domingo, 11 de outubro de 2020 By: Fred

{clube-do-e-livro} LANÇAMENTO DA REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº33 /1980 NOS FORMATOS :PDF,TXT E EPUB

�� crescente o sucesso e o prest��gio

que voc��s d��o a C O N F I S S �� E S

��NTIMAS, quinzenalmente nas

bancas de todo o Brasil. E o mesmo

sucesso est�� acompanhando o

ca��ula dos lan��amentos para o

leitor-Grafipar: a revista "Ponto de

E n c o n t r o " , uma revista trissexual.

�� formid��vel o carinho de todos

voc��s, atrav��s de centenas e

centenas de cartas.

E neste papo com voc��s, sempre

lembramos tudo o que acontece na

Editora. Por isso, fiquem atentos

para a grande novidade: vem a�� a

"Peteca de Ouro", um presente

sensacional para todos voc��s!

��NDICE: 4 - Inicia����o e Timidez

Sexual/6 - Masturba����o/

7 - Sexualidade Feminina/

8 - Homossexualidade Feminina/

10 - Homossexualidade Masculina/

16 - Emocional/l 9 - Sa��de/

22 - Depoimento/29 - Ponto de

Encontro/33 - Opini��o.





Inicia����o

e timidez sexual

"N��O C O N S E G U I R E I POUP��-LA AT�� O

C A S A M E N T O " . . . " E S T A M O S P E R D I D O S DE AMOR".

18 anos e h�� dois na-

como se n��o sentisse a m��nima falta

moro uma garota a qual amo demais.

de sexo. Mas diz que me ama e quer

Ela tem 15 anos, �� virgem e n��o me

casar comigo. Como se explica isto?

deixa ter com ela uma rela����o comple-

Ser�� que ela me ama mesmo? Ajude-

ta. Ela tem medo das conseq����ncias

me. Nina (M. A. Ara��jo Pedrosa -

desastrosas que o ato sexual completo

Igarassu PE i

possa ocasionar. Eu a amo muito e

me sentiria um infeliz, completamen-

te perdido, se a perdesse. Mas n��o

vou conseguir poup��-la at�� o casamen-

vai com muita sede ao

to. Nossos contatos ��ntimos s��o sem-

pote se afoga antes de terminar o pri-

pre for��ados por mim. Ultimamente

meiro gole. Meu amigo, se voc�� conti-

n��o tenho insistido e ela n��o liga,

nuar impondo amor �� mo��a que ama

4 confiss��es





�� prov��vel que aconte��a o que voc��

peri��ncia sexual antes, n��s nos apaixo-

mais teme: perd��-la. Embora mais mo-

namos e gostamos muito. Que nos res-

��a que voc��, parece-me que ela tem um

ta fazer?" (Gilberto Contim - Alperca-

senso maior de responsabilidade, mede

ta / MG)

as conseq����ncias de seus atos. No que

est�� absolutamente certa. Garo que ir��

colaborar com ela nesta expectativa e

preparo psicol��gico para o casamento.

�� algo quase que in-

Por que n��o? Sua posi����o �� ego��sta e

descrit��vel e tem a magia de fazer com

nada positiva para os olhos da mulher

que os amantes pensem unicamente

que diz amar, fazendo com que ela

nele e no lado positivo que ele real-

at�� possa desconfiar de suas reais in-

mente apresenta. Por��m, nem s�� de

ten����es. Ent��o no futuro, caso sejam

amor vive o homem. �� preciso que

obrigados a um per��odo de abstin��n-

nossa vida seja colocada sob o prisma

cia sexual por motivo de doen��a, por

do amor. Ambos se querem, est��o

exemplo, voc�� n��o ser�� tamb��m capaz

apaixonados, mas �� evidente que n��o

de se superar? Por que a necessidade

est��o preparados para uma vida em

de fazer o ato sexual completo se h��

comum. De que iriam viver? Que su-

tantas outras formas de carinhos e afa-

porte emocional e financeiro iria ser-

gos? Sem riscos, sem ferir a dignidade

vir de estaca para se amarem sempre

de sua namorada como pessoa livre

nas boas e m��s horas? Como iriam

que ela ��, com pleno direito de dar ou

resolver o problema da moradia, pois

n��o dar aquilo que lhe diz respeito.

quem ama quer estar o m��ximo de

N��o sabe voc�� que de nada vale - e

tempo poss��vel ao lado da pessoa ama-

�� at�� contraproducente em termos de

da e �� normal que queiram isto. Como

relacionamento futuro ��� um amor for-

se protegeriam do frio, da chuva? E ur-

��ado? Cuide do amor que existe entre

gente que bata um papo com sua na-

voc��s com respeito e carinho, despoje-

morada, que planejem uma vida em

se desta possessividade destruidora.

comum com a solidez de trabalho para

N��o force a sua pessoa, n��o imponha

ambos, atrav��s da qual cada um tenha

seu corpo, n��o pratique a viol��ncia

a oportunidade de se desenvolver e

no amor. Seria o mesmo que assassin��-

juntos, em conseq����ncia, crescerem.

lo.

Conversem bastante a respeito, tracem

um plano respeitando as necessidades e

os desejos de ambos, de uma forma

igualit��ria. A solu����o est�� pois em vo-

"ESTAMOS P E R D I D O S DE

c��s. O sentimento, que �� o ponto de

AMOR. E QUE F A R E M O S ? "

partida, voc��s t��m, falta uma pitada

de l��gica para que as coisas fiquem na

dose certa. Nesta horinha �� sempre

bom ouvir os mais velhos, consultar

primeira rela����o foi

sua experi��ncia de vida e colocar tudo

quando eu tinha 15 anos e minha com-

numa balan��a. O futuro ser�� de voc��s.

panheira 1 6 . Passamos um dia na praia

e fomos dormir na casa da tia dela. L��

fomos colocados no mesmo quarto e

ainda por cima numa cama de casal.

Pois aconteceu tudo t��o naturalmente

que, embora nunca tiv��ssemos tido ex-

confiss��es 5





Masturba����o

"A PR��TICA INTERROMPIDA IMPEDE A EJACULA����O" -

freq����ncia de minha mas-

turba����o varia, mas meu recorde foi

de 40 dias no ano de 7 8 . Ultimamente

venho impedindo a ejacula����o para

poupar o l��quido seminal. Quando o

orgasmo se aproxima comprimo o

canal que est�� embaixo do p��nis con-

tra uma pia para interromp��-lo. Esta

pr��tica seria prejudicial para mim ago-

ra e futuramente numa rela����o a dois

ou n��o tem influ��ncia alguma?" (W.

Lemos - Campinas - SP)

masturba����o, quando pra-

ticada para al��vio da tens��o sexual,

numa forma natural, n��o causa pro-

blema org��nico algum. Quando um

sentimento de culpa acompanha este

ato psicologicamente ela poder�� causar

6 confiss��es





Sexualidade feminina

"MASSA BRANCA QUE E S C O R R E " .

pequena satisfa��o

do �� masturba����o at�� hoje. Converse

meu desejo esfregando-me contra uma

com seu marido a respeito para que

mesa e hoje, embora j�� esteja casada e

tenha uma maior assist��ncia de cari-

tenha uma filha, continuo a pratic��-la

nhos e afagos. Muitas podem ser as

e meu marido n��o sabe. De uns tempos

causas da massa branca que a est�� afli-

para c�� vem saindo uma massa branca

gindo. A mais comum �� a candid��a-

e meu marido pensa que �� gonorr��ia.

se ou mon��lia, um fungo causador de

Como n��o tenho m��e, nem algu��m pa-

uma micose genital, cujo tratamento

ra desabafar, por isso recorro a voc��

�� simples e a cura �� r��pida e certa.

como amiga. Um beijo para voc��, que-

Qualquer m��dico de sua cidade poder��

rida Nina". (Sheila Maria - Manaus /

resolver o seu problema. N��o deve se

AM)

tratar de gonorr��ia como pensa seu

marido. Dificilmente esta aflige mulhe-

res dando quadros cl��nicos como o seu.

nos parece um pouco

reprimida sob o ponto de vista se-

xual, da�� o,fato de continuar recorren-

confiss��es 7



Homossexualidade

feminina

"A M O R T E �� MINHA ��NICA S A I D A " . . .

8 confiss��es





universit��ria e meu c��-

N��o se iluda pensando que haja al-

rebro �� um tanto estranho. Tenho 20

gu��m realmente feliz, que tenha re-

anos e dependo muit��ssimo de minha

cebido esta felicidade de presente.

m��e e minha av��. Considero-me ima-

No seu caso, parece n��o estar haven-

tura e insegura. Minha inf��ncia foi ale-

do aceita����o da sua realidade. En-

gre e insegura porque meus pais

quanto persistir nesta atitude de rebel-

viviam discutindo e nunca tive cora-

dia ao que �� e ao que tem, n��o encon-

gem de dizer " n �� o " a meu pai quando

trar�� o equil��brio que precisa. Aos 20

ele me fazia car��cias sexuais. Meu pri-

anos voc�� est�� come��ando a viver em

meiro namorado nada me fez sentir,

termos de completar o seu amadureci-

pois sentia nojo de ser beijada. Desco-

mento para decidir sua vida. S�� viveu

bri que rapaz algum tinha o poder de

at�� aqui uma inf��ncia quase comum

me atrair f��sica ou emocionalmente.

e uma adolesc��ncia normal. Por que o

Com 13 anos conheci uma menina

desespero na terceira etapa que mal se

tr��s anos mais velha. Beijamo-nos, e

inicia? Compreende que est�� numa

eu vibrei ardentemente. Fizemos amor

atitude ego��sta? At�� aqui s�� se preocu-

divinamente. N��o sou bonita, n��o

pou com voc�� mesma. E o pr��ximo,

tenho corpo atraente e a beleza para

onde fica? N��o seria uma boa voltar-se

as l��sbicas �� essencial. Sou rom��ntica

um pouco para ele? Conseguir um

demais e n��o amo nem sou amada.

emprego, estudar, fazer um rol de ami-

N��o tenho ilus��es. De que adianta

zades, se equipar enfim para depois po-

viver sem esperan��a de um dia me-

der combater o analfabetismo, a or-

lhor? Terei for��as para resistir ao doce

fandade, a fome que existe em nossos

desejo da morte?" (Universit��ria Con-

irm��os t��o pertinho de nossos olhos

fusa - Niter��i - RJ)

seria uma maneira de voc�� sair um

pouco de si mesma e centralizar-se

no mundo. Vendo o sofrimento alheio

e a garra dos que sofrem teria um

no mundo para cum-

exemplo de denodo e de for��a espiri-

prirmos duas miss��es: encontrar nossa

tual que lhe seriam de grande valia.

felicidade pessoal e colaborar para a

Veria tamb��m que se n��o tem beleza

felicidade de nossos semelhantes. Am-

tem intelig��ncia e condi����es ��timas

bas n��o s��o f��ceis; h�� quedas e subidas,

para desenvolv��-la, e que a grande

precip��cios e montanhas. Mas quando

maioria n��o disp��e. Pense bastante no

se est�� convicto de que a felicidade

que lhe escrevemos, quer da amiga,

est�� em n��s mesmos, de que ela de-

esque��a o passado e suas m��s lembran-

pende unicamente da nossa obstina-

��as, olhe em frente com f�� e confian��a

����o em encontr��-la, n��o se entrega os

em si mesma. O seu lado emocional se

pontos. E um desafio que todo ser hu-

equilibrar�� e ver�� que encontrar�� o

mano enfrenta. Ela n��o pode vir de

amor tal como ele deve chegar: de uma

m��o beijada porque ent��o de nada va-

forma natural e espont��nea. Gostar��a-

leria a intelig��ncia humana, pois ela

mos de receber not��cias suas. Um abra-

n��o teria que construir e pesquisar na-

��o amigo.

da. �� necess��rio ter f�� em que a cons-

tru����o de um mundo perfeito depende

de todos n��s, sem exce����o alguma,

quer sejam ricos ou pobres, belos ou

feios, qualquer que seja a cor ou ra��a.

confiss��es 9





Homossexualidade

masculina

ESTAMOS TODOS NUMA ENCRUZILHADA H O M O S S E X U A L ? "

um cara bastante vivido

Um dia estava dando um giro para fu-

neste mundo c��o, tenho 19 anos, mo-

gir de um grilo que me veio na cuca,

reno bem claro, olhos verdes, cabelos

estava pr��ximo a Garanhuns (uma ci-

castanhos ondulados e tenho l , 6 9 m .

dade linda aqui de Pernambuco) e fal-

Gosto de viver a vida como os p��ssa-

tando cerca de uns 4 quil��metros meu

ros, sem preocupa����es e quando al-

carro pifou. Como sou p��ssimo mec��-

gu��m vem me falar de seus problemas,

nico, n��o sabia qual realmente era o

eu procuro tomar uns drinques e dou

defeito. Era quase 8 da noite e dali a

um giro e tudo termina bem. Mas na

pouco parou um carro igual ao meu,

vida que levo, ��s vezes me acontecem

um Passat. s�� diferente na cor, e des-

coisas que gostaria de parar o mundo

ceu do carro um boy dos seus 19 anos,

naquele momento. Gosto de andar

aproximadamente. Perguntou-me qual

sempre s��, por��m curto como quero,

era o grilo e respondi que n��o sabia.

com quem quero e onde quero.

Ele falou: "De carro n��o entendo na-

10 confiss��es



da, apenas dirijo". Eu respondi: "Deu

deitados, e curtimos bons momentos.

igual comigo, b i c h o " . Como faltavam

Momentos que eu n��o havia passado

poucos quil��metros pra cidade e ele es-

com as mulheres, in��meras com as

tava indo pra l��, ent��o me ofereceu ca-

quais me relacionei. Depois adormece-

rona e me levou at�� a oficina mais pr��-

mos, deixando-se levar apenas pelas

xima que nos ensinaram. Durante a ca-

lembran��as que come��avam a vagar pe-

rona, eu perguntei de onde era e pra

lo infinito. Ao amanhecer, foi ele

onde ia; ele era de Salvador e estava

quem me acordou ( " R o b e r t o , a noite

indo para Caruaru. Ele me deixou na

j�� se f o i " ) , tomamos banho juntos e

oficina, agradeci e ele puxou o car-

mais uma vez vivemos os ��ltimos mo-

ro. Fui com o mec��nico at�� o meu car-

mentos de uma despedida. Pra marcar

ro e logo ele descobriu o defeito: tinha

ainda mais tudo isso, tomamos caf��

faltado gasolina . . . Que barato!

juntos e depois ele partiu, sem levar

Fui dormir na cidade, pois j�� era tarde.

e nem deixar endere��o. Poxa, como foi

Ao chegar num hotel, s�� tinha um

dif��cil pra mim; voltei pra casa, uma

quarto de casal sobrando e j�� estava

saudade louca de estar com aquele cara

sendo disputado, por coincid��ncia, pe-

que por pouco tempo, me fez feliz.

lo boy que me deu carona. De comum

Ainda hoje, ��s vezes, estou na melhor

acordo, aceitamos ficar no mesmo

das transas com as garotas e me lembro

quarto. Subimos e fomos ao quarto,

daquele cara. Hoje est�� fazendo um

deixei minha pasta com camisetas e

ano. S��rgio, que saudades sinto de vo-

cuecas na beira da cama, peguei a toa-

c �� " .. . (Roberto - Recife/PE)

lha e fui ao banheiro. Ao retornar do

banho, l�� estava o boy no canto da ca-

ma, pois ele tinha tomado banho an-

tes. Fechei as janelas, deixando claro

ajude-me, estou desespe-

apenas o basculante e apaguei as luzes.

rado. Minha vida de adolescente foi

Pouco depois de estar deitado, senti

muito movimentada. Aos nove anos de

uma m��o cair sobre minha perna e dali

idade fui seduzido por um rapaz que

a pouco eu estava excitado. Percebi

trabalhava em nossa casa, o jardineiro.

que ele estava na mesma situa����o, quis

Homem forte, de um p��nis fora do

me afastar um pouco, mas estava gos-

normal. Meus pais quase chegaram a

tando daquilo, daquela m��o macia e

mat��-lo, mas este fugiu e nunca mais

m��scula me acariciando, fiquei todo

tivemos not��cias suas. Fiz uma peque-

sem j e i t o , mas estava achando bom.

na cirurgia no ��nus para ver se voltava

Ele virou-se pra mim, abriu os olhos e

tudo ao normal. Passei a ser vigiado

perguntou meu nome e de onde eu era.

por toda a fam��lia, dia e noite, parecia

Apenas disse meu nome e ele o dele.

um cachorrinho de coleira. Depois, j��

Ele passou a m��o de leve no meu rosto

com treze anos, as coisas come��aram

e o dedo indicador nos meus l��bios,

a ficar pior, meu desejo por sexo au-

me beijou, eu senti uma sensa����o estra-

mentava e eu saciava essa vontade atra-

nha dentro de mim, mas correspondi

v��s da masturba����o. Com uma profes-

aquele beijo t��o diferente, t��o m��scu-

sora, que j�� mantinha rela����es com um

lo. Come��ou a passar a m��o pelo meu

amigo meu, tive a oportunidade de

corpo e eu correspondendo, afinal o

descobrir o prazer do ato sexual. Mais

cara tinha uma pele bonita e era a pri-

tarde conheci um rapaz pelo qual co-

meira vez que me acontecia coisas des-

mecei a sentir grande atra����o. Uma

sa natureza. Ficamos frente a frente,

noite, ao sairmos para uma discoteca,

confiss��es 11



ele me beijou e disse que estava apai-

xonado por mim. Fiquei confuso e

cedi a todos os prazeres daquele mo-

mento. Da�� por diante passamos a nos

ver freq��entemente, sa��amos com mu-

lheres, mant��nhamos rela����es com elas

e depois era a nossa vez. Finalmente

nos separamos.

0 epis��dio mais s��rio de minha vida

come��ou quando conheci um homem,

pai de uns alunos do col��gio onde eu

estudava. Notei que ele sempre ficava

olhando para mim na hora de levar

seus filhos ao col��gio e na aula de edu-

ca����o f��sica ele me olhava com desejo,

com ternura, com amor. Passei a admi-

r��-lo e sorria quando ele chegava. N��o

sei o que estava acontecendo, mas eu

sentia vontade de lhe abra��ar, beijar,

rolar pela grama da quadra e amar.

Acabei amando este homem. Desde es-

te dia n��o tive mais sossego, pois esta-

sou a procurar outros e foi se tornan-

va para ficar noivo de uma garota sen-

do vulgar. Me trocava por pessoas que

sacional. Um dia, ao entrar em meu

nem conhecia. Fui me afastando tam-

carro e tentar colocar a capota do con-

b��m. Sofria dia ap��s dia.

vers��vel, verifiquei um envelope dentro

Voltei �� casa dos meus pais e dediquei-

do porta-luvas com um peda��o do la-

me aos estudos por completo. N��o gos

do de fora. L i : era um encontro com o

tava de mais ningu��m. Tinha namora

cara que eu j�� julgava amar, adorar. ��s

das uma atr��s da outra. Mas n��o esque-

nove da noite, como dizia o convite,

cia o homem que amei. e amo. Hoje es-

fui e da�� por diante vivemos nosso caso

tou casado h�� alguns meses, mas n��o

de amor. N��o pass��vamos um dia sem

sinto por minha mulher o mesmo amor

nos vermos, ele ia sempre �� escola me

que sinto por ele. Que fa��o, Nina? Que

apanhar, safamos todos os dias. Nunca

fa��o? Penso nele a todo instante, ape-

pensei que iria me apaixonar por um

sar de gostar um pouco de minha mu-

homem. Seu nome ecoava em meus

lher. Nunca mais procurei outro ho-

pensamentos. Acabei meu noivado,

mem para manter este mesmo relacio-

foi aquele vexame. Papai me mandou

namento. Tenho todos os presentes

para o Rio de Janeiro. Ele, meu caso,

que ele me deu. Vivem trancados num

foi tamb��m. Foi ainda melhor, pois

ba�� que nem minha mulher sabe. N��o

ningu��m sabia que eu me encontrava

aparento ser um homem assim, pois

com ele e nunca contei a ningu��m. De-

sou do tipo que s�� gosta de praticar es-

pois de muito resistir, durante um ano,

te ato de homossexualismo com pes-

tivemos nossa primeira rela����o sexual.

soas que realmente gostem de mim. Ni-

Julguei-o mais amante ainda, quando

na, ser�� que todo este amor �� realmen-

depois, uns dois meses em que man t��-

te verdadeiro? Ajude-me, estou prestes

nhamos sempre rela����es sexuais, ele

a tentar o suic��dio. Tenho 19 anos e

foi se desinteressando por mim. Pas-

estou nessa encruzilhada. Perdi o senti-

12 confiss��es





do da vida, me casei em estado de cho-

que e sei que ela realmente me ama,

mas n��o tenho coragem de lhe contar

nem uma ter��a parte. Sa�� da minha ci-

dade para morar aqui, em uma fazen-

da longe de tudo e de todos. N��o que-

ro mais nenhuma recorda����o do meu

passado. Viajo sempre, trato dos neg��-

cios da heran��a que papai me deixou.

Mas n��o tiro o pensamento dele, aque-

le que um dia eu amei e tenho total

certeza que tamb��m me amou. Sou

uma pessoa que tem tudo em recur-

sos materiais, mas ao mesmo tempo

n��o tem nada. Tenho vontade ��s ve-

zes de conhecer outra pessoa, me cor-

responder com algu��m." .. . ( A . F . S . ���

Tucuru��/PA)

������

um ano atr��s eu era o

viagem, respondi que iria fazer uma

maior cuca fresca do peda��o. Tenho

sauna a fim de relaxar um pouco. Ele

33 anos, excelente situa����o econ��mi-

disse que isso seria uma boa e que se

ca, mod��stia a parte bonito, corpo

eu quisesse poder��amos ir juntos e ele

atl��tico e atraente. Embora casado,

me apanharia no hotel. Quando est��-

sempre tive mil garotas, pois viajo

vamos na cabine de vapor, percebi

constantemente pelo Brasil e exte-

que o Carlos n��o tirava os olhos do

rior. H�� um ano, numa dessas viagens

meu membro, por��m n��o liguei para

que fiz ao R i o , como o avi��o estava su-

isso, uma vez que �� comum pessoas

perlotado, sentei-me mesmo a contra-

em sauna ficar olhando. Quando fo-

gosto ao lado de um rapaz, pois oca-

mos ao chuveiro, ele n��o se conteve,

si��es como essa sempre procurava

segurou o meu p��nis e come��ou a me

companhia feminina, uma vez que de

beijar. Embora eu quisesse me afastar

conversa em conversa na maioria das

dali, pois tinha verdadeira avers��o a

vezes surgia um bom programa. O ra-

homossexuais, algo me impedia de sair,

paz era muito simp��tico, sol��cito, ti-

e mesmo sem me sentir �� vontade fui

nha um papo agrad��vel e residia no

deixando a coisa acontecer. Nessa mes-

Rio de Janeiro. Por coincid��ncia, ao

ma noite fomos ao seu apartamento.

chegarmos no R i o , nossas bagagens

L��, um pouco mais descontra��do, fui

n��o estavam na aeronave e com isso

me soltando e sem perceber corres-

tivemos de aguardar duas horas no Ae-

pondia aos seus beijos e abra��os, nos-

roporto pela chegada das mesmas. Is-

sos corpos colaram, enfim, transamos

so serviu para nos aproximar. Quando

a noite toda. Durante essa temporada

as nossas bagagens chegaram, o rapaz

que passei no Rio sa��amos diariamente

(que chamarei de Carlos) perguntou

juntos, fic��vamos amando a noite to-

qual era o meu programa naquela noi-

da. A partir da��, todos os meses eu vou

t e . Como eu estava muito cansado da

ao Rio s�� para estar com ele. Nunca

confiss��es 13





pensei que um homossexual pudesse

dar tanto prazer a um homem, com ta-

manha intensidade, que jamais senti

com mulher alguma.

Eis o problema: estamos perdidamente

apaixonados um pelo outro.

N��o fico um dia sem pensar nele, sem

lhe telefonar. Estou com o cora����o re-

partido, de um lado a minha mulher e

meus quatro filhos e do outro esse ra-

paz. O pior de tudo �� que encaro a si-

tua����o como se fosse a coisa mais na-

tural do mundo, como se fosse algum

dos meus in��meros casos que tive com

outras mulheres, somente com uma

dose mais forte de amor e envolvimen-

to. Enfim, posso afirmar com toda

convic����o que o Carlos na cama �� mui-

to mais mulher do que a maioria das

mulheres que conhe��o (e olhe que n��o

foram poucas). Aconselhem-me, por

favor, pois n��o est�� f��cil para mim es-

Hoje j�� se diz que "todo mundo �� bis-

sa situa����o. Pe��o encarecidamente n��o

sexual", o que tamb��m significa con-

publicar o meu nome nem o meu en-

duzir a quest��o a um ponto radical. H��

dere��o". .. ("Cora����o Dividido" - MT)

uma grande preocupa����o - que n��o ��

"moderna" - no sentido da rotula����o,

classifica����o das pessoas, quando isso

na realidade s�� pode vir de dentro pa-

orgasmo, o prazer sexual, em

ra fora e n��o ao inverso. N��o se pode

que pese as contraposi����es de ordem

olhar para algu��m e dizer "Fulano ��

moral e religiosa, nunca esteve associa-

bissexual, homossexual ou heteros-

do exclusivamente ao ato da procria����o.

sexual". 0 sentimento �� t��o profundo

Pesquisas indicam que a programa����o

que talvez essa mesma pessoa n��o te-

do sexo nesse sentido, por incr��vel que

nha encontrado ainda a sua real iden-

pare��a, �� uma sofistica����o recente, em

tidade. Por isso, o problema t��o antigo

virtude dos m��todos de limita����o da

como a humanidade, que as pessoas

natalidade. Hoje, "programa-se" um

resumem nestes termos: encontrar-se e

filho. Antigamente, s�� em casos quan-

realizar-se. 0 que poderemos "recei-

do havia um tratamento obsessivo em

tar" a todos estes jovens, a todos es-

casos de suspeita de infertilidade de

tes seres, mesmo adultos e at�� na ma-

um dos c��njuges ou mol��stia que inter-

turidade de suas vidas? Simplesmente

ferisse na fertilidade.

isso: que prossigam nessa busca, sem

Uma crian��a nasce menino ou menina,

medo, sem vergonha, sem preconcei-

mas n��o nasce homossexual ou hete-

tos, sem ressentimentos. Nem sempre

rossexual. H�� um universo de fatores

uma experi��ncia homossexual causa as

que incidem na forma����o dessa identi-

d��vidas apresentadas nessas tr��s cartas

dade, como o papel da educa����o, do

que constituem modelo da encruzilha-

meio familiar, etc.

da. Essa t��o falada encruzilhada. J�� em

14 confiss��es





1 9 4 8 o mundo m��dico-cient��fico fica-

va escandalizado com o resultado das

pesquisas apresentadas pelo famoso

"Relat��rio Kinsey". T��o escandalizado

que o conte��do desse relat��rio seria

omitido, sonegado �� informa����o p��bli-

ca durante mais de uma d��cada dentro

do pr��prio pa��s pesquisado por Kin-

sey, os Estados Unidos. E at�� hoje o

Relat��rio �� divulgado com parcim��-

nia. No Brasil, por exemplo, as obras

de Kinsey n��o foram traduzidas. Che-

gam at�� n��s atrav��s de trechos frag-

mentados, tradu����es em artigos, ci-

ta����es em outras obras. Essa discrimi-

na����o n��o tem nenhuma raz��o de ser:

muitas outras pesquisas da atualidade

s��o divulgadas livremente. E o mundo

s�� tem a lucrar com a verdade, com a

informa����o correta. N��o h�� nada a

perder.

Seria pela revela����o de Kinsey de que

ma. Dificilmente algu��m chegou ao ca-

mais de 50 por cento das pessoas t��m

samento sem que isso fosse um ato de

experi��ncias e desejos homossexuais?

amor. E muito menos constituiria fa-

E de que mais de 10 por cento s��o ho-

m��lia sem motiva����o para isso. Essa

mossexuais exclusivos? E 13 por cento

mesma motiva����o pode ser preservada,

quase exclusivos (grau 5)? Estes deta-

sem interferir na express��o da nova

lhes, hoje, n��o s��o aterradores para

identidade descoberta. Antes disso, fri-

ningu��m, pois s��o facilmente constata-

se-se, �� preciso haver ultrapassado a ba-

dos na vida pr��tica. A revela����o pode

talha ��ntima na descoberta da real

ser nova, mas a exist��ncia do chama-

identidade. Tudo isso dentro de uma

do fen��meno perde-se no tempo.

proposta onde a verdade e a honestida-

Voltando aos casos relatados, quando

de constituam fatores b��sicos. �� poss��-

se �� solteiro o caminho torna-se evi-

vel ser feliz atrav��s da. realiza����o indivi-

dentemente bem mais f��cil no sentido

dual sem passar por cima da felicidade

de busca da identidade. Para um ho-

de outrem, sem sonegar compromissos

mem casado, com filhos, a empreitada

assumidos? A resposta pode ser afirma-

torna-se mais dif��cil, mas n��o imposs��-

tiva ou negativa, dependendo da matu-

vel. H�� deveres, h�� responsabilidades,

ridade de quem se prop��e a essa a����o.

mas estes encargos todo mundo os pos-

O importante, acima de tudo, �� enfren-

sui. Com a diferen��a de que os filhos

tar a situa����o e n��o fugir dela.

devem ser preservados do vendaval des-

sa busca tardia. Como �� poss��vel isso?

Cada um sabe, no ��ntimo, como agre-

gar for��as no sentido de dar a dire����o

mais adequada �� sua vida e �� vida da-

queles que tanto ama, sem que para is-

so seja necess��rio uma violenta����o ��nti-

confiss��es 15





Emocional

NAO ME ACEITO, SOU I N F E R I O R

��S O U T R A S P E S S O A S " . . .

mais que tente n��o con-

amizades n��o tenho um verdadeiro

sigo me aceitar; sou inferior ��s outras

amigo. N��o acredito em ningu��m pois,

pessoas porque sou de cor escura,

quando o fiz, recebi uma m��o de ajuda

embora n��o seja negra. Este complexo

e outra com chicotadas. Gostaria que

me deixa t��mida; tornei-me solit��ria.

me provassem que o amor e a felici-

N��o me amo, n��o me entendo, acho

dade existem porque eu n��o acredito

que sou uma grande mentira. Odeio a

neles. ��s vezes duvido at�� que exista

solid��o �� qual me confinei e n��o sei

um Deus t��o bom que deixa a gente

como livrar-me dela. Entre minhas

sofrer tanto! Ser�� que Ele pode aca-

16 confiss��es



bar com o sofrimento e n��o quer ou

espa��o, vivendo em plataformas espa-

quer e n��o pode? Odeio meus pais

ciais. Deus para dialogar com o homem

por terem me posto pobre num mun-

criou-o �� sua imagem e semelhan��a,

do de ricos, onde o pobre vive de cas-

para que atrav��s deste di��logo ambos

tigo ou por teimosia. N��o queria odi��-

constru��ssem o mundo perfeito sem

los, mas eles s��o os culpados por mi-

guerras, sem ego��smo, sem ��dio e sem

nha exist��ncia. �� noite, quando volto

preconceitos. Um mundo de amor por-

de meu curso de ingl��s, sinto vonta-

que Ele �� amor e sabe que o homem,

de de cometer suic��dio sob as rodas de

sendo feito �� sua imagem e semelhan-

um trem. Mas se h�� uma voz mandan-

��a, tamb��m �� amor. Equipando o ho-

do que sim, h�� outra mandando que

mem com racioc��nio e liberdade para

n��o. Como explicar isto? N��o tenho

decidir deu-lhe a natureza, um para��so

dinheiro para fazer psican��lise. Fumo

para ele viver. Veja o que o homem fez

muito tamb��m e n��o tenho for��as

com este para��so: dizimou-o, matando

para largar o v��cio. E a celulite me

os animais e poluindo o ambiente.

atormenta. No lesbianismo como se

Com isto o ego��smo de poucos causou

chama o elemento passivo e o ativo?

o desamor para muitos. Mas a capa-

Por favor, diga algo com que eu me

cidade de perd��o de Deus �� ilimitada,

sinta mais gente, talvez venha a salvar

pois ele sabe que o homem �� fal��vel,

uma vida in��til." (Sad Girl - Dracena /

pass��vel de erro, mas tem dentro dele

SP)

uma ilimitada capacidade de se regene-

rar ��� e n��s mesmos sabemos disto, n��o

�� mesmo? Pois cabe a n��s, �� nossa mis-

s��o colaborar para que este plano divi-

inha amiga mo��a triste, co-

no seja realizado. Usando nossa raz��o,

mo voc�� mesma se denomina, voc��

agindo com caridade. �� um trabalho

ainda se atreve a duvidar da exist��ncia

longo, tortuoso, dif��cil mas altamente

de Deus! De que outra forma explica-'

compensador. Ao inv��s de reclamar-

ria um ser humano como voc��, com

mos como voc�� est�� fazendo das limi-

uma capacidade de raciocinar t��o

ta����es - como a cor da pele, a celuli-

bem a ponto de fazer uma an��lise de

te, a maldade de que somos v��timas,

voc�� mesma t��o consciente, com uma

vamos primeiro reconhecer a perfei����o

habilidade de deduzir e concluir rea-

de nosso intelecto ��� e voc�� at�� pode

����es humanas sem ter tido sequer um

estudar e aprender ingl��s, coisa que a

curso de psicologia? J�� pensou no me-

maioria de nossos compatriotas nem

canismo interno de seu c��rebro nesta

portugu��s, a nossa l��ngua, pode ter

maravilhosa maquininha que todos

acesso, quando n��o por falta de ali-

temos dentro de n��s ��� e a sua �� incri-

menta����o para desenvolver sua inte-

velmente perfeita ��� , como deve ter

lig��ncia ou �� por falta de condi����es

sido bem bolada para que pudesse

financeiras. Eu pergunto a voc��: eles

equipar o ser humano a pensar, racioci-

t��m culpa disto? Claro que n��o! Mas

nar, deduzir, escolher e, concluir e

�� s�� pelo trabalho, pela f�� no ser hu-

agir? Poderia de uma outra forma al-

mano e seu criador, pela conscienti-

gu��m ou mat��ria alguma criar algo

za����o e conhecimento e porque tudo

t��o perfeito? Convenhamos que n��o.

isto existe que ter��o condi����es de

Est�� acima do poder do homem e olhe

atuar e mudar este estado de coisas.

que o homem do nosso s��culo j�� atin-

Este conhecimento s�� poder�� ser atin-

giu at�� a Lua e no momento est�� no

gido mediante o estudo, o trabalho e

confiss��es 17





tem, todos n��s temos. Tanto a cor,

que n��o �� o seu padr��o de beleza mas

�� o de muitos, como o tabagismo,

pois milhares e milhares de pessoas no

mundo est��o reunindo for��as para

largar o v��cio, porque ele aliena,

favorece o consumismo e o que ��

pior, agride o homem conduzindo-o

��s vezes at�� a morte. O c��ncer dos pul-

m��es pode ser causado ou fator deter-

minante dele. Vamos reagir e transfor-

m��-la numa happy girl consciente e a-

tuante para ter condi����es de mudar o

que sua sensibilidade a faz sentir que

est�� errado. Engaje na luta que n��s ���

sem pensar em suic��dio nem julgar nos-

sa vida in��til, at�� pelo contr��rio - es-

tamos enfrentando. Nosso ex��rcito

precisa de gente coroo voc��.

Respondendo ��s perguntas que voc��

nos fez: o I. N. A. M. P. S. disp��e de

psicanalistas de gabarito para atender

os que precisam de ajuda, em sua cidade. H�� in��meros livros, artigos e

o di��logo que a sua solid��o volunt��-

revistas que enfocam o mal causado

ria, ��� fruto de sua revolta e n��o aceita-

pelo cigarro. C�� para n��s, �� ponto

����o - a est�� impedindo de realizar.

pac��fico que ele seja um v��cio alta-

Se Deus interferisse naquilo que cabe

mente pernicioso. A celulite poder��

ao homem decidir, ent��o Ele estaria

ser corrigida com uma dieta sem ca-

interferindo na liberdade do homem

lorias e a pr��tica de gin��stica. Quanto

numa atitude de cima para baixo,

�� denomina����o para o lesbianismo pas-

num violento autoritarismo. Ser��amos

sivo ou ativo ela n��o existe em termos

todos n��s seus objetos, marionetes

cient��ficos, mesmo porque geralmente

com as quais Ele se divertiria. E da��

a mulher assume ambas as atitudes,

por que nossa l��gica, esta sim um pre-

dependendo das circunst��ncias. Detive-

sente que nos foi dado por Ele! O

mo-nos mais no seu problema emocio-,

mundo que Ele criou e sonhou n��o

nal porque consideramos que ele est��

�� absolutamente este dividido entre

sendo, de fato, fator de desequil��brio

ricos e pobres, que tanto nos revolta.

em sua estabilidade. Cremos que uma

E um mundo de igualdade e amor.

vez respondidas as d��vidas existenciais

0 homem entre tantas quedas e reer-

tudo o mais ser�� beneficiado. Um abra-

guimentos chegar�� a este mundo, pois

abra��o e conte-nos como recebeu o

�� o para��so. Cabe a n��s colaborar na

nosso papo.

cria����o deste mundo e n��o h�� de ser

com revolta ��� e seus pais tamb��m

s��o v��timas ��� que haveremos de con-

seguir este objetivo. For��as para acei-

tar suas pequenas limita����es voc��

18 confiss��es





"COICE PODE G E R A R I M P O T �� N C I A ? "

"N��O CONSIGO M E L I V R A R D E H E R P E S S I M P L E S " . . .

homem que eu amo tem 19

amor e ele nunca consegue terminai.

anos e n��o consegue terminar uma re-

Seu p��nis �� cheio de caro��os e o rosto

la����o sexual porque quando era crian-

cheio de espinhas. �� t��mido e desliga-

��a levou um coice e o p��nis ficou

do do mundo. Que posso fazer por

dependurado. Poucas vezes fizemos

e l e ? " (Cida S. - S��o Paulo/SP)

confiss��es 19





foi poss��vel. Estarei arruinado se voc��

n��o me ajudar." (Mapon - Aracaju/SE)

preciso, com urg��ncia, con-

vencer seu noivo a ir a um m��dico pa-

ra que fique constatado o grau de le-

s��o que possa t��-lo atingido e tam-

est�� com bastante sorte,

b��m para que seja feita uma inspe����o

meu caro amigo. J�� existe no Brasil a

nos caro��os aos quais se refere. Seria

cura para o v��rus do herpes que vitima

um caso de impot��ncia ou simplesmen-

milhares de pessoas. �� a autovacina, fei-

te de fundo emocional? Se ocasionado

ta com o seu pr��prio material e que s��

de um problema org��nico causado pelo

�� aplicada no Instituto Manguinhos no

trauma da inf��ncia, o exame cl��nico

Rio de Janeiro. A ��nica condi����o �� a

revelar��. Se psiquicamente seu noivo

presen��a f��sica da pr��pria pessoa con-

est�� inibido, a conversa com o m��di-

taminada. Esta vacina tem apresentado

co tamb��m ir�� ser de grande valia para

um ��ndice espetacular de curas

ele. Aproveite a oportunidade do casa-

completas. A higiene que voc�� vem

mento pr��ximo e pe��a-lhe que ambos

praticando �� necess��ria, ajuda mas n��o

se prestem a um exame pr��-nupcial,

resolve o problema definitivamente.

passando por um check-up completo

S�� a vacina ir�� resolv��-lo. Deixe de

para dirimir suas d��vidas. Escreva-nos

aplicar a solu����o antiparasit��ria porque

depois.

n��o lhe trar�� benef��cio algum. Quanto

ao mertiolate, sua fun����o �� de desinfe-

tar e como tratamento coadjuvante.

Respondendo a sua pergunta quanto ��

fase transmiss��vel da doen��a, ela ��

"NAO CONSIGO ME

sempre contagiosa. Mas na fase aguda ��

L I V R A R D E

mais perniciosa. Sua noiva foi contami-

H E R P E S S I M P L E S " .

nada e deve estar com uma fissura anal

resultante do problema tamb��m. Exis-

te o risco da doen��a atingi-la em qual-

quer cavidade onde tiver mucosa como

os olhos. boca. nariz, etc. H�� funda-

de herpes simples h��

mento cient��fico no composto AIU ao

muito e embora j�� tenha procurado

qual voc�� se refere em sua carta, mas

um clinico geral n��o consegui me livrar

os gastos s��o de alta monta e as dificul-

da doen��a. O que �� ainda pior: passei

dades s��o in��meras em consegui-lo,

para a minha amada atrav��s do relacio-

pois ainda �� considerado estudo cient��-

namento sexual. De acordo com a in-

fico. No entanto, a vacina �� de efeito

dica����o m��dica fa��o higiene tr��s vezes

imediato e certo, al��m de acesso bem

por dia no p��nis sobre as bolhas e pas-

mais f��cil e r��pido para n��s, brasilei-

so uma solu����o anti parasit��ria que j��

ros. Tome imediatamente as provid��n-

n��o faz efeito algum. V��nhamos recor-

cias necess��rias e um abra��o.

rendo a um preservativo mas o mes-

mo rompeu numa de nossas rela����es.

Com o contato ela tamb��m adquiriu

a doen��a. Li na revista Playboy que

existe um composto patenteado que

bloqueia a reprodu����o do v��rus, mas

j�� fiz de tudo para consegui-lo e n��o

20 confiss��es





Sexologia

O amor





total


Autora: PAULINE A B R A M S

Sex��loga da cidade de Nova Iorque.

"Enquanto nos comunicamos,

Voc�� me estimula.

Me toma v��lida.

E me sacia.

Faz-me sentir segura e ouvida quando

me encontro em seus bra��os.

Se eu pudesse dizer ou fazer algo que

Lhe proporcionasse crescimento e

seguran��a

Tal como voc�� proporciona,

Por certo eu o faria!

Se ao menos eu tivesse confessado

que o amo!

N��o estou certa de que voc��

compreenderia exatamente o que digo

Mas tudo isto �� o que quero dizer

quando falo:

" E u o a m o . "

22 confiss��es



trata de amor! Lembro-me de ter rece-





ais palavras foram escritas


bido uma carta de uma leitora que di-

acerca do amor do que de qualquer

zia o seguinte: "Meu marido volta para

outro assunto no universo. Todas as

casa todas as sextas-feiras, tarde da

mentes concordam, por��m, que n��o

noite, completamente b��bado, depois

se chegar�� jamais a um acordo sobre o

de uma noitada de farras e frequente-

que realmente significa esta palavra, e

mente bate em mim. Mas eu o amo

mais, que poucas s��o as pessoas que se

mais do que tudo. Que �� que posso fa-





referem ao mesmo sentimento quando


zer?" �� f��cil dizer da torre de marfim

mencionam o voc��bulo amor.

em que nos encontramos que ainda

Como sex��logos e conselheiros matri-

que esta mulher esteja realmente en-

moniais temos sido acusados de n��o in-

volvida sexualmente - e isto �� ��bvio -

cluir o amor em nossas discuss��es so-

seria dif��cil denominar este tipo neur��-

bre sexo, talvez porque o conhe��amos

tico de liga����o como amor. Entretan-

muito pouco. Numa das raras ocasi��es

to, eu mesma quando era jovem e ain-

em que os ��rg��os do governo dedica-

da n��o havia me formado em sexote-

ram uma renda para que se investigasse

rapia, sentia-me desta maneira tamb��m

o assunto, o projeto foi duramente cri-

num relacionamento neur��tico e pen-

ticado e ridicularizado. Um dos funcio-

sava que o que estava. -sentindo fosse

n��rios do governo chegou ao c��mulo





amor.


de dizer: "Por que perder tempo estu-

Creio que foram Maizeses e Johnson

dando os efeitos do amor - quem real-

que quando perguntados se seria con-

mente se importa com isto?" Curiosa-

veniente fazer sexoterapia com mulhe-

mente, por��m, a dupla "amor e casa-

res neur��ticas, responderam que �� me-

mento" que nos dias de hoje costuma-

lhor ser neur��tica e org��smica do que

mos associar culturalmente �� umfen��-

neur��tica e inorg��smica. Assim, trans-





meno relativamente novo. Antes da


ferindo as palavras dos eminentes cien-

Revolu����o Industrial o casamento n��o

tistas, talvez seja melhor uma neur��ti-

era uma quest��o de amor e, sim, um

ca apaixonada do que uma neur��tica

acordo econ��mico. Como n��s n��o dis-

n��o apaixonada. Talvez o amor seja

pomos de uma hist��ria sobre o amor,

mesmo uma neurose. Eu sou uma vete-





dificilmente podemos ser culpados por


rana de dois casamentos e tenho dois

conhecermos t��o pouco sobre o assun-

ex-maridos, um dos quais eu intensa-

to. Como a maioria de n��s cresce pen-

mente desgosto. Ent��o pergunto a

sando no casamento como uma parte

mim mesma: Ser�� que eu nunca estive

importante do nosso futuro, gostar��a-

apaixonada por este individuo do qual

mos de ter capacidade para definir o

n��o gosto agora? Ou ser�� que o amor ��

amor. Parece-nos infrut��fero o fato de

algo que n��o deve durar para sempre?

que nossos pais nos disseram que n��s o

Se dispus��ssemos de meios para julgar

identificar��amos facilmente, quando

o amor, ele n��o estaria hoje sem defi-

ele aparecesse em nossa vida. A maior

ni����o como se encontra h�� mais de du-

parte das pessoas acertaria com maior

zentos anos at�� os dias de hoje.

sagacidade e percep����o numa corrida

Tenho uma amiga, vamos cham��-la de

de cavalos do que distinguiria uma si-

Alice, que tamb��m acumulou duas ex-

tua����o amorosa. Os experts - no caso

peri��ncias frustradas que resultaram

n��s os sex��logos - podem oferecer

em div��rcio e se envolveu em muitos

pouca ajuda. Claro que todos temos

outros relacionamentos decepcionan-

capacidade de perceber quando n��o se

tes. Depois de anos durante os quais

confiss��es 23





ela quase perde as esperan��as de en-

tro rapazola. Hoje tenho uma enorme

contrar o "homem certo", apareceu

dificuldade em achar uma pessoa para

Rui em sua vida. Ap��s 6 meses de uma

amar, quanto mais duas! Ser�� que a pe-

liga����o est��vel, amorosa e afetivamen-

r��cia de amar muda com o passar dos

te envolvente em que o tema casamen-

anos? (Hoje sou uma mulher livre o

to foi abordado por ambos v��rias ve-

que n��o acontecia 20 anos atr��s. Ser��

zes, Alice decidiu sair da cidade e fazer

que isto faz alguma diferen��a?) Bastan-

uma viagem de tr��s meses. Ela e Rui

te curioso nenhum destes fatores pare-

volta e meia se comunicavam por tele-





ce afetar nosso relacionamento com


fone at�� que durante toda uma semana

nossos filhos e deles para conosco. Se-

Alice teve uma enorme dificuldade em

r�� por que o amor maternal �� diferente

encontr��-lo. Uma semana depois Rui

do amor rom��ntico? Aqueles de n��s

comunicou-lhe que havia encontrado e

que amam seus filhos t��m sentimentos

gostado de uma outra mo��a.

tipo sexual por eles? Como sexo tera-

Ser�� que o amor tem tamanha necessi-





peutas sabemos que estes sentimentos


dade de ser nutrido que n��o possamos

incestuosos s��o normais. Ent��o, para

sequer largar nosso amado por peque-

completar, ser�� que o amor rom��nti-

nos per��odos de tempo devido ao te-

co tem um componente especial que o

mor de perd��-lo para outra pessoa t��o

difere do amor maternal?

logo saiamos de perto? Ser�� que a au-

Quando adolescente e em circunst��n-

s��ncia f��sica esfria o cora����o?

cias especiais como adulta, tive relacio-

namentos amorosos sem fazer sexo. Is-

to no entanto n��o faz com que o rela-





cionamento fosse menos amoroso ou


A M A I O R I A DAS PESSOAS

menos rom��ntico. Qual �� a parte de-

T E M M A I S P E R C E P �� �� O P A R A

sempenhada pelo sexo no amor? To-

A C E R T A R N A L O T E R I A

E S P O R T I V A DO QUE

D I S T I N G U I R U M

V E R D A D E I R O A M O R |

Para certas pessoas amar um s�� indivi-

duo �� o suficiente para que todas as

outras simplesmente n��o existam. Ser��

por que n��o �� poss��vel amar mais de

uma pessoa ao mesmo tempo? Poucos

de n��s t��m dificuldades de amar mais

do que um filho. Ser�� que Rui nunca

esteve apaixonado por Alice? Ser�� que

ele deixou de am��-la ou ama este novo

amor mais do que amou a ela? Quem

sabe se Rui apenas ama quem est�� per-

to dele?

Na minha adolesc��ncia, o amor para

mim representava uma simples ocupa-

����o sem grandes compromissos e sem-

pre estive apaixonada por um ou ou-

24 confiss��es





dos precisamos de calor humano, afei-

te envolvido n��o significa necessaria-

����o e carinho. At�� as crian��as ficam

mente que se est�� apaixonado. Reco-

doentes e podem morrer sem isto. J��

nhecemos que isto �� bastante dif��cil

est�� cientificamente comprovado. Na

num ambiente em que o sexo como re-





idade adulta estas necessidades podem


crea����o ainda n��o est�� totalmente acei-

ser encontradas no relacionamento se-

to. Como resultado para muitas pes-

xual, mas nem por isso necessariamen-

soas o amor �� considerado como um

te devemos nos sentir apaixonados. Ou

fator de acr��scimo ao sexo.

ser�� que devemos?

�� claro que a experi��ncia sexual antes

Na puberdade, a excita����o de andar de

do casamento tem v��rias vantagens.

m��os dadas �� o primeiro passo na nos-

Ajuda as pessoas a compreender que

sa busca do amor sexual. Como o sexo

existem outras coisas importantes co-

�� a experi��ncia m��xima �� f��cil acredi-

mo acr��scimo ao sexo, al��m de acumu-

tar que se est�� apaixonado quando na





lar todo o conhecimento adquirido


verdade se est�� �� em "cio". ��s vezes

atrav��s destas experi��ncias que se tor-

uma experi��ncia amorosa nestas cir-

nar��o de grande ajuda dentro do casa-

cunst��ncias conduz ao casamento, en-





mento futuro.


quanto que outras vezes pode bem ser

Como sexoterapeutas freq��entemente

o come��o de uma s��rie de experi��n-





nos defrontamos com relacionamentos


cias, a expans��o de nossa curiosidade

nos quais o envolvimento emocional ��





sexual.


bom, mas o sexual �� mau. Esta situa-

Quase sempre quanto mais sensual for

a experi��ncia, mais imaginamos que es-





tamos apaixonados. Temos que passar


�� M A I S D I F �� C I L

por um grande n��mero de experi��ncias

C O N T O R N A R S I T U A �� �� E S E M

antes de aprender que estar sexualmen-

QUE O R E L A C I O N A M E N T O

S E X U A L �� BOM M A S O

E N V O L V I M E N T O

E M O C I O N A L �� F R �� G I L

����o �� contom��vel e pode ser resolvida

mediante uma terapia adequada. O que

nos deixa deveras frustrados �� nos de-

pararmos com um casal que est�� bem

sexualmente, por��m o restante do rela-

cionamento �� mau.

Muitas pessoas chegam at�� n��s sem a

liabilidade sensual necess��ria para tor-

nar sua vida sexual ao menos satisfat��-

ria; ent��o, mesmo que n��o tenham

problemas de disfun����o alguma, pode-

riam resolver seus problemas de casa-

mento apenas com a comunica����o e

di��logo. �� importante frizar que um





bom relacionamento sexual aumenta


o amor e ajuda enormemente a manter

confiss��es 25





a amizade que tamb��m deve existir en-

tocar o outro, como tamb��m possuir

tre ambos.





pensamentos positivos quanto ao


Mas, o que quer dizer exatamente um

corpo de um e de outro al��m de for-

bom relacionamento sexual? O sexo

mar uma imunidade contra dores de

tem componentes f��sicos e psicol��gi-

cabe��a que possam interferir no rela-

cos. Sob o ponto de vista f��sico, ele ��





cionamento sexual.


um caso de per��cia como a arte de co-

zinhar ou de preparar um aperitivo,

mas �� uma arte que infelizmente n��o ��

Q U A L A IMPORTNCIA Q U E A

ensinada por muitos sexoterapeutas,

F I D E L I D A D E DESEMPENHA

pois a maioria deles sente que a comu-

NO AMOR?

nica����o �� importante, mas ignora a

parte t��cnica. A per��cia, sob o prisma

t��cnico, inclui o toque de uma manei-

ra bastante sensual. As brincadeiras e a

chamos que �� amor quando

conquista amorosa, lenta e gradual

ele a estimula ao "swing", porque ele

criam um ambiente de prazer que far��

sabe que a maior fantasia dela �� fazer

com que o companheiro deseje voltar

amor com dois homens? Ou �� amor

ao ato sexual com sofreguid��o o quan-

quando ele faz juras de eterna fidelida-





to antes.


de mesmo quando ele acha outras mu-

lheres atraentes17 Faria alguma diferen-

��a se ela jurasse fidelidade enquanto

ele seduzia duas mulheres? Por acaso

�� PRECISO ESTAR

ser�� que o amor do homem �� diferente

A T E N T O P A R A PERCEBER SE

do da mulher1 S��o palavras de Byron:

�� A M O R O U U M A L I G A �� �� O

"O amor do homem �� a pr��pria vida

N E U R �� T I C A DE

do homem - uma coisa �� parte. O da

D E P E N D �� N C I A A F E T I V A

mulher �� a sua pr��pria exist��ncia. "

Ser�� ent��o que o amor �� uma experi��n-

cia diferente para os dois sexos? Da

mesma forma que �� diferente entre os

Muitos casais conhecem a arte das t��c-

pr��prios parceiros? O amor tem etapas

nicas, mas seu relacionamento se res-

diferentes? Talvez estejamos precisan-

sente de um componente psicol��gico

do de um novo vocabul��rio para que

que �� t��o importante para um bom re-

possamos p��r em discuss��o qual �� o

lacionamento sexual. Neste est��o in-

per��odo em que estamos apenas gos-

clu��dos uma habilidade especial para

tando, qual �� a hora em que o sexo

conversar sobre sexo, repartir um com

passa a ser a parte mais fascinante do

o outro as fantasias sexuais e talvez at��

relacionamento ou quando ele dever��

conciliar uma ou duas delas. Inclui

ocupar o segundo lugar, enquanto o

tamb��m uma grande compreens��o das

companheirismo torna-se mais impor-

nuances sutis que podem fazer com

tante que ele. Ser�� obrigat��rio que to-

que o ato sexual com o companheiro

dos os "amores verdadeiros" tenham

seja ��nico, porque ele sabe que voc��

que passar pelas mesmas etapas? No

gosta de ter seus seios acariciados, en-

ano de 1972 um em cada tr��s casamen-

quanto que ela sabe que voc�� gosta de

tos terminou em div��rcio e os n��meros

ficar de m��os dadas durante o ato. In-

continuam a crescer. Poucos s��o os ca-

clui ainda um prazer genu��no de um

sais que se mant��m casados por mais

26 confiss��es





de 20 anos. Ser�� por que as pessoas

ele une ainda mais o casal justamente

mudam e crescem interiormente quan-

pelo fato de juntos enfrentarem a tem-

do est��o separadas? Ser�� que existe

pestade?

realmente o companheiro ideal? Afi-

Todos querem amar e ser amados. Co-

nal, o que �� que n��s queremos dizer

mo diz a can����o de Cabar��: O AMOR

com esta express��o?

MOVIMENTA O MUNDO, ent��o por

Uma vez perguntei ao Dr. Dave Mace,

que falhamos tanto na arte de amar?

fundador da Associa����o Americana de

Quando falamos de amor dizemos "es-

Aconselhamento �� Fam��lia e ao Casa-

tar apaixonado ". Ser�� que o amor �� al-

mento, qual era a sua opini��o a res-





go que acontece repentinamente em


peito do conceito de que n��o poderia-

nossa vida, sobre o qual n��o temos o

mos esperar encontrar um parceiro que

m��nimo controle ou �� um compromis-

preenchesse cada uma de nossas neces-

so, uma obriga����o para que se tenha

sidades e se esta n��o seria uma raz��o

com ele um cuidado especial para en-

v��lida para a abertura dentro de um ca-

frentar grandes riscos com incr��vel

samento. Sua resposta foi de que nin-

vulnerabilidade ?

gu��m esperava conseguir tudo que so-

nhara antes de casar, ent��o transporta-

va seus sonhos para dentro do casa-

A S I T U A �� �� O ��





mento.


C O N T O R N �� V E L E M C A S A I S

Algu��m j�� havia dito certa vez que "de

D E BOM E N V O L V I M E N T O

nada vale uma garota que fale um dia-

E M O C I O N A L E M A U

leto javan��s, porque afinal, quantas ve-

R E L A C I O N A M E N T O

zes em nossa vida o Ministro de Java

S E X U A L

vem jantar conosco? Deve-se levar em

considera����o que �� muito importante

casar-se com algu��m com quem se pos-

sa manter um m��nimo de conversa����o.

Ser�� que ele �� consequ��ncia de uma

Ent��o deixa-se de gostar de algu��m ca-

necessidade? As mulheres t��m sido

so n��o tenhamos quase nada em co-

acusadas atrav��s de muitos anos de

mum com ele ou vale a tese de que os





casarem por necessidades financeiras.


extremos se atraem?

Outro ponto importante: poderia ele

ser o resultado de uma necessidade

biol��gica para que desempenhe um

papel como acontece com o amor

P A R A M U I T A S PESSOAS

maternal?

A M A R UM SO I N D I V �� D U O �� O

Ser�� que ele cumpre uma necessidade

S U F I C I E N T E P A R A QUE A S

eterna de um parentesco de um pai e

O U T R A S S I M P L E S M E N T E

de uma m��e para tomar conta de nos-

sas responsabilidades? Ser�� que ele �� o

N �� O E X I S T A M

simples desejo de algu��m que queira

encontrar uma pessoa para repartir as

vicissitudes di��rias da vida ou dobrar a

Os problemas financeiros, os parentes,

alegria dos muitos prazeres? Ser�� o

e os filhos s��o vistos como os maiores

amor um eterno dar? Um receber? Ou

problemas do casamento. Ser�� que o

ser�� ambos?

amor dura pela habilidade que tem ao

Freq��entemente nos perguntam coisas

vencer este tipo de tempestades ou

que parecem imposs��veis para que pos-

confiss��es 27





samos dar uma resposta correta. Sem-

to para responder pergunta alguma,

pre digo aos meus pacientes que o pa-





mas representa minha perspectiva do


pel de um sexo terapeuta n��o �� o de





que seja o amor.


responder a todas as perguntas e, sim,

na maioria das vezes, levant��-las. Ain-

da assim ser�� que seriam respostas de-

"Enquanto nos comunicamos,

finitivas aquelas que dar��amos? �� cla-

Voc�� me estimula.

ro que quando se leva em considera����o

Me torna v��lida,

o dinheiro e a energia investidos no

E me sacia.

amor, casamento e div��rcio, as respos-

Faz-me sentir segura e ouvida quando

tas t��m que ser definitivas\

me encontro em seus bra��os.

Se eu pudesse dizer ou fazer algo que

Lhe proporcionasse crescimento e

seguran��a

P A R A M U I T O S O A M O R ��

Tal como voc�� proporciona . . .

C O N S I D E R A D O U M F A T O R

Por certo eu o faria!

D E A C R �� S C I M O A O SEXO

Se ao menos eu tivesse confessado

que o amo!

N��o estou certa de que voc��

compreenderia exatamente o que digo.

Afinal, o que �� que queremos dizer

Mas tudo isto �� o que quero dizer

quando falamos "eu te amo"? Tendo

quando falo:

passado a maior parte da minha vida

"Eu o a m o . "

estudando o amor, certifiquei-me da

necessidade de defini-lo �� minha ma-

neira, na ocasi��o em que, pela ��ltima

vez, declarei-me a algu��m. O poema

que se segue �� conseq����ncia do que eu

sentia na oportunidade. Ele n��o foi fei-

28 confiss��es



confiss��es 29







De: Bons Amigos lançamentos 





O Grupo Bons Amigos e o Grupo Só Livros com Sinopses têm o prazer de lançar hoje mais uma obra digital  no formato txt , pdf e epub para atender aos deficientes visuais. 

REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº33 /1980   

 Revista doada por Adeilton e digitalizada por Fernando Santos
Sinopse:
Excelente revista de educação sexual que teve grandioso sucesso entre as décadas de 70 a 90 do século passado. . Editada pela gráfica Grafipar - Gráfica Editora Ltda-Grupo de Curitiba. Tendo como responsáveis Faissal El-Khatib e Faruk El-Khatib . Redatores Nelson Faria e Nina Fock. Infelizmente não temos o nº01 E nº03 Quem tiver nos envie para digitalizar. Pode ser a cópia xerox Recomendamos !
Lançamento    Só Livros com sinopses e Grupo Bons Amigos:

)https://groups.google.com/forum/#!forum/solivroscomsinopses  


2)https://groups.google.com/forum/#!forum/bons_amigos  


Blog:



Este e-book representa uma contribuição do grupo Bons Amigos e Só livros com sinopses  para aqueles que necessitam de obras digitais como é o caso dos deficientes visuais 

e como forma de acesso e divulgação para todos. 
É vedado o uso deste arquivo para auferir direta ou indiretamente benefícios financeiros. 
 Lembre-se de valorizar e reconhecer o trabalho do autor adquirindo suas obras.

 

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