Série Trek Mi Q'an - 3
Escravizado
Jaid Black
Revisora inicial: Rosania
Revisão final: Cristina Brasil e Evânia Amorim
Formatadora: Evânia Amorim
Série em revisão com o grupo Pégasus Lançamentos
Resumo:
Seus olhos azuis fosforescentes invocaram a arma primitiva de seu cinto. Enquanto se estremecia com temor, ela se deu conta que acabava de perder o único que se interpunha entre sua liberdade e ser… Escravizada.
Escravizado, relata-nos a história do Rei Kil Q'an Tal e a captura de seu Casal Sagrado.
Nota da revisora:
Esse livro, em minha opinião é o mais importante da série. Além da história do Rei Kil e da Marty, começam várias histórias de outros casais da série.
É um livro super gostoso de ler, muito hot, emocionante, vale muito à pena. Divirtam.
Prólogo
Planeta Tron, Galáxia Toron
Último planeta da Sétima Dimensão
5993 A.Y. (Ano Yessat)
—Me alegro de que me acompanhe nesta viagem de volta a minha terra natal, meu filho.
A Imperatriz Jana elevou o olhar em direção a seu menino de 1,90 de altura e 100 quilos de peso e sorriu. Enquanto lhe apertava a mão afetuosamente, levou-o do holoporto localizado nas alturas do próspero povoado até um transporte aquático Q'Ana Tal que flutuava para o centro comercial mais importante que se encontrava abaixo.
Quatro guardas guerreiros atribuídos a sua segurança dirigiam o cortejo real em um transporte que se encontrava diretamente diante do veículo ocupado por mãe e filho, enquanto que mais quatro guardas guerreiros ocupavam a retaguarda em um lado.
Os brilhantes olhos azuis de Kil Q'an Tal inspecionaram o buliçoso centro comercial que se aproximava sobre o horizonte. Olhou a sua mãe de cima; que estava sentada a seu lado e sorriu.
—É um belo lugar, mani.
Jana estendeu os braços para cima, deslizou uma mão pelas tranças de seu filho e lhe acomodou uma mecha solta detrás da orelha. Sorriu enquanto o contemplava.
—Volta-te mais atrativo a cada Nuba-minuto, Kil. Já é a viva imagem de seu pai.
Kil ruborizou-se ante suas palavras e desviou o olhar. Jana sorriu.
—Talvez um elogio vergonhoso para um menino-homem que só viveu dez Anos Yessat, mas, em uns poucos anos mais, alegrará-te de seu bom aspecto.
Kil grunhiu ante essas palavras.
—Por que deveria me preocupar com semelhante idiotice, mani? O que importa é me converter em caçador.
Ela sorriu.
—Ah, mas quando encontrar a uma moça especial, a que esteja destinada a ser seu verdadeiro casal sagrado, dará-te conta de que a vida não só se trata da arte da guerra.
Kil tragou saliva; duvidava das palavras de sua mãe. Mas, como a amava tanto, nunca pensaria sequer em lhe responder.
Jana lhe segurou a grande mão com a sua, menor, e deixou de lado o tema.
—Minha mani e meu pai não lhe viram em quase dois anos Yessat. Por esse motivo, pediram-lhe que me acompanhe nesta viagem de volta a minha terra natal.
Kil sorriu, agradava-lhe a idéia de voltar a ver seus avós.
—Sim. A última vez que vieram a Trek Mi Q'an eu tinha ido ao Joo com papai.
Jana assentiu com a cabeça; logo, soltou-lhe a mão para assinalar diversos lugares conhecidos que via suspenso debaixo deles. Kil escutou com atenção. Esquadrinhava os centros comerciais e as casas todas ao redor da pitoresca paisagem do mundo tingido de azul sobre o que tinham aterrissado.
—E ali - disse a Imperatriz com entusiasmo — Encontra-se meu lar natal. —Suspirou com nostalgia. — Com suas tias e tios desfrutei a juventude mais despreocupada, neste povoado.
Seus lábios se alargaram de par em par para formar um sorriso nostálgico enquanto acomodava um comprido cacho de cabelo dourado sobre o ombro.
Enquanto estudava o rosto da sua mãe, Kil pensou que nunca tinha sido testemunha de uma vista mais formosa. Não estava seguro se o resto das pessoas das galáxias a via assim ou só ele, mas não lhe importava. Era a perfeição. Era sua mãe.
—Sente falta, mani?
Jana abriu os olhos de par em par pela surpresa.
—Por um demônio, não. — Sacudiu sua cabeça de cabelos dourados e sorriu. —Tenho muitas lembranças agradáveis da minha infância, amor, mas mesmo assim, estou mais feliz do que alguma vez teria pensado ao lado de seu pai. — Jana pegou sua mão e a apertou. —Se nunca tivesse abandonado Tron, — disse ela brandamente. — Nunca teria tido você.
—Isso acaso teria sido tão mau? — Perguntou ele com seriedade; seu grande corpo ocultava ao menino simplista e necessitado de dez anos que vivia no interior.
Os olhos de Jana se suavizaram.
—Teria sido muito pior que a morte, meu filho. — Posou a outra mão sobre a dele enquanto lhe estudava o rosto. —Amo-te, Kil.
Satisfeito, ele sorriu com arrogância. Girou a cabeça e observou a atividade que se desenvolvia debaixo deles; estava muito envergonhado pelas palavras de amor para devolver a demonstração de afeto de sua mãe.
Jana conteve um sorriso; optou por morder o lábio. Sabia que seu segundo filho a amava. Talvez mais que seus outros filhos, que já era dizer muito. Mas Kil sempre tinha sido o mais necessitado. Sempre lhe tinha exigido grandes demonstrações de afeto enquanto que os outros três meninos se sentiam satisfeitos com o ocasional beijo na bochecha e alguns abraços afetuosos.
Kil não. Ele necessitava gestos que lhe assegurassem constantemente os sentimentos de sua mãe. E, igualmente importante, precisava escutar as palavras de amor; inclusive se sentia muito envergonhado para responder de acordo. Jana supunha que era isso que fazia com que sua relação com ele fosse tão forte e especial.
Quinze Nuba-minutos depois, Jana e Kil passeavam de mãos dadas pelo buliçoso centro comercial e se detinham ocasionalmente para comprar alguma bagatela. Kil soltou a mão de sua mãe quando chegaram a um posto de holojogos e revisaram as ofertas até que o menino encontrou o que mais cobiçava.
—Posso comprar este, mani? - perguntou Kil enquanto olhava em direção ao lugar onde ela se encontrava em pé a uns poucos metros de distância, no posto contíguo. Jana estava-se orvalhando o pescoço e o decote com um perfume doce.
—Sim. - Elevou fugazmente o olhar e piscou um olho cúmplice antes de voltar a concentrar sua atenção nos perfumes. — Pode comprar o que desejar nesta viagem.
Kil sorriu e decidiu instantaneamente que viajar com sua mãe era muito mais prazeroso que fazê-lo com seu pai.
Kil estava a ponto de dar a volta para comprar o jogo, quando uma estranha intuição lhe cruzou pela mente. Esticaram-lhe inexplicavelmente os músculos do estômago quando levantou o olhar em direção a um guarda guerreiro que se encontrava em pé detrás de sua mãe. O guerreiro amadurecido notou Kil, superava-o em altura por mais de 40 cm.
Kil franziu o cenho. Não lhe agradava o modo que o guarda guerreiro contemplava a sua mãe. Os olhos do guerreiro não deixavam de passear-se pelo traseiro da imperatriz e a avaliavam insolentemente como se tivessem o direito de fazê-lo.
Jana escolhia um perfume atrás de outro e os cheirava; não tinha noção de que a estavam comendo com os olhos por detrás. O olhar da Jana repousou sobre um frasco de perfume decorado com jóias que se encontrava uma prateleira mais abaixo e, ao inclinar-se para tomá-lo, a qi'k aderiu às nádegas deixando assim nada do que jazia entre suas pernas livre à imaginação.
Kil entrecerrou os olhos de um modo ameaçador quando o guerreiro em questão caminhou em direção a sua mãe e lhe pressionou a verga ereta contra as nádegas.
Jana ofegou ao incorporar-se e se deu volta imediatamente para enfrentá-lo.
—Como se atreve! — Gritou. Os olhos da Jana se abriram de par em par atentamente enquanto ela estudava o rosto do guerreiro. Jana tragou saliva. —Quem é você?- perguntou com um tom de voz nervoso e tremente.
O guerreiro separou os lábios para sorrir burlonamente. Inclinou-se numa reverencia; logo se incorporou e, enquanto voltava séria a expressão de seu rosto, deslizou-lhe uma de suas grandes mãos pelo seio e lhe apertou o mamilo.
—Sou a última transa que terá na vida, Sua Excelência.
As fossas nasais de Kil se alargaram quando sua mãe começou a afastar-se do guerreiro. Tremia-lhe todo o corpo pela ira quando soltou o holojogo que tinha na mão e foi liberar Jana do vil homem.
O murro telecinético que recebeu na boca o fez retroceder. Enquanto se tomava a mandíbula, ofegou quando uma gota de sangue cor vermelha carmesim brotou de um grande corte em seu lábio.
Cada vez mais zangado, Kil grunhiu quando investiu em direção ao guerreiro; sabia que era ele quem o tinha golpeado. Mas, nesse momento, como se o tivessem levantado no ar, dois pesadíssimos pares de mãos caíram sobre ele, derrubaram-no e o mantiveram cravado ao piso.
— Deixe-a em paz! — Gritou Kil com o olhar cravado em direção a sua mãe.
Jana gritou quando o primeiro suposto guerreiro a golpeou e lhe quebrou o nariz fazendo-a sangrar.
—Por favor- rogou quando lhe arrancaram a qi'k do corpo — não faça isto na frente do meu filho!
Kil lutou contra o agarre do outro homem; os olhos lhe enchiam de lágrimas de horror e frustração enquanto observava como atirava no chão sua mãe. O homem que a tinha golpeado riu ante seu temor; logo, levantou um pé e lhe chutou as costelas. Quebrou-lhe três com apenas um golpe.
Os habitantes do povoado começaram a gritar; corriam dos postos comerciais do centro da cidade. Os supostos guerreiros riram ante seu pânico; sabiam que, enquanto faziam isto, todo o setor já se encontrava sob o domínio dos sediciosos.
—Não! — Soluçou Jana enquanto o líder lhe montava o machucado corpo desde atrás.
—Não. —choramingou ela — Por favor, não.
—Sim. —ofegou o sedicioso entre embates — Seus rogos são como uma doce música para meus ouvidos.
Agarrou-a pelo cabelo e lhe empurrou o rosto sobre a terra; sufocou-a momentaneamente enquanto a violava.
—Mani! — Gritou Kil — Não, mani!
Kil soltou seu corpo do agarre dos outros sediciosos; a angústia lhe deu uma força que não teria podido ter em dez anos Yessat sob circunstâncias normais. Quando se liberou, correu a máxima velocidade para sua mãe e, com toda a energia que pôde juntar, e também algo mais, chutou-lhe diretamente a boca ao homem que a estava violando.
O homem gritou de dor enquanto se tomava a mandíbula, mas não foi suficiente. Antes que Kil pudesse fazer algo mais, dois pares de mãos o agarraram e o lançaram contra o piso com suficiente força brutal para lhe quebrar as costelas.
—Se souber o que é melhor pra você, — disse um dos guerreiros rindo enquanto chutava o flanco do corpo de Kil —Calará a boca e nossa líder te concederá uma morte rápida.
Ofegando pela intensa dor, Kil pôde reunir a força necessária como para entrecerrar os olhos e cuspi-lo: o sangue e a saliva mescladas foram diretamente no olho do sedicioso.
O homem grunhiu ao limpar a cuspida do rosto. Apertou a mandíbula, levantou um pé e se preparou para liquidar ao jovem rei com o fio serrado que sobressaía do dedo de uma de suas botas.
Kil girou a cabeça no último segundo e, só por sorte, esquivou-se da punhalada que, de outro modo, teria-o matado. Em troca, a ponta retorcida de metal afiado lhe encontrou a bochecha e a talhou tal como se fosse um pedaço de carne em um prato.
—Que a deusa me ajude.
A voz foi débil e quebrada; e as palavras resultaram mais agudos para o coração de Kil que o fio serrado em sua bochecha.
—Mani- disse ele em voz baixa enquanto as lágrimas caíam por suas bochechas. Sujeito pelos sediciosos, o único que pôde fazer, foi girar a cabeça para olhá-la. Observou horrorizado como o líder dos sediciosos se afastava de sua mãe e cedia o turno aos seguidores que acabavam de juntar-se para violá-la.
Jana tinha todo o corpo ferozmente maltratado; seu rosto estava horrorosamente distorcido, tinha o nariz e a mandíbula quebrada. Sua respiração era superficial e desacelerada. A força dos golpes que a atingiu provavelmente causou alguma ruptura interna, estava-se desvanecendo rapidamente.
Kil fechou os olhos brevemente; acabava-se de dar conta de que sua mãe ia morrer. Sua mãe, a que significava tudo para ele: Jana jazia moribunda enquanto vis homens investiam para dentro e para fora de seu corpo por esporte.
—Não, mani - gritou Kil brandamente enquanto as lágrimas não deixavam de cair sem obstáculo algum pelas bochechas — Não me deixe.
Jana desviou os olhos lentamente em direção aos de Kil. Eram tão sombrios que Kil soube que sua luz se extinguiria a qualquer momento. Sua respiração se tornava lenta e os músculos de seu rosto se relaxavam à medida que lhe aflijam dor, intumescia-lhe o corpo até deixá-la adormecida.
Lentamente, cada vez mais lentamente e como se o movimento fora tão exaustivo que lhe tirava as últimas reservas de energia, Jana encurvou os lábios brandamente para lhe falar. Embora Kil não escutasse nada, soube o que lhe havia dito.
—Amo-te… Kil.
—Mani. —choramingou. Kil abriu a boca para lhe devolver as palavras de amor; essas palavras que lhe havia dito com tanta frequência, as que ele sempre se havia sentido muito envergonhado para lhe dizer. Mas, perversamente, era muito tarde.
A luz de seus brilhantes olhos se atenuou e apagou, e a Imperatriz Jana atravessou o Rah para chegar ao seguinte reino. Os guerreiros não deixaram de derramar seu sêmen dentro dela; não se tinham precavido de que tinha morrido em seu doentio frenesi de copular com ela.
Kil fechou os olhos e soluçou enquanto seu corpo tremia de angústia. Estava morta. Sua amada mãe estava morta. E nunca lhe havia dito que a amava.
Capítulo 1
Washington, distrito de Colúmbia
Estados Unidos da América, Terra da Primeira Dimensão
4 de Julho de 1967 A.D. (Anno Domini)
Havendo-se tirado o poncho que tinha posto, Marta Marty Mathwes de vinte e um anos girou com orgulho sobre o cenário armado para enfrentar ao mar de paparazzi. Só levava jeans, um sutiã, um par de sandálias Birkenstock, uma coroa de girassóis em sua cabeça e uma atitude muito revoltante.
Sua valentia titubeou um pouco quando se deu conta que os fotógrafos reunidos ao redor do pódio que estava perto da porta que conduzia à Casa Branca, estavam tirando fotos dela mais rápido do que ela podia pestanejar. Ela realmente podia fazer isto? Perguntou-se um pouco cautelosa. Podia ver este protesto do Dia da Independência do modo em que ela e Jeannie tinham planejado?
Sem justiça! Não há paz!
Sem justiça! Não há paz!
Sem justiça! Não há paz!
Marty bufou com raiva enquanto os manifestantes pelos direitos das mulheres começavam a gritar. Ela repassou mentalmente a lista de razões que a tinham levado de Ohio para protestar no Capitólio.
A igualdade de direitos.
Vietnã.
As mulheres em posições de poder.
A liberdade de expressão.
A liberdade de escolher.
Basta de meia calça no trabalho!
Grunhindo baixo, Marty jurou ardentemente a si mesma, enquanto seus dedos se elevavam para desabotoar seu sutiã, que ela com certeza daria a este protesto, um final feliz. O girassol que Jeannie tinha pintado em sua bochecha se enrugou como presságio, quando ela tirou seu sutiã e, com um rugido estridente que envergonharia ao Tarzan, lançou-o à fogueira acesa.
Os milhares de manifestantes pelos direitos das mulheres aglomerados abaixo começaram a respirar, dando a Marty a coragem para levantar dois punhos zangados ante os repórteres e gritar como uma alma penada. Uma alma penada com seios nus. Sem justiça! Não há paz! Sem justiça! Não há paz!
A multidão começou a respirar, os bagunceiros começaram uma forte gritaria. Triunfante, Marty levantou sua cabeça assinalando a Jeannie, dando a entender a seu amiga, que era o momento de unir-se no cenário central e queimar seu sutiã para a multidão reunida.
Os olhos do Jeannie aumentaram nervosamente. Tragou saliva ao dar uma olhada no mar de rostos ali abaixo. Não fez nenhum movimento para unir-se a Marty na plataforma, optando em troca por escapulir-se sem ser vista e sair brincando de correr pela parte de atrás das escadas do pódio.
—Uff!
Marty soprou enquanto olhava a sua amiga ir-se do protesto como se os demônios do inferno estivessem mordendo seus calcanhares. Toda esta idéia de queimar o sutiã no cenário tinha sido de Jeannie, pensou tristemente. Entretanto na hora do "vamos ver", Jeannie a tinha deixado fazer a façanha sozinha.
Voltando-se para enfrentar a multidão, Marty se deu conta pela primeira vez que ela era a única pessoa em todo público, que era mulher e que andava de topless. Ninguém mais havia dito que planejava queimar seus sutiãs com elas hoje. Pensou que no momento em que ela e Jeannie tivessem queimado seus sutiãs, as outras em um ato febril teriam feito o mesmo.
Os olhos do Marty se entrecerraram enquanto dava uma olhada à multidão gritando debaixo dela. Muitos estavam frenéticos, mas nenhum deles tirou sua camisa.
—Uy!
Marty amaldiçoou baixo enquanto caminhava livremente pelo campo que tinha sido estabelecido pelos manifestantes como um complexo comunal de casas durante sua estadia no capitólio da nação. A comuna se situa só a vinte minutos de Washington D.C. em uma área mastreada da Virgínia.
Disposta a descobrir onde estava Jeannie e matá-la, ela se sentia frustrada e mais que um pouco desiludida quando um manifestante que levava o apelido de "Homem da paz" lhe informou que Jeannie já tinha empacotado e se voltou para casa.
—Não posso acreditar!- disse Marty, suas mãos ao ponto de sujeitar seus quadris. —Voltou para Toledo?
—O salto de Jeannie foi alto - declarou o Homem da paz em tom baixo, seus olhos apartando-se suspeitosamente uma e outra vez para assegurar-se que nenhum policial estivesse pelas imediações. —A polícia deve tê-la assustado para fazê-la ir. - Seus lábios ficaram tensos. — Odeio a maldita polícia!
Marty suspirou, deu-se conta que o Homem da paz estava tão no alto como um barril pequeno. Duvidou que pudesse obter informações muito úteis dele. E também duvidou de que Jeannie tivesse saído de Washington para evitar a polícia. Não, pensou ela com os lábios inferiores levantados, provavelmente tinha ido para evitar a cólera do Marty. Jeannie, admitiu rigidamente, era mais inteligente do que parecia.
—Você sabe, Marty. - disse o Homem da paz arrastando as palavras, seus olhos verdes jogando uma olhada ao poncho e as calças de pata de elefante que levava postos — esse foi um espetáculo lamentável o que fez hoje.
Marty assentiu, enfraquecendo assim o tema. Ela tinha trabalhado muito para assegurar-se que tudo sairia hoje sem nenhuma complicação. E quase tudo tinha sido assim. Passando por cima do fato que tinha estado gritando em um pódio com os seios nus e sozinha.
—Saiu de minha alma, Homem da paz - Seus olhos se estreitaram em especulativa contemplação. —Já era hora de mostrar aos porcos do governo que as mulheres deste país não vão ser mais oprimidas. Vamos subverter o paradigma dominante e reclamar nossos direitos ancestrais como antepassados desta nação e desta gente.
Os olhos brumosos do Homem da paz não puderam embaçar-se mais. Sua cara se espremeu em um olhar que claramente disse que ele não tinha idéia do que ela estava falando.
—Tudo o que quis dizer é que tem um bom par de tetas. - Arranhou-se sua cabeça enquanto a olhava, a faixa de couro que ele levava posta com um símbolo da paz gravado no meio, se enrugava na sua testa. —Mas o resto do que disse parece genial também.
Os lábios de Marty franziram em um gesto. Ela aumentou seu passo enquanto saia, decidiu que alguns comentários não mereciam uma resposta. Em especial quando o que fazia o comentário tinha fumado tanta maconha que ela duvidava que ele recordasse essa conversa daqui à uma hora.
Bom, pensou com resignação, ao menos algo bom deste dia. Um homem lhe havia dito que ela tem um bom par de tetas.
— Uy! Que dia ruim!
Os seguintes quarenta e cinco minutos, Marty andou sem pressa e sem rumo fixo pelos chãos mastreados da comuna, tendo como único objetivo realizar uma caminhada lenta, sozinha. As fogueiras estavam acesas por todo o lugar. O aroma do incenso queimando-se e a maconha era tão insuportável que seus olhos começaram a lacrimejar.
Podia ouvir sons de violões perto das fogueiras em toda direção, os outros hippies que passariam outra temporada no capitólio moderando-se logo depois do protesto de hoje até o dia da Independência e em preparação para a caminhada de volta a seus variados lares.
—Paz.
Marty assentiu com a cabeça a outra manifestante e intercambiou o sinal de paz com ela, enquanto continuava caminhando pelos chãos comunais sem parar para conversar. Ela estava, simplesmente, sem ânimo de estar com outras pessoas.
Uns minutos depois, seu ritmo diminuiu quando se encontrou em um estreito leito de rio que ela não tinha visto antes. Mas logo outra vez, tampouco ela nunca se atreveu a ir tão longe da periferia da comuna.
O som de algo assobiando e caindo com um ruído surdo sacudiu o chão, fazendo-o vibrar por um quilometro em toda direção. Marty gritou, e se deteve como morta à borda do rio.
Seus olhos se esgotaram confusamente. Moveu suas mãos agitadamente para tirar o ar de cigarro de maconha, tratando de fazer o possível para ver o que tinha caído tão perto de seus pés.
Lá estava.
—Um meteorito- ela murmurou, ajoelhando-se a seu lado à borda do rio, genial.
A parte disforme de massa carbonizada parecia fervendo de quente ao tato, por isso ela não tocou com sua mão. Uma atmosfera bizarra parecia rodear o pedaço de rocha, deformando o ar ao seu redor.
Marty balançou sua cabeça para esclarecer sua mente e pensou que tinha inalado muita maconha. O ar que rodeava ao meteorito se encheu de estática e sem sentido, como na televisão quando não há programas ao ar em um canal particular.
—Estou-a perdendo. - disse-se com tristeza, colocando uma mão sobre sua frente. — Isto é muito estranho.
Um som como de apito perfurou o ar outra vez, fazendo que Marty gritasse e olhasse para cima. Seus olhos cinza claros logo que tiveram tempo de registrar o fato de que um segundo e muito maior meteorito estava catapultando-se dos céus antes de cair, um pedaço quebrado de este, caindo à só umas polegadas de seu corpo.
—Merda!
Marty gritou quando a massa sólida do pedaço maior caiu no rio com tal força, que ela foi elevada sobre seus pés e lançada à água com tanta potência que poderia ter quebrado cada osso de seu corpo, mas não o fez.
Ela rompeu a superfície do frio rio e caiu aos poucos, o choque da temperatura gelada foi um contraste agudo com o ar da úmida noite à acima. Ela estava se movendo rápido, incrivelmente rápido que seus olhos sobressaltados se abriram e alargaram.
Marty se deu conta, com um agudo sentido de pânico, que não só estava sob a superfície do rio, mas também estava conduzindo-se a uma velocidade surpreendente em direção ao pedaço de rocha cuja queda a tinha atirado ali. Gritou mentalmente, sabia que morreria quando a golpeasse.
Mas não, não morreu. Ela…
—OH Deus! O que estava acontecendo?
Marty viu uma luz e logo depois, de repente seu mundo inteiro girou e se desviou. Ela continuou movendo-se e movendo-se tão rápido, mais rápido que uma bala, mais rápido do que fora possível.
Todo seu corpo se catapultou pela confusa atmosfera que rodeava ao meteorito e logo o ultrapassou. Ela continuava indo, indo, indo, mais rápido e mais rápido, mais longe e mais longe.
Mas aonde? O que estava acontecendo?
Ela saiu disparada do ar confuso e tudo a seu redor parecia irreal, como se ela estivesse flutuando a uma velocidade retorcida em certo tipo de vazio arroxeado. Brigou consigo mesma para não gritar, para parar de engolir goles de água fria que a afogariam, seu corpo inteiro em modo de luta ou de vôo.
Estava indo muito rápido, não podia perceber nada com antecedência.
Marty continuava contendo sua respiração, não vá ser que se afogasse. Seus olhos olharam a sua esquerda e reagiram de forma tardia. O que viu a assustou o suficiente para fazer que deixasse de respirar e de gritar.
Viu a si mesma.
E então estava em frente de si mesma, viajando a uma velocidade tão intensa que teve que deixar-se a si mesma pra trás.
Deixar-se a si mesma pra trás?
Se Marty tivesse sabido a primeira coisa sobre viajar mais rápido que a velocidade da luz, tivesse sabido por que viu no passado a ela mesma. Tivesse sabido que ela se jogou nas dimensões do tempo e do espaço mais rápido que o que a retina do olho podia captar e manter como imagem.
OH Deus! Sua mente gritou em agonia. O que está acontecendo?
Seu rosto começou a ficar roxo como o vazio em que viajava, quando a necessidade de ar se tornou prioridade. Ela ia morrer, pensou em forma histérica. Ela ia …
Seu corpo foi jogado em um ambiente confuso, deixando para trás o roxo. Olhou para cima quando a estática começou a esclarecer-se e se deu conta que estava para sair em uma superfície de água. Tratou de obtê-lo, de manter sua respiração por uns segundos mais…
Ela voltou-se desesperada por ar, tomando-o pelos pulmões. Fechou seus olhos brevemente enquanto continuava devorando o ar, bebendo o alimento de oxigênio enquanto suas células se estabilizavam e se acalmavam. Ela permaneceu assim até que seus pulmões deixaram de queimar e pôde respirar quase de forma normal.
Marty abriu seus olhos lentamente se assustou.
—Onde diabos estou?- murmurou.
Seus olhos boquiabertos de desconcerto, Marty nadou lentamente para a costa, notando de uma vez que a água da que ela tinha submerso era tão chapeada e brilhante como um espelho. Quando alcançou a areia da costa, lentamente levantou e ficou ali paralisada. Nada era como devia ser.
Quatro luas cheias penduradas em um céu negro, cada uma de um azul apagado. Por isso o olho podia ver o que presumivelmente parecia noite onde fosse que ela tinha sido lançada, a maior parte do chão era feito de uma gema de rocha dura resplandecente de alguma classe. A gema era de uma cor perolado azulado, que parecia transparente e opaco ao mesmo tempo.
O chão azul perolado era interrompido às vezes por partes ocasionais de arbustos fluorescentes, plantas de néon que tinham três ou quatro tons de azul. Marty se agachou para tomá-lo com sua mão, jogando-o com um uivo quando a mordeu.
Tragando bruscamente, ela se afastou e foi o mais longe possível da planta carnívora. Olhou sua mão, dando-se conta em seguida que a mordida era profunda e que necessitava ajuda.
—OH Deus - suspirou — onde estou?
Marty pisou no seguinte junco de chão de gema perolada, com cuidado de saltar sobre a planta azul localizada entre as duas zonas de gemas. Uma onda horrível de náusea e enjôos a ultrapassou, induzindo-a a agarrar seu coração e tratar de respirar ar.
—Me ajudem. - resfolegou, tropeçando sem sentido para trás. Sem pensar, pisou em uma zona de arbustos, fazendo uns poucos arranhões no tornozelo.
—Oh não. Oh Deus não.
Os olhos de Marty se alargaram com horror quando se deu conta de que o veneno a estavam matando. Tinham-na mordido e envenenado, agora só estavam esperando que ela paralisasse de um ataque do coração assim, quando seu corpo caísse flácido, pudessem-no comer a seu gosto.
Respirando enorme quantidade de ar, ela foi até o banco de água chapeada como espelho, tão longe dos arbustos como fora possível. Com seus pulmões queimando, agachou-se com suas mãos e joelhos ante a água e em forma ausente jogou uma olhada.
—OH Jesus- suspirou.
O batimento do coração de Marty se acelerou e seus olhos cinza claros se alargaram na forma de cinzas piletas quando viu seu próprio reflexo. Voltou a olhar. O reflexo foi claro como o espelho e horrivelmente confuso.
Seu cabelo loiro, alguma vez curto, tinha crescido como se nunca tivesse sido cortado em uma década. Seu rosto, alguma vez cheio e redondo como a maioria das garotas na faixa dos vinte agora estava conturbado e amadurecido com linhas puras e esculpidas.
—O que esta acontecendo? - Gritou, sua confusão e medo multiplicando-se a passos largos.
Outra onda de enjôos e náuseas a assediou, fazendo que Marty agarrasse seu coração e gritasse. Tantas perguntas davam volta em sua mente quando ela desmaiou tentando recuperar o ar.
Onde estava? O que estava acontecendo? Por que aparentava ter envelhecido dez anos? Por que sentia-se como se tivesse envelhecido dez anos?
—Quero ir pra casa.
Não havia uma casa aonde ir, só que Marty ainda não se deu conta disso. Quando caiu manca no banco de água pelo veneno que a planta lhe tinha injetado, não tinha forma de saber que a casa, como ela a conhecia, não estava mais.
No que a Marty representou um mero minuto de viagem de alta velocidade, tinham se passado dez anos Yessat. Na terra, seus amigos se casaram, tinham tido filhos, seus filhos tinham tido filhos e eles tinham morrido.
O corpo de Jeannie, um corpo que tinha pertencido a uma mulher que tinha sido um antepassado de uma prole de dezessete, jazia debaixo da superfície da terra em um ataúde de aço, o indicador fora do chão proclama que ela morreu faz trinta anos.
Capítulo 2
Palácio de Espelhos, Lua Vermelha Dominante do Morak
Galáxia Trek Mi Q'an, Sétima Dimensão
6040 A.Y. (Anos Yessat)
Kil Q'an Tal, o Rei de Lua Vermelha Morak do Tryston, grande Senhor dos Setores Kyyto e recente coroado Rei do planeta Tron, passou uma larga mão por seu cabelo negro cor de meia noite e suspirou.
—Peço-te que não falemos disto com o Rem.- Seus dedos caíram sobre a tábua de cristal vermelho em que estava sentado e tamborilaram um ritmo ausente. —Não faria nenhum bem, poderia causar muito mal.
Dearth, Grande Senhor do Setor Jioti inclinou sua cabeça em acordo.
—Isto é verdade.
Kil grunhiu enquanto que por telecinesia pediu uma taça de matpow.
—Em menos de dois meses Yessat começaremos a procurar outra vez o Casal Sagrado de meu irmão - Fez um gesto de desinteresse com a mão. —Vou colocar um peso nesse assunto e tratá-lo antes de ir para a primeira dimensão.
—Eu acreditei que o desejaria deste modo - Dearth resmungou.
—Sim. - Kil tomou um longo gole de matpow antes de apoiar sua taça. —Por dezessete anos Yessat Rem procurou ativamente pelas galáxias qualquer puta que nascesse para ser sua senhora — Rezemos à deusa para que encontre esta mulher sem nome antes que a evolução o encontre.
Dearth assentiu com a cabeça com expressão severa.
—Fica pior.
—É verdade. - Kil suspirou. —E é por isso que o quero ausente de qualquer lugar onde possa haver uma matança.
Dearth arqueou sua escura sobrancelha, fazendo com que o crânio tatuado em sua testa enrugasse um pouco.
—Necessita do Tron?
—Não. - Disse-o fazendo um gesto. —Sim, é verdade que um grupo rebelde se infiltrou no planeta, mas acredito que temos recuperados todos, menos em um setor. - Vendo o rosto com a testa franzida de Dearth, Kil explicou. — Ao outro lado do planeta está o setor de rochas azuis do Wani. É o único dos seiscentos setores do planeta que ainda deve ser conquistado e posto em vereda à força. - Seu sorriso macabro foi arrogante. —É tempo de conquistá-lo… e de pô-lo em vereda.
Dearth grunhiu de tal forma, que Kil soube que o Grande Senhor estava questionando porque ele não tinha conquistado Wani ao mesmo tempo em que havia trazido o resto do Tron sob seu domínio. A resposta era simples.
—Quando meus caçadores invadiram primeiro Tron foi durante um dos feitiços do Rem. - Deu de ombros sem muitas desculpas. —Estava mais preocupado em levar Rem para Ari como purificador espiritual que em ganhar o maldito Tron.
—E logo?
—Nisso então os rebeldes tinham invadido outro Mundo Fronteiriço. Meus caçadores e eu estávamos ocupados em aplacar a rebelião.
—Ah! Então esta é a primeira oportunidade que teve para ocupar-se do Wani.
—Sim. — O olhar de brilho azul de Kil se estreitou. —Mas devo me ocupar disso.
Os lábios de Dearth se moveram em forma irônica.
—Nunca duvidei de você.
Logo uma servente fiel, de exuberantes curvas e vestida em uma custosa saia qi'k, veio à mesa vermelha elevada trazendo uma bandeja de frutas e doces. Dearth pôde supor por seu traje, que ela ocupava um lugar de honra no harém do rei, o que significava que era vigorosa nos couros vesha. Sua virilidade se endureceu só de olhá-la, sua beleza de tez escura e seus firmes peitos desejosos de serem contemplados.
Kil tomou nota da expressão do olhar de Death e teve que conter a risada.
—Ai, — disse com secura. — ela é uma puta saudável. Dá a palavra e Typpa é tua para a saída da lua.
—Sim. — ele resmungou. —Quero-a.
Typpa aproximou-se de Dearth e sorriu timidamente ao lhe oferecer um morango de fogo da bandeja que levava. O gigante de 2,40 de altura se agachou próximo a seu peito e, esquecendo-se da fruta, levou em troca um mamilo a sua boca. Uma de suas grandes mãos transitou na coxa da faxineira e separou sua saia qi'k, seus dedos percorreram os negros cachos de sua pélvis até que encontrou seus clitóris para acariciá-lo.
Typpa estremeceu, seus olhos se fecharam enquanto se aproximava para uma maior estimulação.
Kil soltou um risinho ao levantar-se, decidiu que era tempo de preparar a seus caçadores.
—Dou-te o uso de todas minhas fiéis servas e Kefas enquanto não esteja. — Moveu suas sobrancelhas. —Desfruta
Capítulo 3
Povo do Wani, Setor Longínquo do Planeta Tron
Marty despertou lentamente, seus olhos piscaram umas vezes em rápida sucessão à medida que se ajustavam à luz azulada do quarto em que estava. Uma atrativa mulher de cabelo negro que parecia não ter mais de vinte e cinco anos estava sobre ela, sorrindo de uma cama vizinha.
Marty pestanejou rapidamente umas vezes mais, as piscadas se faziam menos frequentes à medida que seus olhos se adaptavam à luz azul e lhe dava uma primeira boa olhada à castanha. Seus olhos cinza se alargaram enquanto ficava boquiaberta e olhava sem pestanejar à mulher de 2,10 de altura ameaçando-a, uma mulher de 2,10 com olhos rosa - néon.
Merda!
Marty tragou bruscamente quando seus olhos avistaram à castanha. Se ela tivesse pensado que as plantas predadoras azuis eram os espécimes mais aterradores em existência, esse comentário era verdade antes que desse uma olhada à estranha mulher que estava diante.
A castanha não era só alta, também era extremamente musculosa. Seu corpo era firme e poderoso, seus músculos se combinavam em uma perfeição de aço. Mas suas curvas eram suaves e femininas, prova positiva que além de seu belo rosto era em todo sentido uma mulher.
A roupa da castanha, se a gente podia chamá-la assim, era estranha, por dizer algo. Consistia de só um sutiã de couro, como tiras de cavalo de couro negro, ambos tinham sido cortados estrategicamente em correias para que as partes privadas da mulher estivessem completamente expostas. Além disso a mulher só levava um aro azul brilhante em seu mamilo esquerdo, um diminuto aro azul no umbigo que tilintava muito brandamente quando ela se movia e um par de botas de combate como de couro negro que lhe chegavam até a metade das coxas.
Seus olhos se estreitaram. De verdade teria inalado muita maconha.
—Gjykka tipa frek?
O olhar de Marty avistou com cautela pela primeira vez. Sua língua se movia rápido para molhar de repente os lábios secos. Não só as palavras da estranha não eram em seu idioma, mas também era grave como a voz mais profunda e masculina que ela já tinha ouvido em sua vida.
Bom, a pesada castanha não era em nada uma manifestante dos direitos das mulheres americanas. Se o era, ela decidiu em um repentino remorso de camaradagem, os manifestantes tivessem ganhado a Batalha dos Sexos só por usar aqui a Atila lutadora como sua arma. Um olhar e a oposição sairia correndo para as colinas.
—Mm…né?
A gigante mulher inclinou sua cabeça para observar Marty. Repetiu a pergunta o suficientemente e masculinamente forte para despertar aos mortos.
—Gjykka tipa frek?
Marty estremeceu. Sem saber o que fazer ou dizer, lentamente encolheu os ombros para dar lugar tanto como pudesse ao olhar da castanha dos olhos rosa - néon.
Rosa - néon? Arrg!
—Não sei o que está dizendo- disse de forma lenta e compreensível. Seu olhar se dirigiu para baixo e notou por primeira vez que seu cabelo loiro mel havia em efeito crescido até a cintura. Nunca havia nem sonhado com isso depois de tudo.
Cansada, Marty levou uma mão a sua testa e suspirou. Fora o que fora que estivesse acontecendo era um mistério encarnado. Seu cabelo loiro mel tinha crescido até a bunda, tinha envelhecido dez anos em um minuto, tinha sido atacada por plantas assassinas azul néon, só para despertar e perceber que tinha sido resgatada por uma mulher quase nua de 2,10 com olhos rosa - néon que poderia comer de uma só vez a qualquer homem de carne sangrenta que Marty tenha visto.
Isto, pensou, não era para nada genial.
—Arrg!
A castanha franziu o cenho enquanto olhava Marty. A gigante mulher lentamente assentiu com compreensão quando aparentemente se deu conta que a mulher que tinha resgatado não podia entender uma palavra do que lhe estava dito.
A castanha amazônica levantou um dedo, indicando que voltaria. Marty inclinou sua cabeça em compreensão, logo observou a vestimenta de tiras de cavalo de couro no traseiro da mulher ao retirar-se do quarto.
A porta se fechou detrás dela com um ruído de assobio e se travou.
Marty tragou.
Os olhos de Marty giravam nervosamente pelo quarto, jogou pro lado a deliciosa pele suave de animal que a cobria, preparando-se para encontrar uma forma de sair do apuro. Não tinha idéia de porque a mulher a tinha trancado, mas mentalmente supunha que tal ação não prometia nada bom.
Não tinha chegado muito mais longe em sua fuga que tentar ficar de pé quando se deu conta de que estava completamente nua. Maldição- murmurou enquanto suas mãos de forma instintiva se elevaram para proteger seus peitos —o que faço agora?
Marty não teve tempo para responder suas próprias perguntas já que a porta se abriu um momento depois, mostrando à castanha que a tinha salvado das plantas assassinas assim como também a duas mulheres gigantes a seu lado vestidas com o mesmo couro negro. As três mulheres tinham os mesmos olhos rosa - néon.
Marty mordeu o lábio e lentamente começou a retroceder.
A castanha levantou uma palma como sentindo o medo de Marty. Sua voz foi profunda mas suave como tratando de adulá-la para acalmá-la.
—Gyat mekka ph'im. – "Não lhe faremos mal."
Marty sentiu as lágrimas juntando-se em seus olhos, parte pela frustração porque ela não tinha idéia do que lhe estava dizendo e parte pelo medo. Nunca tinha visto mulheres tão enormes. Nunca tinha visto homens tão enormes. E nunca tinha visto ninguém com olhos rosa - néon.
Não tinha idéia do que estava acontecendo, mas sabia que algo além de sua compreensão tinha acontecido. Estas mulheres eram reais, muito reais e definitivamente não levavam um disfarce. Além disso, reconheceu vacilante, ninguém podia mudar seus olhos para um rosa brilhante. Isso não era possível na Terra em 1967.
—Gyat mekka ph'im.
Os olhos da castanha se suavizaram ao repetir as palavras estranhas. Olhou além de Marty e jogou uma olhada às mulheres gigantes que a acompanhavam, mulheres que ultrapassavam a estatura de Marty de 1,52 por quase 1 metro cada uma, e pediu a uma delas que se aproximasse.
Outra castanha se adiantou do grupo de três, com um traje de couro negro e aros brilhantes azuis em sua mão.
Os olhos de Marty se arregalaram confundidos, logo se alargaram ao compreender. Seus lábios se franziram em um gesto.
—Esquece-o. — Sua mão se elevou no ar por completo. —Não vou usar esse traje e,- deixou em claro —ninguém perfurará meu mamilo ou meu umbigo.
As três gigantes mulheres olharam entre si, logo olharam a ela. A castanha que empunhava o couro negro e os aros azuis se aproximou lentamente, como uma serpente indo à espreita que trata de hipnotizar a sua presa.
Marty soprou indignada. Isto era muito.
—Não!
A castanha se aproximou mais.
—Disse que não!
A castanha ficou tão perto que dava medo, induzindo-a a ter que estirar o pescoço para olhá-la.
—Não. Disse que não. — Cada palavra foi dita entre dentes. Não podia acreditar estar dizendo não a algo a estas mulheres, mas o tinha feito. Seu modo foi altivo quando pôs uma mão em cima. Foi a mesma coisa que pedir para seguir.
Marty chiou de dor quando um par de grandes mãos de mulher a sustentaram pelos ombros e a arrancaram do piso como a uma boneca.
A castanha sorriu, suas sobrancelhas se moveram de forma insolente como se o fora a permitir a sua diminuta cativa fazer algo a respeito.
Marty soprou, sabia que tinha sido escolhida. Suas mãos se fizeram punhos aos flancos enquanto resmungava a única palavra que lhe veio à mente.
—Arrg!
Só tinham acontecido três semanas desde que Flora, Gardênia e Tulipa a tinham resgatado da toxina que as plantas lhe tinham injetado, mas Marty já se sentia muito bem em sua companhia. Parecia-lhe entretido que três mulheres guerreiras de tal peso tenham sido nomeadas pelo que representavam as plantas florais no planeta Terra, mas nunca mencionou muito a suas amigas grandes.
Além disso, admitia em tom grave, Tulipa era extremamente sensível e tinha ataques de temperamento. Não havia razão em fazer zangar-se inutilmente a uma mulher que a era mais alta e pesava muito mais que ela, de puro músculo.
Para nada esperto.
Marty sorria ao passar por onde Tulipa estava parada, olhando os pequenos homens nus que trabalham com objetos extremamente afiados na forma de enxada para escavar o chão de gemas azuis, para encontrar o que houvesse ali debaixo. Bom, admitiu ela em silêncio, os homens não eram exatamente pequenos. Na Terra tivessem sido considerados bem mais altos com aproximadamente 1,80 de altura e 100 de peso cada um. Mas comparados com a mulher que os estava fiscalizando no trabalho, tinham a aparência de débeis.
Não levou muito tempo para Marty dar-se conta que não estava mais na Terra. Tinha lido novelas de ficção científica quando era adolescente e sabia algo das teorias principais sobre a possibilidade de vida em outros planetas. Custou-lhe um ou dois dias acostumar-se à idéia, mas quando se deparou com tantas raridades soube que não poderia voltar a viver na Terra e teve pouca resistência mental para aceitar seu destino.
Para o bem ou para o mau, agora compreendeu que vivia no planeta Tron no setor matriarcal do Wani. Também compreendeu que as coisas eram muito diferentes do que eram em sua casa. Nesta parte da galáxia por exemplo, eram as mulheres as que mandavam e os homens os que cumpriam seu mandato.
Definitivamente genial.
Mas de uma vez, não.
Quando Marty tinha brigado e protestado pelos direitos das mulheres em seu lugar, tinha-o feito com a ideologia dos mesmos direitos para um e para todos. Nunca o tinha feito esperando que a mulher dominasse ao homem como é o costume no Wani.
Suspirou. Não podia convencer Flora, Gardênia e Tulipa de nada. Quão único Marty podia estar agradecida era que, além de seu tamanho comparativamente pequeno, as mulheres guerreiras do setor a trataram como uma delas principalmente em virtude de seu sexo.
As mulheres do Wani a tinham resgatado, alimentado, vestido, se é que se pode dizer isso, e doutrinado nas duas línguas antes estrangeiras para ela. Só por colocar-lhe as mãos e por dez segundos de cânticos, uma castanha mais velha mykk, a versão Wani de xamãn ou sacerdotisa, tinha dado a Marty a capacidade de entender ambos os idiomas do setor assim como também o idioma recém adotado do Tron como um todo, ao qual referiam como Trystonni. O fato de que mykk tinha podido fazer isso do começo tinha confirmado em sua mente que ela não estava mais na Terra.
—Boas, Tulipa. - Os olhos chapeados de Marty brilharam ao sorrir a sua amiga e conversar com ela em Wani. — Como está indo hoje?
Tulipa grunhiu ao lhe pegar em sua parte traseira a um dos homens nus que trabalhava no chão de gemas.
—Boas, Mari.
Mari. A palavra não só significava -pequena- no Trystonni, a mulher guerreira do Wani parecia não poder pronunciar foneticamente a versão inglesa da letra T, que resultou em seu batismo como Mah-ree.
Tulipa suspirou.
—Gostaria de saborear os encantos deste trabalhador, embora ainda haja muito trabalho por fazer antes da saída da lua. — Seu braço delicado e musculoso tomou ao trabalhador por detrás e ela começou a tocar seu pênis de forma ausente, provocando no pequeno masculino um suave gemido. O aspecto no rosto dela era de preocupação. —A mykk teve uma visão.
A seriedade da expressão de Tulipa fez que Marty se esquecesse do apuro de ver a guerreira feminina masturbando a um homem nu e se concentrou em suas palavras.
—Que tipo de visão?
Os olhos de Tulipa rosa - néon pareciam confundidos.
—Minha irmã mais velha, Floresce, estava presente quando a visão transbordou à mística. A mykk diz que o problema pode chegar a nosso setor antes de transcorrida uma quinzena.
—Mais rebeldes? — Marty murmurou. Flora já lhe tinha informado das três ocasiões prévias durante a que os rebeldes tinham tratado de derrocar a regra das mulheres no Wani. As três vezes as mulheres guerreiras os tinham vencido, tirando-os do povoado uns dias mais tarde. Foi o relato das lendas entre os Escribas.
—Temo-me que não. - Tulipa suspirou, sua mão subindo e descendo pelo pênis do homem trabalhador com mais energia. Seus gemidos se fizeram mais fortes, indicando que estava por chegar ao orgasmo. —A mykk sente uma ameaça muito mais capitalista mais do que essa, não pode dizer.
—Isso não soa nada bem.
—Não. Nada de bom.
O trabalhador gozou um momento depois, seu corpo inteiro tremendo quando acabou em um gemido. Tulipa o esqueceu logo e deu a Marty toda sua atenção.
Seu olhar rosa brilhante estudou todo o corpo de Marty, das negras botas de combate que levava postas até o arbusto de cachos mel dourado entre suas coxas, os que estavam expostos pelas tiras de couro negro que faziam a versão Wani de tiras de cavalo, até os peitos e mamilo esquerdo com um aro que se sobressaíam do sutiã sem taça de couro negro colocado por sua gente.
—É importante que preparemos tantos guerreiros como é possível. Suas lições nas artes de guerra deverão começar logo depois da comida do meio-dia.
Marty riu nervosamente, saltando de entusiasmo. O aro azul brilhante que levava no umbigo fez um som tilitante por seus movimentos enérgicos.
—Até que enfim! Não pensei que alguma vez o faria.
Tulipa estudou seu rosto um pouco triste.
—É muito pequena Mari, mas ainda a menor de nós pode trazer o mais capitalista a nossos pés. Nunca esqueça essas palavras.
O sorriso de Marty titubeou um pouco quando viu a gigante de sua amiga. Nunca tinha visto Tulipa tão triste, uma mulher que quase nunca expressava uma emoção. Que parecesse angustiada de dor fez que suas palavras soassem mais perturbador.
Fez que Marty se perguntasse se a xamãn tinha previsto mais do que Tulipa tinha admitido.
Capítulo 4
Os olhos de Kil observaram com desagrado enquanto ele contemplava a paisagem tingida de azul da Cidade Rocha no Tron. Estava tão assediado de lembranças e tão desejoso de deixar este lugar, que lhe levou um longo momento recordar que tinha feito uma pergunta o pequeno homem que estava junto a ele.
—Dizia?
O humanóide se encontrou com o olhar do rei e continuou.
—São as mulheres guerreiras do Wani as que dirigem o setor, meu Rei.
Uma sobrancelha negra se arqueou lentamente. Kil estava intrigado. Tinha ouvido rumores de um setor governado por mulheres guerreiras.
Não soube até agora que os rumores eram verdadeiros.
—Me conte.
—Bem, — o humanóide balbuciou, suas mãos juntas e torcendo-se de atrás para adiante de forma nervosa —Não há muito para contar me temo. As mulheres do setor o governaram por milhares de anos Yessat. —Suas seguintes palavras foram duvidosas. —Penso que você encontrará muita resistência em suas mãos se tratar de trocar a forma ali. É algo escuro o que fazem para convencer aos homens.
Kil grunhiu. Não tinha intenção de trocar seu dia a dia, mas não precisava dizer muito ao humanóide. Não era assunto do pequeno homem. De todos os modos estava desejoso de assegurar-se que Wani entendesse que embora lhe importasse ou não, ele agora era seu rei. Pagariam-lhe com lealdade e impostos. Não permitiria rebeldes no meio. Era o único que lhe importava.
Ao menos, Kil admitiu enquanto seu olhar azul avaliava a debilidade de um Grande Senhor que se parou diante, as mulheres guerreiras do Wani poderiam provar ser subordinadas benéficas e hábeis. Era mais do que ele podia dizer dos homens brandos deste planeta. Não terei que perguntar-se porque os rebeldes sempre os chateavam. Muitos eram débeis, a maioria deles.
—E é seguro que estas putas não são simpatizantes rebeldes?
—Sim, meu Rei. - O Grande Senhor cabeceou rápido, sua frente transpirava. —É uma promessa.
Kil inclinou a cabeça. Eram boas notícias. Significava que seu trabalho no Tron não seria excessivamente longo. Poderia deixar este condenado planeta mais rápido. Tudo o que devia fazer era comprovar que as palavras do Grande Senhor eram verdade e poderia voltar para o Morak e a seu harém.
Os olhos de Kil se encontraram com os do líder do setor, fazendo que o pequeno homem tragasse saliva. A cicatriz em sua maçã do rosto direito ardeu.
—Quero as coordenadas do setor. — gritou. —Urgente.
******
—Ao-toooo!
Marty gritou palavrões ao saltar para o chão de sua posição elevada sobre os ombros de Flora . Armada com um bryyit, uma pistola prateada, cujo mecanismo disparava fogo líquido em vez de balas, seus lábios giraram com alegre satisfação enquanto enfrentava seu adversário de 2,10 m.
O ia obter. OH, sim. O porco era carne morta.
Gritando desde o fundo de sua garganta, Marty caiu no piso e rodou. Uns poucos momentos depois, ela disparou a seus pés e apontou a bryyit para a holo-imagen. Tirou o mecanismo para abrir e, em um suave movimento, carbonizou a holo-oponente em uma chama crispada.
O som de aplausos de suas camaradas todas juntas, fez que Marty inchasse de orgulho. Sorrindo de orelha a orelha, virou para olhá-las, fazendo uma reverência como se logo tivesse terminado de dar uma atuação teatral impressionante.
A arte da guerra admitiu com uma pausa curta, eram extremamente divertidas.
—Fez um bom trabalho, Mari. — Tulipa disse em um tom brusco, o orgulho em sua voz era evidente. —Vêem. Tenhamos uma saída da lua feliz nos alegrando com bebida e festejos. O dia seguinte traz outro dia e mais lições.
Flora soprou em acordo.
—Gardênia nos espera naquele pub. Vamos.
Marty assentiu. Sua expressão era séria ao falar com suas amigas.
—Antes de ir, quero que ambas saibam que me dou conta da dívida que lhes tenho. - Ela sorriu. —Vocês três salvaram minha vida. Venha o que venha, brigarei com vocês até o fim mais amargo
Tulipa golpeou afetuosamente a bunda de Marty, fazendo que fizesse uma careta dolorosa.
—Leva bem postos os aros do Wani, Mari. É uma pequena guerreira, mas uma guerreira ao fim.
—Obrigado - ela grunhiu.
Do outro lado da extensão de chão de gema azul cinzelada, a mykk observava o trio ir-se. Seus olhos enrugados as examinaram enquanto elas foram para o pub, todas em feliz ignorância dos eventos predestinados a desenvolver-se.
Ele viria por ela, ela soube.
Ele brigaria por ela, ela soube.
E as mulheres guerreiras do Wani brigariam em troca para proteger à diminuta delas. Não poderiam fazer nada mais, porque esta era a forma.
Mas não ganhariam.
Ela suspirou, girando sobre seus tornozelos para voltar para sua casinha.
Capítulo 5
Kil sacudiu sua cabeça levemente e suspirou. Voltou-se para seu capitão e primo paterno, Grande Senhor Jek Q'an RI e resmungou.
—Estas putas pensam em brigar.
A cara de surpresa do rei fez que Jek não fizesse mais que rir.
—Sim, Poderoso, é também o que me parece.
Os olhos do Kil se aumentaram com incredulidade.
—Não se dão conta que podemos brigar com elas por telecinesia, assim como também em forma física?
Jek conteve uma risada, optando em troca por assegurar-se que seu zykif e zorgs estivessem em seu lugar, pela quinta vez em tantos Nuba-minutos. Olhando ao outro lado do campo de batalha de gemas azuis, ele tratou de conter uma risada.
—Possivelmente não aconteça.
—Querem guerra?
Kil moveu sua cabeça, sua boca ficou aberta em forma de tolo. Simplesmente não podia acreditá-lo.
—Sim, Poderoso.
Jek estudou a oposição e notou que as mulheres guerreiras do Wani tinham tido uma formação de batalha e estavam prontas para atacar. Quando viu os gestos obscenos e crus de uma pequena guerreira que se pendurava sobre os ombros de uma grande que em forma contínua atirava para a parte guerreira, não pôde evitá-lo. Seu rosto se dividiu em um amplo sorriso antes que se desarmasse e começasse a rir.
Os dentes de Kil fizeram um ruído. Ele grunhiu.
—Isto é ridículo.
—Sim. —Jek riu entre dentes.
—Se pudessem deixar ao nosso esquadrão aproximar-se, confirmaríamos o fato de que você as deixe continuar do modo que sempre o têm feito.
—Mas em troca devemos as combater para lhes dizer que não queremos fazer mal. De seguro é algo irônico.
Jek deu de ombros, ainda sorrindo.
—Possivelmente seja um bom esporte.
Kil sorriu pela primeira vez.
—Seria um melhor esporte se houvesse putas entre elas às que poderíamos reclamar como espólio de guerra. Mas estas putas têm uma aparência que dá medo-. Estremeceu-se.
—Deveria tomar uma como uma serva fiel, seria ela a que me leve às peles vesha.
O corpo de Jek estava tremendo de tanto rir.
—Sim, Poderoso.
O rei só piscou.
O capitão sorriu.
—Exceto, que o que possa passar, é que seja a pequena guerreira, a que está sobre os ombros da extragrande. Mas logo, outra vez, a guerreira menor poderia passar seus dias fazendo gestos rudimentares.
—Seria necessário dar empurrões em meio das condenações.
Os olhos azuis brilhantes de Kil olharam a formação de batalha ao outro lado do campo de gemas, até que se fixaram sobre a pequena guerreira em questão. De forma inexplicável, sua virilidade se endureceu e todo seu corpo começou a fazer cócegas em forma consciente.
Fez uma careta, pensando que poderiam tirar os prazeres de seu harém se estava excitado só com a forma imprecisa de uma mulher bruxa que continuava lançando insultos para seu lado. Era uma surra o que essa puta necessitava. Entre outras coisas…
De todos os modos, tinha chamado à atenção do líder. Que a pequena guerreira o estivesse insultando com cada vil gesto e palavra obscena do livro, assim como outras que ela tinha inventado, não influía em seu estado de excitação. Queria-a, seu corpo a queria.
Mas, o que significava isso? Perguntou-se de forma ausente.
Jek levantou uma sobrancelha.
—Sua Majestade?
Os olhos de Kil olharam a pequena guerreira outra vez, com uma vista aguda que se concentrava nos mamilos que saíam de seus peitos viçosos. A vista do aro azul brilhante que perfurava o mamilo esquerdo, só fez que sua ereção fosse mais forte. Queria chupá-lo com sua língua, logo levar o mamilo até sua boca e…
—Sua Majestade?
—Quero-a.
A declaração foi simples e concreta. Kil se deu conta, entretanto, que sua voz lhe soava rouca inclusive a si mesmo. Esclareceu sua garganta, odiando o que a que ia ser sua fiel serva, fazia a seu poder.
—Quero a pequena.
Jek sorriu.
—Quer guerra então?
Cada músculo forte do corpo de Kil se enroscou e se esticou. Nunca havia se sentido mais estimulado antes de brigar. Nunca.
—Sim.
Jek assentiu ao realizar um clique em seu zorgs. Os braceletes de couro calçavam em cada antebraço e tinham a habilidade de detonar vários armamentos fatais e debilitantes. Não mataria a uma mulher, entretanto, não importa seu tamanho. Se tinha que fazê-lo, simplesmente se renderia inconsciente ante o Wani.
Kil deixou de olhar à pequena puta que estava agora mordendo a língua e lhe estava fazendo gestos de forma insolente com os dedos do meio de cada mão. Apertou sua mandíbula enquanto pisou forte e se assegurou que suas armas estavam preparadas.
Uma surra era o que ela necessitava. Uma surra era o que ela ia ter. Sua cabeça se elevou e se encontrou com os olhos da pequena guerreira que se pendurava nos ombros da maior. Quando o olhar azul brilhante encontrou o dela e ela tragou de repente em forma nervosa, seus lábios se converteram em um grande sorriso.
Ela era tão boa como ele.
Kil deixou sua guerra perdida, no momento que, por meio de telecinesia sacudiu seu mecanismo de vôo zorgs.
O aspecto de terror que tomou por surpresa à pequena puta enquanto olhava como o corpo dele voava mais rápido que uma besta de ravina, foi o suficientemente cômico para fazê-lo rir.
Mas o sempre temido Rei do Morak e recém coroado Rei do Tron não se sentia com vontades de rir. Sentia-se com vontade de agarrar.
Era o momento de tomar seu espólio de guerra o mais breve possível.
E era o momento de averiguar como era a respiração de um consolador nos desertos.
—Vamos respiração de consolador, mostre a Marty o que tem!
Marty se sentou sobre os ombros de Flora armada até os dentes com um bryyity, lançou um palavrão e se burlou logo depois da seguinte. Enquanto partiam a uma formação de guerra para enfrentar aos guerreiros homens que estavam do outro lado do campo de gemas azuis, uma onda de adrenalina se disparou em suas veias. Sentiu necessidade de gritar.
Soprou e seu rosto trocou seu presságio quando elevou seus dois punhos no ar e começou a gritar como uma louca. Isto se parece como qualquer outro protesto dos anos sessenta pensou, quando o broto de sangue a invadiu. Sem contar, é obvio, que ela poderia estar morta, quando tudo estivesse dito e feito.
—Sem justiça! Não há paz! Sem justiça! Não há paz! Sem justiça…
As Wani se uniram até que todas estavam gritando ao batente de seus pulmões. Bom, admitiu Marty, ela era a que fazia os gritos de alto som, as Wani fizeram sons de bramidos que podiam competir com uma seção do King Kong.
Bem, pensou com satisfação enquanto mordia sua língua, e dava ao guerreiro, que ela pensava que era o líder, uma dose dupla de seus dedos do meio. O som de bramido as fez soar mais formidáveis.
Não é que necessitassem mais estímulos. Certamente, era difícil estimar de tão longe quão grandes eram os homens, mas provavelmente não eram maiores que as mulheres do povo Wani.
Coisas de crianças.
Como uma criança no pátio da escola, Marty continuou lançando vis insultos para o líder. O líder os passava por uma cabeça a seus homens, o que Marty calculou 1,86 de altura.
Ah! As Guerreiras Wani podiam fazer carne picada desse tipo. Ela podia sentir-se mal pelo pobre HDP salvo pelo fato que ele era o que as estava desafiando.
Sorrindo de forma arrogante, o olhar de Marty se chocou com o do líder.
Seu sorriso fraquejou.
Marty tragou de repente, sentindo que nunca o olhar de um homem tinha penetrado cada parte de seu corpo tão profundamente. Isto era mais que uma batalha para ele, mais que um concurso. Significava tê-la.
Não lhe deu tempo para refletir sobre o fato (ou considerar como sabia o que ele queria dela), já que um momento depois o corpo do líder voou pelo ar…voou pelo ar…e se transportou.
Boquiaberta, Marty só podia olhar para cima comprovando com horror que o líder de cabelo escuro e brilhantes olhos azuis se aproximava mais e mais. Notou com muito temor que esse homem ao que ela tinha amaldiçoado, com toda maldição existente, estava descendo em picada sobre ela.
E que seus músculos eram o dobro de grossos que o das Guerreiras Wani.
E que media mais de 2,00 m de altura.
—Merda!
Quando saltou dos ombros de Flora para evitar ser recolhida pelos braços do gigante bárbaro, lhe ocorreu que não deveria havê-lo chamado respiração de consolador.
Um gigante de quase dois metros, que provavelmente pesava 120 quilos de puro músculo, poderia não tomar muito bem o insulto.
—Arrg!
Capítulo 6
Kil levantou em suas mãos à puta pequena e gritalhona e passou um braço sobre ela para assegurá-la. Uma mão grande se apoiou em seu peito esquerdo e o apertou um pouco, jogando com o mamilo à medida que os zorgs os conduziam de volta ao outro lado do campo de gemas.
—Agora é minha. — murmurou-lhe ao ouvido. Seus dedos devorando seu mamilo. —Toda minha.
Marty tragou de repente, seus olhos se alargaram nervosamente. Sentir sua respiração quente em seu pescoço lhe deu calafrios e fez que o mamilo com o que estava jogando se endurecesse ainda mais. Quando a outra mão roçou os cachos dourados como o mel do vértice de suas coxas, ela se encontrou gemendo e em forma paradoxal, odiou-se por isso.
—Basta! — golpeou-o, seus sentidos se desafinavam com a realidade quando seus dedos encontraram seus clitóris. — Não me toque!
Kil sorriu. Um sorriso real. Sentiu-se estimulado, cada célula de seu corpo fazia um comichão de só tocá-la. Não sabia se foi o efeito da puta mesma ou o efeito da batalha, mas decidiu que provavelmente foi a combinação de ambos. Que por uma vez Kil Q'an Tal não estava brigando, que tinha optado por capturar sua mulher sem pensar por um minuto em brigar… nada disso estava em sua mente agora.
Sua mulher? Pensou com frieza. Não, sua mulher não. Sua serva fiel. Havia uma diferença.
—Cala - disse-lhe, baixando a velocidade do vôo agora que estavam longe da batalha de abaixo. —Sabia o preço que pagaria se fosse capturada antes de te converter em minha prisioneira - Seus dedos esfregaram seus clitóris em círculos metódicos, fazendo que seu canal gotejasse para ele. As tiras de cavalo negro de couro não lhe ofereceram nenhum impedimento, já que as Wani levavam o couro talhado de tal forma que se possa transar sem ter que tirar a roupa. —Você escolheu brigar pequena e agora me pagará com cinco anos Yessat de escravidão.
Só cinco? Pela primeira vez em centenas de anos, tal magnitude de tempo pareceu muito curto para seu pensamento.
Os lábios de Kil se franziram em um gesto. Por que esta maldita puta o punha tão nervoso?
—Servidão!- Marty bufou. Apertou muito forte suas mandíbulas. — Jamais! Eu morreria primeiro! Me mate agora, mas não trate de me fazer sua puta ou então serei eu quem o mate. — Decidiu ignorar o fato de que o que lhe estava fazendo em seus clitóris, estava a um passo de lhe fazer sair os olhos de sua cabeça.
—Mmm - Kil sussurrou em seu ouvido com o ruído mais profundo e escuro que ela tinha ouvido alguma vez. —Tenho boa sorte ao ter capturado uma puta tão passional.
Marty tragou bruscamente, deu-se conta que as palavras que ela dizia não causavam medo absolutamente. E na verdade, o que podia fazer ela a este homem gigante? E a um que podia não menos que voar… Mas, pensou ressentidamente, tinha que estar tão seguro do fato que ela não podia tomar represálias?
—Arrg! Quero que me deixe ir.
Sua voz soou com medo, ainda para si mesma. Mas não podia acalmar-se. Não tinha idéia do que podia implicar servidão para este bárbaro e não tinha desejo de averiguá-lo. Trancá-la-ia em um repulsivo e escuro calabouço onde a ela só lhe permitiria água e pão uma vez ao dia por cinco anos? Torturá-la-ia em frente dele com fins de entretenimento?
Ou, pensou com ansiedade, iria mais longe que isso? O que seus dedos lhe estavam fazendo agora a seus clitóris deu uma idéia justa do que ao menos ia ser um de seus castigos. Mas o castigo mais humilhante de todos, ela reconheceu, seria não só que ele a forçasse a entregar-se sexualmente, mas sim de algum modo, a engenhasse para que ela quisesse isso.
—Por favor detenha-se - disse brandamente entre dentes enquanto seu corpo começava a responder ao que lhe estava fazendo. —Por favor…
—Shhh - lhe murmurou ao ouvido. — Agora me deve cinco anos Yessat, pani — Uma mão continuava atirando de seu mamilo enquanto a outra esfregava seus clitóris em círculos agonizantemente lentos. — Cuidar-te-ei muito enquanto seja minha serva fiel.
Os olhos de Marty se fecharam e sua cabeça caiu sobre seu peito quando um suave gemido escapou de seus lábios. Nunca havia sentido nada como isto, nunca havia sentido nada tão bom. Ela imaginou que um homem com tanto talento podia ter qualquer quantidade de mulheres para rematar. Por que insistia em ficar com ela? Só porque tinha sido apanhada na batalha?
Os olhos de Marty voaram e seu corpo se esticou no preciso momento que ela reagiu ao fato de que se estava permitindo ser uma presa fácil. Não sucumbiria a este homem. Não o faria. Ela…
—Ai, Deus.
Ela disse essas palavras brandamente enquanto seus olhos voltavam a fechar-se. Ele estava tomando ritmo com sua esfregação, chupando sua carne até fazê-la suar, levando-a mais e mais perto do orgasmo. Os mamilos dela se sobressaíam, um deles lhe tocava sua mão, à medida que sua respiração se fazia forte e pesada. Ela estava tão excitada que nem sequer se deu conta de que tinham aterrissado, que ele estava parado em seus dois pés enquanto sustentava seu corpo balançando-o e realizando magia negra sobre o mesmo.
—Mmm, ty'k - As palavras foram a seu ouvido, sua respiração quente sobre seu pescoço. —Goze para mim - lhe murmurou. — Goze para seu amo.
Os instintos femininos de Marty se apoderaram por um escasso segundo, as palavras que tinha usado lhe enviavam sinos de alarme a seu cérebro. Amo. Goze para seu amo.
Mas era muito tarde. Seus dedos continuaram trabalhando em seu clitóris, friccionando-o e friccionando-o até que entrou em agonia. Seus mamilos não podiam ficar mais duros, sobressaindo-se muito mais como se demandassem mais atenção. Seu corpo tinha sua própria mente em relação à participação deste gigante e queria gozar para ele.
—Ai, Deus.
Ela ofegou quando irromperam e explodiram redemoinhos de prazer em seu ventre. Ela gemeu muito e forte, a parte de atrás dela tocando o peito dele com tanta força que o nó com o que tinha assegurado seu cabelo saiu e cabelos dourados como o mel caíram e cobriram a ambos.
—OH - ela suspirou, uma expressão de perplexidade e temor encheu seu rosto. Isso tinha sido maravilhoso, o mais vertiginoso que ela…
A batalha seguiu entre eles. As armas se encontraram. Combate mão à mão…
A Marty lhe ocorreu que suas amigas podiam estar agora morrendo, o sangue esparramado no chão de gemas. E ainda, pensou em um apuro de humilhação, aqui estava ela nas mãos do inimigo, chegando ao clímax tal como lhe tinha pedido.
A mortificação a invadiu enquanto o bárbaro gentilmente a voltava a pôr sobre seus pés. Este homem a tinha capturado, tinha-a levado, havia-lhe dito que queria fazê-la sua puta, e ainda assim, ela tinha aberto suas pernas para ele enquanto voavam, ela quis que ele a masturbasse e a fizesse gozar.
Ela girou para enfrentá-lo, preparando-se para lhe dizer com exatidão o que tinha pensado dele. Suas narinas se alargaram e seus lábios se franziram para formar um cenho franzido frente ao que a maioria dos homens se encolheu enquanto foi detrás e se enfrentou com isto.
Waist.
Ai, demônios.
Tragando forte, seus olhos cinza chapeados se saíram de si quando olharam para cima para encontrar a cara do líder.
Olhos azuis brilhantes. O cabelo negro de meia noite, assegurava ambas as têmporas com uma série de tranças a cada lado de sua cabeça. Uma cicatriz irregular danificava a parte direita de seu rosto. Lábios inquietantes. Um rosto de feições duras que era muito masculino e de uma vez inquietantemente belo.
E seu corpo. Calças de couro negro. Botas negras. Um corpo muito bronzeado que era forte, musculoso e gravado com cicatrizes de batalhas. Uma medalha brilhante pendurava de seu pescoço e se entrelaçava com gemas coloridas. Braços enormes que se sobressaíam como aço prateado e que estavam cheios de veias inchadas e masculinas…
Sua cintura. Sua linha de visão chegou até sua cintura.
Os olhos de Marty se arregalaram e seus lábios se franziram em um gesto. Era fácil adivinhar porque ele queria escravizá-la! Ela não teria que ajoelhar-se para realizar certas tarefas, pensou amargamente.
Sua cintura, pensou outra vez. Seu campo visual chegava até sua cintura…
Nesse momento, cada instinto de sobrevivência que tinha sido impresso em sua maquiagem genética de milhões de anos de evolução preponderou, fazendo que ela fizesse algo que muitas mulheres têm feito dos inícios do tempo quando eram espreitadas por um predador muito maior e mais feroz.
Ela escapou. Gritando.
Kil não estava seguro de porque não terminava agora e para sempre a caça, porque não arrastava um braço ao redor de seu ventre e a arrastava para ele.
Possivelmente foi porque o escapar lhe permitiu ter uma apetecível vista de seu torrado traseiro.
Possivelmente porque seus gritos podiam significar um doce suco para sua amargura.
Possivelmente porque estava fascinado pelo fato de que essa pequena puta podia correr dele gritando enquanto que a sua vez, podia manter ambas as mãos juntas e dar dupla dose de dedos médios.
Mas não, ele refletiu com raiva, não era nenhuma dessas razões. Foi simplesmente porque ele queria resgatar certo orgulho perdido antes de tirá-la do Wani. Tomou cuidado de não danificar os sentimentos da pequena guerreira. Possivelmente, ele pensou, ao estar evitando-o por um tempo, sentir-se-ia menos ferida que quando foi apanhada.
Kil franziu o cenho quando a verdade o iluminou.
Merda! Por que devia lhe importar os sentimentos de uma serva fiel? Por que ele desejava deixar sulcos no canal de uma mulher que não lhe traria outra coisa mais que problemas? Por que, pensou com amargura, esta puta o cativava tanto?
Ele sabia as respostas. Simplesmente se negava a fazer algo a respeito.
Esses olhos expressivos, recordou… Esses atrativos olhos de uma cor como nunca tinha visto antes… Esse corpo carnudo que era tão suave e feminino, convidando a ser cobiçado e desejado. Ainda a forma em que ela o olhou…
Ela o fez sentir. Ela o fez sentir e ele a odiava por isso. Só tinha que olhá-la e ela fazia que seu coração pulsasse.
Nesse momento, o maior medo que Kil tinha experiente do pesadelo que tinha vivido desde o Tron o ultrapassou. Ela mantinha um poder sobre ele, que não podia admitir nem admitiria.
Ela o tinha cativado, tinha-o assegurado. Possivelmente as putas de seu setor eram habilidosas em tais artes.
Inclusive duvidou se era possível cativar a um guerreiro ao arrojar gestos obscenos para sua pessoa, não devia pensar mais no tema.
Pertencia-lhe recordou-se a si mesmo. Pelos próximos cinco anos Yessat ela era sua posse, seu corpo um mero recipiente para sua luxúria. Tinha-a capturado de forma justa na batalha e agora era dele.
Ainda quando seu braço procurou e sua mão se deslizou por seu ventre, Kil não pôde passar por cima o bem que se sentia ao ter a ela sobre seu corpo. A sensação o perturbou como nenhuma outra coisa, provocou que talões de aço se amarrassem contra o gelo de seu coração.
Estava tão perturbado por suas emoções, tão confundido que não se deu conta quando ela escorreu entre seus braços, logo deu a volta e lhe apontou com uma arma primitiva. Ele simplesmente a tomou pelo braço sem olhá-la ou pensar nela, com uma ação instintiva e portanto não refletida.
Seu braço voltou a envolver, sujeitando-a de forma possessiva a seu lado. Não lhe deu mais atenção já que seus pensamentos estavam confusos. Mas não, ele se convenceu, não havia nada nela do que preocupar-se. A cicatriz em sua maçã do rosto queimou e suas narinas se alargaram ao recordar que não necessitava a ninguém, muito menos uma pequena puta gritalhona.
Caminhou sozinho. Sempre tinha caminhado sozinho.
Só devia seguir recordando isso.
Capítulo 7
Marty tragou forte quando olhou sua nova vestimenta. Ela tinha pensado que a roupa do Wani era escandalosa a primeira vez que a viu, recordou franzindo o cenho. Ao menos essa roupa era para que a mulher se sentisse orgulhosa, moderna, no sentido que declara a cada pessoa que as mulheres Wani estavam a cargo, e que foram levar seus prazeres aonde quisessem e com quem quisessem.
De fato, as Wani não tinham relações sexuais para procriar. Copulariam com um homem com a intenção de ficar grávida quando suas necessidades biológicas se fizessem enormes e estivessem ovulando. Mas até aí se estendia o rol masculino. Os homens Wani não tinham direitos como pais e nunca permitia falar com suas meninas como outra coisa que como um servente. Marty não estava de acordo, mas não ficava outra coisa que aceitá-lo.
Tinha sido lançada de um tempo e um lugar onde a igualdade dos sexos estava a ponto de acontecer a um mundo onde reinavam as mulheres. Umas poucas semanas depois foi capturada em batalha e seu rol tinha sido transbordado novamente mas esta vez em direção oposta.
Era uma puta. Uma puta sexual.
Essa idéia ofendeu cada osso feminino de seu corpo.
As outras mulheres do harém tinham referido sua escravidão como "serva fiel" e a tinham informado que ela seria liberada para continuar com sua vida logo depois de que passassem os cinco anos Yessat. O chamasse como o chamasse, para Marty ainda era escravidão. Podia ser uma forma de escravidão que tinha uma data final, mas era escravidão ao fim.
Não sabia o que pensar, não sabia o que fazer. Tudo se sentia irreal, como se a qualquer momento fosse despertar. Embora tentasse, simplesmente não podia aceitar o fato de que tinha sido capturada em uma guerra em um planeta alienígena e jogada no harém de um líder gigante em uma lua vermelha.
De repente, Marty não protestou quando foi guiada por uma escolta de seu quarto privado dentro da suíte do harém à sala de congregação, que se encontrava no meio da mesma suíte, e que consistia em nada mais que um grande quarto, com travesseiros esponjosos pulverizados por todos os lados e peles de animais de qualquer tom imaginável. Isto não era real pensou, enquanto seus olhos avistavam com cautela, como pode isto ser real?
O som de gemidos femininos perfumava o ar, fazia eco da própria suíte do harém. Um grunhido de um homem acompanhava, era o som que tende a realizar um homem quando se masturba, destacando o fato que seu captor estava nesse quarto, e que já se ocupou bastante de fazer o que aparentemente sabia fazer melhor.
Não era um sonho absolutamente.
O primeiro que Marty notou, enquanto as servas fiéis de topless a cada lado a escoltavam à câmara do harém foi que o Rei do Morak aparentemente, tinha um apetite sexual angurriento. Formosas mulheres nuas se passeavam por todos os lados, ao menos centenas delas, todas com nenhum outro propósito que dar prazer sexual a um só homem. As dez ou quinze servas fiéis que podiam aproximar-se do líder em questão estavam todas sobre ele, tocando-o, beijando-o, acariciando-o, fazendo o que pudessem para excitá-lo e lhe agradar.
Ele jazia com suas mãos atrás de sua cabeça e seus olhos fechados, sua boca pega a um comprido mamilo de uma serva, devorando-o.
As mãos femininas estavam por todos os lados, acariciando cada polegada de sua carne. As mulheres do harém punham sua atenção sobre uma parte específica de seu corpo, aparentemente qualquer parte que lhes tivesse sido atribuída excitar, e faziam tudo o que tivessem em seu poder para que essa parte de seu corpo sentisse prazer. A algumas servas lhes tinha atribuído não mais que um músculo da panturrilha ou o bíceps, mas punham toda sua sensualidade em esfregar e beijar esses músculos, fazendo-o tremer e se sentir sensual para o amo.
—Estão-o preparando para seu canal - disse-lhe ao ouvido da Marty uma serva fiel.
—Atribuíram a ti para agradar a seu pênis nesta saída de lua.
—Puta sortuda - murmurou-lhe a serva de topless a seu outro lado. —Esta véspera o amo está especialmente luxurioso.
—Em efeito - riu a primeira enquanto olhava Marty —teve canal para si por umas quantas horas. Logo agora se sente o suficientemente calmo para provar seus encantos.
Marty pestanejou. Ela se debatia entre o desejo de correr tão rápido e longe como seus pés a levassem, e o desejo de entender como o homem podia ainda ter algum esperma dentro dele, se tinha estado transando o dia todo.
Em troca suspirou.
—Não posso fazer isto. - sussurrou a suas escoltas. —Não pertenço aqui.
Oh Deus. Realmente ela não pertencia a esse lugar! Dessa pequena interação que ela tinha visto entre o rei e suas servas fiéis, era óbvio que ninguém com meio cérebro pudesse pertencer a esse lugar. As mulheres do harém mantinham sua vista baixa ao saudar o líder ao que chamavam amo, acariciavam-no quando passava, tocavam-no onde pudessem e…
Ela voltou a suspirar. Podia seguir e seguir assinalando todas as insinuações sexualmente submissas que elas fizeram ao grande bruto, mas o que ficava em claro era o fato que ela nunca seria como elas, não poderia ser como elas.
E o que é mais, não queria ser como elas.
A mão de Marty voou a sua testa. Isto era totalmente insuportável. —Você mencionou algo sobre ele ter tido sexo com outras serventes para acalmar-se - disse ela cansada. Ela odiava que ainda lhe importasse saber algo deste homem, mas ali o estava fazendo. —O que quiseste dizer?
A serva fiel parada a sua direita, uma peituda castanha chamada Ora, olhou-a com uma careta.
—Nem eu estou segura Mari. - Seu olhar foi inteligente. —Pelo menos não vi nunca ao amo misturado em tal frenesi mais que em uma mera transa. - Ela sorriu. —Embora possa ser que isto seja algo bom, o que significa que você tomará o lugar da Typpa, se o harém te favorecer.
—Sim - suspirou a outra serva fiel. — Caminha com tais ares… Typpa digo.
Marty apurou seu passo. Não tinha desejo de deslocar a esta tal Typpa, se o harém favorecia não importa qual pomposa podia ser a serva fiel. Não tinha desejo de estar aqui e ponto.
E, entretanto quando seus olhos pousaram em uma bem dotada castanha que estava sentada escarranchada dos quadris do rei, afundando-se em sua proeminente ereção, o sentimento mais estranho de melancolia alagou seus sentidos.
Era ela, Marty, a que pertencia a esse lugar. Era ela quem devia estar subindo e baixando sobre ele, afundando sua carne na sua, gemendo do modo que Typpa o estava fazendo quando montava para acima e para abaixo pelo comprido de…
Né?
Arrg!
Não lhe importava!
Mas Oh Deus, à medida que a agarrada elevava seu ritmo e Typpa acabava uma e outra vez na ereção do rei, a cena se fazia mais e mais difícil de observar.
—Amo, - sua escolhida respirava forte, enquanto lhe rodava seus quadris e a atraía para ele.—Oh, sim. —Me monte mais forte - murmurou.
As grandes mãos do líder se elevaram e tocaram a bunda da serva, assegurando-a a seu corpo enquanto ela o montava. Mais serventes o estavam beijando por todos os lados, tocando-o, provando o salgado de sua pele, sentindo-o…
Marty sentiu que suas narinas se alargavam ainda quando recordava a si mesma que realmente não lhe importava. Seu coração saltou e se dividiu em dois quando o harém continuou excitando-o, ainda quando ela frequentemente recordava que odiava a besta que estava deitada sobre os travesseiros.
—Mmm Typpa - grunhiu o rei, sua voz profunda como um eco —Me monte mais forte. Goze em cima.
A serva fez como lhe ordenou, seus peitos meneando com cada movimento que fazia à medida que ele se metia mais e mais para dentro de sua carne. O guerreiro gigante conteve sua respiração, seus grandes dedos enterrando-se na suavidade do traseiro dela.
O som de sua agarrada, da carne da serva selando a do líder, do rei gemendo fora de seu prazer, foi suficiente para que os dentes de Marty se apertassem. Os gemidos da Typpa só exacerbaram a condição.
Como se houvesse sentido as fortes emoções dela e estivesse tratando de dar-se conta de como as compreendeu em primeiro lugar, o rei brigou com suas pestanas enquanto jogava um olhar ao redor, um gesto franzido de incompreensão em sua sobrancelha.
Ao fim, seu olhar azul brilhante encontrou a dela. Seus olhos se alargaram ao pousar nos dela, dando-se conta do tamanho de sua dor. E logo se iluminaram quando viram sua forma em topless, lhe dando a sensação de que sua só presença o pôs feliz.
Não, não feliz. Feliz era pouco.
Eufórico. Sentia-se eufórico, como se tivesse estado esperando-a toda a sua…
Arrg!
Marty moveu sua cabeça para esclarecer suas idéias, sem ter a menor noção de porque todas estas emoções confusas e bizarras aconteciam a ela. Por que se sentiu desse modo? E como caralho sabia ela o que ele estava sentindo?
Seus olhos se estreitaram com malevolência quando Typpa se sacudiu outra vez no líder, seus peitos movendo-se para acima e para abaixo enquanto ela gemia e gozava.
Marty sentiu que lhe faziam lágrimas nos olhos e não sabia por quê. Simplesmente algo estava mau, muito mal. Typpa não o devia estar tocando. Não deveria estar…
Seus olhos se encontraram de novo com os do rei. Ela respirou quase tremendo enquanto os sentimentos de dor e engano a ultrapassavam. Ele a estava enganando. Ele a tinha traído. Ele…
Né?
Marty fechou seus olhos brevemente quando brigava com as emoções guerreiras dentro dela. Odiava-o, amava-o, necessitava-o, desdenhava sua presença, queria-o e a sua vez, não o queria perto dela absolutamente.
Umas emoções que eram primárias e poderosas, nascidas do instinto e da intuição. As outras eram nascidas da lógica, de dizer-se a si mesma como deveria estar se sentindo, em vez de como estava se sentindo agora.
Angustiada, golpeada pela dor, confusa e milhares de outras coisas, Marty olhou uma vez mais ao rei antes de dar a volta sobre seus pés e dirigir-se rápido para a câmara do harém.
Um par de olhos azuis brilhantes marcou seus passos, seguindo-a enquanto desaparecia de sua presença. Apagaram-se quando ela o deixou, só pronto para brilhar com força quando ela estivesse perto.
O possuidor desses olhos era muito teimoso para dar-se conta porque seus corações se afundavam, porque ele a necessitava mais perto. Os sentimentos eram algo que ele tinha deixado quando era um menino, e como consequência não sabia por que os estava experimentando agora.
E embora fora desafortunado, o único sentimento que lhe acontecia agora em sua presença não sabia muito da captura do Trystonni para destacar-lhe.
Capítulo 8
As narinas de Kil se alargaram quando ele olhou à serva fiel que tinha sido a favorecida da noite no harém por seis meses Yessat.
—O que quer dizer?- ele grunhiu. —Que motivo deu a nova serva para não começar suas tarefas agora?
Typpa teve a precaução de manter sua vista baixa, um gesto submisso enraizado em cada serva fiel pelas mais antigas logo que foram capturadas e entregues a seus novos amos.
—Não sei, Amo Meu. Mari esteve um pouco difícil de combinar desde que você voltou com ela faz três saídas de lua.
Kil grunhiu. Ele podia apostar que ela tinha estado difícil. Era muito evidente que a puta tinha sido engendrada por uma besta de ravina.
—Quero que me tragam isso sem mais tardança - ele ladrou. —Esperei já três saídas de lua para provar seus encantos - Sua mandíbula ficou tensa. —Não vou esperar uma quarta.
Kil tomou distância de sua câmara de cristal e espelhos negros enquanto Typpa se despedia para ver realizada sua vontade. Por que não podia contentar-se a si mesmo com sua favorecida? Perguntou-se amargamente ao olhar como Typpa se excitava, seus peitos nus subindo e baixando com sedução. Por que insistia em ter Mari?
Ele sabia que se estava comportando como uma criatura. Tinha ido tão longe para fazer beicinho de aborrecimento quando Mari não tinha ido para ele como lhe tinha ordenado. Ele, rei da lua vermelha Morak… fazendo beicinho.
Merda!
Kil passou uma mão agitada por seu cabelo, protestando. Isto era insano.
Na primeira saída de lua, lhe tinha assegurado a Mari uma pausa quando ela se afastou, e se deu conta que era uma questão de amabilidade permitir a ela uma véspera para acomodar-se às novas mudanças. Ele tinha esperado que ela aceitasse sua nova situação, já que era considerado honorável nos mundos avançados pagar as próprias dívidas.
Mari tinha brigado contra ele com as Wani. As Wani tinham perdido. Kil a tinha capturado. Era uma simples dedução mental que a puta lhe devia o preço da batalha que ele procurava. E o que ele procurava eram seus serviços nas peles vesha.
Mas não, ele pensou em tom grave, ela também tinha rechaçado sua convocatória na segunda saída de lua, dizendo que era hora que as mulheres do castelo transtornassem o paradigma dominante e formassem uma solidariedade de classes. Esta solidariedade, logo ele descobriu, incluía tratar de influir a suas outras servas fiéis para rechaçar o uso de seus corpos por parte dele.
Apresentou-se um tic em sua mandíbula. Tinha pensado que Mari foi engendrada por uma besta de ravina? Não, ele admitiu enquanto seus dentes faziam ruído, quanto mais pensava no tema mais aparente se fazia que a pequena guerreira era descendente direta de uma besta heeka. Poderia ter voltado para seu ninho no Koror com cada saída de lua, já que o resto do palácio já dormia.
A mão do Kil se converteu em um punho e as veias em seu braço se avultaram ao recordar o que Mari lhe tinha feito na terceira saída de lua, quando outra vez a tinha chamado para ver seu bem-estar.
Não só lhe havia dito que não, mas também lhe tinha mandado uma estranha mensagem com a Typpa. Typpa se tinha negado a ser a portadora de más notícias, temeu que a irritação do rei chegaria a ela, se ela transmitia a mensagem.
Levou vários minutos pra Kil convencer Typpa que lhe desse a mensagem de Mari, durante os quais lhe teve que recordar que não era seu costume machucar a uma puta. Typpa finalmente teve piedade e, com muita reserva, passou-lhe a maldita mensagem de Mari.
A mensagem era curta mas concreta, Kil refletiu franzindo o cenho. Typpa se agachou um pouco sobre suas coxas, mordeu forte sua língua e lhe deu uma dupla dose de dedo médio. Essa tinha sido a mensagem de Mari.
Seus orifícios nasais se aumentaram.
Definitivamente uma besta heeka.
O som de Typpa ao reentrar à câmara fez Kil retornar de seus pensamentos. Passou uma mão por seu queixo ao girar sua cara para ela. Podia comprovar por si mesmo que Mari não a acompanhava. Ele teve o pressentimento que não queria saber a razão.
—Sim?- ele perguntou cansado.
Typpa esclareceu sua garganta, logo ruborizando-se.
—Amo Meu…
—Sim?- Fez um gesto de desinteresse com a mão. —Tão somente diga-o.
Ela cabeceou, com seus olhos olhando às botas dele.
—Mari recusou sua chamada outra vez, meu rei.
Apertou a queixada.
—Já vejo. - Houve um momento de silêncio. — E disse por quê?
—Não. Ao menos, nada novo.
Ele grunhiu.
—O usual?
—Sim.
Ele tinha uma perversa necessidade de clarificar no que consistia o usual.
—Mais conversa sem sentido sobre os paradigmas e porcos no poder? - O músculo em sua maçã do rosto retomou o tic. —De me transtornar a mim e a minha luxúria?
Typpa cabeceou.
Ele começou a tomar distância. Podia sentir seus dentes chiar.
—Mais dedos médios e palavrões?
Ela suspirou.
—Sim, Poderoso.
Ele grunhiu.
—Mais insultos e acusações? Mais insultos e ameaças de horrível desforra? - Sua veia jugular se inchou. — Mais de que eu me pareço com os porcos fascistas da pré-segunda guerra mundial na Europa, seja o que for isso no sagrado nome da Deusa? - ele bramou.
A diatribe de Kil estava por escalar de tudo quando a serva fiel se adiantou.
—Meu rei… - Typpa deslizou para onde ele estava parado, seus passos momentaneamente se detiveram. Estirando sua mão, ela a passou pela entreperna dele e apertou sua virilidade do modo que ela sabia que gostava.
Kil gemeu quando pressionou sua ereção na palma dela. Fazia quase três saídas de lua desde que suas necessidades tinham sido cobertas. Três saídas de lua luxuriando por uma puta que não o acompanhava. Três saídas de lua de querer a nenhuma outra pele vesha que não fora Mari. No momento em que ela se apartou dele, afastou Typpa de seu corpo e foi levado a seu quarto para ter privacidade. E agora tinha uma horrível necessidade de descansar.
—Me deixe lhe agradar- ela suspirou. —É minha razão de vida.
Typpa continuou mantendo sua ereção com uma mão enquanto usava a outra para tirar a saia de seu qi'k. Uma vez que fez isso, agachou-se sobre ele e beijou todo seu ventre.
—Nas galáxias não há um pênis melhor equipada para o prazer que a sua, amo. - Ela lambeu seu umbigo. —Me deixe ser quão única alimente suas necessidades.
Kil pensou em tomá-la, levar à cama elevada e confiar totalmente em Typpa. Muito a seu desgosto, ainda eram os encantos da maldita Mari, pelos que ele sentia luxúria.
Ele passou a mão pelo cabelo e sorriu. Era seguro que ele estava voltando-se louco.
—Mais tarde- disse-lhe gentil.
Gentil? Nunca disse algo gentil.
Merda!
Kil se tocou a testa com uma mão e gemeu. Estava louco, louco como a pequena besta heeka pela que ele sentia luxúria.
—Amo?- Disse Typpa com um tom aparentemente preocupado. — Tem dor de cabeça?
—Sim- ele gemeu, aferrando-se à desculpa que a serva fiel lhe tinha dado inconscientemente. —É por isso que não posso agarrar estas últimas saídas de lua.
Ela franziu o cenho.
—Mas faz duas semanas quando o feriram na batalha e estava sangrando muito, você me pediu que eu o cavalgasse enquanto a sacerdotisa curava sua ferida…
Kil apertou sua mandíbula. Todas suas servas fiéis estavam voltando-se descaradas, pensando que tinham direito a questioná-lo? Pelas areias, podia um guerreiro ter dor de cabeça sem passar pelo ridículo?
—…. possivelmente se eu citasse uma sacerdotisa em seu nome…
Ele fez uma careta de dor. Outro canal que tinha que rechaçar.
—…ela poderia atender suas dores enquanto eu atendo seu p…-
—Não. - Ele se sentiu ruborizando por rechaçar uma transa, então esclareceu sua garganta e deu a volta. —Eu, eu preciso ficar sozinho-. Ele travou os dentes. Soou isso tão patético a seus ouvidos como soou a ele mesmo? —Eu gostaria de refletir, oh, minha dor de cabeça.
Ele suspirou outra vez. Pela deusa… ele esteve realmente patético…
Typpa começou a ir-se, vendo-o como se partes masculinas crescessem sobre sua cabeça. Kil resistiu a necessidade de ruborizar, optando em troca por grunhir quando pôs a mão na porta da câmara.
—Vá à roda de cristal e escolhe uma ai´k de acordo a seu gosto.
Seus olhos se acenderam. Kil sabia que ela tinha optado por esquecer este episódio em favor de luxuriar sobre posses materiais.
—Sim, Amo. - disse quase sem respirar antes de desaparecer pela porta da câmara.
Kil respirou forte, sentindo que acabava de ganhar uma pequena batalha.
—Pelas areias- ele murmurou, —Estou louco-. Sua mandíbula se esticou quando ele recordou porque estava perdendo sua mente em primeiro lugar.
Era por ela.
Essa pequena puta condenada e irritante que o tinha feito sentir mais como um menino não escolarizado que como um guerreiro experiente.
Ele era um homem temível. O homem líder mais temível em qualquer galáxia ou dimensão de tempo jamais conhecida.
Ainda assim era necessário ter mais olhares da honesta Mari e seus corações sentir-se-iam preparados para derreter-se desde seu peito a seus pés.
Os olhos do Kil giraram para a porta da câmara. Estreitaram-se de tudo.
Corações derretidos ou não, já tinha sido muito. A puta estava por encontrar seu próprio lugar. E ele seria o guerreiro que o mostraria.
Capítulo 9
Nua, Marty espiou pelo olho de boi que estava se localizado em sua câmara privada dentro das instalações do harém. Ela pensou que este era o lugar mais estranho aonde tinha estado desde que foi expulsa da terra para a galáxia que for que ela estava agora habitando. Trek Mi Q'an acreditava que era o nome.
Quão único Morak tinha em comum com o Tron era a incapacidade das pessoas em pronunciar foneticamente a letra T em seu nome. Então uma vez mais, quando lhe disse pela primeira vez seu nome ao maldito gigante, ele a apelidou Mari, insistindo em que ela era sua pequena.
O que fora.
Sem querer pensar na besta que a tinha escravizado, ela levou seus pensamentos ao local onde agora estava vivendo. A lua vermelha do Morak, reconheceu, foi nomeada apropriadamente. Durante as horas do dia um vermelho sol dominava os céus, escavando um sol amarelo menor detrás e projetando uma cor vermelha quase imperceptível sobre a terra. A cor apenas se via em dias claros. Nos dias nublados o ar brilhava e luzia espesso, era como se os emplastros de luz vermelha iluminassem os céus.
As noites eram quase sempre iguais, ela pensou, enquanto contemplava a atmosfera que havia justo fora da grande vigia. Mais que ficar negro como nas noites da terra, o ar se tingia de uma cor vermelha carmesim escuro, quase como o do sangue. Ainda estava escuro e a visibilidade era baixa tal como o era na terra, mas igualmente vermelha.
Fascinante.
Igualmente fascinante era a estrutura do palácio em que estava encerrada. O Palácio dos Espelhos, disseram-lhe que se chamava. Não tomou muito tempo dar-se conta do por que do nome.
A base do castelo estava afiançada em um corpo de água que brilhava como um espelho prateado. Muitas luminárias olho de boi estavam espalhadas em cada câmara que estava sob a linha da água, refletindo ruídos como espelhos de dentro das imagens. Era um fenômeno interessante, ser capaz de olhar o seu reflexo no livre cristal só olhando a água que estava do outro lado das luminárias olho de boi selada.
A única vez que foi possível ver vida marinha que rondava dentro das águas de espelho prateado foi quando uma criatura pôde nadar diretamente até um olho de boi, como se estivesse olhando-o.
A Marty ainda lhe dava calafrios cada vez que pensava no primeiro dia que foi posta ali. Esteve refletindo no que ela pensou que era um espelho quando de repente uma boca grande, com presas tinha aparecido por todo lado. Ela deu um grito afogado e retrocedeu, sem saber o que pensar.
A cabeça da besta sob a água se moveu um momento depois e um olho carmesim a tinha olhado fixamente de volta. Ela sabia que o predador, que tinha a aparência de um polvo vermelho com presas afiadas tinha estado contemplando-a como uma comida. Tinha procedido três vezes a golpear a barreira selada do olho de boi em três oportunidades, mas se tinha dado por vencido e nadou longe quando se deu conta que não podia atravessá-la.
Um predador inteligente. Nunca é uma coisa boa isso.
Marty tinha tragado de repente ao vê-lo mover um tentáculo e nadar longe. O tamanho das presas e os talões da criatura de mamute não merecia desafiá-lo a duelo. Não faz falta dizer que a tivesse quebrado em pedaços em menos tempo do que lhe leva a um líder gigante comer um atum.
Então Marty se manteve longe da base do palácio e optou por permanecer em sua câmara pela maior parte do tempo. As instalações do harém estavam localizadas um nível acima das águas, em algum lugar próximo ao piso médio do castelo.
O palácio em si era enorme, constava de trinta a quarenta andares. Podia passar uma semana passeando sem ainda poder ver tudo dentro do mesmo.
O exterior do palácio era formidável de olhar, ela recordou. Marty tinha tragado de repente quando o viu pela primeira vez. Elevava-se das águas de prata como um grande zigurat feito de cristal negro de linhas elegantes, uns vinte pisos de arquitetura ambiciosa saindo das águas e dominando a paisagem.
Quando o sol vermelho se estava pondo, surgiu no horizonte logo atrás do palácio, dando ao castelo uma aparência sinistra. Quase sinistra como a de seu amo.
Kil Q'an Tal. Um rei. Um líder. Seu captor.
Marty fazia seu melhor trabalho em esquivá-lo estas últimas três noites, mas ela sabia que o tempo estava acabando. Viria por ela. Ela sabia que ele o faria.
Estranho como parecia, Marty sentiu como se ela de algum modo tivesse sintonizado as emoções do guerreiro. Foi como se ela tivesse ligado uma rádio e a frequência se estancou em um ideal particular e não queria apagá-la.
Ele se zangou pelo rechaço dela para transar, estava muito zangado. Esse medo tinha mantido Marty de pé, alimentando-a. Ela queria que ele permanecesse zangado, queria que ele a odiasse ainda mais, porque fazia que suas defesas não decaíssem.
E, oh, Deus, estavam caindo.
Se a única emoção do guerreiro, ainda a emoção principal tivesse sido irritação então ela teria que continuar neste caminho, esperando frustrá-lo muito. Ela sabia, depois de tudo, que ele não a violaria. Não era o instinto o que lhe dizia muito, nem sequer seu toque valente sobre suas emoções. Era simplesmente sentido comum e dedução lógica. Se ele era do tipo de violar, então já teria feito.
Então por que ela estava perto a capitular quando podia frustrá-lo muito? Perguntou-se amargamente.
A razão era simples. O maldito homem a necessitava.
Não a desejava. Não só a luxuriava. Não só a queria. Ela sabia que por qualquer que fora a razão o repugnante homem a necessitava.
Arrg!
Era ela, Marty repensou, um impulso real. Sempre tinha sido desse modo. O lado mais suave de sua natureza, seu lado enfático, tinha-o esquecido para sempre em seu caminho de volta da terra e agora provava ser o maior impedimento para permanecer rígida em sua postura de não sucumbir frente ao gigante caudilho.
Ela sabia quando ele estava perturbado, podia sentir quando ele sentia melancolia ao pensar nela, sabendo que ela não ia para ele de maneira voluntária. A noite anterior sua empatia tinha sido tão extrema que se afastou de sua câmara por horas, debatendo e debatendo com ela mesma se seria muito mal dar ao grande bruto o que ele queria e deixá-lo achar o esquecimento entre suas pernas.
Necessitava-a. Ele canalizava suas necessidades em algo sexual, provavelmente para não tratar com as mesmas, mas ela sabia que as necessidades estavam ali. Eram tão reais para ela como a criatura marinha que rondava sob as águas de espelho prateado.
—Maldição-. Marty grunhiu, sentindo que sua melancolia voltava para ele outra vez. —Por que tem que me importar?
Mas lhe importava. E odiava a si mesma por sua debilidade.
Ele a tinha capturado em guerra, tinha-a tirado das Wani, declarado sua puta sexual e a tinha atirado a seu harém. Ela o desejava. Ou, ela admitiu com os lábios inferiores levantados, ela queria odiá-lo. Mas querer não era fazer exatamente que acontecesse em realidade. Porque ela não o odiava.
Pior ainda, Marty pensou enquanto se afastava e voltava nua (ela se tinha recusado a usar essa maldita saia ai'k!) no fato inegável de que ela estava ferozmente atraída por esse estúpido gigante.
Tratou de dizer a si mesma que não estava e que nunca poderia sentir-se atraída pelo homem que a fez sua puta, embora isto não ajudava. Ela o desejava. Cada vez que pensava a respeito dele umedecia entre suas coxas e seu clitóris pulsava. Agora estava pulsando.
Arrg!
Ela tomou dois punhados de cabelo dourado como a pele, fechou seus olhos e recostou-se no chão. Estava se voltando louca, decidiu. Esta terrível experiência de ser lançada da Terra a ser puta a estava convertendo em uma candidata para uma instituição mental.
Necessitava-a.
E o que!
Necessitava-a.
Não me importa!
Necessitava-a.
Arrg!
Os ombros de Marty se desabaram com desânimo quando a verdade a golpeou. Não podia continuar assim. Ela não podia continuar frustrando-o. Ela era… arrg!… muito enfática.
Necessitava-a.
Eu sei, maldição!
Sua respiração se afogou, soltou suas mãos do ar e arrumou suas mechas para longe da sua linha de visão. Respirou profundamente enquanto se sentava com suas pernas debaixo dela, seus olhos bem abertos e apoiada em seus joelhos.
—O que faço?- ela murmurou. — O que há…?
—Mari.
Ela se congelou. Ela conhecia essa voz forte, profunda. Pelas últimas três noites a tinha ouvido em cada sonho, cada fantasia e cada pesadelo. E agora a estava chamando brandamente, lhe fazendo sinais.
Pouco a pouco sua cabeça se levantou. Seus olhos estudaram a formidável e grande figura do líder até que seu olhar se chocou com o dele.
Ela tragou de repente. Seus olhos se abriram ante a surpresa.
Se ele a tivesse olhado com um pouco de raiva, com um pouco de ódio e vingança, ela de novo o teria frustrado. Mas não. Quando seus olhos procuraram os dele, para ouvir sua respiração entrecortada e pesada, soube que era uma mulher morta.
Nesse momento, Kil Q'an Tal não parecia um homem com quem queria enfrentar-se. Parecia um menino perdido, como um menino que foi separado de tudo o que conhecia e necessitava e estava lhe rogando que o ajudasse a encontrar o caminho de volta a casa.
A forma em que ele a olhava, tão triste e com tão intenso desejo…
Marty se deu conta que ele estava tão confuso como ela por seu estranho vínculo. Era esse fato e não outro o que fez que o último de sua reticência se desmoronasse.
Ao fechar seus olhos brevemente, Marty sucumbiu ao inevitável. Sem dizer uma palavra se levantou, caminhou ao outro lado da câmara onde estava localizada sua cama, subiu e se localizou com suas costas apoiadas. Quando olhou a seu captor e seus olhos encontraram os dele, separou bem suas coxas, oferecendo-se a ele.
Ao princípio ele não fez nada, o que provocou nela um momento de vergonha. Mas quando ela notou como ele a estava olhando, como seus olhos estavam memorizando e cobiçando cada matiz de seu corpo, sua confiança retornou.
—Necessito-te. - lhe disse com voz quebrada, seu olhar azul brilhante dirigindo-se a seu rosto. —Não entendo o porquê, mas te necessito.
Marty não teve tempo de responder a essa afirmação já que um segundo depois ele a cobriu ao subir sobre ela e se localizar entre suas pernas. Ele apoiou sua grande ereção que sobressaía de suas calças de couro sobre seus lábios, esfregando-a lentamente até que ela começou a gemer.
—Eu tampouco o entendo- ela metade gemeu e metade choramingou, movendo-se para tomar com suas mãos o cabelo dele enquanto ele reposicionava seu grande marco e começava a deixar caminhos de beijos por seu corpo. Ele começou pelo seu rosto, beijou-lhe o nariz, mais beijos rápidos em sua garganta…
—Oh Deus- Marty murmurou enquanto fechava seus olhos e desfrutava do gosto de seus lábios e língua chupando a base de seu pescoço. Suas mãos acharam seus peitos e os tocaram, seus dedos devoraram seus mamilos no momento que os beijos chegavam até a garganta, logo mais abaixo até as curvas de seus seios.
Ele levantou sua cabeça de seus peitos, respirava forte e fundia olhadas com ela.
—Quis- balbuciou, seus dedos tocando seus mamilos —Mamar estes desde a primeira vez que te vi.
O desejo encheu seu ventre, fundindo-se em um nó de prazer. Levantando-se para estirar um cacho detrás de sua orelha, lhe confiou ambos os peitos em suas palmas simultaneamente, fazendo que um som sibilante escapasse da garganta dele.
—Prova-o- ela murmurou.
Kil gemeu quando afundou sua cabeça em seus peitos. Não perdeu muito tempo em provar com sua língua lambendo o aro azul ao redor de seu mamilo esquerdo, logo sorvendo seu mamilo através do aro e rodando-o.
Marty ofegou com a sensação, suas costas se arquearam enquanto seus quadris instintivamente se acomodaram para não descansar.
—Mmm- grunhiu enquanto sorvia o mamilo, uma larga mão tomando ambas de Marty e as assegurando sobre a cabeça dela, —Mmmm-. Ele incrustou seus quadris nos dela, sua ereção roçando seu clitóris através do couro.
—Oh Deus- Marty gemeu, seu corpo retorcendo-se debaixo dele para encontrar o ponto culminante. Ela queria que a penetrasse, necessitava-o dentro dela.
A boca do Kil fez sons embriagadores de sorvidos ao continuar chupando seu mamilo. Seus quadris mantiveram um agonizante ritmo lento, oprimindo sua ereção sobre sua carne úmida e dando prazer a seu clitóris.
—Por favor- ela gemeu enquanto seus quadris se levantavam, —Por favor.
Sua cabeça voltou lentamente enquanto soltava o mamilo, metade para fora, metade com o som de chupá-lo ressonando por toda a câmara quando fez isso. Ele sorriu.
—Ainda não ty'k-, ronronou em um ruído escuro enquanto soltava ambas as mãos da cabeça dela, — Eu gostaria de provar mais de ti antes de penetrá-la. - Sua cabeça desapareceu em sua fenda, logo lentamente começou a trabalhar para baixo.
Marty tragou de repente por um par de motivos. Primeiro porque sua voz rica, masculina era a coisa mais sedutora que ela tinha ouvido, segundo porque estava segura que a tinha chamado seu ty'k.
Ty'k significa coração do guerreiro. Ou, literalmente, meus corações.
Não deu tempo de entender porque a estava chamando com um nome tão significativo, um nome que lhe disseram que um guerreiro só usava para chamar à mulher com quem ficasse de por toda a vida, seus beijos foram mais abaixo e…
—Oh genial- ela respirava forte, seus quadris arqueando-se para ele. Ele respirou de repente enquanto seus lábios achavam seu umbigo, gemendo quando sua língua lambia o aro do umbigo e o fazia brilhar.
—OH genial!- ela gritou enquanto sua língua lambia mais e mais o aro do umbigo. Ela não se deu conta que o aro Wani podia fazer com que uma mulher…
—Caralho, que genial!
Marty gemeu como um animal mortalmente ferido quando um intenso orgasmo a partiu em dois e explodiu. Ela se sacudiu tão violentamente que pôde sentir que estava gotejando por debaixo de suas coxas.
Kil estava entre a risada e um intenso desejo. O olhar de descrença em seu rosto junto com seus estranhos falatórios era algo cômico. Ele sorriu, seu coração se sentia inusitadamente feliz e contente.
—Far-te-ei sentir mais desta genialidade em um momento, minha pequena.
Marty se apressou.
—Duvido que algo me faça sentir tão bem como isso.
Uma arrogante sobrancelha escura se levantou.
—Oh sim, Mari?
Seus olhos se alargaram ao dar-se conta que ele estava tomando sua declaração como um desafio. Bem. Poderia tirar o melhor de uma situação, sempre dizia a si mesma.
—Sim - ela mentiu, decidida há brincar um pouco com ele, —Duvido. - Inconscientemente molhou seus lábios, esperando que rapidamente lhe demonstrasse que estava equivocada.
Kil se deu conta desse sinal, o que lhe provocou uma risada. Fê-lo sentir-se tão bem, que lhe fizesse brincadeiras como se fossem verdadeiros amantes, sem submeter-se docilmente a sua luxúria e tirando-o fora de seu minuto-Nuba como qualquer outra de seu harém o tivesse feito ou o fez. Nunca nenhuma mulher, livre ou puta, tinha-o feito sentir-se tão bem. Tinha certeza que tinha-o cativado.
—Bom então- ele disse brandamente, seus lábios marcando um caminho de beijos até seu ventre, logo através de seus cachos dourados como a pele que cobriam seu púbis —Possivelmente tenha que trabalhar por muitas saídas de lua em aperfeiçoar esta genialidade.
—Possivelmente- ela chiou.
Marty separou suas pernas tanto como podia, logo elevou seus quadris, tratando de convencê-lo de lhe beijar sua intimidade. Mas ele não o fez. Em troca a gracejou.
A garganta dele fez sons de ronrono sedutores enquanto ele esfregava seu nariz, lábios e queixo pela mecha de cabelos no ápice de suas coxas. Ele fechou seus olhos e desfrutou da simples sensação, excitando Marty mais do que ela pensou que tal gesto aparentemente inócuo, poderia fazer. Era como se ele revelasse tudo sobre ela, mesmo algo tão simples como isto.
E logo suas grandes mãos estavam presas em suas coxas e ela soube que ele estava preparado para prová-la. Abriu-a o mais que pôde para seu conforto e ficou olhando sua carne com os olhos carregados de brilho.
—É o mais belo canal da criação da deusa. - ele murmurou.
A respiração dela era entrecortada, suas palavras a afetavam poderosamente.
—Então prova-o. - sussurrou-lhe, seus olhos cinza claros procuravam os azuis brilhantes dele.
Com um gemido ele o fez, seu rosto afundando-se em sua carne, umedecendo-a com seus lábios e sua língua. Ele beijou e lambeu seus lábios, excitando por completo a todo o clitóris sem tocá-lo. O efeito era voltá-la louca de desejo.
Os quadris de Marty se elevaram instintivamente uma vez que usou suas mãos para pressionar a cara dele mais para sua vagina.
—Oh Kil - disse ela sem respirar —Oh sim.
Estava proibido para uma serva fiel chamar a seu amo pelo nome, mas o som de seu nome em seus lábios soava bem. Ela nunca o chamaria de amo, isso ele sabia. Estranho, mas não lhe importava que ela fizesse isso.
—Mmm-, ele gemeu quando sua língua ao fim se apoderou de seus clitóris. —Mmmmm.
—Ai, Deus.
Ele chupou o clitóris em sua boca e o saboreou, fazendo que Marty gemesse e se retorcesse. Ao mesmo tempo os dedos de uma de suas mãos subiram e jogavam com o aro do umbigo, fazendo-o brilhar na forma erótica que ela tinha descoberto uns minutos antes.
—Ai, Meu Deus.
Marty envolveu uma perna ao redor de seu pescoço, usando-a para pressionar sua cara dentro de sua carne o mais profundamente possível. Ele gemeu em sua vagina, seus lábios e língua chupando com vigor em seu clitóris congestionado. A pressão que ele estava aplicando em sua carne torcida era dura e implacável. Ela golpeou seus quadris fazendo um gemido, lhe pedindo sem palavras que chegasse ao ponto culminante.
Kil lhe deu o que ela queria, o que ele também queria, chupando mais forte e mais firme e mais firme, uma vez que ela gemia e se retorcia violentamente debaixo dele.
—Ai, Deus.
O orgasmo de Marty atravessou seu ventre sem piedade, fazendo que o calor corresse a seu rosto, e seus mamilos se endurecessem como mamilos gordinhos. Gemeu esta vez gritando seu nome enquanto os quadris continuavam se movendo, e seu corpo desejava ainda mais dele.
—Kil, oh sim.
Quando seu rosto apareceu entre suas pernas, o olhar em seus olhos era intenso. Um minuto antes ele estava usando calças de couro, Marty pestanejou, agora o único que ele tinha posto era um colar de pedras brilhantes ao redor de seu pescoço e 2,00 m de músculos bronzeados ao aço.
Sua respiração se afogou, ele tomou por seus quadris e colocou a ponta de sua ereção na abertura de sua vagina. Os olhos dela mal tiveram tempo de alargar-se ante a enormidade de sua ereção quando gemeu:
—Mari - e arremeteu para dentro dela, enterrando seu pênis até o fundo.
Ela gritou.
Os olhos do Kil se aumentaram. Seu corpo ficou completamente duro.
— Mari?- perguntou gentilmente, a carne dela impossivelmente mais rígida fazendo que seus dentes chiassem - é virgem?
Marty estava tão surpreendida pela pergunta que quase esqueceu a dor.
—Não- disse honestamente, a dor ainda ali, mas fazendo-se de algum modo passível —Estive com homens na terra.
Ele grunhiu.
—Alguma vez com um guerreiro?
—Não.
Suas narinas se alargaram como se inalassem sua essência. Seus olhos brilharam, com uma cor azul muito potente. Podia ela sentir uma atitude possessiva irradiando dele como algo tangível e esse sentimento a fez enjoar e ficar nervosa.
Para ele, ela era virgem. Para sua cultura, ela era virgem. Inclusive, um flash de intensa premonição lhe disse que ele devia estar seguro de ser o único guerreiro ao que lhe oferecesse seu corpo.
—Bem- ele murmurou.
Kil se enterrou em sua carne com um gemido, provocando um grito afogado em Marty. Sua mandíbula se endureceu ao entrar e sair dela com movimentos duros, compridos, brigando contra sua necessidade de esmurrá-la que ressonava em sua inconsciência. Ele necessitava que seu canal se acostumasse ao seu tamanho antes que a pudesse montar da forma que ele queria.
Os olhos dela se umedeceram enquanto sua carne pouco a pouco começou a cooperar, a dor diminuía cada vez mais com cada movimento cuidadosamente lento e tranquilizador que ele fazia. Ela passou suas mãos pelas costas dele, logo baixou até seu traseiro, sentindo seus músculos de aço golpeando em sua palmas.
—Mmm…Mari- balbuciou -continua me tocando. Necessito que me toque, minha pequena.
—Sinto-te bem dentro de mim- murmurou-lhe, seus dedos massageando seu traseiro. Deleitava sentindo-o, a forma em que seu traseiro golpeava e se contraía enquanto ele se movia e se movia dentro dela.
Apertou os dentes. Sua transpiração se acumulava em seu rosto. Ele enroscou uma mecha de cabelo dourado como a pele em um de seus punhos, assegurando-a a ele uma vez que ele rodava seus quadris e continuava abrindo-a e enchendo-a.
A cabeça de Marty caiu sobre a cama com um suave suspiro, uma cama que tinha sido desenhada para uma puta sexual, para ela. Nesse momento, seu status atualmente servia para excitá-la mais, fazendo-a sentir deliciosamente plena e desejada. O sentimento certamente passaria quando ela recuperasse seus sentidos, disse-se a si mesma, mas no momento se entregou ao amor e ao prazer que lhe oferecia como nenhuma outra pessoa podia fazê-lo.
Envolvendo suas pernas em sua cintura, ela virtualmente disse entre dentes, enquanto o corpo dele reclamava o seu com movimentos extremamente lentos.
—Mais forte - ela gemeu —Necessito mais.
—Mmm sim, luxuriosa? - Ele gracejava com mais movimentos lentos, acelerando o ritmo apenas um pouco, mas não o suficiente.
—Sim.
—E quem quer que te dê mais, hm?
Sua arrogância a excitou ainda mais.
—Você, - ela gemeu, seus quadris sacudindo-se por mais. —Desejo a ti.
Apertou sua mandíbula.
—Seu prazer é meu, pequena.
Kil gemeu ao afundar-se nela, suas palavras eram o único incentivo que ele necessitava para montá-la por completo e cavalgá-la forte. Aferrou-se a ela de forma possessiva afundando-se em sua carne para assim, marcá-la.
Montou-a uma e outra vez, seus olhos se fechavam em uma euforia quase enlouquecedora e sua garganta suscitando gemido detrás gemido, quando sentiu um alívio que nunca antes havia sentido. Era como se seu canal tivesse sido feito para ele, como se tivesse sido desenhado para as especificações de seu corpo. Seu canal tratava de ordenhar seu sêmen muito mais rápido do que devia, do modo que ele estava acostumado a ouvir que um guerreiro não ejacularia por nada que não fora seu…
—Ty'k - gemeu, cravando-a sem piedade, palpitando em sua carne úmida e empapada com instinto primitivo. Queria que o prazer continuasse sem parar, mas o corpo dela estava ordenhando o seu, estava demandando o esperma.
Marty gemeu de prazer, seus quadris acomodando-se para cima para não perder seus rápidos impulsos. Ela gemeu enquanto ele a agarrava, o som de sua carne envolvendo a sua era um malvado afrodisíaco carnal.
—Kil. - ela gemeu quando o clímax estava chegando -mais forte.
—Seu prazer é meu, ty'k.
Kil rodou seus quadris e inseriu com mais força, agarrando-a como um animal no cio. Ele se afundou nela mais forte, mais rápido, mais forte.
—Ai, Deus.
—Este canal é meu- ele grunhiu, suas narinas se alargaram muito. Agarrou seus cabelos e enrolou em sua mão enquanto a marcava, suas bolas duras pegavam contra seu traseiro uma vez que ele a empalava uma e outra vez.
—Kil.
Marty despiu seu pescoço de uma vez que deixou cair sua cabeça. Seu clímax a atravessou violentamente, o sentimento mais cruel e mais prazeroso que tivesse experimentado. Gemeu e grunhiu ao mover seus quadris para ele, querendo, glutona, ser esmurrada enquanto gozava.
—Ai, Deus.
Kil apertou os dentes pelo prazer, sentiu seu canal contraindo-se e fazendo convulsões ao redor de seu pênis, era muito intenso para conter sua ejaculação. Em um gemido a empalou, uma, duas, três vezes mais, logo sustentando o corpo dela junto ao dele, ele ejaculou bem fundo com um rugido de ponto culminante.
Por longos minutos estiveram recostados até que suas respirações se acalmaram, aferrando-se como se não houvesse amanhã, como se nunca fossem repetir esse momento.
Ambos estavam confusos. Nenhum entendia o que estava acontecendo, porque se sentiam do modo que se sentiam um com o outro.
Para Marty a incompreensão nascia da ignorância cultural, de morar em um mundo onde não compreendia as regras.
Para Kil a confusão nascia da obstinação e do orgulho, duas emoções fortes que por razões de sobrevivência se agravaram muito tempo antes, pela dor e um medo agudo ao abandono.
Marty suspirou com uma satisfação pouco natural quando o líder gigante se acomodava sobre ela, procurando sua proximidade ainda depois de a ter tomado. Seus olhos se fecharam sonolentos enquanto sua boca se aferrava a um de seus mamilos e o puxava. Como por instinto, uma de suas mãos se localizou entre suas coxas até que ele localizou sua carne e um grande dedo se enterrou de todo dentro dela. Ela pôde sentir como toda a tensão deixava o corpo dele logo depois disso, e um momento depois, dormiu.
Marty penteou um cacho fino e negro detrás de sua orelha, encontrou a si mesma sorrindo pela expressão inocente no rosto do gigante, enquanto dormia. Puxando seu mamilo em seu profundo sono, suas pestanas se desdobravam em leque e faziam cócegas em seus seios, de uma vez que seu dedo seguia movimentando, ainda estando ele dormido.
Não sabia o que fazer com ele ou com a situação, um fato que era tão preocupante como confuso. Mas quando olhou do outro lado do olho de boi e viu uma nervura de um altivo sol amarelo que tentava aparecer por sobre o céu predominantemente carmesim, disse-se a si mesma que acharia um modo de que tudo estivesse bem.
Capítulo 10
Os lábios de Marty se franziram em um gesto enquanto recolhia uma fonte cheia de doces e frutas. Não podia acreditar ter aceitado agir como serva para o grande ogro e seus amigos tão ogros e gigantes como ele, sem uma briga, mas estava doente até a morte de estar nessa maldita câmara todo o tempo.
A verdade é que não se importava de executar essa tarefa, (tinha servido mesas durante seus anos de universidade depois de tudo) exceto, pelo fato de que tinha que servir os doces e as frutas em topless, levando nada mais que uma saia sarong transparente.
A saia qi'k que levava posta esta noite era de um belo carmesim brilhante. Tinha-a encontrado aos pés da cama quando se levantou esta manhã, Kil já tinha ido, mas a saia que lhe tinha deixado era aparentemente um presente.
Marty pensou pouco nisso, assumindo que ele simplesmente a tinha deixado como um aviso, de que ela devia obedecer às regras de agora em diante. E assim tinha decidido desobedecê-lo ao não usar a saia, desafiando-o da única forma que podia.
Tinha trocado de opinião logo depois de que Ora tinha entrado em sua câmara privada e tinha visto a saia. Com um grito de assombro, a robusta castanha a tinha levantado da cama e se tornou para ela com um amplo sorriso em seu rosto.
—É como o predisse- sorriu, seu sorriso era contagioso. —Venceste a horrível Typpa pela atenção do amo.
Marty não pôde mais que lhe sorrir. De todas as centenas de servas fiéis do palácio, Ora era a única com a que sentia uma conexão, essa inexplicável química que forjam duas mulheres como amigas.
—Como sabe?
Ora então tinha procedido a lhe explicar a importância do alto preço de uma qi'k para ela, ainda lhe dizendo como podia vendê-la no mercado logo depois de deixar a servidão se sentisse necessidade de créditos. Marty tinha escutado atentamente, reservando a informação para uso futuro.
—Eu era a favorita do rei logo que cheguei aqui faz cinco anos Yessat-Ora encolheu os ombros. —Sabe-se muito bem em todas as galáxias que os guerreiros se cansam rápido de suas favoritas, então é melhor - advertiu-lhe como uma amiga o faria —que faça o melhor possível enquanto esteja contigo.
O estômago de Marty se atou de só pensá-lo, como se não soubesse o porquê. O que esperava, ela se perguntou com ar taciturno uma vez que Ora mudava de assunto e a informava do banquete esta noite, que um homem que possuía centenas de mulheres preciosas se apaixonasse loucamente por ela e queria estar só com ela?
Sim, pensou com uma careta, infelizmente era exatamente isso o que esperava.
Por que devia lhe importar se não o obtinha? Por que ela?…
Ora! Qual era o objetivo de enganar-se a si mesma? Importava-se. Não queria, mas era o que acontecia.
—Está pronta?
A pergunta de Ora captou a atenção de Marty, fazendo-a voltar para o presente. Ela pestanejou.
—Sim, estou logo atrás de você.
Ora a olhou com compaixão, logo sorriu de modo a tratar de acalmá-la.
—Vai estar tudo bem Mari. O festim vai durar como muito, duas horas Nuba-. Ela suspirou. —Mas é melhor que te advirta…
Marty levantou uma sobrancelha, mas não disse nada.
Ora suspirou outra vez.
—Se um dos hóspedes de honra do amo querer provar dos seus encantos, é seu dever copular com o guerreiro.
O coração de Marty começou a acelerar-se. O sangue correu rápido a sua cabeça e golpeava em seus ouvidos.
—O que?
Ora se encolheu de ombros inutilmente.
—É a forma deste mundo, Mari.— Ela estudou a cara de sua amiga por um momento e logo sorriu. —Devo te dizer a verdade, não é uma tarefa tão ruim depois de tudo. Como vai comprovar, não há coisa como um guerreiro não atrativo-. Ela riu entre dentes de seu aspecto mortificado. —A verdade, se só olhar a situação como um observador, dar-te-ia conta que minhas palavras são verdadeiras.
Marty só ficou boquiaberta.
O risinho de Ora se converteu em risada. Ela agitou suas sobrancelhas de forma cômica e riu.
—Espera até ver os convidados do amo. Vamos-. Assinalou um par cristais negros que separavam as cozinhas da sala de jantar. —Espia.
Respirando fundo, Marty acomodou uma fonte de servir em uma barra e obedeceu, molesta. Nunca de forma mais silenciosa, ela abriu as portas justo um pouco para olhar para fora, seus olhos cinza olharam para o outro lado do grande hall.
Aí estava Kil.
Seus olhos se estreitaram ameaçadoras quando ela viu que Typpa estava parada detrás dele quase tão nua como ela. A serva fiel estava massageando os ombros gigantes atrás enquanto ele bebia seu matpow, seus peitos cravando-se sedutores sobre ele.
—Typpa- gritou a Ora sem tirar o olhar do Kil e a serva fiel, -Esfregava-se sobre ele. Inclusive está esfregando seus mamilos sobre sua cara e induzindo-o para que os chupe.
Arrg!
—Hmm- Ora murmurou pensativamente. —Então pode ser que seja melhor para ti que utilize todo seu poder para inflamar seus sentidos.
Seus orifícios nasais se inflamaram ante o desafio.
—Como?- deixou em claro.
Ora não pensou que fora possível que Marty o fizesse sentir ciúmes, porque os guerreiros só sentiam ciúmes quando os homens davam atenção ao seu Casal Sagrado.
—Faça-lhe ver quão desejada é por seus hóspedes. Sutilmente joga com eles, fá-lo desejar provar seus encantos. Se ele vir que os outros guerreiros lhe cobiçam muito, pode ser que ele ordene que vá a sua própria câmara, em vez de à câmara de um dos outros.
Zangada e mais que um pouco doída, Marty soube que podia ao menos provar o conselho de Ora.
—Uma forma do guerreiro de demonstrar seu… - Sua mandíbula se esticou. …—capricho de guerra?
Ora riu entre dentes, em nada perturbada pela idéia.
—Sim-. Passou-se a língua pelos lábios. —Mas seja uma boa amiga e deixa o primo do rei para mim-. Ela tremeu em forma deliciosa, seus mamilos se endureceram ao pensar nele.
—Estive desejando Lorde Jek por mais de dois anos Yessat, desde que o conheci.
—Qual é ele?
Ora ficou detrás dela e olhou pela ranhura entre as portas.
—Quem está à esquerda do amo- sussurrou.
Quando Marty o viu lhe deu também um pouco de tremor, mas não pela mesma razão. O guerreiro era bonito, sim, porque era surpreendentemente parecido a Kil. Mas o olhar em seu rosto era frio, pedra fria. Como que ele mataria a qualquer ou algo que se atrevesse a aproximar-se.
—É todo teu- ela chiou.
Ora começou a assinalar os diferentes guerreiros reunidos ao redor da mesa elevada (uma mesa que estava literalmente suspensa umas poucas polegadas do piso como se tivesse sido possuída por magia) lhe contando quais eram os melhores amantes nas peles vesha.
—Além do amo mesmo, de todos quão guerreiros provei- Ora continuou em um sussurro. —É o Senhor Dearth o que dá a melhor empalada - riu brandamente entre dentes. — Sua luxúria é insaciável.
Marty tragou. Dearth era tão terrorífico como Jek, possivelmente um pouco mais. Jek parecia mais bem deprimente, enquanto que Dearth parecia mas bem… bom, não há uma palavra que o possa descrevê-lo bem. Quando ele parou para estirar os músculos das costas, os olhos dela se alargaram ao dar-se conta que ele era ao menos 12 cm mais alto que o resto dos guerreiros.
Merda.
—É bastante bonito- Marty assentiu, estudando seu corpo musculoso e sua cara rudemente masculina. Ela fez uma careta. - Mas por que a tatuagem?
—Ninguém sabe- Ora murmurou. —Houve muitos rumores nos anos Yessat, mas nenhum confirmou o que me contaram.
Marty tinha tomado uma decisão. Não só porque o gigante era gigante, mas sim porque era óbvio que ele e Kil eram amigos. Dearth era definitivamente com quem ela devia paquerar.
—OK- disse-lhe com firmeza enquanto fechou lentamente as portas e girou para enfrentar a Ora —Estou preparada.
Ora duvidou.
—Lembre-se, paquerar.
—Fá-lo-ei.
—Deve aparecer, sentir e atuar como se tivesse nascido para seduzir.
Marty mordeu o lábio. Sua confiança começou a fraquejar quando considerou o fato de que ela nunca se propôs a conquistar um homem em toda sua vida. Não era o tipo de coisa que veio a sua mente no meio da demonstração da queima de sutiã.
—Como?
Ora sorriu brandamente, seu olhar estava sobre os seios nus de Marty e o apenas oculto púbis. Ela se aproximou de sua amiga até que seus mamilos se tocaram, fazendo que Marty se ruborizasse.
—Nada de ruborizar-se - Ora murmurou, enquanto que roçava seus mamilos contra os de Marty, fazendo que ambos os pares se inchassem. Ela se agachou e separou a qi'k de Marty e passou seus dedos sobre o púbis dourado como o mel. Seu dedo polegar começou a fazer círculos em seu clitóris, fazendo que a respiração do Marty se espessasse.
—Quando se sente excitada. - Ora suspirou —Você sente como se tivesse nascido para seduzir - Seu polegar continuou fazendo círculos vagos no clitóris de Marty, seus mamilos esfregando-se com energia um sobre o outro. — Como se sente isto?- ela perguntou brandamente, excitando-se.
—Tão bom - Marty fechou seus olhos, muito excitada para sentir vergonha pelo fato de que lhe estava respondendo sexualmente a outra mulher. Ela abriu um pouco suas pernas, dando a Ora um melhor acesso a sua vagina.
—Me diga quando estiver próxima a gozar, Mari.- Seu polegar tomou seu tempo, os círculos se faziam mais exatos e demandantes.
Marty gemeu. Ela não ofereceu resistência a Ora quando sua boca achou a sua e uma língua foi introduzida entre seus lábios semi abertos. Ela aceitou a língua de sua amiga, a doçura de seu fôlego e acrescentou excitação ao polegar que estava esfregando sua carne fresca e os mamilos continuavam inchando os próprios com esse enérgico esfregado.
—Bom, bom, bom - uma vez escura e sedutora disse - Embora seja atrativa esta cena, as duas estão negando a meus hóspedes.
Marty se separou de Ora e ficou vermelha sentindo-se culpada, seus olhos se chocaram com os de Kil. Ele parecia pecaminosamente bonito esta noite, levava calças de couro negro e um colete de couro negro que fazia que seus braços parecessem mais cheios de veias e gigantes que o que pareciam com o peito descoberto.
E a forma em que a estava olhando, a forma em que seus olhos a estavam devorando… arrg! Precisava achar uma forma de escapar deste maldito palácio antes de cair perdidamente apaixonada e na luxúria por um homem que nunca a amaria, um homem que só a via como pertence sexual que ele desprezaria e faria o que quisesse, uma vez que se cansasse dela.
Bom, ela pensou enquanto mordia seus dentes, até que ela pudesse escapar poderia ao menos tratar de pô-lo ciumento. Se havia algo que Marty podia fazer bem, era dar uma oportunidade. Se Kil queria Typpa, a ela e a toda mulher em seu harém… bem. Então ela teria a ambos, a Dearth e a ele. E, recordou-se, que saberia pelas emoções dele, se tinha sido afetado por esse fato ou não.
—Desculpe-me, amo - Ora objetou ao levar a vista aos pés dele. —Serviremos os doces a seus hóspedes imediatamente.
O olhar de Kil se dirigiu para Marty. Uma sobrancelha negra se arqueou em forma arrogante como se ele estivesse esperando uma desculpa dos lábios dela.
Os orifícios nasais lhe aumentaram. Apertou sua mandíbula. Ele estava louco se pensava que ela ia desculpar-se por algo. Ela não tinha pedido esta servidão e não a queria. Se ele queria que fosse forçado, ele teria o que ela queria lhe dar e só isso.
Transtornando o paradigma dominante, recordou-se com uma pausa curta. Ela era boa com essas coisas. Uma verdadeira aficionada.
Além disso, ela pensou com ar taciturno, ele tinha deixado que Typpa o roçasse. Porco! Nazista! Arrg!
Kil grunhiu, deu-se conta que sua pequena besta heek era mais apta para encher seus ouvidos de palavrões em vez de aplacá-lo com gestos submissos. E malditos os desertos se não podia ter mais ereto o pênis com o fato de só ver seu rosto desafiante.
Seu olhar azul brilhante olhou com fome Marty uma vez mais antes que desviasse sua atenção a Ora.
—Estarei olhando o que faz- E com isso, ele girou sobre suas botas e saiu.
Capítulo 11
Marty mordeu o lábio inferior para deixar de sorrir, uma vez que sentia a irritação e o ciúme de Kil aumentando. Ignorando-o por completo, levou sua fonte de doces e morangos quentes ao Senhor da Morte, assegurando-se de parar a sua direita como para que ele pudesse observar de perto sua paquera.
Ora tinha razão, reconheceu mentalmente. Quando uma mulher está fisicamente excitada, sente-se como se tivesse nascido para seduzir.
A cabeça escura de Dearth se elevou lentamente, ao dar-se conta pela primeira vez que uma serva fiel parou a seu lado. Seu olhar brilhante e dourado achou seus mamilos, notando o aro do mamilo que levava por um momento. Ao fim, logo depois de vários segundos, seu olhar dourado jogou uma olhada para cima e se deteve em seu rosto.
—Tem algo para mim?- bramou.
Marty podia sentir a irritação de Kil elevando-se pela mensagem dupla. Ela sabia que se olhava sua mandíbula, estaria apertada e seus orifícios nasais alargados. Bem.
—Sim- suspirou profundamente, aproximando-se como para que seus mamilos estivessem virtualmente tocando seus lábios. —Caramelos-mig, morangos quentes, bolas glatta e prygga - Ela sorriu enquanto o olhar dele voltou para seus mamilos. —Gostaria de provar algo meu senhor?
A tosca língua do guerreiro saiu disparada e se envolveu no mamilo que levava o aro azul Wani. Marty gemeu. Não tinha esperado isto. Mas enquanto o observava prová-lo com sua língua, logo chupar suave e pausado com seus olhos fechados, ela se debatia entre a excitação totalmente física e a sensação de vergonha de ser acariciada em público.
E Kil… estava tão zangado. E sua irritação a estava fazendo esquecer-se da vergonha. Marty suspirou lascivamente enquanto colocava a fonte de frutas sobre a mesa elevada, logo passou suas mãos sobre a cabeça de Dearth. Ela pressionou a cara dele mais perto de seu peito, sua respiração entrecortada quando ele começou a chupar de forma mais vigorosa seu mamilo.
E logo a mão do guerreiro estava abrindo sua saia qi'k, seus dedos percorrendo os cachos dourados como o mel que cobriam seu púbis. Experimentou um momento de pânico quando seu polegar se localizou sobre seu clitóris, mas se atenuou dando passo à excitação e a uma deliciosa revanche.
—Mari.
A voz do Kil. Baixa e ameaçadora.
Marty o ignorou uma vez que fechou seus olhos e pressionou seu corpo mais perto do de Dearth. Os lábios dele continuavam atirando e chupando seu mamilo e seu polegar começava a riscar vigorosos círculos em seu clitóris. Ela gemeu, seu pescoço nu para ele.
—Mari-.
A voz de Kil outra vez. Seu nome tinha sido gemido em forma de advertência esta vez.
Marty roubou um sorriso quando abriu seus olhos e fez de conta que era a primeira vez que ouvia seu nome.
—Sinto muito- disse com dissimulada ternura, abrindo mais suas pernas no piso para que Dearth pudesse jogar com sua carne a seu desejo. — Falava-me?
Um músculo começou a fazer um tic na mandíbula de Kil.
—Símmm- disse entre dentes. Seus orifícios nasais se alargaram enquanto seu olhar se dirigia para seu amigo. —Dearth - ele ladrou —Libera minha serva fiel, já que deve me servir os doces.
A cabeça de Dearth emergiu do seio de Marty o suficiente para grunhir. Uma vez obtido isso, enterrou sua cabeça em seus seios e retomou sua chupada contente.
Marty arqueou sua sobrancelha a Kil como desafiando-o.
—Estou seguro de que Typpa vai estar mais feliz de te servir-. Fez um gesto cerimonioso com a mão. —Ou qualquer outra de seu harém.
Sua mão se curvou até formar um punho.
—É obvio o farão. - ele gritou —Mas agora te ordeno que me atenda já.
Com um olhar em sua mão para assinalá-la, Typpa deixou o lado de Kil e engatinhou com soltura até o lado de Dearth. Caindo a seus pés, ela tirou a ereção de suas calças de couro e começou a chupá-lo debaixo da mesa elevada. Dearth gemeu nos seios de Marty, ofereceu a seus mamilos umas poucas provas mais, logo centralizou sua atenção na Typpa.
Marty pestanejou. Esse gigante a tinha esquecido muito rápido. Aparentemente os rumores sobre os guerreiros e seus períodos de atenção sexual eram verdade. Então por que Kil ainda a queria quando tinha tantas outras para servi-lo?
Encolhendo os ombros mentalmente, ela levantou a fonte de doces e caminhou lentamente até o lugar do rei. Sua irritação e seu ciúme eram coisas tão tangíveis para ela, que teve que restringir-se de cantar triunfadora. Claramente ela o tinha empurrado muito longe. Bem.
Os olhos ameaçadoramente estreitos de Kil deixaram os seu quando ele tomou a fonte de doces de sua mão e a entregou a uma serva fiel que estava parada detrás dele. Logo depois de lhe dar um bom primeiro olhar a seu rosto, os olhos de Marty se estreitaram um pouco, nunca tinha pensado que estaria tão nervoso por seu jogo sexual com Dearth.
E oh senhor, ele estava nervoso. Ela podia sentir sua fúria como se fosse dela mesma.
Genial.
—Queria-me?- disse com desdém.
—Oh sim, quero-te - ele disse brandamente, cada palavra dita com os dentes chiando. —Vá a minha câmara agora e aguarda por mim ali.
Os olhos do Marty se entrecerraram.
—Não.
Os orifícios nasais de Kil não puderam alargar-se mais.
—Pensa dizer que não a seu amo?
Suas costas ficaram rígida com o uso da palavra amo. Porco! Nazista! Respiração de consolador!
—Não tenho amo- ela gritou.
As sobrancelhas do homem se levantaram.
—Possivelmente deva te tomar aqui e agora para que todos vejam- Ele cobriu sua garganta com uma mão larga e lentamente foi para baixo, detendo-se para massagear seus seios quando os alcançou. —Devo provar seu doce canal na mesa elevada ou devo te pôr de quatro e te agarrar sem compaixão?
Um estremecimento de culpa passou por Kil frente à expressão de dor de Marty. Suavizou sua voz e se agachou para que nenhuma das duas mulheres pudesse presenciar a conversação.
—Sou seu amo, pequena, far-te-ia um favor se recordasse esse fato-. Ele rastelou seu corpo com seu olhar. —Senti saudades ty'k - disse-lhe com voz quebrada. —Não nos fustiguemos mais com o de sua servidão.
Marty deu um grito afogado, parte por prazer, parte pelo choque, quando Kil se agachou e começou a lamber seu aro do mamilo com sua língua justo aí, para que todos o vissem. Ela gemeu forte, incapaz de conter a reação, o que fez que outros guerreiros sentados ao redor da mesa elevada deixassem o que estavam fazendo e a olhassem. Inclusive o primo do rei, que estava ocupado acariciando Ora, deteve-se para ver o que ia passar.
Por um momento Marty se incomodou. Só por um momento. Quando seu estranho toque nas emoções do Kil confirmaram o fato de que ele estava-a tocando publicamente porque tinha sentido saudades e não para lhe mostrar quem era o chefe diante de seus amigos, ela de algum modo pôde deixar-se ir e desfrutar da perversidade desse momento, segura ao saber que ele não deixaria que outro guerreiro a tocasse.
Além disso, pode que ela não entendesse como muitas coisas funcionavam no Morak, mas entendia muito da cultura para saber que muito pouco, se é que algo, pensava-se sobre as demonstrações sexuais em público. Mas oh senhor, pensou enquanto gemia, estas demonstrações eram pecaminosamente perversas para sua mente terrestre e por fim glutonamente excitantes.
A língua de Kil continuou lambendo o aro do mamilo enquanto seus dedos achavam a carne úmida entre suas pernas e começavam a jogar com ela. Ele provocou seu clitóris com golpes suaves, fazendo que Marty se agachasse e pressionasse os dedos dele mais forte.
—Por favor.
Ele fez como ela quis até que Marty pegou um alarido de prazer, muito delirantemente excitada para preocupar-se com o que alguém pensasse. Um momento depois era levantada no ar e seu qi'k atirado ao piso de cristal negro. Ouviu-o gemer quando ele a localizou em seu colo, localizando-se ao corpo dela para sentar-se em cima.
—Me ponha dentro de ti - Kil murmurou, seus olhos percorrendo-a com desejo. Ele mordiscou o lábio inferior dela com seus dentes. —Preciso sentir seu canal, Mari.
Marty pestanejou. Pela segunda vez como em muitos dias, o homem de algum modo tirou sua roupa sem que ela se desse conta de como ou quando o fez. Podia sentir a ponta de sua ereção localizada em seu orifício querendo ser envolta por ela. Ela descartou o pensamento como irrelevante, guardando a informação em sua mente como algo que descobriria no futuro.
O que importava nesse momento era o fato que ele queria que ela o montasse justo aí na mesa elevada. Quando a intensidade de seu orgasmo baixou e se sentiu novamente normal e calma, experimentou um remorso de compreensão, insegura de poder se comportar desse modo em frente dos outros guerreiros e servas.
Mas quando olhou por seu ombro e viu Ora assentindo em silencio com seu olhar, as arrumou para inflamar os sentidos do rei, renovou sua coragem e sua resolução de que Typpa esteja afastada dele. Que ela, uma declarada feminista independente, preocupasse-se inclusive por uma relação tão não independente, era um fato que ela tinha decidido ignorar completamente. Por agora.
Tomando o grosso pênis de Kil por sua base, ela elevou seus quadris e lentamente, provocativamente, começou a envolvê-lo dentro dela.
Ele vaiou ante a provocação, seus dedos afundando-se na carne de seus quadris.
—Será minha morte- ele balbuciou —Se não tomar tudo de mim logo.
Marty pôde sentir o olhar de outros guerreiros nela. Saber que eles podiam ver tudo, que estavam olhando suas coxas nuas afundar-se bem dentro dele, excitavam-na mais que o que a tinha excitado o incidente do aro do umbigo. Ela se sentiu como uma deusa sexual.
—Não quero que morra- disse-lhe devagar como para que só Kil a ouvisse. Ela se afundou umas poucas polegadas mais, lhe dando algo mais de sua carne. — Quem mais vai agarrar-me toda a noite se isso acontecer?
Seu olhar se chocou com a dela. Sua mandíbula ficou tensa.
—Ninguém, Mari. É melhor que você te dê conta disso.
Ela se afundou ainda um pouco mais, lhe dando mais de sua vagina. Por alguma razão, sentiu a perversa necessidade de provocá-lo.
—O que fará então- disse com soltura ao envolver seus braços por seu pescoço. —Quando os cinco anos Yessat tenham acontecido e eu seja livre?
Pôde sentir a melancolia invadindo-o pelo só feito de mencionar deixá-lo. Parte dela queria retroceder não machucá-lo sem necessidade com suas palavras, mas sua intuição feminina demandava que ela forçasse a este líder, um guerreiro que se acostumou a fugir de seus sentimentos, enfrentar o fato de que eles compartilhavam um vínculo estranho.
Nunca poderia deixá-lo e ser a mesma. Ela aceitou isto como um fato. Não significava que o ia deixar, mas ela soube que nunca seria a mesma mulher quando o fizesse.
Kil, entretanto, estava resistindo à idéia de que quando ela se fosse lhe ia importar. Suas palavras seguintes confirmaram o fato.
—Não merece uma provocação a duelo- ele gritou, claramente contra ter que enfrentar algo que não queria considerar —Cinco anos Yessat é um tempo comprido, muito comprido desde esta saída de lua.
Marty ficaria triste por suas palavras se não soubesse que suas emoções estavam agora em agitação. Decidiu deixá-lo sair do apuro, por agora e lhe permitir dirigir sua necessidade dela na única forma que ele conhecia.
Marty se afundou em seu colo por completo, empalando-se até o fundo. Ambos gemeram, seus dedos afundando-se em sua carne quando ela começava a cavalgar por toda sua longitude.
—É um prazer - Kil gemeu, sua respiração se espessou —Seu canal é um prazer doce, pequena.
Ela tomou o ritmo de seu cavalgar, gemendo e grunhindo cada vez que se afundava. Quando sua mãos acharam seu traseiro e começaram a massageá-lo, ela pressionou a parte superior de seu corpo contra a dele para que seus mamilos tocassem seu peito.
—Kil.
Ela gritou seu nome enquanto o montava, ambos cheios de luxúria para dar-se conta de que os outros guerreiros e serventes os estavam olhando boquiabertos (não porque estivessem copulando, mas sim porque Marty tinha chamado ao amo por seu nome e ele não parecia haver-se incomodado).
—Mais rápido - ele gemeu. Estudou seu rosto, desfrutando que ela estivesse tão excitada que quase não podia manter seus olhos abertos. —Me monte mais forte, pani.
Marty acessou, grunhindo quando sua carne envolvia a dele. Ela rodou seus quadris e se afundou nele uma e outra vez, mais e mais rápido.
Kil apertou sua mandíbula. Seus dedos se meteram em seu traseiro enquanto sua carne começou a ordenhar a dele.
—Pensa me fazer gozar logo, luxuriosa, mas não ejacularei até que seu canal se alague para mim - Uma mão larga deixou seu traseiro para inclinar-se e mexer no aro do umbigo. Sua outra mão a envolveu e achou seus clitóris.
—Goze para seu amo- murmurou-lhe. —Goze para mim, Mari.
Mas Marty não necessitou muita petição. Esteve tão perto de gozar antes que seus dedos começassem a tocá-la, a mescla só o fez mais forte e mais rápido. E o aro do umbigo…
—Ai, Deus.
Marty gemeu forte quando gozou, sua carne contraindo-se frenética ao redor de seu pênis para ordenhá-lo. Um momento depois ela ouviu seu grito rouco de satisfação, logo sentiu seu sêmen quente ejaculando dentro.
Agora que o show tinha terminado, os outros guerreiros voltaram sua atenção às servas fiéis às que estavam acariciando antes. Marty pôde ouvir Ora suspirando luxuriosa, o que só podia significar que o guerreiro estava lambendo e chupando várias partes de seu corpo. Reservou-se um sorriso, contente porque ambas tinham obtido a atenção que tinham procurado essa noite.
Kil murmurou seu nome, o que trouxe Marty de volta a ele. Ela o olhou inquisitiva, seus braços ainda ao redor de seu pescoço, sua carne ainda unida.
Seus dedos massageavam seu traseiro de uma vez que seu olhar se chocava com o dele.
—Tenho a necessidade de deixar Morak por um tempo para acompanhar Dearth à participação de meu irmão no Sypar-. Mentalmente ele apertou seus dentes. Nunca lhe tinha explicado suas ausências a uma puta. —Proíbo você de deixar a câmara do harém enquanto eu não esteja e trocar de lugar minhas posses.
Ele se deu conta de que seus irmãos e Dearth poderiam pensar que ele tinha perdido a cabeça e se inteiravam disto, e possivelmente a tinha perdido. Quão único sabia era que ele desejava não, necessitava, sua presença.
Era um fato de que inclusive as quatro saídas de lua em que ele estivesse no Sypar seriam horrorosas. Deu-se conta ao final que não iria pela busca da noiva com Rem agora que Dearth tinha decidido ir, já que não podia suportar estar separado de sua serva fiel e seu estreito e doce canal por tanto tempo.
Marty beijou a ponta de seu nariz. Nem sequer Typpa e suas tetas triplo D tinham conseguido meter-se na câmara de Kil.
—Ok- ela disse com um sorriso, sem oferecer briga. Logo ela se questionaria que tão idiota era por estar de acordo fazendo sua situação de vida ainda mais íntima. Estava destinada a apaixonar-se por ele, sabia. O que significava que estava igualmente destinada a sofrer.
Kil grunhiu, mais feliz do que podia admitir por sua rápida aceitação. Ele esperava uma discussão e não lhe objetou nada. Ela era assombrosa. E o tinha enfeitiçado.
—Farei saber aos guardas do guerreiro que seguem detrás que seu canal é meu e só meu - Seus brilhantes olhos azuis se acenderam com posse nos cinzas dela. —Se souber Mari, que copula com outro me forçará a te castigar.
Os lábios de Marty se franziram em um gesto. Ele tinha passado de seduzi-la com sua atitude possessiva a ameaçá-la com bate-papos de castigo, todo isso em um segundo.
—Eu…
Kil colocou um dedo em seus lábios, adiantando-se a qualquer briga ou palavrão que ela pudesse lhe dizer.
—Mantém seu canal estreito para mim, ty'k. - murmurou-lhe com tom de advertência. —É tudo o que peço.
Capítulo 12
Kil deixou Sypar sentindo-se mais áspero que uma besta de ravina, condição que durou pelas seguintes saídas de lua. Tinha tratado de copular com as servas fiéis de seu irmão ao visitar o palácio de gelo (muitas eram belezas luxuriosas), mas na hora não pôde sustentar uma ereção com nenhuma.
Merda! Se essas malditas servas decidiam a falar, seria mais que algo vergonhoso para ele. Ele, Kil Q'an Tal, incapaz de copular?
Bem, ele se disse com desdém, ao menos era pouco provável que algum guerreiro acreditasse tais histórias blasfemas se chegassem a seus malditos ouvidos.
Kil apertou seus dentes enquanto navegava seu transporte de alta velocidade para Morak. Certamente estava perdendo sua mente, pensou. Estava-a perdendo e o que era mais seguro que não a recuperaria.
A pior parte era que tinha mentido a Rem. Tinha mentido a seu próprio irmão! Confundido e muito envergonhado para admitir a alguém o modo que se sentia por sua serva fiel, tinha inventado batalhas míticas nos setores longínquos como a razão para não deixar a primeira dimensão. Deveria ter ido com seu irmão, deveria ter ido assegurar-se que seu irmão se fora bem, e se sentiu como um homem mortal por não ter feito isso.
E olhe onde tinha chegado.
De volta do Morak ao Sypar, uma holo chamada que gelava o sangue fez que Kil girasse seu transporte e se dirigisse à quinta dimensão a uma velocidade sônica. Seu irmão tinha achado sua nee'k, sim, mas seu cruzeiro gastroluz tinha golpeado um meteorito e tinha caído aos poucos, fora de controle, em um buraco.
Mas logo em rota por volta da quinta dimensão, Rem pessoalmente tinha enviado outra holo chamada, lhe informando que era inútil que fosse até eles. Obter um cruzeiro gastroluz e rastreá-los não seria bom, porque agora eles estavam no Joo e a atmosfera do planeta era tal que os cruzeiros gastroluz podiam entrar, mas muito longe.
Então Kil tinha voltado outra vez, sabendo que ele teria que esperar. Encontraria-se com Rem nas montanhas do Joo.
E agora, finalmente, estava retornando a Morak por um curto tempo. Tinha pensado em seguir até Cidade Areia e parar ali até partir para o Joo, mas não, não poderia estar tanto tempo longe dos encantos de Mari. Precisava estar com ela por um tempo, sentir o canal dela ordenhando-o outra vez.
Verdadeiramente, Kil não acreditava merecer sequer esta curta pausa. Deveria estar no Joo com Rem, Dearth e a nee'k de Rem. E tivesse estado se é que não lhe teria mentido a seu irmão e seu amigo sobre as lutas em setores longínquos e ir à caça de noivas como originalmente tinha planejado.
A verdadeira razão de Kil de não procurar com Rem e Dearth era mil vezes pior que o derramamento de sangue em setores longínquos, ao menos para a forma de pensar de Kil. Ele simplesmente se encheu de pânico só de pensar na possibilidade de ficar longe de Mari pelo período inteiro de uma busca. Sim, poderia a ter levado com ele à primeira dimensão, mas se o fazia, os outros teriam julgado seu apego não natural para com ela, possivelmente burlando-se.
Kil grunhiu ao passar sua mão em forma agitada por seu cabelo. Em nome da deusa Aparna o que lhe estava passando? Tinha desenvolvido uma enfermidade estranha que fazia que um guerreiro perdesse sua maldita cabeça? Ou a mykk Wani tinha dado a Mari certa classe de poção para que ele se endurecesse e sua bolsa permanecesse firme só para ela? Ou possivelmente…
Ora! Não pensaria nisso. Voltaria para o Morak o mais breve possível para achar o remanso dentro do estreito canal de Mari. Não se questionaria mais. Certamente era desgastante, admitiu taciturno.
Uma imagem da bela e querida Mari apareceu na mente dele ao passar a alta velocidade do transporte a modo hiper. Apertou seus dentes quando lhe veio à mente que só o pensamento dela fez derreter seus corações.
Arrg!
******
No meio da noite, Marty despertou lentamente ao sentir Kil movendo-se para dentro e para fora por trás. Ela podia ouvir seu gemido e grunhido, poderia sentir a quase delirante euforia que ele experimentava ao estar dentro dela. Sabia que se ela se apoiava sobre suas costas em vez de sobre seu ventre, veria que tão grossos eram seus músculos, que tão forte apertava sua mandíbula, como sua veia jugular se inchava quando seus dentes se apertavam.
—Oh ty'k - disse-lhe com voz áspera —senti saudades.
Necessitava-a. Não queria admiti-lo, mas sabia que era assim.
E ela o necessitava. Deu-se conta disto como uma questão inevitável durante os dias que pareceram intermináveis quando ele se foi. Cada dia, cada hora, cada momento tinha parecido uma eternidade com ele longe.
Mas isso não significava que ela podia ficar aqui. Não podia e não o faria.
Marty não era o tipo de mulher que escapasse de suas emoções. Tampouco era do tipo de escapar das causas boas, sua participação no movimento das mulheres na Terra era prova positiva disso.
Mas também sabia quando estava enfrentando possibilidades insuperáveis. Kil podia necessitá-la, podia inclusive amá-la, mas nunca admitiria nenhuma emoção. E devido a isso, para ele, nunca seria mais que uma puta sexual.
A servidão de Ora terminaria em menos de um mês. Quando Ora deixasse Morak e voltasse para seu planeta de origem, Marty também deixaria e iria com ela. As duas tinham tomado esta decisão logo depois de que Marty lhe confiasse todos seus sentimentos e Ora insistisse em ajudá-la a escapar de Kil.
Marty sentiu que as lágrimas queimavam em seus olhos só em pensar deixá-lo. Mas sabia que era para melhor. Algo dentro de si, dizia que era a única forma. Nunca poderia ser totalmente dócil. Nunca poderia ser feliz em seu estado atual como pareciam sê-lo as outras mulheres do harém. Ainda sabendo que Kil não tinha tido sexo com nenhuma delas desde que tinha feito amor com ela, não era suficiente. Não podia tolerar pensar em ser subjugada a alguém, muito menos a alguém de quem ela estava apaixonada.
—Senti saudades, também- ela murmurou. Elevou seu traseiro para fazer-se saber que estava acordada e desfrutando totalmente de como lhe estava fazendo amor.
A mão do Kil se moveu por debaixo dela.
—Ponha em quatro patas, pequena. Quero penetrar seu canal o mais profundo possível.
Marty acessou, ficando em quatro patas. Imediatamente a penetrou, arrancando um gemido de ambos.
—Está estreita - gritou enquanto começava seu ritmo e punha e tirava rapidamente — e é minha.
Ele a copulou forte, rodou seu corpo como se nunca tivesse tido o suficiente do mesmo, o que temeu ser verdade. Seus peitos se sacudiam debaixo dela pelo forte murro que lhe dava, e a sua vez não podia evitar agachar-se para beliscar seus mamilos, enquanto a conduzia a um lugar melhor que a inconsciência.
Marty tomou tudo dele, queria tudo o que lhe pudesse dar. Ela não podia conter as rajadas de tristeza que a atravessavam ao saber que o estava deixando, então decidiu aproveitar o melhor possível com ele enquanto que pudesse.
—Amo-te, Kil- ela disse baixinho.
Mordeu forte seu lábio inferior para evitar chorar quando por parte dele, só escutou silêncio.
*******
Os seguintes três dias, Kil não deixou Mari sair de sua vista. Fizeram amor hora detrás de hora, uma e outra vez, em cada forma imaginável.
Tinha-a levado a sua câmara de banho e viu as Kefas fazê-la chegar ao clímax, logo lhe fez amor ele mesmo. Tinha ordenado a Ora ir a sua câmara, logo viu como ela e Marty se beijaram e acariciaram mutuamente. Logo depois disso, ele estava tão duro que teve que montar Marty quatro vezes antes de sentir-se repleto.
Mas no geral, Kil fez amor com ela, ele só, sem nenhuma Kefa ou serva fiel presente para ser testemunha de suas cópulas. Era da forma que ele preferia, e isso era em si mesmo, principalmente aterrador.
Mas o aspecto mais aterrador de tudo era o desejo que tinha de estar com ela em todo momento, sem ter em conta se ele estava ou não copulando com ela. Queria… lhe falar. Desfrutava escutar suas histórias da Terra e achava que tinha vontade de lhe contar coisas que ele nunca tinha contado a ninguém.
Queria… estar com ela. Estava contente só tendo-a perto, sabendo simplesmente que ela estava ali e era dele.
E havia-lhe dito que o amava. Tão louco como pudesse soar (uma união duradoura entre um rei e a favorita de seu harém) começou a perguntar-se se possivelmente também…
Ora, não podia pensar nisso. Embora ele se deu conta que tinha que pensar nisso e logo.
Sabia, soube que o gelo dentro de seu coração estava derretendo-se onde ela estava presente, que uma parte primitiva dele golpeava as portas de seu coração para sair.
Tinha que pensar.
Tinha que brigar.
E então ao quarto dia Kil ouviu sobre problemas possíveis nos setores longínquos e deixou Morak a toda velocidade. Tratou de endurecer seu coração pela dor que ele sabia que Mary estava sentindo quando a deixou, mas não pôde.
Possivelmente porque ele também o sentiu.
Capítulo 13
No decorrer das seguintes semanas, ele tinha ido por ela em só uma ocasião mais. O resto do tempo tinha permanecido afastado, procurando batalhas que não existiam, atendendo a saída da puta Kara, resgatando um irmão que não o necessitava mais…
Mas logo depois de que tinha retornado do Joo, Kil não tinha podido ignorar a necessidade de ver Mari. E então a tinha procurado e do modo que ela sempre fazia, tinha-o rodeado com seus braços e ofereceu a seu corpo e a seu coração remanso com o uso de sua arte de amar. Tinha ejaculado sobre ela com um gemido, sentindo-se como um guerreiro ferido que tinha encontrado ao fim um elixir de cura.
Sentado na sala de jantar dentro das paredes de gelo de rubi do Palácio de Gelo com o resto de sua família, Kil tirou de seu matpow enquanto recordava a última jornada que passou com a puta Mari.
Sua copulação tinha sido selvagem nessa saída de lua, ele recordou. Ela tinha estado tão desesperada para senti-lo dentro dela, como ele o estava de estar ali. Por uma vez tinha sido Mari quem tinha sido a agressora, cavalgando seus quadris e montando-o forte uma e outra vez durante a noite. Tinha-o conduzido até seu canal mais vezes das que ele podia contar, amando seu corpo junto ao dela até o sol amarelo transtornado apareceu de noite vermelho carmesim e o declarou dia.
Havia-lhe dito que o amava. Uma e outra vez lhe tinha suspirado as palavras até que ele acreditou. Ele tinha aberto sua boca para lhe devolver as palavras mas morreu de pânico ao tratar de as dizer. Kil Q'an Tal nunca havia dito tais palavras a outro ser humano. Nem uma vez em todas as centenas de anos de existência.
Como se ela tivesse entendido, Mari não pressionou o tema, em troca continuou afundando seu canal em seu pênis enquanto seguia lhe dizendo palavras de amor uma e outra vez, sem esperar que ele as devolvesse.
Era como se ela houvesse pensando em não vê-lo nunca mais, e portanto precisava dizer o que havia em seu coração tanto como fora possível. Mas não…
Kil franziu o cenho ante sua taça enquanto seus olhos atravessaram a sala de jantar. Toda sua família estava ali, celebrando a incorporação de Giselle à família, junto com os pequenos de Rem. Todos estavam contentes, divertindo-se e entretanto ele estava ali ruminando com sua taça.
Tinha-lhe tirado Mari a partir de agora até por uma quinzena. E nessa última e maravilhosa noite quando lhe deu seu corpo e seu coração tão completamente, ele o único que tinha feito foi lhe atirar os presentes em sua cara, muito teimoso e medroso para lhe dar tudo em retorno.
E de verdade, qual era seu medo? Que seus irmãos se burlassem de que ele tinha sido enfeitiçado por sua própria serva fiel?
Não. Quando tudo estava dito e feito, Kil era um guerreiro que não partia nenhum ritmo mais que o próprio. Só poderiam rir e burlar-se, e a esta altura, ele estava muito intoxicado de Mari para se importar.
Então qual era o motivo real? Por que o medo e o pânico? Até que ele pudesse responder essa pergunta…
—Desculpo-me irmãos- disse Kil ao levar a taça de matpow a seus lábios — mas temo que devo deixar esta saída de lua para ver meus setores.
Zor levantou uma sobrancelha.
—Você viu muito seus setores ultimamente. Espero que não haja nenhum problema…
Ah, mas há muitos problemas. Seu tolo irmão não podia estar separado de sua endiabrada serva fiel.
—Não - Kil murmurou —Não há nenhum problema.
Tolo. Era parvo por estar endiabrado, ou tolo, por não admitir que estava endiabrado por Mari? Esperava que fora pelo primeiro, mas suspeitava muito que era pelo segundo.
O corpo inteiro de Kil se congelou quando uma estranha premonição o atravessou.
Mari.
Precisava voltar para Mari. Algo estava… muito mal.
Ela tinha ido. Ela tinha escapado.
Bramindo e como um homem louco, o punho de Kil golpeou a mesa mais próxima, rompendo a estrutura de cristal em milhões de pedaços.
Ela o tinha deixado. Atreveu-se a escapar dele, quando não estava.
Ladrando a um de seus guerreiros para que prepare um transporte de alta velocidade para sua partida, as pesadas pisadas dele se sentiram por todo o corredor do palácio, quando caminhou para a plataforma de lançamento.
Se ela pensava que podia escapar dele, disse-se em tom grave, então melhor que mudasse de idéia. Encontrá-la-ia. Ele tinha uma obsessão com isso.
A cicatriz em sua maçã do rosto queimou de fúria quando ele abordava seu transporte de alta velocidade. No meio de sua fúria nunca ocorreu ao Rei do Morak que havia uma razão de porque ele ia obcecar-se com ela. Tudo o que ele sabia era que tinha que tê-la outra vez. E tinha que tê-la agora.
Rei Kil Q'an Tal, o líder mais temido e rude que todas as dimensões do tempo tenham conhecido, saiu arrojado da plataforma do transporte preparando-se para fazer o que melhor sabia fazer. Estava preparado para caçar. A única diferença, ele pensou enquanto apertava sua mandíbula implacavelmente, era que esta vez o que caçava era uma puta.
********
Ela aceitou a bolsa de créditos do comerciante que lhe ofereceu um alto preço por uma de suas qi'ks. Olhando por sobre seus ombros para assegurar-se de que ninguém a seguia, dirigiu-se pelo inquieto povoado para chegar ao diminuto barracão de cristal em que estava se escondendo.
Deteve-se um momento quando uma estranha revoada vibrou em seu ventre. Essa foi a segunda vez em muitas semanas. Recordando-se que não tinha tempo de refletir sobre sensações estranhas, caminhou rapidamente para o centro do povoado, seu rastro mesclando-se com o de outros passageiros.
Capítulo 14
Setor Vakki do Planeta Zolak
Galáxia Trek Mi Q'an, Sétima Dimensão
—Graças à Deusa, — Ora suspirou quando Marty abriu a porta de cristal e fez passo no minúsculo barracão que estavam compartilhando —Estava começando a pensar o pior.
Os lábios de Marty franziram em um gesto.
—Sem ofender seu lugar de origem, Ora, este setor é o pior-. Ela disse não com a cabeça e sorriu. —O planeta inteiro é um chiqueiro. Quem disse que era o soberano aqui?
Ela sorriu maliciosa.
—Rei Jun, o m… né, o sobrinho de dois anos do Rei do Morak.
—Isso explica muito- Marty balbuciou. O menino é muito pequeno para saber que herdou a versão planetária de uma brincadeira prática.
Ora suspirou ao caminhar para uma janela e olhar fixo para fora. —Temo estar de acordo. Não é como o recordo de quando eu fui capturada na batalha faz cinco anos Yessat.
Marty cruzou seus braços sob seus peitos e a escutou atentamente.
—Foi Kil quem te capturou?
Ora assentiu, mas não se foi da janela.
—Sim. Os rebeldes nos acossaram por meses antes que ele viesse e apagasse a rebelião. Poderia lhe ter contado a verdade, que eu era uma Zolakian e não uma rebelde simpatizante, embora meus pais tinham sido mortos, nossos cultivos tinham sido roubados e não tinha aonde ir- Ela suspirou. —Então não disse nada. Estava sozinha e estava morrendo de fome, mas tinha minha beleza.
Marty assentiu. Em uma escala de um a dez, a beleza de Ora de algum modo chegava até vinte.
—Então deixou que te levasse ao Morak e a pusesse em seu harém.
—Sim-. Ora girou ao fim e sorriu, algo triste. — Não me arrependo da decisão, Mari. Nem ainda em retrospectiva.
Marty sorriu delicadamente.
—Não te condeno. É o que qualquer uma de nós poderia fazer, Ora, somente tomou a melhor decisão que podia apoiada no conhecimento que tinha no momento.
—Quão mesmo faz agora-, Ora murmurou. Ela meneou sua cabeça e voltou para a janela. —Desculpo-me. Não era necessário te recordar o am… dele.
Marty riu quando se deslocou para onde Ora estava parada contemplando a noite negra.
—Como se não pensasse nele se mesmo não o mencionando. - Tomou as mãos de Ora entre as suas. —Sou afortunada em ter tido sua amizade, assim como sua ajuda para escapar.
Ora lhe apertou a mão.
—E logo te trago para este planeta de brinquedo conhecido como Zolak. - Ela suspirou. —De verdade devemos continuar Mari. Não há nada aqui para nenhuma das duas- disse com tristeza.
Marty sentiu que não haveria nada para ela em lugar nenhum, mas não disse muito a respeito. Ela sentia saudades de Kil, Oh Deus como sentia saudades, mas não podia nem iria voltar a ser sua puta sexual. Ela tinha posto a tudo ou nada e obteve nada. Era o tempo apropriado para ir-se.
—É verdade- Marty disse quieta. Ela passou um dedo pelo Top transparente como de gênio que tinha posto. —Nem sequer podem fiar uma decente qi'k aqui.
Ora soprou ao escutar isso.
—Não, não podem-. Analisou as coisas por um momento, logo disse —Temos um montão de créditos entre nós duas. Podemos ir aonde o espírito nos leve.
Marty sorriu, pensando no verão no que tinha ido de mochileira por toda a Europa. Ora teria sido uma hippie decente.
—Ouviste que outros planetas em qualquer das galáxias onde as mulheres não sejam dominadas pelos homens?
—Além das Wani do Tron?
Marty inclinou sua cabeça. Ela soube que nunca voltaria ali. Poria a suas amigas em perigo em outra guerra se Kil decidia tratar de encontrá-la e localizá-la de volta dentro do harém.
—Sim, além do Wani.
—Posso pensar em um só.
—OH? E qual é o nome do planeta?
—Galis,- ela suspirou.
O cenho do Marty se enrugou.
—Diz-o como se não queria ir ali.
—Não, não é isso.
—Então o que há?- Marty disse quieta. —Por que está tão zangada? E não se incomode em negá-lo porque te conheço muito bem para acreditar.
Ora sorriu enquanto olhava fora da janela.
—Sim, é verdade. Por isso estou muito agradecida. Significa que somos grandes amigas.
—Então por que a melancolia?
Ora moveu sua cabeça, mas não disse nada. Ela simplesmente continuou olhando fora da janela.
Marty voltou sua cabeça e olhou fora da janela onde Ora estava pousando sua vista. Ela suspirou quando se deu conta de porque sua querida amiga estava tão molesta. Como pôde ser tão desconsiderada?
—Isto deve ser duro para ti - ela murmurou. —Voltar para sua terra de origem só para te dar conta que não há nada mais para ti.
Ora secou uma lágrima rebelde.
—Por cinco anos Yessat levei esta fantasia em meu coração de que quando retornasse tudo ia ser como era antes que os rebeldes queimassem todo meu setor até o chão-. Ela sacudiu a cabeça. —Mas o tempo não fez nada, Mari. Esta terra uma vez bela é tão horrorosa como o dia em que as terras de minha família foram dadas.
—Sinto muito-, Marty disse brandamente.
Quando Ora se voltou para ela, suas lágrimas fluíam livremente. Seus olhos procuraram o rosto de Marty.
—Necessito que me contenha esta noite, Mari - ela murmurou.
Marty sorriu delicadamente. Ora era tão bela, ela pensou. Tão amável, generosa e linda. E não era quão única precisava ser amada esta noite.
Como por instinto, seus lábios se encontraram. Marty passou suas mãos pelos peitos de Ora enquanto se beijavam, massageando brandamente seus mamilos até que suas línguas se mesclaram sem pressa.
Beijaram-se por muito tempo, beijos sensuais, cativantes que se transformaram em um desejo intenso. E embora fosse estranho, sentia-se bem. Um tempo depois, Marty levantou sua cabeça.
—Tem sabor de mel - ela murmurou.
Ora sorriu.
—Há outras partes de mim que possuem gosto melhor.
Marty se sentiu um pouco enfeitiçada quando Ora tirou seu qi'k, ao dar-se conta do modo que o fez seu corpo era excitante. Mas logo, ela tinha começado a desfrutar como em feitiço desde que deixou a Terra.
Quando ambas estavam nuas, ela seguiu a Ora à pequena cama que compartilhavam e beijou seu corpo da cabeça até os dedos do pé. Estava certa. Havia partes dela que tinha o gosto melhor que o mel.
********
—Amo Meu…
Grande Senhor Jek Q'an RI esclareceu sua garganta quando era óbvio que o rei não o tinha ouvido.
—Poderoso - disse um pouco mais alto.
Kil grunhiu para lhe fazer saber que tinha ouvido seu sobrinho paterno mas não se moveu de sua posição parado para olhar para baixo.
—Estivemos caçando por dois dias, tio, mas ela nos evitou. Tem centenas de putas mais em seu harém. Podemos voltar para o Morak já que poderíamos continuar a instrução na arte guerreira?- Levantou suas sobrancelhas brevemente. —É por isso que meu pai me enviou para ti em primeiro lugar, para aprender com o melhor.
—Sei que ela esteve aqui- ele murmurou, ignorando a suave reprimenda de Jek. Não tinha cabeça para que lhe recordassem suas tarefas. Sua vida inteira tinha sido sempre uma tarefa. Se ele desejava tomar uma pausa para poder localizar Mari, era problema seu e não de outro. —Posso cheirar seu perfume-. Ele olhou ao redor do barracão abandonado de cristal por qualquer sinal revelador de onde ela poderia ter ido, mas não encontrou nada.
Jek entortou os olhos ante isso.
—Não recordo que ela tenha usado um perfume.
—Não?- Kil olhou para baixo a seu sobrinho antes de ficar de cócoras para inspecionar a área debaixo da cama. —Então provavelmente necessite aulas dos sentidos mais que nas artes da guerra, já que não há um aroma nas galáxias mais fino que o de Mari.
Jek estava por deixá-lo passar quando recordou um incidente que ele tinha ouvido por acima no Palácio de Espelhos um tempo atrás.
—Não, Poderoso, tenho certeza que Mari não usa perfume – Encolheu os ombros. —Lembro ouvi-la declinar a oferta de Ora de um perfume do Zolakian, dizendo que lhe dava uma alergia de pontos vermelhos pelo corpo.
—Então como é possível que eu possa cheirar…?
O corpo inteiro de Kil se congelou. O ritmo de seus corações se acelerou, logo se deteve e trabalhou três vezes mais. Pelas areias, Oh Mari. Sentou-se ajoelhado pelo que sentiu uma eternidade antes que seus olhos redondos disparassem grosseiramente para seu sobrinho.
— …seu perfume? - finalizou brandamente.
Jek fechou seus olhos brevemente e suspirou.
—Graças à Deusa.
Kil o olhou boquiaberto por um momento antes de recuperar sua voz.
—Graças à Deusa?- ele gritou com fúria. — É muito óbvio que eu fui o suficientemente parvo para localizar o meu Casal Sagrado dentro do harém pelo amor das areias! Uma imperdoável transgressão pela qual ela escapou de mim e a isto não diz nada exceto "graças à Deusa"?
Jek teve a bom senso de ficar vermelho por isso.
—Não era por isso que lhe estava agradecendo, Poderoso.
—Então por quê?- ele grunhiu, alinhando-se a seus pés.
—Era meu medo de que estivesse… meio doido.
Kil tocou a fronte com uma mão e gemeu.
—Graças à Deusa é tão somente uma enfermidade dos corações gerado pela separação de sua nee…-
—Doido?
Jek suspirou ao dar-se conta que não havia uma saída graciosa de tal declaração.
—Você, ah, comportaste-te… diferente que antes.
Kil grunhiu. Temeu escutar a resposta, mas decidiu perguntá-la o mesmo.
—Como passou?
Jek não tinha problema de repassar uma lista. De fato, Kil pensou com o cenho franzido, parecia ter muita alegria ao fazê-lo.
—Bom por começar, teve copulando só com Mari por todo o tempo desde que a tiveste.
Os dentes do Kil fizeram um ruído. Ele grunhiu.
—Pode um guerreiro ter dor de cabeça sem passar o ridículo?
Jek sustentou um segundo dedo e o levantou.
—Uma das servas fiéis do Rem contou que…
Kil choramingou, aterrorizado pela crítica.
—…sua virilidade não…
—Está bem-. Kil passou uma mão pelo ar em forma lacônica. —Eu tinha ingerido muito matpow essa noite. Não voltemos mais nesse ponto.
Jek sustentou um terceiro dedo.
Kil fez uma careta de dor.
—E logo está o fato inegável que ultimamente foste…- Seu nariz se enrugou com desagrado. — …agradável.
Agradável? Arrg!
—Nunca sou agradável - Kil disse zangado. —Ao menos - disse respirando fundo — Não vai contra a Lei Sagrada mostrar-se agradável para seus ajudantes?
—Não, mas também mostraste ser agradável a seus inimigos…
—Quando?- ele gritou. — Como?
Kil inclinou a cabeça.
—Quando estávamos brigando nos setores longínquos e ganhamos, não te levou a nenhuma puta do inimigo a seu harém.
—Tinha dor de cabeça - gritou-lhe. —Pelas areias, não pode um guerreiro ter dor de cabeça? - Sua mão se elevou em ao ar outra vez. —É certo que posso escolher e copular qualquer puta viva que eu deseje.
Jek sustentou um quarto dedo.
—Ora!- Kil bufou. —Baixa esse maldito dedo antes que lhe rompa isso.- Seus olhos se entrecerraram ameaçadores. —Faz soar como se tivessem me visto dando saltos nos campos de trelli com flores joo-joo em meu cabelo - Apertou a mandíbula. —Então eu rechacei umas poucas transas aqui e lá. Agora sabemos a razão.
Jek assentiu com sinceridade.
—Era por isso que estava agradecendo à deusa, Poderoso.
Arrg!
—Bem. Não voltemos mais nesse ponto-. Seus orifícios nasais se aumentaram. —Preciso caçar minha besta heeka de uma nee'k.
Jek riu.
—Se procurarmos os ninhos no Koror?
Kil achou seu primeiro sorriso desde que se deu conta que Mari se foi dele.
—Será o segundo lugar em que procuremos.
—E o primeiro?
Kil deixou de sorrir enquanto pensava agora sobre isso. Sua primeira opção tivesse sido que Mari voou de volta às Wani. Mas não, logo depois de considerá-lo mais, ele soube que ela nunca faria algo que pudesse pôr a seu clã adotivo em dano algum. Ela tinha consideração. Que afortunada sua conexão com ela, uma conexão que agora compreendeu, assegurou que ele pudesse adivinhar seus movimentos melhor que qualquer outro.
—Minha besta heeka irá onde se sinta mais como em casa…
Jek assentiu, os rasgos de sorriso que se pareciam tanto aos de Kil se suavizaram um pouco quando ele sorriu.
—Pode ser um lugar onde os porcos não estejam mais no poder e os paradigmas tenham sido transbordados.
Kil sorriu de volta.
Olharam-se um ao outro e sorriram, logo disseram em simultâneo:
—Galis
Capítulo 15
Enquanto isso, na lua de Ti Q´won…
—Agradeço muito tia, por me permitir parar aqui com a Jana por um tempo-. Sentada a mesa real elevada no salão comilão, a Grande Princesa Kara Q'Ana Tal sorriu afetuosamente a sua tia, rainha Geris.
Geris sorriu.
—Estamos contentes de que esteja aqui. Verdade Dak?
—É obvio-, disse o rei entre os bocados de guisado. Pediu-se uma parte de pão maga. — Foi a caça seu futuro Casal Sagrado o que te permitiu deixar Cidade Areia e nos visitar por um tempo.
O sorriso da Kara titubeou com a só menção do Grande Senhor CAM K'à a Ra.
—Sim - disse ela fracamente —caça.
A Princesa Jana, dourada como seu pai, imediatamente mudou de assunto.
—Mani - ela disse, seus brilhantes olhos azuis se encontraram com os olhos marrons de sua mãe, —possivelmente Kara, Dari e eu visitemos os postos de venda amanhã.
Geris sorriu.
—Seguro, neném. Não vejo por que não.
—Com a condição que vá com os guardas do guerreiro - Dak anunciou. —Ou seu irmão Dar.
—Sim, papai-. Jana passeou seu olhar de seu pai a Kara, logo depois de volta a sua mãe. — Desculpam-nos, Mani?
Os lábios de Geris franziram em um gesto.
—Mas quase nem comeu, neném.
Jana sorriu, um pouco nervosa para a forma de pensar de Dar já que arqueou uma sobrancelha dourada enquanto a via travar-se ao falar.
—Possivelmente possamos terminar de comer em minha câmara-, ela sugeriu.
Geris olhou Dak. Quando ele não disse nada, ela encolheu seus ombros.
—Bem. Vão então.
—Obrigado, Mani.
Jana, Kara e Dari se apuraram a levantar-se ao mesmo tempo. Cada uma tomou um prato, parou brevemente aos lados do rei e a rainha para lhe dar um beijo em suas bochechas e se largaram do salão comilão.
Dar as viu sair com um olhar curioso. Ele se voltou para sua mãe. —Devo as acompanhar aos postos de compra amanhã, Mani. Desejas ir também?
Geris tomou uma parte de pão maga e negou com sua cabeça.
—Parece bom doçura, mas sua tia Kyra desafiou-me em uma partida de holo-labirinto-. - Ela apurou seu passo. —É hora de ganhar de volta os malditos cinquenta créditos-, ela murmurou sob sua respiração.
Dar sorriu, uma covinha se formou em sua maçã do rosto.
—Você e a tia tomam o holo-labirinto a sério.
Dark soprou ao escutar isso.
—É o eufemismo deste milênio.
Geris franziu o cenho a seu marido, logo girou para seu filho e alvoroçou seu cabelo dourado com afeto.
—Cuida bem das garotas, nenê-. Ela suspirou, seu porte era cada vez mais sério. —Em especial Dari e Kara. Preocupam-me.
Dar assentiu, embora pensou para si mesmo que Jana precisava ser controlada tão de perto como as outras duas. Dari e Kara sempre faziam confusão, sim, mas Jana era simplesmente ardilosa.
—Certamente - ele murmurou.
Capítulo 16
Cidade de Cristal no Planeta Galis
Galáxia Trek Mi Q'an, Sétima Dimensão
Marty e Ora só podiam olhar boquiabertas ao seu redor. Os rumores que concerniam Galis eram de verdade reais. Este planeta com o tamanho de Júpiter que se localizava entre o Zolak, que era mais ou menos do mesmo tamanho, e Tryston, que era dez vezes maior, era o sonho feminista independente declarado.
Aqui, como com as Wani, as mulheres mandavam em todas as áreas de governo e comércio. A diferença das Wani, entretanto, os homens do Galis não eram tratados com severidade e lhes davam certos direitos. Podiam opinar para tomar suas próprias decisões e escolher os cursos de suas próprias vidas, parecia que a maioria deles estavam contentes de deixar que as mulheres guerreiras mandassem neles.
A diferença das Wani do Tron, as mulheres guerreiras do Galis não eram desproporcionalmente enormes em relação aos homens. Pelo contrário, eram um pouco menores. Os homens Galis mediam 1,80 de altura, enquanto que a média das mulheres de Galis, media aproximadamente 1,70 menos. Em outras palavras, as mulheres do planeta tinham o tamanho das mulheres altas da terra, exceto pelo fato de que seus corpos tendiam a ser melhores afinados e luziam músculos sensuais e magros.
Marty odiava admiti-lo, mas logo depois de ter compartilhado a cama de um líder de 2,00 m de altura, que pesava aproximadamente 140 quilos de puro músculo, os homens do Galis pareciam bem débeis e ordinários em comparação a ele. É obvio, não ajudava muito o fato que eles tendiam a ser emocionais, fazer beicinho quando suas mulheres não lhe davam seu passo e às vezes a romper em pranto se eram repreendidos por elas.
Marty se apressou. Para nada genial.
—É como o reino da Deusa, verdade?
Ora sussurrou a pergunta enquanto olhava em volta da estrutura bela de cristal branco que se elevava alto que agora ia ser seu novo lar.
—Sim, é . Marty sorriu ao olhar para a palma de sua mão. —A cuidadora da suíte disse que tudo o que devemos fazer é colocar nossas palmas na frente da porta de nosso novo apartam… mm…suíte, e o exploratório de reconhecimento de dentro reconhecerá nossos rastros e nos deixará entrar-. Sacudiu sua cabeça, intimidada, tendo sido lançada da Terra muito tempo antes que estas coisas tivessem sido sonhadas ou inventadas. —É verdadeiramente surpreendente.
Ora deu de ombros, tendo conhecido tal tecnologia por toda sua vida. Sentia-se intimidada pelo planeta em si mesmo já que a beleza, riqueza e tecnologia do lugar eram coisas de lenda.
—Estou muito entusiasmada por ver nossos novos quartos, Mari-. Saltou para cima e para baixo, seus peitos saltando com seus movimentos. —Devemos entrar agora ou possivelmente prefere jantar em um destes postos primeiro?
—Tenho fome - Marty admitiu. — Mas eu gostaria muito ir lá pra cima e ver nosso novo lugar antes de comer-. Ela estremeceu. — Nossa suíte, entretanto, é no piso cem. Isto vai ser uma ascensão de elevador gigante.
—Elevador?- O cenho de Ora se enrugou. —Não conheço seu significado, mas o transporte nos elevará instantaneamente. Levar-nos-á num piscar de olhos e nos encontraremos como cuspidas no piso cem.
Marty ficou boquiaberta.
—Você é do caralho!
—Não - Ora riu. —Sua Terra deve ser mais que primitiva.
Marty coincidiu. Comparando o era.
—Vamos então. Quero vê-la antes que jantemos e estou morrendo de fome.
Quando Marty caminhou de braço dado com Ora até o transporte situado fora do cristal branco alto elevado, ela obstinadamente recordou a si mesma que ela absolutamente sentia saudades de Kil. Ela se negou a considerar o fato de que precisava recordar a si mesma que não sentia saudades, era mentir a si mesma.
******
Marty pôs uma mão em seu ventre quando outra estranha revoada o atravessou. Ignorando a sensação, permitiu a Ora conduzi-la a um elegante posto de comida que estava adornado com material dourado brilhante similar a qi'k.
No Galis, as mulheres não usam qi'ks, a única exceção planetária na galáxia inteira de Trek Mi Q'an, tinham-lhe informado. Ora tinha explicado a Marty que o imperador as deixou continuar com suas vestimentas nativas porque as galianas eram cidadãs que respeitavam as leis que albergassem um desgosto distintivo de rebeldes tão forte como as guerreiras de Trek Mi Q'an.
Então as galianas usavam o que queriam, suas líderes contentes de responder a um imperador que estava fora de sua vida diária. O vestido tradicional da Galia, entretanto, era tão escandaloso em si mesmo como a qi'k. De fato, o zoka era feito de ainda menos material que a qi'k de uma mulher livre, consistia de nada mais que uma tanga transparente e sandálias entrecruzadas que se atavam atrás do joelho. Os peitos ficavam nus, já que não havia uma parte superior para o zoka.
A zoka que Marty levava esta noite, uma tanga brilhante cor água marinha com sandálias douradas, duas cores que contrastavam bem com sua pele ligeiramente torrada. Ora luzia igualmente atrativa em uma tanga chapeada com sandálias marrons.
Marty conteve uma sensação de enjôo enquanto ela e Ora entravam no estabelecimento de comidas. Às vezes ainda a surpreendia que ela, Marty Mathews, de algum jeito tinha conseguido ser lançada da Terra viva no que agora era sua quarta civilização estranha. Absolutamente surpreendente.
Igualmente surpreendente era o fato de que ela estava tão acostumada a caminhar com seus peitos saltando de um lado a outro que já não lhe importava mais que os homens os olhassem fixo, com um claro desejo. De fato, ver homens olhando fixamente a seus peitos nus, como alguns clientes no posto de comidas estavam fazendo, era definitivamente excitante. Não excitante no sentido que ela queria ter relações sexuais com os homens, mas fisicamente excitantes no sentido que a excitava ser contemplada e cobiçada sexualmente por eles.
—Oh-, Ora suspirou quando as mulheres se sentaram na plataforma vesha a que tinham sido conduzidas, —Estas plataformas parecem muito melhor que os travesseiros do harém, certo?
Marty estremeceu como se tivesse sido golpeada, o aviso do rei que ela tinha deixado atrás inexplicavelmente triste.
—Oh Deusa- Ora disse em modo de perdão. — Estou muito triste por…
—Esquece-o - Marty sorriu enquanto apoiou seu corpo para baixo e se acomodou sobre seu cotovelo esquerdo. —De verdade.
Ora se acomodou sobre seu cotovelo direito como para que pudessem estar deitadas cara a cara uma frente à outra. Ela suspirou.
—Não deixo de pôr o pé em minha boca, temo-me…
Ela deixou de falar quando uma serva nua se deslocou até sua plataforma e caminhou ajoelhada a um lugar com uma grande bandeja dourada no meio. A puta serva, uma bela ruiva com pele de porcelana lhes sorriu.
—Há comida suficiente para alimentar a quatro - ofereceu ela no Trystonni. —Desfrutem.
Marty sorriu.
—Faremó-lo-. Obrigada.
A puta faxineira inclinou sua cabeça, logo parou para ir-se.
—Pressionem o holo-botão da parte superior da bandeja se me necessitarem.
Ora inclinou sua cabeça para estudá-la. Seus olhos se entrecerraram de forma especulativa.
—Resulta-me familiar. Alguma vez esteve dentro de um harém?
Ela riu.
—Não, não posso dizer que o estive-. Ela se levantou, o que levou o olhar das mulheres ao arbusto estofado de ondas vermelhas como o vinho entre suas coxas. —Muita gente me diz isso entretanto. Que lhes pareço familiar, de verdade - Encolheu os ombros.
—Oh bem-, disse Ora, encolhendo os ombros também - Possivelmente você também tem uma dessas casas então.
—Talvez - Ela sorriu. -Se necessitarem algo, só precisam gritar.
Marty assentiu.
—Como te chama?
—Kara, mas se for honesta ninguém me chamou assim em anos —Ela sorriu, fazendo que uma covinha se formasse em cada maçã do rosto. —Logo que cheguei ao Galis às mulheres batizaram-me de Kari.
—Ahh-. Marty entendeu tudo. Sorriu-lhe. —Não podiam pronunciar seu nome, não?
—Algo assim-. Kari assinalou ao cabelo cor vermelha como o vinho caindo em cascata sobre suas costas. —Mas me nomearam Kari pela cor de meu cabelo.
—O que significa Kari no Galiano?
—Morango.
********
Os orifícios nasais de Kil se alargaram ao encher-se do perfume de Mari. Ele estava perto, sabia. Muito, muito perto.
Metodicamente, seu olhar percorreu a rua principal da Cidade Cristal. A este, ao oeste, volta a este. Seus olhos se entrecerraram.
—Detecto o perfume de sua excitação - ele murmurou.
Jek levantou as sobrancelhas brevemente.
—Para que lado foi?
Kil apertou sua mandíbula. Se Mari se atreveu a dar seu canal a outro homem, ainda um homem mortal, não seria responsável por suas ações.
—Este- ele grunhiu.
******
—Uau.....
Marty riu baixinho enquanto ela e Ora viam Kari realizar um tentador strip tease para a vista prazerosa de quão guerreiros tinham vindo a Cidade Cristal, seja por comércio ou somente para ver como era a parte legendária do planeta. Os guerreiros assobiavam e vaiavam, todos frenéticos por uma necessidade sexual ao ver a bela vermelha atuar.
Ora riu.
—Os guerreiros acomodados estão ardendo.
—Uh huh-. Ainda apoiada sobre seu cotovelo esquerdo Marty sorriu enquanto olhava ao cenário. —Não tinha idéia de que as servas pudessem fazer um show também.
Ora assentiu.
—Galis é onde as artes eróticas começaram faz milhares de anos Yessat. As servas destes setores são as mais habilidosas nas galáxias já que estudam a arte de gozar por muitos anos antes de converter-se em trabalhadoras de tempo integral.
Marty meneou a cabeça e sorriu com ironia. A arte de gozar por si mesma.
—Então Kari ainda é uma estudante?
—Sim. Quando sua professora sentir que ela está completamente treinada praticará as artes eróticas como um ofício de tempo integral. Até então… — Ela se encolheu de ombros. —Uma aprendiz ainda tem contas pra pagar.
—Desde aí o servir a bandeja.
—Sim.
A sobrancelha de Marty se arqueou como pensando.
—O que é exatamente a arte de gozar?
Ora a olhou como se ela tivesse perdido a cabeça.
Marty revolveu os olhos.
—Sei o que é gozar, Ora. Quero dizer como exatamente estes realizadores de arte erótica o fazem uma arte?
—Ah isso-. Ela suspirou. —Oxalá soubesse como fazem o que fazem, mas as servas galianas são muito secretas a respeito de seu trabalho.
—Mas o que é o que fazem?- Ela assinalou com uma mão ao cenário. —A atuação de Kari é quente e completa, mas não está fazendo nada inexplicável.
—Ah, mas o show ainda não terminou- Ora murmurou. —Comprova por ti mesma e seja testemunha da arte de gozar.
Marty se rendeu e olhou em silencio ao dar-se conta que Ora não ia dar nenhuma informação. Sua amiga queria que ela se surpreendesse, surpreendesse-se tanto como se supunha deveria está-lo.
Uma coisa que Marty devia passar a Kari era sua capacidade de pôr um bom show. Seus movimentos eram graciosos, ágeis, uma mulher que por todas as aparências tinha nascido para seduzir. A forma em que ela atravessou o cenário com confiança, a forma em que acariciou com suas mãos todo seu corpo como se fosse feito da mais fina seda, tudo o que fazia era sensual e excitante.
E logo Kari estava se acomodando diante de uma mesa de guerreiros em um mecanismo como de cadeira de cristal. Abriu suas pernas bem, passou os dedos de uma mão lentamente por seu arbusto de cachos cor vermelho, logo abaixou para massagear-se seus lábios e clitóris. As bocas dos guerreiros pareciam fazer-se água enquanto a olhavam, alguns desejando estar dentro dela.
Mas para a surpresa de Marty, Kari não convidou a nenhum deles para arremetê-la. Marty meio que esperava que a cópula com guerreiros fosse parte do show da Galia. Mas não, para o prazer de Marty, Kari permitiu a um só guerreiro aproximar-se, mas inclusive assim não lhe ofereceu prazer. Em troca, lhe ofereceu a chance de agradar a ela. Marty se encontrou rindo baixinho.
Ora girou sua cabeça o suficiente para sorrir a Marty.
—Mudança de papéis, né? - Ela riu. —Eu adoro.
—A mim também.
As experiências de Marty com guerreiros tinham sido de observá-los tomar seu próprio prazer com servas fiéis onde pudessem. Não é que não lhe davam um clímax às servas fiéis já que sim lhes davam clímax longos e bons, mas era claro que os caçadores de Kil sempre tinham pensado mais em seu próprio prazer primeiro mais que no prazer da que o estava agradando. O pequeno show de Kari era definitivamente novidade.
Sem mencionar a excitação.
Marty sentiu seus olhos derreter-se e seus peitos endurecerem quando contemplava como um atrativo guerreiro de cabelo negro deslizava a língua ao redor das dobras dos lábios de Kari. Kari temperou e suspirou, seus mamilos se sobressaindo de inchadas auréolas.
O guerreiro gemeu. De fato, estranho como parecesse, todos os guerreiros que olhavam também gemeram.
Surpreendida, Marty olhou ao redor para tratar de dar-se conta o que estava passando. Mas estava tão quente e excitada, tão perto de acabar-se que…
—Ai, Deus.
Marty gemeu quando se deu conta com exatidão do que Kari podia fazer. Podia transmitir sua excitação a cada cliente no posto de comidas, fazendo-os sentir a mesma excitação que ela sentia. Quando Kari gozou, todos gozaram.
—Que genial - Marty gemeu.
Ora girou sua cabeça o suficiente para olhar Marty. Sua expressão dizia que ela estava entre conter a necessidade do clímax e a necessidade de rir baixinho. Ganhou o chegar ao clímax.
—É genial é obvio - Ora disse com um gemido, seus mamilos se sobressaindo e seus olhos fechando-se enquanto o clímax chegava mais e mais rápido.
Por um rapto de paixão, o olhar de Marty se voltou para o cenário para observar Kari. Os gemidos e grunhidos da artista se fizeram mais fortes e mais rápidos enquanto o guerreiro enterrava seu rosto entre suas dobras e a lambia. A vista de Marty era tão próxima que ela podia escutar o bramido profundo do guerreiro, podia ver como seus lábios sorviam e chupavam seus clitóris.
O corpo de Kari começou a convulsionar.
A audiência gemeu.
As mãos de Kari acharam seus mamilos e os retorceram enquanto sua respiração se fazia mais e mais pesada.
A audiência grunhiu.
Kari gritou enquanto gozava, seu corpo inteiro tremendo e convulsionando.
Marty rodou sobre suas costas com um gemido luxurioso, seus olhos fechados de prazer enquanto suas coxas se abriam por completo enquanto ela se acabava com violência.
—Ai, Deus.
Não teve tempo para dar-se conta de que seu zoka tinha desaparecido misteriosamente, já que durante um segundo lhe deram duas novas raridades a considerar: um colar estava colocado em seu pescoço e um largo e grosso pênis estava deslizando-se dentro dela.
Os olhos de Marty voaram com um ofego entrecortado, logo se alargaram ao ver quem a estava empalando.
—Kil - ela gemeu, suas pernas instintivamente envolvendo sua cintura.
Teria que ter se preocupado, teria que ter tratado de algum jeito separar seus corpos como para que ela pudesse fugir mas ela estava tão fisicamente excitada e tinha sentido tanta saudade. Logo se ocuparia das coisas. Logo lhe diria que ela não retornaria nunca como puta ao Morak. Mas por agora…
—Ah nee'k - disse-lhe profundamente quando se deslizou pelo traseiro — Senti muitas saudades.
Os olhos de Marty aumentaram. Sua mão se estirou para tomar o colar em seu pescoço, que não estava levando mais ele. Nee'k. Ele a tinha chamado…
—Sim - Kil murmurou ao colocar uma grande palma do outro lado de sua cabeça e ficou quieto. —Tenho-te feito minha esposa - Seu olhar azul brilhante achou o cinza dela e pela primeira vez desde que ela o conheceu parecia consternado e inseguro de si mesmo. —O que pensa disso?- ele perguntou com arrogância, como se pudesse sentir sua vulnerabilidade.
—Não sei - Marty disse honestamente. — O que devo pensar?
Kil estremeceu como se tivesse sido ferido.
—Estou arrependido - disse com profundidade —Por ser muito tolo não reconhecendo a meu próprio Casal Sagrado ao vê-lo - Seus olhos perderam um pouco de brilho, o que tocou as fibras sensíveis de Marty. — Possivelmente me perdoará algum dia?
Marty estudou seus rasgos. Ela sabia que ele estava em agonia, mas ela necessitava que as coisas se esclarecessem de uma vez por todas.
—E se não?
Ele conteve sua respiração, fazendo-a sentir como uma libidinosa, mas ela não retrocedeu.
—Então te reterei de todas as formas - ele murmurou com uma voz ferida.
Ela se negou a mover-se. Era hora de arrumar as coisas de uma vez ou para sempre ou ela brigaria a cada passo.
—Necessita-me tanto que me conservaria ainda quando eu não queira estar contigo? Ainda se eu te odiasse?
Kil fechou seus olhos brevemente, como com dor.
—Sabia que poderia me odiar, mas sim. - ele disse com voz áspera.—Manter-te-ei não importa como.
—Por quê?- Era agora ou nunca, sua mente lhe gritava. Agora ou nunca. —Me diga por que.
Seus orifícios nasais se aumentaram. Ela podia dar-se conta de que ele não queria ser pressionado em dar tudo de si para ela, entretanto ela não aceitaria algo menor. Tudo ou nada.
—Por quê? - perguntou outra vez, seus orifícios nasais se aumentaram um pouquinho. —Por que me necessita tanto?- Só quando ele a olhou fixo mas não fez sinal de falar, ela começou a pressionar sua imóvel parede de peito. —Me deixe subir, Kil. Não vou voltar para o Morak contigo.
—Então forçarei para que venha comigo - gritou-lhe. -Possuo-te pela Lei Sagrada. Você é meu Casal Sagrado.
Seus olhos se entrecerraram.
—Sim, pode me forçar e sim, eu sei que não há uma maldita coisa que possa te deter. Mas te digo que sua vida inteira será uma grande caça porque vou escapar de ti em cada oportunidade. De verdade quer isso?
—Não nos faça isto, nee'k - ele disse intensamente. —Por favor…não.
Marty fechou seus olhos brevemente e suspirou.
—Não estou fazendo nada a nós, Kil - ela suspirou em tom de derrota. —Essa honra pertence a ti.
Ele respirou profundo.
—Não diga isso.
—É verdade - Ela sacudiu a cabeça com tristeza. —Ofereci-te tudo de mim, mas você só me deu uma parte tua em troca. Não quer que me aproxime muito…— Sua voz se desvanecia enquanto uma estranha fadiga começou a apoderar-se dela. Ela piscou contendo as lágrimas e continuou. — Quer me manter à altura de seu braço. E eu não posso, nem poderei, viver uma vida contigo desse modo.
Os músculos em seu corpo se esticaram por completo.
—O que quer de mim?- ele gritou.
Seus olhares se cruzaram estoicamente.
—Tudo.
O corpo de Kil se congelou. Tudo. Ela queria tudo.
Seus olhos se pousaram em seu rosto enquanto estudavam seus traços, completamente surpreso e prostrado diante desta mulher pequena. Tinha passado nestes últimos meses muitas coisas que a maioria não tinha podido superar só pela força de vontade. Ela tinha sido jogada de uma mudança de vida importante a outra e as enfrentou todas com orgulho e ilesa. Foi forte e corajosa. E ela o amava. Nesse momento ele compreendeu porque ela tinha nascido para completá-lo. E porque nenhuma outra mulher poderia fazê-lo.
—Então o tem, pequena guerreira - Suas palavras eram suaves, mas seguras. —Dou-te tudo.
Os olhos do Marty se aumentaram. Ela pestanejou com lágrimas em troca.
—De verdade?- ela suspirou.
—Sim-. Kil sorriu lentamente enquanto seu olhar se travava com o dela. —Sim, de verdade.
Marty entrelaçou suas pernas com as suas enquanto sorria de orelha a orelha. Ela tomou seu traseiro e deslizou seus dedos. Possivelmente não estava preparado para dizer as palavras de amor que ela queria ouvir, mas ela sabia com todo seu coração que ele as sentia. Pela primeira vez ele estava completamente seguro sabendo que amá-la era suficiente. Dar-lhe-ia uma ou duas semanas para que se arrependesse.
—E o harém?
—Já foi- ele gemeu.
—E nos comprará um segundo lugar no Galis?— Ela sabia que estava empurrando sua sorte, mas gostava muito desse lugar.
Kil grunhiu.
—Se significar seu perdão, conquistarei o maldito planeta inteiro e lhe entregarei como presente de casamento.
Ela riu baixo, desfrutando totalmente de sua necessidade de aplacá-la.
—Que coisa genial de dizer, mas completamente desnecessária. Com uma suíte aqui está bem.
—É um trato.
—E qual é o próximo…?
—Nee'k - ele grunhiu. -Se não me ordenhar com seu canal o mais breve possível eu vou morrer. Passou uma eternidade da última vez que provei seus encantos.
Marty sorriu enquanto continuava deslizando os dedos por seu traseiro.
—Então deixa de ir longe procurando guerras.
Kil se reacomodou para colocar as pernas dela em seus ombros. —Nunca mais me separarei de ti outra vez - Seus olhos se encontraram com os dela enquanto deslizava profundamente dentro dela. —Jamais.
Marty gemeu, não tinha mais vontade de falar.
—Genial - ela gemeu.
—Mari - disse ele com voz áspera enquanto deslizava uma e outra vez. — Quando me deixou quis morrer - Ele sustentou-se em suas coxas e meteu-se em sua carne até o centro. Seus quadris rodavam brandamente uma e outra vez, sua verga incrustando-se nela. —É minha, ty'k. Sempre minha.
E logo nenhum dos dois tinha vontade de falar já que seu corpo a estava possuindo por completo, empalando-a uma e outra vez como se quisesse marcá-la. Montou-a muito forte, o som de sua carne envolvendo a sua, o perfume de almíscar de sua excitação tão intoxicante como o rito de copular em si mesmo.
—Kil!
Marty fechou seus olhos e gemeu, seus quadris fazendo força para complementar cada uma das estocadas dele. Ele pressionou um de seus mamilos quando a rodou, acelerando enquanto os tocava.
—Me ordenhe- disse-lhe com intensidade.—Goze para seu marido, Mari.
Sua outra mão achou o aro do umbigo e o movia pra frente e para trás, penetrando em sua carne freneticamente uma e outra vez.
—Ai, Deus.
Marty arqueou suas costas enquanto envolveu suas pernas muito perto de seu pescoço.
—Mais forte - ela gemeu. — Me agarre mais forte.
Kil apertou seus dentes enquanto acessava, sua veia jugular inchando-se enquanto se afundava em sua carne mais e mais forte.
—Goze! - lhe pediu, suas bolas firmes golpeando contra seu traseiro. —Goze para mim, pequena.
—Amo-te.
Marty gemeu as palavras de amor enquanto suas costas se arqueavam, seus peitos se elevaram para o céu e ela gozou. Gemendo, ela continuou balançando seus quadris, enchendo cada uma de suas estocadas enquanto o sangue corria até seu rosto e seus mamilos.
—Sim.
Kil a montou forte, cavalgando-a até lhe fazer perder a consciência. Ele abriu a boca para lhe devolver as palavras de amor enquanto se afundava em sua carne, mas um orgasmo implacável o atravessou ao mesmo tempo e então, em troca, achou-se gemendo.
—Mari.
Os olhos de Marty se aumentaram com a forma de lua cheia quando lhe pareceu que seu colar de noiva estava pulsando. Tanto como um aro Wani pulsava. Só que cem vezes mais forte…
—Caralho, que genial!
Seus olhos giraram e sua boca ficou aberta bobamente.
Kil teve só um segundo para sorrir antes que o clímax o golpeasse forte e começasse a convulsionar-se e gemer.
—Nee'k - ele grunhiu enquanto se acabava sobre ela e rodou uma soporífera onda sobre onda de pico orgástico. —Mari.
Marty gemeu e grunhiu enquanto rodava nas ondas com ele, a euforia do mesmo, próxima à loucura. Ela tomou seu traseiro quando ele ficou sobre ela, seus dedos enterrando-se na carne quente.
Ela queria que a consumisse, necessitava-o dentro de si para sempre. Quando os picos começaram a baixar e ela foi capaz de voltar a falar, suspirou com satisfação e fechou seus olhos, sem lhe importar que logo tinham feito um show para cada cliente do posto de comida.
—Amo-te, Kil - ela murmurou. —Eternamente.
Ele a beijou na testa, logo elevou sua cabeça para olhá-la.
—Também…- ele se deteve o dar-se conta que ela ficou profundamente adormecida.
A reclamação. Tinha esquecido que frequentemente as nee'ks desmaiavam imediatamente depois da reclamação. Agora que pensava nisso se surpreendeu que ela tivesse se arrumado para manter-se acordada tanto tempo.
Sorrindo sobre seu rosto, ele começou a soltar seus corpos quando uma premonição estranha lhe atravessou. Seu sorriso se alterou, seus minúsculos cabelos na nuca do pescoço se arrepiaram quando se deu conta que sua verga estava muito mais empapada do que deveria ter estado. Sentando-se para sair dela por completo, sentiu-se como se pudesse estar doente quando olhou onde seus corpos tinham estado unidos.
Os músculos de seu estômago se apertaram e se ataram. Suco doce. Dela estava saindo suco doce.
—Areias sagradas - murmurou Ora quando ela e Jek chegaram a seu lado. Seus rasgos eram de choque e horror.
—Mari está a ponto de ter um pani, Poderoso.
O coração de Kil ia a um nível alarmante de rapidez.
—Recém me declarei. - ele disse com voz rouca.
Ora fechou seus olhos brevemente e sua mão correu a sua boca para evitar gritar.
Jek moveu sua cabeça lentamente, logo disse às palavras que os três sabiam que era verdade.
—Se não está acordada para trabalhar a bolsa pani…
Os olhos angustiados de Kil acharam os olhos de sua antiga serva fiel. Dirigiram-se aos de Jek.
—Ambos morrerão. - ele murmurou.
Em menos de um abrir e fechar de olhos Kil colocou sua roupa e tomou a sua esposa nos braços. Cambaleando-se para as portas, ele a sustentou com força enquanto retomou seu próprio controle. Precisava estar vigilante. Precisava reinar sobre suas emoções.
—Por favor não morra - disse-lhe brandamente. —Amo-te, nee´k…
O estômago de Kil se esticou e se enroscou quando pensou que era a segunda vez em sua vida que ele estava perdendo à mulher que amava. E pela segunda vez em sua vida, ela estava morrendo antes que pudesse lhe dizer que a amava.
Capítulo 17
Enquanto isso, na lua verde de Ti Q´won…
Os orifícios nasais de Jana se alargaram quando olhou a seu irmão Dar. Só estava a um comércio de distância. Muito perto. Muito condenadamente perto.
—Como, no nome da Deusa, vamos poder fazer isto?- Dari perguntou calma, com seu olhar azul brilhante indo e vindo entre sua irmã e sua prima.
Kara afundou os dentes em seu lábio inferior. Ela meditou por um segundo.
—Ele está nos olhando muito de perto, Jana. É uma loucura tentar…
—Não - Jana interrompeu, sua voz se apagou. —Foi uma grande confusão roubar estas dois qi'ks do palácio - Ela respirou fundo. —Devemos as trocar por créditos hoje e você sabe bem.
Dari, a mais jovem das princesas com 14 anos Yessat, era a menos convencida.
—Não sei, Jana. Se Dar nos descobre vai contar a mani e papai sem sombra de dúvidas - Ela estremeceu. —Papai estará muito zangado por…
—Então você gostaria que te dêem a Gio? - Jana suspirou. —Se disser isso então Kara e eu continuaremos sem ti.
Os olhos de Dari se aumentaram.
—Claro que não desejo ser reclamada na saída de lua de meu aniversário de número vinte e cinco-. Ela atirou cinco ou seis micro-tranças sobre seu ombro. —Igual Dar não nos dará uma oportunidade de estar sem sua escolta.
Kara tomou um frasco enjoado de perfume e fingiu interessar-se no mesmo.
—Precisamos encontrar um modo de distrai-lo - ela murmurou, sendo cuidadosa ao parecer interessada em suas compras. —Jana tem razão, Dari. Precisamos começar a vender qi'ks em cada oportunidade para ter créditos em quantidade para quando aparecer a possibilidade de escapar.
Dari suspirou, mas assentiu.
—Isto é verdade - Ela tomou um bracelete de bíceps e fingiu estar estudando-o. —Me diga o que fazer e farei.
Jana estudou a pergunta por um momento de suspense.
—Cria um tipo de desvio. O suficientemente longo como para que me possa deslizar ao próximo posto e arrumar um intercâmbio.
—De quanto tempo? - Dari perguntou.
—Menos de dois Nuba-minutos - Kara suplicou.
Dari respirou profundo, o que fez que seus jovens peitos saíssem. Ela considerou umas poucas opções, mas no final só uma pareceu ter uma chance de funcionar.
—Vou seduzir abertamente aos guerreiros daqui - ela sussurrou.
Jana respirou entrecortado.
—Não irmã, vai ter que fazer muita confusão para obtê-lo. Ainda é uma menina-mulher, não pode nem jantar com os guerreiros, muito menos seduzi-los. - Ela sacudiu a cabeça. —Dar precisa ser distraído, sim, mas papai te encerrará em seu quarto ou pior se…
—Mas funcionará - Dari disse com convicção. Era uma garota modesta, mas também uma garota prática. Ela sabia que tão cobiçados eram seus olhos azuis brilhantes e sua pele escura em Trek Mi Q'an, o que significava que seria fácil para ela achar guerreiros para provocar um desvio. Menina-mulher ou não, igualmente iriam querer seduzi-la. E Dar estaria o suficientemente zangado para distrair-se.
—Se paquerar com os guerreiros aqui, dará tempo para as duas efetuarem a troca - Ela se deteve por um momento e olhou a sua irmã e sua prima sem fraquejar. —Com prazer sofrerei o confinamento em meu quarto por duas semanas em troca de minha total liberdade.
Kara lhe apertou a mão.
—Está certa que quer isso?
—Sim.
—Admiro sua coragem, prima.
Jana suspirou. Não queria que sua pequena irmã estivesse em pro- blemas mais do que Kara esteve, mas como Kara, ela também se deu conta que o plano de Dari tinha chances de funcionar. E mais ainda, era o único plano que tinham.
—Ok então - Ela assentiu um pouco preocupada. —Distraia.
Olhando primeiro sobre seu ombro para assegurar-se que ninguém, exceto sua irmã e sua prima estivessem olhando, Dari girou rápido para elas e beliscou seus mamilos até que ficaram duros sob o Top de seu kazi. Quando esteve segura de que estavam da forma em que frequentemente ela tinha ouvido seu pai e seus irmãos dizerem que eram desejáveis, respirou profundo e começou a procurar um guerreiros despreparados.
O olhar azul brilhante de Dari posou sobre um gigante de 2,10 de altura, cuja formosura tirou sua jovem respiração. Era um Grande Senhor ou possivelmente era um guerreiro de um título menor já que estava dando ordens aos caçadores em seu trabalho. Pelo que pôde distinguir de sua respiração entrecortada, era aparente que ele e seu séquito chegaram até Ti Q'won para intercambiar créditos por armas. Tudo o que Trek Mi Q'an soube, depois de tudo, é que os Ti Q'woniis eram muito habilidosos na arte do zorg.
Oh, seguramente ele era bonito, Dari pensou com um suspiro. Cabelo negro como a noite, olhos que refletiam um dourado sensual e uma talha muscular gigante que fazia que os guerreiros ao redor dele parecessem bem mais raquíticos. Inclusive a tatuagem em sua testa intrigava Dari, já que lhe dava um encanto sinistro que uma princesa jovem e protegida como ela achava másculo e agreste.
Quando os jovens mamilos dela se endureceram de só olhá-lo, soube que ele seria o adequado. Tomando uma última pausa, localizou sua última reserva de coragem e começou a caminhar para ele com passos lentos.
Kara e Jana estavam tão ocupadas olhando Dar que nenhuma das duas se precaveu do líder que Dari ia começar uma conversa. Se o tivessem feito, ambas lhe tivessem dado um forte não, porque apesar de que Dari não tinha visto Dearth em anos (da época em que lhe tinha advertido que repartia seu cabelo) ninguém o tinha visto recentemente. E ambas tinham sabido que por paquerar com esse mesmo líder que estava treinando o prometido de Dari na arte da guerra, suas escapadas descaradas chegariam certamente aos ouvidos de Gio.
Capítulo 18
—Já está quase fora, Poderoso.
Desde dentro da câmara simples localizada dentro do transporte de alta velocidade do Rei do Morak, Ora se sentou detrás de Marty e acomodou seu corpo flácido e inconsciente.
—Quase não posso acreditá-lo. - ela suspirou com um tom triste. —Mas está funcionando de verdade.
Kil não podia responder, já que cada célula de seu ser estava fixada no ventre de seu Casal Sagrado. Não sabia que era possível tampouco, pois nunca tinha conhecido um guerreiro em toda sua vida que tenha necessitado hipnotizar seu filho no ventre de sua mãe.
Foi doloroso, muito doloroso. Seu corpo inteiro estava molhado de transpiração, seu rosto úmido de lágrimas. Mas ele estava decidido. Seu filho ia sobreviver e Jek ia navegar o transporte a Cidade Areia e Ari, antes que a morte caísse sobre sua amada nee'k.
Kil podia sentir o terror da pequena criatura, como se o menino nonato soubesse que as coisas não estavam como deveriam estar. O pequeno temia não só deixar o único lar que tinha conhecido até então, também sua marca genética lhe dizia que sua mãe não estava puxando e, portanto ainda não era hora de entrar em seu reino. Mas uma força maior continuava fazendo força…
Kil apertou seus dentes enquanto ele continuava tentando que o menino saísse de seu ninho. Hipnotizar e pedir por telecinesia, não era algo fácil e rapidamente lhe estava tirando toda sua força. Mas já estava quase ali, só um pouquinho mais…
—Está saindo! -Ora exclamou.
Por favor Aparna, Kil orou em silêncio. Por favor…
—Um pouquinho mais!
Kil apertou sua mandíbula. Ele podia fazer isto. Sim, ele podia fazer isto.
—Quase - Ora disse excitada, o que estranhamente deu a Kil mais força. — Uns segundos Nuba mais.
O olhar de Kil brilhou e mais uma vez se esgotou ao concentrar-se tão atentamente que sentiu como se sua cabeça fosse partir em dois pelo esforço. Vamos, pequena, - ele a convencia. Vem com papai…
—Está aqui!
Exausto, Kil achou força suficiente para rir e chorar quando a bolsa pani se deslizou em suas mãos. Podia senti-la pulsando, sabia que a bolsa estava viva e sem dano algum. Seu olhar se dirigiu a Ora que estava sorrindo de orelha a orelha.
—Você o fez!- ela sorriu e com suas mãos aplaudindo. — Mari estará totalmente orgulhosa de ti quando despertar e souber o que você fez.
O sorriso do Kil fraquejou quando olhou a seu Casal Sagrado, sua ainda muito rígida e pálida Companheira Sagrada.
—Como vai?- ele disse com voz áspera.
—Está resistindo - Ora lhe disse um pouco inclinada sobre a cabeça dela. —É muito forte e está resistindo.
Kil assentiu lentamente, agradecido a Ora pela ajuda física e moral que estava lhes dando. Tinha-lhes dado uma grande ajuda estas últimas horas e por essa razão ele veria de que nunca lhe faltasse nada.
—Você tem minha gratidão - disse-lhe quietamente, sua energia quase esgotada.
Ora lhe fez um gesto como de não diga isso.
—Mari é minha melhor amiga. Não podia fazer outra coisa.
Ela moveu sua cabeça e sorriu ao olhar para a bolsa pani que ele estava sustentando.
—Como chamará o menino?
Ele sorriu, usando uma mão para secar a transpiração de sua frente. —Não sei ainda.
Mas uma hora depois o período de incubação tinha terminado e uma diminuta pequena guerreira emergiu e Kil soube com exatidão como a nomearia.
—Zy'an - ele murmurou, enquanto acariciava o arbusto de cabelo negro sobre sua cabeça. —Nomeio-te Zy'an.
Ora pestanejou com lágrimas em seus olhos. Ela sabia tão bem como Kil o que as palavras Zy'an significavam na antiga língua. E quando olhou o semblante da nova menina engendrada teve a muito estranha premonição de que ela tinha sido testemunha do nascimento de uma mulher que seria uma mulher muito importante para sua gente.
Zy'an.
A que traz esperança.
Capítulo 19
Enquanto isso, na lua verde de Ti Q´won…
—Por favor papai… basta!
Dari chorava de dor e humilhação enquanto a mão de seu pai começava a lhe bater outra vez sobre seu traseiro nu. Estava lhe dando surras na grande sala para que toda a família olhasse, inclusive sua pequena irmã Fira. Inclinada sobre seu joelho, não podia fazer nada mais que esperar que seu castigo terminasse.
Jana e Kara se olharam com receio, ambas sentindo-se culpadas.
—Dak por favor. - Geris disse preocupada ao aproximar-se —Acredito que aprendeu a lição.
Oh, Dari pensou, sem sombra de dúvidas tinha aprendido a lição. Ela tinha aprendido a confiar em seu pai tanto como confiava em seu prometido. Eram os dois iguais, estavam cortados pela mesma tesoura. A nenhum importava seus sentimentos, o único que queriam era sua obediência e a aliança política que a futura união forjaria.
—Passou vergonha e me fez passar isso! - Dak gritou, sua mão fazendo ruído sobre o traseiro de Dari outra vez. —O que pensa que vai dizer Gio quando souber deste episódio? E não pense nem por um instante, mulher, que Dearth não se sentirá na obrigação de lhe informar!
Geris estremeceu quando Dari ficou a chorar outra vez.
—Dearth se sentiu adulado. - ela gritou retorcendo suas mãos.
—Dak por favor detenha. Nunca te vi assim!- Geris respirou como tremendo. —Está me assustando.
Dak apertou sua mandíbula.
—Possivelmente nunca me viu assim porque nunca me senti assim- ele gritou. Deu-lhe um tapa outra vez em sua parte traseira, resultando em mais lágrimas e súplicas de Dari.
Os olhos de Kara se estreitaram ante Dar já que ele foi o maldito guerreiro que se tinha sentido na obrigação de confessar as ações de Dari a seu pai. O Grande Senhor Dearth tinha sido desconcertado pela atenção da princesa, ainda adulado, então ela realmente não entendia por que tanto confusão. Não tinham feito nenhum dano a ninguém.
Dar evitou o olhar de Kara, sentindo-se incomodado. Também era claro que ele não esperava que o pai se zangasse tanto.
—Dak por favor!- Geris chiou, chorando um pouquinho ela também. - De verdade me está assustando!
Ao parecer, ao dar-se conta de que sua esposa estava séria, Dak imediatamente deixou de dar surras a sua filha em público. Levantou o extremo da kazi de Dari de sua cintura de maneira a voltar a cobrir seu traseiro e a deixou levantar-se de seu joelho.
Ao momento de ser liberada, Dari voou da grande sala com lágrimas, correndo a toda velocidade para seu quarto tão rápido como a podiam conduzir seus pés.
Kara e Jana intercambiaram novamente um olhar de culpa. Dar girou nervoso seu pé. Geris mordeu seu lábio inferior.
Foi a pequena Fira quem deu voz ao que todos estavam pensando. Tirando o polegar de sua boca, disse a seu pai antes de afastar-se caminhando.
—Pelas areias, papai, hoje te converteste em uma besta de ravina.
—Como se sente?- Kara perguntou gentilmente. Sentou-se junto a Dari em sua cama e começou a arrumar as tranças detrás de sua orelha. —Está bem?
Jana parou junto à cama elevada mordiscando seu lábio inferior. Sentia-se sinistramente culpada.
—Lamento-o irmã. Como irmã mais velha nunca deveria…
—Não. - Dari disse em uma voz monótona, olhando sem pestanejar ao espaço. —Foi minha decisão e não me arrependo.
Os olhos da Kara se aumentaram.
—Não?
—Não-. Dari esteve sem falar por um prolongado silêncio, fazendo que Jana e Kara intercambiassem olhares de preocupação. Finalmente, logo depois de largos momentos, Dari falou, sua voz carente de toda emoção. —Odeio-o - ela disse baixinho.
—A papai?- Jana perguntou com ansiedade.
—Eu também o odeio - Dari disse, desejando que fosse verdade.
Kara respirou fundo. Sabia que a irritação de Dari para seu pai passaria, então o deixou passar.
—Fala do Gio?
—Sim - Dari se apoiou em seus cotovelos e colocou seu queixo em suas mãos. —Não tivesse sido necessário envergonhar a papai, nem planejar escapar de meu próprio lar se ele não tivesse insistido em seu desejo de me reclamar contra minha vontade.
Kara suspirou enquanto acariciava suas costas, sabendo com precisão como se sentia sua prima.
O olhar da Jana ia de sua irmã a sua prima.
—Espero que vocês duas se dêem conta das consequências de nossa fuga, se é que de verdade fugiremos.
Kara e Dari giraram suas cabeças para olhá-la.
Jana sorriu com tristeza.
— Não voltaremos a ver nossas famílias - disse ela brandamente. Pensou em sua mani e papai, em suas irmãs, inclusive o maldito Dar, e suprimiu a necessidade de chorar. —Não podemos voltar… nunca.
As três garotas ficaram quietas por um momento enquanto cada uma pensava nas famílias que estariam deixando. Mas ao final, todas concordaram que era melhor deixá-los e sentir saudades que ficar só para que seus pais pudessem entregá-las a guerreiros não escolhidos por elas. De todos os modos seriam tiradas de seu lar rapidamente.
—Está confirmado então - Jana anunciou, embora um pouco triste. —Nós três voaremos juntas aonde escolhamos nossos próprios destinos.
Kara e Dari assentiram.
—É uma promessa - elas sussurraram ao mesmo tempo.
O silêncio se apoderou outra vez da câmara até que Dari o rompeu. —A busca de hoje foi bem-sucedida?- perguntou. —Ou meu castigo foi em vão?
—Não - Kara lhe assegurou. – Com certeza foi um êxito.
Dari a olhou procurando detalhes. Foi Jana, entretanto, que os deu.
—Tivemos muito mais êxito de que esperávamos - disse com os olhos aumentados. Jana correu uma comprida mecha dourada para seu ombro. —Nem Kara nem eu tínhamos idéia de que uma qi'ks real pudesse valer tanta prata.
Kara respirou fundo.
—Dez mil créditos por cada uma - ela murmurou. -Ainda não posso acreditá-lo.
Dari ficou boquiaberta.
—Está de brincadeira!
—Não - Jana sacudiu a cabeça. —Temos a prata para ir.
Dari assentiu.
-Então tudo o que temos que fazer é pensar em como escapar.
Kara lhe apertou a mão.
—Sim. - murmurou.
Capítulo 20
O Palácio das Dunas, Cidade Areia no Planeta Tristón
Com sua nee'k inconsciente nos braços, Kil apressou a velocidade da plataforma de lançamento do transporte. Ao chegar a grande sala, deu-se conta que Ari os tinha estado esperando, já que logo que a Chefa Sacerdotisa pôs os olhos sobre eles, a figura quieta de Mari se dissolveu de seus braços e Ari desapareceu em um abrir e fechar de olhos detrás dela.
—Aonde a levou?- Kil bramou ao Zor, quem corria a seu lado. Era óbvio que ele também sabia o que estava passando. Ari, em toda sua inexplicável sabedoria, de algum jeito deve ter previsto sua chegada.
—Aos apartamentos que você tem aqui-, Zor lhe informou, seus olhos procurando a cara de Kil com preocupação. —Ari quer que a deixe trabalhar com sua nee'k. Informará quando é conveniente vê-la.
Kil suspirou, passando suas mãos por seus cabelos emaranhados. Ignorando seu irmão, dobrou em semicírculo para ver se Ora estava detrás dele. Quando a viu e ao seu bebê seguro em seus braços, lhe fez sinal de que precisava elevar a sua pequena filha.
Zy'an estava como embevecida quando ele a tirou dos braços de Ora, suas habilidades motoras já evoluíam em ritmo acelerado nestas últimas horas. Ele beijou sua cabeça suave e passou seu nariz pelo conjunto de seda, adorou seu aroma de bebê.
Kil se voltou para Zor que estava ocupado sorrindo a sua pequena sobrinha.
—Estou preocupado - Kil disse com voz profunda. —Obtive que nascesse, mas ainda não comeu. Rechaçou o suco taka, cuspiu-o tudo sobre mim.
Zor pensou nisso por um momento. Estendeu seus braços para elevar à criança.
—Possivelmente ela tome o suco Mali.
—Não - Kil moveu sua cabeça com óbvia preocupação. -Também tentei isso. Não pode reter nada.
Então Kyra chegou a grande sala com seu filho menor, Jon, seguro em sua mão. Ela caminhou rapidamente para eles, querendo saber o que estava passando.
Zor e Kil olharam os peitos aumentados de Kyra e logo se olharam. Ambos soltaram uma respiração ao mesmo tempo, dando-se conta ao mesmo tempo em que era possível que Zy'an tomasse o suco doce de outra mani.
—Oh meu Deus - Kyra suspirou quando finalmente os alcançou. - Zora e Zara recém me contaram o que aconteceu - Ela olhou preocupada a bebê. —Como vai?
—Podia estar melhor - Kil disse com voz áspera, passando um dedo brandamente pela bochecha de sua filha.
—Posso ajudar em algo?- Kyra perguntou, com seus olhos aumentados.
Zor rapidamente a pôs a par da situação. Kyra imediatamente tomou Zy'an dos braços de seu marido e se sentou com ela na mesa elevada da sala de jantar.
Vinte Nuba-minutos depois, Kil lançou uma pausa de alívio. Zy'an tinha aceitado a oferta de sua tia. Inclusive tinha sorrido depois de arrotar.
******
Muito mais tarde nessa saída de lua, Kil foi levado à câmara onde jazia Mari. Seus olhos ainda estavam fechados, ainda estava inconsciente e pelo que Ari lhe tinha contado, ainda devia despertar. O único consolo que Kil tinha era que de algum modo suas cores haviam retornado.
—Não perca a esperança - Ari murmurou. —Sua vontade é forte. Tão somente continua lhe dizendo quanto Zy'an e você a necessitam, que tão importante é para ela cruzar através do Rah.
Kil assentiu, compreendia que o Rah era a barreira não natural entre este reino e o mundo místico da Deusa. Sustentou Zy'an de modo seguro enquanto se acomodava junto a Mari na mesa elevada.
Seus olhos pousaram sobre a figura de sua nee'k, notando que ela estava nua e que já tinha saído seu suco doce. Soltou uma respiração, dizendo a si mesmo que certamente era um bom sinal.
Quando a silhueta de Ari brilhou e se dissolveu, Kil virou para sua esposa e tomou sua mão rígida na dele.
—Por favor - disse-lhe com voz profunda, suas palavras cheias de emoção — Volta para nós, Mari - Uma única lágrima atravessou sua maçã do rosto. — Amo-te, nee´k. Amo-te com todo meu coração.
Não houve resposta.
Kil suspirou esgotado, mas resistiu em perder a fé. Enquanto respirasse, sempre havia fé.
—Volta para mim, pequena.
Capítulo 21
—Amo-te nee´k. Amo-te com todo meu coração.
Dor. Tanta dor. Marty tratava de voltar para a voz, mas doía tanto. Amava essa voz, necessitava essa voz, mas a dor de alcançá-la a fazia chorar.
—Volta para mim, pequena.
Ela queria voltar. Doía-lhe voltar. Tentou outra vez, mas… a dor. A dor era insuportável.
Marty se afastava da voz. Pareceu-lhe que quanto mais longe se ia da voz, menos dor sentia.
Tão tranquila. Tão indolor e tranquila.
Marty se afastava mais e mais até que a dor finalmente se foi. Quando se afastou o suficiente ela pôde ver outra vez. Ouro brilhante. Muito ouro. Uma entrada.
Q'i Liko Aki Jiq. A que nasce da Deusa.
Marty passou a entrada e flutuou dentro.
Sacerdotisas nuas. Cânticos. Queriam mantê-la, mantê-la fora da paz, mantê-la fora do Rah.
Não.
Marty continuou flutuando para eles. Só tinha que derrubar a parede de sua energia e a bela paz seria dela. Tão perto. Só um pouco mais….
Mas eles a sentiram, maldição. Tinha tratado de manter-se quieta, mas de todos os modos sentiram sua presença.
As sacerdotisas se assustaram ainda mais e a chamaram, o mais forte possível dentro de sua classe. E logo ela estava ali. A mortal mais forte em vida. Nua e cantando. Tratavam de que Marty não passasse sua energia para derrubar ao Rah.
A capitalista estava transpirando. Estava dolorida. Ela fechou seus olhos e Marty soube que ela a tinha. Ela era forte, sim, mas a necessidade de Marty de não sentir dor era mais forte.
Marty flutuou para a energia da capitalista e começou a atacá-la. A Chefa Sacerdotisa chorou, mas se manteve forte. Ela não seria fácil, mas Marty sabia que sua vontade era mais forte.
Marty retrocedeu e logo atacou a força completa do campo místico. A capitalista gritou de pânico, cambaleando um pouco. Nesse momento Marty soube que a energia da Chefa Sacerdotisa estava acabando.
Reuniu toda a força de uma vez e se preparou para derrubar a energia da capitalista de uma vez para sempre com uma última tática de manobra. Mas…
—Por favor Nee'k. Amo-te. Zy'an te ama. Necessitamos-lhe.
A voz. A voz estava dolorida. A voz olhava seu corpo e sabia que ela estava indo com o Rah.
Queria que a voz a detivesse. Sim! Sim! Necessitava da voz. Necessitava a voz mais que nada. Começou a afastar-se para…
Dor aguda. Dor que estilhaçava. Agonia.
Marty se afastou da voz, afastou-se da dor e se propôs a derrubar o Rah. Enfrentou-se com a capitalista uma vez mais, disposta a passar as barricadas.
A voz tinha dado a capitalista um tempo para reagrupar-se, mas sua energia ainda estava esgotada. Marty se preparou a cair sobre sua presa, disposta a derruba ao Rah de uma vez e para sempre. Começou a afastar do Rah a toda velocidade. Ela o derrotaria. Ela…
A capitalista gritava enquanto ela usava toda sua energia para atirar uma última barricada. Um sonho. Tinha levantado um sonho sem permitir a nenhum do reino da deusa derrubar ao Rah e passar a este lado.
Pela primeira vez, Marty sentiu medo. O sonho se abriu para revelar uma mulher de cabelo dourado e olhos celestes brilhantes, uma mulher cuja vontade era mais forte que a sua.
Jana. A mãe da voz.
A mulher dourada parou diante do Rah, desafiando com insolência a Marty a atrever-se a cruzá-la para derrotá-la. Marty aceitou a luva que lhe arrojou e a fez voar a toda velocidade. O impacto de lhe pegar fez que Marty cambaleasse para trás, uma aguda dor estilhaçando nela. Ela gritou, pela primeira vez sentindo sua própria voz.
A sentinela era ainda mais capitalista que a que a tinha deixado passar deste lado. Mas Marty tentou outra vez, lhe arrojando tudo o que tinha disposta a ganhar e derrotar ao Rah. O seguinte impacto a fez gritar outra vez.
Dor, ainda pior que a dor que lhe levou para alcançar a voz.
—Amo-te, nee´k
A voz a chamava outra vez.
Marty voou da sentinela, de volta à voz. A voz a protegeria. A voz nunca a deixaria sentir dor outra vez. Ela só tinha que derrubar a barreira que a separava da voz e a voz faria que a dor se fosse.
Marty gritou ao voar a máxima velocidade para a barreira mortal, disposta a romper de uma vez e para sempre. Se só ela pudesse alcançar a voz. Outro ataque mais e ela derrubaria…
Marty deu um grito afogado, gritou quando entrava em seu corpo.
Foi doloroso, tão doloroso, mas ela soube que o tinha obtido.
Com orgulho, Jana girou e reingressou no sonho, desaparecendo enquanto voltava ao Rah.
Capítulo 22
Cidade Cristal no Planeta Galis
Uma semana depois
Kari Gy'at Li, uma vez conhecida como Kara Enjoe Summers, sentiu que seus mamilos se endureciam por sua própria vontade enquanto dava uma olhada no cenário em que estava atuando, como assim também ao olhar brilhante e dourado do guerreiro maior e feroz que ela tinha conhecido em todos os anos que tinha estado nesta dimensão.
Era um gigante, um verdadeiro titânico. A classe de macho alfa territorial que suas irmãs adotivas lhe tinham advertido.
Mas a forma que a estudava, do modo em que seus olhos cheios de reflexão contemplavam cada polegada de seu corpo e o cobiçavam era muito mais excitante que o que qualquer outra palavra pudesse descrever.
Kari achou com descaramento o olhar dourado do caudilho quando se sentou diante dele no cenário e abriu bem suas coxas. Os olhos dele imediatamente voaram à carne entre suas pernas, e ela pôde ouvir como sua respiração crescia quando ele olhava ali.
Kari sentiu que o desejo se atava em seu estômago, enquanto com picardia, passava seus dedos pelo arbusto de cabelo vermelho que cobria seu púbis. Os olhos do gigante registravam o movimento, vendo cada coisa, sem perder nada.
Seus mamilos rosa se incharam, endureceram-se e se alargaram das carnudas superfícies de suas auréolas. Olhá-lo ao contemplá-la era a coisa mais excitante que ela jamais tinha experimentado.
Kari começou a jogar consigo mesma do modo que ela sabia que gostava aos guerreiros, massageando seus lábios e seu clitóris em círculos lentos e sensuais. Podia sentir como se umedecia mais e mais, podia sentir seu orvalho empapando seus dedos enquanto continuava excitando ao guerreiro com seu incitante jogo de dedos.
O caudilho, sem prestar atenção ao protocolo, alcançou seus peitos e começou a massageá-los, tocando-os com suas grandes mãos, logo puxando os mamilos enquanto Kari acariciava sua vagina para que ele desfrutasse dessa visão.
Sentiu calafrios em seus mamilos que não podiam estar mais duros. Não ofereceu resistência ao gigante quando sua boca se aferrou a um mamilo com um gemido e o sugou com o calor de sua boca. Kari lançou uma respiração tremente enquanto a chupava. Arqueou suas costas como para que seus peitos se levantassem e pressionassem mais sobre a cara dele.
O líder largou o mamilo, fazendo um som ao deixá-lo, logo usou ambas as mãos para estirar seus peitos brancos como pérola e aproximá-los tanto como pudesse. Ele grunhiu de satisfação quando pôde obter que os mamilos se alinhassem, logo baixou seu rosto para o seio dela e sugou ambos os mamilos de uma vez em sua boca.
Kari ofegou, a mão que tinha estado jogando com seu clitóris caiu sem forças a seu lado. Ela gemeu quando lhe beijava seus mamilos turgentes, logo emitiu gemidos quando ele os sugou com vigor como se fossem pirulitos.
Sentou-se no cenário por um comprido momento, sabia que o posto de comidas estava cheio e que todos os olhos a estavam devorando avidamente, inclusive permitiu ao líder romper as regras e chupar seus mamilos até estar contente.
Mas parecia que nunca ia dar-se por satisfeito. Passaram cinco minutos. Logo dez. Logo quinze. E ainda o gigante seguia chupando seus mamilos, seus olhos fechados de prazer enquanto ele saboreava seus picos uma e outra vez.
Kari queria mais. Estava tão quente, tão excitada, que permitiria a este gigante guerreiro lhe fazer o que ele quisesse. E ela queria que lhe fizesse algo, que lhe fizesse tudo. Tinha ouvido todas as histórias, sabia que as mulheres não significavam nada para os guerreiros mais que lhes dar seus corpos que eram como brinquedos para eles, entretanto nesse momento ela queria ser o brinquedo com quem ele jogasse mais que o ar que respirava.
Caindo lentamente sobre suas costas, Kari fechou seus olhos e lançou uma respiração tremente quando sentiu que seus ombros tocavam o suave cenário. O gigante deixou de mamá-la e ela pôde sentir seu olhar excitado, esperando para ver se ela se ofereceria a ele.
Sem nem sequer abrir seus olhos, ela estirou suas coxas tanto como pôde, lhe dizendo sem palavras que ela queria que ele a montasse. Justo ali no cenário para que todos vissem. Estava ardendo por ele e queria que a montasse.
Os olhos dourados e brilhantes de Dearth se entrecerraram de desejo enquanto ele estudava cada matiz do corpo da pequena. Seus olhos estavam fechados, seus mamilos estavam duros e a pelagem de morango que cobria seu púbis estava refulgindo de seu próprio orvalho.
Nunca tinha desejado tanto a uma puta.
O aroma de sua excitação o intoxicava, fazia que seu pênis estivesse dura como uma estátua de gelo. Mas antes de montá-la, precisava prová-la.
Deslizando seus quadris até o fim do cenário, a língua de Deart saiu para prová-la, dando uma grande lambida no orifício, acima do lábio da sua vagina, sem deter-se até alcançar o clitóris. A puta gemeu, fazendo que seu pênis ficasse ainda mais duro.
Dearth levou o diminuto clitóris ereto a sua boca e o sugou com tanto vigor como antes aos mamilos. O corpo da puta se sacudia enquanto ela gemia, fazendo que tudo tremesse ao redor dele enquanto ele a lambia como um animal faminto.
Fê-la gozar quatro vezes, quatro vezes eufóricas e deliciosas durante as quais a aprendiz de artes eróticas transferiu seu prazer à audiência e fez que todos eles, ele incluído, ejaculassem quatro vezes, violentas e fabulosas.
Mas ainda ele morria por essa vagina doce, ainda queria prová-la e jogar com ela, ainda queria lamber o suco que esta lhe dava, lavá-la com sua língua e prender-se até cansar em seu pequeno clitóris que seguia chupando.
Dearth manteve sua cara enterrada entre suas coxas por quase uma hora, arrancando um orgasmo detrás de orgasmo logo depois a puta ofegava, suplicava, retorcia-se e suplicava gritando que a agarrasse e enchesse sua vagina com seu sêmen.
—Por favor - ela gritava, seus mamilos permanente duros, seu corpo sacudindo-se pelo último orgasmo —Por favor me agarre.
Dearth poderia ter seguido lambendo feliz sua concha por outra hora ou mais, mas as súplicas da moça se estavam convertendo em histeria. Soluçava tanto, estava muito desejosa de uma boa montada.
Tirando sua vestimenta de couro negro, ele deslizou os quadris da puta até o cenário e parou no meio. Sustentando uma coxa em cada mão, guiou à ponta de seu pênis a seu canal empapado e, com um arremesso possessivo, deslizou-se dentro de sua carne úmida até o fundo.
—Oh sim - ela gritava, seus quadris se arqueavam para uma montada mais forte e profunda —Oh sim.
—Mmm - Dearth disse com voz áspera, sua voz um ronrono rouco. Seus dedos jogavam em seu arbusto de cabelo cor de morango. —Este canal foi feito para que eu penetrasse. - Colocou até o fundo, causando nela um orgasmo instantâneo.
—Mais - ela pediu. —Necessito mais.
—Me rogue outra vez - ele disse com voz áspera de modo arrogante, seus arremessos ainda lentos e relaxados. — Roga que te faça qualquer coisa que eu deseje com seu doce canal.
Kari abriu-lhe seus quadris de forma selvagem, nesse momento mais que disposta a dizer algo, se isso significava que ele deixasse de atormentá-la e lhe desse a forte chicotada que ela necessitava.
—Pode fazer o que queira - ela soluçou. —Meu corpo te pertence - Não sabia muito de guerreiros para dar-se conta que lhe acabava de fazer uma promessa.
Arrogantemente satisfeito por ter obtido o juramento que procurava, que não teria que contentar-se com uma só agarrada, Dearth lhe deu exatamente o que ela queria, metendo-se em sua carne com movimentos profundos, fortes e rápidos.
Kari se acabou outra vez, esta vez mais forte, fazendo que a audiência e seu torturador gigante gemessem e emitissem gemidos.
Alcançou-a por debaixo, tocou seu traseiro e se afundou nela com movimentos mais rápidos e mais profundos.
—Meu - disse-lhe com intensidade. — Seu canal é meu agora.
Abriu-lhe os quadris de forma selvagem, gemendo quando se agachou para lamber seus mamilos enquanto ele perfurava mais e mais profundo em sua carne.
—Mais forte - rogava-lhe, sem lhe importar no momento que tão grande soava. —Me penetre mais forte.
Ele oprimiu seus quadris nela, logo arremeteu sem piedade em sua carne. Sua língua lambeu seus mamilos duros, saboreando-os enquanto lhe dava uma forte agarrada.
Kari gemeu, seus quadris retorcendo-se com violência.
—Estou gozando - ela gemeu. —Oh Deus, estou gozando.
Dearth manteve o ritmo da sua penetração, afundando-se em sua carne fresca, mais e mais rápido, mais e mais profundo. Seus dedos se meteram no traseiro dela.
—Agora - ordenou-lhe. —Goza para mim agora.
Obedeceu-lhe com um gemido, seus mamilos se sobressaindo ao ponto da dor, sua cara quente ao ponto da transpiração, quando fechou seus olhos e se acabou com violência sobre seu pau.
A transferência ocorreu outra vez, só Dearth sentiu os tremores mais forte que a audiência. Pela primeira vez em sua vida, ele gemeu o suficientemente forte para despertar aos mortos quando ejaculava dentro de seu canal luxurioso.
Exausto, caiu sobre ela e lambeu seus mamilos.
Kari sorriu quando dormiu justo aí no cenário, seus dedos atravessando o espesso cabelo negro do líder.
Ele pensava que seus mamilos eram seus pirulitos. Encantava–lhe isso.
Capítulo 23
Cidade Areia no Planeta Trystonn
—Vamos recapitular minha vida desde que te conheci, certo?
Kil grunhiu a sua amada e muito mais recuperada esposa heeka beast.
—Exceto que quase morre, - ele disse com um suspiro. — foi certamente uma enorme felicidade.
Marty revolveu os olhos.
—OH sim, foi de verdade genial - Seus lábios se franziram em um gesto. — Especialmente a parte de ser jogada em um harém e ser forçada à escravidão sexual. Sim, noto porque outros guerreiros podem vir a te pedir conselhos para conseguir garotas.
—Mari - advertiu-lhe com um grunhido.
—Deve escrever um manual sobre o assunto - disse-lhe com grandeza. —Como cortejar a uma serva 101: Como obter que as mulheres escapem de você pelo terror.
Apertou a mandíbula.
—Sempre tem que voltar a esse assunto? Por dias meus irmãos estiveram me perturbando - Ele grunhiu. — Ouvi cada maldita brincadeira nas galáxias. Quanto tempo leva reconhecer um Casal Sagrado? - ele imitou com uma queda de olhos. Começou a enumerar algumas outras piadas favoritas de seus irmãos. —Minha própria nee'k também deve burlar-se de mim?
Marty não demorou muito em dar sua resposta.
—Sim.
Ele grunhiu.
—Agora que está recuperada, pode ser que um golpe nas costas te faça bem.
—Me deixe adivinhar…- disse Marty entrecerrando seus olhos, golpeando uma mão sobre sua fronte com dramatismo. —Oh sim - disse quando abriu seus olhos - Esse pouco de conselho de cortejo quente vem do Capítulo três em seu manual: Mulheres & Crianças, Qual é a grande diferença?
—Bom - ele grunhiu — Vejo que está disposta a voltar para seu ninho no Koror.
Marty sorriu.
—É um grande garoto. - gracejou. —Relaxe
Kil a aproximou mais de seus braços onde jaziam juntos na cama. Suas mãos passavam sobre seus seios agora maiores, detendo-se para sacudir os mamilos.
—Me diga que me ama - ele ronronou.
Apoiou sua cabeça sobre seu peito e respirou com satisfação.
—Amo-te, Kil Q´an Tal. Com todo meu coração.
Ele se apressou.
—Só com um coração?
—Só tenho um coração.
—OH, sim - ele balbuciou. Passou uma larga mão por suas costas e massageou seu traseiro. —Amo-te com dois corações.
Marty sorriu enquanto passava uma mão por seu peito. Desde que ela despertou depois de quase ter morrido, Kil parecia não poder deixar de lhe dizer quanto a amava. Não é que se estivesse queixando.
—Já sei. Mas obrigado por dizê-lo em voz alta.
Ele grunhiu. Marty sorriu.
—Tenho curiosidade por algo - disse ela, trocando o tema.
—Sim?
—Giselle… - Seu cenho franziu-se. —De verdade eu gosto muito dela, mas por que… - Ela esclareceu sua garganta. -… cada vez que a vejo está colocando seu mamilo na boca de seu irmão?
Kil riu entre dentes.
—Porque ela é uma nee'k boa e submissa. Possivelmente possa aprender com ela.
Marty soprou ao escutar isso.
Ele sorriu.
—Só estou brincando - Seguiu explicando o que tinha acontecido com REM, de seus anos com a Jera e como, embora ele estivesse avançando a passos largos, ainda estava se recuperando da sua quase transformação.
—Não fala a sério. E o mamilo realmente ajuda?
—Sim. É o único remédio que Giselle encontrou que até agora deu resultado.
Ela disse não com a cabeça e suspirou.
—De certa forma não me surpreende.
Kil grunhiu ao mover Marty sobre suas costas e tomar com sua boca um de seus inchados mamilos. Fechou seus olhos de prazer ao prová-lo, fazendo que Marty suspirasse satisfeita. Logo depois de uns largos minutos, ele levantou sua cabeça de seus peitos, ofegando.
—Tampouco me surpreende - disse ele pesadamente, esfregando sua ereção contra ela.
— Né? - Marty tragou saliva, perdendo o fio da conversa. Parecia que fazia mil anos da última vez que ela e Kil tinham estado juntos. E, é óbvio, o período de requisito de duas semanas de espera entre dar a luz e reatar as relações sexuais para sempre duraria um pouco mais. Três dias para ser preciso.
Ele sorriu entre dentes.
—Não importa - O som de Zy'an chorando chamou a atenção dele ao outro lado da câmara.
—Possivelmente tenha fome - Marty disse com uma risada.
Kil sorriu de volta. O apetite voraz de sua filha se converteu de algum modo em uma brincadeira habitual entre eles. Em realidade se tornou uma brincadeira habitual em toda a família Q'an Tal, já que Zy'an amava comer com o mesmo entusiasmo com que aos guerreiros gostava de fazer amor.
Marty sorria enquanto seus olhos se dirigiam para o berço de cristal de seu bebê. Seu bebê, ainda não podia acreditá-lo. Quando ela tinha caído nesse estado de coma, nem sequer sabia que estava grávida. Mas quando despertou tinha descoberto que tinha dado a luz à pequena bebê de olhos azuis brilhantes e cabelo escuro mais bela que tenha existido na história. É obvio, sua opinião era parcial.
—Melhor que vá alimentar à Princesa Angurrienta.
—Não - Kil se sentou. — Se acomode nos travesseiros. Trarei a minha filha.
O coração de Marty nunca deixava de pulsar cada vez que ela via o pai e à filha juntos. Kil era tão grande e brusco, cheio de cicatrizes de batalhas e não muito propenso a sorrir. Mas quando Zy'an estava em seus braços, ele parecia não poder deixar de sorrir. Ou exclamar, algo que ela achava adorável.
Marty sorriu ao ver seu marido nu inclinando-se sobre o berço da bebê. Deus, sim era sensual, ela pensou. Seu corpo inteiro repleto de músculos ao caminhar. E esse traseiro… delicioso. Ainda lhe custava acreditar o que havia acontecido para que o líder fosse só seu. Mas o fez. Propôs ganhar tudo ou nada. E finalmente tinha ganhado tudo.
Definitivamente genial.
******
—Merda - Giselle resmungou - Não sei disto.
Marty jogou uma olhada que foi de onde REM estava parado, até o outro lado da grande sala onde conversava com seus irmãos, e Giselle estava sentada a seu lado.
— Pensa que é muito em breve?
Ela suspirou.
—A Chefa Sacerdotisa disse que se supunha que ele devia passar dos Banquetes de Consumação por anos. Seu banquete está planejado para dentro de dois dias. Sim, penso que é muito em breve.
Kyra deu tapinhas em suas mãos.
—Logo depois de pensar mais no assunto, Ari mudou de opinião. Ela pensa que isto é justamente o que REM necessita - Encolheu-se de ombros. –Quanto mais cedo sua vida se normalizasse, como tivesse sido se Jera não tivesse interferido, então mais cedo os demônios deixarão de incomodar.
Marty bufou.
—E para nossos maridos um Banquete de Consumação é normal - Ela suspirou. —Tudo o que posso dizer logo depois de ter vivido com Kil e pelo tempo que vivi, é que não estou surpreendida.
Os lábios de Giselle franziram em um cenho enquanto balançava seu filho Kilak em seu joelho. Sua filha Zari agora estava sendo mostrada por REM.
—Não estou segura se vai ser REM ou eu, que vai ter o tempo mais difícil de adaptação a isto. Dirá que sou antiga ou puramente terrestre, mas a idéia das servas fiéis chupando meu marido enquanto eu olho apenas, inspira-me a querer me mostrar nesta velada.
Kyra riu entre dentes.
—Certifique-se de se sentar junto a Geris então. Logo depois de todos estes anos ainda arroja um dardo no preciso momento em que Dak aparece - Ela sorriu. —É obvio, sempre volta para ele quando é o turno das mulheres.
Marty se apressou.
—Eu, de verdade, tenho muita vontade - Seus dedos tamborilando em forma ausente na mesa elevada. —Tendo passado o tempo em um harém específico de servas, não posso esperar o momento de humilhá-lo deixando que outros guerreiros me toquem - Ela recordou como ele tinha-lhe feito amor de forma possessiva, logo que o Senhor Dearth a tinha acariciado na sala comilão aquela vez.
—E Kyra tem razão, Gis, o sexo vai ser tão bom depois.
Giselle começou a rir.
—Prometido?
Kyra e Marty se olharam, logo olharam a Giselle.
—Oh sim - disseram todas em coro.
Capítulo 24
Enquanto isso, no planeta Galis…
—Mostre-lhe o quão submissa é, Kari. Mostre-lhe seu desejo de me agradar em tudo.
Kari sentiu que seus mamilos enrijeceram com o só murmúrio de sua voz rouca. Era como um cão do Pavlov - pensou ela. Faria qualquer coisa por seguir agarrando-lhe. Era viciada nele e em seu pênis e ambos sabiam.
—Está bem - ela sussurrou.
Nua, Kari tomou a mão do gigante e lhe permitiu conduzi-la sob a escada de cristal de sua habitação, a qual conduzia ao estabelecimento de comidas onde ela trabalhava debaixo. Uma vez ali não podiam parar, mas continuaram fora e caminharam de mãos dadas pela agitada rua de cristal branco.
Os galianos estavam por todos os lados e não deixavam de olhar. A ela, a ele. Ela, depois de tudo, estava completamente nua. E, ele, depois de tudo, estava completamente vestido.
No Galis, isso não passava. No Galis, as mulheres mandavam nos homens sexualmente e não da outra forma. Mas o líder que tinha estado montando Kari dia e noite em sua câmara por toda a última semana, era possessivo e dominante, era aditivo. Ele queria que ela anunciasse em público aos galianos de Cidade Cristal a quem pertencia à vagina dela, quem era o que a tinha estado montando forte todo este tempo.
Kari sabia que se este episódio chegava a sua família adotiva nunca saberia seu final. E de verdade, Kari sabia que ia ter que deixar a Cidade Cristal para escapar dele… e logo. Antes que se fizesse mais viciada, antes que não fosse capaz de deixá-lo. Mas até então…
Dearth soltou sua mão para apoiar seu braço forte e musculoso ao redor de seu ombro. Sujeitou-a de forma possessiva, territorial, marcando-a em público como dele. Sua larga mão começou a esfregar seus peitos, massageando-os da forma que ele sabia a fazia sentir quente. E logo seu dedo polegar e indicador acharam um mamilo e o puxou, girando-o para endurecê-lo e estirá-lo.
Havia olhos curiosos por todos os lados. Seguiram ao gigante e a mulher nua com cabelo cor de fogo enquanto caminhavam pela rua. Olharam como o líder brincava com seus peitos, seus mamilos e logo mais abaixo…
Kari soltou uma respiração cortada quando sua mão deixou seus peitos e seguiu para baixo, sobre sua barriga para logo deter-se mais abaixo. Seus dedos peneiraram seu cabelo do púbis como se a estivesse acariciando. Não se moveu para ir mais abaixo, já que estava arrogantemente contente de tocá-la ali, para mostrar aos galianos que ele tinha o direito a fazê-lo.
Ele era definitivamente todo um guerreiro, Kari pensou. Arrogante e dominante, possessivo e autoritário. Ele era tudo o que suas irmãs adotivas tinham lhe advertido que tinha que se afastar, tudo o que haviam dito que seria sua perdição se ela permitisse que alguém a cativasse.
É óbvio, suas irmãs não sabiam muito de guerreiros, já que os galianos tendiam a não meter-se nisso exceto quando executavam as artes eróticas. Mas em todas as outras ocasiões era considerado tabu deixar que alguém tocasse a uma mulher. Depois de tudo, eram lendas. Lendas sobre colares estranhos sujeitos a pescoços de mulheres, só para ter essas mulheres longe e… bem, nenhum dos galianos estava muito seguro do que acontecia a essas mulheres logo depois disso. Mas as mulheres galianas tinham seus cálculos e às vezes esses cálculos eram macabros.
Kari olhou incômoda ao líder a seu lado, notando que ele também levava um desses colares. E se ele o tirava? E se o colocava ao redor de seu pescoço e ela não podia alguma vez mais ouvir contos ou histórias? O que faria com ela então?
Ela tragou saliva bruscamente, milhares de cenários sombrios corriam por sua mente. Ela já tinha deixado Dearth (Deus meu, seu nome era Morte!) fazer coisas a seu corpo que nunca antes lhe tinha feito nenhum homem.
Não, ela tinha feito mais que deixá-lo fazer. Tinha-lhe rogado, às vezes tinha-lhe soluçado para que o fizesse. Ele sabia como trabalhar magia negra em seu corpo que a deixasse sentindo como se ela não tivesse vontade própria, como se fosse fazer e dizer algo, só por uma inebriante experiência, maior que sua capacidade.
Tinha passado só uma semana (uma semana gloriosamente carnal) e ele já a tinha montado em cada forma possível que um homem podia fazê-lo com uma mulher. Na boca, no traseiro, deslizando-a entre seus peitos azeitados, afundando-se em sua vagina muitas vezes, mais do que ela pudesse contar. Tinha-a atado e logo lambido e comido de forma selvagem. Tinha-a posto de quatro. Tinha-lhe obrigado a cavalgá-lo. Tinha-a pego com os dedos, tinha-a pego com a língua, inclusive a tinha pegado com os dedos do pé. Tinha-a pego em cada forma imaginável e inimaginável.
Kari sentia calafrio ao caminhar a seu lado, permitia mostrá-la em público como uma boneca exótica e total. Ela devia deixá-lo, ela sabia. Já era tempo de deixá-lo. Embora o sexo fora com toda devoção, fora por ele em si que ela se sentia viciada, e isso simplesmente não podia acontecer.
Era estranho, mas havia vezes que ela sentia uma conexão inexplicável com ele, como se fosse capaz de medir suas emoções. Ela sabia que suas emoções eram poderosas, muito territoriais, muito alfa, muito dispostas a matar a qualquer homem que quisesse tocá-la.
E o faria. Ela sabia que ele o faria. Desde que ele afundou a primeira vez seu pênis naquele cenário uma semana atrás, ela já pertencia a ele a seus olhos.
Mas pertencia a ele como o que? Uma amante? Um brinquedo? Uma o que?
— Me leve a sua boca, pequena.
A cara do Kari se elevou para olhá-lo. Ela tinha estado tão ocupada com seus pensamentos, que nem sequer se deu conta que tinham deixado de falar.
Seu olhar observou em volta, cauteloso. Estavam parados na metade de uma das ruas mais concorridas de Cidade Cristal. As pessoas os estavam olhando, sem deixar de contemplá-los. E ele queria que ela, em público, o chupasse. Em um planeta onde os homens davam prazer às mulheres, ele queria que lhe desse prazer em frente de todos, para que todos vissem.
—Me leve a sua boca - ele murmurou.
Ela podia ver a gigante ereção emergindo de suas calças de couro azul escuro. Ela podia sentir os olhares dos transeuntes vendo o que ela faria enquanto ele tirava seu pênis de suas calças que saltou liberto, duro e querendo sua atenção. No final, seu vício lhe permitiu fazer só uma coisa.
Kari o chupou aí mesmo no meio da Cidade Cristal, sem lhe importar um caralho quem a via fazê-lo. Ela chupou-o e chupou-o, o som de seus lábios sugando seu pênis podia ouvir-se por todos ali.
Quando ele gozou, foi violento e seu bramido de satisfação de guerreiro arrogante pôde se ouvir bem de longe. Ele esparramou esperma quente em sua boca e ela sedenta o bebeu, querendo mais e mais do doce líquido.
Ela sabia que o tinha satisfeito quando ele acariciou sua cabeça e lhe murmurou.
— Que boa garota.
Ela não se incomodou em lhe responder por que estava muito ocupada chupando suas bolas para que lhe gozasse outra vez.
Capítulo 25
Cidade Areia, dois dias depois
OH, sim. Ela estava ciumenta.
Marty não esperava sentir-se assim, não logo depois de seu tempo no harém quando ela o tinha visto acariciar outras mulheres e não tinha tido o consolo de saber que ele a amava para voltar, mas estranhamente, agora que era sua esposa, o ciúme estava ali. Algo estúpido considerando o fato de que ela o tinha visto fazer de tudo a Ora, inclusive afundar seu pênis nela.
Essa noite quando ela, Kil e Ora tinham participado de um trio, Marty se tinha excitado ao vê-lo chupar os mamilos de Ora, ao vê-lo praticar sexo oral com ela enquanto Ora gemia, retorcia-se e se acabava. Não sabia qual era a diferença entre antes e agora, mas suspeitava que era porque ela confiava em Ora enquanto que ela não confiava nestas outras mulheres. Sabia o que acontecia as mentes destas servas fiéis porque ela tinha sido uma.
Sentada junto a ela no lado das mulheres da grande sala, Ora passou uma mão pelos peitos inchados de Marty, enquanto olhava Kil deslizar a língua ao redor das dobras labiais de uma robusta serva fiel.
— As dela não podem comparar-se com estas - murmurou no ouvido de Marty.
Marty sorriu enquanto abria suas pernas a Ora para que a massageasse intimamente. A relação entre ela e Ora era um pouco estranha para os padrões da Terra, ela admitiu, mas era considerada normal para os do Trystonni. Ela e Ora se amavam, eram melhores amigas, mas não estavam apaixonadas. E entretanto tinham uma forte atração sexual uma pela outra que às vezes culminava em tocar-se eroticamente.
—Sabe - Ora disse ao jogar com a vagina de Marty. —nunca antes estive em um Banquete de Consumação real. Ao menos não deste lado das coisas - Ela riu por baixo. —Estou esperando com vontade.
—Eu também.
Os olhos de Marty se estreitaram quando registrou a cena do outro lado da grande sala. Duas servas fiéis estavam fazendo sexo oral a seu marido enquanto ele lambia a vagina de uma terceira.
A serva fiel estava gemendo e ofegando de onde estava deitada sobre uma mesa elevada, suas coxas tão abertas como podiam está-lo, suas mãos pressionando a cara de Kil para sua carne.
—Oh sim - gemeu a serva, seus mamilos se sobressaindo enquanto ele a lambia - Oh sim.
Os orifícios nasais de Marty se alargaram.
Arrg!
—Mmmm - Kil ronronou com esse sensual grunhido dele. Ele levantou a língua com movimentos rápidos sobre seu clitóris por uns segundos, logo tomou a sensível peça de carne entre seus lábios e a chupou forte até que ela gritou e se acabou. Um momento depois ele estava acabando-se nas bocas das servas fiéis que lhe estavam praticando sexo oral, gemendo forte enquanto chegava ao clímax.
—Estiveram excelentes - ele as felicitou, acariciou a cabeça de ambas as servas fiéis. Colocou os dedos na vagina da serva fiel que ele tinha estado chupando. —E foi uma comida bastante tentadora a que me ofereceu - Ele virou sua cabeça e sorriu a Zor. —Trocamos, irmão?
Marty se distraiu da cena do outro lado da grande sala quando Giselle grunhiu a seu lado.
—Vou matá-lo - ela jogava fumaça. — REM é um homem morto.
Marty olhou para onde o marido de Giselle estava sentado junto ao Dak. Sim, não podia culpá-la. REM estava derramando seu sêmen na boca de uma serva, seus lábios obstinados entretanto a outro mamilo enquanto ele gemia.
—Já nos chegará o turno - assegurou Giselle. Seus dentes chiaram quando ela olhou de volta a Kil. —Definitivamente.
—Caralho, deveríamos…- A voz de Giselle se apagou quando girou sua cabeça para olhar Marty. Ela suspirou resignada quando se deu conta do que a mão de Ora estava fazendo à vagina de Marty. —E você, bruta?
O cenho do Marty se enrugou.
—Né?
—Não importa - Giselle fez um gesto de desinteresse com a mão. —Esqueci que foi uma precursora dos sessenta. Faz amor, não a guerra, etcétera, etcétera - Ela suspirou com dramatismo.
Marty e Ora riram baixinho.
—Ei, estive nesta dimensão mais tempo que você, Gis - Marty sorriu. -Se dê um mês e te surpreenderá das coisas que vai terminar fazendo.
Giselle ficou corada.
—Admito que divirto-me em meus banhos… - Seus dentes chiaram quando uma serva fiel entre risinhos pôs a cara de REM entre suas pernas. —Vou matá-lo. - ela disse furiosa. — Está morto.
—Bastardo!
Todos os olhos voaram a Geris já que ficou em pé e gritou seu grito de guerra. Kyra sorriu de onde estava sentada junto a ela, tendo visto a reação de Geris ao orgasmo de Dak, como um enraizado ritual que nenhum Banquete de Consumação se pode perder.
—Não é nada mais que tradição, meus corações. - Dak gemeu as palavras enquanto se acabava na boca de uma serva fiel.
—Jek!- Geris gemeu enquanto suas mãos se faziam punhos. -É tempo para as mulheres. Venham e ocupem-se de mim
Jek sorriu ao lhe fazer uma reverência, logo deu três largos passos e tomou à Rainha de Ti Q'won em seus braços.
—Seu prazer é meu.
—Me faça gozar. - Geris disse a Jek jogando fumaça, enquanto ele a localizava sobre uma plataforma vesha. Os orifícios nasais lhe aumentaram. — Me faça gritar.
— Sempre o faço, verdade beleza?
—Jek - disse enquanto sua cara desaparecia entre suas pernas.
Giselle ria enquanto olhava. Logo ela gemeu quando foi levantada nos fortes braços de um guerreiro. Tragou algo nervosa quando viu quem era. Gio. O próprio prometido de sua sobrinha.
—Oh Deus.
—Não deseja que seu Companheiro Sagrado esteja verde de ciúmes?- lhe murmurou. Seu olhar percorreu seu rosto, logo mais abaixo até seus seios, logo mais abaixo ainda.
Meu Deus, ela pensou, ele era realmente bonito. E a forma em que seus olhos violetas brilhante devoravam uma mulher… muito sensual de fato. Não podia imaginar porque Dari não queria saber nada dele.
—Sim - ela se escutou dizer sem dar lugar a dúvidas. Seu colar de noiva começou a pulsar com um vermelho verde de alarme. —Definitivamente - ela disse quente.
Os rasgos masculinos e sérios de Gio se aliviaram um pouco quando ela sorriu.
—Bem, - disse ele — já que sou o tipo de homem que quer chupar cada pedacinho de seu corpo.
—Merda - Giselle chiou.
Marty estava tão ocupada rindo de Geris e Giselle que nem se deu conta que Ora se foi para procurar prazer com CAM e Var, ou que Dearth estava parado junto a ela, seu olhar dourado contemplando-a acaloradamente.
—Me ocorreu…- Dearth murmurou - que nunca pude chegar a te provar.
Sobressaltada, o olhar de Marty voou até alcançar o do sério guerreiro. Ela passou a língua por seus lábios, recordando que tão excitada havia se sentido quando ele tinha chupado seus mamilos.
—Se esqueceu de mim no momento em que Typpa começou a lhe chupar - ela o gracejou afavelmente.
Seus lábios formaram um semi-sorriso quando tirou Marty de sua cadeira.
—Não. Mas notei pela reação de Kil que algo estava mau, então o deixei de fazer.
Ela rodeou seu pescoço com seus braços e sorriu.
—Obrigado por salvar meu ego. Supunha-se que não foste me entregar para você tão fácil, sabe. Isso não tinha sido parte de meu grande plano.
Dearth se encontrou sorrindo, um estado incomum para ele, enquanto baixava Marty a uma plataforma vesha.
—Eu sabia o que queria - sussurrou enquanto tirava seu Top qi'k de seus seios inchados. Seus olhos se entrecerraram de desejo quando baixou sua cabeça e passou sua língua por um mamilo inflamado. —E prometo pô-lo mais ciumento nesta saída de lua do que o fiz da última vez.
Marty sorria enquanto sua respiração se espessava. Ela abriu suas coxas para que Dearth pudesse colocar sua grande forma no meio.
—Sempre soube do que eu gostava - lhe disse em voz baixa. E de fato, estava certo. Seu colar de noiva estava todo defumado, fazia saber sem olhar que Kil estava absolutamente zangado.
Genial.
Dearth sorriu sobre seus seios mas não disse nada. Levando um mamilo alargado até sua boca, chupou-o vigorosamente, jogando com seus lábios para cima e para baixo, da ponta à raiz, uma e outra vez.
—Oh - Marty suspirou, fechando seus olhos — Isso é tão genial. - Sua língua se aferrou a seu aro azul do mamilo. —Super genial - ela gemeu.
Dearth riu baixinho enquanto suas mãos faziam que sua saia qi'k desaparecesse. Marcou um caminho de beijos desde seus seios até sua barriga, logo mais abaixo, seus lábios e seu nariz correndo através dos cachos dourados como o mel em seu púbis.
—Sim - Marty disse ofegando enquanto abria suas coxas tanto como podia. — Por favor.
Ele jogava com ela, passava-lhe a língua em seus lábios vaginais, chupando, chegando a estar tão perto de seu clitóris, mas sem chegar a tocá-lo exatamente.
—Por favor - ela gemeu enquanto seus quadris se levantavam para ele. — Por favor.
Dearth enterrou sua cara entre as pernas com um gemido, lambendo sua carne com entristecedores arremessos. Sua boca se aferrou a seu clitóris e o saboreou vigorosamente, arrancando um gemido detrás gemido da mulher presa debaixo dele.
Marty gemeu quando ele chupou mais forte seu clitóris, logo gemeu quando sentiu duas bocas mais obstinadas a seus mamilos que os chupavam. Ela olhou para seus seios e viu que Jek e CAM estavam tendo um festim com ela, bebendo dela, aparentemente ambos tinham feito chegar ao clímax Geris e Ora.
Ela era a convidada de honra, Marty recordou. Ela era a que seria chupada e lambida até que soluçasse num clímax violento.
A língua de CAM achou o anel de seu mamilo e tomou rapidamente com a sua.
Marty gemeu.
A língua de Jek se aferrou ao outro mamilo e provou dela enquanto seus dedos achavam seu aro do umbigo e atiravam do mesmo.
Marty gemeu.
Dearth pressionou mais seu clitóris, lambendo-o vigorosamente enquanto que sua garganta emitia sons guturais de uma excitação sexual masculina primária.
Marty explodiu.
—Oh Deus - ela gemeu quando seu corpo tremeu e se convulsionou. — Oh, meu Deus.
Não teve tempo de voltar de onde estava, lá, tão alto. Num segundo, três guerreiros tinham estado umedecendo-a com seus dedos e línguas e logo depois, num piscar de olhos, um macho alfa muito trabalhado estava se afundando até as bolas em sua vagina.
—Eu farei que este canal se acabe ainda mais forte - Kil gritou enquanto a montava. Apertou a mandíbula. —Quem é o dono desta carne?- perguntou com arrogância enquanto uma mão encontrava o anel do mamilo, a outra mão encontrava o anel de seu umbigo e ele rapidamente manuseava a ambos.
Marty gemeu quando ele se afundou nela até o fundo e a montou forte. Seus arremessos eram fortes e desenfreados e a expressão de autêntica possessividade em seu rosto teria assustado-a, se não soubesse o quanto ele a amava.
—Você - ela gemeu, lhe dando o reconhecimento que ela sabia que ele queria ouvir. —Você é meu dono.
Kil rodou seus quadris e inseriu com mais força, sem ter em conta a nada ou ninguém a seu redor exceto sua nee'k e seu canal exuberante.
—Pela Lei Sagrada - ele gemeu forte enquanto a arremetia até lhe fazer perder a consciência. —Você é minha pela Lei Sagrada.
Ele fez sair orgasmo detrás orgasmo dela, afundando-se em sua carne empapada uma e outra vez, de novo. Ela necessitava que esse colar de noiva pulsasse tanto como precisava respirar. Ela sentiu como se estivesse sendo conduzida à histeria. Ele continuava lambendo seus aros Wani enquanto a montava, fazendo-a chegar ao clímax uma e outra vez.
—Por favor - lhe rogou com desespero enlouquecedor - Me dê seu leite quente.
—Mmmm - ele ronronou, seus quadris rodavam e se juntavam com os dela. — Minha - Ele fechou seus olhos e a montou mais e mais forte, copulando-a como um animal, como sempre o fazia.
Marty se deleitava com sua luxúria, já que nunca deixava de surpreendê-la, que tão fora de controle ficava Kil quando estava enterrado dentro dela. Só quando ela se uniu ao harém, tinha visto que tão desapaixonado ele tinha sido ao deitar-se com outras servas fiéis. Mas cada vez que ele se afundava em seu corpo, gemia e grunhia e a arremetia uma e outra vez com uma euforia entristecedora que beirava ao insano.
—Kil - Ela envolveu suas pernas ao redor de sua cintura e gemeu quando sua carne envolvia a dele com sons luxuriosos de sucção. Os sons de seus corpos e as carnes golpeando entre si, o sentir suas bolas pegando sobre seu traseiro, o aroma de sua combinada excitação sexual… isso era sensacional. Delicioso e sensacional.
—Ai, Deus.
—Mari.
Quando não pôde estar mais estimulado, quando se afundou em sua vagina até esquecer-se de tudo, só ali, ele apertou seus dentes e gemeu em seu orgasmo.
Quando o colar de noiva começou a pulsar, as mãos dela acharam seu traseiro e o beliscaram. Havia só três palavras que podiam descrever como ela se sentia agora, só três palavras que podiam significar a euforia enlouquecedora do momento.
—Caralho, que genial!
Capítulo 26
Os olhos do CAM se estreitaram com suspeita pelos sussurros que via acontecer entre Kara, Jana e Dari. Nesta saída de lua do Banquete de Consumação quando todos deviam estar homenageando a noiva e ao noivo e a seu bebê, as três princesas estavam sentadas ao longo da sala grande, sussurrando-se coisas entre si mais que tomando parte na função festiva e ritualista.
Seus olhos se dirigiram a Gio. Ele também tinha um sentimento incômodo pelo bate-papo em voz baixa, ele podia dar-se conta. Os olhos do guerreiro se estreitaram quando CAM pôde adivinhar que o ânimo do guerreiro era sombrio. Mas quem poderia culpá-lo? A vergonha que ele tinha passado pela escapada de Dari aos postos de compra se conheceu e se divulgou por todos os lados.
O único consolo de Gio foi saber que o pai de Dari a tinha castigado em público para lhe ensinar a lição por enganar ao Casal Sagrado. Ou futuro Casal Sagrado. De todos os modos, CAM tinha falado ao guerreiro e sabia que sua irritação ainda estava alta, sabia inclusive que desejava tirar Dari de seu lar e que seu canal seria zelado por seu próprio pai e mani até que ela tivesse uma idade que pudesse reclamá-la. CAM não estava seguro se o pedido dele seria concedido, mas sabia que seguro a petição seria feita ante o imperador.
A mandíbula de CAM se esticou quando seu olhar se voltou para Kara. Ela estava excitada por algo e isso o punha incômodo. Kara sempre se mostrava apreensiva cada vez que ele vinha visitá-la no palácio, sem aturdir-se de entusiasmo. Mas, entretanto, ela estava ali parada com toda sua beleza escura, sussurrando animadamente com suas primas.
Algo estava passando, ele sabia. Algo que ele não ia deixar passar.
E ele ia investigar o que era esse algo.
Capítulo 27
—Meu amo?
Kara tomou cuidado de manter seu olhar baixo enquanto lentamente tirava seu mazi para CAM na privacidade de sua câmara, essa saída de lua. Ela não queria ir para ele nessa noite já que não queria sentir nenhum remorso. A fuga já estava programada. O transporte proverbial estava em movimento. Não havia volta.
—Queria falar comigo?
CAM não disse nada, simplesmente olhou sua nudez quando se despiu para ele. A luxúria em seus olhos verdes azulados brilhantes a excitaram como sempre o faziam, e Kara sentiu que seus mamilos se endureciam. Isto, ela pensou para si mesmo tremendo um pouco, não podia acontecer.
O olhar dela se disparou sombria para estudar seu rosto. Ele tinha mudado muito durante os anos, passando de ser um guerreiro jovem e sorridente que sempre a tinha feito rir e que fazia brincadeiras, a um guerreiro adulto de trinta e nove anos Yessat que raramente sorria e sempre arrumava para fazê-la assustar-se.
Ele estava sério e a ela não se importava. Mas possivelmente esse era o preço que um guerreiro paga quando o sangue de tantos esteve em suas mãos.
Kara era inocente e protegida, mas não tinha nada de estúpida. CAM tinha começado com nada, tinha nascido neste reino de um lar humilde. Ele tinha brigado por cada coisa que era agora dele e sabia que nada lhe seria reclamado. Ela o admirava por sua força, mas paradoxalmente era essa força que a assustava tanto.
De ter nascido de um humilde mineiro de areia trelli, a ser um caçador, a colher seus próprios setores e mandá-los… tais progressos não passaram sem provar-se a si mesmo ao tirar ao inimigo em tantas batalhas.
Ela se deu conta do que ela significava para CAM K'à a Ra. Não tratou de enganar a si mesma nem por um Nuba-minuto. Ela era o último troféu de uma destreza de batalha. Não podia haver um prêmio de matrimônio maior para um homem nascido de um mineiro trelli que a filha do imperador, a filha do líder mais poderoso e rico das dimensões do tempo.
Por virtude de sua linhagem materna, os filhos de Kara seriam proclamados reis ao nascer e suas filhas seriam princesas, embora não Grande Princesa como ela. É obvio CAM K'à a Ra a cobiçava, ela pensou com tristeza. Quem podia culpá-lo? Que guerreiro nascido de um mineiro trelli não o faria? Que guerreiro nascido de um rei não lhe importaria isso?
Mas ela queria mais de um Casal Sagrado, recordou-se a si mesma. Ela queria ser amada não como um prêmio de batalha, mas sim como uma mulher. E esta foi a razão pela que a fuga já tinha sido estabelecida.
—Meu amo? - ela perguntou outra vez mais tranquila. – Desejava ver-me ?
Ele não disse nada enquanto a levantava lentamente de sua cadeira, não disse nada enquanto a conduzia, não disse nada enquanto a levantava e a levava a cama elevada.
—O que faz?- Kara respirou quando ele a depositou gentilmente sobre a cama.
Ele deslizou seus quadris até o bordo e empurrou suas coxas para separá-los com suas grandes mãos. E ainda sem dizer nada.
—Meu amo? - ela ofegou enquanto se apoiava em seus cotovelos e olhava entre suas pernas para ver que estava por fazer ele.
O olhar dele se chocou com o dela, enquanto seu polegar encontrou seu clitóris e o trabalhava em círculos metódicos. Kara gemeu enquanto o olhava sem pestanejar.
—Não há escapatória - ele murmurou. — Nem agora. Nem nunca.
Seu olhar se voltou cauteloso. Ele suspeitava e isso não ajudava muito, é óbvio.
—Eu não sei o que quer dizer - disse-lhe ela com surpresa fingida.
—Sim sabe -. Sua língua se disparou e lambeu um comprido caminho do orifício de seu canal até seu clitóris. Só ali ele levantou sua cabeça. – Preste atenção em minhas palavras, Kara. Não me force a te castigar.
CAM retomou seu olhar e o sustentou por um momento prolongado, lhe mostrando uma pequena parcela da natureza dominante de seu corpo sobre o dela. Ele podia comandá-la de acordo a sua vontade, para que ela fizesse o que desejasse, fazê-lo que seu corpo esteja imóvel e portanto incapaz de voar se ele escolhia isso.
Os olhos dela aumentaram. Nunca havia se sentido tão penetrada, tão comandada por outra pessoa. E isto só por seu olhar.
Pela Deusa, ela pensou quando quebrou esse misterioso poder nela e enterrou sua cabeça entre suas coxas para levá-la ao orgasmo, isto não seria forçado seguro.
******
—Papai?- Dari perguntou brandamente. Seu olhar azul brilhante se disparou para a de sua mãe. —Mani? O que acontece?
Geris secou suas lágrimas e saiu dos apartamentos que tinham na Sandy City , muito comocionada para falar.
Dari sentiu um calafrio gelado de premonição correr por suas costas. Isso certamente não era algo típico de sua mãe. Ela nunca saía correndo de uma câmara quando estava zangada. Sempre estava ali e continha suas emoções, sem importar o estado de sua mente.
— Papai?-, ela perguntou lentamente, notando pela primeira vez que seus olhos estavam vermelhos de chorar. - Papai o que aconteceu?
—Meu irmão… - ele começou a falar com voz profunda, sua voz se quebrava.
—Sim?
Dak respirou fundo.
—O Imperador concedeu a petição a Gio - ele murmurou, girando para dirigir-se à câmara.
Os olhos de Dari se aumentaram. O ritmo de seu coração se acelerou.
—Que petição?- ela se afogou.
Dak deteve seu ritmo e girou para enfrentá-la. Ele passou a mão por seu cabelo dourado.
—Em duas semanas, quando Gio voltar para sua terra por bens, você o acompanhará. E, - ele disse com voz áspera - é ali onde permanecerá.
—Não - ela gemeu, seu estômago fez um nó. Ela sentiu que ia desmaiar. — Não, papai por favor não faça isto comigo - Ela correu para ele e se jogou em seus braços. - Por favor - ela gritou - Sinto haver te envergonhado. Por favor, não me mande embora!
Dak a levantou do piso e a abraçou forte.
—Não me deram outra escolha, ty'k - disse-lhe com voz rouca. -Seu tio pensa que é prudente tomar esta oferta para que nossas casas não venham abaixo - Ele suspirou. - O Rei do Arak sente que envergonhaste a seu filho, e deseja que seja entregue imediatamente em um esforço por não ficar mau.
—Não - sussurrou Dari ao ouvido de seu pai. Lágrimas sulcaram suas maçãs do rosto. - Não.
—Será tratada com supremo cuidado - disse Dak gentilmente, tratando de manter a irritação e a ira por parte de sua filha como para que não temesse no futuro. Ele acariciou suas costas. -Não me importa o Rei do Arak, mas tenho certeza que ele não arriscará seu bem-estar-. Ele continuou explicando, - Seu prometido é seu único herdeiro. Sabe que seu futuro depende de sua matriz.
Dari não podia falar. Ela estava intumescida, intumescida de choque e dor.
—O treinamento de Gio nas artes da guerra está acabando. Voltará para o Arak para armar suas próprias forças. Cuidará bem de ti, pani.
Dari soluçou nos braços de seu pai por longos minutos e Dak não tentou detê-la. Deixá-la-ia chorar, certamente ela merecia. Quando finalmente ela elevou sua cabeça e seus brilhantes olhos azuis tão parecidos com os seus, acharam os dele, ela só teve uma pergunta que fazer. – Verei você e a mani outra vez? -, ela suspirou.
—Sim-. Dak gentilmente pressionou sua cara sobre seu peito outra vez. Cerrou o queixo. - Quando Gio permita que nos visite.
*****
—Não posso acreditar!
Zor fez uma careta enquanto se agachava para evitar outra garrafa de colheita matpow. Em todos estes anos Yessat que ele tinha passado a seu lado, Kyra nunca tinha estado tão zangada com ele.
—Foi a honorável decisão!- ele sussurrou, tomando a sua nee'k do chão para que ela deixasse de lhe atirar garrafas. -Dari cometeu um engano, Gio estava zangado, já que como representante da dinastia Arak seu pai demandou que a eles lhes permita estar a salvo-. Ele a localizou na cama elevada, logo estirou suas mãos no ar. - O que eu podia fazer? Se ela tivesse sido qualquer outra menina exceto minha sobrinha, não teria duvidado em conceder o pedido!
—Minha melhor amiga - Kyra disse com olhos entrecerrados enquanto o ameaçava com um dedo. - Por sua culpa minha melhor amiga não voltará a falar comigo!
—Ela se acalmará.
—Ah!
Zor passou uma mão por seu cabelo e grunhiu.
—Meu irmão tampouco vai falar comigo, se isso faz com que se sinta melhor.
—Não!- ela chorava. - Não o faz!
—Kyra-, ele suspirou, - com certeza está fazendo-me doer a cabeça.
—Bem!
—Kyra - ele grunhiu em tom de advertência.
Ela respirou fundo.
—Não sei Zor, possivelmente fez o que se considera apropriado em Trek Mi Q'na - Ela moveu sua cabeça. -Mas o fato de que os guerreiros de Trek Mi Q'an considerem tirar a uma menina de quatorze anos do lar, a coisa honorável por fazer traz a tona tudo o que está mal neste lugar. - Os orifícios nasais lhe aumentaram. - Ela é uma pequena menina assustada, não um troféu de salvação. Trataste-a como um cordeiro de sacrifício e não sei se alguma vez poderei te perdoar por isso.
—Kyra - Zor murmurou, - Por favor, não diga isso.
Ela experimentou um remorso de culpa, já que podia sentir suas emoções e sabia que ele estava ferido. Mas havia um problema maior a resolver. Um problema maior que os sentimentos de seu marido, um problema maior ainda que o fato que Dari seja enviada ao Arak.
—Algo terrível vai acontecer devido a isso - ela murmurou. - Algo que vai afetar a todos - Ela contemplava o espaço sem pestanejar. -Ari o predisse.
O corpo inteiro de Zor se congelou.
—O que foi que predisse? - ele perguntou sombrio.
Kyra se acomodou entre seus braços, procurando seu conforto.
—Não está completamente certa- disse quietamente. - Ela só sabe que se aproxima um perigo para todos.
—Devido à troca que auspiciei? - bramou ele.
—Não - Ela o abraçou mais forte. -Mas esse foi o catalisador.
Capítulo 28
—Estou tão contente que ela apareceu pra mim quando eu estava morrendo, então você sabe que ela ainda está te observando - Marty suspirou. —Oh Kil, sinto-o tanto.
Ela passou uma mão sobre a forte linha de sua mandíbula, logo depois que ele terminou de lhe contar sobre o dia que tinha perdido sua mãe no Tron. Ela fechou seus olhos brevemente e respirou fundo.
—Sua coragem me surpreende. Não acredito que eu possa ser tão forte.
Kil a olhou como se ela fosse louca.
—Está brincando, Mari. Nunca conheci um humanóide mais forte que você.
Ele sorriu enquanto a olhava, nunca tinha lhe ocorrido que era possível estar assim tão feliz. Estavam sozinhos no apartamento que tinham no Palácio das Dunas, os dois ignorando o tumulto que estava acontecendo abaixo, sua nee'k estava se acurrucando sobre ele em seu colo, enquanto dava o peito à pequena Zy'an.
Marty sorriu.
—Devo dizer, Poderoso, que os elogios a pequena estão progredindo a passos largos. Vai ter que adicionar um apêndice a esse teu manual. Os galanteios irão a todos os lados, você sabe.
Ele grunhiu.
—Possivelmente deva adicionar um capítulo que trate especificamente de como domar besta-heeka. É uma arte que não se cultiva facilmente.
Ela sorriu entre dentes enquanto brandamente soltou Zy'an de seus peitos, e entregou-lhe sua filha para que arrotasse.
—Duvido que os guerreiros que leiam o manual, partam ao Koror em busca de uma noiva.
Kil elevou Zy'an em seu ombro e gentilmente acariciou suas costas.
—Deveriam - disse ele brandamente enquanto seu olhar achava o de Marty. — Eu teria enfrentado cada predador no Tryston e mais alguns, para te trazer de volta comigo.
Seu coração se derretia, como sempre o fazia, quando o Rei Sério & Brusco lhe falava coisas tão doces. Em especial, porque ela sabia que ele o dizia de verdade. Ela podia sentir seus corações pulsando rápido, sabia que ele queria contê-la tão perto como um homem podia conter a uma mulher, porque sua necessidade de estar com ela era sempre tão esmagadora.
—Me diga que me ama - Kil murmurou.
Marty sorriu. Ele necessitava as palavras de amor. Ela podia dizer milhares de vezes por dia, e lhe perguntaria com essa forma tão arrogantemente sua se podia repeti-las.
Ela se estirou e beijou seus lábios.
—Amo-te, Kil. Amo-te com todo meu coração.
Ele sorriu.
—E eu te amo com meus dois corações.
—Porco. - ela o gracejou.
—Besta-Heeka. - lhe devolveu a brincadeira.
Eles riram entre dentes até que seus lábios se uniram em um beijo.
Epílogo
Setor Jioti do Planeta Trystonn
Uma semana depois
Ele, um guerreiro que não fazia brincadeiras, burlou-se de Kil por ser tão burro em reconhecer seu Casal Sagrado ao vê-la.
Um tic começou a trabalhar na mandíbula de Death quando se retirou da plataforma de lançamento do transporte e se dirigiu para seu estado. Ele era tão condenadamente burro como seu amigo.
Deu-se conta que Kari pertencia a ele enquanto atendiam o Banquete de Consumação. Por muito que tratasse, quando o festim tinha finalizado, ele não tinha podido reunir o desejo suficiente para levar qualquer das servas fiéis para as vesha.
Tinha havido um só canal que ele tinha desejado provar, só uma mulher cujo semblante tinha ficado em sua mente.
Mas ela se foi.
Ele tinha instruído Kari que aguardasse seu retorno a Cidade Cristal antes que partisse para o Banquete. Ela não tinha esperado. De acordo com seu empregador anterior, saiu do setor no momento em que Dearth a tinha rechaçado. Era muito óbvio que a pequena galiana pensou em negar seus direitos ao evitá-lo.
Dearth grunhiu ao entrar na grande sala e pedir uma taça de licor matpow. Se ele não tivesse estado tão condenadamente zangado por sua indiferença deliberada, ele teria rido. Ela podia correr, sim, mas não passava de uma boba se realmente acreditava que ele não ia encontrá-la. Pertencia-lhe. Ele não podia fazer nada alem disso.
Sentado à mesa elevada, ele apoiou sua cabeça sobre os peitos da serva fiel que massageava seus ombros. Houve um tempo em que ela tinha sido sua favorita. Agora ele a daria a Gio como presente.
Gio. O já treinado Grande Senhor não tinha sido o mesmo desde que tinha sabido da conduta da Princesa Dari nos postos de troca em Ti Q'won. De verdade, Death agora desejava não ter dito nada. A pequena bela não tinha feito nada mais que paquerar timidamente, entretanto Gio tinha tomado à notícia como se a princesa tivesse-o convidado a provar seu canal virgem.
Os olhos de Dearth se estreitaram enquanto se perguntava o que faria se sabia que Kari havia mais que paquerado com outro guerreiro logo depois de escapar dele. Ele grunhiu. Ele mataria ao guerreiro, isso é o que faria.
Dearth suspirou. Supôs que o humor severo de Gio era compreensível depois de tudo.
Elevando sua taça, seus pensamentos foram para Kari enquanto tomava seu gole. Encontrá-la-ia logo, prometeu-se em silêncio, e quando o fizesse não a deixaria ir outra vez. Ele tinha voltado para o Jioti a reagrupar-se por um momento, a reunir a seus caçadores que possivelmente podiam necessitar em sua busca pela sua noiva.
Ele necessitava o canal doce e sedutor de Kari. Ele necessitava sua boca ansiosa e voraz. E ele, admitiu com uma voz resolvida, necessitava-a e ponto.
Era um bobo por não havê-la reconhecido ao princípio, soube em seguida, um bobo que nunca estaria satisfeito até que ela estivesse firmemente sob seu domínio.
Amor de corações. Quando tinha sido capturado tantos anos atrás, lhe haviam dito que nunca seria dele. O diabo tinha-lhe feito acreditar nessas palavras, tinha-lhe feito acreditar que era um homem morto caminhando.
Dearth. Ele o tinha renomeado Morte. E não lhe tinha posto resistência ao diabo porque tinha acreditado.
Mas Kari era dele. Sabia que ela era dele. E isso significava que o diabo tinha mentido. Possivelmente se tivesse mentido a respeito disso, tivesse mentido também a respeito de outras coisas. Havia só uma forma de averiguar.
Mas antes de fazer outra coisa, antes de permitir-se achar as respostas, precisava encontrar a chave para sua redenção, a mulher cuja existência lhe dava seu propósito. Necessitava de Kari. E quando a achasse, nunca a deixaria ir.
******
—Disseram-nos que sua gente poderia querer nos ajudar.
Kara tragou nervosamente quando ela, Jana e Dari falaram com a mulher galiana do outro lado da holo-comunicação.
—Necessitamos ajuda rápida antes que os colares de noiva sejam colocados em nossos pescoços e…
—Colares de noiva? - murmurou a mulher galiana. —Falas desses colares que os guerreiros usam com gemas coloridas que se intercambiam entre eles?
Kara olhou a Jana. Ela achou a pergunta um pouco estranha, tendo assumido de forma incorreta que toda a gente de Trek Mi Q'an compreendia os modos da cópula Trystonni.
—Sim.
—O que fazem estes colares?-, perguntou a mulher galiana com suavidade.
Os orifícios nasais do Dari se alargaram.
—Encadeiam-lhe para sempre a um guerreiro que não lhe importam seus sentimentos, a um guerreiro que te vê como nada mais que um receptáculo de sua luxúria e um criador de seu herdeiro
Seus olhos se entrecerraram.
—A que é sujeita, não conhecerá nada mais que dor, tristeza e uma vida de ter cada sonho e desejo negado. Não lhe dará independência, não lhe darão opções, já que está muito reduzida ao status de posse.
Kara levantou as sobrancelhas. Algo dramático, possivelmente, mas efetivo.
—Então nos ajudará?- Jana perguntou. —Podemos pagar por sua inconveniência, já que vendemos qi'ks para ter créditos.
A galiana olhou a suas irmãs antes de voltar para as princesas.
—Você é real, é verdade?
Kara mordeu seu lábio inferior.
—Como sabia?
A galiana sorriu.
—Eu estava acostumada a ter o mesmo nome que você, mas quando cheguei a Trek Mi Q'an, tive que trocá-lo porque está proibido pela Lei Sagrada para um homem ou mulher não real, compartilhar o nome de um membro da linha direta do imperador. Se seu nome for Kara, não é muito difícil de te dar conta de quem é filha.
Kara suspirou.
—Ele caçará por mim, meu pai fará. Eu não posso mentir quando pensa tão bem de mim. Se quer nos ajudar, queremos que saiba toda a verdade, para que possa entender as forças contra as quais estamos lutando.
A galiana inclinou sua cabeça.
—Aprecio sua honestidade-. Ela sorriu, mostrando duas covinhas que logo recordaram a Kara, de sua mani. A semelhança entre as duas mulheres era assombrosa.
—Mas para ser honesta, continuou a galiana, — Minhas irmãs e eu apreciamos o desafio.
—Então nos ajudará?- Jana perguntou com entusiasmo.
A galiana moveu sua cabeça.
—Fá-lo-ei. Por todo o tempo que lhes leve escapar de suas respectivas prisões, sintam-se seguras de saber que Galis será sua salvação.
Os olhos do Dari se aumentaram.
—Inclusive se nos leva um ano ou mais escapar, de verdade não nos esquecerá?
—Não. Uma promessa feita por uma mulher galiana é uma promessa sustentada-. Ela ficou séria, pensando sobre um certo compromisso que tinha feito e quebrado de forma deliberada com um guerreiro que ela não podia deixar de pensar. Mas isso tinha sido diferente, recordou-se, muito diferente.
Kara sorriu.
—Muito obrigado de verdade, amável senhora. Posso lhe perguntar seu nome?
A galiana sorriu.
—Kari - disse ela. — Kari Gy'at Li.
Dari secou as lágrimas que passavam por suas maçãs do rosto quando girou para dizer adeus com a mão a sua mani e papai. Suas irmãs pararam sobre a plataforma de lançamento do transporte do Palácio das Dunas todas juntas e choravam. Inclusive Dar, o maldito irmão que ela amava apesar de tudo, olhou como a ponto de derramar uma lágrima ao vê-la partir.
Não queria que eles estivessem tristes, nem sequer Dar, então ela levantou sua mão e tentou uma risada forçada para saudá-los com sua mão. Saudaram também, entretanto com o coração partido e ela respirou muito profundo para manter-se inteira.
O olhar de Dari se chocou com o de seu pai. Ele estava chorando levemente, tratando fazer de conta que não o estava. Mas ela o conhecia muito bem, podia ler suas emoções quase tão bem como sua mani o fazia. Sentiu dor por vê-la partir, sem mencionar que se sentia poderosamente culpado por havê-la castigado e ela não queria que se sentisse assim absolutamente. Não culpava a seu pai e a verdade tinha que ser forte, não estava mais zangada com ele.
Não. Se havia alguém que culpar era o guerreiro ao seu lado que agora tratava de lhe dar uma cotovelada.
Correndo o cotovelo do Gio Z'an Tar, Dari correu para seu pai e a seus braços.
—Não chore por mim-, ela suspirou, afogando-se em suas próprias lágrimas.
—Amo-te, papai e vou ser forte.
Dak fechou seus olhos e a abraçou forte, sentindo seu aroma como o tinha feito muitas vezes quando ela era uma pequenina.
—É obvio virá para casa a nos visitar logo, ty'k. —É uma promessa.
Dari não soube se isso era verdade, já que a fuga tinha sido arrumada e o dia famoso seria logo. Mas ela o abraçou forte também e sorriu sobre seu peito.
—Cuida de mani, sim? Não deixe que se zangue com Tia.
Dak sorriu.
—Sim - disse com voz áspera. Pô-la sobre o piso, seus olhos olhando-se com seu futuro filho político quem esperava ao Dari pacientemente uns poucos passos mais à frente.
—Vai - Ele gentilmente empurrou a sua filha para seu prometido. —Vai lá, pani. Gio cuidará bem de ti.
Ela duvidou da lógica de seu pai, mas não disse mais nada a respeito. Ela beijou sua maçã do rosto, logo ofereceu o mesmo a sua mãe que chorava quietamente e junto a seus irmãos.
—Deixem-nos ir-, Gio disse gentilmente quando tomou a Dari pelo braço.
Ela obediente partiu com ele, sua cabeça erguida com orgulho enquanto caminhava para o transporte de alta velocidade, mas não o olhava, o que o assustou mais do queria admitir.
Não importava. Pertencia-lhe agora e nunca estaria longe de sua vista. E, recordou-se, quando eles finalmente estivessem juntos, ela nunca desejaria deixá-lo outra vez já que doeria a ela tanto como a ele fazê-lo.
De todos os modos, Gio Z'an Tar não era um idiota. Ao levantar a princesa em seu transporte e olhar o assento junto ao dela, aceitou que os próximos onze anos Yessat seriam na verdade muito difíceis. Dari tinha resolvido que não ia com a sua cara, tinha resolvido odiá-lo e penetrar sua faceta de gelo não seria fácil.
Mas o faria. Ele sabia que necessitava tempo e paciência.
O olhar de olhos azuis de Dari achou o da Jana quando o transporte se preparava para separar. O olhar de sua irmã mais velha estava ferozmente decidido e Dari respirou com grande alívio ao vê-la. Jana poderia levar o aspecto de seu pai, mas era a personalidade implacável de sua mani que a tinha convertido em quem era.
Sim, sua irmã apareceria no dia pré-acordado, isso era certo. Não havia nada que temer nesse ponto. Dari acomodou-se em seu assento e fechou seus olhos, relaxada ao pensar que tudo estaria bem.
A seu lado, Gio não disse nada, como se tivesse visto o olhar estranho que suas irmãs compartilharam. Com certeza estavam tramando algo.
Gio olhou com suspeita a sua adormecida prometida. Deveria manter uma vigília acirrada em Dari até que soubesse o que era isso.
Trek Mi Q´an 03 - Escravizado
Jaid Black
Revisão Inicial: Rosânia
Revisão Final: Cristina Brasil e Evânia Amorim
Formatação: Evânia Amorim
Seus olhos azuis fosforescentes invocaram a arma primitiva de seu cinto. Enquanto se estremecia com temor, ela se deu conta que acabava de perder o único que se interpunha entre sua liberdade e ser… Escravizada.
Escravizado, relata-nos a história do Rei Kil Q'an Tal e a captura de seu Casal Sagrado.
Nota da revisora:
Esse livro, em minha opinião é o mais importante da série. Além da história do Rei Kil e da Marty, começam várias histórias de outros casais da série.
É um livro super gostoso de ler, muito hot, emocionante, vale muito à pena. Divirtam.
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