sábado, 16 de outubro de 2010 By: Fred

PEGASUS LANÇAMENTOS APRESENTA - NATHALIE GRAY - GENTLEMEN INC. 01 - AVASSALADOR

Série Gentlemen Inc.
01 - AVASSALADOR
TEASE
NATHALIE GRAY


Tradução: Lucimar e Soryu
Revisão Inicial: Lucimar
Revisão Final: Catia Alves
Formatação: Catia Alves







Sinopse


Como um membro popular da Gentlemen Inc., uma agência de acompanhantes para todos os sexos, Archer tem uma semana para transformar a policial "Calamity Joan" em uma dançarina exótica. Joan Blair, uma policial do Esquadrão da Moralidade disfarçada, tem uma semana para se infiltrar em um clube privado controlado pelo crime organizado em Montreal e pegar um bandido de renome mundial.
Juntos, Joan e Archer têm uma semana para descobrir o que motiva um ao outro, o que faz o seu sangue ferver, o corpo ficar trêmulo, seus batimentos acelerarem. Um punhado de dias para avaliar e provocar um ao outro. Um punhado de noites passadas em branco através de uma corrida carnal que vai deixá-los em um precipício onde um simples frisson pode inclinar a balança e um olhar pode derreter o coração de uma mulher... ou quebrá-lo em mil pedaços. Uma semana para testar os limites um do outro.






Minha opinião
Archer é um preparador físico muito sensual, contratado por uma agência como acompanhante e através dela ele conhece muitas mulheres e se torna um expert sexual: criativo demais basta ver o que ele consegue fazer com seus dedos mágicos... Dos pés! Isso mesmo, garotas eu não errei a grafia e que cai de amores por nada menos, que uma Policial certinha, que também é megahot. Um furacão!
Uma surpresa no final deixa você em suspense e querendo saber se este livro tem continuação. Eu esperarei isso com prazer.
Bjs da revisora Lucimar e uma quente leitura!



Olá, leitor,

Deixe-me roubar um minuto do seu tempo. Vou tentar ser tão breve quanto um canadense francês pode ser duvidoso..., eu sei. Eu tenho alguém muito especial que gostaria de agradecer. Seu nome é Ryan, e ele domina as rochas. Ele faz. Simples assim. Ele é um artista profissional que se destaca e concordou em compartilhar seus conhecimentos técnicos comigo, cujo único dom é estapear vilões, e explodir naves espaciais em meus livros, exclusivamente em meus livros! Ele trouxe a percepção do projeto, a integridade e em boa medida. Sem a generosidade e o tempo de Ryan, Avassalador (Tease) não teria sido o mesmo. Não posso lhe agradecer o suficiente! Eu convido você, caro leitor, a desfrutar do desempenho de Ryan em uma revista famosa de dança masculina, sua futura inovação na indústria da aptidão física, e seu aparecimento presente e futuramente nas capas dos romances. Que sejam abundantes! 

  
  

Prólogo

Estabelecida há mais de doze anos atrás, a Gentlemen Inc. é uma agência global de acompanhantes masculinos que atende exclusivamente a uma clientela feminina, oferecendo uma ampla gama de serviços em casa e no mundo. Na agência Gentlemen Inc., entendemos que algumas necessidades transcendem a tarifa regular oferecida em outros lugares, seja em um evento atraente ou um show de energia.
  Deseja uma performance num evento corporativo ou social? 
Precisa de um guarda–costas nas suas viagens? 
Exige alguém para atender um beligerante ex–namorado na porta?
Todos os nossos acompanhantes são multilíngues, agradáveis aos olhos, conscientes da etiqueta apropriada em várias regiões do globo; e bem versados nas artes marciais ou outros protocolos de segurança.
 Ligue-nos. Nós, da Gentlemen Incorporações, cuidamos de todas as suas necessidades. 


Capítulo Um
  
Archer só pegou o seu telefone celular no quarto bip, quando ficou claro que ele não seria capaz de manter a mulher gostosa em seus braços e teria que atender o maldito. Ele soltou seu mamilo com um estalo molhado, lambeu os lábios, em seguida, piscou. 
— Mantenha essa posição, minha querida, é bom para os abdominais. 
Ela riu e enfiou a língua- que depravada, depravado órgão - nele, enquanto ela se colocava mais confortável sobre o tapete vermelho de exercício que cobria o estúdio do ginásio. Mais parecido com um dojo vermelho e preto. Exceto as seis barras de Pole Dancing definidas em duas filas de três. Sem dúvida ele praticava artes marciais usando esses. 
O pinto dele saltava como uma vara de radiestesia à procura de água e encontrando um oceano inteiro, Archer correu para o balcão de aço inoxidável ao longo da parede, agarrou a coisa chata e apertou um pouco o botão de "Mostre-me a maldita mensagem!".
Oh. O patrão. 
Uma mensagem de Adriano sempre significava muitas damas divertidas e muito dinheiro. Duas coisas que Archer gostava de misturar, mesmo que ambos já enchessem a sua vida. 
— Sinto muito, ma belle, tenho que ir. 
A "belle" em questão, a sua aluna estrela deste último mês, deu de ombros e levantou-se, contraindo os músculos de seus pés enquanto ela esfregava a barriga com aquele sorriso de satisfação das mulheres que tinham desfrutado um bom passeio. O meio sorriso sutil, a indolência escura em seus olhos. Ela pegou as poucas roupas espalhadas sobre o tapete e deu-lhe uma boa palmada na bunda. 
— Vejo você na próxima semana, Archer. Você me deve uma aula gratuita.  
Ele beijou o ar na esteira do Raphaëlle, desfrutando do cheiro dela por alguns segundos e suspirou quando acessou seu celular para mostrar toda a mensagem de Adriano. Isto poderia valer a intrusão e desistência de sua entusiasmada parceira sexual. As mensagens de Adriano, sempre valiam muito mais do que aquilo que tinha interrompido. 
A pequena tela verde ácido estalou, em seguida, exibiu a mensagem. 
 
De: Adriano 
Para: Archer 
Assunto: Dama Joan Blair
Buongiorno, Archer, 
Isto chegou ao meu conhecimento através da força da polícia de Montreal que está preparando uma operação policial para invadir "casa privada" em frente a uma discoteca, na sua região...
Archer sacudiu a cabeça. Adriano sempre tinha um jeito com as palavras. "Casa Privada". Um bordel, caramba! Um bordel. Os italianos não têm uma palavra para isso? Enfim. 
  Se você aceitar a tarefa, eu farei contato com eles, direi seu nome na orelha certa. Eles pretendem usar uma de suas funcionárias, chamada Joan Blair. Eles já conseguiram um teste, como amadora para a noite de sábado. Enviei um arquivo para e-mail, com as informações pertinentes sobre a Dama. Sua tarefa será a de assegurar que ela seja aceita no clube, fazê-la entrar para completar sua missão. Você vai agir como seu instrutor. 
Vou fazer o depósito adequado uma vez que você entrar em contato com a decisão. 
Arrivederci. 
ADL 
  
Enquanto lia, ele gradualmente perdia seu tesão, mas riu, em antecipação, no entanto. As coisas ficariam interessantes. Não por ser o único instrutor de atividade atlética de barra da cidade! 
Desde que um cara com um sotaque italiano entrara em contato com ele no ano passado com alguma loucura, ou foi o ele pensou inicialmente, propondo que se tornasse um membro dos Gentlemen Inc., agência de aluguel do sexo masculino, Archer tivera um aumento vertiginoso em seu rendimento anual. Mas não era um bom negócio apenas por causa do dinheiro e da mística do trabalho, através de um misterioso homem sem rosto, conhecido apenas como Adriano por ele - ou ADL - mas também pelo tipo de tarefas atribuídas a ele, faziam que a adrenalina de Archer subisse ao topo. Ele tinha ficado encarregado de acompanhar as mulheres, damas - todos exemplos da palavra Dama vinha com um D maiúsculo nas mensagens de Adriano - para eventos sociais que ele nunca teria conhecido que existiam ou seria autorizado a participar, apesar de suas próprias conexões e do seu status social. Conforme instruções de Adriano, inicialmente as damas em questão nunca sabiam quem tinha ficado encarregado de seu "caso" e só sabiam da verdade, quando ele entregava o cartão dourado. Estranho procedimento, com certeza, mas para o tipo de diversão e dinheiro gerado pela Gentlemen Inc., no qual Archer jogava junto, era normal. Droga, sua última tarefa fora aproximadamente um mês atrás, Adriano havia pago dez mil dólares só para aparecer num casamento e fingir ser namorado de uma certa mulher. O ex, um advogado espertalhão arrogante, tinha quase sofrido um ataque de apoplexia, quando tinha visto os dois juntos. Se na primeira tinha ficado chocado, ao ver sua reação à saída, a Dama tinha acompanhado a jogada com prazer. Ela também ficou muito, muito grata mais tarde. Enfim, tivera Archer. 
Ele não tinha idéia por que Adriano atuava como um Don Juan, Robin Hood e Sherlock Holmes, tudo uma situação esquisita. Ele devia ser sobrecarregado. Tudo o que ele sabia era que Adriano era italiano, do velho mundo também, e enviava suas mensagens de cafés-internet de toda a Europa. Seu dinheiro vinha da Genebra, na Suíça, de paradeiro desconhecido. A melhor amiga de Archer, uma contadora com experiência em tecnologia forense, não tinha sido capaz de identificar o esquivo, rico, provavelmente impulsivo chefe, apesar de algumas pesquisas bastante completas. Isto ainda era uma ferida para ela.  Por todo este reconhecimento oficial de um QI um–cinco–quatro, e inteiramente complicada da sua amiga-gênio, Mel fixava sua mente de bisturi afiado em alguma coisa, nunca a deixando de mão. Ela ainda periodicamente perguntava se ele tinha recebido alguma notícia de Adriano para que pudesse começar a pesquisar novamente. Ele tinha certamente que enviar um email a Mel sobre esta última tarefa. Droga, ajudar uma policial a infiltrar-se num clube privado. Isso seria um tumulto! Ele ia fazer o dia de Mel.
Archer soltou uma risada quando ele manuseou os botões na resposta. Sua mensagem para Adriano era caracteristicamente curta. 
Para: Adriano 
De: Archer 
Assunto: Re: Dama Joan Blair
Mesmo número da conta, como de costume. 


* * * * * 

Maldição, Joan murmurou enquanto tentava manter a pirâmide de sacos de biscoito que se dissolvia num episódio de constrangimento público. Outro. 
Apesar do heróico cata-cata e alguma imaginativa descida usando o cotovelo, suas mãos já estavam ocupadas com suas próprias coisas caindo fora da cesta, Joan eficientemente destruíra outra pirâmide no final do corredor do supermercado. Sua maior habilidade. Aquilo e seu tamanho que alcançava colocar dois metros e oitenta e nove centímetros na boca. Às vezes, ambos ao mesmo tempo.
— Está tudo bem, eu faço isso - disse uma mulher muito velha para trabalhar como estoquista da loja. Divorciada em sua segunda carreira? Proprietária cobrindo um empregado doente? Joan apreciava tentar entender as pessoas. 
— Desculpe - Joan respondeu através de um sorriso de desgosto. — Quanto mais eu tento ter cuidado, mais rápido eu derrubo coisas. Ela apontou com o queixo para o Monte Everest de latas de molho de sanduíche de frango em todo o corredor. A outra mulher sorriu firmemente.
Joan sentiu que gostaria de confortar a mulher, dizendo que não tinha intenção de chegar perto do prédio de aparência frágil de produtos enlatados. Ela ofereceu um rápido obrigado em vez disso, e afastou-se o mais rápido possível do corredor antes que batesse em outra coisa. Pelo menos não tinha sido em frascos de vidro!
No caixa, um par bem apessoado de pais, ou treinadores, em camisas de hóquei, trocava divertidos olhares quando ela depositou o cesto sobre a esteira e tentou separar o aipo das alças da cesta. Malditas coisas. 
Joan ainda estava pegando as folhas rasgadas para fora das alças, quando foi sua vez de pagar. Ela teria ajudado a ensacar as coisas, mas os dois homens pareciam muito interessados em fazê-lo por ela, assim, aceitou. Eles fizeram um trabalho melhor que ela, de qualquer maneira. Pão nunca parecia o mesmo quando ela ensacava. Depois de depositar um dinheirinho na lata decorada, ela sorriu para eles - oh, eles estavam rindo dela - e saiu da loja, o caminhar rígido de quem sabe que há mais de um par de olhos acompanhando-a. 
Você está acostumada com isso até agora, Murphy, não é nada novo. Finja que ninguém está prestando atenção. Ou só continue dizendo para si mesma "bonitinha e fofinha, meninos, bonitinha e fofinha" como os mafiosos pinguins de Madagascar. 
Seus amigos antigos na universidade tinham lhe dado o apelido de Murphy e isto permaneceu até hoje, aos trinta e um. Isto se fixou porque ainda se aplicava. Se algo poderia dar errado e Joan estava próximo, acontecia. Hoje em dia, seus colegas a chamavam de Murphy ou de Calamidade Joan. Ela preferia o último. Pelo menos era um nome de menina. Murphy não era um cara? UM. 
Claro que o celular começou a tocar na versão de download gratuito da última faixa da banda Pink em toda sua glória mono. Joan encolheu-se quando deixou cair uma das suas sacolas para retirar o telefone de seu cinto. Ela deveria permitir-se e conseguir alguns toques em vez deste. Pink apenas não era a mesma de um Atari 2600 dos Invasores Espaciais do sistema de som. 
— Blair. 
— Conseguimos, Murphy - disse Chantal, seu sotaque franco canadense torcendo o apelido em algo exótico e frutado.  Merfay. — Eles concordaram. Orçamento e tudo.  
Após o anúncio da sua parceira, Joan sentiu como se seu coração houvesse parado por um total de três segundos. 
— Eles aceitaram? 
Porra, não deveria fazer soar como se fosse tão surpreendente. Claro que aceitaram. Seu plano fazia sentido. Ariscado - escandalosamente arriscado de fato. E caro também. Mas fazia sentido e funcionaria. Tinha que funcionar. 
— Eles ainda encontraram um treinador. Alguém com conexão com o tenente. É uma longa história. Você começa hoje à noite. Quer o endereço? 
— Ôoa, Ôoa. O que quer dizer "eu começo esta noite"? Que treinador? Quem é o meu treinador, afinal? 
Sua companheira há quatro anos, suspirou no telefone. Ela deve ter ficado revirando os olhos novamente. Ela fazia isso demais. 
— Você acha que pode simplesmente bater na porta do clube, sorrir e dizer "Alô" deixe-me entrar para que eu possa colocar algumas abraçadeiras em torno de seus pulsos, seu vilão? –Vá, pegue uma caneta, vou dar-lhe endereço. Espero que ele seja bonitinho. 
— Meu instrutor será ele? 
Riso de Chantal soou sinistro e demasiado feliz. 
— Eu irei aprender a sacudir minha bunda com um cara? Qual é a palavra que você diz o tempo todo repetidamente? – 
— Cruuzes, Chantal - respondeu. Foneticamente falando, Joan registrara como crreess. 
— Sim, ele e também seus doze companheiros, - Joan gemeu. 
— Sua bunda é muito mais bonita que a minha e o plano era seu, gênio. 
—Mas eu pensei que eu estaria aprendendo com uma garota, e não com um cara. Ugh.
— Eu sinto sua dor. Agora vou te dar o endereço, enfim vou poder me aprontar para um encontro ardente com os meus homens. Vamos sair para comer uma pizza, em seguida, alugar um filme. Será uma noite selvagem no St. Pierres, bebê! Tente não quebrar uma perna, ok? Eu não acho que seu plano iria funcionar se eu tiver que aprender a ser uma stripper. 
Joan tentou imaginar a esguia de pavio curto, moleca parceira, como stripper na companhia e sendo inexpressiva. Seu cérebro recusou-se a considerar a idéia. Joan provavelmente teria que dispensar o clareamento encaixando nos seus olhos se Chantal já decidira tirar a roupa em público. Chantal St. Pierre era engraçada, uma policial excelente, com doze anos de experiência, esperta, mas ela não era bonita. 

Anotou o nome de George B. Archer e o endereço no verso de um cartão de receita que tinha arrancado do bloco junto à seção de verduras - é claro que ela enviou a estrutura para o desmoronamento numa chuva de pequenos pedaços de papel. O treinador vivia em uma vizinhança agradável. Boa demais para seu salário de policial. George. Provavelmente, algum peido velho pervertido num porão recoberto de pôsteres de pintos nus com falsos peitos brilhantes. Que acabava por ser demasiado. Talvez o seu plano não fosse tão bom. 
Eu posso fazer isso, disse para si mesma quando pegou suas sacolas e correu para seu velho e amado BMW 1991. Sua bala de prata.
Bom para estacionar, mulher. Boa coisa era não possuir um SUV. 
Ela pôs desordenadamente sacolas cheias no porta-malas, fechou com violência na sua excitação, em seguida, desabou atrás do volante. 
"Eu posso fazer isso", ela repetiu alto, desta vez para se dar apoio moral extra.
Seu plano grandioso se focalizava na trilha do chefão número um da prostituição e do infame de tráfico internacional de pessoas do clube privado de Claude Laramée: O Explosivo. Os chefões queriam isto. Claro que sim. Fazia sentido. Desesperados, sem dúvida, tinha desempenhado um papel importante também. 
Laramée pode ter se tornado um peixe gordo, mas ele tinha uma fraqueza: mulheres. Depois de meses aventurando-se em sua porta da frente, por assim dizer, eles descobriram que podiam entrar furtivamente por uma janela. Quando os métodos estabelecidos tinham falhado, o plantel da Moralidade tivera que vir à tona com maneiras criativas para tentar parar aquele bandido em particular. Metade dela não podia acreditar no que estava prestes a fazer. E eles pisavam em gelo fino demais, tanto que a INTERPOL e o Governo Federal respiravam no seu pescoço. Se a polícia de Montreal falhasse... Não seria somente seu rosto no centro das atenções, mas de seus implacáveis chefões também. Tente explicar os custos monstruosos de seus pequenos truques para Receita Federal se não conseguissem Laramée. Ai! 
Mesmo que Joan não tivesse herdado nenhuma graça de sua mãe, pelo menos recebera a boa aparência e a estatura do seu pai; então sim, ela serviria o suficiente para imitar a parte de uma dançarina exótica, pelo menos por uma noite, e se infiltrar no clube de Laramée, fazer uma marcação visual, em seguida, aguardar os reforços. Os chefões tinham brincado que não seria capaz de usar um wire na missão, exceto que isto tapasse sua tanga. Ra... Ra... Chantal tinha rido tanto que ela tinha resfolegado estalando tudo sobre a mesa da conferência. 
Mas, começar esta noite? Droga. Ou como Chantal tão bem colocara: cruuzes. 
Ela voltou para casa, tomou um banho, lembrou-se de colocar os mantimentos na geladeira apenas quando ela estava dando ré novamente para encontrar seu "treinador". Ela decidiu usar uma roupa de ginástica. Ela provavelmente não iria tirar alguma coisa na primeira lição, mas precisaria fazer alguns movimentos, mesmo que fosse apenas para se esticar. Calça legging preta no estilo ioga, um quente top cor-de-rosa que declarava "Sem Dor Sem Aumento" em gliter prata no peito, tanga preta, sem costura, ela suspeitava que sua bunda fosse pesada, medida e julgada hoje à noite.  As aparências das calcinhas simplesmente não seriam. Joan foi de sandálias esportivas desde que não precisaria de tênis para tirar toda a roupa. Ra! 
A idéia de tirar a maioria das roupas dela no clube Laramée, na frente de estranhos e sob iluminação moderada, não afetava a ela completamente. Ela nunca fora tímida. O medo dela era que teria que dar uma impressão satisfatória de uma dançarina para conseguir ser aceita como amadora noturna do clube, em primeiro lugar. E a coordenação não era exatamente o seu forte. Mas ela queria esta missão, precisava, na verdade, não apenas para aumentar sua própria autoestima e, todavia para convencer os Poderosos que poderia fazer um trabalho secreto, mas também para acabar com este porco insensível. 
Joan esmoreceu quando se aproximava seu destino. Westmount, homem, ôoa. Ela não conseguiria nem pagar as latas de lixo do bairro. Bem, era oficialmente uma cidade desde a fusão. Bairro da cidade. Qualquer que seja. Um nativo de Vancouver, Joan nunca tinha entendido relação de amor e ódio entre Montreal e o Westmount, parte de seu próprio grupo. Chantal já havia explicado como ele costumava ser uma cooperativa de anglófonos ricos entre os pobres, e a língua francesa da população. Joan ainda não entendia. 
Ela diminuiu em seguida, parou na frente de uma casa de pedra com meias torres gêmea e gavinhas agarradas à fachada cinza e ao redor das portas de garagem dupla. Seu coração pulsou na garganta, ela estacionou o carro na garagem vazia, caminhou até a porta da frente, mas notou uma pequena placa de bronze onde se lia Fitness Estúdio com uma seta apontando para a esquerda elegantemente esculpida. Então ela recuou, andou em torno da garagem e viu uma porta de madeira brilhante parcialmente escondida atrás de um arbusto maciço de Rododendros. Outra placa e uma campainha redonda minúscula. Muito chique. Não totalmente no estilo - "pervertidos no porão".
Ela apertou-a, deu um passo para trás, em seguida, cruzou as mãos atrás dela, rolando as esferas de seus pés nos calcanhares. Após o tempo de espera padrão de dez segundos, ela estava prestes a tocar de novo quando a porta se abriu. 
Ôoa. 
Foi um coro de vozes angelicais que ouviu nos arbustos atrás de si? Deve ter sido. Ou que ela tinha morrido e ido direto para o céu e Deus era um cara quente! Ou talvez ela estivesse no inferno e era para o diabo que ela estava olhando. Deus não seria tão ruim... Mau em um bom senso. Em um grande senso. Mau como um maaaaaau. 
Ora, ora. 
Lá estava o pôster central de Mister da revista GQ. Ou então ele poderia ser se tivesse uma impressão GQ reservados para Garoto Malvado com ambos as letras GM em maiúsculo. Um metro e oitenta e dois centímetros de alguma coisa de cabelos escuros - despenteados certamente - olhos claros, músculos definidos poderosos de dois dias até cinco horas de bronzeado e de calças preta com cordão de artes marciais parado na porta olhando para ela. Ele estava fazendo algo com a boca, como se chicoteasse uma hortelã de um lado a outro, mas não havia nada lá, a não ser um jogo delicioso dos lábios que brilhavam como doces. Ele devia ter caminhado direto do banho e ainda tinha cheiro de sabonete. O melhor perfume de um homem. Apenas limpeza de sabão. Seu olhar claro deslizou para baixo até suas sandálias. 
— Senhor George B. Archer?
Uma sobrancelha escura arqueou-se enquanto ele estendia a mão.
— Você deve ser a policial Blair. 
Seu cérebro gritava, aperte a mão, sua idiota, mas não conseguia mover nada, exceto seus globos oculares, que estavam muito ocupados como resto de seu entorpecimento. Mas ele era lindo. E ele era maaaau. E lindo. Tão, tão marav...
— Isto é comigo, - brincou ela, de imediato, desejando que tivesse algo com o qual pudesse bater na testa. Isto é comigo. Sim, Murphy, rico, muito rico.
Será que ele comia suas mulheres? Era a primeira pergunta que veio a seu atrasado cérebro impertinente.
Claro que ele fazia! Olhe para aquela boca, Murphy!
Era o tipo de amante que as mulheres falavam em banheiros e salões de beleza? O tipo de uma mulher continuaria e retornava assobiando, bisbilhotando nos emails do tipo de puta apenas para mantê-lo para si? Será que ele se importaria se Joan jogasse-o no chão e lança-se sobre ele?
Basta apertar a mão, não basta?
As coisas que ela tinha que fazer pelo o seu trabalho!



Capítulo Dois

A policial Blair continuou a olhar para ele enquanto ele esperava lá como um burro com a mão estendida em sua direção. Mesmo se achasse que não estava dando uma boa primeira impressão que ela supunha atuar como parte de sua performance, olhando ao redor, procurando um peixe morto nada poderia fazer - Archer não poderia evitar o choque quando um zunido de consciência sexual registrou em Radar de Belezinha. A partir da foto no arquivo de Adriano, Archer esperava algo parece mais não é. Ela recordava o pinto do programa de TV 3rd Rock From The Sun, mas em um tom mais escuro de loiro. Cara, ela era ardente!
Ele costumava usar as mulheres - não apenas como aluno do sexo masculino até agora, à espera de uma treinadora do sexo feminino e sempre gostava do olhar de choque ou embaraço ou como agora com a policial Blair sem expressão de sutileza -"Caramba, homem, ele é saudável e bem-posto". Não que Archer não apreciasse a admiração de uma mulher. A menos que ela esperasse algo totalmente diferente. Que tipo de arquivo a polícia tinha construído sobre ele? Ele se perguntou. Nenhuma imagem, obviamente. Péssimo, ele tinha excelentes imagens. A menos que ela tinha tido uma conversa com o Esquadrão da moralidade, álcool e narcóticos e eles a preveniram sobre "homens como ele" que treinavam dançarinas. Disseram talvez, que ele era um pervertido que ganhava a vida assistindo as mulheres agitarem os seus traseiros.
— Você espera alguém? Ele disse mais do que perguntou.
A policial Blair piscou duas vezes rapidamente, balançou a cabeça. Seu cabelo derramava–se sobre o ombro. O desejo de voltá-los para trás dela coçou os dedos dele.
Talvez eu devesse, só para ver o que ela faria.
— Você esperava o quê exatamente? Um pervertido gordo vivendo num lixão?
Ela riu. Forte. A risada de corpo inteiro, contagiosa embora imprópria para uma dama.
— Não necessariamente gordo.
Foi a vez de Archer sorrir. 
— Boa esta.
A policial Blair parecia pular fora de qualquer viagem mental em que se empenhava e agarrou sua mão como se quisesse quebrá–lo, agitando–a e então a deixando baixar.
— Obrigado por fazer isso em prazo tão curto.
Ele olhou para a mão, sentia como se ele devesse contar os dedos ou verificar as articulações. Ela tinha um aperto!
— Oh, nem mencione isto. Eles estão me pagando. Não muito bem, mas eles estão me pagando. Venha policial Blair. Ele ficou de lado da porta para deixá-la passar, mas não o suficiente para que ele pudesse tocá-la na passagem. Ele sempre fora um pau oportunista.
— Me chame Joan.
— Isso soa como uma ordem, Joan.
Imediatamente sua mente suja apontou uma visão dela num falso terno policial de látex, zíper para baixo, empunhando um chicote enquanto ela estapeava furiosamente ele, algemado, porque ele seria o vilão, é claro. Gostava de receber uma boa surra. Ele amaria dando–lhe ainda mais!
Policiais não têm chicotes.
Então o quê?
— Eu não quis dizer isso dessa maneira. É só que... Bem, apenas me chame Joan.
Ah, então é tímida? Eu amo as tímidas! Bom saber.
O calor de seu braço aqueceu–o quando ela entrou na sala de espera, sorriu e virou-se para esperar por ele.
— Então, - ele começou, fechando a porta. — Eu vou treiná-la para algum trabalho secreto pelo que eu entendi. Você precisa fazer um teste para a noite como amadora neste fim de semana, para conseguir entrar no Explosivo, é isto?
Os olhos brilhantes castanhos ficaram sérios, tão de repente, tão rápidos de fato, que ele começou a se perguntar qual das duas expressões seria real e qual seria para benefício dele.
— Sim, antes que o bandido volte a Europa e termos de esperar mais dois meses para pegá-lo no seu clube.
— O bandido?
Adriano tinha mencionado O Explosivo, uma novidade, clube caríssimo com laços com o crime organizado, mas não que a polícia estava atrás. Não que Archer se importasse. Ele receberia trinta mil dólares não declarados de Adriano para brincar de acompanhante da "Dama Joan", enquanto a polícia iria desembolsar outro com um ótimo par oficial para treiná-la. Embora apenas olhando sua bunda nas calças da ioga o pagamento seria suficiente. Se ele tivesse muita sorte, ele poderia até mesmo entrar, falando de calças. Por uma questão de fato, ele se esforçaria para fazer isso, logo que pudesse.
Hoje à noite será perfeita. Nada na TV de qualquer maneira.
— Desculpe Sr. Archer. Eu não posso falara com você sobre isso. Ela sorriu como se isso suavizasse as rudes palavras.
— É apenas Archer. Não senhor, não me chame pelo meu primeiro nome.
Com um grande sorriso, ela balançou a cabeça. 
— Claro. Apenas Archer. Quando é que vamos começar?
— Agora. São só sete e meia. Eu tenho um estúdio instalado e pronto.
— Bom. Mostre–me então alguns movimentos.
Ela disse isso rindo, mas ele poderia dizer que ela esforçou-se para não deixar seus nervos dominarem–na. Alguém com autodisciplina, então. Bom, eles sempre tornavam melhor o desempenho.
Ela riu quando eles surgiram no próprio estúdio, todo preto, paredes a prova de sons, exceto na maior parte do mural espelhado, pisos laminados em torno das bordas e tapete vermelho do exercício colocado no chão em todo centro. Mas ele poderia dizer que as barras de Pole Dancing chamaram sua atenção. Ela voltou para ele, parecia tentar encontrar algo para dizer, sacudiu os ombros, em seguida, estalou suas juntas.
— Parece um dojo - ela comentou com um sorriso torto que fez com que ele quisesse dar-lhe uma palmada na bunda e acariciar seu pescoço. Caramba, onde tinha ido o oxigênio? —Mas preto e vermelho.
Archer respirou fundo. 
— Ah, você já viu um dojo antes? Qual a disciplina?
— Não, mas eu estive nas salas de cinema antes. Eles sempre parecem nos filmes, os dojos. Bem... Ela limpou a garganta. Com exceção das barras... Um rápido sorriso de cento e seis watts de potência. — Você tem uma faixa em alguma coisa?
Um faixa em alguma coisa? Nenhum decoro em tudo, simples.
— Judô. Campeão Regional de noventa e um e noventa e dois. Estou surpreso que você não seja uma pessoa de artes marciais, sendo um policial e tudo.
Ela encolheu os ombros, que levantou os seios e sua pressão arterial. Ela olhou para trás, para as barras. 
— Então é aí que eles cultivam barras de Pole.
Ele soltou uma risada rápida, que o pegou desprevenido. Com exceção de Mel, que tinha visto seus melhores e piores momentos, limpando seu o vômito após uma festa, uma vez ou duas vezes, em seus anos de estupidez; geralmente nunca deixava as pessoas vê-lo desta maneira, rir imprudentemente, preferindo deixá-las conhecerem, mantendo aguçado o Garoto Malvado de fachada, para que não vissem o maleável interior. "Maleável por dentro", palavras de Mel, não dele. Ela tinha um jeito com as palavras, este jeito de mulher. Sua amiga-alfa-fêmea gênio de computador.
— Sim, é aí que nós os cultivamos - ele respondeu, ainda sorrindo.
Posso te beijar? Seus lábios parecem tão bons.
Em vez de beijá-la em suas bocas, ele amava dar beijo em boca de mulher, ambas, ele marchou para o CD player definido no balcão de aço inoxidável. 
— Eu escolhi algumas músicas para você. Algumas faixas mais velhas, algumas mais recentes. Apenas diga quais deseja. Eu tenho uma coreografia que não é muito difícil para uma iniciante, mas que vai te garantir um lugar no Explosivo. E acredite você vai conseguir uma vaga no clube no momento que preparar você.
Por que ele precisava se vangloriar desta maneira? Ele nunca se importou com o que as pessoas pensavam. Quando ela não respondeu, ele lançou um rápido olhar para o espelho.
Ela estava examinando-o! E nem mesmo discretamente!
Ele podia vê-la no espelho sorrindo enquanto olhava para cima e para baixo, fixando-se no meio e sua bunda formidável. Quem se importava com humildade? As mulheres sempre apreciaram sua bunda.
Genes bons, eu acho.
Ele olhou intenso para ela no espelho, enviando a mensagem alta e clara. Não olhe se para você não significa isso. Um vermelho coloriu seu rosto, mas ela não desviou o olhar. Bem, o que você sabe! Talvez ela queira dizer isso.
Definitivamente, esta noite. Bom. Vai dissipar a tensão.
— Você gosta do que vê?
— Que mulher não gostaria?
— Você é sempre tão honesta?
—Sempre. Eu sou uma policial.
Archer não conseguiu evitar o resfolegar de riso. 
— Sim, tudo bem. Sério, ele abaixou o queixo, deixando seus olhos falarem. Ele sabia que as mulheres amavam esse olhar. — Quão flexível você é?
Ela corou novamente — e ele estava começando a suspeitar que ela não corava por timidez, mas por excitação e, menino, isto fez aumentar o seu já inflado superego masculino - quando curvou o dedo indicador, para que ela viesse dar uma olhar na seleção de músicas.
— Eu sou flexível o suficiente para tornar isto divertido.
O pau de Archer se contraiu. Esta honestidade que Deus fazia!
— Fazer o quê divertido?
Joan sorriu largamente quando ela se aproximou, encostou o cotovelo no balcão. 
— Sexo.
— Mas não é por isso que você está aqui, não é?
— Não. Estou aqui para aprender a usar essas coisas. Ela apontou para as barras com o queixo.
— Coisas? É muito atrevida.
Archer se aproximou dela, perto o suficiente para deixá-la sentir o calor de sua respiração.
— Você acha que isso vai ser fácil? Você pode ouvir o ranger da armadilha de urso sendo aberta, Joan?
Por algum motivo ele não conseguia explicar, ele não gostou de como ela encarava sua profissão tão simples ou fofa, irracionalmente querendo que Joan Blair percebesse e aceitasse o esforço e a disciplina necessária para a sua linha de trabalho. Ele era instrutor de fitness, caramba, e era difícil! Tentar convencer as pessoas se colocasse em suas mãos, uma vez!
Archer percebeu que seu sorriso não era terrivelmente bom, mas não poderia ajudá-lo. A maioria das pessoas achava que Pole fitness era apenas para strippers, como se fosse fácil ou insignificante. Ele pensava assim também, antes que ele se estabelecesse. Bem, sim, tinha sido originalmente para os dançarinos, mas não foi e mesmo assim, foi o mais difícil exercício que ele já tinha feito, mesmo depois de anos de judô e um regime regular de ginástica. Ele primeiro pensou de abrir seu próprio dojo, como muitas faixas pretas faziam, pois nunca trabalhara para alguém – mas tinha logo percebido que a maioria dos dólares estava com as mulheres. Eles iam para as academias mais assiduamente, desembolsavam dólares nos exercício de fitness e num corpo tonificado. Assim, após algumas horas de investigação na Internet, ele descobrira a nova mania. Pole fitness. Os custos indiretos foram risíveis, uma parte da sua própria casa, um punhado de barras, um tapete, alguns espelhos. As mulheres não precisam nem querem milhares de máquinas e pesos soltos. Elas sabiam o que queriam. Por uma boa aparência e para se divertir fazendo isso. Ele providenciava isto. E mais...
Apesar do fato de que ele estava atraindo-a, Joan não parecia intimidada e soltou outra risada. — Pegar a maioria das minhas roupas para esta parte vai ser difícil, mas isso, ela empurrou o queixo para as barras de novo. — Quão forte ele pode ser? Para Você segurar e girar algumas vezes.
— Eu acho que você não ouviu a armadilha de urso então.
Ele se inclinou. Desta vez, ele viu uma reação quando suas pupilas dilataram. Ela olhou para satisfazer seu olhar. Ele estava tão perto, ele poderia beijá-la.
Tudo há seu tempo.
— Você pode suportar o seu peso com uma mão?
— P-Pa um... para pegar um bandido? - Respondeu ela, indo provavelmente para o improviso, mas soando sem fôlego em vez disso. Seus olhos se estreitaram, os lábios estreitaram-se. Oh, ela tinha coragem, única. Eu vou apoiar o meu próprio peso corporal e o seu. Eu estou em forma, eu vou controlar.
Atrevida, corajosa e um muito empreendedora.
Eu sou assim vou te fazer suar, querida.
— Eu não posso esperar, disse ele, pondo a mão sobre o balcão, o polegar tocando seu cotovelo. Ele viu o arrepiado aparecer onde encontrou sua pele. Eu não posso esperar para treiná-la. Deu-lhe seu sorriso especial. O que fazia as mulheres abanarem-se ou puxar seus cabelos assim ele as comia mais profundamente. Atividade que tinha ganhado calibre no esporte olímpico.
Uma sobrancelha loira arqueou. 
– Treinar, Eu?
Oh, eu tenho sua atenção agora, pois não?
— Treiná-la.
— Eu não sou um cachorro.
Archer quase inchou na risada quando a visão deles fazendo no estilo cachorrinho brilhou em sua mente. Bem, eles dizem que os caras pensam sobre isso várias vezes por hora. Ela está aqui, pelo menos, há dez minutos.
— Não, mas está aqui para ser treinada, não é? Ele deixou seu olhar pousar em sua boca. Ele não podia resistir. Ele se lambeu.
Não só os olhos, mas as narinas dela neste momento.
Antes que ela pudesse responder, e, oh, ela parecia como se ela tivesse bem alinhada daqui para Vancouver, Archer endireitou e afastou-se.
O dito "suspenda primeiramente à frente" tinha ficado escrito por um cara que tinha marcado um bom ponto de encontro com uma garota atraente e espirituosa. Ele tinha certeza disso.
— Tire as suas sandálias. Vamos primeiro nos alongar, então iremos começar com os pólos. Foda-se a música. Ele queria ver o seu suor nos pólos, a pequena merda arrogante.
Ela não é pequena. Pelo menos um metro e setenta.
Merdinha Convencida do mesmo jeito.
Tornou-se rapidamente aparente que Joan Blair era flexível e estava em boa forma como ela se sentou no tapete e agarrou os pés dela, deitou de pernas, em seguida, fez uma espécie de coisa tesoura perna para alongar a parte posterior das coxas. Archer descobriu que ele mal conseguia se concentrar em suas próprias pernas, ele estava muito ocupado olhando para as dela. Tinha bom tônus muscular sob aquelas calças de ioga. O que o lembrou...
— Na próxima lição, você terá que usar calças apropriadas e talvez um maiô. Ou um biquíni, se tiver. Você tem que se acostumar a usar algo mostrando a pele. Aqui, Senhorita-Eu-Posso-Fazer-Qualquer-Coisa, atente para facilitar para a dimensão.
Archer queria dar umas palmadinhas em seu próprio ombro quando ela sustentou o olhar dele, abriu a boca para dizer alguma coisa, então balançou a cabeça. Ele podia vê-la corar toda ao longo dia.
Ela corava quando fodia com as luzes acesas? Devia ser a coisa mais fofa do mundo.
Archer rolou os tornozelos, sacudiu as mãos e enconchou os quadris. 
— Tudo bem. Vamos ver. Primeiro você tem que respeitar a gravidade. Ela é incansável, ela está esperando por você para estragar e às vezes ela é uma puta. Mas ela sempre tem a última palavra, bem como uma mulher em um argumento. Então, deixe-me mostrar-lhe um pouco como se segura a base. Como esta.
Enquanto os olhos de Joan, alternadamente cintilavam e estreitava-se em fendas, ele agarrou a barra ao lado dele com uma mão à altura do ombro e outro ao nível do quadril. Dobrando o cotovelo do seu lado, ele lentamente, em pequenos incrementos para mostrar o controle perfeito que ele adquirira ao longo dos anos de prática, levantou-se até que ele pendurou-se perpendicular a barra. Quando ele subiu mais alto, as pernas em extensão completa, com os pés juntos e pontudos, a face de Joan cedeu, com a boca aberta.
— Eu preciso aprender a fazer isso?
Será que um sincero MWA HA HAA estar certamente inadequado agora?
— Sim - disse ele, sem respiração ofegante.
Após alguns segundos, ele abaixou os seus pés, girou até que ficou de frente à barra, partiu as pernas e "montou" esta, cada pé deslizando de ambos os lados, até sua virilha tocou o tubo de metal. Ele manteve-se suspenso, portanto, por alguns segundos. 
— E esse também.
Ele estava deitado. Joan não teria que aprender um desses, mas queria mostrar a ela, apenas isso. Homens e seu ego. Seus músculos ardiam com a tensão, mas ele andaria em jeans lavado com ácido antes de demonstrar isto.
Com medo de que ele começasse a respirar duro e tremer, ele deixou seus pés se tocarem, endireitou-se com o sorriso de um grande vencedor. Aqueles reservados para uma terminação de movimento, bem antes que seu adversário no judô lutasse teria atingido a esteira em um ou dois minutos, os dentes chocalhando no golpe.
— Sua vez.

Bundão.
Joan sorriu, apesar do desejo real de chutar a bunda estreita e agarrou a barra mais próxima como ele tinha feito: uma mão perto do ombro, outro ao nível do quadril. Com um grunhido, ela saltou para que os seus pés saíssem da esteira, mas eles voltaram bem rápido. Caramba! Assim, ela saltou para cima de novo, realmente colocando-se toda nisto desta vez e puxou com seu braço. Tremendo e gemendo, ela conseguiu manter seus pés - oh quê? - um pé fora do chão.
Triste, triste, exposição, Murphy.
Então, algo muito constrangedor ocorreu. Sua mão inferior, suada e ficando dormente, deslizou da barra. Com uma maldição e uma batida que reverberou ao longo do tubo de metal, ela retorceu-se para frente, bateu na barra com o ombro.
— Cruuzes!
Chantal teria ficado orgulhosa uma vez, que saiu bonito e assoviado.
Um sorriso firmemente plantado nos lábios deliciosos, Archer cruzou os braços. 
— Você está bem?
— Sim, sim - Joan esfregou as mãos nas calças, tentou segurar o novamente e pulou algumas vezes para conseguir as pernas retas.
— Eu não sabia que você falava francês.
— Eu não. - resmungou por entre os dentes.
Orgulho. Era tudo orgulho. Para mostrar que estava em forma, caramba, ela torceu como ele tinha feito, montou na barra com muito menos graça, mas ainda, e estava sorrindo quando sua mão inferior escorregou novamente.
Uh! Oh!
Desta vez, ela estalou a frente forte, pendurada apenas na mão superior, bateu com o seu osso púbico - e se isto não apenas sentisse exatamente como bater na barra horizontal da bicicleta de seu irmão - e deslizou para o chão rosnando bastante.
— Ai, ai, ai.
Recebeu um gemido de consideração de seu instrutor. Ele se ajoelhou ao lado dela, acariciou seu ombro. 
— Isso dói. Meninos e meninas.
Ela atirou um olhar para ele, apenas esboçando outro sorriso, e lentamente ajoelhou-se sobre uma perna. Sua buceta pulsava e não era por causa dele. Bem, tinha ficado antes pulsante desde que o cara era uma obra de arte esculpida, especialmente observando-o esforçar-se para manter a ação, mas isto martelava agora.
— Ai, merda.
Ele deu-lhe a mão para ajudá-la a levantar-se. Ela pegou esta apenas porque uma pequena parte dela realmente, realmente queria tocá-lo novamente. Um ataque de adrenalina subiu-lhe o braço, quando ela fechou a mão sobre a dele - era longo e estava viciosamente quente - e o deixou levantá-la. Debruçando-se ao meio, tomou algumas respirações longas. Ela queria desesperadamente esfregar sua virilha, mas esforçou-se não na frente dele. Haveria um longo banho quente no seu futuro hoje.
— Não é tão fácil quanto parece - Archer ofereceu quando ele se agachou ao seu lado para que ele pudesse olhar para dentro de seus olhos. Seu braço cinzelado contraiu quando ele usou a barra para equilibrá-lo. — Confie em mim, isso é um choque pequeno quando comparado com as lesões realmente desagradável que você pode conseguir sobre essas coisas. Eu rasguei o músculo e o tendão no ombro no ano passado. Tive que fazer cirurgia. Ele mostrou-lhe um lugar perto de sua axila. Joan poderia ter olhado para os excelentes, excelentes demais, peitorais, passando todos os limites da decência. Uma pequena cicatriz rosa brilhava na pele de outra forma impecável.
E nesse intervalo de sublime adoração visual, todo o cérebro dela poderia vir acima com era...
Ele depilara totalmente seu peito.
— Você tem que mostrar por essas coisas um pouco de respeito -
Joan assentiu, gradualmente sentindo como um burro por agir de forma machista. 
— Sim, eu posso ver isso. Eu vou ser mais cuidadosa a partir de agora.
— Bom. Eu não quero fique machucada.
Ele sorriu novamente, desta vez nem brilhou com atitude e se esse sorriso não apenas fez o coração bombear duas vezes mais rápido. Seus olhos claros estreitaram quando ele sorriu realmente, enquanto disparava o sorriso, apenas puxando seus lábios depravados para um lado. Na verdade, ela nunca tinha visto olhos tal como o dele e suspeitou por um segundo que a cor não era natural, apenas vibrantes lentes, mas não, era tudo dele, aquele gelo azul, e que lembrou o fundo de um iceberg, a parte logo abaixo da água. Bem de acordo com imagens da Nacional Geographic de qualquer maneira.
— Nós vamos começar de novo, ok? - Disse ele, em pé.
Ela sorriu, aliviada que ele não pressionasse o tema de sua lição bem aprendida. 
— Parece bom para mim.
Ele cruzou os braços, verificou-a da cabeça aos pés. 
— Nós não podemos ir de eletrônica por causa de sua idade.
— A minha idade?
— Você tem o quê, trinta, trinta e dois? Não é velha, mas para o que você quer fazer, para o tipo de pessoa que vai executar o teste, acredite: eles vão pensar que você é velha. Tão parvos quanto são. Então temos que ir com algo um pouco mais maduro para a música. A canção de rock agradável ou um pouco de estalo clássico com um bom baixo, né?
Velha. MFFT!
— Eu acho. Rock é o que eu prefiro de algum modo.
Ele balançou a cabeça, que fez uma mecha de cabelo preto cair sobre seus olhos. Isto ainda parecia úmido em lugares. Ohh, por favor, me coloque de costas. Ou melhor, ainda, deixe-me fazer bagunça completa. Um pente de dois punhos! Ela amava caras com cabelo comprido. Isto faria um inferno num punho quando eles a comiam!
— Então vá escolher uma peça e eu pegarei algo para bebermos.
Ela viu o seu rabo glorioso enquanto ele desapareceu pela porta que dava para a sala de espera. O zunzunzum de suas calças pretas de karatê fez sua pele dela arrepiar. Com um suspiro, ela caminhou lentamente - seu osso púbico machucado de verdade - para o CD player vasculhou a pilha de caixas lá.
Então aconteceu.
Nãoooooo, não aqui!
Quando ela puxou um que gostava, o cotovelo acidentalmente bateu no caro de CD player e em sua pressa para impedi-lo de cair do balcão de aço inoxidável, ela deixou cair à caixa do CD, que bateu na pilha. Apesar de alguns malabarismos valentes, ela enviou algumas caindo fortes, no piso, laminado implacável onde quebrou no lugar habitual - numa das dobradiças. Sempre uma das dobradiças. O barulho a fez se encolher e tentar desesperadamente impedir o resto de segui-lo, e assim, cutucou o aparelho novamente e desta vez não foi rápida o suficiente para pegá-lo. Como em câmara lenta, isto derrapou na superfície lisa...
— Droga!
Vacilante, Joan ainda estava segurando as caixas de CD's, todos desordenadamente, quando um par de mãos muito habilmente imobilizou o aparelho antes que ele caísse, trazendo-o de volta sobre o balcão.
Quando ela se virou para Archer, teve tempo de ver a mistura de desânimo e de diversão em sua expressão, antes de recolocar a máscara sorridente, tirando-a de seus dedos os caixas que mais parecia uma destruição e colocou-as no balcão. Ele também pegou os poucos que ela enviara para o chão.
— Sinto muito. Eu vou comprá-los de volta para você. Os quebrados, eu quero dizer.
— Está tudo bem. É apenas uma das caixas. Os CD's estão bons.
Joan deu um longo suspiro.  Garota estabanada, Murphy.
— Você deve ser barrada para participar em campeonatos de dominó - observou ele, sem encontrar seu olhar.
Há. Há.
Boa coisa ele não estava vendo ou ele viu a dor causada por suas palavras. Joan sabia como ela era expressiva, sobretudo incapaz de manter suas emoções sem demonstrar, mesmo que às vezes ela preferisse manter um pouco de mistério em torno dela. Isto sempre tinha sido a sua coisa, fazer as pessoas rirem, do ato tolo de bater nas coisas. Pela primeira vez, sendo uma grande brincadeira não era tão engraçada. Não é com ele. Não quando ela estava se esforçando para parecer feminino e equilibrado e... e...
E o quê?
Sexy, mulher. Você quer parecer sexy por esse maldito trabalho.
Para o trabalho ou para ele?
Merda! Isso a fez uma patética, carente mariquinhas, sem coragem, como se quisesse que Apollo pensasse nela sensualmente?
— Olha - ela disse enquanto alinhava os CDs sobre o balcão — Essa aflição tem que ser trabalhada, ok?
Ele arqueou uma sobrancelha. 
— Porque você é uma mulher e você precisa provar para o seu chefe machista?
— Meu chefe é uma mulher. Não, eu preciso, nós precisamos agarrar o cara que traz meninas menores de idade para o país para serem prostitutas.  Crianças desesperadas do velho Bloco de países do Leste, algumas delas com apenas doze anos. Então nós temos que pegá-lo. Isso significa que eu tenho que entrar no Explosivo.
Archer deu-lhe uma das garrafas de água que ele colocou sobre o balcão antes de salvar o seu leitor de CD. 
— Você irá.
— Absolutamente correto.
Um meio-sorriso pervertido puxou seus lábios para os lados. Oh? Ela ainda não vira este e este lhe deu arrepios. Sabia que seus mamilos deviam ter demonstrado através do Sem Dor e Sem Lucro no top. Ela se importava agora? Nem um pouco. Após o flash inicial de raiva pela empresa do odioso Laramée, o que ficou era um agradável fluxo saudável de tensão sexual.
Archer deve ter sentido a mudança também porque ele congelou a mão ainda na tampa da garrafa que tinha dado para ela enquanto ela agarrou o fundo. Seus polegares tocando-se. Joan estremeceu.
Ela queria lamber seu lábio inferior, porque coçava como o inferno, mas ela não quis aumentar a tensão que rolava entre eles. Ele não parecia compartilhar algumas de suas dúvidas para que ele inserisse o lábio inferior entre os dentes, — dentes muito bonitos— e inclinou a cabeça para um lado. Uma mecha de cabelo caiu sobre sua sobrancelha novamente.
Uh - oh.
Quando ele liberou o lábio, ela viu o sangue enchendo-o novamente e experimentou uma esplêndida série de pulsações minúscula na buceta dela, que se apertava dolorosamente a cada batida do seu frenético coração. Mesmo se um grande sinal de néon piscasse PROBLEMAS em vermelho brilhante acima de sua cabeça, Joan ainda não poderia evitar a atração. Ele era um homem bonito.  Muito, muito.
— Temos apenas quatro dias - Sua voz era rouca, profunda.
— Sim, apenas quatro.
— Isto não é muito.
— Apenas uma rápida experiência.
— É realmente uma provocação.
Joan sentiu seu rosto, levantando em direção ao dele. Ele não se moveu. Ele deveria se afastar, pois isto era certo como os impostos não vinham até ela! Joan gemeu interiormente. Ela apenas tinha acabado de conhecer o cara uma hora atrás.
Que inadequado.
Que depravado.
Só as mulheres eram fáceis.
Ou muito sortuda.
Merda!
Humm.
Como se Archer compartilhasse de qualquer febre que tinha acabado de agarrá-la, seus olhos estreitaram-se, aquele sorriso perverso e iníquo rosado nos lábios. Ah, ele sabia exatamente o que estava fazendo. Uma provocação.
— Eu amo esse material em seus lábios - ele murmurou. Ele fez aquela coisa com a boca, jogando com uma hortelã fantasma. — Brilho labial?
— Apenas... Bálsamo labial.
Uma sobrancelha negra se contorceu. 
— Posso ser brutalmente honesto?
— Claro.
— Você tem os lábios mais lindos que eu já vi. E eu tenho um maldito conjunto completo de amostras para compará-los. Sua respiração aqueceu o rosto e também destruindo todas as suas faculdades mentais, um neurônio de cada vez.
— Uau! Você é somente o cara mais humilde do mundo, não é?
— O quê? Você pensou que eu era virgem?
O pensamento do garoto malvado sendo virgem era tão absurdo, tão absurdo, que Joan sacudiu a cabeça. 
— Ehh... Não.
Ele aproximou-se do braço dela, o dedo indicador deixando um rastro até o comprimento do mesmo.
Uau! Ela seria capaz de cortar vidro, com seus mamilos.
— Eu vi você olhando para minha bunda. Eu acho que esqueci. Você gostou do que viu?
Que tolo! Com uma bela bunda!
— Sim, muito. Mas você já sabia disso. Você gostou de olhar para a minha?
— Sim, muito. Mas você já sabia disso.
Felizmente para sua autoestima Archer sorriu largo, um pequeno triunfo para seu gosto, antes de liberar a garrafa de água que ainda tinha na mão. É claro que por essa altura, seu domínio sobre ela se tornou muito tênue por isso caiu e caiu bem em cima do seu pé.
— Ai!
Rapidamente, ele inclinou-se, pegou esta. 
— Se você perder a sua aderência desta forma sobre a barra, você levará uma queda feia. Então recuou para barra "dele". 
— A coreografia vai durar três minutos e algumas mudanças. É muita coisa para se lembrar. Nós devemos começar agora.
— Sim, eu acho que devemos.
Sim, vamos começar agora antes que eu mastigue suas roupas, monte você duro exatamente onde você está e passar o resto da noite beijando cada centímetro de você.
Aonde fora o homem que alisava as damas?
Da mesma forma que seus neurônios tinham ido. Tinha quase a beijado. E Joan não parecera a ponto de afastá-lo também. Ele só queria provocá-la, o que ele fazia de melhor. Só que ele terminou provocando a si mesmo e quase sucumbira. Claro, ele tinha relações sexuais com suas alunas. Todo o tempo de fato. Por que não? Eram mulheres maduras, todas adultas completamente. Mas ele acabara de conhecer Joan.
Isso nunca parou você antes. Além disso, ela é ardente e quer você de costas. Então onde está o maldito problema?
Era diferente desta vez. Ela era diferente. Era uma policial com uma missão importante a cumprir, um bandido para pegar. Aquele porco teria que ser interrompido e, Archer teria que manter a imagem de uma prostituta de doze anos de idade na mente da próxima vez ele sentisse como se quisesse saborear esta surpresa aqui.
Permanecer dizendo-se que se importava que o bandido fosse preso.
Sinceramente, no fundo de seu cínico, privilegiado e socialmente ligado coração, ele não se importava tanto assim. Os vilões eram como cogumelos, uma cortada e três tomariam seu lugar. Então, não, não era sobre o cara. Verdade seja dita, ele não estava salvando um casal de filhos também.
Uau! Eu sou um homem charmoso, não sou?
Claro, como qualquer outra pessoa, ele pensou mentindo e usando adolescentes como prostitutas poderiam carregar algum tipo de punição mais dolorosa seguido de prisão. Ou vice-versa. Ele não era um porco. Mas ele era um pouco, digamos, autocentrado. Suas necessidades sempre vinham em primeiro lugar. Exceto na cama onde ele descobriu que satisfazendo primeiro as necessidades de suas amigas, suas próprias seriam cumpridas e, em seguida, algumas. Altruísmo nunca o incluía num rótulo elevado. E agora, mesmo a notícia revoltosa de menores de idade escravas do sexo não aliviava o desejo de agarrar cada terminação nervosa. Cada músculo gritava para o tipo de treino que ele sabia que Joan daria. Dez dedos clamavam para tocá-la. Droga, os dedos dos pés também! Seu pinto estava pronto para explodir. Boa coisa que ele usava cuecas tipo boxer por baixo da calça do exercício do contrário ele ficaria bastante idiota. Ela suspeitava que ele provavelmente estivesse duro de qualquer maneira.
Eca!
Sacudiu-se em espiral descendente, o sorriso estampado em comum que fazia as mulheres se abanar e lançou um olhar enviesado a Joan. 
— Eu vou mostrar a você, a coisa toda, só para lhe dar uma idéia. Então vamos fazer juntos, lentamente, segure bem seguro, movimento a movimento.
Ela assentiu com a cabeça, aproximou-se da barra dela e encostou-se. Um rubor ainda no rosto escurecido. Cara, ela estava quente!
Archer rangeu os dentes, pegou a barra com as duas mãos e, contando as batidas na cabeça, executou toda a rotina, que havia preparado para ela. Era simples, mas rápido e iria mostrar suas belas e longas pernas, com apenas uma difícil movimento - uma inversão girada de joelho, uma perna estendida, que golpearia todos, se ela fizesse certo.
Joan seguiu-o com os olhos cada vez maiores. E o Garoto ganhara seu dia! Archer suspeitava de que se tentasse sair pela porta, agora, a cabeça ficaria presa.
Ele desembarcou em um pé, deixando-se escorregar para o chão, empurrou para trás seu pé "escondendo-o" atrás da barra, com as mãos em torno dela lá em baixo, em um infernal símbolo fálico, e por seu suspiro, ele sabia que tinha dado a ela uma boa sacudida.
— Essa é a minha rotina? Tudo isso? - Joan perguntou a voz trêmula e fazendo maravilhas para o seu ego. Ele estava acostumado com esse tipo de reação e não deveria se sentir tão certamente um cara macho agora. Mas ele sentia e isto era assim mesmo.
— Sim, disse ele - ofegando um pouco. 
— Mas porque você é uma mulher, você vai ter que apontar seus pés até sentir câimbras e colar a bunda para cima tão alto quanto isto pode ir.
— Uau para mim.
— Uau para mim também.
Joan riu, evitou o seu olhar quando ela enrolou a mão em torno de sua barra. Ele tentou não imaginar a mão em torno de outra barra, esta rosada e quente, quente, quente.
  — Temos, pelo menos, passar por essa rotina. Então vamos começar um tratamento para o nosso trabalho duro. 
Oh merda! Preservativos. Ele teria que encontrar uma desculpa para ir buscar alguns na casa. Ele não queria ter que lidar com outra gravidez indesejada. Não indesejada por ele embora. 
O argumento de sua ex cortara-o por dentro.
— É o meu corpo. É a minha decisão.
  Claro que tinha sido, e ele respeitou, mesmo acompanhado-a até a clínica.  Embora isto prontamente tivesse quebrado o seu coração. 
Então preservativos. Precisamos de alguns preservativos. 
Talvez ele deva mantê-los dentro do estúdio para escapadelas de improviso com ardentes tiras femininas? A menos que ela estivesse tomando pílula. 
— Você está bem?
  Archer rebateu para o aqui e agora. Huh? 
— Você parece esquisito, de repente - Joan respondeu com um sorriso hesitante. A mulher sorria o tempo todo. — Está tudo bem? 
— Claro - respondeu um pouco rápido demais para fugir de outra sobrancelha arqueada e do olhar inquisitivo. Bem, ela era um policial, por isso, sem dúvida, treinada para reconhecer os sinais certos. Tal como quando um cara estava mentindo por entre os dentes. 
— Ok, juntos agora. Face para o espelho - disse Archer, virando de costas para ela para que ele pudesse olhá-la no espelho. Mantendo distância dessa maneira. Adicionando uma camada de desprendimento. — Fique atrás da barra. 
Joan fez como ele instruiu. 
— Agora, olhe para si mesma como se você quisesse dizer: 'Quer algo como isso? Hein - hã, não pode ter. Veja? Aprecie isto'.
O suor brilhava sobre o seu peito e braços, quando ele ficou por trás de sua barra e olhou para o espelho. Mas não foi para o seu reflexo, que olhou, foi para o dela. Apenas que ele não estava dizendo: — Quer algo como isso? Não pode tê-lo. Era mais: — Oooh, belezinha se você apenas soubesse o que eu tenho para você. 
Você é um idiota patético. 
Os mamilos do tamanho de pequenas azeitonas - tamanho perfeito - onde se destacaram os pontos sobre o par de "r" claramente provocantes  Sem Dor, Sem Lucro que o top afirmava.  O desenho significou isso, colocar os dois "r" certamente poderia ser nos mamilos? Provavelmente. Os caras eram assim. 
Seu olhar sobre a dela, ele flexionou seus braços, caiu num agachamento, em seguida, lentamente ficou em linha reta novamente. Seus pés descalços agitaram-se, assim como o resto de suas pernas. 
— Sua vez. 
Com uma risada estranha, Joan segurou a barra, espalhou seus pés na largura, olhou-se, agachou-se, em seguida, se endireitou. Somente sua expressão não estava provocante como quando dizia: "Olha como estou gastando minha educação com plano de poupança, mamãe!" 
Archer sacudiu a cabeça. 
— Você tem que olhar para eles enquanto você dança naquele clube. Falar-lhes com os seus olhos, chame-os para você, mas ao mesmo tempo, deixe-os saber que você vai quebrar seus dentes se a tocarem. 
Ela riu. 
Ele fez o mesmo movimento - agachou-se, levantou-se e colocar todos os ooh La La, que poderia nos olhos dele. O efeito era instantâneo. Os pontos em seu top nos "r" ficaram ainda mais retesados. Ela não riu desta vez. Se ele tinha alguma coisa escrita em sua cueca agora, isto pareceria como se alguém tivesse usado outra fonte em geral. Três vezes o tamanho em repouso. Ele estava tão duro que doía. 
— Você faz isso - disse ele com um gesto encorajador. — Você olha para sua cara e pensa consigo mesmo: Quer isto? Hein? Hã-hã garota ruim, não pode ter. Venha. Você pode conseguir isto. –  Ela repetiu o movimento. 
— Isso é só... - Ele não disse patético porque teria ferido os seus sentimentos e uma mulher com seus sentimentos feridos apenas significava problemas para o cara que falasse causando sua dor. Ele podia não ser um cientista de foguetes, mas ele aprendeu muito rápido a ter cuidado com o coração de uma mulher. Se quisesse apenas a viver uma vida longa e feliz. 
— Tente novamente, Joan. Mas, na verdade coloque tudo isso em seus olhos. Está tudo nos olhos. É fazer amor com as luzes acesas quando alguém está olhando.
Ela balançou a cabeça, tentou de novo. Ela parecia mais agressiva do que provocante. Como se ela estivesse dizendo ao seu reflexo: "Você toca e eu quebro seus braços"!
Arghhhhh. Malvado em tantos níveis, ele não poderia mesmo começar a fixar isto. E depois mais algumas vezes, ele poderia dizer que ela não ia conseguir fazer isso direito, a menos que ele fosse lá e ajudasse. 
Ahhhh, coitadinho.
Archer não conseguiu evitar o pequeno sorriso de satisfação, quando ele abandonou a sua barra, foi ficar atrás de Joan, muito, muito próximo às suas costas, e olhou para o seu reflexo. Eles pareciam bem juntos. Na verdade, eles pareciam muito bem juntos. Ele colocou as mãos na cintura, agradável e leve. 
— Eu vou ter que te tocar muito para isso. Se é um problema, diga agora. 
— Não há problema - ela respondeu com um sorriso falso. 
— Bom. Agora, quando eu começar a fazer, segure aqui, então vem comigo.  
Seu olhar acima dela, abriu os joelhos, manteve as mãos na cintura enquanto ele agachou-se, os joelhos para fora, tronco reto - não o pinto ereto. 
Apenas se concentre seu idiota! 
Para o seu deleite, Joan seguiu-o, espalhou as coxas largas, dobrou os joelhos enquanto ela manteve as mãos em torno da barra. O cheiro dela se aproximando, seu juízo nublado suficiente para convencê-lo de que seria razoável espremer a cintura um pouco mais apertada, inclinar seu peito um pouco mais perto. Seu queixo roçando a parte de trás da cabeça. 
O tempo parecia parar. 
O cheiro de seus cabelos, bonito e limpo, espalhando seus neurônios tão eficazmente como as calças de ioga. Calor de sua pele propagando-se em suas mãos em seus braços, o peito, desencadeou uma câimbra dolorosa em seu baixo ventre, que tremia quando ele imaginou como ela se sentiria colada debaixo dele. Como as coxas, como ela, ela o apertaria delicioso e firme, ele tinha certeza. Quando chegaram ao ponto mais baixo do agachamento, a bunda dela arrebitou para cima e pressionou contra sua virilha. 
Archer mordeu-se duramente. 
Oh merda. 
Mais tarde, se ele fosse autorizado a falar em sua própria defesa, ele diria ao juiz:
— Quando aquilo aconteceu Meritíssimo.  Aquilo foi quando algo se desconectou do meu cérebro sem o meu conhecimento!  Quando eu a beijei pela primeira vez. 


Capítulo Três

Joan ficou tão chocada que ela nem sequer disse nada quando Archer beijou sua nuca. Fogo se espalhou pelo o corpo inteiro, não apenas porque seus músculos aqueceram-se com a tensão, mas porque o roçar macio de lábios, mesmo separados por seus cabelos, enviou um choque de adrenalina através dela. Ela congelou a meio caminho da barra, usou suas mãos para arrancar-se ereta. Archer seguiu, pressionou-se atrás dela para que ela ficasse espremida entre a barra e ele. Uma dura massa quente empurrou em sua parte inferior das costas. 
Santo... 
Suas mãos ainda rodeando de sua cintura. Um de seus polegares esfregava na pele, que aparecia entre top e calças, cada pequeno círculo da fonte em ondas de prazer crescente e crescente, formigando sobre sua pele e envolvendo-a em um casulo quente e trêmulo. A barra esfregou monte de Vênus. Um impulso repentino e feroz contra a esfregar-se em cada barra, e homem duro atrás dela, fez as suas coxas contraírem-se. 
Atrás dela, Archer olhou no espelho. Seus olhos claros acima de sua cabeça brilhavam com um brilho perigoso quando uma de suas mãos deixou sua cintura viajou até seu quadril, cobrindo a barra e lentamente, lentamente, dolorosamente, levantou as costas e parou sobre ela. Ele acrescentou um pouco de pressão para as mãos, mas a mensagem era alta e foi oh, tão clara. Ele poderia interceptar-lhe a mão por baixo dele e não seria uma coisa que ela pudesse fazer sobre isso. 
Talvez ela não quisesse fazer nada sobre isso também. 
Sua rápida respiração, baixa criava círculos nebulosos sobre o tubo de metal. Apertou a mão dela mais. Não o suficiente para machucar. Apenas o suficiente para eletrizar. 
— É como você olhar para a plateia - ele sussurrou. Cada palavra agitando os cabelos. — Você prende-os. 
Joan nunca se sentiu "presa" por um olhar de um cara antes. Até agora. 
Porque Archer tinha prendido-a diretamente contra a barra, cada peito inchado dos dois lados. Ela não podia deixar de olhá-los subirem e descer rapidamente com cada inalação trêmula, trêmula a cada expiração. 
— Então... Então o que você faz? - Ela perguntou. Era dela a voz esganiçada? — Quando você tem os presos, eu quero dizer. 
— Você os faz resfolegar. 
No espelho, ela viu como seus ombros se destacavam em cada lado dela, enquanto seus quadris mal faziam. O cara era esculpido. Não como um fisiculturista, mais como um nadador. Todos os ombros, cintura e quadris estreitos, longos, pernas esculpidas. 
Ele começou a se mover por trás dela de forma sutil, quase imperceptível. Em pequenas rotações ele se movia seus quadris, cada vértice pressionando-a contra a barra até a sua pressão arterial foi para o sul e empurrou seu QI abaixo na casa de um dígito. No que diz respeito inteligência deu certo agora, ela provavelmente classificaria uma pistola como o grampeador e uma maçaneta.
Ela tinha que possuí-lo. Ela tinha que possuí-lo agora. 
Seus olhares se encontraram no espelho e sustentaram-se durante vários segundos. 
Ah, ele quer você de costas. 
Isto não era uma canção?
— As pessoas pensam que a beleza é fraca, que é passiva e delicada - Archer murmurou no ouvido dela. — Mas não é nenhuma dessas coisas. Você sabe o quão poderosa é a beleza?
Joan realmente estava ofegante - sua lição forçara muito. E quando ele segurou as duas mãos suas com uma e elevou-as no barra de modo a que ela ficou ela balançando os punhos apertados ao redor do tubo, os braços para cima em extensão completa, a respiração quase que duplicou. Sua visão também! 
— A beleza tem a capacidade de fazer as pessoas fazerem loucuras, coisas irracionais, só assim eles podem manter isto um pouco mais, olhar para isto um pouco mais. Beleza é poder e desejo; é uma ferramenta e uma arma. Qual deles é você, Joan?
— É boa sorte. Apenas DNA.
Ele balançou a cabeça, revirou os quadris para frente rígida, movimento que pressionou sua barriga e monte de Vênus contra a barra. Calor líquido espalhando-se entre as coxas. 
— Alguém pode nascer bonito e ainda não fazer nada com a beleza. Outra terá DNA humilde, como você diz, e deixar os suspiros em sua esteira. É o que você faz com ela o que importa.
Bem, é uma teoria. 
Para ter este homem maravilhoso esfregando-se contra ela, enquanto suas mãos estavam muito acima de sua cabeça, disparando todos os tipos de imagens emocionantes. Mas, francamente, a primeira coisa que vinha à cabeça?  Coisa boa eu estar depilada. Joan riu.
— Algo engraçado, policial Blair? - Archer perguntou com uma inclinação pélvica que a fez parar de respirar. 
— Apenas pensando... Coisas divertidas. 
— Se é o divertimento que quer, veio ao lugar certo. 
— Ah, então você faz disto um hábito? Dorme com as suas alunas? Uma porção esculpida nas barras, hein? Por que ela ainda pergunta? Ela não queria saber. Não importava. Certo? 
Certo? 
Ele parou, colocou o seu direito queixo sobre o ombro.
— Faria alguma diferença se eu fizesse? 
— Não. 
Mentirosa. 
— Não, não é um hábito. Eu não durmo com minhas alunas. Não as esculpo nas barras. 
Ela segurou o suspiro de alívio e sentiu vergonha até mesmo para fazer uma pergunta tão estúpida. Chantal não ficaria muito feliz com ela. "Não pergunte quando você não quer saber", frequentemente falava. 
— Eu sou um cara muito responsável - Archer continuou as mãos alternando entre duro e macio. — É sobre a pílula, por acaso? Tenho preservativos na casa se for o caso. 
— Melhor do que a pílula, eu estou com um implante. 
— Eu mal posso esperar que os caras consigam esse material para nós. Nós sempre viremos por último. Ou, em primeiro lugar, mas não no meu caso. Ele piscou. 
— Sim, ela respondeu com uma careta - ai, ai. — Vocês rapazes têm que ser duros. Ao contrário de nós, com períodos e partos. 
Ele congelou por trás dela, parecia magoado por uma fração de segundo antes que o brilho em seus olhos provocante retornasse. 
— Ria tudo que você quer, mas é difícil ser um cara. Especialmente com um corpo como o meu. - Ele suspirou teatralmente. 
— Você não é um homem muito humilde, não é? 
Depois de uma rápida resfolegada, Archer deixou as mãos percorrerem abaixo dos braços dela, os ombros, os lados e os quadris. Uma onda de excitação seguiu a esteira de seus dedos. 
— Eu sou deslumbrante, querida. As mulheres gostam de mim.
— Tenho certeza que todas elas gostam, - ela rebateu enquanto tentava parecer indiferente. Por que a noção de sexo com outras mulheres a perturbava tanto? O sexo era apenas um divertido bônus, certo? O que importa se ele dormia com uma centena de mulheres de uma vez? Ele não era o seu namorado ou qualquer coisa. Ele não era dela. 
— Eu não tive reclamações sobre minhas técnicas até agora.
— De suas outras alunas, você quer dizer? - Por que diabos ela estava estragando o momento? 
Ele ficou em silêncio por um tempo, olhando para ela no espelho. 
— Não comece a esquentar a cabeça, mas eu nunca fiz isso. Ter sexo com uma aluna quer dizer. 
Tão envergonhada como estava, Joan sentiu um pouco de alívio saber que ele não atacava tudo o que entrava em seu estúdio. Chantal rapidamente se referia a ela como imperfeição ou padrão por sua vez. 
— Você é um homem livre. 
— E multifacetado. Falando de competências, ficará deste modo por um bocado, ok? 
E ela fez.
Chantal terá minha cabeça. 
Archer correu até a porta, trancando-a e apagou dois dos três interruptores de modo que somente as finas faixas dos tubos de luzes no teto permaneceram acesas. A luz âmbar deu a tudo um acabamento rico e polido. Sem olhar, ele apertou um botão do CD player.
Ela tinha esperado uma cardio-dança, a batida Techno, ou até Jazz para a ocasião. Então, ela não poderia evitar o resfolegar de riso quando o som de um violino encheu o estúdio. Clássico nunca soou tão decadente. 
— Não esperava isso, hein? - Ele tomou o seu lugar atrás dela, o torto sorriso apenas implorando para ser beijado. — Onde eu estava? Oh, isso é certo. Aqui. 
Suas mãos pousaram leves traçando seus quadris, depois a sua cintura, em seguida, deslizou para baixo até que ele envolveu a bunda dela com as duas palmas quentes. 
— Muito - muito bom. 
— Você não é ruim também, ela respondeu com um cínico sorriso. Ela não tinha vontade de sorrir, mas tinha sido sempre sua primeira linha de defesa. Ela não estava muito certa contra o que ela estava tentando se defender agora. 
Insanidade, mulher, era aquilo. Você está fazendo com o seu treinador pessoal que você conheceu somente duas horas atrás. 
Chantal pediria sua cabeça. Porque, é claro, Joan derramaria cada detalhe chocante. Ela não seria capaz de sentar-se sobre este e não mexer! E Chantal, ela podia sentir uma marcação oscilando a uma milha de distância. 
Archer assentiu. 
— Eu sei. Mas obrigado assim mesmo.
Eles compartilharam um sorriso rápido. 
— Eles dizem que os homens pensam em sexo várias vezes por hora - disse Archer enquanto ele levantava a bunda dela para que ele pudesse pressionar-se contra ela, flexionando as longas mãos para um alargamento garantido. 
— Você está aqui há duas.
— As mulheres também pensam em sexo frequentemente. 
Seu sorriso parecia voraz dando à luz âmbar difusa e um conjunto de sombra abaixo de sua franja.
— A natureza trabalha de maneira maravilhosa. 
Joan fechou os olhos quando o violino arrastou uma nota melancólica. Ela não era grande coisa em clássico, mas com um homem, como Archer pressionado atrás dela e uma barra de Pole mantendo-a lá, de repente, o violino dava bastante um caráter perverso! 
— Então você está pensando sobre o sexo desde que cheguei aqui? - Nem se ocupou em elogios ou qualquer outra coisa. 
— Assim como você. 
— Verdade. Ela estava admirando a bunda dele sem parar desde que entrou no estúdio. 
— Embora seja mais do que sexo o que venho pensando.
— Oh? 
— Qualquer um pode ter sexo. A parte A na parte B. Isso é muito fácil. O que eu amo é torná-lo uma performance. 
— Performance? 
— Exatamente. Você começa com um olhar... - Ele parou, apertou–lhe a bunda, enquanto ele ficou olhando firme para ela no espelho. 
A intensidade do seu olhar impressionava realmente, uma coisa física, uma pena roçando até a perna, um sopro suave soprando em sua nuca. Era fascinante. Enquanto ele continuava olhando para ela, suas mãos viajaram mais baixos para as coxas, em seguida, de volta ao redor de sua cintura, uma delas circulando seu baixo ventre. Ele tinha longas mãos. O calor da sua mão provocou um tremor profundo no seu intestino. Ele deve ter sentido isso, porque ele assentiu.
— Isso é o que você tem que fazer quando você atua. Envolver todos os seus sentidos, exceto toque - Archer piscou  — Se eles tocarem, eu vou quebrar seus braços.
A risada Joan morreu na garganta quando Archer ficou atrás dela, circulou a barra para encará-la enquanto ela observava seu físico glorioso no espelho. Seus ombros volumosos quando ele chegou até o cós, enfiou os polegares por dentro e rolando os quadris, puxou as calças para baixo em incrementos pequenos. Cada um deixando sua boca cada vez mais seca. 
Primeiro, a cintura, em seguida, o início da sua bunda bonita e - oops! Lá está ele - uma pequena parada antes de ele abaixar as calças e cuecas sobre o melhor conjunto de nádegas que já tinha visto num homem, as suas coxas se contraindo com relaxada força e fluidez, finalmente deixando-as cair em torno de seus tornozelos. Ele as chutou para fora, esticado e torceu o tronco para que ele pudesse verificar-se. 
— Bom, não é? 
Desta vez, Joan riu sem reservas. 
— Você é uma provocação! 
Um sorriso perverso substituiu a expressão pensativa, enquanto estudava o seu próprio traseiro. 
— Você não tem ideia.
Ele se ajoelhou na frente dela e Joan jurou ter visto um vislumbre de seu pacote pendurado entre suas delirantes, arrebatadoras coxas, apesar da luz fraca e ao fato de que estava tão animada que poderia ter fracamente desmaiado no chão. Ao contrário das mulheres, que tendem a ajoelharem–se com as pernas juntas, Archer o fez com os joelhos na largura dos ombros, criando uma espécie de atlética, forma de ampulheta. 
— Ei, eu não consigo sentir minhas mãos mais - ela brincou, tentando reprimir um riso nervoso. 
— Eu vou fazer valer o desconforto. 
Ela não tinha dúvida de que ele faria. 
Antes que ela soubesse o que ele estava fazendo, ele puxou o cordão de sua calça de ioga. 
— É muito melhor quando eu posso tocar a pele. 
"Toque tudo que você quer, neném" é o que queria dizer. Tinha que ser legal, certo? O que saiu foi "hum". 
— Você não quer? - Archer perguntou, olhando para seu rosto. Seus olhos tinham aumentado sérios. O sorriso se fora. 
— Claro que eu quero! Você me pegou de surpresa. Recomece. 
O sorriso travesso voltou com força total desta vez acompanhado por um baixo resmungo em seu peito enquanto ele habilmente escorregou a mão passando na cintura para facilitar a descida das calças dos seus quadris. Joan curvou um depois do outro. Logo ele abaixou suas calças no chão e tirou fora cada pé. No espelho sua tanga preta sem costura criou um contraste afiado contra sua pele.
— Boa marca. Confortável, mas sexy.
Ela o cutucou alegremente no ombro com seu joelho. Ele apenas sorriu mais ainda. 
Então lá estava ela, pendurada na barra de Pole num estúdio de fitness com um estranho lindo com apenas seu top e uma tanga, enquanto ele ajoelhava-se nu na frente dela... 
Chantal comerá meu coração! 
— Lembre-se da parte da coreografia em que você segura à barra com uma mão, agachando rapidamente e saltando para trás? 
Joan assentiu. Lembrava-se perfeitamente. Ela teria que fazer isto seminua na frente de muitas pessoas que estariam lá na noite em que faria seu teste. Tinham dito que as noites das amadoras no Explosivo eram sempre lotadas. Grande! 
— Olhe para mim e faça isto. 
— Agora você é o único que dá as ordens.
— Eu sou o seu treinador, certo? 
Sim, bem, pufft! 
Lentamente, ela baixou as mãos que começavam a arder quando a circulação de sangue retomou com uma vingança. Quando ela confiou em seu aperto novamente, agarrou a barra na altura da cintura assim como ele tinha mostrado mais cedo, e ampliando seus pés, agachou-se tão rápido quanto pôde; se recuperou realmente, e saltou de volta. Ela nunca deixou seu olhar no espelho. Bem, exceto para uma espiada no seu pênis. Isto apontava diretamente para ela. O que imagina que uma garota deveria fazer?
Após algumas respirações rápidas, Archer mordeu o lábio inferior. 
— Você não tem ideia de quão bom é ser um homem. Isso é poder. Isso é uma arma. Faça isso novamente e desta vez, olhe para si mesma. 
Desajeitada não começaria a descrever como Joan sentia quando ela repetiu o movimento, desta vez olhando no espelho. 
Não sorria; você grande boba! 
Archer sacudiu a cabeça. 
— Isso foi ruim. Você está se divertindo, não provocando.
Ele se levantou e veio por trás dela. Seu membro balançava sedutoramente. 
— Aquela mulher no espelho não é Joan Blair. Ela está com uma diabinha no seu ombro, você sabe? Ela diz para dar um bom pontapé na máquina de vendas por não lhe dar a sua barra de chocolate, é a única sussurrando coisas sujas em seu ouvido quando você tenta um homem, apesar do fato de que ele tem uma aliança na mão. Archer parou, aproximou-se dela e posicionou a ponta dos dedos médios em cada "r" do Sem Dor, Sem Lucro do top dela. 
— Ela é a pessoa que comprou esse top e que me deixa fazer isto. 
Joan gemeu descaradamente quando ele rodava seus mamilos, endurecendo-os, tornando-os retesados e macios. 
— Agora, faça isto novamente, mas desta vez, deixe seu pequeno demônio sair e brincar com o meu. 
Em sua vida, Joan sentiu como se tivesse apenas tido uma epifania. Ela sabia tudo sobre aquela diabinha pousada no seu ombro, só que ela nunca tinha a ouvido antes, preferindo deixá-la falar de uma tempestade e ainda assim não ouvir as tentações e impulsos. Exigia para que tentasse os homens com alianças. Não que ela faria qualquer coisa com um homem casado, mas apenas o pensamento de olhar para algo proibido, de imaginar o apressado, intenso, sexo ilícito arruinou mais de um conjunto de calcinha. 
Deixar o pequeno demônio sair e brincar? 
Por que não, diabos?
Joan segurou a barra com uma só mão, olhou para ela, não dando espaço para se mexer e tempo para covardia de algo que poderia ser muito embaraçoso ou um fracasso total. Com toda a intensidade, maldosamente, e a diabinha que poderia colocá-la nisto, ela liberou seus joelhos, saltou contra seus saltos e rebateu a pé. O efeito foi imediato. 
Ela apenas olhou para si mesma como se ela fosse alguém, vendo alguém, querendo, ansiando por um gosto que ela negaria. Cortejando-a. Isto era uma total iniciação!
 E deve ter sido para Archer, bem enquanto prendia em seus quadris, girava em torno dela contra a barra e empurrou suas costas contra esta. Os olhos apertados, a boca radiante, que ele posou na dela. 
Ela recebeu seu primeiro beijo com um suspiro pela intensidade que roubou o fôlego. Ele realmente fez! Nenhum homem jamais pareceu tão desesperado para acabar com a boca dela. Como se ela tivesse sido negada a ele por anos. Ela tinha acabado de conhecê-lo!
Sua língua, por vezes feroz e exigente, os lábios e os dentes ainda mais, Archer acentuou a pressão, até que a boca de Joan latejava então ele aumentava a suavidade, traçando seu queixo, bochechas, e dizia coisas que ela não conseguia entender. Mãos feitas para segurar sua bunda e enfiar-se dentro. Joan respondeu com categoria, mordendo-o, lambendo sua garganta, fazendo uma grande bagunça de seus magníficos cabelos negros, enquanto arqueava as costas, empunhadas, golpes, ao mesmo tempo mantendo a pelve inclinada para frente para receber mais de sua frente sólida. Quente e dura rocha, seu pau pressionado para baixo ao longo de sua barriga. 
Ele a beijou, caminho abaixo, provocou os mamilos através do top, mordendo o tecido, mas não a pele por baixo e puxou para que pudesse deixá-lo pular de volta contra ela, e quando se aproximou de sua tanga, beliscou a frente, puxando-a para baixo a poucos centímetros. Joan recuou e deslizou um polegar para ajudar Archer, mas ele balançou a cabeça. 
— Você está roubando metade da diversão, Joan. Mantenha as suas mãos em mim.  
Com um sorriso, ela sabia que devia ser bobo, ela não quis confirmar a sua suspeita e não olhou o espelho, Joan voltou para o seu cabelo. Apenas glorioso! E muito disso! 
Depois de alguns puxões bastante imaginativos, Archer conseguiu descer sua tanga até em torno dos joelhos, que ela retorceu dentro, de modo a deixar a roupa cair livremente para o chão. Ele jogou a peça para trás. 
— Joan, - ele murmurou contra sua barriga — Você é apenas... Cara, você está quente. 
— Mmm, obrigado. 
Ele ajoelhou-se novamente. 
— Abra suas pernas bem afastadas, em seguida, desça ao longo da barra. 
A rebelde nela exigia que ele refreasse o tom de comando, mas o pequeno diabinho chutou a bunda do outro e lhe disse para calar a boca! 
Enquanto ela ainda estava com as costas contra a barra, Archer chegou entre as pernas, agarrou estas com as duas mãos e ofereceu apoio enquanto ela abaixava-se, quase sentando nos tendões de seu antebraço. Mostrando força impressionante, ele ampliou seus braços para que ele pudesse se aproximar dela, efetivamente espalhando suas coxas ainda mais. 
— É apenas egoísta da minha parte, mas eu tenho que sentir um pouco de seu sabor. 
Ele começou a beijar seu sexo como fazia com a boca.  Sons molhados podiam ser ouvidos entre passagens mais altas da música. A febre se espalhou para a barriga e as pernas. Joan segurou as barras acima de sua cabeça, músculos gritando por alívio, um alívio que ela não podia dar. Se ele parasse, ela ficaria louca! 
— Gire seus quadris - disse ele contra a parte interna da coxa — Gire. 
Ela fez, girou sua pélvis contra seu rosto, enquanto ele lambeu a vulva em longas passadas sem pressa. 
— Endureça, torne isto grande. Sim, assim. Use os abdominais. 
O formigamento começou na base da coluna, cresceu abrangendo todas as suas costas e os ombros, os braços apertados, assim como as pernas e pés. Mas o giro que ela fez! Ela jogou uma olhada rápida no espelho e curvou seu lábio superior. Quase procurando olhar para outras pessoas fazendo sexo. Que confusão! 
Ela sempre conseguia o orgasmo com seus amantes, através de suas habilidades ou dela própria, dos dedos deles ou dela, com seus paus ou seus companheiros de acrílico, e ela sabia bem os sinais. Eles normalmente começavam com um formigamento na base da sua coluna vertebral, tal como tinha acontecido, então ela tinha que se esforçar duramente para não perdê-lo, manter o fogo alimentado, a cadência, a pressão. Após o formigar viria o calor em sua pele, em seus músculos, seu intestino. Sua vagina se contrairia, as coxas também. Então ela deslizava. Isso é o que ela dizia. Um deslize. Uma descida inexorável em um turbilhão de cores e sensações que não haveria nada de importante, exceto vir, para chegar ao clímax muito importante que curava todos os males do mundo e tornava–a uma deusa para ser adorada e fodida, e como uma mão que alimentava com uvas. 
Caramba, caramba, mulher! Aqui vai! 
Mas não com Archer. 
Ela passou de formigamento quente para gritar como a banshee
— Se você parar, te mato - clímax, o tipo onde a sanidade é um conceito curioso estranho, melhor relegados para momentos em que a temperatura do seu corpo não chegasse a picos de delírio, sua mente abrindo um abismo profundo. Ela estava totalmente, completamente louca!  A língua dele provou ser um magnífico acompanhante para o clímax mais aguçado que nunca registrara em sua escala. Ela não viria. Ela explodiria. 
Enquanto ela ainda rodava em um turbilhão de euforia - sensação de que depois de alguns copos de vinho, o complexo super-herói, a atitude "saia da minha frente! uma espécie de euforia - Archer baixou os braços e ficou entre as pernas. Ele agarrou com a direita a barra atrás do seu pescoço, inclinou seu quadril para frente e, literalmente, mergulhou nela com o seu pau. Ele deslizou, para que a vara gloriosa, longa, lisa e tão quente, com facilidade e prática, que deixaram Joan à beira de outro mergulho brutal em clímax presente. 
— Ohhh! Fode! Sim!
— Isto sou eu? Santo... 
Ele tinha o lábio inferior dobrado duro - ela podia ver, apesar dos mini-sóis explodindo em sua visão, os dentes escavando fundo e parando o fluxo sanguíneo. Os músculos peitorais volumosos enquanto rodeava sua cintura com o outro braço e rodeou-a na barra superior. A pele na parte inferior das costas guinchou em protesto. Quem se importava?! 
— Mmm. O som retumbou em seu peito enquanto ele vibrava debaixo dela. 
— Mmm! Cara. Joan. Você é. Incrí... vel. Ah - Ele pontuava cada palavra com um vigoroso disparo. 
Seus abdominais ardiam como se o ácido tivesse sido derramado sobre ela. Ela ofereceria uma maldição? Faria mais devagar? Inferno, não! Usando todos os fragmentos de músculo que conseguiu juntar, Joan segurou a barra acima de sua cabeça, ignorando como dolorosamente cavava entre as omoplatas, e envolveu as pernas em torno de seus quadris enquanto ele bateu fora, pendurado por uma mão, nunca deixando sua outra  afrouxar em torno de sua cintura. 
— Dê isto para mim - ela rosnou, lutando contra o impulso de rir. Dar isto para mim? 
Um brilho perverso nos olhos dele a fez segurar ainda mais apertado. 
— Oh, não é bom o suficiente, não? Que tal isso?
Em vez de uma ação de pistão, Archer começou a se mover como um pião louco faria, girando e girando, mas nunca no mesmo lugar, forçando-a em mais um ponto contra a barra, destacando sua parte inferior das costas dele ainda mantendo suspensa contra ele. 
— Está melhor? - Ele rosnou antes de se afogar sua resposta com um beijo profundo e inflexível. 
Ela tinha estado a ponto de dizer: "Oh, neném"!
Gire isto! 
Sem um ponto de vergonha, Joan deixou-o ouvir isto. Sim, caramba, ele era bom, e lindo e o mais provocante. Mas a coisa era... Que ele poderia se entregar também. 
Archer, sim, simmm. Ahhhh. 
Ela está chegando! Porra! 
O suor agora os ligava, proporcionando sua pegada no tubo de metal escorregadio e perigoso.  Isto devia ter sido demais para ele que fugiu várias vezes enquanto empurrava cada vez mais duro nela. Ele parecia estar perto do orgasmo pelo o rosto apertado, a respiração acelerada. Ele resmungou o nome dela através de seus dentes. 
Joan pensou ter ouvido algo.
O que foi? A campainha? 
Sim, a campainha tocou em algum lugar, seguido por uma voz feminina anunciando: — Esse italiano deixou um zumbido no meu radar neste momento! Ele está tãoooo arrasado!
E quando a porta abriu inesperadamente - ele não trancara a maldita? - E as luzes ligadas completamente, tanto Archer e ela foram caindo da barra e bateram com estrondo na esteira num emaranhado de pernas. 
Três vozes levantaram-se simultâneas no estúdio. 
Joan afastou-se de Archer. 
— Arghhhhhhh!

 
Archer perfurou o colchão. Arghhhhhhh!
Uma mulher de cabelos escuros - o epítome de meninas gênio da computação do mundo atual, até o torto rabo de cavalo e óculos estilo Funky invertido - alguma coisa caindo no chão e escondendo os olhos com ambas as mãos. Arghhhhhhh! 


















Capítulo Quatro
  
— Como diabos eu ia saber que... Que... Que estavam ocupados? - Mel assobiou baixinho. A mensagem dura para ninguém. — Você não estava em casa, mas o carro está em sua garagem. E já é tarde, você nunca deu aulas tarde - Mantendo o olhar enviesado, ela se curvou, tateando em torno do assoalho seu aparelho e o pegou. 
— Você não tenta escutar antes de arrombar as casas das pessoas? - Archer exigiu, lutando com suas calças. Pescou a cueca boxer de dentro, jogou-a embolada no estúdio, em seguida, enfiou uma perna para o torcido vestuário. Ele não sabia se deveria esconder a sua bunda de sua amiga ou de sua amante. — Pelo amor de Pete, espere da próxima vez, Mel. 
Ele lançou um rápido olhar sobre Joan que da mesma forma lutava com questões de se vestir, mas que parecia ter um pouco mais de sucesso do que ele. Ela se levantou tanga, calças e sandálias de volta, e cruzou os braços, enquanto olhava Mel com uma mistura de perplexidade, de diversão e uma pitada de exasperação. Um brilho saudável liberava de seu rosto. Ele poderia ver isso claramente desde que as malditas luzes estavam LIGADAS! 

Obrigado, Mel. 
— Desculpe - Mel ofereceu um sorriso torto. Ela acenou para Joan, encolheu os ombros timidamente  — Olá. Sou Mélanie Girard, uma vez que Archer é demasiado rude para apresentar-nos. Chame-me de Mel. 
Para sua surpresa, Joan sorriu e acenou com a cabeça.
— Oi, Mel. Você se parece comigo, você tem o dom do grande momento.
Elas compartilharam uma risada. 
Algo estalou num lugar em seu coração e Archer não tinha idéia do quê. Só que ele se sentiu bem. Como um urso de pelúcia. Ou um boquete muito bom. 
— Oooh, er, eu sou uma amiga, Mel foi rápida em acrescentar. — Não amiga você sabe, apenas, como uma boa amiga. 
— E eu sou... - Joan parou uma sobrancelha loira arqueada para ele. — Uma aluna, eu acho. 
— Oh, você é a policial que Archer tem que treinar... - Mel parou abruptamente quando Archer estreitou os olhos para ela. 
— Oops? 
Um impasse mexicano! 
Joan franziu a testa para ele. 
Ele franziu a testa para Mel. 
Mel era... Exclusivamente Mel. Parecendo confusa, pronta para rebentar de rir e usando os sapatos errados para sua roupa. Tênis rosa, mesmo de uma marca de primeira linha, como Diesel, não combinaria com uma saia jeans preta assimétrica. Eita mulher!
— Tudo bem, damas, vocês duas apenas são amigas. Eu vou colocar um avental e cozinhar alguma coisa.
Mel parecia exultante. 
— Sério? 
— NÃO! 
Joan pigarreou - e parecia suspeita como se tivesse cobrindo apenas uma risada - e avançou em direção à porta. 
— Bem, eu acho que eu devo ir. Quando quer que volte amanhã?
— Sim, Archer, quando você quer que ela volte? - Mel ecoou acima de seus óculos de aro.
Ele apenas evitou olhar para qualquer uma das mulheres. Ele ouviu os roncos e pffts. Devem ter sido separadas no nascimento, essas duas. Como não poderia ter visto isso antes? Apesar de fisicamente não se parecerem nada. Joan era completamente a loira atlética desastrada enquanto Mel era uma petite nerd com muito cabelo. Ele nunca tinha visto sua amiga parecer tão jovial em interrompê-lo. Ela geralmente o fazia se sentir uma merda. O que ela estava fazendo, chegou a pensar nisso. Só que não da forma usual. Ele suspirou. 
— Na parte da manhã. Sete e meia soa bem?
— Perfeito. Vejo você, então, respondeu Constable Blair. — Prazer em conhecê-la, Mel. 
E então ela se foi.
Ele ouviu do motor de seu carro ecoando para vida antes que o som diminuísse para uma sensação agradável em suas bolas. 
Ele ainda não tinha chegado.
— Maldita, Mel. 
Ela olhou para sua mais cara posse - seu PDA - e apenas deu de ombros.
— Eu já disse 'desculpe'. Mas localizei algo que acho que você vai querer ver. Eu não poderia evitar.
— Você estava tagarelando sobre algo quando caiu na minha festa. O que foi mais uma vez?  
— Adriano. Eu acho que diminuiu os parâmetros de busca.
— Parâmetros de busca? 
Ela parecia soar como Data novamente, a sua "Mais Favorita Personagem". Archer havia desperdiçado uma grande quantidade de saliva ao longo dos anos tentando lembrá-la: "Senhor Data" foi um personagem fictício de um programa de televisão perdido, e que representava um andróide. Não é uma pessoa por alguma extensão da imaginação. Não um ser considerado sexy de uma forma meio sinteticamente perfeita. BRR. Isso geralmente era quando ela puxava uma piada cientista de foguetes sobre ele e debate sobre algo metafísico e vida artificial e um monte de outras coisas que ele nunca compreendeu porque ele estava ocupado revirando os olhos. 
— Descobriu onde ele mora?
O sorriso evaporou.
 — Não. Eu disse que dim... 
— Sim, sim. Então você não tem nada de novo. Você interrompeu algo muito, muito bom para, assim, nada. Basicamente. 
— Eu tenho algo novo, ela respondeu, acenando sua Bolsa Viva, como ela chamava isto. — Ele enviou esta mensagem de Roma. Essa é a terceira mensagem que ele envia de lá. Isso significa que é ou perto de onde ele vive ou de um lugar que ele frequenta muito.
— Ou isso significa que você precisa de uma vida - Archer rebateu. — E parar de cutucar o meu patrão. Eu não quero que ele me expulse da agência.
Mel sorriu largo.
 — Ah, sim, a Agência. Ligue-nos. Nós, na Gentlemen Inc., ansiosos para suprir todas as suas necessidades. Pfft!
— Ha - Ha. 
— Isto é apenas engraçado. Esse cartão de visita dá vontade de rir quando vejo.
Como parte de seu pacote de "boas vindas", Adriano mandou para Archer um monte de cartões de visita para deixar a cada senhora que estava encarregado de ajudar. Cada uma tinha levado o cartão como se tivesse acabado de dar–lhes uma barra de ouro. Ele tentou imaginar-se dando um dos cartões de ouro para Joan e com a visão despedaçada. 
Foda-se. 
— O quê? 
— Nada. 
— Não. O quê? E não diga nada para mim. Eu vi você vomitar. Eu conheço você de dentro para fora. 
— Aquele jogo de palavras que até gênios ririam? 
Mel balançou a cabeça. 
— O que há de errado? Descobri onde Adriano poderia viver. Isso é bom, não?
— Eu não me importo onde ele mora. Contanto que ele me pague pelos meus serviços...  
Serviços. Parecia tão eficiente. 
Porque isto era assim e ponto final. 
Era tudo sobre o negócio. Do ponto de vista do Adriano e da polícia de Montreal. Ambos pagavam a ele para fazer um trabalho. 
Mas, novamente, isto realmente não fez diferença. Não era como se ele devesse a Joan e queria não ter nada a ver com seu trabalho uma vez que fosse feito. Ele gostava de seu corpo, é verdade, mas era uma policial e ele... Bem, não era. Além disso, sua maneira de não declarar a receita colocava-o na mesma cesta com outros bandidos. Policiais não sairiam com bandidos. E com mentirosos. Archer sacudiu a cabeça. Por que ele mentira sobre seu envolvimento com outras alunas? Que diferença faz se ele fodesse todo mundo que chegasse à porta? Ele era um adulto, solteiro, disposto e oh, tão capaz. 
Por que isso o fez querer esfregar-se com detergente de pinho e uma escova de aço? 
Sua melhor amiga deveria ter apanhado a sua corrente de pensamento, mesmo que ele não estivesse muito certo o que implicava, ainda estava tremendo de seu encontro com Joan, e fez uma careta. 
— Você gosta dela. 
— Joan?
— Não. A rainha da Inglaterra! Sim Joan. Você gosta de Joan.
— Sim, sim. Isso não muda nada. Ela irá embora, em poucos dias.  
— Não se vocês dois começarem a namorar. 
— Namorar uma policial? Eu? - Archer aspirou. 
— Bem, você gosta dela, então por que não namora uma policial? 
Ele balançou a cabeça. 
— Hipoteticamente falando, se você começar, digamos, namorando uma policial, que você diria a ela? Quero dizer, sobre Adriano e o resto?- Ela esfregou o dedo indicador e o polegar juntando-os para indicar a causa do dinheiro.
— Hipoteticamente falando, eu diria a uma policial que estou sendo pago por debaixo da mesa por um misterioso cara italiano? Ela está com o esquadrão da moralidade se ela vai atrás deste porco que traz as crianças para o Canadá para serem escravas do sexo, então ela basicamente prende as pessoas de minha esfera social.  
— Talvez ela não... - Mel não soava, nem parecia convencida. 
— Sim, com certeza, eu vou lhe dizer o que meu estilo de vida inclui, mas isto não limita a fraude fiscal, formação de dançarinas exóticas; pessoas que prende numa base diária, lembre-se - e sendo um acompanhante secreto que tem relações sexuais com suas clientes? Tenho certeza que ela vai entender. Você é louca? Não!
— Você é a rainha do drama - Mel revirou os olhos. Ela escorregou o PDA no bolso da saia, agora abaulado com o telefone celular, de um lado e a peça fina e o hardware caro no outro. Quando aquela a mulher conseguiria uma bolsa? — Então você gosta dela. Qual é o problema?
— Não é que esteja admitindo nada demais em relação a Joan, mas lembro do que aconteceu da última vez eu "gostei" de uma mulher?  
— Isso foi há quase dois anos, Archer - Mel disse suavemente, atravessando o seu estúdio para acariciar seu cotovelo. — Você tem que deixar isso passar. Isto apenas fere, porque você não deixa ir.  
— Eu queria ser pai. 
Ôoa. 
Aquilo saíra de repente. Ele jamais falara sobre isso tão abertamente e facilmente. Um filme cheio de energia e de algumas bebidas era geralmente necessário para soltá-lo primeiro. Ele engoliu em seco, cruzou os braços e tomou um grande fôlego. Archer pensou que pela primeira vez, talvez ele devesse ter mantido o seu pinto em suas calças em vez de ficar todo enrolado em seus dois pés. Ou, melhor ainda. Manter-se enroscado com uma dama policial ardente, mas que quebrava tudo, assim como ela fazia o trabalho. O pensamento de não vê-la outra vez irritou-o por algum motivo estranho. Rapaz, que porra de mentalidade. Ele estava perdendo o limite. 
Fresco riacho de montanha, fresco riacho da montanha. 
Fodido riacho fresco da montanha. Intensa, avalanche destrutiva rolando montanha abaixo do caralho. 
Mel baixou o olhar. 
— Eu sei. 

* * * * * 
— E então o que aconteceu? - Chantal perguntou, piscando os olhos sobre a xícara de café colorido. Daffy Duck olhou Joan através da extensão de suas mesas. Ela também queria saber o que acontecera no estúdio de Archer. 
— Sua amiga chegou. 
Chantal adulou. 
— Ah! Você precisou magoá-la? - Ela fez com a mão movimento rápido, dirigindo-se até o abajur. 
— Não é sua namorada, sua amiga, mulher amiga. E não, eu não tinha que fazer. Ela era engraçada. O olhar no rosto dele! Joan girou em sua cadeira, que fez o seu Austin Power parecer, Duplamente Surpreso - então inclinou os cotovelos sobre a mesa. Poeira flutuando por baixo detrás da tela do computador de Chantal. — Ele ficou chateado. 
— Bem, se o cara nem sequer teve tempo para go...
— Entãooo - uma voz rouca masculina interrompeu Chantal e fazendo sentar-se reto. — Policial Blair, como foi a primeira aula ontem? 
Joan virou-se para o sargento-detetive Luc Sauvageau, um policial enorme, mas terno e desajeitado, uma vez que recebera uma bala no lugar de um cão. Ou então assim lhe contaram. 
— Foi ótima. Meu treinador é o melhor. Muito flexível.
Por trás das costas de Sauvageau, Chantal lambeu o lábio superior e piscou. 
— Bom. Eu vou com você amanhã. Este vai ser o seu terceiro dia, você deve ter algo para mostrar por isto e eu preciso informá-lo sobre o sábado.
— Você não irá para ver me treinando, não é? 
O sargento-detetive estremeceu. 
— Seria como ver a minha filha. Brr. Não, eu só vou entrar antes de vocês começarem, falar juntamente com vocês dois, então eu vou deixá-la na agitação e ralação. Ele curvou o dedo na escrivaninha da oficial tenente, no canto, ainda vazia. — Serei breve com ela, quando eu voltar. Ela não está muito entusiasmada em deixar um civil lá com você.  
Os três estavam sozinhos no escritório.  O marido de Chantal, um motorista de ônibus não com antiguidade suficiente e precisava trabalhar no "movimento louco", tinha deixado-a antes, enquanto Sauvageau sempre vinha antes de qualquer outra pessoa para que ele pudesse jogar Paciência em seu computador. Sua esposa não queria um computador em casa. 
— Não tínhamos escolha Sarge, você sabe disso. Eles não iam deixar um agente entrar. Vocês todos parecem policiais.  
Sauvageau sorriu. 
— Eu pareço um policial? Ele esfregou o polegar e o dedo médio para baixo do espesso bigode castanho. Ainda assim não é um procedimento comum. Ela só deixou isto seguir adiante porque é de Laramée que estamos atrás. O olhar amigável evaporou-se e uma profunda carranca o substituiu. — Eu nunca pensei que teria uma boa coisa a dizer sobre a INTERPOL, mas estou feliz porque eles nos mantiveram no domínio. Esse babaca! Quando eu puser minhas mãos sobre ele... Ele fez um movimento de flexão com sua pata de urso, como se estivesse levantando um melão e espremendo como se tirasse o suco. 
— Isto vai doer - Chantal observou; seu sotaque francês apenas ligeiramente mais grosso do que Sauvageau. — Eu vou segurá-lo enquanto você apresenta a agenda, ok? 
Eles compartilharam um sorriso. 
Joan consultou o relógio, encolheu–se e empurrou-se da mesa. Em vez disso, ela calculou mal e mandou o mata–borrão de sua mesa flutuando em toda a superfície, efetivamente espalhando todos os blocos de notas amarelo e vários pedaços num amplo arco. 
— Calma, Murphy, ou você vai causar uma catástrofe, - disse Sauvageau quando ele se inclinou para recuperar um dos pedaços de papel. Ele colocou-os de volta em sua mesa.
Chantal, que conhecia a inabilidade de Joan melhor do que ninguém, casualmente parou o mata-borrão quando este pressionou contra seu teclado. 
— São quase seis e meia. 
Joan se levantou, ela ajeitou suas calças em torno das coxas. Ela usava bermuda ciclista por baixo, a coisa mais próxima que ela possuía como "calças quentes". Eles continuaram andando. — Eu tenho que ir.  Começamos às sete e meia.
Chantal fez um ruído de batidas e prendeu seu o pulso. 
— Escrava dirigida. Mantenha-me informada. Detalhes, Joan. Não esqueça os detalhes.
— O quê? - Sauvageau solicitou através de um sorriso.
— Ele é bonito?
Joan sentiu-se corar com uma beterraba vermelha.
— Sim, mas ele é bastante classudo para mim. Você deveria ver a sua casa. É em Westmount.  
Ambos Chantal e o sargento–detetive trocaram um olhar enojado.
— Les maudits anglais.
— Bah, não perca seu tempo, ele é provavelmente um homossexual -Sauvageau colocou antes de ir embora. 
Ambas, Chantal e Joan sorriram abertamente. 
O sorriso da sua parceira de forma abrupta virou de cabeça para baixo. 
— Ou ele é um vagabundo.
Calor espalhou para fora do colarinho de Joan. 
— Não o chame disso. 
As sobrancelhas de Chantal não poderiam ter ficado mais elevadas. 
— Não seja uma tola, Murphy. Você não pode comprometer-se com um cara como ele. Eu sou a favor da diversão, mas espero que você perceba que ele provavelmente poliniza metade das flores do prefeito, se você sabe o que quero dizer...
— E eu acho que sim, ambos disseram em uníssono. 
Joan sorriu em falso.
— Eu sei: Fique longe dos tipos Casanova. É que apenas gosto de estar ao redor dele, você sabe. Ele é espirituoso à sua maneira.
— Você gosta de ficar perto dele, eh? Você conheceu... Chantal parou, verificou o relógio. — Oh, o quê? Durante várias horas?
O que havia para responder a isso? Ainda assim, ela gostava de estar em torno de Archer e era assim e ponto final. 
— Apenas certifique-se que eu não tenha de ferir algo ou alguém - disse Chantal usando sua voz rouca. 
Joan sabia o que ela queria dizer e aceitou isto. 
— Sim, eu vou ter cuidado com ele. 

Saindo do vestiário da delegacia, o pânico tomou conta de Joan. E se acontecesse algo entre os dois novamente? E se nada acontecesse? 
De certa forma, ela esperava nada acontecesse, porque significava que ele estava acima dela, o que era bom, enquanto ela tinha um ladrão para pegar e desenvolver predileção por seu instrutor de fitness poderia ficar no caminho. Especialmente porque ele teria de vê-la fazer suas "coisas" no clube no sábado. Se ela se apaixonasse por ele, mesmo um pouco, isto ia complicar as coisas. Era melhor assim. Distanciamento profissional. Chantal estava certa. Ela só o conhecia por uma questão de horas e não poderia se apegar a um homem como ele, quente demais para seu próprio bem. Ela gostava de seu corpo, o que era tudo. 
Como você é uma grandessíssima mentirosa! 
Sua metade aflita da cabeça e metade em algum lugar sendo puta do parceiro, Joan correu para a garagem subterrânea, marchou para seu carro prata e pouco depois que ela escorregou no seu volante, bateu a porta muito forte na sua empolgação. 
— Oooh, desculpe-me neném - disse, com umas palmadinhas no painel de instrumentos.
O que deveria levar? Donuts? Ele iria fazer uma piada policial - donut se ela levasse? Ele provavelmente não os comia de qualquer forma com um corpo como o dele. Espumando quase em pânico, Joan não levou nada, além de roupas de passeio e sua garrafa de água, repleta de gelo. Ela provavelmente precisaria tirar seu top dois minutos após o encontro com Archer.  Cara, ela estava muuuito nervosa. 
É de um iceberg inteiro que eu preciso! 
Ela estava saindo da garagem dele às sete e meia em ponto, quando o avistou no quintal, só ali, de costas para ela e vestindo um par de calças de karatê, mas desbotada, cinza médio, e nada mais, além das sandálias de couro. Grandes arbustos de lilás escondiam o canto da casa e quando andou em torno deles, se aproximou da porta de madeira altamente polida do estúdio, Archer deve tê-la ouvido porque se virou. Um sorriso torto puxando sua bochecha. Ele estava fazendo aquela coisa com a boca mais uma vez, mudar o palito invisível de canto a canto com a sua língua. Talvez ele tivesse uma bala de hortelã lá dentro. Era tão sexy! 
— Bom dia! 
— Bom dia. Você está pronto para suar?
Sua risada soou apertada ao extremo. Joan embalou sua garrafa de água, enquanto observava o caminhar passando por ela. O conjunto de sua mandíbula parecia tenso, assim como seus ombros. Ele abriu a porta, segurou-a para ela, em seguida entrou, sacudindo uma sandália fora depois à outra. 
— Boa coisa, eu coloquei lotes de desodorante, - ela brincou para aliviar o clima. — Mas você sabe, eles dizem: "sem resíduos brancos". Quero dizer, como pode uma substância ser de cor branca fixar-se, mas não em você? Se você fingir que colocou algum, com certeza, tem que passar um ou dois. Mas se você vai e voltar sete, oito vezes, como todo mundo faz, então, minha bunda, ficará sem resíduo branco.
Archer inclinou a cabeça para ela. 
— Você passa sete vezes? 
— Você não? 
Ele parecia estar lutando com algo a dizer, mas segurou a boca fechada. Depois de um tempo, ele balançou a cabeça, suspirou. 
— A vida nunca deve ser maçante em torno de você. 
— Você não tem idéia. No trabalho, eles me chamam de calamidade Joan. Ou Murphy. Por causa da Lei de Murphy. 
— Eu me pergunto por que... 
— Ei! 
— Em todo caso, disse Archer, não claramente sem disposição para ser animado por sua personalidade atrevida — Depois que você saiu na noite passada, fui à net e baixei essa música. Acho que vai ser perfeita.
— Isso não é ilegal, baixar músicas? 
Atirando-lhe um olhar sombrio. 
— Tenho certeza que os artistas não se importarão com uma policial dançando meio nua com sua canção se isto colocar um bandido na cadeia. 
Ui. Joan deu de ombros para esconder seu desconforto. 
Ele atravessou o estúdio, voltou-se para o CD player e esperou até que as bandejas tivessem retornado ao lugar. Ao mesmo tempo, uma nostalgia suave encheu a sala com uma batida lenta, que pulsava no intestino de Joan. Uma voz de mulher levantou-se, flutuando com uma peculiar cadência fantasmagórica. Um rasgo de guitarra lamentou e chorou em seguida, enfurecendo a picos irregulares. A última linha do coro Joan deixou com a boca aberta. 
"Dê-me uma razão de ser... err, uma mulher. Eu só quero ser uma mulher..."
Archer olhou para ela enquanto a música tocava e quando terminou, quando o último vestígio baixo da música tinha se afastado, Joan abanou a cabeça maravilhada. 
– Eu não sei quem é, mas eu já ouvi isso antes. 
– É Portishead—, respondeu ele, as narinas dilatadas, os olhos apertados. — É um curto remix do original, eu tenho certeza que é uma cópia ilegal também, e vai ser perfeito para você. - Olhou-a abatido. Seus olhos claros estavam duros e fez Joan sentir-se desconfortável. — Você está pronta?
Ela balançou a cabeça, puxou as calças de algodão para dobrá-los pela metade, enquanto continuava a tentar encontrar o homem da noite anterior. Estava presente o seu gêmeo do mal ou algo assim? 
Enquanto uma seleção de "música de ginástica" tocava, principalmente eletrônica, eles alongaram em silêncio, ele, olhar intenso preso no reflexo dele, ela, olhando para ele, então, para seus pés. Estaria ele louco sobre a noite anterior? Ela não tinha feito nada! Ele tinha sido o único que recebera completamente sexy ardente primeiro. Não que ela fosse reclamar! 
Fora tudo culpa de Mel! 
Então ele deu-lhe o exercício para uma vida. 
Impossíveis trechos difíceis, agarrados prolongados, uma mão, em seguida, com as duas mãos. Ela, obviamente, deveria seguir o seu ritmo, enquanto ele não abrandou uma única vez, mesmo depois que ele perdeu-a totalmente durante algum tipo de torção com uma perna de acondicionada em torno da barra e outra extensão completa ao girar para trás ao longo do comprimento do mesmo. Sua coxa guinchou no tubo de metal implacável e queimou pra cachorro. 
Maldição! 
Archer nem sequer olhara para ela quando ela grunhiu, cambaleou sobre bumbum em vez de aterrissar graciosamente depois recuperou o local. Quando ela atirou-lhe um olhar ofendido, ele a ignorou. Seu torso nu brilhava com o suor do tempo eles passaram essa rotina uma dúzia de vezes. Joan estava severamente ofegante. Ele parecia sem fôlego também. Um pequeno conforto. 
— Você vai precisar de salto alto,- observou ele repentinamente. Inabalável, rolou a cabeça, fez uma careta. 
Joan interrompeu suas reflexões sombrias, que envolvia um monte de chutes na bunda de Archer e outras atividades agradáveis.  Que ferroada. Ela não fez idéia. Chantal estava tão certa. 
— Eu não tenho nenhum, - ela estalou. 
— Consiga alguma coisa. 
— Não. 
— Você quer conseguir esse trabalho ou não? Ele exigiu, plantando os punhos nos quadris.
— Eu não estou acostumada aos saltos, - ela retrucou, também colocando os punhos nos quadris. — Isso vai se confirmar se eu tentar dançar neles. Vou andar descalço ou algo assim. Mas não de saltos.
— Ótimo. Não aceite minha palavra para isto. Eu sou apenas o único instrutor de fitness de barra em Montreal, e apenas os melhores dançarinos podem pagar minha formação. Mas o que eu sei?
— Por que está tão resmungão hoje? É sobre a noite passada?  
Sim, porque ele era um malvado resmungão? Ela não tinha feito nada de errado. 
Mel. 
Apesar de ser razoável, ele provavelmente teria se sentido pior se tivesse seguido de maneira alegre na noite passada e não fosse interrompido. Ele estava mentindo para ela sobre fazer algo que poderia colocá-lo na prisão—tentando explicar sobre Gentlemen Inc. e de suas suculentas receitas não declaradas ao Fisco. A evasão fiscal significava prisão. Ele sabia que ela nunca iria sair com um cara como ele - que baixava material pirateado, o enviaria para a forca! Tudo que ela sabia era que a polícia o tinha contratado para treiná-la. Tendo o sexo era um bônus. Ela não parecia ter problemas com isso. O que ela poderia ter problema era com o fato que ele dormia com a maioria de suas alunas e clientes, do estúdio comercial e no local da acompanhante. Ele realmente não queria dizer-lhe que não só a polícia pagara a ele para treiná-la, mas outra entidade também o contratou para ser seu acompanhante. Archer não queria ter a oportunidade de que ela o olhasse de forma diferente. Ela acharia que, como um acompanhante, que ele dormia com ela como uma coisa de fato, quando não era. Bem, ele tinha acumulado um bom número "fricções" na barra. Mas não significava que ela não tinha importância. Na verdade, não significava nada. Ou tudo. Que confusão do caralho. 
Então, sim, ele estava irritadiço. Autue-me. 
— Você vai precisar de saltos e você precisará de um traje. Você tem um?
Joan passou de um pé a outro pé. 
— Você não tem a menor idéia do que vestir, huh? 
O cruzamento dos braços confirmou. 
— O que você pretende usar? 
— Biquíni...? 
Ela não parecia certa. 
— Você não tem certeza se é um biquíni ou você não tem certeza se você deve usá-lo? 
— É um biquíni.
— Bom começo. Que tipo?
— O tipo amarrado com cordões, você sabe, que une ambos os lados. Preto. É muito bonito.  
Um sorriso tímido flutuou nos cantos da boca. Somente queria beijá-la agora. Ela estava queimando suas bolas. Assim como mentir para ela sobre o número de fricções em suas barras. 
— Um biquíni normal, não vai servir Joan. Você precisa de algo menor. 
Ela suspirou. 
— Tanga? 
—Não necessariamente. Eu sei de um bom lugar para esse tipo de coisa. Vou dar-lhe o cartão. Eles estão na Net, também, se você quiser olhar as coisas que eles têm.
—O que devo procurar? —Joan perguntou, se aproximando. 
Um ligeiro aroma de loção o alcançou. Algo doce e frutado. Era difícil pensar depois. Talvez não pensar nela seria melhor. Ou faria tudo muito pior. Eca! Cristo. 
— Mmm? Ah, er, procure algo brilhante, - ele respondeu, dando um passo para trás e inclinando-se na barra. — Consequentemente eles se ocupam disto e não resta nada para você.
— Oh? O que está errado com o nada restar para mim?


Ele sorriu malicioso, conhecendo que o garoto malvado estava arrastando-se para dianteira quando ele nada fez para ficar em primeiro lugar. Nada mais importava enganar damas policiais ardentes. Ela era a treinada. Ele a colocaria no Explosivo e receberia duas vezes e assim seria e ponto final. Enganaria o cobrador de imposto e enganaria acalmando sua própria consciência.
— Não há nada de errado com o resto de você, acredite. Mas você não parece uma dançarina exótica. Você sorri muito para começar, e você não usará saltos. Então nós vamos ter que trabalhar nos seus atributos. Você tem energia, carisma, vamos lá. Algo brilhante para chamar a atenção, talvez os cintos turcos de centavo.
— Oh, eu vi aqueles. Como uma dançarina do ventre?
Ele balançou a cabeça. — Isto vai combinar com a coisa dos pés descalços. Elas têm sutiãs. Talvez até mesmo jóias nos pés. Vamos ver o que funciona.
— Você vem comigo?
— Você não tem ideia do que você precisa. Então sim, irei com você.
— Quando estaremos indo?
— Tem planos para agora?
— Seu carro ou no meu?
Archer empurrou seu cabelo para trás, sabendo que tinha cometido um erro grave. Estava ansioso para passar mais tempo com a policial Blair; depois de ter estado com ela e Mel sabendo quanto ele precisava manter-se distante, que não podia chegar perto de uma mulher, uma policial, com seu estilo de vida e o dinheiro de um lado e oh sim, sua pequena mentira de um não relacionamento sexual com suas alunas. Manter-se distante seria melhor. Ele não iria deixar seu coração ser arrancado de novo.
Tanto quanto para sua resolução.
— Vocês tiras conseguem tipos de reembolso para o gás, certo? Vamos pegar o seu.





















Capítulo Cinco

— Então, - Archer perguntou quando ele afivelou o cinto de segurança. — De qual ano é essa coisa?
Joan não podia deixar de olhar para suas coxas, quando ele passou para o banco. Ufa. Ele fora em casa um tempo para colocar um par de jeans e uma camisa branca, enquanto ela tinha mudado sua roupa de sair no estúdio. Ele não a havia convidado, de qualquer modo.
O cara se permitia manter a sua vida separada de seu trabalho, mulher. Esclarecedor.
Isto ainda a afligia. Chantal teria algo a dizer sobre isso. E com razão. Joan lembrou-se mais uma vez que não estava namorando o rapaz, apenas aprendendo a agitar sua bunda para que pudesse fazer sua parte na operação, que não havia nada pessoal... Exceto o sexo bom.
Sim, Murphy, se concentre apenas no sexo e não pense sobre as mil e umas garotas que o cara tem escondido em sua casa.
— É um modelo 325i, 1991. Interior original, pintura exterior mal retocada; e incompletos cento e cinquenta quilômetros rodados ao todo. Eu o guardo durante o inverno e dirijo um alugado.
— Bom.
— Nada dentro de carros?
— Somente aqueles com um banco grande de trás.
Joan balançou a cabeça. 
— Eu não entendo a atração pelo banco traseiro. Nunca tive. Por que se preocupar? É muito pequeno e não foi destinado para duas pessoas fazerem sexo.
— Você nunca esteve no banco de trás de um Charger de 1971... - Archer se virou para ela e elevou as sobrancelhas.
— E você esteve um monte de vezes eu acho eh? E por que doía tanto?
Ele não respondeu, apenas indicou que ela deveria virar à direita no semáforo, que ficou amarelo escuro - vermelho, para a maioria das pessoas. Joan pisou no acelerador e girou de qualquer jeito. Um silvo escapou quando ela fez a curva um pouco mais rápido do que ela deveria, reduzindo a velocidade abruptamente quando seu arranco afiado no volante levou o BMW apenas alguns centímetros atrás de um ônibus, que parou para pegar passageiros. Acima do pára–choques de grandes dimensões tinha um cartaz de uma empresa de seguros de vida representado por um homem sorridente alheio a plataforma de tijolos pendurado.
— Eu sei como ele se sente - Archer resmungou enquanto ele se sentou no seu lugar, mais firme. A rápida adaptação do cinto de segurança dele, a fez sorrir mais.
Joan passou pelo ônibus de novo um pouco rápido demais, mas ela tinha vivido em Montreal, no domicílio dos loucos motoristas do Canadá, por alguns anos e agora pegara os hábitos locais - dirigindo quase o comprimento da Rue Saint Jacques, manobrando seu carro no meio do intenso trânsito da cidade. Ao seu lado, Archer sentava tão profundamente em seu assento, que seus joelhos estavam presos.
— É na esquina da Saint Catherine, - ele disse, apontando para um edifício do outro lado da rua movimentada. Acima desse clube.
A primeira experiência noturna de Joan em Montreal foi atender as chamadas locais de "La Tournée des Grands Ducs". Ela não tinha visto nenhum majestoso duque nessa turnê, mas ela tinha rastreado um motim numa boa hora no pub movimentado! Havia clubes e discotecas de embalos no centro de Montreal no qual havia lojas de penhor e bares de stripper. E havia um monte deles.
—Merda!
A maldição de Archer trouxe Joan de volta à realidade um segundo de distância da condução à direita na calçada. Ela desviou no último segundo, acenou para o cara por trás que tinha decidido retroceder e fazer uma curva perfeita para estacionar, para a Security Driving 101 que ficava - à direita em uma rua estreita, indicando estacionamento gratuito. Um achado raro na cidade! Com um empurrão brusco, ela colocou o freio de mão puxado e abriu seu cinto de segurança.
Seu passageiro já estava arrastando-se para fora do carro e carrancudo com ela no momento em que ela abriu a porta e saiu.
— O quê?
Ele colocou as mãos espalmadas tanto no teto do seu carro - eca! Falou enojadas, impressões digitais e olhou para ela com as lascas de gelo nos olhos claros. Ele não estava sorrindo. 
— Eu pegarei o metrô para casa.
Com um gesto afugentado, Joan sacudiu a cabeça e riu. 
— Nah! Eu vou levar você para casa. Não é problema nenhum. Com as portas fechadas, ela voltou para o canto, ajustando seu jeans cós baixo e levantou o queixo. Acima desse clube ali? Número 859?
Após um pouco de murmúrio, Archer se juntou a ela e eles atravessaram a rua movimentada, em conjunto, evitando carros, motos, pedestres, ônibus e pombos. Nenhum deles necessariamente em seus devidos lugares também. Ela amava a beleza caótica de Montreal e a energia! Então, muito melhor para ela do que sua nativa chuvosa velha Vancouver.
A porta estreita preta colada entre a boate com seus tijolos púrpura e dormente placas de neon e um sushi bar minúsculo brilhou com a qualidade da água de mármore preto, quando eles se aproximaram. Sem hesitação Archer empurrou a maçaneta de bronze rabo de pato e deixou Joan passar. Escadas estreitas de sólido carvalho – ela poderia reconhecer carvalho maciço de uma milha de distância, brilhava até na escuridão próxima. O calor do corpo dele se transferiu para ela quando se espremeram. Seu quadril roçou o dela. Seus olhos se encontraram.
—Você vem sempre aqui?
Arghhhhhhhhhhhh! Joan Blair, você não disse isso!
Um sorriso afetado subindo às novas alturas, ele inclinou a cabeça.
— Você acabou de me perguntar se eu venho sempre aqui?
Joan sentiu o rosto corar e pôde apenas imaginar o tom de vermelho que tinha ficado. 
— Eu queria dizer... Você sabe, não é muito óbvio, que a porta... Assim que eu pensei... Você deve ter estado aqui antes... Ela suspirou.
— Eu vim aqui algumas vezes, Archer respondeu com o ar magnânimo de alguém que vai colocar um cavalo ferido para tirá-lo de seu sofrimento e então atirar nele. — Mas espero que não faça parte de seu material para pegar os caras. 
— Você vem sempre aqui?
— Pfft! Mesmo nós temos padrões.
Há- Há- Ha.
Ela subiu as escadas escuras sem olhar para trás. Cada passo rangeu um tom diferente.
Dezessete rangidos depois, Joan chegou à outra porta. Estava aberta e levava a um mezanino bonitinho com um vaso contendo uma árvore de limão em uma janela muito estreita que se abria para a rua a seguir. Para a esquerda tinha um corredor estreito que levava a parte de trás do lugar. A palavra feminina veio a Joan. Tudo era decorado, estampado, esponjado, às vezes tudo ao mesmo tempo, em tons de vermelho e âmbar com os acentos preto ocasional aqui e ali. Isto definitivamente poderia ter ficado brega ao mais alto grau. Mas apesar de tudo, ela achou muito bonito muito do Velho Mundo. A placa de cerâmica dourada lia-se Chez Frou Frou brilhava à luz suave que entrava pela janela. Nada de boutique de lingerie sexy que ela esperava. Nenhum brinquedo novidade, não via camisolas de renda preta, nem cueca boxer com logos de pimentas brilhante na frente. Joan voltou-se para Archer e o pegou olhando para ela com atenção.
— Então?
— Bem, é... Ela olhou em volta outra vez, sorriu: — Muito bom realmente.
— Merci, - disse uma mulher do fundo do corredor à esquerda de Joan. O chão de madeira velha rangeu, rangeu, rangeu na entrada de uma mulher alta, de pele escura com o mais glorioso corpo que Joan jamais tinha visto. Bronzeada. Ela estava bronzeada.
— Bonjour, ma belle, - disse Archer, apresentando cada face de cada vez.
Joan não tinha ficado em Montreal, tempo suficiente para desenvolver a saudação de duas faces e só estendeu a mão para a mulher, que pegou esta com um sorriso e um olhar de avaliação. Não hostil, mas penetrante do mesmo jeito. Joan ergueu o queixo, e sorriu largo.
— Bonjour. Prazer em conhecê-la.
—0 Raphaëlle, esta é Joan. Joan, Raphaëlle. Ela treina em meu estúdio.
Raphaëlle assentiu com a cabeça, liberou a mão de Joan.
— E você ainda me deve uma aula gratuita.
— Oh?
A face de Archer, que Joan começou a ver como uma máscara polida perfeitamente, se contorceu. Seus olhos claros estreitaram-se quando ele limpou a garganta.
O calor aqueceu a T-shirt de Joan com o comentário da mulher. Ou, mais apropriadamente, do que ela deixou de dizer. Sua afirmação de que ele nunca dormiu com suas alunas vieram espetá-la novamente. Ele realmente não dormia com outras alunas? Mesmo uma pessoa com aparência de Raphaëlle? E que tipo de mulher iria treinar em torno de Archer e não enviar alguns tentáculos para testar as águas?  Ela poderia. Mas, novamente, ela era o tipo de perdedora que se perguntava se um cara que ela não estava namorando fazia sexo com outras mulheres. Como se isso fosse da conta dela. Cara, ela estava com ciúmes? Ela? Nahhh!
Uma lição livre em agradecimento por aquilo?
— Nós precisamos de uma roupa para uma atuação neste sábado, - Archer começou, sorriu com a boca, mas não com os olhos. — Algo exótico. Como os cintos de moedas das dançarinas turcas.
Raphaëlle assentiu. 
— Nós temos algo. Venha comigo.
Ela os levou de volta pelo mesmo caminho que tinha vindo; cada piso de tábua saudando Joan com um tom diferente tinha uma cortina afastada de veludo vermelho-sangue para que os seus clientes pudessem passar e acompanhá-los até o final de um quarto estreito cheio de roupas transbordando em estantes do chão ao teto. Um painel de privacidade de três níveis de bambu escuro manchado bloqueava uma parte da sala perto da janela. Eles deviam fazer alterações no local também, porque havia uma máquina de costura em um canto com uma enfadada manequim - não da velha moda com os seios cônicos e grotescamente de cintura estreita. 

Um corte de cabelo curto em que o cabelo é escovado para cima e plano cortado na parte superior
Este deve ter vindo de uma boutique fornecida por punks, completo com flattop acrílico e maquiagem noturna em cores vivas. Uma ampla janela dava ao ambiente uma luz natural e uma sensação muito chique. Joan sentiu a garota feminina nela batendo palmas animadamente. Todos aquelas brilhantes, brilhantes roupas! Oooh, e sapatos também!
Archer sorriu largo. 
— Você tem o melhor estoque na cidade.
Um sorriso torto puxou da boca deliciosa de Raphaëlle para um lado.
— Você é um cavalheiro, Archer.
Por alguma razão que não conseguia explicar, - ele corou vermelho como beterraba, limpou a garganta. 
— Sim, não diga todos. Tenho uma reputação a zelar.
Depois de uma rápida risada que soava como sinos de cristal, a proprietária concordou. 
— Eu vou deixar isso com vocês. Raphaëlle recuou. Eu tenho outro cliente no quarto ao lado. Só venha me buscar se não encontrar o que está procurando.
Quando ela se virou, Joan não podia deixar de admirar a linda bunda da mulher naqueles jeans desgastado, cós baixo. O top azul-turquesa que usava não tinha costas, exceto umas cordas minúsculas. Sem sutiã também.
Portanto, aqueles peitos, estavam pendurados lá em cima totalmente por eles mesmos? Eh! Caramba!
— Eu acho que eu já encontrei o que estou procurando, - Archer respondeu, olhando diretamente para Joan.
Como uma onda de calor subiu para o pescoço e as bochechas, Joan assistiu-o aproximar-se então caminhando direto para ela.
UM.
Sentia-se como um cachorrinho Chihuahua em relação a ser adotado, mas, em seguida, o significado de duas pernas, que não parava de andar estapeando vilmente na cabeça do poodle. O que ela esperava afinal? Que ele viesse lhe dar um abraço e falar sobre o casamento? É claro que ele quis dizer o traje e não ela. Ele não estava procurando nada, no que se referia a ela. Nem ela. Ela nada devia esperar dele ou investir mais do que sexo amigável por um par de dias. Em seguida, isto estaria acabado. Ele ia voltar para seu mundo e ela ao dela.
Ela tentou ignorar a lâmina da decepção tentando encontrar um ponto fraco em sua armadura e se virou para vê-lo aproximar-se com uma determinada peça entre o descanso e puxando-o suavemente. Pequenas pérolas pendiam de um par preto de tanga e sutiã combinando.
Archer virou a sobrancelha arqueada. 
— Isso é bom. Você gosta?
Ela tentou sufocar a longo suspiro, em parte bem sucedido.
— Sim. Com certeza.
— Experimente. Vou pegar outras peças enquanto você se troca.
Assim, pela próxima meia hora, Joan ficou atrás do painel e experimentou de tudo, desde o conjunto preto frisado que não segurava direito de acordo com ele, para algo aproximado à Xena, A Princesa Guerreira; e oh, não vamos esquecer a roupa prata que Barbarina Empress of Galaxy Zorx usava. Desconfortável, não começava a descrever cada peça. Algumas delas entravam tanto no bumbum, que exigiria Maxilares Fortes para tirá-los novamente. Ela estava certa e todos eles tinham o adesivo de higiene entre as pernas, mesmo que ela experimentasse sobre a sua própria roupa de baixo. Nenhuma tanga hoje, simplesmente a velha calcinha esportiva.
Ela ouviu Archer exclamar e estava prestes a espreitar sobre o painel, quando ele irrompeu em seu canto , brandindo algo com gliter e metálico.
Eca! Não outro traje da Xena.
Archer congelou quando ele a viu ali na calcinha esportiva com tanga de pele da serpente vermelha sobre ela, um sutiã minúsculo, tão pequenino que mal cobria o essencial. A primeira reação de Joan foi enxotá-lo. Ela forçou as mãos para baixo, respirava quase normalmente enquanto ela colocou uma na frente corajosa.
Você já se fundiu sexualmente com o cara. Então, respire.
Ela olhou para si mesma, subserviente, sorriu.
  — Então? Este é melhor?
— Não. Não é.
Ele parou. Seu olhar preso ao dela, em seguida, desceu, provocando um frisson como se seus olhos de repente se tornaram um feixe de raios. Ela sentiu seus mamilos endurecerem contra o couro falso.
Depois de engolir duro, ele empurrou a massa de discos de metal em suas mãos e saiu. 
— Tente isso. Eu acho que é o único , - ela ouviu do outro lado do painel.
O que está acontecendo com ele agora? Homens temperamentais.
Ela pegou a cobra vermelha, devolvendo-a de volta no cabide e passou um minuto inteiro olhando o conjunto de sutiã dourado e saia-xale. Ambos foram, obviamente, feitos à mão e decorados com discos minúsculos que realmente se pareciam com moedas de um centavo novas, apenas dourados. Atraente. Para uma festa íntima com um amante, não para usar em público em um clube. Ugh.
Logo que ela colocou o sutiã, Joan assentiu. Simm. Ajuste perfeito. O cinto desta coisa, se ela poderia chamá-lo assim, em seguida e se encaixou confortavelmente sobre os quadris. Bom. Ela não queria que qualquer "roupa defeituosa" durante o seu uso. Era o suficiente que ela estivesse seminua. Ela não queria exibir uma frontal completa diante da platéia. Por alguma razão, sentiu-se de repente autoconsciente ao sair de trás do painel de privacidade. Ela nunca tinha sido uma menina tímida. E ela já tinha feito sexo — contra uma barra de bombeiro também - com Archer e, portanto não poderia explicar a súbita sensação de estranheza, a reticência que presentemente experimentava por lhe mostrar este traje. Talvez porque ele parecia irritado. Ou estressado. Ou qualquer outro motivo o fez agir todo tenso e ofendido.
Talvez esteja apenas cansado de passar roupa e sair.
Na verdade, ele tinha ficado bastante bem. Parecia estar se divertindo mesmo. Então, por que o gênio cáustico repentino?
Joan cutucou a cabeça dela ao lado do painel, pegando-o olhando ansiosamente em sua direção.
— Este se encaixa bem. Confortável também. Surpreendente, considerando que eu estou usando CDs miniatura certamente unido com uma linha de pesca.
—Venha cá para que eu possa vê-la. - Ele não riu da piada dela.
Tentando regular sua respiração, demonstrando ser um desperdício de tempo tão logo Joan lentamente saiu de trás do painel de bambu, manteve uma mão indiferente agarrada ao longo da borda superior e balançou a perna para que o cinto de coisa fizesse jingle.
— Ho, ho, ho.
Ele não riu dessa piada também.
Seu olhar apenas devorou-a, Archer cruzou os braços sobre o peito, correu rapidamente sua língua sobre seu lábio inferior. 
— Mova-se um pouco.
Joan projetou saltou uma vez as pontas de seus pés, olhando-se para ver como a coisa ajustava-se quando ela se movia. Nada mal. Ela ainda o pegou olhando para ela como um tigre para uma gazela.
— E?
— Faça o salto. Você sabe como? Se você pendurar-se no painel, isto deve ficar muito perto.
Ela não podia mesmo manter o seu olhar no dele quando ela dobrou os joelhos, saltou sobre os calcanhares uma vez e depois retrucou com um divertido pequeno jingle para acentuar o movimento. Joan resfolegou um riso que rapidamente morreu em sua garganta quando Archer balançou sua cabeça. Seus olhos brilharam.
— Não faça disso uma piada, - disse ele através de seus dentes. — Você tem que provocar o público, compartilhar com eles. Preencher o lugar com sua energia. Quando você ri, você estoura a bolha e todo o seu trabalho é desperdiçado.
Ela revirou os olhos, balançou a cabeça. 
— Ah, vamos lá. Isto é ficar balançando a bunda para a música.
Archer deixou o local e se aproximou. Não ameaçador pelo menos, com as mãos de lado, no entanto, ele eletrizou o ar entre eles, com energia crepitante, enrolando, pulsando em cada uma de suas etapas abrangendo o quarto minúsculo. Seu olhar nunca se distanciando dela. E quando ele parou na frente dela, tudo que Joan podia era olhar para ele.
Ele usava a roupa adequada, - uma camisa branca esticada, jeans pré-lavado de corte reto - e não havia música também.
Basta agitar sua bunda para a música, eh, gênio?
— Percebe o que eu quero dizer? - Ele murmurou.
Atrás dela, o sol alastrava pela janela e atingia seus olhos claros em um ângulo, lançando metade de seu rosto na sombra laranja brincando com suas feições cinzeladas, sublinhando o nariz aristocrático e a boca perfeita.
Ele se inclinou para ela, muito perto. Ela podia sentir sua respiração.
— Agora, faça isto novamente, e encoste-se contra a maldita parede.
Ele recuou alguns passos e esperou.
Pela primeira vez, maldizendo-se em sua vida, Joan não conseguia pensar em alguma coisa engraçada para dizer. Não se esconderia atrás de seu senso de humor, nem da estupidez. Ela teria de sair e fazer isso. Preencher o lugar com sua energia, como ele disse. Mas como ela poderia fazer isso? Ela não era linda de morrer, não era como ele! Ela era uma grande maluca, um desastre ambulante. Lei de Murphy viva. Ela poderia questionar um suspeito e fazê-lo dizer-lhe todos os seus segredos apenas por comprar-lhe um almoço e chegando com algumas piadas, aliviando a situação com sua inteligência e muitas vezes com suas tolas maneiras, mas nunca tinha usado alguma vez seu corpo para falar com pessoas. Não seriamente mesmo.
— Prenda-me à maldita parede.
Aiiii.
Ela assentou seu olhar sobre ele, colocando tudo fora, através de seus olhos e da postura. Todas as suas energias, tudo de si mesma. Ela abriu seu corpo para ele, seu público de um lado, o encarou.
E então aconteceu. Deste modo mesmo. Durou apenas uma fração de segundo, mas sentiu a diferença.
Joan saltou uma vez sobre os calcanhares, rebateu para cima, pernas retas e separadas ampliando seus ombros. Ela nunca afastou seu olhar. Sentia-se de forma aguda, como se fisicamente emoldurasse o rosto com as mãos e segurou-o lá.
Ela o derrotou.
O efeito foi imediato. Ele parou de fazer aquela coisa com a boca, que se separou em um suspiro silencioso, enquanto seus olhos queimavam. Um depravado, depravado sorriso puxou os lábios para um lado. As moedas de um centavo em seu sutiã e as coisas da saia-cinto ainda tilintavam quando Archer encaminhou-se para ela. Mas Joan pressionou a palma da mão contra o peito para mantê-lo afastado.
— Ôoa, lá. Eu não fiz.
Ele queria que ela o prendesse?  Ela faria. E ela ia fazer uma danação, que certamente ele se lembraria.


Archer jurou que estava tendo um ataque cardíaco! Seu peito parecia apertado, bem como sua garganta. Suas mandíbulas estavam rígidas. Uma gota de suor rolou sua coluna, seguida claramente por uma direta provocação dentro da cintura da sua calça jeans. Ele estremeceu. Maldito Ardor!
Apesar do desejo real de colocar as mãos e entrar completamente com o pinto insano ardente entre o cinto de centavos turco através da sua calcinha cinza, Archer parou pressionando seu peito contra a mão e deu um passo para trás para deixá-la fazer tudo o que ela decidira fazer. Ele não se importava desde que pudesse assistir.
E fazer mais!
Ela executou todos os movimentos de rotina que ele criara para ela. Aqueles que ela poderia fazer sem uma barra alguma. Archer reconheceu o giro invertido do joelho usado para quando ela subisse na ponta de um pé; e girou para trás uma vez, uma mão para simular uma elevação segura e uma perto de sua cintura para "contrabalançar". Equilíbrio perfeito. Perfeito contato com os olhos. Os restos dos movimentos eram um pouco conservadores, um pouco rápido demais, mas porra, se ele se importava! E aqueles pequenos enfeites, adereços, se agarravam à roupa gloriosa quase o fez querer arrancar sua roupa e fazê-la dançar sobre a barra pessoal dele.
Ela não o fixava. Ela cegava-o.
Joan era tudo o que podia ver; tudo o que queria olhar. Quando terminou o último movimento, um duplo-pé postura "Cabaré" com sua extremidade apontando para cima desafiadoramente enquanto ela segurava borda do painel, como ela faria numa barra, as mãos juntas na frente de seu baixo ventre, - o sangue de Archer atingiu um batimento completamente elevado. Ele tinha cruzado a distância e grudando-se contra ela e que esse pequeno número brilhante que custara uma fortuna antes de seu cérebro tivesse gritado:
— "Você quebrou isto, então o compre".
— Joan, ele murmurou através de seu cabelo, agarrando seus ombros e puxando-a para ele. — Joan, Joan, Joan. Você é uma coisa ardente!
Ela riu quando ele a beijou no pescoço, nos ombros desnudos. 
— Então? Acha que funcionou?
— Como nunca. Agora estou malditamente fascinado. Tenho que fazer algo sobre isso. Ele pressionou seus quadris para frente, para que ela pegasse a dica.
Atrás dela, a janela o atraía. Ele sabia que seu sorriso era mais predatório do que bom, mas Joan não parecia se importar e deixou-o encostá-la contra a parede.
— Olhe para eles, - ele sussurrou, virando-a para que pudesse ver as pessoas embaixo passando a pé, atravessando a rua, carregando em seus produtos diários. Eles são seu público–alvo. Ali mesmo.
Ela passou um tempo olhando para fora da janela, ele a beijou na nuca, puxou seu cabelo para fora do caminho e lambeu os escudos de suas orelhas. Um frisson visivelmente enrijeceu os mamilos. Ele queria um gosto nocivo o suficiente para mendigar.
— Eles são o meu público, - ela murmurou, balançando a cabeça. Pessoas como eles irão ver fazer do meu jeito.
Enfiou a mão dentro alça do sutiã, sob os triângulos de crochê segurando a fita de centavos no lugar.  Uma quantidade de batidas com pequenos tinidos caíram sobre o peito, revelando debaixo o glorioso do mamilo, e se a visão daquele doce rosado não tombasse nele nos próximos dois segundos, ele não sabia o que faria.
— Eu quero fazer coisas com você, Joan, - ele murmurou no ouvido dela. Envolvendo peito exposto, pesou-o suavemente. Você não tem idéia.
Ela inclinou a cabeça.
— Ah, eu acho que tenho alguma ideia.
— Não, - respondeu — você realmente não tem. Eu quero fazer coisas com você que nunca quis fazer antes. Eu quero fazer amor com você aqui e agora, na frente da janela para que todos possam ver. Eu quero que você rápida e obscena, lenta e macia. Um impulso pélvico fraco na parte inferior das suas costas a fez ofegar. Como uma música doce para o seu ego viril.
— Ter relações sexuais em um lugar público é ilegal.
— Não, não é, - respondeu Archer, enganchando na sequência o dedo indicador alça do seu sutiã para desnudar sua outra mama. — Obter vantagem é.
— Você é terrível.
— Você não tem ideia.
— Novamente, eu acho que seja uma boa ideia, - respondeu Joan então suspirou quando ele enconchou ambas as mamas. — Tão quente tão suave.
— Você gosta quando um homem fala sexy enquanto está fazendo amor com você?
Um sorriso levantou do seu o rosto até o dele.
 — Como forma como me irá foder direto no tapete?
— O quê?

— Isso é o que um homem disse para você? Fodê-la direto no tapete? Ele não podia acreditar nisso. No tapete! Que idiota.

O Policial Brutal com um pincel debaixo de seu nariz. Bastante, merda! 
Quando ele entrou em seu estúdio, Joan no seu encalço, o Policial Brutal estendeu sua mão como pata de urso e apertou muito forte para um cumprimento civilizado com Archer.
— Você não era o campeão de judô provincial George Berthold Archer ou não? Claro que sim! 
Com apenas um pouco de ação de pulso, Archer minou o braço do homem e caminhou para sua "bolha".
— Esse é um bom aperto de mão que você tem aí, policial, - ele rosnou com um sorriso. Por seu lado, Joan emitiu uma espécie de guincho que o teria feito rir se ele não estivesse bamboleando os joelhos com a testosterona. — Mas um pouco fraco no pulso, hein?
Seu rosto se tornou certamente descolorido, o Policial Brutal assentiu com a cabeça uma vez rapidamente. A dor fazia isso às pessoas. Tornava a todos simpáticos e educados. 
— Pas pire - murmurou através do bigode.
— Nada mal? Ha!
Para preservar a dignidade do homem - e para mostrar a Joan que ele não era um total idiota - Archer liberou a mão do homem e deu um passo para trás, seu sorriso arrebatado. 
— Então? Você vai ficar para assistir o trabalho da sua colega, não é?
Seu maldito desmancha prazer. 
Joan cruzou os braços e balançou a cabeça. 
— O sargento-detetive Sauvageau está aqui apenas para informar sobre amanhã. 
O grande homem acenou com a cabeça e de repente, do jeito que ele olhou para Joan, completamente paternal e bondoso, Archer acalmou-se consideravelmente. Assim, ele não era tão ruim, afinal. Apenas brutal.
– A policial Blair já me informou, duas vezes.
Havia certamente um rubor apropriado ali, Archer congratulou-se. Ele sentiu que uma boa zombaria estava em ordem, mas segurou-se. Ela estava esfregando fora dele, que grande maluca. 
As sobrancelhas de Sauvageau se contraíram.  Claramente, ele não estava conseguindo. Pobre homem. 
— Sim, está bem, então. Você precisa conhecer alguns dos protocolos que temos desde que você é um civil e tudo.
Archer cronometrou-o. Levou dezessete minutos para grande homem dizer-lhe, basicamente, duas coisas. Primeiro, se ele estragasse tudo e Joan saísse machucada, ele seria um cara morto. Dois, ele era um civil, portanto, provavelmente faria uma asneira, mas se Joan se machucasse, ele seria um cara morto. Ah, e talvez uma terceira coisa também. O Grande Patrão da situação pensava que isso era tudo uma idéia ruim, muito ruim. Mas eles estavam desesperados para prender aquele bandido, antes que deixasse o país. Assim o tempo era essencial aqui. Mas se ele se confundisse e Joan se machucasse... 
Como se eu pudesse deixá-la. Eita. 
Até o momento em que Sauvageau tinha terminado com sua informação, Archer sabia que o seu sorriso devia ter atingido proporções bíblicas. Era tudo o que podia fazer para não balançar a cabeça e apenas rir. Cara, o sargento–detetive gostava de repetir-se. 
— Tudo bem? Entendeu tudo?
Archer assentiu. 
— Usar a wire. Ficar perto de Joan. Agir como gay. Compreendi isto.
— Arghhhhh, Archer! - Joan rebateu os olhos piscando.
O riso de Sauvageau foi tão grande e avassalador como a sua presença. E o bigode. Ele balançou a cabeça. 
— Boa Sr. Archer. Não que eu tenha nada contra... er... Estilos de vida alternativos.
— Está tudo bem, - respondeu Archer, bem humorado para provocar o pequeno homem, cutucar o urso com uma vara curta. — Eu não tenho nada contra cabelo e rosto de poliéster. Então lá vai.
O sorriso de Sauvageau cristalizou um pouco nas bordas, mas ele fez uma tentativa e rolou com isto. Ele quis apertar a mão de Archer, parecendo repensar e apenas bater o queixo nele ao invés disso.
— É um trabalho perigoso, - chegando perto do idiota — Sr. Archer. Basta responder a um dos informantes da INTERPOL. Ele estará morto. Então, nós não queremos surpresas, ok? Laramée faz a sua vida vendendo meninas para cafetões e "colecionadores particulares". Ele ofereceu um olhar protetor para Joan, que só revirou os olhos e enxotou o grande homem fora da porta. Ela disse algo a ele. Mas Archer não ouviu mais nada, muito ocupado digerindo o nome do bandido. 
Laramée. Como Claude Laramée? 
Merda!
Tão logo a porta fechou sobre as costas largas de Sauvageau, Archer jogou as mãos para cima. 
— Laramée?! Joan, o homem, é demasiado perigoso.
Ele percebeu que tinha pisado numa linha sem perceber. A expressão jovial virou bruscamente da frustração para raiva.
— É claro que ele é um homem perigoso. Nós não iríamos atrás dele se não fosse; nós estaríamos... Desesperados. Mas também é perigoso? Muito perigoso para quê? Para mim?
— Para duas pessoas, eu quis dizer, – Archer respondeu rapidamente antes que se incendiasse com "você é apenas um porco chauvinista". — Por que vocês policiais não apenas invadem o local? Você faz isso com bastante frequência nos outros clubes.
Porque isto saiu completamente petulante e barulhento? Quando tinha seu fator de frescura delineado?
Joan cruzou os braços.
 — Se pudéssemos apenas "invadir o lugar" para capturá-lo, você não acha que nós já teríamos feito isso? Ele é como a fumaça, este cara. Mesmo a INTERPOL, com seus braços longos e a rede de informantes, não pôde pegá-lo quando ele estava no território deles. Portanto, agora que ele está de volta aqui, precisamos ter certeza que permanecerá até colocar meus rapazes dentro e fechar um par de algemas nele. E não o tipo pele vermelha. 
Ela tinha entrado em sua cabeça? Tinha fantasiado muito sobre isso ultimamente. Joan estapeando com braceletes de pele vermelha sobre ele e espancando o seu rabo, porque ele tinha ficado malvado, um menino maaaaau. Mmm! 
— Então, eles a estão usando como isca, uma diversão. Assim como, o quê? O que eu disse?
A face de Joan tinha acabado de se tornar um "você é bastante merda, seus filhos vão feder" em tons de vermelho. Ela avançou para ele, apontou um dedo em seu peito. 
— Eu nunca desrespeitei você ou seu trabalho. Eu nunca fiz uma observação sobre o que você faz para viver, o tipo de amigos que você tem. Eu estou na vanguarda. O lado interno tem que segurar o rabo no burro, ok? Laramée pode ser viscoso, mas ele não é imbatível, ok? Ele tem a sua fraqueza. Pelo que sabemos dele, ele gosta de mulheres. Então, nós estamos esperando que ele não perceba o que está acontecendo, até que seja tarde demais. Mas não chame o que eu faço de chamariz. Eu não sou uma isca.
Ele soprou e bufou uma resposta, mas logo desistiu. 
— Olha, eu não quis dizer isso dessa maneira, - ele começou, tomou uma respiração longa, saindo pelo nariz. (Mel, isso é tudo culpa sua). — Estou preocupado que a ajuda não chegue lá com rapidez suficiente, se as coisas girarem à merda. Isso é tudo. Nada a ver com suas habilidades e nervos ou qualquer outra coisa. Tudo bem?
Sua resposta resmungada não assentou bem para ele que ele se aproximou, segurou seu queixo e elevou para ele.
 — Tudo bem? Eu só estou preocupado. Isto foi desenvolvido em nós - homens - o gene da preocupação, algo "passe longe da minha mulher". Nós escondemos isto, brincamos de gatos legais, mas está tudo lá; tudo a mesma coisa.
E isto tinha estado lá, enquanto ele segurava a mão de sua namorada enquanto o doutor fez a sua coisa, há dois anos, tirou-lhe o que ele colocou lá, levando o seu coração no processo também. 
Grandes olhos castanhos fascinaram-no neste ponto. O brilho alegre devolvido imediatamente. 
— Sua mulher? 
Você tolo estúpido, estúpido, idiota, imprudente de um macho - merda. 
Archer beijou-a assim ele não teria que responder. 




Capítulo sete
  
Joan tinha certeza de que estava em chamas quando Archer inclinou-se e apertou os lábios nos dela, sua mão ainda em concha em torno de seu queixo. Ele nunca a beijara desta forma antes. Ternamente sem o sorriso perverso que o precedia. Suas mãos presas às pressas ao redor do pescoço quando ela apertou-se nele, seu corpo firme e em forma, a maneira quase ligada com a satisfação instantânea tranquila de peças de um quebra-cabeça. Calor líquido se espalhou por sua buceta imediatamente. Talvez eles devessem terminar o que Mel tinha interrompido? Assim como Joan estava começando a baixar as mãos em busca do glorioso toque da pele, Archer se afastou, suspirou, em seguida, colocou o sorriso de volta. 
— Se nós não praticarmos, você não vai fazer o teste para a noite de amadores. Sua língua, malvada, malvada era aquela coisa, roçou de volta em seus dentes com um vislumbre tentador.
— Você sempre faz isso, - respondeu Joan, embora não se afastando. — Com a sua boca.
— Gosta disto?
Estaria sorrindo com uma resposta louca daquela?
Isto acontecera para Archer ter rido, beijando-a forte, mas rapidamente se afastou novamente. 
— Praticar. Agora. 
Joan engasgou quando ele bateu em sua bunda antes de marchar para o CD player e colocar a canção. Ao mesmo tempo, uma suave batida lenta e erótica. Como ela deveria praticar agora? Lasciva e ardente e... Natural, como ele disse. 
Archer pegou sua barra, delatora, delatora - lançando um olhar inclinado para ela até que ela tirou a roupa, exceto seu top cor de rosa Sem Dor, Sem Lucro, calcinha esportiva e o cinto de centavos.
Eles começaram primeiro com os pequenos movimentos; uma combinação simples, com agarres e extensões de perna seguida por um trabalho de pernas mais complicado; que envolveu uma série de baliza e torções em torno das barras e, finalmente, o acabamento quando a música chegou a um crescente da elétrica guitarra, Joan acreditava que faria o temido Giro Inverso de Joelho. Ela desmoronou sobre a bunda, mordendo sua bochecha e soltando uma bendita imprecação.
Archer sacudiu a cabeça, olhando para o teto. 
— Vamos fazer isso de novo. 
Eles o fizeram. Joan segurando a barra com todo o controle que tinha. As palmas das mãos guincharam quando saltou sobre os calcanhares, agarrando-se, chutou alto com um pé, para logo mudar as mãos e enrolar a outra perna em torno da barra. Aqui repetindo mais uma vez. Usando toda sua atenção, mantendo o tom de Archer para trás de sua vista, ela agarrou a barra no alto com a mão direita, abaixando com a mão esquerda, impulsionando-se para trás ao mesmo tempo, liberando seu aperto em pequenos incrementos, de modo que gradualmente escorregasse para o chão. Ela torceu uma rotação completa em torno da barra, uma perna dobrada, outra alongada, escorregando para o chão assim que o último estrondo da guitarra elétrica tocou. Cronometragem perfeita. Ela sorriu largamente.
Archer rodopiou sobre o local, marchando para ela e pegou-a nos braços.
— Uau! Isso foi perfeito, belezinha!
Eles compartilharam um sorriso rápido, enquanto ele deixava seus pés tocarem o chão novamente. 
— Outra vez, - disse Archer, empurrando-a para trás, ainda sorrindo abertamente. 
Eles praticaram esta rotina pelas próximas quatro horas, fazendo-o lentamente, rapidamente, em segmentos, várias vezes num alongamento. Quando o almoço chegou, Joan mal conseguia fechar suas trêmulas mãos.
Archer encolheu-se quando o aperto de Joan falhou, fazendo-a recuar vários passos pela força do impulso. Ela não caíra, não sei por que, com pernas que se sentiam como geléia. Dobrada ao meio, ela respirou fundo várias vezes.
— É o suficiente por hoje, - ele anunciou enquanto apertava o botão pare no CD player. — Você tem que estar em forma para enternecer suas faces amanhã. 
— Eu acho que minhas coxas que estão para se dissolver – respondeu ela, verificando o interior de sua coxa direita. A extensa marca vermelha distinguia-se lá pelas várias rodadas. — Vou ter que esconder isso de alguma forma. Ela aprumou-se, alcançando o olhar de orgulho em seus olhos e seu ego se inchou mais nada, embora ela imediatamente sentisse boba por deixar isto atingi-la. 
— Ei, eu devo começar por algum óleo de bebê ou algo assim? Tornar-me inteiramente bonita e brilhante?
Ele estremeceu visivelmente. 
— E que ano é este? 1980? Os artistas não usam óleo de bebê mais. Eles usam a manteiga de cacau ou outros tipos de manteigas de corpo. De qualquer forma, o caminho mais rápido para o hospital é olear-se e em seguida ir para a barra dançante. Eu tenho algo, você pode pedir isto para amanhã.
— Oooh, desculpe, eu não sabia que hidratação da pele era uma ciência exata. 
Archer riu. Um bem-humorado riso, aberto. Quando estava sorridente, o homem era arrogante? Ela gostava disto muito mais. Mesmo que ele ainda fosse um Menino Malvado com dois emes maiúsculos, somente o cabelo desgrenhado assim, uma silueta de cinco horas e as calças de cós-baixo que permitia a ela uma bela vista de cada músculo em sua barriga lisa.
Suspiro. 
— É testado em animais, essas coisas?
Archer solenemente sacudiu a cabeça. 
— Eu posso comer os nossos amigos peludos e sufocar as suas carcaças mortas em molho de pimenta, mas eu não perdôo a pulverização de cosméticos em nossos olhos. 
Se Sauvageau estivesse aqui, ele teria tido uma teoria sobre isso e "estilos de vida alternativos". Isto a lembrou que nunca tinha visto alguém cumprimentar ao modo o Balançar de Mão Especial de seu chefe. Ela queria se esconder de vergonha quando Sauvageau tinha prendido a mão de Archer, quando era óbvio que o aperto tinha acabado. No entanto, Archer tinha afastado sem nenhum esforço aparente. O olhar do rosto Sauvageau! Joan certamente compartilharia cada detalhe com Chantal.


— Oh, que graça no escritório!
— Você trouxe o resto da roupa? - Archer, de repente perguntou, puxando-a para fora do seu jovial "Vamos provocar o sargento" da operação.
— Está na minha mochila de ginástica no carro. Por quê?
Calor fluiu no seu rosto e não tinha nada a ver com o esforço.
 — Bem, bem, uma parte. Ela estava chocada. Ele queria uma repetição da performance do dia anterior?
— Por que você não almoça aqui? — Ele ofereceu, atravessando a distância. Algo tão leve que podemos praticar um pouco mais tarde. Mas desta vez, use a roupa de ensaio, o complemento, creme, a música. As obras.
— Sim, mas estou cheirando até o alto do céu. Eu preciso de um banho.
— Tenho certeza que encontraremos uma maneira de cuidar disso. Venha, eu vou levar você.
Sentindo-se marcada sem qualquer razão, exceto que finalmente veria dentro de sua casa o que não era apenas patético, - Joan seguiu rapidamente depois de ajeitar as enroladas calças de algodão de volta sobre o cinto de moedas de um centavo e das calcinhas. O que os vizinhos ricos diriam? Ha.
Depois de ter recuperado sua mochila de ginástica do banco traseiro, o que fez Archer sorrir e fazer um comentário que ela não ouviu, ela o seguiu até a varanda. Pescou uma chave por trás da caixa de metal, voltando às sobrancelhas para ela, em seguida, abriu a grossa porta de carvalho, clara e polida com um brilho superior.
— Isso não é muito seguro, manter a chave fora dessa forma, - comentou.  —E agora eu sei onde ela está. Ela se perguntou quantas outras mulheres também sabiam que a chave de Archer estava por trás da caixa de correio.
Archer encolheu os ombros.
— Eu confio em você.
O desejo de dar-lhe um abraço de quebrar ossos era forte, mas ela resistiu, no esforço para não dissolver numa poça de Líquido Derramado. Ela tinha que estar fresca. Manter-se ligada. Não olhe para sua bunda. No entanto, a noção dele de confiar nela bastante para mostrar-lhe onde ele colocava a chave de sua casa a envolvia numa prazerosa, calorosa negação. Ele não pensava nela como algo mais do que uma parceira de foda divertida. Ainda assim, fora bom, fingir por alguns segundos. Mas ele não era um vagabundo como Chantal suspeitava, apenas muito, muito amor devotado e um arrogante, cara engraçado—apesar das asperezas de sua personalidade de Menino Malvado.
Sexo, mulher. Isto é sobre sexo. Nada mais.
Infelizmente.
Assim que ela entrou, soube que ele vivia sozinho. Seu senso de observação policial disse-lhe isso. Completamente solteiro. À sua direita em uma mesa de mogno brilhante foi colocada uma pequena tigela de cerâmica, com um conjunto de chaves, uma carteira e um par de máscaras. Carteira muito bonita.  Couro marrom, gasta nos cantos e gravada com GBA em letras cursivas. Seus chefes não lhe tinham dito o que o B representava. Ela teria que dar uma olhada em seu arquivo, ver que tipo de fundo, seu cheque revelava. Deveria estar limpo, se o tenente recebera seu nome. Joan não podia perguntar ao tenente se sabia o nome do informante, mas prometeu perguntar a Chantal, que sabia tudo sobre todo mundo.
— Uau, isso é bom, - disse Joan quando ela passou por um espelho alto dourado colocado no final da entrada, bem acima de um vaso estreito cheio de ramos finos. 
— Muito... O que é a nova palavra? Coisas da Ásia.
Archer parou para olhar para o espelho. 
— Era de estimação de minha mãe. Ela teria me vendido antes de se desfazer dele.
Joan não sabia como responder, e assim só fechou a boca. Poderia sua mãe realmente...?
Ele se virou para ela, um sorriso repleto. 
— Cara, você é ingênua. Ela não teria me vendido para mantê-lo. Talvez só me alugar.
Estava tão feliz que ele estava provocando-a— que mãe poderia dar valor a um espelho tão grande? Que ela riu um pouco demasiado pela situação.
Você é como uma idiota, Murphy. Acalme-se.
— Seus pais não vivem mais aqui?
— Eles morreram há algum tempo e me deixaram a casa.
— Oh. Isso é muito elegante para mim, organizar minha entrada desse jeito. Desculpe. Ela quis ir até ele, saltando rápido até o corredor no processo e tropeçando alguns degraus.
O olhar de Archer brilhou no espelho, o rosto apertado e preocupado. Joan queria rir.
— Eu vou ficar longe dele. Não se preocupe.
Levou-a através de uma sala que poderia ser tirada diretamente de uma revista. Ele tinha o um velho bar inglês que usava em sua casa, sofá de couro, lâmpadas de bronze com as máscaras de vidro verdes, molduras de madeira e estantes de espessura ao longo de um lado. Ela ficou à espera de ver um daqueles enormes globos que escondia um bar dentro, mostrando somente o alto do hemisfério norte. Exceto pela enorme televisão tela-plana situada dentro de uma das estantes. Devia ter cinquenta polegadas!
— Esta é uma bela casa, Archer. Uau!
Ele se encolheu, mas parecia feliz de qualquer maneira. 
— Tanto mamãe como papai eram agentes imobiliários. Eu não tive nenhuma chance.
Falando nisso, ela viu uma moldura grossa que servia como suporte para livros em uma das prateleiras. Uma mulher rindo segurava um homem quase pelo pescoço, o cabelo ondulado preto escovado para trás sobre a testa alta. Então Archer tinha herdado os olhos claros de sua mãe e seu sorriso, mas o cabelo escuro parecia bastante com de seu pai.  A mãe não teria parado o tráfego com a sua aparência, mas havia algo de irresistível, algo típico sobre ela, no modo de sorrir e seus olhos brilhavam, apesar da idade óbvia da imagem.
Ela piscou para ele quando ela o pegou olhando. 
— Seus pais eram quentes!
Eles compartilharam um sorriso rápido quando ele a levou para a cozinha, além de uma balançante porta de treliça. Não era completamente moderno como tinha esperado, até um pouco cansativa, mas encantadora da mesma maneira. Os armários de madeira antiquados e os balcões de azulejos em tons de vermelhos e laranjas a fizeram querer sentar e conversar. Bastante doméstico! E sua casa cheia de tons Cremosos Constantes.
— Aqui, - disse ele, oferecendo-lhe um conjunto de utensílio para o desjejum pedido. — Vou fazer sanduíches que não sejam muito pesados.
Joan assistiu-o trabalhar em torno de sua cozinha, admirada pela forma como ele tratou de tudo com uma mistura de economia viril de movimento e proficiência culinária. Ele era, provavelmente, um grande chefe. Ela poderia - e fizera - a água furar uma bacia.
Depois que tinham partilhado um sanduíche saboroso presunto com mostarda Dijon e picles de endro; chá gelado e biscoitos de chocolate, ela ajudou a colocar tudo em ordem novamente, perturbando-o sobre os pratos - é para isto que as máquinas são feitas - Joan e seguiu-o até o banheiro para que ele pudesse mostrá-lo.

— Portanto, - ele perguntou encostado no batente da porta do banheiro. Seus bíceps contraídos quando olhou para ela da cabeça aos pés. — Juntos ou um após o outro?
Joan soltou uma risada - Maldito instinto de rir primeiro e perguntar depois! 
— Oh, você está falando sério? Eu pensei que você disse que praticaremos hoje.
Ele balançou a cabeça devagar. Ah, e ele começou a fazer aquela coisa com a boca, como se jogasse uma bala de hortelã lá. Ela não se importaria de colocar as mãos numa mina na verdade.
Enfim, de volta para o deus do sexo com a demoníaca boca deliciosa.
— Quem diz que a prática não pode ser divertida? E de qualquer maneira, o que eu disse foi que você faria um ensaio geral. Assim, você só vai fazer a rotina uma vez.
Ela não conseguia nem falar quando pisou totalmente dentro e fechou a porta atrás dele.
— O vapor desliga os alarmes de fogo - observou ele, com o queixo mergulhado para baixo, estreitando os olhos enquanto a estudava.
Tinha alguém em algum lugar na história do mundo dizendo aquelas duas chatas palavras - alarmes de fogo - um som tão malditamente sexy?
— Você tem que ser a mulher mais quente que eu já vi Joan. Verdadeiramente. Tenho câimbras só olhando para você.
— Câimbras? Mmm, sexy.
Ele arqueou uma sobrancelha.
— Essa é a mais alta forma de elogio que um homem pode fazer. Quando as suas bolas dão câimbras só de olhar para uma mulher, você sabe que ela é especial.
Ela limpou a garganta para subjugar o riso. 
— Câimbras nas bolas?
Especial. Gostava de ser especial para Archer, mesmo que ela não podia deixar de suspeitar que ele cantara essa música para inúmeros outras antes.
Ele balançou a cabeça. E quando ele lambeu os lábios, manteve o inferior dobrado depois, a capacidade de Joan de falar, não, ainda pensar, foi drasticamente reduzida. Ela o viu se aproximar as pontas dos dedos delicadamente correndo ao longo da bancada negra, mais ainda até que estava em frente dela, sua respiração roçando a pele do rosto e pescoço e calafrios enviados diretamente para baixo para as solas nuas dos pés. Falando nisso, quando ela espiou para baixo, notou a protuberância impressionante armando nas calças. Eh!
— Você está me revirando, não é mesmo engraçado. Você sabe por quê?
Ela engoliu em seco. Seu olhar estava enlevado até o dele.
— Não deveríamos esperar até depois do ensaio geral?
— Você quer esperar?
— Um. Bem. Ela sorriu.
— Sim, é isso o que eu pensava.
Ele aproximou por cima do ombro dela e puxou o vidro aberto. 
— Chuveiro, ma belle. E depressa, se você não quiser picar a minha bunda pálida no chão ou executar o CPR em mim.
De longe, Joan desconfiava que a cena devesse ter parecido como se uma explosão de roupa tivesse ocorrido no banheiro grande e moderno. O top Sem Dor, Sem Lucro passou voando, assim como as calças de algodão enroladas, as calcinhas esportivas e cinto de centavo. Archer foi tão rápido em se livrar de suas roupas uma vez que as calças de karatê caíram nas telhas de ardósia agradável e rápida. Antes que ele as tirasse, Joan teve a metade de um segundo para admirar a apertada cueca boxer preta em seu belo quadril e nas coxas musculosas. Então saíram voando e caíram também sobre o balcão.
Nu, despertado -e não apenas um pouco a julgar pelo tamanho do pênis, ele apontou para ela agora, -ela deixou-o encostar-se no canto do chuveiro e esperou que as mãos a pressionassem contra a parede atrás dela, enquanto ele fechava a mão roçando o botão de níquel. A água glacial choveu sobre eles a partir de três torneiras no teto. Ôoa. Um suspiro a deixou.
— FRIA!
Archer sorriu o que era o mais decadente sorriso lascivo do planeta, ainda mostrou os dentes como ele segurou a parte detrás do seu pescoço e puxou. Ela não perdeu um único precioso segundo e encheu as mãos com o seu glorioso do corpo masculino. Todos os músculos vigorosos, tão duros e convidativos!
— Toque-me, - ela sussurrou em seu ombro. O desejo de morder duro quase a esmagou.
— Não se preocupe, eu vou te tocar em lugares que você nem sabia que havia terminações nervosas.
Bem, soberbo, arrogante, ufa!
A água ficou quente quando Archer fechou-se sobre seus seios e deu um aperto rápido, provocante.
Seu pau picou-a na barriga quando ele fechou o fosso entre eles.
— Você sabe - ela disse contra sua boca, que ele manteve a respiração na distância de um cabelo dela apesar de não beijá-la. — Estivemos juntos por duas vezes e eu ainda não tive o gosto disto. Fechou o punho em torno de seu eixo.
Archer sibilou algo que se assemelhava notavelmente ao que Chantal disse quando ela estava se preparando para uma luta.
— O que foi isso? - Perguntou ela, provocante. Outro aperto.
Ele fechou os olhos, engolindo. 
— Se você me matar, você não vai entrar no Explosivo, você sabe disso.
Ela sorriu, em seguida, beijou uma trilha abaixo para barriga rígida para o seu igualmente pau duro que enchia sua mão. Ambas as mãos!
Enquanto ele apertou as mãos contra a parede, ela cutucou seus pés mais amplos para que ela pudesse se ajoelhar entre elas, escura glande rosada, tão lisa e brilhante e, agora, ensopada, pressionado contra seu rosto. Ela beijou a base dele. Os abdominais de Archer, de forma esculpida e mostrando grandes veias que conduzem a área de lazer, contraiu-se, puxou seu pênis e fez isto balançar sedutoramente.
Uma aproximação de dois punhos seria perfeita para ele.
— Você está pronto?
Archer amaldiçoou-a. 
— Você é uma grande provocadora!
Metade resmungando, metade rindo, Joan angulou para baixo a boca e envolveu seus lábios em torno da vara gloriosa, e trabalhou suas mandíbulas para acomodar sua espessura. Cada veia, ela fez questão de beijar e lamber. Cada crista, ela brincou com a ponta de sua língua. Em volta e em torno de sua glande. Ela explorou todos os ângulos dele, debaixo da base, as bolas que se contraíram a cada respiração.  Câimbras nas Bolas. Ha.
No calor do momento, ela juntou as mãos ao longo de seu pênis e começou a esfregar a ponta com ambos os polegares. Archer sacudiu-se violentamente.
— Oh, você gosta disso, não é?
— Mmm.
Então ela enfiou-o na sua garganta mais uma vez, pressionando a testa contra o seu baixo ventre e fez estrondos no peito para mostrar seu apetite, seu entusiasmo, enquanto ela esticou a pele para trás tão duro quanto ela ousou ir. Ele era tão bom. Revirando os olhos até o rosto, ela o pegou olhando para ela, a expectativa e a emoção em seu rosto bonito. Então ela lhe deu um show que ele não estava disposto a esquecer.
Joan sugou duro e barulhento. Com grande puxa, ela arrastou seu pênis, em seguida, levou-o para o fundo, repetiu o processo. Archer fechou os punhos sobre os cabelos dela. Porque ela estava ajoelhada diante dele, isto se tornou fácil em consequência. Ele queria que ela o imobilizasse?  Ela faria. Joan inclinou-se a parte traseira de sua cabeça contra a parede, preparando os calcanhares e olhou para ele, de boca larga. Ele pegaria a dica.
Após uma rápida olhada para baixo, os olhos Archer arderam. Plantando as palmas das mãos contra a parede, ele curvou seus quadris até o pênis dele encostar seu lábio inferior, em seguida, lentamente, como se fosse seu buceta, ele penetrou-a. Suavemente, sem sobressaltos. Joan abriu espaço para ele, enfiou do queixo para fora. Cara, ela quis morder duro! Dentro e fora ele deslizou. Quando os olhos dele fecharam, Joan sabia que ele estava se aproximando de seu auge. Ele puxou para fora completamente, dobrado seus quadris, e vindo.
Gemendo sob sua respiração, Joan amparou seu sêmen ardente na mão, trabalhou-o de volta em torno de seu eixo, esfregando e esfregando o conteúdo em seu coração e deixar a água lavar todo fora.
— Joan, - murmurou, olhando para ela. Um sorriso puxou-lhe os lábios. Ele parecia muito mais jovem desta maneira, sem a arrogância e o sorriso.
— Você precisa de uma pausa?
Ele bufou. 
— Eu vou fazer você pagar por me perguntar isso.
Joan gritou quando ele se inclinou e prendeu sob a sua boca enquanto as duas mãos seguraram-na pela parte de trás do pescoço. Ela não tinha para onde ir quando ele escorregou um pé entre os joelhos, cutucou seu sexo até que o topo de seu tornozelo pressionado diretamente em sua buceta, que latejava persistentemente.
A língua dele escovou e bateu, os dentes apertados e presos, e apesar da ocasional pontada aguda de dor perto, Joan não mudaria nada no mundo. Um gemido a deixou quando ele aspirou sua língua, picando isto então começando a chupá-la como tinha feito o seu pau. O cabelo preto caiu em fios grossos sobre os olhos, mas ele ainda conseguiu olhar para ela com as lasca duplas de gelo nos olhos. Tão intenso!
Ele se afastou abruptamente. Sua boca pulsava pela força do seu beijo. Essa língua adestrada!
Água fazia riachos de cada lado do pescoço. Ele estendeu a mão para a prateleira de canto e recuperando um tubo, do qual ele apertou um pouco de gel na sua mão. Ele espumou espessa espuma que deixou rolar ao longo de sua perna entre as dela. Depois de roçou um pouco o tendão dos músculos do pé e separou o sexo dela, ele sorriu maliciosamente. 
— Gire seus quadris.
Joan fez. Ela aterrou descaradamente contra o ângulo do tornozelo liso pelo sabonete cremoso. Porque seus olhos estavam fechados, ela não viu Archer ir para as mãos dela até que ele prendeu-as e as trouxe para o alto, sobre a cabeça dela para que ele pudesse fixá-las contra a parede. Ajoelhada ao pé,— no pé de um amante,— com as mãos presas para o alto com o vapor de água quente por toda parte. Ela tinha uma dura vida.
— Eu quero que você role seus quadris, ma belle,- disse ele, inclinando-se para que ele pudesse colocar o rosto quase por cima dela. Ela abriu os olhos e só podia assistir, quando ele mostrou os dentes, lambeu seu lábio superior. — Gire-os agradável e aberto para mim.
Joan arqueou a parte inferior das costas ao largo da parede e começou a girar os quadris, cada rotação esmagando sua vulva contra a parte superior do tornozelo, que era dura e oh, tão suave. Ele a ajudou levantando seu pé cada vez que ela chegava face de seu giro, levantando o pé para trazê-la muito mais perto do orgasmo completo que espreitava no virar da esquina. Cada toque era pura tortura. Ela queria que grande pau pendurado direto em seu rosto. Ela queria-o em sua buceta! Agora! Não o seu maldito pé.
Em seguida, isto açoitou.
— Ahhhh.
O sorriso perverso de Archer anunciou que estava muito orgulhoso de si mesmo. — Continua, - ele insistiu, suas mãos ainda presas na dele. Mostre-me o que vem.
Mostrar a ele o que...
Oh homem!
Joan não pôde suportar a onda impetuosa sem um gemido e um impulso acentuado contra seu pé. Fazer um oito foi ainda melhor e ela veio para isto como uma vingança.
—C'est ça, ma belle. É isso aí - disse ele através de seus dentes. — É isso aí, Joan, dê isto.
Então ela esmagou sua buceta mais forte contra seu pé, Joan espalhando seus joelhos. Eles se irritaram no chão áspero de azulejos. Será que ela se importava? Nem um pouco! Em passadas vivas agora, veio direta para a borda. Assim como ela estava prestes a dar o toque final em seu potencial orgasmo, Archer deslizou o pé.
— Ei!!
Ela mal tinha tempo de suspiro quando ele caiu de joelhos, lançou as mãos para que ele pudesse abraçar a cintura e os quadris inclinação diretamente contra a ela. Seus dentes conectados quando colidiu sua boca para um beijo feroz. Abrindo espaço para ele, deu boas-vindas para Archer, o pau deslizando sem esforço.
Archer jogou a cabeça para trás. 
— Ah, porra... ahhhh.
À beira do limite para chegar e fazendo isto duro e forte, Joan segurou sua bunda e comprimiu-o contra ela. Se ele estragou tudo, ela estava indo para conseguir algum DNA sob as unhas, caramba!
— Venha, - ela pediu entre frenéticos beijos e mordidas no pescoço. — Venha, venha, venha!
Como uma cobra, Archer ondulado até que ela se sentiu como se estivesse usando seus abdominais para se chicotear fundo nela mais do que ela jamais tinha feito antes. Cara, ele era bom! Melhor do que bom. O melhor. Por uma fração de segundo, Joan desejava que pudesse ver outra vez depois que sua coisa tivesse acabado depois que Laramée estivesse atrás das grades. Um impulso especialmente forte trouxe os gemidos dela de volta para o aqui e agora. Ela estava chegando. O menino, como nunca veio!
Cada empurrão pontuado por um grunhido, Archer deve ter ficado com todos os fragmentos do músculo em seu corpo porque ele estava realmente, mas realmente se dando a ela, que lacrimejou um extenso choro de êxtase, até que ela encheu o chuveiro com sua voz, a dele como uma resposta chocante.
— Archer, - ela repetia para deleite óbvio dele que sorriu, fez o movimento de morder seu ombro, mas não.
— Não quero marcá-la para o seu grande show, hein?, - Ele murmurou depois lambeu o pescoço. — Vamos lá. Nível Dois.
— O quê?
Sem esperar pela sua resposta, ele se deitou de costas, puxou e deitou de supino, o pau um mastro rosado. Ou uma barra de dançarina. A analogia feita por seu sorriso, apesar do desejo real de estapear sua bunda por deixá-la enquanto ela ainda estava gozando.
Ele empunhou-se, uma vez bombeado. 
— Venha. Nós não queremos deixá-lo fresco.
— Que legal, hein? Eu vou te mostrar o fresco.
Joan se atirou nele, montado de frente para os pés dele e pegou bem onde tinha deixado, certo como tinha ficado a ponto de explodir e fazendo-se de um completa, incoerente tola.
E lá vai você, direeeeeeeeto mulher ... ... AGORA!
Ela envolveu-o com o sua buceta quando ela puxou para cima, em seguida, em espiral para baixo no comprimento dele, as ancas rolando. Se ela pudesse julgar por seu uivo agudo, ela tinha feito um bom trabalho.
— Joan! Oh cara, é só isso, ufa!
Ela fez isso de novo. Então outra vez.
Músculos arderam com o esforço, as coxas apertadas. Ainda assim, ela montou nele. E quando as mãos fixadas em torno de seus quadris, suas unhas escavaram brutalmente, ela sabia que o tinha. Os olhos fechados contra a onda monstruosa aumentando nela, o clímax vindo como minúsculos jatos de fogo líquido disparando dentro dela. Violentos espasmos musculares apertou suas coxas. Ele praticamente ergueu do chão quando ele chegou. Novamente?!
Ambas as suas vozes se levantaram, cruzando, encheu o chuveiro depois baixou para sussurrou e divagações incoerentes, promessas e revelações. Joan desabou sobre suas pernas para descansar a testa contra a sua canela. Atrás dela, Archer esfregou na sua bunda "girando e girando".
— Você sabe, - disse depois de um tempo.
Ela se virou para olhar para ele quando ele não terminou.
Archer estava olhando para ela. Água ainda corria e estava ficando cada vez mais fria. Esta batia no rosto e no corpo, fazendo um percurso riachos de gotículas regulares e acetinadas. Ele sorriu para ela. Imprudentemente. Carinhosamente.
— Sim? - Joan perguntou incerta se ela queria ouvi-lo ou não.
— Você é uma pessoa boa. Precisamos de mais pessoas como você para compensar aqueles que são como eu.
— Uau, er, obrigado, - balbuciou. Você é um grande cara, porque você diz isso?
Ele deu de ombros.
— Eu acho que nós precisamos de mais pessoas como você, você sabe de espíritos livres, onde não se sente como se existisse todo o tipo de ninhada de poeira escondida sob os tapetes.
Seu rosto estreitou-se e Joan se perguntou por quê. Com um toque em seu quadril, ele indicou que queria se levantar.
Joan rolou de cima dele. Lavaram-se em silêncio. Depois de constatar que ela estava pronta, ele manteve-se controlado. Água de repente parou criando um vazio estranho e estourando a bolha de felicidade tão eficazmente como se qualquer um deles tivesse dito algo extremamente constrangedor. Assim como ela estava perto de fazer. Ela gostava de seu instrutor de fitness do estragado garoto malvado George B. Archer. Ela gostava muito dele.








































Capítulo Oito
 
Archer xingou interiormente. Ele esteve a ponto de derramar sua tempestade aos pés dela. Que diabos tinha de errado com ele? Não era tempo maldito para contar a ela sobre Gentlemen Incorporações. Não agora. Ele tinha que esperar até depois do trabalho, para ter certeza que se ela ficasse chateada, não refletiria em seu desempenho e conseguisse fazer seu trabalho. Aquilo tinha bagunçado tudo. Ele já podia sentir que ela sentia-se um pouco estranha enquanto se enxugava. Odiou-se, mas se odiava ainda mais por dizer o tipo de cara que era. Se Adriano esperasse que Archer desse a Joan um dos cartões de ouro, ele poderia pegar um avião e vir fazer isto sozinho. Archer provavelmente estaria ocupado esquivando-se das balas. Dela.
Depois que recuperou o tubo de manteiga de cacau debaixo da penteadeira, ele envolveu uma toalha em torno de sua cintura para que ele pudesse dar-lhe um pouco de tempo para se preparar.
— Aqui, - ele bateu no tubo laranja. — Bata isto. Onde está a sua mochila?
— Na cozinha, no balcão do café da manhã.
Ele sorriu. Seus pais como agentes imobiliários teriam apreciado uma amiga que conhecia como as coisas eram chamadas numa casa. Mas, novamente, ela não era sua namorada, era? Não, ela era apenas uma das damas de Adriano. Um contrato.
Falando sobre mijando em minha própria Rice Krispies.
O clima definitivamente retornara a um nível mais platônico, ele recuperou sua mochila, passou para ela sem encontrar seu olhar e anunciou que iria esperá-la no estúdio. Ele não achava que ele fosse forte o suficiente para olhar para ela e não começar a babar e curvar sua perna. Embora ela tivesse copulado com ele. Ha.
Ele a deixou no banheiro foi para seu próprio quarto— ele deveria tê-la levado lá, em vez do chuveiro, mas não tinha uma namorada em seu quarto desde Vickie -puxando o jeans descoloridos e uma T-shirt dirigiu-se descalço no tapete até a porta da frente. Quando ele abriu, Mel estava lá, o rosto branco como giz, segurando seu PDA à sua frente. Ela parecia pronta para esfaqueá-lo na barriga com a sua chave.
Archer pulou para trás um passo.
— Cara! Não é realmente uma boa hora. - Ele não poderia ajudá-la. Parecendo sussurrar certo rigor agora com Joan se preparando para fazer seu ensaio. Ela não precisava da presença de Mel. Nem ele. Mas ele não lhe diria. Ele ainda se sentia terrível por ferir seus sentimentos no dia anterior. Ela parecia estar de volta a sua despreocupação usual. Mulheres.
— Ela está aqui? - Mel perguntou, levantando a pequena estatura sobre os dedos dos pés para que ela pudesse olhar por cima do ombro. Ela usava jeans e sandálias com um dos tops medonho de manga. Novamente. — Isto é realmente sobre ela.
— É, portanto seja rápida, - ele rosnou por entre os dentes. Rapidamente, ele fechou a porta e escoltou Mel de volta para seu carro estacionado atrás do mortal prata de Joan. Apesar de ser razoável, ela tinha um bom carro pequeno. O único problema era a motorista.
— O que está acontecendo?
Mel segurou seu PDA, mostrando a ele. 
— Ele está tentando entrar em contato com você. Onde está seu celular? - Ela olhou para a cintura em seu celular normalmente pendurado.
Ele acariciou sua cintura, amaldiçoando. 
— Em casa. Por quê?
— Adriano, ele sabe tudo sobre mim. Ela disse isso com uma mistura de admiração e emoção em seu rosto pontudo. Ele me mandou um email quando não conseguiu chegar até você. Para mim. Então ele sabe quem eu sou e como chegar até mim. É... É muito Twilight Zone. Enfim, ele disse que... Bem, você leia isso.
Ela empurrou o PDA fino para ele.

Um simples olhar foi o suficiente. Archer blasfemou suas pernas já teriam se dobrado, se tivesse ficado sozinho para ler isto.
— Maldito filho da puta.
— Precisamente.
— Por quê? O que ele disse?
Mel balançou a cabeça. Essa é a mensagem que ele me enviou, eu só fiz a transferência para o meu Pocket Life. Então você sabe tanto quanto eu. Uma coisa é certa, não é seguro, você tem que afastar-se agora. Ela vai querer saber o porquê. Você vai ter que lhe dizer.
— Como diabos eu preciso. De jeito nenhum - O pensamento esfriando seus ossos. — Eu vou e irei ao fim disto.
— Adriano foi muito claro. É muito perigoso. Além disso, talvez nós devêssemos dizer a ela, talvez ela precise saber de coisas como...
— Eu não ligo para o que esse cara rico entediado diz. Eu não estou me retirando o caso. Irei com Joan e se isso significa ficar retirado da agência, então é isso, isso é tudo. Eu ia sair de qualquer maneira.
Ele não podia acreditar naquilo, cara! Pedindo-lhe para retirar-se no meio de um caso! Que tipo de excêntrico de italiano rico era ele?! Não eram os italianos que deveriam ser os imprudentes, orgulhosos, machistas? Pfffft! Assim que Adriano tinha recebido notícias de urgência de que algo grande estava prestes a ir para baixo no Explosivo? Assim Adriano tinha decidido que era demasiado perigoso para Archer ir com Joan? Ele poderia muito bem não deixá-la ir sozinha agora, poderia?
Isto não é o que incomodava mais ainda.
Verdade. Não significaria que ele teria para lhe dar uma razão. Ele não achava que poderia mentir para seu rosto novamente sem mostrar sua culpa— que sabia que estava nele. Ele não podia contar a ela sobre esta notícia, sem ter que desembolsar, em seguida, os Cavaleiros das Incorporações Adriano. A coisa iria sair; o seu status de acompanhante, o dinheiro que ele estava recebendo por debaixo da mesa para treiná-la. Ela desejaria saber mais - as mulheres sempre queriam - começaria a questionar tudo o que ele tinha feito ou dito, provavelmente olhando para ele como se ele fosse um bandido. Que não estaria muito longe da verdade. Ele provavelmente iria perder o seu afeto. E, obviamente, a confiança dela. Archer suspirou. Ele não estava disposto a arriscar. Cagão, sim, jogador, não. Então, ele tinha basicamente uma escolha. Vá em frente de qualquer maneira, apesar da advertência de Adriano que se ele se recusasse a retirar-se do caso, seria retirado da agência.
— Você tem que dizer a ela agora, Archer, - Mel sussurrou de seu modo habitual. Um grito áspero para ninguém. Ela vai ficar muuuito puta por você estragar o seu trabalho. Ela balançou a mão como se a tivesse queimado. —  Oooh!
— Eu não estraguei o seu trabalho! Eu estou indo com ela, não é?
— Você não deve, - retrucou. — Talvez...
— Sim, obrigado, Mel. Isso me faz sentir muito melhor. Então, lembrando-se de diminuir o seu tom, ele rápido levou-a ao seu carro, abriu a porta e fez um movimento imperioso com seu dedo indicador. — Obrigado por me avisar. Mas irei com Joan.
Mel olhou para ele por um longo tempo antes de assentir. Por que lá havia um sorriso?

— Ok, espalhe isto.
Com um sorriso, a melhor amiga desde o jardim de infância abaixou até seu braço, deslizou na cadeira e fechou a porta suavemente. Esta não bateu somente em Archer colidindo com o quadril dele contra o painel. Ela dirigia dessa maneira.
Depois de descer o vidro da janela, ela se inclinou por cima da porta, os seus grandes olhos negros brilhantes. 
— Você está apaixonado por Joan, - ela sussurrou em uma cantada que quase o fez perder-se.
O A da palavra novamente. Ugh.
Ela partiu antes que ele pudesse terminar a expressão. Ah, e ele faria bons alinhamento para ela!
Archer dirigiu-se às pressas para o estúdio, ligou apenas uma das luzes para simular um ambiente de boate e pegou uma cadeira dobrável do armário pequeno no canto. Sentou-se cerca de quinze metros de distância da barra mestre e esperou.
Maldição.
Por que ele estava ficando tão esforçado nisto? Isto estava prestes a acontecer, que uma das Damas - Joan, pelo amor de Deus, ela chamava-se Joan - que poderia descobrir antes que pudesse terminar a tarefa. Porque é que tinha que ser ela? Por que ele não poderia ter prosseguido em sua alegre, independente maneira, fazendo o trabalho, dando o cartão dourado, esperando a próxima tarefa de Adriano?
Nããão, em vez disso, teve que cair por uma policial ardente que iria disparar na minha bunda.
Quando Joan entrou no estúdio, Archer pensou que alguém extinguira o seu mundo por um segundo ou dois. Se ele tivesse pensado nela como uma hottie-hot-hottie, ela praticamente rolou sobre ele quando adentrou no estúdio vestindo nada sob o traje de dançarina turca. Ela sairia da casa igual a isto?! Maldita ardente! Cada pequeno disco de ouro o chamava com o seu canto de pequena sereia.
Vem, Archer, veeeem e toca carinhosameeeente.
— Joan... Você está...
Ela sorriu, chocalhou seu quadril uma vez para agitar o cinto de centavos. Seu cabelo ainda estava molhado, mas que estava bem melhor para ele. Adicionando um primoroso, olhar exótico, na verdade.
— E?
Ele respirou profundo. 
— Eu vou ter que sentar no meio da multidão e me certificar de que não mudem o exercício quando você chegar. Ele ouviu a própria voz, mesmo que não tivesse idéia de como poderia falar quando mal podia respirar. Você está deslumbrante.
Sorriu mais largo, encolheu os ombros como se estivesse dizendo Aww, nojo.
Oh, me deixe com a música.
Ele correu para o CD player, sem tirar os olhos dela, e bateu nervosamente desajeitadamente nos botões. Cara, onde tinha ido o bom Archer? Ele estava agindo como um adolescente diante de um lance mau com um professor pressionador! Finalmente, ele escolheu a bandeja direita, pressionado iniciar e correu de volta para seu lugar. Com uma mão, ele pediu a ela para tomar sua posição na barra.
Ela o fez, seu sorriso deslizando para baixo para ser substituído pelo mais delicioso olhar intenso de poder feminino predatório que já tinha visto. Se fosse esse o olhar que ela daria à audiência no teste de amanhã, ela derreteria a casa. Porra, ele amava o seu trabalho!
A mensagem de Adriano reproduziu em sua mente e por um segundo ele não suportou encontrar o olhar dela. Mas no caso de que pensasse que estava evitando o olhar dela porque ela absorvera a coreografia, Archer se forçou a olhar nos olhos dela, dando o seu apoio enquanto podia. Pois sabia que quando ela descobrisse sobre seus pequenos assuntos à parte, quando veria todos os montes de poeira em seu tapete, ela nunca iria querer algo com ele novamente. E se o pensamento de não ver Joan Blair novamente, simplesmente o fazia querer se enrolar no sofá, assistir shows ruins de TV, então ele poderia reclamar e beber conhaque demais. Mel não iria pegar seu vômito novamente ele sabia. Ele estaria sozinho. Solidão abatendo-o de uma só vez.
Caia fora, homem, ela está olhando para você.
Joan esperou sua sugestão, que vinha sob a forma de um toque ligeiramente mais baixo do que o resto. Na terceira batida, ela começou a rotina. A voz assombrosa do cantor pairando sobre cada sílaba.
Archer assistiu fascinado quando ela passou por ele com uma perfeita e cronometrada cadência, com rajadas de boa velocidade seguidas de passos batidos e reviravoltas em torno da barra. Ela esqueceu apontar seus pés um par de vezes, mas bateu seus quadris, as costas curvadas tudo bonito e alto. Foda-se. Ele estava ficando duro novamente. Se não tivesse acabado explodir, o que, por duas vezes na última hora?!
Acalme-se disse. Ela precisa se concentrar nisso.
Para a segurança dela e aparentemente a dele. A menos que Adriano estivesse sendo leviano.
Sim, provavelmente estava. E mesmo assim, como ele sabia que algo grande iria acontecer amanhã? Quem era ele? Ele morava na Itália pelo que eu conhecia inteiramente. Bah! Deixe de se preocupar com isto. Cagão.
No momento em que o temido Giro Inverso de Joelho se aproximou, ele poderia dizer que Joan estava ficando ansiosa; sentimento mostrado apenas pela determinação do aperto de sua boca. Com um arquejo, ela agarrou a barra, envolveu por fora da perna em torno desta, então começou assim que ela deslizou para trás e para baixo em perfeito controle; de modo aterrar normalmente após duas voltas no sentido horário exato e não baqueando na bunda dela. Archer jurou que havia um clique quando cravou o movimento. Cravou este!
A guitarra elétrica lamentou seu último pico, e então houve silêncio, apenas interrompido ocasionalmente pelo ofegar de Joan. O cabelo molhado preso à sua testa. Ela olhou para ele, seus olhos procurando. Por sua aprovação?
Então é disso que eles falam.
Quando eles mencionam o momento em que um homem sabe que ele está caído— e queda era a palavra exata no seu caso, e algo lhe dizia que ele seria aterrado duramente também, com o pé de Joan carimbado na sua bunda, - derrubado por uma mulher. Caída péssima. Era verdade, então, os sentimentos malvados que poetas descrevem a euforia, o medo, a esperança. Tudo misturado com uma boa dose de apreensão e os últimos resquícios de alguma negação agarrada ao seu coração. Ele não podia se apaixonar por Joan. Não era assim. Ele a perderia em apenas um dia. Haveria o amanhã, depois haveria o vazio. Não seria ele a observá-la de volta ao Explosivo, enquanto ela resolvia seu acontecimento, pegaria o cara malvado e receberia com todas as honras o seu papel devidamente merecido, em seguida, haveria de gritar, possivelmente, chutando o burro do Archer. E então ele estaria sozinho numa casa elegante, demasiada grande para ele e preenchido com nada, apenas as fotos de seus pais mortos. Bons tempos, bons tempos.
Archer ajoelhou-se para que ele pudesse se sentar sobre os calcanhares. 
— Joan, ele começou, tentando não deixar escorrer seu coração de seus olhos. — Isso é mais sexy, a treino de dança mais bonito que eu já vi.  Se eles não te
levarem, eu vou chutar suas bundas. Eu não me importo se Laramée tiver vinte capangas ao seu redor.
Ela tocou o cabelo do rosto e chegou a se ajoelhar na frente dele.
— Ele não deve ter vinte capangas com ele, é por isso que nós queremos golpeá-lo em seu clube, quando ele espera o mínimo. Tanto quanto concerne a ele, não sabemos que retornou ao Canadá. Mas agradeço. Depois de uma rápida olhada para barra atrás, Joan levantou a cabeça dela. — Está tudo bem?
Archer sentiu seu coração apertar como se alguém tivesse apenas laçando-o e puxando-a para baixo e para fora através de sua bunda. Ugh.
— Por que você pergunta?
Ele estava desesperadamente tentando insinuar o problema, Adriano havia avisado sobre não estimular suas suspeitas. Mas ele era bom em mentir, não era?
— Você parece preocupado. É sobre amanhã? Você terá um wire. Os meus colegas estarão dentro do clube em questão de segundos, se as coisas ficarem feias.
— Eu ainda estou pensando sobre os criminosos. E se o local estiver infestado deles? Poucos segundos são tudo que você precisa para levar um tiro.
E se aquele que supostamente assistiria a sua apresentação era um mentiroso e um trapaceiro e um pau oportunista demasiado covarde para dizer o que estava em sua mente?  Sobre esse cara?Aquele cujo coração estava quebrado?
Seus olhos se estreitaram e por uma fração de segundo, Archer ia dizer para ela. Bem aqui, agora. Ele ainda tinha fôlego para fazer exatamente isso. Mas o pensamento dela tão perto dele, do nojo que retorceria no rosto dela.
Eu sou tão covarde.
E egoísta. Ele queria lembrá-la dessa forma e não poluir o momento com coisas como, bem, a verdade. Cara, ele queria uma bebida agora.
Ele emoldurado o rosto com ambas as mãos, escovando suavemente as maçãs do rosto com seus polegares. Ele não disse nada, mal conseguia respirar como estava. Archer não podia acreditar. Ele realmente a amava.

Joan olhou em seus olhos claros e viu algo que não tinha estado lá antes. Afeto. Calor. Isto a envolvia, a fez sentir-se quente e formigando. Uau! Essa diferença!
Archer beijou suavemente, ternamente, apenas com os lábios e não a língua malvada. Ela respondeu na mesma moeda. Enquanto acariciava seus ombros, pescoço, ela fez o mesmo com ele, como se ela estivesse descobrindo-o mais uma vez, este novo homem. E quando ele aplicou um pouco de pressão para indicar que ela devia deitar-se ao seu lado, ela concordou imediatamente para que pudesse apreciar melhor a mudança de ritmo e o que estava por vir.
Ele permaneceu em silêncio intenso, mas como ele passou a mão ao longo do seu ombro e lado, para baixo sobre seu quadril e da coxa, até chegar até o joelho e panturrilha, que era usada como uma tela para desenhar formas de serpentina com o dedo indicador. Ela estremeceu de prazer.
— Archer.
Ele balançou a cabeça. 
— Shh.
Então, quando ele estava na frente dela, também apoiado em um cotovelo, Joan não se mexeu nem tentou tocá-lo de volta. Ele obviamente queria fazer isso por si mesmo. Quem era ela para se queixar?
Logo seu toque sutil provocou calafrios, suas carícias suaves provocando palpitações. Havia um desejo em seus olhos que não tinha estado lá antes. Joan não conseguia conciliar o homem com o fantasma de hortelã e o amante carinhoso atualmente a tocá-la. Ambos eram intoxicantes, mas no momento Archer passou pela cabeça e os ombros acima de sua metade Casanova para a solicitação do seu toque e da paixão no seu olhar. Joan não podia acreditar, mas Archer estava agindo de maneira amorosa.
Cara, ela já estaria aflita naquele ângulo mais se não tivesse tido medo de estourar a bolha frágil. Então, talvez ela fosse especial. Talvez não houvesse tantas esfregações nas barras.
Mesmo que ele nunca dissesse uma palavra, ela o compreendia perfeitamente quando ele apertou contra seu quadril, rolou-a sobre as costas, em seguida estava deitada ao lado dele. Os discos minúsculos brilhavam em silêncio à luz âmbar como se tivesse chovido ouro. Ela tinha certeza de que ele tocou a cada um individualmente, também, circulando suavemente cada centavo minúsculo, tratar o umbigo para a mesma atenção, vindo mais e brincando com a última linha ao longo do sutiã. Ela mal podia respirar!
Seu olhar sobre ela, ele se inclinou e beijou mergulhando raso abaixo de seu esterno. Nenhuma língua. Apenas lábios. Sensíveis, sensíveis lábios. Então ele tocou em sua pele, criando uma flor, uma necessidade profunda nela que só ele poderia atender. Ela sentia como se estivesse derretendo entre as pernas. Quando ela começou a esfregar as coxas juntas para mostrar-lhe a fome, a mão de Archer deixou seu sutiã e caiu abaixo de seu monte de Vênus. Ao mesmo tempo, sucos escoaram dela para ele, que coletou e esfregou sobre sua vulva. E se esse simples prazer não apenas fizesse Joan desejá-lo ainda mais! Ela arqueou contra mão. Um dedo cordial entrou, então dois. Dentro e fora. Lentamente, sabendo exatamente como agradá-la. Não levaria muito tempo.
Enquanto ele fazia amor com ela com os dedos, a boca não estava ociosa. Como um colar de pérolas de beijos, ele apertou os lábios, a intervalos regulares entre os seus seios, no alto do pescoço, no rosto dela. Joan apenas fechou os olhos e aceitou seu doce presente. Prazer breve construído, abarrotando suas coxas. Ele deve ter sentido isto vindo porque Archer acentuou sua cadência, mas apenas ligeiramente. Ao invés do sexo de fusão de mente que tinha tido com ele, o que atualmente partilhava, sentia mais profundo, mais próximo, mesmo que ele estivesse usando apenas as mãos.

— Archer... 
— Eu sei, - ele sussurrou contra sua boca. — Shh.
Um espasmo floresceu em sua buceta, espalhando o calor de sua bunda, em seguida, o gozo revestindo ambos enquanto ela exalava o orgasmo mais profundo. Como se ela estivesse compartilhando um prazer secreto com ele, o prazer que ela não tinha conhecido estava lá. Ele soprou em seu suspiro, beijando-o para fora dela e dentro dele. Sua recompensa. Seu presente.
Archer sorriu enquanto se afastou. Repleta, ela não se importou quando ele deslizou os dedos para fora e a beijou na testa.
— Obrigado, - ela murmurou, sabendo que ela sorria, como um gato, gordo preguiçoso. 
Ele balançou a cabeça. 
— Não. Obrigado a você.

Archer dissera isto. Ele estava agradecendo por compartilhar esse prazer tranquilo com ele, por permitir-lhe em seu corpo e sua vida, mesmo que por alguns dias, mesmo que tudo tivesse que chegar ao fim no dia seguinte. Pelo menos ele tinha isso com ela.
Depois ele se deitou ao lado dela, mas de barriga para que pudesse descansar a cabeça sobre os braços cruzados, ele olhou para ela um longo tempo. Os vestígios de clímax logo desapareceram de seu rosto corado. Ela era tão bonita assim. Então...
Eu realmente bobeei neste momento.
Ela conjeturou a sua posição, os olhos semicerrados.
— Não te assustam esses trabalhos? - Perguntou ele. — Ferir quer dizer. Fazer isto.
Ela encolheu os ombros. 
— Claro. Mas eu tenho treinado para isso. E você deve ver o tamanho da arma do meu parceiro.
Eles compartilharam um sorriso tranquilo.
— Eu sei. Ainda... Por que você mesmo tem que estar no clube em pessoa? Vocês não podem pegá-lo de outra maneira?
— Nós tentamos antes, mas ele é um peixe viscoso. Quando você pensa que ele fixou, ele desliza para fora do país. Não é que não temos o suficiente para acusá-lo neste momento, o que fazemos, mas temos que buscá-lo, fisicamente, quero dizer. A Interpol disse que esteve vários meses, na Europa Oriental, e agora que ele está de volta, temos de tentar marcá-lo novamente. Só que desta vez, vamos jogar sujo.
— Marcá-lo? 
— Ter alguém que faça a confirmação visual, você sabe, então permanecer para quando colocar a cavalaria dentro. Meu trabalho é ir lá, identificá-lo, espero conseguir manter um controle sobre ele até que o resto apareça. É por isso que usamos a palavra segura. Então será bastante e rápido.
— Isso não é como eles fazem nos filmes. Isso soou petulante e ele não se importou. Ele realmente estava preocupado por ela. Onde é que os caras da SWAT estarão? As grandes armas?
Joan riu. 
— Não é como clímax, mas funciona. Com Claude Laramée, qualquer método é bom desde que inicie o trabalho a fazer. Nós tentamos as intimações, fora do tribunal, os seus advogados apenas riram de nós. Tentamos que a INTERPOL o prendesse no exterior, eles não puderam encontrá-lo depois de que um de seus informantes, que os alertava de seu iminente retorno a Portugal, foi encontrado morto. Então, amanhã nós iremos atrás dele em sua própria casa, algo que nunca fiz.
— Digamos que ele está lá e você consegue mantê-lo com você o tempo suficiente para o seu grupo para chegar lá, então o que acontece?
— Vamos esperar e fingir que estamos tão chocados como todo mundo quando eles atacarem o clube e capturam todos por uma série de acusações.
A ironia da vida. 
— Ah, isso eu posso fazer muito, muito bem. Tenho prática.  
— Oh? 
— Não pergunte.
Ela olhou como se quisesse, mas não. Se ele só podia ter ficado carregado um pouco mais honesto, um pouco menos autocentrado. Ele poderia ter evitado a grande armadilha que ele estabelecera para si mesmo.
— Tudo vai ficar bem, ok? - Disse ela, inclinando-se para frente e plantando um beijo em sua boca. — Você terá um wire.
Archer nunca tinha imaginado que um dia a sua vida e a da mulher que ele viria a amar estariam presas por um fio. Literalmente. Ele esperava que para ambos seus motivos fosse apreciados.



* * * * * 
— É bom que não precise se preocupar com o cabelo - disse Chantal, rindo da maneira que Mel tinha feito no dia anterior. Será que todas as mulheres sorriem desta forma quando não dizem exatamente o que estava em sua mente?
Sim, ele bronzeou o peito e as pernas! Não só isso, ele usava loção para o corpo também. Então, o que era isto? Damas, elas amavam a pele lisa.
Então me autue.
Archer deixou a mulher alta aplicar outra medida de fita adesiva hipoalergênica ao peito, disse no ponto rosa. Esse material era grande e não apenas para a realização de vestir de J–Lo também juntos. Também servia para pegar trapaceiros e mentirosos como ele. Embora no seu caso, ele estava ligado para assistir as costas de Joan, porque ela não poderia usar uma própria. Portanto, neste caso, era diferente. 
O sargento–detetive, "Dor" Sauvageau visto como parceiro de Joan brincava com o microfone pequeno em forma de disco e fio antes de recuar para admirar seu trabalho. Ou os seus peitorais. 
— Perfeito. 
— Eu sei. Eu trabalho fora. Ele não poderia ajudar nisto.
Ela sorriu algo desequilibrado que lhe disse que esta mulher tinha problemas nas pernas. Atitude nos pés. E pernas sobre as pernas também. Ela deve ter um e cinquenta e cinco, mas a proporção das pernas era apenas estranha. 
— Pas pire pour un maldito inglês – disse ela com um sorriso. Talvez ela não sabia que ele tinha crescido com crianças francesas, apesar de sua língua materna ser Inglês. 
Nada mal para uma droga de Inglês...? Pfft! 
— Merci du elogio. 
Quando os olhos inflamaram-se, sentiu tapinhas no ombro, mas a deixou assando em seu próprio fogo em seu lugar. Sim, obrigado pelo elogio. 
Sauvageau surpreendentemente parecia encantado. Ele riu enquanto reorganizou o seu colete à prova de balas sobre a camisa. 
— Isso vai ficar durante toda a noite, com o suor e tudo mais? - Archer perguntou a ninguém em particular, abotoou a melhor camisa sobre o fio e a bateria minúscula. Sua melhor camisa, terno e sapatos para seu melhor desempenho. A mentira de sua vida. Seu canto de cisne de Adriano seria muito fogo no rabo dele depois que este compreendesse que Archer tinha ido de qualquer maneira, apesar de ser dito para sair fora. Adriano Fodido.  Gentlemen Incorporações fodida. E seus medos sobre os acontecimentos da perigosa noite.
Archer estava vestido para matar ou ser morto em seu terno cinza escuro, camisa preta aberta e mais sapatos brilhantes, e ele se sentia...
Como merda.
A olhada de Joan para ele forçou um sorriso indiferente. Tenho que manter as aparências. 
Ela usava um longo casaco de cor creme sobre a sua "fantasia" e tinha seu cabelo ao natural, apenas vagamente escovados para trás e derramando sobre os ombros atléticos. Por que ele não poderia tê-la conhecido antes? Em circunstâncias muito diferentes. Tempo Malvado e mojo ruim. Isso só sugava.
— Isto deveria segurar. Você tem a fita de memória? - Joan perguntou pela terceira vez.
Ele balançou a cabeça, puxou-a, mostrou-lhe, em seguida caiu para trás em seu bolso interior do casaco. Sua música era sobre isto, para permitir a escuta ao pessoal no teste. Archer questionou se isto duplicava como um dispositivo de rastreamento. No caso das coisas se tornarem uma merda...
Apenas Chantal e Sauvageau estavam atualmente no vestiário; o resto dos integrantes da equipe esperava na garagem subterrânea um nível abaixo, se preparando para invadir o Explosivo, para prisão do burro criminoso Laramée. Mesmo que ele fosse um cara, a presença de Sauvageau não incomodou Archer, pois ele sabia que o homem considerava Joan como uma colega e talvez até uma irmã caçula. Archer não conseguiu detectar qualquer conotação lasciva na maneira como ele olhava para ela. E por isso, ele estava feliz porque se Sauvageau tivesse feito qualquer comentário inapropriado sobre sua fantasia, que ela mostrara, sorrindo para seu parceiro, Archer só poderia ter tomado a sua frustração sobre o grande homem e colocado a técnica do judô abaixo de sua bunda peluda. Como o resto dos caras tinha descido Joan não teria que aturar as vaias e os comentários obscenos não, que ele pensou que ela levaria. Ou que Chantal iria deixá-los. Isto parecia assustador, tanto verbal como fisicamente. Ele, por exemplo, não iria atravessá-la, a menos que fosse absolutamente necessário.
Uma porta fechou em algum lugar. 
— Ao menor sinal de problema, Sr. Archer, disse uma velha mulher asiática quando pisou em torno da linha de armários, - você diz o código.
Ela estava vestida de azul escuro e usava jóias de ouro e jade. Agora, este foi um belo terno, corte perfeito para a sua estrutura petite. Quem disse que damas policiais pareciam homens? Estas três certamente agora pareciam perfeitamente femininas. Bem, Chantal fez um olhar um pouco masculinizado, mas numa espécie de forma desportiva. 
— Você diz a palavra, grita, canta, sussurra ela. "Rhodes". E nós estaremos lá. A mulher mais velha estalou os dedos. Um vinco profundo estragando a testa surpreendentemente suave. Ela não parecia feliz, mas conseguia manter a calma. Archer imediatamente a reconheceu como A Grande Chefa.
— É tudo de bom, Tenente, - Chantal respondeu com sotaque francês fazendo o som classificar como Tee-nen-tê. 
— Não, não é, - respondeu a patroa. Ela deu uma olhada na distinção de Joan. 
— Você deve ter cuidado policial. Eu estou dizendo como uma mãe e uma policial. Você se certifique de que volte com todos os suas peças em anexo.
— Senhor Archer, também - comentou Sauvageau através de seu bigode. Ele deu um olhar ameaçador para Archer que falava em cores de neon — Você ferra e perde todas as suas peças. 
Depois de alguns preparativos de última hora, Archer e Joan entraram em seu carro, ele compeliu-se agradável e apertado, logo que o seu traseiro conectou com o couro, enquanto o resto os seguiria em diversos veículos que iam de utilitários esportivos de Pickups Datsun. Assim, ao contrário dos filmes com suas caravanas de caminhões e vans pretas. Onde é que a polícia de Montreal conseguiria seus equipamentos? Nas concessionárias de carros usados? 
Joan sentou-se, acomodou-se em seguida, virou-se para ele. 
— Estou nervosa - disse baixinho.
Oh sim, é isso mesmo. Nós estamos sendo gravados.
Ela tentou um sorriso valente, mas que acabou em careta.
Archer pensou que seu coração iria quebrar. 
— Vai ficar tudo bem– a boca então apontou para o peito. Eu tenho o wire.
Eles compartilharam uma risada rápida, forçada.
— Ok, vamos lá. Nós não queremos chegar tarde.
— Mas isso não significa que você tem que dirigir mais rápido do que o necessário, certo? Certo?
—Très engraçado. 
Ela jogou o cabelo solto para trás, começou então a dirigir seu carro para fora da garagem subterrânea. Atrás deles, Archer poderia marcar pelo menos dois dos veículos da polícia, um deles convertido em caminhão de entrega de correio em que o sargento-detetive Dor e a Teen-nen-tê estavam. Chantal vinha em um dos carros menores. Ele não sabia se a arma pendurava-se debaixo do braço dela ou o no casaco, mas tinha ficado enorme. 
Uma dama policial com um olhar assassino e uma enorme arma? Bom. 
Ele não era um daqueles machos Neandertais que se acreditavam invencíveis, porque aconteceu dele ter um pinto e cabelo facial. Quanto mais pessoas armadas do seu lado da cerca, melhor. 
Conforme acordo, eles circulariam pelo bloco um par de vezes para estabelecer a comunicação e garantir que todos os receberiam bem. Porque a linha de Archer era para enviar e não receber, Joan e ele não teriam uma maneira de ouvir o resto da equipe. Ao que parecia esconder um receptor era muito mais difícil do que um transmissor poderia ser escondido em qualquer parte do corpo. Em oposição a um fone de ouvido que, infalivelmente, tinha que ser colocado na orelha do usuário. Depois de algumas rodadas, o caminhão do correio piscou o farol alto, uma vez, a confirmação prévia estabelecida com todos. Receberam alta e clara a voz do wire de Archer.
— Estamos bem, - disse Joan, seu tom de voz muito baixa e firme. Ela mudou de marcha. — Vamos.
A primeira reação Archer foi aprofundar-se mais no assento. Será que eles têm airbags em modelos mais antigos da BMW?  Será que eles estão em conformidade com as normas de hoje? Será que ele ouviu a si mesmo gritar como uma menina com um microfone? Archer momentaneamente fechou os olhos quando Joan foi para um canto como um maníaco, desviou de um caminhão de entrega de móveis que tinha retardado na frente de uma loja e passou com a manobra de um piloto bêbado. Completamente imprudente e veloz.
— Maldito filho da puta!
Ele respirou fundo quando Joan pisou no acelerador e dirigiu-se para a rodovia Metropolitana, alguma idéia brilhante de alguém para fazer a travessia da cidade da esquerda para a direita, de leste a oeste e vice-versa, supostamente mais fácil. Archer não se importaria de bater nos engenheiros positivamente na cabeça. Ele perguntou o que tinha acontecido na sala de conferências enquanto eles pensavam nesta via suspensa. Ei, Nós construiremos uma rodovia suspensa sobre a cidade e não daremos importância aos carros quebrados que pararem diante, e vamos faça isto muito, muito estreito e frustrante como todo inferno. Só para foder isso!
Com o sol da tarde mergulhando no mais alto telhado e lançando tudo à luz cobre, Joan tomou a Northbound 13 e dirigiu em silêncio por um tempo, apenas ocasionalmente olhando para ele. Ele podia vê-la todas às vezes, mesmo que parecesse como se ela tentasse esconder isto.
— Quando isso acabar, Joan, - disse Archer, finalmente, - temos de conversar. 
Ela sorriu. 
— Seu lugar ou no meu?
Ele sorriu. Algo falso, mas bom o suficiente para esconder seus verdadeiros sentimentos. Ela não precisa de uma confusão agora, ela precisava se concentrar, e vendo que as coisas não estavam bem para o seu lado só iria mexer com ela ou aborrecê-la. Se ela estivesse chateada e irritada e desabar no caminho na noite de amador, mais tarde, a coisa inteira entraria em colapso. Laramée continuaria livre para levar as crianças para outros países para atuar como escravas sexuais.
Sim, de repente sou completo o Senhor Altruísta da Própria Ordem de Santo Perfurador. 
Tanto quanto o repulsivo pensamento, ele não estava fazendo isso pelas crianças, mas por Joan. Ele estava pisando em seu próprio coração por ela. Ele só queria poder abraçá-la uma última vez. Mas na frente de todos, isto poderia ser bastante embaraçoso. Já que o parceiro dela tinha olhado para os dois com os olhos estreitados e um conhecido sorriso de escárnio.
Joan sorriu de repente, o que despertou sua curiosidade bem como nada mais. 
— O quê? 
— Eu estava tentando imaginar você dizendo ao contratador como instalar todos os pólos. Ela riu.
— Sim, isso foi engraçado. O cara ficaria discutindo. Perguntarei se ele era stripper ou um bombeiro. Isso resolveria a questão.  
— Como você se envolveu nisso? 
— Você faz parecer como se fosse a máfia ou algo assim - respondeu Archer, sua primeira reação sempre defendendo o seu trabalho. Embora com Joan, ele sabia que ela não estava atacando, apenas pensando. — Bem, eu sou um cara inteligente, certo. Ele parou, esperou o sorriso que ele sabia que viria, foi recompensado por um grande sorriso que fez sentir como se o sol brilhasse só para ele. — Portanto isto era assistir a um bando de caras pegando cada outro gi ou ter meu estúdio cheio de mulheres praticando seus movimentos nos pólos. Não foi difícil.
O riso de Joan foi contagioso e atenuou o seu humor para um bom dez segundos. Ele até se esqueceu das terríveis advertências de Adriano. 
— Agarrando uns dos outros gi... O que diabos é um gi?
— É o que os judocas usam.
— Ohhh... Eu tinha essas visões e não era bonita. — Agarrando cada outro gi. 
Ela assentiu com a cabeça, ainda rindo. A mulher tinha nervos de aço. Eles conversaram sobre coisas irrelevantes no resto do caminho. Eles estavam sendo gravados depois de tudo. 
— Aqui está, - disse ela quando ela parou no estacionamento de um edifício que poderia ter passado por um escritório de advocacia. Todo o aço inoxidável, tijolo e ângulos. Mesmo os carros pareciam os mesmos: um pequeno pedaço de metal de: Benz, Jaguares, Lexus, o estranho carro japonês. Devia ter alguns milhões de dólares estacionados no espaço. E essas eram os que ele podia ver.
Archer nunca tinha ido ao Explosivo. Provavelmente o único clube da cidade, onde mesmo suas conexões não iriam funcionar. Talvez ele pudesse ter perguntado a Raphaëlle se ela conhecia alguém que conheciam as pessoas que poderiam levá-lo para dentro, mas nunca tivera o interesse de conhecer o lugar. Até agora.
— Será que os caras malvados notaram nossa comitiva? - Olhou pela janela traseira e pegou o caminhão do correio estacionando em frente a uma farmácia do outro lado da rua. Um dos policiais saiu; o pacote debaixo do braço e entrou no estabelecimento. Ele correu, andou do modo como as pessoas que faziam a entrega, a almofada de assinatura eletrônica na mão, boné de beisebol apertado firmemente. Não era um mau ator.
— O resto estará no parque mais distante da rua ao virar da esquina. Há uma mercearia, por isso não irá mostrar. - Ela conferiu seu rosto no espelho. Ela usava sombra e brilho labial. Muito dos mesmos. Seus lábios brilhavam como doces molhado. Isto impedia sua capacidade de pensar assim, ele baixou o olhar.
— Há pessoas esperando já. Archer poderia vê-los, os aspirantes. Todos pareciam o mesmo em toda parte. Aqueles eram os ricos e famosos, pessoas amigas. Os que teriam que esperar na fila, dar seus nomes, esperar um pouco mais para a honra de pisar dentro de um clube onde a sua presença servia apenas como cabides, seguradores de copos e alimentadores de ego. Os alpinistas sociais. Ou eles eram apenas chamados perdidos hoje em dia?
Joan amaldiçoou. 
— Cara essas pessoas não terão alguma coisa melhor para fazer num sábado à noite?
Archer não pôde evitar um sorriso zombeteiro.
Ela agarrou-lhe o queixo dele. 
— O que você faz nas noites de sábado?
— Compras. Tenho uma balconista do sexo feminino só para mim nas noites de sábado porque as lojas estão desertas.
— Sim, todo mundo está esperando para entrar no clube.
Ela puxou para um local apertado, fiiiirme entre a Benz e outra coisa que ele nunca tinha visto. Ela passou ao ponto morto, puxou o feio de mão em seguida, parando o volante como uma mulher se afogando. Um ponto de preocupação beliscou seu coração. O que ele sabia de seu chefe italiano? Ele daria um braço para descobrir. Com a sua sorte, alguma aquisição hostil da máfia ou algo assim. 
— Você sabe com certeza se Laramée estará aqui hoje à noite?
Ela assentiu com a cabeça. 
— A INTERPOL enviou um fax com uma cópia da programação do seu plano de vôo, o que informante morto conseguiu. Então, é como uma barra de ouro para nós, você sabe, porque lá, não são legalmente fáceis os planos de monitoramento com todas as leis estaduais diferentes, mais não há costumes e tudo. Fica complicado, especialmente se você voar sobre a Suíça, onde eles não vão compartilhar qualquer de suas ligações de tráfego aéreo com ninguém. De qualquer forma, ele desembarcou no aeroporto Pierre Elliot Trudeau no início da semana passada, que foi confirmado pelos nossos rapazes aqui. Seu avião não partiu desde então. Então, nós sabemos que ele está em Montreal. Além disso, também sabemos que ele gosta de aparecer em noites especiais do clube, gosta de se pavonear por aí e pegar as meninas. É noite de teste de amador e é assim que recrutam alguns dos seus artistas... Quando eles não lançam os planos deles direto para fora.
— Ela não tinha dito strippers, mas artistas. Ele queria sorrir e dar tapinhas nas costas dela. 
— Quando é que saberemos...
Ela observava atentamente o seu espelho retrovisor. 
— Ele está retornando. Vamos.
Archer avistou o mesmo homem da entrega, sem o pacote desta vez, saindo da farmácia. Ele não olhou para o BMW prata de Joan quando ele voltou para o carro preto e foi embora.
— Ele mudou de idéia, pois não?
Joan riu. Parecia tensa. 
— Sim, decidi tirá-lo da sua aposentadoria. Não, tudo faz parte do plano. Eles estacionarão um pouco mais abaixo na rua.
Ele desejou que tivesse compartilhado mais detalhes do plano com ele, o civil humilde. "É a necessidade de ter conhecimento básico, senhor", declarou Sauvageau. O Evangelho Segundo o sargento-detetive da Dor. Não era suficiente que Archer tivesse assinado um acordo de confidencialidade e isenção? Poderiam dizer-lhe um pouco mais do que apenas "estar lá e nunca deixá-la fora de sua vista". Como se quisesse.
Archer se juntou a ela no exterior, onde o sol tinha desaparecido completamente abaixo dos edifícios adjacentes com apenas um brilho arroxeado que anunciava uma tarde de setembro estabanada e talvez um tiroteio, uma vítima civil, cicatrizes horríveis para a vida e...
Ok, o homem, pelo amor de Deus, sossegue.
Joan virou-se para ele, o movimento que desalojou um fio grosso de cabelo por trás de seu ombro. O desejo de correr as mãos por estes fez seus dedos se contraírem. Ele percebeu que ele andou muito rápido para ela quando ele fez o seu caminho na direção do clube. Apesar do perigo, ele estava ficando animado.
Ele deu às últimas pessoas na fila de espera uma olhada. Era tudo sobre o olhar. Tinha aprendido cedo na vida. Se alguém deixasse as pessoas pensar que tinha qualquer negócio; que uma hora era muito valiosa e que não fosse, aquele que tinha o direito de ir em frente porque alguém tinha feito um arranjos prévios, então a maioria das pessoas iria deixar uma pessoa fazer uma coisa sem interferências. E trabalhou nisto novamente hoje à noite tanto enquanto Joan e ele andavam até a porta.
Pelo canto dos olhos, ele avistou um aglomerado de meninas muito jovens para estarem lá. Um delas deu uma cotovelada na outra, um gesto que se espalhou em um efeito cascata no meio do pequeno grupo e alertou-os de um potencial degrau na sua escala social. Eles sorriram de largo para ele. Um delas lambeu os lábios.
Ela tinha o quê? Dezessete?
Normalmente, ele já teria ficado lisonjeado pela atenção. Hoje, ele só queria rolar os olhos. Elas eram meninas. Ele estava com uma mulher. Não podiam ver que nunca teriam uma chance? Então ele pegou-se pensando se viriam a ser apanhadas na rede de Laramée.
— O segurança está vestindo terno preto, provavelmente carregando. Seis, ponto, três, duzentos e cinquenta.
Joan falou com o canto da boca. Archer não tinha certeza se ele deveria angular do peito para o rumo dela ou não. Ele havia dito que o microfone pegava vozes em um raio de catorze metros, a menos que estivesse alto. Para certificar-se do resto da equipe recebeu o aviso em voz alta e clara - e para facilitar sua própria preocupação crescente , - ele agarrou seu braço e segurou-a perto dele. O gesto a fez fazer careta, mas ele não poderia evitar. Isto vinha com o pacote. O pau, bolas, a testosterona, o gene protetor. Todos os pacotes. O Kit Macho Faça-Isso-Você-Mesmo.
— Estamos entrando no prédio. 
Devemos fazer como Elvis fez e deixar o edifício. 
— Não se esqueça do contato com os olhos - ele murmurou, virando-se para ela.
— É a coisa mais importante. E quando você faz o salto, você faz os centavos balançarem, ok? E aponte os pés. Você tende a se esquecer de apontar seus pés quando você gira, e aí, mais uma coisa... - Archer parou quando sorriso de Joan tinha se tornado grande o suficiente para convencê-lo que ele estava sendo um idiota. Quando eles estavam no interior do hall de entrada apropriada, entre os dois conjuntos de portas de vidro, ele envolveu sua mão em torno de seu braço, inclinou-se para ela para que ele pudesse sussurrar em seu ouvido, sem o seu público ouvir.
—Você vai explodir todos eles, ma belle. Assim como você fez comigo. Eu não vou nem desejar-lhe boa sorte.
Ele se endireitou, balançou a cabeça. 
E recebeu um beijo sonoro na boca! 
— Coma o seu coração, Chantal, - Joan sussurrou no colarinho da camisa Archer. 
Archer não podia dizer uma palavra. Um intenso calor corporal seguido do pequeno ato de Joan. E a culpa intensa também.
Oh homem, Adriano, você realmente me fodeu neste momento.


Capítulo Nove

   Algo estava acontecendo com Archer. Ele não parecia o usual presunçoso enquanto segurava a porta do clube para ela e olhou em volta. Ele deve estar preocupado. Compreensível, dado o que ele estava sendo convidado a fazer. Ele não havia treinado para isso. Na verdade, nem se ela tivesse treinado para ser uma dançarina de barra! Mas, aqui eles estavam ambos fora de seu elemento e arrastados outra vez, com ele, sendo forçado a jogar com policiais e ladrões, e ela como uma dançarina seminua para estranhos. A reversão da fortuna. Ha. 
Havia uma centena de pessoas esperando na fila ao longo da fachada do edifício, mas ninguém disse nada quando eles caminharam até a porta. Uau! Ela nunca teria tido a coragem de fazer isso durante seu tempo livre. No entanto, Archer não vira um único momento de hesitação. A vida de privilégio. O velho dinheiro, como seu pai diria. Falando nisso, quando ela ligou para o pessoal dela de manhã, ela não falara logo o que iria fazer. Isso iria exigir vários telefonemas para explicar, para manipular a noção de que a filha tinha de dançar seminua num clube cheio no topo de Montreal, o crème de la crème da comunidade criminosa. Ela mal podia acreditar nisto, verdade seja dita!
A cara de Chantal quando vira Archer entrar no vestiário! Joan teria amado provocá-la sobre como o queixo caiu umas boas polegadas e meia, seus olhos tinham ficado redondos como dólares, mas não houvera tempo para nada. Pobre Archer tinha de tirar a sua camisa de imediato, suportar as pequenas cutucadas de Chantal sobre seu peito, sua pele bem lisa, quente e... Ok, batendo. 
Falando do peito, aqui estava o Leão-de-chácara. Preste atenção. 
Um grande homem num terno preto que estava parado na entrada do que parecia um prédio de escritórios, com elevadores e completo painel de informações, deixou seu posto para abordá-los como eles entraram. De acordo com o seu contato e uma recente vigilância policial – Laramée gastava uma fortuna, – o pavimento térreo composto de escritórios, enquanto o nível abaixo estava o clube, todos os dez mil metros quadrados do mesmo. Enorme. 
— Bonsoir. Posso ajudar? - O Leão-de-chácara perguntou.
Quase tão grande quanto Sauvageau, mas maior nos ombros. E mais educado também. Embora ela não tivesse dúvida de que o homem daria aos seus camaradas um monte de problemas quando a diversão começasse. Ela esperava que não tivessem ficado tantos civis fora. Se a polícia queria manter o elemento surpresa que precisavam desesperadamente, eles não poderiam evacuar os civis antes do ataque e teria de ocorrer apenas em seu redor, esperando que uma bala perdida não matasse um dos filhos ou filhas dos mais ricos cidadãos de Montreal. Na verdade, ela estava esperando que balas nem sequer fossem usadas, embora ela duvidasse muito. Devido a sua situação que já era desesperadora - bem como policiais atuando como dançarina exótica não iria cair bem na opinião pública - eles não podiam arcar com um incidente confuso, ou, Deus me livre, um tiroteio. Ela nunca sobreviveria às manchetes se eles falhassem.
— Somos convidados para o teste para a noite dos amadores, - Archer respondeu antes que Joan pudesse abrir a boca para falar.
Balançando a cabeça, o segurança sacou um celular do bolso da jaqueta e manuseou-o. 
— Vos Noms, s'il vousplaît?
Tão educado.
— Susannah Bauer e James Wise, - ela respondeu. Archer não parecia como um James. Nem parecia um George, chegou a pensar nisso.
Os dedos grossos trabalharam rapidamente sobre o teclado minúsculo.
 — Espere aqui um instante, por favor. O segurança indicou a parede.
Joan estava contra a parede com Archer olhando como se quisesse dizer alguma coisa e estava lutando para manter sua boca fechada. Ele ficou protetoramente entre o Leão-de-chácara e ela. Ele não sabia que podia quebrar o braço do cara em três lugares diferentes? Ou pelo menos machucá-lo um pouco. Mas, novamente, ela não era especialista em artes marciais enquanto que Archer era. Ele havia usado um cinto preto com uma ou duas listras sobre ele. Ela estava contente por que seu companheiro poderia cuidar de si mesmo. Mas, ao mesmo tempo, ela estava preocupada que ele estaria no caminho ou pior, no fogo cruzado.
O segurança tirou uma foto dela, depois de Archer.
— Você pode esperar lá embaixo com os outros.
O segurança digitou um número, e quase imediatamente o elevador sibilou. A porta se abriu e um homem com um piercing na sobrancelha saiu. Ele usava um terno, mas Joan poderia reconhecer um bandido quando via um. Considerando que o Leão-de-chácara porta da frente era apenas um cara grande em um terno, o Anel na Sobrancelha era uma ameaça real, até o nariz quebrado e um queixo grosso. E eles não tinham ligação de tudo no presente. Ele devia ser capaz de voar abaixo do radar e evitar ser ligado a Laramée. Bem, não mais, amigo.
Ela sentia Archer tenso ao lado dela.
— Qual é a stripper? Anel perguntou, dando a Joan uma olhada que já lhe custariam alguns tiros em outro lugar senão aqui.
— Ela é a intérprete, - Archer respondeu. Sua voz era dura e fria. Ela não podia acreditar na diferença. — Eu sou seu instrutor.
— Você não pode ir aos bastidores. Somente ela. Você vai esperar em frente.
— Eu não penso assim.
— Então dê o fora - O Anel interrompeu enquanto apontava a porta atrás deles.
Joan forçou um sorriso. 
— Está tudo bem, querido, você pode esperar com o resto dos homens na frente.
Anel assentiu. 
— Ouça a sua garota e eu não vou rebentar a boca bonita. Agora, em frente da parede.
Ele virou-se enquanto a "boca bonita" de Archer diluía-se numa linha apertada. Ele lançou um olhar sobre Joan, parecia prestes a dizer algo, mas respirou fundo pelo nariz.
— Eu disse, de frente para a parede.
Joan reagiu primeiro, foi para posição contra o muro de concreto e plantou as palmas das mãos contra ele, as pernas abertas um pouco para o que ela sabia que estava por vir.
— Conhece o procedimento, né? Anel comentou com uma risada média. Espalhe mais amplo, eu tenho mãos grandes.
A carranca de Archer ficou ao lado dela, quase tocando a mão dela, quando ele adotou a posição de "vamos ser examinados". Claramente, ele estava tendo um grande momento.
Anel tinha o seu tempo batendo em todo lugar e, tanto quanto chateava, ele estava fazendo um bom trabalho também, com suas "mãos grandes" encontrando cada pequeno recesso e prega e até mesmo levantando o casaco sobre uma anca quando parecia sentir algo estranho. Isto acabou por ser o cinto de centavo. Medo de que o homem embrutecido, mas hábil sentisse o aparelho de Archer, espalhava-se nela como uma faria uma febre. Deus, se ele encontrasse isto?
Anel deu uma palmada na bunda dela.
— Limpa.
— Se você bater no meu bumbum... - Archer rosnou, jogando para trás uma carranca para Anel, que apenas sorriu abafado e sugou os dentes em resposta.
Archer sofreu o mesmo destino, mas com muito menos tolerância e grunhindo muito e praguejando baixinho.
— Oh, pelo amor de Deus, - ele cuspiu quando Anel passou as mãos ao longo do interior de suas pernas, lentamente, vindo por trás dele e escavando a bifurcação de Archer. Ele devia ter dado um apertão grande, pois a boca de sua companheira abriu, sem sair nenhum som. Seus olhos se estreitaram em fendas assassinas.
— Você não tem escuta. Bom. Agora ouça - Anel colocou seu queixo no ombro direito Archer. — Se você me der motivo de novo, eu vou sujar seu rosto bonito, então eu vou fazer você assistir enquanto eu tenho algum divertimento com sua garota. Entendeu isto?
Ele liberou Archer, que iradamente ajustava o colarinho da camisa e paletó.
— Sim. Entendi isto.
Anel chupou os dentes novamente, Joan deu uma boa olhada em seguida, caminhou para o elevador. 
— Você vem ou não?
Ele a levou a um andar embaixo, e logo que as grandes portas de aço inoxidável abriram-se, Joan não poderia evitar os pequenos Ôoa de choque. O clube era enorme. Parecia ainda mais pessoalmente do que ela havia lido a respeito no arquivo. A sala cavernosa, dois níveis de profundidade com mezaninos de metal tubular termoplástico e claro enquanto uma grande pista de dança, todo preto e brilhante, ocupando o centro da "caverna". Na parte traseira distante brilhava uma passarela, assim como em desfiles de moda, com pequenas luzes ao longo das bordas. Em ambos os lados perto do muro e cercado por uma gaiola com três lados dourados estavam barras de Pole que brilhava como se a água escorresse continuamente ao longo do comprimento delas. O cheiro persistente de cigarro e produtos químicos de limpeza industrial de grau permeava o ar.
— Vá lá, - Anel disse, apontando ao longo da balaustrada em uma mesa perto do longo bar onde um grupo de pessoas se sentava e parecia fazer o preenchimento de formulários nas pranchetas em suas voltas. Um homem sentou-se com um laptop aberto na frente dele. — Pergunte por Moses.
Ele saiu com um olhar zombeteiro passando por Archer, que o deu de volta com juros.
Quando estavam descendo rumo a uma curva, escada clara, Joan descreveu o lugar como muitos detalhes quanto possível, incluindo medidas aproximadas quando podia e estimadas o resto do tempo. Seus rapazes teriam todos os detalhes que ela poderia proporcionar. Quando eles chegaram ao nível mais baixo, Archer andava tão perto dela que quase tropeçou nela, - parecia chateado, - o homem mais velho com o laptop olhou para cima da mesa e fez gesto de "venham aqui rapidamente".
— Você só fez isso. Eu ia dar os nomes daqueles que tinha começado na lista, - disse ele, logo que Joan estava ao alcance da voz. — Você vai ter que realmente se esforçar se quiser uma vaga. Ele oferecia uma prancheta e uma caneta. — Preencha isso. Faça isso rápido, eu tenho cerca de dez minutos. — Quem é esse? Falou fogosamente rápido. Rápido, pontuando as sílabas.
Archer visivelmente raspou. 
— Eu sou seu instrutor.
— Instrutor? - O homem mais velho, que ela assumiu era Moses, disse, apertando os olhos. — É uma noite para amadores - Algumas cabeças viraram em suas direções.
Joan forçou um riso, ainda fez um "aww, como um gesto de aborrecimento, de édio". 
— Ele não é a dançarino. Eu sou. Eu sou amadora.
O rosto de Moses enrugou quando ele sorriu. — Oh, o chefe vai gostar de você. - Voltando-se para Archer, o homem mais velho passou a mão em seu cabelo grisalho.
— Então está aqui para dar apoio moral?
— E para ter certeza que ela está segura - ele respondeu sem expressão.
Merda, Archer!
Ela queria dar-lhe um tapa na cabeça. Ela podia apenas imaginar o concerto de gemidos de seus colegas na van.
— E para ter certeza que você fará isso bem, - acrescentou rapidamente. — É a música do seu treino. Três minutos, vinte e cinco segundos.
Boa recuperação.  Talvez Chantal não chutasse o seu traseiro.
Ele puxou a fita de gravação do bolso interno do paletó e deu a Moses, que pegou esta com um sorriso crescente. Ela estava começando a gostar do velhote. Pena que ele ia ser preso com o resto deles.
— Você passou com isto pelo cara frente ou de Ty? Meu filho, você gosta de viver perigosamente. Se Ty notar que passou alguma coisa por ele, ele vai bater no teto. E não é bonito quando ele faz. Moses tomou a fita, colocou sobre a mesa ao lado da pilha de CD's.
Joan olhou ao redor, as mulheres e o casal de rapazes sentados em mesas ao longo da passarela, a maioria deles vestidos com roupas apertadas e usando bastantes produtos para cabelos, e não poderia evitar encolher-se por dentro. Quantos estavam aqui por desespero? Desespero que Laramée certamente colheria. Um deles, um homem de cabelos escuros com certa beleza andrógina, olhou para cima, encontrou o seu olhar, então, rapidamente baixou os olhos.
Seus instintos policiais ficaram instantaneamente em alerta. Quem era esse cara? Por que ele estava olhando para ela dessa forma? Ele fora moldado como uma ginasta também, e usava uma tatuagem grande no ombro, que ela podia ver embaixo da manga de sua camisa de Cowboy apertado falsa. Cowboys não usavam camisas de seda pré-lavada vermelha, não é?
— Como tantos bailarinos, o que você está procurando, "senhor"? - Joan perguntou a Moses, de imediato, lamentando pelo senhor no final. O jovem estava inquieto por ela. Merda! Sem tempo para isso.
Moses balançou a cabeça. 
— Não tente me adular, garota. Você não precisa. Basta olhar para ver que você é boa o suficiente para mim. - Ele apontou para o palco e piscou. — Mas, já que você é tão educada, se você fizer o bem, você terá que começar hoje à noite em primeiro lugar.
Por seu lado, Archer agarrou seu braço e levou-a a poucos passos de distância. 
— Algo não está certo aqui, - ele murmurou perto de sua orelha. — Eu não gosto desse cara russo.
— O que faz você pensar que ele é russo? — Ainda assim, ela levou alguns segundos para descrevê-lo para o seu público invisível.
— As maçãs do rosto, os olhos. Enfim, você só escuta? - Ele desabotoou o casaco para que ele pudesse ficar perto dela. — Aquele cara Ty é perigoso. E ele tem uma arma.
Joan assentiu. 
— Eu sei. Ele tem duas, na verdade. Uma na perna esquerda da calça. Ambas grandes. Terno preto, piercings, ele é o chefe de segurança. Eu não o reconheci de imediato, por isso ele deve ser extra cuidadoso. Ela retransmitiu mais detalhes para Camisa de Archer para que os seus homens no caminhão visualizassem a situação em tantos detalhes quanto possível. 
— De qualquer forma, James, eles provavelmente têm todo um arsenal no local.
Archer esticou, com os olhos apertados, boca definida numa linha fina, com raiva. Quando ele agarrou-a pelos dois braços e colocou a face colada à face dela, Joan sabia que ele não estava brincando sobre isso. 
— Algo está acontecendo.
Sem olhar, como se fosse, assim, olhando, espiou por cima do ombro de Archer e observou ao jovem homem russo estudando a disposição do lugar, olhando para a sacada, de volta às saídas de incêndio: bloqueadas! Tinha certeza de que logo mais seriam desbloqueadas, com bastante eficácia e energia pela unidade de Sauvageau, em seguida, ele voltou a olhar para ela e sorriu. Havia algo de arrepiante e objetivo, naquele rápido olhar.
Foda-se. Archer está certo. Alguma coisa está acontecendo.
— Hoje poderá ser muito bom, - Moses falou por trás deles. O sorriso afável tinha ido embora.
—Nós não temos escolha - Joan murmurou. Ela puxou o braço para fora de seu controle e terminou de desabotoar sua camisa. — Nós temos que continuar.
— Merda Joan.
Mas ela já não ouvia Archer. Seu olhar tinha viajado da cara feia de seu companheiro para outro homem em pé numa varanda com vista para o clube. Ele usava um terno cinza pálido de design e corte impecável. Seu cabelo loiro encaracolado fora escovado para trás sobre seu crânio, emprestando-lhe a energia e a juventude, mesmo que ele estivesse na casa dos cinquenta. Claude Laramée. Em todo seu esplendor criminal. Ela não podia acreditar que depois de meses de investigação, de frustrações intermináveis, ela estava finalmente encontrando o homem em pessoa, no seu clube e estava prestes a derrubá-lo. Porra era bom!
— Ele está aqui, - ela sussurrou perto de colarinho Archer. Terno cinza, camisa preta, a aparência física é o mesmo que no arquivo. Ele não é difícil de identificar.
Archer se virou para olhar para o mezanino. Ela ouviu-o sussurrar uma maldição.
A meta estava à vista e este disparou o sangue de Joan como nada nunca tinha antes. Bem, exceto pelo tratamento de mãos Archer.
— Deseje-me sorte.
Ela puxou o casaco, os sapatos também, endireitou os ombros e viu a escada que levava para a passarela, que se aproximou enquanto Moses estava em pé.
— Bem você junte-se a nós, - disse ele, um sorriso sarcástico puxando no rosto. Ele acenou com a cabeça para alguém no alto atrás dela. A cabine de som, provavelmente.
 — Na sua posição, senhorita. Boa sorte.
Archer só teve tempo de assobiar por entre os dentes quando ela o deixou ao lado do palco. Sentindo-se terrivelmente exposta em seu traje de bailarina turca, Joan caminhou para a barra mais próxima e rolou seus ombros. Cara, ela estava tão nervosa que ela poderia fazer xixi!
Depois de ajustar seu cinto, ela olhou para a pequena multidão, apenas uma dúzia, e fixou seu olhar em Archer, que foi para o bar, recostou-se contra ele e deve ter pensado que ele estava fazendo um bom trabalho em jogar Senhor Gato Fresco. Ele parecia chateado e nervoso. Coitado.
Quando a música começou, Joan parou olhando para ele. Foi difícil se concentrar quando ela olhou para Archer.
Apesar da luz - ou tão brilhante como um clube pode ser durante o tempo de inatividade, sem janelas ou qualquer outra luz direta da luz solar - havia definitivamente uma sensação de intimidade; de estar envolvido pelo lugar, mesmo se o tamanho diminuísse qualquer coisa que ela já tinha visto, inclusive no mezanino, Ty ou ela supunha, estava ao lado de Laramée e inclinou sobre os cotovelos. O anel em sua sobrancelha brilhou.
Ela esqueceu Ty também.
O único que manteve em sua visão era Laramée.
Ele era o prêmio. O objetivo. O alvo. E agora, ele seria o seu único público. Se ela impressionasse o suficiente, talvez ele até convidar Archer a seus bastidores ou algo assim. Tomar uma bebida, enquanto a polícia se reunia na porta. Ela era o cavalo de Tróia nessa história. E ele era Tróia. Ela tinha a oportunidade perfeita para ficar de olho nele. E se ele não jogasse bonito, ela encontraria uma maneira de mantê-lo ocupado. Seu único problema seria Ty.
Sua pele chiava contra a barra, quando ela retorceu em sua extensão, uma perna em extensão completa, a outra dobrada debaixo de uma aterragem perfeitamente lisa. Cara, Archer fora um bom treinador! Três minutos e vinte e cinco segundos nunca sentiu tão curto!
Archer pensou que seu coração parasse de bater quando Joan terminou a apresentação, o temido Giro Inverso de joelho aparentemente dominou uma vez por todas. Ele poderia dizer que ela derrotou a audiência também para os indivíduos acima do mezanino Ty e, provavelmente, o Patrão, se ele julgasse pelas roupas e comportamento - olhavam para o palco com suas bocas abertas. Ty foi o primeiro a se recuperar. Inclinou-se para seu chefe, murmurou algumas palavras, então, o tipo de coisa que já enviara Archer num acesso de raiva em um bar. Mel provavelmente se lembrava melhor do que ele, pois ele tinha ficado um pouquinho, também, embriagado. Isto tinha acontecido alguns anos antes da morte de seus pais, numa altura em que Archer sentia grande, intocável mesmo. Enfim. Um rapaz, igualmente bêbado, mas rude em cima das coisas, tinha olhado para Mel, sorriu e fez o movimento com os quadris que ele iria gostar furá-la lá dentro, se você sabe o que quero dizer, huh-huh-huh-huh . O porco nojento. Archer havia perdido quando o cara tinha chegado até o braço de Mel para sussurrar algo em seu ouvido. Ela parecia tão chocada e por uma fração de segundo ela parecia muito preocupada.Mesmo em seu estado, Archer, que tinha feito um treinamento duro para um campeonato de judô próximo, tinha nitidamente mandado o cara quebrando-se através de uma mesa com um perfeitamente executado Yama-Arashi. Batendo Tempestuoso de Montão — o cara deve ter pensava que estava caindo numa real.  Archer teria Lucrado uma medalha de ouro. Pena que malvados juízes de judô não iam a bares.
Assim, quando Ty fazia hoje bombeamento na balaustrada na frente dele para mostrar exatamente o que ele faria para bailarina linda na barra; Archer quase perdeu e só o puxar da fita na pele de seus músculos peitorais contraídos lembrou-lhe que havia algo maior e mais importante do que o seu ego aqui. E isso poderia ser perigoso para Joan, tão vulnerável e sozinha no palco. Assim, ele se acalmou ao preço de grandes respirações e assassinatos mentais, ele tinha que satisfazer seu orgulho masculino de alguma forma.
Moses voltou a olhar para Archer e deu-lhe o polegar para cima. 
— A menina é boa. Ela vai passar hoje à noite em primeiro lugar. Dizem que cerca de dez - trinta, ok? Você pode ir à frente com o resto então.
Archer assentiu. Como um cachorro doente de qualquer maneira, sentiu-se orgulhoso por Joan ter passado no teste; tostando todos eles em suas bundas e colocara a prática dele excelente em uso, mas, ao mesmo tempo, ele sentiu ciúmes e chateou-se e receoso que ela  apenas chamasse atenção de dois homens bastante, bastantes perigosos.
Ele estava esperando por ela com o casaco pronto para cobrir o essencial - dos porcos malditos - ainda olhando para ela como se ela fosse um pedaço de carne, quando uma brilhante Joan pomposamente descia da passarela, as pernas totalmente em glitter. Cara, ela estava tão ardente, tão incrivelmente ardente. E engraçado. E inteligente. E tipo.
E uma policial prestes a chutar o seu traseiro. Só você esperar até que você diga a ela sobre Gentlemen Inc. e trinta mil e todas as esfregações em suas barras.
Se ele desse o dinheiro para a caridade, isso faria alguma diferença? - Ele duvidou disto.
— Isso foi bom, eu acho, - exclamou ela, saltando fora da passarela sem usar as escadas. Ela saltou, criou um efeito de onda glorioso com o cinto centavo que fez acumular baba na boca. Ele queria beijá-la, fixá-la contra o palco e tomá-la diretamente ali mesmo. E ele foi ficando duro só de pensar nisso.
Lembre-se de Ty, o homem. Lembre-se do olhar em seus olhos.
Sua ereção matou mais rápida e profundamente do que se alguém tivesse lhe mostrado vídeos de filhotes de coelho ser eviscerados com uma colher de pau, Archer respirou fundo e passou os braços em volta dos ombros. Ele a ajudou a tirar o casaco de volta.
— Você foi fantástica, - ele murmurou. — E eu te amo.
Oh fodido!  Oh, Fooooooooooodido!
Teria ele apenas dito isso?
Não, você não fez! Não, você não fez! Seu idiota!
Joan ficou tensa em seus braços. Ela puxou o rosto para olhar para dentro dele.
 — E agora temos isto para a posteridade também.
Seu sorriso não o fez se sentir melhor. Que idiota coisa impensada egoísta para dizer. E grande escolha de local também, com gângsteres saindo do fabricante de vidro e tudo mais. Gênio.
— Você sabe como usar essas barras, Madame Bauer.
Nomes viajavam rápidos neste lugar.
Archer não precisa virar para saber que o Patrão estava por trás dele. Seu sotaque franco-canadense fez a palavra como soar como ai! Sem o H. Ele respirava uma dureza própria e emborrachada no Sorriso Afetado enquanto Ty e seu chefe se aproximaram; um homem loiro com a mão estendida para Joan.
— Sou Claude. Prazer em conhecê-la. Ele sorriu.
Foda-se, ele é bom.
Ele tinha a boa aparência de meia-idade dava para ele, o cabelo loiro com muito pouca cinza e grandes dentes brilhantes como o fundador da Virgin Records. Ele tinha visto apenas Claude Laramée na TV quando ele movimentava-se dentro e fora de tribunais em diversos processos inconclusivos, demissões e outros dramas, mas o homem pessoalmente era positivamente encantador. Como cobra encantadora.
Joan apertou sua mão e parecia querer liberá-la, mas o cara segurou-a, torcendo o pulso dela - Archer sabia exatamente o que fazer contra um aperto. Era chamado como Katate Dori Nikkyo, acrescentava um par de dobradiças no braço de um rapaz e isto doía para cachorro.
Com seus olhos azuis sobre ela, Laramée beijou o topo da mão de Joan.
— Enchanté. Posso te chamar de Susannah?
Porque ele tinha aprendido a conhecê-la durante os últimos dias, Archer reconheceu um sorriso falso e um rubor que tinha tudo a ver com a raiva e de querer chutar o traseiro do cara, do que com alguma excitação feminina por ter sua mão beijada.
— Claro. Se eu puder chamá-lo Claude.
Laramée sorriu largo. 
— Eu não faria de nenhuma outra maneira.
E eu vou ter que girar e um gancho de rotisserie, seu maçante. Eu vou ter você de alguma maneira!
O olhar de Ty continuou descendo para o comprimento dela, um ato que agitou pressão sanguínea de Archer de forma bastante eficaz. Ah, e uma picada também quando ele olhou para Archer, chupou os dentes em seguida, retomando visualmente a despir Joan.
A maldita picada. O feio, sórdido, brutal. Eu gostaria de...
Como se ele soubesse o que Archer estava pensando, Ty se virou para ele e entre eles o ar carregou-se de eletricidade. Archer jurou que alguém poderia ter morrido se andasse entre os dois.
Laramée sorriu firmemente. 
— E você tem um instrutor também, eu ouvi.
— Eu sou James.
— Claro que sim, - respondeu Ty então repetiu o nome, mas com a língua presa e um sorriso precioso. — Djaymes. 
Archer sorriu.
— Engraçado.
Laramée sorriu os dentes grandes brilhando intenso. 
— Eu nunca vi você no meu clube, antes, James.
— Não, você não viu.
Grande saída, antagonizando o rufião que Joan está arriscando sua vida tentando prender. Grande saída, gênio.
Ele apertou sua mão e Archer queria com uma paixão doentia apertar a mão duramente do bandido e por muito tempo como ele fizera com Joan, apenas para que ele pudesse mostrar-lhe uma coisa ou duas sobre as articulações e anatomia humana. Mas a ferroada viria no momento oportuno.
Festa tombada.
— Laramée lhe deu uma examinada. 
— Terno Bom. Designer?
Archer não tentou enrolar seu lábio superior. 
— Especialmente feito. Seda turca.
— Bom. 
— Obrigado. 
Voltando a Joan, o chefe sorriu de uma forma que fez os cabelos de Archer se eriçarem. 
— Vamos tomar um drinque comigo, Susannah. Eu ficaria encantado em lhe mostrar tudo. Ele apresentou seu cotovelo para ela tomar. Claramente, o cara não estava acostumado a pedir e muito menos a ser recusado.
Archer jurou que podia ouvir o horror coletivo NÃÃÃÃÃO! Dentro do caminhão da polícia estacionado em frente. Ele não poderia deixá-la fora de sua vista. Ele era o único com o wire, porra! 
— Oh, eu adoraria, — disse Joan, jogando a Archer um olhar de advertência
— Depois do meu desempenho?
Laramée sacudiu a cabeça. 
— Não. Antes.
Archer deu um passo, instintos e a era de homens que querem proteger as suas mulheres guiando seus passos, se não seu cérebro. 
— Aonde ela vai, eu vou.
As mãos de Ty contraíram-se no lado. 
— Lembra-se que eu disse garoto bonito? 
Archer não era um rato voador bundão. Voando, rastejando, nadando, dirigindo um caminhão... Todo e qualquer tipo de rato bundão. Esse idiota não levaria Joan fora de sua vista. 
Joan sorriu largo. O mais falso sorriso que ele já vira nela. Não podiam ver que ela estava dando um Show? Não podiam dizer que ela estava fingindo? Ele poderia. 
— Está tudo bem, James. Claude vai cuidar bem de mim. - Ela pegou o cotovelo oferecido, piscou em seguida bateu no antebraço do homem como se estivesse testando os músculos lá. 

Archer queria desmaiar. Desmaiar como uma menina! Um frisson de medo rastreando nas suas costas e por um segundo, ele jurou que seu batimento cardíaco iria interferir com a recepção do microfone.
 Jesus... Não...
E quando um dos mais notórios criminosos de Montreal foi embora levando a mulher amada, Archer foi reduzido a fervilhar de raiva silenciosa, amaldiçoando em todo o caso e Adriano e Mel também, apenas por uma boa causa. Ela era a única com o cérebro completo. Ela não poderia mantê-lo afastado de toda essa merda desta confusão para começar?
Ele observou Joan sair, subir as escadas em direção a uma das varandas, um último sorriso para ele, em seguida, desapareceu por uma porta parcialmente escondida atrás de uma coluna. Ele acessou localização da porta cuidadosamente em sua memória e, logo que ele tivesse um momento, ele tenha certamente que retransmitir as informações para sua camisa. 
— Chato para você, né? - Ty comentou com aquele sorriso implorando para ser chutado por seu ataque aterrorizante.
— Não force.
Um sino estridente afogou o resto de sua sentença. Ele percebeu imediatamente o clube começou a encher de fregueses, todos eles vestidos como escravos da moda. Ele viu um esmagamento pessoal no lugar, atrás do bar, no meio da multidão, mas exigentemente fina. Acontecera rápido demais. Estavam essas pessoas esperando
o atrás das portas ou o quê? 
Ty aproximou-se, lambeu-lhe o lábio inferior, que ele mantinha escondido atrás de seus dentes. 
— Talvez ele não seja a bunda de cereja da sua garota que vou foder esta noite, mas o seu.
Antes Archer pudesse responder - e foder se ele tivesse um monte pronto com o do nome idiota dele, em grandes letras em negrito e em glitter também, a mão de Ty atirou-se com a velocidade de uma cobra impressionante e segurou-o pela frente da calça. Outro polegar e ele gritaria como uma mulher em um show de revista masculina! E as mulheres podem gritar nos shows. Mas Archer retorcera o quadril no último momento possível, e o bandido só pegou tecido.
— Isso é seda turca, seu idiota! 
Archer tinha tido quase o suficiente. Hoje definitivamente era um péssimo dia. Ele tinha no peito uma fita gravadora colocada por uma garota inteligente, burro, suas bolas espremidas por aquela idiota, e agora isto. 
Porra eu acho que não!
Com uma pincelada sutil de suas mãos, ele inverteu aperto de Ty, efetivamente dobrando pulso do cara para o lado. A técnica—perfeitamente executada, não é mau para um cara que não tinha praticado de forma constante em alguns anos— quebrou a aperto nas calças Archer.
— Tenha cuidado quando você enfiar seu pau, cara, alguns buracos têm dentes.
— Não quando eu faço. - Ty rosnou.
Seu rosto apenas a um par de centímetros de distância, que Archer tinha certeza de que todos na equipe de Joan podiam ouvir a respiração tanto dos homens e a saturação de testosterona. Ele abriu o paletó, claramente com a intenção de Archer ver a coronha do revólver que furava fora debaixo do braço.
— Essa certeza é uma grande arma que você tem - Archer rosnou baixinho.
— Compensação por alguma coisa?
A face de Ty ficou em branco por um segundo, em seguida, um sorriso significativo puxando apertado. 
— Eu ia ser gentil com você, mas eu acho que vou sair daqui com um pouco de respeito por você. Talvez afrouxe sua bunda um pouco esnobe em primeiro lugar, hein?
Hum. 
Clientes flutuavam um pouco mais perto deles, um par de jovens garotas aparentemente zerando Ty. Isto seria por causa do anel da sobrancelha e do verniz todo de Garoto Malvado, pois isto certamente como o inferno não poderia ser por sua boa aparência. Ou o seu charme.
Música elevou-se gradualmente enquanto luzes se apagaram para uma sequência de pulsação azul-verde-azul. Archer espiou para cima na porta atrás da qual Joan tinha desaparecido. 
A gravidade da sua situação, de repente cristalizada nele. 
Por que diabos estou fazendo isso? 


Ele realmente não se preocupava com a missão. Nem mesmo um pouco. Ele estava fazendo isso para ajudar a Joan. Para ficar com Joan. Ele não dava a mínima para poupar adolescentes provenientes de outros países— sim, então ele era um canalha egoísta além de um mentiroso. Toda essa merda ia acabar agora. Joan iria odiá-lo. Mas ela o odiaria qualquer forma, consequentemente nesse ponto!
Quando isso tudo acabasse e ele estivesse olhando para o tempo na prisão por ter arruinado intencionalmente uma batida policial em um ninho de criminosos, ele culparia os hormônios. Melhor ainda, ele culparia seu coração.
Porque agora, se Archer não quebrasse o braço desse idiota em três lugares, não subiria as escadas e nem rebentaria as portas - tornando-se um idiota completo, possivelmente, até mesmo um morto - seu coração seria arrancados do seu peito e passando pelo moedor de carne. Duas vezes. 
Joan Blair prepare-se para ter todos os seus planos arruinados.
Maldita testosterona.
Malditos homens.
Maldito amor.
Ele apenas deu dois passos antes de Ty detê-lo com um soco certeiro na região lombar. Ele deveria ter visto que aquilo estava chegando.
A testosterona tem caminho, eh, Archer?
Girando em torno no local, ele deve ter pego Ty de surpresa, pois o bandido só se encolheu quando Archer agarrou o ombro, forçou a articulação de uma forma que não tinha sido feito para ir e empurrou forte. Um grito alto assegurou-lhe que ele tinha pelo menos quebrado o pulso do cara, se não mais. Mas, infelizmente, Ty não pareceu se importar pelo modo como ele jogou a cabeça para cima, pegando no queixo de Archer e mandando-o de costas batendo contra um grupo de mulheres, que se espalharam muito rapidamente, apesar da maldição de saltos assassinos que usavam. Elas nem sequer derramaram suas bebidas coloridas!
Ty vinha com fúria nos olhos.
Um soco cego destinado na garganta de Archer, o fez balançar para trás sobre os calcanhares. Ele só conseguiu ficar em pé apertando um punhado de jaqueta de Ty. Para combater a mudança repentina de equilíbrio, o bandido envolveu a mão na gola da camisa Archer e tentou arrancá-la fora. A camisa rasgou; dividida claramente pela direita do meio para o seu cinto.  A face de Ty registrou choque, confusão depois a raiva queimou empalidecendo quando o microfone de Archer, claramente visível em seu peito, pendia impotente.
— Você é um informante do caralho!
— RHODES! Archer rugiu, de alguma forma duvidando que os policiais fora esperassem a segura palavra antes de invadir o local. Ou que ele esperava. Porque ele não tinha tempo para lidar com Ty. Era Laramée que ele queria.
Como num filme em câmera lenta, Ty alcançou dentro de sua jaqueta. Archer sabia exatamente o que esperava por ele se permitisse que a mão voltasse intacta. Jogando todo seu peso para ele, ele abordou Ty, conseguiu envolver a mão sobre o pulso rígido e manteve a arma na bainha um segundo extra do que ele precisava. Uma Única-Mão Projetada, - numa jogada de coxa interna. Era um dos mais potentes lances de judô e ilegal em campeonatos, o tipo de uma mão de qualquer maneira. Era horrível, doloroso e que funcionava como um encanto.
Mandíbulas bloqueadas com o impacto - mas ele aterrava em cima, aquilo era uma maldita certeza. Archer pegou a jaqueta de Ty, perto do ombro, perturbando-o com um brusco puxão para frente, escorregou seu pé entre os pés do matador, uma torcedura no seu quadril para que ele enfrentasse da mesma maneira que o outro cara fazia. Por uma fração de segundo, sentiu Ty tenso.
Ah, sim, camarada, vai doer.
Archer levantou a perna que ele escorregou no meio das pernas de Ty, enquanto simultaneamente inclinou para frente, nunca deixando o punho do casaco. Com tanta força quanto ele poderia colocar nele, ele rolou o empurrão sobre o seu quadril, a certeza da cabeça raspada estava apontando para baixo antes de usar o seu longo alcance mergulhando-os tanto em direção ao chão. Archer não era tão pesado como Ty, mas ele, ele treinara por muito tempo e estava chateado. Com um grunhido e um estrondoso sonoro fogo de artilharia - rasgou no cérebro de Archer, Ty veio bater com estrondo no chão, caindo sobre Archer numa brutal fixação.
Antes que Ty pudesse se recuperar Archer já estava de pé e correndo pelas escadas, o completamente concentrado na porta pela qual Joan tinha desaparecido bem à vista. Era tudo que importava. E não o medo de levar um tiro nas costas por Ty, se ele conseguisse chegar a tempo.
Salvar Joan.
Foda-se todo o resto.




Capítulo Dez

Por um louco segundo, Joan pensou que Archer não a deixaria sair com Laramée.
Archer, por favor, deixe-me fazer o meu trabalho.
Ele deve ter entendido sua mensagem silenciosa, mesmo se não concordasse com isto - obviamente, a julgar pela grande veia mostrando em sua têmpora. Ele parecia pronto para dizer algo e não seria legal. Por seu lado, Ty sorriu e parecia estar se divertindo muito e ele era perigoso.
E ela o estava deixando com Archer, que tinha acabado de dizer que a amava. Ele parecia apenas um pouco mais chocado do que ela sentia! A noção de um homem como ele confessar o seu amor, sabendo que estava sendo gravado, soprou sua mente. Logo que esse trabalho acabasse, ela tinha certeza que investigaria esta declaração repentina mais de perto. Talvez até mesmo usasse algemas de pele cor de rosa para torturá-lo com outra confissão.
Enquanto segurava o cotovelo de Laramée e subiu para uma das varandas, Joan viu os dois homens entrando numa conversa com o sorriso de Archer atingindo proporções perigosas. Com certeza se assemelhou a um contido xixi dela. Droga. Então, teve que se concentrar no caminho a seguir para evitar suspeitas, estimulando a Claude. Ela não podia permitir isso. Tinha que pregar o rabo dele e fazer isto esta noite. Não haveria outra chance tão boa. Eles não tinham nenhuma forma legal de pousar o avião desde que ele tinha, com certeza, limpado as pegadas oficiais, amarrando-o e poderia perdê-lo novamente em breve para período nas multinacionais da Europa e seus poros, os costumes bizantinos. Se ela falhasse, ele voaria em seu jato caro, beberia seu inacreditável uísque - eles estavam bem informados sobre seus hábitos - e viveria uma boa vida na Europa, enquanto a polícia de Montreal, prontamente pisaria nos pés da federal, tentaria explicar o monstruoso gasto vinculado a este pequeno empreendimento. Além disso, sabia que quando alguém iria encontrá-lo ganhando? INTERPOL tinha sorte uma vez, eles de novo?
Claude a levou para o mais distante varanda abriu a porta que não tinha notado atrás de uma coluna de concreto e a segurou para ela.
Um quarto totalmente decorado em tons de vermelho e preto cumprimentou-a. Deve ter havido um rebanho inteiro de bovinos abatidos para fornecer o couro no salão. E o que você sabe? Uma barra de Pole. Assim, uma performance privada estava em seu futuro? 
Grande. 
E Archer, o homem que a amava, estava preso em baixo com um assassino. 
Preocupe-se com você mesmo, mulher, você está presa no andar de cima, sem uma comunicação, uma pistola e sem alguma maneira de deixar os caras saberem onde você está.
Ainda, que seu primeiro instinto foi de se preocupar com Archer dizia-lhe muito. Ela gostava dele. Ela gostava muito dele. Mais do que isso. Um suspiro a deixou.
— Não fique nervosa, Susannah, - disse Claude, todo o sorriso.  — Eu sou sempre gentil. 
Gentil? Oh.
Seu sorriso não a tranquilizou, nem apagou as imagens que os seus comentários tinham criado. Eca.
Não que ele fosse feio, mas ele era um criminoso, um ladrão, e mais, ele não chegava perto de tão delicioso quanto Archer.
Ninguém estava.
— Você já conhece absinto?
— Não era aquela coisa proibida? - Não podia deixar a policial nela falar sem pensar.
Claude balançou a cabeça como faria com uma criança teimosa. Ela odiava a maneira como ele a fazia se sentir. 
— Não é mais perigoso do que tequila. E muito mais doce. Vou preparar para nós os copos, enquanto você se prepara.
Então, basicamente, tire a roupa, mulher.
O porco.
— Mmm, um Show privado? - Respondeu ela, tentando soar provocante quando ela esquadrinhou o lugar para as armas possíveis. Essa luz parecia pesada demais para exercer uma mão, mas a garrafa longa segurando uma flor de aço única naquela mesa ali seria perfeita. Assim como a prova circunstancial. Eu acuso a policial Blair, no salão privado com um vaso de flores. Ha.
Lentamente, as mãos tremendo um pouco, ela desabotoou o casaco, deixe-o deslizar para baixo dos ombros e ajuntar-se nos pés.
— Aqui, - ele ofereceu um copo fino, de pequeno comprimento e da largura do seu dedo médio. Kiwi líquido verde o preenchia. Um pequeno cubo de açúcar borbulhar na parte inferior. Os olhos azuis de Claude seguiram sua forma, mal cobrindo, cabeça de inclinando-se até os dedos dos pés, em seguida, retornou novamente. Ela sustentou o olhar.
— Merci - Ela pegou o copo, rodou o líquido ao redor. — Eu pensei que havia todo um ritual para ir com isso. Absinto, eu quero dizer.
Claude assentiu. 
— Aqueles que pensam que sabem apreciá-lo fazem isso. Uma porção completa de disparate sem fundamento. O mesmo tipo de pessoas idiotas que usam T-shirts do Che, quando eles não tinham ainda idade suficiente para lembrar os anos oitenta. Ele balançou a cabeça, parecendo muito aborrecido. — Com o absinto, o show começa depois que você beber, não antes. Santé.
— Santé.
Ela mergulhou o lábio superior para o líquido, jurou que isto ia derreter, em seguida, logo depois tossiu enquanto ela lambeu o ardente anis com gosto estimulante. Alguém poderia controlar uma máquina com essas coisas, com certeza! O Cara era vil.
— Uau, - disse ela, verdadeiramente emocionada. Nenhum fingimento lá.
Claude sorriu largo, se aproximou. Seus lábios brilhavam depois que ele os lambeu. 
—Você é mais velha do que as meninas que começam geralmente na noite de amadores. Segunda carreira?
Sim, porque eu tenho mais de treze anos, você quer dizer? Seu suíno nojento.
O medo fez vibrar nuca, assim como seu olhar itinerante fez. O cinto centavo clicou suavemente quando ela passou os pés.
— Sim, sou uma iniciante tardia.
— E "flor" é a palavra perfeita para você, - ele respondeu, acariciando o queixo com a borda do copo.
Ele derrubou uma gota de líquido verde estimulante e seguiu o aumento natural entre os seios, um ato que causou um arrepio ao se espalhar para todo o corpo, seguido por uma onda de calor de proporções maciças. O gesto poderia ter ficado sexy se tivesse feito por alguém - digo Archer. Mas agora, tudo o que ela queria fazer era derramar o copo inteiro nas suas calças, chutar suas bolas apenas para uma boa medida e esperar que Chantal chegasse até aqui com um sinto. E oh, ela o colocasse em aperto extra!
Inclinando-se para ela, Claude lambia a pista molhada, seus brilhantes olhos azuis enrolando para ver sua reação. Do ponto de vista, ela podia ver que o cara não escovava a língua tanto como uma fina película esbranquiçada rachada quando ele lambeu-a. Bastante malvados tais bonitos dentes. E maior parte em sua escala, também, aquela língua.
— Claude, - ela murmurou, dando um passo para trás. — Eu sou delicada e tenho reflexos perversos.
E todas elas envolvem empurrões de joelho, seu porco.
— Eu amo uma menina com reflexos. Faz o chamego muito mais divertido. Abrindo os botões da jaqueta com uma mão, o seu olhar nunca saindo dela, os dedos hábeis e compridos, e quando ele rolou um ombro fora da roupa sob medida, do atlético e sólido peito da camisa preta.
Mudando de mãos, ele tomou um gole, sorriu e tirou a jaqueta completamente. A camisa preta destacou seus cabelos loiros ondulados, que tinha penteado para trás na testa perfeitamente em forma. Um homem bonito. Mas um ladrão do mesmo modo.
E ele não escovava a língua.
Música começou a bater cada vez mais rápido para além da porta. A fita ressoou na barriga. Joan tentou mergulhar os lábios dela novamente, mas isto era tão vil e rolando o copo canelado entre os dedos enquanto Claude serviu-se de outro.
— É um gosto adquirido, - observou ele, sentado em um dos sofás mais próximo às barras. Ele plantou os pés afastados, chegou por trás do encosto. Ao mesmo tempo, como se alguém tivesse aberto uma janela, a mesma música que bateu no clube, filtrada bem no quarto.
— Eu quero que você faça essa apresentação na barra novamente. Para mim.
— Claro, - Joan respondeu, colocando o copo sobre a mesa baixa, um coisa de laca preta brilhante. Ela se aproximou da barra, agarrou-a e andou em torno um par de vezes. — Embora, não seja minha canção.
Ele sorriu, abriu os joelhos mais amplos. 
— Eu tenho certeza que você conseguirá.
Grande, o cara tem uma ereção.
A batida era totalmente errada, mas Joan começou sua rotina de qualquer maneira, os olhos semicerrados, para que ela não tivesse que olhar para o pau Laramée armando nas calças, os olhos fixos nela azul como raios laser. Ela não podia ouvi-la clicando no cinturão, mas sabia que ele estava observando-o atentamente. Ela agradeceu Archer novamente pela escolha de uma roupa correta, aquela que escondia bem o suficiente, mas também era reveladora de uma maneira sutil e sexy. Permanecendo de costas para a barra, agarrou com uma mão e deixou-se deslizar para baixo até que ela se agachou sobre os calcanhares, joelhos largos e angulados em direção à porta. Ele provavelmente poderia ainda ver sua tanga de ouro debaixo do cinto de moeda de um centavo, mas pelo menos ele não teria uma completa visão frontal.
Ele agarrou-se como uma corda de arco quebrado. 
— Fique assim, Susannah.
Grande.
— Isso é perfeito, - disse por meio de um sorriso lascivo.
Sim, talvez para você, mas meus agentes estão esquentando, amigo.
Claude inclinou-se no sofá, esticou o braço e derramou uma quantidade generosa de absinto entre os seios. Ela estremeceu.
— Quando eu fizer com você, - ele murmurou, sorrindo. — Vai ser a sua vez.
As alegrias apenas mantiveram-se empilhadas.
Um medo repentino agarrou-a. O cara queria mais do que apenas vê-la fazer sua coisa. Ele queria tocar e ser tocado em troca. Não só isto não era parte do plano; como também, ela não podia mesmo fazer nada sobre isso desde Archer tinha o fio e ele não estava preso aqui; mas lá embaixo com um bandido armado. Ela não poderia chamar, sem se afastar porque ia significar duas coisas - pelo menos dois, mas provavelmente mais.
Um deles, pondo a missão em perigo, possivelmente perdendo Laramée.
Dois, ela iria colocar Archer em perigo.
Quando Claude inclinou-se e começou a lamber seu pescoço, até descer mais, atingindo sua trêmula barriga, descendo de repente o pequeníssimo e revelador sutiã, Joan forçou em seu rosto uma máscara impassível. Cada passagem da língua causou uma série de espasmos musculares de contração em seu bíceps e ombros. Ela queria dar um soco lesivo nele o bastante para fazer parar isto.
Pense nas crianças que ele traz para este país. Crianças com o pau em sua boca. Eca!
Nova determinação endureceu os seus músculos, a aderência acima de sua cabeça, e Joan esperou até que o homem tivesse o seu divertimento. Ah, mas ele pagaria depois. Ele pagaria por todos aqueles que não puderam se defender. Meninas usadas, então mortas, descartadas como lixo. Os meninos também.
Seus olhares encontraram-se. E Joan sabia que ela estava afundada na merda.
Olhos azuis estreitaram perigosamente. Ele se endireitou.
 — Quem é você?
E como era a Lei de Murphy, aconteceram duas coisas que não deviam.  Coisas más.
Um deles, um tiro que rasgou o ar além da porta. E dois, a porta se abriu e mostrou o homem jovem, o russo, de acordo com Archer, que notara mais cedo durante o teste. Uma faca de aspecto incisivo estava dobrada em sua mão direita.
— Você deveria ter ficado do seu lado da rua - ele rosnou, apressando-se para Laramée, que tinha se agarrado a seus pés.
Então Joan entendeu. A guerra dos territórios. Uma noite de todos os tempos. Grande.
C'est quoi le sacrament de problème .
Ele nunca teve tempo para terminar de perguntar: "Qual diabos era o problema". Joan saltou sobre os pés, empurrou de lado o chocado senhor do crime e mal teve tempo para contornar a faca brilhando quando esta cortou passando na altura do ombro em um arco cego que terminou perto da cabeça dela. O acentuado ardor lambeu o pescoço. Joan não tinha tempo de verificar seu ferimento, pois o jovem retraiu o braço e avançou novamente, desta vez por baixo e destinada a ela.
Merda!
Outro ardor, desta vez, um pouco mais intenso, emprestou-lhe a energia que ela precisava. Joan agarrou o pulso do homem e torceu com toda sua força, caminhando para ele, seu braço ainda segurando ambas as mãos.
E agora vou ter que proteger o cara. Eu quero a prisão. Grande.
— Vá! Ele está atrás de você! - Ela gritou para um chocado Laramée, que saiu correndo, mas tropeçou de volta quando um homem alto, vestido de preto correu adentrando no aposento.
— Archer! Saia fora!
A jaqueta se fora, sua camisa estava rasgada. Os fios pendiam sobre sua calça. Ele levou uma fração de segundo para avaliar a situação, em seguida, o rosto retorceu em uma máscara de raiva.
Nossa cobertura é tão explosiva!
Não só Archer não a ouviu, mas ele vinha para ajudá-la. Merda!
O rapaz gemeu quando Archer o agarrou pelo pescoço, literalmente arrancou-o do aperto de Joan, e o enviou valsando contra a parede. Tiros irromperam no apropriado clube. Gritos se seguiram.
— Ty! - Laramée gritou. — Ty! Pegue o fodido aqui!
Mais tiros soaram fora.
Quando o rapaz veio para Archer, trazendo a faca, o grande homem apenas desviou-se precisamente, invertendo a sua posição no último momento possível - Joan estava prestes a desmaiar exclusivamente de medo. Ele cortou o rosto de Archer uma, duas, três vezes. Rápido e duro. Archer pulou para trás, queixo inclinado. E quando ele defendeu o próximo ataque brutal, Joan assistiu impotente quando Laramée correu para fora da sala.
— Eu vou ficar bem! Pegue-o! - Rosnou Archer, fechando a mão substancial sobre o pulso de seu atacante.
Mas se algo acontecesse? E se Archer se machucasse?
— Pegue-o!
Dividida entre as duas metas, - pegar o bandido, salvar o amante - Joan escolheu a primeira e correu para fora do salão, as solas dos seus pés nus chiando entre o resto do ruído.
Caos tinha quebrado dentro do clube, as pessoas corriam de lá para cá, descendo a escada, por todo o palco. A música ainda tocava seu ritmo batido, as luzes cegando ainda com um show de laser perto do canto e o resto mergulhado no azul.
Seus colegas já tinham entrado no lugar e corriam pelo bar, o amarelo de Polícia escrito nas costas de suas jaquetas escuras num contraste perfeito. Mas eles não eram os únicos com armas. Uma bala passou zunindo perto, ricocheteando no corrimão de metal nem uma polegada de distância de sua mão. Joan agachou-se atrás da coluna e espiou sobre o balcão. Outras pessoas responderam ao fogo de uma das saídas de emergência. Aqueles que não estavam com a polícia e, provavelmente, parte da guerra do território que estava indo abaixo.
Ela então viu Laramée e Ty, que pareciam sustentar-se numa perna, ou talvez ambos, enquanto eles precipitavam-se certamente para sua direita.
Uma imagem brilhou em sua mente. As crianças usando batom e saltos altos.
Sem pensar nas coisas — sua marca registrada— Joan correu, dobrando ao meio, uma mão sobre a cabeça para afastar as balas— muito eficaz!
Três metros pelo menos. Três malditos metros.
Ela pulou uns seis, sete, degraus abaixo. Por uma fração de um segundo, ela estava no ar, Joan xingou sua estupidez. Uma coisa era fazer algo para um bandido. Descer um lance de escadas, só traria dor.
Oh merda, oh meeeeerda...
Além da modificada pura sorte, ela aterrissou parcialmente em Laramée e, parcialmente em seu homem de segurança, enfrentando os dois. Um grito de dor rasgou fora dela, quando os três desmoronaram-se, batendo dolorosamente forte enquanto rolavam e agitavam e se recuperavam. Alguma coisa quebrou na sua mão. Ela tinha certeza disso. A dor cega batendo no inferior das costas. Ainda assim, ela segurou a gola da camisa Laramée com tudo o que tinha.
As crianças de batom.
Quando apenas um punhado da situação permaneceu, ela conseguiu força de alguma reserva que não tinha idéia que possuía e fechou seu outro punho em torno de sua coleira. Ele não estava fugindo desta vez, ela não tinha trabalhado tão duro para nada. Por seu lado, Ty estava tendo um momento difícil rolando nos joelhos. Ele sangrava abundantemente na boca.
— Polícia! Não se mexa! - Alguém gritou muito perto dela. — Terre, crisse!
Enquanto ela segurava a camisa de Laramée com tudo o que tinha, Ty cambaleando, saltou os últimos degraus e foi visto correndo ao longo da passarela alguns segundos mais tarde. Ele mancava bastante e segurava a um braço perto do peito. Um grande homem, muito alto com um bigode esperava por Ty que chegou à etapa final. Ambos foram para baixo num emaranhado de pernas.
Alguém cortou a música. As luzes de show pararam substituídas pela implacável luz de emergência de cantos diferentes. Várias vozes gritaram polícia em Francês e Inglês. Outra língua adicionou-se à mistura, algo com um monte de vogais arredondadas. Russa? Então, as armas se calaram. Ela jurou que ela poderia ver a poeira que flutuava de baixo. Suas mãos doíam. Algo quente escorria em seu olho.
Ai, merda.
Em suas mãos, a camisa Laramée tinha rasgado na frente. Ela choramingou quando ele deu-lhe uma cotovelada em seguida, ela meio arrastou-se, meio rolando os últimos degraus. Ela foi pateando torpemente na parte detrás da camisa, quando ele estremeceu, caindo no local.
Ainda com seu punho cerrado apertado, a estóica face de Chantal curvou-se para que ela pudesse olhar Joan direito no olho. 
— Calvaire, Murphy, eu não posso deixar você por um maudite minuto. Palavrões em ambas as línguas oficiais ao mesmo tempo. Especialidade de Chantal.
Joan fez uma careta, balançou a cabeça. Esmurre-o.
Ah, não...
— Archer!
Ela não sabia como, só que no próximo segundo, ela levantou as pernas trêmulas, usando o corrimão para se puxar para cima, a dois degraus, três, quatro. Por seu lado, Chantal argumentou, tentando para impedi-la de escalar mais distante. Em seguida, um grito de cima fez o sangue de Joan congelar nas veias. Ela olhou para cima e jurou que seu mundo vacilava.
Archer ainda estava lutando com o pequeno efeminado homem russo. Obviamente, ele sabia como lutar, pois ele parecia estar dando trabalho para Archer ganhar seu dinheiro. O par tinha tropeçado fora da sala de estar e na própria varanda. Ela gemeu quando o jovem correu até Archer, que tropeçou na lateral, recebendo o projétil humano e foi impulsionado alguns degraus atrás, à direita contra o trilho. Ele se chocou contra isto, dobrando para trás perigosamente longe, o peito desnudo exposto quando ele enroscou-se comprimindo ansiosamente para se manter sem desmoronar na pista de dança, seis metros abaixo. Mas o atacante não tivera tanta sorte. Com a força de seu cargo, o jovem rolou certamente para cima do tubo de metal. Algo piscou. Archer, ainda curvado para trás sobre o corrimão, grunhiu quando o outro lhe usou como uma âncora para não cair. Usava somente uma mão embora.
Deus. Não!

A bala rasgou o ar, fazendo Joan quase pular para fora da sua pele. O atacante de Archer soltou-o e caiu no chão.
Joan não se importava.  O braço de Chantal ainda estava estendido, arma fumegando inabalável, até o momento em que Joan correu a escada toda. Seu coração se quebrando, ela sabia que estaria.
O que ela vira foi a faca cruel piscando que tinha cortado-a mais cedo. Mas não tinha só cortado Archer. Por lá estava ela, plantada diretamente no colete protetor sobre o peito Archer.
— Archer, seu grande...
O medo e a raiva sufocaram os soluços de volta para baixo sua garganta. Tinha que ser forte. Tinha de dar o seu apoio. Tinha que estar lá para o homem que amava. O homem que a amava em troca. Tinha que manter o queixo erguido; tinha que ficar concentrada. Não olhe para a faca, não...
Cristo, ela ia desmaiar.
Ela só percebeu que tinha aproximado quando ele desmaiou em seus braços. olhos claros rolaram até ela. Uma lágrima traçada uma linha de brilho molhado no rosto dele.
— Merda... Desculpe.
Então Joan estava caindo no abismo.








































Capítulo Onze

Archer jurou que tinha engolido um balde de fogo líquido. E ele estava se afogando nele. Tossindo fraco por causa da queimadura em seu peito, ele percebeu que estava deitado de costas e que algo pressionava seus pés. Ele odiava quando os pesados cobertores faziam isso e tentou chutar para cima as cobertas um pouco. Uma nova onda de dor derretida se espalhou por seu peito. Então, o peso foi tirado de seus pés. Ele suspirou agradecido, abriu os olhos.
Mel estava em processo de sentar em uma poltrona de falso couro azul, mas quando ela olhou para o rosto dele e vi-o olhando para trás, agarrou-lhe os pés e bateu de lado a mesa de rodas para se aproximar.
— Ei!, - ela murmurou.
Archer encolheu-se ante o ruído. Mel devia aprender outro tom de voz. Seu normal estava matando ele.
— Ei!
— Eu vou pegar Joan. Ela foi buscar algo para nós comermos. Ela já estava perto da porta.
— Espere, - disse ele, tentando levantar a mão, mas só conseguindo mexer a agulha em cima dela. — Ai! Espere Mel.
— Claro.
Será que essa garota usava um transportador ou algo assim? Movia-se rápido demais para os olhos a seguirem. Ela estava diretamente acima de seu rosto mais uma vez.
— Joan?
— Ela está bem. Um arranhão ou dois; nada de ruim.
Alívio inundou-o. Então, como se sua situação não fosse ruim o suficiente, a percepção completa de Adriano voltou rápido.
— Você tem... ... O seu PDA?
Ela assentiu com a cabeça, estendeu a mão para o bolso de sua calça branca de carga. Sem cinto. Ah, Mel, Mel, Mel.
— Eu o tenho bem aqui. Por quê?
— Digita.
— O quê?
Archer teria revirado os olhos, se ele achasse que não iria doer. Ele apenas suspirou. E merda, santo, aquilo doía demais! O que estava errado com seu peito? Ele aproximou-se provisoriamente, com Mel olhando como se ela quisesse ajudar ou impedi-lo e pairava incerta.
— Eu vou buscá-la para você. O que você quer?
— Meu peito dói. O que há de errado comigo?
Seus grandes olhos negros rolaram. 
— Você foi esfaqueado. Você ficou na cirurgia a noite toda. Ela juntou os olhos.
— Eu vou buscar Joan.
— Eu não quero vê-la!
A face de Mel cedeu. Ela olhou, mexeu com as cobertas.
Sua explosão lhe custou vários segundos de agonia, durante o qual tudo o que podia fazer era fechar os olhos e esperar que o fogo passasse. De inicio esfaqueado ferido. Ha.
— Comece... Escrevendo.
— Escrever o quê, Archer? - Mel perguntou seus olhos a jorrar novamente. Ela tirou o PDA, parecia prestes a discutir, mas deve ter pensado que ele estava sofrendo bastante. Boa menina.
— Uma carta. Para Joan. Você a imprime... Entregue a ela... - O mundo de Archer girou por alguns segundos. — Dê a ela. Ok? - Ele engoliu em seco. — Ai! Ai! Ai! Merda!
— Ok.
Assim, Mel tinha aprendido a sussurrar depois de tudo.
Até o momento que ditou a carta em que explicava tudo; desde que ele era muito cagão por dizer na cara de Joan, uma carta faria muito mais do que deveria ser necessário, mas sua voz continuava a quebrar, o ardor estava borbulhando na garganta. Ele fechou os olhos.
Eu fodi bastante o presente.
Só de pensar que ele despedaçara a sua última força.
— Descanse. Ok?
— Você quer beber alguma coisa antes?
— Não... Obrigado... Mel?
— Sim?
— Você precisa de um cinto... Com... Estas calças.
Ele nunca ouviu se Mel comentou ou não antes de afundar em um buraco escuro, em chamas.


* * * * *

Quando Archer acordou em seguida, estava escuro na parte do corredor que ele podia ver através da porta.  O ronco de Mel o fezele sorrir debilmente. Ele reconhecia ressonador soluço em qualquer lugar. Alguém segurava sua mão. Ele não queria acordar sua amiga, assim apenas olhou para baixo.
— Joan?
— Cale-se, homem.
Tarde demais. Sua cabeça agarrou-se como se tivesse uma mola quebrada em algum lugar.
— Archer - ela sussurrou. Um sussurro real. Veludo roçando seu rosto.
Cara, ele a amava.
O cabelo loiro escuro derramado sobre seu rosto e ela lançou-o de volta, impaciente, enquanto ao mesmo tempo o percorria... Então ela sentou-se. Ele não podia ver um encosto. Ela devia ter ficado tão desconfortável.
— Você precisa de alguma coisa? Dói?
— Só quando eu respiro.
Ela sorriu. Era tudo o que ele precisava de analgésico. E ele também sabia que Mel não tinha dado a carta a ela. Um tique puxou sua pálpebra, o que desencadeou uma expressão preocupada em Joan.
— Você quer que os remédios? A enfermeira de plantão é muito boa.
— Eu não quero nada.
Reformulando, eu não posso ter o que quero.  Existe. Muito mais apropriado.
A raiva envolveu-o, raiva de sua própria insensatez, da imprudência de Joan, das calças cargo sem cinto de Mel, da vida em geral. As pessoas estavam certas, a vida era uma droga.
— Ele tocou em você?
— Laramée, você quer dizer? Não. Eu estou bem. - Ela encostou o queixo em seu punho contra o colchão. Ela estava tão perto que podia sentir cada respiração. Pura tortura. — Você salvou minha vida, sabia disto? Obrigado.
Ele salvou sua vida e quase pagou com a própria. Um preço pequeno para pagar. Ele faria isso de novo. A coisa toda. Apenas grato por estar perto dela, mesmo que o seu tempo juntos estivesse prestes a terminar. Ele não faria o que seu pai tinha feito colocando suas necessidades em primeiro lugar. Ele fumava na frente de sua esposa toda a vida adulta, sem nunca desistir ou mesmo considerando-a, sempre encontrando uma boa desculpa e não parar. Ela morreu de câncer de pulmão depois de não ter fumado um dia em sua vida. Luto, culpa e câncer de pulmão havia matado seu pai não muito tempo depois. Mas o estrago já estava feito. Archer faria as coisas de forma diferente. Ele colocou Joan em primeiro lugar, mesmo que isso significasse arrancar seu próprio coração no processo.
— Você tem que ir; tudo bem.
O choque no rosto. A dor também.
— O que significa? Eu trouxe as minhas coisas. Eu posso ficar.
— Nós não podemos nos ver outra vez... Isto... Isto não irá funcionar ok?Você tem que ir.
Archer não podia sequer olhar nos olhos dela e os fechou.
— Mas você disse... Lá ao clube... - Sua voz soou tão plana, tão maçante.
Dormência penetrou em seu peito e ele sabia com certeza terrível que nada jamais seria o mesmo. Ou eu posso culpar os medicamentos.
— Eu não... Por favor, Joan.
Ela ficou em silêncio por um longo tempo. Finalmente, ele sentiu a mudança.
— Falaremos sobre isso mais tarde. Você está cansado.
A raiva borbulhava mais perto da superfície. Maldita. Ser gentil com ele quando ele não merecia. Archer notou que o ronco parou.
— Mel, lhe entregue a carta. Você imprima-a em algum lugar e dê para ela, você está me ouvindo?
Ele começou a sibilar e teve que parar de falar por um tempo.
O peso que tinha ficado sua inclinação ao longo do leito foi tirado e ele percebeu Joan se levantava. O lado do braço e coxa já estava esfriando. Ele queria chorar. Seu coração se quebrando de verdade.
— Mel?
— Sim - um fragmento de voz geralmente alto de Mel respondeu. Ele mal a ouviu falar.
— Tire ela daqui. Agora.
Ainda com os olhos fechados, ele tinha que adivinhar o que estava acontecendo. Alguém estava se movendo de uma cadeira, os pés raspando no chão de mosaicos. O som de roupa, um farfalhar suave.
— Vou voltar mais tarde, ok? - Joan disse sua voz suave, cuidadosamente calculada.
— Não - Archer bateu, odiando-se mais um segundo. — Não, você não vai.
Ouviu-a se afastando. Então o silêncio.
Algo molhado penetrou em seu ouvido. O choro machucava o peito. Mas retê-lo iria matá-lo. Então ele soltou. Deixou as lágrimas virem.



* * * * *


Joan nunca se sentiu assim. Como merda por algo que ela não tinha feito. Não que soubesse de qualquer maneira. Porque Archer estava agindo dessa forma, quando parecia incomodá-lo tanto o fez com ela? Não fazia sentido. Sua mão doía. Droga. Pelo menos não havia ossos quebrados como tinha temido, somente os músculos e os tendões torcidos. Não fora ruim, considerando que ela tinha abordado dois homens abaixo de um vôo de escadas de metal e termoplásticos. Tinham levado duas horas para checar, processar, limpar; em seguida, outra hora para se livrar de Chantal e Sauvageau, que tinham oferecido, insistido e argumentado, para ficarem com ela. Chantal trouxe-lhe algumas roupas, pelo menos. Uma mochila de ginásio cheio de suéteres e T-shirts. Sua idéia de moda em tempos de crises.
— Não se preocupe com o seu tom. Ele está com dor - disse Mel, após um olhar hesitante para ela. Fechou porta de Archer com apenas um clique suave.
Joan concordou com um aceno de cabeça. Coitado.
— Há quanto tempo você conhece?
— Jardim de infância. Ele era o único miúdo Inglês na classe, não conseguia entender nada. Eu disse à minha mãe que eu ia casar com ele.
Elas compartilharam um sorriso tranquilo.
— De onde você é? Vancouver, acho que Archer disse.
Joan assentiu. 
— Sim. Eu volto duas vezes por ano, no Natal e na Páscoa. Então meus pais vêm me visitar no verão, quando não há três metros de neve.
— Ele... Ah, ele não é um cara expressivo, você sabe. Passou por muita coisa.
— Mm. Estou tão aliviada que vai ficar bem. Ele me fez cagar de susto. Então, de qual carta ele estava falando?
Eles fizeram o caminho em silêncio até a sala de espera no final do corredor e sentaram-se em plástico liso, escorregadio das cadeiras cor de kiwi. Sob a luz esmaecida da enfermaria do hospital, o rosto da outra mulher assumiu um tom profundo de rosa. Ela deslizou a mão no bolso da calça, começou a cair algo, parou e puxou a mão dela. Ela fazia isso algumas vezes. Como um encantador de serpentes aproximando da cesta, mas mudando sua mente três vezes.
— O que há de errado?
— Eu não tenho uma impressora. Mel começou a chorar.
A impressora? Que diabos há de errado com esses dois?
Ela enrolou o braço em torno da mulher pequena, estreitando-a e trazendo sua cabeça e afagando-a até que os soluços, os soluços fungados se acalmarem.
Joan envolveu a mão na barra de sua camiseta e enxugou os olhos de Mel com ela. Chantal sabia das coisas.
— Ok, vocês estão agindo muito estranho. Acho que é hora de me contar sobre o que é que está incomodando você.
O olhar de pânico nos olhos de Mel foi quase cômico. Quase. 
— Falar para... O que ele disse para falar... Eu tenho a sua carta aqui. Mas eu não tenho uma impressora... - Os olhos de Mel se encheram de lágrimas novamente. Seu lábio inferior tremia.
Joan bateu no ar. 
— Está tudo bem. Apenas me diga. Eu gostaria de ouvir isso de você. De mulher para mulher, você sabe que homens não são bons com esse material - Ela cruzou a perna em direção a Mel, inclinando-se para ela, mostrando de maneira muito positiva e reforçando a linguagem corporal como podia. Apesar de se sentir uma merda, ela sempre tentava deixar o outro confortável. Devia existir um nome para isso em livros de psicologia. Provavelmente vinha abaixo de P de perdedor. 
— Diga-me o que está errado, tudo bem. Eu não sou conhecida por balear meus amigos. Você pode me dizer.
— Oh, cara, isso é tão estranho - Mel balançou a cabeça, limpou a seu nariz e respirou intenso. — Alguma coisa aconteceu cerca de dois anos atrás. Isto o magoou. Um monte. Você não tem idéia. Fui recolhendo pedaços dele desde então.
Ela tentou um sorriso, mas Joan viu o esgar de dor que sentia.
 — Vá em frente.
— Sua namorada, ou, sua amiga namorada, como eu gostava de chamá-la, engravidou dois anos atrás, ela lhe disse, mas queria o aborto...
A reação emocional Joan escorregou por ela.
— Era o corpo dela.
Mel a aquietou com uma mão. 
— Sim, sim. Eu sei que era seu corpo, e Archer também sabia. Ele estava lá, Joan, segurando sua mão enquanto... Ugh. Mas eu fui a única a segurar a mão dele quando ficou tão bêbado naquela noite que eu ainda estava limpando vômito nas paredes na manhã seguinte.
— Nas paredes?
— Nem pergunte.
— Ele queria ficar com ele, o bebê, quero dizer?
Mel balançou a cabeça. 
— Vickie, a namorada, o deixou não muito tempo depois. Ela vive em Toronto agora. Tem dois filhos.
Um surto de raiva e bateu na forte nela, Joan não conseguia explicar.
— Isso é, uh, irônico.
— Sim.
— Será que ele vai chutar bastante o seu traseiro se ele descobrir que você me disse?
— Grande momento. Você nunca o viu com raiva - Mel encolheu os ombros quando ela puxou PDA do bolso. — Ele é cheio de surpresas, por sua vez.
Joan não tinha certeza que gostaria reviravolta da conversa.
— Surpresas ou segredos?
— Existe uma diferença?
Não responda a isso.
— Mas isso não explica esta noite. O que mais depois de, er, Vickie?
— Seus pais não tinham morrido muito tempo antes, por isso foi um golpe duplo, você sabe. Enfim. Ele não foi o mesmo depois começou a questionar sua vida, essas coisas. Então, um homem o contatou, um italiano. Adriano. Ele fez uma oferta de Archer. E ele aceitou.
Joan não podia pensar no tipo de oferta Archer levaria de um homem italiano e preferiu ouvir a eventos reais ao invés de tentar especular. Isso estava se tornando muito estranho que ela tinha antecipado.

A menos que...
Oh grande, Archer esteve envolvido com a máfia de Montreal.
— Ele é da máfia?
O olhar de Mel de puro horror resolveu isto então e aqui.
— E então?
— Archer é um acompanhante.
Joan jurou que sua pressão arterial despencou a níveis perigosos. 
— Archer é um acompanhante? Hum, bem, isso não é o que eu esperava... Mas está tudo bem comigo. Mentirosa.
— Você não entende. Ele é um acompanhante. Algo assim, ele foi pago para se encontrar com você.
— Eu sei, a polícia o contratou.
Mel balançou a cabeça duas vezes rapidamente. 
— Alguém está pagando a ele também. Além da polícia. Ele recebe dinheiro para... Bem... Adriano, que é seu chefe, ele contatou Archer com o seu nome e tudo. Ele tem conexões, cara. O quê?
Joan começou patinando o ar à sua frente.
— Opa, devagar. Eu não alcancei a metade disto.
Mel balançou a cabeça. 
— Ok, Adriano é o cara italiano que contatou Archer. Certo?
— Certo.
— Ele é o dono da agência, ele a chama de Gentlemen Inc. Eles estão em todo o mundo. Uma grande rede. Certo?
— Certo - Joan descruzou a perna e se endireitou. Ela não podia explicar a queda repentina da pressão arterial, nem o medo apertando seu estômago. — Até onde vai essa história?
— Ele contata Archer quando tem um serviço. É tudo muito clandestino, você sabe; muito segredo debaixo da mesa. O dinheiro, eu quero dizer. E como ele encontra essas mulheres.
— Esse cara, Adriano, contatou Archer antes que a polícia o fizesse? - Joan perguntou tão preocupada quanto desiludida.  Se Archer mentira sobre isso, sobre o que mais ele tinha mentido? —Como esse Adriano sabe sobre as operações policiais?
Como diabos ela conseguiu perguntar educada quando queria atravessar o punho na parede?
— Eu não tenho ideia - Mel respondeu. Claramente, estava além da compreensão da pequena mulher. — Tudo o que sei é que Archer queria te dizer, mas após o trabalho. A voz de Mel foi afinando.
— Como é que funciona, a agência? Qual é o sobrenome de Adriano? Você tem o seu número?
Mel balançou a cabeça. 
— Adriano usa dinheiro próprio, uma quantidade pré-definida, da Suíça. Em seguida, o agente faz o seu trabalho.
— Quantas vezes, Archer fez esses trabalhos? Quero dizer, de 'acompanhante' das mulheres? Será que ele dorme com todos eles ou isso é mais caro?
Mel corou, às pressas puxou PDA do bolso.
— Uau, isto está ficando muito além de mim. UM. Ele... Ele quer que você veja isso, e ele explica tudo para você, mas eu não li isso... Bem, eu digitei, mas eu não tinha escolha... Aqui, está o que ele disse. Ela agarrou a boca fechada, entregando o PDA com uma mão bastante trêmula.
Joan não podia deixar de sentir pena da amiga de Archer. Quando deveria se explicar pessoalmente, ele tinha dado uma carta à sua amiga para dar para Joan. Para começar, quão covarde um cara poderia ser? Ele não poderia mesmo dizer-lhe que seu rosto escondera todos os tipos de poeira aninhada sob o seu tapete. E para dizer que tinha derramado seu estômago com ele, disse-lhe como se sentia confortável com ele, que não havia qualquer equipamento arrastando atrás deles. Ele devia ter pensado bastante asneiras.
O cara está em uma cama de hospital, porque ajudou você, dê-lhe alguma folga.
Ela estendeu sua mão, palma para cima. Ela estava tremendo.
— Não jogue isto se você ficar chateado, ok? - Mel pediu quando ela deu a Joan o PDA.  — Chute alguma coisa, mas não o jogue.
Joan teria rido em qualquer outro momento. Se seu coração não estivesse sofrendo tanto. Grande momento de realização também. Ela não tinha considerado o quanto gostava da companhia de Archer até ontem à noite no clube quando ele permanecera lá com uma faca no peito. Lamento, lamento amargo e inútil apertava seu coração. E ela, que tinha considerado a possibilidade de uma vida com Archer. Tudo destruído.
Cara, eu preciso de uma bebida.
Ela nem sequer bebia.
A tela aquosa brilhou quando Mel manuseou isto, clicando com a unha para acessar o arquivo mais recente e virou-a em direção a Joan quando ela achou que ela estava procurando.
— Eu vou, hum, eu vou ao banheiro, enquanto você lê. - Ela se afastou alguns passos, rodopiando no local, ambas as mãos se unindo como um pequeno monge tibetano; nas calças cargo branca e uma t-shirt de manga. — Não jogue. Por favor.
Devia ter câmeras escondidas em algum lugar. Certamente isto era algum programa de TV torcendo a realidade.
Joan sentou-se, o PDA em seu colo.
Joan,
Eu sou um imbecil.
Eu devia ter lhe contado antes. E por isso, você nunca saberá o quanto lamento. Verdadeiramente. Mas está feito. Eu perdi minha chance e não há nada que eu possa fazer para mudar isso. Então aqui vai.
Eu trabalho para uma agência de acompanhantes chamada Gentlemen Inc. Eles me contatam quando há uma necessidade em minha área local. Adriano me ligou um pouco antes para ajudar a Polícia de Montreal numa atividade de treinamento de um dos seus funcionários. Eu aceitei. Ele me pagou trinta mil dólares. Mas alguma coisa aconteceu durante a semana, algo que devia ser bom, mas ficou ruim. Eu menti para você sobre isso e eu menti quando disse que eu não tinha o hábito de dormir com minhas alunas. Eu faço. Há uma série de fricções na barra. Eu não queria ferir seus sentimentos ou fazer você se sentir como se você não contasse. Você conta.
Então eu mudei de idéia sobre o trabalho e queria cair fora. Mas eu não queria que você perdesse a sua chance de prender o filho da puta ou se machucar ao tentar, e decidi ficar até depois da armadilha, quando eu lhe contaria tudo.
Eu nunca quis te machucar, Joan. Juro. Estava com medo de perdê-la, para começar, mesmo sabendo que não era minha. Homens como eu, não merecem as mulheres como você.
Isso mostra que o inferno está cheio de boas intenções.
Sinto muito,
Archer

  Uma gotinha pulou contra a tela. Joan limpou-a distraidamente, em seguida, quando outra aterrissou, percebeu que estava chorando.
Sentindo-se estranhamente desligada e leve, ela caminhou até o telefone público, discando a cobrar e mal conseguia falar quando a voz rouca de Chantal - que horas eram? - respondeu.
— Pode vir me pegar?
Como conseguiu ligar tantas palavras juntas, Joan não tinha idéia. Sentia-se tão vazia. De tudo. Mas alguma coisa estava se formando, ela podia sentir isso. Como se estivesse se preparando para dor, aquele sentimento estranho de conhecer a dor no dobrar da esquina e nesta ocasião não era algo que podia fazer para evitá-la. Ela teria desta vez, de carregar uma cesta de lavanderia abaixo. Pensou que chegaria ao último degrau e começaria a caminhar em direção à máquina de lavar quando seu pé nada encontraria; apenas o ar. Perceberia que ainda tinha outro degrau no piso do porão. Esta segunda divisão de sentimento era o mesmo que sentia agora. A certeza da dor iminente, a lambê-la e "Oh merda, isso vai doer.
— Joan?
— Sim.
— Eu quase não reconheci - Sua parceira parecia preocupada. Dê-me quinze minutos, ok?
— Obrigado.
— Você ainda está no hospital? Ele está bem?
Chantal conhecia-a muito. 
— Archer está bem. Sua amiga está com ele. Ele... Ele não precisa de mim aqui também.
— Oh. Eu estarei aí, ok, não se mova.
Joan desligou.
Ela colocou PDA de Mel no seu assento, recuperou a bolsa de ginástica e pegou o elevador descendo. O tempo todo se sentiu como se agisse normalmente, normalíssima. Cumprimentou com um aceno de cabeça um faxineiro noturno que passou empurrando um carro largo particionado, preenchido com produtos de limpeza. O homem mais velho usava chinelos de papel azul em cima de seus sapatos. Descendo no saguão principal, apenas alguns pares de pessoas sentavam-se, amontoadas numa conversa tranquila ou sozinhas, verificando seus relógios ou suas unhas. Uma mulher estava com sua capa de noite. Era verde sálvia.
Joan sentiu tudo, passar por ela, em seguida, ir para outro lado. Ela nada reteve. Ela estava oca.
Como ela poderia estar tão calma, tão fora do normal? Mas não havia nada acontecendo dentro de qualquer modo. Ela não escondia as suas emoções. Não apenas não sentia nada, mesmo se soubesse que uma tempestade esperava por ela. No entanto, ela não sentia raiva. Ela não estava zangada com Archer. Estranho. Ela deveria. Ele a fez se sentir especial, tinha mesmo professado seu amor para ela e os vinte ou mais policiais escutando na linha, quando, na verdade, não estava. Apenas outro sustento. Além disso, alguém tinha lhe pago trinta mil dólares para aceitar a oferta da polícia. Ele teria feito isso com seu chefe, o generoso italiano? Teria tido o trabalho pela a quantia desprezível que a polícia lhe deu, ajudando certamente sua causa? Ela não quis considerar a resposta. Ainda assim, ela devia estar bastante irada com ele, por não confiar suficiente para dizer sobre a Gentlemen Inc.
A agência secreta de acompanhantes.
Joan sentou-se no átrio principal do hospital, as mãos cruzadas sobre o colo, sua dor nas costas tão duro como um dois-por-quatro. A sua direita sobre uma mesa baixa, alguém tinha rasgado uma parte de uma capa de revista. Uma boa receita, talvez? Ou um site de Internet? Ninguém sabia agora. Esta tinha ido embora. Arrancada e roubada. As pessoas não tinham respeito.
Chantal chegou não muito depois. Ela ainda ostentava marcas de travesseiro impressas em seu rosto e usava calça de malha cinza invertida. Collège Nicolet curvado entre as pernas, em vez do bumbum.
— Mon Amie, atirou merda em mim ao telefone. Eu pensei que você fosse um cara. —Tomou bolsa de Joan. — Você parece um fantasma.
Joan sentia-se como um também. Desligado deste mundo. Vendo através dele. Morta.
— Archer... Ele está...
Os olhos de Joan se abriram.
— Le chien venda! Ele é casado, né, le maudite cochon! É isso? - Chantal deu um tapa em sua coxa, soltou uma longa sequência de disparo rápidas de maldições francesas. — Eu sabia que ele era muito bom para ser honesto. Crisse!
Joan baixou a cabeça. Ela esta muito perdida para estar irritada com ele e até se sentir mal que sua amiga iria chamar-lhe de um "cão sujo" e um "maldito porco". Se foi isso que disse Chantal. O cérebro de Joan recusou-se a cooperar mais do que apenas o básico. Canais de lágrimas e alguns outros alicerces.
Em uma parte muito profunda de que si, ela ainda não conhecia, Joan percebeu que não iria dizer a Chantal sobre as atividades extracurriculares de Archer. Ela não contaria a ninguém.
Você é um molenga, Joan Blair, ou um covarde ainda maior do que ele.
Ela não contaria a ninguém, não porque era embaraçoso ser desossada - Ra - por um profissional, física e emocionalmente, mas também por cortesia e uma sensação de que ela lhe devia pelo menos isso. Ele tinha vindo ajudá-la, havia abordado dois homens armados contando o perigoso Ty. Chantal havia repassado os detalhes da lesão de Ty com grande prazer, anunciando pelo seu nome latino cada osso que Archer tinha despedaçado enquanto apontava cada um no corpo dela e beijando da ponta dos dedos depois.  Grande boba; era pior do que ela. Archer havia feito tudo sem ligar para sua própria segurança, com consequências desastrosas para sua saúde, de fato, e isto, ela nunca se deixou esquecer. George B. Archer pode ter mentido sobre algumas coisas, o amor entre eles, mas quando isto tinha exposto mais, ele mostrou-se pronto e disposto.
Ela estava parada em frente da sua porta no momento em que ela pulou de sua espiral descendente. Enquanto Chantal fez tudo, - Joan nem sequer teve força ou vontade de destravar a porta, - ela encostou a cabeça contra o painel liso, lembrando como sentia as mãos longas de Archer envolvendo em seus ombros. Ela daria um braço para reviver esse momento. Talvez algum dia, se ela deixasse um homem se aproximar há três metros dela. Mas não agora. E nem tão cedo.
— Estou mais para a agitação em campo de tiro, mas se você quiser falar sobre isso, você se senta e termina a confissão.
— Eu sei. Obrigado.
— Essa foi uma maneira recuar, perguntar se você quer falar sobre isso. Não me deixe em suspense, mon amie, você sabe que me deixa irritada. Pense em tudo que vou sofrer se eu vou trabalhar amanhã irritada.
Quando Joan voltou-se para sua parceira, ela pegou um meio sorriso.
— Não tente me fazer rir, ok? Apenas... Apenas dói.
Moderando, Chantal assentiu.
— Désolée. Uh, há algo que posso fazer?
— Eu acho que ninguém pode.
— Vou fazer um chá, em seguida, sair da sua frente.
— Nada de chá.
— Basta sair de sua frente, então?
— Por favor.
Um último olhar preocupado; e Chantal partiu.
Finalmente, Joan deu-se ao luxo de se desmoronar. E o fez.




































Capítulo Doze

  Eles o dispensaram depois de seis dias. Seis dias de diversão, diversão, divertindo tanto com o pessoal de enfermagem e suas agulhas ou os investigadores com as suas questões apenas bastante afiadas.
Sim, ele tinha levado Ty. Qual é o nome dele, tinha-o maltratado um pouco, em seguida, desapareceu após o maníaco manipulador de faca. Não, ele não tentou empurrá-lo ao longo da borda, visto que ele estava ocupado com uma faca plantada no peito e tudo mais. Sim, ele testemunharia em tribunal. Não, ele não queria seu nome impresso. Sim, analgésicos, por favor, pelo amor de tudo que é santo. Não, obrigado, ele podia fazer xixi sem um cateter. Sim, não há problema, sargento-detetive Dor, ele ia ficar longe de Joan ou mais. Não, Mel, ele não a odiava por contar a Joan sobre sua perdedora vida e Vickie.
Sim. Não. Sim. Não.
Foda-se.
Archer estava tentando pegar os chinelos do chão. - Mel felizmente deixou seu quarto por alguns minutos, com um gesto dele - quando um homem entrou. Na metade final dos trinta anos, cabelo preto brilhante, penteados em ondas para trás sobre a testa alta, olhos castanhos e nariz aquilino davam ao homem uma aparência deslumbrante do Mediterrâneo. A cor rosa viva da T-shirt que em ninguém, mas neste homem poderia arrebatar sem um linchamento público complementava sua estrutura enxuta, como fazia o jeans de cintura baixa e um escovado cinto de fecho prata. Um catálogo de moda andante. Mesmo os sapatos quadrados eram perfeitos para o disfarce. Couro italiano, não há dúvida sobre isso.
— Quem? - Archer agarrou, apertou sua mão no estribo tubular. Não importa se o cara usava acessórios melhor do que a maioria das mulheres que ele conhecia. Archer não estava em clima de bate-papo.
— Eu queria ver como você está.
— Eu estou bem. Quem é você?
— Um amigo de um amigo.
Apesar da situação, Archer sentiu seu sorriso crescer. 
— Eu só tenho uma amiga, e ela nunca me falou sobre você. E confie em mim, ela teria.
O homem sorriu. Os dentes brilhando criou um crescente branco perfeito no rosto bronzeado.
— Eu acho que você tem outro amigo, mas este pode exigir um pouco de sutileza para ganhar de volta, sì?
O cara balançou os erres na ponta da sua língua como uma mulher espanhola que Archer havia saído algumas vezes. Mmm, que língua a daquela mulher.
Por alguma razão, Archer sentia que conhecia o cara, que tinha visto a camiseta rosa intenso antes. 
— Eu conheço você?
O homem deu de ombros.
— Eu gosto de sua camisa. Cavalli?
— Qualquer que seja. O que você quer? - Archer não podia deixar de sentir que estava sendo avaliado e não se importava com isto nem um pouco. Isso e a inveja sobre o disfarce perfeito. Ele queria aqueles sapatos, cara. Eles não tinham isto, em Montreal. Lixo Europeu.
O rapaz virou-se, enfiou a cabeça para fora da porta, riu, em seguida, enfrentou Archer, mais uma vez. 
— Sua pequena amiga agradável é muito inteligente. E muito leal. Fico feliz de ver que esteja tudo bem. Você me deixou preocupado.
Se ele tivesse senso sobre isto, ele já pegaria a bonita estrutura pela frente de sua fabulosa T-shirt para uma boa sacudida e um mano a mano, um mão-a-mão, por assim dizer. Ou cara-a-cara. 
— Olha, eu não estou no melhor dos humores, ok, então quer dizer-me quem você é ou sentirá o inferno fora de meu quarto. Eu tive minhas bolas espremidas por um maníaco infantil armado, fui apunhalado por um assassino russo, eu perdi... - De repente, ele não poderia empurrar as palavras completamente. Ele perdera a mulher que ele amava.
Um olhar de melancolia passou pela face do homem. Ele balançou a cabeça. 
— Eu entendo esse tipo de perda. Mas a sua ainda está viva. Vá atrás dela ou deixe-a vir até você se for escolha dela. Se não fizer isso, vai lamentar-se seriamente. De um cavalheiro para outro, acredite, a vida sem ela... - Ele fechou os olhos brevemente, marchando para fora do quarto de novo. — Eu tenho que sair. Arrivederci. 
Ele deixou a sala de Archer, um leve aroma de perfume caro flutuando em seu rastro. 
Os espanhóis não falam arrivederci. 
Os italianos o faziam.
De um cavalheiro a outro... 
Porra! 
Mel entrou na sala nem dois segundos depois, corada e sorrindo como um das hiperativas Animadas Garotas na TV. A única coisa que faltava era o ponto de exclamação sobre sua cabeça. 
— Aquele cara com a camiseta cor de rosa. Você o viu? - Archer queria apressar para a porta, mas teve que parar e tomar um fôlego. Ah, merda. 
Ela sorriu. 
— Pode apostar que sim. Metade das enfermeiras do posto está pendurada sobre o balcão para uma boa visão.
— Era ele, Mel, Adriano! Eu tenho certeza disso. Ele veio ver como eu estava.
— O quê? Ela girou sobre o local, deu um passo em direção à porta, claramente dividido. — Oh, homeeem! Eu poderia ter tocado nele porque eu estava tão perto!  
— Vá! - Archer acenou com ela. — Rápido! 
Mel atirou como um míssil.  Um sorriso, um metro e meio, PDA - manipulando mísseis. 
Cara... Adriano! Em seu quarto de hospital?  Como diabos ele sabia onde encontrar Archer? O rapaz era seriamente conectado. 
"... Você tem um amigo, - disse Adriano. 
— Mas este pode exigir um pouco de sutileza para ganhar de volta, si?"
Archer engoliu o caroço e forçou-o de volta ao seu peito. Ele empurrou Joan para seu próprio bem. Para o bem de todos os envolvidos. Assim, ele não teria o desgosto de ver em seu rosto quando ele dissesse a ela, então ela não teria o desgosto de ver no seu. Seu Quociente perdido estava fora de escala. 
Mel voltou nem cinco minutos depois. Archer ainda estava tentando pegar os chinelos do maldito chão. Ela parecia como se alguém tivesse cancelado Natal. E a Páscoa. E Halloween também. Ou qualquer outra forma de boas festas.
— Eu consegui isto, mas o perdi quando ele atirou-se nisto, - ela disse, mostrando-lhe o pequeno monitor. Um vídeo de sete segundos do homem numa camiseta cor de rosa, apressadamente entrando num carro prata jogando num círculo contínuo. Bonito traseiro também. 
Lixo Europeu.
— Você anotou a placa de licença?
Mel balançou a cabeça. Ele foi embora muito rápido. Mas era de aluguel, que eu conheço.
— Então deve ter sido ele. 
— Por quê? 
— Apenas um italiano poderia atirar isto, em um estacionamento do hospital e se controlaria para não eliminar ninguém.
Ela soltou uma maldição cega, que fez Archer encarar chocado à amiga de longa data. 
— Ôoa, Mel. Vá com calma, ok? Pode não ter sido ele. Mas quando ele retransmitiu a breve conversa que tinha tido antes de Adriano, - se ele fosse ele - ter partido, Mel estava literalmente pulando para cima e para baixo de frustração. 
Depois de assistir ao vídeo curto, algumas vezes, ela embolsou PDA dela. 
— Eu vou levar você para casa, ok? 
— Então você vai passar as próximas duas semanas sobre o computador a trabalho. 
Ela não respondeu, apenas pegou os chinelos do chão e colocou-os na sacola que ela trouxe. Ele reconheceu o olhar também. Mel estava em uma missão. 
Quando ela começava, como se uma abelha a picasse e batia freneticamente em seu bolso, Archer tinha de colocar uma mão no peito para evitar cair mais. A garota se movia como um esquilo, totalmente aflita e errática.
— Oh. Meu Deus, - ela respirou quando vibrou o PDA, abrindo-o e manuseando o teclado. — É para você. 
Se ela tivesse tido um encontro com uma forma de vida suprema, ela não teria olhado mais moderada e admirada quando ela passou o eficiente pequeno telefone celular em seu rumo. Archer o tomou, sabendo em seu íntimo o que era. Uma mensagem de texto de prata brilhava contra a tela aquosa. 
Caro Archer, 
Foi um prazer trabalhar com você. Desejo—lhe boa sorte em seu futuro. Seja sempre um cavalheiro para as Mulheres de sua vida. Aprecie o que você ama. Você nunca sabe quando vai ser tirado de você. 
Arrivederci. 
ADL 
P.S: Cavalli parece muito bem em você. 

Merda... 
Mel pegou o telefone dela por trás, esfregou o dedo sobre a tela como se fosse seu bem mais precioso.
 — Era ele. 
Archer concordou com um aceno de cabeça. Sério, concentrado. 
Quando ela o levou para casa e depois que ela deixou, Archer ficou ainda repetindo sua conversa com Adriano e sua mensagem de texto subsequente. Ele decidiu que o homem deve ter perdido um ente querido como ele, uma mulher, sem dúvida. Mas o que se destacou contra o resto foi quando ele disse: Vá atrás dela ou a deixe fazer sua escolha. Se você não fizer isso, você vai lamentar sobre a sua sepultura.
Ele ficou não? 
Ele tinha ficado - o quê? - uma semana desde que ele tinha visto Joan, ou vê-la batendo em algo ou causar algum outro tipo de estragos. E ele perdera tanto, a teimosia, os oops, o sorriso pronto. 
Você lamentará sobre sua sepultura.
Archer estava sentado no sofá, colocou a mão no controle remoto por hábito, mas não fez nada com este. Ele tinha visto alguém lamentar sobre a sepultura da mesma maneira. Seus olhos se voltaram para a sua imagem favorita exibido em uma estante perto da janela. Sua mãe, seu pai e ele no centro, os três sorrindo largamente. O sorriso de seu pai nunca foi o mesmo depois que sua esposa morreu. Por causa dele. Archer encheu os olhos e ele tinha que desviar o olhar. Não podia deixar de culpá-lo, mesmo que no fundo, soubesse que seu pai não queria perder a esposa amada, o seu amor do ensino Médio. No entanto, apesar de todas as provocações, que ele nunca tinha fumado uma vez fora de casa ou tentou travar o seu hábito. Quando sua mãe fora diagnosticada, em seguida, seu pai tinha parado. Ha. Tão Rápido, Tão Tarde. E ele tinha lamentado na sua sepultura. Junto com a censura de Archer. 
Archer levantou-se de repente. Um pouco demais, tão cedo, pois tinha se recostado por alguns segundos para evitar cair de volta. Ele não ia levar esse arrependimento ao seu túmulo. 
Talvez não fosse a coisa mais inteligente que ele já tinha feito, levando em conta sua condição, e estacionando na frente da delegacia. Mas ele tinha outro lugar para ir. Ele não sabia onde Joan vivia. Ele não tinha sequer perguntado. Que idiota! 
Essas foram as maiores, mais íngremes, putas escadas que ele já subira e quando ele chegou ao topo, ele estava ofegante, suando e queria chutar alguma coisa. Até mesmo um cachorro. 
Ok, talvez não um cachorro. 
A lata de lixo, embora isto fizesse ele se sentir melhor. 
— Posso ajudá-lo, senhor? Um policial do sexo masculino perguntou por trás de um brilhante contador de tempo, os olhos apertados para Archer. Nada como a série de TV. Nenhuma prostitutas colorida, nem armários transbordando. O posto se assemelhava a um banco.
— Policial Blair? Você sabe onde é seu escritório?
Após alguns segundos, o homem se iluminou. 
— Oh sim, policial Blair. Ela está de licença, eu acho. Mas eu poderia ir buscar a sua parceira. Você é o senhor...? 
— George Archer. 
— Sente-se ali. Eu vou ver se ela pode descer.
Archer sentou-se no primeiro de uma fila de cadeiras de vinil preto. Cara, seu peito ferido. Ele queria espreitar sob as ataduras, mas realmente não queria ver a cicatriz horrível. Bem, ele queria ver, mas...
— Ah bem, crisse, - resmungou uma mulher, que descia as escadas de um lado do átrio arejado. Plantas farfalharam quando o furacão humano passou por elas. — É preciso alguma coragem, cara, eu vou te dar isso. Que porra você quer?
Ele se levantou, se preservando na sua dignidade desfiado. Mas para ver Joan novamente, ele andaria em torno com uma camisa havaiana. 
— Eu quero falar com ela. 
— Sim, com certeza, vou dar seu endereço, seu bastardo, hein? Chantal é agradável como quê. — Seu sotaque fazia as últimas palavras soarem como Shann-tal –iz agradável como um encontr...

— Olhe 

— Não, cara, olhe você. Eu não sei o que você fez para ela ou o que você disse, mas se você não consertar está metade morto, eu chutarei o seu traseiro em toda a cidade, ok? - crise de cão. — Ela está de licença, fazendo uma pausa, e você tire sua bunda fora daqui.
Um cachorro, porra? Ui. A mulher tinha um jeito com as palavras. Não que isso não se aplicasse ao seu caso.
Depois de um arrastar satisfeito na manga da camiseta branca dela, ela se virou para sair, murmurando sob sua respiração.
— Espere Chantal, preste atenção.
Devia ter ficado algo em seu tom que parou a fúria de um metro e cinquenta e cinco, porque ela parou, virou-se para ele com os olhos reduzidos a fendas. 
— Fale rápido. 
— Não é que eu lhe devo nada.
— Tempo acabado, desculpe.
— Jesus Cristo, porra! Quer calar a boca e esperar?! Eu amo Joan, ok! Eu a amo. Aquele filho da puta poderia muito bem ter terminado o trabalho, porque eu com certeza não me sinto vivo sem ela. Há um buraco. Ele apontou o dedo indicador em seu peito e quase desmaiou de dor. E ela se encaixa perfeitamente nele.
Chantal cruzou os braços. 
— E?
E? Archer bufou. 
— Isso deve ser suficiente. O resto, eu vou lhe dizer.
— Não se você não consegue encontrá-la... 
Sentia-se esvaziando como um balão. 
— Não me faça implorar, Chantal, - ele rosnou baixinho, lançando um rápido olhar para o policial atrás do balcão. — Eu poderia.
Ela abriu a boca como se quisesse dizer alguma coisa, manteve-a fechada. Ela deve ter mudado de idéia e aproximou-se agora do celular no seu cinto. Indicou a cadeira com um dedo imperioso. Aquela mulher tinha filhos.
Enquanto Archer sentava, ele precisava de qualquer maneira, então agora—manuseou um número, esperou com os olhos estreitados sobre ele.
— Salut, sou eu. Sim, nada mal. Você? - Um breve silêncio, em seguida, Chantal assentiu. — Ele está aqui. Sim, aqui no trabalho. Eu sei, eu disse a ele. Ele quer falar com você.
Faça isso por Joan, ele continuou cantando em sua cabeça. Você está fazendo isso por Joan.
Chantal esperou, assentiu. 
— Certo, até logo.
Após agarrar o telefone fechado, ela veio se sentar ao seu lado. Os vincos perfeitos em sua calça azuis escuro quase achatados. 
— Ela é uma mulher melhor do que eu. Eu não teria sido tão boa. Ela disse que vai conversar com você esta noite.
Archer teria preferido ir falar com ela agora.
O que, George? Com medo de perder a sua coragem? 
Ele balançou a cabeça. 
— Merci, Chantal.
Ela balançou a cabeça, murmurou,
— Lês maudits anglais.
Aqueles malditos Ingleses. Bem, foi melhor do que ser chamado de cachorro maldito.
Então Archer voltou para casa, tomou um banho com um saco de supermercado de plástico preso ao peito-sexy vestiu um pijama e em seguida, passou a tarde cochilando no sofá, distraidamente clicando no controle remoto. Mel ligou para ver como ele estava. Ele não contou que ele queria desesperadamente desligar no caso de Joan chamar. Ele tinha o seu orgulho. Algum de qualquer maneira. Então a comida ia e vinha. Às oito e meia, Archer tinha convencido a si mesmo Joan não iria chamar. Ele não podia culpá-la. Talvez fosse uma coisa de mulher, devolvendo-lhe o que ele tinha feito. Ou talvez ela honestamente, considerou chamá-lo, em seguida, mudou de idéia. Ele então teria amado ouvir sua voz novamente, mesmo que ela, sem dúvida, estivesse ocupada gritando com ele e xingando nomes, todos justificados. Era perto das dez quando ocorreu que ele a tinha perdido para sempre. Ele foi para a cama, lutando com os travesseiros, perfurou um pouco para acomodar melhor. Adormecer iludido. 
Então, ele ouviu claramente quando começou.
Archer ergueu a cabeça no travesseiro para que ele pudesse ouvir melhor. Um som profundo de batida, rítmica.
Que diabos? Ele verificou o relógio de alarme. Onze e quarenta e seis. 
Nenhum de seus vizinhos era jovem o suficiente para tocar a música tão alto tão tarde. Ele pisou macio para a cozinha e abriu a porta, apenas para perceber que vinha de seu estúdio.
Merda. 
Porque ele estava saturado de facas por um tempo; Archer pegou a lanterna da "caixa guarda tudo", bateu isto em palma da outra mão para conseguir o equilíbrio certo; de jeito nenhum ele iria lutar judô com alguém na sua condição— e maciamente andou para fora da casa e em torno dos arbustos de Rododendro grosso, que exalavam o cheiro muito forte. Outra coisa que ele já teria mudado para a casa, mas ele não tinha coragem de cortá-los, não depois de sua mãe passou anos cuidando das monstruosas coisas. Ele era mais um cara tipo tulipa. Bom, durante duas semanas, então eles morrem. Rápido e fácil. 
Alguém estaria em um mundo de dor.
Ele não estava de forma alguma com humor para brincar. Sim, talvez criando alguns dos machucados em outra pessoa. Um ladrão seria perfeito.
Comprimindo a lanterna forte, ele penetrou mais perto da porta do estúdio. Aqui a música falou mais alto. E ele poderia facilmente reconhecer o violão plangente elétrico e da evocativa cantora.
Devia ter colocado num círculo contínuo também, pois a música deveria ter acabado, mas não e começou novamente.
"Dê-me uma razão de ser, uma mulher...", cantou a artista feminina.
A canção de Joan. Ninguém devia ser autorizado a jogar por mais tempo.  Coração de Archer apertou-se. Maldita ferida. Uma lágrima escorreu pelo rosto.
É música de Joan. A canção da minha mulher.
A estrutura tinha escolhido na trilha errada para seu pequeno conluio. Apesar da dor no peito, Archer empurrou os ombros na porta, mandou ruidoso contra a parede o choque quase o derrubou. Ele teve que encostar-se na parede para apoiar-se quando ele viu quem tinha quebrado em seu estúdio às onze e quarenta seis da noite.


* * * * * 

A chamada de Chantal tinha criado uma rede de arrepios pelas costas e pernas. Joan sentiu dividido entre a excitação e raiva e confusão e da esperança e... eca!
O que ele poderia querer dizer-lhe agora? Repetir sua carta na íntegra? Ela tinha lido; seguramente Mel tinha dito isso a ele. Ela lera a carta e passou a semana esforçando-se para não ficar em casa e lamentando-se em torno de suas roupas desgastadas e T-shirts. Ela tinha comido com Chantal e sua família, tinha assistidos algumas fitas de aluguel, fora fazer compras. A comida era ruim, os filmes chatos e nada tinha se encaixado corretamente. Tudo fora horrível. Droga.
Então, Archer queria falar com ela. Sentiu como se tivesse esperado por ele, quando na verdade ela não tinha. 
Certo? 
Porque isso seria muito, muito perdedor. Grande momento.
Surpreendeu-se por querer falar com ele também, só para ouvir a sua voz ou ver sua boca - malvada, perversa, boca - fazer aquela coisa com o fantasma de hortelã. Então, ela tomou uma decisão do tipo, arma de fogo, que infalivelmente, ela aterrissaria no problema ou dor. Ou ambos. Ela iria até ele. Ela colocou seu traje uma última vez. Seu canto de cisne.
Ela não estava pronta para deixar Archer entrar em sua casa, seu último refúgio da dor que ele infligiu - maldição, isto doía de verdade - e decidiu ao invés disso, ir para o lugar dele. Ela tinha que saber. Ela tolamente iria ao contrário, sempre se perguntando. Apesar de sua reclamação, ela havia sido apenas um das friccionadas em suas barras metafóricas? O tempo que passaram juntos teria sido apenas um contrato para ele? Ela somente valia trinta mil dólares para George B. Archer, acompanhante, treinador e o homem que viera amar? Tinha que haver mais do que apenas o contrato. Ela tinha que saber. Hoje à noite. Se isto acabasse, então ficaria no lugar onde tudo começou; um sentimento bom de alguma maneira.
E se isto virasse seria apenas o começo...
Faça. Não. Esperança.
Mas agora que ela estava em seu estúdio esperando por ele para mostrar -quebrara seu lugar nada menos, porque como Murphy faria, ela tinha esquecido a chave na caixa de metal até que fosse tarde demais, Joan não sabia como ela teria reagido. Dê-lhe um pedaço de sua mente de todo o lugar?  Deixe que ele venha, conversem como pessoas civilizadas. Enquanto ela não começasse a berrar, seria tolerável. Pensar em Archer a fez querer se estabelecer com uma caixa de lenços e
filmes sentimentais.
Perdedora.
Então, ela se concentrou em sua rotina, a única coisa que eles criaram juntos. Os dois. Seu dom para ela, se nada mais. Joan mantinha os olhos semicerrados, enquanto observava-se girar em torno das barras, os tostões capturando a luz tênue das lâmpadas de latão jardim torchiere que Archer tinha no quintal. Mal deu luz suficiente para ela ver seu contorno no espelho. Com o tipo de coisa que tinha feito; usando seu conhecimento técnico da polícia para invadir a casa de um cara e o fato de que ela estava usando traje de bailarina turca, ela não precisava de luz implacável para forçar-se a cumprir a sua própria, a culpa montada no olhar.
Quando a porta se abriu, Joan quase perdeu o controle sobre a barra, chegando tão perto de repetir a queda terrivelmente embaraçosa de seu primeiro dia com Archer.
Como ele estava deslumbrante!
No entanto, ele parecia merda. Não que ele deixou-se ir e usava as roupas mal ou nada. Estas calças escuras e seu cabelo preto tão desgrenhado a lembrou mais uma vez, como Archer era lindo. Dentro e fora de suas roupas. Mas seu rosto, seus olhos... A dor estava fácil de ver lá.
Se isso lhe dera alguma satisfação? Ele a fez sofrer e por isso deve sofrer por sua vez. Certo? Isso deveria tê-la satisfeito em algum grau, mas não aconteceu.
Ele estava na ameia, uma lanterna na mão, claramente, como uma arma e não uma fonte de luz, a sua expressão sob as luzes do jardim, uma mistura de choque, consternação e confusão. Ele só usava pijama escuro xadrez preso em sua cintura. Um curativo quadrado de espessura estava preso no seu peitoral esquerdo com gaze em volta do seu peito. A faca tinha chegado tão perto. Um par de polegadas mais abaixo...
Apesar da música em alto volume, ela ouviu seu nome.
— Joan?
Ninguém dizia isto bem do modo como ele o fazia.
— Não diga nada. - Ela apontou para a cadeira que tinha fixado na barra mestre.
Obviamente muito chocado para falar, Archer fez o seu caminho lentamente para a cadeira e abaixou-se para ele, um encolhimento que quebrou seu coração torcendo suas feições quando sua bunda baixou. Ele colocara sua vida em risco para ela. Não era algo que ela ia esquecer. Não importa o que ele mentira sobre sua outra vida ou o que aconteceria esta noite. Se alguma coisa acontecesse.
A música entrou em sua parte favorita, o lamento da guitarra elétrica encheu o silêncio constrangedor entre Archer e ela. Ela estava feliz por isso. Ela não conseguia falar. Seu olhar nunca deixou quando ela pegou a barra, andou em torno dele uma vez, duas, três vezes, com um pé na frente dos outros e não com o seu regular andar quadrado, mas assim que seus quadris se balançarem de um lado para o outro. Após a batida. A música começou de novo, - ela colocou-a um ciclo contínuo e Joan tomou posição atrás desta, agarrou a polida barra e abaixou as mãos juntas. Esquerda e depois à direita, ela revirou os quadris, seus ombros.
Archer abriu a boca. Ele não disse nada.
Ela tinha que saber se ele tinha sido apenas um contrato para ele, se ela tivesse sido apenas um de muitas. Ordinário. Nada especial. Seus olhos não mentiam. Ela sabia. Ela tinha que saber.
Com uma dessas explosões de velocidade Archer tinha elogiado tanto, ela aproveitou a barra com uma só mão, saltou rápido e forte, saltou bunda dela uma vez em seus calcanhares, então retrucou o pé para que ela pudesse acompanhar, através de uma série rápida de passos girados. Quando o fita realmente arrancou na canção, o coração de Joan começou a bater pelo menos duas vezes mais rápido. Ela queria que isso funcionasse. Ela o queria.
Após a explosão de velocidade, vinha a parte lenta, durante o qual ela deveria retornar para a barra e lentamente deslizar o comprimento dela até ela agachado com os joelhos mais do que a largura dos ombros. Archer disse que ofereceu mais amplo e muito para o público, mais estreito e a fixaria como uma amadora. Mas para esse público, Joan seguiu todo o caminho, literalmente, sentado em seus calcanhares e espalhando os joelhos tão amplos que ele teria uma completa visão frontal. Ela nunca se sentiu tão poderosa e feminina e queria que ele se inclinasse para frente em sua cadeira. Apesar da luz, ela viu. Ele foi fazendo a coisa com a boca. Joan queria sorrir em triunfo. Ela derrotara-o.
Ela terminou sua rotina, seus olhos nunca deixando o rosto dele, e caminhou até ficar na frente dele. Depois que ela se inclinou e plantou as palmas das mãos sobre o encosto cantos, ela segurou seu olhar durante alguns segundos.
Archer ergueu o rosto para o dela.
— Você me magoou. Você mentiu para mim. Se vamos ter algo especial, eu e você, então isto tem que parar. Eu não vou levar esse tipo de lixo pela segunda vez. Machucar-me novamente, mentir para mim novamente e assim, finalizaremos por nosso bem.
Archer assentiu. Seus olhos falando bastantes, mesmo que ele não dissesse uma palavra.
Ele estava triste, eles disseram. Se ele pudesse, ele faria tudo diferente. Ele tinha confiança nela. Uma condição.
Ela assentiu com a cabeça.
Seu queixo tremeu. Ele pigarreou, olhou em seus olhos novamente. —Joan...
— Eu sei.


























Capítulo Treze
 
Ela sabia.
Joan tinha suspeitado e suposto e esperado. Agora ela sabia. Com certeza e um sentimento de libertação, de pavimentação, ela sabia que ele a amava. Ele tinha dito a verdade lá no clube, só tinha mentido no hospital para se proteger, para forçá-la a sair. Além disso, o tipo de mulher que ela seria se ela sustentasse o que ele disse; um homem saindo de cirurgia? Ela não era uma daquelas mulheres que exigiam cada fragmento do coração e da alma de um homem. Ele a amava. Tinha-lhe dito. Havia-lhe mostrado. Era bom o bastante para ela!
Mas não mais mentiras. Ela dissera Archer a verdade, ela não aceitaria os segredos e as mentiras.
De repente, quando ela inclinou-se desta forma, o clima mudou a partir de carga emocional para Inacreditavelmente erótico.
"Eu quero você", disse ela com a música.
Seus olhos fizeram um rápido exame de cima a baixo. Ele sorriu irregular. "se você me tiver, eu sou toda sua".
— Eu terei você. Mas, sem mais segredos.
— Não há mais segredos.
Usando os braços para manter-se suspensa por cima dele, beijou suas bochechas, sobrancelhas, escovou os lábios sobre seu gosto numa rápida, provocação. Ele tentou interceptar a boca com a sua, mas ela se afastou, sorrindo, depois passou a beijar-lhe a maneira para baixo sua garganta, evadindo do peito ferido e, em vez concentrou-se em no outro lado, que ela lambeu. Ele era bem gostoso. Cheirava tão bem. Ela tinha perdido muito dele.
Em seu cotovelo, seu pijama de algodão armava-se sedutoramente. Ela conseguiria isso em breve.
Depois que ela revirou os olhos para o rosto, Joan agachou na frente dele para que ela pudesse puxar o cordão de sua calça. Sua respiração acelerou. Enfiou o lábio inferior por trás de um emaranhado silêncio. A música ainda parado. Mas ela já não precisava dela para entrar no clima.
Uma mão agarrou o pau de Archer através do algodão, esfregou o dedo sobre o ápice, tocou a mancha molhada lá então lambeu o bloco de seu dedo. Fechou os olhos, engoliu em seco.
Archer boca aberta quando ela puxou a frente de sua divisão para baixo sobre seu pênis, enquanto ela pescou-o para fora com a outra mão. Tão suave e quente. Em sua boca era. Sem preâmbulo. Nada beijando e lambendo. Apenas descendo na sua garganta como se tivesse sido feita apenas para esse fim. Criada para ela.
Ela mamou alto, inclinou a cabeça para a esquerda e direita parafusando se estabelecendo em torno de seu eixo espesso. Tão bom. Mas ele empurrou contra sua testa com força suficiente para desalojá-la.
— Não aqui, Joan, - disse ele através de seus dentes. No meu quarto. Na minha cama.
Joan tinha idéia de como eles chegaram lá, só que de alguma forma conseguiu abrir e fechar as portas apropriadas, fechando aquelas que ainda tinham fechaduras funcionando, tropeçou no corredor e subindo as escadas de madeira torpe. Ele acendeu um interruptor e uma luz dourada derramado na descida. Quando ela finalmente viu o quarto grande, mas acolhedor lembrando-a uma casa de verão. Todos os edredons xadrez, madeiras quentes e uma decoração Canadiana. Com uma careta, sentou-se cautelosamente na beirada da cama.
— Dê-me uma breve pausa, ok? As escadas eram uma cadela.
— Eu vou fazer melhor que isso.
Apesar de seu protesto - cara - Joan levantou as pernas e ele rolou na cama altura do quadril, de modo que ele estava deitado, afundado no edredom grosso. Seu pênis preso ao longo de sua cintura.
Periscópio elevado!
— Você não tem permissão para mover a partir dessa posição, está claro?— Joan exigiu. Se os punhos nos quadris não o convenciam, nada faria. Ela rapidamente tirou o traje.
Ele sorriu forte. 
— Você está me ordenando, novamente, policial Blair?
— Estou sim. Agora, onde eu estava? Ela tocou o dedo indicador no queixo. Oh sim. Eu me lembro.
Ele engasgou quando ela se ajoelhou sobre ele, mas não se estabeleceu em torno de sua cintura, no caso dela magoá-lo, e puxou seu pênis completamente fora da calça e para sua boca. Bombeando para cima e para baixo; para cima e para baixo— ela o trouxe para perto— as coxas contraindo sempre era um bom sinal— então liberou o seu pênis a fim de que ela pudesse acariciar as pernas dele. As calças vieram abaixo com facilidade. Nua em seu edredom xadrez, com a luz aterrando filtrada em um brilho suave, ele não poderia ter ficado mais bonito e másculo.
— Vem cá - disse ele com um curvo dedo indicador. — Venha sentar aqui. Ele apontou para a ponta da língua, que ele prendera, enrolado para cima e tão malditamente tentadora.
Depois que ela estava presa em sua boca e sugou em sua língua um pouco, Joan inclinou-se para frente e agarrou a cabeceira para que ela pudesse escanchar no seu rosto, certificando que os joelhos não chegavam perto de seu peito.
Ele salvou sua vida. Daquele maníaco da faca cega que poderia tê-la ferido bastante. Provavelmente pior.
Querido Archer. Como ela vindo pelo o valor dele. Pelo o amor dele.
— Vamos lá, - ele murmurou entre as coxas. Não me faça exercitar na minha condição, você sabe.
Ele riu quando ela bateu no alto da cabeça dele.
Ela não tinha a si abaixado totalmente sobre a boca que ele estava levantando contra a sua buceta, comendo-a com urgência e profundidade. Ela suspirou quando os dedos imediatamente puxaram abrindo suas dobras determinado aprofundar-se mais. A cabeceira da cama rangeu quando ela puxou contra esta.
— Oh. Sim. Ohhh.
Rolando seus quadris, ela seguiu língua de Archer quando ele empurrou-a e saindo em seguida, lambia na frente e atrás enquanto seus dedos escavavam cada vez mais profundos em sua carne; carne que pulsava ao pensamento de afundar o pau do homem dentro, tão suave e quente e feito ela.
— Mmm - disse ele entre gananciosos puxões. Mmm. É isso aí, dá-me, aqui mesmo. Empurre na minha boca. Empurre.
Joan assentou um pouco menos. Que boca!
— Isso é bom, - ela murmurou, inclinando-se contra a cabeceira. — Isso é bom. Tão bom.
— Então me mostre. Eu quero ouvir.
Enquanto ele clamava pela buceta dela com a boca, mãos de Archer ocupavam-se a ancorando em sua face, o suficiente que ela mal podia rolar a pelve mais por causa da força com que ele a segurava. Como se ele nunca quisesse deixá-la ir.
— Eu te amo tanto - ela sussurrou, meio esperando que ele não ouvisse. Metade esperando que ele escutasse.
— Eu também Joan.
Incapaz e sem esperar mais, Joan desceu depressa para baixo em torno de sua cintura e levantou-se acima de seus joelhos. A buceta dela pulsava e estava tão escorregadia; o seu membro grosso afundando quase com vontade própria. Ela engasgou quando Archer pinoteou seus quadris uma vez no último momento.
— Eu disse para não mexer!
— Desculpe, mas não posso evitar.
— Agora vou ter de puni-lo.
Ele sorriu largamente. 
— Com algemas rosa de pêlo?
— Da próxima vez. Tudo que eu tenho em mim é isso. Ela puxou até glande então golpeou de volta.
O sorriso deixou seu rosto. Sua boca torceu num rosnado, decadente lascivo. 
— Oh neném, você pode me punir tudo o que quiser. Fui mal, muito mal.
Ela fez isso de novo. Então outra vez. Até que ela estava batendo os quadris com força suficiente para fazer a sua pele estalar juntos. Ela poderia ter machucado o peito, mas ele não pareceu notar ou se importar como ele manteve as bandas da sua bunda com suas mãos grandes, quentes, os dedos afastados e envolvendo sua carne.
Faça isto novamente.
Como se ela precisasse do pedido dele!
Os rítmicos rangidos da cama acompanhavam seus gritos tanto como a sua voz encheu a sala. Um clímax rasgando através dela, sem aviso prévio e que a deixou tremendo e mordendo o lábio inferior forte o suficiente sentir o gosto de sangue. De repente, um pinote nítido debaixo ergueu alguns bons centímetros fora do colchão. Apesar de seu estado abatido, Archer ainda conseguia levantá-la fora, sem esforço aparente. Ele cavalgou forte e rápido até que ela sentiu as pulsações minúsculas na base de seu pênis. Ele diminuiu, aprofundou sua penetração, em seguida, parou completamente. Então, calmamente, eles podiam sentir a semente dele queimando-a, enchendo-a, as mãos levemente amorosa itinerante sobre sua pele. Ela se abaixou e deu um beijo suave no queixo.
Archer piscou. 
— Seria incrivelmente ruim se eu dormisse?
Joan riu.
— Não, se eu também puder.
Ele estendeu-se acima da cabeça e recolheu uma caixa de lenços umedecidos escondido atrás da cabeceira.
Lenços umedecidos de bebê?
Archer revirou os olhos. 
— Toalhinhas úmidas.
— Os Lenços de bebê. Para limpar bumbuns de bebê. Você homem.
— Ok, ok rainha da gramática.
Ela beliscou seu mamilo. 
— Você fez isso muitas vezes, eh?Você sabia exatamente onde estava a caixa.
— Não com outra mulher. Não. Mas eu gosto de dormir até tarde nos domingos e, bem, você sabe como ele fica. A sobrancelha negra saltou zombeteiro.
— Você é simplesmente impossível. Ela rolou de cima dele, limpou-se seu sêmen, em seguida, segurou a caixa, enquanto ele fazia a sua vez com as toalhinhas úmidas. Quando ele jogou o maço para baixo ao lado da cama, ela fez o mesmo. Não é um capricho puro então. Bom, porque com a sua capacidade de bater nas coisas em duas salas diferentes ao mesmo tempo, ela não quer ter que constantemente desculpar-se por ocupar espaço.
— Eu não sei se você tinha planos para hoje à noite, mas você ficará dormindo aqui.
Bateu no colchão a seu lado.
Depois de puxar o cobertor e lençóis de baixo, eles deslizaram para baixo e abraçaram-se. Isso era tão bom. Ela suspirou satisfeita.
— Você sabe, - ele disse, afagando o cabelo do rosto para que ele pudesse olhar para ela. — Eu nunca fiz isso.
— quê? - Ela estava com sono. Mas conversar de travesseiro com Archer provavelmente seria muito mais emocionante. Ela dormiria mais tarde. Além disso, ela tinha dúvidas para desenrolar daqui até amanhã. Ele não tinha idéia de como poderia ser tenaz quando fixava sua mente nisto.
— Cuidar dessa forma depois de um sexo incrível.
— Sexo incrível, hein? Sempre um homem humilde.
— O quê? Não foi para você? - Ele retrucou. Suavemente, ele suspirou.
—Parece que você sopra minha mente. Seu nome sopra minha mente. Como será isso de compartilhar com meus sentimentos? Nada mal para um rapaz.
— Sim, eu só queria que você tivesse compartilhado um pouco mais cedo, sabe?
Ela sentiu sua tensão. 
— Eu sei.
— Ok, eu tenho que saber isso. Essa coisa de acompanhante, como é que funciona?
— Já trabalhei. Eu parei. Na verdade, eu fui com você no clube contra as instruções do meu patrão. Esse cara é séria ligação.
— Máfia?
Archer aspirou, estremecendo.
 — Oh! Não, ele parece ter bastante classe para ficar com a máfia. Eu acho que ele é um cara rico, que perdeu um ente querido, sua esposa, talvez, uma mulher, tenho certeza de qualquer maneira. Uma coisa é certa, ele tem acesso a sapatos de grife. Eu o vi no hospital. Não tinha certeza que era ele até Mel recebeu uma mensagem de texto em seu celular... E ele disse que eu parecia bem numa Cavalli. Eu estava numa camisa Cavalli naquele dia no hospital, Joan. Foi assustador. De qualquer forma, sim, eu parei. Vou lhe contar tudo sobre isso, se você quiser.
— Quero. Sabendo que ele tinha tirado um peso de seus ombros, mesmo que a idéia dele de acompanhante de mulheres para eventos sociais não criasse nela defensivos alarmes. Ela não era uma amante ciumenta, mas ainda...
— E do dinheiro que ganhei.
Joan levantou a mão e colocar a palma da mão contra a boca sedutora. Ele beijou-a. 
— Olhe, sua situação financeira é de sua conta. Eu estou com o esquadrão moralidade, não com o governo federal. E com toda a honestidade, quanto menos souber sobre isso, melhor eu vou ser capaz de negar isto depois.
Ele sorriu por trás da mão. Um sorriso zombeteiro.
— Sim?
— As mulheres são complicadas. Você disse sem mais segredos.
— Sim, mas isso não significa que eu preciso ter acesso à sua conta bancária. Basta não fazer nada de ilegal com ele.
— Se eu dá-lo a um orfanato, contaria? Sua voz saiu abafada. Sua respiração aquecendo sua mão.
— Eu não acho que é assim que funciona.
— Um partido político?
Joan riu. 
— Você provavelmente tem mais chances de se livrar dela desse jeito. - Ela bocejou. — De qualquer forma, não é como se pudesse fazer algo sobre isso agora. Não esta noite pelo menos. Ei! Você nunca me disse que o B representa. George B. Archer.
— Se você rir espere "até que eu me curar".
— Nah, eu não vou rir. Diga-me.
— O B é de Berthold. George Berthold Archer.
Berthold.
Ela tentou. Ela realmente tentou. Mas a barriga dela deu-lhe rumo. Em seguida, uma risada de corpo inteiro a sacudiu. Não uma quantidade de morder o rosto e batendo as duas mãos sobre a boca comprimida. Soluçando.
— Desculpe, desculpe, desculpe, - Joan tinha que rolar a barriga e empinar o seu rosto num travesseiro, pelo menos, parando o som. Ela estava sendo tão insensível. Coitado!
Um forte e pungente palmada aterrissou em sua bunda.
— UAU!
Ela arqueou para trás, como um pino de boliche!
Joan só teve tempo de pegar Archer, apoiado sobre um cotovelo, lamber a mão, da palma até a ponta dos dedos antes de estapear a bunda dela novamente. Forte. Isto doeu!
Encolhendo-se e apertando a mão ao peito enfaixado, ele deitou-se de costas, soprando a mão.
— É só você esperar até eu me sinta melhor.
Ela beijou seu ombro. 
— Vou deixar que você coloque as algemas cor de rosa de pêlo em mim, ok? Eu estou perdoada?
Ele corcoveou evasivo. No entanto, a julgar pelo sorriso aumentando em seus lábios, Joan sabia que ela não tinha bobeado bastante.
Archer suspirou, fez uma careta. 
— Eu agi como um idiota.
— Sim, você certamente fez. Mas está tudo bem—
— Não, - ele interrompeu então plantou seu olhar azul gelado nela. — Não está, e se você quiser me dar um soco, tudo bem. Mas não na barriga ou nas bolas, ok? Eu já dei para a caridade.
Joan revirou os olhos. 
— Por que eu iria querer dar um soco você?
— Isso é o que as mulheres fazem aos homens quando eles agem como burros e as ferem.
— Isto poderia ser diferente se você correr ao redor e me trair com outras mulheres sabe, como você fingir que tínhamos alguma coisa quando não o fizemos. Isso poderia ser diferente. Eu não aceitaria isso. Acho que foi mais um falso começo, em seguida, uma traição real. Você não bobeia tão mal. E você não fez isso de propósito, certo, não acha?
— Não, claro que não.
— Não vacile então. Por hoje.
Depois de limpar a garganta, Archer se inclinou para frente, prendendo-a em seu olhar intenso. 
— Sinto muito, Joan.
— Eu sei.
— Eu não acho que você faz, ele respondeu, inclinando para frente.
— Eu sempre fui um pau oportunista e um burro, mas nunca para aqueles... Aqueles que eu amo. E eu te amo. Um bocado.
Atue. Não. Chore.
Joan respirou fundo.
 — Você tem uma maneira estranha de mostrar isso. Mentindo para mim. Para quê afinal? O que você acha que eu ia dizer? É a sua vida.
Ele balançou a cabeça. 
— Eu nunca disse que sou um homem inteligente. Eu posso parecer tudo, sabe, - ele fez uma cara como se estivesse posando para uma foto. — Mas eu sou um garoto socialmente desajeitado para dentro.
Joan soltou uma risada.
— Sim, certo.
Archer sorriu. Então ele fez de novo. Essa coisa com a boca. Oh, Malvado Garoto Archer estava de volta com força total, não? Calor flutuou inserindo no lençol debaixo das suas axilas.
— Você deveria ter confiado em mim o suficiente para me contar sobre a Gentlemen Inc.
Ele se encolheu ao ouvir o nome. 
— Ele não soa o mesmo quando você o diz. Não é tão suave. Mas sim, eu deveria. Eu só não queria mudar seu modo de me olhar diferente, pois eu a perderia por causa disso. Ha, mas eu quase perdi você de qualquer maneira, não?
— Você não me perdeu, - disse ela. Após um segundo de hesitação, ela colocou a mão sobre a dele e a comprimiu. — Eu não sou tão fácil de ferir. Mas você me machucou, não por algo que você fez, mas por omissão. Às vezes, dói tanto quando alguém não faz algo que deveria ter feito.
— Então, restou para mim, agir como um burro. E pedir desculpas também. Um "sinto muito" pela minha parte na história que se sobressai, se você tem que vir para manter na linha. Algo como Mentiroso Empurrão Colocado Em Sua bunda Por Uma Ardente Dama Policial.
Rindo, ela apertou a mão mais forte, de repente, sentindo-se envolvida por ele, uma proteção, sarcasmo alinhado, consciente agora, com um homem maravilhoso com M maiúsculo, um homem-cobertor. 
— Você sabe, para um cara, isto é verdade, você não está mau por compartilhar seus sentimentos.
Archer sorriu, elevando uma sobrancelha duas vezes. 
— Você deveria me ver fazendo isso para uma mulher.
— Por que você não...
Ele fez.
Archer afogou o resto de sua sentença com um infernal beijo carinhoso, que começou lento e comedido, principalmente nos lábios, em seguida, aprofundou-se, tornou-se mais intenso, quase desesperado, com a língua e os dentes e gemidos profundos na garganta.
Joan se afastou ofegante.
 — Se você me machucar de novo, eu vou deixar Chantal pegar você.

Um sorriso largo puxou os lábios brilhantes. Uma trindade? Uau!












Epílogo

Adriano fechou-a a tela do laptop, esfregou os olhos, em seguida, soltou uma risada. Ele tinha que encontrar outro agente para essa região, pois Archer não voltaria para Gentlemen Inc. A Satisfação o encheu com um desejo de sair e ter um bom caffè corretto forte em algum terraço ensolarado. Como ele perdera sua Toscana natal. Mas a sua atual localização adequava-se ao seu negócio muito melhor. Esta lhe oferecia a rede logística que precisava. E o segredo tão bem.

Ele se levantou para esticar as pernas, mas foi atraído imediatamente à janela, para sempre lotada Piazza Navona, com suas barracas ricamente coloridas do mercado semanal em vários cantos estendidas abaixo de sua janela. A vista para a rua estreita e os pedestres.
Pensando em Archer, lembrou a Adriano quão próximo ele estivera de ser apanhado em vídeo ou coisa assim que a petite mulher tinha manuseado na mão. Ele tivera que "acelerar", como diziam na América do Norte, para fazer uma retirada apressada sem ser detectado e fotografado. Intelectual pouca coisa! E muito bonita, com um rosto fresco e jovem, onde sardas lotavam o nariz perfeito. Mesmo que ela tivesse falhasse em tirar uma foto dele; Adriano percebeu que teria que ser cuidado para não deixar o computador ser raqueado. Archer, provavelmente nem sequer sabia que sua amiga passava o seu "tempo livre"— segurando o esconderijo dele. Foi o suficiente que ela o percebesse no corredor do hospital. Verdade seja dita, ele a notara também. Era ainda mais bonita pessoalmente. E a inteligência brilhava nos grandes olhos escuros. Ele amava as mulheres inteligentes. Amava as mulheres em geral. E nada, nada o irava mais do que ver algumas sofrerem.
Irritado, apesar do dia perfeito e recente sucesso, Adriano arrancou as cortinas fechadas ao longo da vida agitada de seu lar adotivo e voltou para seu laptop, o ventilador zunindo baixinho e emitindo feixes de calor para apascentar seus pulsos. Ele tinha muito trabalho a fazer. Primeiro, ele tinha de enviar email a um de seus agentes na Turquia para uma tarefa que exigia muita delicadeza e paciência, pois a Dama era um bocado, mãos cheias, com curvas generosas e um sorriso de derreter o aço. Sua imagem atualmente ocupava metade da tela enquanto ele lia o seu artigo, que tinha atraído seu olhar na semana anterior. Ele era o homem perfeito para ela.
Se os seus Gentlemen pensassem que sua tarefa era ajudar Damas, Adriano não estava disposto a deixá-los pensar de outra maneira. No entanto, ele, pessoalmente, via mais como uma empresa de reciprocidade, onde um homem ajudava uma mulher com ela ajudando-o de volta. Um círculo. A vida trabalhava em círculos, nunca em linha reta. Amar fazia bastante bem.
Adriano questionou-se quando seu círculo próprio estaria completo mais uma vez. Às vezes, ele suspeitava, receava que estivesse condenado a uma vida de solidão, que nada jamais iria aliviar a dor em seu espírito e preencher o abismo em seu coração. Ele lançou longe o pensamento deprimente que poderia incidir sobre o arquivo atual. Sentir pena de si mesmo funcionara no primeiro ano ou assim, depois de passar por Isabella, mas não iria funcionar agora. Não depois de tanto tempo.
Ele decidiu colocar o seu tempo e a fortuna para melhor aproveitar, brincar de Cupido num senso para os Gentlemen e Ladies, e não iria parar agora. Em algum lugar havia uma mulher, uma senhora, enfrentando dificuldades desleais, a adversidade excessiva ou mesmo ameaça direta ao seu bem-estar, como uma de suas tarefas recentes revelaram; ele tinha ficado mais do que feliz pelo "acerto" com um agente particularmente convincente... seu beligerante ex, pensaria duas vezes antes de levantar a mão para uma mulher novamente. No entanto, com os outros que ele pesquisou, Adriano de Luca teria certeza de que faria o que podia.
Porque ele era um cavalheiro.

 
 * * * * *


Sobre o Autor
Eu sou uma mãe, esposa, irmã mais velha, escritora, ex-soldado, ensino médio interrompido, proprietária do cão (ou do próprio cachorro), metade sofá de batata / meio corredora intermitente, renovada aspirante e ávida leitora que assiste muita televisão, gasta muito dinheiro em roupas, gosta de animais mais que seres humanos, recicla, usa suspensórios, nunca baixa direitos autorias, era uma CDF sem as notas, tem uma gargalhada que vira cabeças nos teatros, não pode suportar discriminação, é mãe falcão mais do que uma mãe galinha, vota, mesmo que os candidatos não sejam grande coisa e pensa que a educação formal é altamente superestimada (provavelmente porque ela não tem nenhuma).

Nathalie recebe comentários dos leitores. Você pode encontrar seu site e email em sua página de autor na biografia: www.ellorascave.com.





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GENTLEMEN INC.
Nathalie Gray
 

 

  

Disponibilização: Soryu

Tradução: Lucimar e Soryu

Revisão Inicial: Lucimar

Revisão Final: Catia Alves

Formatação: Catia Alves

 

 

Sinopse

 

Como um membro popular da Gentlemen Inc., uma agência de acompanhantes para todos os sexos, Archer tem uma semana para transformar a policial "Calamity Joan" em uma dançarina exótica. Joan Blair, uma policial do

Esquadrão da Moralidade disfarçada, tem uma semana para se infiltrar em um clube privado controlado pelo crime organizado em Montreal e pegar um bandido de renome mundial.

Juntos, Joan e Archer têm uma semana para descobrir o que motiva um ao outro, o que faz o seu sangue ferver, o corpo ficar trêmulo, seus batimentos acelerarem. Um punhado de dias para avaliar e provocar um ao outro. Um punhado de noites passadas em branco através de uma corrida carnal que vai deixá-los em um precipício onde um simples frisson pode inclinar a balança e um olhar pode derreter o coração de uma mulher... ou quebrá-lo em mil pedaços. Uma semana para testar os limites um do outro.

 

Minha opinião

 

Archer é um preparador físico muito sensual, contratado por uma agência como acompanhante e  através dela ele conhece muitas mulheres e se torna um expert sexual: criativo demais basta ver o que ele consegue fazer com seus dedos mágicos... Dos pés! Isso mesmo, garotas eu não errei a grafia e que cai de amores por nada menos, que uma Policial certinha, que também é megahot. Um furacão!

 Uma surpresa no final deixa você em suspense e querendo saber se este livro tem continuação. Eu esperarei isso com prazer.

 

Bjs da revisora Lucimar e uma quente leitura!

 

  
 GENTLEMAN INC.

 

 

 

Link do E-book em doc.

http://www.4shared.com/document/eH2OMsNJ/Gentlemen_Inc_-_01_-_Avassalad.html

Link do E-book em txt.

http://www.4shared.com/document/2x1wtYYE/Gentlemen_Inc_-_01_-_Avassalad.html

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Link da Lista de Revisão

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Agradecimento especial à Raficha que tem nos ajudado na verificação das listas

 
 

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 Quem quiser ajudar com tradução, revisão, formatação ou banners, basta clicar no endereço acima.

  

 

  

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