Intimas passa a circular
quinzenalmente, nas bancas de
todo o Brasil. Como dissemos
anteriormente, essa
periodicidade quinzenal atende
ao pedido de milhares de cartas
de leitores, tendo como
confirma����o o fato de que a
tiragem mensal de Confiss��es
Intimas esgotava-se ligeiramente
nas bancas.
Estreiando a circula����o quinzenal,
estamos inaugurando uma nova
se����o - "Sexologia-Depoimento " ���
onde publicaremos com
exclusividade os melhores artigos
da conceituada revista
norte-americana "Sexology ", h�� 45 anos um sucesso nos Estados
Unidos, dedicando-se, da mesma
forma que Confiss��es Intimas,
a fornecer informa����o sobre
assuntos da sexualidade aos
seus leitores.
Escrevam para "Opini��o" dando
o seu parecer sobre a fase
quinzenal. Sua opini��o �� valiosa:
estamos aguardando.
��NDICE: 4 - Inicia����o e timidez
sexual/8 - Anatomia & biologia
sexual/Desempenho /II - Variantes
do impulso sexual��16 - Sexualidade
feminina/20 - Homossexualidade
masculina/26 - Sa��de/
28 - Sexologia/Depoimento/
32 -Ponto de Encontro ��33-Opini��o
Inicia����o
e timidez sexual
"AOS 19 ANOS, N��O CONSIGO AO MENOS A ERE����O"
"COMO EU CONSEGUI VENCER O FANTASMA DA TIMIDEZ"
enho 19 anos e nunca tive namo-
ra sejam garotas que topem quase tu-
rada, pois n��o tenho atra����o pelo sexo
do. Fico pensando que elas j�� me con-
oposto; minha primeira rela����o sexual
sideram como um bicha. Gostaria que
foi com homossexual; nunca tive rela-
voc��s me orientassem, n��o sei a quem
����es com mulher; j�� tentei v��rias vezes
devo recorrer, pois j�� n��o ag��ento
e n��o adiantou; n��o consigo entrar em
mais. E tudo o que eu quero �� amar,
ere����o. N��o tenho comportamento
amar mulher". . . ("Desesperado" -
efeminado e nunca me entreguei a ne-
Recife/Pernambuco).
nhum homem. Pensei que fosse minha
timidez, mas j�� a superei e n��o adian-
tou. Quando vou a festinhas, passo por
tremenda vergonha; dan��o agarradinho
��o se pode afirmar com convic����o
e n��o consigo entrar em ere����o, embo-
n��o gostar disso ou daquilo se ainda
4 confiss��es
dar o segundo passo: conhecer melhor
o sexo oposto, sem grilos nem precon-
ceitos. Sem mesmo aquela id��ia pre-
concebida de que toda mulher �� um
objeto sexual. Ela pode ser sua grande
amiga. Desse c��rculo de amizades que
voc�� formar��, poder�� surgir algo muito
agrad��vel, que �� a experi��ncia do di��-
logo, o conhecimento dos grilos que as
garotas t��m, da mesm��ssima forma que
os rapazes. Entre os seres humanos,
n��o h�� diferen��as t��o fundamentais co-
mo se imagina, entre um homem e
uma mulher. H��, evidentemente, o
condicionamento da educa����o, o velho
tabu de que "mulher deve se compor-
tar assim e o homem assado". Na con-
cep����o tradicional das coisas, o ho-
mem �� que ataca, conquista, e a mu-
lher �� a presa d��cil, o sexo fr��gil, qua-
se sempre submissa e passiva. O ho-
mem �� obrigado a saber tudo de sexo,
a mulher deve fingir completa ignor��n-
cia, ruborizar-se a qualquer men����o,
pois do contr��rio ela ser�� considerada
uma prostituta. Saiba que isso tudo ��
coisa do passado. Hoje a responsabili-
dade �� igual e dividida, os direitos,
idem. As mulheres est��o cada vez mais
conscientes disso e querem participar
da responsabilidade do sucesso no re-
lacionamento com o homem. Querem
ter o seu direito ao prazer, ao orgasmo.
Isso, ao inv��s de diminuir o homem,
s�� pode favorec��-lo: n��o cabe mais ao
homem, exclusivamente, essa respon-
sabilidade.
UM DEPOIMENTO:
��CONSEGUI VENCER A TIMIDEZ��
u era um cara muito t��mido. Sen-
tia muito medo de levar uma mulher
para a cama. J�� contava com 19 anos e
nunca havia tido rela����es sexuais com
uma mulher. Eu pensava que era um
confiss��es 5
bicho de sete cabe��as. Diariamente
me masturbava, mas nunca ficava satis-
feito. Sabia perfeitamente que havia
algo melhor al��m da masturba����o.
Quando meus amigos falavam em mu-
lher, eu sentia vergonha; era, na ex-
press��o popular, um "donzelo". Na
idade de 16 anos, fui ter uma rela����o
sexual com uma prostituta e na hora
"H" meu membro n��o ficou ereto, fi-
quei decepcionado. Nesses tr��s anos,
vivi um verdadeiro pesadelo, nunca
tentava, porque pensava que na hora.
ia ficar novamente decepcionado. Sen-
tia vergonha de tirar a roupa na vista
dos colegas. Imaginem ent��o na vista
de mulheres. Durante esses tr��s longos
anos, eu pensava at�� que era um ho-
mossexual. Tinha verdadeiro medo de
ficar o tempo todo "donzelo". Puxa,
eu tinha um f��sico bonito, o ��rg��o se-
xual bem desenvolvido, sempre arru-
mava namoradas, mas pensava que
quando eu casasse n��o ia conseguir na-
da com a esposa. Isso me trazia uma
complica����o tremenda. Comprei mui-
tos livros sobre sexo e nada. Quando
eu j�� estava de p��nis ereto e n��o tive
eu chegava perto de uma mulher, fica-
problemas em conseguir satisfazer
va frio; isso me complicava ainda mais.
meus desejos. S�� consegui depois que
Algo na minha consci��ncia dizia: "se
encarei, como se eu j�� fosse acostuma-
eu tentar outra vez n��o vou conse-
do a fazer sexo. OK? Fa��a o mesmo,
guir.". Procurei conversar com os
amigo "t��mido", que voc�� chega l��.
amigos, sobre a primeira vez que eles
Olha. amigo, quando voc�� chegar ��
tiveram rela����es com mulheres. Ora.
cama com a menina, n��o espere por
um dizia: "Eu quase n��o conseguia.
ela. tire a sua roupa e, devagarzinho
Outro dizia: cara, eu passei uma hora
v�� tirando a roupa dela, legal? Assim,
com a mulher na cama para poder con-
voc�� chega l��". . .(J.M.S. - S��o Pau-
seguir. Outro dizia: eu quase n��o tirava
lo/SP).
a roupa com vergonha. Isso me encu-
cava. Certo dia, encarei que eu era ho-
mem, senti que n��o podia ficar o tem-
"�� POSS��VEL O ORGASMO SEM
po todo com esse problema. Resolvi
O ATO SEXUAL?"
ir a casa de uma mulher que eu n��o co-
nhecia. Chegando l��, convidei-a para
fazer sexo. Antes eu sentia vergonha
enho feito algumas caricias ��nti-
de tirar a roupa na vista das mulheres,
mas em minha garota, mas ainda n��o
mas nessa hora eu fui o primeir a tirar
consegui satisfaz��-la e ela deseja justa-
a roupa. Quando a mulher deitou-se,
mente isso. Como �� poss��vel chegar-
6 confiss��es
Ao mesmo tempo em que se beijam,
h�� o acompanhamento da car��cia ma-
nual. Tanto o homem como a mulher,
t��m suas regi��es er��genas, o foco de
maior excita����o, o que se descobre
atrav��s da explora����o corporal. No l��-
bulo das orelhas, no pesco��o, e nuca,
no peito do homem ou nos seios da
mulher, nas coxas e n��degas e no apa-
relho genital, evidentemente. A forma
mais utilizada �� a masturba����o rec��-
proca, com a parceira manuseando o
p��nis e o homem acariciando o ��rg��o
genital feminino com a palma ou cos-
tas das m��os e os dedos, friccionando
o clit��ris (pequena sali��ncia localizada
ao lado da entrada da vagina), cuidan-
do-se para n��o colocar o dedo na va-
gina, o que corresponderia quase �� pe-
netra����o do ato sexual. Quando se
quer evitar, por uma raz��o qualquer,
a penetra����o vaginal, outra op����o �� a
pr��tica do sexo oral de forma simult��-
nea e rec��proca tamb��m: enquanto a
parceira pratica fela����o no homem,
mos ao prazer sem fazer o ato se-
este executa a cunil��ngua. Por ��lti-
xual completo?". . . (V.C.G. - S��o
mo, h�� o coito anal praticado de fren-
Paulo / SP).
te, de forma que a mulher ao ro��ar o
corpo do homem na regi��o pubeana
��� i
tamb��m consiga obter o orgasmo.
"PODE-SE CONSEGUIR O
Para tudo isso, evidentemente, ��
ORGASMO SEM QUE HAJA,
preciso ultrapassar o crit��rio de m��-
NECESSARIAMENTE, UM
tua concess��o, numa permiss��o e en-
RELACIONAMENTO SEXUAL
trega rec��proca. Quando h�� di��logo,
COMPLETO"...
acordo comum, objetivando o prazer
de ambos e n��o exclusivamente de
uma das partes, chega-se a um resul-
tado satisfat��rio por qualquer uma
udo depende da isen����o de pre-
das vias citadas.
conceitos de ambas as partes. Da mes-
ma forma como se chega, isoladamen-
te, ao orgasmo na masturba����o, esse
prazer pode ser obtido de forma muito
mais f��cil ainda a dois. A come��ar pelo
beijo, que pode estender e prolongar-se
al��m da boca, acariciando outras par-
tes do corpo, inclusive as mais ��ntimas.
confiss��es7
Anatomia & biologia
sexual / Desempenho
"FIMOSE N��O ATESTA A VIRGINDADE MASCULINA". .
"CIRURGIA DE FIMOSE PODE DEIXAR LM POTENTE?".
endo eu um leitor ass��duo de
xual. Se essa afirma����o fosse verdadei-
CONFISS��ES ��NTIMAS, n��o poderia
ra, j�� que ele n��o �� mais virgem, obvia-
deixar de escrever, pois discordo em
mente n��o poderia ter caba��o, e a ope-
parte da resposta dada por voc��s ao lei-
ra����o nesse caso n��o mais seria neces-
tor G.O. de Esteio, Rio Grande do Sul,
s��ria). Como exemplo tamb��m cito o
na edi����o n.�� 16. �� certo que um n��-
caso de um amigo meu, um tremendo
mero relativo de jovens perdem o ca-
"comedor ". que quando se casou tinha
ba��o naturalmente, sem antes ter tido
uma longa experi��ncia sexual e ainda
uma ��nica rela����o sequer. Como tam-
tinha caba��o, e somente depois de um
b��m �� certo de que muitos rapazes
m��s de casado, ap��s uma tremenda
mesmo tendo tido rela����es sexuais
lua-de-mel, �� que ele se operou de fi-
completas n��o conseguem perder o
mose. Isso depois de um papo esclare-
caba��o (como exemplo a carta do bem
cido com sua mulher, pois depois da
dotado L. V. N. ��� de Campinas, onde
fimose eles passaram a ter mais prazer
ele afirma ter tido uma rela����o anal
sexual e tamb��m como fator higi��nico,
com ajuda de manteiga com uma cole-
o j�� abordado e famoso esmegma. Ou-
ga e que no dia seguinte �� que ele fez
tro exemplo �� que tenho uma revista
uma consulta sobre opera����o de fimo-
pornogr��fica onde aparece um homem
se. Ora, se a virgindade de um rapaz
de uns 29 anos mais ou menos, tendo
fosse medida pelo caba��o, se isso fosse
uma rela����o sexual com duas garotas
verdade ele n��o precisaria operar dis-
e �� vis��vel, inclusive em fotos onde se
so, pois j�� havia tido uma rela����o se-
evidencia o tamanho do p��nis do ho-
8 confiss��es
de tend��ncia �� ejacula����o precoce,
nos casos de uma cirurgia onde o corte
ultrapassar o limite necess��rio, "frou-
xando" completamente a pele do pre-
p��cio, o homem poder�� apresentar
uma situa����o oposta, a de ter uma eja-
cula����o retardada. Muita gente ainda
acredita que a circuncis��o ��� ou opera-
����o de fimose ��� �� feita exclusivamente
por motivos pol��ticos, em virtude de
ser esta pr��tica obrigat��ria entre os
judeus.
No entanto, ela �� recomend��vel por
grande n��mero de m��dicos, exclusiva-
mente nos casos em que se requer a
cirurgia. Por isso, deve-se ter um cri-
t��rio muito rigoroso quanto �� escolha
do m��dico e o problema deve ser dis-
cutido entre pais e filhos, para avaliar a
conveni��ncia ou n��o. Ao serem subme-
tidos �� uma postectomia ��� popular-
mente conhecida como opera����o de
fimose ��� alguns jovens t��m a impres-
s��o de terem sido castrados, pela falta
de sensibilidade que sentir��o na glan-
de, durante as primeiras tentativas de
masturba����o. Afinal, lida-se com uma
parte delicada, em verdade o ��rg��o
mais delicado para um rapaz, seja na
fase da puberdade, adolesc��ncia ou at��
mesmo adulta.
A recomenda����o m��dica se observa
para casos extremos de fimose, quando
o estreitamento �� bastante acentuado,
n��o permitindo que se consiga desco-
brir a glande. Essa situa����o gera um
problema muito s��rio: o ac��mulo do
esmegma, subst��ncia cremosa e de um
odor quase insuport��vel, que concorre-
r�� para que esse jovem tenha muitas di-
ficuldades em obter o relacionamento
sexual com a mulher. Quando muito,
ele conseguir�� se masturbar, assim mes-
mo com certo desconforto.
Nem todas as crian��as nascem com es-
se estreitamento do prep��cio, a ponto
de ser inevit��vel a opera����o. Costuma-
se dizer que essa �� a virgindade do ho-
c o n f i s s �� e s 9
mem e provavelmente isso corresponde
�� realidade. Assim como algumas mu-
lheres j�� nascem sem o h��men, ou com
um h��men pouco resistente, tamb��m
h�� muitos homens que jamais s��o afli-
gidos por problemas de fimose ou de
freio curto, outro problema bastante
comum que causa a curvatura do
p��nis."
Acrescentamos ainda que uma
grande maioria dos homens s��o porta-
dores de fimose e isso n��o os impede
de uma atividade sexual constante e
at�� satisfat��ria, at�� o final de suas vi-
das. Tudo depende do grau e das ca-
racter��sticas dessa fimose. Para alguns,
o desconforto da fimose acaba sendo
encarado como fato normal e assim
conduzir��o de forma natural esse em-
pecilho, sem procurar o recurso da ci-
rurgia. Alguns a perder��o na pr��pria
freq����ncia da atividade sexual e outros
a conservar��o at�� a morte. E isso n��o
significar�� que eles morram "virgem".
0 que dissemos �� que tem se acredita-
do, desde ��pocas remotas, que a
fimose seja uma esp��cie de s��mbolo da
"virgindade" do homem, a exemplo do
h��men. Isso na cren��a popular. �� pelo
fato de grande maioria dos homens
nascerem com o prep��cio encobrindo
a glande, isso talvez corresponda �� rea-
lidade. Por��m, num sentido figurado.
Como �� figurado, at�� certo ponto, con-
siderar-se o h��men como prova absolu-
ta de virgindade na mulher. Os anais da
medicina registram casos de mulheres
que conservam o h��men mesmo ap��s
in��meras rela����es sexuais. E h�� o caso
de mulheres que nascem sem essa fina
membrana que encobre a entrada da
vagina. .
10 confiss��es
Variantes do
impulso sexual
"MINHA NAMORADA TEM UMA TARA DIFERENTE!"
"MEUS FILHOS S��O PRODUTOS DO SEXO GRUPAL!"
"GOSTO DE MULHERES, MAS TAMB��M TENHO
ATRA����O POR HOMENS"...
"A OBSESS��O PELO COITO ANAL ME TIRA O SONO"...
algum tempo esse problema vem
express��o e eu chateado. Tentei saber
me atormentando. Namoro uma garota
o porqu�� daquela atitude (de uma ma-
h�� mais ou menos quatro anos e sem-
neira bem sutil) e ela s�� me disse que
pre fizemos amor com todas as varia-
sempre teve essa vontade. Mas, eu n��o
����es poss��veis. N��s nos amamos muito
notei muita convic����o. Depois ela tam-
e s�� n��o casamos ainda por causa dos
b��m tentou colocar o dedo. Com o
estudos e tamb��m por problemas fi-
passar do tempo fui notando que algo
nanceiros. Em uma determinada ��poca
estava meio diferente em nosso relacio-
passamos a fazer sexo oral e conjun����o
namento amoroso. J�� chegamos a dis-
anal. Tudo estava indo bem, at�� que
cutir sobre o assunto e n��o chegamos
um dia, ao estarmos fazendo sexo oral,
a uma conclus��o satisfat��ria. Ainda
ela quis introduzir a l��ngua em meu
continuamos juntos, mas sempre que
��nus e eu n��o deixei e tamb��m n��o
chegamos ��quele momento ficamos
gostei. A princ��pio, ela ficou meio sem
"grilados", principalmente eu, pois
confiss��es 11
acho que n��o pude satisfaz��-la nos jo-
gos do amor, ou que n��o nos entrega-
mos totalmente um ao outro, enfim,
uma por����o de "grilos" que realmen-
te sinto que est�� nos prejudicando e
eu n��o sei o que dizer nem fazer.
Eu gostaria, por favor preciso
muito, de um esclarecimento sobre o
meu procedimento e tamb��m o dela,
se foram corretos ou se eu deveria ter
deixado. Se �� normal esse tipo de coi-
sa, ou se constitui alguma vergonha
p��ra cada um de n��s, principalmente
para mim a atitude dela tem alguma
tend��ncia para "mulher macho". Por
favor, mais uma vez, me auxiliem a
esclarecer esses "grilos". Essa �� a se-
gunda carta que envio para os senho-
res, pois a primeira ainda n��o foi res-
pondida. Embora j�� tenha sido expli-
cado o que �� sexo oral e conjuga����o
anal, mesmo assim ainda n��o resolveu
o meu problema. Tenho vergonha de
procurar algu��m, no caso um m��dico,
e contar isso pessoalmente. Eu sei que
existem prioridades, gente com proble-
mas mais importantes que os meus,
mas por favor me esclare��am o mais
r��pido poss��vel". . . (R.L.M. - Santos/
S��o Paulo).
jeto de curiosidade. Para a crian��a, de
qualquer sexo, o ato de sugar ou ma-
mar o leite materno (ou a mamadeira e
rara uma atitude saud��vel de desli-
a chupeta) e o ato de defecar consti-
tu��ram, basicamente, as primeiras fon-
gamento, isen����o de preconceitos e
tes de prazer. Mais tarde, os carinhos e
uma mentalidade aberta. Entre duas
as c��cegas em outras regi��es tamb��m
criaturas adultas que se amam, tudo ��
fornecer��o essa divis��o de prazer. E as-
permitido e v��lido, sem lugar para san-
sim, sucessivamente, dentro das v��rias
����es. N��o h�� porque associar sexo com
etapas do desenvolvimento da sensibili-
vergonha, com limita����es e discrimina-
dade e forma����o da identidade psicos-
����es. Mas, o seu depoimento mostra
sexual. N��o �� anormal ou estranho que
que h�� sempre um resqu��cio de limita-
algumas pessoas continuem sentindo
����o naquilo que se considera permiss��-
prazer ou tendo curiosidade na car��cia
vel dentro de uma estrutura do macho
ou toque anal. Todas as crian��as j�� to-
e f��mea. Assim como outras regi��es
caram essa regi��o com os dedos, pela
do corpo, o ��nus �� tamb��m uma zona
curiosidade de saber de onde vinha o
er��gena, ponto de atra����o e, por con-
prazer de evacuar. Assim como �� natu-
dicionamento da primeira inf��ncia, ob-
12 confiss��es
sido mais tarde denominada por dois
nomes franceses: "Fleur-de-rose" ou
"cunete".
Algumas pessoas acham essa pr��-
tica conden��vel, aceitando como nor-
mal o sexo oral nos ��rg��os genitais (a
fela����o no homem ou cunil��ngua na
mulher), da mesma forma como algu-
mas pessoas consideram toda a gama
de variantes como forma de "perver-
s��o sexual".
Como em tudo neste mundo, o
que �� certo para uns �� errado para ou-
tros. Do que se pode concluir que num
relacionamento sexual entre duas pes-
soas sem preconceitos n��o pode haver
meio termo: o que se concede e o que
se obt��m deve ser de comum acordo
e sem limita����es. Limita����es de uma
parte ir��o gerar limita����es da outra e
assim por diante, numa progress��o
desestimulante.
"DO SEXO GRUPAL,
O S F I L H O S " . . .
ou est��ril e saber deste fato depois
de casado muito me traumatizou; qua-
se me levou ao desespero e �� loucura,
pois tenho um especial afeto por
crian��as e o fato de n��o poder ser pai
foi um golpe fatal. Casado com mu-
lher evolu��da e avan��ada, por propo-
si����o dela, depois que muito relutei,
iniciamos a pr��tica do sexo grupai,
casal versus casal. Mor��vamos no Rio e
come��amos a praticar com um casal
amigo que n��o desconfiava do proble-
ma. Em pouco tempo minha mulher
engravidou e decidi deixar o Rio e
morar em (. . .) para que meu filho
jamais soubesse que n��o era meu fi-
lho. E assim fomos mudando de uma cidade para outra. J�� temos tr��s filhos.
Por incr��vel que pare��a, o mais velho,
j�� com 7 anos e a ca��ulinha apresen-
confiss��es13
tam tra��os bem parecidos comigo.
pais de filhos adotivos (adotados en-
Agora estamos vivendo aqui em (. . .)
quanto beb��s, por casais sem outros
e apesar de j�� haver acostumado ��
filhos ou at�� mesmo para aqueles que
pr��tica do sexo grupai nunca o reali-
j�� possuem ou ir��o ter outros filhos
zamos nesta cidade, temendo novos
pr��prios) da inutilidade dessa revela-
filhos. Eu e minha mulher ficamos na
����o, especialmente quando, como no
maior d��vida se devemos ou n��o reve-
seu caso, s�� o casal conhece o segredo.
lar o nosso segredo aos nossos filhos.
Paternidade �� carinho, amor, devo����o.
O que eles achar��o de nossa moral?
E mesmo quando h�� uma revela����o de
Ter��o o mesmo amor e respeito ap��s
terceiros, justamente este �� o fator
saberem a verdade? O mais velho est��
que deve ser invocado para discutir
completando 8 anos e j�� �� perspicaz e
a quest��o: o simples ato de gerar n��o
precoce. Sou pai devotado e extrema-
�� o que conta para medir os valores da
do, mais dedicado que muitos pais.
paternidade. Mesmo quando surgir
Outro dado importante: cortei em de-
uma situa����o em que a revela����o se
finitivo os la��os de amizade com os
tornar incontorn��vel, �� bem melhor
pais das crian��as. Mudava de surpresa,
que isso aconte��a quando as crian��as
de uma cidade para outra, sem deixar
j�� t��m uma percep����o maior desses
endere��os ou pistas. Nunca mais os vi.
valores.
Nina, quero que voc�� nos d�� uma
Elimine de uma vez essa sua preocupa-
orienta����o sobre este angustiante pro-
����o, pois s�� ela �� que poder�� despertar
blema. Devemos ou n��o revelar a ver-
suspeitas nos filhos, mais tarde. Mesmo
dade? Apenas eu e minha mulher sabe-
porque a situa����o �� leg��tima: legalmen-
mos da real situa����o. �� absoluto segre-
te essas crian��as s��o seus filhos e nin-
do at�� para parentes". . . ("Andari-
gu��m pode contestar isso, a n��o ser a
lho").
pr��pria esposa, no caso a maior inte-
ressada em resguardar esse segredo. Se
os filhos fossem adotados de outra
�� aquele que prov�� o sustento e,
m��e. sempre haveria o risco, mesmo
sobretudo, d�� todo o carinho e prote-
mudando-se de pa��s.
����o a uma crian��a. Ser pai n��o ��, sim-
Parece-nos que a quest��o mais impor-
plesmente, gerar um filho. H�� muitos
tante, na atualidade e no futuro, �� a
filhos de pais leg��timos que vivem
qualidade de relacionamento entre o
na obscura e indevida orfandade des-
pai ��� no caso voc�� ��� e a m��e dessas
se pr��prio pai.
crian��as. Voc�� diz que evitam o
H�� um velho ensinamento na psicolo-
"swing" (troca de casais) ou sexo gru-
gia infantil que manda aos pais jamais
pai para evitar novos filhos. Precon-
mentir a seus filhos. E h�� outro, n��o
ceitos �� parte e independentemente ��
menos importante, que manda, no tra-
��tica sob a qual habitualmente se en-
to de quest��es delicadas, s�� responder
xerga essa busca de prazer na forma
��s perguntas que forem feitas, jamais
do "swing", �� muito importante que
fornecendo �� crian��a informa����es
se procure cada vez mais melhorar o
que n��o foram solicitadas, pois algu-
ajustamento sexual entre o pr��prio
mas dessas quest��es poder��o acarre-
casal. Afinal, h�� tantas formas de re-
tar s��rios traumas no universo psico-
nova����o er��tica que um casal pode
l��gico da mente infantil.
proporcionar entre si.
Nesse ponto, renomados psic��logos
Dessa felicidade a dois, desse ajusta-
t��m sido un��nimes em lembrar aos
mento �� que surge o modelo sob o
14 confiss��es
qual seus filhos ir��o plasmar o seu fu-
����o anal. Na posi����o citada, em que ela
turo, a sua seguran��a e a sua identida-
est�� sentada sobre os joelhos, ela ter��
de psicossexual.
maior controle sobre a penetra����o e
tamb��m de ser continuamente estimu-
"OBSESS��O DO SEXO ANAL
lada pelo parceiro.
ME TIRA O S O N O ' ? . .
" T E N H O ATRA����O POR
MULHERES . . . E HOMENS
TAMB��M!"
enho 34 anos e sou casado com
enho 27 anos, 1,86 m, boa apa-
r��ncia e discreto. Sou normal, sempre
tive atra����o por mulheres e rela����es
normais, mas sinto uma grande vonta-
de de ter rela����o sexual com pessoas
do meu sexo. Mas, at�� hoje isso nunca
aconteceu, porque nunca procurei,
sempre guardei isso comigo. Mas sem-
pre que posso introduzo objetos no
��nus, sentindo grande prazer. Gostaria
de ir a um lugar onde pudesse ser visto
totalmente nu e tamb��m ser fotografa-
do intimamente. Mas, o grande sonho
de minha vida �� que algu��m chupe, su-
gando com muita vontade o meu
��nus, antes de penetrar-me. Por favor,
gostaria". . . ("Cavalo Baio" - S��o Paulo / SP)
repetir que tudo �� permitido
A bissexualidade pode ser exercida e
entre um casal adulto, desde que haja
assimida com facilidade numa grande
m��tua aquiesc��ncia. Evidentemente,
cidade como S��o Paulo, onde certa-
como f��rmula de renova����o er��tica
mente h�� in��meros locais de pontos
entre o casal, uma variante deve pro-
de encontro, bares, boates, discothe-
porcionar prazer a ambos e n��o exclu-
ques do g��nero guei (gay). Pessoas
sivamente a uma das partes. Dessa ma-
discretas fatalmente ir��o conhecer e se
neira, uma forma que pode ser tentada
acertar com pessoas igualmente discre-
�� a penetra����o de frente, com a mulher
tas. Quanto ao seu ��ltimo pedido,
por cima, na posi����o de coito inverti-
escreva para a se����o Ponto de Encon-
do. Nessa posi����o, a mulher poder�� fle-
tro, setor "gay corner".
xionar ritmicamente o corpo, obtendo
a estimula����o do clit��ris na fric����o
com o corpo do parceiro. Previamente
estimulada e conduzida a um estado de
plena excita����o, a mulher poder�� per-
mitir, com maior facilidade, a penetra-
confiss��esl5
Sexualidade feminina
TENHO MEDO DA DOR
h�� um m��s e morro de
medo da dor que vou sentir. Conti-
nuo virgem e n��o sinto vontade ne-
caso semelhante ao seu nos foi
nhuma, quando meu marido me pro-
enviado h�� pouco tempo por outra
cura. Receio que meu casamento fra-
esposa aflita e ainda virgem. Imagina-
casse antes de come��ar. Pe��o que me
mos que seu marido tamb��m deve es-
orientem. Ser�� que n��o sinto amor por
tar muito ansioso, pois �� quase certo
16 confiss��es
que nunca tenha desvirginado outra
�� melhor que voc�� continue virgem
mulher antes. Seria importante saber
por uns tempos, soltando seu corpo e
como foi o relacionamento de voc��s
sua sensualidade, do que cumprir sua
antes do casamento, o grau de intimi-
"obriga����o" de esposa e engrossar as
dade que tiveram, o tipo de conversas.
fileiras das mulheres frustradas por
S�� voc�� pode saber qual o sentimento
anos de casamento onde raramente
que tem por ele. O mais prov��vel ��
sentiram prazer.
que voc�� tenha afeto, admira����o,
etc. . . E �� claro que isso �� muito
importante num casamento, mas n��o
ORGASMO VAGINAL �� RARIDADE
basta. O relacionamento sexual preci-
sa ocorrer e vai ocorrer, mais cedo ou
mais tarde. E se ele n��o for satisfat��-
rio para ambos, o casamento corre
rcebo que �� grande o n��mero de
s��rios riscos. Voc�� est�� cheia de me-
leitores que escrevem demonstrando
dos, de vergonha, que a impedem de
complexo por terem o p��nis pequeno.
sentir atra����o pelo seu marido, ou por
Acho que voc��s deveriam informar a
qualquer outro homem. Provavelmente
essa gente toda que tamb��m existem
ouviu a vida toda que uma mo��a di-
mulheres com vaginas rasas ou infan-
reita n��o sente isso, n��o faz aquilo, e
tis. H�� jeito para tudo. Sempre pro-
foi sufocando sua sensualidade, seus
curo entender psicologicamente as
impulsos sexuais. Esperamos que voc��
mulheres e oferecer-lhes v��rios orgas-
conte com a compreens��o de seu mari-
mos. Constato que muitas mulheres
do para que possa agora come��ar a re-
gostam da rela����o anal. Eu n��o apre-
descobrir o seu corpo, a se permitir a
cio muito, mas em alguns casos tenho
excita����o, a fantasia e o desejo sexual.
cedido. O que ser�� que desperta nelas
Podemos lhe garantir aqui que a dor
esse interesse? Sa�� tamb��m com uma
�� perfeitamente suport��vel e quase
mulher que teve orgasmo vaginal.
inexistente se voc�� estiver com vonta-
Pela minha experi��ncia acho que
de. Mas de nada adianta voc�� se deixar
isso �� uma raridade. Foi sensacional,
desvirginar se n��o for capaz tamb��m
pois �� bem mais gostoso do que o or-
de se envolver, de querer sentir pra-
gasmo clitorial. Agora eu pergunto:
zer. Se o namoro de voc��s foi contido,
ser�� poss��vel descobrir pela apar��n-
�� hora agora de voc��s come��arem a na-
cia, tra��os f��sicos de uma mulher, se
morar, trocarem todos os tipos de
ela �� capaz de atingir o orgasmo vagi-
car��cias que agradem ao outro, lem-
nal? O que provoca esse orgasmo? ��
brando que tanto ele como voc�� po-
o contato da glande com as paredes
dem chegar ao orgasmo sem que haja
da vagina ou com o ��tero? Espero
penetra����o do p��nis na vagina. N��o se
resposta para breve." (Morena Jam-
apressem em chegar ao ato total. No
bo - S��o Paulo - SP)
fundo �� um absurdo: voc�� passou anos
ouvindo que tinha que preservar seu
h��men, sua "honra", sua virgindade.
��timo constatar que h�� cada vez
A��, um belo dia assina um papel, e
mais homens preocupados com a satis-
a coisa muda: agora voc�� tem que abrir
fa����o sexual das mulheres. Estamos no
as pernas porque �� uma mulher casada.
caminho certo ao perceber que a rela-
Procurem, voc��s dois, n��o se deixarem
����o fica muito mais gostosa, quando
levar pelas press��es das regras sociais.
ambos t��m prazer. E o leitor que nos
confiss��es 17
escreve demonstra ter uma experi��n-foi considerado como a ��nica forma
cia grande com mulheres, mas ao con-
correta de sexo entre homem e mu-
tr��rio de se gabar com a quantidade,
lher, pois �� essencial para garantir a
preocupa-se muito mais com a quali-
reprodu����o. E, como se sabe, o prazer
dade, com as novidades que vai desco-
sexual era inconceb��vel se estivesse
brindo, com a possibilidade de apren-
separado da finalidade de reprodu����o.
der junto. Tamb��m �� muito bom que
A Igreja Cat��lica chegava a recomen-
ele queira transmitir a outros o que
dar a seus fi��is que s�� praticassem o
aprendeu pela pr��tica. Realmente, h��
sexo na posi����o tradicional, com o
uma varia����o no tamanho da vagina.
homem por cima da mulher, e repro-
Segundo o Kama Sutra (manual hin-
vava os casais que faziam sexo sem
du de dois mil anos, sobre as artes e
roupa e de luz acesa. E s�� perguntar
t��cnicas da vida sexual), as mulheres
para nossos pais e av��s: a maioria
apresentam tr��s tipos de vagina: mais
deles viveu casado 30 ou 40 anos e
rasa, m��dia e profunda. Da mesma
nunca viu o outro pelado. Toda essa
forma o manual classifica os homens
longa conversa pra dizer que a quese
conforme o tamanho pequeno, m��dio
t��o do tamanho do p��nis x vagina s��
ou grande do p��nis. E acrescenta que
tem uma certa import��ncia na rela����o
as rela����es entre "iguais" s��o sempre
vaginal, mas �� totalmente secund��ria
as melhores. Mas tamb��m afirma que
se pensarmos em todas as outras for-
s��o boas as rela����es em que o tamanho
mas de transar sexo usando boca, l��n-
do p��nis supera o da vagina. A pior
gua, m��os, p��s, etc. Al��m da variedade
combina����o, segundo o Kama Sutra,
de posi����es (de costas, de frente, de
�� aquela em que a vagina �� profunda
lado, com pernas abertas ou fechadas,
e o p��nis pequeno. Entretanto, n��o ��
etc) que podem ser mais confort��veis
apenas o tamanho dos ��rg��os geni-
e prazerosas conforme a propor����o
tais que garante uma rela����o satisfa-
entre p��nis e vagina. Todos aqueles
t��ria, sendo preciso considerar a ve-
que j�� estiveram apaixonados, ou j��
locidade de excita����o e a intensidade
perderam a inibi����o, sabem que a pre-
da paix��o: Os hindus e orientais em
fer��ncia por um parceiro ou parcei-
geral, sabiam muito mais do que
ra raramente ocorre por causa do ta-
n��s . . . Fica a sugest��o para a leitu-
manho do ��rg��o genital.
ra. Mas n��o h�� forma de saber que
A sensibilidade na regi��o do ��nus ��
tipo de vagina uma mulher possui,
um fato, tanto para os homens como
a n��o ser pela pr��tica. O ��rg��o mas-
para as mulheres. O medo e os precon-
culino �� vis��vel, mas �� um erro supor
ceitos impedem que a maioria das pes-
que s�� os homens de p��nis grande
soas aceite isso com naturalidade. Mas
podem satisfazer as mulheres. Para
desde Freud, e muitos outros estudio-
as mulheres de vagina mais rasa, o
sos, sabe-se que o prazer anal apare-
p��nis grande pode causar descon-
ce na crian��a, antes mesmo do prazer
forto e n��o prazer, como j�� foi rela-
genital. A educa����o nos faz ver o ��nus
tado aqui por alguns leitores e leito-
como um lugar sujo e n��o pr��prio para
ras. Precisamos acabar com esse mito
o prazer. Mas, se formos sinceros, va-
do p��nis grande e lembrar tamb��m que
mos lembrar que o ato de evacuai d��
o coito (penetra����o do p��nis na vagi-
prazer, e que �� muito chato ficar com
na) �� uma das formas de se ter contato
pris��o de ventre. �� at�� curioso lem-
e prazer sexual. Durante s��culos, no
brar, ao p�� da letra, o que quer dizer
mundo ocidental e crist��o, o coito
a palavra enfezado. Entre certos povos,
18 confiss��es
como os ��rabes, a rela����o anal �� coisa
n��o gostem ou n��o queiram a penetra-
bastante comum e nunca foi encarada
����o do p��nis. Elas querem, gostam,
como desvio ou pervers��o. Pelo contr��-
sentem-se preenchidas e se excitam
rio, �� um m��todo eficiente de se evitar
com a movimenta����o do p��nis dentro.
a gravidez. Al��m disso, com a penetra-
Mas �� que s�� isso, para muitas n��o
����o anal pode haver outra vantagem
basta para o cl��max, para o orgasmo
para a mulher, pois fica f��cil a estimu-
propriamente dito. E precisam de uma
la����o do clit��ris pelo parceiro. O prin-
estimula����o direta, cont��nua, do clit��-
cipal �� que os dois aceitem esse tipo de
ris.
rela����o e tenham prazer. Vale lembrar,
Segundo Shere Hite, que pesquisou 3
sem entrar em detalhes, que os homens
mil mulheres americanas, s��o poucas
tamb��m t��m prazer na regi��o anal e is-
as mulheres que t��m o clit��ris situado
so n��o significa que eles sejam homos-
de tal forma que possa ser estimulado
sexuais.
com os movimentos de vai-e-vem do
Por ��ltimo, vamos �� quest��o do orgas-
p��nis. N��o vamos encerrar esse assunto
mo vaginal, que ainda gera muita con-
ainda t��o pouco estudado, e que ser��
trov��rsia. O prazer da mulher sempre
aprofundado �� medida que as mulhe-
foi pouco considerado. Durante s��-
res se tornem cada vez mais. Seria ��ti-
culos nem se pensava que a mulher pu-
mo se pud��ssemos perguntar a um
desse ter orgasmo. Mas, se tinha devia
n��mero bem grande de mulheres como e
ser na vagina com a penetra����o do
onde elas sentem o orgasmo. E isso
sempre exaltado ��rg��o masculino.
certamente ser�� feito, j�� que est��o
Freud, o fundador da psican��lise,
caindo os tabus que impediam a mu-
admitia que muitas mulheres sentiam
lher de ter e exigir o prazer na vida
excita����o e prazer na regi��o do clit��-
sexual. Por fim: �� imposs��vel saber,
ris, mas dizia que isso era sinal de in-
pelos tra��os f��sicos, se uma mulher
fantilidade, de falta de emadurecimen-
tem vagina rasa ou profunda, e se tem
to da mulher. Por causa dessa interpre-
ou n��o tem orgasmo vaginal. Como
�� imposs��vel saber se aquele cara
ta����o, milhares de mulheres passaram a
bonit��o e charmoso �� capaz de segu-
esconder que sentiam prazer no clit��-
rar uma ere����o, enquanto excita sua
ris. Milhares de mulheres buscavam o
parceira. Ainda bem que a nossa ficha
prazer exclusivamente vaginal, nega-
completa n��o est�� estampada na cara
vam-se a estimula����o do clit��ris e fi-
nem registrada nos computadores e na
caram a ver navios e passaram a se con-
carteira de identidade. O maravilho-
siderar, e serem considerados, como
so do ser humano �� que sempre h�� o
mulheres frias. Felizmente, de uns
que descobrir, h�� surpresas, h�� riscos.
10 ou 20 anos para c��, a ci��ncia veio
Uma mesa �� uma mesa, mas uma
em aux��lio das mulheres. Pesquisas
pessoa �� a soma do presente e de
cuidadosas t��m demonstrado que a
possibilidades de vir a ser.
maioria das mulheres n��o sente o or-
gasmo na vagina, que �� desprovido de
enerva����o, quase insens��vel, mas sim
no clit��ris, ��rg��o pequeno, mas extre-
mamente sens��vel. Parece que o orgas-
mo vaginal (para a minoria que afirma
gozar assim) �� uma esp��cie de prolon-
gamento do orgasmo clitoriano. Mas
isso n��o quer dizer que as mulheres
confiss��esl9
Homossexualtdade
masculina
" F O I MEU IRM��O QUEM ME S E D U Z I U " . . .
"S�� �� SEDUZIDO QUEM QUER". . .
"SER�� OUE EU S O U ? "
quase dif��cil para todo jovem adoles-
E
cente, qualquer seja a sua prefer��ncia
sta �� a terceira carta que mando.
sexual. At�� que ele consiga assumir
Tenho 19 anos e sou muito infeliz,
sua pr��pria imagem f��sica, sua condi-
porque sou homossexual e n��o quero
����o familiar e econ��mica, h�� um gran-
aceitar. Tenho nojo desse comporta-
de conflito interno. Nem se fala quan-
mento. Na minha fam��lia ningu��m sa-
to �� sua express��o sexual, seja ele hete-
be, pois se um dia ficarem sabendo,
ro ou homo. Temos a estat��stica den-
n��o sei o que ser�� de minha vida.
tro de casa: �� incontavelmente maior
Nunca tive rela����es sexuais com nin-
o n��mero de cartas de jovens heteros-
gu��m, vivo s�� de masturba����o. Quando
sexuais, com tremendos "grilos" para
eu tinha 7 anos, meu irm��os mais
dar in��cio �� sua atividade sexual, os
velho me seduziu. Prometia que me
conflitos familiares, as dificuldades no
daria brinquedos em troca das rela-
relacionamento com o sexo oposto
����es. E sempre foi assim at�� que eu
e assim por diante. Portanto, o ego��s-
comecei a gostar. E dos meus 7 at�� os
mo �� caracter��stica natural de todo
12 s�� gostava de ver homens nus". . .
adolescente e de sua timidez para en-
(S. A. C. - S��o Paulo / SP)
frentar a vida e assumir sua condi����o,
seja ela qual for. Isso �� como coque-
luche, var��ola e outras doen��as natu-
auto-aceita����o e um processo
rais, por assim dizer, da crian��a, fa-
20confiss��es
zendo parte do desenvolvimento. Todo
assanham com essa abertura e �� um tal
mundo tem de passar por elas. A dife-
de bicha louca, bicha pintora, bicha
ren��a, meu jovem, �� que n��o existe
de travesti, a qualquer hora do dia ou
uma "vacina" para estes grilos pelos
da noite. Eu concordo com o homos-
quais voc�� e todos os outros est��o
sexual, a bicha louca, o viado,que quer
passando.
aparecer e fazer sucesso. Tem todo o
Sua pr��pria carta denuncia a falsidade
direito de faz��-lo, mas que o fa��a num
do conceito de "sedu����o" para tornar
ambiente apropriado. Pelo menos no
algu��m homossexual. Num trecho voc��
Rio acontece isso. Fora o Carnaval,
diz que foi "seduzido" por seu irm��o
onde a meu ver n��o tem mais gra��a
aos 7 anos e noutro confessa que "gos-usar o travesti, de t��o comum. �� bom
tava de ver homens nus desde os 7
lembrar dos tempos dos bailes de Car-
anos"...
naval do Teatro Jo��o Caetano e Re-
J�� tratamos aqui, in��meras vezes, do
creio, onde era algo precioso entrar-
complexo assunto que aborda as ra��-
mos de roupa comum e trocarmos
zes da identidade psicossexual. H��
nossos vestidos no camarim do teatro.
um universo de fatores que exclui,
Se cheg��ssemos tarde e consegu��sse-
decididamente, essa id��ia de sedu����o.
mos entrar, era uma gl��ria, porque o
Milh��es de garotos e meninas travam
povo se postava �� porta do teatro e
relacionamento, enquanto crian��a ���
nos rasgava as roupas. Hoje, eu saio
mesmo de forma superficial ��� com
de travesti de um sub��rbio carioca,
crian��as do mesmo sexo. Se isso bas-
de um conjunto residencial, e vou de
tasse para definir uma inclina����o ho-
��nibus para o baile e tudo bem. Como
mossexual (por si, latente e inerente
ia dizendo, hoje podemos ir de traves-
a todos os seres), dessa forma a huma-
ti ��s muitas boates de entendidos. H��
nidade seria toda homossexual. Melhor
uma gafieira na Pra��a Tiradentes e no
dizendo, nem teria havido essa fabu-
centro o Casanova. Para que estarmos
losa explos��o demogr��fica atrav��s dos
agredindo a quem nada tem a ver com
s��culos!
a nossa homossexualidade? Ali��s, o
homossexual afetado, pintoso, estrela,
DEPOIMENTO:
mulher, nos dias de hoje, n��o est�� com
"HOMOSSEXUALISMO N��O
nada. Hoje �� andar normal e as coisas
�� APRENDIDO"...
acontecem da melhor forma. N��o ��
por ser homossexual ativo ou passivo
que tenho esse comportamento. Com-
porto-me assim porque �� a melhor for-
tomar conhecimento dessa revis-
ta, muitas respostas ��s perguntas fei-
ma de viver.
tas t��m sido para mim de grande valia.
Agora li em Confiss��es Intimas n��. 15/
N��o quero perguntar coisa alguma,
79 essa: "O que vou fazer da minha vi-
mas fazer um depoimento. Caso eia
da? Sou homossexual, porque fui sedu-
mere��a resposta, tudo bem. Caso
zido?". Essa, eu lamento, mas tenho
contr��rio, n��o ficarei aborrecido.
que rir. Tenho de rir porque desde
Atualmente, atrav��s do r��dio, da tele-
muito cedo, ali��s, acho que desde o
vis��o, dos jornais, do cinema, de revis-
nascimento, sou homossexual! No in��-
tas especializadas, muito se tem falado
cio, eu n��o concordava com minhas
a respeito do homossexualismo. Na
tend��ncias. Tinha raiva, me desespera-
minha opini��o, isso s�� tem atrapalha-
va. Para n��o estar me entregando aqui
do, porque muitos homossexuais se
e ali. Comecei aquilo ativamente e
confiss��es 21
s�� j�� bastante maduro e consciente me
sexuais. Se h�� distor����es nesse proces-
deixe possuir, querendo ser possu��do.
so de desenvolvimento, eles s��o natu-
Se tivesse de viver novamente o mo-
rais e fazem parte do pr��prio est��gio
mento, viveria. Naquela ocasi��o n��o
de desenvolvimento. S��o os "juros"
tinha a firmeza que tenho hoje e nem
que se tenta cobrar dessa conquista.
um rev��lver na minha cara, com amea-
0 fen��meno dos travestis ��, sobretu-
��as de contarem ao meu pai que eu era
do, social. 0 antrop��logo Denis
veado, me fizeram intimidar. Me deixei
Altmann, em recente visita ao Brasil,
possuir quando bem quis e consciente.
denunciou o fato: "O travestismo ��
Confesso, quando vi o rev��lver na mi-
fruto, basicamente, da pobreza. N��o ��
nha cara fiquei apavorado, mas mesmo
�� toa que a maioria dos travestis que
assim ag��entei a barra e n��o deixei me
vivem pelas ruas dos Estados Unidos
possu��rem. Quando vi meu pai perto
�� portoriquenha. E se parecem muito
do rapaz, tremi de medo, mas falei,
com seus colegas brasileiros. Nas clas-
fosse o que Deus quisesse. Assim pros-
ses mais pobres os padr��es de dife-
segui a minha vida, s�� me deixando
rencia����o s��o mais r��gidos, n��o se ad-
possuir pelas pessoas que bem quis.
mite tanto o meio-termo. Se um ho-
Portanto, isso tamb��m serve para as
mem se sente feminino, se v�� obriga-
mo��as que se dizem defloradas. Essa
do a vestir-se e comportar-se como
tamb��m n��o encaixa bem, porque
mulher. Assim ele se julga, certamente,
quando um n��o quer, dois n��o bri-
mais ajustado aos seus pr��prios pa-
gam . . . Isso pode acontecer num
dr��es. Al��m de tudo, esses pobres ra-
caso de viol��ncia, quando uma mo��a
pazes precisam ganhar a vida. Ent��o,
ou rapaz seja dominado por tr��s ou
v��o fazer shows ou prostituir-se. N��o
quatro." (Dalva de Vista Alegre - Rio
se v��em travestis ricos pelas ruas".
de Janeiro / RJ)
"AFINAL. O QUE SOMOS N��S?"
analisar melhor, o leitor ver��
que essa abertura, essa liberdade nao
�� assim t��o nova, n��o em pa��ses con-
solicitar de voc��s ajuda para
siderados avan��ados e mais progressis-
os meus grilos. S ou um jovem de 18
tas, como tamb��m aqui no Brasil.
anos, estudante secundarista, sem
Esse �� o fruto do desenvolvimento,
problemas financeiros, boa constitui-
n��o s�� material, mas sobretudo, do
����o f��sica, tipo atleta e bonito, mas
esp��rito e da mentalidade moderna.
aconteceu algo que est�� me encucan-
Trata-se, em verdade, de uma grande
do. Em julho fui passar f��rias na fa-
aquisi����o que jamais deve ser lamenta-
zenda dos meios tios. Eles t��m um fi-
da, especialmente pelos maiores bene-
lho que sempre foi muito amigo meu,
ficiados, no caso as minorias ��� como a
tudo natural, sem nada a desconfiar.
dos homossexuais. A redu����o do pre-
Mas agora surgiu um problema. Na
conceito e da repress��o deve ser salda-
fazenda dormimos no mesmo quarto, e
da isto sim, como uma grande conquis-
logo na primeira noite, ferrei no sono
ta, a escalada a um est��gio de mentali-
como uma pedra, mas ao acordar notei
dade c��nscia destes valores �� que se
meu primo nu, junto �� minha cama.
pode sanar injusti��as, como a viol��n-
Fingi dormir e ele aproximou-se de
de-se sanar injusti��as, como a viol��n-
mim, cuidadosamente afastou o len-
cia e a discrimina����o contra os homos-
��ol, puxou a minha zorba devagarinho
22 confiss��s
(a essas alturas eu tamb��m j�� estava
ereto) e come��ou a beijar o meu p��-
nis, introduzindo-o na boca. Primei-
ramente devagar, e depois numa so-
freguid��o que n��o me permitiu mais
fingir. Desci a m��o e peguei no mem-
bro dele, come��ando a esfreg��-lo at��
que ele ejaculou na minha m��o e eu na
sua boca. Depois ficamos os dois a
nos olhar bestificados, apaguei a luz e
n��o consegui mais dormir. Meu primo
tem a minha idade, �� um rapaz de cor-
po bem desenvolvido, sadio e alegre.
N��o temos problemas com as garotas,
namoramos e temos relacionamento
normal com elas, mas estamos preo-
cupados com o nosso relacionamento,
pois j�� estamos partindo para outras
experi��ncias: chupamos o membro um
do outro, praticamos coito anal com
freq����ncia e sentimos satisfa����o em
tudo isso. Estamos receosos de algu��m
vir a saber e isso prejudicar nossa vida
futura. Vejam se podem nos orientar.
Como j�� disse, somos jovens sadios e
fisicamente bem constitu��dos. Tenho
um membro (p��nis) com 20 cm em
ere����o, com forte descarga de esper-
ma, e posso praticar at�� cinco vezes
por noite. Meu primo �� mais avanta-
jado, tem 23 cm e �� capaz de ficar
ereto a noite inteira. Acho que j��
estamos abusando. No segundo se-
mestre ele transferiu-se para minha
cidade e est�� hospedado em minha
casa, no meu quarto. Pedimos uma
orienta����o". . . (M. . . . - S��o Lu��s /
Maranh��o)
h�� porque frustrar e recalcar
um desejo de contato t��sico, especial-
mente quando a oportunidade �� favo-
r��vel. H�� consentimento m��tuo, h��
interesse rec��proco e o ato conta com
a participa����o de ambos. Um envol-
vimento, mesmo prolongado, com pes-
soa do mesmo sexo, n��o significa, ne-
confiss��es 23
cessariamente, uma defini����o homos-
"curar" ou alterar essa situa����o. A
sexual. A conceitua����o de Kinsey a
fal��ncia tamb��m da conceitua����o bas-
respeito tem sido a mais acatada pela
tante comum de se taxar algu��m de
ci��ncia, no mundo inteiro, como a
homossexual pelo simples fato de
mais correta at�� hoje. A identidade
constatar o envolvimento dessa pes-
psicossexual do homem segue uma
soa numa experi��ncia com pessoa do
escala de zero a seis, do exclusiva-
mesmo sexo.
mente heterossexual ao exclusivamen-
H�� desencontros dentro deste comple-
te homossexual, com grada����es inter-
xo universo, como o caso daqueles que
medi��rias, incluindo a central, que
vivem numa condi����o pseudo-homos-
configura a bissexualidade. Nessa esca-
sexual, aprofundando-se na grada����o
la, podemos afirmar, todos se acham
por problemas alheios �� sua vontade.
e se encontram, quando a preocupa-
Para estes, o caminho da volta �� sem-
����o �� definir as coisas e situa����es.
pre f��cil, o que a muitos ilude achando
Depende do grau onde a pessoa se
que deixar de ser homossexual �� mui-
encontra, a profundidade do seu
to f��cil: basta querer. Se estes itine-
comprometimento. �� importante res-
rantes, passageiros do prazer, forem
saltar que ningu��m �� conduzido a
pessoas bem conscientes e l��cidas de
uma situa����o que n��o deseja, que
sua situa����o, concordar��o que estavam
n��o constitui a sua real express��o
numa escala mais acima daquela que
sexual. Dessa forma, a experi��ncia
julgavam.
f��sica pode confirmar uma identida-
Repetindo a escala de Kinsey: 0) ��� Ex-
de psicossexual inclinada a uma con-
clusivamente heterossexuais; 1) Predo-
di����o homossexual, qualquer seja o
minantemente heterossexuais e s��
seu grau na escala de Kinsey. Mas,
acidentalmente homossexuais; 2) Pre-
essa simples experi��ncia f��sica n��o
dominantemente heterossexuais, po-
vai determinar, ocasionar a condi-
r��m mais que acidentalmente ho-
����o homossexual, como j�� tem sido
mossexuais; 3) Igualmente heteros-
explanado in��meras vezes.
sexuais e homossexuais; 4) Predomi-
No caso apresentado pela carta, a ex-
nantemente homossexuais, por��m,
peri��ncia dos dois jovens n��o vai al-
mais que acidentalmente heteros-
terar em nada: sua identidade �� ante-
sexuais; 5) Predominantemente ho-
rior ao relacionamento. O ato f��sico
mossexuais, mas acidentalmente hete-
agora �� a consuma����o de um desejo
rossexuais; 6) Exclusivamente homos-
h�� muito contido. A maioria dos pes-
sexuais.
quisadores acredita que aos 5 anos de
Observe-se que Kinsey deu o n��mero
idade j�� est�� formada a identidade
zero ao primeiro grau, "exclusivamen-
psicossexual do indiv��duo. Portanto,
te heterossexuais", em fun����o de que
se os jovens estiverem no grau um
o modelo familiar ajustado ��� pai/m��e,
("Predominantemente heterossexuais
marido/mulher, homem/mulher - evi-
e s�� acidentalmente homossexuais"),
dentemente prevalesce como grande
certamente esta poder�� ser uma ex-
maioria. Ensejando, automaticamente,
peri��ncia passageira, fortuita. Apesar
o modele) heterossexual homem/mu-
de sua freq����ncia e tempo de dura-
lher.
����o. Agora, quem pode dizer em que
grau est�� essa ou aquela pessoa? S�� a
pr��pria pessoa, evidentemente. Da�� a
fal��ncia da psican��lise no sentido de
24 confiss��es
Sa��de
"SOFRO DE HERPES GENITAL: O QUE �� ISSO?"
"COMO CURAR UMA GONORR��IA CR��NICA?"
26 confiss��es
genital �� um problema que hoje, em
virtude da crescente promiscuidade,
vai se tomando tanto ou mais comum
do que a pr��pria blenorragia (gonor-
r��ia).
"COMO C U R A R ESSA
G O N O R R �� I A ? "
stou sofrendo com uma gonorr��ia,
acho que j�� �� cr��nica, pois h�� dois
anos e meio ela se manifestou pela pri-
meira vez. Quando ela surgiu eu estava
com 15 anos e hoje estou com 18. On-
de moro n��o h�� m��dico capaz de curar
essa mol��stia. Apesar de que j�� fiz um
exame e o m��dico me receitou uns an-
tibi��ticos injet��veis. Melhorou uns
tempos, mas voltou. H�� corrimento s��
quando eu fa��o as minhas necessidades
fisiol��gicas, quando a gente faz for��a
sai". . . . (A. F. A. - C��ceres / Mato
Grosso)
confiss��es 27
Sexologia
Homens s��o homens e mulheres
s��o mulheres. Certo? Errado.
Aqui est��o os fatos que ficam por
tr��s dos mitos do sexo.
HOMENS
E MULHERES
N��O S��O ASSIM
T��O DIFERENTES
By T. Pete Bonner
s��o homens e mulheres s��o
mulheres.
Quantas vezes voc�� j�� escutou isto
antes? Vamos encarar os fatos. Todos
n��s temos sido v��timas das propaladas
diferen��as entre os sexos. J�� �� mais do
que hora de esclarecer estes fatos e de
que os j�� ultrapassados estere��tipos se-
xuais sejam postos de lado. Primeira-
mente, o mais ��bvio deles: por certo
h�� diferen��as fundamentais no aparato
sexual de homens e mulheres. Todavia,
n��o �� peculiar que a maioria dos pes-
quisadores sobre a quest��o n��o tenha
se aprofundado nas semelhan��as entre
os sexos? Ent��o, outra vez, por que
deveriam faz��-lo? Especialmente quan-
do tantos de n��s acreditamos realmen-
28 confiss��es
te nos mitos. Por que entornar o caldo,
de tudo, tempo. Sim, tempo. As mu-
p��r em risco a harmonia quando as
lheres devem ser lisongeadas e persua-
chamadas diferen��as entre os sexos
didas com agrados porque elas n��o rea-
fazem uma t��o excelente c��pia, ven-
gem assim t��o depressa. Elas requerem
dem milh��es de livros e nos induzem
longo preparo, n��o reagem t��o bem a
a gastar fortunas para assistir a pe��as
impactos visuais e necessitam de cari-
e filmes?
cia e estimula����o sexual antes de que
Norman Mailer descreve as mulhe-
se lancem no selvagem ��xtase do ato
res como recipiente de seu "esperma
de fazer amor.
imortal". A mensagem �� clara e vul-
gar: as mulheres foram colocadas na
terra para satisfazer os homens, para
MITO DO ATLETA SEXUAL
agrad��-los e, o que �� mais importante,
�� UM DISPARATE.
para curvar-se ante seus desejos sexuais
HOMEM RUDE-GALANTE/
MULHER TIMIDA-COMPREENSIVA.
�� tempo de botar um pouco a casa
em ordem. Os pesquisadores do sexo
est��o chegando �� conclus��o de que
Isto pode ser claramente observado
estas afirmativas n��o s��o t��o verdadei-
no drama do t��pico her��i elizabeteano,
ras. Os homens est��o encarando a tra-
exemplificado por aquelas deliciosas
di����o diretamente na face, dizendo
cenas nas hoje cl��ssicas pel��culas de
que eles tamb��m necessitam de tempo
Douglas Fairbanks. Naqueles espet��cu-
e que o sexo deveria ser saboreado.
los hollywoodianos, a t��pica senhora
Experts no assunto est��o afirman-
s��culo 16 �� fr��gil e delicada, uma fraca
do que o mito do atleta sexual �� um
entregando seu peda��o de carne huma-
amontoado de disparate, especialmen-
na para ser seduzida, cortejada e enga-
te quando se trata de uma situa����o em
nada antes de ser ela mesma conquis-
que a mulher e o homem se encontram
tada. Aquele era o jogo que mulhers e
pela primeira vez. O homem tamb��m ��
homens praticavam nos bons tempos
nervoso e um pouco temeroso e n��o
antigos e o mesmo que ainda vale hoje
quer arrastar-se sob as cobertas nem
em dia sob uma forma atenuada. O ho-
um pouco mais do que a mulher, n��o
mem foi mostrado como rude mas
com a rapidez suposta, a qualquer
galante, a mulher t��mida e compreen-
pre��o.
siva. Suas defesas tiveram que ser de-
A pesquisa de ��mbito nacional fei-
molidas vagarosamente, como de cos-
ta por Morton Hunt para a revista
tume. N��s temos estado t��o presos
Playboy demonstrou que os homens e
nesta diferen��a at�� hoje, que incons-
mulheres compartilham algumas rea-
cientemente talhamos nossas vidas ao
����es sexuais comuns. As mulheres, de
redor delas. Do homem sup��e-se que
acordo com as lendas sobre as antigas
esteja pronto para a a����o. Mencione-
senhoras, n��o empregavam a fantasia
lhe o sexo. Mostre-lhe uma bela mu-
sexual t��o prontamente quanto os ho-
lher e ele produzir�� uma ere����o ins-
mens. A pesquisa, todavia, descobriu
tant��nea. Das mulheres todavia n��o se
que embora as mulheres n��o estives-
sup��e que se tornem excitadas t��o ra-
sem aptas para conversar sobre suas
pidamente. A arte de seduzir uma mu-
fantasias, elas as usaram de fato e fo-
lher requer tato, diplomacia e, acima
ram capazes de ser excitadas t��o rapi-
confiss��es 29
damente quanto os machos.
Masters e Johnson revelaram uma
naram esta possibilidade. Eles desco-
descoberta chocante no seu supercita-
briram o material: um homem jovem
do livro "Rea����o Sexual Humana".
que disse ter sentido orgasmos repe-
Eles descobriram que o orgasmo mas-
tidos sem ejacula����o at�� o seu cl��max
culino e o orgasmo feminino s��o fisio-
final, com ejacula����o. Ele relatou ter
logicamente mais parecidos do que di-
tido cinco ou seis orgasmos prelimi-
ferentes. Masters e Johnson notaram
nares que duraram um minuto ou mais
que em ambos os sexos a principal
cada um deles. Roblins e Jensen leva-
conseq����ncia da excita����o sexual �� a
ram o jovem para dentro do laborat��-
vasocongest��o da ��rea genital, o que
rio com uma companheira, ligaram-no
significa que o sangue corre dentro dos
a um pol��grafo e pediram-lhe que agis-
��rg��os e tecidos, distendendo-os. O
se naturalmente. Descobriram ent��o
que acontece �� que a pele ruboriza-se,
que as rea����es do seu corpo foram exa-
o cora����o bate mais rapidamente, a
tamente aquelas que ele havia relatado.
respira����o toma-se mais dif��cil e o or-
O pol��grafo marcou os sinais e sinto-
gasmo �� atingido de forma exatamente
mas do orgasmo m��ltiplo acompanha-
igual para ambos os sexos. As contra-
dos por um crescente batimento car-
����es r��tmicas foram notadas por volta
d��aco, tens��o muscular, contra����es
de uma em cada oitavo de segundo.
anais e uretrais. Ap��s cada orgasmo,
Inicialmente as contra����es s��o inten-
notaram que a ere����o do rapaz decres-
sas, seguidas depois por outras tantas
ceu levemente por quinze ou vinte se-
menos intensas. Ent��o, h�� o orgasmo
gundos, tendo recome��ado ent��o a
m��ltiplo, o qual �� conhecido por per-
subida para um outro orgasmo.
tencer exclusivamente ��s mulheres.
Robbins e Jensen afirmam que o
Masters e Johnson escreveram que a
orgasmo m��ltiplo no homem �� bem
maior diferen��a entre homens e mulhe-
mais comum do que antes imaginado.
res acontece depois do primeiro or-
Depois desta experi��ncia inicial eles
gasmo.
prosseguiram observando treze ho-
mens de idades entre 25 e 55 anos, que
tamb��m relataram experi��ncias pes-
O HOMEM TAMB��M TEM
soais de orgasmos m��ltiplos.
ORGASMO M��LTIPLO.
QUEM AMADURECE ANTES:
O HOMEM OU A MULHER?
mulheres quando s��o adequada-
mente estimuladas continuar��o a atin-
gir o cl��max. Quanto aos homens, se-
gundo eles, entram num per��odo refra-
bos os sexos alcan��am a maturidade
t��rio, durante o qual eles n��o podem
sexual em diferentes idades. O pobre
ter outra ere����b por um per��odo de
homem atinge-a entre os dezoito e
tempo. O Dr. Mina Roblins, professor
vinte anos, ao passo que as mulheres
de Desenvolvimento Humano e Pedia-
n��o a alcan��am antes dos trinta. Esta
tria na Universidade da Calif��rnia, em
diferen��a �� puramente cultural na ori-
Sacramento, e o Dr. Gordon Jensen,
gem e est�� perdendo rapidamente sua
professor de Psiquiatria na Universi-
credibilidade. As mulheres t��m sido
dade da Calif��rnia, em Davis, exami-
ensinadas a reprimir sua sexualidade
30 COnfiss��eS
NOSSA CIVILIZA����O
E MODERNA?
ver como estamos apegados
em arcaicas atitudes sexuais n��o custa
observar os costumes de outras cul-
turas. O povo da Mangaia, por exem-
plo, uma ilha da Polin��sia, nos Mares
do Sul, n��o sofre as nossas defici��n-
cias sexuais. Segundo o antrop��logo
Donald Marshall, os mangaianos, ma-
chos e f��meas, s��o seres sexuais li-
vres que brincam e divertem-se com
o sexo desde muito cedo. As mo��as
mangaianas come��am a lidar com o
orgasmo pelos doze ou treze anos e
espera-se que antes do casamento elas
j�� tenham tido muitos amores. Antes
dos rapazes engajarem em relaciona-
mentos sexuais com as mo��as, �� lhes
ensinado, por outras mulheres, as t��c-
nicas corretas de preparo sexual, a
cunil��ngua e a maneira adequada de
conduzir uma mo��a ao orgasmo.
E isto �� tudo. Os jovens mangaia-
nos de ambos os sexos contam que
costumam ter tr��s ou cinco orgasmos
por noite. E a freq����ncia sexual per-
manece alta para os mangaianos de am-
bos os sexos por toda a vida. Ai est��.
Homens e mulheres s��o muito mais
compat��veis sexualmente do que n��s
poder��amos imaginar. �� uma informa-
����o de grande valor. Uma vez que as
pessoas tomem conhecimento das
semelhan��as entre os sexos ficar��o
esclarecidas as concep����es err��neas,
as d��vidas e os temores que tanto t��m
prejudicado os relacionamentos por
todos os s��culos.
De: Bons Amigos lançamentos
O Grupo Bons Amigos e o Grupo Só Livros com Sinopses têm o prazer de lançar hoje mais uma obra digital no formato txt , pdf e epub para atender aos deficientes visuais.
REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº20 1980
Revista doada por Adeilton e digitalizada por Fernando Santos
Sinopse:
Excelente revista de educação sexual que teve grandioso sucesso entre as décadas de 70 a 90 do século passado. . Editada pela gráfica Grafipar - Gráfica Editora Ltda-Grupo de Curitiba. Tendo como responsáveis Faissal El-Khatib e Faruk El-Khatib . Redatores Nelson Faria e Nina Fock. Infelizmente não temos o nº01 E nº03 Quem tiver nos envie para digitalizar. Pode ser a cópia xerox Recomendamos !
Lançamento Só Livros com sinopses e Grupo Bons Amigos:
1 )https://groups.google.com/forum/#!forum/solivroscomsinopses
Abraços fraternos!
Bezerra
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