domingo, 26 de setembro de 2021 0 comentários By: Fred

{clube-do-e-livro} Lançamento : Mediunidade em Geral - Autor Desconhecido - Formatos: Pdf,Txt , epub e mobi

I
Mediunidade em geral

Os grandes reveladores

As grandes religi��es, em sua maioria, foram reveladas
por algu��m e esse algu��m dever�� ter sido pessoa dotada
de faculdade medi��nica. Notadamente, os grandes
profetas, como Isa��as, Elias, Daniel, Eliseu, etc, foram,
de certo modo, m��diuns, isto ��, intermedi��rios entre o
mundo vis��vel e o invis��vel. Eliseu realizava in��meros prod��gios,
semelhantes em tudo aos que encontramos nos
livros de pesquisas ps��quicas. Ele recebeu tal dom atrav��s
de Elias, conforme se l�� em II ��� Reis, importando dizer-
se que Eliseu foi desenvolvido mediunicamente por
aquele. �� evidente que, com o perpassar dos s��culos,
tais fen��menos medi��nicos receberam o toque do maravilhoso.
Via de regra, quanto mais nos distanciamos de
um acontecimento ins��lito, mais o protagonista, desde
que fa��a parte do contexto revelativo religioso, se revestir��
da aur��ola sobrenatural e a imagina����o dos p��steros se
encarregar�� do resto.

Mois��s foi poderos��ssimo m��dium, atrav��s de quem
se manifestava habitualmente um esp��rito de inexced��vel
autoridade, caracteristicamente condutor espiritual de um
povo. A mensagem transmitida por Moises, ora se nos afigu



ra crudel��ssima, como aquela que determinava a pr��tica do
her��m (I Sam. 15,3), isto ��, exterm��nio total do inimigo,
n��o podendo poupar ningu��m, nem mesmo animais; ora,
revelava ador��vel mansid��o. No alto do Sinai, em escrita
direta (pneumatografia) diz: "N��o matar��s". Em descendo
�� plan��cie, Mois��s sofre compuls��o de for��as inferiores
e manda matar milhares de hebreus!

Maom��, fundador do islamismo, era tamb��m m��dium
e, como no-lo mostra Allan Kardec, entrava em transe
at�� mesmo quando estava em cima de um camelo. Coloquiava
e recebia ensinamentos de uma entidade de luz
que, a seu ver, era o anjo Gabriel, que, por sinal, havia j��
se manifestado a Daniel, Zacarias e Maria.

Leia-se a B��blia dos M��rmons e verificar-se-�� que o
seu fundador, Josef Smith, viu "uma luz aparecer no seu
aposento e foi aumentando", at�� tornar-se um esp��rito
densificado, vis��vel, que se identificou como sendo Moroni,
um enviado de Deus.

Vejamos uma religi��o mais atual e, sem d��vida, bela
como a Sei-Cho-No-le: O seu revelador. Masaharu Taniguchi
�� nada mais que um m��dium psic��grafo sublimado,
com a diferen��a que, tal qual ocorre em casos semelhantes,
ele atribui as mensagens ao Esp��rito Santo que.desta
forma, produz forte efeito carism��tico, permitindo mais
facilmente fundar-se uma religi��o.

O pr��prio mazdeismo contido no Zend Avesta foi resultado
de fen��meno de transporte, vis��o, clariaudi��ncia
de Zoroastro, m��dium de alto potencial que estaria a merecer
que estudiosos espiritas se detivessem a estud��-lo
e conhec��-lo melhor.

Quem, pois, examinar com aten����o a B��blia, verificar��
ser ela empolgante reposit��rio de fatos paranormais e


esp��ritas, a tal ponto que em 1 Samuel 9,9 se l��: "Antigamente
em Israel todo o que ia consultar a Deus dizia
assim: Vinde, vamos ter com o vidente, porque aquele
que hoje se chama profeta, se chamava vidente". Por
isso o exegeta, Pe. Frei Ludovico Garmus obtempera que

o profeta era tamb��m designado pelo nome ro'eh que
quer dizer vidente ou hozeh que quer dizer vision��rio (1).
A mediunidade est�� para a religi��o como a escavadeira
de barro est�� para a olaria: em suma �� o aparelho
ou instrumento com que retira do meio pr��prio o material,
material este com o qual as criaturas chamadas te��logos,
mestres, doutores da lei, muftis, br��manes, etc.
erguem o edif��cio da f��, adicionando-lhe a tend��ncia da
ra��a, a voca����o pessoal e, tantas vezes, interesses de
grupos ou nacionalidades.

A mediunidade e o cristianismo

Onde a mediunidade se nos mostra mais n��tida �� durante
o minist��rio do Cristo. A pr��pria escolha dos ap��stolos
parece ter considerado valores medi��nicos. A escolha
se revela repentina como numa leitura ��urica. N��o parecem
pessoas habilitadas para miss��o t��o importante.
Quando a mediunidade dos escolhidos se desenvolveu
plenamente, com a l��ngua de fogo penetrando-lhe o chacra
coron��rio, desandaram a falar l��nguas estranhas, fen��meno
classificado como de xenoglossia. a ponto de terem-
nos julgados b��bados. Parece-nos que Pedro devia
ser m��dium de efeito f��sico, pois, na sua presen��a os cadeados
se abriam e ele se encontrava na transfigura����o
no Monte Tabor, em que Elias e Mois��s se densificaram
em nosso n��vel. Paulo foi m��dium, a princ��pio conturbad��ssimo,
movido talvez por esp��ritos inferiores e agres



sivos, que o levavam a ca��ar crist��os. A maravilhosa
cena que se passou na Estrada de Damasco �� medi��nica:
v�� e ouve vozes. Quem desenvolveu e orientou a
sua mediunidade foi Ananias, conforme relato evang��lico.
A igreja primitiva era simplesmente uma "ecclesia",
assembl��ia, reuni��o, com acentuado mediunismo, o que
levava o ap��stolo Paulo a aconselhar: "segui a caridade,
contudo aspirai aos dons espirituais, por��m sobre todos
ao de profecia" (1-Cor��ntios 14).

A mediunidade em toda parte

Nas ci��ncias, na pintura, na poesia, na escultura,
na m��sica, a mediunidade sempre esteve presente. Principalmente
entre os abor��genes a mediunidade se abria
para que os guias espirituais pudessem proteger tais povos.
Uma carta de Manoel da N��brega descreve-nos ritos
amer��ndios, em que o paj�� se nos revela em transe,
curando e aconselhando homens, mulheres e crian��as.
Que outra coisa n��o era a c��lebre pitonisa de Delfos, sen��o
m��dium, or��culo que orientou condest��veis de todas
as na����es do mundo antigo?

Os povos antigos podiam n��o ter id��ia de Deus. mas
raramente deixaram de cultuar os seus mortos. Na opini��o
abalizada de Hern��ni Guimar��es esse contacto
mais convincente se dava em condi����es ideais, pois que as
cavernas eram escuras e os fen��menos de materializa����o
ectopl��smica, portanto com efeitos luminosos, mais
facilmente presenci��veis. Schumann ouvia transcri����es
inteiras musicais e Dante, sem d��vida, se desdobrava.

Todos os m��diuns s��o iguais?

Mediunidade quer dizer faculdade de se colocar en



tre os dois planos: o material e o espiritual. O m��dium ��,
pois,, intermedi��rio ou medianeiro. Costumam os guias
dizer que o m��dium �� semelhante �� tomada el��trica, que
permite que a energia que nos circunda possa acender
uma l��mpada. O Mundo dos Esp��ritos �� uma realidade e
de que forma conhec��-lo sem esse instrumento de liga����o?


No que tange, por��m, �� efici��ncia poder��amos comparar
a mediunidade ao chamado ouvido dotado para a
m��sica. Encontramos muitas pessoas que possuem ouvido
musical, mas cada uma revelar�� determinado alcance
e possibilidades. N��o bem isto, mas se situar�� em faixa
individual e t��pica, donde falharmos nas generaliza����es.

Por que n��o falar diretamente com Deus?

Na Terra chamamos a isto de hierarquia e, numa reparti����o,
seremos atendidos pelo funcion��rio destacado
para aquele tipo de relacionamento. Este problema em
��mbito espiritual tornar-se-ia compreens��vel se estud��ssemos
as leis de correspond��ncia, como v��m claramente
expostas no Kaibalion, que nos transmite os princ��pios do
hermetismo no tocante aos diversos planos: os peixes,
que vivem no seu plano aqu��tico, podem se comunicar
com os homens mas ter��o mais facilidade de pratic��-lo
com os seus semelhantes peixes, depois com algum anf��bio
e, assim por diante, alargando a ��rbita de conhecimento,
para que a luz total n��o lhes venha produzir perturba����o
ou cegueira (2).

Quem somos n��s para falar com Deus face a face?

Deus �� usina geradora do cosmos e que de maneira
n��s. miser��veis filamentos, mais finos que o fio de cabelo,
o suportar��amos diretamente transitando em n��s? E,


por isso, que Deus vai sofrendo redu����o, passo a passo,
como os transformadores el��tricos nos postes de ilumina����o
das nossas ruas, para que a nossa sala se ilumine
e a m��quina de lavar roupa funcione e n��o se queime.
Nosso protetor espiritual, pois, tem algo de Deus, quando
nos ensina o caminho do bem, da sabedoria e da luz,
apropriando a sua linguagem �� indig��ncia da nossa intelig��ncia.
Cesar Lattes iria ensinar no Mobral ou enviaria
algu��m, em seu nome, para a alfabetiza����o da massa? E,
no n��vel evang��lico, ainda somos menos do que alunos do
Mobral c��smico.

Que fazer com
nossos irm��os sofredores?

Jesus, na Terra, n��o construiu um tabern��culo e se
meteu nele para coloquiar com anjos e eleitos, mas freq��entou
todos os lugares e conviveu com toda sorte de
gente. A mediunidade tamb��m pode ser destacada para
servir ��queles que se encontram desorientados no Al��m,
sem vis��o, necessitando dos ��rg��os emprestados de um
m��dium para perceberem o pr��prio estado. Essa �� uma
tarefa denegrida por todos aqueles que constru��ram as
suas torres de marfim e vivem nela, considerando-se a si
pr��prios valores de alta hierarquia! Mas apenas perguntamos:
Quem, perdendo a vista de repente, n��o gostaria
de encontrar um irm��o humilde que o ajudasse a atravessar
a rua movimentadissima, at�� atingir o Hospital pr��prio?
Ou. em nome de que superioridade religiosa ou filos��fica,
sacudir��amos os ombros, passar��amos reto, rumo
ao Pal��cio dos Encantados, dizendo: "S��o estes cegos
infelizes, pecadores, atrasados, express��es bar��nticas e
possivelmente agressivas, que nos sujar��o o fato alvlni



tente. Deixemo-los. N��o os incomodemos. Nem permitamos
que nos incomodem!"

A mediunidade quando ativada por Jesus e, portanto,
evangelizada, torna-se o instrumento apostolar dos
novos tempos, difusa e popularizada, reeguendo os prostrados
e iluminando o caminho dos desorientados.


II

Aperfei��oamento do m��dium

Um ser constitutivamente dif��cil

Geralmente quando encontram um cidad��o dotado
de faculdade medi��nica, colocam-no logo numa fort��ssima
corrente magn��tica e esp��rita, a qual rompe a sua
defesa natural som��tica, tornando-o m��dium desenvolvido
da noite para o dia. Ora, m��dium n��o �� biscoito, cuja
massa se leva ao forno ardente e se tira j�� pronto para
servi-lo �� mesa, atendendo os diversos paladares!

M��dium, tamb��m, n��o �� t��o somente um instrumento
indiferente, impass��vel como o viol��o que nada reclama
se aparece um jo��o-ningu��m qualquer e o "arranha".
M��dium ��, de fato, instrumento, mas o instrumento
mais original e ��mpar que Deus produziu, pois que �� vivo.
N��o �� vivo simplesmente como foca amestrada, mas vivo
consciente e respons��vel! Logo, (entendam bem isto)
quando o espirito for toc��-lo, para comunicar-se, a alma
do m��dium tocar�� junto. Dai que o som da transmiss��o
medi��nica nunca seja pura. Imagine, o leitor, como seria
curioso se toc��ssemos um viol��o que tivesse capacidade
de dizer sim e n��o, manifestando, no meio do solo musical,
a sua prefer��ncia, opondo-se a que o musicista tocasse
"Thais" de Massenet, exigindo que executasse
"Luar do Sert��o"! Ou, ent��o, imaginemos um viol��o com


livre arb��trio e que, no melhor da festa, resolvesse quebrar
tr��s das suas seis cordas! Ou, ainda melhor, um viol��o
que pudesse afinar e desafinar sozinho?!

Eis que o m��dium se assemelha a este estranho instrumento
que pode interferir na comunica����o ou dificult��-
la.

Aprimoramento instrumental

Tudo que �� espiritual se op��e de certo modo a for
mulas, diagramas e paradigmas, porque esp��rito �� vida e
vida �� movimento. "Se �� verdade ��� diz Edgard Armond

��� que n��o se pode for��ar a eclos��o das faculdades medi��nicas
porque isso depende de amadurecimento espont��neo
e oportuno, n��o �� menos certo que se pode e
se deve aperfei��oar e disciplinar tais dotes para se obter
resultados mais favor��veis". O aperfei��oamento do m��dium
deve ser integral mas, por imperativo pr��tico, podemos
coorden��-lo assim:
Sublima����o - edifica����o interior, ascens��o espiritual,
evangeliza����o.

Cultura ��� conhecimentos gerais, artes, letras e
ci��ncias.

T��cnica ��� conhecimento e pr��tica da mediunidade,
leitura, aprendizagem, cursos, trabalho, controle de
emotividade, elimina����o de reflexos.

A sublima����o

Antes de qualquer coisa o m��dium precisa endireitar-
se a si pr��prio; ao menos tem de lutar neste sentido,
dando combate sem tr��guas aos desequil��brios. Dir��amos
que o m��dium �� semelhante a um bal��o destes vistosos


das festas juninas. O primeiro passo �� sustentar o bal��o
de p��, direito e n��o penso. Acende-se-lhe a mecha. N��o o
largamos ainda; exercemos-lhe controle at�� senti-lo em
condi����es de superar as dificuldades. Ai ent��o largamolo.
O bal��o se liberta das suas amarras e sobe. Isto chama-
se ascens��o ou sublima����o. Quanto mais se eleva,
mais ampla �� a paisagem e o entendimento da vida. O
m��dium, tamb��m, quanto mais se sublima mais entendimento,
paci��ncia e compreens��o possui e mais apto se
encontra para receber as mensagens do Alto.

Se soltamos o bal��o de repente, sem prepar��-lo, ele
corre o risco de vacilar, indo de um a outro lado, em horizontalidades.
Para que a ascens��o seja vertical importa
que se eleve rumo ao z��nite.

Assim, tamb��m, o m��dium tem de se libertar das
amarras terrenas mas tem de ligar-se a um ponto fixo no
alto, a Deus e, principalmente, ao divino Mestre Jesus.
Em regra, os m��diuns que n��o se evangelizam ou, de
alguma sorte n��o se espiritualizam, est��o sujeitos a
terr��veis quedas e desenganos.

A cultura

A pessoa erradamente sup��e que, sendo dotada de
mediunidade, n��o necessita de mais nada e raciocina
assim: "Eu sou um instrumento passivo e minha miss��o ��
entregar-me aos guias espirituais para que escrevam pela
minha m��o ou falem pela minha boca. Portanto, n��o preciso
aprender nada".

Isto �� fruto de equivoco tremendo do que seja a
mediunidade, pois os m��diuns t��m necessidade de burilamento.
Neste ponto poder��amos tamb��m dar um exemplo:
Eis um maravilhoso piano de meia cauda e, sentado


na banqueta, o grande pianista Liszt. Ele se adianta �� nossa
curiosidade e diz-nos: "Os grandes protetores da m��sica
me escalaram para, nesta noite, prodigalizar aos ter-
ricolas um grande concerto..." Liszt come��a a execu����o
e vemo-lo suar, fazer caretas, afligir-se. A melodia chega-
nos ao ouvido truncada e os acordes incompletos. Na
sala estrugem vaias e apupos: "Fora seu mistificador.
Nunca fostes Liszt, mas um esp��rito enganador e mentiro-_
so!" O pianista que era mesmo Liszt, deixa a sala e chora!

Que aconteceu?!
Simplesmente o seguinte: O piano, embora vistoso e
de marca famosa, estava sem feltro, porque os ratos o
roeram; os martelinhos sem el��stico, por ressecamento;
as cordas enferrujadas e impercut��veis. Nem Santa Cec��lia
conseguiria tocar naquele instrumento.
Eis o drama que se passa entre o esp��rito comunicante
e o m��dium transmitente. Como Rui Barbosa poder��
expressar-se atrav��s de quem mal conhece a cartilha
escolar? Onde o esp��rito de Oswaldo Cruz discorreria sobre
epidemias com precis��o terminol��gica?
Pode acontecer de um m��dium semiletrado transmitir
produ����es de elevada import��ncia liter��ria ou em
idioma absolutamente estranho ao aparelho medi��nico:
mas isto n��o �� a regra. Quando ocorre �� porque, em sua
vida pregressa, o m��dium teve experi��ncias em tais setores
do conhecimento, guardando, pois, elementos dispon��veis
em seu perisp��rito. A c��lebre m��dium Rosemary,
atrav��s da qual se manifestava Lady Noona, em l��ngua
eg��pcia arcaica, tinha em antiqu��ssima encarna����o vivido
no Egito. Andrew Davis, cuja profiss��o era a de sapateiro,
grosseir��o e inculto, falava em hebraico, quando nele se
incorporava o espirito do c��lebre Swedenborg, fato con



ferido pelo Dr. George Bush, professor de hebraico da
Universidade de Nova York. Edgar Cayce fazia diagn��sticos
observando rigorosamente terminologia m��dica e
deixou 30.000 exames para a "The Association for Ressearch
and Enlightnment Inc." para pesquis��-las. Acontece,
por��m, que, conforme as suas pr��prias revela����es,
ele em exist��ncia pregressa foi m��dico (3).

A t��cnica

Note-se que antigamente a medicina era exercida
pelos barbeiros aptos a fazerem sangrias. O m��dium emp��rico
de hoje poder��, no futuro, vir tamb��m a ser antes
preparado para o exerc��cio de posi����o t��o sublime. A t��cnica
se refere �� aplica����o pr��tica das suas faculdades.
Que significa uma aproxima����o e como identificar a sua
qualidade flu��dica? Qual �� a rela����o entre o guia principal
e o m��dium? Emmanuel e Chico Xavier? De que forma
disciplinar-se mesmo sendo inconsciente? Localiza����o
dos chacras, fun����o de cada um e import��ncia das correntes.


No entanto, nem de longe pensarmos em uniformiza����o.
Estejamos prontos para entender a resposta que
Chico Xavier deu aos que lhe perguntavam: "Importa que
utilizemos nestes assuntos a n��o-inflexibilidade, uma
atitude que n��o �� flexibilidade e nem �� inflexibilidade
(4).

Burilamento do m��dium ���
visto por um espirito de luz

M��diuns e mensageiros

Em torno dos m��diuns e dos encargos que lhes


dizem respeito recorramos a imagens simples da vida
para considerar a import��ncia do burilamento medi��nico
ante as manifesta����es espirituais:

o escritor mais em��rito n��o compor�� sequer uma
p��gina atirando a esmo as letras do alfabeto;
o navegador mais experiente n��o realizar�� a
travessia do oceano numa embarca����o de papel;
o professor mais s��bio n��o conseguir�� fornecer
ao disc��pulo qualquer diploma, em determinado
setor profissional, de uma semana para outra;
o engenheiro mais competente n��o erguer��
constru����o s��lida sobre areias movedi��as.
Assim tamb��m na ��rea dos Mensageiros da Vida

Superior e dos medianeiros amigos encarnados na
Terra.
Incentivaremos a descoberta e a forma����o de

m��diuns para enriquecer os sistemas de interc��mbio
entre o Plano Espiritual e o Plano F��sico, mas n��o
nos esque��amos de que, se os m��diuns n��o estudam,
melhorando as pr��prias condi����es de receptividade; se
n��o adquirem fortaleza para suportarem valorosamente
os golpes da cr��tica; se n��o entesouram paci��ncia
a fim de se adestrarem no servi��o medi��nico,
dia por dia, m��s a m��s e ano a ano; e se n��o largam o
terreno falso da d��vida sem proveito �� muito dif��cil a
execu����o da tarefa de eleva����o a que foram chamados,
de vez que sem recursos de trabalho e preparo,
abnega����o e aperfei��oamento, a obra da educa����o
em qualquer lugar se faz praticamente imposs��vel.

(Do livro "Mais Luz" ��� Francisco C��ndido Xavier ���
pelo espirito de Batu��ra ��� Editora GEEM) .


Ill

O m��dium por dentro

��Por que sou m��dium?��

Eis uma pergunta que, ami��de, nos �� feita e que n��o
�� f��cil responder. Sabemos que determinada pessoa tem
mediunidade, todavia, outra coisa �� dizer porque ela ��
m��dium. Que �� que ela tem que outras pessoas n��o possuem?


Sem d��vida, e isto nos atrapalha muito, muitas pessoas
falar��o sobre mediunidade e cada uma se colocar��
em determinada posi����o, em virtude da sua f��, do seu
materialismo, dos seus interesses e da sua ignor��ncia,
definindo o m��dium de maneira apaixonada, depreciativa
ou cientificamente fria; ou ent��o, tendendo a enquadr��-lo
como santo e mission��rio.

Assim, neste cap��tulo, pedimos licen��a para esclarecer
a mediunidade partindo de uma hip��tese de trabalho,
sem preju��zo de outras explica����es talvez mais inteligentes
do que a nossa.

A nosso ver, a mediunidade prov��m de desfocagem
do corpo perispiritual, em rela����o ao corpo carnal. Todos
os homens possuem o corpo carnal e o corpo perispiritual;
com o primeiro vivemos na Terra e ele �� feito de terra
e, com o segundo, vivemos no Al��m, com cuja natureza
hiperf��sica ele se relaciona (5).


Como seres de carne e osso, o nosso corpo perispiritual
se encontra totalmente mergulhado no corpo f��sico,
donde a express��o estar "en-carnado". Quando morremos,
esse corpo perispiritual abandona o corpo f��sico e
dizemos que o ser des-encarnou.

Existem criaturas especiais, que transitam na Terra,
cujo corpo perispiritual n��o fica bem en-carnado, projetando-
se para fora do corpo carnal. Este ser vive e participa
de dois mundos: o mundo vis��vel e o mundo invis��vel.
Com a parte perispiritual projetada, v��, ouve e se entende
com entidades espirituais, em virtude da lei de correspond��ncia
de que j�� falamos; com a parte f��sica tem sua
exist��ncia normal na face da Terra. Antoinette Bourdin
escreveu, no s��culo passado, um excelente livro com o
nome "Entre dois Mundos", t��tulo adequado a quem
queira definir a posi����o do m��dium.

Referindo-se ao extraordin��rio m��dium Andrew Davis,
observa Conan Doyie: "A raz��o disto talvez seja que

o corpo et��rico ou espiritual, que possui os mesmos ��rg��os
que o f��sico, esteja total ou parcialmente desprendido
e registra a impress��o".
Encontramos na obra Doutrina Esp��rita, de Gustave
Geley., um t��pico que, de certo modo, corrobora nossas
afirma����es: "A mediunidade �� a descentraliza����o
dos princ��pios constitutivos do m��dium". Por outro lado,
Albert de Rochas, estudando a exterioriza����o da sensibilidade
acentuou: "�� de se admitir a exist��ncia, no corpo
humano, de uma for��a... que serve, ��s vezes, para p��r-
nos em comunica����o com os seres cuja natureza ignoramos"
(6).


O m��dium �� um ser privilegiado?

Ele �� ser duplamente equipado, que tem o privil��gio
de perceber aquilo que �� vedado ao homem comum; todavia,
por isso mesmo �� mais respons��vel e possui obriga����es
mais severas a cumprir. Durante toda a sua exist��ncia,
todos os dias, ele deve ler o livrinho "Conduta Espirita"
��� ditada por Emmanuel atrav��s de Chico Xavier.

Por que, no entanto, um homem nasce assim ou se

lhe desenvolve esse dom?

Na importante obra medi��nica ditada por Andr�� Luiz
e denominada "Mecanismos da Mediunidade", o autor
nos explica que o esp��rito encarnado ou desencarnado
provoca desequil��brios a que denomina descompensa����o
vibrat��ria. Em virtude dessa descompensa����o vibrat��ria
d��-se certa destocagem entre o corpo carnal e o
perispiritual. Interessante �� que o fen��meno pode ocorrer
em virtude de duas causas completamente diferentes:

por irregularidade de viv��ncia
ou
por sublimidade de viv��ncia

Entendamos, pois, e isto �� essencial, para que n��o
incidamos em erros crassos: a causa da mediunidade pode
ser o transvio das emo����es, paix��es funestas, quedas
no sorvedoiro de atitudes tresloucadas ou, em sentido
contr��rio, o ardor m��stico, a ascese espiritual, o intenso
fervor apost��lico. Exemplifiquemos: O esp��rito de um suicida,
em se reencarnando, poder�� tornar-se automaticamente
um m��dium, devido a descompensa����o vibrat��ria
do seu psicossoma, em virtude do trauma pelo qual passou.
A not��vel e exemplar��ssima Yvone A. Pereira revela-
nos que, em exist��ncia pregressa, ela foi suicida (7). Se o


anjo Gabriel se reencarnasse, automaticamente ele se
tornaria m��dium, pois, a descompensa����o vibrat��ria darse-
ia pela sua angelitude, vibrando, pois, em n��vel um tanto
incompat��vel. Maria, m��e de Jesus, a nosso ver, devia
ser m��dium, pela excelsitude do seu esp��rito e a prova
est�� na Anuncia����o.

Evidente que possam existir m��diuns n��o por natureza,
mas preparados tecnicamente, em planos espirituais,
em institutos pr��prios para tais minist��rios. Implica����es,
tamb��m, de ordem gen��tica, com certa carga de
hereditariedade, poderia implicar nessa descompensa����o
propiciando esse fen��meno de proje����o do corpo perispiritual
para fora da caixa carnal.

A maioria dos m��diuns

Na maioria, os m��diuns com os quais nos acotovelamos
s��o provenientes n��o de angelitude, mas, ao contr��rio,
de faltas, motivo por que s��o chamados "m��diuns de
prova". Da�� as tremendas quedas a que assistimos e
com as quais, infelizmente, arrastam os que est��o se firmando
no caminho da luz. Uma lei ��urea, que devia estar
inscrita, em t��tulos garrafais, em todos os lugares onde se
realizam trabalhos medi��nicos: "Subordine-se �� doutrina
esp��rita e n��o ao m��dium". Seguindo Kardec, e prevenindo-
se contra os engodos, segundo o descortino deste iluminado
mestre lion��s, pode o orientador andar absolutamente
descansado.

Conforme a humanidade amadurecer e crescer espiritualmente,
a mediunidade se disseminar�� mais ainda,
como profetizou Joel. O homem do futuro poder�� ser m��dium,
com o dom de viver concomitante e normalmente
em dois planos! E, particularmente, j�� tivemos conheci



mento desta realidade em outros globos planet��rios,
onde tanto a morte, quanto o renascimento n��o possuem
express��es embara��antes como na Terra, n��o passando
ali a morte de um desdobramento definitivo e at��
control��vel e o renascimento um reapossamento corporal
consciente. Todavia, ent��o, conheceremos a maravilha
da mediunidade totalmente mission��ria ou de tarefa por
for��a de sublima����o.

EXPRESS��ES DE SENSITIVIDADE

Nos desenhos supra, a linha ziguezague representa
as ondas extrafisicas ou espirituais, em suma aquilo de
que se constitui esse imenso universo que escapa aos
sentidos corp��reos.

A linha pontilhada junto ao corpo das figuras representa
o chamado corpo perispiritual ou psicossoma.

Na fig. 1 estamos diante do homem comum ou normal,
pois o seu corpo perispiritual est�� justaposto ao
corpo f��sico.

Na fig. 2 temos o homem inspirado, como artistas,
santos, inventores, etc, pois no chacra coron��rio o corpo
perispiritual forma uma protuber��ncia �� moda de antena.

Na fig. 3 encontramos o homem paranormal, aquele
de que se serve a Parapsicologia para as suas investiga����es.
Este tipo �� o que revela faculdades extra-sensoriais.


Por fim, na fig. 4 estamos diante do m��dium propriamente
dito. O seu corpo perispiritual se projeta para
fora do corpo carnal, possibilitando at�� mesmo a chamada
"incorpora����o" de uma entidade estranha.

�� l��gico que tais graus s��o infinitos.


37


Ernesto Bozzano permite interpreta����o nos moldes
em que estamos dando, isto ��, no sentido deste fundo
comum em todo processo que vai da percep����o extra-
sensorial �� espir��tica, em gama de continuo afastamento
do corpo perispiritual, ensinando: "As rela����es existentes
entre os fen��menos de desdobramento e os de clarivid��ncia
n��o escaparam aos magnetizadores do s��culo
passado. Eles notaram que bem freq��entemente os seus
pacientes, depois de certo per��odo de lucidez, declararam
ter se afastado do corpo e o terem contemplado
inerte, diante deles" (8).

Encontramos recentemente, num artigo assinado
por Lawrence Blacksmith, que sabemos ser pseud��nimo
de uma das express��es mais fulgurantes da Psicobiof��sica
e do Espiritismo Cient��fico, uma sugest��o dele para
explicar os fen��menos de percep����o extra-sensorial: "Isto
posto, sugerimos uma terceira alternativa: a interconexidade
seria um dos meios utilizados pelo corpo astral
��� ou outro componente qualquer para captar extra-
sensorialmente a informa����o �� dist��ncia. �� poss��vel que
nosso corpo astral funcione, similarmente, �� maneira
do nosso corpo f��sico", (in Folha Esp��rita de setembro
de 1982, na s��rie (VIII) "A Mente Atrav��s do Espa��o".

Evidente que tais predisposi����es de simples sens
vos, capazes de realizar proezas ps��quicas, como ver ��
dist��ncia, captar pensamentos, entortar garfos, etc. n��o
queira dizer que eles possam se tornar m��diuns (9).


IV

Sintonia

Somos r��dio-emissores

Somos semelhantes a esta����es de r��dio receptoras
e emissoras, ao mesmo tempo. O homem n��o �� um ser delimitado
pela sua epiderme e, hoje, at�� mesmo a ci��ncia at��ia
sape disto atrav��s de in��meros testes feitos, na R��ssia, pela
Biocomunica����o e Bioenerg��tica. Somos seres radiantes
que contagiamos e somos contagiados. At�� agora tomamos
precau����o contra as endemias e as epidemias, fazendo
ver a relev��ncia da medicina preventiva atrav��s da
Higiene. Doravante os homens saber��o que n��o existem
somente os bacilos vis��veis ao microsc��pio, mas perturba����es
oriundas de natureza espiritual, que se transmitem
de um centro humano a outro centro.

Se para o homem comum isto �� uma realidade, o
m��dium est�� em situa����o mais dif��cil, pois que, conforme
vimos anteriormente, ele possui um arcabou��o aberto e
sens��vel ��s correntes espirituais ou ultraf��sicas. Conseq��entemente,
se existe ser que deve cuidar-se onde,
como e com quem anda �� o m��dium. Um homem normal
(vide fig. 1) pode entrar num botequim, onde juntam-
se viciados no ��lcool e nada lhe acontecer, mas o m��dium
receber�� toda a carga da infesta����o da mente dos
encarnados e dos desencarnados imantados ��quela zona


de conviv��ncia. O colega malquerente, invejoso, maldoso
e irreverente junto ao m��dium golpe��-lo-�� com continuas
chicotadas desequilibrantes. O seu comportamento
negativo atrair�� sobre si poderosas e destrutivas for��as.
Via de regra, os m��diuns despreparados andam sempre
cambaleantes por desconhecerem que eles transitam na
vida com o nervo exposto, tornando-se um enigma para a
medicina acad��mica.

Sintoniza����o

Como nos ligaremos ao melhor?

Da mesma, maneira que fazemos com o nosso televisor,
isto ��, movendo o bot��o do dial, buscando outra esta����o
onde o programa esteja em n��vel mais elevado. Eis,
ali, o nosso T.V.; n��o o tiramos do lugar f��sico, no entanto
ele pode estar sintonizado com uma chanchada e, de repente,
por um movimento de bot��o, passar a. maravilhoso
bal�� de Deliber ou, inversamente, dar-se degrada����o.
Tudo, pois, se resume em sintonia. A diferen��a �� que na

T.V. se opera altera����o por impulso inicial mec��nico e j��
o m��dium deve adestrar a sua mente e purificar o seu
cora����o.
A nossa associa����o se d�� por lei natural de simpatia
e antipatia, que preside a todos os fen��menos da natureza.
N��o adianta que nos julguemos imunes �� a����o dos
esD��ritos menos edificados; se a nossa mente estiver vibrando
ou funcionando na freq����ncia inferior ela se dar��.
De nada valer�� que formulemos, como preparo, a prece
"Pai Nosso", se a prece antes n��o estiver dentro de
n��s


Sintonias de reajuste

Muitos m��diuns, em desenvolvimento, temos conhecido
que fazem tudo de bom que lhes �� prescrito para sintonizar
com entidades mais elevadas, sem consegui-lo, ao
menos durante muito tempo, e chegam a indagar onde a
justi��a divina. Considero tais casos como de sintonia
constitutiva, isto ��, a sua natureza medi��nica ou teor vibrat��rio
�� assim, casa-se automaticamente com as correntes
inferiores ou menos edificadas. Isto ter�� ocorrido
por planifica����o de resgate ou, em virtude de situa����es
criadas em exist��ncias pregressas. Pode, pois, existir um
entrave conseq��ente de natureza mec��nica, como o da
espessura do fio el��trico.

Equil��brio do m��dium

Em "Mecanismos da Mediunidade", Andr�� Luiz
acentua: "Anotamos as necessidades de sintonia no trabalho
das intelig��ncias associadas para fins enobrecedores,
porque, em verdade, os m��diuns trazidos ao servi��o
de reflex��o do Plano Superior precisar��o abolir tudo o.
que lhes constitua preocupa����es-extras, tanto no que se
refira �� perda de tempo, quanto no que se reporte a interesses
subalternos, sustentando-se nisto por esfor��o pr��prio,
em clima de responsabilidade alegremente aceita..."


Se o contacto do m��dium se processa por semelhan��a
ou identidade vibrat��ria, importa que se esforce
para conservar a sua mente desanuviada. O m��dium que
em virtude de qualquer problema pessoal se desequilibra,
atrai o campo desequilibrado do mundo espiritual. E o que
era inicialmente pequeno, tal e qual a bola de neve, vai rodando
e se tornando gigantesco.


O mais grave �� o m��dium cair em monoideismo,
isto ��, uma id��ia fixa, como disco defeituoso sobre
o qual a agulha n��o desliza, repetindo, noite e dia, a
mesma coisa. Quando, pois, o m��dium sentir-se remoendo
sempre os mesmos pensamentos, acredite que o seu
estado �� s��rio e deve recorrer a pessoas capacitadas
para orient��-lo.

Outro perigo, e que tem feito mais v��timas do que se
imagina, �� deixar-se arrastar pela c��lera arrasadora, que
detona toda imensa armadilha preparada por agentes
perniciosos que apenas aguardavam aquela entrada ou
queda vibrat��ria para assenhorear-se e sugerir crimes os
mais absurdos e imagin��veis.

Por que n��o falamos
com quem queremos?

Muita gente pensa que o m��dium se assemelha a
um tefefone p��blico, �� disposi����o de qualquer esp��rito
que deseja falar com os encarnados. N��o �� assim. A comunica����o
de um esp��rito atrav��s do m��dium �� problema
delicado cujo mecanismo ainda desconhecemos. O esp��rito
de Monteiro Lobato conta que nunca conseguiu comunicar-
se por interm��dio de Chico Xavier, um dos m��diuns
mais abertos do mundo, pela enormidade de entidades
que d��o mensagens por seu interm��dio! Conhecemos
um engenheiro que ficou com a sua f�� abalada porque
o seu pai, que era grande esp��rita, depois que faleceu
nunca deu qualquer not��cia! Outro fato, que conhecemos,
�� o de a m��e falecida comunicar-se quinze dias depois
do trespasse e continuar sempre orientando a fam��lia,
enquanto que o pai, falecendo depois, sumiu completamente
de qualquer esp��cie de contacto medi��nico.


Neste particular, sucedem fatos que nos parecei
enigm��ticos. �� o pr��prio Monteiro Lobato, quando vivi
na carne, quem d�� conta de ocorr��ncias assim: "Curios
�� que desejemos conversar com o amigo dileto morto
ao contr��rio, apare��a na sess��o um fulano que faleceu
em Portugal, usando dialeto da sua terra, tomando-nos
tempo" (10). Certos m��diuns parecem possuir espectro
amplo e nos permitem uma gama riqu��ssima de contacto
medi��nicos; outros s��o m��diuns de uma nota s��, revelando
a presen��a de um ��nico esp��rito comunicante. Fato
digno de observa����o �� que, se a sess��o �� de desenvolvimento
e desobsess��o, os m��diuns recebem com facilida
de muitos e variados irm��os ditos sofredores. O motivo e
que tais m��diuns, colocados em corrente com outros
t��m a respectiva estrutura psicossom��tica defensiva
rompida e a penetra����o da clientela espiritual se d�� com
mais facilidade, como se abrissem uma grande porta de
verdade que existe uma outra interpreta����o para este
fato: O teor vibrat��rio daquela esp��cie de esp��ritos sofre
dores ��, mais ou menos, id��ntico para lodos eles e, sendo
assim, onde um entra, todos os outros podem faz��-lo. O
m��dium, nessa situa����o, torna-se plurid��ctil. T��o logo
por��m, deixe os trabalhos ou se desfa��a a corrente, o
m��dium volta �� normalidade e o seu corpo como que se
fecha e o campo perispiritual diminui, tornando-se menos
acess��vel.

As interfer��ncias

Tanto quanto na radiocomunica����o, na transmiss��o
medi��nica pode dar-se interfer��ncias. A interfer��ncia pode
ser an��mica, isto ��, do pr��prio m��dium que inconscientemente
o faz. Se o m��dium �� visceralmente contra a


reencarna����o, por preconceito racial ou motivo de forma����o
religiosa, dificilmente o esp��rito atrav��s dele conseguir��
desenvolver tema reencarnacionista, formando-se
como que bloqueio na passagem do c��rtex cerebral. Hoje
come��amos a analisar friamente tais percal��os e, com
isto, ficamos em melhores condi����es de compreender
problemas que antes n��o sab��amos enfrentar.

Interfer��ncia t��o grave quanto esta �� a que produz a
massa de freq��entadores sobre o m��dium, levando-o,
sem querer, a acomodar-se a uma determinada faixa. Por
outro lado, um Diretor de Trabalho desavisado, sem estudos,
pode levar o m��dium a trilhar caminhos completamente
errados, atrav��s dos quais penetram as entidades
interessadas no preju��zo da organiza����o, redundando
tudo num final rid��culo.

O m��dium �� instrumento sensibil��ssimo e todo cuidado
�� pouco diante do mesmo, no tocante ao que dizemos,
enunciamos, desejamos, a fim de n��o condicion��-lo.



Graus de mediunidade

(Consciencial)

O transe

Eis que uma jovem senhora, plenamente consciente
de si pr��pria, adentra uma sala, onde cumprimenta a todos,
sorrindo. Senta-se numa cadeira, em torno da qual
em c��rculo, outras pessoas tomam os seus lugares. FAZ-
se meia luz e, depois da prece, vemo-la empalidecer, mesmo
se lhe tivessem subtra��do todo o sangue. Julgariam que

i estar dormindo, mas, de repente p��e-se a falar com voc��
grossa, forte, acaipirada. Revela outra personalidade
este estado, em que a jovem ficou, semelhante ao sono
denominamos transe medi��nico. Segundo defini����es
atuais, o transe �� estado de inconsci��ncia, mais ou
menos profunda, durante a qual se manifesta, ou pode
manifestar-se alguma atividade paranormal.

Perguntaram ao grande m��dium D. Home que �� o que
ele sentia no transe, ao que respondeu: "Eu sinto durante
dois ou tr��s minutos um estado de sonol��ncia, ent��o mim
adv��m uma vertigem e perco completamente a cosnci��ncia.
Quando acordo percebo meus p��s e membros frios que
se me torna dif��cil restaurar a circula����o".

Segundo opini��o abalizada do enciclopedista N
dor Fodor, a natureza do transe �� desconhecida. Na


segundo a hip��tese de trabalho que propusemos atr��s, o
transe �� o estado em que fica a criatura durante o per��odo
de afastamento do seu psicossoma ou perisp��rito. Da��
que o transe possa ser muito profundo, profundo, regular
ou superficial, conforme esse afastamento.- Temos
tido contacto com m��diuns que caem em transe t��o profundo,
entregando-se t��o confiantemente o seu corpo �� entidade,
que, depois, a volta consciencial se torna demorada.
O autor espiritual, Andr�� Luiz, nos conta como a m��dium
Celina deixava o seu corpo carnal entregue aos
esp��ritos protetores, durante a sess��o esp��rita, enquanto
ela espiritualmente se entregava, no Al��m, a outras tarefas
(11).

Na verdade, embora pesquisasse muito e tivesse
oportunidade de faz��-lo, nunca encontrei dois m��diuns
que descrevessem o seu transe da mesma maneira.

M��dium consciente

O m��dium consciente, em virtude de estar em transe
superficial, tem plena consci��ncia do que est�� transmitindo
e do que se passa ao seu redor. Poder��amos cham��-
lo m��dium inspirado. Deste estado consciencial resulta
que o m��dium consciente comumente fica na d��vida
se o pensamento que lhe aflora ao c��rebro �� de sua
elabora����o ou se tem origem exterior. Quase sempre
tais m��diuns permanecem irresolutos e chegam a abandonar
o trabalho medi��nico devido a s��rias d��vidas que
os assaltam. Receiam que estejam se enganando e enganando
os outros.

O mecanismo da mediunidade consciente parece
ser o mesmo da telepatia: O esp��rito comunicante transmite-
lhe o pensamento que o m��dium capta e reveste


com o seu pr��prio estilo. Podemos comparar o m��dium

consciente a um doceiro que recebe os ovos, a farinha, a

manteiga, mas cabe a ele, doceiro, fazer o bolo!

��, sem d��vida, fraco grau de mediunidade mas que,
quando se manifesta em pessoa evolu��da, predisposta a
abrir-se ��s inspira����es superiores sem medir sacrif��cio,
chega a grandezas tais que nenhum outro tipo de mediunidade
alcan��a (*).

M��dium semiconsciente

O m��dium semiconsciente sente forte compuls��o
que o obriga a falar ou agir, sem que pr��pria e conscientemente
tenha pretendido isto. Muitas vezes o m��dium
semiconsciente gostaria de reagir e opor-se �� dita compuls��o,
em virtude do seu senso autocr��tico. No entanto,
ele fala e �� curioso que ouve a si pr��prio falando, com
outra voz e discorrendo sobre assunto de que n��o entende.
Quando este tipo de m��dium d�� passes, a sua m��o ��
levada a esta ou aquela parte do corpo do doente, como

(') Allan Kardec, al��m do m��dium inspirado, indica a exist��n
cia do m��dium intuitivo. Vide Livro dos M��diuns ��� Allan Kardec
Em mensagem que recebemos atrav��s da m��dium S.M.C, um esp��rito
an��nimo nos disse: "Entre nossos irm��os de Doutrina, h�� sempre
uma maior restri����o em aceitar o auxilio intuitivo, preferindo
comunica����o da incorpora����o ou da psicografia. Mister se faz esclarecer,
entretanto, que o desenvolvimento intuitivo �� de grande valia,
por poder ser utilizado nas mais diferentes ocasi��es.. Aceitar
intui����o �� de grande import��ncia, pois �� ela, muitas vezes, maii
pura". Em "Roteiro" de Emmanuel, capitulo XXVII diz o autor: "Antes
de tudo �� preciso compreender que tanto quanto o tato �� o alicerce
inicial de todos os sentidos, a intui����o �� a base de todas as
percep����es espirituais..."


que impulsionada por algu��m, verificando-se, mais tarde,
que naquele local o paciente tinha de fato um problema.

M��dium inconsciente ou son��mbulo

O m��dium inconsciente entra em transe profundo e,
por isso, n��o tem consci��ncia de nada, ficando entregue
��s for��as espir��ticas comunicantes e operantes. Na linguagem
vulgar, dizemos que ele fica inteiramente tomado.
Outra express��o que o uso generalizou �� o dizer-se
que o esp��rito manifestante est�� incorporado no m��dium
e, conseq��entemente, ao fato chamamos incorpora����o.
Outros termos se introduzem no linguajar e adquirem cidadania,
como por exemplo o verbo receber. Ent��o se
diz: "A m��dium Lourdes recebe o irm��o Jo��o, enquanto
que Vera recebe o Dr. Alexandre". Ningu��m diz: "Os��rio
�� m��dium inconsciente", mas, na pr��tica cotidiana dir��:
"Os��rio �� m��dium de incorpora����o".

Na verdade, cientificamente falando, n��o se d�� incorpora����o,
pois para faz��-lo importaria que o espirito
substitu��sse a alma da pessoa, vivificando todo o seu
mundo celular. O que se d��, na chamada incorpora����o, ��
um dom��nio mais completo dos centros nervosos do m��dium.
Este tipo de m��dium �� conhecido, principalmente
na literatura estrangeira, pelo nome de m��dium sonamb��lico
ou son��mbulo. Este nome adv��m do seu comportamento
que se identifica com o do son��mbulo, pois anda,
gesticula, l��, disserta, exprime-se, movimenta-se, de
olhos fechados.

O m��dium inconsciente ��, pois, aquele que promove
exibi����o mais aut��ntica da mediunidade: no entanto,
aconselhamos que deva sempre ser acompanhado e

48


assistido por uma pessoa capaz e, principalmente,
versada na doutrina kardequista.

O fato de o m��dium ser inconsciente e son��mbulo
n��o quer dizer que deva ser joguete nas m��os dos esp��ritos,
principalmente sofredores, em esgares desagrad��veis
ou movimentos corporais bruscos, pois o m��dium
ainda inconsciente �� senhor do seu corpo e poder�� comand��-
lo por exerc��cios auto-sugestivos ou h����ero-sugestivos,
caso em que um diretor encarnado dirigi-lo-��.

Nuances da mediunidade
em sua gradua����o

O que temos observado na pr��tica �� que os tipos de
mediunidade n��o s��o assim estanques, como os apresentamos.
Certos m��diuns come��am numa sess��o a trabalhar
consciente, passam �� semiconsci��ncia e, por fim,
tornam-se inconscientes. Em reiterados testes feitos verificamos
que certos m��diuns s��o vari��veis e, durante o
iapso de tempo em que atendem o paciente passam pelo
estado de inconsci��ncia, semiconsci��ncia e consci��ncia,
variando, continuamente, assim durante toda a sess��o,
tal qual um foco de luz cuja corrente aumentasse ou
diminu��sse automaticamente.

Fatores ex��genos no transe

Para entrar em transe o m��dium pode ser favorecido
por fatores ex��genos, isto ��, que s��o produzidos no exterior
e lhes chegam de fora, tais como a m��sica especial,
enfeites cintilantes, beberagens, odores, etc. Ao menos
isto contribui para que as pessoas oficiantes e envolvidas
no ato religioso tenham o seu perisp��r��to ou psicossoma
afastado, ensejando-lhe o ��xtase, a comunica����o

49


com o Al��m, e in��meros efeitos paranormais. Da�� que
quase todas as antigas religi��es faziam verdadeiras montagens
teatrais, com paramenta����o luxuriante, vestes
pomposas, m��sica mon��dica como o cantoch��o gregoriano
ou a percuss��o monorr��tmica nos atabaques, envolvendo-
se tudo em odor de incenso queimado nos tur��bulos
prateados ou proveniente de ervas arom��ticas, em fumiga����o,
tidas como portadoras de poderes m��gicos. J��
dissemos, no cap��tulo I, que Eliseu foi not��vel m��dium.
L��-se em 2 Reis que ele solicitou: "Trazei-me um tocador
de c��tara. Enquanto o m��sico tocava, desceu a m��o de
Jav�� sobre Eliseu". Isto quer dizer que Eliseu entrou em
transe com a ajuda da c��tara e recebeu um esp��rito que,
na ��poca, por ignor��ncia da dimens��o c��smica, confundiram
com Deus.

Hipnotismo e transe

Atrav��s da hipnose pode uma pessoa ser colocada
em transe, mas, ent��o dizemos que se encontra em transe
hipn��tico. Todavia, ao inv��s de transmitir o pensamento
dos esp��ritos, ele externa aquilo que o hipnotizador lhe
sugere. No fundo, estudando-se cientificamente a mat��ria,
descobre-se que existe muita semelhan��a entre o
transe hipn��tico e o transe espirita. A diferen��a se situa
no agente sugestionador ou transmissor, pois que, na hipnose,
�� um encarnado e, no transe medi��nico, �� um desencarnado.


Existe, tamb��m, diferen��a no resultado. Quando o
esp��rito de Liszt atua sobre a m��dium Rosemarie Brow e
f��-la compor a dific��lima pe��a "Grubelei", ou Schumann
leva-a a executar "Anseio", eis que tudo �� verdadeiro
(12). O hipn��logo sugere ao hipnotizado, no palco, que ��

50.


Paganini, mas ele simula apenas e o p��blico gargalha.
Como aparentemente s��o transes semelhantes e o vulgo
n��o tem capacidade para fazer distin����o, eis que pode
um parapsic��logo mal intencionado sugerir que o fen��meno
espirita �� uma farsa, quando a farsa �� dele e n��o do
m��dium verdadeiro (13).

��s vezes o fen��meno se complica, como j�� vimos
acontecer. Certa jovem, quando hipnotizada, pintava extraordinariamente
bem, enquanto fora disto mal sabia segurar
um pincel. Pesquisas dentro da ci��ncia Esp��rita,
atrav��s de regress��o de mem��ria e dados convergentes
revelativos, levaram-nos �� conclus��o de que a mesma,
em vidas pregressas, fora h��bil pintora. Caso id��ntico se
dava com Edgar Cayce, famoso m��dium curador norte-
americano, que, entrando em transe auto-hipn��tico, se
tornava, imediatamente, m��dico de valor, com receitas
reconhecidas, por sinal, utilizando recursos peculiares a
todas as escolas de medicina. Mas ele mesmo, com o
tempo, passou a incursionar em outras ��reas, inclusive na
de leituras de vidas e da sua pr��pria, dizendo ter sido m��dico
em exist��ncia passada, noutra encarna����o.

Jayme Cervino, com muita profici��ncia, aborda este
assunto na sua obra "Al��m do Insconsciente". N��s, por��m
aqui o trouxemos, tratando-o de rasp��o, apenas por
consider��-lo de grande import��ncia na avalia����o de
certos fen��menos e, principalmente, a fim de prevenir os
diretores de trabalhos para que n��o se convertam em hipn��logos
dos seus pr��prios m��diuns.


VI

Formas de apresenta����o
do fen��meno

Fen��menos objetivos e subjetivos

Se um m��dium, como Joana D'Arc, ouve as suas vozes
e ningu��m mais as ouve, o fen��meno �� subjetivo. Ele
�� real, mas originado dentro da psique do percepiente.
A comprova����o deste fato s�� pode dar-se atrav��s de provas
colaterais e acertos registrados. No caso da Puccela
n��o temos d��vida de que viu e ouviu as suas queridas vozes
(14), n��o s�� porque as sustentou at�� ser queimada
viva, como o que realizou militarmente n��o seria conceb��vel
de outra forma. Se Chico Xavier nos transmite uma
poesia, atrav��s da psicografia, o fen��meno �� subjetivo;
temos de nos convencer da realidade do fen��meno atrav��s
de elementos, como por exemplo, o fato de a poesia
ter sido escrita c��lere, sem estudo pr��vio, com a mesma
riqueza terminol��gica e tom caracter��stico daquele que a
assinou: Augusto dos Anjos.

O fen��meno objetivo �� aquele que todas as pessoas
presentes constatam atrav��s dos seus sentidos ou por
meio de instrumentos. Katie King se materializava atrav��s
da m��dium Florence Cook e todos os cientistas pre



sentes verificavam, mediam-na, pesavam-na e inclusive,
certa feita, cortaram uma madeixa dos seus cabelos. Um
dia Abrah��o Lincoln e secret��rios subiram em cima de
um piano que levitava e o instrumento continuou dan��ando.
Eis um fen��meno objetivo (15). Os fen��menos objetivos
s��o os mais empolgantes do Espiritismo e se constituem
em pedra no sapato dos que desejam negar e tapar

o sol com a peneira; mas, os fen��menos subjetivos, como
os de psicografia, s��o os que mais ilumina����o t��m trazido
�� humanidade.
Fen��menos e correla����o com
a Parapsicologia

Os fen��menos esp��ritas s��o aqueles em que existe,
como agente produtor, um esp��rito. Se, numa sala, uma
cadeira se levanta no ar, sozinha, o fato pode ser:

ESP��RITA ��� se a cadeira, nos seus movimentos revela
estar sendo dirigida por uma intelig��ncia incorp��rea.
Ela chega at�� nossa cabe��a e se desvia, dan��a ao
som de m��sica e soletra palavras, deixando-nos mensagem.


PARAPSICOL��GICO ��� se a cadeira apenas levita,
se ergue, gra��as �� for��a de um encarnado dotado de faculdades
especiais. Existem pessoas dotadas dessa for��a,
como Nina Kulashina, na R��ssia. Mas os objetos n��o
revelam voluntariedade.

Assim, n��o �� o fen��meno inusitado ou ins��lito que
revela tratar-se de Espiritismo, mas certos caracter��sticos.
Do que se admirava a c��lebre Me. Curie, descobridora
do radium, era que em sess��o esp��rita, onde estive:
ra, o molho de chaves voasse e em velocidade estontean



te junto com in��meros outros objetos, na semi-obscuridade,
e n��o batessem em ningu��m!

Foi fazendo essa distin����o, observando as chamadas
mesas girantes (16) que Allan Kardec, pode-se dizer,
revelou a sua extraordin��ria acuidade.

M��diuns e designa����es

Chamamos pelo nome de m��dium de efeito f��sico
aquele atrav��s do qual se produzem fen��menos objetivos
observ��veis atrav��s dos nossos sentidos humanos ou
instrumentos. Quando tal m��dium permite a materializa����o,
chamam-no: "M��dium de Materializa����o".

M��dium Vidente ou Clarividente �� aquele que v�� entidades
espirituais. Audiente ou clariaudiente �� aquele
que ouve.

M��dium de desdobramento �� aquele que se desdobra,
saindo do seu corpo carnal, a parte perispiritual, podendo
deslocar-se e conhecer outras dimens��es.

M��dium de incorpora����o �� aquele que recebe uma
entidade espiritual. M��dium de psicofonia �� aquele que,
em transe, fala, isto ��, os esp��ritos usam os seus ��rg��os
de fona����o. Atualmente tem-se evitado o nome de m��dium
de incorpora����o, utilizando-se mais a express��o m��dium
de psicofonia.

M��dium de Cura �� aquele dotado para a cura de pacientes.
M��dium psic��grafo �� aquele que escreve sob a
a����o de esp��ritos.

M��dium de Psicometria �� aquele que, tocando um
objeto-testemunho, que esteve em uso por algu��m, poder��
revelar e entrar em contacto com o mundo espiritual,
esclarecendo fatos desconhecidos.


Se f��ssemos arrolar todas as denomina����es dadas
a m��diuns, encher��amos um livro. Aqui colocamos as
principais. A maioria dos nomes atribu��dos a m��diuns s��o
derivantes do m��dium de efeito f��sico. Remetemos o
leitor ao "Dicion��rio de Parapsicologia, Metaps��quica e
Espiritismo", de Jo��o Teixeira de Paula, lan��amento do
Banco Cultural Brasileiro Editora Ltda. ou ao Dicion��rio
de Doutrina Esp��rita ��� edi����o ADGMT.

Implica����es e complica����es
fenom��nicas

Os fen��menos medi��nicos s��o designados tendo em
vista o ��rg��o atrav��s do qual se d�� a percep����o, motivo
por que falamos vid��ncia, referindo-se �� vista, audi��ncia,
insinuando o ouvido, etc. No entanto, dentro da nossa
pr��pria hip��tese de trabalho no cap��tulo III, n��o se d�� propriamente
essa localiza����o org��nica. Como bem ponderou
C. Torres Pastorino: "a vid��ncia n��o passa pelo globo
ocular, funcionando a hip��fise e a ep��fise". O m��dium
tanto v�� com os olhos abertos quanto tendo-os fechados,
no claro como no escuro e, no escuro, melhor do que no
claro! Outro tanto se diga daquele que ouve vozes, m��sicas,
ditados espirituais. Santa Tereza de ��vila nos d�� a
este respeito n��tida li����o de Espiritismo: "Quando Santa
Clara me aconselha, eu ou��o as suas palavras muito distintas,
que n��o se percebem com os sentidos corporais,
mas se entendem muito mais claramente do que se fossem
ouvidas". As vozes assim se tornam aud��veis, por
capta����o em n��vel psicossom��tico (perispiritual) que recondiciona
a vibra����o, tornando o inaud��vel, aud��vel. Em
nossas enquetes temos conclu��do que essas vozes ou
sons surgem dentro do c��rebro!


Outro ponto importante �� o que se refere ao espa��o
e ao tempo, cujo desconhecimento tem permitido que os
advers��rios do Espiritismo utilizem, em detrimento da Doutrina,
certas descri����es medi��nicas. Temos provas constantes
de que, no caso de vid��ncia, n��o existe rela����o
entre o espa��o geom��trico, a que nos habituamos, como
seres de carne e osso, e o espa��o visualizado pelo m��dium
vidente. Se um vidente diz: "Nesta sala vejo uma
mesa enorme de jacarand��, com in��meros militares presentes,
j�� falecidos, discutindo sobre o encaminhamento
da pol��tica brasileira" ��� eis que tudo poder�� estar certo,
menos o lugar! Aquela cena poder�� estar se passando
em outro plano e n��o na sala! Ora, isto gera muita confus��o,
vendo o vidente tigres, cobras, b��falos, ��ndios, etc.
ou.ent��o; c��es de guarda, que poder��o n��o estar ligados
�� sess��o em andamento.

No tocante ao tempo, temos assistido a in��meros
erros de interpreta����o. ��s vezes o m��dium capta uma
cena de m��e aflita qom um beb�� doente, como se
estivesse na sala pedindo prote����o, quando, no entanto,

o fato j�� se passou faz muito anos.
Ainda resta o simbolismo. A vis��o de um buldogue
pode apenas significar que os trabalhos est��o bem protegidos
e, possivelmente, n��o existe ali nenhum cachorro!
M��dium extraordin��rio neste sentido �� Romualdo Joaquim
Martins que nos diz: "A simbologia �� um sistema de
exprimir secretamente e de modo inteligente a mensagem
do esp��rito" (17).


Qual �� a diferen��a entre
m��dium e sensitivo?'

�� muito importante que saibamos distinguir se uma
pessoa �� m��dium ou simplesmente sensitivo (paranormal).


Vamos dizer que, numa sala, se acomoda uma senhora
e diante dela, sobre a mesa, colocamos palitos de
f��sforos esparramados. Eis que ela se concentra e, movendo
as m��os, �� dist��ncia, os f��sforos come��am a levitar
e bailar. Esta senhora poderia ser considerada m��dium?
De modo algum, se �� capaz de fazer s�� isto, pois
que m��dium �� uma pessoa portadora de faculdade de
servir de liga����o entre o Mundo dos Esp��ritos e o nosso
Mundo F��sico. �� verdade que essa liga����o se d�� de forma
��s vezes de dif��cil identifica����o e classifica����o. Mas, no
caso em tela, a dita senhora est�� apenas tirando de si ou
projetando for��as mantoenerg��ticas ou de seu pr��prio
equipamento perispiritual para produzir aquele efeito.

Fen��menos Ps��quicos s��o, pois, estes produzidos
pelos sensitivos, enquanto que Fen��menos Medi��nicos
s��o aqueles realizados por interm��dio de um M��dium (intermedi��rio)
e presen��a espiritual de ente extracorp��reo
(18).


VII

Mediunidade de cura

A dor e a evolu����o do ser

Para aqueles que sabem verdadeiramente de onde
viemos, onde estamos e para onde vamos, a dor �� o
acicate que nos faz andar ou, no dizer de Leon Denis, o
cadinho da purifica����o(19). E a doen��a �� uma das in��meras
formas de manifesta����o da dor geral a que se submete
o homem. N��io L��cio, por isso, atrav��s de Chico Xavier
diz: "A enfermidade ligeira �� aviso. A queda violenta das
for��as �� advert��ncia. A doen��a prolongada �� sempre renova����o
de caminho para o bem. A mol��stia incur��vel no
corpo �� reajustamento da alma eterna. Toda enfermidade
do corpo ��, pois, processo educativo para a alma".

As doen��as, pois, existem em virtude do estado involu��do
da humanidade, no sentido espiritual. Se o planeta
Terra passasse para n��vel espiritual mais elevado, a
dor, aqui, reduzir-se-ia quase a zero. Como me disse iluminada
orientadora espiritual, Branca: "Ao inv��s de prova����es,
voc��s passariam por testes para resolv��-los, como
usam faz��-los nos concursos de habilita����o".

A correla����o entre as almas que vivem num plano e
a natureza f��sica ou hiperf��sica desse plano, �� ineg��vel. A
nossa mente faz o mundo purgatorial ou beat��fico.


Como vivemos num vale de l��grimas, nem mesmo o
Divino Mestre p��de furtar-se ao minist��rio da cura e era
isto que atra��a a multid��o que, sem querer, tinha de ouvir
as suas palavras de vida eterna. Leia o Atos dos Ap��stolos
e o livro medi��nico Paulo e Est��v��o e verificar-se-��
que o cristianismo se propagou principalmente gra��as ��s
curas que os ap��stolos praticavam.

Nos dias que correm chegamos �� conclus��o que
esta ainda �� parte importante do minist��rio esp��rita, motivo
por que vamos dar ��nfase �� mediunidade de cura.

O ingrediente do amor

A cura, atrav��s destas faculdades medi��nicas, deve
sobretudo ser impulso ou ato de amor a servi��o do semelhante.
Por ser ou conter ato de amor, a cura propriamente
n��o exige habilita����o ou faculdade preponderante.
Assim como para amar n��o necessitamos de nenhum diploma,
tamb��m para o exerc��cio da mediunidade curativa
estamos libertos de seguir curriculum complicado. Se algu��m
pretendesse ser m��dium vidente, dificilmente consegui-
lo-ia, mas qualquer pessoa poder�� ser instrumento
no al��vio dos males do semelhante.

Muitos relutam em estender as m��os, julgando-se
sem faculdade ou virtude, no entanto o resultado feliz depende
de que tenha absoluta confian��a no Alto e impregnar-
se de ardor.

Noutros tipos de mediunidade, via de regra, recomenda-
se ao m��dium que d�� passividade, a fim de que a
comunica����o esp��rita seja mais cristalina. Pelo contr��rio,
para o m��dium curador ensinamos que vibre intensamen



te. incendiando-se e at�� mesmo como que se projetando
em labaredas, objetivando transmitir fluidos curadores ao
paciente.

Pessoas dotadas

N��o obstante aquilo que dissemos linhas atr��s, ��
evidente que existem pessoas mais dotadas do que
outras para curar. A nosso ver, como conseq����ncia de
prolongada obseva����o no terreno pr��tico, essa faculdade
�� de car��ter f��sico (biof��sico, b��oenerg��tico, hiperf��sico,
etc). Assim, o m��dium dotado para curar, de certo modo
se aproxima do m��dium de efeito f��sico. O m��dium curador,
pois, transmite fluidos curadores. Esse fluido pode
ser mais pastoso, menos denso, enfim, variando de densidade.
Quando o fluido �� bastante denso, chamamos de
ectoplasma de cura(*). Neste, caso, o m��dium exsuda pelos
interst��cios celulares, pela boca, pelos dedos, pelos, orif��cios
nasais, mat��ria nervosa branca leitosa, s�� vis��vel e fotograf��vel
debaixo de certas condi����es. O m��dium portador
desse ectoplasma de cura, em regra �� aproveitado
para simplesmente sentar-se na cabina, figurando como

(") Em sess��o de psicografia levada a efeito com a m��dium Silvia
Paschoal, em 15/01/69, em Campinas, indaguei da entidade: "O
ectoplasma, ou um fluido correspondente, �� emocionalmente
neutro?" A isto, respondeu:

"O ectoplasma ou outro fluido menos denso se deixa influenciar
por condi����es espirituais do doador, n��o sendo, pois, elemento
completamente neutro, como aqueles que voc��s costumam utilizarem
seus laborat��rios".

Parece-nos que isto hoje est�� provado atrav��s de experi��ncias
com o chamado corpo biopl��smico ou ��urico detectado pela m��quina
Kirlian, pois a aura se altera consoante o estado emocional
da pessoa ou seu pensamento.


doador de ectoplasma. Outros m��diuns projetam fluidos
mais sutis que se situam, na escala, entre o ectoplasma e
a emana����o de natureza perispiritual. Assim, as pr��prias
entidades espirituais dizem: "Voc�� tem fluido curador".
Quanto �� exata defini����o �� daquela natureza a que o Esp��rito
de S��o Luiz se referiu a Allan Kardec: "Esta resposta
n��o lhe trar�� ainda o que voc�� deseja" (20). As pessoas
dotadas do dom de curar n��o ficam s�� nestas duas
posi����es. H�� de se acrescentar os dotados de magnetismo
curador (21).

No entanto, para n��s que temos operado muito no

campo medi��nico de cura, entendemos que a emana����o

curativa se apresenta debaixo de mil e uma cambian��as,

envolvendo in��meros fatores ao mesmo tempo.

Note-se que, segundo efluviografias tiradas com a
m��quina de Kirlian, sabemos que um m��dium quando d��
passes num an��mico tem a sua aura enfraquecida, enquanto
a do doente fortalecida (22). Acreditamos que,
noutros casos, apenas a for��a ps��quica, ou seja, a psicocinesia,
a que alude a Parapsicologia, poder�� interferir

Atrav��s desta correla����o �� de se notara extraordin��ria capacidade
de observa����o de Allan Kardec, que j�� havia considerado:

"Desde o instante em que tais fluidos s��o o veiculo do pensamento,
que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, �� evidente
que os fluidos podem estar impregnados das qualidades boas
ou m��s dos pensamentos que os colocam em vibra����o, modificados
pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos
corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas delet��rios corrompem
o ar repir��vel"..."Os fluidos n��o t��m qualidades sui generis,
mas sim as que adquirem no meio onde s��o elaborados"(A G��nese,
Allan Kardec, Cap. XIV, item 16).

�� por esta e outras raz��es que achamos os trabalhos pr��ticos
espiritas demais delicados.


num impasse fisiol��gico, produzindo-lhe altera����o e curando,
como no caso da elimina����o de c��lculos renais.

Ainda resta a cura pela f��, chamada "spiritual healing",
do tipo da Christian Science e que, hoje, vem sendo
muito praticada nas Igrejas crist��s, principalmente dos
Estados Unidos. "A f�� que tem poder curativo ��� diz
Charcot ��� parece-me ser o maior dos rem��dios, pois
pode ser eficaz onde todos outros medicamentos falharam.
Mas por que poderia a f�� que opera na alma ser considerada
mais miraculosa do que a droga que atua no
corpo? Algu��m porventura entendeu como uma droga
pode curar?"

Psicodinamismo curativo

Ainda dentro da nossa hip��tese de trabalho, o de
que o m��dium curador tem semelhan��a com o m��dium
de efeito f��sico, pois �� doador de bioplasma, talvez a mat��ria
primordial, explica-se servir para a recupera����o e
regenera����o de tecidos org��nicos (23). Temos de convir
que n��o basta o m��dium possuir belo estoque deste elemento,
pois importa que ele, atrav��s da vontade, movimente-
o fazendo transitar para o doente. Esta opera����o
pode ser alcan��ada isoladamente ou associada a outras
pessoas. Ainda mais, essa transmiss��o poder�� ser feita
com o enfermo presente ou estando o mesmo distante.

Radia����o

Quando o doente est�� distante, denominamos a este
processo de cura radia����o. Como ensina Alfonse Bu��:
"A pot��ncia dessa a����o reside na faculdade de emiss��o
radiadora que todo homem possui em diversos graus e
que pode regular ou estender �� vontade pelos exerc��cios.


de maneira a p��r em a����o, de perto ou de longe, os corpos
inertes ou vivos" (24).

A radia����o pode ser feita isolada ou em grupo.

Isolada �� quando fazemos a radia����o a s��s. Neste
caso, procuramos um lugar silencioso e esvaziamos o
nosso ego de todos os pensamentos contradit��rios e daqueles
comuns em nossa viv��ncia di��ria. E voltamos a
encher a mente de pensamentos generosos, como se
respir��ssemos ou sent��ssemos ser envolvidos pelos fluidos
superiores. Atingido certo clima espiritual, passamos
a vibrar em determinada dire����o. �� como fazemos com o
autom��vel: Primeiro esquentamos o motor, depois, guiamo-
lo para determinado lugar. Importa que haja dire����o,
sen��o haver�� divaga����o. Praticamente, temos feito
assim: Mentalizamos determinado enfermo e nos colocamos
projetados onde ele deve se encontrar naquele momento
e tudo fazemos como, se de fato, estiv��ssemos em
contacto com ele. Em tal momento temos de confiar em nosso
poder, na certeza de que Deus ou o nosso guia est��
conosco. Esta confian��a em n��s pr��prios �� indispens��vel
e, neste terreno, ningu��m pode excluir-se por humildade.

Radia����o em Grupo

Na radia����o em grupo reunimo-nos a outras pessoas,
para vibra����o conjunta, produzindo maior massa
de corrente irradiadora.

�� importante que o grupo seja homog��neo, isto .��, de
criaturas afinadas por sentimento elevado, sendo condi����o
b��sica que entre as mesmas n��o haja antagonismo
de qualquer esp��cie ou atritamente Aconselhamos um
preparo de homogeneiza����o, com a leitura de um trecho
de obra apaziguante, a qual n��o deve conter pontos que


provoquem racioc��nio, ou, ent��o, algu��m poder�� discorrer,
sem produzir cansa��o, sobre tema pr��prio. Temos
adotado poesias como as de autoria de Maria Dolores
"Antologia da Espiritualidade" (Feb), por entender que a
poesia cont��m carga emotiva. Tamb��m ajuda no preparo
m��sica da s��rie "�� luz da ora����o" ou outras suaves.

Os componentes do grupo devem ser em n��mero
certo ou com m��nima varia����o e, se poss��vel, cada um
dever�� sentar-se sempre no mesmo lugar. Devendo a
energia ser irradiada para fora, cada um procurar�� a sua
melhor posi����o, que n��o provoque interrup����o no corpo,
motivo por que n��o devem as pernas estar cruzadas ou
as m��os fechadas, como n��o dar��amos n��s em fios condutores,
emaranhando-os.

�� incalcul��vel o bem que dimana deste tipo de trabalho
que, no entanto, poucos praticam e que poderiam faz��-
lo nos lares, associado ao chamado Evangelho no Lar.
Todavia o tempo da radia����o deve ser curto, no m��ximo
10 minutos, para que o fluxo seja intenso.

Benef��cios da radia����o

Segundo elementos colhidos em diferentes fontes, a
radia����o produz os seguintes efeitos:

a)dentro do pr��prio grupo cada participante se reabastece
de for��a;
b)a for��a irradiada atua no psicossoma do enfermo,
mesmo que se encontre a longa dist��ncia;
c)funde as sombras e dispersa os plasmas grosseiros
que impregnam o ambiente onde se encontra o paciente;
ao mesmo tempo higieniza o pr��prio ambiente de trabalho;

d) reergue e revigora os esp��ritos combalidos, so fredores,
a tal ponto que, recebendo eles a emiss��o do
grupo, se levantam quando ca��dos nas estradas em virtu de
de desastres. ��s vezes tais almas chegam mesma a
serem atra��das sonambulicamente para o ponto de radia����o,
onde guias se aproveitam para aclarar-lhes o entendimento;
e)os irm��os socorristas espirituais aproveitam-se da
faixa, como se fosse uma estrada, para chegar a certos
lugares que, de outra forma, n��o conseguiriam;
f) o grupo de radia����o serve de ponto-de-encontro
para entidades espirituais em miss��o na Terra.

VIII

M��dium passista

Um nome inadequado

A palavra passista designa, na ci��ncia espirita, a
pessoa que d�� passes, ou seja, estende as m��os sobre
algu��m, de maneira especial, no sentido de transmitir-lhe
fluidos curativos ou de reequil��brio. Parece-nos que a palavra
n��o encontra ainda guarida em nossos dicion��rios,
pois a palavra passista �� reservada para designar os que
dan��am o frevo ou determinados elementos das escolas
de samba. A express��o espiriticamente �� consagrada e a
encontramos at�� mesmo em obras medi��nicas, como por
exemplo em "Mission��rios de Luz", ditada por Andr��
Luiz, atrav��s de Chico Xavier.

Levamos a m��o ao lugar que d��i

Quando perguntaram a Tony Agpao��, o extraordin��rio
m��dium cirurgi��o das Filipinas, como �� que descobriu

o seu dom, ele disse: "Estava no canavial cortando cana
e um companheiro cortou-se caindo ao solo gravemente
e, automaticamente, levei a m��o ao lugar aberto e que
sangrava e, para minha pr��pria estupefa����o, o corte fechou-
se!"
Jesus mandou que os ap��stolos estendessem as
m��os e curassem, portanto, �� uma das modalidades de


cura das mais antigas que existem na humanidade. Sabemos,
hoje, por estudos feitos atrav��s da parapsicologia e
da psicobiof��sica, que as pontas dos nossos dedos s��o
terminais por onde saem energias biopl��smicas. J�� nos
foram exibidos slides tirados com a m��quina fotogr��fica
de Kirlian, atrav��s dos quais verificamos que nossos dedos
se assemelham ao Sol e deles se desprendem labaredas
de fogo ��dico. Andr�� Luiz chama isto de faculdade radiante.
O nome Quiron, patrono da medicina, quer dizer
m��o! O termo latino medicus significa dedo anular!

Passe magn��tico e
passe esp��rita
Ainda segundo o entendimento vulgar podemos dizer
que os passes podem ser: magn��ticos ou espiritas.

Passes magn��ticos

O passe magn��tico �� aquele dado por uma pessoa
que utiliza a sua for��a magn��tica. Segundo experi��ncias
feitas pelo Bar��o Karl Von Reichenbach, do nosso corpo
se projeta uma for��a, �� qual ele denominou "Od" e, por
isso, chamamo-la for��a ��dica. Trata-se assim de faculdade
natural que todas as criaturas t��m, mas que umas possuem
em grau mais elevado do que outras. A c��lebre parapsic��loga
e cientista russa Barbara Ivanova, em artigo
"I guaritori Psichici" publicado na revista italiana "Metapsichica"
(1974) diz: "Potencialmente qualquer um
pode curar, tanto como pode pintar ou tocar piano". Ela
mesma se apresenta em fotografia dando passes de cura,
no que tem alcan��ado enorme sucesso na R��ssia! No
entanto, ela reconhece que a efici��ncia do passe difere
de uma a outra pessoa e, entre os elementos que influem

67


na efic��cia coloca: "a) a for��a ps��quica do passista (emana����o
��dica ou magnetismo; b) o n��vel moral do passista;

c) o desejo de curar e dedica����o a este trabalho; d) habilidade
de concentra����o at�� atingir um estado pr��prio para
projetar a radia����o, etc. Todos estes pontos e outros
mais expendidos pela ilustre pesquisadora revelam que a
"verdade n��o tem p��tria, nem religi��o, pois a ci��ncia at�� la
comprova a ci��ncia esp��rita".
Allan Kardec trata do assunto na Quest��o n.�� 176 do
"Livro dos M��diuns" e, fazendo indaga����es aos Esp��ritos,
estes esclarecem que o passe magn��tico nem sempre
�� t��o magn��tico como imaginamos, pois os esp��ritos do
bem estar��o sempre utilizando uma faculdade natural para
conseguir resultados mais felizes. Existem passistas
magn��ticos que at�� s��o materialistas, como os haver�� na
R��ssia. A tal respeito os Esp��ritos esclareceram Kardec,
de maneira interessante, que, "muito embora uma pessoa
desejosa de fazer o bem n��o acredite em Deus, Deus
acredita nela".

Apreciando, pois, o passe magn��tico dir��amos que o
resultado do mesmo sofre, pois, diferentes influ��ncias,
entre as quais: 1.��) a a����o dos bons esp��ritos; 2.��) o aux��lio
da sugest��o verbal, pois o passista tendo tal habilidade
poder�� aumentar a capacidade receptiva de quem
vai receber o passe, dando-lhe assim disposi����o equivalente
�� f��; 3.��) elementos ex��genos (exteriores) predispostos
exercem efeito positivo sobre o passista e sobre o
paciente: a m��sica, ambiente, etc, donde certos curadores
se apresentarem em vestes especiais e obedientes a
rituais vistosos, contendo ingrediente m��gico.


Passe esp��rita

O passe espirita �� diferente do anterior: �� um esp��rito
quem d�� o passe atrav��s do m��dium, servindo-se do
corpo do aparelho, como se diz na linguagem vulgar. Como
j�� fizemos ver linhas atr��s, o m��dium pode ser consciente,
semi-consciente ou inconsciente; logo, tamb��m, no
caso dos passes, o esp��rito ocupar�� o aparelho mais ou
menos estreitamente. Adv��m disto o fato de que numa
institui����o esp��rita, onde existem v��rios passistas, uns
trabalharem de forma diferente da de outros, sem uniformidade.
Nestes, n��o sentimos quase a presen��a da entidade
espiritual; naqueles, sentimo-la intensamente, dependendo
do grau de mediunidade. Quando o m��dium ��
totalmente inconsciente e de incorpora����o, ele muda a
sua personalidade e a delicada jovem, que fazia pouco
discorria em portugu��s casti��o, revela o palavreado enrolado
ind��gena cheio de vigor e o seu passe �� dado dentro
de t��cnica pr��pria da tradi����o da ra��a. A efic��cia do passe
esp��rita depende de v��rios fatores, entre os quais, os
seguintes: 1.��) vitalidade do m��dium; 2.��) sua disposi����o
de doar e servir; 3.��) tipo do fluido do m��dium manipulado
pelo esp��rito: 4.��) qualidade da retaguarda espiritual.

O item 3.�� tem-nos merecido, em nosso longo trato
com tais trabalhos, toda aten����o e tem-nos levado �� perplexidade.
Muitas vezes, em nosso ambiente mais requintado,
com entidades mais finas e de planos mais elevados, n��o
conseguimos melhorar o estado de sa��de do paciente.
Eis que o mesmo, passando a freq��entar trabalho de
outro n��vel, onde os m��diuns e as entidades pertencem a
plano mais ligado �� Terra, curam-se miraculosamente!
Isto se d�� porque o passe ministrado pelo ��ndio, consistin



do na emiss��o de plasma mais denso, pode produzir efeito,
em alguns casos, melhor do que a do espirito angelical.
Pelo mesmo motivo n��o podemos dizer que todas as correntes
s��o iguais, donde algumas operarem prod��gios
no campo curativo, n��o obstante estejam atrasadas no
campo intelectual.

O passe �� uma transfus��o

Podemos interpretar o passe como uma transfus��o
psicobioenerg��tica. Tanto quanto o an��mico melhora
com o plasma sangu��neo, tamb��m poder�� revitalizar-se
atrav��s dos passes. A Revista "Realidade", n.�� 104 ���
novembro de 1974, publicou fotografias coloridas demonstrando
que, no passe, a aura do paciente se revitaliza
e a do passista se empobrece, em n��tido processo de
transfus��o pl��smica.

Acreditamos que, com a matura����o biol��gica do ser
humano, no futuro, o passe suprimir�� muitos rem��dios.
Os professores Bernard Grad, Remi Gadoret e G. K. Paul
revelaram ter obtido na Universidade de Montreal, atrav��s
de passes, resultados positivos no tratamento de feridas
feitas em cobaias. Tamb��m, nos Estados Unidos, o
Centro M��dico Maimonides e o Hospital Estadual de
Rocklan conclu��ram serem positivos os resultados alcan��ados
pela faith healing, ou seja, cura pela f��.

70


IX

Elementos adicionais
do passe

A corrente

Quando freq��entamos trabalho deste tipo, ouvimos
dizer: "a corrente est�� hoje boa; fulano quebrou a corrente;
a corrente est�� p��ssima. Que, afinal, vem a ser isto?

Podemos considerar a exist��ncia de tr��s esp��cies
de correntes:

A corrente magn��tica

A corrente magn��tica ou flu��dica �� aquela que se forma
pela conjun����o e circula����o do magnetismo vital ou
fluidos dimanantes de cada um dos que constituem a
equipe de trabalho. Como preleciona C. Torres Pastorino,
em T��cnica da Mediunidade: "Os acumuladores nem
sempre possuem carga suficiente de energia para determinado
fim. S��o ent��o reunidos "em s��rie", formando
uma bateria. Na mediunidade, quando um m��dium n��o ��
capaz de fornecer energia suficiente a s��s, junta-se a outros,
formando massa ponder��vel.

A corrente mental

A corrente mental �� formada pelo pensamento de
cada co-participante, naquilo que conhecemos pelo no



me de comunh��o-de-pensamento. Temos evidentemente
de reconhecer a extraordin��ria for��a mentocriativa do
homem, que chega a plasmar coisas, como no-lo mostra
Ernesto Bozzano (25). Em "Mecanismo da Mediunidade",

o autor espiritual Andr�� Luiz assinala: "Correntes vivas
fluem do ��ntimo de cada intelig��ncia, a se lhe projetarem
no halo energ��tico, estruturando-lhe a aura ou a fotosfera
ps��quica..."
A corrente magn��tica ou flu��dica, a que atr��s nos
referimos, revela in��rcia relativa, pois o seu turbilhonamento
moto-vorticoso se assemelha ao da ��gua fervente
dentro de uma caldeira. �� a corrente mental que lhe dar��
dire����o, tanto quanto �� o pensamento dos engenheiros e
art��fices cristalizado na locomotiva que far�� aquela energia
presa (vapor) mover a composi����o e lev��-la a algum
lugar. Evidente, pois, que a mente seja a mais importante
pe��a da nossa constitui����o ps��quica. O pr��prio
mundo que vivemos �� fruto da nossa mente e da dos esp��ritos
co-criadores.

A corrente espiritual

A corrente espiritual �� a formada pelas entidades
espirituais que operam no trabalho. Cada tipo de trabalho
tem os seus especialistas do lado de l��. Eles se constituem
em verdadeiras falanges. Essas falanges possuem
organiza����o e, ao menos as que conhecemos, guardam
composi����o hier��rquica, �� moda militar. No Brasil existe
uma enorme falange m��dica dirigida pelo luminoso esp��rito
de Bezerra de Menezes. Existem, por��m, outras que
seguem linha diferente como, por exemplo, a dos que curam
atrav��s de ervas e fumiga����es. O fato de Bezerra de
Menezes dirigir verdadeiro ex��rcito de m��dicos e enfer



meiros espirituais gera situa����es que devem ser explicadas,
como o fato de Bezerra de Menezes se encontrar dando
assist��ncia em todas as partes do territ��rio nacional. O
espirito superior gosta de trabalhar no anonimato e poder��
operar aqui e ali, aproveitando-se da confian��a que os
necessitados t��m em Bezerra de Menezes, que os chefia,
facilitando-lhes a tarefa na seara do bem.

Cabina de passes

Nos trabalhos de cura se recomenda a instala����o de
cabinas. Damos comumente este nome a um compartimento,
sala ou quarto, geralmente de modestas dimens��es,
onde colocamos um ou mais m��diuns de cura cercados
de diversas pessoas dotadas de virtude curadora.
Estes auxiliares, em regra, s��o escolhidos pelo pr��prio
orientador espiritual que sabe quem possui plasma adequado
ao tipo de trabalho. Tais cooperadores ficar��o sentados
comodamente com os m��sculos relaxados, sem
cruzar pernas e bra��os. De resto, a pr��pria entidade dar��
determina����es quando devam proceder de outra
maneira. Temos notado que os guias-orientadores costumam
escolher pessoas cheias de magnetismo animal,
bastante fortes. O objetivo disto �� formar massa ou corrente
densificada que fica �� disposi����o dos esp��ritos curadores,
ao tempo que eles reabastecem o m��dium, que
se depaupera durante os passes.

Recomendamos que n��o se coloque mais do que
dois m��diuns em cada cabina, ou se poss��vel, um s�� e
que, antes de cada cabina abrir-se ao p��blico, leia-se um
trechinho do Evangelho e que se fa��a uma prece pedindo
prote����o ao Alto. Assim, numa s�� casa ou centro, poder��
haver in��meras cabinas com relativa independ��ncia e es


73


pecialidade. Observamos que certas entidades, em combina����o
l��gica com o instrumento medi��nico, possuem
suas especializa����es curativas; umas atuam fortemente
na parte f��sica, outras em enfermidades ps��quicas, algumas
em doen��as leves, outras em doen��as graves,
sendo certos valores medi��nicos especializados em determinado
ramo m��dico. Verificamos ser de grande alcance
separar as cabinas por especializa����o.

Estado do m��dium de cura

Evidente que o m��dium de cura tenha import��ncia
em si, no resultado dos trabalhos. Se ele �� instrumento ou
medianeiro atrav��s do qual todas as correntes, que citamos,
dever��o transitar e receber tratamento, evidente
que a sua qualidade de condutor se deva levar em conta.
N��o s�� isto como, muitas vezes, o m��dium sozinho representa,
naquele conjunto, o maior d��namo e condensador
de for��as necess��rias �� cura, independente de correntes.

Elementos positivos no passista:

a) a capacidade de manter padr��o superior de eleva����o
mental cont��nua;
b)acentuado amor aos semelhantes, desejo de transmitir,
de fazer o bem;
c)dedica����o porfiada �� causa, sem vacila����o;
d)f��, confian��a, certeza no amparo, nenhuma d��vida
quanto ao resultado positivo;
e)realizar esta tarefa com alegria de ter sido escolhido
para faz��-la e n��o como prova, castigo; estar disposto a
doar com sinceridade e n��o por obriga����o religiosa de faz��-
lo ou simplesmente para se descartar de algu��m que pede o
passe;

f)vida regrada: nenhum excesso, nem mesmo no trabalho;
g)alta compreens��o da vida; uma filosofia elevada
instila na alma modo calmo e analisar os embates, donde
a serenidade necess��ria.
Elementos negativos

(segundo Alfonse Bu��)

1)encontrar-se doente;
2)excessivamente esfalfado;
3)excessivamente deprimido, amargurado, etc;
4)excessivamente excitado por id��ias de ��dio, vingan��a,
etc;
5)encontrar-se com o est��mago excessivamente
sobrecarregado;
6)ter ingerido ��lcool;
7)ter fumado em demasia;
8)encontrar-se sob a a����o de drogas e psicotr��picos:
9)encontrar-se fortemente atuado o obsediado.
O interessante �� que o pr��prio m��dium sente que
n��o est�� em condi����es de trabalhar, caso em que humildemente
comunicar�� o fato ao diretor encarnado dos trabalhos.
(Remetemos o aluno para a obra Mission��rios de
Luz, p��g. 323 de Andr�� Luiz, psicografado por Francisco

C. Xavier).
Estado do paciente

Poderia parecer que o paciente nada teria a ver com

o passe. No entanto, importa que ele mantenha certo estado
de confian��a, pois que uma m��quina n��o sensibilizaria
o fiime fotogr��fico se o diafragma se conservasse fechado
�� entrada das ondas luminosas.

Nosso sempre citado autor espiritual, Andr�� Luiz,
chamou a isto ades��o, na obra "Mecanismo da Mediunidade".
Ela se assemelha �� F��, que encontramos em outras
religi��es e, no seu dizer, "mobiliza milh��es de corp��sculos
de organismos fisiopsicossom��ticos".

A principio o socorro parece ser hesitante, mas conforme
o paciente vai conferindo aten����o e vai aderindo,
dando condi����es de receptividade plena, eis que se realiza
outro prod��gio: O pr��prio paciente se converte, ao inv��s
de simples paciente, em agente-indutor mobilizando
no seu interior for��as que se encontravam paradas e que
ir��o trabalhar ativamente na cura do seu pr��prio corpo.

Queremos agora, referir-nos ao problema dos que
se sentam para tomar passes e resmungam assim: "S��
quero ver. N��o acredito nestas bobagens. Aposto que
n��o me curam. Aposto quanto quiserem". �� esse fulano
que deseja curar-se, mas n��o vale a pena perder muito
tempo com ele. Diz-nos Andr�� Luiz, em "Dom��nios da
Mediunidade": "Sem recolhimento e respeito, na receptividade,
n��o conseguimos fixar os recursos imponder��veis
que funcionam em nosso favor, porque o esc��rnio e
a dureza de cora����o podem ser comparados a espessas
camadas de gelo sobre o templo da alma".

Considera����es

Em tudo e por tudo importa reconhecer que o Espiritismo,
como dizia Leon Denis, �� s��ntese, ou a grande s��ntese
dos conhecimentos e, conseq��entemente, qualquer
trabalho requer mais do que a simples cren��a. No caso
de sess��es ou trabalhos de cura, importa ao diretor
observar pe��a por pe��a da sua equipe, ��s vezes diversific��-
la. deslocar um elemento, colocar outro, reativar


certos ��ngulos e adquirir certa sensibilidade e tamb��m
ter cabe��a fria para julgar os resultados; n��o se deixando
conduzir ao exagero do fanatismo, tampouco se transformar
em desestimulador, principalmente dos que est��o
come��ando. �� um trabalho de dire����o delicada. Sobretudo
o Diretor deve ter cuidado em n��o propalar as curas
feitas, n��o destac��-las, n��o ter o feio h��bito da cita����o
nominal do beneficiado, mas tomar o trabalho como algo
normal e o fruto como resultado da semeadura. Por outro
lado, na forma����o de corrente, n��o esquecer de eliminar
os tipos inquietos, que n��o param, olham para todos os
cantos, pois estes s��o verdadeiros ladr��es de corrente.


x
Chacras

Chacra em s��nscrito significa lotus, roda. Os principais
s��o em n��mero de sete, localizados no corpo humano.
Definir o que seja um chacra n��o �� f��cil, mas podemos,
para compreens��o, associ��-lo aos chamados
plexos nervosos que estudamos em anatomia. Como sabemos,
o sistema nervoso tem pontos de confluencia e
enfeixe dos nervos, como por exemplo plexo solar, no
centro do abdomen. Ora, poder��amos dizer que os
chacras s��o tais esta����es radiais que secundam a esta����o
central, recebendo e redistribuindo energias psicobiofisicas.
C. Jung, o grande companheiro de Freud, em
declara����es a Antonio Serrano, em "C��rculo Herm��tico",
confessou que possivelmente cada chacra pudesse representar
at�� mesmo um diferente modo de consci��ncia.

O chacra ��, pois, enfeixe psicodin��mico existente na
periferia do corpo f��sico e no perispiritual.

Acredito que, hoje, para o ocidental j�� seja mais f��cil
compreender o chacra, em virtude da fotografia que se tira
da aura humana, que sugere possuirmos possivelmente
um corpo psicobiopl��smico e, se temos uma contraparte
assim, �� evidente que o seu funcionamento se d��
em forma de correntes que circulam, com os seus mecanismos,
geradores, condensadores, usinas centrais, sub


78


esta����es, etc. Eis, pois, como se justificam cientificamente
os chacras. Adamenko, f��sico e parapsic��logo
russo contempor��neo, diz que "os pontos da acupuntura
s��o os mesmo dos quais aflora a energia curadora" e o
conhecido cientista japon��s, Iroshi Motoyama, chefe do
Instituto de Psicologia Religiosa de T��quio, afirma que "a
habilidade de curar �� interligada seja aos meridianos da
acupuntura, seja aos chacras, os sete lotus do g��nero humano"
(26).

Chacra coron��rio

(Sahashara ou Brahmananda)

Tem o nome de coron��rio porque se situa bem em
cima da cabe��a, isto ��, no seu cume, onde os santos e
iluminados se apresentam com uma coroa. Os sacerdotes
se deixam tonsurar justamente neste ponto. Nele se
situa a antena atrav��s da qual nos ligamos �� intelig��ncia
c��smica. Alguns autores assinalam o fato de o chacra
coron��rio se situar em posi����o correspondente �� ep��fise
e que, portanto, esta gl��ndula teria fun����o muito mais larga
do que lhe assinala atualmente a medicina. Ali��s, uma
entidade espiritual, Andr�� Luiz, preleciona: "A gl��ndula
pineal segrega horm��nios ps��quicos ou unidades-for��as
que v��o atuar nas energias geradoras".

Chacra frontal

(Ajna)

Situa-se bem na fronte. Segundo esoteristas e ocultistas,
neste ponto se localizaria o terceiro olho, a terceira
vis��o ou o olho de Shiva. Os fara��s traziam ali os ur��us
m��gicos, ou seja, uma figura de serpente de bote armado.


Este chacra, quando desenvolvido, permite a percep����o
extra-sensorial, principalmente o de
clarivid��ncia. Ele comanda, no entanto, sobretudo os processos
intelectivos. Para o Dr. Jorge Andr��a, este chacra
tem "influ��ncia marcante sobre os restantes, zelando
pelas atividades nervosas..."

Chacra lar��ngeo ou braquial

(vishuda)

Controla os fen��menos vocais e respirat��rios, bem
como as atividades do timo, da tir��ide e das paratir��ides.
�� de grande import��ncia na psicofonia, faculdade medi��nica
pela qual os esp��ritos se exprimem atrav��s da fala.

Chacra cardiaco

(anahata)

Sustenta a emo����o e o equilibrio geral. Segundo alguns
�� o principal ponto de contacto com o eu profundo.
Os esp��ritos que atuam no setor curativo se ligam ao instrumento
medi��nico, penetrando decisivamente neste
campo.. Evidente que, sendo card��aco, atende ao mecanismo
da circula����o.

Chacra g��strico

(manipura) ou solar

Situa-se no epigastro, �� altura do umbigo ou pouco
acima. Na verdade, �� mais conhecido por chacra solar ou
at�� mesmo plexo solar, nome este coincidente com o que
possui na nomenclatura m��dica. Comanda o vago simp��tico,
conseq��entemente assume a dire����o do organismo
em seu funcionamento inconsciente. Enquanto refletimos,
trabalhamos, dormimos, etc. todas as fun����es orga



nicas s��o exercidas pelo mais maravilhoso automatismo

que nos �� dado conhecer. �� o chacra solar que teria co


mando assim importante.

Segundo alguns autores e pesquisadores,�� o ponto

de liga����o flu��dica dos esp��ritos absessores e sofredores

ao obsediado ou atuado, local que, nos trabalhos de lim


peza ou de desobsess��o, deve merecer aten����o espe


cial. (Veja-se p��g. 326 da obra "Mission��rios da Luz", de

Andr�� Luiz).

Parece-nos, tamb��m, que este chacra tem import��n


cia relevante nos processos de desprendimento de flui


dos, pois quase sempre o doador de ectoplasma de cura

sente um vazio nesse ponto.

Chacra esp��nico

(svadistana)

Corresponde ao lugar onde se localiza o ba��o. �� chacra
important��ssimo, pois objetiva extrair o pr��na (energias
c��smicas) para vitalizar o organismo.

Ainda na ci��ncia espirita ele deve merecer aten����o
especial, pois que, sendo ponto de revitaliza����o, pequena
usina intermedi��ria de tratamento do elemento hiperf��sico
transformando em f��sico, eis que as entidades vampirizadoras
se fixam ali.

O dr. Jorge Andr��a lhe assinala papel de
regularizador do sistema hem��tico transportador das
energias org��nicas.

Chacra b��sico

(muladhara)

Situa-se no c��ccix ou plexo sagrado (diz-se plexo sagrado
por se situar na regi��o sacra do corpo). Op��e-se ao


chacra coron��rio. O coron��rio se liga ao superior; o b��sico
ao inferior. Seria uma antena invertida ligada �� for��a
da terra, portanto important��ssimo no complexo humano.
Atrav��s deste chacra se movimenta a tremenda for��a
chamada kundalini. A ele pertencem uma das mais importantes
fun����es do homem, qual seja a gen��sica.

As entidades espirituais com desvio er��tico se ligam
ao atuado atrav��s deste ponto.

Coron��rio

Frontal

Lar��ngeo

Cardiaco

G��strico (Plexo Solar)
Espl��nico


B��sico


A coloca����o dos chacras, nesta obra eminentemente
esp��rita, tem prop��sito despretensioso e de abrang��ncia
restrita. Fazemos uma abordagem da mat��ria
pelo fato de que o Espiritismo tem de estudar o homem
em seu aspecto integral: o f��sico (energ��tico simples); o
bioenerg��tico (energia vital); o mentoenerg��tico (for��a
mental); o perispiritual; o espiritual, etc.

Considerando o Criador, a Usina-Maior, temos de
convir que se d�� uma descida dessa for��a cujo potencial
nos �� imposs��vel avaliar, at�� que degradada e complexificada
se torne capaz de realizar um trabalho desejado
pelo Criador. Todavia, nesse percurso, em que realiza
uma tarefa, adquire fei����o pr��pria e tamb��m recebe nomes
dados pelos homens atrav��s dos tempos, por for��a do lugar
em que se encontram e da vis��o que possuem. O el��tron
�� o parente mais pobre do pensamento!

N��s, esp��ritas, estamos tateando essa ��rea. Constrangidos
a penetrar nela temos de nos haver com
nomenclatura de outras Escolas, principalmente hinduistas.
Mas, n��o s�� temos de lan��ar m��o de tais ou quais denomina����es,
que podem nos causar dificuldades sem��nticas
em virtude de sua antiguidade, que pertencem ao
reposit��rio da chamada Sabedoria Antiga, mas, tamb��m,
somos levados a penetrar departamentos de conhecimentos
mais atuais, como a Parapsicologia, principalmente
no tocante �� Psicotr��nica, que observa e experimenta

o ponto de intera����o entre a mente (psique) e a mat��ria.
Exemplo: Mover um trenzinho com a mente.
Mod��stia �� parte, nenhum outro campo de conhecimento
est��, por��m, t��o habilitado como o Espiritismo

83


para chegar l��, na apresenta����o, ao grande p��blico planet��rio,
do Homem Integral, que, ent��o, n��o ser�� mais
"Esse Desconhecido" a que aludiu Alex Carrel.

O Dr. Jorge Andr��a, destacado membro do Instituto
de Cultura Esp��rita, o qual presidiu, m��dico psiquiatra,
autor de excelentes obras, tem posto toda a sua intelig��ncia,
intui����o e talento neste prop��sito, e principalmente
no livro "Nos Alicerces do Inconsciente" trata dos chacras,
aos quais d�� o nome de "discos", buscando, por��m,
um tratamento cient��fico. Entende este ilustre m��dico
que os chacras s��o muitos e que se situam em v��rias
camadas do psicossoma. Estes sete apontados s��o simplesmente
aqueles situados nas zonas mais externas (27).
Andr�� Luiz, autoridade cient��fica do mundo espiritual, enfrenta
o tema e chama-o chacra pelo nome de "centro
vital".

Podemos admitir certa rela����o entre os chacras e
os pontos da acupuntura e hoje alguns pesquisadores j��
t��m constru��do m��quinas de mapeamento de tais pontos
psicobioenerg��ticos no corpo humano. Ent��o n��o se
trata de misticismo, pois a Medicina Chinesa, nos hospitais,
acolhe esse tratamento de sa��de. O japon��s Hiroshi
Motoyana se destacou montando a delicada m��quina
"AMI", atrav��s da qual faz mapeamento do corpo humano
detectando tais pontos de acupuntura.


XI

A pr��tica dos passes

Quando o paciente solicita um passe, geralmente o
faz para determinado fim. Assim como o doente justifica
ao m��dico para o que veio ao consult��rio, tamb��m age o
que se trata, atrav��s de meios espirituais. Uns est��o
desequilibrados, outros sentem dor f��sica, etc. Considerando
que assim ��, vamos aqui tratar o passe debaixo
deste aspecto, atendendo imperativo pr��tico. Segundo,
pois, a finalidade do passe, temos os seguintes:

1)PASSE DE LIMPEZA OU DISPERS��O
2) PASSE FLU��DICO OU DE TRANSFUS��O
3)PASSE DE DESENVOLVIMENTO MEDI��NICO
Evidente que podemos dar passe sem mesmo usarmos a
m��o, apenas nos colocando diante do doente ou, ent��o,
postando-nos diante do mesmo de m��os espalmadas ou,
ainda, simplesmente "aben��oando-o".
1)Passe de limpeza ou dispers��o
Tem por objetivo limpar a pessoa de fluidos pegajosos,
negativos, larvas astrais, microorganismos et��ricos,
express��es vampirizantes, encostos, atua����es leves.

Toda criatura, por muito boa que seja, sujeita-se a
atrair detritos psicopl��smicos que lhe sujam as vestes perispirituais.
Embora a roupa esteja limpa e perfumada,


pode ocorrer que o seu corpo espiritual se encontre impregnado
de ader��ncias prejudiciais, como salpicado de
lama.

O passe de limpeza se assemelha a vigoroso jato
flu��dico que promove o desligamento destas impregna����es
delet��rias.

Como aplicar o passe de limpeza?

Importa que comparemos este passe com o ato de
nos lavarmos. Quando o fazemos, passamos a m��o de
cima para baixo, em sentido longitudinal, levando a ��gua
do corpo at�� os p��s, fazendo com que ela caia no ralo.
Esta �� a opera����o b��sica. Mas, tamb��m, quando nos lavamos,
ora nos detemos no pesco��o, limpando-o mais,
ora em outros pontos do corpo, em sentido transversal.

Didaticamente podemos considerar tr��s modos de
passe de limpeza:
Longitudinal (ao comprido)

Fazemos a limpeza da cabe��a aos p��s, como se pux��ssemos
com um rodinho a ��gua suja, da ponta superior
�� inferior, at�� derrubar a ��gua no ch��o. N��o se esque��a
de que a ��gua suja deve ser derrubada no ch��o, passando
portanto al��m dos p��s.

m��o esquerda m��o direita

Passe de limpeza

longitudinal, ao comprido


Transversal

�� como se atir��ssemos pelos lados a lama de uma
via asfaltada, de modo tal que ela viesse a cair nos regos
laterais.


Passe de limpeza

transversal, de lado.

Anotamos os segmentos A..B..C....D..E..F a fim de
que o leitor saiba que o passe, que come��a no chacra coron��rio
superior vai descendo, passando por todos eles.

Movimento das m��os: A m��o se movimenta de modo
que a sujeira atirada fora do corpo do paciente n��o
volte para ele. Isto explica porque certas entidades espirituais,
quando d��o passe de limpeza, estalam os dedos,
assim como uma pessoa qu�� estivesse se esfor��ando
para livrar o dedo de uma massa visguenta qualquer. De
certo modo os esp��ritos t��m raz��o, pois que, possivelmente
na ponta dos dedos do passista devem ficar ade


87


r��ncias de plasmas prejudiciais que, ent��o, devem ser
despregadas e atiradas longe.

Limpeza local

Dependendo mais de inspira����o que de conhecimento,
o passe de limpeza, depois do longitudinal e do
transversal, ser�� dado em determinados locais. Destes
locais conhecemos dois importantes, que s��o o chacra
g��strico ou plexo solar, por onde se ligam as entidades
sofredoras ou onde se densificam fluidos que n��o foram
drenados ou colocados para fora, principalmente em m��diuns
que n��o trabalham, e o chacra espl��nico, ponto de
ader��ncia de express��es vampirizantes.

2)Passe fiu��dico ou de transfus��o
Este passe �� inverso daquele de limpeza, pois na
limpeza tiramos, extra��mos, expurgamos, enquanto que
na transfus��o colocamos, adicionamos e reativamos.
Poder��amos, comparativamente, dizer que o passe de
limpeza �� o laxativo, enquanto o de transfus��o �� o fortificante.


Tal qual a transfus��o sangu��nea, realmente transfundimos
energias psicobioenerg��ticas no paciente, o que
hoje est�� comprovado atrav��s das efluviografias de Kirlian.


N��o conhecemos um processo padr��o para este
tipo de passe, dependendo muito da inspira����o do passista
e at�� mesmo como ele se sinta melhor dando de si
para o doente. Conhecemos passistas que simplesmente
colocando-se �� frente do doente com as m��os espalmadas,
sem qualquer movimento, conseguem efeitos verdadeiramente
miraculosos.


Podemos, no entanto, considerar os seguintes modos
operantes do passe de transfus��o:

Passe radia����o geral

O passista �� frente do paciente estende as m��os espalmadas
irradiando correntes ben��ficas e curativas.
N��o move a m��o para cima e para baixo, mas simplesmente
faz uma proje����o no n��vel frontal; depois no n��vel
card��aco e, por fim, no n��vel solar (umbigo).

Passe rotat��rio local

Necessitando estimular certos ��rg��os ou chacras, o
passista aplicar�� passe rotativo no local.


Passe rotat��rio

Passe vibrat��rio local

Tamb��m �� revitalizante este passe. Ele �� dado com
a m��o em movimentos r��pidos em sentido vertical ao local,
como se acion��ssemos velozmente uma palheta de
tocar instrumento musical.


Passe vibrat��rio

3)Passe de reequil��brio
Temos lido e ouvido falar muito acerca do passe de
reequil��brio. Mas, a nosso ver, todos os passes podem ser
de reequil��brio, pois se uma pessoa se encontra desequilibrada,
o desequil��brio pode ocorrer por v��rios motivos,
entre os quais uma insuport��vel dor f��sica, trauma passional,
dramas de consci��ncia, influ��ncia espiritual, etc.

Desequil��brio, pois, �� sintoma de muita coisa. Todavia,
geralmente o passe de reequil��brio �� aquele que
damos em pessoa perturbada a quem ministramos passe
de dispers��o.

Este passe de reequil��brio tem pouco valor se o paciente
n��o se dispuser a equilibrar-se por si mesmo, isto
��, fazer esfor��o para o autodom��nio.

No entanto, constituem-se em legi��o aqueles que
buscam os Centros Esp��ritas alegando se sentirem desequilibrados.
Da�� que muitos deles mere��am algumas palavras
de orienta����o, que, no caso, atuam com maior propriedade
do que o passe magn��tico. Sugerimos que todos
os grupos tenham pessoas capazes de ouvir os desequilibrados,
aflitos, angustiados, cheios de medo e ang��s



tia, e em condi����es de dar-lhes a palavra pr��pria para o
encorajamento, sustenta����o e ilumina����o. Muitas vezes
esse trabalho �� feito por entidades espirituais quando
elas disp��em de bons m��diuns psicof��nicos.

Mais duas coisas importantes para tais clientes de
nossas institui����es: a) colocar �� disposi����o do paciente
livros a fim de que ele se chegue ao manancial da Doutrina
Consoladora, devendo existir quem oriente essa leitura
e b) indicar a laborterapia crist��, a de servi��o ao pr��ximo,
rem��dio que temos verificado ser o mais eficaz de
todos.

4)Passe irritante e dissociativo
Temos, de larga data, em nossos trabalhos pr��ticos,
sido advertidos pelos guias da inconveni��ncia de parar
muito tempo com a m��o sobre a cabe��a do paciente.
Causa irrita����o e, ao mesmo tempo, chega a provocar
convuls��es em determinados pacientes mais sens��veis. O
curioso �� que, por causar uma certa dissocia����o ps��quica,
dentro de certo crit��rio podemos utiliz��-lo para facilitar
a eclos��o da mediunidade (28).

Que significa estar "carregado"?

Muitas vezes o guia espiritual dos trabalhos diz para
determinada pessoa que ela "est�� muito carregada",
necessitada de muitos passes. Que vem a ser "carregado"?
Em geral, carregado quer dizer cheio de ader��ncia
e impregna����es flu��dicas negativas e delet��rias. Todavia,
note-se bem, estar carregado n��o significa estar atuado,
com encosto ou obsessor. Pode uma pessoa atrair para
si. em forma de imanta����o, plasmas viciados ou larvas


astralinas, conforme o lugar onde lenha estado. Essa
carga pode ter simplesmente origem magn��tica. O quebranto,
a que se sujeitam crian��as sens��veis, �� uma carga,
geralmente de origem magn��tica descalibrante do
psicossoma.

Um fato comum, que sucede freq��entemente, �� aparecer
um m��dium para tomar passe, porque se encontra
carregad��ssimo. No entanto essa carga do m��dium pode
ser (e j�� verificamos isto) excesso de fluido que lhe engorgitou
a circula����o no campo do psicossoma, pelo fato de
n��o estar trabalhando na mediunidade. Por isso, conforme
o tipo de mediunidade, o m��dium que n��o trabalha
sente-se mal.

Para todos os casos de pessoas carregadas �� evidente
que se pense no passe de limpeza, mas se se trata
de excesso de ectoplasma ou fluido n��o utilizado, basta
deix��-lo, como doador numa cabina de cura, apenas sentado.


Passe misto ou passe padr��o

Quando damos passes geralmente misturamos
tudo, pois n��o temos dados iniciais quanto �� situa����o do
paciente. O passe pois, mais utilizado nos trabalhos ��
este:

1.�� tempo: concentramo-nos pedindo luz e for��a ao Alto
2.�� tempo: fazemos o passe de limpeza no paciente
3.�� tempo: fazemos o passe de transfus��o
O passe n��o deve ser dado muito longe do corpo do paciente,
devido a for��a radiante se perder com a dist��ncia.


Nota: Este cap��tulo n��o tem pretens��o de ensinar
aos doutos como se d�� passes, mas, simplesmente
fornecer uma norma pr��tica para pessoas que devam
d��-los e ignoram como come��ar. �� como ensinar uma,
pessoa a dirigir o carro, a quem fornecemos regras.
Quando habilitado passar�� a agir por si mesmo, segundo
o tr��nsito, local e outras circunst��ncias.


XII

M��dium receitista

Alopatia e homeopatia

M��dium receitista �� aquele que prescreve rem��dio
ou forma de tratamento. Cada m��dium receitista opera
segundo o seu tipo especifico de mediunidade: uns ouvem
e s��o clariaudientes; outros v��em e s��o videntes;
outros ainda recebem a entidade, geralmente m��dico j��
falecido, que incorporado age com desenvoltura como se
vivo fosse. Conforme a terap��utica aplicada, o receitista
pode ser: alopata, se utiliza os medicamentos da medicina
cl��ssica; homeopata, se utiliza a homeopatia, que se
fundamenta na divisa - "similia similibus curantur"; herborista,
se receita ervas e ra��zes, etc.

A alopatia raramente �� usada pelos m��diuns em virtude,
sobretudo; da responsabilidade que assume por
causa das leis. O c��lebre m��dium Arig�� foi not��vel receitista
alopata. Tamb��m, nos Estados Unidos, o famoso
Edgar Cayce.

A homeopat��a �� mais comum e Chico Xavier utiliza-a
atrav��s da psicografia, contando com a equipe do Dr. Bezerra
de Menezes. Segundo verificamos o tratamento homeop��tico
�� mais energ��tico que propriamente medicamentoso,
donde se coadunar mais com a doutrina espirita
(28 A).


A erva �� bastante receitada, quer em infus��o ou
macera����o, ou beberagem. Infus��o quer dizer que simplesmente
colocamos a erva na ��gua. Macera����o, se
amassamos a erva. Beberagem �� o que chamamos de
ch��.

��gua fluida

Emmanuel, luminoso esp��rito, nos ensina: "A ��gua
�� um dos elementos mais receptivos da Terra e na qual a
medicamenta����o do C��u pode ser impressa atrav��s de recursos
substanciais e assist��ncia ao corpo e �� alma".

Mais do que qualquer outro medicamento os esp��ritos
utilizam a chamada ��gua fluida. Damos-lhe este nome
no pressuposto de que a ��gua �� submetida a um tratamento
flu��dico pelas entidades espirituais. No entanto, a
��gua fluida �� tamb��m aquela simplesmente magnetizada
pelos que trabalham neste setor de curas.

Sabemos que tudo �� vibra����o no universo e �� o estado
vibrat��rio interat��mico que determina seja isto pedra e
aquilo ��gua. Logo, o agente espiritual ou humano (esp��rito
encarnado) poder�� alterar a estrutura interat��mica da
��gua, modificando fundamentalmente a sua propriedade.
O dia em que o homem dominar este terreno n��o necessitar��
mais de tantas drogas, algumas com terr��veis efeitos
colaterais. Mas existe outro caso de altera����o da ��gua
pelos esp��ritos. Podem eles colocar produtos medicamentosos
dentro dela em virtude de aportes, isto ��, tra zendo-
os de outro lugar ou mesmo elaborando-os na sua
contraparte et��rica. Neste ��ltimo caso quase sempre
contam com a coopera����o de um m��dium de efeito f��sico
com plasma de cura. A ��gua fluid a medicamentada deste
modo muda ��s vezes de cor, paladar e odor. Muitas vezes


vimos formarem-se dep��sitos de mat��ria esbranqui��ada,
de um dedo de espessura, no fundo do recipiente. Outras
vezes s��o adicionados perfumes que caracterizam determinada
entidade.

Como fluir a ��gua

Se �� a entidade espiritual que vai flu��-la, o assunto
lhe pertence, pois ela tem a sua personalidade e o seu
modo de proceder. Se, por��m, a fluidifica����o �� magn��tica,
isto ��, n��o existe espirito, ent��o, importa que tomemos
um vasilhame, de prefer��ncia de lou��a, com o gargalo
o mais aberto poss��vel, e passemos a emitir for��a
��dica ou magn��tica sobre a ��gua, o que devemos d�� prefer��ncia
fazer com a m��o direita.

O que n��o devemos fazer na fluidifica����o

Desejamos, aqui, transmitir uma regra que possivelmente
desgoste os que est��o habituados a antiqu��ssimas
normas de trabalho, mas que necessitam mudar. N��o devemos
colocar recipiente de ��gua para fluir em trabalhos
de desobsess��o ou de doutrina����o de esp��ritos inferiores,
ou em quaisquer outros em que tenhamos de operar em
correntes agressivas de baixa edifica����o. A ��gua ��
condutora, ��tima condutora, como o fio de cobre o ��: ipso
facto, tanto conduz o ruim como o bom. N��o obstante os
guias espirituais procurem anular as impregna����es negativas
e colocar fora os plasmas inferiores, �� bem melhor
que evitemos, pois o aforisma ��: Ajuda-te que te ajudarei.

Assim, havendo trabalhos, damos a ��gua para fiuir a
quem tenha faculdade para faz��-lo, com um preparativo
de prece, tirando o recipiente da sala onde passaremos a
operar em desobsess��o.


A ��gua �� um elemento t��o maravilhoso colocado na
Terra, que podemos utiliz��-la tamb��m para descargas de
fluido delet��rios, caso em que n��o a bebemos mas joga-
mo-la fora em determinados tratamentos.

Por outro lado ela �� t��o condutora que o fluidificador
n��o deve fluidific��-la se bebeu ��lcool, se fumou demais,
se fez extravag��ncias, se se encontra combalido, enfermo,
perturbado.

O m��dium receitista e o p��blico

O m��dium receitista n��o deve ficar no meio do p��blico,
mesmo que seja inconsciente. As ondas mentais dos
assistentes, cada qual empolgado com o seu problema e
desinteressado do problema do irm��o consulente, se refragem,
entrecruzam, confundindo-se em emaranhado,
donde o perigo de uma receita dada a determinado consulente
conter rem��dio que se destinava a outro. O ideal
�� que o receitista trabalha em cabina, a salvo do p��blico e
acolitado por elementos escolhidos para propiciar-lhe
corrente de defesa

��s vezes solicitam receita para doente que se encontra
�� dist��ncia. Nestes casos, o nome do doente, endere��o
e idade devem ser escritos ou proferidos com
muita clareza. A idade objetiva evitar a homon��mia e n��s
j�� fomos testemunhas de fato singular em que. tendo duvidado
de certa receita, constatamos que se referia a
pessoa residente na mesma casa. hom��nima, mas que
era av�� da jovem consulente.

Na obra "Dominios da Mediunidade" Andr�� Luiz explica
de que forma �� feito exame do doente situado a lon



ga dist��ncia, o que Martins Peralva na sua excelente obra
"Estudando a Mediunidade" nos transmite com clareza e
objetividade.

Bezerra de Menezes, cognominado o Kardec brasileiro,
a prop��sito de receita, �� dist��ncia fez judiciosa observa����o:
"Se algu��m aqui na Corte pedir a um m��dico
que consulte o espirito que lhe assiste sobre os sofrimentos
de uma pessoa residente em Diamantina, em Minas,
sem dizer nenhuma palavra a respeito de tais sofrimentos
e receber horas depois um relat��rio de todos os males
que afetam o organismo daquela pessoa e reconhecer
que tal diagn��stico �� a perfeita express��o da verdade, o
fato est�� autenticado e prova que se d��o comunica����es
tamb��m relativamente ao estado de sa��de dos vivos
Esse caso deu-se aqui com o Conselheiro Matta Machado,
Deputado mineiro e Ministro do Gabinete de 6 de junho,
em rela����o ao pai. residente em Diamantina" (29).


XIII

Psicocirurgia

Podemos designar todas opera����es paranormais e
esp��ritas por uma palavra gen��rica: PSICOCIRURGIA.

A variedade de m��diuns que atuam neste campo de
cura torna dif��cil qualquer esquematiza����o, pois temos
visto desde aquele que faz suc����o, causando-nos estranheza,
ao que utiliza todo instrumental cir��rgico com inacredit��vel
desembara��o.

Mas podemos apreciar, com grande proveito, a psicocirurgia
desta natureza, sob dois aspectos:

PSICOCIRURGIA PERISPIRITUAL

PSICOCIRURGIA CARNAL

A psicocirurgia perispiritual

Como sabemos o homem possui um corpo perispirituai,
que �� o nosso ve��culo no Al��m e que, em contacto
com as c��lulas, no renascimento, comanda a mat��ria
como um modelo organizador biol��gico (30).

Portanto, o nosso corpo f��sico �� proje����o do corpo
perispirituai ou seja, a sua materializa����o. Se alterarmos
pontos do perisp��rito, que �� de natureza psicoenerg��tica,
automaticamente estaremos operando a parte f��sica. Em
suma, �� cirurgia feita pelo avesso do corpo. Talvez pud��s



semos incluir aqui os cirurgi��es das Filipinas. Estes, com
a m��o, rasgando tecido do paciente e pela abertura extraem
os ��rg��os afetados, entregando-os �� fam��lia, fen��meno
impressionante que a Belk Foundation filmou e que

o parapsic��logo su����o, Prof. Naegelli, na I Confer��ncia
em Moscou endossou, dando-as como absolutamente aut��nticas!
A opera����o, pois, feita no campo perispiritual ou hiperf��sico
provoca um efeito no corpo carnal, donde explicar-
se que o m��dium, sem instrumento cortante, fa��a incis��es
na carne e abla����o de ��rg��os, sem hemorragias e
sem qualquer dor. Evidente que devamos submeter esta
hip��tese de trabalho a pesquisas mais adequadas que venham
a ser feitas neste setor, pois a mat��ria ainda merece
estudos mais profundos.

A opera����o no campo perispiritual apresenta-se
dentro de v��rios aspectos. Em alguns casos n��o fica sinal
algum, noutros algum sinal. Por outro lado certas opera����es
se situam em terreno discut��vel, n��o se sabendo se
se deu um fen��meno de efeito f��sico ou se houve simplesmente
a altera����o das linhas biomagn��ticas do perisp��rito:
�� o caso, por exemplo, da desmaterializa����o de
org��os!

A psicocirurgia carnal

Na psicocirurgia carnal usam-se geralmente instrumentos
cortantes e a carne �� realmente cortada pelo m��dium,
no qual. via de regra, se incorpora o esp��rito de um
m��dico falecido, que nem sempre se identifica bem, parecendo-
nos que d�� nome suposto. Tais instrumentos podem
ser as ferramentas utilizadas usualmente pelos m��dicos
terrenos: muitas vezes, no entanto, s��o instrumen



tos bizarros como canivetes, facas de cozinha, lata de
goiabada enferrujada, agulhas de croch��, etc. Arig�� operava
assim, acintosamente, motivo por que o famoso escritor
norte-americano, John G. F��ller, escreveu um livro
biogr��fico sobre esse m��dium curador, denominando a
obra de "Surgeon of the Rusty Knife", ou seja, o "Cirurgi��o
da Faca Enferrujada" (31).

A psicocirurgia quanto ao agente

A opera����o pode ser feita pelo m��dium em transe;
diretamente por esp��ritos materializados; ou por correntes
espirituais.

A opera����o �� praticada pelo m��dium quando �� ele
que a realiza, embora sob o comando da entidade espiritual.


A mesma, por��m, pode ser praticada por esp��ritos
materializados. Neste caso o m��dium n��o interfere. Geralmente
fica ressonando na cabina e doando ectoplasma.
Os esp��ritos se revestem desse ectoplasma, tornando-
se densos e capazes de operar o paciente. A St.a La��s
Teixeira Dias foi operada de ap��ndice por um esp��rito materializado,
que, depois de extrair a pe��a, exibiu-a aos
presentes como um ponto de luz vermelha, dizendo: "Este
�� o ap��ndice em estado flu��dico". Um quartanista de
medicina presente pediu que o ap��ndice fosse de novo
materializado, no que foi atendido, voltando a reaparecer
em seu aspecto f��sico e normal, por sinal em p��ssimas
condi����es (32).

Dizemos que a opera����o �� feita por correntes espirituais,
quando, geralmente �� dist��ncia, observado hor��rio
predeterminado, condi����es especiais ��s vezes de cromoterapia,
luz. preparo ambiental, os esp��ritos realizam verda



deiros prod��gios. Em trabalhos que dirigimos de cura os
esp��ritos costumam usar uma express��o assim: "Fulano
deve fazer cama branca, dia tanto, ��s tantas horas".
Quer dizer se cobrir�� com len��ol branco e no quarto evitar��o
outras cores, parecendo-me que se trata, aqui, de
cromoterapia que nos escapa ao controle mas que tem a
sua proced��ncia em termos de concep����o c��smica
vibrat��ria.

Cirurgia espirita, terreno ingrato

O terreno de curas medi��nicas ��, por si s��, escorregadio,
exigindo do observador qualidades excepcionais
de equil��brio, bom senso e aus��ncia de paix��o. Nem contra,
nem a favor de determinado m��dium; mas amigo exclusivo
da verdade e predisposi����o paciente para n��o
errar por precipita����o de julgamento.

Se. em geral, as curas s��o assim, que diremos das
chamadas opera����es esp��ritas. Elas existem e somos
testemunhas disto. No entanto n��o h�� campo onde prolifere
mais a ignor��ncia, de um lado e a m�� f��, de outro. Importa
tomar conhecimento, ouvir, comparar, assistir e,
sobretudo, obter a opini��o de pessoa credenciada para
d��-la.


XIV
Psicografia

M��dium psic��grafo �� aquele que escreve debaixo de
influ��ncia espiritual. Considerando o modo pelo qual a
a����o do espirito se efetiva ao realizar a psicografia, podemos
anotar os seguintes tipos de m��diuns psic��grafos:

M��dium inspirado

Como o pr��prio nome indica ele �� inspirado a escrever
e as id��ias como que brotam sem que fa��a o m��nimo
esfor��o. A diferen��a que existe entre a inspira����o simples
e a inspira����o espiritica reside no fato de que, nesta
��ltima, aquilo que o m��dium inspirado escreve �� superior
ou inferior ao seu modo ou �� id��ia que habitualmente
tem sobre a mat��ria. Por ser algu��m inspirado a escrever
n��o quer dizer, no campo medi��nico, que produza algo sublime.
A inspira����o poder�� provir de entidade med��ocre,
vulgar e, muitas vezes, inspiradora de pensamentos de
revolta, fesceninos e de cr��tica destrutiva.

M��dium semimec��nico

O m��dium �� levado a escrever sob impulso bem
maior que o do caso anterior. O espirito atuante se torna
percept��vel ao m��dium, que merc�� da pr��tica acabar��


identificando-o. O m��dium permanece em semiconsci��ncia,
bruxoleante, e reveste o pensamento transmitido
com as suas palavras.

M��dium mec��nico

Usa-se esta express��o "mec��nico" porque o m��dium,
neste caso, �� simples instrumento do esp��rito, que

o utiliza como utilizaria um copo ou mesa. Em regra, a entidade
espiritual toma-lhe o bra��o e, isolando-o dos comandos
cerebrais, passa a acion��-lo, sem que o m��dium
tenha de pensar o que est�� escrevendo. Fernando de Lacerda,
um dos mais famosos m��diuns que passou pela
Terra, diz que "sentia a sua m��o escrever contra a sua
vontade! E, al��m do mais, no escrito, o escritor defunto
ainda punha coisas afrontosas!"
Mirabelli, extraordin��rio m��dium brasileiro, escrevia
com as duas m��os, cada uma num idioma e ainda conseguia
conversar com outras pessoas. O Rev. Staiton Moses
enquanto escrevia mecanicamente podia ler folgadamente
um livro (33)!

M��dium psic��grafo
de incorpora����o ou son��mbulo

Existe m��dium psic��grafo que recebe a entidade e
ao inv��s de falar, como na psicofonia. ele escreve. Curioso
que, entre tantos m��diuns psic��grafos que testei, o
que me forneceu melhor resultado foi um deste tipo: ele
ficava inconsciente e v��rios esp��ritos escreviam incorporados.


M��dium grafo-audiente

Este m��dium ouve o esp��rito e vai escrevendo, ao
mesmo tempo, em perfeita sincronicidade, o que n��o ��


nada f��cil, pois sabemos que se um sistema se encontra
ligado ao plano espiritual, o outro tende a se tornar impass��vel.
Verificamos casos em que o m��dium ouvia (clariaudi��ncia)
o esp��rito, mas devendo executar atos voluntarios,
tomar o l��pis, raciocinar sobre a grafia, etc.
imediatamente a voz desaparecia. Disse-nos um guia espiritual
que se n��o fosse esta dificuldade, seria o meio de
psicografia mais seguro e indicado.

M��dium grafo-vidente

O m��dium, neste caso, v�� a mensagem escrita no
plano et��rico e o seu trabalho �� de copi��-la. S��o raros os
instrumentos deste tipo, mas conhecemos em Guarulhos
(SP.) uma jovem, Rita Dabarian, da melhor sociedade local,
que lia mensagens, cartas, bilhetes, recados que os
esp��ritos enviavam a mancheias, de forma cont��nua,
sobre diferentes assuntos e a diferentes pessoas, como
se ela fosse um Chefe de Sec����o em sua mesa de trabalho
e devesse despachar a correspond��ncia do dia.


XV

Fen��menos psicogr��ficos

A psicografia �� o fen��meno em que a comunica����o
do espirito se d�� atrav��s da grafia. Quem pratica a psicografia
chama-se psic��grafo, como j�� vimos: no entanto
outras considera����es devem ser tecidas em torno desta
ocorr��ncia.

Psicografia manual e instrumental

Diz-se manual a psicografia quando feita normalmente
com a m��o que segura uma caneta, l��pis ou giz.

Instrumental se o psic��grafo utiliza m��quina de escrever
ou outro instrumento qualquer. Poder��amos classificar
a comunica����o atrav��s do chamado copo, do aparelho
oui-ja, da prancheta, etc, como modalidades de
psicografia instrumental.

Seria de grande alcance que, nesta era tecnol��gica,
se descobrissem aparelhos sensibil��ssimos para facilitar
a comunica����o psicogr��fica.

Pneumatografia ou escrita direta

Por pneumatografia, ou escrita direta, entendemos
aquela comunica����o que �� gravada diretamente, sem a
interfer��ncia do m��dium. O Dec��logo escrito no Monte


Sinai seria um exemplo de pneumatografia, bem como as
palavras escritas na parede no festim de Baltazar. (Dan.
V). O Bar��o Guldenstubb��, homem de moral inatac��vel,
obtinha escrita direta colocando pap��is em gavetas, com
ou sem l��pis em diferentes lugares. Recentemente (1974)

E. Dubugras, escritora de alto descortino, deu-nos conhecimento
da exist��ncia de um m��dium, Matthew, que consegue
obter, num quarto hermeticamente fechado, ficando
ele do lado de fora, in��meras assinaturas de mortos,
sendo que, num dos trabalhos, perfizeram 500 destas
assinaturas sem contacto com ningu��m!
Psicografia Pericin��tica Espirita
ou "o copo"

As mensagens do Al��m podem ser escritas atrav��s
de um corpo movendo-se num alfabeto. Isto tem sido feito
atrav��s de um aparelho muito conhecido no velho mundo,
chamado oui-ja. �� quase sempre um elemento m��vel (ponteiro,
copo, indicador, etc.) dentro de um espa��o com signos,
letras, n��meros, etc. Os esp��ritos, ent��o, transmitem perfeitamente.
Dai que tenhamos colocado este fen��meno
corriqueiro como psicografia.

Tendo em vista que nos ditos fen��menos geralmente
a m��o do m��dium fica rente ou chega a tocar de leve no
objeto m��vel, chamamo-lo pelo nome de Psicografia perecin��tica,
j�� que a perecinese �� palavra que serve para
designar fen��menos onde se d��o leves contactos do m��dium
(34). Pertence a este grupo o trabalho feito com a
prancheta, a que alude Kardec, ou aquele em que colocamos
um l��pis encostado em nosso dedo.


Podemos brincar com o copo?

�� comum nos perguntem acerca do valor do popular
trabalho do copo. Geralmente n��o sabemos o que responder,
conscienciosamente. No entanto, acredito que
atrav��s do trabalho do copo, se houvesse conhecimento
da mat��ria, poder��amos obter muita coisa interessante.
Ao menos n��s j�� examinamos muitas produ����es que nos
trouxeram, interessant��ssimas, e tamb��m fizemos trabalhos
verdadeiramente not��veis em grau que nunca alcan��amos
atrav��s de outras modalidades psicogr��ficas. Como
sabem, uma ou mais pessoas colocam a m��o de leve
sobre o copo colocado dentro de um quadro contendo o
alfabeto e o copo move-se, em cad��ncia variada, apontando
letras que uma pessoa, fora do c��rculo, anota no
papel. Estas pessoas podem n��o ser m��diuns, mas. via
de regra, ao menos uma delas possui fundo medi��nico.

O trabalho do copo �� de dific��limo controle pelos que

o praticam. ��s vezes estamos recebendo mensagem de
alto quilate e a mesma �� suspensa, interferindo entidade
sofredora que n��o sabe onde est��. Por isso, em nossas
experi��ncias, conclu��mos que o trabalho de copo deve
tamb��m ser feito com ajuda de corrente de prote����o, isto
��, uma equipe que ore e crie barreira contra a penetra����o
de entidades inconvenientes. No entanto, em Espiritismo,
qualquer corrente que se forme diminui a espontaneidade
das manifesta����es, restrlngindo-as a um pequeno campo.
O trabalho do copo se assemelha a um microfone colocado
na Pra��a da S�� e que desse direito a todos os transeuntes
de falarem. Eis, pois, a confus��o. ��, por isso, que
desaconselhamos que se fa��a sess��o de copo sem que
se conte com um diretor encarnado habilitado e com pro

fundos conhecimentos da ci��ncia esp��rita. Pior ainda �� o
que fazem por a��: realizam esse tipo de trabalho por brincadeira.


No entanto, por estar aquele microfone �� disposi����o
de todas as entidades, a meu ver o trabalho do copo �� ��timo
para obten����o de provas esp��ritas convincentes, pois
topamos com entidades com quem nunca sonhamos e estabelecemos
contactos de valor para a ci��ncia esp��rita. N��o
DOdemos e nem devemos no Espiritismo Cient��fico menosprezar
o trabalho do copo. A c��lebre Patience Worth se
comunicava atrav��s de processo semelhante (o oui-ja),
sendo que, entre tantas obras que abalaram o mundo,
esse esp��rito transmitiu um poema contendo 70.000 palavras
do ingl��s arcaico, proeza que nenhum escritor vivo
conseguiria fazer. Ipso facto, tais trabalhos podem ser
valiosos. Entre n��s, Monteiro Lobato tornou-se esp��rita
gra��as a provas que obteve, na intimidade do lar, com
sess��es de copo.

N��o negamos, todavia, que o fen��meno mereceria
um estudo mais profundo, que n��o cabe aqui, a fim de seoarar
alhos de bugalhos e situar bem at�� que ponto a psique
dos m��diuns e presentes influenciam a produ����o intelectiva
do copo em movimento.

Para a realiza����o da sess��o do copo aconselhamos
que se proceda com a mesma seriedade de outros trabalhos:


a)abertura da sess��o com leituras e preces:
b) homogeneiza����o do ambiente, na fase inicial,
com m��sica pr��pria:
c)correla����o com um esp��rito ou grupo de esp��ritos
orientadores, que guiem os trabalhos do lado de l��;
d)objetivo elevado, evitando trivialidades.

Psicografia Tiptol��gica

Podemos e devemos considerar como uma modalidade
da Psicografia aquela que se consegue com a chamada
mesa girante ou banqueta, etc, que, batendo com

o p��, assinala um letra. Allan Kardec chama o fen��meno
pelo nome de Tiptologia alfab��tica (Livro dos M��diuns).
A palavra tiptologia, segundo vocabul��rio do pr��prio
Kardec, na precitada obra, prov��m de "tupt��", em grego
"eu bato" e logia ��� o estudo ou tratado referente ao fen��meno
que se caracteriza por batidas de objeto. Em
"Raymond", o ilustre cientista Oliver Lodge refere-se a
este meio de comunica����o e o julga aproveit��vel. As pessoas
que desejarem se inteirar do assunto devem ler a
not��vel obra de Zeus Wantuil ��� "As mesa girantes" ���
editada pela Federa����o Esp��rita Brasileira.

Psicometria

A psicometria �� um tipo de fen��meno que n��o se
ajusta a nenhum destes cap��tulos e nos parece mais ligada
�� clarivid��ncia. Entregamos a um m��dium o sapatinho
de um menino desaparecido e ele diz onde se encontra o
garoto, d��-nos os seus tra��os fision��micos, descreve
muitas vezes o itiner��rio que fez e onde se encontra, vivo
ou morto, eis o que chamamos pelo nome de psicometria.
Chamamos o sapatinho pelo nome de objeto-testemunho.
Ao que parece qualquer objeto de uso pessoal fica
impregnado do nosso magnetismo e serve de liga����o
com o alvo. Alvo �� aquilo que estamos procurando. Gerard
Croiset �� mundialmente famoso em suas fa��anhas
psicom��tricas, auxiliando muito a pol��cia holandesa e o
mesmo tem sido exaustivamente pesquisado pelo grande
parapsic��logo Tenhaeff (35).


XVI
Psicofonia

Pela palavra Psicofonia designamos as manifesta


����es em que o esp��rito fala atrav��s do m��dium.

A maioria dos m��diuns brasileiros s��o m��diuns de

psicofonia ou psicof��nicos, pois recebem a entidade pe


la chamada incorpora����o, a qual usa o meio oral para

comunicar-se.

Na psicofonia os esp��ritos controlam o chacra lar��n


geo do m��dium, podendo, portanto, falar, cantar, asso


biar, rir, chorar, etc.

O m��dium de psicofonia pode ser pol��fono ou mo


n��tono. Pol��fono permite que cada entidade se manifeste

com o seu modo t��pico de falar, o sotaque, o maneirismo

de dizer, entona����o, distinguindo-se um esp��rito de outro

pela voz peculiar. Mon��tono �� o m��dium que, seja qual

for o esp��rito, conserva sempre o mesmo tom de voz. n��o

se diferenciando um de outro (*). Isto prov��m da consti


tui����o do m��dium, mormente da maleabilidade do chacra

lar��ngeo.

(') Por falta de express��o melhor, criamos a palavra pol��fono e
mon��lono. seguindo Kardec que usou poligralo para designar o que
escreve com variadas caligrafias.


Uma indaga����o ocorre ao estudante de Espiritismo:

O espirito que se manifesta com o seu maneirismo de
falar, acaipirado, ou ainda em alem��o arrastado, isto
quer dizer que seja entidade presa �� Terra e mais atrasada
do que outra liberta disto?

Nossa observa����o nos leva a concluir que absolutamente
n��o. Um esp��rito mission��rio e de escol pode utilizar
modo peculiar de falar, em dialetos, g��rias, etc. como
simples t��cnica de comunica����o, a fim de se tornar mais
humano e penetrar melhor a camada de povo onde deva
exercer o seu minist��rio. O que vale n��o �� o modo como
fala, mas o conte��do do que fala. ��s vezes um dito caipira
tem mais sabedoria do que frases empoladas e vazias.

Xenoglossia

(pronuncie Chenoglossia)

A palavra complicada xenoglossia foi inventada por
Charles Richet e serve para designar m��diuns que "falam
ou escrevem em l��nguas que eles ignoram totalmente",
mais tais l��nguas s��o verdadeiras, atuais ou j�� mortas
(36). Um caso cl��ssico de xenoglossia �� o de Lady Nona,
que atrav��s da m��dium Rosemary usava diaieto ou
idioma eg��pcio de tr��s mil anos atr��s. As c��lebres irm��s
ursulinas do Convento de Loudun. quando obsidiadas falavam
latim, grego, turco, espanhol, etc. (37). Os ap��stolos
crist��os depois que receberam o Espirito Santo se
tornaram poliglotas (Atos cap. II). No entanto a maioria
dos m��diuns que falam l��nguas o fazem em pseudo-xenoglossia;
entre uma palavra em alem��o dizem v��rias que
n��o s��o nada e o resto em alem��o abrasileirado.


XVII
Voz direta ou pneumatofonia

A pneumatofonia �� o conhecido, mas raro, fen��meno
de voz direta. No fen��meno anterior, muito comum, ��

o m��dium que fala, mas na pneumatofonia n��o �� o m��dium;
a voz se manifesta no espa��o. Todos ouvir��o a voz
mas n��o ver��o nenhuma pessoa falando.
��s vezes ouve-se uma voz s��: noutros casos muitas
vozes se produzem ao mesmo tempo. J�� participamos de
sess��o em que eram tantas as vozes, que parecia estarmos
num mercado de Bagd��! Os anjos que se manifestavam
pela mediunidade de Jonathan Koon chegavam a
cantar em coro!

�� fen��meno empolgante que tem levado muitos ��
convic����o esp��rita, tal como se deu com R.H. Saunders,
que relatou as suas experi��ncias dizendo num trecho:
"Ouvimos seis vozes ao mesmo tempo, sendo que dois
esp��ritos usavam uma linguagem enigm��tica, fora do nosso
entendimento" (Rie ��� 1926).

Uma das obras cl��ssicas de pneumatofonia �� a
"Imortalidade da Alma", ou tamb��m conhecida pelo nome
de "Rumo ��s Estrelas", escrita por H. Dennis Bradley.
Num trecho diz: "Do alto do teto desceu uma voz
poderosa, como jamais conheci outra, que exclamou: K��kum
aqui".


Pneumatofonia instrumental

Poder��amos considerar como pneumatofonia as grava����es
de vozes atrav��s de aparelhos, notadamente em
tape. O arque��logo amador Friedrich Juergenson pretendeu
fixar na fita magn��tica o canto da passarada. Eis que
ouvindo a fita percebeu que havia captado vozes, com as
quais manteve di��logo e de origem esp��rita, isto ��, de desencarnados.
O leitor encontrar�� detalhadamente a descri����o
de t��o interessante ocorr��ncia na obra "Telefone
para o Al��m", de Friedrich Juergenson, Editora Civiliza����o
Brasileira. Em seguida o Dr. Konstantin Raudive, professor
de Filosofia em Bad Krozingen, Alemanha, p��s-se
a pesquisar e chegou pacientemente a gravar 72.000 frases
pelo mesmo processo. Interessante que certas frases
os Esp��ritos as compunham usando palavras de v��rios
idiomas, o que afasta a interpreta����o de que pudesse
se tratar ae emiss��es radiof��nicas. (Voci Dall"Aldil��,
Konstantin Raudive, Editora Corrado Tedeschi Editore, Firenze,
It��lia). Em portugu��s o leitor encontrar�� a excelente
obra "Os Esp��ritos Comunicam-se por Gravadores", de
autoria de Peter Bander, publicada pela EDICEL, SP.

O inventor George Meek. presidente da Metascience
Foundation, USA, inventou um aparelho, o "Spiricon".
ainda em fase experimental, que permitir�� contacto coloquial
com nossos Irm��os desencarnados.


XVIII
Fen��menos transfigurativos

Fen��menos transfigurativos s��o aqueles em que a
nossa figura, esta forma com a qual fisicamente somos
reconhecidos, sofre altera����o sob compuls��o espiritual.
Existem criaturas que possuem tal faculdade, sofrendo o
seu aspecto corporal modifica����es acentuadas. A nosso
ver, tais fen��menos podem ser agrupados debaixo de
tr��s tipos principais:

Transmuta����o ou licantropia

Persona����o

Transfigura����o

Transmuta����o ou licantropia

Denominamos por transmuta����o o fen��meno em
que se opera metamorfose de homem em animal ou vice-
versa. Evidente que todos estes casos s��o aparentes e se
d��o em virtude de impressionantes subjuga����es de esp��ritos
inferiores. O rei da Babil��nia, Nabucodonosor, parecia
sofrer compuls��o violenta deste tipo, o que o levava a
caminhar como quadr��pede. Isto, no entanto, n��o quer
dizer que este rei tenha se transmudado em porco. S��
mesmo nas mitologias encontramos lugar para as tais transmuta����es,
chamadas metamorfoses, como aquela em


que Diana transformou Acteon em cervo, porque o rapaz
a viu despida. Geralmente a palavra que mais se usa para
designar os fen��menos de transmuta����o �� licantropia,
isto porque existe a lenda, das mais antigas, da transforma����o
do homem em lobo, ou lobisomem.

Persona����o

Persona����o �� a transforma����o fision��mica ou corporal
do m��dium, que passa a apresentar-se como outra
pessoa, Se a m��dium chamada Estela, t��o delicada, se
transforma, em transe, no preto velho arquejado ou no
��ndio Irubi, robusto, eis um caso de persona����o. Persona����o
quer dizer mudan��a da "persona" (pessoa).

Existe a persona����o profunda e a superficial. Na
profunda o m��dium inteirinho se reveste de outra apar��ncia;
na superficial apenas alguns detalhes do corpo f��sico:
a boca, a m��o, os p��s, os olhos, etc.

Um dos mais c��lebres m��diuns tivemos em Madame
Bullock; ali��s, em transe, a mesma foi filmada em c��mara
lenta, notando-se a espetacular altera����o do seu rosto,
como se fora de pl��stico. Se ela recebe o esp��rito de chin��s,
vira f��slonomicamente chinesa!

Transfigura����o

Reservamos o nome de transfigura����o somente
para os casos em que h�� efeito luminoso radiante, como
no caso da transfigura����o do Cristo no Monte Tabor. Neste
caso, sem que isto se constitua em regra absoluta, sucede
o seguinte, o perisp��rito extravasa-se ou transborda,
saindo da caixa carnal e, com impregna����es ectopl��smicas
ou de fluidos de outra natureza, chega a ofuscar a


forma f��sica, expressando-se em sua luminosidade. Um
halo de luz parece brotar, como a corona solar, em torno
da figura do homem que possua esta faculdade transfigurativa
que, em geral, s�� ocorre a entes de alta sublima����o
espiritual.


XIX
O desdobramento

(ou Biloca����o; Bicorporeidade, Proje����o astral)

Como o pr��prio nome indica o desdobramento �� fen��meno
pelo qual a criatura humana se divide em dois: o
corpo carnal, que geralmente fica imobilizado, como morto,
e o corpo perispiritual, que ganha independ��ncia,
maior ou menor, movendo-se, raciocinando, e percebendo

o mundo exterior, inclusive vendo o seu pr��prio corpo f��sico
. Este fen��meno �� designado por in��meros outros nomes,
entre os quais: proje����o do corpo astral, proje����o
de consci��ncia, saida fora do corpo ou OOB (out of the
body), etc.
Avist a do que j�� estudamos no capitulo III conclui-se
que o desdobramento �� o afastamento, em grau avan��ado,
do corpo perispiritual. Chama-se a isto. tamb��m, desprendimento.


O desdobramento pode ser volunt��rio ou involunt��rio.
Volunt��rio quando a pessoa est�� adestrada, �� maneira
de certos lamas, a faz��-lo. Um experimentador, deliberadamente,
conseguiu mover-se em corpo perispiritual,
apresentar-se �� namorada e ditar-lhe a letra de certa
m��sica (38).


O desdobramento involunt��rio �� aquele que ocorre
espontaneamente, sem que estiv��ssemos pensando faz��-
lo. O Dr. Hamilton Prado, advogado e politico de evid��ncia,
conta que os desdobramentos pelos quais passava
se davam contra a sua vontade (*).

A arte de se desdobrar

Numa obra assim geral n��o poder��amos abordar os
aspectos pr��ticos do desdobramento, mas o leitor encontrar��
obras, em nossa remiss��o, para aprofundar-se.

Algumas observa����es s��o fundamentais para quem
deseja desdobrar-se:

1.��) o candidato ao desdobramento n��o deve estar
euf��rico, apressado, agitado, emocionado ou com vitalidade
mental excessiva, pois desdobrar �� como morrer e
tanto mais facilmente nos desdobramos quanto mais os
nossos sentidos f��sicos se apagam.

2��) no entanto o candidato deve ter intenso desejo,
vontade, que se realize o desdobramento, a fim de que
essa vontade ative o seu subconsciente.

3.��) evitar quaisquer barulhos ou luzes fortes que interfiram
no processo de desdobramento.
4��) a pr��tica de exerc��cios de ioga ajuda muito a
libera����o do psicossoma.

Mecanismo do desdobramento

No primeiro momento o corpo fica em estado de
pessoa hipnotizada ou at�� mesmo letargia, fase que pode

(") Nos desdobramentos involunt��rios temos de incluir os que
se d��o em virtude de ingest��o de drogas, os provenientes de traumas
violentos e desastres.


durar alguns segundos. No segundo momento o corpo

perispiritual sobe e fica estendido de comprido sobre o

corpo carnal, ao que chamamos horizontalidade. Por

fim o corpo perispiritual que estava horizontal fica de p��,

ao que chamamos verticaliza����o, passando, ent��o, a ca


minhar ou levitar.

Quando o corpo perispiritual est�� saindo do corpo f��


sico denominamos a isto ascens��o. Quando o corpo pe


rispiritual volta ao corpo f��sico chamamos interioriza����o.

O importante, nesse mecanismo, �� saber que tanto
na ascens��o quanto na interioriza����o o corpo perispiritual
entra ou sai do corpo ziguezagueando, da�� que o candidato
ao desdobramento possa sentir sensa����o de instabilidade.


Outro princ��pio deste mecanismo: Quanto mais perto
do corpo f��sico se encontra o corpo perispiritual, maior
�� a sensa����o de instabilidade e, portanto, inseguran��a.
Quando o corpo perispiritual j�� vai longe do corpo f��sico,
ent��o, nenhuma sensa����o de inseguran��a ocorre. Isto se
d�� pelo seguinte motivo: O corpo perispiritual �� ligado ao
corpo f��sico pelo chamado cord��o prateado, semelhante
a um el��stico. Se o corpo perispiritual est�� bem perto do
corpo f��sico esse cord��o �� grosso, vigoroso e exerce
a����o de quem o puxa. O cord��o vai afinando conforme a
dist��ncia e tornando-se sutil��ssimo.

No desdobramento ��til o m��dium ao voltar recorda
do que viu e ouviu, transmitindo-o �� humanidade. Geralmente
temos tido contacto com candidatos a desdobramento,
mas trazem-nos imagens confusas e sem valor.
Parece-nos que, neste caso, importa fazer exerc��cio de
auto-sugest��o ou h��tero-sugest��o, afirmando: "n��o esquecerei".
A hipnose pode ser eficaz. O maior inimigo do


candidato ao desdobramento �� o medo, o que poder�� torn��-
lo vulner��vel a influ��ncias perniciosas.

O desdobramento n��o deve ser praticado a t��tulo de
curiosidade brincalhona. Como �� processo inverso da
mediunidade comum, pois somos n��s os "n��o convidados",
o candidato deve possuir bastante sublima����o, alto
��ndice de espiritualidade para pratic��-lo.

Indica����es pr��ticas de Waldo Vieira

Para atualiza����o de conhecimento recomendamos
ao leitor a excelente obra "Proje����es de Consci��ncia",
de autoria do destacado m��dium e m��dico, Dr. Waldo
Vieira (39).

Este abalizado pesquisador que anotou com precis��o
as sa��das fora do corpo, aconselha o seguinte aos
pretendentes �� pr��tica (p��g. 79 ob.cit.):

1 ��� Ficar deitado em dec��bito dorsal, isto ��, deitado de

de costas.

2 ��� Colocar os p��s distantes um do outro, deixando o

corpo inteiramente �� vontade, com todas as partes

confort��veis.

3 ��� Repousar a cabe��a numa posi����o que n��o force o

pesco��o.

4 ��� Conservar o rosto sem contra����es musculares.

5 ��� Descansar os bra��os estendidos ao lado e as m��os

separadas ao longo do corpo ou sobre as pernas

sem cruz��-las.

6 ��� Cerrar as p��lpebras como se fosse dormir.

7 ��� Evitar engulir saliva ou for��ar a aspira����o forte de

ar pelo nariz.

8 ��� Alcan��ar, com o relaxe, n��o movendo nem os de


dos, a imobilidade completa ou a semiletargia.

121


9 ��� Pouco a pouco deixar, mentalmente, de sentir o f��


sico, pensando que n��o existe mais o corpo material.

10 ��� Ter pensamentos de paz concentrados no ato de se

projetar, imaginando a saida do psicossoma do f��sico.

11 ��� Desejar, intensamente, flutuar acima do f��sico ou

rolar o psicossoma (o corpo espiritual) para um la


do, conforme a prefer��ncia do momento.

Existe perigo na proje����o?

Embora tais sa��das fora do corpo tenham trazido
muita alegria para o Dr. Waldo Vieira, este recomenda
que se tome precau����es com a higiene f��sica e mental
(p��g. 62 ob.cit.). Para este autor e experimentador o importante
na proje����o �� a mente. Nessa outra face da
exist��ncia, o que nos levar�� para planos de luz ou regi��es
umbralinas, encontros felizes ou infelizes, experi��ncias
agrad��veis ou desagrad��veis, ser�� exclusivamente
nosso equil��brio e dom��nio mental. A mente �� tudo, o resto
�� quase nada. J�� Hamilton Prado, a que nos referimos,
nos dizia que estando fora do corpo num lugar apraz��vel e
belo. bastava vir-lhe �� mente um pensamento mals��o. principalmente
l��brico, que imediatamente despencava para
planos espirituais inferiores.

Bicorporeidade, Biloca����o e Ubiq��idade

As palavras bicorporeidade, biloca����o e ubiq��idade
designam aspectos, ou digamos assim, enfoques do
desdobramento de que estamos tratando.

BICORPOREIDADE

Como o pr��prio nome sugere: bi (duplo) e corpo,
corporeidade (estado corp��reo) indica o fen��meno de


um certo tipo de desdobramento mais complicado, no
qual o corpo perispiritual (psicossoma) projetado para
fora do corpo carnal, torna-se vis��vel e at�� mesmo tang��vel.
No desdobramento simples poder�� estar junto a n��s,
abra��ando-nos, a nossa m��e fora do corpo, sem que no
entanto a vejamos. Mas se se trata de bicorporeidade, eis
que a veremos e todos os que estiverem conosco. Em
alguns casos poder�� at�� ser fotografada essa presen��a
bicorp��rea. ��, sem d��vida, uma estupenda prova de que
a alma pode sobreviver ao corpo.

Allan Kardec conta que Santo Ant��nio, enquanto
pregava na Espanha, apareceu vis��vel, como se fosse
concreto, na cidade italiana de P��dua, onde defendeu o
seu pai injustamente acusado de crime que n��o cometera
(Livrodos M��diuns, Allan Kardec, cap. VI, n.�� 119)

Estas ocorr��ncias tem sido registradas em relat��rios
de s��rias sociedades de pesquisas ps��quicas e. principalmente,
em obras dedicadas �� vida dos santos, gurus
e xam��s.

BILOCA����O

A pr��pria composi����o da palavra nos revela o seu
significado: Bi (duplo) ��� loca����o (ato de situar-se num
lugar). Quer, pois, dizer que uma pessoa, em virtude de
desdobramento, poder�� figurar em dois lugares diferentes
ao mesmo tempo. Num lugar fica o seu corpo f��sico e
noutro o corpo perispiritual projetado. Em toda Bicorporeidade
se d�� uma Biloca����o, pois, bipartindo-se o ser
em dois corpos, l��gico que se apresente em dois lugares
no espa��o.


UBIQ��IDADE

Pela sua pr��pria origem etimol��gica, do latim ubique
(em toda parte), a palavra designa a faculdade de um
Esp��rito estar em v��rios lugares ao mesmo tempo.

Note-se que falamos em faculdade do Esp��rito e
n��o do corpo. Difere, pois, o seu sentido do de biloca����o
e bicorporeidade, pois estas duas express��es se referem
�� presen��a em duas naturezas, a material e espiritual,
enquanto que ubiq��idade se refere a uma propriedade
do Esp��rito. Kardec esclarece que �� poss��vel a um Esp��rito
estar em v��rios lugares ao mesmo tempo devido a
sua qualidade radiante. E ele nos mostra que o Sol, atrav��s
da sua radia����o, pode estar em V��nus, na Lua ou no
planeta Terra.

Podemos dizer que um Esp��rito quanto mais evolu��do
mais radiante ��; conseq��entemente maior �� a sua ubiq��idade.
Deus est�� em toda parte.

Que se deduz desta li����o?

Desta li����o se deduz que o homem n��o se encontra
t��o preso ao meio f��sico, como imaginamos. Em proje����o
de consci��ncia visitamos outras pessoas, como estas
nos visitam. Atuamos nos outros como outros atuam
em n��s. Voamos a outros paramos como as criaturas de
outros paramos chegam at�� n��s. A vida do homem, pois,
n��o se encontra limitada pelas linhas exteriores do seu
corpo f��sico, como se fosse as grades de uma pris��o inviol��vel.


Em decorr��ncia disto a Terra possui, al��m da atmosfera,
uma psicosfera, ou seja, camada constitu��da pelo
pensamento e pela presen��a de todas as criaturas, que


exercem press��o entre si reciprocamente na Terra. Muitas
vezes dormimos pensando fazer uma coisa e, no dia
seguinte, fazemos outra. Para compreens��o deste importante
aspecto do ser, recomendamos nosso livro "Jonas

C. e os Jovens".
Pode o Esp��rito de um vivo
manifestar-se atrav��s de um m��dium?

Pode sim, como se fosse um Esp��rito desencarnado,
fato de que j�� fomos testemunha. Ainda mais, pode o
Espirito de uma pessoa at�� mesmo se "materializar" numa
sess��o esp��rita de ectoplasmia. Encontramos o registro
de um caso em que o capit��o de um navio, que estava
sossobrando, se desdobrou e deixou noutro navio pedido
de socorro com indica����o perfeita do local do naufr��gio.


XX
Mediunidade
de efeitos f��sicos

Chamamos pelo nome de fen��menos de efeito f��sico
��queles que provocam forma����o, altera����o ou movimento
de corpos densos. Se em virtude da presen��a de um
m��dium, numa sala, come��a o lustre a balan��ar, as cadeiras
moverem-se sem contacto, copos surgirem misteriosamete
espatifando-se no ch��o, toalhas se incendiando,
etc, eis que estes efeitos objetivos, vis��veis, fotograf��veis,
examin��veis, s��o de natureza f��sica. Esse m��dium ��
produtor de efeitos f��sicos. A variedade de efeitos f��sicos
�� t��o grande que seria imposs��vel cit��-los neste pequeno
trabalho. Conhecemos em S��o Paulo um m��dium que
propiciava fen��meno f��sico original��ssimo. Cada participante
trazia um cadeado, de qualquer esp��cie, e de prefer��ncia
o mais complicado poss��vel. Colocados os mesmos
num lugar da sala, os Esp��ritos operantes abriam-nos
todos. Desta sess��o participava um dos mais renomados
escritores do Espiritismo, Pedro Granja, autor de "Afinal
Quem Somos".

Poltergeist (polterg��iste)

S��o conhecidos por este nome, de origem alem��, fen��menos
f��sicos perturbadores que se d��o em determina



do ambiente: ru��dos, pancadas, lou��as que se estilha��am,
pedras que chovem aos mont��es, fogo que surge
sem motivo (parapirogenia), alimentos que voam para fora
de geladeiras, objetos que somem de um compartimento
e aparecem em outro, etc.

Geralmente na casa onde isto acontece acabamos
por encontrar uma pessoa que inconscientemente, merc��
da sua mediunidade, provoca tais efeitos. Dizemos,
ent��o, que essa pessoa, quase sempre jovem, �� o epicentro
dos fatos. Quando a afastamos do lugar cessam
as desordens, embora possamos encontrar casos em
que debalde buscamos explica����o.

Apenas para efeito de cultura, hoje em dia �� muito
comum designar-se tal fen��meno pela sigla: RSPK, da express��o
"Recurrent Spontaneous Psycho-Kinesis".

Ectoplasmia ou materializa����o

Os mais empolgantes fen��menos de efeito fisico s��o
os de "materializa����o". Como o nome sugere, se "materializam"
esp��ritos, os quais, dentro de certas condi����es,
podemos tocar, fotografar e gravar-lhe a voz. H�� tamb��m
enorme varia����o neste fen��meno nas sess��es de "materializa����es",
pois vamos encontrar aquelas em que muito
mal distinguimos um objeto fosforescente na escurid��o
at�� aqueloutro em que o esp��rito se materializa inteiramente,
parecendo-nos um homem de carne e osso, trajando
roupa da ��poca em que viveu na Terra ou, ent��o,
executando um instrumento que n��o conseguimos saber
de onde veio. Parece-nos que tais fen��menos de "materializa����o"
s��o misturados com outros, principalmente
de aportes ou de transportes de flores, ra��zes, perfumes,
��s vezes de lugares long��nquos, penetrando na sala her



meticamente fechada. Na resid��ncia do s��bio ingl��s, William
Crookes, se realizavam sess��es com a m��dium Florence
Cook, nas quais se materializava uma jovem de nome
Katie King, muito graciosa, durante tr��s anos, tendo
sido observada por notoriedades cientificas e intelectuais
da ��poca.

Outro caso famoso foi o da falecida Estela Livermore
que se "materializava" e tomava uma caneta, escrevendo
ao seu amado bilhete em franc��s, l��ngua desconhecida
dos presentes.

Tais fen��menos provocam enorme impacto quando

o m��dium �� de boa qualidade. Martin Liljeblad comparecendo
a uma sess��o e vendo a pr��pria falecida rainha
Astrid materializada, sentiu-se diante de uma revela����o
que abalou completamente a sua convic����o luterana (40).
Todavia, esse nome "materializa����o" n��o �� pr��prio e
ter��amos de usar outro, um pouco complicado, "ectoplasmiza����o".


Por que o nome "materializa����o"
�� impr��prio?

Porque, propriamente, o Esp��rito n��o se materializa,
pois, para tanto, necessitaria brotar do nada ou ent��o desintegrar
mat��rias e reelabor��-las, o que n��o acontece. O
Esp��rito simplesmente utiliza a mat��ria conhecida pelo
nome de ectoplasma e se recobre com ela, imprimindo-
Ihe a forma at�� onde possa a sua for��a ideopl��stica e a
qualidade do material de que disp��e, do meio-ambiente, de
elementos existentes nas adjac��ncias, como plantas, animais,
minerais, etc. H�� todo um esfor��o conjunto e de
equipe espiritual para produzir tais fen��menos. Vem da��


que, ��s vezes, tais forma����es ectopl��smicas possam surgir
incompletas e at�� mesmo aleij��es desagrad��veis.

�� muito importante o leitor saber que o ectoplasma
�� material exsudado pelo m��dium, principalmente pela
boca, nariz, ouvido, orif��cios inferiores, interst��cios celulares.
Via de regra �� de cor branca-leitosa, podendo apresentar-
se noutros tons. Surge vaporoso e vai-se condensando.
O ectoplasma tem muita vida e com tend��ncia a
organizar-se. Como diz Andr�� Luiz, �� de natureza nervosa e,
como ensina Hern��ni Guimar��es Andrade, �� subst��ncia
protopl��smica (41). Portanto, o material usado pelo Esp��rito
para nos aparecer �� tomado emprestado dos m��diuns
e dos que est��o assistindo �� sess��o, al��m de vegetais,
animais e minerais (*). J�� experimentadores t��m pesado

o Esp��rito "materializado" e verificado que equivale ao
peso perdido pelo m��dium.
O ectoplasma �� um material t��o sens��vel que muitas
forma����es, in��meros rostos, medalh��es, figuras, etc,
n��o significam sejam de esp��ritos, mas simplesmente figuras
confeccionadas pelos operadores desencarnados.
Com o ectoplasma podem ser feitas muitas coisas. Por
esta raz��o os que dirigem tais trabalhos devem ser bem
informados, evitando influir com os seus pensamentos e
dos presentes sobre o ectoplasma, originariamente
amorfo, ou ent��o, tirarem ila����es precipitadas acerca daquilo
que est��o presenciando.

C) Hern��ni Guimar��es Andrade sugere, se bem que a titulo de
hip��tese de trabalho, que os plasmas auxiliares sejam : o Ectozooplasma
= subst��ncia de origem animal; o Ectofitoplasma = subst��ncia
de origem vegetai, o Ectomineroplasma = subst��ncia de
origem mineral, o que encontra apoio nas obras medi��nicas de Andr��
Luiz (Teoria Corpuscular do Espirito, p��g. 208, autor supra).

Superincorpora����o

Quando um Espirito se "materializa" ele manipula
com a sua mente o ectoplasma ou, ent��o, o seu pr��prio
corpo perispiritual se recobre dessa mat��ria.

No entanto pode acontecer de o m��dium desdobrar-
se. O corpo perispiritual do m��dium, que se encontra
amarrado numa cabina, sai para fora da mesma e se coloca
de frente para o p��blico, recobrindo-se de ectoplasma.
Eis, pois, o m��dium em manifesta����o bicorp��rea (ver
cap. XIX). O Esp��rito desencarnado se aproxima e se manifesta
atrav��s daquela forma����o, utilizando-a como seu
m��dium, podendo interferir, com maior ou menor vigor,
em suas linhas fision��micas. Dir��amos que se d�� uma estranha
incorpora����o, n��o no m��dium f��sico, mas no m��dium
ectopl��smico. �� por esta raz��o que muitas entidades
materializadas podem se parecer com o m��dium, e o
ignorante pensar que est�� se dando uma fraude. J�� assistimos
a materializa����es de superincorpora����o em que o
Esp��rito de uma senhora falecida, ectoplasmizada, era retrato,
sem tirar nem p��r, da m��dium. No entanto a sua
voz' era diferente, a altura tamb��m, os gestos desenvoltos,
a cultura, agilidade mental, etc, tratando-se, pois, de
outra personalidade.

Apontamentos pr��ticos
da materializa����o

Em regra o m��dium �� colocado numa cabina separada
da sala, mas ligada a ela, para salvaguard��-lo de acidentes.
Geralmente nessa cabina se coloca uma vitrola,
discos e objetos pintados com tinta fosforescente, como


cornetas, etc. N��o permitindo esta -exposi����o delongas,
vamos sintetizar os cuidados que devem ser tomados:

Hor��rio rigoroso para inicio e t��rmino, n��o podendo
a sess��o ser demais prolongada, devido a desgaste do
aparelho medi��nico;

Ilumina����o ��� dispor inteligentemente de interruptores
para luz vermelha, de modo que o pr��prio esp��rito
possa acion��-lo. N��o se acenda luz forte de repente, pois
pode cegar o m��dium;

Fotografias - n��o permitir que batam "flashes", a
n��o ser com ordem da entidade espiritual;

Fascina����o ��� ter-se o m��ximo cuidado para que
as pessoas do grupo n��o se tornem fascinadas pela entidade
que se materializa, o que �� comum acontecer devido
�� forte carga emocional causada por fen��meno t��o
empolgante que poder�� subjugar a raz��o;

Grupo de pessoas ��� ater-se a um grupo b��sico,
homog��neo, e s�� permitir n��mero reduzido de convidados;


Abstin��ncias ��� ao menos, no dia, ningu��m ingerir
��lcool, carne ou praticar excessos de qualquer natureza;

Exibicionismo ��� evitar a tenta����o de exibir o m��dium
como grande artista, aqui, ali e acol��, o que o levar��
a perder-se fatalmente;

Lisura - n��o recear a cria����o de meios de seguran��a
para evitar fraudes, a fim de colocar a doutrina esp��rita
a salvo de tais preju��zos;

Estudos e pesquisas -a materializa����o (e isto nos
disse o esp��rito de Bezerra de Menezes) �� trabalho util��ssimo
para fim de estudo, pesquisa e obten����o de converg��ncia
de dados para dar convic����o da imortalidade.


Assim, dos trabalhos deve sempre ser lavrada ata minucios��ssima.
Pode se prestar a outros fins, mas desde
que debaixo de observa����o atenta dos dirigentes.

Por que o escuro?

Pelo mesmo motivo que n��o passam os filmes cinematogr��ficos
em pleno sol. Os fotons destroem completamente
a organiza����o ectopi��smica e �� curioso que esta
mat��ria se recolhe rapid��ssimo para dentro do corpo do
m��dium, quando acendem a luz forte, podendo lev��-lo a
tremendo choque, obrigando-o at�� �� hospitaliza����o.

No entanto, os grupos que trabalham em materializa����o
devem esfor��ar-se junto aos esp��ritos orientadores
a fim de obter a materializa����o, ao menos, com um pouco
de luz, mesmo que o fantasma seja menos perfeito. Um
tal de Dr. M. A Bulman diz ter conseguido a materializa����o
em pleno dia. Da nossa parte j�� a vimos com luz bem
razo��vel. A escurid��o completa gera inseguran��a e descren��a
(42).

S��o atrasados os esp��ritos
que se materializam?

Sempre circulou este ensino de que os efeitos f��sicos
s��o fen��menos adstritos a entidades menos elevadas.
Hoje sabemos n��o ser exata aquela assertiva, pois esp��ritos
de escol como Meimei, Sheila, Auta de Souza e o pr��prio
Emmanuel t��m-se materializado, embora isto lhes
exija enorme sacrif��cio (43). No entanto, �� trabalho contra-
indicado para m��diuns que necessitem guardar-se em
n��vel mental superior e alcan��ar sintonias elevadas e delicadas,
principalmente psic��grafos beletristas.


O esp��rito de pessoa viva
pode materializar-se?

Sim, isto pode ocorrer e os reposit��rios da pesquisa
ps��quica registram o caso de uma senhora que morava
na Alemanha e que se materializou numa sess��o de "materializa����o"
nos Estados Unidos, onde se encontrava a
sua filha, julgando, ent��o, esta que a sua m��e tivesse
morrido, sem que ela o soubesse. Ora, como a criatura
pode desdobrar-se (capitulo XIX), evidente que possa
aparecer ectoplasmizada numa sess��o. Isto, pois, n��o
nega o fen��meno esp��rita; pois se o vivo pode, muito mais

o consegue o morto, por estar desligado da carne definitivamente.
Outros fen��menos f��sicos

A gama de fen��menos f��sicos �� enorme e n��o caberia
aqui design��-los um por um. O estudante poderia valer-
se do "Dicion��rio de Parapsicologia, Metaps��quica e
Espiritismo", de Jo��o Teixeira de Paula, editado pelo Banco
Cultural Brasileiro Editora Ltda.

T��ptologia ��� �� o fen��meno em que os objetos batem,
como ocorria com as mesas girantes no come��o d(
Espiritismo. Quando o ru��do �� interno no objeto, chama
mo-lo por raps.

Aportes - �� a penetra����o de objeto num recinto hermeticamente
fechado. �� fen��meno que desafia o nossc
entendimento. Alguns explicam isto pela desmaterializa����o
e materializa����o do objeto. Outros por um processo
de envolvimento do objeto, como a empalma����o na m��gica,
usando os esp��ritas fluidos especiais. Outros ainda,
como Zollner, acham que se trata de que os esp��ritos ope



ram noutra dimens��o. J�� vimos, em sess��o, trazerem-nos
flores e entregarem-nas sem que as mesmas se encontrassem
ao derredor. ��s vezes a planta transportada ��
trazida de regi��o long��nqua, como no-lo mostra Alexandre
Aksakof na sua obra "Animismo e Espiritismo".

Levita����o ��� Neste fen��meno o corpo infringe a lei
de gravidade, levanta-se, rodopia, acompanha compasso
musical. Me. Curie, a c��lebre cientista, testemunhou casos
de levita����o e se admirou da dirigibilidade dos objetos.


Fotografia transcendental -�� aquela que revela a
presen��a de entidade espiritual ou registra formas-pensamentos.
Notabilizou-se neste efeito o cidad��o Ted S��rios,
que o consegue com relativa facilidade. O campe��o em
fotografia deste g��nero foi o italiano Enrico Imoda. �� elemento
de indiscut��vel valor comprobat��rio para o Espiritismo,
pois, na maioria dos casos, o esp��rito surge na foto
sem que ningu��m esperasse, como ocorreu com Raymond,
filho falecido de Oliver Lodge, do que nos d�� conta

o livro "Raymond".
Se a foto �� obtida sem luz e sem lente denominamo-
la escotografia.


XXI
Mediunismo m��rbido

Atua����es e obsess��es

"O esp��rito de Jeov�� se retirava de Saul e um espirito
mau, enviado por Jeov��, se apoderou dele..." "No dia
seguinte se apoderou o mau esp��rito de Saul... e ele permaneceu
nu durante um dia..." "E sempre que o espirito
acometia Saul, o jovem David tocava a sua c��tara e o esp��rito
mau o deixava".

Tais refer��ncias n��o s��o do Livro dos M��diuns de
Allan Kardec mas, simplesmente, da B��blia, do I Livro de
Samuel, em que se descreve n��tido caso de obsess��o e
desobsess��o.

Ent��o, os esp��ritos podem exercer influ��ncia prejudicial
sobre o homem e eis o que os Evangelhos n��o p��em
em d��vida e a ci��ncia esp��rita confirma. Na realidade n��o
h�� ningu��m que n��o esteja sujeito a tais ass��dios, nem
mesmo os santos, cujas vidas qualquer crist��o poder��
estudar.

A medicina acad��mica n��o reconhece a obsess��o e
ela classifica as psicopat��as pela s��ndrome, isto ��, pelos
sintomas, pelos ind��cios quase que exteriores, como a
epilepsia, a esquizofrenia, a psicose man��aco-depressiva,


a paran��ia, a neurose e os dist��rbios nervosos de modo
geral. No entanto qualquer uma ou v��rias destas manifesta����es
ps��quicas, podem ter por causa a obsess��o.

Graus de atua����o espiritual

Tudo aquilo que �� espiritual rejeita a esquematiza����o,
mas poder��amos classificar o paciente, para efeito
de observa����o cl��nica esp��rita, nos seguintes est��gios:

1 ��� o simplesmente perturbado o u desequilibrado
2�� ��� o atuado
3.�� ��� o obsediado
4.�� ��� o subjugado ou possesso.

O PERTURBADO

�� o indiv��duo que sofre influ��ncias espirituais vari��veis.
Vive como barca �� deriva; ora guarda confian��a em
si. ora a perde, ora �� paciente, ora �� nervoso. Esta classe
se constitui de criaturas inst��veis, freq��entadoras de gabinetes
de psican��lise, tendendo muito �� hipocondria. No
entanto ele n��o �� perturbado por determinado esp��rito, a
quem pud��ssemos chamar de Paulo ou Jos��. Possui um
estado psicossom��tico sens��vel a quaisquer influ��ncias.

O ATUADO

Na linguagem vulgar corresponde ��quele que dizem
estar com um encosto. Conseq��entemente, difere do caso
anterior, pois o seu psicossoma �� atuado por uma presen��a
espiritual estranha, em n��vel de interfer��ncia. Todavia,
e isto �� importante, a atua����o n��o chega a ser
permanente, uniforme e profunda. O esp��rito interferente
permance quase que em rela����o telep��tica ou de tele



menta����o. Geralmente a atua����o n��o se d�� por motivos
graves, mas por decorr��ncia de sintonia ocasional: A pessoa,
em passando num lugar, poder�� imantar uma entidade.
Se doutrinarmo-la, dir��: "N��o sei como vim parar
aqui!" Interessante que as atua����es, muitas vezes, s��o
de esp��ritos familiares e que querem bem ao atuado!

O OBSEDIADO

Neste caso o indiv��duo sofre atua����o permanente de
um esp��rito, que designamos pelo nome de obsessor. A
origem da obsess��o �� muito complexa e se liga ��s vezes
a processo c��rmico, isto ��, a liga����es que se perdem na
longa peregrina����o da alma. Tanto o ��dio quanto o amor
ungem uma criatura a outra, provocando o caso obsessivo.
No primeiro caso por antagonismo, no segundo por
emotividade descontrolada. Existem tamb��m as obsess��es
programadas: Nelas a entidade obsessora atende a
um plano tra��ado por falanges, como aquela do drag��o, a
que alude Andr�� Luiz em "Liberta����o". O obsessor pode
guardar posi����o de simbiose com o obsediado, como a
erva de passarinho em rela����o �� ��rvore de que se nutre,
todavia o obsediado ainda conserva a sua personalidade,

tal qual a ��rvore da compara����o (44).

SUBJUGADO OU POSSESSO

Poder��amos dizer que a possess��o �� a obseda����o
em grau extremo de simbiose. A posi����o do obsessor e
obsediado �� t��o interpenetrante que uma efluviografia de
buirlian revelaria uma "aura" superposta �� outra, caso
fosse poss��vel faz��-la. O subjugado perdeu toda a vontade
e �� joguete de vontade estranha �� sua. Jesus praticava
trabalho de desobsess��o: no menino epil��ptico, Mat.


XVII, 14 a 21; no cego e mudo, Mat. XII, 22; falando o texto
em "Esp��ritos''' obsessores.

Tratamento

O tratamento dos. pacientes dos itens 1.�� e 2.��, o
perturbado e o atuado, poder�� ser feito com passes de
limpeza, freq����ncia a trabalhos de elucida����es doutrin��rias,
leitura edificante de fundo educativo-evang��lico e,
principalmente, atrav��s da laborterapia orientada no terreno
de servi��o desinteressado aos semelhantes. A limpeza
provoca desligamentos prejudiciais; a freq����ncia a trabalhos
de elucida����o provoca ligamento a uma corrente de
prote����o positiva; a leitura ajuda o reequil��brio, o autocontrole
e abre a mente a vis��o mais larga, enquanto que

o trabalho de caridade gera cr��dito, torna o ser respeit��vel
e menos abord��vel, fortalecendo-o sobremaneira.
J�� o tratamento do obsediado exige que o paciente
freq��ente trabalhos especializados de desobsess��o (45).
Como se externou uma equipe de autoridades no assunto,
tamb��m integrada por m��dicos, num extrato sobre a
obsess��o: "Assim como n��o se concebe que um m��dico-
cirurgi��o fa��a uma laparotomia no meio da rua, ou uma
opera����o craniana sem todos os recursos indispens��veis,
em hospitais especializados, igualmente n��o se
pode esperar que, atrav��s do Espiritismo, possa ser obtida
a cura de um obsediado no lar, onde o doente n��o se
ajuda, onde n��o haja paz, ora����o e vigil��ncia por parte
dos familiares".

No caso de obsess��es graves, nas subjuga����es ou
possess��es, o tratamento tem de fato alguma rela����o ou
parecen��a com a t��cnica cir��rgica, pois deve ser feita


uma separa����o for��ada em dois entes excessivamente
jungidos com aspectos teratol��gicos. Conhecemos casos
cuja desobsess��o �� feita com a assist��ncia de m��dium
vidente que vai apontando os chacras onde se d�� a
imanta����o. Colocando-se o obsediado debaixo de corrente
fluidica ou magn��tica poderosa, esta age como bisturi,
da�� que nem toda corrente sirva para desobsess��o. Tais
trabalhos n��o devem ser p��blicos, pois j�� se imaginou se
os m��dicos-cirurgi��es. convidassem o p��blico todo para
assistir opera����es?

Depois desta parte mec��nica importa que o paciente
se evangelize, se eleve, colocando-se em n��vel superior
a salvo da volta dos obsesores, de modo que estes
n��o o apanhem por falta de sintonia. Um obsediado evangelizado
e sublimado salva os seus obsessores e ilumina-
os!

No entanto temos visto, na pr��tica, n��s c��rmicos,
verdadeiramente indesat��veis, cuja origem se perde na
noite dos tempos e diante dos quais nos tornamos impotentes.


Correla����es psicossom��ticas

�� importante que saibamos compreender as correla����es
entre o esp��rito e a mat��ria: Uma subjuga����o prolongada
gera, no campo f��sico, enfermidade que poder��
persistir mesmo depois de afastado o esp��rito obsessor
e, na ignor��ncia disto, poder��o dizer: "n��o adiantou
nada". Se o efeito continuou, embora feita a desobsess��o,
importa que se fa��a em seguida tratamento m��dico
deste doente, pois se antes a medicina n��o conseguia
cur��-lo, agora consegui-lo-��.


Aspecto relevante para o qual nos chama aten����o

C. Torres Pastorino �� aquele que se d�� em sentido contr��rio:
O obsessor poder�� imantar-se ao obsidiado, justamente
atra��do por um ponte fraco, isto ��, pelo p��lo negativo
do obsidiado. O "obsessor, ciente ou insciente, se liga
ao obsidiado atrav��s do "ponto magn��tico" que lhe oferece
campo de atra����o, e este �� o p��lo negativo na
v��tima, onde poder�� ligar o seu p��lo positivo. Ora, os pontos
magn��ticos negativos no encarnado s��o os ��rg��os
enfermos..." (46). Eu colocaria como p��lo negativo do encarnado
tend��ncias a v��cios, erotismo, desvios de car��ter,
etc.
Qual �� o melhor processo
para tratamento de
obsess��es graves ou subjuga����o?

Seria o mesmo que pretender apresentar uma t��cnica
que servisse �� extirpa����o de todos os tumores. Cada tumor
tem a sua natureza espec��fica, al��m do que se situa anatomicamente
em posi����o que representa maior ou menor risco
a sua abla����o. Tumores de origem cancerosa exigem,
as vezes, que o m��dico extirpe as suas ra��zes que se
aprofundam no organismo. Um lipoma simples pode ser
extirpado em segundos.

Assim tamb��m a obsess��o se d�� em graus t��o diferentes
que n��o existe obsess��o gen��rica, mas cada caso
�� um caso. Uns mais leves, outros t��o enraizados que se
torna dif��cil a separa����o entre obsessor e obsidiado.
Al��m disto importa considerar a hist��ria daquelas almas
em simbiose. Essa hist��ria pode ser de paix��o desvairada
aue persiste no p��s-morte; de ��dio em virtude de crime


ou revide �� persegui����o. �� t��o importante isto que existe
at�� a obsess��o, em car��ter no entanto leve, por amor excessivo
de pais para com os filhos, desejando ampar��-los
e n��o aceitando, no Al��m, a proposta de buscarem abrigo
em outras cidades espirituais.

Assim, o tratamento, nos quadros obsessivos subjugantes,
deve obdecer a crit��rios v��rios, segundo a compet��ncia
do Diretor e da sua ilumina����o, al��m da qualidade
dos m��diuns de que disp��e.

No entanto, na pr��tica, verificamos que:

a) o obsessor consciente do mal que est�� fazendo
via de regra n��o se convence com os nossos argumentos.
Temos de contar com a assist��ncia dos nossos guias
e da corrente espiritual que nos assiste. N��s fornecemos
campo para a cirurgia deles, campo que �� a massa flu��dica
�� disposi����o destes nossos abnegados irm��os e, sobretudo,
o nosso amor cr��st��co. Nestes casos ouvimos o
guia dizer: "n��s vamos amarrar o irm��o obsediante, arrogante
e violento, e lev��-lo daqui". Evidente que n��o se
trata de amarrar, mas prend��-lo num campo fluido-magn��tico.
b)j�� o mesmo n��o se passa com o obsessor que ali
se encontra sem saber como e nem porque: ��s vezes foi
"despachado" para aquela tarefa, teleguiado por poderosos
magos do mal, que dirigem verdadeiras coortes de
esp��ritos malsinados, muitos deles presos a tal organiza����o
por vicios e d��bitos ao grupo de famigerados monarcas
das regi��es infernalinas. Estes esp��ritos mandados,
muitas vezes, completamente em estado de inconsci��ncia,
sentir-se-��o at�� aliviados se lhes propomos prote����o.
S��o como estes cidad��os de pa��ses de regime forte que
pedem asilo em embaixada estrangeira.

c) os esp��ritos que se ligam a uma criatura sem saber
que est��o fazendo mal, por um fen��meno de imanta����o
autom��tica, mental ou at�� em virtude de la��os afeti:
vos, se constituem no maior n��mero. A estes n��o denominamos
esp��ritos obsessores, mas sofredores. Trabalhar
para o bem de "esp��ritos sofredores" �� miss��o
grandiosa, pois damos aos mesmos uma dire����o e oferecemos
luzes, com que se reencontrar��o, perdidos como
estavam. Podem ser at�� esp��ritos bon��ssimos, mas com a
vis��o espiritual obliterada pelo choque da morte.
Conforme a natureza da enfermidade e dos recursos

de que dispomos, tal e qual o que acontece com o m��di


co, enfermeiros, rem��dios e recursos �� disposi����o, tam


b��m o Diretor esp��rita agir��.

Existe, por��m, uma diferen��a substancial entre o tratamento
m��dico e o tratamento do paciente espiritual.
Um m��dico pode aplicar uma pomada numa ferida e, independente
do doente, a mesma cicatrizar. J��, nos casos
de obsess��o subjugante, o paciente tem de colaborar de
tal maneira que ele ser�� o m��dico de si pr��prio. A simbiose
entre o obsesor e obsidiado freq��entemente se d�� em
campo de assentimento rec��proco ou, ent��o, pelo fato de
deixarem as janelas e portas abertas na sua estrutura psicossom��tica.
Muitos casos existem em que se evangelizando
o obsidiado o obsessor se retira daquela casa ou a
perde de vista, por quest��o de faixa vibrat��ria.

Assim, �� dif��cil programar uma t��cnica, e in��meros
centros t��m a sua pr��pria maneira, uma completamente
diferente da outra, alcan��ando, todos, resultados positivos.
Todavia, pelo que temos observado, existe uma ex



peri��ncia v��lida: Na doutrina����o de tais esp��ritos, quer
obsessores ou simplesmente sofredores, �� mais eficiente
utilizar um outro m��dium que colocado junto ao paciente
receber�� a entidade. Falando atrav��s de outro
aparelho medi��nico ele se torna mais receptivo e doutrin��vel.
Por outro lado a simples passagem de um corpo
para outro j�� �� in��cio de desobsess��o, pois se d�� um desligamento
embora provis��rio.

M��dium de capta����o

Existem m��diuns que possuem tal faculdade de
atrair para o seu campo medi��nico a entidade que atua
no paciente. S��o conhecidos em nomenclatura mais
atual pelo nome de m��dium de capta����o. A palavra ��
bem adequada, pois eles captam os esp��ritos atuantes.

Geralmente nesse trabalho desobsessivo em n��vel
de capta����o, como j�� vimos numa clinica, colocam o
doente e o m��dium de capta����o sentados ou deitados
juntos, tocando-se ou n��o as m��os. O m��dium de capta����o
se converte num delicado aparelho que registrar�� e
repetir�� o trauma do doente. Todavia �� necess��rio que o
Diretor saiba que corre o risco de interpretar errado as
manifesta����es do m��dium de capta����o. O m��dium de
capta����o poder�� captar simplesmente o que est�� no subconsciente
do paciente ou do seu inconsciente ou ainda
da hiperconsci��ncia, revivendo aquele estado numa representa����o
��s vezes teatral. Ent��o n��o se trata de que
esteja se manifestando um Espirito desencarnado,

mas sim a psique do pr��prio doente, com toda a sua problem��tica.
Em algumas ocasi��es, quando o m��dium de
capta����o �� de alta qualifica����o, chega a captar o estado


m��rbido do paciente, em encarna����o anterior, revi


vendo momentos de dor, afli����o, ang��stia, que se trans


portaram pelo seu perisp��rito �� vida atual.

O simples fato de dar-se essa manifesta����o, enseja-

se um "descarrego", uma elimina����o, uma conscientiza


����o para o paciente, quando ele ouve, a si pr��prio, equi


valente a uma catarse.

Grupo familiar
e trabalho desobsessivo

Temos notado que muitos obsidiados resistem a
quaisquer tratamentos espiritas por motivo de que a
obsess��o envolve todo um contexto vivencial em que a
fam��lia est�� implicada. Esse envolvimento geralmente
(n��o sempre) prov��m de exist��ncias pregressas. Se a fam��lia
Montecchi, do jovem Romeu, e a fam��lia Cappelletti,
da bela Julieta, se reencarnassem, possivelmente poderia
se apresentar em ambas as fam��lias casos de obsess��o.
Hoje muitos grupos j�� cuidam de tratar espiritualmente
da fam��lia inteira.

Numa nova modalidade psiquiatra introduzida por
Eli��zer C. Mendes, em sua Cl��nica Parapsicol��gica, baseada
na mediunidade de capta����o, e que se chama Psicotranse,
geralmente esse m��dico, em muitos casos,
convoca a fam��lia toda para tratamento (47).

Para maior compreens��o da mat��ria remetemos o
leitor para a obra "Grilh��es Partidos", ditada pelo espirito
Manoel Philomeno de Miranda e psicografada por Divaldo
Franco. Quando vemos um obsidiado, muitas vezes, louco
e submetido �� camisa de for��a, estamos observando
apenas o ��ltimo ato de um drama que. no entanto, vem se


apresentando no cen��rio da vida desde muito tempo, em
exist��ncias pregressas. E esse obsidiado subjugado e
alucinado, para o qual �� in��cuo qualquer tratamento psiqui��trico,
n��o �� um ator solit��rio, mas no drama se liga a
outras personagens presas ao mesmo, atualmente pelos
la��os da consang��inidade, esponsalicio e mesmo relacionamento
s��cio-econ��mico, profissional, art��stico, religioso
e o que mais seja.

Dai que, para tratar de um obsidiado, necessitemos
alargar o tratamento espiritual a toda a fam��lia.

Ader��ncias

A atmosfera ps��quica que envolve a Terra �� coalhada
de miasmas, larvas astrais, seres de fauna indescrit��vel,
inclusive microorganismos et��ricos; portanto, se estamos
nadando em tais ��guas, sem o cuidado do banho
com o sabonete da edifica����o, tais elementos aderem ao
nosso organismo psicossom��tico, como sanguessugas
vampirizantes. Essa liga����o flu��dica d��-se ordinariamente
no chacra espl��nico, ou seja, na regi��o do ba��o. Da�� a utilidade
dos passes de limpeza (48), al��m de higiene mental
constante e edifica����o ��ntima.

Descalibramento medi��nico

�� necess��rio que saibamos observar o paciente, como
o antigo m��dico de cl��nica geral. Muitas vezes o paciente
�� um m��dium ou pessoa portadora de fundo medi��nico
acentuado, que se nos apresenta como perturbado
ou simplesmente em estado de neurose. Temos verificado
casos em que o que se passa com o doente �� simples
processo de engorgitamento flu��dico, que n��o encontrando
sa��da por falta de trabalho provoca fen��meno


de descontrole neste ou naquele chacra, principalmente
no chamado plexo solar. Evidente que nos referimos a tipo
espec��fico de m��dium doador; neste caso, ele n��o
est�� necessitando de tomar passes, mas de d��-los! Como
n��o tem condi����es para faz��-lo por falta de conhecimento
e sublima����o, deixamo-lo simplesmente na cabina
de cura e o mesmo se restabelece.

Devemos praticar
desobsess��o em casa?

Se experi��ncia e observa����o valem alguma coisa,
eu responderia que, no lar, n��o devem ser feitos trabalhos
de desobsess��o. Este tipo de trabalho converte o lar
em hospital, para onde passam a convergir entidades sofredoras
necessitadas; entre estas, aquelas que n��o desejam
que nos imiscuamos em suas atitudes delet��rias,
por sinal, ��s vezes, filiadas a poderosas organiza����es do
mal, que automaticamente reagem contra o grupo familiar.
Muitos lares conseguem anos a fio realizar este magn��fico
trabalho de caridade, sem nenhum preju��zo, mas
nem todos est��o habilitados espiritualmente a faz��-lo. O
trabalho espiritual no lar deve ser apenas de elucida����es
doutrin��rias, em que o m��dium desenvolvido serve
como intermedi��rio de espirito familiar ou de esferas
mais elevadas para transmitir ensino, orientar os desorientados,
consolar, estender as m��os, dar passe de cura
e reunir pessoas, em comunh��o, levando-as a iniciativas
de filantropia. Sobretudo, aprendizagem e caridade. Em
suma, um Evangelho no Lar dilatado por servi��os.


XXII
Percal��os do
exerc��cio medi��nico

A fraude

Antes, de mais nada n��o devemos confundir fraude
com mistifica����o. A fraude �� de iniciativa do m��dium, que
resolve enganar e o faz conscientemente. Implica em
predisposi����o e habilidade. Certos autores, no entanto,
aludem �� fraude inconsciente e dizem que um m��dium
poderia pratic��-la inconscientemente, sem o saber, principalmente
em estado sonamb��lico.

A fraude consciente nasce de interesse ou frustra����o.
J�� nos foi dado, durante largos anos, acompanhar
trabalhos de efeito fisico de notabil��ssimo m��dium que,
mais tarde, veio a cometer fraude, sendo apanhado em
flagrante, causando tremendo preju��zo ao Espiritismo e
aos altos comandos da Espiritualidade Maior, pois, quando
um m��dium comete esta leviandade, desmoraliza-se a
si pr��prio e a todos aqueles que escreveram e falaram
baseados nos fen��menos produzidos por ele! Imagine-se
a dimens��o desta falta perante Deus!

Geralmente ocorre que o m��dium, sentindo ter perdido
as faculdades, n��o quer abandonar o posto, no qual


�� incensado e est�� auferindo algum resultado, do que lhe
nasce a tenta����o de ludibriar. Aqueles atentos advers��rios
da doutrina negar��o, com ��xito, todo o brilhante passado
medi��nico, baseando-se neste ��ltimo e infeliz ato de
��pera bufa e o ingente esfor��o da luz perder�� um round a
favor das trevas. Conseq��entemente, �� o pr��prio esp��rita
que deve prevenir-se contra a fraude e denunci��-la quando
a presenciar.

A mistifica����o

A mistifica����o n��o �� de iniciativa consciente do m��dium,
mas de determinado espirito ou de toda a corrente
espiritual que se manifesta atrav��s dele. Dai existir a mistifica����o
singular e a mistifica����o plural. E singular quando
um esp��rito isolado come��a a mistificar em trabalhos
perfeitamente bem dirigidos. Recordo-me de que, em c��rculo
selet��ssimo, na resid��ncia do saudoso confrade Jos��
Andreucci, certa ocasi��o come��ou a manifestar-se uma
entidade que parecia ser da mais alta hierarquia espiritual,
filiada a uma ordem oriental mas que, na terceira
manifesta����o, foi desmascarada por descuidos que cometeu.
Era mistificador isolado ou singular. Quando, por��m,
a mistifica����o �� plural, torna-se mais perigosa: Todos
os verdadeiros guias, orientadores, s��o afastados e
uma chusma de mistificadores toma-lhes os nomes, as
maneiras, o modo de dizer. O diretor h��bil nota essa mistifica����o
plural apenas porque o conte��do das mensagens
�� diferente. Neste caso houve planejamento por
parte de correntes inferiores e a tomada de posi����o �� feita
com muita sagacidade. Via de regra os esp��ritos mistificadores
estudam a psicologia de cada diretor. Se
entre eles existir um inteligente e h��bil, procuram afast��



lo de alguma sorte, principalmente fomentando a disc��rdia.
Come��am a enaltecer determinados elementos, n��o
se esquecem dos seus filhos fazendo-os reencarnantes
gloriosos e assinalam, a todos, posi����o de mission��rios e
salvadores. Come��am, devagarinho, a interferir na vida
privada de cada um e na dire����o interna da sociedade.
Anunciam eventos bomb��sticos, cujo objetivo �� met��-los
no rid��culo. Conheci um grupo onde militavam pessoas
cultas, cujos membros ficaram t��o fascinados (veja em
Kardec ��� "Fascina����o") que acreditaram que a m��dium
iria dar �� luz o Novo Messias do III Mil��nio! Se a ��poca ��
de v��os interplanet��rios, podem trazer-lhes um habitante
de Cygne ou os pr��prios tripulantes do Disco Voador! ��
imprevis��vel a engenhosidade do mistificador.

Se, pois, o grupo �� levado ao fasc��nio, ent��o �� bem
dif��cil que consigamos demov��-lo da pr��tica de atos os
mais absurdos e il��gicos. Neste terreno, contra tais traficantes,
n��o prevalece nem mesmo a bondade ou a evangeliza����o
do grupo, pois podem aproveitar-se da ingenuidade
dos seus membros. Conseq��entemente, importa
que n��o se deixe de sempre ler Kardec, mesmo que tais
esp��ritos o pro��bam e mandem queimar as suas obras, recomenda����o
bizarra que j�� me foi dado presenciar. �� o
bom senso que deve prevalecer, aquele mesmo que deu
solidez �� obra do mestre lion��s.

Animismo (*)

Ouvimos freq��entemente uma pessoa dizer: "N��o
aprecio o m��dium Jos�� porque ele �� muito an��mico".
Com isto ele quer dizer que Jos��, ao transmitir a mensagem
do Espirito, mete muitas coisas da sua cabe��a, ou
melhor, da sua anima (alma), da�� a palavra anim-ismo.


Os que estudam Espiritismo sabem que a comunica����o
espirita nunca poder�� ser absolutamente pura, dando-
se o que se d�� com o raio de luz que, ao atravessar determinado
corpo, mesmo sendo do melhor cristal, sofre
retra����o. Quando nos conscientizamos desta verdade estamos
a salvo de cometer erros e divulgar sandices, pois
temos de dar a Pedro o que �� de Pedro, e a Paulo o que ��
de Paulo. No pref��cio da sua monumental obra "Animismo
e Espiritismo", Alexandre Aksakof faz ver que o erro
do Espiritismo, em seus primordios, foi entender que, em
todo fen��meno ps��quico (ou paranormal), havia um Esp��rito
desencarnado operando.

Como �� a personalidade do m��dium que, no animismo,
se manifesta com ou no lugar do Espirito, podem se

(*) A palavra animismo que adquiriu foros de cidadania no Espiritismo,
atrav��s, principalmente, de Alexandre Aksakof, com a
obra "Animismo e Espiritismo" e Ernesto Bozzano com "Animismo
ou Espiritismo?", dois luminares em dois trabalhos pol��micos, n��o
obstante isto n��o nos parece adequada ao m��todo kardequiano
que sempre propende para o uso de express��es claras. E animismo
n��o o ��. Animismo �� termo com significado m��ltiplo e encontradi��o
em v��rios departamentos do cornhecimento humano. Em Religi��o
comparada significa a cren��a primitiva de que todos os seres
possuem "anima", assim empregado por Tylor em "Primitive Culture",
I, 1934, p��g. 428. Para Alexandre Aksakof o termo animismo
"pode ser sin��nimo de psiquismo, aplic��vel a todos os fen��menos
intelectuais e f��sicos, desde que n��o haja de permeio o Espirito desencarnado".
Hoje corresponderia �� maioria das fun����es paranormais
(ob.cit. p��g. 530, FEB, 2.�� edi����o). Neste livro empregamos a
palavra em sentido vulgar e corrente na pr��tica. Leia-se, com proveito,
"Animismo e Mediunismo", do Dr. Alexandre Sech, p��g. 191, in
"Encontro com a Cultura Espirita", Casa Editora O Clarim.

Este livro �� de inicia����o, dai tenhamos evitado esclarecer o
que vem a ser personismo, a fim de n��o confundir o leitor.


dar pseudo persona����es, como por exemplo comunicar-

se Antoninho Marmo, pelo fato de o m��dium ser devoto

dele. As inclina����es do m��dium manipulam a comunica


����o. Andam, por ai, in��meros esp��ritos do Papa Jo��o XXIII.

O desvio se parece com a conhecida mistifica����o,

mas existe substancial diferen��a, pois que na mistifica����o

quem engana �� o Esp��rito mistificador, enquanto no animis


mo �� o m��dium inconscientemente.

Fique entendido que nem sempre o animismo �� prejudicial,
pois, pode a anima (alma) do m��dium enriquecer ou
remodelar a mensagem do Esp��rito, envolvendo-a em linguagem
sua (do m��dium) sem trair o conte��do. Pelo fato
de a nossa falecida m��e sem instru����o, e caipira, falar pelo
m��dium em linguagem agora correta, n��o quer dizer
que isto possa representar mistifica����o, fraude, ou animismo
enganador.

Al��m do mais, temos de aceitar elevada dose de animismo
no in��cio do desenvolvimento medi��nico, como necessitamos
do motor de arranco do autom��vel ligado �� bateria
para que comece o auto a mover-se.

Compuls��o

Eis um elemento negativo a ser inclu��do nos percal��os
da mediunidade: Compuls��o, a qual, no entanto, ��
poucas vezes abordada. Encontramo-la, no entanto, apontada
seriamente na obra "Entre Irm��os de Outra Terra",
do Irm��o X, onde Mrs. Hayden obtempera: "A mistifica����o
median��mica assume agora para mim aspectos multiformes,
de vez que, se em alguns casos raros, podemos reconhec��-
la movida pela m��-f��, na maioria absoluta das ocorr��ncias,
necessitamos compreender o papel da hipnose,


da compuls��o, do reflexo condicionado ou processo
obsessivo dentro dela".

A compuls��o, como o nome indica, �� o envolvimento
do m��dium por fatores externos que o impulsionam para
determinada dire����o. Na mistifica����o s��o os esp��ritos
que engedram o engano; na compuls��o a for��a atuante
nasce no pr��prio ��nimo dos diretores do trabalho, no p��blico
assistente, nos h��bitos reinantes, na atmosfera peculiar
onde vive o instrumento medi��nico, em in��meros elementos
culturais. Se um m��dium se desenvolve dentro da Pota-
la ou qualquer lamasaria no Tibete, ele sofrer�� compuls��o
daquele ambiente m��stico; outro tanto, se se chamar Tereza
e for carmelita no Convento de ��vila. O estudioso de Espiritismo
deve compreender bem a compuls��o, para avaliar
diferen��as nas comunica����es dadas num povo e noutro,
numa ��poca e noutra, no tocante a partes n��o substanciais.
A mediunidade, entre os ind��genas, sofre compuls��o
do primitivismo tribal, assim, tamb��m, em enxertos afro-
brasileiros.

Existe um tipo de compuls��o muito importante e comum
a que temos testemunhado: A compuls��o gerada
por Diretor de Centro sobre todos os m��diuns desenvolvidos
ou dirigidos por ele. Essa compuls��o pode ser.
tamb��m, do pr��prio n��cleo esp��rita, onde almas afins encarnadas
criam certo estimulo, conseguindo resposta
esperada pelo c��rculo familiar interesseiro, trazendo-lhes
vantagens econ��micas, pol��ticas ou sociais ou, at�� mesmo
de vaidade elitista ou grupos. Por isso, o bom Diretor n��o
sugere muito, evita levar o m��dium a estado indutivo ou hipnol��g��co,
guardando reserva, antes do trabalho, sobre certos
assuntos e n��o comentando outros depois das manifesta����es.
A compuls��o sofrida por m��dium diante de enorme


p��blico, ��vido de efeitos miraculosos ou sensacionais, ��
algo muito s��rio e que tem destro��ado grandes promessas
medi��nicas.

Reflexos condicionados

Muitos tiques, ru��dos, assobios, resfolegamento forte,
batida de dedos, dos p��s, express��es fixas, como a de um
disco defeituoso, podem n��o ter nenhuma rela����o com o
esp��rito comunicante. O m��dium geralmente sofre cont��gio
conseq��ente de sugest��o ou imita����o, o que, depois,
se transforma em reflexos condicionados: Sempre que o
m��dium estiver debaixo daquelas condi����es se expressar��
daquela forma m��mica. N��o devemos dar excessiva import��ncia
a isto, n��o obstante caiba-nos emitir sugest��es-
ensino no sentido contr��rio, de modo que o seu inconsciente,
opere sem tais inconvenientes. Todavia, o orientador
dever��, neste campo, ser prudente, pois n��o deve tirar
a espontaneidade do m��dium, gerando-lhe um estado
inibit��rio nos trabalhos ou obrigando-o a racionalizar, em
momento, onde a an��lise, de modo algum, deve interferir.
Alguns m��diuns, j�� observamos, necessitam de tais trejeitos,
tanto quanto certos m��sicos se exprimem melhor
fazendo certas micagens, ou o italiano fala efusivamente e
gesticulando.

O diretor e o m��dium

N��o �� muito c��moda a posi����o do diretor encarnado
diante do m��dium iniciante, mesmo porque n��o existem
dois m��diuns iguais. Um ponto importante �� o do animismo:
No come��o �� de se tolerar o m��ximo de animismo e
at�� fazer ver ao novi��o que o esp��rito para se comunicar
necessita, na mediunidade semi-consciente, de estimulo


do pr��prio esp��rito do m��dium. O m��dium n��o deve parar
de trabalhar por n��o distinguir o que vem de si mesmo daquilo
que vem do Espirito. �� desaconselh��vel inocular, no
iniciante, excessiva preven����o contra o animismo, assustando-
o, tarefa que deve ficar a cargo do diretor encarnado.
O nen��m, para aprender a andar, for��osamente tem
de se expor a levar tombos; depois levantar-se-�� e caminhar��
com seguran��a.


XXIII
Desenvolvimento medi��nico

Damos o nome de desenvolvimento medi��nico ao
trabalho ou programa que permite, ao portador de faculdade
medi��nica, o exerc��cio pleno da fun����o. Equivale ao
adestramento em qualquer arte para a qual a pessoa tenha
voca����o. A diferen��a entre tornar-se pianista e tornar-
se m��dium desenvolvido reside no fato de que, para o
curso de pianista, existem m��todos aprovados pelos Conservat��rios
Musicais, enquanto que para atingir-se o mediunato
n��o h�� nenhum m��todo plenamente aprovado.

O m��dium �� semelhante �� fruta que, estando verde,
tem de amadurecer, mas este amadurecimento depende
de calor pr��prio e condi����es peculiares. Logo, a regra eficiente
para A... pode n��o servir para B...

Al��m do mais, devemos distinguir no Desenvolvimento
Medi��nico duas fases:

a

1. fase ��� A Eclos��o ou Abertura da Mediunidade
2.a fase ��� A Educa����o da Mediunidade
A ECLOS��O OU ABERTURA DA MEDIUNIDADE

Para que surja na terra uma plantinha, importa que a
semente viceje e o brotinho rompa a casca, projetando-se
para fora. Assim, tamb��m �� a mediunidade que estando na
pessoa tem de vir para fora, manifestando-se.


Quas e todos os excepcionais m��diuns que se desenvolveram
na minha presen��a, tornando-se instrumentos de
expressivo valor, passaram pela eclos��o da mediunidade
quase que instant��nea. Um deles era jovem de grande express��o
no Cursilhismo cat��lico. A primeira vez que solicitou,
por curiosidade, para assistir a um trabalho, eis que
sentado numa poltrona, d�� um pulo, cai no ch��o em posi����o
de iogue e o Espirito d�� comunica����o; da�� por diante in��meras
entidades, das mais diferentes correntes, por seu interm��dio
transmitiram ensinos extraordin��rios.

A EDUCA����O MEDI��NICA

S�� podemos tratar daquilo que existe. Eclodindo a
mediunidade, ent��o sim passamos a educ��-la. Ningu��m
pode fazer um musicista, principalmente violinista, se o
mesmo n��o possui ouvido musical. Perde-se, no Brasil,
muito tempo com pessoas que nunca ser��o m��diuns desenvolvidos.
A Educa����o Medi��nica �� um trabalho lento,
de estudo, disciplina, entrega de si mesmo, evangeliza����o,
debaixo de dire����o competente.

Modalidades de Eclos��o
ou Abertura da Mediunidade

Segundo aquilo que observamos, na pr��tica, a mediunidade
eclode por:

a)sublima����o espiritual
b)submiss��o a fraca corrente
c)submiss��o a forte corrente
d)decorr��ncia de causas psicobiof��sicas
SUBLIMA����O

Na ascese espiritual, ou melhor, ascens��o, a pessoa
�� profundamente tocada em virtude de cont��nuos anseios


de integra����o �� Divindade, express��es hier��rquicas dessa
mesma divindade (anjos, guias, santos, devas, etc),
acabando por se sensibilizar, abrindo-se-lhe a mediunidade.
Lembrar��amos, aqui, o caso de Santa Tereza de ��vila,
de Ramakrishna, em seus ��xtases e at�� mesmo do ultraf��nico
Pietro Ubaldi imergindo nas correntes no��ricas.

A mediunidade da minha esposa eclodiu por anseio
de servir, de dar passes, em intensa vibra����o pelo semelhante,
passando de m��dium consciente at�� o de m��dium
de incorpora����o absolutamente inconsciente (48).

Seria este o caminho, o da sublima����o, o mais lindo
do desenvolvimento medi��nico, aquele que dever�� ser
peculiar �� civiliza����o planet��ria terrena daqui a mil��nios.

FRACA CORRENTE

O m��dium pode ser desenvolvido debaixo de corrente
de fraca densidade, ou seja, em grupo onde o trabalho
�� orientado por leituras evang��licas, livros de Emmanuel,
em atmosfera calma e pr��tica acentuada da caridade. As
entidades que orientam estes trabalhos s��o delicadas,
mas seguras, como mestres perfeitos. Em tudo costumam
tomar sempre Cristo por modelo e o objetivo primacial
�� a conquista da luz para cada um.

O m��dium, dentro dessa corrente, em regra, demora
mais para abrir-se, como o pinh��o levaria mais tempo
para se abrir em ��gua morna. O desenvolvimento do m��dium
��, deste modo, pouco mais do que o natural, tal qual

o fruto que amadurece dentro das pr��prias leis.
FORTE CORRENTE

Neste caso o m��dium �� colocado em corrente pesada,
em que as for��as flu��dicas s��o densificadas. A carga


flu��dica semimaterializada, atingindo o m��dium, estoura-
lhe a carcassa fisiopsicossom��tica e, em virtude deste
mecanismo, a mediunidade se abre depressa. Isto
explica o motivo pelo qual certos m��diuns, que n��o conseguiram
abrir-se no kardequismo, alcan��am abertura ou
eclos��o instant��nea na Umbanda.

CAUSAS PSICOBIOF��SICAS

O m��dium pode abrir-se tamb��m em virtude de sugest��o
hipn��tica ou cargas magneter��picas. O risco deste
processo �� fazer um pseudo-m��dium ou m��dium condicionado
pelas id��ias projetadas pela pessoa que lhe dirige
o desenvolvimento.

Podemos, ainda, acrescentar a abertura medi��nica
que ocorre por causas fortuitas: Um choque, desastres,
guerra, traumatismos violentos, provocando artificialmente
o afastamento do psicossoma, permitindo a eclos��o
das faculdades median��micas. Nestes casos a mediunidade
com o tempo poder�� desaparecer, pois que
cessada a causa, cessa o efeito. Isto explica a raz��c pela
qual nas grandes guerras se d��o, em quantidade, fen��menos
medi��nicos.

Mesa branca e terreiro

�� comum nos perguntarem se tal trabalho �� de mesa
branca ou de terreiro. A express��o mesa branca
adv��m de que as sess��es espiritas antigamente sempre
se realizavam em torno de uma mesa coberta por uma
impec��vel toalha branca. Podemos assim dizer que o trabalho
de mesa branca �� aquele realizado consoante os
ensinos de Kardec do chamado Espiritismo Crist��o, no
qual o importante �� praticar a caridade e iluminar-se. Isto


de modo geral, pois que poder�� existir uma sess��o, em
torno de uma mesa, sob outra orienta����o.

O trabalho de terreiro �� aquele que obedece �� orienta����o
da Umbanda, em suas diversas linhas ou trabalhos
cong��neres, nome que prov��m do fato de os m��diuns ficarem
num terreiro ou no que se lhe assemelhe ou substitua,
possuindo ao lado um altar cheio de est��tuas de
santos e protetores, obedecendo ritual, acompanhamento
de instrumentos de percuss��o, paramenta����o exuberante,
signos, s��mbolos, propendendo, muitas vezes, para
a obten����o de resultados imediatos, se bem que encontremos,
tamb��m, bastante amor e servi��o em muitos
grupos.

Acredito que esta express��o mesa branca deva desaparecer
com o tempo. Ao menos da nossa parte, em
nossos trabalhos pr��ticos, nunca usamos mesa alguma.
Entendemos que a mesa condiciona os participantes do
trabalho, divide a assembl��ia em espectadores e trabalhadores,
como em espet��culo, ao tempo que dificulta o movimento
do diretor encarnado e auxiliares quando necessitem locomover-
se a fim de ministrar passes de dispers��o ou
dialogar com a entidade. Ademais, a mesa pode ser branca
e, no entanto, o trabalho ser pardo, pelo seu baixo n��vel
de correspond��ncia (49).

A palavra Espiritismo foi a escolhida por Kardec
para designar a doutrina que lhe foi transmitida e compilada,
constante do Livro dos Esp��ritos; conseq��entemente
Espiritismo �� sin��nimo de Kardequismo ou Kardecismo.
Vem da�� que a palavra n��o se aplicaria ao Umbandismo e
outras pr��ticas, n��o obstante possam ser respeit��veis.
Ocorre, no entanto, que a Umbanda tem em comum com


o Espiritismo o mediunismo, ado����o de princ��pios reencarnat��rios,
etc. e �� muito dif��cil que o vulgo venha, daqui
por diante, a estabelecer distin����es: Da palavra esp��rito
o vulgo far�� espiritismo e dar�� esta denomina����o ao que
possa existir de mais extravagante. Acredito que poder��amos
ir refor��ando o uso da palavra Esp��rita com certa
adjetiva����o kardequista ou kardecista, que identifica perfeitamente
a pr��tica constante deste livro (*).
(') O leitor n��o deve confundir mediunismo com Espiritismo.
Espiritismo �� o conjunto de ensinamentos constantes da Codifica����o
Kardequiana (Livro dos Esp��ritos, Livro dos M��diuns, etc, de
Allan Kardec) e ainda outros que nos chegaram por via medi��nica
(Nosso Lar, Legado Kardequiano, etc.), conservando-se dentro da
linha principal, apenas melhorando esta ou aquela interpreta����o,
bem como todas as obras de pessoas vivas que t��m-se dedicado ��
divulga����o da Doutrina. Mediunismo �� simplesmente o exercido de
atividade medi��nica em que o fen��meno se verifica, todavia, sem
qualquer compromisso doutrin��rio com Kardec. Assim, o fen��meno
medi��nico sempre existiu na face da Terra antes que existisse
Espiritismo. Poder�� acontecer de algu��m produzir fen��menos medi��nicos
e ser at�� mesmo contr��rio aos ensinos kardequianos. Hitler,
pelo que contam, era m��dium, no entanto, tomado por for��as tenebrosas
sem qualquer liga����o com a Doutrina Espirita, que �� precipuamente
Amor.


XXIV
Algumas perguntas sobre
a mediun��dade

Far-se-iam necess��rios muitos volumes para responder
a todas as perguntas que s��o formuladas por criaturas
que se apresentam confusas, n��o conseguindo saber
que �� que se passa com elas. Vamos ��s perguntas
mais comuns:

"Eu sou M��dium?"

Um cidad��o sentindo-se enfermo, mas portador de
sintomas estranhos, vai de uma a outra cl��nica sem qualquer
resultado. Tiram-lhe todas as chapas e fazem todas
as an��lises, mas o m��dico n��o encontra um ��rg��o doente.
Segue rumo �� Psiquiatria, sem resultado. Faz psican��lise
e recorre em v��o ao psic��logo. Cria, ent��o, coragem
e se digna adentrar um Centro Espirita.

Vamos chamar esse paciente pelo nome de Alaor. O
Diretor do Centro atende-o com solicitude e ouve-o pacientemente.
Observa bem as s��ndromes e, como tudo
converge para confirmar que Alaor �� portador de faculdades
medi��nicas, sugere-lhe que deve simplesmente desenvolver-
se mediunicamente. Alaor, ent��o, pergunta:
"Eu sou m��dium?" O diretor diz que sim ao tempo que o


coloca nos trabalhos de abertura e desenvolvimento medi��nico.
A mediunidade do Alaor parecia estar �� flor da
pele e, por isso, eclode num instante. Passa ent��o a receber
li����es de edifica����o interior, de conhecimentos doutrin��rios,
bem como se engaja na pr��tica medi��nica.
Logo mais, est�� trabalhando para o pr��ximo.

No mesmo dia chegou ao Centro Esp��rita, nas mesmas
condi����es, outro cidad��o chamado Bonif��cio. Diante
dos sintomas, semelhantes ao caso anterior, o diretor
encaminha, tamb��m, aos trabalhos de desenvolvimento.
Bonif��cio nos trabalhos se contorce, passa por estado de
aus��ncia consciencial, mas, de forma intermitente; sente
hiperestesia encef��lica, espasmos faciais, tiques, ��s vezes
balbucia sons inintelig��veis, ou ent��o, pelo contr��rio,
cerra os dentes, mantendo-se em cataton��a, r��gido, como
que isolado de todos, mas, passam-se sess��es e mais
sess��es sem que saia deste ponto morto como auto com
marcha emperrada. Continua sempre do mesmo jeito. A
sua mediunidade n��o eclode nunca.

Por que Alaor se tornou m��dium desenvolvido e Bonif��cio
n��o? Pelo fato de que Alaor era constitutivamente
m��dium, realmente, enquanto que Bonif��cio possu��a apenas
um fundo medi��nico. Bonif��cio apresenta-se com
certa defasagem, descompensa����o vibrat��ria, entre o
seu corpo f��sico e o corpo perispiritual (Cap. Ill), mas em
n��vel insuficiente e de forma que n��o d�� passagem �� comunica����o
esp��rita. Conseq��entemente, embora possa
ser criatura sens��vel, sujeitando-se ao ambiente em que
se encontra, �� psicosfera reinante, colocando-se at�� em
estado alterado de consci��ncia, Bonif��cio n��o �� m��dium,
isto ��, n��o chega a se situar como medianeiro entre os
dois planos, o carnal e o espiritual.


A pessoa dotada de mediunidade efetiva, geralmente
a revela logo e devemos cuidar dela com muito carinho
no seu desenvolvimento. No entanto pessoas como Bonif��cio
devemos trat��-las como um paciente necessitado
de equil��brio psicoflu��dico.

Consideramos esta distin����o muito importante para
que n��o nos iludamos diante da massa de pessoas que
acorrem ao desenvolvimento medi��nico, sem que venham
a se tornar propriamente m��diuns, ocupando todo
nosso tempo, levando-nos a negligenciar na condu����o
daqueles que vir��o a ser, de fato, instrumentos valiosos
para a nossa tarefa e de que tanto necesitamos no Brasil
e no Mundo.

Quais as causas dessa negatividade?

Como dissemos, trata-se d�� pr��pria constitui����o
cong��nita do indiv��duo, isto ��, veio ao mundo assim ou
tornou-se desse modo por in��meras raz��es.

Cada pessoa tem as suas caracter��sticas neste
campo tanto quanto cada um de n��s tem a sua ficha datilosc��pica.
Existe uma esp��cie de portador de fundo medi��nico
muito comum, que sofre de engorgitamento ou
hipertrofia flu��dica. Aqui empregamos a palavra "flu��dica"
a grosso modo, mas que pode ser de natureza ectopl��smica
ou simplesmente psicobioenerg��tica. A pessoa ��
produtora de fluidos, principalmente de cura, ou exterioriza����es
tel��rgicas ou telepl��sticas, mas n��o se extravasam
para fora do vaso carnal. Ficam engorgitando muitos
segmentos de dutos vitais, provocando a disfun����o de ��rg��os,
principalmente gerando labirintites, sensa����o desagrad��vel
no plexo solar (boca do est��mago), falsa impress��o
de mal-estar de ves��cula biliar, obscurecimento


visual, etc. Tal paciente melhorar�� com passe de dispers��o,
atrav��s do qual se estimular�� a secre����o ou exsuda����o
fluidica. Com tais passes, com o tempo, a secre����o
se tornar�� autom��tica e o paciente ficar�� bom. Outro
processo utilizado, por recomenda����o dos guias, �� deixar
tal pessoa numa cabina de cura (se o seu plasma �� de natureza
curativa) onde automaticamente ele ir�� se esvaziando,
ao tempo que o transfunde para os doentes ou
serve de massa vital importante para a manipula����o pelos
Esp��ritos que realizam trabalhos em miss��o de socorro
m��dico na face da Terra. Depois de preparado poder��
ministrar passes magn��ticos. Curar-se-�� doando-se para
outrem.

Este estado de engorgitamento pernicioso �� sa��de
do m��dium se d�� tamb��m quando ele, embora m��dium,
n��o trabalha, foge aos seus compromissos. N��o �� Deus
que o est�� castigando, tornando-o enfermi��o pela fuga
ao trabalho, mas a pr��pria natureza, dentro da qual opera
sempre a sabedoria divina.

Existe a pseudo-mediunidade?

H��, de fato, pessoas que n��o possuem mediunidade,
tampouco o m��nimo fundo medi��nico, e que batem ��
porta das organiza����es esp��ritas. S��o portadores de s��ndromes
que apenas aparentam ser manifesta����es medi��nicas
ou quadros obsessivos. Na verdade nada ter��amos
a ver com eles, n��o fosse o caso de que temos de nos
conservar abertos, pelo que o Amor Cr��stico poder�� fazer,
no lugar da ci��ncia e do que quer que seja. Para
exemplificar, veja-se que uma concuss��o no cr��nio, em
virtude de desastre, comprimindo o enc��falo poder�� provocar,
na pessoa, manifesta����es epileptiformes ou sim



plesmente convulsivas. O esquizofr��nico est�� sujeito a
alucina����es auditivas ou visuais que podemos confundir
com faculdades medi��nicas. O desajuste da tir��ide pode
conduzir a estado enganador de comportamento.

Recomendamos que o Grupo Esp��rita submeta o
candidato ou paciente a uma entrevista com pessoa capacitada
para fazer a avalia����o do seu estado e enquadramento
nos trabalhos, podendo isto ser levado a efeito
com a coopera����o de Guia, Mentor ou Esp��rito mais adequado
a esta tarefa. Verificando-se que n��o se trata de
mediunidade, mas de enfermidade mental, ele, evidentemente,
ser�� tratado pela Casa, mas como doente e n��o
como m��dium, ou ent��o, encaminhado a profissional habilitado,
caso n��o o tenha feito ainda, mas j�� com o amparo
da corrente espiritual da casa, al��m de fortalecido e
preparado pelos ensinos espiritualistas.

"Por que Deus me fez m��dium?"

Muitos relutam em prestar-se ao papel de m��dium.
Soubemos de uma senhorita obsidiada que preferiu ser
internada no manic��mio Franco da Rocha, e morrer nas
piores condi����es, do que submeter-se a tratamento de
desobsess��o, isto porque o seu confessor n��o o permitiu,
dizendo que "mais valia perder o corpo do que a alma" e
a coitadinha e a fam��lia da coitadinha acreditaram nesse
cego, condutor de cegos.

Enquanto isto, por outro lado, muita gente gostaria
de ser m��dium, para servir aos aflitos, consolar os amargurados,
orientar a humanidade, enxugar as l��grimas dos
semelhantes, trazer os esp��ritos de luz para a comunh��o
com os vivos, esclarecer sofredores e, sobretudo, estender
as m��os, aliviar e curar.


O Espiritismo anda cheio de almas enobrecidas neste
minist��rio de servi��o, na dissemina����o do amor, que vivem
no anonimato, na mais absoluta simplicidade. �� comovente
ver-se, como vi em bairro pr��ximo a S��o Paulo,
aquela senhora humilde, numa cozinha de telhado desbei��ado,
servindo a comida para o esposo e filhos oper��rios,
que vinham chegando suarentos do servi��o, enquanto
dezenas de homens, mulheres, crian��as, ricos, remediados,
pobres, desesperados, desenganados, esperavam-
na para receberem dela o passe de cura ou a palavra
de orienta����o e esperan��a. Nenhuma paga. Nenhum
ceitil. Naturalmente isto os s��bios s�� descobrir��o s��culos
depois que tais fatos se passarem na face da Terra e, ent��o,
arrumar��o as palavras sagradas para design��-los. De
que forma seria a casinhola de Jesus, em Nazar��? E a de
Pedro? E aquela "Casa do Caminho", onde os ap��stolos
serviam? Garanto que, assim, humildes e desprotegidas.


Segundo ensino corrente a mediunidade pode ser
de prova ou de tarefa. A de prova �� aquela proveniente
de vidas pregressas que tivemos, resultando em necessidade
de ressarcimento de d��vidas. A de tarefa �� a mission��ria,
decorrente de delibera����o pr��pria ou estado de sublima����o,
em que o esp��rito j�� enobrecido deseja servir
na Terra.

Quais os sintomas que

revelariam ind��cios de mediunidade

ou faculdade ps��quica?

Quando nos perguntam: "Dr., ser�� que tenho mediunidade?"
Para fazer a avalia����o formulamo-lhes pergun



tas acerca do que sentem. Aqui v��o muitas respostas que

nos foram dadas por pessoas que se revelaram, mais tar


de, portadoras de mediunidade ou de fundo medi��nico:

medi��nico:
1 ��� desequil��brios ps��quicos de modo geral;
2 ��� freq��entes ou intermitentes estados de sensa����o
de aus��ncia;
3 ��� sensa����o de desdobramento, como saindo fora do
corpo a ponto de ver-se a si pr��prio;
4 ��� perda de equil��brio, confundindo este sintoma com
doen��as de labirinto;
5 ��� descontrole dos nervos motores, apresentando tremores,
tiques, espasmos, etc, mormente se se
d��o dentro de certas condi����es e de forma n��o
cont��nua;
6 ��� sensa����o de entorpecimento dos membros, entorpecimento
este que aparece e desaparece rapidamente,
sem explica����o m��dica. Tal sensa����o,
quando no bra��o, geralmente �� dolorida com repuxamento
no omoplata;
7 ��� vazio na boca do est��mago, no plexo solar, mas
que se distingue bem de enfermidade f��sica, parecendo
que est��o tirando dali alguma coisa ou est��o
virando-o no avesso;
8 ��� estado agudo de sensibilidade que leva a perceber
vibra����es sutis, presen��as, sons inaud��veis. Essa
sensa����o estranha pode ser acompanhada de
arrepio, como se lhe passassem, na coluna ou na
epiderme, uma pena;
9��� influenciabilidade, segundo o meio em que se encontre;
torna-se m��stico em conv��vio com freiras ou
foli��o numa escola de samba. Geralmente sente-se


mal em cemit��rios, c��rceres, matadouros. Se, por��m,
a sua mediunidade �� conturbada por obsessor
ou encosto, a rea����o varia com a indole do esp��rito
que atua, podendo sentir-se mal na Igreja e
bem entre soldados, verificando-se fobias especificas;


10 ��� manifesta����o de dupla ou m��ltipla personalidade e
processos de dissocia����o ps��quica;

11 ��� ao seu redor d��o-se fen��menos ins��litos, inexplic��veis,
como desloca����o de corpos, desaparecimento
de objetos, luzes sobrenaturais, apari����es, etc;

12 ��� terror noturno, medo principalmente do escuro;

13 ��� quando a mediunidade propiciou j�� a imanta����o de
espirito inferior, detestar�� o Espiritismo, n��o querendo
saber dele de modo algum; se, por��m, essa
mediunidade est�� assistida por esp��rito de luz, pelo
contr��rio, se entusiasma por fatos e ensinos espiritas;


14 ��� estado de sonol��ncia, n��o agrad��vel, quando �� colocado
junto a outras pessoas, principalmente em
circulo, mesmo que a reuni��o seja festiva. Se a
pessoa contraria essa sonol��ncia, mergulha em
profunda e injustific��vel tristeza;

15 ��� bocejo e lacrimejamento quando se encontra com
determinada pessoa, em certas circunst��ncias,
mormente em companhia de m��diuns;

16 ��� seus sonhos, quando se lembra dos mesmos, s��o
n��tidos, parecendo reais. Ocorre que tais sonhos se
revelam portadores de avisos de acontecimentos
agrad��veis ou desagrad��veis ou cont��m alguma
mensagem qualquer;


17 ��� faculdades paranormais e medi��nicas de vid��ncia,
clariaudi��ncia, premonit��rias, etc. (*);

18 ��� sensa����o de que sua cabe��a est�� crescendo de tamanho
e o rosto se deformando, o que poder�� ocorrer
com os membros e todo o corpo;

19 ��� sente compuls��o estranha e inexplic��vel �� luz da
Psiquiatria e da Psicologia, que o leva a agir desta
ou daquela maneira.

O REPETIMOS: �� necess��rio ter em vista que uma pessoa pode
possuir faculdades parapsicol��gicas, percep����es extra-sensoriais,
como de clarivid��ncia, telepatia, premoni����es, produzir efeitos
psicocin��ticos, �� dist��ncia, como entortar garfos, mover objetos,
gravar filmes com a mente, etc, n��o importando isto dizer que
ele possa tornar-se m��dium propriamente, no sentido espirita, isto
��, instrumento de liga����o entre encarnados e desencarnados, entre
este mundo material e o mundo dos esp��ritos.


Conselho pr��tico
ao exerc��cio medi��nico

1.�� ��� N��o misture os seus neg��cios, interesses e
problemas com os trabalhos espiritas. Espiritismo n��o ��
barganha, troca de favores com a Espiritualidade, mas
prop��sito de edifica����o interior, promo����o do Bem e evolu����o.
Conseq��entemente n��o queira transformar os esp��ritos
em meninos de recado, servi��ais ou lacaios prontos
a servirem-no particularmente, a qualquer hora e em
qualquer lugar.

2.�� ��� Esforce-se para elevar cada vez mais o n��vel
das suas reuni��es espirituais, pois prevalece nisto uma
conhecida lei de correspond��ncia: "cada qual encontra
quem busca". Se voc�� busca o f��til ter�� uma corrente
espiritual de esp��ritos irrespons��veis. Se voc�� busca poder,
ter�� o seu Mefist��feles.

3.�� ��� N��o deixe decair o n��vel das suas sess��es
medi��nicas, pois existe uma outra lei: a de que a mediocridade
tende a rebaixar o elevado. Assim, evite que os
seus trabalhos espirituais se tornem o de perguntas e respostas
de imediatismos ou banalidades. N��o se deixe levar
pelo ideal de disseminar a Doutrina, rapidamente,
criando meios de atra����es medi��nicas. Quantidade de
gente n��o �� o que importa, mas qualidade.


4.�� ��� Mas, nem por isto, pretenda conservar a pureza
dos seus trabalhos �� custa de isolamento e temor de
que os "outros" sejam indignos da sua companhia. N��o ��
justo, tampouco crist��o, que voc�� ocupe m��diuns altamente
dotados e esp��ritos elevados exclusivamente para
uso e gozo exclusivo do seu pequeno circulo. Procure colocar
a luz bem no alto para que seja vista. No entanto,
existe, tamb��m aqui, uma outra lei: A for��a e efici��ncia
de um trabalho espiritual, em base medi��nica, decai
na raz��o direta do aumento do p��blico. H�� um limite
��til de p��blico, acima do qual d��-se o decl��nio. Evidente
que existem trabalhos especiais, de estudo, psicografia,
etc, em que o grupo pode ser diminuto at�� mesmo restrito
a um companheiro.

5.�� ��� N��o seja orgulhoso e n��o se acanhe em
aprender sempre, mesmo que a comunidade esp��rita o tenha
na conta de grande capacidade. Se for convidado a
assistir a trabalhos outros, fa��a-o sem preven����o, buscando
compreender e aceitando as boas normas que antes
desconhecia.

6.�� ��� N��o acredite em tudo que os esp��ritos disserem,
mas examine bem, e com absoluta serenidade, se o
ensino tem l��gica, se est�� de acordo com a Doutrina e se
n��o est�� contrariando demasiado a ci��ncia e os conhecimentos
tradicionais alusivos �� mat��ria. Toda e qualquer
novidade, principalmente no campo da revela����o esp��rita,
voc�� deve expor a irm��os, mesmo de outros grupos,
de reconhecida capacidade de discernimento.

7.�� ��� Quando os esp��ritos come��arem a atribuir a
voc��, esposa, filhos, diretores, ou ao pr��prio m��dium, posi����o
de grandes enviados, mission��rios e angelitude,
criaturas �� parte, muitas vezes at�� mesmo intoc��veis ou

171


sugerirem que, "desse meio t��o sublime, uma virgem ir��

dar a luz a um maytr��ia", como Cristo, ponha o p�� para

tr��s e desconfie. Algo est�� errado. Tamb��m voc�� deve

estranhar se os esp��ritos come��arem a se imiscuir, abe


lhudamente, em assuntos terrenos, principalmente os da
sua casa, interferindo indebitamente em neg��cios, na liberdade
de ter mais filhos, ou menos, em namoros, na
vida afetiva dos jovens, em contratos, escrituras, etc.
Com humildade busque aferir aquilo que se passa com
outro grupo estranho ao seu. Isto evitar�� a fascina����o, a
que j�� nos referimos.

8.�� ��� N��o fa��a reuni��o esp��rita e religiosa sem preced��-
la de leitura evang��lica ou li����es espirituais, ora����o
pelos necessitados, encarnados e desencarnados.

9.�� ��� Seja pontual��ssimo no hor��rio. N��o se esque��a
de que os nossos guias, protetores e esp��ritos esclarecidos
em geral n��o s��o desocupados. Por outro lado n��o
se estenda demasiado em suas prega����es ou exposi����es,
estabelecendo tantos minutos para leitura, tantos para
disserta����o, tantos para poesia, etc. Evite, no momento
de preparo dos trabalhos, a autopromo����o e n��o utilize o
recurso de citar nominalmente as pessoas, a fim de mostrar
aos outros que, ali, se realizam verdadeiros milagres.

10.�� ��� Estas tr��s regras ��ureas finais:

a)�� desaconselh��vel que um m��dium, revestido de
autoridade exclusiva e incontest��vel na Casa, dirija a
sess��o e governe o n��cleo, pois a emo����o do instrumento
medi��nico, empenhado em realizar galhardamente as
finalidades da sociedade, obter resultados financeiros sociais
satisfat��rios, o amor pr��prio misturado com o idealismo,
tudo isto poder�� interferir, mesmo que inconscien

temente, nas mensagens dos guias e protetores que ficar��o
bloqueados na sua liberdade.

b) Importante, pois, que o diretor do trabalho seja
pessoa equilibrada e portadora de bom senso, como foi
Allan Kardec, jamais fan��tica e vaidosa e que, por isto,
n��o julgue os "seus" m��diuns e esp��ritos os mais s��bios,
perfeitos e infal��veis do orbe.
c)Conven��a-se a si pr��prio, e depois conven��a todos
os outros, de que nada vale uma pessoa freq��entar
reuni��es esp��ritas, durante anos a fio, se n��o buscou
aprender a Doutrina Esp��rita Kardequista e n��o procurou
viv��-la todos os dias da sua exist��ncia, em todas as circunst��ncias.

Bibliografia e documenta����o,
afora ou no pr��prio texto

FEB ��� Federa����o Esp��rita Brasileira
FCX ��� Francisco C��ndido Xavier
Psc ��� Psicografado

1 ��� Verdadeiros e Falsos Profetas, apud Revista Eclesi��stica
Brasileira, Pe. Frei Ludovico Garmus, set. 1973.
2 ��� Kaiballion, Edit. "O Pensamento" ��� SP.

3 ��� A Voz do Antigo Egipto, F. V. Lorenz, Ed. "O Pensamento";
Hist��ria do Espiritismo, Conan Doyle, Editora Record; Edgar
Cayce, o Homem do Mist��rio, Thomas Sugrue, Edit. Record.

4 ��� Chico Xavier e a Unifica����o, M.B. Tamassia, in "Alavanca"
(Campinas) agosto de 1974.

5 ��� Livro dos Esp��ritos, especialmente Livro Segundo, Cap. IV ���
Perisplrito; A G��nese, cap. XIV, ambos de Allan Kardec, Ed.
FEB; Entre o C��u e a Terra, p��g. 126, Andr�� Luiz, psc. F.C.X.
Ed. FEB.

6 ��� Doutrina Espirita, Gustave Geley, Ed. FEB, p��g. 10; Mecanis


mo da Mediunidade, Andr�� Luiz, psc F.C.X. p��g. 66.
7 ��� Recorda����es da Mediunidade, Yvone A. Pereira, Ed. FEB.
8 ��� Desdobramento, Ernesto Bozzano, caso XVIII, Ed. Calv��rio-SP.
9 ��� A Mente atrav��s do Espa��o, Lawrence Blacksmith, Folha Espirita

SP. setembro 1982.
10 ��� Monteiro Lobato e o Espiritismo, Maria Jos�� Sette Ribas, Lake.

174


11 ��� Nos Dom��nios da Mediunidade, Andr�� Luiz, psc F. C. Xavier,

Ed. FEB.

12 ��� Sinfonias Inacabadas, Rosemary Brown, Ed. Edigraf, SP.

13 ��� A Farsa Escura da Mente, Carlos Imbassahy, Luzes Gr��fica
Ed.
14 ��� Joana D'Arc, L��on Denis, Editora FEB.

15 ��� Fatos Espiritas, William Crookes, FEB; Sess��es Espiritas na
Casa Branca, Nettie Colburn Maynard, Ed. "O Clarim", Mat��o

��� SP: Extraordin��rios Fen��menos Espiritas, Aureliano Alves
Neto, Edlcel.
16 ��� As Mesas Girantes, Zeus Wantull, FEB; Allan Kardec, Pesquisa
Bibliogr��fica e Ensaios de Interpreta����o, Zeus Wantuil e
Francisco Thiesen, FEB.

17��� Mem��rias de um M��dium, Romualdo Joaquim Martins, Ed.
Particular. .

18��� Encyclopedia of Psychic Science Nandor Fodor, p��g. 341;
Quem e quem n��o ��, Dem��trio P��vel Bastos, Ed. Instituto Maria,
Juiz de Fora.

19 ��� 0 Problema do Ser, do Destino e da Dor, L��on Denis, Ed. FEB.

20 ��� Livro dos M��diuns, Allan Kardec, cap. IV, 74, Quest��o 9, FEB.

21 ��� Os Mortos Vivem, Hinrich Ohlhaver, Ed. "O Clarim", Mat��o-SP.

22 ��� Em Busca da Mat��ria Psi, M.B. Tamassia e prof. Henrique Rodrigues,
Editora "O Clarim"; Experi��ncias Ps��quicas Al��m da
Cortina de Ferro, Sheila Ostrander e Lyn Schroeder, Ed. Cultrix;
Novas Descobertas Parapsicol��gicas, Henry Gris e William
Dick, Ed. Civiliza����o Brasileira.

23 ��� Extraordin��rias Curas Espirituais, Aureliano Alves Netto, Ed. ECO.

24 ��� Maganetismo Curador, Alfonse Bu��.

25 ��� Pensamento e Vontade, Ernesto Bozzano, Edit. FEB.

26 ��� I Guaritori Psichici, Barbara Ivanova, Rev. italiana de Metapsychica.
Explore Your Psychic World, Ambrose e Olga N.

175


Worral, p��g. 93; Acupuntura, Bioplasma e Espiritismo, Planeta
Especial, n.�� 111.

27 ��� Nos alicerces do Inconsciente, Jorge Andr��a, Ed. Caminho
da Liberta����o; Energias Espirituais nos Campos da Biologia,
do mesmo autor, Ed. Edlt. Fonfon e Seleta, GB; Energ��tica do
Psiquismo, do mesmo autor.

28 ��� Passes e Curas Espirituais, Wenefledo de Toledo, p��g. 111,
Ed. Pensamento ��� SP.
28a ��� Mediunidade de Cura, Ramatis, psc. Hercllio Maes, Livr.
Freitas Bastos.
29 ��� Lindos Casos de Bezerra de Menezes, Ramiro Gama, Ed.
Espiritualista.
30 ��� A Mat��ria Psi, Hern��ni Guimar��es Andrade, Ed. "O Clarim",
Mat��o ��� SP.

31 ��� Arig��, Vida, Mediunidade e Mart��rio, Herculano Pires.
32 ��� Materializa����es Luminosas, R.A. Ranieri.
33 ��� Prod��gios da Biopsiquica (Mirabelli), Eurico de Goes, Ed. Cu-

polo, 1937; Ensinos Espiritualistas, Rev. William Staiton Moses,
FEB; No Pais da Luz, Fernando de Lacerda, Ed. GEB.
34 ��� Ernesto Bozzano 1, Casa Editora O Clarim.

35 ��� Parapsicologia e Scienza Esatta a Confronto, Arm��nia Editore;
e Parapsicologia Qualitativa, Roma, V.�� Convegno, Esp.
1973, W.H.C. Tenhaeff.

36 ��� Xenoglossia, Ernesto Bozzano, Edit. FEB.
37 ��� Dem��nios da Loucura, Aldous Huxley, Ed. Americana.
38 ��� Proje����o do Corpo Astral, Sylvan J. Muldoon e Hereward Carrington,
Ed. O Pensamento.
39 ��� Proje����o de Consci��ncia, Waldo Vieira, p��g. 79, Ed. Lake-SP.
40��� Revista Internacional de Espiritismo, cole����o 1939, Ed. "O
Clarim", Mat��o-SP.
41 ��� Teoria Corpuscular do Espirito, Hern��ni Guimar��es Andrade,
Ed. Part.;Novos Rumos da Experimenta����o Espiritica, do

176


mesmo autor; Redivivos, Dr. Sebasti��o Caramuru; For��as Li


bertadoras, R.A. Ranieri; Materializa����es Luminosas, do

mesmo autor; O Trabalho dos Mortos, Nogueira de Faria;

Mec��nica Ps��quica, Crawford; F��sica Transcendental, Zoliner.

42 ��� Revista Internacional de Espiritismo, cole����o 1966, Ed. "O Clarim",
Mat��o-SP.

43 ��� 40 anos no Mundo da Mediunidade, Roque Jacinto, EDICEL

44 ��� Grilh��es Partidos, Manoel Philomeno de Miranda, psc. Divaldo
Franco; Drama da Bretanha, Yvone A. Pereira; Desobsess��o, Andr��
Luiz, psc. F.C.X., FEB.

45 ��� Achamos que a palavra obsess��o, obsessor, obsidiado, etc. por
efeito de sem��ntica, tomou-se inadequada ao fen��meno que o
Espiritismo Cientifico deseja designar, em que a pessoa se encontra
debaixo de influ��ncia insopit��ve de um psi-aut��nomo estranho
ou de uma personalidade intrusa, segundo conota����o do
Dr. Eli��zer C. Mendes, cujas obras anotamos abaixo. J�� era tempo,
no elevado prop��sito de aproximar mais o Espiritismo e a
Ci��ncia. DrinciDalmente na abordaaem da Psiauiatria ou Psicologia,
que encontr��ssemos uma palavra menos comprometida,
como �� obsessor que traz, em si, a pessoa de um perseguidor e de
de outra perseguida, em circuito muito fechado, sobretudo
nem sempre real. Ali��s, a Parapsicologia se viu as voltas com
tais comprometimentos, tendo no 1.a Col��quio realizado em
Utrecht, os parapsic��logos Wiesner. e Thouless conseguido a
aprova����o das palavras "psigamma" e "psikappa", para designaros
de percep����o extra-sensorial.

46 ��� T��cnica da Mediunidade, C. Torres Pastorino, Ed. Sabedoria.

47 ��� Personalidade Intrusa, Dr. Eli��zer C. Mendes; Psicotranse, do
mesmo autor; Personalidade Subconsciente, do mesmo autor;
Personalidade Hiperconsciente, do mesmo autor, todos de edi����o
pessoal, com exce����o de Psicotranse.

48 ��� Os Mission��rios, Andr�� Luiz, F.C.X., Ed. FEB, p��g. 35.

48a ��� As Noures, Pietro Ubaldi, p��g. 116, Ed. Lake; Ramakrishna,
Louis Pawels.
49 ��� Kardecismo e Umbanda, Candido Proc��pio Ferreira Camargo,
Livr. Pioneira Editora.

177


Gloss��rio

Os verbetes s��o aqueles voc��bulos constantes
desta obra e que entendemos dev��ssemos definir para
os leitores.

ANIMISMO ��� em sentido medi��nico �� a interfer��ncia da mente
do m��dium, embora o fa��a inconscientemente, na manifesta����o
do Espirito. A palavra animismo tem, por��m, outros significados.

APORTE OU TRANSPORTE ��� fen��meno que consiste em um
corpo s��lido ser deslocado de um a outro ponto, sem qualquer contacto.
Geralmente n��o vemos mesmo deslocar-se, pois, desaparece
de um ponto e reaparece noutro, ��s vezes a longa dist��ncia, ultrapassando
obst��culos materiais, at�� mesmo paredes de a��o.

ASTRAL ��� no ocultismo a palavra designa um plano intermedi��rio
entre o fisico e o espiritual. A teosofia assinala a exist��ncia
de sete planos, sendo que o primeiro �� o humano (corp��reo) e a
este segue-se o astral. Esta palavra n��o pertence �� Doutrina Espirita,
mas circula bastante em express��es assim: for��as astralinas,
entidades astralinas, corpo astral, baixo astral, etc.

AURA ��� �� a luz pr��pria que se irradia de todos os seres, e ao
redor dos mesmos. No homem, no entanto, a aura sofre a influ��ncia
dos seus pensamentos e sentimentos (Veja Kirliangrafia).

AUTO-SUGESTIVO ��� �� a sugest��o feita por uma pessoa a si
pr��pria. Quando a sugest��o �� feita por outra pessoa ou elementos,
designamos pelo termo h��tero-sugest��o. No caso da auto-sugest��o,
d��-se uma auto-indu����o e o m��dium pode alcan��ar o transe
por si mesmo. Na h��tero-sugest��o s��o os hipn��logos, agentes encarnados,
ou desencarnados, elementos ambientais que conduzem
a pessoa ao transe.


BIOCOMUNICA����O OU BIOINFORMA����O -�� a intercomunica����o
entre seres viventes, notadamente o homem, por meios
inusitados ou a percep����o sem utiliza����o dos ��rg��os do sentido.
Assim, h�� pessoas que podem ver o que se encontra atr��s de um
muro; outras sabem o que estamos pensando (telepatia), etc. As
palavras Biocomunica����o e Bio-lnforma����o foram introduzidas pelos
pesquisadores russos diante dos fen��menos paranormais, pois
eles n��o aceitam o paranormal como tal, entendendo que se trata
ainda de fen��menos pr��prios do ser vivo em suas manifesta����es,
portanto dentro dos quadros da Biologia.

BIOENERG��TICA ��� estudo das transforma����es da energia e
de suas leis nos seres vivos.

BIOPLASMA ��� �� o plasma da vida. Hoje aceita-se que a mat��ria
possui quatro estados: s��lido, liquido, gasoso e plasma. Este
��ltimo estado da mat��ria, o plasma, se constitui de part��culas eletr��nicas
supra aquecidas. O fogo �� um plasma. O Sol tamb��m �� um
plasma. Todavia V.S. Grishenko, cientista russo, sugeriu a exist��ncia
de um quinto estado da mat��ria, o plasma biol��gico (frio), a que
se denomina Bioplasma. Assim, quando os russos detectaram a
"aura", atrav��s da m��quina de fotografar Kirlian, admitiram que ela
fosse um bioplasma. O mapeamento do corpo humano revelou que

o bioplasma se mostra mais acentuado no c��rtex cerebral. Sergeyev
e Kulagin constataram que esse bioplasma se projeta e se
densifica, tornando-se capaz de mover objetos �� dist��ncia, o que
nos levaria �� alavanca ectopl��smica de Crawford e a embasar muitos
ensaios de not��veis pesquisadores espiritas.
CAPTA����O ��� a a����o de captar o estado em que se encontra
psiquicamente o paciente. Usa-se para qualificar o m��dium de
capta����o, o que consegue entrar em rela����o (rapport) com o pa
ciente, mecanicamente, geralmente por aproxima����o ou contacto
O captador repete, sente, entra em espasmos, fala, etc, retratando

o Inconsciente ou subconsciente do paciente. O m��dium de capta
����o tanto capta o Espirito obsessor, sofredor, atuante, se houver
como apenas a mente da.pessoa.
CARREGADO ��� na linguagem popular significa a pessoa en
volvida por impregna����es fluidicas, magn��ticas e mentais de pes
soas vivas ou de esp��ritos desencarnados, com carga negativa e


prejudicial. Diz-se: Ang��lica est�� hoje muito "carregada". O chamado
quebranto �� uma carga do tipo acima descrito.

CHACRA ��� em s��nscrito significa l��tus, roda. S��o centros de
enfeixe psicobloenerg��ticos localizados em nosso corpo, para os
quais afluem e de onde defluem a energia vital e perispiritual. Os
principais s��o em n��mero de sete, mas o Dr. Jorge Andr��a, Psiquiatra,
ensina-nos que s��o incont��veis e que os sete conhecidos s��o
aqueles que se encontram mais na periferia do corpo perispiritual.

CO-CRIADOR ��� aquele que participa, com algu��m, na cria����o.
Nestes estudos designa esp��ritos da mais elevada hierarquia
que cooperam, com Deus, na g��nese e evolu����o dos mundos.
Chamam-nos tamb��m pelo nome de Engenheiros Siderais. T��m alguma
equival��ncia com Arcanjos, Devas, etc. de outras religi��es.

COMPULS��O ��� ato ou efeito de levar algu��m a agir desta ou
daquela maneira.

CORPO ESPIRITUAL OU PERISPIRITUAL ��� vivemos na Terra
com o corpo carnal. Mas, al��m desse corpo carnal, possu��mos um
segundo corpo, a que chamamos espiritual ou perispiritual. Quando
morremos, passamos a viver no Al��m com esse segundo corpo,

operispiritual ou espiritual.
CORRENTE ��� �� a soma de energias (ou fluidos) emitidos por
pessoas reunidas numa sess��o espirita ou trabalho equivalente.

CROMOTERAPIA ��� �� a cura pela cor. A palavra no entanto envolve
a aceita����o da influ��ncia da cor no corpo e na alma do homem.
Na verdade, tudo �� vibra����o no universo e a cor �� decorrente
do estado vibrat��rio de um corpo que, por certo, atuando em nosso
campo humano, tamb��m vibrat��rio, dever�� produzir altera����es psicossom��ticas.
Tais efeitos poder��o ser positivos ou negativos
para a sa��de de cada um, dai ser a pr��tica da cromoterapia trabalho
delicado e ainda n��o suficientemente conhecido �� luz da Psicobiofisica
e do Espiritismo Cientifico.

DENSIFICAR ��� significa tornar denso, mais compacto, mais
palp��vel e percepcion��vel. Assim, o Esp��rito, desejando produzir
contactos com o mundo corp��reo, tem necessidade" de se densificar.
Quanto mais densificado mais percept��vel; quanto mais sutil
mais longe da nossa percep����o. Da�� que os esp��ritos utilizem os


m��diuns doadores de ectoplasma para produzirem efeitos objetivos.


DESCOMPENSA����O ��� significa a a����o de desequilibrar
aquilo que se encontrava equilibrado. Se no prato da balan��a colocamos
um peso, provoca-se uma descompensa����o. O corpo perispiritual
e carnal vivem em estado harm��nico de compensa����o vibrat��ria,
pois, tanto o Espirito quanto a Mat��ria possuem um estado
vibrat��rio pr��prio. Quando perdem esse equil��brio dizemos que
houve uma descompensa����o vibrat��ria. Essa descompensa����o
gera uma abertura no ser humano, a que chamamos mediunidade.

DESENVOLVIDO ��� usa-se na express��o m��dium desenvolvido,
aquele cuja mediunidade al��m de ter eclodido, foi devidamente
educada.

DESFOCAGEM ��� quando tiramos uma foto e ela sai fora de
foco, dizemos, na linguagem vulgar, que a mesma est�� "desfocada".
A imagem retratada se projeta al��m do contorno da figura.
Assim ocorre a certas criaturas cujas linhas perispirituais e carnais
n��o se encontram rigorosamente justapostas.

DISSOCIA����O PS��QUICA ��� "Interrup����o funcional de associa����es
no c��rtex cerebral, resultando em esquecimentos, alucina����es,
anestesias e outros sintomas patol��gicos" (Dicion��rio de
Psicologia E, Dorin). A dissocia����o ps��quica gera, tamb��m, a sensa����o
de aus��ncia e sobretudo o aparecimento de duplas ou m��ltiplas personalidades,
da�� que em Espiritismo Cient��fico, para avalia����o de
uma pessoa, necessitamos estudar bem este cap��tulo de dissocia����o
ps��quica.

ECTOPLASMA ��� em Biologia esta palavra significa a camada
perif��rica do citoplasma. Em Ci��ncia Espirita ou Metapsiquica
significa subst��ncia de natureza nervosa, proteica, indefin��vel, que
�� estudada principalmente pelos chamados m��diuns de efeitos f��sicos.
Utilizando esse ectoplasma os Esp��ritos se "materializam" e
provocam inumer��veis efeitos f��sicos.

EFL��VIO ��� �� o fluido sutil que emana dos corpos organizados.
Efl��vios Biomagn��ticos s��o aqueles que t��m natureza vital
(bio) e se constituem em geradores de campo magn��tico capaz de
produzir um trabalho.


ENCOSTO ��� nome vulgar dado �� aproxima����o de um espirito,
produzindo interfer��ncias desequilibrantes �� pessoa, podendo
resultar em efeitos psicossom��ticos, corporal e ps��quico, se bem
que em car��ter passageiro.

EP��FISE ��� (mais acima), na nomenclatura m��dica chamada
corpo pineal pelo fato de parecer-se com uma pinha. Descartes
achava que ali morava o Espirito. Segundo ensinamentos espiritas
tem fun����o muito maior e importante do que sup��e a ci��ncia, pois
representa "v��lvula transmissora-receptora de vibra����es do corpo
perispiritual, regulando todo o fluxo de emiss��es do esp��rito para o
corpo f��sico e vice-versa, importante no estudo da mediunidade".
Ver C. Torres Pastorino, T��cnica da Mediunidade p��g. 92/93 e
Andr�� Luiz, p��g. 19 "Mission��rios da Luz".

EXTRA-SENSORIAL ��� designa as percep����es que n��o passam
pelo nosso sens��rio. Assim, enxergar com os olhos fechados,
ouvir sem ser pelo ��rg��o auditivo, ler pelas pontas dos dedos, predizer
acontecimentos futuros, captar o pensamento do pr��ximo,
etc. Todos estes fatos s��o extra-sensoriais e pesquisados pela Parapsicologia
ou Psicobioflslca.

FEN��MENOS MEDI��NICOS OU ESP��RITAS - s��o aqueles
que se realizam tendo esp��ritos de permeio.

FEN��MENOS PS��QUICOS ��� s��o aqueles produzidos por sensitivos,
isto ��, pessoas dotadas de faculdades paranormais. Digamos
assim, produzir uma imagem num filme virgem sem disparar o
diafragma da m��quina ou entortar um garfo �� dist��ncia. Tais efeitos
n��o s��o, pois, espiritas.

FLUIDO ��� em sentido especial medi��nico �� o psicobioplasma
emitido pelas criaturas. Dissemos psicobiopl��smico pelo fato de
que o fluido tem natureza pl��smica (energ��tica) vital (biol��gica) e,
tamb��m ps��quica (espiritual). Em sentido geral a palavra fluido, na
Doutrina de Kardec, tem amplo significado, assim: fluido c��smico
universal que �� a mat��ria elementar primitiva; fluido vital que �� o
fluido magn��tico ou el��trico que penetra todo o ser vivo.

FUMIGA����O ��� a����o de fumigar, isto ��, introduzir no ambiente
fuma��a, g��s ou vapor que evolam de drogas, ervas, bast��es, produtos
v��rios. Desde ��pocas imemoriais a fumiga����o �� utilizada nos


atos rituais das religi��es. Na Igreja faz-se com o incenso dentro do tur��bulo,
nos templos do Tibet queimam-se bast��es. Em ritos afro-brasileiros
queimam muitas ervas propiciat��rias para os mais diversos
fins, principalmente para limpeza ambiental.

HIPERF��SICO ��� que ultrapassa o n��vel f��sico ou material. O
mundo do Al��m �� hiperflsico, pois �� constitu��do de elementos
constitutivos que est��o a um grau acima da mat��ria. Nisto reside a
grande consecu����o do Espiritismo, estabelecer um continuum entre
a Mat��ria e o Espirito nas suas bordas.

HIP��FISE ��� �� a mais importante das gl��ndulas end��crinas,
pois comanda todas as outras.

INS��LITO ��� �� aquilo que n��o �� habitual acontecer. Exemplo:
uma cadeira bailar sem contacto ou causa f��sica. Sin��nimo: inusitado.


INTERCONEXIDADE ��� conex��o entre dois elementos, entre
os quais se d�� uma intera����o ou simples atua����o entre si. Assim, o
corpo perispiritual est�� em interconex��o com o corpo carnal. Neologismo
empregado pelo Eng. Hern��ni Guimar��es Andrade.

INTERFER��NCIA ��� no caso destes estudos emprega-se a palavra
interfer��ncia para significar que um impulso ou campo vibrat��rio
se cruza, afeta, sobrep��e-se a outro. Quando o Esp��rito se comunica
pode haver interfer��ncia telep��tica na comunica����o, at�� mesmo
de pessoas presentes na sala de trabalhos. No Espiritismo Cientifico
�� o ponto crucial na avalia����o das manifesta����es medi��nicas.

KIRLIANGRAFIA ��� fotografia da radia����o dos corpos org��nicos
e inorg��nicos atrav��s de um processo inventado por Semyon
Kirlian, de nacionalidade russa. A Kirliangrafia registra o fato de
que todos os seres s��o contornados por essa radia����o luminosa.
Dai que, na linguagem comum, tenham-na chamada de "aura"
quando se refere aos seres vivos. Confunde-se, no caso dos inanimados,
com o chamado "efeito corona".

LICANTROPIA ��� lybos (lobo) e anthropos (homem). Na medicina
indica g��nero de loucura em que o alienado se julga transformado
em lobo. Antigas lendas e a crendice referiam-se a homens
que se transformavam em lobo, ente a que chamavam de lobisomem.
O Espiritismo, investigando o assunto, concluiu que esp��ri



tos inferiores podem atuar e exercer uma compuls��o t��o vigorosa
numa pessoa obsidiada, a ponto de lev��-la a assumir posturas e
arremedos de animais.

M��DIUM ��� (do latim m��dium, meio, intermedi��rio) �� a "pes


soa que pode servir de intermedi��ria entre os Esp��ritos e os ho


mens". (Defini����o de Allan Kardec). De forma mais gen��rica pode


mos dizer que o m��dium, em virtude de faculdades especiais origi


n��rias da sua pr��pria constitui����o, �� aquela criatura que percep


ciona e contata com o plano espiritual ao qual Allan Kardec deno


minou Mundo dos Esp��ritos.

M��DIUM DE PROVA ��� quer dizer que a pessoa possui mediu


nidade como prova����o e n��o m��rito. Sujeitar-se-�� ��s inconveni��n


cias da mediunidade para redimir-se das faltas que cometeu em

exist��ncia pregressa.

MONOIDE��SMO ��� estado da alma em que uma id��ia central

domina todo o organismo ps��quico. (Aulete). �� o mesmo que id��ia

fixa.

MOTO-VORTICOSO ��� moto = movimento; vorticoso = em re


moinho. �� caracter��stico do Universo em seu aspecto din��mico

existir de modo moto-vorticoso. Tanto os sistemas planet��rios e as

gigantescas gal��xias movimentam-se em torno de centros ou ei


xos, quanto as part��culas elementares at��micas.

OBSESSOR ��� �� o espirito que obsidia uma pessoa, permanecendo
bem jungido a ela, em simbiose e telementa����o (mente a
mente) ou, ent��o, na posi����o de hipnotizador do obsidiado. N��o
confundir obsessor com o chamado espirito sofredor, que n��o tem
inten����o de prejudicar, mas se imanta a outra, por falta de discernimento
ou busca de seguran��a, afeto ou simples sintonia vibrat��ria.

OBJETIVO ��� aquilo que se situa fora do esp��rito, e, em suma,
que se constitui em objeto, coisa, algo, subst��ncia, etc. Qualquer
manifesta����o objetiva �� percebida por outras pessoas e geralmente
registr��veis em instrumentos fotogr��ficos ou aparelhos de mensura����o.
�� ant��nimo de subjetivo.

��DICA OU OD��LICA ��� (derivada de OD) �� energia emitida pelos
corpos. Usa-se na express��o for��a ��dica ou for��a odilica. Tanto
os seres animados quanto os inanimados emitem-na. Foi mat��ria
profundamente pesquisada pelo Bar��o Reichenbach.


OOB ��� (out of the body) quer dizer literalmente fora do corpo.
Empregam-na para designar o fen��meno da salda fora do corpo,
proje����o do corpo astral ou proje����o de consci��ncia, etc.

OUI-JA (pron. ui-i��) do franc��s oui = sim e do alem��o ja =
sim. Trata-se de uma prancheta sobre tr��s rodinhas e que se desloca
sobre uma face lisa, onde se encontram letras e sinais ortogr��ficos,
sim, n��o, mais ou menos, etc. Atuando sobre este aparelho os
Esp��ritos apontam para as letras e sinais, escrevendo mensagens
ou dialogando. J�� era usada nos tempos de Pit��goras, 540 ��� A.C.

PARANORMAL ��� aquilo que se situa al��m do normal. Em
nosso assunto significa os fatos ins��litos ou faculdades que se situam
em n��vel ainda n��o abord��vel pelos m��todos de .conhecimento
tradicional. Exemplo: o chamado fen��meno de aporte, em que
uma moeda sai fora de uma caixa de metal hermeticamente fechada,
sem interfer��ncia f��sica nossa. Paranormal, usa-se tamb��m como
substantivo, indicando a pessoa portadora de faculdadesextra-
sensoriais: dizemos, ent��o, o paranormal.

PARAPSICOLOGIA ��� ramo do conhecimento que se dedica
ao estudo de fen��menos paranormais. Para (al��m) = psi (ps��quico,
mente) -log��a (estudo). Foi este nome introduzido para substituir o
de Metapsiquica (Meta-al��m). No entanto, achamos que o nome
Parapsicologia est�� longe de ser adequado; assim o Eng.�� Hern��ni
Guimar��es Andrade comp��s a palavra Psicobiofisica para subistitui-
la, bem mais abrangente.

PASSE ��� transfus��o de energias da natureza f��sica, biol��gica,
ps��quica e espiritual, de uma pessoa para outra, fazendo-se isto,
geralmente, estendendo as m��os. D��-se o nome de passista a
quem d�� passe.

PASSIVIDADE ��� refere-se ao estado de entrega, confian��a
tranq��ila, em que a pessoa, principalmente m��dium, permanece
para entrar em transe ou receber um passe.

PERCIPIENTE ��� em Parapsicologia e Espiritismo Cient��fico
esta palavra designa a pessoa que recebe a transmiss��o telep��tica,
ou ent��o aquela que percepciona as coisas ou fatos que est��o se
dando longe do contacto normal. Nos experimentos de telepatia e


clarivid��ncia �� pessoa que transmite denominamos Agente e �� que
recebe, Percipiente.

PERICINESIA, PERICIN��TICO - diz-se do fen��meno espirita
ou paranormal produzido quando o m��dium ou agente se coloca
rente ao objeto f��sico sobre o qual v��o atuar as energias ps��quicas
ou os esp��ritos. Encontra-se tamb��m a palavra paracinesia, como
se v�� na obra "Parapsicologia", de Andrade, que , por sinal, achamos
mais pr��pria O chamado trabalho de "copo", que se move, �� de pericinesia
espirita ou ps��quica.

PERISPiRITO ��� designa a linha da for��a que envolve o Espirito,
dando-lhe uma individualidade. O Espirito �� ess��ncia difusa no
Universo, donde dizer-se "Deus �� Espirito". O Espirito Universal se
cont��m dentro de linhas individualizadas, que constituem as almas
desencarnadas. N��o existisse o perispirito, a ess��ncia espiritual
se espalharia ap��s a morte e n��o se daria a sobreviv��ncia da
alma. O perispirito tamb��m funciona como elo de liga����o e de intera����o
do ser espiritual com a mat��ria, principalmente no fen��meno
de reencarna����o, pois ele, o perispirito, possui certa materialidade
da mesma natureza da esfera planet��ria que habita.

PLURI-D��CTIL ��� neologismo, significando um condutor (fio)
que pode se prestar a inumer��veis adapta����es, usos ou circuitos,
por for��a da sua ductilidade.

PROJE����O DE CONSCI��NCIA ��� express��o adotada pelo Dr.
Waldo Vieira, m��dico e pesquisador, para designar aquilo que conhecemos
por proje����o do corpo astral ou desprendimento.

PSICOBIOF��SICA ��� �� o estudo de fen��menos inusitados, nos
quais se revela a presen��a de fatores ps��quicos, biol��gicos e f��sicos.
�� neologismo, palavra nova, fundida pelo pesquisador Eng.
Hern��ni Guimar��es Andrade. Em S��o Paulo existe o Instituto Brasileiro
de Psicobiof��sica, de relevo internacional.

PSICOBIOENERG��TICO ��� diz-se daquilo que cont��m, em si,
energia espiritual, ps��quica, mental, biol��gica e fisica. Dizemos: "O
passe �� uma transfus��o psicobioenerg��tica".

PSICOCINESIA ��� refere-se �� a����o da mente, produzindo um
trabalho, como o de mover objetos, aterar-lhes a estrutura ou


produzir outros efeitos f��sicos. Emprega-se, tamb��m, psicocinese.
Alguns cientistas entendem que a a����o psicocin��tica �� exclusivamente
mental (n��o f��sica), outros entendem que essa for��a �� cerebral
(f��sica), h�� ainda outros, como os russos, que buscam descobrir
no bioplasma esse fator cin��tico.

PSICOCIRURGIA ��� Cirurgia feita por processo n��o convencional,
atrav��s de meios paranormais ou espiritas. Em Medicina �� a
cirurgia feita no c��rebro para corrigir doen��as mentais.

PSICOSFERA ��� a esfera constitu��da pelo pensamento emitido
por todos os seres humanos, pelos esp��ritos desencarnados,
correntes nouricas, nuvens de psiquismos, at�� mesmo animais,
etc, que envolvem a Terra. Em suma, como a Terra possui a sua
atmosfera f��sica, tamb��m �� envolvida por outra, de natureza espiritual,
na qual estamos mergulhados e pela qual somos influenciados.


PSICOSSOMA ��� palavra que, na linguagem do Espiritismo
Cientifico, corresponde a corpo perispiritual ou espiritual. Psi (espirito)
e soma (corpo). Nos dicion��rios n��o encontramos essa palavra
"psicossoma", parecendo-nos que foi introduzida pelo Esp��rito
de Andr�� Luiz, nas obras que ditou ao m��dium Francisco C��ndido
Xavier. (Ver Evolu����o em Dois Mundos). Mas, encontramos a palavra
psicossom��tico, significando aquilo que pertence ao org��nico
e ao ps��quico ao mesmo tempo, donde existir a Medicina Psicossom��tica.


PSIQUE ��� o termo psique antigamente era sin��nimo de alma.
Mais tarde psique passou a significar mente. No entender de Jung,
por psique �� designada a totalidade de fen��menos ps��quicos, tanto
da consci��ncia como do inconsciente, (in "Dicion��rio de Psicologia
de E. Dorin).

PSICOTR��NICA ��� ramo da Psicobiofisica que estuda os pontos
de intera����o entre a mente e a mat��ria. Exemplo: Ligar e desligar
um dispositivo el��trico, movimentando um trenzinho apenas
com a mente. Todo o nosso ser, em seu aspecto fisiol��gico, funciona
em sutis intera����es (rela����o) entre o Esp��rito, em n��vel mental
(psh) e cerebral (org��nico) produzindo o funcionamento dos ��rg��os,
da�� ser importante este capitulo para o Espiritismo Cient��fico, para


que avaliemos a interconexidade entre o corpo perispiritual e o
corpo f��sico.

RADIA����O ��� o mesmo que irradia����o. Emiss��o de energia,
principalmente luminosa ou sonora. No Espiritismo Cientifico �� a
a����o de emitirmos energias que dimanam de n��s, dando-lhes uma
dire����o segundo a nossa vontade. O homem, por si, j�� �� um ser radiante,
donde a import��ncia do estudo da radia����o.

REENCARNAR ��� renascer em novo corpo. Tomar, novamente,
a carne. A nossa verdadeira natureza �� a espiritual e a nossa p��tria
�� o Al��m. Para progredir vemo-nos na conting��ncia de nascer
de novo, isto ��, re-encarnar.

RSPK ��� (Recurrent Spontaneous Psycho-Kinesia)- sigla que
designa fen��menos psicocin��ticos que se d��o espontaneamente,
mormente de poltergeist ou casas assombradas, nos quais os
objetos se movem, quebram-se, abrem-se portas, queimam-se roupas,
m��veis, tudo sem explica����o poss��vel dentro da ci��ncia.

SENSITIVO ��� pessoa que possui faculdades paranormais decorrentes
da sua pr��pria constitui����o, como o de ver sem os olhos
(clarivid��ncia), ouvir sem o ouvido (clariaudi��ncia), conhecer o pensamento
do pr��ximo (telepatia) etc. Nem sempre um sensitivo ��
m��dium, pois m��dium �� intermedi��rio entre encarnados e desencarnados.


SINTONIA ��� significa estar um sistema eletr��nico (r��dio, televis��o,
etc.) ressoando na mesma freq����ncia de outro. O homem ��
um ente emissor e receptor e tem uma estrutura bi��nica no n��vel f��sico
e espiritual. Em se tratando de m��dium, mais ainda o seu relacionamento
e contacto com os desencarnados se realiza na depend��ncia
de sintonia. �� um dos mais importantes cap��tulos a ser
estudado pelo Espiritismo Cientifico. Leia-se a obra "Mecanismo
da Mediunidade", Andr�� Luiz.

SINTONIA CONSTITUTIVA ��� �� um estado individual e invari��vel
de sintonia que uma pessoa tem, decorrente da sua pr��pria
constitui����o. Essa pessoa, sendo m��dium, geralmente entra em
contacto sempre com a mesma classe de esp��ritos e encontramos
aquele t��o fechado que consegue receber um ��nico esp��rito. Em se
tratando de fator constitutivo, da natureza do m��dium, �� muito difl



cil que o m��dium deste tipo se desenvolva no sentido de amplitude
receptiva.

SOM��TICA ��� referente ao soma. A palavra soma corresponde
ao corpo. Usa-se em contraposi����o ao psiquismo. Assim, diz-se:
"O seu estado som��tico (corporal) era lastim��vel, enquanto que
psiquicamente andava bem equilibrado e feliz".

SON��MBULO ��� �� a pessoa que, dormindo ou em transe caracter��stico,
gesticula, caminha, conduz-se como se acordado estivesse.


SUBJETIVO ��� �� aquilo que ocorre dentro de nosso espirito,
sem exist��ncia exterior. O nosso pensamento �� subjetivo, pois ningu��m
pode v��-lo. Subjetivo �� o contr��rio de objetivo. Uma pedra no
caminho �� algo objetivo, pois podemos n��o s�� apalp��-la como fotograf��-
la. Um navio visto no sonho �� subjetivo, pois ningu��m poderia
t��-lo visto sen��o o sujeito que sonhou.

SUPERINCORPORA����O ��� �� a materializa����o de um esp��rito
que o faz sobrepondo camadas de ectoplasma sobre o corpo perispiritual
do m��dium projetado para fora do seu corpo carnal. Estas
materializa����es causam perplexidade e d��vida para os que n��o conhecem
o fato, pois o fantasma materializado se parece muito com

o m��dium, sem que haja qualquer mistifica����o ou fraude.
TEL��RICO ��� relativo �� Terra, ao solo. Em sentido metaf��sico,
mais avan��ado, significa as complexas, diversificadas e ainda mal
conhecidas for��as que prov��m da Terra, tomando-a como gigantesco
organismo f��sico e vivo. Quando o Espirito se reencarna v��-
se envolvido por tais for��as tel��ricas, deixando de ser quem antes
era em sua p��tria espiritual, podendo acontecer de ficar dominado
por elas ou perturbar-se. O pr��prio comportamento de um Espirito
encarnado (alma) pode, moralmente, diferir muito daquele que era

o seu apan��gio no Al��m. Da�� que muitos esp��ritos de elei����o,
cheios de angelitude, temam a reencarna����o.
TERATOLOG��A, TERATOL��GICO ��� ramo da Biologia que se
ocupa do estudo das deforma����es cong��nitas e, mais especialmente,
das monstruosidades (Polisuk e Goldfeld, Dic. de Medicina).
O estudo da Teratologia, dos seres humanos que j�� nascem
deformados, faltando-lhes membros, retorcidos, �� muito importan





De: Reginaldo Mendes 



Olá, pessoal:
                   Este é mais um livro dae nossa campanha de doação de livros e revistas  espíritas e não espíritas para atender aos deficientes visuais.
                   Agradecemos ao Irmão Fernando pela doação e  digitalização.
                    Pedimos não divulgar em canais públicos ou Facebook. Esta nossa distribuição é para atender aos deficientes visuais em canais específicos
"A  MAIOR CARIDADE QUE SE PODE FAZER É A DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA. EMMANUEL"

O Grupo Allan Kardec lança hoje mais um livro digital !
Desejamos a todos uma boa   leitura !

Mediunidade em Geral - Autor Desconhecido

Livro doado e digitalizado por Fernando José
Sinopse:
De forma didática este livro nos informa os tipos de mediunidade existente


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