terça-feira, 1 de março de 2011 By: Fred

<> livros-loureiro <> Refletir.

 

      Se, ao final desta existência,
      Alguma ansiedade me restar
      E conseguir me perturbar;
      Se eu me debater aflito
      No conflito, na discórdia...
 
      Se ainda ocultar verdades
      Para ocultar-me,
      Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas...
 
      Se restar abatimento e revolta
      Pelo que não consegui
      Possuir, fazer, dizer e mesmo ser...
 
      Se eu retiver um pouco mais
      Do pouco que é necessário
      E persistir indiferente ao grande pranto do mundo...
 
      Se algum ressentimento,
      Algum ferimento
      Impedir-me do imenso alívio
      Que é o irrestritamente perdoar,
 
      E, mais ainda,
      Se ainda não souber sinceramente orar
      Por quem me agrediu e injustiçou...
 
      Se continuar a mediocremente
      Denunciar o cisco no olho do outro
      Sem conseguir vencer a treva e a trave
      Em meu próprio...
 
      Se seguir protestando
      Reclamando, contestando,
      Exigindo que o mundo mude
      Sem qualquer esforço para mudar eu...
 
      Se, indigente da incondicional alegria interior,
      Em queixas, ais e lamúrias,
      Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
      Para a minha ainda imperiosa angústia...
 
      Se, ainda incapaz para a beatitude das almas santas,
      precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende...
 
      Se insistir ainda que o mundo silencie
      Para que possa embeber-me de silêncio,
      Sem saber realizá-lo em mim...
 
      Se minha fortaleza e segurança
      São ainda construídas com os materiais
      Grosseiros e frágeis
      Que o mundo empresta,
      E eu neles ainda acredito...
 
      Se, imprudente e cegamente,
      Continuar desejando
      Adquirir,
      Multiplicar,
      E reter
      Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
      Na ânsia de ser feliz...
 
      Se, ainda presa do grande embuste,
      Insistir e persistir iludido
      Com a importância que me dou...
 
      Se, ao fim de meus dias,
      Continuar
      Sem escutar, sem entender, sem atender,
      Sem realizar o Cristo, que,
      Dentro de mim,
      Eu Sou,
      Terei me perdido na multidão abortada
      Dos perdulários dos divinos talentos,
      Os talentos que a Vida
      A todos confia,
      E serei um fraco a mais,
      Um traidor da própria vida,
      Da Vida que investe em mim,
      Que de mim espera
      E que se vê frustrada
      Diante de meu fim.
 
      Se tudo isto acontecer
      Terei parasitado a Vida
      E inutilmente ocupado
      O tempo
      E o espaço
      De Deus.
      Terei meramente sido vencido
      Pelo fim,
      Sem ter atingido a Meta.
 

      Que saibamos aproveitar as oportunidades de expansão de consciência. Que a Paz prevaleça. E que as boas notícias ecoem pelo Universo e encontrem ressonância em todos os seres.
     
 
"Felicidade é a única coisa que podemos dar sem possuir."
 
Voltaire
--
 
 
Agripina Ramos

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