domingo, 11 de outubro de 2020 By: Fred

{clube-do-e-livro} LANÇAMENTO DA REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº28 1980 NOS FORMATOS :PDF,TXT E EPUB

A circula����o quinzenal de

Confiss��es Intimas, o que ��

motivo de grande satisfa����o

para todos n��s da reda����o,





resultou num completo sucesso.


N��o s�� nas bancas, com

grande aceita����o por parte

dos leitores, como tamb��m





no aumento do volume de


correspond��ncia.

Duplicou o servi��o, mas ��





com prazer que executamos


nosso trabalho, verificando

assim que a miss��o est�� sendo





cumprida a contento e da


forma por que os leitores tanto

solicitavam.





Outros sucessos para o


Leitor-Grafipar �� a circula����o,

j�� no segundo n��mero, de

"Ponto de Encontro", uma

revista para marcar, conquistar

e amar. N��o perca seu





exemplar nas bancas.


��NDICE: 4 - Inicia����o e Timidez Sexual/

5 - Masturba����o��6 - Sexualidade

feminina /IO - Homossexualidade

Masculina/l 7 - Emocional/22 - Sa��de/

26 - Depoimento��31 - Ponto de

Encontro/34 - Opini��o.





Inicia����o

e timidez sexual

"TENHO UM TERR��VEL COMPLEXO DE FEIURA."

ou um j o v e m solit��rio de 2"

satisfa��a a t o d o s os gostos e prefer��n-

a n o s e ainda virgem p o r q u e t e n h o um

cias. Al��m disto, o que r e a l m e n t e

t r a u m a desde crian��a q u e me perse-

i m p o r t a nas pessoas �� o seu interior,

gue n o i t e e dia. �� q u e sempre fui mui-

o car��ter, a capacidade de dar e de re-

to feio e agora na adolesc��ncia u m a

ceber a f e t o , p o r t a n t o , a sensibilidade.

p r e c o c e calv��cie ainda veio piorar as

�� esta sensibilidade q u e criar�� ra��zes

coisas. Perdi m e u s pais q u a n d o ainda

em t o d o s os que ir��o se a p r o x i m a r de

era crian��a e fui e d u c a d o p o r tios q u e

voc��, far�� c o m que estabele��a amiza-

n u n c a m e d e r a m liberdade. Sou m u i -

des d u r a d o u r a s e d e s p e r t e a m o r no

to t �� m i d o e q u a n d o t e n t o chegar per-

sexo o p o s t o . Voc�� precisa c o m b a t e r

to de u m a garota fico t r �� m u l o e sem

a sua t i m i d e z , seu m e d o de ser despre-

j e i t o . C o m o conseguirei acabar c o m

z a d o ou rejeitado. A luta pela vida �� a

este m e d o ? Ajude-me, p o r f a v o r ! " (S.

m e s m a para t o d o s , um perde ��� ga-

L. S. - Itaguaru / G O )

nha c o n s t a n t e e n �� o se p o d e fugir

dela e s c o n d e n d o a cabe��a c o m o o

avestruz, voc�� n �� o acha? �� no c a m p o

A

de luta q u e se a p r e n d e a lutar. Parta

e d u c a �� �� o repressiva que seus

para esta luta c o m v o n t a d e e m u i t a

tios i m p u s e r a m a voc�� resultou nesta

garra. Chegue-se ��s pej>soas e corra os

inseguran��a e neste t e m o r para en-

riscos.

frentar o m u n d o . 0 fato de achar-

se feio j�� �� u m a conseq����ncia de sua

inseguran��a. Beleza �� u m a q u e s t �� o

m u i t o pessoal: o que �� belo para um

p o d e ser c o n s i d e r a d o feio para o u t r o .

N��o existe um p a d r �� o de beleza que

4confiss��es





Masturba����o

"EU ME MASTURBAVA AGARRADO EM ��RVORES".

os meus 7 a 13 anos eu tinha

a tens��o sexual q u e o p r i m i a . �� preciso

a mania de me agarrar em ��rvores pe-

q u e voc�� n��o c o n f u n d a m a s c u l i n i d a d e

quenas, paus fincados, como se estives-

com o t a m a n h o do p��nis. O i m p o r t a n -

se praticando o coito com uma mulher

te n u m r e l a c i o n a m e n t o sexual �� a sen-

em p�� e me satisfazia. Aos 13 larguei

sibilidade e o c o n h e c i m e n t o do q u e es-

disto e passei �� masturba����o tradicio-

t �� f a z e n d o , p o r t a n t o , i n d e p e n d e d o

nal e desde ent��o ejaculo muito ra-

t a m a n h o do p��nis. O q u e p o d e ter

pidamente. Ser�� pelo fato de eu ter

a c o n t e c i d o �� q u e voc�� t e n h a for��ado

sido tarado t��o cedo que meu p��nis

a m a s t u r b a �� �� o tendo-a t o r n a d o m u i t o

hoje �� t��o pequeno? Aquela minha

freq��ente ou talvez a tenha i n t e r r o m -

mama era normal?" (G. R. S. F. - Al-

p i d o para prolongar o prazer. A �� , en-

fenas / MG)

t �� o , estaria a causa, q u e m s a b e , desta

ejacula����o r��pida q u e est�� a c u s a n d o

h o j e . . V o c �� me parece estar j�� prepara-

A

do para o c o n t a t o d i r e t o c o m o sexo

m a s t u r b a �� �� o n �� o atrofia abso-

o p o s t o para e n c o n t r a r u m a c o m p a -

l u t a m e n t e o p �� n i s , n e m interfere no

nheira q u e lhe satisfa��a e lhe corres-

seu d e s e n v o l v i m e n t o , de forma a

p o n d a . Esque��a o passado e suas pe-

impedir q u e ele cres��a n o r m a l m e n -

raltices e viva o p r e s e n t e c o m um

t e . A p r o p o r �� �� o p e n i a n a q u e voc��

o l h o n o f u t u r o .

t e m �� n o r m a l , est�� d e n t r o dos pa-

dr��es considerados n o r m a i s . Seu

c o m p o r t a m e n t o na inf��ncia e pu-

b e r d a d e t a m b �� m era n o r m a l , u m a

vez que sentia necessidade de liberar

confiss��es 5





Sexualidade feminina

"N��O CONSIGO ORGASMO COM MEU MARIDO".

ou casada h�� um ano e antes

r��o minha separa����o apesar de sabe-

do meu casamento conheci um tapaz

rem que gosto de meu marido mas

com quem tive rela����o ��ntima e vol-

n��o o amo. Ajude-me a resolver o meu

tei a ter depois do casamento. Termi-

caso de amor." (A. N. - Minas Gerais)

nei tudo com aquele rapaz, porque

percebi que ele n��o me queria, em-

bora eu ainda o amasse. Contei a meu

marido meu caso extra pois estou

est�� em p l e n o p e r �� o d o de

desesperada porque n��o consigo orgas-

a d a p t a �� �� o com. seu m a r i d o e n �� o c o n t a

mo e vivo fugindo dele. S�� penso no

n a d a de r e a l m e n t e grave q u e possa

outro e estou estudando, pois quero

justificar um r o m p i m e n t o do seu ca-

voltar a trabalhar para dar um jeito

s a m e n t o . T e m u m m a r i d o b a s t a n t e

na minha vida. Meus pais n��o aceita-

c o m p r e e n s i v o , capaz de c o m p r e e n d e r

6 confiss��es





suas fraquezas e limita����es e q u e ,

ao q u e p a r e c e , est�� d i s p o s t o a faz��-

la feliz. T o m a r u m a decis��o precipita-

da agora poderia trazer-lhe m u i t a s tris-

tezas e a r r e p e n d i m e n t o s mais t a r d e .

H�� u m a fixa����o no o u t r o r a p a z que a

est�� p r e j u d i c a n d o c o m o se fosse

um s o n h o que n��o se realizou. Ficou

c o m voc�� a id��ia de que aquele era o

seu verdadeiro a m o r . Mas n��o houve

t e m p o para q u e u m r e l a c i o n a m e n t o

real e forte pudesse ter sido criado en-

tre voc��s dois! E voc�� m e s m a afirma

q u e t a m b �� m c o m ele n��o sentiu orgas-

m o , p o r t a n t o n �� o �� a solu����o ao me-

nos imediata para o seu p r o b l e m a .

Tente salvar o seu c a s a m e n t o d a n d o

um t e m p o para a a d a p t a �� �� o e n t r e vo-

c��s dois. Converse c o m seu m a r i d o a

respeito das t��cnicas para q u e voc��

seja m e l h o r envolvida no p r e p a r o para

o a t o sexual. Ver�� c o m o as coisas

m e l h o r a m , q u a n d o s e t e m v o n t a d e

de acertar.

"MULHER DE TORNOZELO





GROSSO TEM VAGINA


INFANTIL.. ."





ouvi de colegas que quando


a mulher tem tornozelo grosso tem

vagina infantil, tamb��m chamada rasa.

Dizem que apenas as de tornozelo fino

�� que t��m vagina bastante funda e

que "ag��entam" bem. 0 que dizem

os mestres em sexo a respeito? Gos-

taria que Confiss��es Intimas fizesse

uma pesquisa a respeito do t��o famoso

e gostoso orgasmo vaginal." (Chama

Ardente - Para��so / SP)

A conforma����o f��sica do ser hu-

m a n o n �� o �� paralela e t a m p o u c o igual

confiss��es 7





para t o d o s . Cada pessoa t e m sua p r �� -

do o r g a s m o , p o r se tratar de um as-

pria c o n f o r m a �� �� o , suas caracter��sticas.

s u n t o q u e �� f u n d a m e n t a l no relacio-

Assim, de 2 pessoas q u e t �� m t o r n o z e -

n a m e n t o sexual, al��m de ser u m a das

lo fino, u m a p o d e ter u m a vagina p o -

m a i o r e s alegrias acess��veis ao ser hu-

p u l a r m e n t e c h a m a d a funda e o u t r a ser

m a n o . Sua sugest��o a respeito da pes-

p o r t a d o r a de u m a vagina rasa. Um fato

quisa foi a n o t a d a e o p o r t u n a m e n t e se-

i n d e p e n d e d o o u t r o . Vale repetir que

r�� p o s t a em pr��tica. Escreva sempre

n u m r e l a c i o n a m e n t o sexual, o q u e

a j u d a n d o - n o s a a u m e n t a r a comunica-

r e a l m e n t e i m p o r t a �� a f e t o , o respeito

����o e n t r e leitores e amigos.

ao p a r c e i r o . T o d o s os p r o b l e m a s s��o

solucion��veis q u a n d o existe a consi-

d e r a �� �� o e a disposi����o de acertar.

Confiss��es Intimas t e m tido u m a

c o n s t a n t e p r e o c u p a �� �� o c o m o t e m a

8 confiss��es





Homossexualidade

masculina

"QUE CULPA TENHO EU DE SER EFEMINADO?"

"N��O SE FAZ TRAVESTI S�� PELA PROSTITUI����O".

homossexual h�� muito tem-

cha louca. Mas, que culpa tenho se eu

po mas n��o �� isso que me aflige. 0

sou assim? J�� li v��rias cartas de pes-

problema �� a desmunheca����o. pois

soas que escrevem para voc��s e dizem

parajnuitos eu n��o passo de uma bi-

que detestam ou t��m nojo de pessoas

10 confiss��es





efeminadas. Para os que est��o fora do

problema �� f��cil criticar, jogar pedra,

mas no ��ntimo eles n��o sabem o que





acontece com a gente. Simplesmente


esquecem que somos humanos. Moran-

do numa cidade pequena como a mi-

nha, onde os preconceitos s��o tantos,

�� dif��cil ter algu��m para se amar, pois

ningu��m assume nada com medo da

chamada "sociedade". O que me su-

foca �� n��o poder amar ningu��m.

Transas acontecem mil, mas s�� aven-

tura. Coisa mais profunda, nada. Me

apaixonei por outro guei, mas ele n��o

assumiu nada comigo e eu fiquei frus-

trad��ssimo. Talvez ele tenha pensado

no que os outros diriam, coisas como:

"nossa, voc�� est�� andando com aque-

la bicha" ou ent��o "olha, aquele cara

�� sujeira". Sei que quando ando, eu

rebolo, tenho trejeitos femininos, mas

que culpa tenho eu? J�� tentei mudar,

mas n��o consigo. Por que as pessoas

n��o me aceitam como sou? Eles h��o

de convir que eu n��o sou o ��nico

homossexual do mundo. Sabem, eu

estou com raiva do mundo, n��o saio

de casa, s��o raras as vezes que subo e

vou at�� a pra��a encontrar com os meus

todos que lerem essa carta para n��o

amigos (todos homossexuais, natural-

criticarem as pessoas efeminadas, pois

mente). J�� n��o sei o que fa��o; mudar

cada coment��rio �� para n��s um peda��o

n��o consigo, pois j�� tentei v��rias ve-

do mundo que cai. Meus amigos de

zes, talvez eu nem seja t��o desmunhe-

Confiss��es Intimas n��o deixem de me

cado assim, mas sou muito taxado pelo

atender; me ajudem, pois s�� confio em

fato de aqui existirem poucos homos-

voc��s. O que eu devo fazer? Essa con-

sexuais. E eu sei que sou o mais dife-

di����o me mata. Devo isolar-me ou me

rente de todos. Nunca aceitei a id��ia

assumir totalmente? Me ajudem, pois

de fazer travesti, n��o que eu condene,

no amor j�� me frustrei demais". . . (S.

mas �� que n��o me identifico com esse

O. S. - Itajub�� / Minas Gerais)





lance. Esta cidade pequena destruiu


minha capacidade de amar; quem sabe

quando eu mudar para uma cidade





grande talvez encontre uma pessoa


est�� supervalorizando a

para amar, assumir meu todo. Embora

o p i n i �� o alheia, t o r n a n d o - s e assim m u i -

eu seja adolescente (n��o sou uma crian-

t o mais vulner��vel aos p r e c o n c e i t o s .

��a n��o, a vida j�� fez minha cabe��a) gos-

Reaja f a z e n d o u m a p r o g r a m a �� �� o mais

to de homens maduros dos seus 25

intensa e a b s o r v e n t e na sua vida do

anos para cima, mais adultos. Pe��o a

q u e passar o t e m p o r e m o e n d o os p r o -

confiss��es 11





blemas de sua c o n d i �� �� o h o m o s s e x u a l .

um homossexual do tipo efeminado e

P r o c u r e dedicar-se a u m a atividade

contei como me sinto e os problemas

��til, a r t �� s t i c a ou n �� o , na qual voc�� pos-

que enfrento por minha condi����o.

sa ter um r e l a c i o n a m e n t o mais i n t e n s o

Questionei tamb��m sobre o termo ho-

c o m o u t r a s pessoas fora da sua " c o m u -

mossexual usado para definir o indiv��-

nidade h o m o s s e x u a l " . Isso n �� o signifi-

duo que mant��m rela����es com seus

ca q u e voc�� deva a b a n d o n a r os seus





companheiros do mesmo sexo. Deixei


amigos. Mas o t r a b a l h o e sua nova

bem claro que este termo n��o me pa-

atividade ir��o dar-lhe u m a nova m o t i -

rece v��lido quando a rela����o �� feita

va����o, m u i t o i m p o r t a n t e e ��til. Estu-

entre Homem, Efeminado, porque n��s

de b e m , p r o c u r e e voc�� e n c o n t r a r ��

assumimos o papel de mulher no ato

u m a forma d e o c u p a r seu t e m p o n u m a

sexual, isto �� claro, no sentido abstra-

atividade q u e gere o interesse e princi-

to, posto que no concreto tal termo

p a l m e n t e o respeito das demais pes-

"pode" ser v��lido. Lendo o n��mero

soas. Mostre que voc�� �� capaz e que

22/80 de Confiss��es, li uma carta

sua cabecinha n��o est�� povoada exclu-

de um rapaz que se diz homossexual

sivamente de s e x o . Saia um p o u c o des-

e declara que tem nojo dos efemina-

se c �� r c u l o a que voc�� est�� c o n f i n a d o ,

dos. Ao ler sua resposta para ele, con-

vivendo marginalizado. Enfrente as

cordei com o fato de voc�� dizer que

pessoas c o m os olhos nos olhos e mos-

n��o h�� motivo para se ter nojo, e que

tre que voc�� quer ser ��til. igual, pura

e s i m p l e s m e n t e , s�� isso. A m u d a n �� a

"N��O H�� EXCLUSIVAMENTE

de cidade n��o vai resolver em nada





UM MODELO MACHO OU


seu p r o b l e m a , e n q u a n t o voc�� n �� o m o -

F��MEA, HETEROSSEXUAL

dificar o seu interior. A p o s t u r a s��ria

OU HOMOSSEXUAL". . .

d i a n t e de u m a tarefa i m p o r t a n t e vai

anular para as demais pessoas quais-

"�� preciso compreend��-los". . . Con-

quer preven����es com rela����o ao t o q u e

forme sua afirma����o. Mas achei um

e f e m i n a d o . Vai estar em primeiro

grande erro voc�� afirmar que n��s ado-

plano a pessoa h u m a n a , seu t r a b a l h o e

tamos os trejeitos femininos por uma

os valores h u m a n o s . Isso n �� o signifi-

quest��o de "revolta", "afli����o" e ou-

ca dissimular, fingir, o c u l t a r , mas sim

tros bichos. Eu, como efeminado, pos-

�� q u e se p o d e chamar de colocar os

so lhe garantir que nossa afli����o n��o

bois na frente da carro��a e n��o ao

tem nada a ver com nossa postura fe-

c o n t r �� r i o . Afinal de c o n t a s , a c o n d i �� �� o

minina. N��s adotamos tal comporta-

sexual de uma pessoa n��o deve jamais

mento porque nos sentimos bem as-

anular t o d o s os seus demais valores a

sim, e a meiguice e as posturas femi-

p o n t o de significar o principal, sen��o

ninas s��o coisas natural��ssimas para

o �� n i c o . E q u e m deve agir para m u d a r

nossa maneira de ser, do mesmo mo-

essa vis��o err��nea �� o p r �� p r i o h o m o s -

do que o �� para as mulheres. Se a ques-

sexual, d e m o n s t r a n d o que seu c o r p o

t��o fosse fingimento ou problemas ps��-

e sua m e n t e n��o �� um o b j e t o sexual

quicos, as mulheres seriam umas desa-

a m b u l a n t e .

justadas, estariam se autopunindo ou

se rejeitando. Na verdade, mais do

que todos os tipos de homossexuais,

n��s somos os mais rejeitados. Se vo-

sta �� a segunda carta que escre-

c�� notar bem, ver�� que at�� mesmo

vo. Na primeira carta falei que sou

os homossexuais n��o-efeminados t��m

12 confiss��es





uma certa rejei����o por n��s, como ��

nados, posto que ambos assumem a

o caso daquele cara que se assina "Jo-

posi����o passiva e ativa. Por falar nis-

vem Esclarecido", da Bahia, pois o

so, sou contra certos efeminados,

mesmo diz que �� contra certos ho-

ainda n��o totalmente certos de sua

mossexuais, cheios de frescura . . .

condi����o feminina, que assumem a

logo vi que estava se referindo aos efe-

posi����o ativa durante as rela����es.

minados. Na verdade ele n��o �� t��o

Afinal, onde j�� se viu uma mulher

"esclarecido" como diz. Esse neg��cio

introduzir "algo" em homem duran-

de frescura �� muito vari��vel. O que ��

te o ato sexual? �� claro que temos

frescura para uns n��o �� para outros.

de obter nosso gozo, mas sem que

Talvez ele tenha dito isto por achar

seja preciso chegar a tal c��mulo.

que os trejeitos femininos n��o pegam

Quanto aos travestis, acho que esse

bem em um homem. Realmente, n��o

tal de Denis Altmann (psiquiatra aus-

pegam bem em um homem, n��o em

traliano) est�� errado quando diz que

um efeminado. Ali��s, diga-se de pas-

o travesti �� coisa il��gica e absurda. ��

sagem, o termo homossexual �� com-

t��o normal quanto uma mulher usar

pletamente v��lido para os n��o-efemi-

saia, vestido, j��ias, etc. . . . e tamb��m

erra -quando diz que n��o h�� travestis

ricos. Engana-se, pois j�� ouvi falar de

muitos ricos. Eu, por exemplo, sou

travesti e pobre, mas n��o vou deixar

de ser travesti se, por exemplo, ga-

nhar na loteria. Muito pelo contr��rio,

se s��o uma minoria pelo menos s��o

mais assumidos; afinal, "quem n��o

�� o maior, tem de ser o melhor", n��o

��? Eu sou travesti e efeminado por-

que quero e n��o porque me vejo obri-

gado a ser (isso discordando de outra

afirma����o do Denis Altmann). Para fi-

nalizar, quero cumprimentar a sua

"IMPORTANTE �� ENCONTRAR

SUA PR��PRIA IDENTIDADE,

ASSUMI-LA E VIVER SUA

EXPRESS��O SEXUAL SEM

CONFLITOS". . .

revista, que �� realmente revolucion��ria

em mat��ria de sexo. Parab��ns, Nina"...

(Esie ��� Rio de Janeiro / RJ)

�� est�� mais um e x e m p l o do

p r e c o n c e i t o X p r e c o n c e i t o . �� a sub-

divis��o de p r e c o n c e i t o s , d e n t r o de u m a

c h a m a d a minoria sexual, j�� b a s t a n t e

confiss��es 13



sofrida c o m os p r e c o n c e i t o s pressiona-

n a s " assim c o m o m u i t o s h o m e n s n �� o

dos pela "maioria" sexual.

s��o a b s o l u t a m e n t e " m a s c u l i n o s " .

�� curioso observar que no m u n d o he-

Em qualquer escala ou grada����o da

terossexual ( p e r d o e m - n o s a diferen-

prefer��ncia sexual, e v i d e n t e m e n t e h��

cia����o) vamos e n c o n t r a r mulheres que

u m a luta interna na fase do desenvolvi-

t a m b �� m sofrem deste m a l : " A i , eu de-

m e n t o , n o t a d a m e n t e na p u b e r d a d e e

testo fulana, p o r q u e e,la �� m u i t o fres-

a t �� a adolesc��ncia, para a f o r m a �� �� o

ca". . . "Beltrana �� uma d o n d o c a , u m a

destes valores. H�� m u i t a revolta e con-

b o n e c a d e s l u m b r a d a " . . . "Ciclana me

disse q u e gosta de fazer varia����es se-

xuais c o m seu m a r i d o , isso �� um

n o j o " . . . E assim por d i a n t e . Q u e m

n��o c o n h e c e in��meras 'mulheres desse

jeito? Ou at�� h o m e n s que criticam

seus amigos por ach��-los "fresrcos de-

m a i s " o u a t �� " e f e m i n a d o s " ?

D ecididamente, n��o podemos

perder t e m p o nestas p��ginas c o m de-

bates sobre temas t��o p e q u e n o s , mi-

n��sculos.

Q u a n t o �� afirma����o sobre as causas

dos trejeitos efeminados, m a n t e m o s o

que foi d i t o . S�� q u e o p r o b l e m a re-

m o n t a ��s origens da forma����o ps��quica

do c o m p o n e n t e homossexual. Sabe-se

p e r f e i t a m e n t e q u e h�� um universo to-

do de fatores que c o n t r i b u e m na for-

m a �� �� o h o m o s s e x u a l e o espa��o �� limi-

t a d o para t a n t a explana����o. Basta

a t e n t a r m o s para o fato de que um des-

tes fatores essenciais �� a rejei����o do

m o d e l o p a t e r n o o u d o m o d e l o mascu-

lino. Kinsey e o u t r o s pesquisadores

a t e s t a m que j�� aos 5 anos a i d e n t i d a d e

psicossexual da crian��a est�� delineada,

e m b o r a o u t r o s c o m p o n e n t e s possam

influir mais tarde para sua t o t a l forma-

����o. E n��o h�� exclusivamente um m o -

flitos na persegui����o da i d e n t i d a d e de

delo " m a c h o " e " f �� m e a " , heterosse-

cada u m . Esse �� um f e n �� m e n o n a t u r a l

xual ou h o m o s s e x u a l , sen��o u m a esca-

que marca a agressividade c o m que ve-

la de grada����es d e s c o b e r t a por Kin-

m o s t o d o g a r o t o e t o d a m e n i n a atra-

sey (veja gr��fico) e hoje aceita m u n -

vessar a fase da p u b e r d a d e e m u i t a s ve-

d i a l m e n t e . A partir da aceita����o dessa

zes indo assim pela adolesc��ncia. Essa

escala, pode-se deduzir facilmente que

luta na afirma����o do m a s c u l i n o e do

m u i t a s m u l h e r e s n��o s��o t �� o "femini-

feminino �� um dos f e n �� m e n o s mais

14 confiss��es





normais da n a t u r e z a e dele n i n g u �� m

Q u a n t o ao travesti, vamos repetir o

foge. �� de lei.

q u e disse o soci��logo australiano Denis

Uns e n c o n t r a m c o m maior facilidade

A l t m a n : " O travesti u m d o e n t e social?

sua i d e n t i d a d e , o u t r o s s�� ir��o encon-

A c h o mais doente os h o m o s s e x u a i s

tr��-la b e m mais t a r d e , ��s vezes na vida

q u e vestem p a l e t �� e gravata e fingem

a d u l t a , em idade m a d u r a a t �� . Uns en-

q u e n �� o s��o, ou e n t �� o os q u e freq��en-

c o n t r a m e aceitam sua i d e n t i d a d e sem

t a m os travestis. Voc�� sabia q u e a

conflitos. O u t r o s n �� o .

maior p a r t e dos que pagam os travestis

a s s u m e m o papel de passivo no m o -

m e n t o da rela����o? O travestismo �� fru-

t o , b a s i c a m e n t e , da p o b r e z a . N �� o �� ��

t o a q u e a maioria dos travestis que vi-

vem pelas ruas dos Estados U n i d o s ��

p o r t o - r i q u e n h a . E se p a r e c e m m u i t o

com seus colegas brasileiros. Nas clas-

ses mais p o b r e s os p a d r �� e s de diferen-

cia����o s��o mais r��gidos, n��o se a d m i t e

t a n t o cr m e i o - t e r m o . Se um h o m e m se

sente feminino, se v�� obrigado a vestir-

se e c o m p o r t a r - s e c o m o m u l h e r , assim

ele se julga, c e r t a m e n t e , mais ajustado

aos seus p r �� p r i o s p a d r �� e s . Al��m de tu-

d o , esses p o b r e s rapazes precisam ga-

nhar a vida. E n t �� o v��o fazer shows ou

prostituir-se. N �� o se v��em travestis ri-

cos pelas r u a s " . . .

A c r e d i t a m o s q u e o pesquisador (o tre-

cho �� de entrevista c o n c e d i d a �� revista

Isto �� de n �� m e r o 1 4 0 , de 29/8/79)

e r r o u ao generalizar sua c o n c e i t u a �� �� o .

A c r e d i t a m o s que haja o travesti em

fun����o da p r o s t i t u i �� �� o , fruto do p r o -

b l e m a social, da p o b r e z a . Mas, sabe-se

q u e h�� aquele q u e pratica o travesti co-

mo arte ou e n t �� o , pura e simplesmen-

te c o m o satisfa����o pessoal. D e n t r o de

sua vis��o c o m o pesquisador social, Al-

t m a n est�� c o r r e t o .

C o m o se v��, �� m u i t o arriscado genera-

lizar, estabelecer crit��rios e formular

D a �� a raz��o pela qual �� falso o concei-

c o n c e i t o s definitivos s o b r e u m

to de q u e t o d o h o m o s s e x u a l �� infeliz

universo t �� o c o m p l e x o c o m o o com-

c o m sua c o n d i �� �� o . T o d o heterosse-

p o r t a m e n t o h o m o s s e x u a l .

x u a l , p o r acaso �� feliz?

E f e m i n a d o ou n �� o , o i m p o r t a n t e �� q u e

t o d o ser h u m a n o e n c o n t r e sua felicida-

de e viva a sua express��o sexual sem

conflitos.

confiss��es 15





Emocional

S0MOS VITIMAS DE UMA TARA MALDITA". .

"NECESSITO DE SEXO EXTRACONJUGAL". . .

"ESTOU APAIXONADO E ELA ME REJEITA".

"DEVO ROMPER O NOIVADO?"

A maldi����o do dem��nio talvez parte nem da parte do finado. Ap��s

tenha ca��do sobre nossa fam��lia, ou o

sua morte assumi o controle dos neg��-

meu sofrimento, minha vergonha, j��

cios da fam��lia. Minha filha mais ve-

tenham superado os castigos que o

lha, que havia casado bem, ficou

Todo-Poderoso tivesse reservado para

vi��va cedo e voltou a morar comigo.

mim. Sou vi��va de um casamento

N��o tem levado uma vida correta. A

normal, nunca houve trai����o da minha

outra filha come��ou o descaminho aos

confiss��es 17





quatorze anos. O filho ca��ula, que es-

solada - Fortaleza / CE)

teve internado num semin��rio, foi

expulso de l��, depois de seduzir cole-

gas para pr��ticas homossexuais. Est��

nesta vida de perfeita sodomia. Minha

��o acha que �� hora de pensar

��ltima esperan��a, meu sobrinho e

um p o u c o em si m e s m a , em divertir-se

filho de cria����o, que mora tamb��m

um p o u c o , curtir a vida, agora que os

comigo, para minha decep����o, con-

filhos j�� resolveram suas vidas,como

fessou-me que mant��m rela����es se-

b e m e n t e n d e r a m ? Por q u e n �� o tirar

xuais com nosso motorista. N��o sei

umas f��rias mais do q u e merecidas

o que fazer, estou num desespero sem

agora que seu esfor��o e d e d i c a �� �� o

fim. Ajude-me, por favor". Vi��va De-

g a r a n t i r a m o b o m a n d a m e n t o dos

18 confiss��es





z e m sofrer, sem que possa impedi-las.

O m e l h o r �� buscar novos ares, novos

c o n h e c i m e n t o s . Viaje m u i t o , fa��a es-

tadias longas nas cidades, e x p l o r e o

m u n d o . Teste seus talentos (cer��mi-

ca, p i n t u r a , artes em geral) e p o n h a - o s

em pr��tica. Leia m u i t o , a p r i m o r e sua

cultura, engage em associa����es benefi-

cientes.

Coloque sua imensa capacidade de

a m o r �� disposi����o dos m u i t o s q u e

precisam. H�� velhos a b a n d o n a d o s , me-

nores sem assist��ncia, favelados, d o e n -

tes em hospitais, t o d a u m a legi��o de

pessoas que anseiam por algu��m q u e

lhes estenda a m �� o . Voc�� t e m um co-

ra����o generoso para servi-las d a n d o -

lhes calor h u m a n o e afei����o. Ver��

c o m o vir�� a r e c o m p e n s a . Escreva

sempre.

"NECESSITO DE

SEXO EXTRACONJUGAL".

n t e s de me casar eu sempre

conseguia u m a garota para trocar ca-

r��cias, mas agora, depois de c a s a d o ,

t e n t o conseguir algu��m para evitar a

m o n o t o n i a do lar e n��o consigo na-

da. Sou um h o m e m a t r a e n t e , n��o sou

p o b r e assim, para ficar s o m e n t e c o m a

esposa. Noto q u e os e x e c u t i v o s , d o n o s

de loja, gente rica e e n f i m , ao m e u ver,

s��o os mais p o d e r o s o s a f r o d i s �� a c o s da

neg��cios, g a r a n t i n d o o p��o e a so-

a t u a l i d a d e . P r o c u r o me a p r o x i m a r das

breviv��ncia de t o d a fam��lia. T e m tu-

m u l h e r e s amigas para lev��-las para

t a n o e grande valor. Assim c o m o , ��s

c a m a , p o r �� m s�� me m a n d a m ir a t r �� s

vezes, n �� o conseguimos transmitir nos-

de m i n h a m u l h e r , que at�� j�� p r o m e t e u

sas v i r t u d e s aos filhos ��� e a s e n h o r a as

surrar uma delas. As e s t r a n h a s nem

t e m de sobra ��� t a m b �� m n��o h�� tara

se a p r o x i m a m . C o m o desejo a u m e n t a r

transmiss��vel. S��o as pr��prias pessoas

os m �� t o d o s de c o n q u i s t a , penso em

q u e , p o r iniciativa p r �� p r i a , e o p �� �� e s ,

f r e q �� e n t a r c u r s o s especiais, pois s��

c o n s t r o e m os seus d e s t i n o s . Seus fi-

lido c o m t r a t o r e s , m o t o r e s e pe��as,

lhos v��m c o n s t r u i n d o os seus, inde-

onde t r a b a l h o . H�� escassez de m u l h e -

p e n d e n t e s de sua o p i n i �� o . S��o atitu-

res no meu terreiro. Tenho car��ncia

d e s , ao seu ver, vergonhosas q u e o fa-

afetiva, desejo a u m e n t a r o n �� m e r o de

confiss��es 19





mulheres de minha vida." (Jos�� Am��ri-

renas e o q u e q u e r que apare��a? Nas-

co - Aracaju / SE)

ce, cresce u m p o u c o , c o n q u i s t a sem

parar e m o r r e . �� p o u c o para q u e m

possui um i m e n s o p o t e n c i a l de l��gi-

que d e d u z i de sua carta,

ca, q u e o t o r n a diferente dos o u t r o s

voc�� s�� t e m um ideal na vida: con-

animais. No e n t a n t o , voc�� dirige sua

quistar m u l h e r e s . N��o acha que �� p o u -

vida apenas para u m �� n i c o o b j e t i v o :

co? Ser�� q u e t o d a a intelig��ncia do

ca��ar m u l h e r e s . Chega at�� a supor que

h o m e m , seus talentos e virtudes fo-

a fidelidade conjugal seja fruto da

r a m criados apenas para passar a

p o b r e z a . . . Seus valores est��o inver-

vida, c o n q u i s t a n d o ruivas, louras, m o -

t i d o s . Na sua ��nsia de ca��ar f��meas,

20 confiss��es





ignora o a m o r , a a m i z a d e , a fam��lia,

ve a n o s e c o m ela m a n t i n h a rela����es

enfim, t o d o s os verdadeiros valores, o

sexuais. Brigou c o m i g o r e c e n t e m e n t e

q u e h�� de mais p u r o na h u m a n i d a d e .

e passou a a n d a r c o m colegas q u e

Pelo j e i t o , sua esposa levar�� a vida a

b e b e m e f u m a m . T e n h o m e d o de

surrar imagin��veis ladras de h o m e n s ,

perd��-la para o u t r o . Gostaria q u e a

q u a n d o n a realidade q u e m m e r e c e

s e n h o r a a aconselhasse pessoalmen-

m u r r o s e palmadas �� voc��. E r r o n e a -

te pois a a m o mais do q u e t u d o no

m e n t e pensa que c o m p e n s a r �� a car��n-

m u n d o e ela n �� o me liga mais. N �� o

cia afetiva c o m um e s t o q u e de con-

a g �� e n t o viver sem e l a . " ( V i n �� c i u s C��n-

quistas femininas. Isto s�� far�� a u m e n -

d i d o - Ribeir��o P r e t o / SP)

t��-las mais ainda. Por q u e n �� o p r o c u r a

sanar esta car��ncia c o m q u e m p o d e

lhe dar afeto e m a n t e r c o m voc�� um

r e l a c i o n a m e n t o c o n s t r u t i v o e longo?

Sua esposa, p o r e x e m p l o . E x p e r i e n t e

o a m o r , quase n u n c a a pessoa q u e vem

dar-lhe afeto, por m e n o r que seja a

c o m ele. E o i m p o r t a n t e �� a pessoa que

dose que voc�� possui. �� d a n d o a f e t o

vai alimentar este a m o r . Voc�� �� m u i t o

que se recebe de volta. Voc�� n �� o re-

j o v e m , est�� na fase de conhecer pes-

servou tempo em sua vida para cultivar

soas, e x p e r i m e n t a r amizades para q u e ,

afeto. Seus a m i g o s , t a m b �� m . Por q u e

mais t a r d e , j�� c o m seus valores defini-

n��o enxerga como c o m p a n h e i r o s e

d o s , possa escolher aquela pessoa q u e .

n��o c o m o m a c h o s cujas "f��meas voc��

c o m v o c �� , ir�� construir este grande edi-

a m b i c i o n a " ? Por q u e n �� o faz de sua

f��cio q u e �� o amor. D�� a liberdade que

profiss��o u m t r a m p o l i m para m e l h o -

t a n t o a menina c o m o voc�� precisam

rar c u l t u r a l m e n t e , desenvolvendo seus

agora. Ser�� b o m para a m b o s se certi-

t a l e n t o s , e m p r e g a n d o a intelig��ncia

ficarem de seus s e n t i m e n t o s . N��o de-

q u e at�� hoje t a n t o d e s p r e z o u ? Desta

p e n d e de voc�� se o u t r o ir�� cativ��-la ou

forma, voc�� passar�� a ser um h o m e m

n �� o . A m o r n��o se i m p �� e , n��o se obri-

e n��o apenas um galo, c o m o r o t u l o u a

ga. Por esta raz��o, terceiros p o d e m

si m e s m o ao dizer que vive n u m "ter-

ajudar c o m conselhos e o r i e n t a �� �� e s ,

r e i r o " . P o r �� m , se persistir em apenas

mas o p o d e r de decis��o �� das duas pes-

ca��ar f��meas, desista d o s m �� t o d o s e

soas envolvidas apenas. Pense que

das t��cnicas. N e n h u m curso lhe ser��

esta separa����o ser�� valiosa para am-

mais v��lido que sua pr��pria experi��n-

b o s . Ela servir�� para esclarecer se era

cia, seu arsenal de frustra����es e p o u c a s

r e a l m e n t e a m o r o que um sentia pelo

alegrias, �� m e d i d a q u e os anos ir��o

o u t r o . P o r t a n t o , conserve a calma e

passando. F a �� o v o t o s q u e , na meia-ida-

p r o c u r e distra����es as mais variadas.

d e , a solid��o n �� o o t o r n e ainda mais

Passeie, fa��a a m i z a d e s , curta a vida que

angustiado e c a r e n t e .

a sua j u v e n t u d e lhe p r o p o r c i o n a . Da-

qui a alguns a n o s , chegar�� a ben-

dizer esta s e p a r a �� �� o , seja qual for o re-

"ESTOU APAIXONADO

s u l t a d o dela.

E ELA ME REJEITA". . .

eu p r o b l e m a �� q u e n a m o r e i

u m a m e n i n a d o s q u a t o r z e aos d e z e n o -

confiss��es 21





"TENHO CARO��OS NO P��NIS".

H�� RISCOS NA RELA����O ANAL"

"TENHO A VOZ FIN��SSIMA". ..

"N��O CONSIGO O PRAZER"...

TENHO CARO��OS NO P��NIS..."

arrange algo que me cure." (J. P. S. ���

Inhambupe/BA)

ostaria de conseguir um rem��-

dio para os caro��os que surgiram no

p o p u l a r m e n t e c h a m a d o s caro-

meu p��nis que se parecem com impin-

��os no p��nis p o d e m ser s i n t o m a s de

ge ou espinhas e quando eu espremo,

u m a s��rie de d o e n �� a s e d e v e m ser tra-

sai uma massa de dentro. Por favor,

t a d o s t �� o logo o d o e n t e se aperceba de-

22 confiss��es





les. A s��filis, a gonorr��ia, o c a n c r o m o -

le, o herpes genital, o c o r d i l o m a e ou-

tras doen��as a p r e s e n t a m , na maioria

das vezes este t i p o de les��es c u t �� n e a s .

A " m a s s a " q u e �� expelida q u a n d o

pressionado o c a r o �� o p o d e tratar-se de

esperma o u d e u m a secre����o p u r u l e n -

ta. �� necess��rio definir a causa para

q u e se possa orientar o t r a t a m e n t o e

indicar u m a m e d i c a �� �� o . P r o c u r e u m

m e d i c o e ele facilmente far�� o diag-

n �� s t i c o de seu caso, aliviando-o logo

de in��cio e resolvendo-o a m �� d i o

p r a z o .

"QUERO SABER SE H�� PROBLEMA

NA RELA����O ANAL. . ,"

xual para p o d e r avaliar o q u e lhe far��

mais feliz. Mas ter�� q u e resolver seu

p r o b l e m a d o p��nis. T u d o indica q u e

eu p��nis tem uma forma um

se trata de um caso c o n g �� n i t o , de um

pouco virada para a esquerda e mede

c o r p o cavernoso mais c u r t o . E m b o r a a

14 cm. Isto me inibe e n��o tenho

i n t r o d u �� �� o mec��nica se t o r n e mais di-





coragem de procurar mulher com


f��cil n u m r e l a c i o n a m e n t o heterosse-

medo de ser gozado. Quero saber se h��

x u a l , seu p r o b l e m a n �� o ir�� a t r a p a l h a r

problema em praticar a rela����o anal,

seu o r g a s m o , n e m a sua p o t �� n c i a e se-

pois gosto dela e n��o encontro dificul-

x u a l i d a d e . A cura �� p e r f e i t a m e n t e ob-

dades. Este gosto pelo homossexualis-

tida por u m a cirurgia pl��stica sem

mo pode ser devido ao meu proble-

grandes riscos. Por isso �� aconselh��vel

ma?" (E.S.S. - Recife/PE)

q u e p r o c u r e um m �� d i c o o q u a n t o an-

tes poss��vel, um cl��nico q u e o o r i e n t e e

ajude. Q u a n t o aos riscos d e u m relacio

n a m e n t o h o m o s s e x u a l eles e x i s t e m

parece b a s t a n t e inibido pa-

r e a l m e n t e . A p e n e t r a �� �� o n u m ��nus in-

ra um r e l a c i o n a m e n t o c o m o sexo

fectado p o r d o e n �� a ven��rea ��� a s��filis

o p o s t o , t e m e n d o a chacota ou o t e m o r

ou a g o n o r r �� i a , por e x e m p l o ��� p o d e

de sua prov��vel parceira devido �� for-

conduzir a longos e intensos sofrimen-

ma a n a t �� m i c a q u e seu p��nis possui.

t o s e c o m p l i c a �� �� e s de o r d e m f��sica.

T e m e r o s o de q u e venha passar p o r um

N �� o e s q u e c e n d o dos p r o b l e m a s de or-

v e x a m e , foge do p r o b l e m a b u s c a n d o o

d e m ps��quica pois �� um t i p o de rela-

r e l a c i o n a m e n t o c o m h o m o s s e x u a i s .

c i o n a m e n t o que n��o traz c o m p l e t a sa-

Sente prazer - pois �� o �� n i c o q u e expe-

tisfa����o u m a vez q u e n �� o liberta ener-

r i m e n t o u a t �� hoje - e n��o t e m dificul-

gia suficiente e n��o p r o p o r c i o n a u m a

d a d e s d e o r d e m mec��nica. N o e n t a n t o ,

c o m u n i c a �� �� o integral, u m relaciona-

n �� o �� feliz e t e m d��vidas, ali��s bastan-

m e n t o h u m a n o r e a l m e n t e p r o f u n d o .

te cab��veis e c o m p r e e n s �� v e i s . �� preci-

C o m seu p r o b l e m a f��sico resolvido e

so q u e teste a experi��ncia h o m o s s e -

v��rias experi��ncias h e t e r o s s e x u a i s vivi-

confiss��es 23





das ( m e s m o a n t e s da cirurgia, claro)

falar, no c a m i n h a r , enfim, na sua for-

voc�� estar�� p r o n t o a fazer sua o p �� �� o

ma de viver. Evitar�� os e m b a r a �� o s que

de vida. N��o h�� m o t i v o para m e d o

vem sofrendo e ser�� b e m mais feliz.

q u a n t o a o r e l a c i o n a m e n t o sexual c o m

o sexo o p o s t o . Voc�� �� j o v e m e deve

partir para ele, confiante e seguro.

"SEMPRE QUE �� HORA DE GOZAR

N��O TENHO SENSA����O. . ."

TENHO A VOZ FIN��SSIMA. . ."

ou um rapaz normal sexual-

mente mas n��o consigo gozar. Saem

stou sempre envergonhado,

poucos espermatoz��ides durante o ato-

porque j�� tenho 19 anos e minha voz ��

sexual, embora em meus sonhos eles

motivo de tro��a por parte de meus

sejam fartos. Meu p��nis fica mais de

colegas que s�� ca��oam de mim. No

cinco horas ereto mas n��o noto a sa��da

meu trabalho chamam-me de bicha e

dos espermatoz��ides. Meu problema

passam as m��os nas minhas n��degas e

tem solu����o?" (H.L. Alves - Tubar��o/

at�� no Ex��rcito fui recusado. Ser��

SC)

porque sou filho ��nico e minha m��e

me cobriu de dengos? Qual o m��dico

que poderia me ajudar a engrossar a

voz pelo INAMPS?" (C. Vilaverde -

est�� s e n d o v �� t i m a d o t e m o r

S��o Paulo/SP)

do d e s e m p e n h o , o m e d o de falhar ou

concluir o a t o sexual. P s i q u i c a m e n t e

p r e s s i o n a d o , inibe-se e a sua secre����o

esperm��tica �� d i m i n u �� d a . O q u e voc��

uitas vezes na ��nsia de dedicar

d e n o m i n a de e s p e r m a t o z �� i d e �� a secre-

ao filho o m �� x i m o de a t e n �� �� o e cari-

����o seminal, u m a mistura d o l �� q u i d o

n h o , a m��e i n c o n s c i e n t e m e n t e acaba

seminal c o m os e s p e r m a t o z �� i d e s q u e

p o r prejudic��-lo. c o b r i n d o - o de m i m o s

v��o dos t e s t �� c u l o s para a p r �� s t a t a . O

exagerados e fazendo c o m q u e ad-

v o l u m e desta secre����o varia de h o -

quira tiques que t o r n a r �� o mais tor-

m e m para h o m e m , mas q u a n d o h ��

m e n t o s o o seu r e l a c i o n a m e n t o so-

d��vidas a respeito �� aconselh��vel a

cial f u t u r o . �� b e m prov��vel q u e este

consulta m��dica q u e indicar�� u m

seja o seu caso q u a n t o ao r e b o l a d o e

e x a m e d e l a b o r a t �� r i o d e n o m i n a d o

maneiras u m t a n t o feministas. Po-

e s p e r m o g r a m a . Este e x a m e levan-

r �� m , q u a n t o �� voz, ela n��o teria so-

tar�� a d o s a g e m d o s e s p e r m a t o z �� i -

frido influ��ncia alguma c o m os dengos

des no esperma para avaliar a sua fer-

e m i m o s que sua m �� e lhe dispensou.

tilidade. G e r a l m e n t e , o n �� m e r o de

P o d e tratar-se d e u m p r o b l e m a c o m

e s p e r m a t o z �� i d e s chega a m��dia de

base h o r m o n a l e um endocrinologista

7 0 milh��es p o r c e n t �� m e t r o c��bico

ter�� condi����es de ajud��-lo. Q u a l q u e r

de e s p e r m a , p o r �� m esta q u a n t i a va-

sede do INAMPS disp��e de um destes

ria de a c o r d o c o m a situa����o de

especialistas e voc�� deve colaborar c o m

s a �� d e , c o m o e s t a d o e m o c i o n a l e

ele, p r o c u r a n d o se libertar de t u d o que

p s �� q u i c o , c o m o dia e u m a s��rie

lhe pare��a sup��rfluo e sofisticado, bus-

d e o u t r o s fatores. U m m �� n i m o d e

c a n d o o m �� x i m o de n a t u r a l i d a d e no

alguns m i l h �� e s de e s p e r m a t o z �� i -

24 confiss��es



des j�� �� suficiente para a p a t e r n i d a d e e

de carinho e a f e t o . Q u e s��o, em s u m a ,

um v o l u m e excessivo dele p o d e ser

m u i t o mais i m p o r t a n t e s q u e o orgas-

prejudicial. Seu caso, no e n t a n t o ,

m o . Ver�� q u e sob este prisma o orgas-

parece-me ser mais de origem ps��-

m o vir�� n o r m a l m e n t e c o m o conse-

q u i c a , isto ��, algum fator deve estar

q �� �� n c i a d e u m clima e m o c i o n a l d e

i n f l u e n c i a n d o nesta aus��ncia de g o z o e

a m o r e prazer.

nesta sua p o u c a p r o d u �� �� o de secre-

����o e s p e r m �� t i c a . Q u e m sabe a t �� seja

a p r e o c u p a �� �� o f u n d a m e n t a l de chegar

ao o r g a s m o a p e n a s , n �� o d a n d o o ne-

cess��rio devido valor ao relaciona-

m e n t o t o t a l em si, �� t r o c a r e c �� p r o c a

confiss��es 25





Sexologia

AFINAL,QUE ��

O A M O R ?

Os poetas nos contam que o amor

�� ao mesmo tempo amor e dor, en-

quanto os fil��sofos descrevem-no en-

volto em verdade e beleza. Os com-

positores d��o ��nfase �� dor-de-cotove-

lo e ao amor imposs��vel, ao passo que

os bi��logos acreditam que ele est��

todo presente em nosso horm��nios.

Nos laborat��rios, os cientistas medem

nossa press��o sang����nea e nossas bati-

das respirat��rias para saber se estamos

amando e os psic��logos armam imen-

sos question��rios para descobrir a

f��rmula do amor imorredouro.

Mas ningu��m, absolutamente ningu��m,

ainda nos descreveu o que �� realmente

26 confiss��es





o amor.

lou��a" ou "quem �� o respons��vel pelo

Provavelmente h�� muitas respostas a

pagamento do aluguel."

esta pergunta "que �� o amor?"quanto

Acreditamos sinceramente que uma

h�� pessoas no mundo. Dois relaciona-

liga����o amorosa ficar�� fortalecida e

mentos amorosos nunca s��o exata-

muito mais est��vel se os parceiros re-

mente iguais e cada um de n��s descreve

conhecerem os pap��is que eles devem

e sente o amor de acordo com suas

assumir nesta luta pela supremacia.

pr��prias experi��ncias, como amante e

Quanto mais admitamos nossa neces-

como amado. Para alguns, o amor ��

sidade de dominar ou de ser domina-

paix��o sexual, ao passo que para ou-

da, tanto mais estaremos capacitados

a resolver os problemas inevit��veis

tros �� amizade ��ntima. H�� ainda outros

de qualquer relacionamento amoroso.

mais que o consideram possessividade,

Como �� que voc�� e seu companheiro

depend��ncia, apoio emocional, compa-

contornam esta tend��ncia de dom��-

nheirismo di��rio ou, t��o somente,

nio? Ainda que n��o seja f��cil catego-

simples magia.

rizar o comportamento humano,

No nosso ponto de vista, uma das mais

temos observado algumas dicas e esti-

importantes dimens��es do amor ��� e

los que os casais adotam com suces-

uma das mais ignoradas - �� a luta pelo

so, no que diz respeito ao dom��nio

poder de decis��o. Em outras palavras,

e �� submiss��o. Devemos ter em men-

quem toma as decis��es na rela����o amo-

te que qualquer destes modelos pode

rosa? N��o h�� maneira de evitar o fato

de que, em quase todas as liga����es en-

tre duas pessoas, uma delas �� o l��der e





EXPLORANDO O


a outra �� o seguidor. No trabalho, por

SIGNIFICADO DO AMOR,

exemplo, vemos o empregado seguir o





OS AUTORES APRESENTAM


patr��o obedecendo ��s suas ordens, e





UMA TEORIA


em casa, espera-se que os filhos obe-

ESTARRECEDORA:

de��am a seus pais. Por��m, num rela-

"EM NOSSO PONTO DE VISTA

cionamento entre duas pessoas que se





UMA DAS MAIS


amam, acreditamos que n��o deva

IMPORTANTES DIMENS��ES

existir supremacia de nenhuma das

DO AMOR - E UMA DAS MAIS

partes envolvidas. Afinal, neste tipo

IGNORADAS - �� A LUTA

de relacionamento, isto n��o �� impor-

PELO DOM��NIO DA

tante. No entanto, ainda que o clima

SITUA����O".

seja de enlevo e id��lio, existem deci-

s��es que devem ser tomadas e uma

das pessoas tem que se encarregar de

servir para alguns e ser totalmente

tom��-las, uma vez que, a despeito dos

desastroso para outros.

neg��cios, a rotina di��ria de amar e

Para dar uma id��ia do que seja dom��-

viver tem prosseguimento tamb��m. nio e submiss��o, vamos ilustrar uma

�� bem melhor encarar a necessidade

mesma cena, vivida em cinco casas

desta supremacia com lucidez do que

diferentes, portanto, em cinco cen��-

fingir que ela simplesmente n��o exis-

rios.

te. Nossa experi��ncia pessoal nos leva

a afirmar que nunca vimos um rela-

cionamento de amor que estivesse

(1) A LUTA PELO CONTROLE

completamente livre da cl��ssica per-

gunta: quem �� o encarregado de re-

solver as coisas? Alguns casais en-

frentam o problema diretamente, mas

Jo��o e Maria rec��m acabaram um

na maioria das vezes, a luta se estriba

jantar rom��ntico, �� luz de vela, em

em problemas de pequena monta, tais

casa e ambos est��o com disposi����o

como: "quem se encarrega de lavar a

para o amor. Depois de um olliar

confiss��es27





apaixonado e convidativo, Jo��o su-

para o amor. Mas nenhum dos dois

gere que os dois v��o para a cama.

quer dar o primeiro passo em dire����o

Maria que tamb��m estava com von-

da cama. Jos�� tem medo que Jane pre-

tade, chegou perto dele e disse num

fira ver televis��o e n��o quer impor

tom decisivo: "Primeiro, vou lavar a

sua vontade, ent��o senta-se e espera

lou��a��" Quanto mais Jo��o insiste em

que ela d�� o primeiro passo. Jane que

que ela v�� para a cama com ele, tanto

tem os mesmos desejos e pensamentos,

mais ela se nega e teima em lavar a

senta-se silenciosa e espera por Jos��.

lou��a.

Finalmente, quando tudo indica que

Pouco mais tarde, quando a lou��a j��

nenhum dos dois vai tomar a iniciati-

estava toda em ordem, Maria procura

va, ambos resolvem assistir �� televis��o

Jo��o e diz que finalmente est�� pron-

e desistir de seus desejos sexuais.

ta. Embora ainda esteja afim Jo��o se

Este estilo, �� bem menos comum que

vinga dizendo: "Agora sou eu quem

o anterior e geralmente ocorre quan-

est�� cansado. " E quanto mais Maria

do ambos os parceiros se sentem me-

insiste, mais Jo��o finca o p��. Final-

lhor no papel de submissos. Na realida-

mente os dois adormecem vendo te-

de algumas pessoas gostam mais de

levis��o.

seguir, do que de dar ordens ou reco-

Que �� que est�� acontecendo com

menda����es. Quando duas pessoas

eles? Tanto Jo��o como Maria querem

assim se apaixonam, as coisas tendem

no fundo a mesma coisa, mas tanto

a evoluir muito vagarosamente.

um quanto o outro desejam controlar

Ainda que as diverg��ncias costumem

as coisas. Nem um nem outro est��

ser poucas, h�� uma grande dose de

querendo deixar o outro assumir o

frustra����o, pois cada um deles fica

controle da situa����o, mesmo que

sempre na expectativa do que o outro

seja por um pequeno per��odo de

ir�� fazer.

tempo. Neste estilo de dom��nio pode

se tornar mais importante para um

dos parceiros estar no controle muito

mais do que para o outro, mais ainda

(3) A DESIST��NCIA DO CONTROLE

do que fazer as coisas que ambos

querem e desfrutam.

Contudo, n��o �� o sexo o ��nico campo

de batallia. Cada decis��o, n��o impor-

Sans��o e Dalila rec��m acabaram de

ta qu��o trivial ela seja, pode desenca-

jantar, �� luz de velas, romanticamente,

dear uma luta pelo poder de decis��o.

em casa e ambos est��o com disposi����o

Enquanto alguns casais realmente se

divertem com estas pequenas. bata-

llias, �� muito mais comum verificar-

se que este cont��nuo estado de espi-

rito de luta pela supremacia, causa

um desgaste no relacionamento do

casal e pode lev��-lo �� exaust��o e ��

ruptura.

(2) A LUTA PELA SUBMISS��O

Jos�� e Jane rec��m acabaram de jantar

romanticamente, �� luz de velas, em

casa e ambos est��o com disposi����o

28 confiss��es





para o amor. Enquanto come��a a tirar

a mesa, Dalila espera que Sans��o diga

que isto pode ficar para depois. N��o

importa o quanto desejosa e esteja,

Dalila jamais dar�� o primeiro passo em

dire����o �� cama. Por outro lado �� justa-

mente esta maneira de agir que Sans��o

mais gosta, pois assim tem a sensa����o

de estar controlando a situa����o. Assu-

mindo o papel de dominador, Sans��o

toma a m��o de Dalila e leva-a para a

cama.

AINDA N��O VIMOS UM

RELACIONAMENTO

AMOROSO QUE ESTIVESSE





TOTALMENTE LIVRE DA


CL��SSICA PERGUNTA:

A QUEM CABE A INICIATIVA?

sem muita vontade, acatar�� suas deci-

Neste tipo de relacionamento h�� um

s��es e vontades. Afinal, quando da

acordo t��cito de que um �� o "senhor "

��ltima vez que ele sentira - vontade

e o outro �� o "escravo". O submisso

de fazer amor, Julieta prontamente

desiste simplesmente do controle em

fechou o livro que estava lendo e co-

favor do outro.

laborou com ele.

Nestas situa����es, a chave para o en-

Estes dois s��o os amantes mais corda-

tendimento �� o. "consentimento"; tos de todos que focalizamos at�� aqui,

mesmo que o referido "escravo" ve-

pois pouco se importam quem �� o

nha a se rebelar contra as decis��es do

"senhor" e quem �� o "escravo," nes-

"senhor" e sua maneira um tanto

te tipo de relacionamento os aman-

��spera de comandar. Com a finali-

tes realmente t��m em mente a parti-

dade de manter o comando das a����es,

lha dos prazeres de controlar a situa-

o dominador na maioria das vezes,

����o amorosa, como tamb��m das ale-

assume as fun����es que normalmente

grias que a submiss��o proporciona.

caberiam ao dominado.

Na verdade, a habilidade de repartir

o controle traz uma esp��cie de com-

pensa����o, uma satisfa����o, por ser

(4) O CONTROLE DIVIDIDO

capaz de seduzir algumas vezes e em

outras de ser seduzido.

Esta partilha de controle requer um

grande equil��brio e uma delicada

Romeu e Julieta rec��m acabaram de

percep����o quanto ��s necessidades do

jantar romanticamente, �� luz de velas,

outro em rela����o ao amor. Geralmen-

em casa, e ambos est��o com disposi����o

te esta estado de coisas tamb��m leva

para amar. No entanto, Julieta est�� mui-

a um tipo de relacionamento que po-

to mais afim do que seu companheiro

der��amos definir como de uma troca

que preferiria ficar vendo televis��o at��

de situa����es bastante prazerosas: "na

mais tarde. Esta noite Julieta decidiu

noite passada foi voc�� quem teve

que exigir�� seus direitos e satisfar��

a iniciativa, meu bem. Hoje, portanto,

seus desejos sexuais, e tomar�� a inicia-

�� minha vez. " �� preciso, no entanto,

tiva de pegar Romeu pela m��o e o

bastante cuidado, pois a repeti����o

conduzir�� para a cama. Este, embora

destas palavras em tom acusat��rio po-

confiss��es29





de perfeitamente quebrar a esponta-

v��vel que voc�� reconhe��a, num de-

neidade e arruinar o clima amoroso.

les, o seu pr��prio estilo de conduta.

Uma vez que a arte de amar est��

em constante evolu����o, voc�� ver��

(5) A IGUALDADE

que, �� medida que cresce e amadu-

rece, tamb��m a sua conduta amoro-

sa varia de acordo com suas neces-

sidades e relacionamentos.

Como exemplo, podemos citar as

Celso e Cora rec��m acabaram um

jantar rom��ntico em casa, �� luz das

mulheres que se sentem realmente

velas e ambos est��o com disposi����o

realizadas no papel de submissas,

para o amor. O n��vel de excita����o ��

embora isto seja mais comum nas

o mesmo para os dois; eles t��m as

jovens. Assim que elas se tornam

mesmas fantasias er��ticas, exatamen-

mais seguras de si mesmas descobrem

te na mesma hora. Para falar a ver-

que o papel de dom��nio tamb��m ��

dade, eles nem sequer precisam de pa-

gratificante. Por outro lado, os ho-

lavras para que haja uma comunica����o.

mens que foram ensinados desde a

Assim, ao mesmo tempo, ambos se

mais tenra idade a ser obrigatoria-

levantam de suas cadeiras e, dando

mente dominadores, muitas vezes se

as m��os, se dirigem para a cama.

surpreendem ao descobrir que, abrir

Esta cena �� mais comum nas telas de

m��o do controle n��o �� t��o amea��a-

cinema e muito pouco comum nos

dor e deprimente quanto eles pen-

lares, na vida real. Celso e Cora s��o

savam que o fosse. Descobrem, isto

na verdade "almas g��meas", este es-

sim, que at�� pode ser bem divertido

e agrad��vel.

�� de extrema import��ncia tratar o

�� IMPORTANTE ABORDAR

tema da domina����o sem as id��ias pre-

O TEMA DO DOM��NIO SEM

concebidas do que �� "bom"e do que

ID��IAS PRECONCEBIDAS DO

�� "mau." Enquanto a maioria das

QUE �� "BOM"E DO QUE ��

pessoas votaria no tipo de "partilha

"MAU".

do controle" ou "igualdade" como

os ideais, a realidade �� que existem

muitos casais vivendo harmoniosa-

p��cimem raro em nossos dias, que

mente dentro de modelos bem me-

querem a mesma coisa, no mesmo

nos igualit��rios. Se nos fosse pedido

instante. Neste tipo de relacionamen-

para definir o amor, alguns de n��s

to n��o h�� necessidade de que haja

diriam: "significa que meu compa-

um dominador e um dominado, por-

nheiro far�� tudo para me agradar."

que cada desejo e cada necessidade

Outras diriam: significa que eu faria

s��o m��tuos.

tudo para agradar meu companhei-

Infelizmente este relacionamento per-

ro. " Muitos abordariam a quest��o

feito aparente pode n��o existir no

do compromisso. Qualquer que seja a

sentido lato da palavra. Enquanto fi-

sua defini����o, lembre-se de que quan-

camos sonhando em encontrar um

to melhor voc�� conhecer a si mesmo,

algu��m que pense e sinta como n��s,

mais equipado estar�� para achar um

seria bem mais realista se aceit��sse-

companheiro que ajustar�� as suas

mos o fato de que duas pessoas n��o

necessidades.

podem permanecer iguais por um gran-

de per��odo de tempo. Os cinco tipos

de dom��nio que descrevemos acima,

certamente n��o esgotam as varieda-

des do relacionamento domina����o/

submiss��o, mas �� mais do que pro-

30 confiss��es



confiss��es 31



I







De: Bons Amigos lançamentos <



O Grupo Bons Amigos e o Grupo Só Livros com Sinopses têm o prazer de lançar hoje mais uma obra digital  no formato txt , pdf e epub para atender aos deficientes visuais.     

REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº28 1980  

 Revista doada por Adeilton e digitalizada por Fernando Santos
Sinopse:
Excelente revista de educação sexual que teve grandioso sucesso entre as décadas de 70 a 90 do século passado. . Editada pela gráfica Grafipar - Gráfica Editora Ltda-Grupo de Curitiba. Tendo como responsáveis Faissal El-Khatib e Faruk El-Khatib . Redatores Nelson Faria e Nina Fock. Infelizmente não temos o nº01 E nº03 Quem tiver nos envie para digitalizar. Pode ser a cópia xerox Recomendamos !
Lançamento    Só Livros com sinopses e Grupo Bons Amigos:

)https://groups.google.com/forum/#!forum/solivroscomsinopses  

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