domingo, 27 de setembro de 2020 By: Fred

{clube-do-e-livro} LANÇAMENTO DA REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº 21 1980 NOS FORMATO:PDF,TXT E EPUB

Boas not��cias h��o se d��o baixinho

Fique de olho na banca de revistas!





INDICE: 4-Inicia����o e timidez sexual/

6-Masturba����o /8-Ejacula����o precoce-

impot��ncia 110- Variantes do impulso

sexual /13-Sexualidade feminina/

19-Homossexualidade masculina/23-

Sa��de/26-Emocional/28-Sexologia-

Depoimento/32-Ponto de Encontro/

33-Opini��o ���





Inicia����o

e timidez sexual

"ME FIZERAM LAVAGEM CEREBRAL COM MORAL

REPRESSIVA"





sobressaltado com minha


ta (...) e acho que eles fizeram lava-

dor de consci��ncia. Pertenci a uma sei-

gem cerebral em mim. A tal ponto que

4 confiss��es





hoje n��o consigo sequer conversar com

uma garota e muito menos conceber a

id��ia de sexo. Sei que preciso mudar,

mas n��o consigo. Quando chega a

hora, o p��nis perde a ere����o e eu n��o

consigo. Por favor, me ajudem"... (D.

Z.M. - S��o Paulo/SP).

'Tenho 19 anos e at�� hoje n��o conse-

gui namorar nenhuma garota. Fui cria-

do sob a doutrina da Igreja. . . (...) e

at�� hoje continuo sob o dom��nio da-

quelas id��ias. J�� tive v��rias oportuni-

dades de namorar, mas n��o consigo"...

(J.T.O. - Rio de Janeiro/RJ).

"Fui criado por uma tia muito "carola"

e s�� agora depois dos 18 anos �� que

estou saindo de casa. N��o vejo o por-

qu�� daquela imagem que ela me pintou

de que o mundo est�� perdido"... ( T J .

J. - Goi��nia GO).

hoje uma saud��vel Uber-

dade sexual ��� n��o obstante relativa.

Esse tipo de Uberdade (e que jamais

pode ser confundido com libertina-

gem) n��o �� uma concess��o de uma en-

tidade qualquer. Deve ser, sobretudo,

uma conquista pessoal. Sendo pessoal,

como �� tudo que diga respeito �� ex-

press��o sexual, as limita����es tamb��m

s��o ���paralelamente ��� individuais.

Uma pessoa limita sua express��o se-

xual por v��rias raz��es. Inicialmente,

�� claro, h�� uma heran��a toda de limi-

ta����es, seja na sociedade ou no grupo

familiar ao qual a pessoa perten��a.

Quase sempre, essas limita����es s��o es-

truturadas numa moral religiosa. Dessa

heran��a secular, herdou-se o conceito

de associar sexo com pecado e vergo-

nha. Essa condena����o n��o impediu que

a humanidade continuasse fazendo

sexo, mas povoou sua mente de com-

plexos e sentimentos de culpa. Costu-

ma-se pensar que todo movimento de

Uberta����o sexual �� sucedido por um

catadismo, a exemplo de Sodoma e





Masturba����o

"DUVIDO QUE A MASTURBA����O N��O CAUSE CANSA��O E

CRESCIMENTO DOS SEIOS NO RAPAZ"

enho lido muito "Peteca" e

.Al��m disso, sinto muito cansa��o e

CONFISS��ES INTIMAS, que colecio-

j�� n��o tenho a mesma resist��ncia de

no desde o primeiro n��mero. Abriu





antigamente nas peladas que fazemos


minha cuca em tudo e sua leitura me

com minha turma"... (C.C.O. - S��o

transformou noutra pessoa. S�� tenho

Paulo/SP).

uma d��vida. Mesmo com 18 anos con-

tinuo me masturbando �� m��dia de tr��s

a quatro vezes por dia e meus seios,

A mat��ria tem sido focalizada em

ao inv��s de regredirem com o tempo

in��meros artigos, onde sempre enfati-

(como foi dito numa mat��ria), est��o

zamos a necessidade de se procurar

crescendo cada vez mais. Sou um cara

o m��dico, quando a ginecomastia

complexado, tenho vergonha de tirar a

(crescimento dos seios no rapaz) n��o

camisa e ir �� praia. Embora eu saiba

regride ao fim da puberdade ou na

que o crescimento dos seios n��o �� da

pr��-adolesc��ncia. At�� os 15 anos,

masturba����o, acho que todo mundo

esse fen��meno tem se tornado comum,

ainda acredita nisso. Pra dizer a verda-

sendo que alguns pesquisadores atri-

de, estou ficando com minhas d��vidas.

buem sua ocorr��ncia ao abuso de me-

6 confiss��es





dicamentos e, provavelmente, a cer-

tas subst��ncias qu��micas no grande n��-

mero de alimentos industrializados. Es-

ses progn��sticos com rela����o �� hiper-

trofia dos seios no rapaz p��bere ou

adolescente ainda constituem objeto

de estudo e pesquisa. Na verdade, o

que surpreende a Medicina �� a sua

ocorr��ncia cada vez mais freq��ente.

A ginecomastia pode ser tratada cli-

nicamente, atrav��s da administra����o de

horm��nios, ou pela cirurgia. Cada ca-

so difere e, portanto, exige uma solu-

����o diferente que s�� o m��dico poder��

determinar.

Quanto �� masturba����o, h�� v��rios anos

vimos repetindo que sua pr��tica n��o

�� respons��vel por nenhum dos males a

ela atribu��dos, tais como "frieza se-

xual", impot��ncia (esta no homem,

a primeira na mulher), cegueira, lou-

cura, esterilidade (incapacidade de ge-

rar filhos l e outros absurdos.

PRODUZ ALTO E BEM-ESTAR,

QUANDO �� PRATICADA PARA

ALIVIAR A TENS��O SEXUAL.

Uma das maiores autoridades mundi-

ais na pesquisa da sexualidade humana,

o psiquiatra americano Alfred Kinsey,

j�� falecido, chegou a alertar pais e edu-

cadores sobre os grandes males que o

sentimento de culpa causado pela

pr��tica da masturba����o pode causar ao

futuro desempenho sexual de um ho-

mem ou da mulher. Levar para a vida

adulta esse sentimento de culpa signi-

ficar�� uma s��rie de empecilhos, muitas

vezes expresso at�� mesmo numa gra-

ve disfun����o sexual. O garoto ou a

menina surpreendidos na pr��tica da

masturba����o e repreendidos severa-

mente em fun����o disso certamente ex-

perimentar��o na sua futura vida adul-

ta uma s��rie de dificuldades.

Muitos rapazes escrevem perguntando

confiss��es 7





Ejacula����o precoce

Impot��ncia

"AP��S A EJACULA����O. MEU P��NIS

PERDE A ERE����O RAPIDAMENTE ...

ou um jovem solteiro, tenho 20





dela eu procurava desabafar toda


anos, adoro cinema, teatro, m��sica e

minha ang��stia em meus coleguinhas

karat��, o esporte que pratico. Mas,

e, assim faz��amos todo tipo de brinca-

com todas estas coisas boas que com-

deiras er��ticas. E mesmo com algumas

plementam meu viver, existem duas

crian��as ainda imp��beres, mant��nha-

que me afligem, relacionamentos com

mos rela����es sexuais, garotos e garotas.

minha vida sexual. Boa parte de minha

Quem era o superpotente de nossa tur-

inf��ncia, vivi em casa de desconheci-

ma era eu, que, com minha energia

dos, juntamente com v��rias outras

toda, n��o dispensava nem os garotos.

crian��as, porque minha m��e n��o tinha

E assim foi toda minha inf��ncia. J��

condi����es para me criar. E na falta

adulto, n��o deixei de sentir atra����o

8 CONFISS��ES





sexual pelas crian��as, mantendo uma

rosa atra����o f��sica pela parceira, o

vez ou outra rela����es com elas. Este

homem poder�� ir al��m, a tr��s ou at��

drama de minha vida terminou, quan-

mais orgasmos, evidentemente aumen-

do comprei uma cole����o de livros re-

tando o espa��o de tempo entre uma e

lacionados a sexo, depois de ler e re-

outra ejacula����o. H�� uma s��rie de fa-

ler cuidadosamente, senti bem no meu

tores a considerar, desde o estado de

��ntimo o grave erro que estava a co-

sa��de favor��vel ao envolvimento emo-

meter em rela����o ��s crian��as e assim

cional dos parceiros. Na mesma

deixei-as de lado.

pessoa, ou no mesmo homem, este

��s vezes, para aliviar minhas tens��es,

orgasmo m��ltiplo poder�� ser raro, at��

eu me masturbo, n��o com freq����ncia,

quando a parceira �� a mesma. Nou-

�� claro. Minha primeira experi��ncia

tros, h�� per��odos de desejo intenso e

sexual foi com uma jovem aluna mi-

correspondente desempenho, seguido

nha, nossa rela����o foi no "tatami"

de fases de tranq��ilidade. N��o se pode

da academia. Foi tudo muito bem para

estabelecer um crit��rio no universo

ela, mas para mim n��o, pois notei que

que �� a sexualidade humana. Tudo va-

logo ap��s a ejacula����o meu p��nis

ria da mesma forma com que as pes-





amoleceu rapidamente no interior da


soas diferem entre si.

vagina dela. No momento n��o dei mui-

�� interessante que voc�� mesmo fa��a

to cr��dito ��quilo, mas com o passar do

uma avalia����o dos seus impulsos se-

tempo, pude notar que em todas as

xuais, antes de recorrer a um bom pro-

minhas rela����es acontecia a mesma

fissional, m��dico ou psicoterapeuta.

coisa. Isto agora est�� me perturbando;

�� importante que voc�� confirme se

eu gostaria de contar com a orienta����o

realmente o cap��tulo anterior, de sua

de voc��s, para saber se devo consultar

inf��ncia e adolesc��ncia, est�� defini-

um m��dico, ou se isto �� normal, algo

tivamente encerrado.

ef��mero. Por favor, me ajudem...

N��o h�� nada de errado em obter um

("Jovem Drag��o" - Bras��lia/DF)

��nico orgasmo e depois disso perder o

interesse por um segundo; mas, se isso

o preocupa, empenhe-se em obt��-lo,

N��O �� ANORMAL O P��NIS

lembrando que �� preciso tempo, pa-

PERDER A ERE����O AP��S

ci��ncia e, sobretudo, estar completa-

EJACULAR

mente descontra��do. E preciso que ha-

ja interesse tamb��m da parceira, caso

contr��rio a penetra����o ser�� desinte-

ressante e at�� dolorosa para ela. Ha-

vendo atra����o, com ou sem envolvi-

�� relatado, nao ha nada de anormal

mento emocional, haver�� excita����o e

em que o p��nis perca a ere����o logo

naturalmente ser�� obtido o orgasmo.

ap��s a ejacula����o. Via de regra, �� isso

Um, dois ou at�� mais. Se falhar �� por-

justamente o que acontece com todos

que n��o havia vontade, um real inte-

os homens. Ocasionalmente, quando

resse. E n��o se deve tentar unicamente

h�� forte excita����o pela parceira, mes-

para demonstrar pot��ncia. Sexo, afi-

mo ap��s a ejacula����o, o p��nis apresen-

nal, n��o �� nenhuma competi����o.

ta um estado de semi-ere����o, estando

em alguns minutos apto a iniciar um

segundo ato sexual, geralmente carac-

terizado por um orgasmo mais demo-

rado. Nesse estado de paix��o ou calo-

confiss��es 9





Variantes do impulso

sexual

"O AMOR INCESTUOSO POR MINHA IRM��

ARRUINOU MINHA VIDA"...

"SOU MULHER, MAS N��O SOU: SOU TRANSEXUAL

venho t o m a d o rem��dios. mas o deses-

esclarecer por qu��. Quando eu era

pero continua. Vivo com a cabe��a

crian��a, pratiquei certos atos que s��

cheia de fantasias, tamb��m um proble-

depois de adulto percebi o quanto

ma que teve sua origem na masturba-

eram errados. Nina, sei que voc�� �� uma

����o em excesso. Ser�� que o eletrocho-

pessoa compreensiva, uma psic��loga e





que pode me curar completamente


capaz de entender todo o problema e

desse mal? Me ajude, pelo amor de

me orientar. Sofro de um tormento

Deus"... ( "Jovem Atormentado" ���

que teve origem na inf��ncia. Quando

Salvador BA)

eu tinha de 3 a 8 anos de idade, mais

ou menos, eu e minha inn�� mais ve-

lha praticamos sexo algumas vezes

(mas nunca tiramos a roupa, �� claro).

SOUBE que voc�� vem sofrendo inu-

E hoje isso para mim �� um problema.

tilmente, pela falta de informa����o e

N��o sei se devo chamar um caso de

orienta����o. �� inconceb��vel que voc��

ang��stia, ou ent��o de paran��ia. Isso

venha sofrendo at�� hoje pelo tipo de

porque sempre imagino que as pessoas

relacionamento que teve em crian��a

saibam de meu problema. Desde 1977

com sua irm��. O epis��dio n��o o qua-

10 confiss��es





lifica, absolutamente, como portador

edi����o) n��o �� respons��vel por nenhum

dessa variante do impulso sexual que e'

dos males erroneamente a ela atribu��-

o incesto ��� a atra����o sexual por pessoa

dos, a n��o ser pelo sentimento de cul-

da fam��lia (entre pais e filhos ou entre

pa adquirido em fun����o do temor de

irm��os). �� importante ressaltar que

pratic��-la.

quase todos os seres atravessam essa

Sua mente est�� povoada de sentimen-

fase no per��odo infantil. �� comum a

tos de culpa e isso ��, na verdade, o que

fantasia sexual da crian��a envolvendo

precisa ser eliminado com urg��ncia.

as pessoas da fam��lia, pelo simples

Voc�� n��o �� anormal e muito menos

fato de que elas s��o as pessoas mais

um "doente mental", para ser subme-

pr��ximas e mais queridas. Mesmo

tido a eletrochoques em cl��nicas

quando essa fantasia se materializa,

psiqui��tricas.

atrav��s de uma experi��ncia real, isso

Abandone esse c��rculo de afli����o que

n��o constitui motivo para se carregar

voc�� construiu em volta de si mesmo,

pelo resto da vida um sentimento de

numa esp��cie de autopuni����o, saia

culpa e de vergonha. As car��cias ��nti-

para o mundo e v�� viver a sua vida.

mas entre irm��os s��o bem mais co-

H�� tanta coisa boa para se viver, es-

muns do que se imagina e n��o podem

pecialmente para um jovem como vo-

ser avaliadas como base para conside-

c��. Elimine de uma vez por todas esses

rar-se os envolvidos como pessoas

"grilos" in��teis que o tornam uma

anormais. Muitas vezes o envolvimento

pessoa derrotada e infeliz. Saia, au-

entre pessoas da mesma fam��lia ��� no-

mente seu c��rculo de amizades, conhe-

tadamente entre irm��os ��� prossegue

��a melhor as garotas e as pessoas

pela fase da puberdade e ate' na adoles-

todas; enfim, renove sua vida!

c��ncia. Sua ocorr��ncia determina uma

incapacidade de se manter relaciona-

"SOU MULHER MAS N��O SOU:

mento com outras pessoas, quando a

SOU UMA TRANSEXUAL"

crian��a, o p��bere ou o adolescente so-

fre de uma grande timidez para enfren-

tar o mundo la' fora e concentra seus

impulsos er��ticos dentro do quadro





familiar.


a respeito das "Variantes do Impulso

Sexual" que resolvi escrever-lhe. Sou

uma garota de 23 anos e sou transe-

xual. Talvez meu caso seja at�� mais

NA INFNCIA, AS CAR��CIAS

complicado do que os mais estudados,

INTIMAS ENTRE IRM��OS

pois sinto-me um homem quase que

S��O MUITO COMUNS

perfeito, n��o podendo admitir ulti-

mamente nem mesmo que me cha-

Elimine os temores e essa fixa����o pela

mem pelo nome feminino de regis-

lembran��a desse epis��dio ultrapassado,

tro, pois me sinto mal. Como redatora

pois isso n��o significa que voc�� seja um

e talvez at�� estudiosa do assunto, a

mo��o anormal. N��o h�� do que se en-

sra. deve imaginar a extens��o do meu

vergonhar, nem mesmo da masturba-

problema, na busca incessante da li-

����o. A pr��tica do ato solit��rio n��o

berdade, que ser�� como "ver" pela pri-

acarreta mal algum, nem mesmo

meira vez. Conhe��o o Dr. Roberto

quando houve "excesso", segundo vo-

Farina e inclusive correspondo-me

c�� confessa. A masturba����o (leia ca-

com ele. Conhecendo as leis, os atos

p��tulo especial sobre o assunto, nesta

das pessoas que fazem as leis, a justi��a

confiss��es 11





que muitas vezes �� mais injusta, pois

�� o indiv��duo com identifica����o psi-

beneficia a maioria, ou prejudica a

cossexual oposta aos seus ��rg��os ge-

minoria para satisfazer a maioria, �� que

nitais externos, com o desejo compul-

posso lhe dizer com toda a certeza: o

sivo de mudan��a dos mesmos". A co-

caso do transexual n��o foi devidamen-

miss��o foi integrada por treze especia-

te estudado pelos juristas e a condena-

listas de v��rias ��reas da Medicina e

����o do Dr. Farina �� injusta e ilegal,

dois juristas.

j�� que n��o diz nada a respeito o C��di-

Segundo Robert Stoller, psiquiatra

go Penal. O transexualismo deveria ser

americano, "o transexual" acredita estudado como um problema social

que �� o resultado de um erro biol��-

(mesmo que n��o abranja t��o grande

gico, e procura, por isso, mudar de

parte da sociedade, hoje, poder�� abran-

sexo mediante cirurgia ou uso de hor-

g��-la futuramente)"... ("Ypisilone" -

m��nios, a fim de que a apar��ncia de

Guarulhos/SP)

seu corpo esteja em conformidade com

o sexo a que acredita pertencer".

Em visita ao Brasil, em dezembro de

O conceituado cirurgi��o pl��stico

1978, o famoso endocrinologista ame-

Roberto Farina, da capital paulista,

ricano Jota Money (do n��o menos

foi absolvido na primeira semana de

famoso Hospital John Hopkins. de Bal-

novembro de 1979. Mesmo porque,

timore. Estados Unidos, onde j�� se

j�� em 1976, uma comiss��o nomeada

procederam centenas de cirurgias de

pela Associa����o Paulista de Medicina ���

"redetermina����o sexual", para mudan-com o objetivo de fixar normas e pro-

��a de sexo dos pacientes) deu este

cedimentos para o diagn��stico e o tra-

parecer:

tamento do transexualismo ��� chegou

"As pessoas comuns pensam no transe-

�� seguinte conclus��o: "O transexual

xual como uma pessoa que pode es-

colher voluntariamente se vai ser isso

ou aquilo: mas ele tem um problema

muito profundo. Ele tem um senti-

mento muito negativo acerca de seu

sexo. que vem do fato de sua mente

e seu corpo estarem em contradi����o.

0 ideal seria que esse problema desapa-

recesse completamente mas, no est��gio

atual do conhecimento m��dico, n��o ��

poss��vel mudar essa convic����o, essa

obsess��o. Seria assim como se querer

curar a epilepsia com psican��lise".

Dentro de duas edi����es, voltaremos ao

assunto. H�� sempre novas pesquisas a

serem divulgadas, favorecendo o cami-

nho nada f��cil que um transexual tem

de trilhar para encontrar a solu����o





Sexualidade feminina





MIL PERGUNTAS DE UMA ADOLESCENTE


Com 13 anos fui para a capital morar

com minha m��e. Certo dia eu estava

lhos. mas resolvi escrever para conse-

lendo um livro de sexo e me deu vonta-

guir algumas explica����es sobre meu

de de fazer tudo que estava escrito l��.

comportamento descrito abaixo. E pe-

Tive vontade que algu��m me alisasse,

��o que a resposta seja dada por carta.

me pegasse em todo o corpo. Senti

Quando crian��a meus pais se separa-

vontade de ter rela����es sexuais, mas na

ram e fiquei morando no interir com

minha fam��lia ainda existe o tabu da

meus av��s. Entre os 8 e 10 anos tive

virgindade. Comecei a namorar e os

muitas brincadeiras sexuais com me-

beijos e carinhos me deixavam a ponto

ninos e meninas da minha idade. Eu

de explodir. Depois que ele ia embora,

gostava mais com os meninos, dava a

eu ficava toda molhada e tinha de ir

entender isso e nunca me recusava.

ao banheiro. Depois dos 16 anos meus

Cheguei a ter um contato bem ��ntimo

desejos ficaram ainda mais fortes. Pare-

com um primo meu. N��s ficamos nus,

ce que at�� em pensamento aumenta

de p�� no banheiro, nos esfregando, e

minha afli����o e depois tudo passa. Ho-

no fim ele soltou um l��quido de cheiro

je me satisfa��o sozinha. Fa��o leituras

forte nas minhas pernas. Isso nunca ti-

que aumentam meu desejo, uso calci-

nha acontecido com os outros garotos.

nhas apertadas, e chego a introduzir

confiss��es 13



coisas no ��nus. Quando estou nessa,

parece que o mundo vai acabar. �� uma

for��a, um gosto, um desejo t��o inten-

so, que aperto fortemente as pernas

at�� que tudo passa. E s�� assim consi-

go dormir. Parece que a vagina vai

rasgar e tenho vontade de tirar logo

essa virgindade, mas penso nas conse-

q����ncias. As vezes vejo um filme exci-

tante e saio molhada do cinema.

Outro dia encontrei uma antiga colega

e come��amos a conversar sobre essas

coisas. Quase tudo que acontece comi-

go acontece tamb��m com ela. Senti

inveja quando ela me falou do relacio-

namento mais ��ntimo, mas n��o total,

que teve com um cara. E me disse tam-

b��m que ela sabe se satisfazer sozinha.

Tive vontade de pedir que ela ficasse

comigo e me ensinasse, mas fiquei com





medo de estragar a amizade.


Eu tinha que escrever e desabafar. Pe-

��o tamb��m o nome de alguns livros

bons que expliquem tudo sobre sexo.

E pe��o que me respondam as seguin-

tes perguntas:

��� Por que eu tinha rela����es com os

garotos e n��o enjoava, dando demons-

tra����es de que eu estava querendo?

��� Por que eu aceitava o contato com

as meninas, na aus��ncia dos garotos?

��� Por que as rela����es na inf��ncia n��o

tiraram minha virgindade?

��� 0 l��quido branco e de odor forte

com que meu primo me molhava �� es-

permatoz��ide?

��� Por que fico molhada quando vejo

livros, revistas e filmes de sexo?

��� Como �� o nome desse l��quido que

umedece minhas calcinhas?

��� Por que sinto esse desejo de introdu-

zir um ��rg��o masculino em minha vagi-

na? E esse desejo s�� passa, quando en-

costo alguma �� coisa na vagina ou no

��nus?

��� Quais as conseq����ncias de colocar

esses objetos?

Por que at�� uma mulher me satisfa-

14 confiss��es





que s��o capazes de responder com in-

cas e incapazes de realizar outras coi-

forma����es verdadeiras sobre "de onde

sas boas e importantes da vida como:

vem os beb��s", muitas vezes n��o

estudar, fazer esportes, conversar com

conseguem aceitar com naturalizade

amigos, etc. Cada vez que ela sente

que seus filhos se masturbem. Ainda ��

um impulso sexual, tenta reprimir,

muito forte em nossa cultura o medo

porque aprendeu que �� feio, pecado,

do impulso sexual. Teme-se que as

etc. N��o consegue vencer o desejo e se

crian��as, a partir dessas experi��ncias

masturba. Mas o al��vio f��sico logo ��

infantis, se tornem "man��acos e per-

seguido por sensa����o de culpa, de ver-

vertidos sexuais". No caso das meninas

gonha. A crian��a ou jovem se sente

�� maior ainda a preocupa����o, devido

permanentemente obsecada por essa

�� import��ncia que se d�� �� virgindade

luta, esse conflito, entre fazer uma coi-

como requisito para o casamento. Para

sa que sente vontade e ter que ag��en-

melhor garantir essa "pureza" das mu-

tar o remorso, o arrependimento,

lheres, �� preciso que a menina n��o ex-

j�� antecipando que logo vai acontecer

perimente sensa����es sexuais, que se

outra vez e que ela vai acabar fazendo

ponha todos os tipos de proibi����es e

a mesma coisa.

vigil��ncias para que o impulso sexual

A leitora que nos escreve teve uma in-

f��ncia um pouco mais solta que a

maioria das meninas. Apesar do medo

MUITOS PAIS N��O CONSEGUEM

e fiscaliza����o dos adultos, ela teve in��-





ACEITAR QUE SEUS FILHOS


meras brincadeiras com outros meni-


SE MASTURBEM


nos e meninas, e gostava disso. As lei-

turas, filmes, e car��cias do namoro vie-

ram dar novos est��mulos para o impul-

n��o seja despertado. E muitas vezes o

so sexual natural. A nosso ver, voc�� ��

"sucesso" �� total: as mulheres se tor-

uma garota totalmente normal e que

nam frias ou ap��ticas para a vida se-

est�� sexualmente madura para uma

xual. Mas, apesar de proibi����es e vigi-

vida sexual a dois.

l��ncias, um n��mero enorme de crian-

Ali��s, isso �� o que acontece com a

��as consegue dar vaz��o �� curiosidade e

maioria dos jovens depois dos 15 ou

aos impulsos naturais. Ainda que com

16 anos. O corpo pede um contato

medo, com sentimento de culpa, elas

mais ��ntimo, e prolongado com outro

fazem brincadeiras sexuais com outras

corpo, rapazes e mo��as imaginam e

crian��as, se masturbam, t��m sonhos e

desejam uma rela����o sexual completa,

fantasias er��ticas. Estudos e pesquisas

mas as regras sociais (j�� um tanto aba-

de m��dicos e psic��logos demonstram

ladas ) insistem em regular a atividade

que tudo isso �� saud��vel e normal, e

sexual dos jovens, afirmando que eles

que o ��nico preju��zo �� causado pelo

t��m que esperar at�� o casamento, at��

sentimento de culpa, pelo conflito de

que tenham maturidade intelectual e

fazer uma coisa gostosa que �� "conde-

independ��ncia econ��mica para consti-

nada" pelos adultos. Isso gera na crian-

tu��rem fam��lia. Mas na pr��tica, cada

��a a id��ia de que sexo �� feio, sujo, pe-

vez mais, os jovens n��o est��o esperan-

rigoso, e de que ela, gostando disso,

do. E �� ilus��o pensar que �� poss��vel

tamb��m fica feia, suja e perigosa. Al-

conter essa necessidade natural e sadia

gumas crian��as ficam t��o ansiosas e an-

de todo ser humano. 0 que podemos

gustiadas com esses sentimentos nega-

e devemos fazer �� dar maiores e melho-

tivos que acabam se tornando neur��ti-

res informa����es sobre sexo. N��o s��

confiss��esl5

orientando sobre aspectos biol��gicos, cruzando as pernas) ou com a coloca-m �� t o d o s anticoncepcionais, doen��as

����o de coisas no ��nus. Essa regi��o �� al-

ven��reas, mas principalmente sobre

tamente sens��vel, mas voc�� deve tomar

a riqueza emocional, sens��vel e afetiva

cuidados para. n��o se machucar. A in-

que se pode conseguir num relaciona-

trodu����o de objetos na vagina merece

mento sexual.

mais cuidados, porque pode romper

Passemos agora ��s perguntas feitas. Vo-

seu h��men e tamb��m causar infec����es,

c�� aceitava e procurava as brincadeiras

se os objetos n��o estiverem limpos.

sexuais com as outras crian��as, porque

Voc�� conta muita coisa dos seus dese-

gostava disso, sentia vontade. E, talvez

jos e formas de satisfaz��-los. mas n��o

por menor fiscaliza����o de seus av��s,

fala uma vez sequer na palavra mastur-

voc�� fosse mais livre que as outras me-

ba����o. Voc�� desconhecia a palavra ou

ninas.

tem vergonha de us��-la? Tamb��m co-

Aos 8 ou 10 anos ainda est�� pouco in-

nhecia como onanismo ou prazer soli-

.culcado o padr��o moral de que a se-

t��rio, a masturba����o �� a forma mais

xualidade tem que ser heterossexual,

geral dos jovens extravasarem o impul-

voltada para indiv��duos de sexo opos-

so sexual. Seu relato mostra que voc��

to. Da�� a maior facilidade de haver en-

aprendeu a conhecer seu corpo e sabe

tre as crian��as rela����es de tipo homos-

como ter orgasmo sozinha. Mas isso

sexual Sua virgindade n��o foi tirada,

apenas n��o est�� totalmente satisfat��-

porque os garotos tinham o p��nis de

rio. E �� perfeitamente normal que vo-tamanho ainda insuficiente para rom-

c�� queira aprofundar o relacionamento

per seu h��men, assim como eles ainda

com outra pessoa. Se o medo de per-

n��o estavam maduros biologicamente

der a virgindade impede que voc�� te-

para terem ejacula����o (que come��a a

nha rela����es completas, utilize no na-

acontecer entre os 1 2 ou 14 anos). Seu

moro tudo que voc�� sabe fazer quando

primo, que era mais velho, j�� tinha as

est�� sozinha, menos a penetra����o vagi-

fun����es de um homem adulto. Ao

nal. Esse vulc��o que voc�� sente �� ��ti-

atingir o orgasmo ele ejaculou, isto ��,

mo. Mas precisa ser "apagado" de vez liberou um l��quido chamado esperma

em quando. Isto ��. voc�� �� uma mulher

que cont��m milh��es de espermatoz��i-

sexualmente madura e seu corpo est��

des (que s��o as c��lulas reprodutoras

exigindo que essa energia, esse impul-

masculinas). O l��quido que umedece a

so, seja liberado. A masturba����o ajuda

sua calcinha �� produzido por algumas

muito, mas �� um tanto incompleta.

gl��ndulas situadas na entrada da vagi-

Falta outra pele, outra boca, outras

na. Ele �� liberado sempre que voc�� fi-

m��os para que os carinhos possam se

ca excitada, seja com livros, filmes ou

multiplicar. Essa forma ampliada e m��-

car��cias. �� um sinal f��sico de que vo-

tua de prazer e dois tamb��m ocorre en-

c�� est�� predisposta a um relaciona-

tre duas pessoas do mesmo sexo. Para

mento sexual, e a fun����o desse l��qui-

a maioria das pessoas ainda �� dif��cil

do �� lubrificar a vagina para facilitar

aceitar o homossexualismo, pois o pa-

a penetra����o do ��rg��o masculino. Sua

dr��o social estabelecido �� de relacio-

necessidade de ser tocada, alisada, pe-

namento entre uma mulher e um ho-

netrada, indica que suas zonas er��ge-

mem. Nesta ��ltima d��cada, por��m,

nas est��o despertas e procurando uma

v��m crescendo os movimentos de ho-

satisfa����o. Voc�� tem resolvido essa ne-

mossexuais que assumem abertamente

cessidade quase sempre sozinha, se

essa op����o diferente do padr��o. E al-

guns estudos e opini��es m��dicas j��

masturbando por atrito (com as cal��as,

16 confiss��es





afirmam que o homossexualismo n��o

mulher pode estar sendo vista por vo-

�� uma anormalidade nem doen��a. Se-

c�� corno uma sa��da mais segura, j�� que

gundo alguns autores, como Kinsey,

n��o haveria riscos de uma penetra����o

a maioria das pessoas j�� teve alguma

vaginal.

atra����o por outra de seu pr��prio sexo.

Sua virgindade s�� ser�� rompida se hou-

Mas, devido ao aprendizado e �� censu-

ver o coito (p��nis na vagina), ou a in-

ra social, a maior parte de n��s sufoca

trodu����o de algum objeto de formato

esse sentimento, que ��s vezes aparece

semelhante, como um p��nis artificial.

em sonhos, fantasias, ou at�� se disfar-

H�� muitas e muitas coisas que duas

��a em sentimentos de amizade e admi-

pessoas podem fazer na cama, al��m da

ra����o. Na opini��o dessa corrente, s��o

penetra����o vaginal. Ali��s, �� ��timo que

poucas as pessoas cem por cento he-

se saia do modelinho tradicional: uma

terossexuais ou cem por cento homos-

das car��cias pra esquentar, a penetra-

sexuais. Mas em nossa sociedade fica

����o do p��nis na vagina e o orgasmo

muito mais f��cil expressar e ter cons-

(quase sempre apenas do homem). ��

ci��ncia das nossas inclina����es heteros-

preciso que aprendamos a usar mais

sexuais. Essas s��o estimuladas e apro-

globalmente nosso corpo e nossa ima-

vadas socialmente, enquanto as poss��-

gina����o. Mas tamb��m �� hipocrisia,

veis tend��ncias homossexuais t��m que

falsidade, uma pessoa se permitir todos

vencer muitos preconceitos para virem

os prazeres e ficar guardando o h��men

�� tona. Voc�� sabe disso, tanto �� que

pra assegurar casamento. Infelizmente

teve medo de perder a amizade de sua

a maioria das mo��as ainda se prendem

amiga e deixou de propor um contato

a isso, ajudando a manter uma est��pi-

mais ��ntimo. E �� bem poss��vel que ela

da exig��ncia machista. E assim vai: as

fugisse de voc�� e a rotulasse de l��sbica.

mo��as querem casar, os maridos que-

rem ser os primeiros (e ��nicos), ent��o

se mant��m as apar��ncias. E isso s�� ser��

superado, quando as mulheres conse-

A MASTURBA����O AJUDA,

guirem ser suficientemente indepen-

MAS, �� INCOMPLETA

dentes do ponto de vista econ��mico e

maduras do ponto de vista emocional.

S�� assim elas ser��o donas de seus cor-

pos, deixando de fazer do h��men a ga-

Com r��tulo ou sem ele, n��o se pode

rantia para ter um homem que as sus-

negar que duas pessoas do mesmo sexo

tente e proteja.

podem se dar um m��tuo prazer sexual,

tanto como o relacionamento entre

Ningu��m pode garantir que voc�� vai fi-

duas de sexo oposto. As dificuldades

car satisfeita sexualmente quando se

surgem devido aos preconceitos sociais

casar. Voc�� n��o �� de modo algum uma

contra os homossexuais, que sofrem

pessoa doente, nem deve evitar esses

muitas discrimina����es no trabalho, na

pensamentos, desejos e fantasias se-

fam��lia, na escola, etc.

xuais. Como dissemos antes, talvez vo-

N��o vamos nos alongar sobre isso, mes-

c�� seja mais solta, mais sensual do que

mo porque voc�� est�� longe de ter uma

a m��dia das mulheres. A for��a �� a fre-

prefer��ncia exclusiva por mulheres. E ��

q����ncia dos impulsos sexuais variam

bom perceber que �� capaz de admirar

muito de pessoa para pessoa. E uma

e desejar um corpo semelhante ao

mesma pessoa pode diminuir sua ne-

seu. Al��m disso, com esse medo de

cessidade sexual conforme a idade, as

perder a virgindade, a rela����o com uma

preocupa����es com trabalho. doen��as,

confiss��es 17





etc. Caber�� a voc�� escolher um par-

do s�� para poder ter sexo, e n��o ag��en-

ceiro que seja tamb��m disposto e ima-

tam as outras responsabilidades da vida

ginativo na cama, algu��m que veja com

a dois.

satisfa����o suas necessidades de prazer.

Na escolha de um curso, da profiss��o,

N��o lhe serve para parceiro, ainda mais

de um emprego, se admite que todo

no casamento, um homem "quadrado"

mundo tenha d��vidas e mude as deci-

que tenha vergonha da nudez, que

s��es anteriores. Por que n��o se permite

ache que a mulher tem que ser passiva

a experimenta����o tamb��m quando se

e que n��o aceite nada al��m do tradi-

trata de escolher um companheiro para

cional. 0 per��odo de namoro deve ser-

um relacionamento mais duradouro?

vir para isso: que duas pessoas se co-

Para finalizar: n��o tenha medo de sua

nhe��am e descubram se t��m pontos em

sexualidade. Pode ser que no in��cio

comum. E para casar (ou viver junto) ��

(com h��men ou sem ele) voc�� queira

preciso que haja atra����o sexual, vonta-

experimentar muito, variar os parcei-

de de dar e receber prazer. �� claro que

ros, fazer sexo constantemente. Al��m

se tem que considerar outros interes-

de evitar uma gravidez, procure evitar

ses comuns, os valores em que os dois

tamb��m aqueles homens que n��o a res-

acreditam, etc. Mas o v��nculo sexual ��

peitam como pessoa. Aos poucos voc��

fundamental para um relacionamento

ir�� sentir, perceber, que a quantidade

duradouro.

e a variedade n��o �� o que mais impor-

E �� claro que justamente com sexo es-

ta. Voc�� vai ficar mais exigente, vai

tamos falando de carinho, de sensibili-

selecionar melhor seu companheiro,

dade, de capacidade de sentir o outro.

vai querer aprofundar um conheci-

Quanto mais se aprofunda isso, maior

mento na cama e fora dela. E. se ele

�� o prazer. O orgasmo deixa de ser ape-

estiver na mesma, o caso pode dar em

nas uma descarga de energia f��sica e

casamento. Mas. nem papel passado,

passa a expressar a forma mais total de

nem b��n����o de padre, podem garan-

contato, de intimidade entre dois se-

tir que voc��s ficar��o junto por toda a

res humanos.

vida.

Sua pergunta parece demonstrar que

voc�� est�� com medo de sua sensualida-

Sugest��es de livros: Sexo e Amor para

de, est�� receando que possa ser uma

os Jovens e Dificuldades do Amor, am-mulher muito "fogosa", incapaz de se

bos de autoria do m��dico Fl��vio Giko-

satisfazer apenas com um homem. Isso

vate, editados pela MG. al��m do livro

s��o fantasias suas, que refletem a re-

de Alberto Ellis. Sexo sem Culpa e sem

press��o sexual que se p��e na cabe��a

Medo. editado pela Papelivros. Foi re-

das mulheres. Aos homens se permite

centemente liberado o j�� famoso livro

e encoraja que experimentem v��rias

baseado numa pesquisa feita com mais

mulheres, mas a elas se exige que se en-

de 3 mil mulheres norte-americanas.

treguem apenas a um homem, e por to-

0 Relat��rio Hite cont��m in��meros de-

da a vida. Ter��amos que ser videntes

poimentos dessas mulheres sobre mas-

para podermos acertar logo na primei-

turba����o, orgasmo, e dificuldades que

ra. �� preciso combater isso e conquis-

encontram na vida sexual, editado pe-

tar o direito de ter v��rias experi��ncias,

e sem que isso signifique ser uma "mu-

lher �� toa". A op����o pelo casamento

deveria ser feita com maior maturidade

emocional. Muitos jovens se casam ce-

18 confiss��es





Homossexualidade

masculina

"H�� UMA FASE NORMAL DE COMPORTAMENTO

HOMOSSEXUAL?"

correspondente em Nova Iorque, So-

Unidos alegraram-me enormemente

nia Nolasco Ferreira, e pouco mais

nestes dias: IP) Uma confirma����o;

tarde pelo "Lampi��o", no seu n��mero

2.��) Uma condena����o.





17. Segundo uma pesquisa realizada


para a PPFA (Planed Parenthood

Primeiro: a primeira foi publicada no

Federation of America) fica solene-

jornal "O Globo", numa cr��nica da

mente confirmada (para njim, pelo

confiss��es 19

menos, �� importante) minha opini��o mente erradas e n��s estamos certos.

a respeito da sexualidade infantil,

Chamar-nos de ped��filos �� como cha-

que tantas vezes emiti em cartas de

mar aos heterossexuais e homossexu-

desabafo (como esta) que enviei a

ais em conjunto de "amantes de adul-

alguns jornais e revistas "especiali-

to". O heterossexual principalmente se

zados". No novo curr��culo de educa-

revoltaria, porque ele n��o ama um

����o sexual, fundamentado naquelas

adulto-homem e sim um adulto-mu-

pesquisas, constam manifesta����es Iher. Ent��o, por que n��o cham��-la como esta: "Faz parte do programa do

de mulher? Eu n��o amo uma crian��a,

ano letivo de 1980 a conversa franca

amo um garoto. E tem outra coisa:

na classe do gin��sio, incluindo o fato

n��o amo uma criancinha (sexual-

(Aten����o: eles dizem fato!) sempre

mente, estou falando): amo um garo-

negado pelos adolescentes, de que mui-

to pelo menos de 12 anos at�� 16,

tos deles passam por uma fase normal

geralmente t��o conhecedor da mec��-

(aten����o: eles dizem normal) de com-

nica sexual como eu mesmo. E muitas

portamento homossexual (eu sublinhei) vezes mais apaixonado. Existe ainda

antes de se firmarem como hete-





uma particularidade inaudita. Homens


rossexuais".

que amam meninos formaram legi��o

Po... que felicidade! Quando eu es-

em todos os tempos. At�� uma civili-

crevia sobre o comportamento sexual

za����o, a grega, caracterizou-se por esta

normal dos garotos de 12 a 16 anos, indina����o. As obras de arte exaltando

express��o lida por mim j�� faz muitos

a beleza dos meninos s��o in��meras.

anos, creio que numa revista m��dica e

Agora, pergunto aos manique��stas, aos

confirmada por centenas de pr��prias estruturalistas, aos dualistas, aos "cer-experi��ncias pessoais, ainda ficava na

tinhos" que pensam que tudo se resu-

minha consci��ncia um pequeno receio.

me em "um passo para l�� outro

Jornais e revistas que, ao meu enten-

passo para c��": onde est��o os ex��rcitos

der, sabem muito da sexualidade em





de mulheres arrebatadas por meninas


seus m��ltiplos aspectos, escondiam

como n��s estamos pelos meninos?

sempre esta verdade. E eu me pergun-

Ou de homens mesmo? Que n��o se po-

tava: ser�� que estou inventando uma

de fazer essa compara����o? Ah, claro

fantasia porque desejo que o mundo

que n��o se pode: os meninos s��o mui-

seja assim? Que tenha pelo menos es-

to mais belos que as meninas. Como

te alivio para minha ang��stia? Digo

final deste par��grafo, vou fazer uma

"pequeno receio" porque em seguida

confid��ncia que exemplifica algumas

o afugentava, como o afugento agora

das id��ias expostas anteriormente: nes-





definitivamente.


te m��s que passou me separei amiga-

velmente de um garoto de 17 anos,

Os garotos s��o homossexuais (tempo-

porque ele "virou" homem pelas leis

r��rios) e se comprazem em fazer o

naturais da biologia. N��s fizemos o

amor conosco, homossexuais adultos

amor 86 vezes, durante mais de 20

"especiais" (especiais porque n��o se-

meses. Ele come��ou a gostar de garo-

jamos melhores nem piores) mas por-

tas e me alegro muito. Com a idade de-

que gostamos exclusivamente deles).

le aumentando, fomos nos repelindo:

Garoto prefere homem a garoto por

ele porque n��o gosta de homens, eu

muitas e muitas raz��es. Essas revistas

porque n��o gosto de homens. Meu

que nos chamam de ped��filos (namo-amigo �� um garoto normal, como ou-

rados de "crian��as", a n��s que nos re-

tros muitos que conheci. Casar��, te-

pugnam as meninas) est��o completa-

20 confiss��es





h�� filhos e nunca mais deitar�� com um

imprest��veis. Em verdade vos digo:

homem. Eu, por��m, seguirei sendo um

homens muito mais bondosos do que

homossexual. J�� estou procurando um

ele j�� levaram tiros na cabe��a. A-

garoto de 13 anos que substitua aque-

m��m!"'... (L.N. - S��o Paulo/SP)

le. Gostarei sempre de garotos. E sem-

pre sentirei n��useas s�� de pensar em

ter um relacionamento sexual com mu-

Temos enfatizado in��meras vezes

lheres, meninas ou homens adultos.

aqui, em nossos artigos tanto em

Essa �� uma verdade comum em certos

CONFISS��ES INTIMAS como em "Pe-

meios que freq��ento e que ofere��o a

teca", que a cita����o de autores v��rios





algumas revistas inexperientes neste


nem sempre significa que acatemos es-





ponto.


sas opini��es. Permitimo-nos uma an��li-

Segundo: a segunda noticia apareceu se e n��o podemos nos al��ar �� preten-em todos os jornais do mundo. O Papa

s��o de mudar certas designa����es tradi-

condena o homossexualismo. Fico sa-

cionais, seculares, institu��dos j�� por

tisfeito, paradoxalmente, porque se

aqueles que ��� mesmo enfrentando as

n��o fosse assim,n��s,homens que ama-

mais s��rias limita����es do tempo em

mos a verdade sobre todas as coisas,

que viveram ��� bastante contribu��ram

��amos pactuar com essa gigantesca

para clarear o universo de nuvens

farsa por comodismo ou por meio.

cinzentas que ainda paira sobre o com-

0 Papa, Khomeini e outros esp��cimes

portamento sexual humano. 0 pr��prio

s��o l��deres de uma civiliza����o imbecil

termo "homossexual", por exemplo, ��

que acredita sermos n��s homossexuais

uma qualifica����o preconceituosa, ��

por maldosa teimosia. As palavras in-

guisa de um r��tulo para uma situa����o

fal��veis do Santo Padre estimular��

considerada "anormal". �� bastante

a crueldade sempre latente dos fan��-

dif��cil que se aceite a id��ia de que

ticos que nos perseguem, nos satiri-

todos os seres humanos passaram por

zam e rios causam tantos sofrimentos.

uma fase homossexual ou de que nin-

Eu. particularmente, acho que a ho-

gu��m nasce com um carinho de "ex-

mossexualidade est�� farta de m��rtires

clusivamente heterossexual", macho

e precisa agora de her��is, como aqueles

ou f��mea. Em verdade, mais dif��cil

de San Francisco, nos Estados Unidos,

ou mais fan��ticos ainda. Uma a����o

NINGU��M NASCE COM UM

terrorista, justa, espetacular, corajosa,

CARIMBO: MACHO OU F��MEA

talvez provocaria o ��dio de muitos,

mas afogaria tamb��m o riso humilhan-

ainda seria explicar que homossexua-

te dos carrascos e transformaria em

lidade n��o existe, o que existe �� o

veneno o cuspo que nos querem jo-

homossexual. A preocupa����o do r��tu-

gar N��o devem surpreender a nin-

lo �� inevit��vel. Cito sempre o caso cri-

gu��m estas palavras de ��dio. Afinal de

minal, onde o homossexual e' a v��ti-

contas, sou s�� um homem de senti-

ma, pol��cia e imprensa se preocupam

mentos normais, dilacerado pelo sofri-

em dar a manchete do dia seguinte:

mento de muitos anos de incompreen-

"Homossexual Assassinado". At�� hoje,

s��o. Surpreendente �� que o chefe m��-

at�� prova em contr��rio, no mundo in-

ximo de uma suposta religi��o de bon-

teiro, nenhum jornal circulou com es-

dade nos repila como feras. 0 Deus po-

ta manchete: "Heterossexual Assassi-

deroso nos fez assim e agora Pedro,

nado". Isso porque, no conceito co-

Cora����o de Pedra, nos joga no lixo por

mum, ser heterossexual �� o normal.

confiss��es 21





Mesmo que a v��tima tenha uma vida

mento psiqui��trico adequado. Este do-

completamente irregular perante sua

ente mental escolhe a crian��a pelo fa-

fam��lia, ele �� um heterossexual, um

to evidente da v��tima n��o oferecer

homem.

resist��ncia e tamb��m por ser mais d��-

Da mesma forma, a designa����o "ped��-

cil e submissa. Isso n��o exclui o fato

filo" �� hist��rica e mesmo com o avan-





de que desequilibrados mentais atacam


��o da moderna ci��ncia da sexologia

tamb��m os adultos de qualquer sexo.

(embora um estudo ainda recente), a

Finalizando as considera����es sobre o

classifica����o persiste.

primeiro item, queremos lembrar que

�� correto o racioc��nio do leitor. No

a not��cia veiculada n��o constitui tam-

entanto, n��o constitui novidade que o

b��m novidade alguma. Embora de for-

ped��filo e' quase sempre um homosse-

ma sutil, dada a delicadeza do assun-

xual. H�� casos raros de heterossexuais

to, j�� abordamos em in��meros artigos

que t��m atra����o sexual por meninas.

a exist��ncia dessa fase normal de com-

E mais raro ainda quando essa atra����o

portamento homossexual no pr��-ado-

se estabelece por crian��as. Num e

lescente. antes deles se firmarem como

noutro caso. o objeto da atra����o ��� se-

heterossexuais. Issso �� fato comprova-

ja menino ou menina - geralmente j��

do pela realidade do dia-a-dia.

ultrapassou a faixa dos 11/12 anos e,

Quanto ao segundo item de sua car-

como j�� dissemos em artigos anterio-

ta, permita-nos um reparo muito im-

res, o p��bere n��o �� mais uma crian��a.

portante: o Papa Jo��o Paulo II n��o

Tanto que nesse sentido, v��rios pa��-

condenou o homossexualismo, mas

ses est��o revendo a quest��o do t��o

sim confirmou o veto j�� existente ��

controvertido "crime de sedu����o"

ordena����o de homossexuais como sa-

de menores de idade. Na Su��cia, por

cerdotes. De qualquer forma, subsis-

exemplo, o limite de 16 anos j�� passa

te o secular preconceito da igreja con-

a incluir plena responsabilidade, espe-





tra os homossexuais.


cialmente no tocante ��s atividades se-

Mas muitas s��o as vozes que se erguem

xuais.

contra essa situa����o, inclusive dentro

da pr��pria igreja. E uma dessas vozes

De qualquer forma, o termo ped��filo

mais autorizadas �� do te��logo e padre

e a classifica����o geral da pedofilia

franc��s Mare Oraison, autor da exce-

(o termo vem do grego paid��s ���

lente obra "A Quest��o Homossexual".

crian��a ��� e philos ��� gostar) �� utili-As limita����es n��o atingem s�� o homos-

zado hoje mais para definir uma situa-

sexual (leia nesta edi����o o cap��tulo

����o. Com o seu uso, ameniza-se a

"Timidez e Inicia����o Sexual"). Mas, a

classifica����o do homossexual. E, veja

realidade do mundo conturbado de ho-

bem: mediante o relato de uma carta,

je mostra que h�� procura de novos

sem o di��logo pessoal, �� verdadeira-

caminhos e eles certamente vir��o.

mente imposs��vel definir qual a real

Coincid��ncia ou n��o, a nova d��cada

identidade psicossexual do indiv��duo.

traz o alento de uma nova era: �� tem-

As pesquisas da atualidade registram

po da verdade. N��o pode haver regres-

casos raros de real pedofilia (atra����o

s��o, pois toda opress��o �� baseada na

por crian��as mesmo) e s��o bem mais

mentira. E �� tempo, repetimos, da

raros os chamados crimes de viol��n-

cia contra as crian��as. Geralmente, os

autores destes crimes n��o s��o portado-

res de uma pedofilia, mas na realidade

um doente mental, que requer trata-





quadro cl��nico apresentado, n��o se po-

metido de estranha doen��a ven��rea,

de dar uma solu����o por carta. A cirur-

sendo levado a uma cirurgia na qual

gia corretiva dos ��rg��os sexuais sem-

lhe extirparam os dois test/culos e par-

pre conseguiu incont��veis sucessos, es-

te do p��nis. Pe��o alguma informa����o,

pecialmente nos casos dos mutilados

porque pretendo dar uma for��a moral

de guerra e tamb��m nos casos de aci-

a ele. Quais as esperan��as para esse ra-

dentes de tr��nsito, sendo o Brasil um

paz? Ele ficou muito deprimido, ema-

recordista mundial neste segundo caso.

greceu bastante. Estamos sendo obri-

T��cnicas aprimoradas dos Estados Uni-

gados a mudar de lugar, pois todo

dos e da Europa s��o hoje rapidamente

mundo quer conhecer o rapaz "cas-

trazidas para o Brasil, nesse sentido. 0

trado, emasculado, eunuco, e t c " . . .

primeiro passo �� conduzir este jovem

(W.F.C. - Santos/SP).

ao Hospital de Cl��nicas de S��o Paulo,

um dos maiores centros hospitalares da

Am��rica. O caso requer pesquisa, exa-

me local e uma programa����o a longo

Mesmo pesquisando junto a m��di-

prazo. O fato desse jovem contar ape-

cos de v��rias especialidades ligadas ao

rtas com 16 anos �� um ponto positivo,





favorecendo um tratamento que pode-

escrotal. S��o de consist��ncia semidura,

ria se tornar mais dif��cil para um adul-

muito sens��veis �� press��o. Um quinto

t o , cujo desenvolvimento j�� foi com-

de seu volume destina-se �� produ����o

pletado.

do horm��nio masculino e os restante

quatro quintos s��o dedicados �� fabrica-

TEST��CULOS DE FORMATO

����o de espermatoz��ides.

DIFERENTE"... ,

Embora isso aconte��a raramente, um

test��culo poder�� ser maior do que o

outro, sem contudo alterar seu funcio-

18 anos e nunca tive rela-

namento. H�� casos de homens que

contam s�� com um test��culo. �� o que

����o sexual com nenhuma garota. Isso

se chama de "mon��rquido". Isso acon-

porque uns tr��s anos atr��s, notei que

tece quando s�� um test��culo desce, po-

meus test��culos n��o s��o do mesmo ta-

dendo se proceder uma cirurgia para

manho; um �� bem menor do que o ou-

fazer com que o outro des��a. Normal-

tro. No in��cio n��o me preocupei

mente, um ��nico test��culo ser�� sufi:

muito, pensei que era normal. Mas, de-

ciente para a produ����o de espermato-

pois de ler muito, vi que eu era dife-

z��ides.

rente. Estou preocupado e quero sa-

ber se o fato de ter esse test��culo me-

Em virtude de caxumba, uma pequena

nor pode me prejudicar no casamento.

les��o traum��tica (uma pancada violen-

Tenho ere����o do p��nis e ejaculo nor-

ta, ou acidente) o test��culo atingido

malmente, quando me masturbo. Que-

poder�� cessar seu crescimento na fase

ria saber tamb��m se a quantidade de

da puberdade, sem que isso altere seu

esperma �� normal. Por favor, respon-

funcionamento.

dam minhas perguntas". . . ("Esperan-

Tudo isso est�� no campo das probabili-

��oso" ��� Santo Andr��/S��o Paulo).

dades. Para se ter certeza de estar con-

tando com um funcionamento testicu-

lar perfeito, �� necess��rio exame medi- 1

complexado, pois tenho o

co. Evidentemente, isso ser�� acompa-

test��culo esquerdo maior que o direi-

nhado de uma s��rie de exames, inclusi-

to". . . (FP.D. - Teresina/Piau��).

ve do espermograma. que �� o balan��o

dos espermatoz��ides no esperma, para

estudo da fertilidade masculina. N��o

tinha 15 anos, levei uma

h�� motivo para grandes preocupa����es,

pancada no test��culo direito, e ele fi-

pois como j�� foi dito, a produ����o de

cou bem menor. N��o sinto dor, mas

um ��nico test��culo �� normalmente o

meus amigos falam que n��o posso ser

suficiente para a gera����o de filhos.

pai. Amo uma menina desde os doze

No entanto, o mais aconselh��vel �� a

anos, fico confuso, porque queria ca-

confirma����o m��dica. A consulta deve

sar". .. (AJS. ��� Araguati/Minas Gerais)

ser iniciada no setor de cl��nica geral

do INPS, passando-se ent��o �� cl��nica

pode levar alguns rapazes a

de endocrinologia.

achar que um test��culo �� maior do que

o outro �� pelo fato de que normalmen-

te o test��culo esquerdo desce mais do

que o direito. Os test��culos s��o as duas

gl��ndulas ovaladas, localizadas cada

uma numa das bolsas do chamado saco

24 confiss��es





Emocional

MEU NAMORADO QUER UMA PROVA DE AMOR

"EU TENHO ACESSOS VIOLENTOS DE CI��ME".





PROVA DE AMOR COM


O /amor �� espont��neo, T��nia, n��o





DATA MARCADA. . .


pude ser for��ado, imposto. Um rela-

cionamento amoroso ideal deve ser bi-

lateral, isto ��, sentido pelas duas pes-

Gostaria que voc��s, meus amigos

soas que se amam. A doa����o deve ser

de Peteca, me ajudassem a sair deste

m��tua, crescente e natural. Seu na-

desespero que est�� me matando dia a

morado, talvez por imaturidade, est��

dia. Namoro um rapaz de 16 anos h��

for��ando uma situa����o que n��o �� de-

dois anos que agora est�� me pedindo

sejada por voc��. Logo, ele a est�� coa-

uma prova de amor at�� os fins de ja-

gindo, impondo para voc�� a vontade

neiro. Se eu n��o der esta prova ele me

dele. N��o est�� respeitando sua vonta-

abandonar��. N��o gosto dele mas �� o

de, n��o est�� levando em conta o seu

��nico que gosta de mim. H�� outro ra-

direito de escolher o que voc�� achar

paz que me procura muito, h�� cinco

melhor. Como se isso n��o bastasse

anos, mas minha m��e n��o gosta dele.

amea��a terminar o namoro, caso voc��

Por favor, ajude-me. Tenho medo de

n��o fa��a suas vontades. �� uma atitu-

ceder meu corpo para o primeiro e

de machista t��pica de quem acha que

depois ser abandonada da mesma for-

o mundo �� dos homens e nega para a

ma. Ajude-me a resolver minha vida".

mulher qualquer direito ou escolha.

( T . K - Pouso Alegre/MG).

N��o s��o boas credenciais para um na-

26 confiss��es





moro feliz. H�� tantas formas para que

��a em si mesmo e projeta sua descon-

ele possa ver se voc�� gosta dele. Por

fian��a sobre algu��m (namorada, irm��,

qu�� raz��o tem que ser s�� esta a prova

pais, amigos) sob a forma de ci��me.

de amor e ainda com data marcada?

Sob este prisma, desconfian��a e ci��me

Felizmente voc�� afirma n��o gostar de-

s��o quase sin��nimos: sua desconfian��a

le. Isto facilita sua decis��o. Sabe que

em si mesmo �� externada sob a forma

n��o o ama, sente-se pressionada, des-

de ci��me de seu pr��ximo. Este desvio

respeitada, ent��o, por que n��o o sur-

de personalidade tem sido a causa de

preende dizendo-lhe que n��o pode dar-

grandes males durante toda a hist��ria

lhe uma prova do que n��o sente?

humana. Talvez o exemplo mais cl��ssi-

Esta atitude parece-me a mais honesta

co seja o de Otelo, um personagem

para com voc�� e com ele. Ver�� como

criado por Shakespeare, renomado au-

seu desespero acaba e voc�� volta a sen-

tor ingl��s, que, prisioneiro eterno do

tir o doce sabor da liberdade.

ci��me, chega a matar sua esposa Des-

d��mona, seu ��nico e mais sublime

TENHO ACESSOS DE CI��MES.

amor. Diz-se que o ci��me enlouquece

porque ele impede que a pessoa use

a raz��o, a l��gica, j�� que o impulso ��

maior. Portanto, o ciumento �� prisio-

neiro de suas pr��prias limita����es, uma

v��tima de si mesmo. Em seu desvario

v�� monstros inexistentes pois �� sempre

sua pr��pria mente quem o fabrica. Co-

mo na maioria das vezes a realidade

n��o corresponde ��quela que ele sente,

desnorteia-se e vive como voc�� mesmo

diz "de cuca quente", em constante

autopuni����o. Fere os que mais ama nu-

ma auto-agress��o. A psican��lise tem

condi����es de ajud��-lo a vencer este

problema. Mas �� preciso frisar que a

solu����o definitiva depender�� em muito

de voc��. O primeiro passo j�� est�� dado:

voc�� assumiu o seu ci��me, atitude que

a maioria dos ciumentos n��o adota.

Geralmente eles reagem furiosamente a

simples men����o da palavra. Partindo

do princ��pio de que �� um homem ciu-

mento, voc�� j�� se autodiagnosticou.

Isto, unido �� vontade de se libertar, fa-

cilitar�� a sua cura. O psicanalista pode-

r�� ser o seu guia para a conquista mais

r��pida da liberdade e conseq��entemen-

te da felicidade.

confiss��es 27





Sexologia

Eis aqui o que acontece quando a

press��o est�� ao aoge

O S H O M E N S

T A M B �� M

S I M U L A M

O R G A S M O S

OS HOMENS TAMB��M





SIMULAM ORGASMOS


O qu��? Os homens simulam orgas-

mos.' Voc�� deve estar brincando! E vo-

c�� ent��o argumenta que nunca tiveram

uma raz��o qualquer para simul��-los.

Bem pessoal, este �� apenas mais um cli-

ch�� sexual que nos tem sido transmiti-

do. Karen Shanor, m��dica, pode ser a

primeira expert a recolher alguns da-

dos s��rios relativos ao assunto. Profes-

28 confiss��es





sora de Psicologia, psicoterapeuta e

sua principal tarefa e ter pelo menos

consultora, Shanor escreveu um livro

um orgasmo explosivo por noite. Se

chamado "A SENSIBILIDADE SE-

n��o o obt��m, ele pensa que falhou.

XUAL DO HOMEM AMERICANO".

Shanor afirma que os homens foram

Ela afirma que por volta de 75 a 80%

ensinados a pensar que ter orgasmos ��

dos 4.062 homens que responderam ao

bastante f��cil. Mas agora, finalmente,

seu question��rio e mais os 70 homens

n��s estamos come��ando a tomar co-

que ela pessoalmente entrevistou con-

nhecimento de alguns dos problemas

fessaram-lhe que simulavam orgasmos.

que todos eles enfrentam. Os homens

n��o s��o, absolutamente, como antes se

ALGUNS HOMENS S��O AT��

pensava, os indestrut��veis baluartes da





PERITOS EM SIMULAR


sociedade.





ORGASMOS


NA REALIDADE, OS HOMENS

S��O FAL��VEIS DENTRO E

hanor deduziu que alguns ho-





FORA DA CAMA


mens s��o peritos neste comportamento

e que esta forma de agjr n��o �� nem de longe t��o dif��cil como muita gente

firma-se que, tanto dentro como

pensa ser. Eles gemem, suspiram e ati-

fora da cama, os homens podem fa-

ram-se ativamente. E quanto maior for

lhar. H�� outras raz��es para que eles si-

a atividade que eles pratiquem, tanto

mulem de acordo com Sharon. Um ho-

mais eles procuram que suas parceiras

mem simula o orgasmo se ele estiver

n��o percebam que eles n��o obtiveram

empenhado em dois ou mais relaciona-

o orgasmo.

mentos ao mesmo tempo. Se estiver

A quest��o ��bvia �� a seguinte: pode ou

mantendo um caso com sua secret��ria

n��o uma mulher afirmar que um ho-

durante o lanche e n��o deseja desapon-

mem est�� simulando'? "Nem sempre", tar sua esposa poucas: horas mais tar-afirma Shanor. "Nem todos os ho-

de, a necessidade de agir sexualmente

mens expelem a mesma quantidade de

pode ser maior do que aquela que ela

s��men, e esta quantidade expelida va-

possa atingir. Ele seguir�� o caminho

ria de orgasmo para orgasmo. E mes-

mais f��cil e simular�� com sua mulher

mo muito dif��cil dizer se um homem

ou com sua secret��ria. O problema e'

est�� sentindo orgasmo quando ele es-

que a maioria dos homens tenta ser

t�� profundamente dentro da vagina,

com enormes dificuldades, verdadeiros

especialmente se ele j�� obteve um or-

atletas sexuais. �� tamb��m bastante di-

gasmo anterior e a ��rea da vagina es-

f��cil desempenhar este papel durante

t�� saturada de s��men."

todo o tempo. Shanor segue afirmando

Sharon diz que para a maioria dos ho-

que todos os homens simulam e ainda

mens a press��o est�� dirigida para que

apura que existe um grau maior de dis-

haja uma a����o sexual apenas.

simula����o entre as idades de 30 e 40

Os relacionamentos seguem um curso

anos porque os homens nesta faixa ge-

natural e inevit��vel: duas pessoas se en-

ralmente est��o num per��odo de traba-

contram, desenvolvem uma camarada-

lho intenso e portanto, carentes. Ainda

gem entre si e o pr��ximo passo �� cul-

por cima suas mulheres provavelmente

minar este relacionamento na cama.

est��o insistindo em satisfazer suas pr��-

A esta altura o homem sente que tudo

prias necessidades.

depender�� dele. Ele precisa apresentar

Terry Ruefli, um professor assistente

confiss��es 29





de sociologia no Col��gio Daemon, em

mo e ele n��o o alcan��a, h�� um senti-Bufalo, descobriu tamb��m que um

mento de algum modo de ter falhado,

grande n��mero de homens finge orgas-

Assim a segunda raz��o adquire um sen-

mos.

tido altru��sta e a terceira raz��o �� que

Depois de analisar cuidadosamente os

h�� uma correla����o entre n��o ter or-

dados compilados de sua tese "As de-

gasmo e ser sexualmente disfuncio-





terminantes sociais no comportamento


nal. Ningu��m deseja se sair mal na

mudo durante o ato sexual" (ou o som cama". Ruefli pensa que a simula����o

que as pessoas emitem durante este

ocorre com maior freq����ncia nas pri-

ato), ele percebeu que cerca de 1/4 dos

meiras etapas de um relacionamento.

homens consultados simulavam orgas-

A maioria dos homens deseja parecer

mos ao mesmo tempo em que pratica-

confiante, durante estas primeiras eta-

vam o ato sexual. 0 estudo envolveu

pas, estes cruciais encontros sexuais,

424 temas na faixa de idade de 16 a

ent��o, uma performance falha pode se

56 anos. Ruefli acentua que usou co-

tornar um golpe profundo no seu ego.

mo material humano em sua tese pes-

."Mas depois de voc�� ter estado com a

soas de diferentes meios econ��micos e

mesma parceira durante alguns anos e

sociais. "Eu n��o me limitei a estudan-

n��o ter conseguido atingir o orgasmo",

tes ainda que houvesse alguns deles en-

acentua Ruefli. "voc�� diz para voc��

tre meus entrevistados", diz ele. "Con-

mesmo: "E ent��o''' Voc�� conseguiu a

sultei pessoas de vida rotineira e de to-

evid��ncia da hist��ria para o seu lado."

da a comunidade. A amostra sofreu

modifica����es nos seguintes termos: se

HOMENS CASADOS TAMB��M

eles eram sexualmente ativos ou n��o;





FINGEM ORGASMO


quantas parceiras eles tiveram; que ida-

de tinham e se eram casados ou n��o.

Ele afirma ainda que tamb��m os

AS RAZ��ES QUE LEVAM UM

homens casados fingem orgasmo: "De-





HOMEM AO ORGASMO


pende de muitos fatores. Eu at�� diria

DISFAR��ADO

que quanto mais longe for um relacio-

namento, menor �� a possibilidade da

simula����o ocorrer. Mas ainda e acima

Ruefli afirma, tamb��m, que os ho-

de tudo os homens s��o pessoas fr��-

mens fingem orgasmos por poucas ra-

geis e admitir que o orgasmo n��o ocor-

z��es: "Uma das raz��es �� a se livrar da

reu n��o �� coisa f��cil para eles. Dos seus

press��o sang����nea", explica ele. "Infe-

estudos Ruefli concluiu que todos os

lizmente, enquanto o sexo prossegue,

homens s��o capazes de simula����o. E is-

os tecidos ficam doloridos e o homem

to �� v��lido para os homens 'liberais' e

cansado. Ent��o, uma boa forma de

tamb��m para os que fazem o tipo 'ma-

completar o ato sexual �� fingir que

ch��o'. "Voc�� n��o tem que ser ningu��m

atingiu o orgasmo."

especial para simular orgasmos", diz

Uma outra raz��o �� desejar n��o desa-

ele. "Qualquer homem pode faz��-lo

pontar a parceira. "N��s vivemos nu-

mas a maioria n��o o faz. Esta maioria

ma sociedade onde as pessoas ainda

n��o o faz porque simplesmente a id��ia

assumem a responsabilidade pela sa-

n��o lhes ocorreu, eles n��o t��m sido ta-

tisfa����o sexual da outra pessoa, ele

lentosos ou desembara��ados o suficien-

diz. "E se um dos parceiros tem que

te para tanto, mas com certeza existe a

trabalhar muito para atingir o orgas-

possibilidade em potencial".

30 confiss��es





Um problema que Ruefli enfrentou na

mas eu n��o posso nem mesmo entre-

tentativa de colher seus dados foi con-

gar-me totalmente durante o ato se-

seguir que os homens discutissem com

xual. Sabendo de antem��o que minhr

ele sobre suas vidas sexuais. Ele frisa

esposa est�� frustrada habitualmente

que a recusa dos homens em comentar

deprimida, eu finjo. Sou capaz de atin-

sobre este assunto foi quase na propor-

gir uma ere����o sem qualquer problema

����o de dois para um se comparada com

mas n��o posso ejacular com a mesma

a atitude das mulheres. "Uma coisa pa-

facilidade. Ao inv��s de tentar obter um

rece bastante clara", diz ele, "as mu-

orgasmo, movimento-me rapidamente,

lheres n��o t��m nada mais a fazer do

solto alguns poucos gemidos e minha

que colher benef��cios de uma pesquisa

mulher nem mesmo por um minuto

sexual, ao passo que os homens n��o

suspeita que eu n��o esteja sentindo o

t��m nada a fazer a n��o ser perd��-los.

orgasmo. E �� f��cil para mim sair-me

Quanto mais informa����o vier �� tona.

bem, porque uso uma camisa-de-

tanto maior �� o risco que os homens

V��nus".

correm e mais amea��adora tamb��m es-

ta informa����o se volta contra eles. ��

0 HOMEM SOLTEIRO TAMB��M

compreens��vel ent��o a relut��ncia da





FAZ USO DA FARSA


parte deles em falar a respeito da ma-

t��ria. Na verdade foram treinados para

n��o falar. H�� um temor de expor-se.

ro homem, um instrutor de gi-

Suas vidas giram em torno da sexuali-

n��stica que �� solteiro e tem 26 anos de

dade. Eles s��o julgados e condenados

idade, o faz por outra raz��o: "Algumas

tendo como base de avalia����o suas

vezes eu simulo, especialmente quando

condutas sexuais. Se eles n��o desempe-

estou tenso quanto ao sucesso de mi-

nham bem sexualmente, ent��o s��o pes-

nha apresenta����o. Estando com uma

soas frustradas. Por��m, se o fazem de

mo��a, desejo particularmente impres-

uma forma normal tudo est�� bom e

sion��-la, quero que ela pense que eu

bem. Depois de dirigir os dados de

sou capaz de praticar o sexo por um

Ruefli e Shanor, eu mesmo empenhei-

longo per��odo de tempo. Uma das for-

me em perguntar a 10 homens que eu

mas de chegar a este objetivo �� simu-

conhecia se eles alguma vez haviam

lar. Na verdade eu obtenho somente

fingido orgasmo e quais as suas raz��es

dois orgasmos, mas ela pensa que eu

por terem agido assim. Dois deles ad-

obtive tr��s. Acho que eu estou relutan-

mitiram que o tinham feito e que con-

te em admitir minhas limita����es."

tinuavam a faz��-lo sempre que sentiam

Shanor e Ruefli est��o abrindo novos

a necessidade de faz��-lo. Um dos ho-

caminhos. Da maneira que as coisas

mens inquiridos, advogado de 34 anos

est��o indo agora, ainda ser��o necess��-

de idade e casado h�� oito, admitiu que

rios muitos esclarecimentos antes que

o faz para livrar-se do problema sexual.

a estereotipada performance dos ho-

"H�� ocasi��es em que eu n��o tenho

mens possa focalizar suas vidas sexuais

vontade de praticar o sexo", ele diz,

objetivamente e sentir que sua masculi-

"mas para n��o ficar mal com minha

nidade s�� estar�� em boa forma quando

mulher, eu finjo. Meu trabalho requer

muito de mim e eu, vez por outra,

atravesso per��odos nos quais n��o con-

sigo lidar com nada mais. Sinto-me

profundamente culpado a este respeito

confiss��es 31



32 confiss��es







De: Bons Amigos lançamentos 





O Grupo Bons Amigos e o Grupo Só Livros com Sinopses têm o prazer de lançar hoje mais uma obra digital  no formato txt , pdf e epub para atender aos deficientes visuais.    

REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº21 1980

 Revista doada por Adeilton e digitalizada por Fernando Santos
Sinopse:
Excelente revista de educação sexual que teve grandioso sucesso entre as décadas de 70 a 90 do século passado. . Editada pela gráfica Grafipar - Gráfica Editora Ltda-Grupo de Curitiba. Tendo como responsáveis Faissal El-Khatib e Faruk El-Khatib . Redatores Nelson Faria e Nina Fock. Infelizmente não temos o nº01 E nº03 Quem tiver nos envie para digitalizar. Pode ser a cópia xerox Recomendamos !
Lançamento    Só Livros com sinopses e Grupo Bons Amigos:

)https://groups.google.com/forum/#!forum/solivroscomsinopses  



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