todo o Brasil o n��mero 5 de
"Ponto de Encontro" ��� uma
revista para marcar, conquistar
e amar. Al��m de artigos
interessantes, "Ponto de
Encontro" dedica grande parte
ao interc��mbio entre os
leitores. Uma comunica����o
bonita, saud��vel e interessante.
A prop��sito, algumas
considera����es sobre este
interessante interc��mbio
(a correspond��ncia em nossa
Editora �� recorde): �� preciso
que aja, antes de tudo,
muita honestidade. Muitos leitores
se queixam de que escrevem
para quem anunciou e n��o recebem
resposta alguma.
Mesmo recebendo um
consider��vel n��mero de cartas,
os autores do an��ncio devem
ao menos mandar uma
pequena mensagem para todos,
embora seja para explicar
que j�� possui um grande n��mero
de correspondentes. Entre garotas
e rapazes, homens e mulheres,
nesse belo clube do
"Ponto de Encontro", �� preciso
haver lealdade e sinceridade.
��NDICE: 4 - Inicia����o e Timidez
Sexual/6 - Sexualidade Feminina/
8 - Homossexualidade Feminina/
12 - Homossexualidade Masculina/
18 - Sa��de/20 - Emocional/
22 - Depoimento/30 Ponto de
Encontro/33 - Opini��o
Inicia����o
e timidez sexual
"FICO NERVOSO E ESTRAGO T U D O " . . .
"AS GAROTAS N��O ME EMOCIONAM". ..
eu tinha 14 anos era
primeira experi��ncia sexual porque um
mais corajoso para chegar at�� ��s garo-
amigo me arranjou uma garota, por si-
tas e agora que cresci, perdi o jeito.
nal 4 anos mais velha que eu. Ela gos-
Quando uma me d�� bola, fico nervoso
tou, disse que eu era bom de cama e
e estrago tudo. Aos 14 anos tive minha
estivemos juntos mais 3 vezes. Depois
4 confiss��es
disto n��o consegui mais garota nem
e tenho medo que esta curvatura ve-
para namorar. Que' h�� de errado co-
nha a aumentar. H�� alguma cirurgia
migo?" (B. R. S. - S��o Jo��o Del Rei /
para corrigi-lo?" (A. J. de Ara��jo -
MG)
Uberaba / MG)
se trata de ter sido normal
importante num encontro en-
e repentinamente se anormalizado,
tre um homem e uma mulher �� o
meu filho. Voc�� sempre foi normal e
relacionamento afetivo que poder��
ainda ��. Acontece que n��o est�� ��� e
ser criado a partir deste encontro.
nunca esteve ��� bem seguro de sua ca-
0 fato de voc�� se encontrar com uma
pacidade de fazer amizades e conquis-
garota, n��o quer absolutamente dizer
tas, o que prova que mesmo sua pri-
que tenha que sentir uma vontade
meira experi��ncia foi conseguida com
imediata de lev��-la para o ato sexual
a interven����o de um amigo. Partindo
e nem todas as meninas ter��o que
da premissa de que nada h�� de errado
despertar seu apetite sexual. �� hora
em voc�� e que portanto tem tudo para
de voc�� fazer amigos, de se relacionar
amar e se fazer amar, relacione-se
com jovens de ambos os sexos. A es-
normalmente sem a preocupa����o de
colha, as atra����es especiais vir��o mais
conquistar �� primeira vista. Procure
tarde, espontaneamente, sem artificia-
primeiramente pessoas que tenham afi-
lismo, sem situa����o for��ada ou pr��-
nidade com voc��, que gostem do que
estabelecida. Sua timidez tem origem
voc�� gosta, vivam da maneira que voc��
na sua desconfian��a de que seu ��rg��o
vive. Depois tente conversar com gen-
n��o �� normal Engana-se neste ponto.
te que tenha id��ias diferentes das suas,
Outro foco de inseguran��a sua �� pen-
num di��logo franco. Isto �� v��lido para
sar que o impulso sexual seja compul-
rapazes e garotas. Ver�� como, aos pou-
s��rio e obrigat��rio diante de todas as
cos, ir�� se sentir mais seguro e confian-
garotas. Tamb��m neste ponto est�� en-
te, pronto para o amor.
ganado. Tampouco a masturba����o ���
caso n��o esteja sendo for��ada ou in-
terrompida ��� ir�� exercer influ��ncia
"GAROTAS N��O
negativa em sua vida sexual futura, a
ME EMOCIONAM". . .
menos que voc�� a pratique com um
injustificado sentimento de culpa.
O fato de se masturbar com intensi-
dade denota que ainda n��o se sente
apto para partir para um relaciona-
ou um adolescente que come-
mento com o sexo oposto, ent��o
��a a se preocupar com o sexo, embora
pratica o ato solit��rio. Esta evolu����o
saiba que ele n��o �� a ��nica coisa desta
vir�� com o- tempo de uma forma
vida. Preocupo-me porque quando es-
bastante natural. Quanto �� cirurgia
tou perto de uma garota, n��o sinto
peniana, nem pense nisto. Al��m de
emo����o alguma, nem tenho a m��nima
ser muito jovem, a Medicina n��o dis-
inten����o de manter rela����o sexual com
p��e de recursos para diminuir ou au-
ela. Isto �� defeito? Fico numa tremen-
mentar o membro masculino cirurgi-
da timidez quando encontro uma garo-
camente.
ta estranha e n��o sei o que fazer para
acabar com isto. Masturbo-me diaria-
mente e j�� li que isto pode prejudicar
futuras rela����es. N��o sei como parar
com ela. Meu p��nis �� bastante grande
e �� um pouco curvo para a esquerda
confiss��es 5
Sexualidade feminina
"N��O ENCONTRO HOMEM PARA TRANSAR " . . .
6 confiss��es
te experimentou uma decep����o muito
grande, porque seu marido n��o corres-
pondeu, deixando-a frustrada e amar-
gurada, com a impress��o de que amar
um homem n��o vale tanto sofrimento
ecessito de suas palavras por-
e dor. Como teme nova desilus��o, se
que meu comportamento sexual sofreu
vender a casa encerrou tamb��m, tal-
recentemente uma modifica����o. Tenho
vez inconscientemente, a possibilidade
28 anos e h�� um ano e meio meu casa-
de voltar a amar outro homem. Fez
mento dan��ou ap��s 2 anos de dura����o.
disto uma coura��a para se proteger.
Sofri demais pois amava perdidamente
Tentou viver sem amar e n��o conse-
meu marido; resolvi vender minha casa
guiu porque ningu��m que seja jovem
e morar num apartamento sozinha,
e saud��vel, pode abolir o amor de sua
porque n��o tinha filhos. Trabalho com
vida. Na primeira oportunidade cedeu
meu pai, que �� dono de uma casa de
porque se tratava de uma mulher e
com��rcio; �� tarde vou �� universidade e
portanto voc�� se sentia imune ao so-
�� noite curto uma solid��o daquelas.
frimento. Sentiu-se bem porque se en-
Sempre tive um vasto c��rculo de ami-
tregou, se entregou porque estava se-
zade mas me fazia falta algu��m que me
denta de afeto. Sabe que �� uma liga-
desse amor, me apertasse nos bra��os
����o passageira, sem grandes riscos,
e dormisse comigo. Certa noite uma
porque sua amiga, inclusive n��o pre-
amiga casada recentemente cujo mari-
tende abandonar o marido. Vivendo
do viaja muito, convidou-me para sair
assim, voc�� recebe e d�� afeto - embo-
e no final da noite pediu-me que dor-
ra insuficiente se considerarmos a lon-
misse com ela. Aceitei a contra-gosto
go prazo, definitivamente ��� e caso n��o
seus carinhos mas confesso que me sen-
d�� certo, pouco se ressentir��. Pensa
ti menos s��. H�� 4 meses estamos vi-
que est�� a salvo do sofrimento mas
vendo um romance de amor ��s escon-
n��o quer perder seu comportamento
didas e n��o nos consideramos l��sbicas
sexual hetero porque ele tamb��m
porque achamos que nosso relaciona-
lhe trouxe momentos de agrad��veis
mento n��o vai influir na atra����o que
sensa����es, antes do rompimento. N��o
temos pelo sexo oposto. Tenho certeza
deseja abdicar deles para sempre, isto
de que se um homem aparecer na mi-
est�� claro, mas esquece que sempre
nha vida, algu��m que me compreenda
num relacionamento humano, por
e me d�� carinhos, eu serei s�� dele, por-
mais passageiro que ele possa parecer
que quero inclusive ter filhos meus.
criam-se ra��zes, que, quando arranca-
Mas eu adoro minha amiga e embora
das, deixam profundos sulcos. Al��m
n��o tenha sido a primeira mulher da
do mais, �� medida que o tempo pas-
vida dela, sei que ela gosta muito de
sa, mais e mais diminuem as chances
mim. 0 que voc�� acha do nosso com-
de encontrar seu homem, se continuar
portamento? Ser�� que ele n��o vai
ligada �� sua amiga, porque as oportu-
mexer com nossa prefer��ncia? Hoje
nidades n��o surgir��o. Voc�� tem que
penso que minha transa com ela ��
fazer sua op����o consciente e ponde-
porque n��o achei o meu homem; ser��
rada. Um comportamento amb��guo s��
que poderei afirmar isto amanh��?"
poder�� proporcionar sentimentos am-
(Simone - Fortaleza / C E )
b��guos tamb��m.
amou verdadeiramente
um homem ��� seu marido ��� e se de-
pendesse de voc��, estaria casada at��
hoje com ele e seria feliz. Infelizmen-
confiss��es 7
Homosexualidade
feminina
"SOMOS L��SBICAS, QUEREMOS UM F I L H O " . . .
"N��O SINTO NADA POR HOMEM". ..
"GOSTO DE UMA PARAN��ICA".. .
com uma mulher h�� 2
nha todos os sintomas, o que deixou-
anos, amamo-nos intensamente e o
me em d��vida porque, apesar de eu
nosso maior desejo �� termos um filho.
ejacular bastante, sei que isto n��o ��
Nossa rela����o sexual �� bem sucedida e
poss��vel.
praticada de uma maneira que nos sa-
Da segunda vez ela at�� engordou e per-
tisfaz sempre. A menstrua����o dela
deu as formas mas mesmo assim acho
atrasou por duas vezes durante tr��s
que �� o nosso desejo que est�� agindo
meses. Da primeira vez o ginecologista
psicologicamente. Gostaria, por��m,
afirmou que ela estava gr��vida pois ti-
de saber se esta gravidez seria poss��-
8 confiss��es
vel ou est�� apenas em nossa imagina-
����o. Tamb��m queria que me esclare-
cesse se �� poss��vel uma cirurgia de mu-
dan��a de sexo feminino para o mascu-
lino e se ap��s esta cirurgia poderemos
pensar em ter um filho. Se for poss��vel
pe��o-lhe que me indique quem me
oriente ou possa faz��-la." (Esperan��o-
sa ��� Arraial do Cabo/RJ)
gravidez natural s�� �� conse-
guida mediante a penetra����o do ��rg��o
masculino na vagina da mulher com
ejacula����o, embora existam casos es-
por��dicos de gravidez sem penetra����o
total e outros ainda mais raros sem eja-
cula����o completa. Isto cientificamen-
te, pois o folclore a respeito �� riqu��s-
simo e vez por outra apare��am nos jor-
nais e revistas, casos e mais casos bas-
tante exc��ntricos. 0 fato �� que cienti-
ficamente sem que aja participa����o f��-
sica entre um homem e uma mulher
n��o �� poss��vel a gravidez por via natu-
cientistas e a crian��a �� gerada e "cultiral. De alguns anos para c�� a insemina-
vada".
����o artificial vem alcan��ando grandes
Ap��s o tempo necess��rio ocorre o nas-
resultados, embora ainda seja cedo pa-
cimento. Tamb��m j�� h�� casos na medi-
ra se concluir se ela realmente n��o afe-
cina cient��fica mas tamb��m n��o se co-
ta a crian��a que tenha sido por ela cria-
nhecem os efeitos posteriores sobre a
da. Duas s��o as formas artificiais de se
crian��a. N��o passam de estudos embo-
substituir mecanicamente o contato f��-
ra existam da parte dos cientistas,
sico do homem e da mulher. O primei-
grandes esperan��as para o futuro. Em
ro deles seria com o homem doando
todos os casos, por��m, s��o necess��rios
seu s��men ��� pode ser o pr��prio mari-
o s��men e o ��vulo para que surja a
do ou, no caso dele ser est��ril, de ou-
vida.
tro homem ��� e este s��men �� injetado
N��o houve at�� hoje um caso sequer em
dentro da vagina da mulher. H�� v��rios
que o mero contato f��sico entre duas
casos de crian��as assim geradas algu-
mulheres ou entre dois homens tenha
mas sobrevivendo ��� e bem ��� at�� os
resultado em gesta����o. Por outro lado
dias de hoje, embora tamb��m n��o se
a hist��ria m��dica registra v��rios casos
conhe��am os resultados futuros destas
de gesta����es psicol��gicas, quando o de-
crian��as. A outra forma artificial ou
sejo de engravidar �� t��o intenso que a
cient��fica da concep����o �� o chamado
mulher assume a personalidade, os sin-
beb�� de proveta, quando o s��men do
tomas e a forma de uma gestante ��� al-
homem e o ��vulo da mulher s��o colo-
gumas chegam a completar os 9 me-
cados numa proveta ��� fora, portanto,
ses ��� e quando se aproxima a hora do
do ��tero ��� e l�� s��o unidos em condi-
parto imagin��rio, ela expele uma quan-
����es especiais semelhantes �� do ��tero.
tidade exorbitante de ��gua retida. Pro-
O ��vulo se desenvolve ali dentro com a
vavelmente �� neste estado ps��quico
permanente aten����o e os cuidados dos
que sua companheira se enquadra.
confiss��es 9
Quanto �� cirurgia de revers��o de sexo
feminino para o masculino embora j��
tenha sido tentada, o resultado n��o foi
satisfat��rio, pois o implante n��o conse-
guiu vencer a rejei����o do organismo e
a ere����o nunca foi conseguida. As ex-
peri��ncias cient��ficas est��o suspensas ��
espera de novos horizontes. Em sua
carta, voc�� se refere ao temor de ser
abandonada por sua parceira. N��o co-
meta o erro de pensar que uma crian��a
evitaria este abandono. Ao contr��rio,
dele seria talvez a maior v��tima. Esta
coloca����o �� v��lida para o caso de cogi-
tarem da ado����o de uma crian��a. An-
tes �� preciso que ambas n��o duvidem
dos seus pr��prios sentimentos e dos
sentimentos da outra.
"N��O CONSIGO SENTIR NADA
POR HOMENS. . ."
uma mulher de 29 anos.
atrav��s dela. Procure-a nas bancas, leia-
ainda virgem, porque nunca mantive,
a e escreva o quanto antes. Temos cer-
nem quis manter rela����es com ho-
teza de que ir�� ser de grande valia para
mens. Sempre tive loucura por mulhe-
voc��.
res, sempre senti desejos de ter o calor
de uma delas perto de mim.
J�� fui noiva s�� para testar se eu conse-
guia esquecer as mulheres mas foi in��-
"GOSTO DE UMA PARAN��ICA. . ."
til. J�� tive v��rias amantes mas agora te-
nho uma que me adora. O problema ��
�� que ela n��o �� livre e se fico sem ter
rela����es por 15 dias, fico com dor de
cabe��a insuport��vel. Preciso de algu��m
com uma mo��a h�� alguns
que viva comigo. N��o quero mais an-
anos, mas ultimamente, por falta de li-
dar de uma para outra. N��o quero vi-
berdade em casa, a gente anda meio
ver sozinha." (J. de Souza ��� S��o Pau-
afastada. Preocupa-me o fato dela n��o
lo/SP)
ser muito sadia pois j�� esteve at�� inter-
nada por problemas mentais. Sofreu
tamb��m um bloqueio card��aco e foi-
lhe dito que ela teria poucos anos de
uma revista desta editora
vida. Seus conhecidos afirmam tam-
que cuida especificamente de proble-
b��m que ela �� paran��ica porque na rea-
mas como o seu, de solid��o e de car��n-
lidade a vida dela �� toda uma s��rie de
cia afetiva. Chama-se Ponto de Encon-
mentiras. N��o dei muita import��ncia a
tro e tem se revelado verdadeiramente
todos estes fatos, pois apesar de tudo
fada-madrinha fazendo com que pes-
isto conseguimos ser muito felizes.
soas distantes e solit��rias se encontrem
Acostumada a receber tudo o que quer
10 confiss��es
sem fazer esfor��o, sem trabalhar, vi-
vendo uma vida sem responsabilidade
��� eu mesma jamais lhe neguei algo ���
sinto muita pena dela pois n��o posso
esquecer tudo o que ela passou ao ser
m��e-solteira humilhada e desprezada
pela fam��lia. Ela ��, enfim, uma mo��a
de 25 anos que diz detestar os homens,
n��o suporta o pai e a fam��lia. Gostaria
de me estabelecer com ela mas tenho
grande receio. Temo tamb��m alugar
um quarto para que possamos nos en-
contrar a s��s mas penso que se aconte-
cer algo a ela, n��o terei coragem de en-
frentar o esc��ndalo sendo eu casada e
m��e de filhos menores. N��o quero per-
der minha amiga mas n��o quero tam-
b��m ser desprezada pela sociedade. De-
vo ou n��o me estabelecer com minha
amiga? A gente se quer muito e eu n��o
gostaria de perd��-la. Ajude-me, sim?"
(Taurina Indecisa - Vila Mariana/SP)
em que voc�� se encon-
tra foi criado por sua pr��pria indeci-
sult��rio m��dico. Veja as verdades que
s��o, pois voc�� est�� sofrendo as conse-
est��o por tr��s de sua hist��ria card��aca
q����ncias de tentar sempre conciliar si-
pois quer nos parecer que ela est�� fa-
tua����es irreconcili��veis: quer viver uma
zendo chantagem afetiva com esta
vida familiar rodeada de seus filhos -
doen��a. Procure as fontes que poder��o
que realmente t��m necessidade da pre-
inform��-la bem. Fa��a com que ela ca-
sen��a da m��e ��� e ao mesmo tempo ser
minhe com seus pr��prios p��s. �� a me-
m��e e amante de sua parceira tamb��m
lhor forma de ajud��-la. Assim seu sen-
debaixo de um mesmo teto. Quer ter
timento de solidariedade humana esta-
dois tetos abrigando duas fam��lias e
r�� resolvido. S�� ent��o partir�� para a
n��o deseja que isto se torne fato not��-
solu����o do seu caso afetivo. O proble-
rio. Parece-me que voc�� se debate en-
ma est�� muito complexo para que vo-
tre conservar as apar��ncias*e romper as
c�� tome uma decis��o agora. Espere o
estruturas olhando de frente para a
resultado destas primeiras atitudes.
realidade.
N��o misture os sentimentos e princi-
Pensou bem se o sentimento que nutre
palmente aja de acordo com as raz��es
pela parceira �� mesmo afetivo ou ape-
de seu cora����o e n��o com o julgamen-
nas piedade? Suas palavras demons-
to dos outros.
tram uma preocupa����o maternal para
com ela, quase uma superprote����o
uma vez que n��o colabora para que ela
se afirme como gente e saia desta de-
pend��ncia total em que se encontra.
Procure faz��-la entender que precisa
de um atendimento psicanal��tico para
ver o que pode ser feito para equilibr��-
la e, se poss��vel, acompanhe-a ao con-
confiss��es 11
Homossexualidade
masculina
"A VOLTA DE "VIVER POR VIVER":
"TENHO DE PAGAR PARA OBTER SEXO?"
n��o queria escrever-lhe
lhe escrevi a primeira vez sob o pseu-
novamente. Juro que n��o queria. Sei
d��nimo de "Viver por Viver", sua
quantas pessoas com problemas, talvez
resposta foi realista e de grande valia,
mais graves que os meus, lhe escrevem
pois acordei, pus os p��s no ch��o e vi
e n��o gosto de ocupar as disputadas
que n��o era s�� eu que teria de pagar
p��ginas de Confiss��es Intimas nova-
pra obter sexo, carinho e amor. Co-
mente, visto que j�� tive a primeira car-
mo voc�� mesma disse em suas ��ltimas
ta ocupando grande espa��o no n��mero
palavras: 'Todos pagam, o heteros-
14, do ano passado, desta revista.
sexual, o homossexual. �� correto?
Mas n��o d�� para ag��entar. Eu tenho
N��o. Mas se formos desejar um mun-
sede, eu preciso de uma orienta����o
do maravilhoso, colorido, vamos ficar
sua, pois n��o tenho como resolver o
falando sozinhos". Pois ��. Natural-
problema que ora me aflige. Quando
mente n��o era a resposta que eu, nem
12 confiss��es
ningu��m, quer��a. Entretanto, essa ��
que est�� me corroendo pouco a pou-
a realidade.
co?
�� a�� que est�� o problema. Eu estou
J�� que n��o consigo me sentir atra��do
falando sozinho! Eu ainda n��o conse-
por pessoas da mesma idade minha ou
gui conviver com esta realidade. Eu
mais velhas ��� pois se sentisse atra����o
quero aprender a "pagar", pois preci-por estas n��o estaria falando sozinho
so de carinho, de amor, mas como?
h�� tanto tempo ��� , o jeito ser�� aceitar
N��o consigo, poxa! J�� tentei. Mas a
as exig��ncias dos adolescentes. Caso
ang��stia, a dor no peito, as l��grimas
contr��rio, esse desespero que trago
que rolam pelo meu rosto n��o com-
comigo nunca ter�� fim. 0 que lhe pe-
pensam o amor que tive que pagar.
��o, querida Nina, �� que voc�� me ensi-
Por que isso? Por que n��o consigo
ne, me ensine como aceitar tudo na-
aceitar tudo isso, aceitar essa "sujei-
turalmente, como evitar o arrependi-
ra" naturalmente? Ser�� que todos que
mento, a ang��stia do "depois", do
pagam se sentem assim como eu "de-
"antes" e do "durante". Se eu n��o pois"? N��o creio.
conseguir, haveria um modo de apa-
gar esse desejo pelos adolescentes?
Nina, s�� o fato de eu saber que terei
Por favor, ajude-me". . . ("Viver por de pagar, nem consigo sentir prazer
Viver" - S��o Jos�� dos Campos / S��o
nos momentos de amor, por mais que
Paulo)
eu me esforce, por mais que eu tente
disfar��ar eu n��o consigo esquecer e
deixar de sentir nojo de mim mesmo
por ter que pagar. Noto que s��o ape-
sua carta anterior, publi-
nas os adolescentes, os garotos de
cada na edi����o n �� . 14 de Confiss��es
15 a 19 anos que exigem dinheiro.
Intimas, o jovem leitor (naquela ��po-
Mas s��o destes que eu gosto. S��o es-
c a com 2 2 anos, hoje talvez com 2 3 ) tes garotinhos que t��m a "cuca" va-fez uma comovente narrativa de seu
zia que eu desejo. Um desejo que me
terr��vel desencanto diante da experi��n-
queima a alma, que aumenta a cada
cia homossexual e da explora����o exis-
dia que passa. Eu sei, sei que eles
tente no mundo guei. Em longa res-
n��o t��m intelig��ncia e maturidade
posta, comparamos o modus-vivendi
suficiente pra compreender, aceitar
hetero e homo. Mas, sempre h�� mais
e amar um guei. Mas, e da��? Que
o que dizer.
posso fazer para deixar de gostar des-
ses "monstrinhos"? S�� eu sei a difi-J�� focalizamos aqui a figura desse
culdade que encontro pra desviar os
componente conexo ao mundo homos-
olhos deles quando os vejo pelas ruas,
sexual, o chamado "mich��", "taxy-curtindo suas motocas e as coco tinhas!
boy", "bofe", etec��tera . . . Quando 0 caso que tive com meu primo, e
dizemos que ele �� um componente
que relatei na primeira carta, foi uma
conexo ao mundo homossexual, o
exce����o. Sim, pois apesar dele ser um
termo pode n��o parecer apropriado.
adolescente, j�� possu��a a maturidade
No entanto, �� preciso analisar com
t��o necess��ria para um relacionamento
maior profundidade a figura desse par-
sadio, puro, sem interesses mesqui-
ceiro supostamente profissional. Pare-
nhos.
ce incr��vel que se queira defender
esse personagem t��o criticado, espe-
Mas, tudo bem: eu quero viver com
cialmente pelos pr��prios homossexuais
esta "dura" realidade. Eu quero e te-que dele se servem. Mas uma pesqui-
nho que conviver com ela, mesmo sa-
sa mais ampla e imparcial da situa����o
bendo que ela �� suja e podre. Afinal,
fatalmente levar�� a conclus��es bas-
se eu n��o aceit��-la, quando ter�� fim
tante curiosas.
esta maldita solid��o? Quando ter�� fim
Em primeiro lugar, �� falso o conceito
essas noites vazias, frias, essa ang��stia
de que o personagem do chamado
confiss��es 13
profissional seja um vil��o, um mer-
cen��rio ou explorador. 0 mesmo cri-
t��rio n��o �� aplicado, por exemplo,
��s prostitutas. E nem poderia ocorrer
isso. Os preconceitos se confundem
e torna-se dif��cil estabelecer um pa-
ralelo para dizer quem est�� exploran-
do quem. Ou, para usar o termo cor-
riqueiro, quem est�� corrompendo
quem. �� neste ponto que entra uma
justificativa bastante curiosa: o "mi-
c h �� " (ou profissional, como queiram)
cobra justamente para n��o se sentir
"corrompido" pois, na realidade, ele tamb��m sente prazer no envolvimento
homossexual. Se n��o pelo envolvi-
mento emocional, ao menos pelo rela-
cionamento f��sico. E o dinheiro �� qua-
se sempre a justificativa para cometer
um ato que ele mesmo deseja e at��
procura. N��o se pode dizer que o
"mich��" seja um homossexual abso-
luto - grau 6 na escala Kinsey - ,
mas certamente tamb��m n��o �� um he-
terossexual absoluto (grau zero). Ele
se encontra por qualquer uma das
grada����es de 1 a 5 (veja gr��fico). Por outro lado, a "cobran��a", o pedido de dinheiro pode ser um fator circunstan-cial: trata-se de um rapaz pobre e que
realmente necessita. Mesmo trabalhan-
do, pode-se dizer que 99 por centro
dos jovens passam por grandes apertos
financeiros para poder equilibrar seu
or��amento e ao menos pagar um col��-
gio. Isso n��o significa que os filhinhos
do papai e da mam��e tamb��m n��o
dispensem algum dinheiro para refor-
��ar a mesada, nem sempre suficiente
para o seu estilo de vida. O profissio-
nal da chamada explora����o homos-
sexual n��o existe s�� no Brasil, como
no mundo inteiro, em qualquer parte
do mundo, e at�� mesmo em pa��ses
ricos como Estados Unidos, Alema-
nha, Inglaterra, e t c , embora entre as
na����es superdesenvolvidas a pr��tica
n��o seja t��o comum como entre os
povos subdesenvolvidos. Seria este
um "novo" problema social? N��o ��
novo em nada e nem sempre constitui
um problema social. N��o se pode ge-
neralizar absolutamente nada em ma-
14 confiss��es
teria de comportamento humano, mas
em muitos casos, como foi dito, o
dinheiro s�� serve para justificar um
ato cometido de livre e espont��nea
vontade.
O problema ��, digamos, de conjuntura.
Com ou sem justificativas, o relacio-
namento homossexual sempre existiu
em todas as culturas. Como dissemos
na resposta anterior ao jovem, h�� pes-
soas de todos os g��neros em todas as
classes. Da�� a imprecis��o com que se
rotula o "mich��" como um indiv��-
duo sem car��ter, um simples explo-
rador. H�� aqueles bem intencionados,
que n��o desejam fazer disso uma pro-
fiss��o. Sentem simpatia pelo homos-
sexual e encontram nele um amigo,
algu��m que pode ajud��-lo (n��o s��
financeiramente, como tamb��m dan-
do orienta����o, amizade e companhia).
Estes s��o os que geralmente se adap-
tam a um caso com o homossexual,
preferem levar uma vida em comum,
exatamente como a de um casal he-
terossexual. E incont��vel o n��mero
de casais homossexuais, cuja liga����o ���
ou casamento ��� dura tanto quanto os
hetero. O jovem da carta "Viver por
Viver" tem uma vis��o bastante pessi-
mista com rela����o ao estilo de vida e
ao mundo homossexual. Falta-lhe
experi��ncia, com certeza. E, o que ��
pior, coragem para adquiri-la, enfren-
tando a vida como ela �� e n��o com
lentes multicoloridas. T��o pessimista
que, embora n��o tendo ainda chegado
ao fim da adolesc��ncia (que se comple-
ta at�� os 23 anos, podendo prolongar-
se at�� os 25), ele j�� se considera uma
pessoa "idosa". Muita gente ignora
um fator biol��gico: vem a inf��ncia,
depois a puberdade - entre 10/11 e
13/14, seguindo-se a adolesc��ncia -
entre 14 e 25 anos (per��odo da vida
do homem entre a puberdade e a viri-
lidade) e finalmente a vida adulta, a
maturidade, dos 25 anos em diante.
Diferen��as de idade n��o importam ���
sejam quais forem ��� para o sucesso de
um relacionamento f��sico e emocio-
nal.
O importante, no caso de um adulto
confiss��es 15
vel, talvez n��o possa modificar o jo-
vem que escolheu esse estilo de vida.
Mas pode melhor��-lo, contribuir para
que ele possa descobrir que h�� outros
valores al��m do dinheiro e do bem-
estar exclusivamente f��sico.
Poder�� encaminh��-lo melhor nos es-
tudos, no aprendizado de uma pro-
fiss��o rendosa, sem contudo se dei-
xar dominar pelo sentimento de
posse. Mais cedo ou mais tarde esse
rapaz ir�� abandon��-lo. Mas, certamen-
te levar�� boas lembran��as, algo muito
mais valioso do que o relacionamen-
to f��sico. Ao que fica, restar�� n��o
s�� a lembran��a dos bons momentos
em comum, como tamb��m a certeza
de um trabalho consciente na mis-
s��o de ajudar-se uns aos outros. Afi-
nal, essa �� uma forma muito mais ele-
vada de amor, mesmo que a gratid��o
n��o seja vis��vel por parte do parceiro
jovem. Afinal, ajudar-se uns aos ou-
tros n��o �� s�� mensagem b��blica. O
amor n��o caiu de moda e essa �� uma
de suas formas mais v��lidas. A algu��m
que "cobra" o chamado vil metal,
pague muito mais, com amor, com-
preens��o e carinho.
S�� ent��o voc�� descobrir�� que estes
cobradores n��o s��o t��o "monstrinhos"
como imagina.
Temos a impress��o de que essa mesma
mensagem e oferenda �� a que sempre
esteve contida na inten����o dos in��me-
ros leitores que at�� agora escrevem,
tentando se comunicar com "Viver
por Viver". Assim como o "Atleta
Paulistano", este foi um leitor re-
cordista em cartas e an��ncios no
"Ponto de Encontro", de leitores
que certamente queriam comunicar-
se e dar sua palavra de conforto e
est��mulo. Isso est�� demonstrando,
de qualquer idade que sinta atra����o
comprovando na pr��pria revista, que
exclusiva por adolescentes, �� o grau
ningu��m neste mundo est�� completa-
de maturidade, a lucidez e a maturi-
mente s��.
dade com que enfrentar�� essa ten-
d��ncia irrevers��vel de sua express��o.
E algo que ele n��o pode mudar, mas
pode transformar num fator at�� fa-
vor��vel. O homossexual, via de regra
um amigo compreensivo e inigual��-
16 confiss��es
t�� aos 21 anos fui normal,
qual �� minha doen��a. ��s vezes penso
mas quando jogava malha certo dia,
em mandar minha mulher ter outro ho-
senti uma canseira ao abaixar-me que
mem e penso eu mesmo em arranjar um |
n��o permitiu nem que me levantasse
parceiro para n��o passar tanto vexame
do lugar. Fiquei acamado e quando me
e n��o causar tanta infelicidade a ela ,
levantei s�� consegui andar me escoran-
e aos meus filhos. Que devo fazer?"
do nas paredes. Hoje �� dif��cil urinar,
(O. Anuncia����o - Barueri / SP)
defecar e praticar o ato sexual, pois
s�� tenho ere����o pela manh�� e assim
mesmo apenas no come��o. Minha es-
posa tem que me ajudar a penetrar e
deve compreender que
como a amo muito n��o quero perd��-la.
quando o sofrimento e provocado por
Tiraram-me l��quido da espinha, deram-
doen��a mais o amor se afirma e serve
me muitas inje����es e nunca houve
de alavanca para os c��njuges. Sua es-
melhora, nem ningu��m me explicou
posa deve estar tranq��ila, compreen-
18 confiss��es
PERCO A ERE����O EM MEIO AO ATO".
dendo perfeitamente que �� hora de
neurologista ��� h�� ��timos em S��o Pau-
ajud��-lo. Casa-se para as horas de ale-
lo acess��veis aos dependentes do
gria e de dor e ela, consciente disto,
I. N. A. M. P. S. N��o �� hora de benzi-
tem dado muito de si, da mesma
mentos e sim de preces para que a
forma que voc�� o faria se a situa����o
escolha do neurologista seja acertada,
fosse inversa. Tudo leva a crer que
o diagn��stico correto e o tratamento
seu centro nervoso parassimp��tico p��l-
resulte no al��vio e resolu����o de seu
vico esteja afetado, pois isto resulta-
problema. Para que tudo se resolva
ria em disfun����es como as que voc��
a contento una-se ainda mais a sua
vem apresentando ao urinar, defecar
esposa, seus filhos e acredite no amor.
e desempenhar o ato sexual.
Possivelmente uma les��o ou um tu-
mor seja a causa do problema e isto
deve ser o quanto antes diagnosticado
e tratado. �� urgente que consulte um
confiss��es 19
Emocional
t�� hoje n��o encontrei em sua
revista um problema como o meu. Aos
18 anos, quando tive minhas primeiras
rela����es sexuais, costumava sentir or-
"MINHA VIDA �� UMA
gasmo. Ao ficar gr��vida e sozinha no
mundo decepcionei-me para o resto da
ETERNA F A R S A " . . .
minha vida. Consegui superar a crise
e logo depois que minha filha nasceu
tornei a me apaixonar por um coroa
separado da mulher, do qual tive um
filho que faleceu ao nascer. Como ele
n��o resolvia assumir comigo depois de
20 confiss��es
voc�� sofreu sua primei-
ra experi��ncia dolorosa de amor, em
plenos 18 anos, trancou sua capacida-
de de se doar totalmente a algu��m.
Porque quando se doou doeu muito
profundamente. O orgasmo representa
a doa����o completa, o cl��max da en-
trega total. Como n��o quer mais so-
frer, apagou o orgasmo de sua vida.
Quando pensou que superou a crise,
n��o havia superado. Apenas j�� tinha
tomado a decis��o de nunca mais se
entregar integralmente, a ponto de sen-
tir orgasmo. Acumulou mais frustra-
����o com esta nova uni��o. A perda do
filho e a indefini����o do seu compa-
nheiro, naquela ocasi��o, deixaram-na
ainda mais trancada e resoluta. N��o
cremos que o casamento resolva seu
problema a curto prazo. Poder�� aju-
dar a resolver a longo prazo porque
com a rotina amorosa, muita paci��n-
cia da parte de seu futuro esposo e a
demonstra����o di��ria de que nem
todos os homens s��o iguais, voc�� ve-
rificar�� que vale a pena destrancar seus
sentimentos e dar nova chance para si
mesma de se entregar, amar e atingir
o orgasmo. Mas ser�� uma constru����o
de voc��s dois e n��o apenas do simples
fato de terem casado. O que voc�� n��o
deve �� fingir, simular sensa����es que na
verdade n��o est�� sentindo. �� um mau
h��bito e um mau in��cio de relaciona-
mento. Por que n��o colocar seu atual
companheiro ao par de seu problema
��� inclusive dos fatos de sua vida an-
terior ��� e juntos tentarem resolver o
problema dentro da maior franqueza
4 anos, n��s nos separamos. Nunca sen-
e sinceridade? Como voc�� mesma fri-
ti nada com ele como ali��s vem aconte-
sou, ambos s��o adultos e a chave para
cendo com todos os homens que cru-
resolver as ang��stias est�� com voc��s
zam o meu caminho. N��o dei sorte
dois. O orgasmo �� uma sensa����o
com psiquiatra e meu ginecologista
constru��da, n��o �� autom��tico nem
diz que quando eu me casar o proble-
milagr��ide. Partam ambos, portanto,
ma estar�� resolvido. Finjo sentir sensa-
para esta constru����o.
����es com meu noivo e pe��o-lhe uma
orienta����o se devo ou n��o casar-me
com ele. N��s gostamos bastante um
do outro e j�� somos adultos, pois ele
tem 27 anos e eu 24. Que devo fazer?"
(I. F. - Capital / SP)
confiss��es 21
Sexologia
Analise
seus
sonhos
er��ticos
por Sherry Romeo ���
escritora e colaboradora
dos principais peri��dicos americanos.
tive um sonho
deveras curioso. Nele eu estava louca-
mente apaixonada por uma outra mu-
lher. Est��vamos sozinhas num quarto
e a atra����o que sent��amos uma pela
outra era irresist��vel.
N��o trocamos sequer uma palavra ��� na
verdade eu nunca a vira antes ���, mas
num relance est��vamos nos beijando e
acariciando com um ardor incomum.
Achei seu corpo fascinante. Corri mi-
nhas m��os por sua suave pele aveluda-
da e pelos seus sedosos cabelos longos.
22 confiss��es
Maravilhei-me com a beleza perfeita de
Os sonhos v��o de fantasias sexuais at��
um corpo de mulher. N��o houve uma
assustadoras vis��es de terror. At�� hoje
coisa sequer que tiv��ssemos deixado de
eu n��o tenho feito nada mais que es-
fazer para dar alegria uma para outra.
quecer bem depressa os maus sonhos e
Levamo-nos em sucessivos orgasmos
lembrado carinhosamente dos bons,
at�� que ca��ssemos numa verdadeira fe-
acreditando ser imposs��vel que os ho-
bre de amor.
mens possam interpretar seus pr��prios
Eu sentia prazer em tudo que aconte-
sonhos. Falando francamente, eu an-
cia sem ter um pingo de sentimento de
dava bem c��tica que meus sonhos con-
culpa ainda que, no sonho, eu estivesse
tivessem qualquer revela����o verdadei-
bastante consciente de que nunca ha-
ra. Mas h�� uma an��lise t��cnica dos so-
via feito sexo com outra mulher.
nhos que voc�� pode aprender numa
Quando acabei de voltar de meu so-
sess��o apenas e que pode mudar sua
nho, senti-me como se tivesse experi-
maneira de pensar - como aconteceu
mentado um orgasmo realmente verda-
comigo. Aprendi que, basicamente, to-
deiro.
dos os sonhos, quer tenham fundo se-
Minha vida sexual real era cheia de or-
xual ou n��o, s��o atos criativos com ca-
gasmos intensos e agrad��veis, como ha-
pacidade de resolver nossos problemas.
via acontecido em meu sonho, mas
Esta �� a explica����o dada pela Dra. Eli-
uma grande ansiedade tomou conta de
nor Greenberg, uma sexoterapeuta, di-
mim. Ser�� que o sonho significava que
retora do Instituto de Psicoterapia e
minha mais profunda vontade era fazer
Artes na cidade de Nova Iorque. Ela
amor com outra mulher?
diz que "os sonhos s��o mensagens de
Ser�� que eu era uma l��sbica latente? Se
n��s mesmos enviadas para n��s mes-
tivesse acontecido h�� pouco tempo te-
mos", uma esp��cie de monitor sub-
ria ficado convencida de que meu so-
consciente de como nos sentimos a res-
nho literalmente significava que eu ti-
peito de n��s mesmos. Os sonhos se-
nha desejos secretos por outra mulher.
xuais s��o uma parte importante de
Mas naquela noite simplesmente tratei
nossa vida. Eles revelam inconsciente-
de aproveitar a sensa����o boa e peculiar
mente como nos sentimos sendo, co-
de um ato sexual gratificante. Rapida-
mo somos, seres humanos. Se puder-
mente voltei a adormecer.
mos interpretar nossos sonhos e saber
o que eles est��o tentando nos dizer,
certamente estaremos com capacidade
de melhorar nossa vida sexual.
COMO DEFINIR UM SONHO
Uma vez que os sonhos nos quais esta-
SEXUAL
mos fazendo sexo nem sempre s��o so-
nhos sexuais e por outro lado sonhos
em que nem uma pecinha de roupa ��
tirada podem ser de fundo sexual, co-
acabara de ter um sonho se-
mo �� que se pode perceber a diferen-
xual e dos melhores. Mas absolutamen-
��a? A Dra. Greenberg explica que "o
te n��o se tratava de algo para causar
que separa os sonhos sexuais de um
alarme. Hoje em dia eu sei que cada
punhado de outros tipos de sonhos �� a
homem e cada mulher, ocasionalmen-
sua pr��pria concentra����o nos senti-
te, t��m sonhos homossexuais. Na reali-
mentos de seu corpo. Esta �� a dica pa-
dade, o verdadeiro significado era exa-
ra que voc�� perceba que teve realmen-
tamente o oposto daquilo que eu havia
te um sonho sexual. Por exemplo, se
pensado antes: achar uma outra mu-
voc�� est�� sendo ca��ada por algu��m e
lher ou um outro homem sexy, desej��-
est�� se concentrando na forma de esca-
vel e atraente �� um sinal de que voc��
par deste algu��m antes que ele a ma-
finalmente come��a a se achar sexy, de-
chuque, ent��o se trata de um sonho
sej��vel e atraente tamb��m.
agressivo. Mas se voc�� est�� sendo ca��a-
confiss��es 23
da por algu��m e este fato a deixa exci-
tada e emocionada, ent��o sim, trata-se
de um sonho sexual. "
Enquanto os sonhos de cada pessoa ti-
verem seus s��mbolos pr��prios e signifi-
cados especiais, existem numerosos te-
mas de sonhos de sexo bastante co-
muns.
TEMAS DE SONHOS SEXUAIS
destes temas �� o sonho "ti-
po censura ". De acordo com o ponto
de vista da Dra. Greenberg, �� um so-
nho em que as pessoas fazem qualquer
coisa que elas realmente gostam ou en-
contram algu��m que elas amam ��� o
que significa tirar prazer de uma esp��-
cie de sexo que �� satisfat��ria ��� e de
repente na sua pr��pria consci��ncia,proi-
bi����es e pensamentos como: "Que ser�� que minha mulher (ou m��e) vai dizer
disto tudo?" entra bruscamente em
seu sonho. Estes pensamentos est��o
personificados por uma outra pessoa
que surge repentinamente no sonho e
o interrompe. Se um homem for inter-
rompido por sua m��e, isto pode repre-
sentar que sua m��e est�� pr- ente em
sua mente e o est�� impedindo de con-
seguir a sua satisfa����o.
NEM SEMPRE
t��o impedindo de chegar a uma realiza-
UM SONHO EM
����o total."
QUE ESTEJAMOS FAZENDO
Uma boa sugest��o para o pr��ximo so-
SEXO �� UM
nho deste tipo �� confrontar a pessoa
SONHO SEXUAL.
que o interrompe e dizer-lhe que v��
embora, que esta n��o �� uma hora indi-
cada para que ela esteja ali. Da�� voc��
pode, �� vontade, fazer amor.
Este homem provavelmente tem pro-
Outro tema bastante comum �� o do
blemas no relacionamento com sua
sonho "tipo vitima". Este sonho �� m��e e deve estar em crise com as id��ias
um pouco diferente para o homem e
que ela vem, desde a inf��ncia, tentan-
para a mulher. Esta pode sonhar que
do impingir na cabe��a dele a respeito
seu homem a est�� tratando de uma
de sexo. Pois s��o estas id��ias que o es-
forma fisicamente brutal, ao passo
24 confiss��es
que o homem normalmente sonha que
frustrativo ". Pode ser que apare��a um sua amada o est�� tratando de uma ma-barco e toda vez que ele entra neste
neira emocionalmente brutal.
barco e liga o motor, o barco afunda
ou o motor desliga. Ele pode tamb��m
ter um carro - que �� sempre um s��m-
bolo do nosso eu ��� e alguma coisa
SONHOS INDIRETOS
acontecer com o carro.
Os sonhos s��o o pano de fundo do nos-
so estado corrente de bem-estar. Cada
um de n��s usa seus pr��prios s��mbolos
para representar seus problemas. E co-
vezes s��o menos diretas as
mum um s��mbolo ser comprimido e re-
conota����es sexuais em nossos sonhos.
presentar mais do que um tema. Desta
Um homem pode ter um sonho "tipo
forma, interpretar todos eles num ��n-
confiss��es 25
gulo sexual, ou procurar apenas signifi-
cados sexuais em todos os nossos so-
nhos, pode ser uma forma por demais
simplista de julgar e agir. O sexo pode
estar presente ocasionalmente na es-
trutura do sonho, mas nem sempre. Ao
aplicar a t��cnica que damos a seguir,
lembre-se que ela foi montada para
ajud��-lo a interpretar o significado de
todos os seus sonhos e n��o apenas os
de fundo sexual. Damos tamb��m mais
uma pequena explica����o para que esta
sua an��lise pessoal seja bem sucedida,
porque estas t��cnicas t��m suas ciladas.
Ningu��m �� t��o objetivo quanto a si
mesmo que possa esclarecer todos os
significados. E n��s temos uma tend��n-
cia a escolher aqueles que podemos
aceitar melhor. Tamb��m se seus so-
nhos problem��ticos se tornam piores,
ao inv��s de melhores, ent��o pode ser
hora de consultar um analista.
T��CNICAS DE INTERPRETA����O
f��rmula �� bastante simples e
voc�� pode pratic��-la a s��s ou com um
amigo.
1 o passo: Conte seu sonho em voz alta.
Depois reconte empregando os verbos
no tempo presente. Por exemplo: "Eu
tive um sonho no qual estava perdida-
mente apaixonada por outra mulher"
vem a se tomar: "Eu a estou tomando
em meus bra��os e beijando-a na boca.
Agora estou tocando seus seios. Incli-
no-me para beijar o direito, agora o
esquerdo. .."
2.�� passo: Experimente ver se conse-
gue lembrar a sensa����o exata que teve
assim que acordou do sonho. Estava
excitado? Estimulado? Ansioso? De-
primido ? Apavorado ?
Todas as suas emo����es durante o so-
nho e imediatamente depois de ter
acordado dele s��o de suma importan-
26 confiss��es
cia. A dica para descobrir a sua dispo-
si����o pode ser a lembran��a do cen��rio
em que o sonho se verificou. O dia es-
tava ensolarado ou chuvoso? Se ele se
passou durante a noite, como estava
ela? Escura como um breu, nublada ou
tempestuosa?
3.�� passo: Agora volte ao sonho men-
talmente e assuma um outro papel, de-
sempenhando-o detalhadamente. Este
acesso n��o �� t��o extravagante quanto
possa parecer. Neste tipo de terapia
cada parte do sonho, por menor que
seja, �� considerada uma proje����o da
pessoa que sonha. Ent��o, mesmo que
voc�� esteja presente em seu sonho,
uma outra parte de voc�� pode estar
personificada em outra pessoa, num
carro ou numa casa antiga.
UM SONHO EM QUE
NENHUMA PECINHA ��
T I R A D A PODE
PERFEITAMENTE SER DE
FUNDO SEXUAL.
4.�� passo: Procure fazer trocadilhos,
jogos de palavras e passatempos. Num
de meus sonhos eu fui violentamente
separada de meu amado por um trem,
incapaz de me livrar do carro que cor-
ria em alta velocidade. Na realidade,
sentia que meus pais e outras pessoas
estavam me pressionando a fazer algo
que eu absolutamente n��o queria fa-
zer. Voc�� ficar�� surpreso quando per-
ceber como pode ser t��o arguto e es-
perto em seu sonho. Na vida real n��o
creio que saberia agir da forma que agi
no sonho.
5.�� passo: Se o sonho for fragmentado
ou se voc�� acordou antes do t��rmino
dele, volte a ele e imagine termin��-lo
quando estiver acordada. Crie um final
especial como voc�� desejaria que ele
tivesse terminado.
confiss��es 27
A Dra. Greenberg ressalta que se voc��
ras pr��vias para que seja realmente efi-
foi surpreendido enquanto fazia amor,
ciente. )
voc�� deve terminar o ato sexual em sua
mente enquanto estiver acordado. Se
3 - Imediatamente depois de ter se
havia um edif��cio ou um lugar no so-
acordado, escreva minuciosamente to-
nho que lhe dava medo de entrar, volte
dos os detalhes de seu sonho que voc��
ao sonho e entre. �� menos apavorante
lembra. Comece pelas impress��es mais
fazer isso acordado, mas pode tamb��m
n��tidas, seus sentimentos e pensamen-
revelar-lhe o que voc�� estava tentando
tos mais percept��veis e trabalhe a par-
evitar que acontecesse.
tir deles. Anote tamb��m as palavras, os
estados de espirito e as cores, porque
6.�� passo: Se algo estava faltando em
tudo conta.
seu sonho, ent��o complete-o. Por exem-
plo: suponhamos que voc�� estivesse
4 - N��o se deixe desanimar! ��s vezes
dentro de um carro e este de repente
voc�� come��a a se lembrar de seu so-
estragasse. Voc�� era o passageiro e n��o
nho e subitamente descobre que os es-
o motorista. Pois bem, volte mental-
t�� esquecendo de novo. N��o se preo-
mente ao sonho e seja voc�� o motoris-
cupe, absolutamente! �� perfeitamente
ta. Pergunte a voc�� mesmo ent��o, por
normal. H�� certas ��pocas em nossa vi-
que, em sua vida, voc�� est�� se sentindo
da que temos a tend��ncia de esquecer
passageiro ao inv��s de condutor (aque-
mais os fatos relacionados conosco.
le que exerce o controle).
O esquecimento �� uma maneira de
afastar as coisas que n��s n��o gostamos
ou n��o nos achamos ainda em ponto
de bala para solucion��-las.
PESSOAS QUE N��O SONHAM
5 - Fa��a um di��rio de todos os seus so-
nhos. �� muito interessante e pode lhe
ser de grande ajuda para que voc�� pos-
sa comprovar os progressos que acon-
teceram num certo per��odo de tempo.
Tamb��m lhe dar�� a estrutura necess��-
ria para poder lidar com seus proble-
indiv��duos se queixam
mas.
dizendo que n��o s��o capazes de so-
Interpretar seus sonhos sexuais �� um
nhar. Ao mesmo tempo em que pode
bom caminho para uma vida sexual
ser verdade que algumas pessoas pos-
mais feliz. E com esta t��cnica que voc��
sam sonhar mais do que outras, todos
mesmo pode desenvolver n��o ser�� pre-
sonham. Mesmo os leitores que se sin-
ciso gastar montes de dinheiro ou ler
tam bem lembrando seus sonhos, po-
centenas de livros ou ainda freq��entar
dem tentar p��r em pr��tica estas t��cni-
cl��nicas especializadas em sexo. Por-
cas para tomar seus devaneios ainda
que, simplesmente, tudo est�� dentro
mais reais:
de sua pr��pria cabe��a.
1 - Mantenha sempre na mesinha da
cabeceira uma caneta e um pequeno
bloco de papel. Se n��o puder deci-
frar seus sonhos noturnos, tente ado-
tar o gravador.
2 - Sugestione-se que, pela manh��,
voc�� se lembrar�� de seu sonho por in-
teiro. (Esta t��cnica precisa de 72 ho-
28 confiss��es
l 1
30 confiss��es
i
De: Bons Amigos lançamentos
O Grupo Bons Amigos e o Grupo Só Livros com Sinopses têm o prazer de lançar hoje mais uma obra digital no formato txt , pdf e epub para atender aos deficientes visuais.
REVISTA CONFISSÕES ÍNTIMAS Nº32 /1980
Revista doada por Adeilton e digitalizada por Fernando Santos
Sinopse:
Excelente revista de educação sexual que teve grandioso sucesso entre as décadas de 70 a 90 do século passado. . Editada pela gráfica Grafipar - Gráfica Editora Ltda-Grupo de Curitiba. Tendo como responsáveis Faissal El-Khatib e Faruk El-Khatib . Redatores Nelson Faria e Nina Fock. Infelizmente não temos o nº01 E nº03 Quem tiver nos envie para digitalizar. Pode ser a cópia xerox Recomendamos !
Lançamento Só Livros com sinopses e Grupo Bons Amigos:
1 )https://groups.google.com/forum/#!forum/solivroscomsinopses
2)https://groups.google.com/forum/#!forum/bons_amigos
Blog:
Este e-book representa uma contribuição do grupo Bons Amigos e Só livros com sinopses para aqueles que necessitam de obras digitais como é o caso dos deficientes visuais
e como forma de acesso e divulgação para todos.
É vedado o uso deste arquivo para auferir direta ou indiretamente benefícios financeiros.
Lembre-se de valorizar e reconhecer o trabalho do autor adquirindo suas obras.
É vedado o uso deste arquivo para auferir direta ou indiretamente benefícios financeiros.
Lembre-se de valorizar e reconhecer o trabalho do autor adquirindo suas obras.
Abraços fraternos!
Bezerra
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