domingo, 11 de outubro de 2020 By: Fred

{clube-do-e-livro} LANÇAMENTO DA REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº32 /1980 NOS FORMATOS :PDF,TXT E EPUB

Est�� circulando nas bancas de

todo o Brasil o n��mero 5 de

"Ponto de Encontro" ��� uma

revista para marcar, conquistar

e amar. Al��m de artigos

interessantes, "Ponto de

Encontro" dedica grande parte

ao interc��mbio entre os

leitores. Uma comunica����o

bonita, saud��vel e interessante.

A prop��sito, algumas

considera����es sobre este

interessante interc��mbio

(a correspond��ncia em nossa

Editora �� recorde): �� preciso

que aja, antes de tudo,

muita honestidade. Muitos leitores

se queixam de que escrevem

para quem anunciou e n��o recebem

resposta alguma.

Mesmo recebendo um

consider��vel n��mero de cartas,

os autores do an��ncio devem

ao menos mandar uma

pequena mensagem para todos,

embora seja para explicar

que j�� possui um grande n��mero

de correspondentes. Entre garotas

e rapazes, homens e mulheres,

nesse belo clube do

"Ponto de Encontro", �� preciso

haver lealdade e sinceridade.

��NDICE: 4 - Inicia����o e Timidez

Sexual/6 - Sexualidade Feminina/

8 - Homossexualidade Feminina/

12 - Homossexualidade Masculina/

18 - Sa��de/20 - Emocional/

22 - Depoimento/30 Ponto de

Encontro/33 - Opini��o





Inicia����o





e timidez sexual


"FICO NERVOSO E ESTRAGO T U D O " . . .

"AS GAROTAS N��O ME EMOCIONAM". ..

eu tinha 14 anos era

primeira experi��ncia sexual porque um

mais corajoso para chegar at�� ��s garo-

amigo me arranjou uma garota, por si-

tas e agora que cresci, perdi o jeito.

nal 4 anos mais velha que eu. Ela gos-

Quando uma me d�� bola, fico nervoso

tou, disse que eu era bom de cama e

e estrago tudo. Aos 14 anos tive minha

estivemos juntos mais 3 vezes. Depois

4 confiss��es





disto n��o consegui mais garota nem

e tenho medo que esta curvatura ve-

para namorar. Que' h�� de errado co-

nha a aumentar. H�� alguma cirurgia

migo?" (B. R. S. - S��o Jo��o Del Rei /

para corrigi-lo?" (A. J. de Ara��jo -

MG)

Uberaba / MG)

se trata de ter sido normal

importante num encontro en-

e repentinamente se anormalizado,

tre um homem e uma mulher �� o

meu filho. Voc�� sempre foi normal e

relacionamento afetivo que poder��

ainda ��. Acontece que n��o est�� ��� e

ser criado a partir deste encontro.

nunca esteve ��� bem seguro de sua ca-

0 fato de voc�� se encontrar com uma

pacidade de fazer amizades e conquis-

garota, n��o quer absolutamente dizer

tas, o que prova que mesmo sua pri-

que tenha que sentir uma vontade

meira experi��ncia foi conseguida com

imediata de lev��-la para o ato sexual

a interven����o de um amigo. Partindo

e nem todas as meninas ter��o que

da premissa de que nada h�� de errado

despertar seu apetite sexual. �� hora

em voc�� e que portanto tem tudo para

de voc�� fazer amigos, de se relacionar

amar e se fazer amar, relacione-se

com jovens de ambos os sexos. A es-

normalmente sem a preocupa����o de

colha, as atra����es especiais vir��o mais

conquistar �� primeira vista. Procure

tarde, espontaneamente, sem artificia-

primeiramente pessoas que tenham afi-

lismo, sem situa����o for��ada ou pr��-

nidade com voc��, que gostem do que

estabelecida. Sua timidez tem origem

voc�� gosta, vivam da maneira que voc��

na sua desconfian��a de que seu ��rg��o

vive. Depois tente conversar com gen-

n��o �� normal Engana-se neste ponto.

te que tenha id��ias diferentes das suas,

Outro foco de inseguran��a sua �� pen-

num di��logo franco. Isto �� v��lido para

sar que o impulso sexual seja compul-

rapazes e garotas. Ver�� como, aos pou-

s��rio e obrigat��rio diante de todas as

cos, ir�� se sentir mais seguro e confian-

garotas. Tamb��m neste ponto est�� en-

te, pronto para o amor.

ganado. Tampouco a masturba����o ���

caso n��o esteja sendo for��ada ou in-

terrompida ��� ir�� exercer influ��ncia

"GAROTAS N��O

negativa em sua vida sexual futura, a

ME EMOCIONAM". . .

menos que voc�� a pratique com um

injustificado sentimento de culpa.

O fato de se masturbar com intensi-

dade denota que ainda n��o se sente

apto para partir para um relaciona-

ou um adolescente que come-

mento com o sexo oposto, ent��o

��a a se preocupar com o sexo, embora

pratica o ato solit��rio. Esta evolu����o

saiba que ele n��o �� a ��nica coisa desta

vir�� com o- tempo de uma forma

vida. Preocupo-me porque quando es-

bastante natural. Quanto �� cirurgia

tou perto de uma garota, n��o sinto

peniana, nem pense nisto. Al��m de

emo����o alguma, nem tenho a m��nima

ser muito jovem, a Medicina n��o dis-

inten����o de manter rela����o sexual com

p��e de recursos para diminuir ou au-

ela. Isto �� defeito? Fico numa tremen-

mentar o membro masculino cirurgi-

da timidez quando encontro uma garo-

camente.

ta estranha e n��o sei o que fazer para

acabar com isto. Masturbo-me diaria-

mente e j�� li que isto pode prejudicar

futuras rela����es. N��o sei como parar

com ela. Meu p��nis �� bastante grande

e �� um pouco curvo para a esquerda

confiss��es 5





Sexualidade feminina


"N��O ENCONTRO HOMEM PARA TRANSAR " . . .

6 confiss��es





te experimentou uma decep����o muito

grande, porque seu marido n��o corres-

pondeu, deixando-a frustrada e amar-

gurada, com a impress��o de que amar

um homem n��o vale tanto sofrimento

ecessito de suas palavras por-

e dor. Como teme nova desilus��o, se

que meu comportamento sexual sofreu

vender a casa encerrou tamb��m, tal-

recentemente uma modifica����o. Tenho

vez inconscientemente, a possibilidade

28 anos e h�� um ano e meio meu casa-

de voltar a amar outro homem. Fez

mento dan��ou ap��s 2 anos de dura����o.

disto uma coura��a para se proteger.

Sofri demais pois amava perdidamente

Tentou viver sem amar e n��o conse-

meu marido; resolvi vender minha casa

guiu porque ningu��m que seja jovem

e morar num apartamento sozinha,

e saud��vel, pode abolir o amor de sua

porque n��o tinha filhos. Trabalho com

vida. Na primeira oportunidade cedeu

meu pai, que �� dono de uma casa de

porque se tratava de uma mulher e

com��rcio; �� tarde vou �� universidade e

portanto voc�� se sentia imune ao so-

�� noite curto uma solid��o daquelas.

frimento. Sentiu-se bem porque se en-

Sempre tive um vasto c��rculo de ami-

tregou, se entregou porque estava se-

zade mas me fazia falta algu��m que me

denta de afeto. Sabe que �� uma liga-

desse amor, me apertasse nos bra��os

����o passageira, sem grandes riscos,

e dormisse comigo. Certa noite uma

porque sua amiga, inclusive n��o pre-

amiga casada recentemente cujo mari-

tende abandonar o marido. Vivendo

do viaja muito, convidou-me para sair

assim, voc�� recebe e d�� afeto - embo-

e no final da noite pediu-me que dor-

ra insuficiente se considerarmos a lon-

misse com ela. Aceitei a contra-gosto

go prazo, definitivamente ��� e caso n��o

seus carinhos mas confesso que me sen-

d�� certo, pouco se ressentir��. Pensa

ti menos s��. H�� 4 meses estamos vi-

que est�� a salvo do sofrimento mas

vendo um romance de amor ��s escon-

n��o quer perder seu comportamento

didas e n��o nos consideramos l��sbicas

sexual hetero porque ele tamb��m

porque achamos que nosso relaciona-

lhe trouxe momentos de agrad��veis

mento n��o vai influir na atra����o que

sensa����es, antes do rompimento. N��o

temos pelo sexo oposto. Tenho certeza

deseja abdicar deles para sempre, isto

de que se um homem aparecer na mi-

est�� claro, mas esquece que sempre

nha vida, algu��m que me compreenda

num relacionamento humano, por

e me d�� carinhos, eu serei s�� dele, por-

mais passageiro que ele possa parecer

que quero inclusive ter filhos meus.

criam-se ra��zes, que, quando arranca-

Mas eu adoro minha amiga e embora

das, deixam profundos sulcos. Al��m

n��o tenha sido a primeira mulher da

do mais, �� medida que o tempo pas-

vida dela, sei que ela gosta muito de

sa, mais e mais diminuem as chances

mim. 0 que voc�� acha do nosso com-

de encontrar seu homem, se continuar

portamento? Ser�� que ele n��o vai

ligada �� sua amiga, porque as oportu-

mexer com nossa prefer��ncia? Hoje

nidades n��o surgir��o. Voc�� tem que

penso que minha transa com ela ��

fazer sua op����o consciente e ponde-

porque n��o achei o meu homem; ser��

rada. Um comportamento amb��guo s��

que poderei afirmar isto amanh��?"

poder�� proporcionar sentimentos am-

(Simone - Fortaleza / C E )

b��guos tamb��m.

amou verdadeiramente

um homem ��� seu marido ��� e se de-

pendesse de voc��, estaria casada at��

hoje com ele e seria feliz. Infelizmen-

confiss��es 7





Homosexualidade





feminina


"SOMOS L��SBICAS, QUEREMOS UM F I L H O " . . .

"N��O SINTO NADA POR HOMEM". ..

"GOSTO DE UMA PARAN��ICA".. .

com uma mulher h�� 2

nha todos os sintomas, o que deixou-

anos, amamo-nos intensamente e o

me em d��vida porque, apesar de eu

nosso maior desejo �� termos um filho.

ejacular bastante, sei que isto n��o ��

Nossa rela����o sexual �� bem sucedida e

poss��vel.

praticada de uma maneira que nos sa-

Da segunda vez ela at�� engordou e per-

tisfaz sempre. A menstrua����o dela

deu as formas mas mesmo assim acho

atrasou por duas vezes durante tr��s

que �� o nosso desejo que est�� agindo

meses. Da primeira vez o ginecologista

psicologicamente. Gostaria, por��m,

afirmou que ela estava gr��vida pois ti-

de saber se esta gravidez seria poss��-

8 confiss��es





vel ou est�� apenas em nossa imagina-

����o. Tamb��m queria que me esclare-

cesse se �� poss��vel uma cirurgia de mu-

dan��a de sexo feminino para o mascu-

lino e se ap��s esta cirurgia poderemos

pensar em ter um filho. Se for poss��vel

pe��o-lhe que me indique quem me

oriente ou possa faz��-la." (Esperan��o-

sa ��� Arraial do Cabo/RJ)

gravidez natural s�� �� conse-

guida mediante a penetra����o do ��rg��o

masculino na vagina da mulher com

ejacula����o, embora existam casos es-

por��dicos de gravidez sem penetra����o

total e outros ainda mais raros sem eja-

cula����o completa. Isto cientificamen-

te, pois o folclore a respeito �� riqu��s-

simo e vez por outra apare��am nos jor-

nais e revistas, casos e mais casos bas-

tante exc��ntricos. 0 fato �� que cienti-

ficamente sem que aja participa����o f��-

sica entre um homem e uma mulher

n��o �� poss��vel a gravidez por via natu-

cientistas e a crian��a �� gerada e "cultiral. De alguns anos para c�� a insemina-

vada".

����o artificial vem alcan��ando grandes

Ap��s o tempo necess��rio ocorre o nas-

resultados, embora ainda seja cedo pa-

cimento. Tamb��m j�� h�� casos na medi-

ra se concluir se ela realmente n��o afe-

cina cient��fica mas tamb��m n��o se co-

ta a crian��a que tenha sido por ela cria-

nhecem os efeitos posteriores sobre a

da. Duas s��o as formas artificiais de se

crian��a. N��o passam de estudos embo-

substituir mecanicamente o contato f��-

ra existam da parte dos cientistas,

sico do homem e da mulher. O primei-

grandes esperan��as para o futuro. Em

ro deles seria com o homem doando

todos os casos, por��m, s��o necess��rios

seu s��men ��� pode ser o pr��prio mari-

o s��men e o ��vulo para que surja a

do ou, no caso dele ser est��ril, de ou-

vida.

tro homem ��� e este s��men �� injetado

N��o houve at�� hoje um caso sequer em

dentro da vagina da mulher. H�� v��rios

que o mero contato f��sico entre duas

casos de crian��as assim geradas algu-

mulheres ou entre dois homens tenha

mas sobrevivendo ��� e bem ��� at�� os

resultado em gesta����o. Por outro lado

dias de hoje, embora tamb��m n��o se

a hist��ria m��dica registra v��rios casos

conhe��am os resultados futuros destas

de gesta����es psicol��gicas, quando o de-

crian��as. A outra forma artificial ou

sejo de engravidar �� t��o intenso que a

cient��fica da concep����o �� o chamado

mulher assume a personalidade, os sin-

beb�� de proveta, quando o s��men do

tomas e a forma de uma gestante ��� al-

homem e o ��vulo da mulher s��o colo-

gumas chegam a completar os 9 me-

cados numa proveta ��� fora, portanto,

ses ��� e quando se aproxima a hora do

do ��tero ��� e l�� s��o unidos em condi-

parto imagin��rio, ela expele uma quan-

����es especiais semelhantes �� do ��tero.

tidade exorbitante de ��gua retida. Pro-

O ��vulo se desenvolve ali dentro com a

vavelmente �� neste estado ps��quico

permanente aten����o e os cuidados dos

que sua companheira se enquadra.

confiss��es 9





Quanto �� cirurgia de revers��o de sexo

feminino para o masculino embora j��

tenha sido tentada, o resultado n��o foi

satisfat��rio, pois o implante n��o conse-

guiu vencer a rejei����o do organismo e

a ere����o nunca foi conseguida. As ex-

peri��ncias cient��ficas est��o suspensas ��

espera de novos horizontes. Em sua

carta, voc�� se refere ao temor de ser

abandonada por sua parceira. N��o co-

meta o erro de pensar que uma crian��a

evitaria este abandono. Ao contr��rio,

dele seria talvez a maior v��tima. Esta

coloca����o �� v��lida para o caso de cogi-

tarem da ado����o de uma crian��a. An-

tes �� preciso que ambas n��o duvidem

dos seus pr��prios sentimentos e dos

sentimentos da outra.

"N��O CONSIGO SENTIR NADA

POR HOMENS. . ."

uma mulher de 29 anos.

atrav��s dela. Procure-a nas bancas, leia-

ainda virgem, porque nunca mantive,

a e escreva o quanto antes. Temos cer-

nem quis manter rela����es com ho-

teza de que ir�� ser de grande valia para

mens. Sempre tive loucura por mulhe-

voc��.

res, sempre senti desejos de ter o calor

de uma delas perto de mim.

J�� fui noiva s�� para testar se eu conse-

guia esquecer as mulheres mas foi in��-

"GOSTO DE UMA PARAN��ICA. . ."

til. J�� tive v��rias amantes mas agora te-

nho uma que me adora. O problema ��

�� que ela n��o �� livre e se fico sem ter

rela����es por 15 dias, fico com dor de

cabe��a insuport��vel. Preciso de algu��m

com uma mo��a h�� alguns

que viva comigo. N��o quero mais an-

anos, mas ultimamente, por falta de li-

dar de uma para outra. N��o quero vi-

berdade em casa, a gente anda meio

ver sozinha." (J. de Souza ��� S��o Pau-

afastada. Preocupa-me o fato dela n��o

lo/SP)

ser muito sadia pois j�� esteve at�� inter-

nada por problemas mentais. Sofreu

tamb��m um bloqueio card��aco e foi-

lhe dito que ela teria poucos anos de

uma revista desta editora

vida. Seus conhecidos afirmam tam-

que cuida especificamente de proble-

b��m que ela �� paran��ica porque na rea-

mas como o seu, de solid��o e de car��n-

lidade a vida dela �� toda uma s��rie de

cia afetiva. Chama-se Ponto de Encon-

mentiras. N��o dei muita import��ncia a

tro e tem se revelado verdadeiramente

todos estes fatos, pois apesar de tudo

fada-madrinha fazendo com que pes-

isto conseguimos ser muito felizes.

soas distantes e solit��rias se encontrem

Acostumada a receber tudo o que quer

10 confiss��es





sem fazer esfor��o, sem trabalhar, vi-

vendo uma vida sem responsabilidade

��� eu mesma jamais lhe neguei algo ���

sinto muita pena dela pois n��o posso

esquecer tudo o que ela passou ao ser

m��e-solteira humilhada e desprezada

pela fam��lia. Ela ��, enfim, uma mo��a

de 25 anos que diz detestar os homens,

n��o suporta o pai e a fam��lia. Gostaria

de me estabelecer com ela mas tenho

grande receio. Temo tamb��m alugar

um quarto para que possamos nos en-

contrar a s��s mas penso que se aconte-

cer algo a ela, n��o terei coragem de en-

frentar o esc��ndalo sendo eu casada e

m��e de filhos menores. N��o quero per-

der minha amiga mas n��o quero tam-

b��m ser desprezada pela sociedade. De-

vo ou n��o me estabelecer com minha

amiga? A gente se quer muito e eu n��o

gostaria de perd��-la. Ajude-me, sim?"

(Taurina Indecisa - Vila Mariana/SP)

em que voc�� se encon-

tra foi criado por sua pr��pria indeci-

sult��rio m��dico. Veja as verdades que

s��o, pois voc�� est�� sofrendo as conse-

est��o por tr��s de sua hist��ria card��aca

q����ncias de tentar sempre conciliar si-

pois quer nos parecer que ela est�� fa-

tua����es irreconcili��veis: quer viver uma

zendo chantagem afetiva com esta

vida familiar rodeada de seus filhos -

doen��a. Procure as fontes que poder��o

que realmente t��m necessidade da pre-

inform��-la bem. Fa��a com que ela ca-

sen��a da m��e ��� e ao mesmo tempo ser

minhe com seus pr��prios p��s. �� a me-

m��e e amante de sua parceira tamb��m

lhor forma de ajud��-la. Assim seu sen-

debaixo de um mesmo teto. Quer ter

timento de solidariedade humana esta-

dois tetos abrigando duas fam��lias e

r�� resolvido. S�� ent��o partir�� para a

n��o deseja que isto se torne fato not��-

solu����o do seu caso afetivo. O proble-

rio. Parece-me que voc�� se debate en-

ma est�� muito complexo para que vo-

tre conservar as apar��ncias*e romper as

c�� tome uma decis��o agora. Espere o

estruturas olhando de frente para a

resultado destas primeiras atitudes.

realidade.

N��o misture os sentimentos e princi-

Pensou bem se o sentimento que nutre

palmente aja de acordo com as raz��es

pela parceira �� mesmo afetivo ou ape-

de seu cora����o e n��o com o julgamen-

nas piedade? Suas palavras demons-

to dos outros.

tram uma preocupa����o maternal para

com ela, quase uma superprote����o

uma vez que n��o colabora para que ela

se afirme como gente e saia desta de-

pend��ncia total em que se encontra.

Procure faz��-la entender que precisa

de um atendimento psicanal��tico para

ver o que pode ser feito para equilibr��-

la e, se poss��vel, acompanhe-a ao con-

confiss��es 11





Homossexualidade





masculina


"A VOLTA DE "VIVER POR VIVER":

"TENHO DE PAGAR PARA OBTER SEXO?"

n��o queria escrever-lhe

lhe escrevi a primeira vez sob o pseu-

novamente. Juro que n��o queria. Sei

d��nimo de "Viver por Viver", sua

quantas pessoas com problemas, talvez

resposta foi realista e de grande valia,

mais graves que os meus, lhe escrevem

pois acordei, pus os p��s no ch��o e vi

e n��o gosto de ocupar as disputadas

que n��o era s�� eu que teria de pagar

p��ginas de Confiss��es Intimas nova-

pra obter sexo, carinho e amor. Co-

mente, visto que j�� tive a primeira car-

mo voc�� mesma disse em suas ��ltimas

ta ocupando grande espa��o no n��mero

palavras: 'Todos pagam, o heteros-

14, do ano passado, desta revista.

sexual, o homossexual. �� correto?

Mas n��o d�� para ag��entar. Eu tenho

N��o. Mas se formos desejar um mun-

sede, eu preciso de uma orienta����o

do maravilhoso, colorido, vamos ficar

sua, pois n��o tenho como resolver o

falando sozinhos". Pois ��. Natural-

problema que ora me aflige. Quando

mente n��o era a resposta que eu, nem

12 confiss��es



ningu��m, quer��a. Entretanto, essa ��

que est�� me corroendo pouco a pou-

a realidade.

co?

�� a�� que est�� o problema. Eu estou

J�� que n��o consigo me sentir atra��do

falando sozinho! Eu ainda n��o conse-

por pessoas da mesma idade minha ou

gui conviver com esta realidade. Eu

mais velhas ��� pois se sentisse atra����o

quero aprender a "pagar", pois preci-por estas n��o estaria falando sozinho

so de carinho, de amor, mas como?

h�� tanto tempo ��� , o jeito ser�� aceitar

N��o consigo, poxa! J�� tentei. Mas a

as exig��ncias dos adolescentes. Caso

ang��stia, a dor no peito, as l��grimas

contr��rio, esse desespero que trago

que rolam pelo meu rosto n��o com-

comigo nunca ter�� fim. 0 que lhe pe-

pensam o amor que tive que pagar.

��o, querida Nina, �� que voc�� me ensi-

Por que isso? Por que n��o consigo

ne, me ensine como aceitar tudo na-

aceitar tudo isso, aceitar essa "sujei-

turalmente, como evitar o arrependi-

ra" naturalmente? Ser�� que todos que

mento, a ang��stia do "depois", do

pagam se sentem assim como eu "de-

"antes" e do "durante". Se eu n��o pois"? N��o creio.

conseguir, haveria um modo de apa-

gar esse desejo pelos adolescentes?

Nina, s�� o fato de eu saber que terei

Por favor, ajude-me". . . ("Viver por de pagar, nem consigo sentir prazer

Viver" - S��o Jos�� dos Campos / S��o

nos momentos de amor, por mais que

Paulo)

eu me esforce, por mais que eu tente

disfar��ar eu n��o consigo esquecer e

deixar de sentir nojo de mim mesmo

por ter que pagar. Noto que s��o ape-

sua carta anterior, publi-

nas os adolescentes, os garotos de

cada na edi����o n �� . 14 de Confiss��es

15 a 19 anos que exigem dinheiro.

Intimas, o jovem leitor (naquela ��po-

Mas s��o destes que eu gosto. S��o es-

c a com 2 2 anos, hoje talvez com 2 3 ) tes garotinhos que t��m a "cuca" va-fez uma comovente narrativa de seu

zia que eu desejo. Um desejo que me

terr��vel desencanto diante da experi��n-

queima a alma, que aumenta a cada

cia homossexual e da explora����o exis-

dia que passa. Eu sei, sei que eles

tente no mundo guei. Em longa res-

n��o t��m intelig��ncia e maturidade

posta, comparamos o modus-vivendi

suficiente pra compreender, aceitar

hetero e homo. Mas, sempre h�� mais

e amar um guei. Mas, e da��? Que

o que dizer.

posso fazer para deixar de gostar des-

ses "monstrinhos"? S�� eu sei a difi-J�� focalizamos aqui a figura desse

culdade que encontro pra desviar os

componente conexo ao mundo homos-

olhos deles quando os vejo pelas ruas,

sexual, o chamado "mich��", "taxy-curtindo suas motocas e as coco tinhas!

boy", "bofe", etec��tera . . . Quando 0 caso que tive com meu primo, e

dizemos que ele �� um componente

que relatei na primeira carta, foi uma

conexo ao mundo homossexual, o

exce����o. Sim, pois apesar dele ser um

termo pode n��o parecer apropriado.

adolescente, j�� possu��a a maturidade

No entanto, �� preciso analisar com

t��o necess��ria para um relacionamento

maior profundidade a figura desse par-

sadio, puro, sem interesses mesqui-

ceiro supostamente profissional. Pare-

nhos.

ce incr��vel que se queira defender

esse personagem t��o criticado, espe-

Mas, tudo bem: eu quero viver com

cialmente pelos pr��prios homossexuais

esta "dura" realidade. Eu quero e te-que dele se servem. Mas uma pesqui-

nho que conviver com ela, mesmo sa-

sa mais ampla e imparcial da situa����o

bendo que ela �� suja e podre. Afinal,

fatalmente levar�� a conclus��es bas-

se eu n��o aceit��-la, quando ter�� fim

tante curiosas.

esta maldita solid��o? Quando ter�� fim

Em primeiro lugar, �� falso o conceito

essas noites vazias, frias, essa ang��stia

de que o personagem do chamado

confiss��es 13



profissional seja um vil��o, um mer-

cen��rio ou explorador. 0 mesmo cri-

t��rio n��o �� aplicado, por exemplo,

��s prostitutas. E nem poderia ocorrer

isso. Os preconceitos se confundem

e torna-se dif��cil estabelecer um pa-

ralelo para dizer quem est�� exploran-

do quem. Ou, para usar o termo cor-

riqueiro, quem est�� corrompendo

quem. �� neste ponto que entra uma

justificativa bastante curiosa: o "mi-

c h �� " (ou profissional, como queiram)

cobra justamente para n��o se sentir

"corrompido" pois, na realidade, ele tamb��m sente prazer no envolvimento

homossexual. Se n��o pelo envolvi-

mento emocional, ao menos pelo rela-

cionamento f��sico. E o dinheiro �� qua-

se sempre a justificativa para cometer

um ato que ele mesmo deseja e at��

procura. N��o se pode dizer que o

"mich��" seja um homossexual abso-

luto - grau 6 na escala Kinsey - ,

mas certamente tamb��m n��o �� um he-

terossexual absoluto (grau zero). Ele

se encontra por qualquer uma das

grada����es de 1 a 5 (veja gr��fico). Por outro lado, a "cobran��a", o pedido de dinheiro pode ser um fator circunstan-cial: trata-se de um rapaz pobre e que

realmente necessita. Mesmo trabalhan-

do, pode-se dizer que 99 por centro

dos jovens passam por grandes apertos

financeiros para poder equilibrar seu

or��amento e ao menos pagar um col��-

gio. Isso n��o significa que os filhinhos

do papai e da mam��e tamb��m n��o

dispensem algum dinheiro para refor-

��ar a mesada, nem sempre suficiente

para o seu estilo de vida. O profissio-

nal da chamada explora����o homos-

sexual n��o existe s�� no Brasil, como

no mundo inteiro, em qualquer parte

do mundo, e at�� mesmo em pa��ses

ricos como Estados Unidos, Alema-

nha, Inglaterra, e t c , embora entre as

na����es superdesenvolvidas a pr��tica

n��o seja t��o comum como entre os

povos subdesenvolvidos. Seria este

um "novo" problema social? N��o ��

novo em nada e nem sempre constitui

um problema social. N��o se pode ge-

neralizar absolutamente nada em ma-

14 confiss��es



teria de comportamento humano, mas

em muitos casos, como foi dito, o

dinheiro s�� serve para justificar um

ato cometido de livre e espont��nea

vontade.

O problema ��, digamos, de conjuntura.

Com ou sem justificativas, o relacio-

namento homossexual sempre existiu

em todas as culturas. Como dissemos

na resposta anterior ao jovem, h�� pes-

soas de todos os g��neros em todas as

classes. Da�� a imprecis��o com que se

rotula o "mich��" como um indiv��-

duo sem car��ter, um simples explo-

rador. H�� aqueles bem intencionados,

que n��o desejam fazer disso uma pro-

fiss��o. Sentem simpatia pelo homos-

sexual e encontram nele um amigo,

algu��m que pode ajud��-lo (n��o s��

financeiramente, como tamb��m dan-

do orienta����o, amizade e companhia).

Estes s��o os que geralmente se adap-

tam a um caso com o homossexual,

preferem levar uma vida em comum,

exatamente como a de um casal he-

terossexual. E incont��vel o n��mero

de casais homossexuais, cuja liga����o ���

ou casamento ��� dura tanto quanto os

hetero. O jovem da carta "Viver por

Viver" tem uma vis��o bastante pessi-

mista com rela����o ao estilo de vida e

ao mundo homossexual. Falta-lhe

experi��ncia, com certeza. E, o que ��

pior, coragem para adquiri-la, enfren-

tando a vida como ela �� e n��o com

lentes multicoloridas. T��o pessimista

que, embora n��o tendo ainda chegado

ao fim da adolesc��ncia (que se comple-

ta at�� os 23 anos, podendo prolongar-

se at�� os 25), ele j�� se considera uma

pessoa "idosa". Muita gente ignora

um fator biol��gico: vem a inf��ncia,

depois a puberdade - entre 10/11 e

13/14, seguindo-se a adolesc��ncia -

entre 14 e 25 anos (per��odo da vida

do homem entre a puberdade e a viri-

lidade) e finalmente a vida adulta, a

maturidade, dos 25 anos em diante.

Diferen��as de idade n��o importam ���

sejam quais forem ��� para o sucesso de

um relacionamento f��sico e emocio-

nal.

O importante, no caso de um adulto

confiss��es 15





vel, talvez n��o possa modificar o jo-

vem que escolheu esse estilo de vida.

Mas pode melhor��-lo, contribuir para

que ele possa descobrir que h�� outros

valores al��m do dinheiro e do bem-

estar exclusivamente f��sico.

Poder�� encaminh��-lo melhor nos es-

tudos, no aprendizado de uma pro-

fiss��o rendosa, sem contudo se dei-

xar dominar pelo sentimento de

posse. Mais cedo ou mais tarde esse

rapaz ir�� abandon��-lo. Mas, certamen-

te levar�� boas lembran��as, algo muito

mais valioso do que o relacionamen-

to f��sico. Ao que fica, restar�� n��o

s�� a lembran��a dos bons momentos

em comum, como tamb��m a certeza

de um trabalho consciente na mis-

s��o de ajudar-se uns aos outros. Afi-

nal, essa �� uma forma muito mais ele-

vada de amor, mesmo que a gratid��o

n��o seja vis��vel por parte do parceiro

jovem. Afinal, ajudar-se uns aos ou-

tros n��o �� s�� mensagem b��blica. O

amor n��o caiu de moda e essa �� uma

de suas formas mais v��lidas. A algu��m

que "cobra" o chamado vil metal,

pague muito mais, com amor, com-

preens��o e carinho.

S�� ent��o voc�� descobrir�� que estes

cobradores n��o s��o t��o "monstrinhos"

como imagina.

Temos a impress��o de que essa mesma

mensagem e oferenda �� a que sempre

esteve contida na inten����o dos in��me-

ros leitores que at�� agora escrevem,

tentando se comunicar com "Viver

por Viver". Assim como o "Atleta

Paulistano", este foi um leitor re-

cordista em cartas e an��ncios no

"Ponto de Encontro", de leitores

que certamente queriam comunicar-

se e dar sua palavra de conforto e

est��mulo. Isso est�� demonstrando,

de qualquer idade que sinta atra����o

comprovando na pr��pria revista, que

exclusiva por adolescentes, �� o grau

ningu��m neste mundo est�� completa-

de maturidade, a lucidez e a maturi-

mente s��.

dade com que enfrentar�� essa ten-

d��ncia irrevers��vel de sua express��o.

E algo que ele n��o pode mudar, mas

pode transformar num fator at�� fa-

vor��vel. O homossexual, via de regra

um amigo compreensivo e inigual��-

16 confiss��es





t�� aos 21 anos fui normal,

qual �� minha doen��a. ��s vezes penso

mas quando jogava malha certo dia,

em mandar minha mulher ter outro ho-

senti uma canseira ao abaixar-me que

mem e penso eu mesmo em arranjar um |

n��o permitiu nem que me levantasse

parceiro para n��o passar tanto vexame

do lugar. Fiquei acamado e quando me

e n��o causar tanta infelicidade a ela ,

levantei s�� consegui andar me escoran-

e aos meus filhos. Que devo fazer?"

do nas paredes. Hoje �� dif��cil urinar,

(O. Anuncia����o - Barueri / SP)

defecar e praticar o ato sexual, pois

s�� tenho ere����o pela manh�� e assim

mesmo apenas no come��o. Minha es-

posa tem que me ajudar a penetrar e

deve compreender que

como a amo muito n��o quero perd��-la.

quando o sofrimento e provocado por

Tiraram-me l��quido da espinha, deram-

doen��a mais o amor se afirma e serve

me muitas inje����es e nunca houve

de alavanca para os c��njuges. Sua es-

melhora, nem ningu��m me explicou

posa deve estar tranq��ila, compreen-

18 confiss��es





PERCO A ERE����O EM MEIO AO ATO".

dendo perfeitamente que �� hora de

neurologista ��� h�� ��timos em S��o Pau-

ajud��-lo. Casa-se para as horas de ale-

lo acess��veis aos dependentes do

gria e de dor e ela, consciente disto,

I. N. A. M. P. S. N��o �� hora de benzi-

tem dado muito de si, da mesma

mentos e sim de preces para que a

forma que voc�� o faria se a situa����o

escolha do neurologista seja acertada,

fosse inversa. Tudo leva a crer que

o diagn��stico correto e o tratamento

seu centro nervoso parassimp��tico p��l-

resulte no al��vio e resolu����o de seu

vico esteja afetado, pois isto resulta-

problema. Para que tudo se resolva

ria em disfun����es como as que voc��

a contento una-se ainda mais a sua

vem apresentando ao urinar, defecar

esposa, seus filhos e acredite no amor.

e desempenhar o ato sexual.

Possivelmente uma les��o ou um tu-

mor seja a causa do problema e isto

deve ser o quanto antes diagnosticado

e tratado. �� urgente que consulte um

confiss��es 19





Emocional


t�� hoje n��o encontrei em sua

revista um problema como o meu. Aos

18 anos, quando tive minhas primeiras

rela����es sexuais, costumava sentir or-

"MINHA VIDA �� UMA

gasmo. Ao ficar gr��vida e sozinha no

mundo decepcionei-me para o resto da

ETERNA F A R S A " . . .

minha vida. Consegui superar a crise

e logo depois que minha filha nasceu

tornei a me apaixonar por um coroa

separado da mulher, do qual tive um

filho que faleceu ao nascer. Como ele

n��o resolvia assumir comigo depois de

20 confiss��es





voc�� sofreu sua primei-

ra experi��ncia dolorosa de amor, em

plenos 18 anos, trancou sua capacida-

de de se doar totalmente a algu��m.

Porque quando se doou doeu muito

profundamente. O orgasmo representa

a doa����o completa, o cl��max da en-

trega total. Como n��o quer mais so-

frer, apagou o orgasmo de sua vida.

Quando pensou que superou a crise,

n��o havia superado. Apenas j�� tinha

tomado a decis��o de nunca mais se

entregar integralmente, a ponto de sen-

tir orgasmo. Acumulou mais frustra-

����o com esta nova uni��o. A perda do

filho e a indefini����o do seu compa-

nheiro, naquela ocasi��o, deixaram-na

ainda mais trancada e resoluta. N��o

cremos que o casamento resolva seu

problema a curto prazo. Poder�� aju-

dar a resolver a longo prazo porque

com a rotina amorosa, muita paci��n-

cia da parte de seu futuro esposo e a

demonstra����o di��ria de que nem

todos os homens s��o iguais, voc�� ve-

rificar�� que vale a pena destrancar seus

sentimentos e dar nova chance para si

mesma de se entregar, amar e atingir

o orgasmo. Mas ser�� uma constru����o

de voc��s dois e n��o apenas do simples

fato de terem casado. O que voc�� n��o

deve �� fingir, simular sensa����es que na

verdade n��o est�� sentindo. �� um mau

h��bito e um mau in��cio de relaciona-

mento. Por que n��o colocar seu atual

companheiro ao par de seu problema

��� inclusive dos fatos de sua vida an-

terior ��� e juntos tentarem resolver o

problema dentro da maior franqueza

4 anos, n��s nos separamos. Nunca sen-

e sinceridade? Como voc�� mesma fri-

ti nada com ele como ali��s vem aconte-

sou, ambos s��o adultos e a chave para

cendo com todos os homens que cru-

resolver as ang��stias est�� com voc��s

zam o meu caminho. N��o dei sorte

dois. O orgasmo �� uma sensa����o

com psiquiatra e meu ginecologista

constru��da, n��o �� autom��tico nem

diz que quando eu me casar o proble-

milagr��ide. Partam ambos, portanto,

ma estar�� resolvido. Finjo sentir sensa-

para esta constru����o.

����es com meu noivo e pe��o-lhe uma

orienta����o se devo ou n��o casar-me

com ele. N��s gostamos bastante um

do outro e j�� somos adultos, pois ele

tem 27 anos e eu 24. Que devo fazer?"

(I. F. - Capital / SP)

confiss��es 21





Sexologia

Analise

seus





sonhos


er��ticos

por Sherry Romeo ���

escritora e colaboradora

dos principais peri��dicos americanos.

tive um sonho

deveras curioso. Nele eu estava louca-

mente apaixonada por uma outra mu-

lher. Est��vamos sozinhas num quarto

e a atra����o que sent��amos uma pela

outra era irresist��vel.

N��o trocamos sequer uma palavra ��� na

verdade eu nunca a vira antes ���, mas

num relance est��vamos nos beijando e

acariciando com um ardor incomum.

Achei seu corpo fascinante. Corri mi-

nhas m��os por sua suave pele aveluda-

da e pelos seus sedosos cabelos longos.

22 confiss��es





Maravilhei-me com a beleza perfeita de

Os sonhos v��o de fantasias sexuais at��

um corpo de mulher. N��o houve uma

assustadoras vis��es de terror. At�� hoje

coisa sequer que tiv��ssemos deixado de

eu n��o tenho feito nada mais que es-

fazer para dar alegria uma para outra.

quecer bem depressa os maus sonhos e

Levamo-nos em sucessivos orgasmos

lembrado carinhosamente dos bons,

at�� que ca��ssemos numa verdadeira fe-

acreditando ser imposs��vel que os ho-

bre de amor.

mens possam interpretar seus pr��prios

Eu sentia prazer em tudo que aconte-

sonhos. Falando francamente, eu an-

cia sem ter um pingo de sentimento de

dava bem c��tica que meus sonhos con-

culpa ainda que, no sonho, eu estivesse

tivessem qualquer revela����o verdadei-

bastante consciente de que nunca ha-

ra. Mas h�� uma an��lise t��cnica dos so-

via feito sexo com outra mulher.

nhos que voc�� pode aprender numa

Quando acabei de voltar de meu so-

sess��o apenas e que pode mudar sua

nho, senti-me como se tivesse experi-

maneira de pensar - como aconteceu

mentado um orgasmo realmente verda-

comigo. Aprendi que, basicamente, to-

deiro.

dos os sonhos, quer tenham fundo se-

Minha vida sexual real era cheia de or-

xual ou n��o, s��o atos criativos com ca-

gasmos intensos e agrad��veis, como ha-

pacidade de resolver nossos problemas.

via acontecido em meu sonho, mas

Esta �� a explica����o dada pela Dra. Eli-

uma grande ansiedade tomou conta de

nor Greenberg, uma sexoterapeuta, di-

mim. Ser�� que o sonho significava que

retora do Instituto de Psicoterapia e

minha mais profunda vontade era fazer

Artes na cidade de Nova Iorque. Ela

amor com outra mulher?

diz que "os sonhos s��o mensagens de

Ser�� que eu era uma l��sbica latente? Se

n��s mesmos enviadas para n��s mes-

tivesse acontecido h�� pouco tempo te-

mos", uma esp��cie de monitor sub-

ria ficado convencida de que meu so-

consciente de como nos sentimos a res-

nho literalmente significava que eu ti-

peito de n��s mesmos. Os sonhos se-

nha desejos secretos por outra mulher.

xuais s��o uma parte importante de

Mas naquela noite simplesmente tratei

nossa vida. Eles revelam inconsciente-

de aproveitar a sensa����o boa e peculiar

mente como nos sentimos sendo, co-

de um ato sexual gratificante. Rapida-

mo somos, seres humanos. Se puder-

mente voltei a adormecer.

mos interpretar nossos sonhos e saber

o que eles est��o tentando nos dizer,

certamente estaremos com capacidade

de melhorar nossa vida sexual.

COMO DEFINIR UM SONHO

Uma vez que os sonhos nos quais esta-

SEXUAL

mos fazendo sexo nem sempre s��o so-

nhos sexuais e por outro lado sonhos

em que nem uma pecinha de roupa ��

tirada podem ser de fundo sexual, co-

acabara de ter um sonho se-

mo �� que se pode perceber a diferen-

xual e dos melhores. Mas absolutamen-

��a? A Dra. Greenberg explica que "o

te n��o se tratava de algo para causar

que separa os sonhos sexuais de um

alarme. Hoje em dia eu sei que cada

punhado de outros tipos de sonhos �� a

homem e cada mulher, ocasionalmen-

sua pr��pria concentra����o nos senti-

te, t��m sonhos homossexuais. Na reali-

mentos de seu corpo. Esta �� a dica pa-

dade, o verdadeiro significado era exa-

ra que voc�� perceba que teve realmen-

tamente o oposto daquilo que eu havia

te um sonho sexual. Por exemplo, se

pensado antes: achar uma outra mu-

voc�� est�� sendo ca��ada por algu��m e

lher ou um outro homem sexy, desej��-

est�� se concentrando na forma de esca-

vel e atraente �� um sinal de que voc��

par deste algu��m antes que ele a ma-

finalmente come��a a se achar sexy, de-

chuque, ent��o se trata de um sonho

sej��vel e atraente tamb��m.

agressivo. Mas se voc�� est�� sendo ca��a-

confiss��es 23





da por algu��m e este fato a deixa exci-

tada e emocionada, ent��o sim, trata-se

de um sonho sexual. "

Enquanto os sonhos de cada pessoa ti-

verem seus s��mbolos pr��prios e signifi-

cados especiais, existem numerosos te-

mas de sonhos de sexo bastante co-

muns.

TEMAS DE SONHOS SEXUAIS

destes temas �� o sonho "ti-

po censura ". De acordo com o ponto

de vista da Dra. Greenberg, �� um so-

nho em que as pessoas fazem qualquer

coisa que elas realmente gostam ou en-

contram algu��m que elas amam ��� o

que significa tirar prazer de uma esp��-

cie de sexo que �� satisfat��ria ��� e de

repente na sua pr��pria consci��ncia,proi-

bi����es e pensamentos como: "Que ser�� que minha mulher (ou m��e) vai dizer

disto tudo?" entra bruscamente em

seu sonho. Estes pensamentos est��o

personificados por uma outra pessoa

que surge repentinamente no sonho e

o interrompe. Se um homem for inter-

rompido por sua m��e, isto pode repre-

sentar que sua m��e est�� pr- ente em

sua mente e o est�� impedindo de con-

seguir a sua satisfa����o.

NEM SEMPRE

t��o impedindo de chegar a uma realiza-

UM SONHO EM

����o total."

QUE ESTEJAMOS FAZENDO

Uma boa sugest��o para o pr��ximo so-

SEXO �� UM

nho deste tipo �� confrontar a pessoa

SONHO SEXUAL.

que o interrompe e dizer-lhe que v��

embora, que esta n��o �� uma hora indi-

cada para que ela esteja ali. Da�� voc��

pode, �� vontade, fazer amor.

Este homem provavelmente tem pro-

Outro tema bastante comum �� o do

blemas no relacionamento com sua

sonho "tipo vitima". Este sonho �� m��e e deve estar em crise com as id��ias

um pouco diferente para o homem e

que ela vem, desde a inf��ncia, tentan-

para a mulher. Esta pode sonhar que

do impingir na cabe��a dele a respeito

seu homem a est�� tratando de uma

de sexo. Pois s��o estas id��ias que o es-

forma fisicamente brutal, ao passo

24 confiss��es





que o homem normalmente sonha que

frustrativo ". Pode ser que apare��a um sua amada o est�� tratando de uma ma-barco e toda vez que ele entra neste

neira emocionalmente brutal.

barco e liga o motor, o barco afunda

ou o motor desliga. Ele pode tamb��m

ter um carro - que �� sempre um s��m-

bolo do nosso eu ��� e alguma coisa

SONHOS INDIRETOS

acontecer com o carro.

Os sonhos s��o o pano de fundo do nos-

so estado corrente de bem-estar. Cada

um de n��s usa seus pr��prios s��mbolos

para representar seus problemas. E co-

vezes s��o menos diretas as

mum um s��mbolo ser comprimido e re-

conota����es sexuais em nossos sonhos.

presentar mais do que um tema. Desta

Um homem pode ter um sonho "tipo

forma, interpretar todos eles num ��n-

confiss��es 25





gulo sexual, ou procurar apenas signifi-

cados sexuais em todos os nossos so-

nhos, pode ser uma forma por demais

simplista de julgar e agir. O sexo pode

estar presente ocasionalmente na es-

trutura do sonho, mas nem sempre. Ao

aplicar a t��cnica que damos a seguir,

lembre-se que ela foi montada para

ajud��-lo a interpretar o significado de

todos os seus sonhos e n��o apenas os

de fundo sexual. Damos tamb��m mais

uma pequena explica����o para que esta

sua an��lise pessoal seja bem sucedida,

porque estas t��cnicas t��m suas ciladas.

Ningu��m �� t��o objetivo quanto a si

mesmo que possa esclarecer todos os

significados. E n��s temos uma tend��n-

cia a escolher aqueles que podemos

aceitar melhor. Tamb��m se seus so-

nhos problem��ticos se tornam piores,

ao inv��s de melhores, ent��o pode ser

hora de consultar um analista.

T��CNICAS DE INTERPRETA����O

f��rmula �� bastante simples e

voc�� pode pratic��-la a s��s ou com um

amigo.

1 o passo: Conte seu sonho em voz alta.

Depois reconte empregando os verbos

no tempo presente. Por exemplo: "Eu

tive um sonho no qual estava perdida-

mente apaixonada por outra mulher"

vem a se tomar: "Eu a estou tomando

em meus bra��os e beijando-a na boca.

Agora estou tocando seus seios. Incli-

no-me para beijar o direito, agora o

esquerdo. .."

2.�� passo: Experimente ver se conse-

gue lembrar a sensa����o exata que teve

assim que acordou do sonho. Estava

excitado? Estimulado? Ansioso? De-

primido ? Apavorado ?

Todas as suas emo����es durante o so-

nho e imediatamente depois de ter

acordado dele s��o de suma importan-

26 confiss��es





cia. A dica para descobrir a sua dispo-

si����o pode ser a lembran��a do cen��rio

em que o sonho se verificou. O dia es-

tava ensolarado ou chuvoso? Se ele se

passou durante a noite, como estava

ela? Escura como um breu, nublada ou

tempestuosa?

3.�� passo: Agora volte ao sonho men-

talmente e assuma um outro papel, de-

sempenhando-o detalhadamente. Este

acesso n��o �� t��o extravagante quanto

possa parecer. Neste tipo de terapia

cada parte do sonho, por menor que

seja, �� considerada uma proje����o da

pessoa que sonha. Ent��o, mesmo que

voc�� esteja presente em seu sonho,

uma outra parte de voc�� pode estar

personificada em outra pessoa, num

carro ou numa casa antiga.

UM SONHO EM QUE

NENHUMA PECINHA ��

T I R A D A PODE

PERFEITAMENTE SER DE

FUNDO SEXUAL.

4.�� passo: Procure fazer trocadilhos,

jogos de palavras e passatempos. Num

de meus sonhos eu fui violentamente

separada de meu amado por um trem,

incapaz de me livrar do carro que cor-

ria em alta velocidade. Na realidade,

sentia que meus pais e outras pessoas

estavam me pressionando a fazer algo

que eu absolutamente n��o queria fa-

zer. Voc�� ficar�� surpreso quando per-

ceber como pode ser t��o arguto e es-

perto em seu sonho. Na vida real n��o

creio que saberia agir da forma que agi

no sonho.

5.�� passo: Se o sonho for fragmentado

ou se voc�� acordou antes do t��rmino

dele, volte a ele e imagine termin��-lo

quando estiver acordada. Crie um final

especial como voc�� desejaria que ele

tivesse terminado.

confiss��es 27





A Dra. Greenberg ressalta que se voc��

ras pr��vias para que seja realmente efi-

foi surpreendido enquanto fazia amor,

ciente. )

voc�� deve terminar o ato sexual em sua

mente enquanto estiver acordado. Se

3 - Imediatamente depois de ter se

havia um edif��cio ou um lugar no so-

acordado, escreva minuciosamente to-

nho que lhe dava medo de entrar, volte

dos os detalhes de seu sonho que voc��

ao sonho e entre. �� menos apavorante

lembra. Comece pelas impress��es mais

fazer isso acordado, mas pode tamb��m

n��tidas, seus sentimentos e pensamen-

revelar-lhe o que voc�� estava tentando

tos mais percept��veis e trabalhe a par-

evitar que acontecesse.

tir deles. Anote tamb��m as palavras, os

estados de espirito e as cores, porque

6.�� passo: Se algo estava faltando em

tudo conta.

seu sonho, ent��o complete-o. Por exem-

plo: suponhamos que voc�� estivesse

4 - N��o se deixe desanimar! ��s vezes

dentro de um carro e este de repente

voc�� come��a a se lembrar de seu so-

estragasse. Voc�� era o passageiro e n��o

nho e subitamente descobre que os es-

o motorista. Pois bem, volte mental-

t�� esquecendo de novo. N��o se preo-

mente ao sonho e seja voc�� o motoris-

cupe, absolutamente! �� perfeitamente

ta. Pergunte a voc�� mesmo ent��o, por

normal. H�� certas ��pocas em nossa vi-

que, em sua vida, voc�� est�� se sentindo

da que temos a tend��ncia de esquecer

passageiro ao inv��s de condutor (aque-

mais os fatos relacionados conosco.

le que exerce o controle).

O esquecimento �� uma maneira de

afastar as coisas que n��s n��o gostamos

ou n��o nos achamos ainda em ponto

de bala para solucion��-las.

PESSOAS QUE N��O SONHAM

5 - Fa��a um di��rio de todos os seus so-

nhos. �� muito interessante e pode lhe

ser de grande ajuda para que voc�� pos-

sa comprovar os progressos que acon-

teceram num certo per��odo de tempo.

Tamb��m lhe dar�� a estrutura necess��-

ria para poder lidar com seus proble-

indiv��duos se queixam

mas.

dizendo que n��o s��o capazes de so-

Interpretar seus sonhos sexuais �� um

nhar. Ao mesmo tempo em que pode

bom caminho para uma vida sexual

ser verdade que algumas pessoas pos-

mais feliz. E com esta t��cnica que voc��

sam sonhar mais do que outras, todos

mesmo pode desenvolver n��o ser�� pre-

sonham. Mesmo os leitores que se sin-

ciso gastar montes de dinheiro ou ler

tam bem lembrando seus sonhos, po-

centenas de livros ou ainda freq��entar

dem tentar p��r em pr��tica estas t��cni-

cl��nicas especializadas em sexo. Por-

cas para tomar seus devaneios ainda

que, simplesmente, tudo est�� dentro

mais reais:

de sua pr��pria cabe��a.

1 - Mantenha sempre na mesinha da

cabeceira uma caneta e um pequeno

bloco de papel. Se n��o puder deci-

frar seus sonhos noturnos, tente ado-

tar o gravador.

2 - Sugestione-se que, pela manh��,

voc�� se lembrar�� de seu sonho por in-

teiro. (Esta t��cnica precisa de 72 ho-

28 confiss��es





l 1

30 confiss��es



i







De: Bons Amigos lançamentos




O Grupo Bons Amigos e o Grupo Só Livros com Sinopses têm o prazer de lançar hoje mais uma obra digital  no formato txt , pdf e epub para atender aos deficientes visuais.   

REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº
32 /1980  

 Revista doada por Adeilton e digitalizada por Fernando Santos
Sinopse:
Excelente revista de educação sexual que teve grandioso sucesso entre as décadas de 70 a 90 do século passado. . Editada pela gráfica Grafipar - Gráfica Editora Ltda-Grupo de Curitiba. Tendo como responsáveis Faissal El-Khatib e Faruk El-Khatib . Redatores Nelson Faria e Nina Fock. Infelizmente não temos o nº01 E nº03 Quem tiver nos envie para digitalizar. Pode ser a cópia xerox Recomendamos !
Lançamento    Só Livros com sinopses e Grupo Bons Amigos:

)https://groups.google.com/forum/#!forum/solivroscomsinopses  


2)https://groups.google.com/forum/#!forum/bons_amigos  


Blog:



Este e-book representa uma contribuição do grupo Bons Amigos e Só livros com sinopses  para aqueles que necessitam de obras digitais como é o caso dos deficientes visuais 

e como forma de acesso e divulgação para todos. 
É vedado o uso deste arquivo para auferir direta ou indiretamente benefícios financeiros. 
 Lembre-se de valorizar e reconhecer o trabalho do autor adquirindo suas obras.

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