss��es21
nunca vi. Outra coisa �� que me fixo
muito em olhar para o lugar do p��nis,
quando vejo os homens. Isso vem
acontecendo com um dos padres que
d�� aulas de religi��o no col��gio onde
eu estudo. N��o escuto nada do que
ele fala, s�� fico pensando em coisas
absurdas, e depois me masturbo. Ser��
que sou uma tarada por pensar essas
coisas? Mas n��o fa��o mal a ningu��m,
s�� penso e vou para casa. E pergunto
a voc��s: isso �� normal para uma jo��
vem como eu que penso ter um lar
e filhos?" (Garota Pensativa - Ara��atuba
- SP)
Suas necessidades sexuais s��o absolu��
tamente normais, assim como suas
fantasias e a maneira como voc�� conse��
gue o orgasmo. Nada disso ir�� impedir
que voc�� tenha vida sexual normal
22 confiss��es
dentro de um casamento. Pelo contr����
rio, voc�� pode ficar tranq��ila, porque
j�� sabe que n��o �� "fria", que �� capaz
de ter orgasmo e fantasias er��ticas.
Voc�� j�� poderia experimentar o sexo
a dois. n��o fossem todas as barreiras
sociais que existem contra a vida se��
xual de uma mulher solteira. Veja s��:
voc�� se satisfaz com um cobertor,
imagina-se na cama com um desconhe��
cido, interessa-se pelo padre, mas n��o
fala nada sobre seu relacionamento ��n��
timo com seu namorado. �� muito pro��
v��vel que com ele voc�� se contenha,
n��o aceite certas car��cias mais ��ntimas,
e talvez nem se sinta excitada. Por que
isso? Porque ele �� um homem concre��
to, que est�� pr��ximo de voc��, que
pode de fato fazer as coisas que voc��
s�� imagina com os outros (desconheci��
dos, padres) que s��o inacess��veis. Isto
significa que voc�� ainda tem medo de
partir para a pr��tica, certamente com
receio de perder a virgindade, etc. . .
Com a sua idade �� muito normal que
ainda seja assim, mas com o tempo
sua sexualidade precisa encontrar
caminhos mais reais. E isso ir�� aconte��
cendo na medida em que voc�� se sentir
mais segura, mais amadurecida para
ter um relacionamento a dois. E para
isso n��o �� preciso esperar pelo casa��
mento, mas ter um companheiro de
quem voc�� goste, por quem sinta atra��
����o, ternura, etc. e, principalmente,
aceitar como um direito seu o fato
de ter prazer com uma outra pessoa.
O cobertor um dia ser�� apenas uma
boa lembran��a. Quanto ��s fantasias,
n��o fa��a nada para cort��-las. Elas
s��o seu patrim��nio ��ntimo, n��o fa��
zem mal a ningu��m, e servem de est����
mulo para que sua vida sexual se en��
rique��a. Mas n��o deixe que elas im��
pe��am voc�� de viver o real.
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do Tempo T runf uk) dai Bermuda��
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Fone: 224 5493 DESEJADOS E C��DIGO DESTE CUPOM.
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C��DIGO 1 CF-18
NOME
RUA
N��.
CIDADE
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61 62 63 64
RH. S) ��� ���um
Prottitufa por (t (K j..
R��f. 55 70JDO
Kprlho da Realidade
Homossexualidade
masculina
SOMOS UMA COISA DISTANTE, S��RIA, PECAMINOSA?".
"HOMOSSEXUAL �� MUITO DIFERENTE DO
HETEROSSEXUAL?"...
"Sou um leitor ass��duo e inveterado pesquisas feitas por aquele ou outro
desta publica����o e tenho observado pesquisador interessado, coisa que ��s
que apesar de todos os tabus que fovezes
s�� faz �� complicar a cabe��a de
ram jogados fora, por voc��s, um ainda pessoas n��o esclarecidas a respeito, j��
insiste em aparecer. Quando se fala em que esta publica����o �� lida por todos.
homo-masculino voc��s tratam como
uma coisa distante, s��ria, pecaminosa Quando se pede uma forma, uma solu��
e cheia de coisas que n��o s��o bem es�� ����o, uma sa��da para um problema que
clarecidas. Voc��s simplesmente citam nos aflige, voc��s simplesmente falam,
24 confiss��es
falam e n��o apresentam uma solu����o
"X", f��cil de se p��r em pr��tica. Tudo
que gira �� em torno de um mist��rio,
de poucos segredos mas bastante con��
fusos. As fotos nem sempre s��o boas,
as vezes chegam a ser absurdas e incoe��
rentes com a realidade em geral, digo
isto e repito, �� p��ssimo para uma pu��
blica����o t��o afamada. Por que todo es��
se mist��rio no homo-masculino? Voc��s
j�� foram ��s vezes t��o objetivos, por
que n��o o s��o sempre? Digo isto por��
que fiquei tremendamente frustrado
com a ��ltima publica����o, quando um
jovem paulistano foi franco e sincero
e no caso voc��s n��o disseram o que
fazer. Digo isto porque sofri na pele
o que ele sofreu e n��o fui t��o feliz
quanto ele, pois n��o aconteceu nada
de ��ntimo entre eu e meu caso. Ao
jovem paulistano digo: v�� em frente,
veja a realidade como ela ��, tire o
maior proveito do que pode sair
entre voc�� e ele, saiba como voc��
deve ser, e seja sincero para com voc��
mesmo. V��, o jogo �� seu e os outros
que se danem. O que aconteceu comi��
go foi ligar para certos preconceitos
bestas e f��teis. Fam��lia tradicional,
a faculdade, os amigos, enfim, muita
coisa besta. Por que n��o avisar para al��
gu��m disto? Tornei-me uma pessoa
frustrada, abandonada, e chata, em
decorr��ncia fiz at�� an��lise com um
amigo psic��logo. Os amigos se foram,
a faculdade daria para levar, como a
levo at�� hoje. Em conseq����ncia, tor��
nei-me s��. Com a homo-feminino
voc��s a tratam t��o bem que nos dei��
xam a desejar, as fotos delas s��o at��
insinuantes! Deixem de ser t��o met��di��
cos e procurem ser mais objetivos. Sou
um universit��rio de 21 anos, curso
Administra����o de Empresas. Suas pu��
blica����es s��o feitas para muita gente
e no meio universit��rio ela �� muito
querida, tanto Confiss��es Intimas como
"Peteca" e "Rose". Escrevo em
nome de 9 colegas e j�� escrevemos 3
vezes para voc��s e nunca obtivemos
resposta. Embora um pouco triste
com voc��s, meus parab��ns!". ("Jo��
vem S��" Fortaleza
/ Cear��)
Como o jovem afirma ser leitor ass��duo
desta publica����o, sugerimos que
folheie toda a cole����o de exemplares
de Confiss��es ��ntimas, desde o n��me��
ro um. Acreditamos que o jovem uni��
versit��rio n��o tem lido com a devida
aten����o, especialmente os cap��tulos
O HOMOSSEXUAL N��O ��
ANORMAL, NEM DOENTE E
MUITO MENOS PECADOR.
referentes �� homossexualidade mas��
culina. Tanto que o desafiamos a en��
contrar uma ��nica e simples frase, uma
frase sequer, de aspecto preconceituoso.
Imparcialidade e isen����o de precon��
ceitos n��o �� nenhum m��rito que este��
jamos postulando. �� condi����o impres��
cind��vel para todo aquele que se
prop��e a trabalhar com a informa����o
sobre o comportamento sexual huma��
no. Onde n��o cabem as designa����es de
doen��a, anormalidade ou "pecamino��
so" ��� este ��ltimo termo utilizado em
sua missiva. Se citamos pesquisas e'
porque elas existem e �� com elas que
devemos trabalhar. Gra��as a essas pes��
quisas, o mundo est�� podendo desco��
brir que o homossexual n��o �� anormal,
nem doente e muito menos pecador.
Conceitos, ali��s, que nem mesmo in��
gressam na cogita����o de trabalhos cien��
t��ficos que objetivam nem favorecer e
confiss��es 25
muito menos condenar, mas, sim, es��
clarecer uma situa����o comportamental.
Quanto �� nossa "seriedade", o jo��
vem deve convir que estamos tratando
de um dos assuntos mais s��rios de to��
dos os tempos e, ainda, da atualidade.
Mist��rio? N��o existe mist��rio algum.
Tudo que �� humano �� natural e . . .
simples! Procuramos utilizar de uma
linguagem a mais simples e objetiva
poss��vel, capaz de atingir leitores dos
mais diversos n��veis de escolaridade e
cultura. Como recebemos dezenas de
cartas mensalmente, n��o podemos nos
deter em aspectos da pequenez indivi��
dual, por assim dizer. A revista �� desti��
nada a milhares de leitores e esses as��
pectos da mais profunda particulari��
dade s��o resolvidos com uma vis��o
mais global da universalidade da con��
di����o homossexual. Afinal, um inte��
resse comum, muito mais amplo e
n��o t��o ego��sta. Sobre a resposta ao
jovem paulistano (Confiss��es Intimas,
n��. 14), dezenas de cartas est��o che��
gando e, observe em "Opini��o", n��o
conferem com a mesma ��tica sob a
qual voc�� leu a resposta. Pode-se di��
zer a algu��m como ele pode aprendei
a andar de bicicleta sem neces��
sidade de explicar detalhes que ele
vai conhecer melhor na a����o. Basta en��
coraj��-lo, n��o �� preciso empurr��-lo,
isso j�� seria sonegar-lhe O sabor e o
prazer da vit��ria.
Quanto ��s fotos, elas s��o unicamente
para ilustrar. Esta �� uma revista de in��
forma����o sexual e n��o um ��lbum de
fotografias er��ticas. Al��m disso, n��o ��
muito f��cil produzir material do g����
nero.
Apreciamos bastante sua carta e de
seus colegas de faculdade. Escrevam
sempre.
"QUERO PARABENIZAR VOC��".. .
"Nina, acho que j�� sou velho conheci��
do de Peteca, pois sempre escrevo car
26 confiss��es
tas para a Grafipar. Desculpe-me se
minhas cartas enchem o saco, mas s��
escrevo, porque quero ficar em dia
com voc��s. Esta carta n��o vai pedir
conselho e tampouco criticar; vai ape��
nas com o objetivo de parabenizar vo��
c�� pelas coisas lindas que escreveu,
em Confiss��es Intimas n��. 14. A id��ia
de colocar a carta do leitor na ��ntegra
foi ��tima, pois ajuda a gente a com��
preender, eu li e reli aquele artigo e
ainda n��o cansei. Voc�� comparou o
homossexual a uma pessoa normal e
olha que voc�� n��o fez nenhum favor,
pois se parar para pensar voc�� ver��
que um homossexual, assim como um
heterossexual, tem seus problemas.
N��O OBSTANTE OS
PRECONCEITOS DA MORAL
RELIGIOSA, A ACEITA����O
DO HOMOSSEXUAL ��
IRREVERS��VEL,
INCONTROL��VEL.
Voc�� deve saber que existem homosse��
xuais s��dicos, masoquistas, ped��filose
outras coisas mais que os heterossexuais
tamb��m o s��o. Nina, sem d��vida ne��
nhuma seu artigo da revista n�� 14 foi
o melhor que j�� escreveu. E quanto ao
jovem da carta, eu compreendo-o. Os
homossexuais s�� t��m uma coisa que os
fazem diferentes dos heterossexuais:
eles s��o, em boa maioria, mais sens����
veis e n��o aceitam a id��ia de comprar
amor. Um homossexual nunca desiste,
como diz uma can����o de Agnaldo
Tim��teo: "H�� sempre a promessa de
um amor ideal". Mesmo que esse amor
nunca chegue, esta promessa nunca vai
morrer. O homossexual teme a velhice,
muito mais que o hetero, e isso faz
com que eles procurem desfrutar a
juventude o m��ximo poss��vel. E ��
justamente isso que muitas vezes faz
com que eles cometam erros. Quando
o homossexual encontra algu��m que
gosta dele, fica criando complexos,
dizendo a si mesmo que jamais essa
pessoa vai am��-lo, pois ele n��o �� o
ideal. �� isso que os faz cair em pro��
funda apatia. Quero finalizar dizendo
a todos: "Em qualquer lugar deste
mundo tem algu��m destinado a te
encontrar" (J��lio-Guariba/S��o Paulo).
"Sua resposta focalizou muito bem
essa id��ia falsa de que o homossexual ��
uma criatura estranha, diferente das
outras. Aqui no Rio, h�� v��rios crimes
insol��veis de homossexuais. �� como se
tivessem matado um c��o vadio. Hoje,
quando nem mesmo o ser mais humil��
de (vejam o caso do A��zio) pode ser
espancado e morto, �� inconceb��vel que
n��o se "cobre" mais justi��a para o
homossexual. Ele tamb��m �� gente,
igual aos demais" ... (R.FJ. - Rio de
Janeiro).
Felizmente, uma consider��vel maioria
est�� descobrindo que os homossexuais
s��o pessoas comuns e n��o seres estra��
nhos. Que devem ser tratados com a
mesma dignidade humana dos demais
seres. Infelizmente, �� verdade, precon��
ceitos persistem em algumas criaturas,
camadas e at�� grupos, a mania de
classifica����o, do r��tulo. At�� mesmo
em alguns ��rg��os da imprensa, quando
um homossexual �� assassinado, a man��
chete do dia seguinte �� infal��vel: "As��
sassinado um Homossexual" Jamais
deparamos com jornal pela manh�� e
esta manchete: "Assassinado um Hete��
rossexual" Sem contar, como aqui j��
frisamos tantas vezes, que quase sempre
os casos de assassinatos de homos��
sexuais v��o parar no arquivo de "crimes
insol��veis" da Pol��cia. Ao inv��s de
investigar e procurar o criminoso,
autoridades policiais ocupam-se de
fornecer �� imprensa detalhes escabrosos
da vida da v��tima, o que n��o sucederia
se ele fosse um "heterossexual'! Nestes
casos, mesmo se tratando de um caso
passional com envolvimento de amante,
poupa-se da integridade "moral" da
v��tima, um homem casado, e de sua
fam��lia. Tamb��m neste setor, devemos
confessar que h��, finalmente, uma
grande evolu����o por parte das auto��
ridades encarregadas de zelar pela
seguran��a de todos (todos!) os cida��
d��os, independentemente de sua prefe��
r��ncia sexual.
Quanto ao "medo da velhice" (denun��
ciado pelo leitor paulista), permita-nos
discordar em parte: o medo da velhice
�� universal, independe de sexo ou
prefer��ncia sexual. N��o se pode situar
a�� o homossexual. Em verdade, o que
faz alguns homossexuais temerem a
velhice �� a solid��o. Ingressa a�� justa��
mente uma falha do homossexual, que
�� a incapacidade de estabelecer uma
rela����o est��vel, segura e definitiva. A
falha, evidentemente, �� agravada pela
repress��o do sistema social, pelo pre��
conceito. Pela aus��ncia de leis (como
as existentes em alguns pa��ses) que
garantam ao homossexual o direito
de uma conviv��ncia em comum.
Deve-se convir que na mocidade o
homossexual excluiu essa possibilidade,
preocupa����o que s�� ir�� envolv��-lo na
velhice.
Muitas conquistas est��o sendo obtidas
pelo universo homossexual, mesmo
porque a sociedade est�� aprendendo
que ter�� de conviver com essa reali��
dade. N��o obstante os preconceitos da
moral religiosa, essa aceita����o �� irrever��
s��vel, incontorn��vel.
confiss��es27
Sa��de
"EU SOFRO DE HIPOSPADIA
MEUS TEST��CULOS SE MOVIMENTAM".
TIVE S��FILIS E MEU P��NIS INCHA"...
"Sou um jovem de 19 anos, normal
sexualmente como outro qualquer,
mas apresento defeitos no pr��prio
aparelho genital. Sofro de Hipospadia
e meu p��nis �� um pouco curvo para
baixo, um ��ngulo de quase noventa
graus. Apesar de tudo, eu j�� tive v��rias
rela����es sexuais e at�� mesmo pratico
masturba����o. J�� fui operado tr��s vezes
com um cirurgi��o pl��stico de Te resina,
mas tive resultado negativo; continuo
com Hipospadia e o p��nis sempre cur��
vo. Ser�� que em outros locais a Medi��
cina �� mais desenvolvida e este proble��
mas poder��o ser resolvidos? Olhem,
meu p��nis mede apenas 10 cent��metros
quando ereto, este tamanho �� normal?
Qual o tamanho normal? Quanto ��
curva, parece haver algo puxando a
glande para baixo, causando o aspecto
j�� citado. Se o defeito da hipospadia
n��o for corrigido �� completamente
imposs��vel ter filhos? Como todo
homem, eu sonho um dia ser chefe de
fam��lia. Ser�� que uma mulher aceitaria
ser minha esposa com tal defeito? Ser��
que seccionando a parte que puxa a
glande para baixo, resolve o proble��
ma?"... (GSI. - Parna��ba/Piau��).
Hipospadia �� um v��cio inato de confor��
ma����o, sucedendo que a uretra, em
vez de se abrir na ponta do p��nis, abre-
se em sua base inferior, sendo a urina
projetada para os p��s. O mesmo sucede
no relacionamento sexual, quando o
esperma �� projetado para fora da vulva.
Geralmente nestes casos o p��nis �� me��
nos desenvolvido do que normalmente.
Opera-se facilmente a hipospadia, sendo
28 confiss��es
aconselh��vel que o jovem desloque-se
para um centro maior, onde m��dicos
especialistas j�� est��o habituados a
corrigir esse defeito atrav��s de uma
pequena cirurgia. Na realidade, a hipospadia
impede a gera����o de filhos, caso
n��o seja operada. Embora haja tam��
b��m a solu����o da insemina����o artificial,
com o esperma colhido pela masturba����o.
Ou ent��o praticando o ato
sexual �� maneira animal, com a mulher
de costas. Em seu "Dicion��rio Sexual"
Georges Valensin lembra que "foi nes��
sa posi����o posterior que o m��dico
Fernel aconselhou para Catarina de
M��dicis, pois seu marido Henrique II
sofria de hipospadia e ela ficara dez
anos casada sem ter filhos. Tr��s futu��
ros reis da Fran��a foram concebidos
dessa maneira, como j�� o haviam
sido os bastardos de Henrique II. pois
o rei tentara antes essa posi����o com
suas amantes"
Provavelmente o jovem ter�� de apro��
veitar a oportunidade para fazer dupla
cirurgia. Al��m da hipospadia, tudo
indica que o problema de curvatura
exagerada �� causada por fimose ou
ent��o freio curto. Exatamente como
diz em sua carta, um pequeno corte,
seccionando levemente o freio, devolve
o p��nis �� posi����o normal. Com estes
recursos, o p��nis ganhar�� melhor de��
sempenho como tamb��m um ligeiro
aumento no comprimento.
"TEST��CULOS SE MOVIMENTAM"
"No meu escroto o test��tulo esquerdo
fica se mexendo num movimento de
enche e murcha e, ��s vezes, ao andar
d��i. Ser�� isso uma h��rnia? Quando eu
apalpo do lado direito, sinto o gr��o
perfeito, mas do lado esquerdo sinto o
gr��o e uma bolinhas junto com veias.
�� mais ou menos isso. �� normal tudo
isso?"... (C.A.S. - S��o Paulo/SP).
S�� um exame m��dico completo poder��
determinar o diagn��stico desse pro��
blema. Tanto pode ser uma h��rnia co��
mo uma varicocele (uma esp��cie de
tumor formado pela dilata����o varicosa.
Seja qual for o diagn��stico do m��dico,
tanto um como outro dos males ��
facilmente eliminado atrav��s da cirur��
gia. A cirurgia e o tratamento podem
ser feitos atrav��s do INPS.
"AP��S O ATO, INCHA����O DO
P��NIS"...
"Estou com 20 anos, contra�� s��filis h��
dois anos e estive em longo tratamento.
O problema foi curado e logo ap��s o
tratamento, quando tive um contato
sexual, meu p��nis ficou com uns cortes
superficiais e em baixo da glande uma
incha����o que n��o era normal. Procurei
um m��dico, n��o contei que tive rela��
����es e a receita dele n��o deu certo.
Procurei outro, que me receitou um
medicamento que fez efeito r��pido.
Tamb��m n��o contei ao m��dico que
tinha tido rela����es. Sucede que agora
eu mantive relacionamento sexual
outra vez e voltou o mesmovproblema.
Tomei o medicamento e sarou. Ser��
que �� problema da s��filis?"... ("Deses��
perado" -Recife /Pernambuco).
N��o h�� motivo algum para essa sua
teimosia em esconder do m��dico que o
problema aparece ap��s o ato sexual.
Afinal, sexo �� a coisa mais natural do
mundo e o m��dico est�� a�� para curar
sua doen��a e n��o para fazer um julga��
mento moral do seu comportamento
sexual. Enquanto persistir esse seu
rid��culo temor, m��dico algum poder��
chegar a uma conclus��o satisfat��ria.
Volte ao segundo m��dico, relate tudo
de uma vez, inclusive sobre a s��filis
anterior. Quanto mais dados voc��
fornecer ao m��dico, mais ir�� ajud��-lo
a curar seu problema. Um detalhe
importante n��o revelado em sua carta
e que voc�� deve tamb��m contar ao
confiss��es 29
M��dico �� se as suas rela����es s��o com a
mesma mulher. Tudo isso �� importante
para um diagn��stico mais exato.
DESCONHECIMENTO DO
PR��PRIO CORPO
"Tenho 21 anos e, para ser franca,
n��o sei praticamente nada sobre os as��
suntos de sexo. Quando eu tinha 12
anos teve in��cio minha menstrua����o.
Fiquei supernervosa, pois n��o sabia
do que se tratava. Imaginei que tudo
dentro de mim estava rebentando, mas
n��o tive coragem de perguntar nada ��
minha m��e. Passei, ent��o, a verificar
meu corpo com maior aten����o e repa��
rei que na parte inferior da vagina ha��
via uma esp��cie de carne pontiaguda,
como se fosse um peda��o de nervo
apontado para fora. Achei aquilo mui��
to estranho e tentei arrancar, temendo
que fosse algum verme. Tentei muitas
vezes mas n��o consegui. Nunca disse
nada a ningu��m sobre esse fato, mas
agora resolvi escrever, porque estou
tendo um corrimento constante e com
um mau-cheiro incr��vel. J�� pensei em
consultar um m��dico especialista mas
tenho vergonha. O corrimento pode
ter sido causado pela minha tentativa
de arrancar aquela esp��cie de nervo?
Ser�� que isso vai me impedir de ser
m��e um dia? Pe��o-lhes que me d��em
as orienta����es necess��rias." (Terezinha
- Governador Valadares - MG)
Quanto sofrimento e afli����o voc��
passou sozinha, devido �� ignor��ncia e
ao medo de perguntar as coisas! Vo��
c�� n��o �� culpada disso, mas foi v��tima
da situa����o de preconceitos e igno��
r��ncia que perdura ainda na maioria
dos lares. Seu relato �� uma evid��ncia
de como �� urgente tirar dos batidores
as informa����es sobre a vida sexual,
ampliando isso a n��vel das escolas e de
todos os adultos que t��m influ��ncia
sobre a educa����o das crian��as.
Como deve ter sido dif��cil voc�� con
30confiss��es
viver com seu pr��prio corpo, uma coi��
sa t��o pr��xima e que voc�� deveria co��
nhecer bem e tratar com muito cari��
nho. Voc�� nunca viu os ��rg��os genitais
de outra mulher? Nem em fotografia
ou desenhos de livros? Pois bem, to��
das as mulheres t��m duas "pregas"
de pele, um pouco escuras, que reco��
brem a entrada da vagina. S��o os
grandes l��bios, e no interior dele, mais
no alto, existe uma sali��ncia que �� o
clit��ris, um ��rg��o de muita sensibili��
dade. S�� por carta �� imposs��vel saber
o que �� esse "nervo" que voc�� tentou
tantas vezes arrancar. E claro que
voc�� n��o devia ter feito isso, pois ar��
riscou a mutilar seu corpo, causando
dores que s�� voc�� pode imaginar. Que
id��ia mais negativa essa de pensar que
poderia ser um verme! Olhe, procure
logo consultar uma me'dica ginecologista.
Ela ir�� esclarecer se existe al��
guma coisa errada na sua anatomia e
o que deve ser feito. �� bem prov��vel
que esteja tudo normal, por fora.
Agora o corrimento indica que voc��
est�� com alguma infec����o vaginal, e
isso pode ser tratado facilmente
com orienta����o m��dica. Certamente
esses problemas n��o afetam sua capa��
cidade de ter filhos. Mais importante
agora �� voc�� se preocupar com sua
capacidade de se realizar sexualmente
como mulher. Trate de ler e conver��
sar mais sobre isso, se informando para
tirar da cabe��a tantas id��ias erradas
que s��o fruto da ignor��ncia. Espera��
mos que voc�� cuide bem do seu cor��
po e que afirme para si mesma o seu
direito de ter prazer com ele. Para
finalizar, recomendamos que voc��
leia alguns artigos que v��m sendo
publicados na revista Rose, desta
editora, especialmente destinada aos
problemas que interessam �� mulher.
Para colocar seu an��ncio, C��digo de Endere��amento Postal
escreva corretamente os de sua cidade. No envelope,
dados, procurando resumi los enderece corretamente: Revista
tanto quanto poss��vel. Envie seu udta "Ponto de Encontro" ���
an��ncio com carta assinada, Caixa Postal 1716
caligrafia bem leg��vel e coloque o CEP 80000 Curitiba /Paran��.
Ponto de encontro
"Gosto da vida e tudo de bom "Loi��grafo colecionador, mo-"Desenhista. 1,76 m / 65 kg.,
que cia nos proporciona. Dereno-
claro, olhos cast., 1,74 m., olhos verdes, curlidor de m��sejo
me corresp. c/ jovens de deseja corresp. c/ rapazes e sica, postais e poesias, deseja
ambos os sexos, que gostem mo��as de todo Brasil, p/ trose
corresp. c/ garotas dc todo
de cultivar uma grande amica
de postais e id��ias." (AnBrasil.
Promete resposta a tozade."
(J. C. M. - R. Oleg��rio t��nio C. Gon��alves - R. Saldas
as cartas." (Jose ��ngelo C.
Maciel, 81 7 - Centro - Araqua-danha Marinho, 675 - Curitt-* Gardenal - R. Aguiar de Bar-
n / MG ' CEP 38440) ba / PR / CEP 80000) ros, 335 - Sorocaba / SP / CEP
18100)
"Jovem rom��ntica, cab. e "Univ., solt.. moreno-claro,
olhos cast., 1,65 m / 59 kg., 20 anos, 1,60 m/ 60 kg, "Al��, moreninhas e loirinhas
gostaria de se corresp. c/ rapagostaria
de se corresp. c/ gadc
todo o Brasil, se voc��s quizes
s/preconceitos dc todo rotas de todo o Brasil p/ amiserem
curtir uma amizade leBrasil."
(Maria Cristina A. da zade sincera ou talvez, futuro gal, com muita alegria e menCruz
- R. 28 de Outubro, 97 ��� ���-ompromisso." (J. Santo�� - R. sagens de paz c amor, escrePedreira
- llaquaquecetuba Ot��vio, 238 - Gar��a / SP / vam-me. Aguardo suas carti-
SP / CEP 08580) ��TP 17400) nhas." (Otoniel Otoni de Carvalho
- Rua, Bar��o de Arata"
Est., jogador de futebol, mo-"Est., morcna-clara, olhos
nha. 1209 - ap. 103 - bairro
reno-claro, olhos c cab. cast., cast., cab. pretos, amante da
F��tima - Fortaleza / CE /
1,77 m / 68 kg., deseja se cornatureza,
m��sica, deseja se co
CEP 60000)
resp. ei ambos os sexos, p/ municar c/ pessoas legais, p/
uma amizade legal" (Lu��s A. curtir uma boa amizade." (Ro"
Bronzeado, 19 anos, l,66m/
G. Brito - Av. Transamaz��ni-sa ura Vasconcelos - P��a. S3o 58 kg., cabelos encaracolados.
ca. 421 - Picos / PI / CEP Jos��, 123 - Pitangui / MG / olhos verdes. Solit��rio e tris64600)
CEP 35650) te, componho m��sicas, poemas
e contos Corresp. com
"Moreno, f��sico atl��tico, cab. "Fot��grafo amador, 18 anos, garotas brasileiras e estran
o
encaracolados, l,68m/59kg.. cursando o 2 . ano de Contageiras
at�� 35 anos, para
24 anos. deseja aumentar seu bilidade. Corresp. com pessoas profunda amizade. Foto na
a
circulo dc amizades c,' garotas dc ambos os sexos, inclusive I. carta." (Rose Di Marzhus
de lodo Brasil." (Claud��sio C. casados, qualquer idade, que Gon��alves Ara��jo - Rua, C��nPereira
- V. Catiboaba - Edif. n��o tenham preconceitos." dido Mendes. 82 -B -2o. an
HW 1 ��� Magnesita S. A. ��� Bru-(A. Lima - Caixa Postal 465 -dar - ap. 10 - S��o Lu��s / MA /
mado/ BA / CLP 46100) SIo Lu��s / MA / CEP 65000) CEP 65000)
"Sagitariano, 24 anos, more-"Gostaria de me corresp. c/ ra"
Canceriana, olhos c cab. preno-
claro, deseja se corresp. c/ pazes de todo Brasil, sou univ., tos, 1 .Min / 43 kg., gostaria
garotas de ate' 30 anos, p/ morcna-clara, tenho l,67m/ se corresp. c/ rapazes de todo
amizade sincera ou fut. com57
kg., sou sincera e solteira." Brasil." (Dalcilene D. Macepromisso."
(Acir B. de Cam(
Sharlot Keifth -R Elias Tho-do - R. Luiz Antony, 1128 pos
-1. R. F. Matarazzo -C. P. mc. 202 ��� Tabo��o - Curitiba / Centro - Manaus / AM / CEP
25 - Jaguariaiva / PR / CEP PR / CEP 80000) 69000)
84 200)
"Est., cab. c olhos cast., "Recadinho: universit��rio, 30
"Ol��, rapaziada que queira 1,72 m., gosta de esportes, anos, quero entrar cm contato
curtir unia boa, escrevam-me, m��sica e cinema, deseja se somente com S. A. dc S��o
tenho 21 anos, olhos e cab. corresp. c/ garotas de at�� Bernardo do Campo, que pucast..
sou est., troco foto na 19 anos. promete resp. a toblicou
seus problemas na Re
a
I . carta." (F��tima Lima ��� das as canas." (Carlos Henrivista
Confiss��es Intimas n��.
R. 15 dc Novembro s/n -que dos Santos M. - R. Paqui-12." (M��rcio Sobra - Caixa
S��o Jo��o do Cariri / PB / bad��, 786 - ap. 404 - Lins / Postal 685 - Cascavel / PR /
CLP 58590) RJ / CEP 20000) CEP 65.800)
confiss��es 31
Boas not��cias n��o se d��o baixinho
ATEN����O, LEITORES
DO BRASIL!
A partir de novembro,
Contos Er��ticos
ser�� quinzenal.
Fique de olho na banca de revistas!
De: Bons Amigos lançamentos
O Grupo Bons Amigos e o Grupo Só Livros com Sinopses têm o prazer de lançar hoje mais uma obra digital no formato txt , pdf e epub para atender aos deficientes visuais.
REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº18 1979
Revista doada por Adeilton e digitalizada por Fernando Santos
Sinopse:
Excelente revista de educação sexual que teve grandioso sucesso entre as décadas de 70 a 90 do século passado. . Editada pela gráfica Grafipar - Gráfica Editora Ltda-Grupo de Curitiba. Tendo como responsáveis Faissal El-Khatib e Faruk El-Khatib . Redatores Nelson Faria e Nina Fock. Infelizmente não temos o nº01 E nº03 Quem tiver nos envie para digitalizar. Pode ser a cópia xerox Recomendamos !
Lançamento Só Livros com sinopses e Grupo Bons Amigos:
1 )https://groups.google.com/forum/#!forum/solivroscomsinopses
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Abraços fraternos!
Bezerra
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