quarta-feira, 13 de abril de 2011 By: Fred

Lançamento Gênesis do Conhecimento - Eles Estão Entre Nós - C. R. P. Wells


C. R. P. Wells

ELES ESTÃO
ENTRE NÓS
Não há Mais como Negar esta
Realidade

MADRAS
2001


Dedicatória

À minha adorada Christine, mulher extraordinária e esposa
exemplar, que mesmo nos momentos mais difíceis de minha
vida soube ser paciente, amiga e compreensiva.
A meus queridos amigos Nilson, Renata, Ricardo, Verinha,
Selton, Vera, Marinho, Aguinaldo, Val, Cassiano,
Alessandro, Magali, Regina, Giovanni e muitos mais que, no
momento de maior tristeza e desespero, sempre tiveram
uma palavra de conforto, amizade e carinho, pois jamais me
deixaram só.
A meu querido Diego Alberto Curió, que mesmo divergindo
de opiniões, visões e ações, sua amizade, carinho e respeito
estarão sempre presentes em meu coração.
A meu falecido pai, que em paz descanse, e a quem sempre
serei grato pela oportunidade que me brindou.
A Aldo e Ione Braghetto, pois sem a sua ajuda teria sido
difícil enfrentar as minhas dificuldades.
A todos os meus companheiros, atuais, antigos e futuros,
que um dia cruzaram seus caminhos comigo e que, ainda,
um dia os cruzarão.
E a todos aqueles que, independentemente de seus credos,
linha de trabalho, filiação esotérica ou filosófica, acreditam
que ainda é possível construir um mundo melhor em que se
possa viver em paz, dignamente, e em que a fé na
capacidade de realizar, a confiança no futuro, o respeito a
todas as criaturas e o amor como forma de ser e estar serão o
exercício diário da própria vida.

Índice

Introdução
O Início de Tudo
O Universo e a Matéria
A Teoria do Big-Bang se Reforça
Formação das Estrelas
A Nossa Galáxia
Tipos de Galáxia
Formação dos Planetas
Planetas Fora do Sistema Solar
Métodos de Medida Astronômica
O Nosso Sistema Solar
Um Mistério sem Resolver: A Vida
Vida em Marte
Missões Espaciais a Marte
Egito em Marte
Extraterrestres na Pré-história
Os Deuses Extraterrestres
O Enigma de Súmer
Os Egípcios e a Tecnologia Perdida
Enigmas do Passado
Os Visitantes Anfíbios
Extraterrestres no Oriente
O Nascimento da Ufologia
Os OVNIs
O Primeiro Contato
O Controle de Nossas Mentes
Alternativa 3
OVNIs no Espaço
Os Astronautas e os OVNIs
Estruturas na Lua
Contatos e Abduções
Extraterrestres
Hipóteses sobre os Objetos dos Extraterrestres
Contatos e Comunicações com Alienígenas
Estudo das Variações Tipológicas
Abduções
Cenário Geral
Histórico
Números
Prós e Contras
Interesse Acadêmico
"Nem Tudo São Flores"
A "Vivência"
Conclusões
Cronologia Astroarqueológica

Nota do Editor: Para melhor compreensão das referências
temporais utilizadas pelo autor, informamos que esta obra foi
escrita em 1998.

Introdução

Ufologia ou Ovniologia são as denominações que definem
uma atividade devotada à investigação de fenômenos
vinculados à possível presença de objetos e entidades de
origem desconhecida em nosso mundo. A investigação
objetiva descobrir a origem destes fenômenos, assim como a
sua natureza, as quais não necessariamente podem estar
vinculadas a uma razão extraterrestre.
A palavra UFO deriva das siglas inglesas Unidentified Flying
Object, que quer dizer Objeto Voador Não-Identificado ou
OVNI. Estas denominações correspondem a uma época
recente, pois durante a Segunda Guerra Mundial os OVNFs
eram conhecidos como Bogguies ou Foo-Fighters.
A presença de estranhos eventos e manifestações ao longo
da existência humana é vasta e interessante. Os registros de
fenômenos aéreos e os relatos de curiosas personalidades
avistadas durante séculos, e até os nossos dias, povoam os
livros de história, resultando, em muitos casos, de mitos e
lendas.
O número de informações e registros de estranhas e curiosas
presenças desde o início da humanidade é enorme,
permitindo realizar uma divisão histórica para facilitar o seu
estudo. Desta forma, temos três grandes períodos que
reúnem dados importantes, identificados da seguinte forma:
Pré-Históricos, Antigos e Modernos.
A investigação de estranhos fenômenos que envolvem
presenças de origem alienígena, isto é, alheias à
humanidade, vem reunindo ao longo dos anos enorme
contingente de curiosos e interessados pelo tema. Nesse
processo, algumas pessoas cobraram relevância, vindo a
destacar-se não somente no âmbito da investigação como
também por serem responsáveis pelo surgimento de grupos
organizados de pesquisa, tanto civis como militares.
Desta forma, pessoas e organizações governamentais,
militares e civis vieram fazer parte do universo investigativo
de uma fenomenologia emergente. E, para tanto, diversos
processos e procedimentos foram desenvolvidos na intenção
de permitir melhor compreensão sobre o que está
ocorrendo em nosso mundo, assim como para identificar a
origem e natureza desse confuso e intrigante fenômeno.
Vejamos, a seguir, a relação dos principais Projetos de
Investigação:

Projeto Sounder Bureau Número 13 (Alemanha)
Projeto realizado durante a Segunda Guerra Mundial quando
a Alemanha percebeu a presença de estranhas aeronaves que
acompanhavam os seus aviões durante as diversas missões
de bombardeio. Os ministros militares alemães solicitaram
detalhada investigação para descobrir a fonte tecnológica
destes artefatos, cujos vôos pareciam produto de magia.

Projeto Masei (Inglaterra)
Projeto desenvolvido pelo Serviço de Inteligência inglês,
durante a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de
descobrir a fonte tecnológica de estranhos objetos voadores
avistados durante as incursões aéreas.

Operação Majestic 12 (EUA)
Primeiro projeto de investigação no período pós-guerra.
Nasceu no dia 24 de setembro de 1947, por intermédio do
Tenente General Nathan F. Twining, chefe da Divisão de
Inteligência do Comando de Materiais Aéreos da Força
Aérea em Wright Field, e do presidente Harry Truman,
quando este emitiu uma ordem executiva especial, de caráter
confidencial, que autorizava ao Tenente General Twining
bem como a onze militares e cientistas o acesso às
evidências físicas e à documentação classificada com o
código Eyes Only sobre os OVNIs, abrindo de imediato uma
investigação paralela, à margem da CIA, FBI e da Força
Aérea. Isto teria surgido em função das informações e das
evidências relacionadas com o OVNI sinistrado em 1947 e
seus tripulantes, além de tudo o mais registrado até o
momento.

Projeto Sign ou Soucer (EUA)
Concebido em 30 de dezembro de 1947 e implementado no
dia 22 de janeiro de 1948, o "Projeto Sign", também
chamado de "Projeto Soucer", foi idealizado por iniciativa da
Divisão de Inteligência do Comando Aéreo da base de
Wright Field, atual Wright Patterson Air Force Base, cujo
objetivo era recolher, avaliar e distribuir entre as agências
interessadas toda a informação sobre os avistamentos que
indicassem perigo para a segurança nacional. O projeto ficou
a cargo de James D. Forrestal, então Secretário de Estado da
Defesa, que mais adiante morreria em condições que até
hoje não foram bem explicadas.

Projeto Twinkle (EUA)
O Inspetor-Geral do Escritório de Investigação Especial da
Força Aérea dos Estados Unidos, inconformado com o
resultado dos informes reunidos no período, iniciou por
conta própria uma pesquisa em dezembro de 1948. Esta
pesquisa resultou no desenvolvimento de um trabalho de
investigação paralelo ao "Projeto Sign", o qual foi chamado
de "Projeto Twinkle", sob responsabilidade do Dr. Lincoln
La Paz, cientista especializado em meteoritos. O novo
estudo considerou o período compreendido entre dezembro
de 1948 e maio de 1950, resultando muito mais profundo e
detalhado que o trabalho anterior. Nesse registro, os UFOs
teriam sido avistados sobre importantes instalações militares
e governamentais, especificamente sobre o Estado do Novo
México e as bases de Kirtland, White Sands e Los Alamos.

Projeto Grudge (EUA)
Este projeto, concebido em dezembro de 1948 para
substituir o "Projeto Sign", foi implementado no dia 11 de
fevereiro de 1949, partindo da hipótese de que muitas das
aparições e registros desses objetos eram simples produto de
fenômenos ambientais, focalizando a investigação nas
testemunhas.

Projeto Blue Book (EUA)
Em março de 1952, o "Projeto Grudge" foi substituído pelo
famoso "Projeto Blue Book", sob responsabilidade do Capitão
Edward J. Ruppelt da Força Aérea. Este engenheiro
aeronáutico e veterano da Segunda Guerra, também
participante do Comando Técnico Aéreo de Inteligência da
Força Aérea (ATIC — Air Technical Intelligence
Command), afirmava haver solicitado ao ATIC detalhado
estudo sobre os OVNIs em setembro de 1950, quando o
"Projeto Grudge" já se encontrava caducando. Segundo
Ruppelt, uma vez concluído o estudo requerido, um
completo relatório foi encaminhado para o General John
Sanford, novo diretor do Serviço de Inteligência da Força
Aérea. Somente após o recebimento do relatório e de sua
correspondente avaliação, foi que o Capitão Ruppelt foi
comissionado para o cargo do recém-criado "Projeto Blue
Book". No dia 17 de dezembro de 1969, uma comissão de
inquérito da Força Aérea, reunida na cidade de Daytona,
Ohio, e presidida pelo então secretário de Aeronáutica, Sr.
Robert Seamans Jr., encerrou definitivamente o "Projeto
Blue Book" após a publicação de conclusão negativa
apresentada pelo Dr. Edward U. Condon. No texto, ele
afirmava categoricamente que os discos voadores não
passavam de simples ilusão de ótica provocada por diversos
fenômenos atmosféricos, produtos de causas naturais. Por
outro lado, salientava também a falta de evidências
conclusivas em prol de uma natureza extraterrestre, embora
40% dos casos analisados não tivessem qualquer explicação.
O Sr. Seamans apoiou essa decisão no pronunciamento que
fez na Academia de Ciências dos Estados Unidos sobre o
relatório Condon. O fim do "Projeto Blue Book" trouxe para
a Força Aérea a perfeita manobra das relações públicas,
alegando a cada pergunta sobre o tema a resposta de estar
sendo realizada uma investigação minuciosa do fenômeno,
sem jamais apresentar uma posição oficial.

Projeto Colorado (EUA)
Desenvolvido em outubro de 1966, na Universidade do
Colorado, escolheu o físico Dr. Edward U. Condon para
dirigir o primeiro estudo acadêmico e civil sobre os discos
voadores; porém, tanto a iniciativa quanto a verba destinada
para a empreitada saíram do Departamento de Investigação
da Força Aérea. Quem, então, levava adiante o "Projeto Blue
Book" era o Major Hector Quintanilla, que procurou por
todos os meios desvincular as autoridades militares do novo
programa, destacando que a sua única função seria a de
fornecer cópias dos informes existentes sobre OVNIs nos
arquivos do projeto. Porém, desde o início do "Projeto
Colorado", como foi conhecido o programa, pesquisadores
civis desconfiaram de suas verdadeiras intenções e objetivos,
considerando que tudo não passava de tentativa de distração
e acobertamento de informações e conclusões, procurando
apenas colocar de lado a responsabilidade militar e oficial. E
isto ficou evidente poucos anos depois.

Projeto Magnet (Canadá)
Desenvolvido pelo governo canadense entre 1950 e 1954
para a investigação de fenômenos aéreos.

Projeto Hessdalen (Escandinávia)
Desenvolvido por profissionais liberais e membros de grupos
de pesquisa ufológica entre 1981 e 1985.

Relação dos mais importantes investigadores mundiais:

Dr. Jacques Vallée (França/EUA), Hilary Evans (EUA), Dr.
Roberto Pinotti (Itália), Aimê Michel (falecido — França),
Dr. Leo Sprinkle (Canadá/EUA), Félix Zigel (Rússia), Valery
Uvanov (Rússia), Vladimir Azhaza (Rússia), Jenny Randles
(Inglaterra), Jaime Maussan (México), Timothy Good
(Inglaterra), Joseph Allen Hynek (falecido — EUA), Dr.
Bruce Maccabee (EUA), Cynthia Hinde (África do Sul), V. J.
Ballester Olmos (Espanha), Josep Guijarro (Espanha), Pedro
Canto (Espanha), Juan José Benitez (Espanha), Dra. Gilda
Moura (Brasil), Professora Irene Granchi (Brasil), Professor
Flávio Pereira (Brasil), Philip van Putten (Brasil), Carlos Paz
Garcia Corrochano (falecido — Peru), Rose Marie Paz Wells
(Peru), Henrique Castillo Rincon (Colômbia), Carlos e
Ricardo Vilchez (Costa Rica), William Chalker (Austrália),
Jerome Clark (EUA), Gordon Creighton (EUA), Leon
Davison (EUA), Paul Devereux (França), Budd Hopkins
(EUA), Donald E. Keyhoe (falecido — EUA), Philip J. Klass
(EUA), Jim e Coral Lorenzen (EUA), Dennis Stacy (EUA).

Grupos de Pesquisa:

APRO (Aerial Phenomena Research Organization) — EUA
CAUS (Citizens Against UFO Secrecy) — EUA
CUFUS (Center for UFO Studies) — EUA
MUFON (Mutual UFO Network) — EUA
UNICAT (EUA) GEPAN/SEPRA (França)
Projeto Hessdalen (Escandinávia)
SOBEPS (Bélgica)
BUFORA (British UFO Research Association) — Inglaterra
MUFORA (Manchester UFO Research Association) —
Inglaterra
CUFORN (Canadian UFO Research Network) — Canadá
IPRI (Instituto Peruano de Relações Interplanetárias) —
Peru

O Início de Tudo

Desde tempos que se perdem na lembrança, o homem vem
pesquisando o Universo em busca de respostas, não apenas
em relação ao início da própria criação e do seu porquê,
mas, também, a respeito do papel que a vida tem a
representar nesse vasto e extraordinário cenário cósmico.
Para nossa sorte, o tempo e o desenvolvimento surgiram
para permitir superar as barreiras da ignorância e a limitação
de recursos, oferecendo grandes oportunidades para a
realização de profundas e maravilhosas descobertas. Nesse
sentido, passado mais de meio século de grandes investiga-
ções, novas metodologias e achados astronômicos, auxiliados
evidentemente pelas grandes conquistas espaciais do
momento, conseguimos obter, como síntese e conclusão, a
imagem cada vez mais próxima de uma concepção objetiva e
evidente de como o Universo se originou. E esta conquista
não vem sendo apenas difícil, mas ainda é desafiadora e
complicada.
A questão fundamental de toda ciência é a que concerne às
origens do Universo em que vivemos, e possivelmente o seu
maior feito é conseguir respondê-la, se não com total
precisão, pelo menos com exatidão suficiente para satisfazer
a todos os investigadores mais exigentes, afirma o astrofísico
inglês John Gribbin.
Segundo Gribbin, o quadro atual do Universo é de expansão.
Cúmulos de galáxias vão se afastando uns dos outros à
medida que o espaço entre eles se expande, o que
evidentemente significa que no passado as galáxias estavam
mais próximas umas das outras. Disso se conclui que, num
dado momento, toda a matéria e a energia do Universo es-
tavam concentradas em um único ponto matemático, a
partir do qual explodiram para criar o Universo como o
conhecemos. A este incrível instante se deu o nome de
"Big-Bang".
Porém, cabe destacar que esta visão cosmogênica é bastante
recente, já que, até os anos 20, a concepção científica do
Universo o definia como um ambiente constante e imutável,
isto é, estável. Mas logo este pensamento foi sendo
abandonado, em razão de novos processos de investigação e
descobertas.
Tal é o caso da teoria da relatividade geral, idealizada e
publicada por Albert Einstein em 1917. Esta teoria descreve
a natureza da gravitação, em que o Universo, em geral, é por
ela dominado. Nas equações de Einstein, a gravitação é
concebida como espaço curvo (ou melhor, o espaço-tempo),
e a quantidade de matéria existente no Universo determina
o grau de curvatura do espaço. Em outras palavras, o espaço
vazio ou espaço-tempo é dotado de vida dinâmica própria, a
qual se curva, se expande ou se contrai de acordo com leis
bem definidas. Porém, como naquela época Einstein seguia a
mesma linha de pensamento dos seus colegas, isto é,
acreditava num Universo estático e imutável, ficou perplexo
e perturbado ao descobrir que seus cálculos previam a
expansão do espaço-tempo e, portanto, o crescimento do
Universo. Por isso, procurou "alterar" ou "corrigir" as
equações, introduzindo novo termo, o da "constante
cosmológica", para anular a expansão e restaurar a
estabilidade no resultado. Vários anos depois, Einstein
referiu-se a essa correção como o maior erro científico que
cometera.
Foi somente em 1922 que o matemático soviético
Alexander Friedmann, após ter analisado e melhorado os
cálculos de Einstein sobre a natureza do Universo,
comunicou ao mundo seus resultados. Neste trabalho, o
cientista elaborou o que foi chamado de os "Modelos de
Friedmann", isto é, uma visão de duas possibilidades que
resultaram na base atual de compreensão do Universo.
Ambas as alternativas têm como base considerar um estado
de densidade infinita existindo num ponto matemático, a
qual se expande em estados de menor densidade. Mas a
curvatura do espaço depende da quantidade de matéria
existente no Universo, o que leva a considerar duas
possibilidades. Se a matéria existente é inferior a uma
quantidade crítica, então a expansão continua eternamente,
com os cúmulos de galáxias afastando-se cada vez mais uns
dos outros. Nesse caso, estamos fazendo parte de um
Universo "aberto". Mas, se a matéria existente supera a
quantidade crítica, a gravitação é suficientemente forte para
curvar o espaço a tal ponto que a expansão primeiro cessa e
depois entra em colapso, de modo que o Universo retorna a
um estado super denso. Neste outro caso, trata-se de um
Universo "fechado".
Por outro lado, esta teoria acabou por concluir que se o
Universo estava em expansão, também ele poderia acabar.
Isto é, teríamos duas possibilidades, dependendo da
quantidade de matéria existente no Universo. Já que o nosso
sistema solar e todas as galáxias encontram-se unidos pela
força da gravidade, também a massa total do Universo
exerce uma atração constante sobre todos os seus
componentes. A medida que o Universo se expande,
impelido pela força explosiva do Big-Bang, essa atração
gravitacional diminui. Mas se houver no Universo matéria
suficiente, a gravitação poderá superar a expansão, que irá
gradativamente diminuindo, até cessar. Nesse caso, todo o
processo seria invertido, isto é, o Universo passaria a se
contrair cada vez mais rapidamente, enquanto a força
gravitacional aumentaria até o ponto de voltar a desintegrar-
se em uma outra bola de fogo super densa, vindo a
extinguir-se definitivamente ou podendo expandir-se
novamente e gerar um outro Big-Bang. Tudo isso nos dá a
imagem de um balão que se enche de ar até seu limite e
depois volta a ficar sem ar. Tudo se expande para depois se
contrair ou como um filme que vemos até o final e o
assistimos novamente, só que começando pelo final até o
início. Mas, se toda a massa do Universo não for suficiente
para que predomine a força gravitacional, a expansão do
Universo continuará eternamente. Segundo se conhece,
alguns cientistas procuraram calcular a massa total do
Universo posteriormente, medindo a quantidade de matéria
visível. Curiosamente, seus cálculos levaram ao resultado de
que a massa total aproximada do Universo situava-se na zona
crítica entre essas duas possibilidades. O destino do
Universo parece equilibrado num fio de navalha.
Mas, paralelamente a este período de grande atividade
intelectual e científica, os astrônomos iniciaram, em maior
escala, a utilização de grandes e modernos telescópios, vindo
a descobrir um vasto e incrível cenário provido de bilhões
de estrelas. Foi nesta época que Edwin Hubble, trabalhando
no observatório de Monte Wilson, demonstrou que grande
número das manchas de luz observáveis à noite no céu são,
na verdade, enormes cúmulos estelares, isto é, grandes
agrupamentos de estrelas, constituindo também enormes
galáxias situadas muito além da nossa, a Via Láctea. E suas
descobertas não ficaram apenas por aí. Mais adiante, Hubble
descobriu que a luz das galáxias distantes apresentava um
deslocamento para o vermelho proporcional à distância que
as separava da Via Láctea, significando, que as características
do espectro luminoso se deslocam para a extremidade
vermelha, o que pode ser interpretado como um
alongamento das ondas luminosas, visto que a luz vermelha
está no extremo das ondas longas do espectro visível, já que,
contrariamente, uma diminuição do comprimento das ondas
acarreta um deslocamento para o azul. Hubble entendeu,
pois, que o comprimento da onda luminosa se alonga porque
a galáxia distante está num processo de afastamento da Via
Láctea.
Conforme nos explica o astrofísico John Gribbin, a
descoberta de Hubble, de que o deslocamento para o
vermelho é proporcional à distância, corresponde ao efeito
previsto nos modelos de Einstein e Friedmann, mostrando
claramente que existe no espaço um movimento relativo, ou
seja: não é que a nossa galáxia esteja situada no centro do
Universo, do qual tudo se afasta, mas sim que outras galáxias
também nos vêem recuar em relação a elas. Gribbin
exemplifica a imagem desta afirmação: "é como visualizar
um balão repleto de manchas na sua superfície e que está
sendo inflado. Cada mancha vê as demais se afastando a uma
velocidade proporcional à distância que as separa, mas, na
verdade, nenhuma delas está se movendo sobre a superfície
do balão". A lei de Hubble acabou por demonstrar que o
Universo se comporta da mesma maneira: o espaço vazio, o
espaço-tempo de Einstein, se expande e, com isso, separa
cada vez mais as galáxias, embora estas não se movam no
espaço.
Toda essa teoria mexeu com a visão cósmica da época,
permanecendo um tanto abstrata para a grande maioria
durante as seguintes décadas. Embora os astrônomos
compreendessem teoricamente esse maravilhoso fenômeno
e convivessem com a implicação de que o Universo teria
tido um começo concreto a partir do qual se iniciou a sua
expansão, era difícil concretizá-lo definitivamente, o que só
veio ocorrer por volta da década de 60.
Até aquele momento, o conceito do Big-Bang era uma
noção abstrata, algo intangível e que não oferecia uma base
necessariamente sólida. Assim, em 1964, bem por acaso, os
rádio-astrônomos Arno Penzias e Roberf Wilson, que
trabalhavam nos laboratórios da empresa Bell Telephone,
dos EUA, descobriram a prova tangível da existência do Big-
Bang.
Ao estudar os fracos sinais de rádio refletidos pelos satélites
Echo, utilizando um sistema ultra-sensível de antena de 7m
e um amplificador, detectaram um desconhecido e contínuo
ruído de rádio. O ruído parecia vir uniformemente de todas
as direções do céu, sem se modificar com o passar dos
meses, independentemente da rotação da Terra em torno do
seu eixo e em torno do Sol, ou mesmo quando se virava a
antena para outra direção. O ruído não podia ser atribuído a
qualquer fonte na Terra, no sistema solar ou na nossa galáxia.
Pensou-se que houvesse falha no equipamento, razão pela
qual este foi desmontado e remontado novamente. Mas o
ruído continuou persistentemente de maneira inexplicável.
Nesse momento, ambos rádio-astrônomos tomaram
conhecimento dos cálculos de P. J. E. Peebles, físico da
Universidade de Princeton. Segundo estes cálculos, se o
Universo tivesse tido origem numa grande explosão, seria
necessária imensa quantidade de radiação para impedir que
as partículas se fundissem em elementos pesados, e para
liberar hidrogênio e hélio suficientes para formar as estrelas
e galáxias do Universo que hoje conhecemos. À medida que
o Universo se expandiu, a radiação esfriou, continuando,
contudo, a impregná-lo, ainda que de modo mais fraco, mais
diluído. Segundo Peebles, hoje seria possível detectar a
radiação a uma temperatura de poucos graus acima do zero
absoluto na escala Kelvin.
O sinal captado parecia estar cheio de ondas de rádio muito
fracas, com uma energia equivalente a 3°K (o zero na escala
Kelvin de temperatura é igual a -273°C). Tratava-se de um
sinal que, embora fraco pelos padrões normais, enchia todo
o espaço, o que representava uma energia considerável.
Com isso, ficava explicada a origem do ruído de baixa
freqüência captado, pois, na verdade, a radiação cósmica que
enchia todo o espaço era um eco distante daquela explosão
inicial, isto é, do Big-Bang.
A descoberta de Arno Penzias e Robert Wilson, realizada ao
acaso, apenas por decidirem um dia aproveitar o
equipamento para captar o débil ruído de um sinal fraco,
porém uniforme, proveniente de todas as direções do
espaço, valeu-lhes o Prêmio Nobel de 1978, pois haviam
dado a conhecer ao mundo o eco da grande explosão
primordial.

O Universo e a Matéria

Nunca deve ter faltado a qualquer um de nós, numa noite
clara e acolhedora, a oportunidade de ter olhado para o céu e
percebido um vasto mar cintilante de estrelas preenchendo
maravilhosamente esse eterno e magnificente espaço. E é
bem possível que, nesse cativante momento, não faltasse o
desejo de elevar em direção a este incomensurável todo
estelar profundos pensamentos, repletos de ingênua
imaginação, desvendando o mistério do instante de sua
criação. Tudo isso sem deixar de considerar, de forma
idealista, a possibilidade de compreender e perceber a sua
real dimensão, sem esquecer, é claro, uma importante
questão: afinal, somos a única forma de vida inteligente a
existir?
Mas todas estas dúvidas e indagações vêm sendo parte do
grande histórico humano, havendo estado presentes em
cada momento evolutivo de nossa espécie. Dúvidas
perturbadoras sobre a origem do Universo e seu destino são
questões profundas que mergulham o homem em uma busca
sem fim, lugar nem tempo.
O nosso Universo, como lugar que alberga todos os corpos
celestes e, portanto, também a nossa querida Terra, teve seu
início numa grande e extraordinária explosão, segundo
aceitam os evolucionistas, e esta hipótese, denominada de a
"explosão do Universo primordial" ou "Big-Bang", encontra a
cada dia mais e mais confirmações. Isto é, a teoria de que o
Universo está em constante movimento e expansão a partir
de um ponto infinitesimal original, embora ainda persistam
alguns que considerem que o Universo é estacionário, que
continua e continuará sempre igual, inclusive gerando
matéria. Mas o modelo evolucionista, que a grandes rasgos é
consistente em si mesmo, encontra-se estruturado na
interpretação de determinados fenômenos astrofísicos
importantes. Mesmo que alguns indícios sugiram que de fato
se cumpram seus pressupostos, não está fechada ainda a
polêmica à seu respeito, pois permanecem por enquanto
algumas discrepâncias nas interpretações de diversas
observações. Mas, até hoje, a teoria do Big-Bang continua
sendo o modelo de origem do Universo mais aceita. E para
compreender melhor toda esta teoria, é fundamental
mergulharmos em alguns dados e conhecermos certos
aspectos importantes relativos à estrutura da matéria.
Na atualidade, sabe-se que a maior parte que a compõe, isto
é, aproximadamente 75% da matéria existente no Universo,
está constituída por hidrogênio e 24%, por hélio (alguns
cientistas consideram esta relação de 70% hidrogênio e 27%
hélio). Os demais elementos químicos da composição, todos
juntos, correspondem apenas a 1% do total (ou de 3% na
segunda relação). Cabe destacar que, se considerarmos que o
hélio, assim como todos os demais elementos pesados que
constituem a matéria cósmica se originaram a partir do
hidrogênio, então a questão sobre a origem do Universo
reduz-se a apenas uma pergunta: quando se originou o
hidrogênio?
O átomo de hidrogênio está formado por um núcleo dotado
de carga positiva, o protón, e de uma crosta que contém
uma única partícula, dotada de carga negativa, o elétron. A
troca de partículas sem massa, mas dotadas de grande
energia, isto é, os fótons, é a responsável pela aparição de
uma força eletromagnética atrativa entre o protón e o elé-
tron. O próton, elemento importante do átomo, está, por sua
vez, composto de partículas ainda menores, os quarks.
Na atualidade, existem na natureza dois tipos de quarks: os
chamados quarks up, ou "os de cima" (u), e os quarks down,
ou "os de baixo" (d), sendo que, desta forma, um próton está
formado por um quark up e um quark down. Se
pressupomos que a carga elementar do elétron é igual a -1,
então a carga do quark up é de +2/3 e a do quark down vale
-1/3. Desta forma, a carga do próton é igual a +1. Porém, no
caso dos nêutrons, estes estão formados por apenas um
quark up e dois quarks down, isto é, trata-se de partículas
eletricamente neutras. Diferentemente do que ocorre com
outras partículas elementares, os quarks nunca se
apresentam isolados. Sua interação no interior do próton ou
do nêutron é tão incrivelmente intensa que não poderia ser
vencida ou quebrada, nem mesmo com a energia obtida de
transformar a totalidade da matéria de um próton. De forma
análoga ao que ocorre com a troca de fótons, que é o
responsável por prótons e elétrons permanecerem unidos
no átomo, considera-se também (isto ainda em teoria) que a
força extremamente intensa que mantém colados os quarks
no interior dos prótons e dos nêutrons baseia-se na troca de
partículas. Estas partículas são conhecidas pelo nome de
"gluons" (do inglês glue, cola) e estão relacionadas com uma
segunda carga dos quarks, de caráter elétrico, conhecida
pelo nome de "cor".
Como se conhece atualmente, existe para cada partícula
elementar sua correspondente antipartícula (composta de
antimatéria). Se uma partícula e sua correspondente
antipartícula se encontram, então ambas se transformam em
energia de imediato (de acordo com a fórmula proposta por
Albert Einsten: E = m.c2). A antipartícula que corresponde
ao elétron chama-se positron; a energia radiante que é
gerada quando se chocam um elétron e um positrón
descreve-se como dois fótons. Uma combinação
especialmente interessante pressupõe os mésons, formados
por um quark e um antiquark. Esta união é naturalmente
bastante instável: o quark e o antiquark aniquilam-se
mutuamente, dando como resultado dois fótons. O processo,
graças ao qual a matéria e a antimatéria se aniquilam
mutuamente dando lugar à liberação de energia, é reversí-
vel. Desta forma, pode-se obter, a partir de dois fótons, um
elétron e um positrón, ou um quark e um antiquark.
O fato de que tanto um elétron e um positrón como também
um quark e um antiquark se aniquilem mutuamente
mediante a liberação de dois fótons, em cada caso, deu lugar
a que viesse a suspeitar-se de que os elétrons e os quarks
possuem basicamente a mesma natureza, podendo ser
manifestações diferentes de uma mesma força originária.
Aqui é que desempenham um papel importante os
neutrinos, partículas elementares muito ligeiras, inclusive
possivelmente sem massa, que carecem de carga elétrica. O
elétron, o neutrino, etc. designam-se com o nome de
leptons. Existem muitos fatos conhecidos que indicam que
os quarks podem se transformar em leptons e vice-versa,
graças à chamada interação X que, na atualidade, é somente
uma hipótese. Esta proposta pressupõe que a troca de uma
partícula X seja a responsável pelo processo de
transformação dos quarks. E para que a transformação che-
gue a ocorrer, tem-se calculado que a partícula X deva ser
muito pesada, razão pela qual não é de estranhar que não se
tenha conseguido gerá-la nas instalações dedicadas ao estudo
das partículas elementares. As partículas X correspondem
também antipartículas denominadas X, sendo que se
pressupõe que ambas foram geradas somente uns 1040
segundos depois do Big-Bang, a partir de uma nuvem de
energia inimaginavelmente densa e quente. Ambas as
partículas são instáveis, pois se desintegram imediatamente
depois de sua geração, produzindo, respectivamente, dois
quarks, ou um quark e um elétron. Para cada par de
partículas X/X aparece no total três quarks e um elétron. Os
quarks unem-se entre si para dar um próton; o resultado de
tudo isso é a formação dos componentes de um átomo de
hidrogênio. Por outro lado, as partículas X/X podem também
desintegrar-se dando o surgimento de um antiquark e um
positron, ou a dois antiquarks, isto é, dando lugar à
componentes de um átomo de hidrogênio de antimatéria.
Existem muitas evidências de que as duas variações de
desintegração descritas não se dão com a mesma freqüência,
mas que a primeira se realiza de forma mais rápida que a
segunda. Portanto, temos que, de um processo de
aniquilação mútua e constante de 10 bilhões de quarks e
antiquarks, sobrevive apenas um quark. E é a partir destes
modestos restos sobreviventes que se forma a totalidade da
matéria do Universo.
Aproximadamente 10-6 segundos depois do Big-Bang a
temperatura reinante havia descido desde os 1032 K (K =
grau Kelvin) até aproximadamente 1014 K. Graças a isto, os
quarks inicialmente livres puderam se encontrar para formar
prótons e nêutrons, que mais tarde dariam lugar aos núcleos
atômicos. A totalidade da matéria cósmica estava formada,
aproximadamente um segundo depois do Big-Bang, por
prótons, nêutrons, elétrons e neutrinos. Transcorridos 100
segundos — a temperatura da nuvem de matéria
primogênita em rápida expansão já era de tão-somente 1
bilhão de K —, formaram-se os primeiros núcleos atômicos
complexos no seio de um plasma quente. Transcorridas mais
de 2,5 horas, formaram-se os primeiros átomos. Esse
processo, que supera nossa capacidade de imaginação, teve
lugar há mais de 15 bilhões de anos. Este número se pode
calcular desde que os astrofísicos conheceram a velocidade
relativa do distanciamento das galáxias, isto é, da velocidade
de expansão do Universo. Partindo deste cálculo, toda a
matéria que existe, na atualidade, no Universo, teve de estar
contida num mesmo ponto naquela época.
Porém, a idade do Universo está sendo contestada nesse
momento, pois cientistas da Universidade de Edimburgo,
que tentaram realizar este cálculo, encontraram uma galáxia
que parece ser mais antiga que o próprio Big-Bang. Segundo
informações de James Dunlop, descobridor da galáxia
conhecida como 53W091, esta galáxia está tão distante que
levaria mais de 15 bilhões de anos para que sua luz chegasse
até a Terra. Tudo isto reforça, evidentemente, a idéia de que
o Universo é muito mais antigo do que se imaginava.

A Teoria do Big-Bang se Reforça

Um grupo de astrônomos, encabeçado pelo Dr. Arthur F.
Davidsen, da Universidade John Hopkins, em Baltimore,
Estados Unidos, anunciou no dia 12 de junho de 1995 que
foi detectado pela primeira vez hélio primordial no espaço, o
que confirmaria as hipóteses baseadas na chamada teoria da
Grande Explosão ou Big-Bang sobre a origem do Universo.
Durante décadas, os cientistas buscaram provas da existência
do hélio primordial no meio intergaláctico, isto é, o vasto
espaço compreendido entre as formas conhecidas de maté-
ria. O achado, baseado nas observações de um telescópio
conhecido como Astro-2, que foi transportado em março de
1995 pelo transportador espacial Endeavour, da Nasa, foi
dado a conhecer na reunião da Sociedade Astronômica dos
Estados Unidos em Pittsburgh. Os astrônomos comentaram
que haviam achado uma clara evidência da existência de
hélio na luz ultravioleta emitida por um quasar situado a 10
bilhões de anos-luz da Terra.


Formação das Estrelas

Aproximadamente um milhão de anos depois do surgimento
dos componentes essenciais da matéria os átomos
começaram a dar origem a estruturas maiores, iniciando-se
assim a formação de nebulosas, estrelas e galáxias. A forma
em que tudo isso ocorreu ainda pode ser observada em
algumas partes do Universo onde existem estrelas em
formação. E este processo pode ser observado na atualidade
no seio de nuvens interestelares, como no caso,
especificamente, do plano central dos braços espirais da Via
Láctea. Estas nuvens estão formadas por átomos de
hidrogênio com uma densidade de tão-somente 10 a 1.000
átomos por cm3. E este valor é extremamente baixo, sendo
que, mesmo na Terra, utilizando-se os mais modernos
laboratórios em que seja gerado alto vácuo, não é possível
atingi-lo. Apesar de densidade extremamente baixa, a massa
total deste tipo de nuvens encontra-se entre 100 e 1 milhão
de massas solares, sendo que a sua temperatura oscila entre
10 e 10.000 K. Também encontramos em seu interior, de
forma bastante dispersa, partículas sólidas de pó que, no
total, não representam nada mais que reduzido percentual da
massa da nuvem. Entre estas diminutas partículas e, natu-
ralmente, entre os átomos de hidrogênio, atuam as forças
gravitacionais, que fazem com que as nuvens se comprimam
lentamente, até que cheguem a atingir uma densidade
próxima a 1.000 e 1 milhão de átomos por cm3. E neste
momento que se inicia a formação de moléculas. Uma vez
que as nuvens se encontram mais densas, algumas zonas —
novamente devido à ação das forças gravitacionais —
começam a entrar em colapso para dar lugar ao surgimento
de estrelas, cujas regiões centrais esquentam muito devido à
contração gravitacional que continua. A evolução posterior
das estrelas depende, principalmente, de sua massa inicial.
Com freqüência — como no caso do Sol —, devido ao
incremento da temperatura, dá-se início a uma reação
nuclear, e desta forma é que o processo de colapso
gravitacional cessa. Em outro caso, temos, para estrelas de
grande massa, que o processo de colapso continua até que a
imponente força de atração provoque um colapso
gravitacional, chegando a explodir, como observamos numa
supernova.
A matéria ejetada durante este fenômeno, isto é, durante a
explosão da supernova, passa a misturar-se com as zonas
vizinhas da nuvem interestelar, que podem voltar a
comprimir-se devido à gravitação. Segundo diversas
hipóteses, alguns elementos pesados, como os que se
encontram em parte na Terra, procedem destas supernovas.
Estes acúmulos de matéria, isto é, as estrelas e os planetas,
não estão de forma alguma distribuídas de maneira uniforme
no Cosmos, mas concentradas em galáxias e, à sua vez, a
distribuição destas no Universo também não é uniforme.
Uma galáxia média possui tamanho que varia entre 10 e 100
mil anos-luz de diâmetro, sendo que a distância entre a
Terra e a galáxia gigante mais próxima, a nebulosa de
Andrômeda, ultrapassa os 2,5 milhões de anos-luz.
As galáxias concentram-se, formando cúmulos, cujo
diâmetro, no caso das maiores, chega a 10 milhões de anos-
luz, ou até supercúmulos, que por sua vez são agrupações de
cúmulos, os quais chegam a variar entre 100 e 300 milhões
de anos-luz. O cúmulo de galáxias a que pertence a Via
Láctea, é relativamente pequeno, compreendendo
unicamente uma dúzia de galáxias.
Vale explicar que, até pouco tempo, era impossível
conhecer a estrutura dos supercúmulos estudando as
fotografias, já que nestas fotografias as galáxias parecem
situar-se lado a lado. É claro que isso não significa que
estejam realmente próximas umas das outras. É bem possível
que tais galáxias estejam situadas a diversas distâncias da
Terra e que só por acaso apareçam quase no mesmo eixo
visual quando observadas do nosso planeta. Só se pode
determinar a posição exata das galáxias no espaço
construindo-se uma imagem tridimensional. Para isso é
necessário acrescentar uma terceira coordenada (a distância
que nos separa da galáxia) às duas coordenadas angulares,
que indicam a posição da galáxia na esfera celeste (e que são
análogas à latitude e à longitude geográfica).
A distância das galáxias longínquas é obtida aplicando-se a
lei de Hubble, segundo a qual a velocidade com que uma
galáxia se afasta de nós é proporcional à distância que dela
nos separa. O coeficiente de proporcionalidade é chamado
de constante de Hubble. A velocidade de uma galáxia é
obtida a partir do efeito Doppler, ou seja, medindo-se o
deslocamento para o vermelho da luz por ela emitida.
Até hoje já se mediu o deslocamento para o vermelho de
mais de 10 mil galáxias. Com as distâncias assim obtidas foi
possível construir, com a ajuda de computadores, imagens
tridimensionais da distribuição das galáxias no espaço. E o
resultado deste trabalho foi surpreendente.
Segundo se supunha, com base nos conhecimentos prévios
dos cientistas, as galáxias agrupam-se em cúmulos, assim
como as estrelas agrupam-se em galáxias. A existência de tais
cúmulos era mais um argumento em favor desta hipótese.
Mas a realidade, porém, revelou-se totalmente outra.
Constatou-se que as galáxias, em sua grande maioria, entre
80 e 90% delas, estão concentradas em grupos filamentosos
de grande extensão, com menos de 30 milhões de anos-luz
de espessura e mais de 300 milhões de anos-luz de
comprimento. Filamentos adjacentes entrecruzam-se
formando uma estrutura combinatória e tridimensional,
como uma rede celular ou um favo. Esta estrutura é
geralmente chamada de sistema de supercúmulos. E, junto a
estes cúmulos e supercúmulos de galáxias, existem também
grandes espaços completamente livres, como grandes vazios
espaciais.
Porém, recentemente, o telescópio espacial Hubble
detectou que a galáxia conhecida por ARP 220 era, na
verdade, a colisão de duas galáxias espirais, que dão a
impressão de estar uma engolindo a outra. Por outro lado, é
possível observar no núcleo a formação acelerada de grande
volume de estrelas, dando como resultado a aparição de
aglomerados dez vezes maiores que os normalmente
avistados.
Até o momento não existe ainda nenhuma explicação
satisfatória do porquê da distribuição heterogênea da matéria
cósmica.

A Nossa Galáxia
A nossa galáxia, a Via Láctea, tem formato espiral,
apresentando cinco braços. Seu diâmetro é de
aproximadamente 100.000 anos-luz, com 10.000 anos-luz
de espessura, contendo um total de 300 a 400 bilhões de
estrelas, segundo as mais recentes observações do telescópio
espacial Hubble. O sistema solar encontra-se aproxima-
damente a 30.000 anos-luz do núcleo da Via Láctea e
20.000 anos-luz de sua borda, participando da espiral de
Orion. Atualmente, especula-se que o número de galáxias
existentes no Universo ultrapasse a cifra de 100 bilhões.

Tipos de Galáxias

As galáxias são as unidades de construção do Universo e
atualmente são conhecidas mais de 100 bilhões, mas com o
aumento da potência do instrumental vem-se descobrindo
novas galáxias a cada momento.
As galáxias agrupam-se em cúmulos e estes em
supercúmulos. A classificação atual das galáxias provém
daquela que Hubble fez em 1925 a partir de sua forma física
e, portanto, temos: galáxias elípticas, lenticulares, espirais e
irregulares.
O desenvolvimento da radioastronomia permitiu a
descoberta, em 1949, das primeiras radiogaláxias, e entre
1960 e 1963, dos primeiros quasares. Nos dias de hoje,
temos boas razões para acreditar que se tratam de
manifestações de um mesmo fenômeno, isto é, de galáxias
de núcleo ativo.
Todas as galáxias, incluindo a nossa, apresentam alguma
atividade no seu núcleo, mas esta é muito pequena em
comparação com outras. Denominamos de núcleo ativo as
galáxias que apresentam no seu centro uma região
energética, de aparência estelar e bastante pequena, como
para que sua estrutura fique fora das possibilidades de
resolução de qualquer fotografia.
De forma geral, em função da atuação e características do
seu núcleo, as galáxias podem ser classificadas como sendo
de: núcleo ativo, pouco ativo, muito ativo, galáxias N
(núcleo luminoso e pouco ativo) e quasares (núcleo mais
luminoso que toda a galáxia).

Formação dos Planetas

Enquanto o nascimento de estrelas ainda é observável
diretamente nos dias de hoje, os astrofísicos vêem-se
limitados em relação às hipóteses referentes à formação dos
sistemas planetários orbitando uma estrela central. Porém,
existe grande variedade de teorias que buscam uma
explicação sobre a formação dos planetas, as quais podem
subdividir-se em dois grandes grupos. As teorias evolutivas
consideram a formação de sistemas planetários como um
processo cósmico normal. O segundo grupo abrange as
teorias catastrofistas, que partem do pressuposto de que a
formação do nosso sistema solar deve considerar-se como
uma casualidade única e muito rara. Segundo esta visão, a
colisão de um poderoso e gigantesco cometa com o nosso
Sol teria sido a responsável por colocá-lo em rotação,
arrancando, no impacto, os elementos e fragmentos
formadores dos planetas do nosso sistema. Na atualidade,
vêem-se favorecidas, em geral, as teorias de caráter
evolutivo.
Esta linha de interpretação compreende grande quantidade
de modelos formulados por eminentes cientistas, como
Pierre Simon de Laplace, Bertrand Russell, Fred Hoyle,
Kristian Birkeland, Hannes Alfvén e Carl Friedrich von
Weizsäcker.
Dentro das diversas teorias evolucionistas, as variadas
hipóteses formalizaram, afinal, um modelo padrão, o qual
vem se cristalizando atualmente. De acordo com este
modelo padrão, o processo que teve como conseqüência a
formação dos planetas partiu da existência de uma nebulosa
de gás e pó em rotação ao redor do Sol recém-formado. Esta
nebulosa foi se deformando devido à interação gravitacional
e às forças centrífugas, dada uma velocidade de rotação cada
vez maior, até transformar-se num disco plano de gás e pó.
A pressão do gás e a força centrífuga impediram que o disco
se precipitasse contra o Sol, permitindo assim a formação de
um sistema dinâmico estável. As partículas sólidas e pesadas
deslocaram-se em direção à parte central do disco, em que
as partículas de pó passaram a formar os núcleos dos planetas
graças a sua atração mútua. Os núcleos de maior tamanho,
como os que formariam Júpiter, Saturno, Urano e Netuno,
capturaram adicionalmente grande quantidade de gás
procedente da nebulosa protoplanetária. Devido às
instabilidades gravitacionais, na área dos núcleos planetários
formaram-se inicialmente protoplanetas, cujo tamanho
oscilava entre poucos metros até vários quilômetros. Estes
protoplanetas, ou planetesimais, atraíam outros materiais e
com freqüência colidiam uns contra os outros, vindo a unir-
se e fundir-se entre si. Desta maneira, foram crescendo até
atingir o tamanho de planetas. Porém, todo este processo
não se desenvolveu de maneira uniforme, dada a presença
de diversos fenômenos, isto é, ao aumento ou ao acréscimo
de massa destes corpos planetários, devido a estas fusões ou
junções, se lhe opunha uma perda de massa produzida
durante a introdução de matéria, esta provocada pelo
impacto na junção.
Inicialmente, quando as velocidades relativas entre os
planetesimais eram muito pequenas, predominava o
acréscimo de massa. Mas, devido às perturbações interativas,
as órbitas ao redor do Sol descritas por esses corpos se foram
diferenciando. As excentricidades e as inclinações das
órbitas foram aumentando. Os impactos tornaram-se cada
vez mais violentos, formando grande número de crateras e
marcas em suas superfícies. O efeito de perda de massa
passou a eliminar gradualmente os planetesimais de menor
tamanho, enquanto os maiores foram capturando para si
todo esse material. Finalmente, a matéria livre havia se
reduzido tanto, que os planetas formados não podiam mais
incrementar de forma significativa a sua massa.
Neste modelo de formação planetária, encontram espaço
duas concepções muito diferentes entre si, já que
poderíamos considerar que o processo de acréscimo de
partículas de pó poderia haver-se verificado de maneira
homogênea ou heterogênea.
O modelo homogêneo parte da suposição de que, na época
de formação dos planetas, a composição química das
partículas de pó dependia única e exclusivamente da
temperatura e da pressão da nebulosa protoplanetária
homogênea. Naturalmente, ambas magnitudes não eram
iguais em toda a nebulosa, isto é, temperatura e pressão, mas
seu valor diminuía com o incremento da distância com
relação ao Sol. Assim, a temperatura de 1.400 K nas
proximidades do que seria Mercúrio no futuro haveria
descido até aproximadamente 100 K na área do que seria
Plutão, enquanto a pressão haveria mudado de 1.000 para
0,1 pascais. De acordo com este modelo, todos os planetas
haveriam tido em sua origem uma composição química
uniforme, que teria dependido unicamente de sua distância
com relação ao Sol. Os planetas como Vênus, Terra e Marte
haveriam-se formado a temperaturas de uns quantos centos
de graus centígrados; sua composição originária teria sido
aproximadamente similar à dos meteoritos, conhecidos
como côndritos carbonáceos.
O segundo modelo parte do ponto em que as partículas de
pó se haveriam concentrado, imediatamente depois de sua
aparição, por uma condensação a partir da nebulosa
protoplanetária, dando espaço aos planetesimais e planetas.
O modelo heterogêneo considera que, durante a formação
de planetas, a nebulosa protoplanetária continuou se res-
friando, dando lugar a produtos de condensação diferentes.
Deste modo, não se haveriam gerado planetas homogêneos,
mas planetas esféricamente diferenciados desde o princípio.
Recentemente, alguns cientistas consideram que tanto o
modelo homogêneo como o heterogêneo simplificam as
coisas de modo inadmissível. Partem de bases muito mais
complexas baseadas em extensos processos de mistura e
interações na nebulosa protoplanetária.
Atualmente, parece impor-se uma teoria que pode ser
considerada, em grande medida, como variante do modelo
heterogêneo. De acordo com esta concepção, a nebulosa
protoplanetária estava formada por dois componentes
diferentes, um deles se encontrando aproximadamente
dentro do que seria a futura órbita do planeta Marte,
ocupando o espaço exterior dessa órbita. Na fase inicial da
formação dos planetas somente as partes relativamente
quentes e quimicamente muito ativas do componente inte-
rior colaboraram para a formação dos planetas. Mais tarde, os
planetas foram chegando, devido à excentricidade cada vez
mais restrita de suas trajetórias, às áreas ocupadas pelo
componente exterior e, somente nesse momento, esse
componente foi incrementado, participando da massa dos
planetas. O segundo componente, mais frio, haveria estado
totalmente oxidado, contendo uma porção muito maior de
partes voláteis, entre as quais se encontraria também água.
Para o planeta Marte, estima-se que a relação de massas
entre o componente interior e exterior seja de 60:40,
enquanto na Terra estima-se que esta proporção seja de
85:15. Se este modelo fosse totalmente correto, então
teríamos que a região interior da Terra (núcleo e partes da
crosta) careceria essencialmente de água e estaria formada
por material muito reduzido.
Durante a formação dos planetas, inclusive durante os
primeiros tempos posteriores a sua formação, estes corpos
experimentaram forte aquecimento, e todo o material sólido
se fundiu. A esta forte elevação de temperatura
contribuíram diversos fatores: a energia gravitacional, a de
compressão, a das marés e, em primeiro termo, a da
desintegração radiativa. Além do mais, também se pode
considerar fundamentalmente o aquecimento
eletromagnético, mas apenas para corpos bem menores,
como asteroides ou planetesimais.
A energia gravitacional teve duplo efeito de aquecimento
pela formação do núcleo e pela energia do impacto dos
planetesimais capturados. Para a formação do núcleo, o qual
desempenha papel importante somente no caso da hipótese
homogênea da formação dos planetas, os elementos pesados
e minerais deslocaram-se durante os processos de fusão em
direção ao centro da Terra, liberando, durante essa atividade,
considerável quantidade de energia cinética, que se
transformou em calor. Quanto ao impacto de meteoritos,
asteroides ou planetesimais, cabe distinguir entre corpos
pequenos e grandes. A energia de impacto liberada por
pequenas partículas voltava-se a irradiar com maior ou
menor velocidade, sendo que, no caso de impactos de
massas maiores, eram provocadas profundas crateras,
aquecendo as rochas, e o material que se depositava no local,
pelo assentamento posterior, vinha a formar uma capa
protetora e isolante que evitava a irradiação de calor.
A comunicação de calor devida à energia de compressão é
comparável ao aquecimento da mistura de gás inflamável no
interior do cilindro de um motor diesel durante a fase de
compressão.
No período de crescimento dos planetas, foram aumentando
a intensidade de seus campos gravitacionais, assim como a
sua densidade. Estima-se que a compressão das rochas pode
ter aquecido o núcleo da Terra umas centenas de graus,
enquanto nos planetas maiores este aquecimento pode ter
chegado até uns 1.000 graus. Assim, pois, esta fonte de calor
era, em comparação com outras, insignificante.
O aquecimento devido às energias da maré não se refere,
obviamente, aos mecanismos de sobe e desce dos mares,
mas ao das rochas, isto é, do magma, que possui também
determinadas propriedades centrífugas. Esta energia é tanto
maior quanto maior é o grau de fusão em que se encontram
as rochas. A energia das marés não colaborou apenas para o
aquecimento dos planetas, mas também no aquecimento de
seus pequenos satélites. Na atualidade, parece desempenhar
ainda papel importante no caso de um satélite de Júpiter, Io,
e de uma lua de Urano, Miranda.
Mas a energia de aquecimento provavelmente mais
importante liberou-se graças a processos nucleares. Os
nêutrons que fazem impacto sobre núcleos atômicos
instáveis (por exemplo, o isótopo 235 do urânio) podem
fissioná-los, liberando novamente nêutrons. Se a matéria
fissionável tem densidade muito baixa, então a probabilidade
de que esses novos nêutrons colidam contra núcleos
atômicos adequados é relativamente baixa. Neste caso,
produzem-se desintegrações nucleares isoladas. Com o
incremento da densidade, por exemplo, durante o processo
da formação dos planetas, aumenta a probabilidade de que os
nêutrons façam impacto. Superado o limite crítico, para o
qual cada nêutron de fissão dá lugar novamente a um
nêutron que faz impacto, origina-se uma multiplicação
exponencial de nêutrons, isto é, produz-se uma reação
nuclear em cadeia.
Nos reatores nucleares se mantém, graças a mecanismos de
dispersão adequados, a relação de multiplicação dos nêutrons
sempre igual à unidade. Assim, a reação nuclear em cadeia
tem lugar de forma desacelerada. Nas bombas atômicas em
explosão, ao contrário, dispara-se em frações de segundo. As
reações nucleares em cadeia de ambos os tipos eram
freqüentes nos planetas primitivos, dado que a fração total
de materiais radiativos era muito maior que na atualidade.
Calcula-se que o tempo necessário para a fusão completa dos
planetas terrestres tenha sido de um bilhão de anos.
A fusão dos planetas fez possível o fracionamento químico-
físico de seus componentes. As substâncias mais pesadas
deslocaram-se devido à força gravitacional, para o interior,
enquanto as mais leves flutuaram na superfície. Bastante
cedo se separam do núcleo o manto e a crosta planetária. No
núcleo concentraram-se principalmente o ferro e o níquel,
enquanto na primeira crosta ainda primitiva encontram-se
silicatos leves, flutuando como uma espécie de pele fina
sobre um oceano de magma líquido. Esta é a fase na qual se
encontrava a Terra há 4 bilhões de anos.

Planetas Fora do Sistema Solar

Durante séculos o homem veio se perguntando se, dentro
deste vasto mar de estrelas que compõe o Universo, apenas a
Terra seria o único planeta habitado. E claro que sempre se
imaginou que outros mundos pudessem existir, mas jamais
foram detectados ou vistos, já que não emitem luz própria.
Mas a ciência moderna vem considerando que, dentro dos
mais de 200 bilhões de estrelas que compõem a nossa Via
Láctea (extra-oficialmente o telescópio Hubble já elevou
esse número para 300 a 400 bilhões), pelo menos um terço
delas possuem planetas, das quais, se eliminadas aquelas
instáveis, teríamos uma cifra ao redor de 65 bilhões de
estrelas com a possibilidade de ter planetas, e isto é apenas
uma especulação.
As primeiras pesquisas a respeito de planetas fora do sistema
solar surgiram no observatório Sproul, na Pensilvânia (EUA),
em que foi realizado um trabalho de investigação na estrela
de Barnard, quando se identificou um comportamento
curioso de oscilação, alertando para a possibilidade de ter a
sua órbita afetada pela presença de um planeta. Outro caso
foi o da estrela Epsilon Eridani, cujo comportamento
suscitou a mesma possibilidade. E, para alegria geral dos
cientistas, em 1983 o satélite IRAS detectou a presença de
uma grande estrutura de pó cósmico em volta da estrela
Vega (Alfa Lirae), o que sugeria a possibilidade de existir um
sistema solar ao seu redor. Mais tarde, o IRAS detectou um
outro caso similar, desta vez na estrela Alfa Piseis Austrini e,
logo depois, na estrela Beta Pictoris, a somente 78 anos-luz
de distância do nosso sistema solar. Mas até aqui apenas
existiam especulações, que se faziam cada vez maiores,
porém sem nenhuma confirmação positiva.
Em 6 de outubro de 1995, a grande dúvida com relação a
outros mundos fora do nosso sistema acabou por ser
dirimida, e tal feito coube aos astrônomos suíços Michel
Mayor e Didier Queloz, do observatório de Genebra, na
Suíça. Ambos se devotaram a estudar por mais de um ano a
estrela de número 51 da constelação boreal de Pégaso,
Pegasi ou Cavalo Alado, que se encontra a 47,9 anos-luz de
distância, identificando um efeito de movimento
caracterizado pelas mudanças na emissão de luz (efeito
Doppler). As constantes pesquisas apontaram que a movi-
mentação desta estrela, caracterizada pelas intensas
mudanças na sua coloração de vermelho para azul, devia-se
necessariamente à influência de um outro corpo.
Finalmente, após considerar interferências possíveis de uma
outra estrela, os cálculos apontaram para a presença de um
planeta, cujo aspecto seria semelhante ao planeta Júpiter em
tamanho (80% aproximadamente), embora sua massa fosse
provavelmente apenas a metade. Segundo considerações dos
cientistas pela localização do planeta em relação a sua
estrela, este se apresenta constituído por forte estrutura
rochosa.
Esta descoberta motivou os astrônomos norte-americanos
Geoffrey Marcy, professor de física e astronomia, e Paul
Butler, ambos do observatório Lick da Universidade Estadual
de San Francisco, a direcionar suas pesquisas para a estrela
51 da constelação de Pégaso, seguindo a trilha dos cientistas
suíços. Ambos já pesquisavam a existência de possíveis
planetas desde 1987, e, até aquele momento, nada haviam
conseguido. Seguindo a trilha, os norte-americanos
conseguiram não somente confirmar a descoberta dos seus
colegas, mas em janeiro de 1996 descobriram o segundo
planeta fora do sistema solar, que se encontra próximo da
estrela 47 da Ursa Maior, a 43,3 anos-luz, com sua massa 3,5
vezes maior que a de Júpiter e provavelmente de
consistência gasosa.
Mas o trabalho destes dois norte-americanos não parou por
aí. Em março, descobriram o terceiro planeta fora do sistema
solar, e desta vez foi na estrela 70 da constelação de Virgem,
a 71,7 anos-luz. Segundo se calculou, este novo planeta
possui características interessantes, por apresentar uma
superfície quente (ao redor de 85°C), o que de imediato cria
a possibilidade de existir água em estado líquido e de
propiciar as reações típicas e necessárias para o
desenvolvimento primário de moléculas orgânicas. Seja
como for, esta descoberta abre enormes possibilidades para
se imaginar um processo de vida incipiente.
Recentemente, a dupla norte-americana de cientistas deu a
conhecer mais uma fantástica descoberta, a do quarto
planeta fora do sistema solar, desta vez próximo da estrela 55
de Câncer, a 43,7 anos-luz da Terra. Mais uma vez, segundo
foi identificado pelos descobridores, as características deste
novo mundo apontam enorme semelhança com a massa de
Júpiter, sendo que este se encontra posicionado a uns 15 mi-
lhões de quilômetros de sua estrela. Neste momento, a
ciência já se prepara para anunciar a possível confirmação de
mais quatro descobertas, estas realizadas nas estrelas
HR3522, HR5185, HR458 e HD114762, que serão dadas a
conhecer em breve, e o resultado das prospecções realizadas
nas estrelas Tau Bootis, a 48,9 anos-luz, e Epsilon
Andromedae, a 53,8 anos-luz.
Todas estas descobertas estão sendo realizadas com planetas
de tamanhos similares ao de Júpiter, que é o maior de todos
os existentes em nosso sistema solar. Daqui para frente, os
Drs. Marcy e Butler pretendem utilizar os melhores recursos
tecnológicos existentes de observação para localizar planetas
de menor tamanho, já que estes são mais difíceis.
Provavelmente, em breve, a possibilidade de se encontrar
outra Terra não esteja tão distante assim.

Métodos de Medida Astronômica

Na astronomia empregam-se três unidades de distância: a
unidade astronômica (AU), o ano-luz e o parsec (pc).
A unidade astronômica (AU) define-se como o raio da órbita
circular que descreveria um planeta isolado e sem massa que
tivesse o mesmo período de revolução que a Terra. Noutras
palavras, é praticamente a distância média entre a Terra e o
Sol. Assim, 1 AU = 149.597.870 km.
O ano-luz é a unidade de comprimento igual à distância
percorrida pela luz (ou qualquer outra radiação
eletromagnética) em um ano no vácuo. Assim, 1 ano-luz =
9,4605 x 1012 km = 63.240 AU. Um ano-luz equivale, pois,
a 9 trilhões e 460 bilhões de quilômetros. Também se
utilizam os segundos-luz, dias-luz, meses-luz, etc.
O parsec (pc) é a distância em que se encontraria um astro
que tivesse um paralaxe heliocêntrico de um segundo de
arco. Assim, 1 pc = 3,0857 x 1013 km = 3,2616 anos-luz =
206.265 AU.


O Nosso Sistema Solar

O nosso sistema solar possui uma antigüidade de 12 bilhões
de anos, desde a sua formação, contra os mais de 20 bilhões
de anos de antigüidade do Universo. Compreende um
pequeno Sol amarelo de magnitude G2 (existem as
classificações O, B, A, F, G, K e M, sendo que, em cada
classe, existem 10 níveis, que vão de 0 a 10), nove planetas,
64 satélites e uma enorme quantidade de corpos menores,
que incluem asteróides, cometas, partículas dos anéis
planetários e pó.
A forma física do nosso sistema solar assemelha-se a um
disco plano, com o Sol no seu centro e os planetas orbitando
ao seu redor em órbitas concêntricas e elípticas, mantendo
entre si uma distância em progressão geométrica. O
movimento de translação dos planetas ao redor do Sol faz-se
em sentido contrário às agulhas de um relógio visto desde o
norte. A maior parte dos satélites existentes também se
movimenta no mesmo sentido ao redor de seus respectivos
planetas. A rotação dos planetas em relação ao seu eixo
também segue o mesmo comportamento, excetuando Vênus
e Urano, cuja rotação é em sentido inverso. O diâmetro do
nosso sistema é de mais de 12 bilhões de quilômetros. A
estrela mais próxima é Alfa Centauri, que se encontra a 4,2
anos-luz, o que demonstra as incríveis distâncias existentes
no Universo.
O sistema solar é um conjunto variado de corpos. Por outra
parte, não conhecemos nenhum outro para compará-lo. Isto
faz com que seja muito difícil encontrar uma teoria
definitiva para explicar a sua formação e as razões pelas quais
chegou à situação atual. Porém, o fato de que as órbitas dos
planetas estejam situadas praticamente no mesmo plano nos
obriga a supor que foram formados a partir de um disco de
partículas concêntrico em relação ao Sol.
A grandes rasgos, os planetas do nosso sistema são divididos
em dois grupos: os terrestres ou telúricos (Mercúrio, Vênus,
Terra e Marte), por serem menores e de elevada densidade,
e os jovianos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). No caso de
Plutão, este resulta muito especial, pois as suas características
físicas o diferenciam dos demais.
Os planetas jovianos possuem grande número de satélites,
alguns deles inclusive maiores que Mercúrio, vindo a
reproduzir em menor escala comportamentos similares a um
planeta, como comprovado pela sonda espacial Galileu ao
investigar as luas de Júpiter, Ganimedes, Calisto, Europa e lo.
Dentro de todos os planetas do nosso sistema solar, apenas a
Terra é o único com vida ativa, pelo menos de acordo com o
constatado até o momento.
Mercúrio, o primeiro planeta do sistema bastante próximo
do Sol (57.910.000 km), é também um dos mais quentes,
possuindo uma atmosfera insignificante (hélio e sódio) e
nenhum satélite. De aparência similar à nossa Lua, pois
apresenta uma superfície repleta de grandes crateras, possui
uma rotação lenta (58,66 dias) e uma grande massa metálica,
que produz um fraco campo magnético (1/100 do terrestre).
Sua elevada densidade surpreende para um corpo tão
pequeno (5,43 g/ cm3), tal qual as diferenças de temperatura
existentes entre suas regiões diurna e noturna, conseqüência
de sua proximidade do Sol e de sua lenta rotação. Por outro
lado, em 1994, o radiotelescopio de Arecibo, em Porto Rico,
detectou a presença de gelo nos pólos de Mercúrio, sendo
este um descobrimento surpreendente pelas elevadíssimas
temperaturas existentes (430°C de dia e -180°C à noite).
Vênus, localizado em segundo lugar depois de Mercúrio
(108.200.000 km), é, por sua vez, depois do Sol e da Lua, o
corpo mais brilhante no céu. Sua atmosfera, composta por
dióxido de carbono (97%), nitrogênio (3%), oxigênio, vapor
de água e outros componentes, segura o calor da superfície,
provocando um contínuo "efeito estufa", estabelecendo a
manutenção de elevadas temperaturas na atmosfera (480°C
em média). Por outro lado, também não possui satélites. As
imagens obtidas em 1984 pelas sondas espaciais Venera 15 e
Venera 16 indicaram que existe uma grande atividade
vulcânica e enormes cadeias montanhosas, mais que em
qualquer outro planeta do sistema, com exceção da Terra.
Em 1993, depois de exaustivas investigações após as
pesquisas realizadas pela sonda espacial Magalhães, os
cientistas da Universidade de Brown, nos Estados Unidos,
afirmaram que os vulcões de Vênus estão agrupados de
forma análoga aos terrestres, o que significaria que a crosta
da superfície deste planeta flutuaria sobre um magma
derretido, à semelhança do que ocorre na Terra. Por outro
lado, a falta de um campo magnético em Vênus estaria
justificada por sua lenta rotação (243,7 dias), já que o seu dia
é maior que o seu ano (224,7 dias), além de ser contrária em
relação aos demais planetas do sistema solar.
A Terra, terceiro planeta em relação ao Sol (149.587.900
km), é o mais denso de todos os conhecidos, e a maioria de
suas características não está manifestada em nenhum dos
outros planetas do sistema, por enquanto, é o único planeta
em que existe vida, pelo menos como a conhecemos. A
temperatura de sua superfície é de 15°C em média,
apresentando uma composição atmosférica de nitrogênio
(76%), oxigênio (21%) e alguns outros gases em menor
participação. O núcleo do planeta é metálico, líquido em
95% e quente, estando constituído principalmente por
ferro, níquel e enxofre, sendo que habitamos uma crosta
fria, flutuando num oceano de rocha fundida de poucos
quilômetros de espessura. A Terra possui apenas um satélite,
a Lua, que, segundo as pesquisas mais atuais, jamais
estiveram juntas, isto é, a Lua foi um corpo capturado e
nunca esteve ligado à Terra. A relação Terra-Lua é
considerada como um sistema planetário duplo, pois ambos
se movimentam ao redor de um centro de gravidade
comum.
Marte é o quarto planeta na seqüência (227.900.000 km) e,
diferente de Vênus, sua frágil atmosfera não segura o calor
da superfície (26°C de dia e -111°C à noite). Sua atmosfera é
composta principalmente de dióxido de carbono (95,3%),
nitrogênio (2,7%) e outros gases, incluindo oxigênio
(0,13%). Depois de grande número de missões espaciais a
Marte (Mariner, Viking, Mars, Fobos, etc.), conhece-se que
este planeta enfrentou um passado vulcânico ativo,
ostentando o maior vulcão do sistema solar, o monte
Olympus, com 26 km de altura. Além do mais, as diversas
observações permitiram verificar que no passado existiu água
em grandes quantidades, e que a sua superfície sofreu
grandes alterações. Por enquanto, os famosos canais
marcianos continuam um enigma, assim como as
características do seu pólo, sendo que o seu frágil campo
magnético indica a presença de um núcleo metálico. Marte
possui duas luas de aspecto asteroidal (Fobos e Deimos).
Entre as órbitas de Marte e Júpiter existe uma nuvem de
mais de 100.000 asteróides, chamados também de planetas
menores. Alguns cientistas aceitam a possibilidade de serem
restos da explosão de um antigo planeta que existiu nessa
órbita, embora outros considerem ser sobras de elementos
que não conseguiram se integrar durante a formação do
sistema solar. O primeiro asteróide a ser detectado foi Ceres,
em 1801, pelo abade Giuseppe Piazzi. Hoje existem 2.736
asteróides catalogados, sendo que, em 29 de outubro de
1991, a sonda Galileu registrou a menos de 1.600 km o
asteróide Gaspra (20 km x 11 km), obtendo as primeiras
imagens deste objeto.
Júpiter, embora o quinto planeta em relação ao Sol
(778.360.000 km), é o maior de todos, porém é
fundamentalmente gasoso. Segundo pode ser observado,
este planeta é, na verdade, uma proto-estrela, isto é, se sua
massa fosse doze vezes maior que a atual, Júpiter poderia se
transformar num segundo Sol, mas mesmo não tendo
chegado a esse nível, atualmente, o gigantesco corpo emite
o dobro da energia que obtém do Sol à seu satélites. Noutras
palavras, Júpiter constitui um minissistema solar. Sua grande
velocidade de rotação (24,62 horas) e baixa densidade (3,93
g/cm3) provocam um achatamento dos pólos, além de
especular-se sobre uma possível influência nas tempestades
que ocorrem na sua atmosfera, que está conformada
principalmente por hidrogênio (90%), hélio, metano,
amoníaco e grande número de outros gases. Este planeta é
gigantesco. Apenas a famosa mancha vermelha, que já dura
mais de 300 anos, é três vezes maior que a Terra, sendo que
esta gira em sentido contrário às agulhas do relógio.
Júpiter possui um enorme campo magnético e está rodeado
por um fino sistema de anéis. As primeiras informações,
colhidas pela sonda espacial Voyager, foram corrigidas e
melhoradas pela sonda espacial Galileu, a qual descobriu, em
agosto de 1996, que Ganimedes, a maior lua joviana,
comporta-se surpreendentemente como um planeta, pois
parece gerar seu próprio campo magnético, além de possuir
atmosfera e gelo. Além do mais, surgiram evidências de uma
grande atividade de forças dinâmicas similares às terrestres
na superfície, indicando a existência de um núcleo quente,
segundo reportou James Head, da Brown University. De
igual forma, as fotografias de Io, o quarto satélite em
tamanho, apresentaram evidências de uma grande erupção
vulcânica, que se estendeu até a 100 km no espaço.
Recentes descobertas realizadas pela sonda apontam que a
lua Europa está envolvida em água congelada ou líquida.
Segundo se acredita, pode estar a nada menos que 100
quilômetros de profundidade, o que resulta algo
impressionante, já que, na Terra, os mares alcançam 12
quilômetros apenas. Embora a superfície do satélite aparente
ser uma crosta gelada, os cientistas estão animados, pois
suspeitam que a lua dispõe de um núcleo quente. Segundo
algumas audaciosas especulações, acredita-se que exista um
vasto oceano debaixo do gelo, albergando os elementos
necessários para a formação de vida. A possível presença de
água em estado líquido e quente já é condição mais que
necessária para pressupor que a vida possa existir e ter
evoluído. As atuais descobertas sobre a vida têm permitido
compreender que não é necessária a presença de oxigênio
nem de luz para surgir, pois a reunião dos elementos
necessários para a construção de moléculas orgânicas já
ocorre em grandes profundidades, inclusive nas bocas dos
vulcões submarinos, em que as temperaturas são
incrivelmente elevadas e não carecem de qualquer fonte de
luz.
No total, considera-se que Júpiter possui 16 luas e mais
alguns pequenos fragmentos em sua órbita. Apenas
Ganimedes, Calisto, Europa e Io são os maiores em tamanho.
Na seqüência, temos o planeta Saturno, o segundo em
tamanho e o sexto em relação ao Sol (1.427.000.000 km),
cujas características também o colocam no rol dos planetas
gasosos. Embora siga Júpiter em tamanho e achatamento
polar, é o menos denso de todos os planetas do sistema,
único inclusive a apresentar densidade geral inferior à água.
Porém, sua densidade atmosférica aumenta gradualmente
apenas conforme se realiza uma aproximação à seu pequeno
núcleo interior, composto de rochas e gelo. O campo
magnético é mil vezes o terrestre e encontra-se alinhado
com o eixo de rotação. Seu sistema de anéis tem resultado
num grande desafio para os cientistas, pois alguns deles reali-
zam órbitas em sentido contrário entre si, provocando
grandes dificuldades para a compreensão destes fenômenos.
Além do mais, de seus 23 satélites conhecidos, destaca-se
Titan, o maior de todos, cuja atmosfera é rica em nitrogênio,
à semelhança da Terra, permitindo especular sobre a
possibilidade de existir algum tipo de vida. Em 1989,
algumas evidências coletadas pela sonda Voyager permitiram
considerar a possibilidade de existir terra e mares em Titan,
similares à Terra, porém com a diferença de que seus
oceanos seriam de etano líquido.
A seguir, surge Urano, o sétimo planeta do sistema solar
(2.869.140.000 km). É o terceiro planeta em tamanho,
perdendo pouco para Netuno. Um dos aspectos
característicos e interessantes deste planeta é a curiosa
inclinação do seu eixo (97°86'), o que o deixa quase deitado
e os pólos no horizonte, além de apresentar uma rotação
invertida, como a de Vénus, isto é, contrária em relação aos
demais planetas. As informações coletadas pela sonda
Voyager 2 mostraram que seu campo magnético é mais
intenso que o terrestre, e que sua superfície apresenta uma
coloração esverdeada pela presença do metano na atmosfera.
Seu sistema de anéis foi descoberto em 1977. Estes giram
numa órbita localizada no plano equatorial e, embora
estejam compostos pelos seus 15 satélites e outras partículas,
resultam de difícil observação.
Netuno é considerado o planeta gêmeo de Urano. Embora
um pouco menor em tamanho, possui mais massa.
Localizado no oitavo lugar no sistema (4.496.670.000 km), é
o quarto planeta em tamanho. Igual ao seu vizinho, Netuno
possui forte presença de metano na atmosfera, refletindo
uma cor azulada e esverdeada. As informações enviadas pela
sonda Voyager 2 indicaram que os ventos mais fortes do
sistema solar (2.400 km/h) ocorrem aqui, ao redor de uma
mancha visível desde o espaço. Igualmente a Urano,
encontra-se inclinado uns 47° em relação ao seu eixo de
rotação. Acredita-se que Netuno possui um núcleo rochoso
contendo vários metais pesados. Mas o interessante é que,
além de possuir oito luas conhecidas, existe grande atividade
vulcânica em Tritão, a maior lua do sistema solar. Esta lua,
além de possuir atmosfera com presença de nitrogênio,
apresenta uma órbita retrógrada, isto é, em sentido inverso,
o que caracteriza que foi capturada pelo planeta.
E, por último, segue Plutão, o último planeta conhecido do
sistema solar (5.900.000.000 km). Além de ser o mais
distante do sistema, é também o mais frio de todos (-238°C)
e foi o último a ser descoberto (1930). Por ser
extremamente distante e possuir tamanho tão pequeno
(2.285 km de diâmetro equatorial), já que é dois terços da
nossa Lua, resulta ser terrivelmente difícil a sua observação
e, portanto, o único ainda não explorado por uma sonda
espacial. Mesmo com todas estas dificuldades, o telescópio
espacial Hubble detectou o que parece ser uma calota polar
cortada por uma faixa escura, além de uma região que
apresenta as características de possuir uma espécie de rio.
Mas, de qualquer forma, Plutão parece estar coberto por
enormes camadas de gelo de metano e nitrogênio. Na sua
fina atmosfera predominam o nitrogênio gasoso e o metano.
Existem evidências que indicam a existência de complexos
ciclos atmosféricos e regiões polares, que variam de acordo
com prolongadas estações. Por outro lado, este planeta
apresenta comportamento orbital curioso, pois existem
períodos em que se coloca no meio de Urano e Netuno,
passando a alternar, com este último, o lugar de planeta mais
externo do sistema solar. Curiosamente, possui um único
satélite, chamado Caronte, descoberto apenas em 1978.
Ambos os corpos orbitam ao redor de um eixo comum,
demonstrando se tratar de um minissistema binário.


Um Mistério sem Resolver: A Vida

Um dos grandes enigmas da atualidade é a questão da origem
da vida. O surgimento da vida na Terra vem reunindo a cada
dia novos interessados e o aparecimento de curiosas e
interessantes teorias, já que a base destas descobertas
permitiriam compreender os processos que poderiam,
analogamente, dar origem a outras formas de vida no espaço
afora.
Nas primeiras décadas do século XX o investigador russo
Alexander Oparim foi o primeiro a elaborar a primeira teoria
do surgimento químico da vida. Desde essa época até hoje,
as investigações têm revelado alguns segredos sobre o
surgimento da vida a partir de elementos inanimados, mas, a
cada descoberta, diversas outras questões surgem para ser
respondidas.
Segundo nos é possível conhecer, o planeta Terra foi
formado há mais de quatro bilhões de anos. As condições
atmosféricas nesse tempo eram completamente diferentes
das atuais. Provavelmente, nem existia oxigênio como hoje,
apenas gases vulcânicos tóxicos. Com o tempo, essa mistura
de calor e diversos gases provocou condensações,
precipitando chuvas que caíram ininterruptamente por
muito tempo, dando origem aos atuais oceanos. Somente há
500 milhões de anos é que a vida parece surgir neste
inóspito panorama, pois, ainda hoje, existem criaturas
microscópicas do tipo bacteriano, que conseguem existir em
ambientes privados de oxigênio. Curiosamente, segundo
pesquisas realizadas por notáveis cientistas, o período de
formação da Terra e, é claro, das condições de resfriamento
coincidem com uma grande atividade meteorítica, isto é,
houve grande período de tempo em que a Terra foi
bombardeada por grande número de meteoros e cometas.
Além do mais, os cometas aportaram importante massa de
água na sua colisão, por serem compostos
fundamentalmente de gelo.
Embora todas estas catástrofes alterassem radicalmente as
características do planeta ainda em formação, permitiram
também a introdução de grande número de compostos
químicos trazidos no interior destes objetos, compostos
estes precursores da vida. Como uma incrível e cósmica
fecundação, estes objetos espaciais propiciaram
gradualmente a introdução de elementos orgânicos, dando
espaço à formação de aminoácidos, componentes
fundamentais das proteínas que formam os seres vivos.
Desta forma, mesmo que a vida no planeta Terra possa ser
considerada um fenômeno apenas terrestre, suas reais
origens estariam no espaço profundo, sendo a vida, afinal,
um acidente cósmico.
A presença dos componentes essenciais para a formação da
vida no pó interestelar é algo que não oferece mais dúvidas.
E esta afirmação encontra sustentação nas descobertas
realizadas pela sonda espacial Giotto, ao encontrar no núcleo
do cometa Halley alguns compostos pré-biológicos.
Porém, não somente é necessária a existência destes
compostos para gerar vida, mas também é fundamental a
reunião de certas condições ambientais, razão pela qual não
foi possível existir vida nos demais planetas do nosso
sistema, embora fossem tão bombardeados por meteoritos e
cometas quanto a Terra.
Segundo o paleontólogo norte-americano William Schopt,
foram encontrados os fósseis dos seres vivos mais antigos
que se conhece. Sua antigüidade remonta a 3 bilhões e meio
de anos, apenas 1 bilhão de anos após a formação da Terra.
Estes seres foram achados próximos à costa da Austrália e
correspondem a onze espécies de microorganismos
filamentosos, de aspecto e tamanho similares a alguns tipos
das atuais bactérias. Segundo Schopt, trata-se de fósseis de
criaturas complexas, capazes de realizar a fotossíntese e
produzir oxigênio igual às plantas e microorganismos atuais.
Tudo isso indica que a evolução biológica teve lugar muito
antes do que se imagina, pois, segundo é possível perceber,
estas primitivas bactérias se reproduzem pelo DNA, o
composto que tem codificada toda a informação biológica, o
mesmo que ocorre com os organismos vivos. Tudo isso
pressupõe que a vida se originou de forma simples, vindo a
existir um processo contínuo e ininterrupto de sua
transmissão, evoluindo de primitiva bactéria até organismos
tão complexos quanto o próprio homem.
Porém, entre o bombardeio cósmico, com a chegada dos
precursores biológicos, e o surgimento das primeiras formas
primitivas de vida, teve lugar uma série de reações e
processos evolutivos químicos que ainda não é possível
compreender em detalhe. No entanto o que não resta mais
dúvida é que, num primeiro momento, surgiu no planeta um
tipo de "quase-vida", chamado de RNA (ácido ribonucleico).
Em 1981, o Dr. Thomas Cech descobriu algumas moléculas
de RNA, composto muito similar ao DNA e que nos seres
vivos desempenha papel essencial na expressão da
informação herdada e que tem a propriedade de catalisar sua
própria duplicação. Estas substâncias, denominadas de
ribozimas, reuniam numa só molécula duas das propriedades
da vida: ter codificada uma informação e poder fazer cópias
de si mesmas. A partir desse momento iniciou-se uma
reflexão sobre a possibilidade de que antes que surgisse
"nossa" forma de vida tivesse surgido aquela outra.
Os seres vivos possuem sua informação herdada codificada
no DNA, e para que esta se reproduza faz-se necessário
determinado tipo de proteína, chamado de enzima, que
pode multiplicar a velocidade do processo em milhões de
vezes. Mas tanto o DNA como as proteínas são moléculas
complexas, pelo que resulta compreender que tivessem apa-
recido simultaneamente. Contrariamente a isso, as ribozimas
não necessitam de outro composto: possuem a informação e
capacidade suficientes para catalisar sua duplicação.
Recentemente, o investigador Jack Szostak apresentou uma
nova ribozima, que, à diferença das encontradas
anteriormente, possui uma capacidade de catalisação
comparável à das modernas enzimas. Isto lhe permite
acelerar uma reação sete milhões de vezes, isto é, consegue
que um processo, que em condições normais levaria trinta
anos para se produzir, realize-se em menos de dez minutos.
A ribozima é, pois, uma forma de vida, já que é uma
molécula que pode fazer cópias de si mesma, o que nada
mais é que uma das capacidades da vida. Porém, ainda se
desconhece como foram sintetizados os primeiros
componentes do RNA e como se obteve a energia com que
a molécula se unira e formara-se.

Vida em Marte

No dia 6 de agosto deste ano, a ciência mundial recebeu,
estrondosamente, a maior descoberta do século: os claros
indícios de que, no planeta Marte, existira vida num remoto
passado. Todos os meios de comunicação transmitiram quase
que simultaneamente as detalhadas informações oferecidas
por um prestigioso grupo de cientistas norte-americanos da
renomada Direção Nacional de Astronáutica e do Espaço
(Nasa) e da Universidade de Stanford, os quais, numa
reunião de imprensa, informaram oficialmente o achado.
Segundo o diretor da Nasa, Sr. Daniel Goldin, que informara
previamente o Congresso norte-americano e o Presidente
Bill Clinton do achado, a descoberta de algumas moléculas
complexas, cristais similares aos que são produzidos por
bactérias terrestres e a presença de minúsculos cilindros
semelhantes a fósseis de bactérias resulta num importante
passo na descoberta de vida fora da Terra. E, além do mais,
consiste numa descoberta sem precedentes, pois também
são a forma de vida mais antiga que se conhece no mundo,
já que as encontradas na Terra datam de 3,5 bilhões de anos,
enquanto as marcianas são de 3,6 bilhões de anos. Esta
modesta diferença de 100 milhões de anos é um sério
indicativo de que a vida no nosso sistema solar não começou
primeiramente na Terra, podendo ter-se originado em
outros planetas, sendo que, ao chegar aqui, encontrou um
ambiente propício para se desenvolver e evoluir.
Passados exatos 20 anos desde que as sondas espaciais Viking
I e II visitaram Marte trazendo grandes e interessantes
revelações, o planeta vermelho guardava surpresas bem à
vista dos cientistas. Toda esta agitação começou quando uma
equipe de investigadores da Fundação Nacional de Ciências
descobriu, em 1984, entre as montanhas Allan, na
Antártida, um meteorito do tamanho de uma batata grande e
pesando menos de dois quilos, depositado no local há
13.000 anos. Este meteoro foi chamado de Allan Hills
84001 (ALH84001), sendo o décimo segundo existente em
poder dos cientistas norte-americanos e o mais antigo do
grupo.
Apenas em 1993 soube-se definitivamente que o meteoro
analisado pertencia ao planeta Marte, de uma época bastante
antiga, quando a sua crosta ainda estava em formação. E isto
somente foi possível quando a composição mineral do
meteoro foi comparada com a análise que a sonda Viking fez
da estrutura do solo marciano. Por outro lado, outras
experiências permitiram a confirmação, como, por exemplo,
a reação da rocha ao aquecimento, já que ao esquentar emite
uma mistura de gases típica da atmosfera marciana. E pelo
que foi apurado, consta que o planeta vermelho foi, no seu
distante passado, muito diferente do que atualmente pode-
mos apreciar. De acordo com as investigações, a temperatura
média de Marte era muito similar à terrestre, e sua
atmosfera, nesse período, era tão densa quanto a da Terra. O
meteoro apresenta também vestígios claros de presença de
água em estado líquido no passado.
Segundo frisou a equipe de cientistas e o próprio Daniel
Goldin, diretor da Nasa, não se trata do achado de homens
verdes, mas da nítida evidência de vida fora da Terra. Os
cientistas não estão dispostos a confirmar nada,
definitivamente, por enquanto, comenta Everett Gibson,
membro da equipe que estudou o material, porém, o
conjunto de evidências existentes demonstra tratar-se de
moléculas orgânicas petrificadas, isto é, de fósseis
extraterrestres. O geólogo e líder das pesquisas, David
McKay, do Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas, vai
mais longe, desafiando em seus comentários, a quem quiser,
que provem que estas evidências são falsas.
A descoberta destes fósseis foi possível apenas
recentemente, graças aos avanços realizados no
desenvolvimento de microscópios eletrônicos de grande
potência de amplificação e resolução. A pesquisa empregou
o auxílio de raios laser e equipamentos eletrônicos de última
geração. De acordo com as possibilidades da tecnologia
empregada nesta pesquisa, os instrumentos utilizados
permitiriam, no momento, enxergar até a estrutura atômica
de algumas substâncias químicas.
Ao que tudo indica, 3,6 bilhões de anos atrás glóbulos de
minérios denominados carbonatos passaram a formar-se
dentro das pequenas fissuras da rocha, vindo a espalhar-se
como depósitos de água dura em tubulações cilíndricas. Ao
longo do tempo, o planeta vermelho foi perdendo a sua
atmosfera, e a água líquida foi desaparecendo ou infiltrando-
se da superfície para camadas profundas. E bem provável
que mais adiante, uns 15 ou 16 milhões de anos, um grande
asteroide ou cometa colidisse contra o planeta, lançando ao
espaço grandes quantidades de rocha que, com o tempo,
chegaram a cair na Terra, depois de permanecerem girando
ao redor do Sol.
Diante deste achado, o Dr. Richard Zare, químico da
Universidade de Standford e membro da equipe de
investigação, utilizou raios laser, feixes de elétrons e um
espectrómetro de massa (que detecta substâncias químicas
pelo tom de luz emitido), sendo este um detector muito
sensível, com o objetivo de identificar moléculas chamadas
de hidrocarbonos, composto essencial para a formação da
vida. Embora este tipo de composto seja produto de
combustão, também pode ser formado pela decomposição e
fossilização de organismos vivos. De acordo com o cientista,
os resíduos achados no ALH84001 são, em grande número,
extremamente similares aos deixados por matéria orgânica,
sendo esta uma das razões que fizeram com que os cientistas
pesquisassem o meteoro. As amostras coletadas
apresentaram um número maior de moléculas no interior
das fissuras muito superior às que habitualmente são achadas
nas rochas geladas da Antártida, o que sugere procedência
exterior.
O maior dos fósseis extraterrestres não é maior que um
centésimo da espessura de um fio de cabelo humano. Em
aparência e tamanho, são muito similares aos fósseis de
bactérias encontrados na Terra. O fato de que os fósseis se
encontram concentrados no interior das fissuras permite
descartar a possibilidade de que o meteorito tenha sido
contaminado por bactérias terrestres depois de ter caído na
Antártida.
De qualquer forma, a rocha marciana contém compostos
orgânicos e alguns cristais de ferro oxidado, comumente
associados à atividade biológica das bactérias. As conclusões
apontam para uma época em que o planeta Marte detinha
uma atmosfera quente e vastos oceanos líquidos, em que,
num ambiente sem oxigênio ou luz solar, apenas rico em
compostos sulfúricos aquecidos por vulcões submarinos,
fontes hidrotermais permitiram o surgimento de vida
bacteriana como a descoberta nas profundas fossas
submarinas da Terra.

Missões Espaciais a Marte

Durante quase 34 anos o planeta Marte tem sido alvo de
grandes atividades exploratórias espaciais, representando a
cada momento um fantástico e maravilhoso enigma a ser
desvendado. Além do mais, desde tempos distantes, bem na
antigüidade, o planeta vermelho sempre cativou e inspirou a
imaginação do homem terrestre, fazendo-o sonhar com um
mundo habitado por seres estranhos.
A curiosidade sobre nosso vizinho vermelho alimentou o
desenvolvimento de várias missões espaciais, como:
Mars 1, sonda soviética. Lançada em 1962. Foi a primeira
sonda marciana que abandonou a Terra, mas falhou durante
o vôo, perdendo contato com a base antes de chegar ao seu
destino.
Mariner 3, sonda norte-americana. Lançada em 1964. Perdi-
da na abertura dos seus painéis solares.
Mariner 4, sonda norte-americana. Lançada em 1964. O
primeiro lançamento com sucesso, chegando próximo de
Marte, passando a 9.920km e realizando 22 fotografias
mostrando a superfície do planeta.
Mariner 6, sonda norte-americana. Lançada em 1969.
Também foi um sucesso, chegando a passar a 3.400km de
Marte. Proporcionou imagens em vídeo, além de informar
as características ambientais.
Mariner 7, sonda norte-americana. Lançada em 1969.
Fotografou a região sul do planeta, enviando 200 fotografias.
Mars 2, sonda soviética. Lançada em 1971. Seu objetivo era
orbitar e aterrissar na superfície marciana. Foi destruída ao
colidir com a superfície, tornando-se a primeira presença
humana em Marte.
Mars 3, sonda soviética. Lançada em 1971. Seu objetivo foi
similar ao de seu antecessor, conseguindo pousar na superfí-
cie marciana com sucesso. Porém, apenas transmitiu seus
sinais durante 20 segundos, para depois perder total contato
com a Terra.
Mariner 9, sonda norte-americana. Lançada em 1971. Com
o objetivo de orbitar Marte, conseguiu elaborar um trabalho
cartográfico que reuniu 85% da superfície. Foi a primeira a
transmitir as primeiras imagens de Fobos e Deimos.
Mars 4, sonda soviética. Lançada em 1973. Seu objetivo era
orbitar Marte, mas sofreu uma pane no trajeto,
proporcionando apenas um limitado número de fotos.
Mars 6, sonda soviética. Lançada em 1973. Seu objetivo foi
orbitar e pousar na superfície marciana. Após ingressar na
atmosfera de marte, 148 segundos depois de aberto seu pára-
quedas, a nave perdeu transmissão.
Mars 7, sonda soviética. Lançada em 1973. Seu objetivo foi
igual ao da sonda anterior. Porém, também fracassou por
uma falha nos foguetes de freio.
Viking I, sonda norte-americana. Lançada em 1975. Seu
objetivo foi orbitar e pousar em marte. Foi o primeiro pouso
em outro planeta com sucesso. Enviou mais de 26.000
imagens, além de descobrir a presença de água congelada
nas capas polares.
Viking II, sonda norte-americana. Lançada em 1975. Seu
objetivo foi orbitar e pousar em marte. Foi o segundo pouso
com sucesso em outro planeta. A sonda detectou a presença
de gases na atmosfera marciana, sendo que ambas as missões
não conseguiram ser conclusivas em relação à presença de
vida.
Phobos 1, sonda soviética. Lançada em 1988. Seu objetivo
foi orbitar e pousar em marte. Enviada para investigar a lua
marciana Fobos, foi perdida quando seus painéis solares
perderam a posição.
Mars Observer, sonda norte-americana. Lançada em 1992.
Seu objetivo era orbital. Deveria captar imagens da superfí-
cie marciana com grande definição e detalhe. Foi perdida
antes de ingressar em órbita.


Egito em Marte

As fotos realizadas pelas sondas espaciais norte-americanas
Viking I, em 1976, que chegou a enviar mais de 26.000
imagens, e Viking II, permitiram elaborar não apenas um
mapa mais detalhado da superfície marciana, mas
propiciaram também o início de uma grande polêmica a
respeito de ter havido ou não registros que evidenciassem a
presença de vida inteligente em Marte.
Após o estudo detalhado das diversas fotos obtidas de Marte,
em diversos ângulos e momentos, pôde-se constatar a
presença de grande grupo de imagens que revelaram
estruturas e formações simétricas demais para serem
atribuídas à simples ação dos fortes ventos marcianos. Para
tanto, vários investigadores norte-americanos devotaram-se
a um estudo exaustivo de todo esse material, vindo a
concluir que existem, em Marte, monumentos realizados
por alguma entidade inteligente.
Quase dez anos passados dos registros da missão Viking, a
foto, catalogada pela Nasa como 35A72, chamou a atenção
de Richard Hoagland, fazendo-o realizar grande quantidade
de complexos cálculos para conseguir provar que o rosto,
tanto quanto os demais objetos existentes na foto, não eram
simples montículos lavrados pela erosão, mas estruturas
intencionalmente realizadas por alguma forma de
inteligência no passado marciano.
Entre os anos 1877 e 1880, o astrônomo italiano Giovanni
Schiaparelli, investigando profundamente o planeta
vermelho, descobriu e batizou uma região com o nome de
Cydonia, em referência à pequena cidade grega localizada na
ilha de Creta. No passado, porém, diversos astrônomos,
como


o próprio Schiaparelli e Percivall Lowell, identificaram
enormes traçados, concluindo tratar-se de complexos canais
que percorriam todo o planeta vermelho, levando a acreditar
na existência de intrincado sistema de irrigação. Mas as
primeiras sondas Mariner (lançadas de 1964 até 1969)
demonstraram que se tratava de uma simples ilusão de ótica.
Porém, nem tudo o que Marte oferece parece resultado de
simples ilusão de ótica, tal é o caso do registro da imagem de
uma montanha, cujas características se assemelham
incrivelmente a um rosto, vindo a ser chamada mais tarde
de a "Esfinge de Cydonia". O registro em questão foi
realizado pela sonda Viking numa de suas primeiras
passagens pela área.
A primeira explicação justificando a curiosa forma da
montanha foi realizada por Gerald Soffen, chefe científico
do projeto. Quando, no dia 25 de julho de 1976, a sonda
Viking da Nasa, que sobrevoava Marte, enviou a estranha
fotografia de um rosto, cujos traços eram humanóides,
instaurou-se entre os técnicos controvertida polêmica.
Posteriormente, a foto foi mostrada para numerosos
jornalistas na época, todos presentes no Laboratório de
Propulsão a Jato (JPL) em Pasadena, Califórnia. Segundo
Richard Hoagland, naquela época cronista da revista
American Way, Soffen se referiu à foto como ao efeito
brincalhão provocado por sombras e luzes.
Importante salientar que, nessa mesma reunião com a
imprensa, foram apresentados os primeiros resultados das
análises realizadas pelo laboratório portátil da sonda Viking,
sendo que estes induziam a acreditar que o solo marciano
parecia certos fenômenos químicos, os quais poderiam ser
considerados a evidência de que também existia atividade
biológica em Marte; porém, os cientistas não apresentaram
nenhuma conclusão definitiva. E o motivo do não-
comprometimento tinha a sua razão.
O físico nuclear da Nasa, Dr. Conway W. Snyder,
colaborador nas investigações do projeto, descobriu provas
interessantes do que poderia representar alguma forma de
vida. Segundo ele, os laboratórios internos de cada sonda
estavam providos de três tipos de dispositivos, cujo objetivo
era realizar diversas provas nas amostras do solo. Na
primeira experiência, uma porção de terra marciana foi
exposta a um fluxo de ar radiativo; se existisse nesse
material, organismos vivos, com toda certeza acumulariam a
radiação ao respirar esse ar. Este experimento foi realizado,
inicialmente, utilizando o laboratório da sonda espacial,
resultando numa leitura de 96 unidades. Porém, quando o
experimento foi realizado nos laboratórios da Nasa com
microorganismos, estes absorviam uma radiação suficiente
para que os instrumentos detectassem apenas uma atividade
de 15 unidades. Segundo afirmou o Dr. Harold Klein, um
dos cientistas que participou da análise, se tivesse obtido esse
mesmo resultado na Terra, isto teria sido, sem dúvida
nenhuma, interpretado como sinal evidente de alguma
forma de vida. Um segundo experimento foi realizado logo
mais adiante, o qual consistia em detectar os gases que os
microorganismos vivos liberam ao ingerir alimentos. Para tal
fim, fez-se uma mistura de solo marciano com nutrientes
radiativos, tudo isso num dos dispositivos especiais. De
imediato, aquilo que se encontrava na amostra começou a
digerir as substâncias e a lançar gases radiativos. Algo estava
alimentando-se dos nutrientes. O experimento prolongou-se
durante horas, levando os cientistas e particularmente o Dr.
Klein a uma conclusão: existem microorganismos em Marte,
e estes seguem ciclos regulares que correspondem ao dia e à
noite para comer e descansar, tal como se comportam todos
os seres na Terra.
A terceira experiência realizada tinha como objetivo final
descobrir se os microorganismos de Marte liberavam
oxigênio enquanto se alimentavam. A conclusão da
experiência deixou todos perplexos, pois haviam constatado
que os microorganismos emitiam oxigênio ao se alimentar, à
semelhança dos terrestres. Além do mais, o oxigênio
liberado era 15 vezes maior que o necessário na Terra para
evidenciar a sua presença. Tudo isso levou os cientistas a
realizar mais uma experiência, que consistia em carbonizar,
até o vapor e cinzas, uma amostra de solo. E foi aqui que os
cientistas ficaram mais surpresos, pois não havia resíduos de
microorganismos mortos. Tudo indicava a presença de vida,
mas parecia que não havia morte, pois não tinham
encontrado na amostra os restos dos microorganismos.
Para procurar a explicação da não-presença dos cadáveres,
recorreu-se a diversas hipóteses: que os cadáveres foram
devorados rapidamente pelos microorganismos
sobreviventes; que formaram colônia sem aparentes
conchas, dando sumiço aos mortos; ou que suas formas de
vida seriam totalmente alheias às da Terra, sendo que, ao
morrer, se desintegrariam completamente. Em qualquer um
dos casos, somente foi possível elaborar apenas hipóteses
nada conclusivas. De acordo com isso, ficou evidente que
algo anormal ocorria no solo do planeta vermelho. Todas
estas reações obtidas pelos diversos experimentos realizados
apontavam claramente para uma forma de vida ativa, mas
também poderia ser o resultado de uma desconhecida reação
química, antes nunca observada, que imitava
fantasticamente as reações vitais dos organismos vivos.
Os equipamentos das sondas espaciais Viking somente
poderiam detectar vida microscópica, já que foram
projetados apenas para esse fim. E o irônico de tudo é que
nenhum desses laboratórios altamente sofisticados foi
equipado para detectar outras formas de vida mais com-
plexas, como animais, plantas ou até seres inteligentes.
Inclusive, apenas estavam programados para registrar
fotografias da paisagem e não para qualquer objeto em
movimento. Esta afirmação tem sentido, pois uma
experiência, ocorrida ainda em Houston, demonstrou que
quando uma tartaruga passou caminhando na frente da
câmera da Viking, esta não foi registrada. Esta curiosa
particularidade nos leva a refletir sobre a possibilidade de
que em Marte exista uma forma de vida superior que não foi
registrada nem captada pelas câmeras, por não estarem elas
destinadas nem projetadas para esse fim.
Depois deste incidente nada mais foi mencionado, e mesmo
a foto 35A72 não mereceu qualquer tipo de investigação,
indo parar no arquivo, junto com milhares de outras
imagens enviadas.
Anteriormente ao projeto Viking, um grande número de
informações havia sido coletado pelos projetos que o
precederam. Todas as sondas espaciais enviadas a pesquisar
Marte, como Mars 1, Mariner 3, Mariner 4, Mariner 6,
Mariner 7, Mars 2, Mars 3, Mariner 9, Mars 4, Mars 6 e Mars
7, nada haviam obtido que pudesse levar a pensar que, em
algum momento, pudesse ter existido ou que existisse algum
tipo de vida superior em Marte, pelo menos que fosse de
conhecimento público, razão pela qual o projeto Viking foi
desenvolvido especificamente para procurar apenas sinais de
vida básica. Porém, ninguém esperava que, neste momento,
empregando lentes mais precisas que permitissem obter
melhores vistas, surgissem imagens que lembrassem
construções.
Em fins de 1978, o engenheiro Vincent DiPietro,
especialista em processamento eletrônico de imagens do
Centro Espacial Goddard da Nasa, passou a revisar os
arquivos de imagens, tendo uma incrível surpresa. Olhando
para a foto 35A72, sentiu que aquela imagem o observava.
Pensando que pudesse tratar-se de uma alteração de
imagem, produto de alguma falha de transmissão, passou a
analisar o processo de envio e recepção.
Para enviar uma foto de Marte, é necessário a existência de
dois poderosos computadores, um no interior da sonda
espacial e outro na Califórnia. Estão aí o emissor e o
receptor. Ao longo de 335 milhões de quilômetros
transitaram sinais de rádio contendo uma interminável ca-
deia de zeros e uns, elementos básicos do código binário
processados em cada extremo. Em Marte, o computador
registra a imagem e a transforma em números, que, à sua
vez, são convertidos em sinais de rádio. Ao chegar às
antenas de recepção na Terra, os sinais são transformados
novamente em números. Combinados, comporão uma
imagem. Foi desta forma que a Nasa recebeu o rosto
marciano.
DiPietro mostrou a foto a Gregory Molenaar, um dos seus
colegas de investigação. Intrigados, processaram-na
mediante o "melhoramento de imagens", método utilizado
pelos técnicos da Nasa para aperfeiçoar a qualidade das fotos
obtidas pelas sondas espaciais. Por meio desta técnica, é
possível aumentar ou reduzir contrastes, colorir, melhorar
detalhes e eliminar distorções, erros ou ruídos provocados
durante a transmissão radioelétrica. O resultado desta
experiência foi espetacular. Entre as imagens aparecia
claramente um rosto quase humano, com simetria bilateral e
rasgos tridimensionais únicos, mas nem a comunidade
científica nem a Nasa aceitaram o que para ambos os
cientistas era evidente. Diante da ampla divulgação do
trabalho dos cientistas, o desmentido da Nasa não se fez
esperar. Veio novamente pelo Dr. Gerald Soffen, que mais
uma vez alegou tratar-se de distorções de luzes e contrastes,
mencionando que, poucas horas depois da primeira foto,
havia realizado uma nova bateria de fotografías sobre a
região sem aparecer absolutamente nada de peculiar ou
estranho.
Molenaar e DiPietro estavam totalmente convencidos do
resultado do seu estudo e, para rebater a colocação do Dr.
Soffen, decidiram investigar as referidas novas fotografias.
Na verdade, não eram várias, apenas uma única foto,
havendo sido realizada não algumas horas, mas 35 dias
depois. Esta era a fotografia classificada com o código
70A13. Neste registro, as condições de luz, o ângulo, a
altitude e a inclinação eram completamente diferentes.
Porém, quando realizaram o processo de digitalização, a
imagem do rosto, com todos os seus detalhes, permanecia
nitidamente presente, embora à simples vista passasse
despercebida. De qualquer forma, a Nasa já se havia
pronunciado, desconsiderando o trabalho dos jovens
cientistas.
Em 1981, num congresso astronômico em Washington,
cujo tema central era Marte, Molenaar e DiPietro
apresentaram, numa sessão paralela (já que seus trabalhos
haviam sido rejeitados por revistas científicas e congressos),
os resultados de sua investigação. O divulgador científico e
ex-consultor da Nasa, Dr. Richard Hoagland, que também
participava do mesmo congresso, não teve dúvidas de que aí
se encontrava algo mais que uma simples brincadeira de
sombras, e, desde então, devotou-se ativamente a
desenvolver uma investigação independente de Marte.
Quatro anos passados, deu-se início a um novo processo. O
engenheiro eletrônico Mark Carlotto, após longo período de
investigação, chegou à conclusão de que o objeto
fotografado não era, em qualquer hipótese, uma formação
natural. Para isso, valeu-se de uma fórmula que permite
saber se uma estrutura determinada está sujeita à propor-
cionalidade ou não, concluindo que o rosto era artificial.
Por seu lado, Hoagland encarregou-se de estudar as relações
matemáticas que poderiam existir entre o rosto de Cydonia e
as outras estruturas geométricas que se encontravam na
mesma região, chamadas de "pirâmides", "cidade inca",
"montículo" e a "fortaleza", encontrando apoio nos cálculos
realizados pelo cartógrafo Erol Torun, técnico da Agência
Cartográfica da Defesa Norte-americana, e pelo Dr. Mark
Carlotto, da Corporação de Ciências Analíticas. Primeiro foi
realizada uma pesquisa na "pirâmide" detectada por DiPietro
e Molenaar na foto 35A72, depois, ante a surpresa geral,
surgiu a "cidade", descrita como um conjunto ordenado e
retilíneo de pirâmides, entre as quais existem outras
menores, dispostas em ângulo reto em relação às maiores,
além de apresentar alguns edifícios cônicos menores. Se esta
estrutura é uma cidade realmente, alguém teve de construí-
la, comentou Hoagland numa de suas entrevistas.
Outra foto da região proporcionou novo ângulo visual.
Assim como a primeira foto havia sido realizada na volta 35
da Viking, a segunda foi obtida durante a volta de número
70, classificando-se como 70A13. Uma terceira foto, a
70A11, apresentou visão em perspectiva da região em que
Hoagland havia detectado a "cidade". Baseado nesses novos
dados e imagens, Hoagland iniciou, junto com o seu grupo
de investigadores, um processo comparativo arquitetônico
com antigos monumentos da humanidade, estabelecendo
uma relação aparente bastante estreita com o antigo Egito.
Segundo seus estudos e conclusões, antigas civilizações,
como a egípcia e a suméria, poderiam haver tido no passado
alguma relação bastante íntima com a civilização marciana.
Toda esta teoria cobrou muito maior força, quando
Hoagland decidiu dividir o rosto de Cydonia em duas
metades, buscando compor cada metade com a mesma,
duplicada de forma invertida. O resultado obtido com um
dos lados em particular provocou grande alvoroço, pois
apresentava a fisionomia de um leão. Este resultado veio
reforçar ainda mais a sua hipótese de haver existido uma
antiga relação entre os seres de Marte e da Terra.
Independentemente disso, as investigações de Hoagland
derivaram posteriormente no sentido de estabelecer uma
relação solar com as construções, isto é, comprovar pela
orientação das estruturas se elas seguiam propósitos
astronômicos. Por meio de complicados cálculos
matemáticos, Hoagland procurou estabelecer relações entre
os monumentos de Marte e sua orientação, além de realizar
detalhadas comparações arquitetônicas, utilizando como
modelo as conhecidas ao redor do mundo, vindo, mais
tarde, a estabelecer notória similaridade com as construções
egípcias, não somente em relação à forma, mas também à
distribuição.
Para Hoagland, a civilização responsável por esses
monumentos em Marte era também de extramarcianos, isto
é, teriam vindo colonizar Marte, não pertencendo
originariamente a esse planeta, opinião não partilhada por
todos os seus companheiros de investigação.
Toda esta movimentação encontrou no caminho outros
investigadores que, paralelamente ao trabalho de DiPietro,
Molenaar e Hoagland, vinham desenvolvendo análise
também detalhada de fotografias. Tal é o caso dos cientistas
Drs. Jim Cutts e Larry Soderblum, ambos participantes do
projeto de investigação espacial marciano. Os dois passaram
a analisar criteriosamente as fotografias marcianas, inclusive
as dos projetos anteriores. Numa delas, obtida pela sonda
Mariner 9, era perfeitamente identificável uma formação
retangular de linhas interconectadas, muito similar às
fotografias arqueológicas aéreas de culturas andinas e
mexicanas. Por essa razão, batizaram a estrutura de "cidade
inca".
Esses dois cientistas não descartaram a possibilidade de que a
estrutura fosse uma formação natural, embora grande
número de evidências demonstrasse o contrário. A maioria
das formações geológicas não costuma guardar uma ordem
tal como a existente nesta estrutura. Quando existe uma rede
de linhas interconectadas, a engenharia, a topografia e a
matemática podem oferecer o grau de conexão e da
artificialidade de determinada estrutura. Quanto maior for
seu grau de conexão, menor será a possibilidade de ser uma
estrutura geológica natural, formada ao acaso, e maior
também será a possibilidade de ser produto de uma inte-
ligência. Segundo alguns cientistas, as linhas retas e os
ângulos de 90 graus não se encontram facilmente na
natureza, muito menos se as linhas se cruzam
transversalmente entre si.
Outro famoso cientista que veio a integrar-se a esse grupo de
interessados pela "cidade inca" foi o professor Harold
Masursky, investigador do Centro de Estudos de Arizona,
cientista de indiscutível prestígio que apóia a hipótese em
favor de a estrutura ser artificial, produto de alguma
inteligência. Por outro lado, um aspecto também curioso da
estrutura é a sua localização, já que ela se encontra muito
próxima do Pólo Norte, onde está localizada a maior
concentração de água do planeta, pois esta região se
apresenta coberta por grande camada de gelo. Em relação ao
Pólo Sul, é interessante observar que a camada que recobre a
região é de dióxido de carbono, não de água. Se existiu vida
em Marte, tal como apontam estes achados, a civilização
marciana devia estar concentrada, pois, no Pólo Norte,
próximo da água. E estas informações são muito
importantes, já que os maiores obstáculos da ciência para
considerar a possibilidade de vida em Marte eram
precisamente a falta de água e de oxigênio. Um fato que faz
aumentar as expectativas em favor da existência de vida no
planeta vermelho é justamente a presença de água em seus
três estados: líquido, sólido e gasoso, já que pelo menos em
duas regiões marcianas possivelmente existam reservas de
água no subsolo.
Diante de tudo isso, Richard Hoagland recorreu a um ex-
ministro do Congresso por New Jersey, Sr. Robert Roe, que
fez pressão junto à Nasa para que fosse realizada nova bateria
de fotografias, especificamente nas regiões que
apresentavam as curiosas e insólitas estruturas, o que
somente seria possível mediante uma nova missão espacial,
mais bem equipada. Desta forma, o aproveitamento de um
novo projeto de observação marciana, munido de
equipamento altamente sofisticado, destinado a realizar
registros mais detalhados, foi a única alternativa para
encerrar toda essa polêmica. A missão Mars Observer,
programada para entrar em órbita marciana em agosto de
1993, resultou num terrível e caro fracasso. Três dias antes
de a sonda ingressar em órbita, especificamente no dia 21 de
agosto às 18:00H, os cientistas perderam totalmente o
contato com a nave. Mais de um bilhão de dólares jaziam
suspensos no espaço sem qualquer utilidade. Um trabalho de
longos e exaustivos meses se havia esvanecido, deixando o
mundo todo aguardando resposta. Embora essa situação
fosse difícil de aceitar, o meio civil e científico surgiu com
nova e provocante questão: estaria a Nasa ocultando
informações sobre Marte? Desde quando?
Era sabido por todos os envolvidos que a missão Mars
Observer havia recebido como diretiva principal a
refotografia das regiões polêmicas de Cydonia, Eliseu e
Cóprates. Segundo especulam alguns, a desaparição da sonda
poderia estar ligada a um grupo de cientistas que não
desejava qualquer esclarecimento a respeito. Certamente,
desde o início dessa missão espacial, várias anormalidades
estavam ocorrendo em alguns aspectos. Por exemplo, soube-
se que a Nasa enviou ao Senador Richard Lugar, de Indiana,
um dossiê com informações referentes às estruturas de
Cydonia. Este senador havia escrito à Agência Espacial
(Nasa), por meio de seu representado, Sr. Dick Criswell, de
Indianápolis, que desejava saber se a Nasa iria fotografar
novamente a região de Cydonia, em Marte. No referido
dossiê, a Nasa indicava claramente que este assunto estava
praticamente concluído, já que seus cientistas haviam de-
monstrado que o rosto marciano era tão-somente um efeito
de sombras. Por outro lado, resulta curioso o fato de que,
mesmo com todas estas alegações, a Nasa jamais apresentasse
ao público as demais fotografias que afirmara possuir destas
regiões marcianas, excetuando a segunda foto analisada por
DiPietro e Molenaar. De acordo com tudo isso, é possível
concluir que tais fotografias não existam como a Nasa faz
crer, ou, se existem, não foram mostradas por complicarem
ainda mais a situação. Se existissem tais fotos, a Nasa teria
enorme facilidade em encerrar o assunto e condenar
qualquer afirmação em contrário, mas, até hoje, elas não
foram apresentadas ao público.
Cabe observar que, bem antes de ser lançado ao espaço o
Mars Observer, houve problemas em terra com a missão. O
lançamento teve de ser atrasado porque no interior do
sistema de nitrogênio da sonda, que se encontrava protegido
com filtros, foram encontrados restos de materiais. Foi como
se alguém tivesse sabotado intencionalmente os filtros,
colocando lixo no seu interior. E este mistério até hoje não
foi esclarecido, não se encontrando qualquer explicação.
O segundo problema que a sonda enfrentou veio logo que
ela foi lançada. Já a caminho de Marte, a sonda teve uma
falha nos transistores, perdendo contato com a base por mais
de meia hora. Quando foi recuperado o contato, sua antena
já se encontrava totalmente estendida e a caminho do
planeta vermelho, sendo que a falha não foi explicada.
Muitos dos problemas enfrentados pelo projeto começaram
tão-logo este fora anunciado. Alguns dos cientistas
envolvidos desde o início foram contra a idéia de que
Cydonia fosse novamente fotografada. De fato, membros da
Nasa nunca quiseram confirmar se voltariam a fotografar ou
não a região, até que um ex-membro do Congresso os
pressionou-os, e eles cederam. Podemos dizer que isso só foi
possível pela pronta ação de Hoagland, que, com o auxílio
do Dr. Carlotto e do Dr. Torun, entre outros, formou a
equipe de pressão.
Um dos aspectos mais importantes da missão estava
centrado na camera da sonda, com capacidade para obter a
melhor definição até hoje realizada de Marte, podendo
registrar imagens com até 50 vezes melhor resolução que as
da sonda Viking. Desde sua órbita, a sonda teria capacidade
de fotografar objetos tão pequenos como uma mesa de café
na superfície. Isso possibilitaria inevitavelmente a
descoberta de incríveis detalhes da superfície marciana,
permitindo o início de um fantástico e profundo trabalho de
investigação das estruturas, além de poder dar fim a qualquer
confusão ou equívoco em relação à verdadeira natureza das
estruturas.
Porém, a Nasa, que forçadamente se viu retornando ao
assunto, desprezou completamente esta possibilidade, assim
como sua merecida importância. O Dr. Malin, cientista da
Universidade do Arizona, contratado pela Agência Espacial
e que estava a cargo do processamento das imagens, afirmou
que percebia uma exagerada expectativa em relação ao que a
sonda pudesse registrar, não concedendo credibilidade ao
tema de Cydonia ou a respeito de evidências de vida em
Marte. Em vista desta indiferença por parte da Nasa, Stanley
McDaniel, epistemólogo, etólogo e historiador da ciência
durante trinta anos e professor emérito da Universidade
Estatal de Sonora, iniciou suas investigações, achando por
demais curiosa a atitude da Nasa com relação ao caso de
Cydonia.
O professor McDaniel estudou durante um ano o tema e
registrou as suas conclusões num espesso documento, ao
qual deu o seguinte título: O Mars Observer da Nasa: um
fracasso da responsabilidade Executiva, Congressional e
Científica? Neste trabalho, o professor inclui partes de um
informe preparado para a Nasa no Instituto Brookings, o
qual havia sido enviado ao Congresso norte-americano em
1961. Contratado pela Nasa em 1958, o Instituto Brookings
preparou o informe para explorar a busca pacífica no espaço.
No conteúdo havia várias hipóteses em que se considerava a
possibilidade de contato extraterrestre e o achado de
artefatos não-humanos.
Na página 215 do documento Brookings é possível ler
claramente o seguinte: "... Enquanto os encontros face a face
com a vida inteligente extraterrestre não venham a ocorrer
nos próximos 20 anos... artefatos extraterrestres, deixados
em algum momento no tempo por estas formas de vida,
poderiam, possivelmente, ser descobertos durante nossas
atividades espaciais na Lua, Marte ou Vênus". Inclusive, o
informe Brookings frisava claramente alguns aspectos
relativos ao prejuízo que as sociedades tecnologicamente
mais avançadas costumavam provocar nas menos
desenvolvidas: "...Os arquivos antropológicos possuem
exemplos de sociedades existindo num aparente equilíbrio
que, logo depois, se tem desintegrado ao ser absorvidas por
outras mais avançadas, as quais apresentavam outras idéias e
modo de vida".
Também na página 215 do referido documento, temos o
seguinte: "... Como poderia tal informação — a realidade da
vida extraterrestre —, e sob quais circunstâncias, ser
apresentada ou retida do conhecimento público? Com que
fim?"
Parte da recomendação do informe, no que tange a vetar
qualquer informação ao público sobre descobertas de vida
extraterrestre, pode encontrar a sua explicação na página
225, em que temos referências específicas em relação ao
efeito sobre as seitas religiosas fundamentalistas e outras
atitudes anticientíficas: "... uma das coisas importantes sobre
a matéria é que nos lugares em que estas seitas se proliferam,
atraem a gente inculta ou pouco culta... Para eles, a
descoberta de outras formas de vida, mais que qualquer
outro produto espacial, seria eletrizante".
O informe também comentava que o contato com uma
civilização tecnologicamente muito mais avançada que a
nossa poderia ter efeito nocivo para os cientistas e
engenheiros terrestres: "...Tem-se especulado no sentido de
que, entre todos os grupos, os cientistas e engenheiros
poderiam ser os mais devastados pelo descobrimento de
criaturas relativamente superiores, já que estas profissões
estão mais nitidamente associadas ao domínio da natureza".
É bem provável que, devido a estes argumentos, a Nasa
estabelecesse como regra geral ocultar informações ou
descobertas que pudessem comprometer a sua atividade,
mesmo que isso fosse de interesse de toda a humanidade.
Quando Don Savage, oficial para assuntos públicos da Nasa,
foi inquirido a respeito do informe Brookings, este se
limitou a afirmar que aquilo não passava de um trabalho de
recomendações feitas há mais de trinta anos, e caso fosse
encontrada vida extraterrestre já existiam diretrizes
preestabelecidas para orientar os procedimentos.
Mas nem tudo é como aparenta ser. Atualmente existe nos
Estados Unidos a Ata de Liberdade de Informação, uma lei
que obriga a tornar público segredos outrora bem guardados.
Antes que o almirante Richard Truly fosse demitido de seu
cargo, como administrador da Nasa, pelo ex-presidente
George Bush, o membro do Congresso pelo Partido
Democrata, Senador Howard Wolpe, de Michigan,
descobriu alguns documentos que detalhavam
explicitamente a forma de burlar a Ata de Liberdade de
Informação. Os documentos traziam instruções específicas
para os responsáveis sobre como redigir, destruir e alterar
documentos, de tal forma que estes viessem a parecer sem
importância. Estas instruções se encontravam redigidas em
apenas duas páginas, tendo sido descobertas quando
investigadores do Congresso estudavam documentos sobre
um programa de desenvolvimento nuclear espacial. O
demitido almirante Truly afirmou que não tomaria parte
nessa forma ilegal de atuação, assegurando que cumpriria
com a lei de abertura de informação. Este foi o motivo pelo
qual o ex-presidente George Bush o dispensou do cargo,
vindo a ocupar a vaga um veterano com mais de 25 anos de
experiência na indústria para a defesa nacional, Dr. Daniel
Goldin, quem recentemente deu a conhecer a descoberta de
formas de vida no meteoro marciano.
Vários cientistas interessados no planeta Marte acreditam
que o Mars Observer não desapareceu, como alguns
membros da Nasa afirmam. Bem ao contrário, têm certeza
de que, neste momento, a sonda espacial deve estar
enviando sinais à Terra num código apenas conhecido pela
Nasa, e que apenas um grupo da elite científica da Agência
Espacial estaria revisando e analisando as informações
coletadas, tanto de Cydonia como de outras regiões
marcianas.
Richard Hoagland mantém também esta suspeita e afirma
que, segundo fontes internas da Nasa, esta equipe deve estar
analisando os registros com a intenção de se preparar para,
no futuro, contornar qualquer situação. Em outras palavras,
os cientistas espaciais estabeleceram uma forma de censura,
cerceando para a humanidade a oportunidade de conhecer a
verdade.
Hoagland e sua equipe já levam mais de dez anos
pesquisando o tema de Cydonia. Toda sua investigação foi
revisada científica e objetivamente pelo Dr. McDaniel, que
denunciou o comportamento anticientífico da Nasa.
O famoso informe do Dr. McDaniel foi dado a conhecer,
precisamente, no mesmo dia em que a sonda espacial Mars
Observer deveria entrar em órbita ao redor de Marte. Esta é
outra curiosidade em relação ao caso, pois uma cópia deste
informe foi enviada e entregue ao cientista responsável pelo
projeto, Dr. Bevan French, às 10:00 hs do dia 20 de agosto
de 1993, sendo que no dia 21 a sonda espacial perdia
contato definitivamente com o Centro Espacial.
No dia 22, Hoagland havia previsto intervir em um debate
pela televisão no programa Good Morning America. Seu
oponente era precisamente o Dr. French, e o tema a
debater, o encobrimento das descobertas de Cydonia e de
outras regiões marcianas. O programa, na verdade, acabou
não sendo tudo o que se esperava, já que o Dr. French
conseguia escorregar, fugindo especificamente do
encobrimento de informações. Porém, curiosamente, o
término do programa foi o momento em que se anunciou
oficialmente a perda de contato com a sonda espacial, a que
já se encontrava desaparecida havia 12 horas desde o dia 21
de agosto.
A Nasa e o Laboratório de Propulsão a Jato informaram que
o incidente havia ocorrido durante uma ordem de silêncio
de rádio, enquanto a nave regulava automaticamente a
pressão do seu sistema de combustível. Era a primeira vez
em toda a história da Nasa que um sistema de telemetria de
uma nave espacial era desligado deliberadamente, num
momento tão importante de uma missão. E isso levantava
muitas suspeitas para todos os interessados. Se existisse
alguém interessado em que não chegasse qualquer
informação sobre Marte e que, de forma alguma, qualquer
transmissão fosse colocada em rede nacional de televisão,
podia dar-se por feliz e satisfeito. O mundo foi privado de
grande oportunidade pela deliberada desconexão do rádio na
sonda. Segundo alguns comentários realizados por
engenheiros do projeto pertencentes ao Laboratório de
Propulsão a Jato e ao Centro Ames da Nasa, assim como por
técnicos e engenheiros da empresa Martin Marrieta, sua
colaboradora na fabricação de equipamentos, em nenhum
momento houve recomendações ou instruções para desligar
o rádio da sonda em circunstâncias críticas, tal como a
Agência Espacial teima em justificar. Está claro que a Nasa
tem muito a explicar, pois são demasiadas as contradições
dentro deste projeto, assim como o são as explicações de
fácil contestação por parte dos cientistas denunciantes. Mas
não será tão cedo que as respostas virão ao nosso encontro.
Extraterrestres na Pré-história

Uns 12 bilhões de anos atrás, o planeta Terra era
apenas um primitivo agregado de elementos
protoplanetários participando de um anel de partículas,
semelhante a uma bola de gases incandescentes suspensa no
espaço, orbitando ao redor de um singelo Sol amarelo ainda
em formação. Nessa época o Universo, já existia, pulsando
na escuridão do Cosmos havia pelo menos 3 a 5 bilhões de
anos. E é bem provável que seja bem mais do que isso, como
apontam as atuais descobertas. Mas, de qualquer forma,
bilhões de anos haviam transcorrido desde a explosão
primordial, ou Big-Bang, proporcionando a oportunidade de
muitos sistemas solares se formarem, assim como o nosso,
bem antes de este existir.
Foi somente há 4,6 bilhões de anos que o nosso pequeno
planeta iniciou seu processo de resfriamento, tendo como
conseqüência a formação dos seus oceanos. Nesse período, o
Universo já carregava uma idade próxima dos seus 13 bi-
lhões de anos, sendo que, em muitos mundos bem distantes
do nosso, a vida já deveria ter surgido, evoluído e
provavelmente acabado. A cadeia do desenvolvimento de
muitas espécies na vastidão cósmica provavelmente havia
girado inúmeras vezes lá fora, antes de iniciar-se em nosso
planeta.
Nesta jovem Terra, a vida se desenvolveu aproximadamente
há 3,5 bilhões de anos, dando espaço inicial a seres
microscópicos, isto é, fundamentalmente bactérias e, mais
adiante, a uma variedade bem diversificada de algas e
vegetais aquáticos. A origem de formas de vida mais
complexas, como mariscos e moluscos, surgiram bem
posteriormente, por volta de 500 milhões de anos apenas.
Seguindo a evolução, algum tempo depois teriam aparecido
os peixes e os anfíbios, sendo estes últimos os responsáveis
pelo surgimento de animais em terra. Os gigantescos répteis,
que tomaram conta do planeta, apareceram por volta de 360
milhões de anos, encontrando seu período mais intenso de
povoamento há 290 milhões de anos. Esses colossais animais
estiveram presentes perambulando por mais de 200 milhões
de anos, vindo a desaparecer misteriosamente há 65 milhões
de anos. Até hoje, não se conhece ao certo o número total
de espécies de dinossauros que existiram, já que foram
descobertas três novas espécies desbancando alguns mitos
do nosso pré-histórico passado. Um deles corresponde ao
achado do Carcharodontosaurus saharicus no deserto do
Saara que, em vida, deveria medir uns 15 metros de altura e
pesar umas 10 toneladas, isto é, 3 metros mais alto e 2
toneladas mais pesado que o maior Tiranossauro Rex
descoberto até hoje. Uma outra espécie, também descoberta
no Saara, é o chamado Deltadromeus agilis, um dinossauro
de 9 metros de altura e 5 toneladas de peso, mais ou menos
do tamanho de um Tiranossauro Rex pequeno, porém bem
maior e mais veloz que qualquer Velociraptor já descoberto
até hoje. A última descoberta, realizada na Argentina, é do
Gigantosaurus carolina, um réptil do tipo caçador de 13
metros de altura. Os mamíferos têm seu aparecimento por
volta de 240 milhões de anos, sendo que os primatas, isto é,
os ancestrais dos hominóides em geral, assim como dos
hominídeos e, conseqüentemente, do próprio homem,
apenas surgem há 40 milhões de anos.
Em relação a nós, os ancestrais primitivos do homem
apareceram por volta de 3 milhões de anos atrás, já que as
ferramentas mais antigas descobertas até hoje datam de 2,8
milhões de anos aproximadamente. Esses pretensos proto-
homens evoluíram lentamente, até chegar como
conseqüência um novo tipo de criatura, bastante diferente
em relação a seus contemporâneos, chamada de Homo-
Hábilis. Cabe destacar que este é verdadeiramente o
primeiro ser na condição realmente humana, e tudo isso
ocorre por volta de 1,5 milhões de anos. Desse período em
diante, o homem firmar-se-ia por volta dos 100 mil anos,
consagrando-se definitivamente no planeta apenas uns 45
mil anos atrás.
A trajetória do homem ao longo de sua evolução representa
uma saga realmente interessante, que se torna ainda mais
extraordinária quando nos deparamos com a presença de
objetos, registros ou fósseis que indicam que toda esta
genealogia até agora relatada pode estar errada.
Para entender melhor esta colocação, devemos considerar
que, ao longo destes últimos 50 anos, a ciência vem
descobrindo coisas cada vez mais surpreendentes,
principalmente em relação ao passado. Embora os fósseis
sempre tenham sido a melhor forma de perceber como foi a
nossa pré-história, também nos demonstra que este passado
pode ter sido bem mais avançado que o próprio presente.
Tal é o caso de um famoso peixe, considerado extinto havia
70 milhões de anos, chamado Celacanto, e descoberto ainda
vivo em 1938 perto das ilhas Comores, ao longo de
Moçambique, na África. E do famoso caranguejo ferradura,
também descoberto algumas décadas atrás, o qual se
considerava extinto havia 130 milhões de anos.
Enquanto passado e presente se misturam à luz das atuais
descobertas, a cronologia da nossa jovem humanidade
resulta, neste momento, atropelada por grande número de
achados arqueológicos, os quais demonstram que o nosso
planeta já viu instantes de uma tecnologia muito mais
avançada em tempos em que o homem sequer existia.
Um destes curiosos e inexplicáveis achados encontra-se no
Museu Natural de Londres, Inglaterra, na seção pré-
histórica. Ali, pode ser observado um crânio descoberto nas
cavernas de Broken Hill, na região norte da Rodésia, na
África, que apresenta características Neanderthalenses e cuja
antigüidade pode ser superior a 40 mil anos. O curioso desta
ossada é que apresenta um orifício completamente circular
no lado esquerdo e um outro de iguais características no lado
oposto. Não existem vestígios de trincas radiais ou quebras,
freqüentes em função de traumatismos produzidos por
impacto de pedras ou armas primitivas. Segundo um dos
grandes investigadores europeus de astroarqueologia (a
ciência que investiga evidências pré-históricas da presença
extraterrestre), Sr. Peter Kolosimo, o crânio apresenta os
furos produzidos pelo impacto de um projétil, que o
atravessou de um lado a outro. O lado direito do crânio
Neanderthal apresenta estilhaçamento e fragmentação que
lembra bastante o produzido por disparo de espingarda.
Conforme relata Kolosimo, resulta impossível aceitar que
esses ferimentos possam ser associados a um ritual de
trepanação (cirurgia de corte do crânio) ou algo similar, já
que os Neanderthal nunca foram praticantes deste tipo de
intervenção. As perfurações artificiais do crânio foram
praticadas por algumas antigas culturas com fins terapêuticos
ou rituais, como foi conhecida na América do Sul
principalmente, ou até para objetivos de canibalismo nas
regiões européias de então. As marcas destes orifícios são
perfeitamente circulares, o que descarta de imediato a
utilização de lanças ou flechas com pontas de pedra,
empregadas nesse período, como responsáveis pela
perfuração. O ferimento produzido por este tipo de armas
deixaria marcas irregulares e fraturas, além de rachar em
vários fragmentos a estrutura óssea.
Um outro achado, também de características insólitas, vem
ao encontro deste anterior, reforçando a teoria da presença
de uma tecnologia bem mais avançada para a época.
Encontramos essa evidência no Museu Paleontológico de
Moscou, na ex-União Soviética, onde podemos observar em
exposição o crânio de um bisão, isto é, um tipo de búfalo
que perambulou ao oeste do rio Lena, nas tundras da
República Socialista Autônoma de Yakutia, que se encontra
extinto há mais de 10 mil anos. Na testa deste crânio
podemos observar nitidamente a cicatriz, quase que
parcialmente regenerada, de um furo perfeitamente circular,
demonstrando que o animal não somente foi alvejado há
mais de 10 mil anos como também sobreviveu ao impacto
do projétil. Segundo o Dr. Kazantsev, reconhecido
investigador russo, os restos deste animal pré-histórico
resultam em mais uma evidência objetiva de que, num
remoto passado, a Terra foi visitada por uma civilização mais
avançada. Paralelamente a esta opinião, o Dr. Konstantin
Fliórov, diretor do Museu de Moscou, prefere não concluir
qualquer hipótese. O crânio do bisão de Yakutia representa
grande desafio para os paleontólogos russos, assim como
para todos os demais, pois não existem explicações plausíveis
para justificar um tipo de ferimento como aquele, principal-
mente na época em que ocorreu.
Recentemente, um grupo de antropólogos australianos
afirmou ter descoberto no continente um estranho objeto
no interior de um crânio humano, de características
Neanderthalenses, cuja antigüidade beira os 100 mil anos. O
Dr. Morton Sorrel, chefe da expedição e renomado
investigador, afirmou aos meios de comunicação que o
crânio foi achado no interior de uma rocha, onde também
foram encontradas outras ossadas humanas. Após a
realização dos exames, foi constatada a presença de um
objeto estranho fundido no crânio, localizado pouco acima
dos olhos, lembrando um típico implante de
monitoramento.
Segundo as análises realizadas sobre a composição do
estranho objeto, pôde se comprovar que ele era composto
de um material desconhecido e anticorrosivo, o que sugeria
a possibilidade de tratar-se de um componente eletrônico ou
elétrico. Observações mais apuradas permitiram deduzir que
o objeto resultava ser um mecanismo avançado de
transmissão de sinais, similar ao utilizado por investigadores
no estudo e monitoramento do comportamento animal. O
próprio Dr. Sorrel apontou a possibilidade de este objeto ser
de origem extraterrestre, utilizado da mesma forma que nós
humanos o fazemos no estudo das migrações e
desenvolvimento animal.
Um grupo de especialistas da Universidade de Sydney, na
Austrália, realizou diversos estudos e análises sobre as
características e composição do objeto descoberto, mas, até
o presente momento, não houve oficialmente qualquer
pronunciamento oficial.
Porém, o número de evidências não pára por aqui. Registros
fósseis de pegadas humanas, muito antes de os dinossauros
desaparecerem, vêm sendo descobertas em várias partes do
mundo. Tal é o caso das descobertas realizadas no chamado
"Vale dos Gigantes", no leito do rio Paluxy, próximo de Glen
Rose, no Texas. Em 1971, o Dr. C. N. Dougherty apresentou
os registros de centenas de pegadas humanas fossilizadas
nesta região, bem ao lado de nítidas marcas deixadas por
dinossauros, ambas fazendo parte da mesma massa de pedra.
A única conclusão possível seria a de que, no mesmo
período em que dinossauros e homens transitaram pelo
local, outrora um leito de rio ou lago, suas pegadas ficaram
marcadas no barro mole, petrificando-se ao longo de
milhares de anos. Segundo Dougherty, não há outra forma
de registrar ou trucar essas marcas, pois hoje são rocha. As
marcas do rio Paluxy apresentam claramente as pegadas de
um Tiranossauro Rex de tamanho médio, sendo que, bem ao
seu lado, temos as pegadas de um pé perfeitamente humano,
bem maior que o normal, cujas características o colocam na
condição de um gigante. O detalhe é que as medidas deste
pé humano, pela profundidade da pegada, indicam que este
indivíduo deveria ter mais de 3 metros de altura. Por outro
lado, as pegadas pertencem ao período Cretáceo, isto é,
possuem uma antigüidade superior a 140 milhões de anos.
Outras curiosas pegadas também foram achadas em 1931
pelo Dr. Wilburg G. Burroughs, do departamento de
geologia do Berea College de Kentucky, nos Estados Unidos.
O Dr. Wilburg localizou 10 pegadas humanas com os
perfeitos cinco dedos, medindo 23,73 x 10,25 cm, ao
noroeste de Mount Vernon, cuja antigüidade se encontraria
próxima dos 250 milhões de anos. Na região de Mount
Victoria, o Dr. Rex Gilroy, diretor do Mount York Natural
History Museum, descobriu em 1970 a marca de um pé
gigante, medindo 59 x 18 cm. De acordo com a profun-
didade da pegada, seu dono devia pesar aproximadamente
mais de 250 kg. Outro pé gigante fossilizado numa laje de
argila foi encontrado na jazida carbonífera de Cow Canyon,
a uns 40 km ao leste de Lovelock, cuja antigüidade beira os
22 milhões de anos. De igual maneira, foram encontradas
pegadas fossilizadas numa região de Valdecevilla, na Rioja,
Espanha, aparentando serem também humanas, com mais
de 70 milhões de anos de antigüidade.
Um outro achado, também espetacular, foi realizado em 3
de junho de 1968 pelo Sr. William Meister, um grande
interessado pela paleontologia e colecionador de fósseis,
quando se encontrava a 43 milhas da cidade de Delta, no
Estado de Utha, nos Estados Unidos. Nesta região, chamada
de Antelope Spings, o Sr. Meister, junto com o Sr. Francis
Shape, encontraram numa laje de pedra as perfeitas marcas
fossilizadas de dois pés calçados, medindo 32,5 x 11,25 cm.
As pegadas não somente apresentavam a perfeita forma de
sapatos com seus respectivos saltos gravados na rocha, mas
também estava presente o fóssil de um pequeno artrópode,
cujas características lembram algum tipo de crustáceo,
provavelmente esmagado pelo dono dos sapatos. O curioso
disso é que, sob o sapato esquerdo, os restos do pequeno
animal esmagado correspondiam às características de um
trilobite, tipo de criatura extinta do planeta Terra havia 250
milhões de anos. Outra marca fossilizada de um sapato foi
achada no Fisher Canyon, no Condado de Pershing, Nevada.
As características desta pegada permitem ver claramente a
forma da sola e, segundo alguns pesquisadores, apresentaria
uma antigüidade de 15 milhões de anos.
Além do mais, foram realizadas outras tantas descobertas
fantásticas, como os ossos de um homem gigante em 1936,
pelo antropólogo alemão Dr. Larson Kohl, no lago Elyasi, na
África Central, assim como a dos alemães Drs. Gustav von
Konizwald e Franz Weidenreich, que acharam em Hong
Kong, por sua vez, o esqueleto de outro homem gigante,
vindo ao encontro dos fósseis descobertos nos Estados
Unidos e Espanha.
A presença de seres humanos em períodos tão remotos
implica, obviamente, uma presença alienígena, ou, numa
outra hipótese, teríamos de pensar haver existido uma outra
humanidade anterior a esta, o que resulta de mais difícil
consideração. O fato de existirem marcas desta presença
sugere que permaneceram em nosso mundo por
determinado tempo, razão pela qual deveriam também
existir vestígios de instrumentos, aparelhos ou até de
construções utilizadas por estas entidades.
Segundo o investigador norte-americano, Dr. Ronald J.
Willis, no dia 13 de fevereiro de 1961, um grupo de jovens,
composto por Mike Mikesell, Wallace A. Lane e Virgínia
Maxey, proprietários de uma loja de pedras e cristais
semipreciosos em Olancha, na Califórnia, encontrou
próximo do lago Owens, a uns 1.300 metros sobre o nível
do mar, uma peça singular e curiosa. Tratava-se de um tipo
de geodo ou pedra oca, com fragmentos de fósseis aderidos
na capa externa e estranhamente mais pesada que o normal.
Quando tentaram cortá-lo ao meio de forma convencional, a
serra ficou danificada, demonstrando que alguma coisa dura
e diferente encontrava-se em seu interior. Após grande
esforço e utilizando uma serra de diamante, o geodo foi
dividido ao meio. Em seu interior revelou-se depositada uma
estrutura de porcelana ou cerâmica circular, tendo em seu
centro uma vareta metálica de 2 mm de diâmetro,
terminando em uma espécie de espiral ou algo similar, difícil
de definir, dado o estado de deterioração; tudo isso, envolto
num estojo hexagonal de material não identificável, pois
estava praticamente desintegrado, restando, tão-somente, a
marca da forma. Radiografado, o contido no interior da
pedra apresentou características evidentes de ser um objeto
manufaturado, produto de uma tecnologia. De acordo com
as pesquisas realizadas a partir do achado, o Dr. Willis
concluiu que o objeto apresentava todas as características de
uma vela de ignição para um motor à explosão, porém sua
antigüidade poderia ultrapassar, tranqüilamente, um milhão
de anos.
Um outro caso também extraordinário é a chamada
"estatueta de Nampa", pequena figura de argila de 2 cm
apenas, encontrada em 1889 no povoado de Nampa, em
Idaho, nos Estados Unidos, a uma profundidade de 90
metros. Este objeto foi pesquisado pelo Dr. Kuntz, do Museu
de Devis Park, que o datou com pelo menos um milhão de
anos. Em 1851, na pequena cidade de Whiteside Country,
Illinois, nos Estados Unidos, foram achados dois pequenos
anéis de cobre a uma profundidade de 36,5 metros, e, mais
tarde, em junho do mesmo ano, uma explosão na cidade de
Dorchester, Massachusetts, colocou na superfície, no inte-
rior de um sólido bloco de pedra, um sino incrustado,
adornado com motivos florais e feito de metal. Já em 1871,
nas proximidades de Chillicote, no Estado de Illinois, foi
encontrado, a mais de 40 metros de profundidade, um disco
de bronze reduzido a uma forma quase irregular. Na mesma
linha, em 1885, numa mina austríaca, foi achado um curioso
cubo metálico num estrato carbonífero, datado do período
Terciário, o qual se encontra hoje no Museu de Salisbury. As
características do achado colocam o objeto em questão
numa antigüidade não menor a 70 milhões de anos. E, para
finalizar, temos um outro achado não menos curioso,
totalmente fora de época. Em 1869, nas "Galerias da Abadia"
de Treasure City, em Nevada, no interior de uma rocha foi
encontrada a marca de um parafuso de 5,08 cm de
comprimento, que se desgastou a ponto de desintegrar-se e
deixar o molde de sua antiga forma. O achado foi pesquisado
pela Academia de Ciências de São Francisco, mas a entidade
não conseguiu chegar a nenhuma conclusão, provocando
apenas enorme repercussão no cenário científico.
A presença de sociedades mais avançadas resulta
evidenciada pela constante descoberta de fósseis e objetos
fora do seu tempo, dando a entender que o nosso planeta foi
habitado por longo período por entidades anteriores ao
homem. Mas seria possível achar mais evidências da
passagem destas entidades pelo nosso mundo?
A superfície do nosso planeta tem mudado muito nesses
milhões de anos, o que dizer então dos últimos 18 mil anos
em que o mar aumentou seu nível em pelo menos 100
metros, colocando muitos sítios arqueológicos debaixo dos
oceanos. Inclusive, não somente o mar esconde hoje
grandes jazidas de objetos pré-históricos, mas também os
vulcões se encarregam de fazê-lo. A própria superfície do
planeta Terra pode estar escondendo, neste momento,
incríveis segredos, como já foi descoberto ao longo destes
últimos séculos. Tal é o caso da descoberta em 1711 das
cidades de Herculano e Pompéia, sepultadas por uma erup-
ção do Vesúvio, na Itália, no ano 79 d.C., sendo que, até
esse momento, se desconhecia a sua existência. Ou até do
caso da desaparecida cidade de Akrotire, na ilha de Kallisté,
descoberta em 1967 a mais de 9 metros de profundidade,
sepultada por uma explosão vulcânica no ano 3.500 a.C,
tendo sido a sua existência um grande achado, já que não se
conhecia nada a seu respeito. Quantas cidades ou lugares
devem encontrar-se sepultados pelo tempo, aguardando a
sua descoberta?
De qualquer forma, devemos pressupor que, se estas
entidades perambularam pela superfície da Terra em diversas
épocas, em algum momento travaram contato com o
homem primitivo. Se isso realmente ocorreu, evidências
deste relacionamento teriam de aparecer. E isso não é um
trabalho difícil, bem ao contrário, pois os registros de
pinturas rupestres em cavernas têm reunido incrível coleção
de imagens curiosas e insólitas. Sabemos perfeitamente que,
durante o período paleolítico (aproximadamente há 2
milhões de anos), o homem utilizou como refúgio o único
lugar que tinha a sua disposição, as cavernas, abrindo-se
espaço contra ursos, leões, tigres e demais predadores.
Nesses lugares, desenvolveram atividades não somente
domésticas, típicas da sobrevivência, mas também diversos
rituais mágicos e cultos religiosos. Desta forma, em muitos
desses lugares foram gravadas nas paredes e nos tetos
pinturas concretas e abstratas, cujo conteúdo retratava um
pouco daquele então.
Os achados rupestres têm permitido reconstruir, em muitos
casos, a vida de alguns grupos, assim como tomar
conhecimento de seus mitos e crenças, mas, por outro lado,
também têm permitido a descoberta de imagens que fogem
totalmente a qualquer coisa conhecida na época ou no seu
tempo.
Em muitas cavernas, junto às tradicionais representações de
animais, atividades domésticas, rituais, etc. vêm surgindo
figuras humanóides e estranhos objetos de incômoda e
difícil identificação. Um destes casos foi investigado em
1838 nas regiões de Kimberley, na Austrália. Nessa
localidade, descobriram-se as chamadas Wondjinas, algumas
extraordinárias pinturas consideradas sagradas pelos
aborígenes. No local, é possível distinguir claramente grande
número de figuras antropomorfas, que deixam a idéia de
serem apenas bustos. Essas figuras aparecem pintadas às
vezes em grupo ou fileira. O efeito provocado por estas
imagens, conforme comenta o escritor John Michell, é o da
figura de um homem vestindo uma máscara contra gás de
cor branca. O investigador George Grey constatou que as
Wondjinas não apresentam boca, e os olhos são grandes e
desproporcionais; algumas possuem uma espécie de halo
púrpuro, o qual se assemelha muito ao tipo de halo colocado
na cabeça dos santos nas imagens católicas. Segundo os abo-
rígenes locais, o halo significa a confirmação de que aqueles
seres ali representados eram entidades superiores. De acordo
com as pesquisas do professor Homet em relação ao material
orgânico utilizado na elaboração das pinturas, a sua
antigüidade está bem próxima dos 10 mil anos. Numa outra
região australiana, investigada pelos irmãos Leyland, foi
descoberto um petroglifo de quase 20 mil anos, em que
pode ser observada uma entidade usando um tipo de
capacete e trajando uma roupa com zíper frontal. O ser
encontra-se no interior de uma semi-esfera, apoiada num
tripé.
O mais curioso de tudo é que as mesmas imagens
encontradas em Kimberley também se encontram
espalhadas por diversos outros lugares da Austrália, e foram
encontradas até na Nova Zelândia. O interessante é que
praticamente todas as pinturas datam aproximadamente do
mesmo período, e é de se pressupor que dificilmente alguém
naquela época teria saído vagando por toda a Austrália e
atravessado um oceano infestado de tubarões para chegar até
a Nova Zelândia e pintar a mesma imagem em algumas
cavernas. Resultaria mais fácil pensar na possibilidade de que
o modelo que gerou a pintura tivesse a habilidade de
locomover-se facilmente, razão pela qual foi ou foram
registrados pelos grupos humanos locais.
Ao redor do mundo podemos encontrar registros similares,
como é o caso das pinturas encontradas nas cavernas de
Varzelândia, em Minas Gerais, em que podem ser
claramente identificados desenhos que lembram
perfeitamente discos voadores e esquemas da composição do
nosso sistema solar, até com a relação proporcional de
distanciamento entre os planetas, ou das 17 grutas da faixa
franco-catábrica (França e Espanha), que se estende desde a
zona atravessada pelo rio Vézere, próximo a Limousin, na
França, até as regiões de Altamira, em Santander, na
Espanha. Neste outro caso, a arte das pinturas franco-
catábricas distinguem-se fundamentalmente pelo seu
realismo, à diferença de outros grupos. Em todas as cavernas
investigadas pelo pesquisador Aimê Michel, especificamente
nessa área, existem pelo menos dúzias de objetos de difícil
explicação, bem ao lado de animais e elementos típicos da
época e da região. Em muitos casos, é possível distinguir
objetos em forma de sino, chapéus, setas, retângulos,
cúpulas e até objetos com patas. Um dos grandes
investigadores espanhóis, Sr. Antônio Ribera, tem-se
referido às pinturas da caverna de La Pasiega, na localidade
de Puente Viesgo, Espanha, como sendo a silhueta de um
objeto muito similar ao disco voador fotografado em 1952
pelo Sr. Ed Keffel, na praia da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Outro local de grandes e majestosas revelações tem sido as
cavernas de Altamira. Essa gruta espanhola, descoberta em
1877, é considerada uma das melhores coleções de arte pré-
histórica da Península Ibérica. As pinturas de Altamira,
localizadas próximas à região de Santillana dei Mar, em
Santander, possuem uma antigüidade de 20 mil anos. No
interior da caverna, é possível observar claramente a
presença de estranhos objetos de formas variadas,
desenhados com tinta vermelha.
Alguns pesquisadores mais arrojados aventaram a
possibilidade de que alguns dos desenhos de Altamira
apresentem semelhança com os encontrados na região de
Tassili, no Saara argelino. Nesse lugar, mais de 5 mil pinturas
foram descobertas e identificadas pelo pesquisador Henri
Lhote em 1933, o qual batizou alguns destes trabalhos pré-
históricos como "os marcianos". As paredes de Tassili,
situadas numa plataforma arenosa de 800 km de longitude
por 60 km de largura, apresentam detalhada informação
sobre o homem pré-histórico daquela região. Nos murais, é
possível identificar perfeitamente a fauna local do período,
além dos procedimentos de caça e as armas utilizadas.
Porém, ao lado dos caçadores, existem desenhos de seres de
enormes cabeças arredondadas, providas de apenas um
único olho. Alguns investigadores mais cautelosos sugerem
que os desenhos representam homens com algum tipo de
máscara cerimonial, cumprindo algum ritual. Mas ocorre
também que os desenhos de Tassili encontram seus similares
nas regiões de Kimberley, na Austrália.
Se tudo isso parece algo fora da realidade, devemos parar e
nos concentrarmos nos achados realizados na região de
Fergana, no Uzbequistão, antiga União Soviética. Nesta
localidade, o arqueólogo russo Gueorqui Chatseld
encontrou, numa das cavernas, um desenho extremamente
incrível: a imagem de um ser que lembra um misto de anjo e
demônio, segurando, na mão esquerda, um disco com
desenhos em seu interior dispostos em espiral, além do mais,
ao seu lado e ao fundo, podia ser observado um outro ser,
menor em tamanho e com antenas na cabeça, vestindo uma
roupa de astronauta, e um disco voador perfeitamente
elaborado, na situação de decolagem. Quando Chatseld viu
pela primeira vez a pintura, pensou que se tratava de algum
trote ou piada dos moradores locais, motivo pelo qual, de
imediato, não devotou maior atenção. Mas, particularmente
curioso, passou a retirar amostras da tinta empregada para
realizar a obra, tendo, como conseqüência, enorme surpresa:
a pintura apresentava uma antigüidade superior aos 12 mil
anos. Por esta razão, batizou a pintura de "o homem de
Marte". No jornal de maior credibilidade soviética, o Pravda
Vostoka, na edição de 17 de janeiro de 1965, Chatseld
comparava a pintura de Fergana com um outro achado pré-
histórico descoberto em 1956 na região dos Alpes italianos,
de Val Camonica, por um arqueólogo francês. Vale destacar
que as pinturas italianas apresentam, claramente, as figuras
de dois seres utilizando nítidos capacetes transparentes,
além de curiosos objetos em suas mãos.
Por outro lado, a pintura de Fergana recebeu outro
importante apoio de caráter extraordinário vindo da China.
Nas cavernas da região de Baiam-Kara-Ula, próximas ao
Tibet, o arqueólogo chinês, professor Tsum-Um-Nui, da
Universidade de Pequim, descobriu em 1965 um total de
716 discos de granito, em cuja superfície se encontrava
gravado um grupo de sulcos e símbolos organizados em
espiral, e cuja antigüidade beirava os 12 mil anos. De igual
modo ao desenho de Fergana, os discos apresentavam um
furo no centro. Segundo o professor, a tradução dos
símbolos referia-se a uma antiga cultura chamada de Ham,
que narrava a chegada dos seus deuses, vindo montados em
grandes objetos semelhantes a carros de fogo, chamados de
Dropas. O texto rezava que os deuses não retornaram para
seus lugares originais, permanecendo definitivamente entre
os locais.
Atualmente, existem nas redondezas duas tribos de
características mongóis, chamadas Dropas e Ham, sendo que
nenhuma delas ultrapassa a medida de 1,27 m. Conforme
narra a lenda destas duas culturas, em tempos remotos, os
deuses, seres de baixa estatura, chegaram dos céus à Terra e
misturaram-se com os moradores locais ao longo do tempo,
sendo os Dropas e os Ham descendentes destas entidades.
Os discos de pedra achados nas cavernas de Baiam-Kara-Ula
foram investigados e submetidos a diversos e rigorosos
testes. Suas características materiais apresentaram grande
percentual de cobalto na composição, além de detectar-se a
presença de uma tênue, mas persistente, atividade elétrica
na estrutura. A descoberta foi completada mais adiante com
o achado de restos parecidos com humanos, nas cavernas
próximas da região. As ossadas revelavam seres de aspecto
curioso, pois seus crânios eram desproporcionais em relação
ao tamanho do corpo. Mais pareciam crianças com
síndrome de hidrocefalia que humanos normais, porém a
antigüidade também se encontrava batendo os 12 mil anos.
Nenhum pesquisador se atreveu a dar opinião conclusiva em
relação à descoberta, atribuindo o achado dos corpos a
crianças anormais que teriam morrido naturalmente ou sido
sacrificadas.
Em 1952 foi estabelecido o primeiro contato com a tribo dos
índios caiapós, habitantes das regiões do Alto Amazonas, no
Brasil. Este grande passo na aproximação de duas culturas
revelou alguns aspectos insólitos e curiosos, que permitem,
tranqüilamente, especulação a respeito.
João Américo Peret, um dos mais renomados indigenistas,
pesquisou profundamente a cultura caiapó, descobrindo
mitos e lendas, em sua maioria, responsáveis por grande
número de rituais e cerimoniais. Uma destas lendas, em
particular, conta que um dia, bem nos tempos antigos,
houve forte tremor de terra, surgindo muita fumaça e fogo
bem no topo de uma montanha. Toda a tribo, apavorada,
refugiou-se no interior da aldeia. Alguns dias passados,
jovens guerreiros teriam tido coragem para investigar o
ocorrido, dando de encontro com um estranho homem.
Segundo associaram, este homem teria vindo com o tremor
de terra, razão por que deveriam destruí-lo. Porém, seus
machados, lanças, flechas e dardos nada puderam contra
esse ser, que zombou de sua impotência. Segundo narra a
lenda, o visitante permaneceu por longo tempo entre os
caiapós, vindo a aprender a sua língua e, aos poucos,
ensinando-lhes algumas normas de conduta, técnicas de
agricultura, formas de caça, enfim, transmitindo para o povo
toda a sua sabedoria. O visitante era conhecido pelo nome
de Bebgoróroti, que significa "velho do Cosmos". Porém, um
dia, Bebgoróroti vestiu novamente suas estranhas roupas
brilhantes, afirmando que seu tempo se esgotara e que teria
de retornar ao seu lugar de origem, pois em breve viriam à
sua procura. Na oportunidade, despediu-se e solicitou que
ninguém o seguisse até a montanha, mas alguns jovens e
curiosos guerreiros o seguiram, desrespeitando a ordem;
contemplaram a fumaça novamente e ouviram o estrondo
da terra, observando como o sábio visitante retornava para o
céu de onde ele tinha vindo. A partir daquele dia e em sua
homenagem, os caiapós passaram a reproduzir as vestes de
Bebgoróroti, lembrando-o em suas festividades. As roupas
de palha utilizadas nas festividades, deixam patente a
imagem de roupa de astronauta, já que este povo vivia quase
que literalmente nu.
Além do mais, existe uma infinidade de registros artísticos,
como cerâmicas, esculturas e pinturas em tecido, que
apresentam figuras curiosas e estranhas para a época, tal é o
caso dos cerâmicos da cultura Jama Coaque, descobertos no
Equador, e cuja antigüidade resulta ser pré-colombiana,
provavelmente por volta do ano 1000. Ambas as estatuetas
representam uma entidade vestindo uma roupa pesada, um
elmo cobrindo a cabeça e uma mochila nas costas. O elmo
deixa claro que apenas o rosto encontra-se à mostra. As
características destas pequenas estatuetas apresentam
incrível similaridade visual com a reprodução de um
astronauta, com direito a mochila de sobrevivência, botas e
capacete com visor transparente, ou como os cerâmicos
Tolima, da Colômbia, que lembram perfeitamente discos
voadores.
Em função de tudo isso, seria possível acreditar que em
tempos remotos, até anteriores ao homem, uma ou mais
civilizações de origem extraterrestre teriam vindo ao nosso
mundo?
É perfeitamente possível.
Restos fósseis, pinturas rupestres, petroglifos, ossadas, enfim,
registros existem em quantidades enormes, ofertando a
possibilidade de pensar que, um dia, o nosso passado pode
ter sido visitado por uma pequena amostra do nosso
presente.

Os Deuses Extraterrestres

A presença extraterrestre em nosso mundo não se deu
apenas ao longo da pré-história, como pudemos perceber.
Sua presença aparece constantemente ao longo da história,
influenciando, sobremaneira, grande número de culturas. E
isto é de fácil comprovação.
Há mais de 500 anos, dois homens pertencentes a mundos
completamente diferentes encontraram-se frente a frente.
Separados um do outro pela cultura, pela distância e pelo
conhecimento, eles se reuniu num determinado dia, sendo
que o morador da região em que se deu o encontro fez o
seguinte pronunciamento ao visitante: "... Há cinco, talvez
dez dias, eu me encontrava angustiado. Tinha fixo o olhar na
Região do Mistério. E tu chegaste entre nuvens, entre
trevas. Isto era como nos tinham dito os reis, os que
comandaram, os que governaram tua cidade; que chegarias
aqui... Pois agora está realizado: tu chegaste, com grande
fadiga, com grande entusiasmo vieste. Chega até tua terra:
vem e descansa; toma posse de tuas residências reais; acalma
o teu corpo. Cheguem a tua terra, senhores..." (registro de
Frei Bernardino Sahagún, no livro História Geral das Coisas
de Nova Espanha).
O pronunciamento de boas vindas aqui apresentado foi
declamado por Moctezuma Xocoyotzin, rei e sumo-
sacerdote do império de Thenochtitlan, fundado em 1325
no lago Texcoco, atual cidade do México, para o seu
conquistador Hernán Cortés, em 1520.
Não é possível medir a repercussão que este encontro teve
na conquista do México, mas está perfeitamente claro que os
conquistadores, que acabavam de chegar, não foram
recebidos como inimigos potenciais, porém reconhecidos
como aqueles que, segundo as velhas e antigas tradições
relatavam, deviam chegar e tomar conta do que lhes
pertencia, sendo que os astecas o haviam conservado até o
seu retorno.
O próprio Hernán Cortés assim narrou para o imperador
Carlos V, numa carta escrita no dia 30 de outubro de 1520.
E foi desta mesma forma que os cronistas Francisco López
de Gomara e Frei Bernardino Sahagún o registraram.
O comportamento dos astecas não foi único em relação à
conquista da América. De igual forma, o império Inca
padeceu do mesmo mal. Quando o conquistador espanhol
Francisco Pizarro chegou ao Peru em 1532, o império do
Tahuantinsuyo foi logo comunicado da presença de homens
brancos, provocando enorme alvoroço. Segundo uma lenda
local, circulava naquela época a seguinte profecia: "... já não
é mais tempo de falar de nenhum governo, pois os
Viracochas chegarão sem demora para governar num reino
em nome de um grande senhor todo-poderoso...". Esta
informação profética foi obtida no oráculo da Huaca
Pariacaca, após um interrogatório realizado pelo imperador
inca Huayna Capac, com o objetivo de saber a respeito do
futuro do império e de seus dois filhos, Huáscar e Atahualpa.
Segundo o historiador indígena Huaman Poma de Ayala,
outras lendas falavam ainda sobre a vinda em tempos muito
remotos de deuses cuja pele era branca, chamados de
"Viracochas", em homenagem ao deus criador. Os espanhóis
de imediato foram associados aos antigos deuses, tanto que,
Felipo, indígena capturado e utilizado como intérprete,
considerava, até determinado momento, estar prestando
serviços aos próprios deuses, desejando com isso colaborar
contra Atahualpa, que, nesse momento, ambicionava para si
todo o império, mesmo que para isso tivesse de assassinar
seu irmão Huáscar, toda a sua família e seus seguidores.
Por esta razão foi que quando Pizarro entrou na cidade de
Cajamarca teve facilidade em prender Atahualpa, já que
tanto o inca como todos os seus guerreiros temiam qualquer
reação dos espanhóis, segundo nos conta o cronista Cieza de
Leon.
Num trecho dos registros realizados por Francisco López de
Gomara, durante a conquista do México, consta o seguinte:
"... E das naves afirmavam que vinha o deus Quetzalcoatl
com seus templos nas costas, que era o deus do ar e que
havia ido embora, mas lhe aguardavam."
Os astecas chamaram os conquistadores de "teteuh", que
significa "deuses", porque isso significava para eles, assim
como para os incas, que chamaram de "Viracochas" seus
respectivos dominadores. Mas, como Pizarro, seus irmãos e
seus generais no Peru, o conquistador Pedro de Alvarado
perpetrou as mais absurdas violências no México na ausência
de Cortés. Diante de tudo isso, tanto os méxica (astecas)
como os incas abandonaram gradualmente a idéia de
considerar os conquistadores deuses, vindo a chamá-los de
"bárbaros".
No caso dos astecas, o nome do famoso deus Quetzalcoatl
significa "serpente emplumada", e seu culto parece ter
existido ao longo de toda a mesoamérica. Para todas essas
culturas, Quetzalcoatl era uma das principais divindades,
tendo seu templo no centro de Thenochtitlan. Porém, pelo
que se conhece, seu culto já era bem mais antigo. Em
tempos do início do império mexicano, os astecas
encontraram na cidade abandonada de Teotihuacán um
enorme e imponente templo deste deus. Segundo narra a
história, os astecas ficaram impressionados pela sua beleza e
grandiosidade, denominando o lugar de Teotihuacán, que,
em língua náhuatl, significa "lugar onde os homens se
transformam em deuses". Vale destacar que, tanto os maias
como os náhuatl, os olmecas e a maioria das culturas tiveram
neste deus seu principal benfeitor.
Quetzalcoatl foi tido como um deus relacionado com a vida,
a criação e a renovação, mas também foi sempre associado
ao ar, ao vôo e ao céu, tal é o início do nome "Quetzal", que
obedece à denominação de ave sagrada, de maravilhosas
penas. Esta ave simbolizava para os maias o céu e o Cosmos,
além de as penas simbolizarem o vôo. Um outro aspecto
interessante é que, como os deuses incas, Quetzalcoatl
pertencia a uma raça diferente.
A falta de documentos escritos obrigou os historiadores e
investigadores da época a procurar as tradições orais. As
lendas e mitos, recolhidos em língua náhuatl pelos cronistas,
acabaram resultando numa mistura cultural de origem bem
primitiva. Segundo esta recompilação, Quetzalcoatl resulta
ser um deus responsável pela fertilidade das águas, da força
renovadora, da natureza e, ao mesmo tempo, todo o
conhecimento espiritual e transcendental. Entre os maias,
também era conhecido por Kukulcán, o deus dos ventos que
abria caminho em meio às tempestades, sendo ao mesmo
tempo um valente aventureiro, sempre triunfante nas
batalhas e nos desafios.
Algumas tradições toltecas deram a este deus o nome de Ce-
Acatl, filho de Mixcoatl ("serpente das nuvens") e de
Chilmalma ("escudo estendido"). Noutras palavras, seu pai
era do céu e sua mãe, da terra. Segundo narra a lenda, Ce-
Acatl Quetzalcoatl passou grande parte dos primeiros anos
de sua vida preocupado com a identidade de seu pai, a quem
nunca conheceu. De acordo com as tradições, parece que o
seu nascimento ocorreu por volta do ano 843 d.C., vindo a
governar por volta do ano 977 d.C., o que significaria que
subiu ao trono com 134 anos. Embora a sua origem seja um
mistério, não se podendo precisar a época exata do seu
reinado, está perfeitamente claro e registrado o efeito que
provocou sobre os toltecas e as culturas posteriores. O
período do seu governo permanece na lembrança como
uma época dourada, repleta de paz e harmonia jamais
igualada. Por ser metade humano e metade deus, foi tentado
pelo demônio Tezcatlopoca, seu eterno inimigo, tornando-
se, com o tempo, vaidoso, caindo facilmente nos vícios
vulgares, como a bebida e a luxúria. Porém, foi por pouco
tempo, reagindo logo depois e, ao tomar consciência de seus
excessos, considerou que sua missão no mundo havia
fracassado, vindo a abandonar tudo e todos. Seguido apenas
pelos seus discípulos, rumou em direção ao leste, vindo
parar na costa do México. Arrependido pelos seus atos,
prometeu retornar um dia e redimir-se, transformando-se
em fogo, e apenas seu coração voltou para o céu, o qual se
converteu na estrela da manhã, isto é, no planeta Vênus.
O final narrado na lenda pode ser interpretado como apenas
mero simbolismo: o fogo como elemento purificador, sob o
qual a parte divina retorna a sua origem celestial. Mas
também se poderia num evento de características espaciais,
interpretado apenas por testemunhas ignorantes.
Poderíamos imaginar Quetzalcoatl ingressando num veículo
espacial, iniciando a disparada dos foguetes e, gradualmente,
distanciando-se no espaço até parecer apenas um ponto
brilhante no infinito, deixando estarrecidos os limitados
espectadores. É claro que um arqueólogo tradicional
dificilmente poderia cogitar desta última hipótese. Se
realmente foi desta forma, resulta ser grande possibilidade, já
que, normalmente, um ser mítico é, na maioria das vezes,
enaltecido e colocado numa condição supra-humana,
inclusive em relação à beleza e capacidades. No caso de
Quetzalcoatl, seu passado é o de um homem feio aos olhos
dos indígenas, pois é de pele branca, barba cerrada, elevada
altura e com algumas grandes qualidades, e que é capaz de
errar, prometendo um dia retornar. Foram estes os
argumentos que fizeram os astecas acreditar que os
conquistadores eram, na verdade, os emissários de
Quetzalcoatl, já que este desapareceu, prometendo retornar
num ano Ce-Acatl, data em que, coincidentemente,
ocorreu, para a desgraça geral, a chegada dos espanhóis.
Embora os arqueólogos empenhem-se fortemente em negar
a possibilidade da troca cultural entre grupos europeus com
os impérios astecas, maias, olmecas, toltecas e incas, os
mitos e lendas existentes entre esses grupos persistem em
incluir a presença de homens brancos nas suas histórias,
embora sejam eles providos de poderes extraordinários e
conhecimentos além de qualquer questão. Até hoje, não foi
confirmada a presença de vikings ou de outras colonizações
na América Central ou do Sul, porém, existem relatos de
cronistas que contam do achado dos "guanches", uma tribo
de homens loiros, brancos e altos, que foi exterminada pelos
conquistadores na sua chegada ao Caribe.
Seja como for, estes homens especiais distinguiram-se
totalmente dos demais, não por serem brancos apenas, mas
por ofertarem vasto conhecimento, capaz de promover
incríveis mudanças culturais e tornar um pequeno grupo
sedentário num grande e poderoso império, num curto
espaço de tempo.
Como já vimos anteriormente, o benefício da confusão
trouxe enorme vantagem aos conquistadores. A esse
respeito, Francisco Pizarro, numa de suas cartas para a
Espanha, narra o seguinte: "... A classe dirigente do império
do Tahuantinsuyo era de pele clara e cabelo loiro escuro,
algo assim como a cor do trigo maduro. Os grandes senhores
e as damas eram, na sua maioria, brancos como os
espanhóis. Naquele país encontrei uma índia com seu filho,
que tinha a pele tão branca que apenas teria podido
distingui-la da gente branca e loira. Deles, comentava-se que
eram "filhos dos deuses".
Desta forma, Francisco Pizarro descreveu os antigos
membros da dinastia Inca, isto é, da dinastia dominante,
todos eles, no passado, racialmente diferenciados dos demais
membros dos povos deste país e reconhecidos, portanto,
como deuses. Deuses estes que, como tais, tiveram uma
genealogia original e fora do comum, sendo capazes de
incríveis feitos.
A origem dos incas mal pode ser localizada no tempo, já que
não existe sequer consenso em relação ao tempo em que
durou o império. Apenas se sabe com certeza que se
encontravam no poder no período da conquista do Peru no
século XVI. A história, porém, consegue relacionar um total
de treze imperadores ou incas, embora hoje esteja se
considerando que, na verdade, possam não ter sido
indivíduos, mas dinastias, o que de imediato pressuporia não
um período de três a quatro séculos de dominação, mas,
talvez, um a dois milênios, desde a sua origem e fundação.
Poucas e curtas foram as informações que puderam ser
coletadas a respeito das origens e desenvolvimento do
império inca. Os cronistas espanhóis pouco puderam reunir
ao longo de sua infrutífera tentativa de catequese. Mas
conseguiram reunir, pelo menos, maravilhosa e interessante
coleção das características que destacaram os responsáveis
pelo início de cada dinastia.
Segundo narram as lendas peruanas, logo depois de concluir
o último e terrível dilúvio universal (Uno Pachacuti), do
interior de uma caverna, numa montanha distante, surgiram
quatro homens e quatro mulheres, chamados de irmãos
Ayar. Conforme as lendas, enorme era o seu poder e
grandes suas realizações. Voavam dos céus para a terra,
vestindo roupas de uma textura jamais vista até então e com
suas fundas lançavam pedras que trespassavam as
montanhas, transformando-as em quebradas. Carregavam
consigo uma caixa, em cujo interior encontrava-se uma ave
que possuía o poder de falar.
Neste tipo de tradição mitológica resulta difícil distinguir
onde começam ou terminam os fatos e se dá espaço às
fábulas. É claro que, de forma conservadora, poderíamos
afirmar que toda a narrativa da lenda é apenas um enunciado
de fantasias descabidas. Porém, se despojados de qualquer
preconceito interpretássemos o conteúdo dentro da ótica de
ignorantes indígenas frente a miraculosas manifestações, não
poderíamos desprender de tudo isso a possibilidade do relato
de entidades com o poder de voar, de utilizar
radiotransmissores, armas cujos projéteis tivessem grande
poder de fogo e cujas roupas fossem de um acabamento
jamais visto, tudo isso fruto de uma civilização e tecnologias
fora do seu tempo?
Providos de tudo isso, os quatro casais Ayar passaram a
organizar as tribos que encontraram em seu caminho,
impondo normas de conduta e melhorando grandemente
sua condição de vida. De acordo com a lenda, teriam sido
eles que trouxeram o milho, responsável pelos assen-
tamentos sedentários de grandes grupos humanos na
América. E isto é algo sumamente interessante, já que, até
hoje, não existe consenso científico para explicar o
aparecimento do milho, e, mais ainda, do porquê de apenas
nas regiões andinas existir tantas variedades na cor, gosto e
tamanho, totalmente diferentes de qualquer outra
encontrada na América. Inclusive, sabemos hoje que os
cereais são produto da natureza, à diferença do milho, já que
este é o possível fruto de longos processos de hibridagem e
manipulação, resultando num produto artificial, incapaz de
reproduzir-se por si mesmo.
Para os antigos mexicanos e peruanos, a origem do milho era
apenas uma: resultava num presente ofertado pelos deuses
aos homens. Seja como for, os cientistas não conseguem
explicar a presença do milho no planeta, mas persistem em
descobrir a sua origem, chegando a elaborar um grande
conjunto de teorias, dentro das quais atribuem o seu passado
a um distante parente silvestre, chamado de milho teosinte
ou tunicado. E possível imaginar que realmente o milho
tenha evoluído de um parente distante e diferente; o curioso
seria saber como um grupo de ignorantes indígenas, quase
sedentários, teve a habilidade e conhecimento suficientes
para alterar geneticamente um cereal primitivo, a ponto de
transformá-lo num produto final de excelentes
características alimentares e, ainda mais, produzir dele um
enorme grupo de opções totalmente diferenciadas. Por
outro lado, se estes ignorantes indígenas não o fizeram,
quem fez?
De qualquer forma, caberia analisar o fato de que todas as
culturas americanas, sem qualquer restrição, atribuem
procedência divina ao milho, e isto deve ter alguma razão.
Cabe relembrar que, excluindo o milho, todos os demais
alimentos consumidos pelos indígenas americanos,
incluindo a folha da coca, jamais tiveram qualquer atribuição
a uma origem divina ou sobrenatural. Por que fazê-lo apenas
com um único alimento e ser isto geral em toda a América?
Um outro aspecto, interessante de ser analisado, reside no
fato de que sempre consideramos os homens antigos
criaturas completamente ignorantes e carentes de sentido
comum. Porém, ante a esta colocação existe um nítido e
evidente paradoxo, dado o parque de monumentos e
construções que hoje podemos observar ao longo de toda a
América e do mundo em geral, vestígios evidentes, de fato,
da presença de uma tecnologia construtiva que foge
completamente do banal, e que desafia qualquer
engenhosidade, dada a falta de recursos e meios como
aqueles de que hoje dispomos para tal fim. Seria possível
imaginar esses homens realizando incríveis e complexos
cálculos, tanto astronômicos como construtivos, sendo
capazes de levantar templos de rocha pura no topo de altas e
escarpadas montanhas, reorientar rios, construir pontes,
trabalhar os metais e estruturar uma sociedade quase perfeita
em que não existia a pobreza, a miséria ou a violência, e,
ainda, chamá-los de supersticiosos ignorantes?
É difícil de acreditar que homens de semelhante nível
fossem incapazes de identificar claramente, mesmo que isto
demorasse, quem é um deus e quem não passa de um
aproveitador. Neste sentido, que o digam tanto Pizarro
como Cortês, já que a sua divina hegemonia durou bem
pouco tempo. Mas acredito que, positivamente, seria
possível ocorrer que homens de capacidades realmente
extraordinárias pudessem ser facilmente divinizados. E,
neste caso em particular, podemos observar que estes
supostos deuses, que visitaram as Américas e algumas outras
partes do mundo antigo, mais se assemelhavam a técnicos
qualificados e bem-intencionados que a meros espiritualistas
doutrinadores.
E neste sentido é possível exemplificar facilmente, trazendo
à nossa lembrança os restos de uma antiga cultura andina,
ainda silenciosamente presente nos tempos modernos. Bem
no planalto boliviano, se levantam-se maravilhosas e caladas,
as evidentes estruturas de uma antiga e majestosa cultura
chamada Tiahuanaco. Segundo as tradições locais, foi nesse
lugar que o deus Viracocha se instalou quando chegou na
Terra. Desse lugar, numa época em que o Sol, a Lua e as
estrelas não podiam ser vistas, planejou a criação do homem.
Após algumas infrutíferas tentativas, dentre as quais podem
ser incluídos alguns gigantes, optou pelo que parece ser uma
constante entre os deuses criacionistas: fabricar o homem à
sua imagem e semelhança. Depois do ato, Viracocha passou
a ensinar a suas criações alguns conhecimentos técnicos,
assim como as instruiu em relação a normas de conduta. Sua
empreitada evangelizadora passou à posteridade como um
mito, havendo sido pesquisada pela investigadora Maria
Scholten de D'Ebneth.
De acordo com a tradição recolhida pelo cronista Betanzos,
Viracocha enviou desde Tiahuanaco dois emissários: um
para o Contisuyo e o outro em direção ao Antisuyo (duas das
grandes províncias em que mais tarde se dividiu o império
inca do Tahuantinsuyo), sendo que ele próprio se dirigiu
para Cuzco. O Contisuyo é o norte, e o Antisuyo é o oeste
do Peru, o que significa a existência de uma orientação
cardinal média em direção noroeste. O trajeto de
Tiahuanaco em direção noroeste leva impecavelmente até
Cuzco e Pukara, sendo conhecido como a "rota de
Viracocha". Pukara foi um centro fundado por Viracocha na
sua passagem para Cuzco.
Neste lugar, depois de haver provocado a descida de fogo do
céu e castigado os homens impuros que ali moravam,
Viracocha decidiu enviar o mais velho dos seus filhos,
Imaimana Viracocha, a um outro local, Pachacamac, com a
missão de consertar os solsticios. O curioso de tudo é que
Pukara, centro importante na "rota de Viracocha", se
encontra exatamente na reta entre Tiahuanaco e Cuzco,
equidistando de ambos os lugares 234 km exatamente.
Depois de passar por Pukara e Cuzco, os cronistas afirmam
que Viracocha continuou seu caminho em direção a
Cajamarca. Ali, abandonou a rota em linha reta, que já se
encontrava próxima dos 1.000 km, rumando em direção a
Puerto Viejo, no Equador, onde se despediu dos seus
acompanhantes para logo perder-se no oceano Pacífico,
caminhando sobre as águas.
Contado dessa forma nada tem de especial, mas se
elaborarmos um traçado das direções teremos um resultado
curioso. Se traçarmos uma linha reta entre Tiahuanaco,
Pukara e Cuzco, veremos que a sua projeção nos leva
diretamente para Cajamarca, região considerada importante
e sagrada nas atividades incas e local onde Atahualpa tinha
um palácio, já que foi aqui que Pizarro o capturou. Se a partir
de Cuzco, e tendo a reta até Cajamarca como eixo (rota de
Viracocha), abrirmos uma projeção para o oeste (Antisuyo)
com um ângulo de 28 graus e 57 minutos, teremos,
exatamente na reta, o grande centro cerimonial de
Pachacamac no litoral. Se fizermos a projeção de Tiahuanaco
para o oceano Pacífico e a tivermos como eixo, abrindo para
o norte a partir de Cajamarca uma projeção em linha reta
com um ângulo de 28 graus e 57 minutos, teremos chegado
ao grande centro de Puerto Viejo, no Equador.
Se deixarmos de lado as valorizações simbólicas ou
escatológicas, pensando apenas nas coordenadas
apresentadas, a única conclusão possível é que a "rota de
Viracocha" foi planejada por alguém que realizou um
perfeito trabalho topográfico, já que as distâncias, que
separam cada cidade umas das outras, estão repletas de
enormes montanhas, vales gigantescos e um dos terrenos
mais difíceis do planeta. Além do mais, é absurdo acreditar
que nesta evidente concordância angular tudo fosse apenas
coincidência.
A presença de miraculosos deuses tem sido uma constante
ao longo do desenvolvimento das culturas primitivas.
Anteriormente, vimos Quetzalcoatl e Kukulcan entre os
toltecas, teotihuacanes, maias e astecas, e Viracocha entre os
incas. Mas no caso dos povos mexicanos, Quetzalcoatl não
foi o deus principal, apenas um secundário, muito mais
próximo de um homem divinizado que de um deus
universal.
Os toltecas adoravam Huitzilopochtli, entidade que passou a
ser cultuada também pelos maias e astecas. Huitzilopochtli
era o deus da guerra entre os toltecas, passando a divindade
principal para os demais povos, sendo que este deus, em
particular, desempenhou importante papel no
desenvolvimento do antigo México. Foi por causa deste deus
que os méxica (astecas) abandonaram suas terras e cidades
para iniciar um êxodo similar ao que muitos séculos antes
realizara o povo judeu.
Segundo os investigadores, foi por volta do ano 1.111 d.C.
que teve início a grande viagem. Nesta data, Huitzilopochtli
fechou uma aliança com o povo, mudando o nome de
astecas para méxicas e, além de entregar-lhes um
instrumento técnico, ordenou de imediato deixarem Aztlán,
lugar em que até então residiam, colocando-os a caminho de
uma nova terra de fartura. Na crônica Mexicayotl, páginas
22 e 23, encontramos as palavras de Huitzilopochtli
dizendo: "...Agora não sereis chamados de astecas; agora sois
já mexicanos; então, quando tomaram o nome de
mexicanos, agora chamados de méxicas, furou-lhes as suas
orelhas e também lhes deu as flechas, o arco e a rede, com
que, percebiam do alto, conseguiam flechá-lo muito bem".
Durante 234 anos os méxicas caminharam de um lado para
outro. Algumas vezes detinham-se por alguns dias e, se o
local era bom, permaneciam nele por vários anos. Assim
como os judeus receberam no Sinai os seus mandamentos,
os agora méxicas os receberam no monte Teotilán, mas, à
diferença da nuvem trovejante de Moisés, receberam-nos de
um enorme e brilhante pássaro, que falou em meio a uma
tempestade de trovões e relâmpagos. Da mesma forma que
Deus utilizou da Arca da Aliança para passar instruções ao
seu povo, Huitzilopochtli fez o mesmo, utilizando para tanto
uma caixa feita de juncos, transportada apenas por quatro
sacerdotes e à qual somente eles podiam ter acesso. Assim
como os judeus tiveram Moisés, os méxicas tiveram Mexi, e
como os judeus, também tiveram um grande grupo de
eventos cujas coincidências são extraordinárias com a saga
do povo hebreu. A semelhança é tanta que quando os
primeiros sacerdotes católicos tomaram conhecimento da
história dos méxicas estes ficaram profundamente
impressionados, a ponto de considerar que os judeus
poderiam ter chegado à América antes deles.
Por outro lado, o mar cumpre também interessante papel
em todos estes mitos. Quetzalcoatl, assim como Viracocha,
despede-se próximo do mar, prometendo retornar algum
dia. É o mesmo caso da lenda de Tacaynamo, fundador da
primeira dinastia chimú no Peru, que narra o seguinte: "... O
deus criador veio do mar e ensinou o povo de Yunca a
construir cidades e templos. Ensinou também a abrir canais
e ampliar os vales da costa para que cultivassem a mandioca,
o milho, o algodão, a abóbora e as frutas". Similar a esta
lenda, há também a do deus Nai-Lamp ou Ay-Apaeq entre
os mochicas, vizinhos dos chimús, que um dia veio do
interior do oceano Pacífico montado num grande pássaro,
vindo a realizar os mesmos feitos.
A falta de documentos escritos faz do passado americano um
lugar propício para as especulações, já que está muito
distante de ser linear e ordenado. Está certo que não
devemos encontrar por trás de cada máscara funerária um
rosto extraterrestre ou um contato imediato pré-histórico,
porém existe grande número de eventos e relatos que so-
mente teriam sentido se entendidos sob esta ótica.
O passado americano encerra atrás de si enorme volume de
aspectos e fatos não explicados. O clima que circunda os
restos destas maravilhosas cidades pré-hispânicas é de total e
absoluto mistério. A presença de deuses extraterrestres,
acompanhados por auxiliares ou apenas sós, não é uma
simples especulação, mas um dado a mais a ser considerado
dentro da enorme e ampla variedade de possibilidades. É o
caso dos toltecas, dos maias, dos olmecas, dos pipiles, dos
náhuatl, dos xiximecas, dos zapotecas e dos itzaes na
América meridional. De igual forma, não somente os incas
foram conseqüência da visita de Viracocha, mas também os
chavin, os mochicas e os chimús no Peru pré-inca. Todas
estas culturas tiveram enormes saltos culturais de forma
incompreensível, devido à chegada de entidades divinizadas,
o que resulta em algo impressionante se observarmos que
este mesmo fenômeno também se repetiu em outras regiões
da América, como no Canadá, onde os peles-vermelhas
receberam a chegada do deus Glooskap, e no Brasil, com o
deus Bebgoróroti dos caiapós. Até nas ilhas do oceano
Pacífico encontramos lendas similares, como a dos maoríes.
Ali, deuses chamados de papalaugos chegaram nas mesmas
condições que os demais. Inclusive, podemos ir mais longe,
pois até no Oriente Médio, ao norte da África e nas
civilizações do Mediterrâneo, podemos encontrar lendas e
mitos similares. Era como se existisse um plano bem
elaborado, com a intenção de elevar o nível cultural do
homem, estabelecendo experimentos isolados
geograficamente ou pelo tempo, permitindo acompanhar o
desdobramento do realizado. Seja como for, todas estas
entidades apareceram nitidamente como deuses/mestres,
propiciando o desenvolvimento daquelas culturas, e isso não
pode ser negado, porém continua difícil de ser aceito.

O Enigma de Súmer

Durante muito tempo a história nos fez crer que apenas o
poder e o desenvolvimento de Roma e Grécia foram,
verdadeiramente, o berço do conhecimento humano, e que
o limite do real processo civilizatório estava restrito a essas
únicas coordenadas geográficas e temporais.
Mas vale relembrar que Roma somente conquistou a sua
realização como cultura e civilização na época de Cristo, e os
gregos, alguns séculos antes na Idade Clássica.
Depois do surgimento da Egiptologia, graças à campanha de
Napoleão no Egito e a descoberta da famosa pedra de Roseta
em 1799, compreendeu-se que a civilização egípcia havia
atingido incrível e complexa forma cultural milênios antes
que a Grécia ou Roma. E o fato tomou outra imagem
quando, entre o pó do deserto, os arqueólogos passaram a
realizar algumas importantes descobertas. Aos poucos,
incríveis restos foram sendo encontrados nas regiões do
Oriente Médio, que revelavam requintes de sofisticação e
conhecimentos inimaginados para culturas tão antigas. As
descobertas alertaram para a existência de uma única cultura
mãe, responsável pelo exercício de uma enorme e radical
influência em todas as culturas locais, provocando
desdobramentos importantes ao longo dos séculos seguintes,
inclusive com conseqüências até os dias de hoje. Porém,
resulta de difícil explicação para os cientistas como foi
possível que, num distante passado, seres humanos
desprovidos de quaisquer meios de desenvolvimento como
os atuais pudessem construir, tão rapidamente, uma
civilização, cujas bases existem presentes até hoje ou cujos
conhecimentos científicos serviram para sustentar muitas
das descobertas atuais.
Segundo o escritor norte-americano Zecharia Sitchin, em
tempos remotos seres extraterrestres vieram para a Terra,
estabelecendo importante relacionamento com alguns seres
humanos e, em especial, com algumas poucas culturas que
consideraram interessantes aos seus propósitos, provocando
grandes saltos civilizatórios, continuando a influenciar a
humanidade até os dias de hoje.
Todas as descobertas realizadas até o momento apontam que
uma antiga e fantástica civilização surgiu repentinamente,
sem qualquer processo gradual ou transitório de
desenvolvimento, por volta do ano 4.000 a.C., isto é, há
pelo menos 6 mil anos. E tudo isso ocorreu ao sul da antiga
Mesopotâmia, exatamente nas regiões do Oriente Médio,
atual Iraque, particularmente entre os rios Tigre e Eufrates.
Além do mais, ninguém sabe ao certo qual foi a origem
deste povo, pois sua linguagem e cultura não apresentam
antecedentes identificáveis.
De acordo com grande número de achados arqueológicos,
foi possível descobrir que invenções como a roda, o forno e
os ladrilhos já faziam parte do seu conhecimento
tecnológico há muito tempo, dando a entender que
provavelmente aqui surgiram pela primeira vez em nosso
mundo. Também foi aqui em que a religião, os templos e o
sacerdócio se originaram, em que as cidades literalmente
floresceram com prédios de vários andares, palácios
requintados, portos para a navegação e o comércio, além de
uma incrível rede de irrigação e canalização de água potável.
Um sistema legal com leis, cortes, juízes, advogados e
promotores também existiu, não deixando nada a desejar em
relação à moderna estrutura atual. As artes, a música, a dança
e a pintura proliferaram amplamente. De igual forma a
educação e o ensino gozavam de escolas e academias em que
se aprendia de tudo, inclusive medicina, química,
matemática e outras ciências.
No meio de todos estes conhecimentos e conquistas,
também se encontra a escrita, levada adiante dentro de um
processo amplamente sofisticado de gravação. Recibos,
contratos, códigos, leis, processos judiciais, arquivos reais,
documentos históricos, dicionários de outras línguas e
muitos outros trabalhos literários e científicos foram
registrados em pequenas tábuas de barro, num processo de
escrita chamado de "cuneiforme". As pequenas tábuas eram
gravadas ainda frescas e moles e, quando secavam,
tornavam-se registros permanentes. Ao longo das
escavações foram encontradas centenas de milhares destas
tábuas de argila, que agora podem ser lidas e traduzidas. Em
algumas delas existem também contos épicos, que relatam a
vinda de entidades estranhas ao mundo e ofertam o
conhecimento da civilização ao homem, ou histórias míticas
de antigos dilúvios universais, e até a busca da imortalidade.
Entre o enorme acervo de tábuas existentes, foram achados
desenhos esquemáticos e desenhos para decorar, ilustrar ou
registrar a título de cabeçalho, isto é, para evidenciar a
origem do documento, como hoje fazemos no nível
empresarial político. Em muitos casos os desenhos eram
realizados com uma espécie de sinete ou selo feito em metal,
pedra ou cerâmica que, ao rodá-lo no barro mole, deixava
gravado em baixo ou alto-relevo o seu desenho. Cabe
destacar que o acesso aos textos desta civilização chamada
"suméria" (por pertencerem à civilização de "Súmer") foi
conseguido por meio das descobertas de dicionários e
documentos escritos em línguas de outras culturas
(acádica/suméria), o que permitiu decifrar gradualmente o
significado da escrita, já que não existiam antecedentes de
sua evolução.
A civilização suméria encontrou seu apogeu durante 1.500
anos, resistindo heroicamente a mais de um século e meio
de assédio político por parte de seus vizinhos do norte, os
acádicos (reino de Acade). Mas, por volta de 2.000 a.C., as
investidas dos amontas e elamitas acabaram com a sua
estrutura, destruindo-os como civilização autônoma. Porém,
suas conquistas tecnológicas e culturais sobreviveram, vindo
a influenciar as culturas próximas e posteriores, como a dos
babilônios, dos assírios e, inclusive, a dos judeus.
Os sumérios não somente impactaram o mundo em que
viveram, mas também o mundo científico atual, não só por
terem demonstrado possuir alta sofisticação cultural em
tempos incrivelmente remotos, mas, principalmente, por
possuírem um conhecimento astronômico que somente
hoje pudemos confrontar, descobrindo que estes primitivos
habitantes do Oriente Médio conheciam mais coisas do
espaço há 6 mil anos do que nós atualmente.
Poucas pessoas hoje podem compreender que muitos dos
conceitos atuais da astronomia moderna são basicamente de
origem suméria. Dentre eles, como exemplo, temos o
zênite, o horizonte, a esfera celestial e a divisão de um
círculo em 360 graus. Além disso, temos também o conceito
da banda celestial dividida em doze casas, na qual os planetas
realizam seu percurso ao redor do Sol e a relação zodiacal
associada a determinado grupo de estrelas (constelações),
com um nome e um símbolo pictórico. Por outro lado,
também temos os conceitos de ascensão heliacal e os
critérios para os movimentos celestes, além do conheci-
mento do fenômeno da precessão equinocial (que precisa de
uma observação de 2.160 anos). Fora isso, os sumérios
sabiam que a Terra não é plana, mas redonda, e que giramos
ao redor do Sol, conhecimentos estes que escaparam
totalmente dos astrônomos posteriores ocidentais até o
Renascimento, com as primeiras idéias de Copérnico e
Kepler.
Os conhecimentos sumérios estão registrados em milhares
de tábuas, representando um intrincado quebra-cabeças.
Grande parte deste legado é exclusivamente sobre
astronomia, em que podemos encontrar relações ou listas de
estrelas e constelações na sua correta posição celeste, assim
como manuais de observação para a saída e desaparição das
estrelas e dos planetas. E tudo isso é relativamente fácil de
entender, pois os sacerdotes sumários eram
fundamentalmente astrônomos, já que observavam o céu
continuamente dos templos, que eram pirâmides ou torres
escalonadas de elevadas proporções, chamadas de "zigurats".
Porém, simples observações, realizadas a olho nu, não
explicam todo esse vasto conhecimento acumulado nos
registros desta cultura. Os sumários conheciam, de alguma
forma, a verdadeira natureza do nosso sistema solar.
Descreveram o Sol, e não a Terra, como sendo o centro do
sistema, à diferença dos gregos. Para os sumérios, a Terra era
considerada o sétimo membro do sistema solar, sendo que
para nós é o terceiro a partir do Sol. Mas se contarmos do
último planeta em direção ao Sol somos realmente o sétimo
planeta. E isto não são especulações estapafúrdias, pois esta
civilização deixou para trás uma série de documentos que
apresentam não apenas a seqüência dos planetas na ordem
correta, mas se dão ao luxo de apontar as distâncias
existentes entre eles. Tudo isso há mais de 4.000 anos a.C.,
sendo que o último planeta a ser descoberto pelos nossos
telescópios data apenas de 1930, como foi o caso de Plutão.
Por outro lado, dada a sua cosmologia, os sumérios
consideravam a Lua como mais um membro do sistema
solar, afirmando que o sistema todo reuniria um total de
doze membros: o Sol, a Lua e mais dez planetas. Atualmente
conhecemos apenas nove, porém eles confirmavam a
existência de um décimo planeta bem mais distante que
Plutão, chamado Nibiru, do qual os seus mestres
extraterrestres, os "anunnakis", haviam vindo para a Terra.
Sitchin comenta que Nibiru possui ampla órbita excêntrica
em torno do Sol, cuja revolução leva cerca de 3.600 anos
terrestres.
Na descoberta de um selo sumério, de 4.000 anos de
antigüidade, temos um fato realmente interessante, pois nos
faz rever de imediato o conceito que fazemos de primitivo.
Nesta curiosa representação, em que constam cenas de uma
atividade provavelmente cerimonial, podemos observar na
parte superior uma representação do Sol e de todos os
planetas do sistema solar ao seu redor, incluindo o planeta
dos Anunnaki que, segundo o mito sumério passa entre
Marte e Júpiter a cada 3.600 anos.
O fato de que os planetas além de Saturno (Urano, Netuno e
Plutão) fossem de conhecimento sumério, é algo realmente
assombroso, mas ainda resulta mais significativa a descrição
que realizam sobre eles, pois os detalhes são simplesmente
incríveis, já que a humanidade atual somente pôde
confrontar o relato sumério quando a Voyager 2 os foto-
grafou entre 1986 e 1989.
Infelizmente as ilustrações dos sumérios não são coloridas,
porém, as detalhadas descrições que realizaram preenchem
essa dificuldade. Segundo os sumérios, o planeta Netuno era
associado à água e denominado de HUM.BA, que significa
"vegetação pantanosa". Por outro lado, Urano era conhecido
por Kakkab Shanarnma, isto é, "planeta duplo". As foto-
grafias lançadas para a Terra da Voyager 2, em 1986,
demonstraram que Urano é um planeta de cor azul-
esverdeada, cujo eixo se encontra tombado, girando quase
que no horizonte. E o mais incrível de tudo foi quando, em
1989, a sonda espacial enviou as primeiras fotos de Netuno,
comprovando que o planeta é um perfeito gêmeo de Urano
em tamanho e aspecto visual, além de apresentar também
rotação tombada. Num outro catálogo cuneiforme, o mesmo
Urano é chamado de EN.TI.MASH.SIG, que significa
"planeta de brilhante vida verde". A Voyager 2 colocou
dentro de todos os lares do mundo as primeiras imagens em
cores do verde e azulado Urano em 1986, além de descobrir
que, aparentemente, existem grandes quantidades de líquido
na sua superfície, apresentando enormes possibilidades de
reunir as substâncias necessárias para dar início a um
processo de geração de vida.
Todas estas informações a respeito de Urano e Netuno
existiam enterradas nas areias do deserto há mais de 4.000
anos a.C., sendo absurdo que somente entre 1986 e 1989 a
sonda espacial Voyager 2 confirmasse as descrições
sumérias.
Segundo relata Sitchin em suas traduções dos textos
sumários, este povo insistia em afirmar que toda a sua
sabedoria veio para a Terra trazida pelos anunnakis, inclusive
precisando a data deste evento como sendo no ano 3.760
a.C. De acordo com os textos, o conhecimento dos
anunnakis incluía de tudo, desde a configuração de um
estado monárquico, a organização social, até a medicina, a
matemática e as ciências da Terra.
Em vários textos traduzidos, Sitchin acredita ter descoberto
o relato da criação do sistema solar realizado de forma
detalhada. De acordo com o texto, existiam apenas três
corpos celestes inicialmente no primitivo sistema solar:
Apsu, Mummu e Tiamat. Apsu era o pai original, isto é, o
Sol. Mummu era seu seguidor de confiança, ou seja, o
planeta Mercúrio, e, finalmente, Tiamat era a deusa-mãe
que, junto com Apsu, teria gerado os demais planetas, como
Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Os textos não comentam
como Júpiter e Saturno produziram Urano, que por sua vez
gerou Netuno, porém relata como Saturno engendrou a
Plutão para ser o seu satélite. Segundo a lenda, não demorou
muito para que os planetas-deuses começassem a atravessar
as órbitas uns dos outros, razão pela qual Apsu (o Sol) e
Mummu (Mercúrio) arquitetaram um plano para livrar o
Universo dos inconvenientes jovens planetários. Porém, o
plano foi descoberto e o jovem Netuno lançou um terrível
ataque preventivo contra o Sol. Conforme a interpretação de
Sitchin, isto significaria que, num determinado momento,
Netuno teria apresentado alta elevação radiativa, o que
haveria provocado a sua completa esterilização, afastando-se
da região em que se encontrava toda a matéria original de
onde foram gerados os novos planetas.
Mas o texto continua relatando que, repentinamente, do
interior do espaço, chegou um novo planeta-deus, chamado
Nibiru, ingressando no sistema solar. Chegou vomitando
fogo, aparentemente derretido, e emitindo radiação. Sua
presença perturbou a órbita de Tiamat, colidindo com um
dos satélites de Nibiru e arrancando novos corpos celestiais
do corpo dela. Lançando essas novas luas em rotação ao
redor de si mesma, Tiamat desafiou a situação, e quem saiu
em sua defesa foi Kingu (a Lua), o seu preferido e maior
satélite. Os jovens deuses pensaram em vingar-se, mas
temiam ser fracos demais. Saturno tomou consciência de
que Nibiru era forte o necessário para derrotar Tiamat,
insistindo para que o fizesse. Nibiru concordou, sob apenas
uma única condição: de que outros planetas-deuses lhe
outorgassem a supremacia sobre todos eles. Cada um deles
concordou com a condição, ajustando suas respectivas
órbitas para colocar-se em rota de colisão com Tiamat.
Nibiru dirigiu-se contra Tiamat, carregando consigo um
exército de tempestades (asteróides). Ao chegar, seus satéli-
tes chocaram-se contra Tiamat, despedaçando-a numa
primeira batida. A primeira metade estilhaçada transformar-
se-ia no cinturão de asteróides que hoje existe entre Marte e
Júpiter. Uma segunda batida teria despedaçado ainda mais
Tiamat, transformando grande parte dela no planeta Terra e
deixando Kingu como sua eterna Lua. O impacto provocado
haveria lançado a futura Terra a sua atual posição orbital,
enquanto os seus fragmentos estariam condenados a vagar
eternamente pelo espaço. Finalmente, Nibiru castigou Kingu
pelo seu atrevimento, condenando-o a ser estéril e privado
de vida. Após a batalha, o sistema solar estava finalmente
concluído e completo.
De acordo com as explicações de Sitchin, Nibiru era um
planeta errante que ingressou no nosso sistema carregando
consigo todos os elementos necessários para o
desenvolvimento da vida. Com o impacto contra Tiamat, a
futura Terra, ele teria colocado nela todos os elementos
fundamentais para permitir o surgimento da vida, razão pela
qual esta surgiu tão vasta e plural. Por outro lado, em Nibiru
teria ocorrido o mesmo, somente de forma mais rápida e
elevada, transformando estes seres em criaturas altamente
desenvolvidas em comparação com a Terra.
Segundo Sitchin, há pelo menos 450 mil anos os seres de
Nibiru, ou os anunnakis, perceberam que suas vidas corriam
sério risco. A atmosfera de Nibiru estava se dissipando
lentamente. Preocupados com o prazo que lhes restava para
salvar o seu mundo, os cientistas anunnakis idealizaram uma
solução: desenvolveriam um escudo protetor de partículas
de ouro que ficaria suspenso sobre sua fraca e frágil
atmosfera. Os anunnakis sabiam para onde poderiam dirigir a
sua procura, já que as quantidades de partículas deveriam ser
elevadas. Sondas enviadas anteriormente haviam revelado
que a Terra era o único planeta do sistema solar que reunia
as condições necessárias para ser explorado. Sem perda de
tempo, os anunnakis planejaram uma expedição de
investigação e extração do minério.
Porém, dada a órbita de Nibiru ser tão aberta em relação ao
Sol, os anunnakis foram obrigados a aguardar o momento de
aproximação com a Terra. Desta forma, chegado o
momento, aterrissaram durante o período da segunda era
glacial, encontrando um terço do mundo coberto de gelo.
Por esta razão, os colonos anunnakis procuraram dirigir-se
para uma região mais quente, que hoje é o Oriente Médio.
Nesse lugar, no que seria a Mesopotâmia futuramente,
encontraram um clima cálido, bem temperado e com
bastante água, além de encontrar petróleo para utilizar como
combustível. Foi nessa região que, originariamente,
passaram a procurar ouro, mergulhando nas maravilhosas
águas do Golfo Pérsico.
Durante a prospecção e extração, os anunnakis fundaram na
região da costa setentrional do Golfo Pérsico a sua primeira
cidade, Eridu, que quer dizer em sumério "casa construída
na distância". Pouco a pouco novas cidades passaram a ser
fundadas, num padrão que delinearia um corredor de
aterrissagem visível para os astronautas que chegavam do
espaço. Os textos parecem indicar que os anunnakis
deixaram objetos orbitando a Terra, como intermediários
entre as naves vindas de Nibiru e as colônias da Terra. O
deus chamado Enki, nas velhas lendas sumérias, parece ter
sido o líder da missão, havendo mantido a sede do seu poder
na cidade de Eridu. Tudo indica que o seu mandato sobre a
Terra teve curta duração, pois parece que não conseguiu
ouro suficiente das águas do golfo. Assim, seu pai, Anu, o
trocou por outro líder, chamado Enlil, seu meio-irmão.
Dessa forma, após a primeira viagem, Enki foi obrigado a
ceder o poder para Enlil. Como a média de vida dos
anunnakis era de 28.800 anos, a Terra já iniciava a sua saída
da era glacial. As grandes massas de gelo derretiam-se
rapidamente, aumentando o volume dos oceanos e passando
a inundar os antigos centros de atividade anunnakis. Os
colonos foram obrigados, gradualmente, a modificar seus
locais de residência, passando a habitar a região central da
Mesopotâmia. Temporariamente, Enlil veio habitar a cidade
de Larsa, enquanto a nova capital, Nippur, começava a ser
construída. Após 21.600 anos de obras, Nippur tornou-se
um importante centro de atividade de comando, de onde os
anunnakis podiam ordenar as viagens de transporte para
Nibiru.
Após o terrível fracasso de Enki na procura de ouro no
oceano, Enlil passou a procurá-lo em terra, acabando numa
região de incrível beleza longe da Mesopotâmia. Segundo
Sitchin, provavelmente seria a região do atual Moçambique,
na África. Nesse lugar, despreparados em relação ao clima,
os anunnakis esgotaram-se terrivelmente com as condições
de trabalho, produzindo-se uma situação de insatisfação
geral. A dificuldade enfrentada chegou a condições
realmente críticas, a ponto de, Enlil ter de conter um motim
de enormes proporções quando visitava as minas, narrado
nos textos religiosos como a rebelião dos anjos.
De acordo com a tradição dos textos sumérios, os anunnakis
rebelaram-se violentamente, proclamando guerra. Mas,
insensível e determinado, Enlil não se comoveu, e os
amotinados encontraram apoio em Enki, seu rival, e em
Anu, seu pai. Diante desta situação, Enki sugeriu, junto com
a deusa da medicina Ninharsag, que fosse criado um "lulu",
isto é, um trabalhador primitivo para aliviar o terrível
trabalho dos deuses. Aceita a proposta, foram combinados
genes de aves, bois, leões e diversos animais da Terra com os
de um ser, que parecia estar numa condição evolutiva acima
dos demais: um homem-macaco, isto é, um hominídeo.
Porém os experimentos foram uma total decepção para os
cientistas anunnakis, até que, finalmente, conseguiram criar
o "lulu" ideal, ou seja, o primeiro ser humano, misturando o
material genético do homem-macaco com o de um
anunnaki. A deusa Ninharsag modificou seu nome para
Ninti, que quer dizer "senhora que dá a vida", após mostrar a
todos o resultado satisfatório do seu experimento.
O "lulu" feito pelos anunnakis era muito similar a eles, bem
ao contrário dos seus ancestrais mais próximos. De acordo
com um texto sumério, o híbrido é descrito assim: "... a sua
pele é como a de um deus". Ao que parece, os primeiros
"lulus" eram estéreis, sendo reproduzidos em massa de
forma artificial pelos anunnakis.
Esta visão do gênesis sumério vem ao encontro de quase
todos os mitos existentes da criação. Em cada um deles, os
deuses criaram o homem à sua imagem, ou, em outros casos,
realizaram uma série de experiências até acertar, como no
caso dos mitos e lendas dos povos da mesoamérica. Por
outro lado, todas as teorias evolucionistas em relação à
origem do primeiro homem apontam o continente africano
como o berço gerador, o que parece uma interessante
coincidência com o relato sumério. Cabe lembrar que a
origem do primeiro verdadeiro hominídeo, o Homo-Hábilis,
se dá no meio de um grupo de hominóides chamados de
australopitecídeos, isto é, em meio a um grupo de seres pré-
humanos. O Homo-Hábilis surge em meio a estes seres sem
estabelecer um elo de ligação gradual que justifique a sua
distinção, ou seja, não há vestígios da ramificação da árvore
genealógica humana que indique o momento exato de sua
independência em relação à linhagem dos pré-humanos. Ao
que parece, o surgimento do primeiro homem assemelha-se
a uma aparição espontânea, sem vestígios ou históricos.
Apenas sabemos que, paralelamente ao seu surgimento,
coexistiam vários seres cujas características coincidem com a
descrição de homens-macacos.
De acordo com Sitchin, o Homo-Sapiens representa um
salto incrivelmente extremo dentro do lento processo
evolutivo de uma espécie, mais ainda se considerarmos a
capacidade de falar, que sequer tem qualquer relação com os
primatas primitivos. Para Sitchin, a raça humana é produto
de uma hibridização extraterrestre.
Depois de a criação ocorrer, os humanos foram enviados
para a Mesopotâmia. Ali, Enlil e Enki travaram terrível
batalha pelo domínio do planeta. Na luta, Enki procurou
estabelecer alianças com os humanos, encorajando-os a
procriar. Assim, os humanos descobriram a capacidade de
procriar e o poder de reger suas próprias vidas. Enlil,
enraivecido e temeroso de que os homens pudessem
aprender também o segredo da imortalidade, expulsou-os
definitivamente do seu local de moradia, para que não
descobrissem os segredos dos anunnakis. Banidos, os
humanos continuaram a procriar e a disseminar-se pela
Terra, chegando até a misturar-se com os anunnakis. Enlil
percebeu que um desastre estava a caminho. Nibiru logo
passaria próximo da órbita da Terra, provocando uma
influência gravitacional que desestabilizaria as camadas de
gelo nos pólos, as quais invadiriam rapidamente os oceanos.
Isto, como conseqüência, elevaria de imediato o nível das
águas em todo o planeta, provocando o afogamento de toda
a vida da superfície.
Quando o momento se aproximou, os anunnakis, sob o
comando de Enlil, fugiram da Terra sem avisar os humanos
do desastre. Porém, Enki, protetor da humanidade, havia
informado a um homem chamado Utnapishtim sobre o
desastre iminente. Este, sabendo da inundação, construiu
um enorme barco, carregando-o de plantas e animais de
toda espécie. Assim, passado o desastre, a humanidade, a
fauna e a flora sobreviveram.
Quando as águas secaram, os deuses retornaram para a Terra
encontrando a humanidade, que havia sobrevivido. Surpreso
e enraivecido, Enlil parou para refletir, voltando atrás na sua
posição de destruir a humanidade. Daquele dia em diante, os
anunnakis uniram-se aos humanos, trabalhando juntos como
parceiros na Terra. Gradualmente, os deuses foram
ensinando aos homens as bases de uma organização social,
vindo a ofertar-lhes, mais adiante, o reino de Súmer, como
um legado ao seu desenvolvimento e uma prova de
responsabilidade.
Tudo isso, curiosamente, se encontra também registrado nos
textos bíblicos do Antigo Testamento, quando se menciona
a relação sexual estabelecida entre os filhos de Deus e as
filhas dos homens no Gênesis (6:4) ou do pacto de Deus
com Noé após o dilúvio. Além de tudo isso, temos
comentários muito interessantes a respeito da relação
homens/deuses/anjos no Livro dos Vigilantes, do profeta
Henoc. Cabe relembrar que Henoc foi o profeta que
conversou diretamente com Deus (Gên. 5:24), segundo o
relato bíblico, tendo sido descendente direto do terceiro
filho de Adão e Eva, chamado Set. Henoc foi filho de Jared,
pai de Matusalém, avó de Lamec e bisavó de Noé. Embora se
conheça alguma coisa sobre a sua existência, pouco foi
legado à posteridade, o que realmente resulta num contra-
senso, pois este profeta deveria ter sido muito mais conside-
rado dentro do judaísmo, assim como no Cristianismo, em
razão de ter acessado a verdade diretamente do próprio
Deus. Mas, pelo que tudo indica, o que Henoc veio a saber
do próprio Deus acabou não sendo interessante para o
Judaísmo nem para o Cristianismo, razão pela qual nenhum
dos seus livros foi incluído no cânon de ambas as religiões.
Por outro lado, vale observar que Abraão, pai do judaísmo,
era um semita sumério, já que, segundo o texto bíblico,
Deus fala com seu pai Taré, pedindo que abandonem Ur dos
caldeus e se dirijam para Haran. Se Taré e seu filho Abraão
moravam em Ur, esta cidade era suméria, o que significa que
toda a formação deste grupo obedecia às características deste
povo. Por outro lado, não será pois de estranhar que toda a
genealogia da criação (Adão e Eva, o paraíso, etc.), a história
do dilúvio universal, assim como a relação de anjos com
mulheres, registrada no judaísmo (Torá), encontre tanta
semelhança com os contos resgatados da mitologia suméria.
Segundo o profeta Henoc, os anjos teriam vindo para a Terra
em tempos remotos, quando se relacionaram com o
homem. O profeta chama os anjos de "vigilantes" ou
"guardiões", e isto encontra um clímax interessante quando,
no texto descoberto em Qumram e desconhecido do
judaísmo, encontramos Lamec, neto de Henoc, chamando a
atenção de sua mulher por achar que o filho que carregava, e
que mais adiante seria chamado de Noé, fora concebido de
uma relação adúltera com os "guardiões", os anjos do senhor.
Historicamente, a humanidade está repleta de textos antigos,
como os Vedas, o Kojichi, o Huai-Nan-Tzu, o Shu-King, o
Chuang-Tsu, o Liu-Shi-Ch'un Ch'iu, o Feng-Shen-Yen-i, o
Kanjur, o Tanjur, o Mahabharata, o Samaranganasutradhara,
o Popol-Vuh, o Chilam Balam, o Ramaiana, o Vanaparvan, o
Bhisma Parva, o Drona Parva e muitos mais, em que
encontramos relatos das guerras entre deuses, relações com
os seres humanos, processos de criação, visitas dos deuses
aos homens, enfim, situações variadas e curiosas. A grande
maioria dos textos converge num possível quadro
criacionista, em que o planeta Terra pode ter sido o berço da
construção de uma espécie nova de vida inteligente,
desenvolvida artificialmente por extraterrestres.
Até hoje, tanto a antropologia como as demais ciências que
investigam o nosso passado somente fizeram aumentar o
quadro de dúvidas e questões, não conseguindo explicar,
definitivamente, o momento em que o homem se fez
homem, e se isso foi um evento realmente natural ou não.
Os Egípcios e a Tecnologia Perdida

O famoso delta do rio Nilo fascina qualquer visitante por
inúmeras razões, tal a quantidade de maravilhas ali
concentradas. Toda a história de um povo milenar encontra-
se esculpida entre as rochas que contornam cada curva,
assim como em quase todos os monumentos encontrados ao
longo do seu caminho.
Porém, um dos lugares que mais chamam a atenção é, sem
dúvida alguma, o Vale dos Reis. Ali, em meio a um grupo de
montanhas a poucos quilômetros do Cairo, se encontra uma
várzea entre montanhas baixas, que parece propositalmente
lavrada para criar o efeito de um labirinto. Entre seus
contornos, a história tem revelado, pouco a pouco, os
túmulos perdidos de antigos faraós e rainhas, assim como
ressuscitado a sua memória. Após persistentes e difíceis
buscas, lendários arqueólogos e caçadores de tesouros
escavaram as encostas e os recantos das pedreiras, depa-
rando-se com fantásticas e inesquecíveis descobertas.
Nomes, outrora perdidos na vastidão do tempo, voltaram à
vida na Era das grandes descobertas. A sofisticação e riqueza
de tempos perdidos retornavam luxuriante, a entorpecer
com ouro e pedras preciosas a cobiça do homem moderno.
O antigo império do alto e baixo Egito ressurgiu
vagarosamente das areias do deserto, trazendo consigo não
apenas a grandiosidade de seus ourives e artistas, mas
também mistérios cada vez mais complexos e difíceis de
explicar.
Até 5.000 a.C. não foram achados vestígios da civilização
egípcia, a não ser escassos restos da passagem e atividade de
povos nômades. Parecia, na verdade, como se,
repentinamente, esta civilização tivesse surgido do nada,
construindo complexos palácios, incríveis pirâmides e
descoberto os profundos segredos da astronomia, da escrita e
da matemática. Seu aparecimento como civilização é, pois,
quase espontâneo. E o que resulta curioso é o fato de que,
conforme foi tornando-se uma civilização cada vez mais
antiga, houve, paradoxalmente, uma involução tecnológica e
cultural, pois os prédios, assim como as construções mais
recentes, resultam ser mais imperfeitas, menos sofisticadas e
mais mal-acabadas. Apenas nas primeiras dinastias é possível
encontrar exímios artífices da pedra de extrema dureza,
como o diorito, assim como construções de rochas cortadas
ou trabalhadas com grande precisão. Tanto é verdade que o
faraó Niuserre, apenas 130 anos posterior a Quéops ou
Khufu, somente conseguiu levantar uma pirâmide com
apenas 50 metros de altura. E não é apenas isso, ou seja, com
o passar do tempo não somente esqueceram-se de como
construir pirâmides, mas também da escrita, a ponto de,
com a chegada de Cristo ao mundo, os hieróglifos serem
tidos como símbolos mágicos e de desconhecida
interpretação. Teoricamente, é fácil pressupor que uma
civilização de semelhante conhecimento no passado tivesse
buscado aperfeiçoá-la com o transcorrer do tempo, porém
não é isso que os achados apresentam: tem-se a impressão de
que todo este conhecimento pertencera a alguém que
existira à margem desta civilização e, tendo este
desaparecido, o conhecimento se perdera, havendo, então a
necessidade de se improvisar.
Tal é o caso da famosa e gigantesca estátua de Memnón, isto
é, da representação do faraó Amenofis III, levantada ao lado
do seu gêmeo por volta de 1.500 a.C., formando os
conhecidos Colossos de Memnón. Segundo narram alguns
cronistas, como Estrabão, por volta do ano 90 a.C.,
Germânico, 19 d.C., Juvenal, 90 d.C., Pausanias e o
imperador Adriano, 130 d.C., uma das esculturas colossais
emitia um som sutil e agudo muito peculiar, semelhante à
corda de uma harpa desafinada, unicamente quando o Sol
saía de manhã, ocorrendo isso por vários séculos. Segundo
alguns comentários da época, a estátua parecia saudar o Sol a
cada ressurgir, e o som original era agradável e melodioso.
Cabe relembrar que os Colossos de Memnón foram
parcialmente destruídos no ano 524 a.C. por Cambises e
danificados por um terremoto no ano 27 a.C. De acordo
com as tradições, foi exatamente durante o reinado do
imperador romano Septimio Severo que, após um trabalho
de restauração iniciado sob seu comando, as estátuas
calaram-se definitivamente.
Por outro lado, no conteúdo de um manuscrito árabe
chamado Murtadi, traduzido em 1666 em Paris por Pierre
Vattier, temos o relato da descoberta de duas estátuas, uma
de um homem e outra de uma mulher, ambas com
características étnicas completamente diferentes das
egípcias, encontradas no interior da "sala do rei", na
pirâmide de Quéops. Em meio a estas duas figuras, o texto
narra a existência de um jarro feito em cristal vermelho que,
quando cheio de água, apresentava o mesmo peso que
quando vazio. Além do mais, a narrativa dá a entender o
achado do que parece ser um tipo de robô no interior da
pirâmide, pois o texto afirma claramente: "... Num lugar
quadrado, como para realizar uma assembléia, haviam muitas
estátuas e, entre elas, a figura de um galo de ouro vermelho.
Esta figura era incrível e estava adornada por pedras
preciosas, das quais duas representavam seus olhos, que
resplandeciam como grandes tochas... Quando os homens se
aproximaram, o animal emitiu um grito terrível, começou a
bater as asas e, ao mesmo tempo, ouviram-se vozes
procedentes de todas as direções..."
Aparentemente, este relato apresenta a perfeita descrição de
um tipo de máquina animada com aspecto de galo; porém,
ocorre que este tipo de tecnologia era totalmente
desconhecida na época do relato. Uma outra situação similar
ocorreu com duas personalidades famosas, Santo Tomás de
Aquino, filósofo e teólogo do século XIII, e Santo Alberto
Magno, padre dominicano, mestre de Santo Tomás. Segundo
relatos da época, Santo Alberto descobriu, entre escritos
antigos e livros perdidos de origem egípcia, os dados para
construir um tipo de boneco articulado, capaz de realizar
tarefas domésticas sob o comando de seu construtor. Dessa
forma, decidiu reunir uma série de substâncias e metais
desconhecidos, iniciando a construção do boneco com o
formato de uma mulher, que levou vinte anos para ser
finalizado. O resultado foi uma empregada maravilhosa,
disposta a realizar um trabalho eficiente e ininterrupto.
Porém, a atividade exagerada da doméstica mecânica, assim
como sua contínua atitude inquieta e brincalhona fora dos
limites, passou a incomodar ambos os teólogos. Assim
sendo, irritado com barulho e cansado do robô, Santo
Alberto pegou um martelo, num momento de raiva,
acabando completamente com a sua criação. E os relatos
deste tipo de tecnologia não acabam por aqui. Até o famoso
filósofo grego Platão, discípulo de Sócrates, comenta sobre
seus robôs em vários dos seus escritos, inclusive afirmando
que eles eram tão perfeitos que era necessário tomar cuidado
com eles, pois podiam chegar a agir por conta própria. Por
outro lado, até os deuses do Olimpo grego possuíam robôs.
Segundo as lendas, o deus Hefaistos, forjador ou ferreiro
oficial do Olimpo, teria construído para si dois robôs, cujas
formas eram de duas belas e maravilhosas mulheres, as quais
o transportavam nos ombros e corriam a socorrer a todo o
exército de deuses quando necessário.
Todos estes mitos parecem pura e absoluta ficção científica;
porém, o entendimento destes mitos mudou radicalmente a
partir de uma descoberta arqueológica de incríveis
proporções. O achado ocorreu em 1900, perante a costa da
ilha de Antikythera, no mar Egeu, quando um grupo de
pescadores de esponjas, do povoado de Dodecaneso,
encontrava-se procurando refúgio para o barco contra uma
tempestade. Depois de passado o perigo, os pescadores
mergulharam no local, achando os restos de um antigo navio
grego a setenta metros de profundidade. Do seu interior,
retiraram vários objetos, entre estátuas de mármore e
bronze, ânforas e jarrões, além de outros mais. Dentre eles,
conseguiram levar para a superfície um objeto recoberto de
cracas e disforme pela corrosão, parecido apenas com uma
peça de bronze deformada, razão por que não lhe deram
muita importância.
As posteriores pesquisas realizadas pelos historiadores Solla
Price e Valerios Stais, assim como pelos especialistas Merrit
e Jorge Stamires, demonstraram que o navio grego
correspondia a um naufrágio ocorrido no século I a.C.,
remontando a uma antigüidade de 2 mil anos. Porém o
melhor estava por vir, e isso somente ocorreu quando o
misterioso objeto foi limpo, revelando-se uma incrível
descoberta. Tratava-se de um tipo de mecanismo construído
em bronze por volta do ano 85 ou 65 a.C., embora alguns
acreditem ser mais antigo. A máquina, conservada atual-
mente no Museu Arqueológico de Atenas, foi construída
reunindo complexo sistema de engrenagens e dispositivos,
compreendendo 40 rodas de vários tamanhos, 9 escalas
móveis, 3 eixos, uma roda central de 240 dentes, um
diferencial e um eixo maior que, provavelmente, serviria
para colocar todo o mecanismo em funcionamento, saindo
do exterior.
Conforme pôde ser investigado, a roda central continha uma
borda dentada, cujo relevo era de 1,3 milímetros em cada
dente. A máquina, como um todo, encontrava-se no interior
de um tipo de caixa, também de bronze. De acordo com os
pesquisadores, pôde ser identificado em seu interior algumas
inscrições, sendo que algumas delas fazem menção ao
famoso calendário grego de "Geminos de Rodas" (ano 77
a.C.), reproduzindo parte dele, além de aparecer desenhos
representando o Sol, Vênus, as estações, o horário lunar e
mais algumas coisas difíceis de definir pela corrosão. Por
outro lado, também foi possível identificar reparos realiza-
dos na estrutura e nas engrenagens em diversas ocasiões, o
que revela que o mecanismo se encontrava em uso havia
bastante tempo. O aparelho demonstrou claramente tratar-se
de um dispositivo de controle do tempo extremamente
preciso e sofisticado, além de apresentar um requinte cons-
trutivo, apenas comparável com a tecnologia atual. Tudo isso
indica que a tecnologia existente naquela época era capaz de
desenvolver máquinas desse tipo, e até outras para diversos
fins, embora não exista nenhuma informação histórica a
respeito deste processo chegado até nossos dias. Isto é, a
descoberta da máquina de Antikythera demonstra a
existência concreta de uma tecnologia extraordinária um
século antes de Cristo, ocorrendo que, até onde essa
tecnologia chegou, como surgiu e qual foi seu processo de
desenvolvimento, jamais chegou ao conhecimento de
nossos arqueólogos ou historiadores, representando um
grande enigma em relação ao potencial real que a civilização
grega realmente alcançou, ou seja, é bem provável que
venhamos a descobrir outras máquinas similares ou até mais
complexas, cujos fins poderiam ter sido os mais variados
num breve futuro, porém resultando claro que todo esse
conhecimento se perdeu no tempo.
Parece ridículo, pois, observar que foi Leonardo Da Vinci
quem, no século XVI, utilizou a engrenagem pela primeira
vez, tornando-se o pai da engenharia mecânica, sendo que,
mais de 1.500 anos antes dele, os gregos já haviam fabricado
um computador astronômico. A origem desta tecnologia
está perdida no tempo, mas é bem provável que muitos
escritos, documentos e registros sobre estas descobertas,
assim como sua origem, tenham sido destruídos ao longo da
história pelo "Santo Ofício", mais conhecido pelo nome de
Inquisição. Mas, mesmo assim, temos de admitir que, em
tempos antigos, aqueles que se perdem na lembrança da
humanidade, houve um conhecimento apenas equiparado
com o atual, e talvez até superior, cuja origem permanece
desconhecida ou associada apenas aos deuses.
Outro grande mistério resulta do fato de que os egípcios
cavaram seus túmulos, assim como construíram as
pirâmides, iluminando seu cenário de trabalho
provavelmente apenas com tochas; porém, é difícil acreditar
nesta hipótese por várias razões: uma é o fato de não se ter
achado marcas de fuligem nos tetos dos túmulos, profundos
ou não; a segunda é que os locais eram fundos demais, o que
provocaria uma queda do oxigênio pelo fogo. Além disso, as
pinturas encontradas nestes lugares gozam de cores
maravilhosamente combinadas e de perfeição incrível, o que
dificilmente se conseguiria por meio de deficiente
iluminação. Por outro lado, a utilização de espelhos para
levar a luz solar ao interior dos locais está completamente
descartada, já que existe uma perda pelo distanciamento,
além do que não se conheciam espelhos como os atuais, pois
os da época não apresentavam superfície suficientemente
refletiva.
Alguns relatos têm apontado para a possibilidade de que,
naquela época, os egípcios já conhecessem a eletricidade. E
isto não é impossível, pois recentes descobertas na
Mesopotâmia demonstraram que, por volta do século V a.C.,
já se conhecia a galvanoplastia, isto é, o banho de estátuas de
prata com ouro por meio de eletrólise. Isso corresponde às
estátuas achadas, assim como ao famoso recipiente
encontrado nas escavações das colinas de Radua, no Irã, pelo
arqueólogo Wilhelm Konig, em 1938. O recipiente em
questão foi feito de argila clara, com a forma de um jarro; em
seu interior encontrava-se um cilindro de cobre de 26 mm
de diâmetro e 19 cm de altura e dentro dele havia uma
vareta de ferro apresentando os restos de um antigo
revestimento de chumbo, e sua antigüidade foi marcada
próxima do ano 227 a.C. Segundo apontam os
investigadores, o objeto reúne as características de uma
bateria elétrica quando acrescentado em seu interior vinho
ou algum suco cítrico, provocando de imediato uma carga
elétrica pela reação eletrolítica com os metais. Além do
mais, outros objetos similares foram também achados em
Tell Olar e Ktesifon, na Turquia, datando do século X a.C.
Aqui, podemos ver que, mais de 200 anos a.C., a eletricidade
já era conhecida, mas foi somente por volta do século XVIII
que Alessandro Volta e Luigi Galvani empregaram a
eletricidade pela primeira vez desde aquela época. O
conhecimento da eletricidade em tempos remotos tem
tomado força na explicação de certos fatos, inclusive
resultando na única possível resposta para antigos relatos,
como para a realização de trabalhos artísticos, como os
encontrados no Egito.
Atualmente, no Egito, o túmulo de Ramsés VI é um dos
mais visitados pelo seu estado de conservação, pela sua
beleza e proximidade com o túmulo de Tutankamon, isto
sem considerar as famosas e eternas pirâmides de Gizé.
Grandes monumentos apresentam a implementação de
conhecimentos tecnológicos construtivos como ninguém
jamais poderia imaginar, assim como a arte de escavar túneis
e túmulos na rocha em profundidades realmente
impressionantes.
Porém, a beleza presente na terra do Nilo parece ter surgido
de um período bastante remoto. Segundo o historiador
Manetón, bem antes de ter surgido a primeira dinastia e seu
respectivo faraó, Menes, existiu um período de dominação e
reinado divino que durou quase 13 mil anos, seguindo o
período de 11 mil anos regido pelos semideuses. O faraó
Menes teria herdado o conhecimento e crenças dos tempos
antigos, quando o deus Osíris veio dos céus contraindo
matrimônio com a sua irmã, a deusa Isis, e dando à luz o
deus Horus. Este último deus se misturou com o povo,
vindo a ter descendência, razão pela qual os egípcios
acreditam serem descendentes dos deuses. Fazendo um
pequeno paralelo, temos que os gregos tiveram também o
deus Cronos, e os romanos, Saturno, filho de Urano, os quais
também se misturaram com os humanos.
De qualquer forma, desde a primeira dinastia os egípcios
passaram a representar objetos voadores que transportavam
os seus deuses, fosse por meio de barcas com asas e depois
discos solares também com asas ou, mais tarde, a partir da
quinta dinastia, pelo símbolo do deus falcão Hórus.
A evolução da barca ao disco solar nos remete à
possibilidade de ser a representação de objetos espaciais,
possibilidade esta que não deveria ser descartada. A presença
deste tipo de representação é uma constante em todos os
túmulos.
Na maior parte dos túmulos foram encontrados textos de
livros sagrados, em forma de papiros abertos, pelos tetos e
paredes. E é precisamente no túmulo de Ramsés VI que o
número de textos é maior. Escritos e cenas do Livro das
Portas, do Livro das Cavernas (uma variante do Livro de
Amduat), capítulos do Livro dos Mortos, do Livro da Vaca
Celeste e do Livro do Dia e da Noite podem ser encontrados
no interior dos corredores, no salão principal e na sala do
sarcófago. É óbvio que as inscrições não foram realizadas
especificamente para que os turistas do futuro as
apreciassem, mas resultam, em sua maioria, em maldições
para os violadores de túmulos e conselhos para ajudar os
mortos. Os hieróglifos explicam que as almas dos defuntos
viajavam ao distante país de Amenti, situado ao oeste, de
onde vieram os deuses ou os primeiros viajantes e onde
ressuscitariam quando chegasse o momento. Mas, dentro de
todo esse Universo impressionante de desenhos e ilustrações
dos textos antigos, dois símbolos em particular, os deno-
minados Tit e Djed, continuam sendo curioso e interessante
enigma.
Ninguém sabe até hoje o que representam o signo Tit e a
coluna Djed, assim como também ninguém se atreve
oficialmente a pronunciar-se a respeito. A forma da coluna
Djed lembra bem os isolantes de vidro dos postes de
iluminação que sustentam cabos de alta tensão, e se
juntarmos o signo Tit, teremos exatamente o efeito que sofre
um processo de iluminação.
Numa sala subterrânea do templo de Dendera, próximo ao
delta do Nilo, existem vários desenhos em baixo-relevo, que
parecem representar, com todo o luxo de detalhes, lâmpadas
ou ampolas de vidro com filamentos internos para
iluminação. Em algumas das galerias subterrâneas podemos
observar perfeitamente esses desenhos mostrando ampolas
enormes com filamentos internos, ao modo de lâmpadas,
seguradas pelas colunas Djed e atuando como isolante ou
fornecedor de energia. No desenho, aparece uma fonte de
energia unida à lâmpada, deixando claramente aparecer os
filamentos internos, em que o signo Tit parece agir como
espécie de lanterna, sendo portada por estranhos
personagens.
Todos estes desenhos sugerem a possibilidade de que os
antigos egípcios tivessem conhecido não somente a
eletricidade, mas também a fabricação de lâmpadas muito
antes de Thomas Edison as ter inventado, em 1878. Além
do mais, explicaria também como puderam realizar as
construções de pirâmides, galerias e pinturas, sem ter
deixado marcas de fuligem ou de qualquer imperfeição.
O fato de que os egípcios conheciam a eletricidade encontra
sustentação nos relatos do famoso Farol de Alexandria,
extraordinária torre levantada no porto da cidade de
Alexandria, em cujo topo se encontrava uma luz que
brilhava continuamente orientando as embarcações que até
ali aportavam. Mesmo com tempo bom ou ruim, chovendo
ou não, a luz do farol guiava o caminho dos navios com uma
luz forte e diferente de qualquer tocha, é o que narra o sábio
grego Heródoto.
Outro achado, que confirma também a utilização da
eletricidade por parte dos egípcios, ocorreu por volta da
metade do século XIX, quando o pesquisador Augusto
Mariette encontrou nas redondezas de Gizé algumas peças
cobertas por uma fina capa de ouro. Esse tipo de tratamento
de chapado somente é possível com a utilização de banhos
de ouro por eletrólise. Porém, no Egito não foram achados
até o momento os aparelhos que serviram para esse tipo de
trabalho, embora na Mesopotâmia seja diferente.
Segundo relato de Santo Agostinho, existiu uma lâmpada
que não podia ser apagada nem pelo vento nem pela chuva
no Egito, e outra em Antioquia, que se manteve acesa por
mais de quinhentos anos. De acordo com os relatos de
alguns historiadores romanos, o templo de Numa Pompílio,
em Roma, ostentava no topo de sua cúpula uma luz mágica,
que permanecia acesa constantemente. Na famosa Via
Appia, em Roma, foi descoberto um túmulo no qual se
encontrava enterrada uma mulher, cujo cadáver foi
conservado em perfeitas condições. De acordo com alguns
detalhes, este túmulo se encontrava iluminado por uma luz
vermelha, que ali permaneceu durante muitos séculos. O
jesuíta Kircher recolheu na sua obra Édipo Egipcíaco, de
1.562, pedaços de um antigo documento indiano primitivo,
o qual dava detalhes sobre a construção de uma bateria
elétrica. O texto diz: "...Colocar uma lâmina de cobre bem
limpa, numa vasilha de barro; cobri-la com sulfato de cobre
e em seguida cobri-lo todo com serragem úmida, para evitar
a polarização. Depois colocar uma capa de mercúrio
amalgamado com zinco por cima da serragem úmida. O
contato produzirá uma energia conhecida pelo duplo nome
de Mitra-Varuna. A água será decomposta pela ação desta
corrente em Pranavayu e Udanavayu. Diz-se que uma cadeia
de cem vasilhas deste tipo proporciona uma força muito
ativa e eficaz". O que está relatado no texto indiano é a
perfeita descrição de uma bateria elétrica com seu respectivo
ânodo e cátodo, na qual a água é decomposta em seus
elementos oxigênio e hidrogênio.
Toda essa tecnologia parece ter sido esquecida por completo
pelo mundo logo depois do nascimento de Cristo. Embora
no século IV a.C. o sábio Aristarco de Samos já tivesse
calculado a circunferência da Terra e confirmado que ela era
redonda, encontramos o absurdo de que, quando Colombo
saiu para descobrir a América em 1.492, a Terra era
considerada plana por todos na época. Além do mais,
incontáveis relatos apresentam evidências de que, no
passado, uma tecnologia extraordinária, tanto construtiva
como destrutiva, existiu em nosso mundo. Para ilustrar
melhor esta afirmação, podemos nos reportar a um frag-
mento do relato contido no Vanaparvan, um épico indiano
escrito por volta do século II a.C., que, numa passagem, diz:
"Arjuna ascendeu ao céu para obter dos seres celestiais
armas divinas e aprender seu uso...".
Como é possível que um lendário príncipe, de cultura
remotamente antiga, tivesse a facilidade de subir aos céus e
ainda adquirir armas para combater seus inimigos? Que
tecnologia existia nessa época que permitia tal feito e que
armas são essas?
A narrativa deste curioso texto não acaba aqui. No capítulo
102 do Vanaparvan, podemos ler:
"Quando Arjuna retornou do céu com seu indestrutível
veículo, descobriu uma maravilhosa cidade entre as
estrelas... A cidade aparecia radiante girando entre as
estrelas, cheia de estruturas e com seus acessos fortemente
vigiados...".
Num outro trecho o texto diz: "...Quando Arjuna foi
informado sobre a origem da cidade giratória chamada
Hiranyapura (que significa Cidade Dourada), soube que,
pouco a pouco, os asuras se haviam apropriado dela,
deixando os deuses de lado...".
Para uma visão moderna, este relato descreve claramente a
viagem ao espaço de um ser chamado Arjuna, que se
defronta com uma estação espacial orbitando provavelmente
a Terra. Mas são apenas contos, frutos da imaginação, ou
fatos reais testemunhados há milhares de anos e que, pela
ignorância dos que vieram depois, foram tidos por mitos e
lendas?
Seja qual for a resposta final, teremos de aguardar até que
novas descobertas venham a esclarecer o mundo moderno.
Porém, resulta surpreendente observar que os relatos antigos
descrevem com extraordinária semelhança tecnologias que
neste momento preenchem as necessidades da nossa Era.
Como pode ser possível que homens de milhares de anos
atrás, cuja ignorância deveria ser enorme em relação à atual,
foram capazes de construir cidades que resistiram ao tempo,
a terremotos, a conquistas e guerras. Civilizações que
impressionaram o tempo a ponto de legar ao futuro seu
conhecimento, de fazer basear o mundo moderno nas
estruturas do passado. Resulta, pois, incrível que, com todo
o conhecimento atual, passemos a descobrir que não
estamos inventando nada novo, pois os deuses do passado já
haviam ensinado tudo isso e mais ao homem primitivo.
Tanto que o presente se faz em função dos mestres do
tempo, dos deuses vindos do céu e das estrelas.

Enigmas do Passado

Em apenas doze meses, a Suécia registrou a aparição de mais
de mil observações de objetos voadores não-identificados. O
total, embora surpreendente, não é tanto quanto o ano em
que isso ocorreu, 1.946.
Esta incrível seqüência de observações poderia ser associada
a uma paranóia de guerra, dado que a Segunda Guerra
Mundial acabara havia pouco. Porém, os relatos a respeito
destes avistamentos noturnos reportavam, segundo as
descrições, as formas de estranhos charutos de cor
amarelada ou alaranjada. Entre os dias 9 e 30 de julho desse
ano, as Forças Armadas da Suécia receberam mais de 600
relatos de luzes coloridas que se deslocavam com uma
velocidade incrível pelos céus durante a noite.
Esses objetos causaram muitos problemas para as autoridades
suecas, assim como norte-americanas, pois temiam tratar-se
de uma nova arma desenvolvida por algum potencial
inimigo. Neste caso, a preocupação dirigia-se principalmente
aos cientistas alemães capturados pelos soviéticos, já que,
durante a última grande guerra, os famosos mísseis VI e V2
teledirigidos haviam destruído grande parte da Inglaterra,
sendo possível que estes objetos avistados fossem novos
artefatos teledirigidos em teste pelos soviéticos.
Porém, nem tudo o que se moveu no céu durante o período
da Segunda Guerra foram bombas, aviões ou balões. Durante
o mês de novembro de 1944, uma esquadrilha de combate,
sobrevoando Rhin em direção a Estrasburgo, observou
durante a noite um enorme grupo de objetos realizando
manobras impossíveis de acompanhar. E isso tem sido uma
constante até os dias de hoje.
Embora a ciência moderna não tenha assumido posição
definitiva e oficial a respeito do assunto "discos voadores",
mesmo contando com farta documentação escrita,
fotográfica e cinegráfica, a evidência desta presença se
mostra antiga e impressionante. E isto é patente, já que o
volume de relatos vem sendo recompilado desde longa data.
Neste sentido temos o trabalho realizado por um dos
pioneiros na investigação deste fenômeno, o famoso escritor
Sr. Charles Hoy Fort, que defendeu arduamente a
necessidade de reunir maior número de informações para
compreender o que estava ocorrendo, referindo um grande
número de ocorrências em sua obra O Livro dos
Condenados, publicada pela primeira vez em 1.919.
O período de 1.896 a 1.897 resulta num dos mais agitados
em relação ao tema discos voadores, pois corresponde a uma
grande atividade de observações no território norte-
americano. De forma similar ao evento ocorrido na Suécia,
os Estados Unidos viveram total paranóia de observação de
charutos voadores percorrendo todo o território nacional. O
evento chegou a tal nível que testemunhas acreditavam
tratar-se de objetos construídos pelo homem, já que
projetavam feixes de luz contra o solo. A própria imprensa
local dedicou enormes manchetes ao tema, considerando a
possibilidade de serem espaçonaves extraterrestres.
Um dos casos mais interessantes do período foi o do
fazendeiro Sr. Alexander Hamilton, do Kansas, que
presenciou algo extraordinário. Por volta das 22:30 horas do
dia 19 de abril de 1897, o Sr. Hamilton foi acordado por
enorme barulho vindo do curral. Levantou-se da sua cama e
foi dar uma olhada lá fora, levando um tremendo e não
incompreensível susto. Na frente de sua casa e sobre o
curral, a mais ou menos 200 metros dele, aproximadamente,
encontrava-se um enorme objeto que descia vagarosamente
sobre seus animais. Impressionado, chamou aos brados seu
filho e um empregado, e os três saíram rapidamente em
direção ao curral, armados de machados e escopetas. Neste
instante, o curioso objeto flutuava estático a escassos 10
metros do solo, aparentando possuir entre 80 e 90 metros de
comprimento, com a perfeita forma de um charuto. De
acordo com o depoimento do Sr. Hamilton, no objeto
viajava uma média de doze seres, que dirigiram um raio de
luz na sua direção. Perplexo, observou que o objeto iniciou a
sua subida, detendo-se a uns 90 metros do solo. Somente
neste momento o Sr. Hamilton percebeu que uma de suas
vacas estava sendo levantada em direção ao objeto, não
tendo quaisquer meios para deter os seres. Concluído o
rapto do animal, o objeto elevou-se, fugindo em grande
velocidade para o céu, até se perder de vista.
Inconformado com o roubo e sem que ninguém acreditasse
no seu relato, o Sr. Hamilton saiu de manhã bem cedo para
procurar o animal raptado. Porém, foi o seu vizinho quem
encontrou os restos: somente a cabeça, as patas e o couro do
animal.
Numa entrevista do Sr. Hamilton para o jornal Colony Free
Press do Kansas, ele declarou: "Não sei se são anjos ou
demônios. Apenas sei que todos vimos claramente o objeto
e seus ocupantes, e não quero nada com eles". Diante do
ocorrido, o jornal procurou explicar o evento, publicando o
seguinte: "...Consideramos que não se trata de uma aeronave
deste mundo. Acreditamos que ela se encontra sob controle
de cientistas marcianos, os quais provavelmente estavam
divertindo-se à nossa custa ou encontravam-se em algum
tipo de missão com fins científicos".
O mais interessante do ocorrido é que já no século XIX
atribuía-se a responsabilidade destes eventos aos marcianos,
e isso tinha a sua razão. Nesse mesmo ano, o famoso escritor
inglês H. G. Wells publicava a novela A Guerra dos Mundos,
cuja trama oferecia uma fictícia invasão da Terra por seres de
Marte.
Um outro caso, também interessante, ocorreu na tarde do
dia 17 de novembro de 1896, na cidade de Sacramento, na
Califórnia. Nesse dia, enquanto o maquinista de bonde Sr.
Charles Lusk descansava na varanda de sua casa, observou
uma luz brilhante que se deslocava do horizonte, a mais ou
menos 300 metros de sua posição, deixando ver claramente
uma espécie de rastro ou cauda atrás de si. Uma outra pessoa
não somente afirmou ter visto o mesmo objeto, mas
também o descreveu como sendo um cilindro brilhante,
tendo percebido a presença de dois ocupantes em seu
interior.
Durante esse período, toda a cidade de São Francisco pôde
observar, durante várias semanas à noite, a presença de um
estranho objeto voador iluminando o céu, motivando
inúmeras reportagens nos jornais locais. No dia 24 de
novembro, as denúncias de observações provinham da
cidade de Washington. No dia seguinte, os relatos chegavam
de Oakland e Los Angeles.
Porém, a presença destes objetos e seus respectivos
tripulantes era mais antiga, havendo convulsionado o
mundo não somente nesse período. Em agosto de 1883, o
famoso astrônomo mexicano José Bonilla teve a grande sorte
de presenciar um festival de objetos do Observatório de
Zacatecas, onde se dedicava a fotografar as manchas solares.
Durante quase duas horas chegou a contar até 283 objetos
luminosos deslocando-se na direção leste para oeste. As
fotografias obtidas pelo astrônomo (provavelmente as
primeiras em toda a história da ufologia) não foram
suficientes para poder identificar tais objetos.
Todo este material fotográfico foi analisado pelo astrônomo
francês Camille Flammarion, que sugeriu, sem muita
credibilidade, que poderia se tratar de fotos de insetos, o que
acabou por desencorajar qualquer atitude do Sr. Bonilla.
No dia 14 de novembro de 1868, o jornal El Constituyente,
de Copiapó, cidade ao norte de Santiago do Chile, publicou
um curioso artigo, reportando que mais de cem objetos
voadores passaram sobre a cidade, em perfeita formação,
cruzando toda a região e oferecendo um espetáculo
surpreendente, com alguns destes objetos realizando vôos
extremamente baixos, a pouco mais de 200 metros de onde
se encontravam os observadores.
Os cientistas da época interpretaram este fenômeno como
sendo um efeito provocado por uma chuva de meteoros em
combinação com outras alterações atmosféricas.
Cabe destacar que, nessa época, fazia apenas 5 anos que
Charles Darwin escandalizara o mundo com o lançamento
de sua teoria sobre a seleção natural das espécies. O
pensamento científico de então, que afirmara anos antes que
o organismo humano jamais suportaria velocidades
superiores a 20 km/h quando da descoberta do vapor,
restringia-se apenas a um antropocentrismo absurdo e a um
dogmatismo religioso exacerbado.
Mas o século XIX havia-se iniciado com uma grande e
impressionante observação em Baton Rouge, capital do
Estado da Louisiana, nos Estados Unidos, durante a noite de
5 de abril de 1.800. Naquela oportunidade, um enorme
objeto luminoso, grande como uma casa, passou a pouco
menos de 200 metros do solo diante de grande número de
testemunhas, para logo dirigir-se rumo a noroeste. Tão
intensa foi a sua luminosidade que os observadores
perceberam claramente um aumento na temperatura local.
Num século anterior, o astrônomo inglês Edmund Halley
recebeu dados sobre a observação de um estranho objeto,
obtidos por um renomado matemático italiano em março de
1.676. De acordo com o relato, o objeto era aparentemente
de tamanho superior ao de nossa Lua, que cruzou toda a
península italiana a uma altitude próxima dos 60 mil metros,
produzindo uma espécie de assobio acompanhado de um
som similar ao produzido pelas rodas de uma charrete
trafegando por solo pedregoso. Segundo o relato do
matemático italiano, a velocidade do objeto deveria ser
próxima a 15.360 km/h. Para o astrônomo inglês, jamais se
havia visto fenômeno igual.
Um ano depois de sua investigação, por volta de 1.716, o Sr.
Halley observou as evoluções de um objeto cujo brilho lhe
permitia ler um texto escrito durante a noite. Segundo suas
próprias declarações, o brilho reavivou-se duas horas depois
de sua aparição, assemelhando-se ao efeito produzido ao
colocar mais combustível numa fogueira.
De igual forma, muitos testemunharam na cidade de
Nuremberg, Baviera, entre os meses de abril de 1561 e
setembro de 1571, o movimento de um enorme grupo de
esferas e discos vermelhos, azuis e pretos, próximos do
horizonte, exatamente no momento do amanhecer. E este
evento foi perfeitamente documentado na época pelo jornal
A Gaceta de Nuremberg. O mesmo ocorreu posteriormente
na cidade de Basiléia, na Suíça, no dia 7 de agosto de 1566,
ante um enorme grupo de testemunhas. Nessa mesma
cidade, no dia 29 de setembro de 1571, o jornal Neue
Zeitung registrou a aparição no céu de uma enorme esfera
preta, que permaneceu visível para quem quisesse ver
durante todo o dia, chegando a cobrir o Sol por completo.
Inclusive, o próprio Cristóvão Colombo teve a oportunidade
de participar de uma incrível e fantástica experiência quando
se encontrava a pouco de descobrir o continente americano.
Naquele dia, 11 de outubro de 1492, às 22:00 horas,
Colombo encontrava-se na ponte da caravela Santa Maria,
quando acreditou ver no horizonte uma luz deslocando-se
rapidamente a grande distância. O vigia de turno confirmou
a observação do objeto, que voltou a aparecer várias vezes,
para desconcerto geral dos navegantes.
Em tempos ainda mais antigos, especificamente por volta do
século IX, existe a documentação de um caso realmente
incrível ocorrido em Lyon, na França. Nessa oportunidade,
seres extraterrestres teriam levado consigo um grupo de
seres humanos para que conhecessem sua civilização, sendo
que, logo depois, foram devolvidos ao seu lugar de origem.
Porém, a população local, aterrorizada pelo evento, tomou-
os por bruxos, submetendo-os a toda sorte de torturas,
executando-os na fogueira pouco depois, provocando a
morte de alguns deles.
Segundo o texto original, obtido pelo investigador Brinsley
Le Poer Trench, no trabalho The Flying Saucer Story, diz o
seguinte: "... Isto ocorreu em Lyon. A gente viu descer de
uma aeronave três homens e uma mulher. Toda a cidade se
reuniu em volta deles, acusando-os de serem bruxos
enviados pelo duque Grimaldo de Benevento, inimigo de
Carlomagno, para destruir as colheitas dos francos. Ninguém
os ouviu quando tentaram explicar que eram compatriotas,
levados por homens milagrosos para visitar grandes
maravilhas, cujos detalhes deviam importar aos seres
humanos".
Segundo o relato, para sorte destes infelizes, a chegada do
bispo Agobardo conseguiu salvar alguns da fogueira, pois
este escutou os argumentos de uns e outros, determinando
que os torturados não eram bruxos caídos do céu,
ordenando que os libertassem.
Quanto mais recuamos no tempo, mais interessantes são os
relatos, pois mais parecem associados com a parafernália
tecnológica de que hoje dispomos. Tal é o caso dos velhos
textos antigos, escritos em sânscrito, que relatam sobre as
divindades guerreiras que sulcavam os céus em suas
carruagens voadoras, chamadas vimanas, que portavam
armas aterradoras e poderosas.
Num trecho do texto sagrado Drona Parva, escrito em
sânscrito e traduzido em 1889, temos o seguinte relato:
"...Saiu disparado um projétil brilhante, possuído do brilho
de um fogo sem fumaça, e os exércitos inimigos ficaram
rodeados por um denso nevoeiro. Por todas as partes se fez a
escuridão. Sopravam ventos terríveis e as nuvens se
levantavam, vermelhas como sangue: os mesmos elementos
mostravam a sua confusão. Giravam o Sol e o mundo
calcinados pelo calor daquela arma; parecia a tomada de uma
febre. Os elefantes fugiam apavorados, buscando refúgio. As
criaturas aquáticas abrasavam-se, e o inimigo caía como
árvores derrubadas por um terrível incêndio... Cavalos e
carros, destruídos pela energia daquela arma, semelhavam a
troncos consumidos pelo fogo de um bosque. Por todas as
partes se derrubavam carros e militares. E então, a escuridão
abateu-se sobre o exército..."
Os manuscritos antigos, pois, mencionam claramente
diversos tipos de armas e tecnologias, como a famosa "Saeta
de Indra", no Vanaparvan, acionada por um mecanismo de
reflexão circular, que, por sua vez, era acionado e desligado
como um refletor, emitindo um raio luminoso cuja energia
consumia em poucos segundos qualquer alvo.
Analisando estes relatos sob a ótica dos dias atuais, seria fácil
interpretar as descrições como uma bomba atômica e um
aparelho de raios laser. Porém, estes relatos e descrições têm
milhares de anos, e foram realizados numa época
considerada primitiva e ignorante.
Num outro texto sânscrito, apresentado por W. Raymond
Drake no seu livro Gods and Spacemen in the Ancient East,
encontramos o seguinte relato: "... a arte de fabricar
aeronaves cômodas para o viajante, como força unificadora
do Universo que contribuirá para o bem-estar dos
humanos". Num outro trecho do mesmo manuscrito
encontramos a definição do "vimana" como sendo "o que se
desloca por si mesmo como as aves, por terra, mar e ar".
"Vimana" é o veículo capaz de viajar entre lugares, terras e
mundos.
A versão inglesa deste texto, realizada por Maharishi
Bharadwaja, foi publicada pela Academia Internacional de
Estudos de Sânscrito de Mysore, na índia, e leva o
surpreendente título de Aeronáutica: um manuscrito pré-
histórico.
Se estes textos, cuja antigüidade remonta há vários milhares
de anos no tempo, fazem clara referência a uma incrível
tecnologia utilizada pelos deuses, apenas comparável à que
conhecemos hoje em dia, resulta bem provável que em
outros textos religiosos seja possível identificar eventos
também voltados à atividade extraterrestre no passado.
Os diversos enfoques de pesquisa têm levado alguns
investigadores a considerar a própria Bíblia como um
documento de grande conteúdo fenomenológico. Neste
caso, alguns especialistas consideram que a estrela de Belém
poderia ter sido perfeitamente uma observação ufológica. E
isto pode ser considerado, pois os famosos Magos, segundo
as narrativas do Novo Testamento, seguiram a trajetória da
estrela até sua parada sobre o local em que se encontrava o
menino Jesus recém-nascido. É fato que nenhum corpo
celeste poderia ter realizado semelhante feito, cabendo
apenas a um objeto voador tal condição. Um grande
pesquisador de fenômenos extraterrestres em textos
bíblicos, o pastor presbiteriano de Endwell, em Nova York,
Sr. Barry L. Downing, opina que muitos milagres ou eventos
de origem sobrenatural referidos na Bíblia poderiam ser
interpretados como manifestações extraterrestres. Em vez
de ser obras de espíritos ou mensageiros divinos, os anjos
poderiam perfeitamente ser possíveis visitantes espaciais. E
o Deus, que dialoga com o homem e se mostra na imagem
de um anjo referido nas escrituras, também poderia ser
considerado um possível ser extraterrestre desejoso de
orientar os humanos em momentos críticos.
Examinando o livro do Êxodo, Downing assinala que,
quando os judeus saíram do Egito, o "Senhor" ia diante deles
"de dia como uma nuvem" e "de noite como uma coluna de
fogo para iluminar o seu caminho"; e que assim poderiam
prosseguir ininterruptamente. De acordo com Downing,
aquela coluna de fogo referida no texto deveria ser per-
feitamente algum tipo de objeto voador, razão pela qual
recebeu várias denominações. Além do mais, considera que
Moisés esteve na verdade em contato com extraterrestres e
que foi deles que recebeu as Tábuas da Lei ou Decálogo, já
que o texto claramente afirma: "... A glória do Senhor
pousou sobre a montanha e a nuvem a cobriu durante seis
dias. Ao sétimo dia chamou o Senhor a Moisés do meio da
nuvem. A glória do Senhor aparecia à vista dos filhos de
Israel como um fogo devorador sobre o cimo da montanha.
Moisés penetrou na nuvem...". Destes versículos Downing
conclui que as descrições apontam claramente para acreditar
que Moisés subiu a bordo de uma espaçonave alienígena e
ali recebeu as Leis que ordenariam o comportamento de um
povo e, mais tarde, o mundo cristão e judeu.
O fato é que tanto judeus como cristãos prefeririam ter uma
visão mais ortodoxa ou sobrenatural destes eventos
religiosos. Porém, a quantidade de relatos contidos na Bíblia
é verdadeiramente surpreendente. Tal é o caso da incrível
experiência do profeta Ezequiel, um sacerdote que naquela
época deveria contar com uns 30 anos de idade (ano 563
a.C.). O relato do texto bíblico em que Ezequiel narra sua
fantástica visão nos diz: "... No trigésimo ano, no quinto dia
do quarto mês, encontrava-me entre os exilados, junto ao
rio Cobar, eis que os céus se abriram e tive visões de Deus...
Eu olhei: havia um vento tempestuoso que soprava do norte,
uma grande nuvem e um fogo chamejante em torno de uma
grande claridade, e no centro algo que não parecia electro
no meio do fogo. No centro, algo com forma semelhante a
quatro animais, mas cuja aparência fazia lembrar uma forma
humana. Cada qual tinha quatro faces e quatro asas. As suas
pernas eram retas e seus cascos como os de novilho, mas
luzentes, lembrando o brilho do latão polido. Sob as suas
asas havia mãos humanas voltadas para as quatro direções,
como as faces e as asas dos quatro. As asas tocavam-se entre
si; eles não se voltavam ao caminharem; antes, todos
caminhavam para a frente; quanto às suas faces, tinham
forma semelhante à de um homem, mas os quatro
apresentavam face de leão do lado direito e todos os quatro
apresentavam face de touro do lado esquerdo. Ademais,
todos os quatro tinham face de águia. As suas asas abriam-se
para cima. Cada qual tinha duas asas que se tocavam e duas
que cobriam o corpo; todos moviam-se diretamente para a
frente, seguindo a direção em que o espírito os conduzia;
enquanto se moviam, nunca se voltavam para o lado...".
O texto continua comentando que a cada ser lhe
correspondia uma roda resplandecente que lhe
acompanhava em todos os seus movimentos, inclusive ao
elevar-se do chão. Duas características específicas chamaram
a atenção de Ezequiel: pareciam montados um dentro do
outro e ao rodar moviam-se em qualquer direção, sem
necessidade de girar. O profeta facilita muitos detalhes na
sua narrativa, considerada já visionária, como indicando
grande esforço para expressar da melhor forma a sua visão,
empregando uma interpretação e linguagem simples. Porém,
esta descrição narrativa é por demais diferente de todas as
encontradas na Bíblia, pois Ezequiel, embora sacerdote,
utiliza uma minuciosidade assombrosa no seu relato, fugindo
do misticismo clássico. Sem entrar muito na questão de qual
seria o seu conceito de Deus e dos anjos, tem-se a sensação
de que Ezequiel teria contemplado algo totalmente estranho,
fora de sua compreensão e conhecimento, razão pela qual
pontualmente pretende relacionar os componentes e
propriedades que envolveram a visão. Razão mais que
suficiente para que os partidários da presença histórica
extraterrestre encontrasse neste conteúdo a melhor
descrição sobre um remoto encontro histórico entre
humanos e alienígenas.
Erick von Daniken, famoso escritor e pesquisador, é um dos
melhores representantes deste tipo de investigadores. Ele
relata que o engenheiro espacial Josef F. Blumrich,
responsável pelo desenvolvimento de projetos de veículos
aéreos e espaciais para a Nasa, como o famoso foguete
Saturno V que levou Apolo XI até a Lua em 1969, após
minucioso e detalhado estudo do relato da visão do profeta,
reconheceu perfeitamente a descrição de aeronaves
tripuladas, completamente fora da tecnologia da época.
Blumrich, em seu livro The Spaceships of Ezekiel, afirma
que os quatro seres do relato eram provavelmente os
suportes de pouso de uma nave espacial, providos cada um
deles com algum dispositivo capaz de girar em qualquer
direção. Este tipo de roda descrita é hoje perfeitamente
capaz de ser reproduzida tecnicamente e já se encontra
patenteada. Enquanto as quatro asas relatadas provavelmente
se tratavam de hélices ou aspas similares ao rotor de um
helicóptero, cuja forma dá a sensação de que ao girar se
tocam entre si, aparentemente o impulso principal deveria
ser proporcionado por algum tipo de foguete, alojado na
estrutura central.
De toda a sua investigação, Blumrich conclui que a
tecnologia apontada por Ezequiel não somente foge a
qualquer ficção, mas também resulta surpreendente a
proximidade com a que atualmente possuímos. Além do
mais, enfatiza que o objeto relatado deveria ser uma
aeronave de pequeno alcance, dependendo necessariamente
de algum tipo de nave-mãe.
A Bíblia está repleta de grande número de eventos curiosos
relacionados a possíveis encontros extraterrestres, como já
vimos. Porém, o caso de Henoc, filho de Jared, descendente
de Set, pai de Matusalém e bisavó de Noé é um caso à parte.
Segundo o texto do Gênesis, Henoc teve a oportunidade de
andar ao lado de Deus. O curioso é que tanto judeus como
católicos jamais incorporaram os livros escritos por Henoc
nos seus respectivos cânones. E isto é realmente importante
analisar, pois Henoc obteve diretamente de Deus a
revelação, coisa que parece não ter importado a qualquer um
de ambas as religiões. O fato reside em que os relatos de
Henoc, a respeito do conteúdo do diálogo com Deus,
atentam total e completamente contra o que o judaísmo e o
catolicismo pregam, razão mais que suficiente para jamais o
ter considerado de dois mil anos até hoje, embora, no
passado, fosse parte do cânon.
Para finalizar, temos que, é claro, alguns destes relatos
poderiam ser facilmente explicados como fenômenos
atmosféricos de diversos tipos. Porém, muitos deles
existentes jamais poderiam ser atribuídos a este tipo de
justificativa. As descrições dos fenômenos têm sido por
demais detalhadas, a ponto de refletir perfeitamente a
presença de entidades cujo potencial e conhecimento
tecnológico as colocaram nas condição de deuses, vindo a
interferir com o desenvolvimento da nossa humanidade.
Hoje, num momento em que a conquista do espaço tornou-
se algo normal e comum, faz-se necessária profunda reflexão
a respeito de como o passado poderia perceber o futuro e, na
sua ingenuidade e ignorância, podea descrevê-lo. Com esta
mesma humildade, faz-se necessário olhar para as estrelas e
compreender que, muito antes de existirmos, uma
infinidade de mundos já haviam perecido e tornado a surgir.

Os Visitantes Anfíbios

Muitos dos historiadores que não temem o ridículo e se
atreveram a revisar os conhecimentos existentes das culturas
da antigüidade, em busca de pistas com relação à presença
de entidades extraterrestres, não deixaram qualquer região
do planeta sem investigação. E a África, por exemplo, não
foi uma exceção.
Neste continente, a tribo dogon, localizada na África
ocidental, especificamente no planalto de Bandiagar e nos
montes Hombori, na República do Mali, vem cultivando
uma complexa mitologia baseada na crença segundo a qual,
em algum momento do passado remoto da humanidade,
seres anfíbios, chamados por eles de nommo, visitaram a
Terra com a missão de civilizá-la.
Os dogons, tribo formada por uma população beirando os
300 mil membros, rendem culto aos nommo, deuses
criadores da vida que procedem do sistema Sírius. A estrela
de Sírius, a uma distância de 8,5 anos-luz, é a mais brilhante
do céu depois do Sol. De cor branca e magnitude -1,6,
pertencente à constelação do Grande Cão, foi reconhecida
em 1.844 pelo astrônomo alemão Friedrich Wilhelm Bessel.
Nos seus desenhos e ornamentos rituais, os dogons
representam a estrela de Sírius acompanhada por duas outras
invisíveis: uma pequena e extremamente densa e outra que
seria quatro vezes mais leve. Segundo afirmam os dogons, os
nommo provêm de um planeta pertencente ao sistema desta
última estrela.
Somente em 1834, Bessel descobriu a irregularidade nos
movimentos próprios de Sírius, que não evolui em linha
reta, mas promove ondulações. Nesse sentido, durante dez
anos, Bessel ordenou aos seus assistentes manter uma estrita
vigilância sobre o comportamento do astro, promovendo
um levantamento sistemático do seu posicionamento. No
final, conseguiu confirmar a sua suspeita: algum objeto
estaria influenciando a órbita de Sírius. Os astrônomos
chamaram este astro invisível de Sírius B. Somente em 1862
este astro foi avistado pela primeira vez pelo norte-
americano Alvan Clark, quando dirigiu as lentes de 47 cm
de diâmetro do seu telescópio na direção indicada por
Bessel. Porém, apenas em 1926 a superdensidade desta
segunda estrela do sistema Sírius foi descoberta pelo
astrônomo inglês Arthur Stanley Eddington.
O principal promotor da idéia de que os dogons estiveram
em contato com os habitantes da suposta terceira estrela de
Sírius é o escritor e lingüista Sr. Robert K. G. Temple,
membro da Royal Astronomical Society de Londres, que
tem procurado verificar as crenças desta tribo rastreando em
outras regiões mitos similares e comparando os conheci-
mentos astronômicos dos dogons com os progressos da
astronomia moderna. No seu livro The Sirius Mistery,
Temple afirma que a tribo não teve forma de conhecer
detalhes sobre a estrela Sírius B antes da chegada do
antropólogo francês Dr. Mareei Griaule, que começou a
investigar os dogons em 1931. Nessa época, o pesquisador
francês ficou fascinado e confuso ante as informações
coletadas sobre Sírius pela mitologia dogon.
Segundo os relatos do Dr. Griaule, que conseguiu elaborar
um maravilhoso trabalho sobre a intrincada mitologia
dogon, ele conseguiu perceber a fantástica relação existente
entre os deuses e algumas estrelas. Identificou também que a
tribo celebrava festividades repetidamente a cada 50 anos,
conforme a tradição observada até hoje. Segundo o ritual,
em cada nova festa a geração seguinte terá de confeccionar
novas máscaras, as quais, desde séculos, vêm sendo
preservadas cuidadosamente numa espécie de templo-
arquivo na aldeia, como registro vivo do passado.
Em 1946, o Dr. Griaule passou uma nova temporada com os
dogons, desta vez acompanhado pela etnóloga Dra.
Germaine Dieterlen, atualmente secretária-geral da Societé
des Africanistes, no Museu do Homem, em Paris. O
resultado dos quatro anos desta nova pesquisa foi publicado
numa obra sob o título Um Sistema Sudanês da Estrela
Sírius, editada em 1951. Neste trabalho, os Drs. Griaule e
Dieterlen reuniram os conhecimentos dogons sobre o
sistema da estrela Sírius, revelando que a cada 50 anos a
estrela "Digitaria" (Sírius B) completava sua órbita ao redor
de Sírius, ficando, nesse momento, invisível. Desta forma,
os dogons afirmam que "Digitaria" seria a estrela mais
pesada, a que determina a posição de Sírius ao orbitar ao seu
redor. Existe também uma segunda estrela, mais leve,
chamada Emme Ya, ainda não descoberta pela astronomia
moderna. De acordo com as pesquisas de alguns
especialistas, a primeira festividade "Sigui", celebrada pelos
dogons em homenagem a seus deuses nommo, deveria ter
ocorrido por volta do século XV; porém, de acordo com
outros elementos presentes na coleção de recipientes, a data
pode ser próxima do século XII.
A descrição dos nommo, segundo Temple, é
suficientemente clara e objetiva: trata-se de uma raça de
seres anfíbios e sua função consistia em civilizar e dar vida.
Segundo a tradição, em tempos distantes os nommo
chegaram à Terra, trouxeram as plantas, os animais e criaram
um casal de humanos, que gerou oito ancestrais do homem
e tiveram vida longa. Finalizada a missão, os nommo
retornaram para o céu.
Os investigadores que buscaram uma explicação racional
para os surpreendentes conhecimentos dos dogons
assinalaram que, desde 1907, na mesma região houve escolas
francesas em que se ensinava geografia e história natural.
Temple tem rejeitado toda e qualquer hipótese que justifique
a contaminação dos dogons pelo conhecimento moderno.
Está por demais claro que a misteriosa antecipação dos mitos
dogons em relação a Sírius e Sírius B resulta em algo
desconcertante. O professor Peter James, da Universidade
de Londres, opina que não resultaria curioso o fato de que
algumas culturas antigas tivessem introduzido o culto a
Sírius por ser a mais brilhante estrela visível no céu, sendo a
mais destacada dentro do seu grupo de deuses. Durante
muitos anos, a maior visibilidade desta estrela coincidiu com
a subida do Nilo no Egito, revestindo-se de especial
importância cronológica para muitos povos africanos.
Porém, Temple difere desta opinião, marcando os paralelos
existentes entre as lendas gregas e dogons sobre os anfíbios
civilizadores, o que pode ser visto nos mitos gregos que
contam da existência de seres com corpo de peixe, morando
nas profundezas oceânicas.
Seja como for, resulta difícil contestar o que uma tribo
perdida entre as montanhas da África teve a mostrar para o
mundo moderno. Conhecimentos astronômicos que
somente foram comprovados vários séculos depois e que, na
época, eram desconhecidos do homem moderno pela falta
de recursos tecnológicos. Como é possível existir uma visão
do Universo mais completa e exata sem se ter para tal,
recursos técnicos nem ferramentas para a obtenção de
semelhantes conhecimentos?
A história da humanidade está repleta de objetos e
conhecimentos fora de sua época, todos eles entregues pelos
deuses, entidades que vieram das estrelas buscando
colaborar com o homem, para civilizá-lo.

Extraterrestres no Oriente

No final do dia 24 de agosto de 1980, Hsing Sheng e Bi Jiang
saíram de Pequim com suas bicicletas e mochilas para
realizar mais uma excursão na região das montanhas
Changping e aguardar o nascer do Sol do dia seguinte.
Porém, aquele novo amanhecer resultaria o mais especial de
suas vidas. Por cima da montanha, ambos avistaram uma
branca e deslumbrante luz, por volta das 4:08 horas, que
sobrevoava as proximidades da grande muralha. Ambos os
estudantes sabiam perfeitamente que não podia ser o Sol,
pois, além de ser um objeto, ele se deslocava vagarosamente
sobre a montanha.
Hsing Sheng e Bi Jiang procuraram aproximar-se o máximo
possível do objeto luminoso subindo a montanha. Mais
tarde, ambos descreveram a observação como sendo a de
um objeto que parecia formar um "T" invertido, com três
pontos luminosos em sua estrutura, assemelhando-se a três
estrelas unidas por um núcleo escuro. Ao redor desse centro
escuro podia-se perceber um anel de luz, e o centro parecia
girar. O objeto encontrava-se pairando vagarosamente no
céu ainda escuro, não tendo apresentado qualquer som
durante a sua passagem.
Hsing Sheng e seu companheiro de estudos observaram o
objeto durante quase meia hora, e como o primeiro levava
sua câmera fotográfica aproveitou a oportunidade para
realizar algumas fotos. Durante todo esse tempo o objeto
permaneceu por cima de uma das encostas da montanha,
para logo depois subir a uma enorme velocidade e
desaparecer no espaço. Essa observação foi divulgada por
quase toda a República Popular da China, ocupando-se disso
grande número de jornais, já que Hsing Sheng havia enviado
o fume fotográfico para a redação do Jornal Pequinês da
Tarde, que revelou os negativos e publicou as fotos que
impressionaram pelo seu resultado. O jornal considerou que
se tratava das primeiras e únicas fotografias de objetos
estranhos aéreos realizadas na China, publicando tal
conclusão. Logo depois teve de se retratar, ao constatar que
grande número de leitores havia encaminhado para a
redação um farto material fotográfico com o registro de
estranhos objetos aéreos, e, em muitos casos, a antigüidade
de algumas fotografias remontava a décadas.
Dentre estas fotos antigas, existe uma, realizada em 1942,
em que aparece uma rua comercial pertencente ao porto de
Tientsing, em que se pode distinguir claramente no céu um
pequeno objeto em forma lenticular, dotado de uma cúpula.
Durante toda essa polêmica, publicou-se também em outros
jornais chineses a foto de dois estranhos objetos voadores,
obtida em 1973 na cidade de Taiwan. Esta foto foi realizada
quando dois estranhos objetos executavam arrojadas
manobras no céu da cidade, ante um público curioso e
assustado.
Mais tarde, passou pela redação do Jornal Pequinês da Tarde
um comerciante japonês, que apresentou algumas fotos
realizadas por ele em 1981 em regiões próximas a Pequim e
Shangai.
Todos esses eventos encontram-se hoje pesquisados e
coletados por um organizado grupo de investigadores
chineses, que têm colocado o mundo moderno em contato
com todas essas observações por meio do Journal of UFO-
Research, uma publicação chinesa bimensal com tiragem de
mais de 300.000 exemplares, em que se encontram
registradas as mais atuais observações de fenômenos aéreos
da China e de outros países, reunindo um incrível e
interessante histórico de relatos.
Segundo pôde ser investigado, a aparição desses estranhos
objetos não ocorre por acaso. Já no histórico do Império
Chinês e em épocas ainda mais idas, quase lendárias, da
China antiga e primitiva surgem as referências de visões
desses objetos. Como o caso ocorrido durante o ano 24 do
reinado do imperador Chao Wang, da dinastia Cheu, em que
encontramos a descrição do seguinte fenômeno: "... No dia
8 da 4a Lua, apareceu uma luz pelo lado sudoeste que
iluminou o palácio do rei. O monarca, surpreendido pelo
fulgor, interrogou os sábios a respeito. Eles lhe mostraram
livros que indicavam que esses prodígios significavam a
aparição do grande sábio do ocidente, cuja religião haveria
de ser introduzida no país".
Mitos e lendas similares ao relato anterior podem ser
encontradas no território de Yueh, onde está a grande
cordilheira Kuen-Lun. Ali circulam inúmeras lendas que
descrevem misteriosos objetos denominados "sinos
voadores". E, segundo a população local, esses enigmáticos
objetos voadores apresentam a peculiaridade de aparecer e
desaparecer misteriosamente, conforme narram as histórias
mais antigas. Para completar, temos o caso do professor de
literatura chinesa Sr. Ke Yang, da Universidade Lanzhou,
que encontrou evidências de que houve visões aéreas anor-
mais registradas em textos clássicos chineses. Um deles faz
menção a um dia de janeiro do ano 2 (314 da nossa Era), sob
o reinado do imperador Jianxing, quando o Sol se precipitou
em terra e outros três sóis surgiram juntos por cima do
horizonte. Outro dia, o Sol desceu rapidamente até o solo e
outros três sóis voaram, um junto ao outro, depois de
haverem-se elevado em direção oeste, dirigindo-se depois
até o leste.
Estranhos objetos foram observados em território chinês em
inúmeras oportunidades; porém, a percepção de
semelhantes acontecimentos somente veio com o tempo e a
modernidade.
Em 1.928, o arqueólogo alemão Richard Henning escreveu a
respeito o seguinte: "... O fato de que, nas religiões e contos
de todos os tempos e povos; os deuses, anjos, mágicos e
bruxos podiam voar é um tema à parte". E claro que naquele
tempo a aeronáutica encontrava-se ainda no seus primeiros
passos, porém, resultaria realmente difícil para qualquer
cientista admitir que muitos dos mitos ou lendas pudessem
ter algo de verdade e, talvez, de extraterrestre, razão por que
seria bem provável eliminar qualquer tentativa de investigar
mais fundo ou de sequer procurar mais detalhes a respeito.
No tratado A Pré-história da Aviação, editado há seis
décadas na obra Anuário da Sociedade de Engenheiros
Alemães, Richard Henning escreveu o seguinte: "... No caso
de semelhantes seres sobrenaturais, não é importante
mencionar meios técnicos para poder voar; eles podiam
fazer tudo o que ao homem seria impossível, e, em último
caso, deve bastar a indicação de que esses seres sobrenaturais
possuíam asas, como o mensageiro dos deuses gregos
Hermes... Porém, muda a postura quando a poesia atribui a
seres humanos o poder de voar pelos ares. Neste caso é
preciso explicar o milagre tecnicamente. Por esse motivo
são especialmente atrativas, tanto para os técnicos como
para os psicólogos, as lendas de homens voadores, porque
sempre mostram a forma em que almas primitivas imaginam
a solução técnica de como pode voar o homem...".
Naquele tempo, Henning encarava o assunto sobre vôos no
passado de forma um pouco leviana. Isto porque,
claramente, faltavam recursos ou achados científicos para
sustentar qualquer hipótese ou argumentação sobre a
possibilidade de que alguém, no passado, tivesse tecnologia
ou pelos menos conhecimento suficiente para poder voar
em tempos considerados primitivos.
Porém, com o tempo, tanto Henning como muitos outros
investigadores e cientistas puderam perceber que o passado
antigo da China encerrava uma incrível quantidade de
relatos e eventos associados necessariamente com a
presença de uma tecnologia muito mais avançada, inclusive
para os dias de hoje.
Dentre as antigas lendas da China, existe a do Cavalo de
Madeira, muito parecida com os Contos das Mil e Uma
Noites, inspirada em remotas lendas orientais. Na lenda
chinesa, encontramos a história de um príncipe que
utilizava um cavalo artificial de madeira, com o qual podia
voar, para chegar até a sua amada princesa. Seria muito fácil
limitar-se ao fato de tratar-se de um cavalo miraculoso de
incríveis poderes, razão pela qual podia voar, e encerrar a
análise. Porém, mergulhando fundo nos detalhes deste
conto, vemos que o príncipe apaixonado devia observar
algumas normas técnicas para operar o cavalo voador.
Segundo narra a lenda, o príncipe estranhamente escutou a
seguinte instrução: "...Majestade, meu cavalo é um cavalo
mágico... Para abreviar, este cavalo tem vantagens em
relação aos demais cavalos de carreiras mais notáveis porque
pode voar. Leva 26 parafusos: se girar o primeiro parafuso, o
cavalo eleva-se pelo ar; girando o segundo, começa a voar à
velocidade de um pássaro; se girar os 26 parafusos, o cavalo
desloca-se como uma flecha pelas nuvens, que os veleiros
do ar e mais rápido que uma águia. Com esse cavalo,
majestade, pode-se viajar pelo mundo, seguro e sem
esforço".
Neste relato, observa-se certo conhecimento técnico que,
provavelmente, deve ter existido naqueles tempos, mas que
parece ter-se perdido.
Na comemoração do dia 27 de maio de 1909 da China
Society, houve uma animada troca de impressões entre o
cientista inglês Dr. Herbert A. Giles e o legado de China,
Lord Li. Nessa oportunidade, o diplomata havia formulado
uma interessante comparação, que surpreendeu
sobremaneira o Dr. Giles, quando afirmou: "... Que imagem
agradável nos mostraria o professor de Cambridge ao
apresentar um taxímetro que circulava há dois mil anos na
capital do reino Cheu sem cobrar. Tudo o que hoje se nos
afigura novo parece ter um equivalente remoto na antiga
China. Quem sabe se, antes que voltemos a nos reunir no
ano que vem, neste lugar, haverá descoberto o professor
competidor que o esperto povo Cheu utilizava com
freqüência o avião".
O que pareceu em princípio uma piada acabou encontrando
posteriores confirmações para o Dr. Herbert A. Giles, após
minuciosas investigações. Voar não era apenas um sonho na
antiga China, mas um relativo conhecimento quase
empírico que chegou até nossos dias, conforme narram
alguns cronistas. Tal conhecimento é comprovado pelo fato
de este milenar povo oriental conhecer de longa data o
termo Fei-Chi, pois Fei significa voar, e Chi traduz-se como
máquina, força ou energia. Desta forma, a antiga e milenar
palavra Fei-Chi significaria, pois, "máquina que voa".
O Dr. Giles descobriu mais adiante, no livro Po Wy Chin,
escrito por volta do século III, curiosos relatos sobre as
aptidões artísticas do povo Chi-Kung. Segundo a lenda a
respeito deste povo, eles possuíam conhecimentos
ignorados pelos demais habitantes da China, além de vários
Fei-Chi ou "máquinas voadoras", com os quais viajavam pelo
ar a grande velocidade. Inclusive, persistem até hoje alguns
desenhos destas máquinas voadoras realizados em nanquim
na obra Yu Kuo Chih, publicada no século XIV. Numa das
pinturas, em particular, podemos apreciar perfeitamente um
tipo de cesta com uma hélice ou roda, dando a entender que
não se trata de um veículo apenas mágico, mas que possui
algum sistema de propulsão.
Os relatos sobre os misteriosos Fei-Chi do povo Chi-Kung
remontam a épocas próximas dos 3.800 anos, uma distância
enorme em relação ao que poderíamos considerar como
primitivo. Dentre os mitos deste povo, existe uma lenda
relativa aos construtores das máquinas voadoras, que diz:
"...Chi-Kung é um povo com muitas artes. Possuem o
conhecimento de muitas coisas que outros povos ignoram.
Em grandes carros viajam a grande velocidade pelo ar.
Quando o imperador Tang governava o mundo, um vento
do oeste levou os carros voadores a Yuchow (atual Hunan),
onde aterrissaram. Tang mandou desarmar os carros e
escondê-los. Facilmente e em demasia o povo acreditava em
coisas sobrenaturais, e o imperador não queria que seus
súditos ficassem intranqüilos. Os visitantes permaneceram
dez anos ali; depois voltaram a montar os carros, carregaram
os presentes do imperador e voaram sobre um forte vento
para o leste. Chegaram sãos ao país Chi-Kung, a 40 mil li
mais além da porta de jade. Mais não se sabe sobre eles...".
Nas transmissões literárias e históricas, também
encontramos dentre os poemas de Kuo Po (324-270 a.C.) o
seguinte relato: "... Admiráveis são as artes do povo Chi-
Kung. Aliado com o vento, esforçou seu cérebro e inventou
um carro voador, Fei-Iun, que, subindo e descendo segundo
seu caminho, o levou até o imperador Tang...".
E esta referência não é um caso isolado. Também na obra
Chen Kao, de Tao Hung Ching, e no livro Schu Itschi, de
Jen Fang, assim como num escrito do imperador Yuan-Ti,
todos do século V da Era cristã, menciona-se a presença de
carros voadores ou de rodas voadoras como meio de
transporte. Além do mais, também no século XI permanecia
a lembrança dos antigos aparelhos voadores chineses, como
escreve Su Tungpo: "... Gostaria de poder montar num carro
voador...".
Nas lendas da China antiga freqüentemente surgem
referências a misteriosos objetos, frutos de alguma
tecnologia miraculosa, mas também aparecem comentários
sobre personagens insólitos. E o caso de algumas lendas que
afirmam que, num passado longínquo, a China foi governada
por uma dinastia divina e celestial por quase 18 mil anos.
Todos os membros desta misteriosa dinastia proclamaram-se
"filhos do céu", salientando uma origem divina.
Lendas antigas afirmam que os divinos ancestrais, dos que
mais tarde seriam chamados de "filhos do céu", haviam
chegado, no princípio dos tempos, para o mundo em
"dragões de fogo" e fundado o Império Celestial. Desde
tempos remotos, os homens de todos os povos civilizados
deste planeta tinham por "divinos" todos os que
apresentavam possuir poderes sobrenaturais. Cabe lembrar
que "sobrenatural" era para o povo tudo aquilo que não se
podia compreender por meio dos seus cinco sentidos
básicos. Logicamente, é possível concluir que aqueles
"divinos imperadores" poderiam bem ser astronautas de
outros mundos, ou seja, extraterrestres que, de uma forma
ou outra, haviam colonizado aquela região do antigo oriente,
onde mais tarde viria a desenvolver-se a cultura chinesa e os
seguidores e/ou continuadores do "Império Celestial".
Diante dessa possibilidade, analisando um pouco a relação
dos governadores e imperadores da antiga China, poderemos
perceber aspectos curiosos e interessantes, como a dinastia
dos San-Huang, isto é, dos primeiros que pisaram na Terra
como filhos cósmicos do céu. O nome "San-Huang" significa
"os três veneráveis", que também são apresentados como
"emissários divinos", a cuja frente se encontrava Fu-Hsi.
Porém, infelizmente é impossível determinar o período ou
época em que isso teria ocorrido.
Depois dos San-Huang, vieram os "cinco imperadores" ou
"Chin-Wu-Ti". Neste caso, a sua existência já se pode
comprovar, pois existem datas específicas. Na relação, temos
inicialmente Huang-Ti, o mítico imperador amarelo que
governou de 2.674 a 2.575 a.C. A ele seguiram o imperador
Chuan-Hsu entre 2.490 e 2.413 a.C., o imperador Ku entre
2.412 e 2.343 a.C., o lendário imperador Yao entre 2.333 e
2.234 a.C., e finalmente o imperador Shun, cujo reinado
começou em 2.233 e finalizou no ano 2.184 a.C., tendo aqui
início as dinastias hereditárias.
As dinastias historicamente garantidas são: a dinastia Hia
(aproximadamente do ano 2.000 até 1.520 a.C.), ainda
considerada lendária; a dinastia Shang (por volta dos séculos
XV e XII a.C.); e a dinastia Chou (do século XI até o ano 249
a.C.).
Seja como for, desconhece-se a origem das dinastias
identificadas como os "filhos do céu". Porém, no texto de
uma lenda da época do imperador Yao existe a seguinte
descrição: "... os cinco sábios que adotaram esta decisão
voltaram, depois das festividades rituais, ao espaço... Os
cinco sábios dos cinco planetas voaram como estrelas para
incorporar-se às plêiades". Ao que parece, neste antigo texto
podemos concluir que seriam, pois, alguns dos antigos
imperadores da China seres extraterrestres vindo de
distantes mundos para colonizar a Terra? Aparentemente
sim.
Ao que tudo indica, para os chineses não foi o soviético Yuri
Gagarin o primeiro homem a ir para o espaço numa cápsula
espacial. Dados históricos, encontrados na China em alguns
empoeirados arquivos em 1981, apresentam a idéia de que,
por volta de 480 anos passados, teve lugar a primeira
tentativa de viagem espacial. Segundo o documento, o sábio
chinês Wan Hu, no ano 1.500, tentou disparar-se para o
espaço com 47 foguetes amarrados numa cadeira. Para voltar
para a Terra, pretendia utilizar um enorme "papagaio" de
papel. O experimento, é claro, fracassou terrivelmente: ao
acionar os foguetes estes explodiram, matando de imediato o
sábio Wan Hu. Em memória a sua corajosa empreitada, os
chineses batizaram uma região da Lua com o seu nome.
Este exemplo demonstra que os chineses da Idade Média
haviam perdido muito do seu conhecimento ancestral. E
quanto mais tempo passasse, mais esqueceriam. Mas têm
chegado lendas até nossos dias em que encontramos que os
antepassados de Wan Hu tiveram bastante sucesso nas suas
viagens para o espaço. Segundo alguns mitos recolhidos, os
chineses teriam pisado na Lua há mais de quatro mil anos. E
esta afirmação vem da interpretação da lenda do arqueiro
Hou Yi e de sua mulher Chang E, que viveram durante o
governo do imperador Yao. Nessa época existiam dez sóis
no firmamento; seu calor queimava os campos, destruía as
colheitas, e os homens sofriam constantemente. Então, os
imortais tiveram piedade dos homens que sofriam, e o
imperador celestial enviou o campeão de tiro Hou Yi para
ajudar o imperador Yao a restaurar a ordem na Terra. Porque
Hou Yi podia voar e possuía um arco mágico, enviou flecha
após flecha, até que nove dos dez sóis caíram à Terra. A
história é simpática, e a maioria dos chineses conhece esta
lenda, pois virou tema de muitos poemas.
Numa outra versão da mesma lenda, encontramos que Hou
Yi montou num grande pássaro celestial, voando para o
centro do horizonte infinito, onde abateu os nove sóis falsos
(aparelhos voadores artificiais?) com sua arma mágica.
Porém, sempre que alguém tem sucesso, existe um outro
com inveja, e não foi exceção. Pelo reconhecimento que
obteve pelo seu ato de bravura, perdeu a simpatia dos
imortais, que o caluniaram ante o imperador celestial. Este
acreditou nas mentiras dos inimigos de Hou Yi e o desterrou
para sempre da Terra. O campeão de tiro, inconformado
com a ingratidão dos "filhos do céu", montou no seu pássaro
celestial e voou para o espaço numa rajada de forte vento.
Hou Yi aterrissou na Lua e ali admirou o horizonte, que
parecia congelado. Depois de reconhecer o local de descida
e seu redor, Hou Yi construiu o palácio do "grande frio".
Também a esposa Chang E participou da empreitada.
Em duas obras da dinastia do oeste Han (206 a.C. até o ano 9
d.C.), o Livro das Montanhas e dos Rios (Shanhajing) e o
Huainanzi, uma coleção de artigos filosóficos, históricos e
científicos, guardada pelo príncipe Nan de Huaipor e
conservada até nossos dias, encontramos a descrição que
Chang E faz da imagem da Lua vista do espaço. Segundo seu
relato: "... é uma bola luminosa enorme e muito fria,
brilhando como se fosse de cristal".
A lenda de Hou Yi e de sua esposa Chang E é um perfeito
tema para profunda e meticulosa investigação. Mas existem
ainda outras descobertas talvez tão ou mais enigmáticas a
serem desvendadas, como é o caso dos relatos existentes,
relacionados ao ano em que subiu ao trono o imperador Yao.
Neste período, os manuscritos Chaung-Tzu, no capítulo 2,
Liu-Shi-Chun Chiu, volume XII e capítulo 5, Huainan-Tzu,
capítulo 8, descrevem vários incidentes de características
insólitas vividos pelo imperador Yao. Por exemplo, no ano
42 do seu reinado, uma estranha estrela desceu do céu até a
cratera de um vulcão. No ano 70 do seu governo, a estrela
emergiu da cratera do vulcão. Outro exemplo é relatado na
obra chinesa Ciência Natural, em cujo texto, no seu capítulo
10, encontramos a seguinte descrição: "... sob o reinado do
imperador Xia Ji foram vistos dois sóis no ribeirão do rio
Feichang, um deles ascendendo no leste e o outro descendo
no oeste; ambos rugiam como o trovão".

O Nascimento da Ufologia

Algumas semanas após o bombardeio da base militar de
Pearl Harbor no Havaí pelos japoneses, a costa oeste dos
Estados Unidos encontrava-se em alerta de guerra
permanente. Os olhares de toda uma nação estavam voltados
para o céu, já que o astuto inimigo poderia chegar voando
sem ser percebido e descarregar suas mortais bombas. Neste
sentido, cabe destacar que, nessa época, o radar ainda não
havia sido inventado, sendo a própria Segunda Guerra
Mundial o fenômeno propulsor desta descoberta, assim
como da utilização da energia nuclear como bomba, do
desenvolvimento de aviões, de mísseis à propulsão a jato e
do sistema de guia por rádio.
Foi no dia 25 de fevereiro de 1942, nas primeiras horas da
madrugada, que a cidade de Los Angeles, na Califórnia, veio
a justificar seus temores quando um sinistro blecaute e a
passagem de um estranho grupo de objetos voadores de
origem desconhecida tomaram conta dos céus, apavorando
toda a população e deixando preocupado todo o comando
militar.
Um grupo de fantasmagóricos objetos atravessou os céus da
cidade de Los Angeles, justo no momento em que o clima
reinante era de guerra, obrigando a população e as
instituições militares a responder atordoadamente com as
armas, provocando um estrondo de canhões por quase uma
hora. Obviamente, não houve baixas provocadas pela
passagem dos estranhos engenhos e nenhum deles foi
abatido, apenas três pessoas acidentalmente morreram
naquele dia, sendo que testemunhas do evento reportaram a
observação de algumas curiosas aeronaves e de um estranho
e enorme objeto que teria se afastado próximo à costa da
região de Santa Mônica e Long Beach.
Finalmente, a resposta oficial não demorou. O governo
prontamente comunicou à população de que tudo não
passara de falso alarme, provocado simplesmente por
crescente estado de tensão nervosa, dado o recente
bombardeio de Pearl Harbor. Porém, a verdade levaria mais
de quarenta anos para ser descoberta.
Em 1987, o pesquisador norte-americano Timothy Good
obteve um documento oficial sobre este incidente, graças à
nova lei do ato de liberação de informação dos Estados
Unidos, que havia permanecido escondido por todo esse
tempo, sem jamais ser divulgado. O documento, um
memorando para o Presidente Roosevelt do General George
C. Marshall, escrito vinte e quatro horas depois do
incidente, indicava claramente que, apesar das negativas
oficiais, quinze aeronaves não-identificadas haviam
sobrevoado os céus de Los Angeles a uma velocidade de 200
mph (320 km/h), a uma altitude entre 9 mil e 18 mil pés
(2.700 e 5.400 m). Noutras palavras, a cidade de Los Angeles
havia sido palco da passagem de um grupo de estranhos
objetos voadores, fruto de uma tecnologia tão desconhecida
como os objetivos que os haviam trazido até aquele lugar.
Este curioso e inexplicável evento foi explorado amplamente
pelo cineasta norte-americano Steven Spielberg na comédia
1941, em que satiriza o comportamento das Forças Armadas
naquele dia.
Durante os últimos três anos da Segunda Guerra Mundial,
pilotos aliados, assim como inimigos, travaram
extraordinários encontros com estranhos objetos voadores
semelhantes a pequenas bolas de luz por quase todos os céus
da Europa. Alguns pensaram na oportunidade que se tratava
de algum tipo de fenômeno elétrico, semelhante ao
chamado "fogo fátuo"; porém, as pequenas bolas de luz
voavam e realizavam movimentos rápidos, acompanhando
os aviões por longos percursos.
Assim foi o caso registrado no dia 23 de novembro de 1944,
quando o Tenente E. Schluter, do 415 esquadrão de vôo
noturno de combate, observou grande número de objetos
similares a bolas sobrevoando a região de Estrasburgo. Logo
depois, no dia 27, encontramos o registro dos Tenentes
Henry Giblin e Walter Cleary, que observaram um gigan-
tesco objeto sobre o seu avião em Speyer, na Alemanha. E,
para finalizar, temos o ocorrido no dia 22 de dezembro de
1944 às 18:00 horas, quando o Tenente norte-americano
David McFalls, também do esquadrão 415 de vôo noturno,
encontrava-se sobrevoando a região da Alsácia-Lorena, na
linha entre a França e a Alemanha, quando informou pelo
rádio: "... Duas luzes muito brilhantes subiram do chão. Elas
se nivelaram conosco próximas da cauda do avião. Eram
enormes, brilhantes e de cor alaranjada. Estiveram conosco
por dois minutos... Daí se afastaram rapidamente, parecendo
apagar-se".
Com o aumento da incidência de observações, os norte-
americanos batizaram as bolas luminosas de foo-fighters,
associando-as ao desenho animado do personagem "Smoky
Stover", um urso guarda-bosques muito popular nos Estados
Unidos. A frase em inglês deste personagem dizia: Where
ther's foo ther's fire, isto é, "onde há fumaça há fogo"; e foi
esta a associação que os pilotos fizeram, dando às estranhas
bolas fantasmagóricas a condição de "objetos de fumaça
briguentos". E para os alemães, já que também realizaram
inúmeros encontros com esses objetos, esses
inconvenientes engenhos passaram a ser chamados de
kraut-ball.
No dia 2 de janeiro de 1945, o The New York Times
publicou o incidente ocorrido em dezembro de 1944 com o
Tenente Donald Meiers, quando este se encontrava
sobrevoando a Alemanha num avião Beaufighter. De acordo
com o artigo, Meiers descreve o incidente da seguinte
forma: "... Bolas de fogo vermelho apareceram flanqueando
nossas asas, enquanto voavam ao nosso lado. Um segundo
grupo, formado por três bolas de fogo, deslocava-se
verticalmente bem diante de nós, e um terceiro grupo de
umas quinze luzes ia longe, à nossa frente, com sinais que
acendiam e apagavam...".
No mesmo dia em que o The New York Times dava a
conhecer a reportagem de Meiers, a revista Time relatava a
experiência de outros pilotos norte-americanos em
circunstâncias similares, ocorridas durante as suas missões
sobre a Alemanha.
Embora até o momento nenhum desses objetos tivesse
provocado qualquer acidente ou danificado qualquer avião,
sua presença continuou persistentemente, a ponto de
incomodar o desempenho de algumas missões de combate.
Por esta razão, tanto aliados como inimigos passaram a
considerar esses objetos como possíveis armas secretas,
sendo que cada lado atribuía a autoria do engenho ao outro.
A situação chegou a ser tão desconcertante que o serviço de
inteligência inglês desenvolveu um projeto chamado
"Masei", por meio do qual descobriria a origem tecnológica
destes objetos. Logo depois, tanto alemães quanto norte-
americanos fariam o mesmo.
Em 1945, o presidente norte-americano Truman conhecia
perfeitamente dois dos maiores segredos mais bem
guardados do mundo. O primeiro foi revelado no dia 6 de
agosto, quando uma bomba atômica explodiu
devastadoramente sobre a cidade de Hiroshima no Japão. O
segundo mantinha-se ainda sigilosamente oculto entre os
maiores segredos da inteligência militar: a certeza da
presença de seres extraterrestres em nosso mundo.
No finalizar da guerra em 1946, tanto Alemanha quanto
Japão admitiram publicamente a sua perplexidade ante o
fenômeno, fazendo com que os Estados Unidos
percebessem que se estava enfrentando um verdadeiro
problema global. Três anos se passariam antes que a docu-
mentação da inteligência militar revelasse aos demais
departamentos e agências da inteligência norte-americana o
verdadeiro interesse das autoridades governamentais em
resolver o mistério dos foo-fighters; e a isso se somariam
posteriores observações destes objetos sobre diversas bases
militares.
Nesse mesmo período iniciava-se a terrível e famosa Guerra
Fria. O mundo saía de um conflito global para encontrar-se
dividido ideologicamente por duas megatendências, com
uma cruel muralha dividindo a derrotada Alemanha e com o
Japão reconstruindo as cidades de Hiroshima e Nagasaki,
vítimas da era atômica; e as observações de estranhos
objetos no céu continuavam a convulsionar o mundo.
Por volta do mês de maio, durante uma escura noite, nos
céus da Suíça um enorme objeto flamejante com uma cauda
foi avistado movendo-se a grande velocidade, deixando a
população local apavorada. No dia seguinte, em plena luz do
dia, foi observado um objeto semelhante a um "charuto"
sobrevoando a região. Mais tarde, no dia 10 de junho, vários
objetos, lembrando os foguetes V-2 alemães, foram
observados sobrevoando a Finlândia. Dois dias depois, o
Serviço de Defesa da Suíça ordenou secretamente à polícia
permanecer em estado de alerta, por causa da observação de
um estranho objeto no céu. Um mês depois, no dia 18 de
julho, dois "foguetes fantasmas" foram avistados perto do
Lago Mjosa, na Noruega. E, no dia seguinte, por volta do
meio-dia, um grupo de testemunhas observou um estranho
foguete perto do Lago Kolmojorv, na Suíça. Até o final do
ano, mais de mil estranhos objetos foram observados na
Suíça, Dinamarca, Finlândia, Grécia, Portugal, África do
Norte, Itália e índia, provocando o maior alvoroço nos
círculos militares, pois pressupunham a existência de testes
de alguma nova arma, cujo proprietário era desconhecido.
Perturbado pela grande incidência destes objetos, o
Tenente-General Nathan Twining, chefe da Divisão de
Inteligência do Comando de Materiais Aéreos da Força
Aérea em Wright Field, encaminhou um documento para o
Comandante-Geral da Força Aérea em Washington,
informando que os estranhos objetos aéreos registrados
eram artefatos que mereciam um estudo minucioso e
profundo. Por essa razão, em setembro de 1947, as
autoridades norte-americanas organizaram um esquema de
investigação detalhado, confiando a tarefa a um grupo de
expertos do Comando Técnico Aéreo de Inteligência da
Força Aérea (ATIC-Air Technical Intelligence Command).
A partir desse momento, deu-se início a uma atividade de
investigação que se estenderia por quase vinte e dois anos,
finalizando somente em dezembro de 1969.
Desse resultado surgiu no dia 22 de janeiro de 1948 o
"Projeto Sign", ou também chamado de "Projeto Soucer",
por iniciativa da Divisão de Inteligência do Comando Aéreo
da base de Wright Field, atual Base da Força Aérea de
Wright Patterson, cujo objetivo era recolher, avaliar e
distribuir entre as agências interessadas toda a informação
sobre os avistamentos que indicassem perigo para a
segurança nacional. O projeto ficou a cargo de James D.
Forrestal, então Secretário de Estado da Defesa, que mais
adiante morreria em condições até hoje não bem explicadas.
Dentro deste projeto, vários informes foram elaborados a
respeito das inúmeras investigações realizadas de
testemunhos da observação de estranhos objetos. Segundo o
informe da inteligência aérea norte-americana, classificado
com o registro 100-203-79 do dia 10 de dezembro de 1948,
preparado pelo Escritório Naval de Inteligência e pela
Divisão de Inteligência Aérea dos Estados Unidos, podemos
observar em seu conteúdo detalhada análise dos diversos
incidentes ocorridos pela observação de UFOs (da sigla em
inglês definida por Unidentified Flying Object, ou OVNI,
Objeto Voador Não-Identificado) ao longo de todo o
território norte-americano. Cabe ressaltar que um enorme
clima de mistério rodeava desde o início este informe de 28
páginas, pois levava consigo um texto específico de alerta
para o efeito direto que poderia provocar este assunto sobre
o sistema de defesa do país. Tão delicado era seu conteúdo
que, após sua leitura, cada informe deveria ser destruído
pelo próprio destinatário. O informe também comentava
que observadores altamente qualificados, como oficiais da
Força Aérea, técnicos de investigação e um amplo e
experiente pessoal do Serviço Metereorológico, informaram
haver observado estranhos objetos voadores de origem
desconhecida, e que os objetos em questão haviam sido
classificados em três tipos: em forma de disco, de charuto e
de bola de fogo. Neste sentido, os objetos em forma de disco
teriam aspecto metálico; um estudo os considerava como
possível resultado de avançada tecnologia soviética e não
propunha uma conclusão formal sobre sua natureza; as
possibilidades permaneceram abertas para qualquer eventual
resposta por parte das agências de inteligência e dos serviços
militares, permitindo a continuação das investigações. O
Inspetor-Geral do Escritório de Investigação Especial da
Força Aérea dos Estados Unidos, inconformado com o
resultado do referido informe, iniciou por conta própria uma
pesquisa em dezembro de 1948. Esta pesquisa resultou no
desenvolvimento de um trabalho de investigação paralelo ao
"Projeto Sign", que foi chamado de "Projeto Twinkle", sob a
responsabilidade do Dr. Lincoln La Paz, cientista
especializado em meteoritos. O novo estudo considerou o
período compreendido entre dezembro de 1948 e maio de
1950, resultando muito mais profundo e detalhado que o
trabalho anterior. Nesse registro, os UFOs teriam sido
avistados sobre importantes instalações militares e
governamentais, especificamente sobre o Estado do Novo
México e as bases de Kirtland, White Sands e Los Alamos.
Num outro relatório, classificado como documento número
(24-B)-28, encontramos um resumo das observações de
fenômenos aéreos realizadas na região do Novo México, em
que se pode identificar claramente a presença de cientistas,
agentes especiais do Escritório de Investigações Especiais da
Força Aérea, inspetores de segurança da base de Los
Alamos, militares, pilotos militares e de diversas linhas
aéreas como testemunhas oculares dos fatos, cuja
credibilidade e confiabilidade encontravam-se fora de
qualquer dúvida. Do mesmo documento também consta a
menção de que nos dias 17 de fevereiro de 1949 e 14 de
outubro do mesmo ano foram realizadas reuniões na base
aérea de Los Alamos, no Novo México, com o objetivo de
discutir o problema. A essas reuniões compareceram
representantes das seguintes instituições: do 4º Exército, das
Forças Especiais dos Meios de Defesa, da Universidade do
Novo México, do Escritório Federal de Investigação (FBI),
da Comissão de Energia Atômica, da Universidade da
Califórnia, da Comissão de Assessoria Científica da Força
Aérea, do Comando da Divisão de Investigação de Recursos
Geofísicos e do Escritório de Investigações Espaciais da
Força Aérea dos Estados Unidos. Com esse estudo, chegou-
se à conclusão de que o fenômeno físico existiu e que devia
ser estudado cientificamente, razão pela qual o relatório foi
distribuído para doze agências militares e de inteligência.
O "Projeto Sign" foi logo substituído pelo "Projeto Grudge",
no dia 11 de fevereiro de 1.949, que partiu da hipótese de
que muitas das aparições e registros desses objetos teriam
sido simples produto de fenômenos ambientais, focalizando
a investigação nas testemunhas. Nesse período, a Força
Aérea iniciou um plano de relações públicas objetivando
reduzir a importância e a validade do assunto. Num gesto
sem precedentes, os militares abriram seus arquivos para um
jornalista do Saturday Evening Post, acreditando que os
discos voadores não representavam qualquer interesse para o
público. O mesmo ocorreu quando a revista True creditou
ao major retirado da marinha, Donald E. Keyhoe, um amplo
informe sobre o assunto. Os resultados de ambas
investigações provocaram enorme impacto no público,
principalmente pelo livro publicado por Keyhoe, sob o
título Flying Saucer From Other Space, em 1.953.
Finalmente, após um trabalho de seis meses e 244 informes
analisados, o resultado foi que, em pelos menos 56 deles,
existiam evidências mais que contundentes para considerar
o assunto importante e de interesse geral, recomendando
que as investigações sobre os UFOs ou OVNIs recebessem
outro tratamento oficial.
Quando a curiosidade do público civil sobre os OVNIs
aumentou de intensidade, o homem comum passou a
experimentar um ressentimento contra as instituições
militares e governamentais pela sua apatia e falta de posição
oficial sobre o fenômeno. Cabe lembrar que dois anos antes,
isto é, em 1.947, um dos casos mais detalhados havia
chamado a atenção do todo o mundo, provocando uma
situação constrangedora para militares e oficiais do governo:
quando Kenneth Arnold, respeitado comerciante de Idaho e
experiente piloto, havia relatado ter avistado nove objetos.
Desde 1.952 o Escritório Científico da Agência Central de
Inteligência (CIA) encontrava-se preocupado que o público
chegasse a saber da existência dos discos voadores. Suas
investigações demonstravam que os OVNIs eram objetos
voadores reais em forma de disco e de origem desconhecida.
Assim atesta o comunicado anteriormente mencionado,
datado do dia 23 de setembro de 1.947, enviado pelo
Tenente-General Nathan F. Twining, chefe da Divisão de
Inteligência do Comando de Materiais Aéreos da Força
Aérea em Wright Field, para o Comandante-Geral da Força
Aérea em Washington. Nesse documento, o Tenente-
General Twining reconhece que os discos voadores são
objetos metálicos reais e que apresentam o tamanho de um
avião. Além do mais, comenta também que eles se deslocam
provocando um som que não tem qualquer relação com o de
um objeto que voe a velocidades superiores a 300 nós e que
não deixa qualquer rastro. Porém, outros documentos
adicionais da época demonstram que o Tenente-General
Twining, assim como outros membros de alta patente das
Forças Armadas, não estavam informando corretamente as
entidades governamentais ou as agências do que
verdadeiramente estava ocorrendo.
Ironicamente, no dia seguinte à carta de 23 de setembro do
Tenente-General Twining, o presidente Harry Truman
emitiu uma ordem executiva especial, de caráter
confidencial, que autorizava tanto o Tenente-General
Twining quanto onze militares e cientistas acesso às
evidências físicas e à documentação classificada com o
código Eyes Only sobre os OVNIs, abrindo de imediato uma
investigação paralela, à margem da CIA, do FBI e da Força
Aérea. Tudo indicava que se abria uma porta para acessar as
informações e as evidências relacionadas com o OVNI
sinistrado em 1947 e seus tripulantes, além de todo o
registrado até o momento para um pequeno e seleto grupo,
dando, assim, por iniciado o famoso projeto "Operação
Majestic 12".
Esta informação encontra respaldo num memorando para o
então diretor do FBI Sr. J. Edgar Hoover, datado de 22 de
março de 1.950, em que a fonte governamental comenta
que três supostos discos voadores haveriam sido recuperados
no Novo México, assim como os tripulantes. O documento
oficial descrevia os objetos como sendo de forma circular de
mais ou menos 15 metros de diâmetro e com cúpulas eleva-
das no meio, contendo em seu interior três corpos cada um,
cujas formas eram semelhantes à humana, mas de baixa
estatura, vestindo roupas metálicas de textura bastante fina,
similar à utilizada por pilotos de aeronaves.
E mais do que evidente que o presidente Harry Truman
sentiu a necessidade de resolver o problema rapidamente,
buscando ele próprio conduzir uma investigação a seu
modo, convocando para tanto um grupo de especialistas de
confiança. Os membros participantes deste restrito grupo
foram indicados pelo Dr. Vannevar Bush e pelo Secretário
de Defesa James D. Forrestal, que logo depois seria nomeado
responsável pelo "Projeto Sign". A seleta equipe estava
composta pelo próprio Dr. Vannevar Bush, o Secretário de
Defesa James D. Forrestal, o Tenente-General Nathan
Twining, o Almirante Roscoe H. Hellenkoetter, o General
Hoyt S. Vandemberg, Dr. Detler Bronk, Dr. Jerome
Hunsaker, Srs. Sidney W. Souers e Gordon Gray, o
astrônomo Dr. Donald Menzel, o General Robert M.
Montague e o Dr. Lloyd Berkner. Com a morte de James D.
Forrestal em 22 de maio de 1.949, a vaga foi preenchida so-
mente no dia l2 de agosto de 1.950 pelo General Walter B.
Smith.
Mais tarde, em março de 1.952, o "Projeto Grudge" foi
substituído pelo famoso "Projeto Blue Book", sob a
responsabilidade do Capitão Edward J. Ruppelt da Força
Aérea. Este engenheiro aeronáutico e veterano da Segunda
Guerra, também participante do Comando Técnico Aéreo de
Inteligência da Força Aérea (ATIC-Air Technical
Intelligence Command), afirmava haver solicitado ao ATIC
detalhado estudo sobre os OVNIs em setembro de 1950,
quando o "Projeto Grudge" já se encontrava caducando.
Segundo Ruppelt, uma vez concluído o estudo requerido um
completo relatório foi encaminhado para o General John
Sanford, novo diretor do Serviço de Inteligência da Força
Aérea. Somente após o seu recebimento e a correspondente
avaliação é que o Capitão Ruppelt resultou comissionado
para o cargo do recém-criado "Projeto Blue Book".
Vale destacar que o estudo indicava que de 434 observações
de objetos classificados como desconhecidos, por um
processo de redução de dados, somente doze estavam
suficientemente descritos para considerá-los como discos
voadores. Mas, entre 1.948 e 1.952, a análise dos dados
proporcionados pelas testemunhas das observações padeceu
de total falta de rigor e sistematização científica, requisitos
fundamentais para apurar respostas, o que somente ocorreu
com a chegada de Ruppelt.
Porém, as coisas não eram na verdade tão simples assim. Em
24 de abril de 1.949, menos de dois meses após a
substituição do "Projeto Sign" pelo "Projeto Grudge", o
Capitão Edward J. Ruppel, quando ainda se encontrava no
ATIC, recebera um relatório confidencial sobre as possíveis
conseqüências e os riscos de pânico generalizado que provo-
caria qualquer divulgação oficial da realidade desses objetos.
O relatório fazia referência enfática ao terrível susto que
vitimara milhares de norte-americanos em 30 de outubro de
1938, quando da famosa transmissão de rádio da novela A
Guerra dos Mundos, do escritor inglês H. G. Wells,
transformada em radionovela pelo então jornalista Orson
Welles. O documento resultara numa evidência clara da
necessidade de afastar toda e qualquer informação do
público, como argumento suficiente para manter total
silêncio.
Depois que o Capitão Ruppelt deixou o "Projeto Blue Book"
com uma atitude positiva em relação à validade da
investigação sobre os OVNIs em setembro de 1953, o
trabalho e o projeto começaram a perder importância. Neste
sentido, os envolvidos foram gradualmente forçados a
aceitar casos de OVNIs que recebiam grande publicidade e
que apresentavam ampla documentação fotográfica para
sustentar sua validade, mas com o objetivo de refutá-los e
destruir qualquer evidência. E, paralelamente a tudo isso, a
equipe do projeto tratava silenciosamente de consolidar a
teoria de que os OVNIs eram, na verdade, possíveis
engenhos extraterrestres. Mas este não era o pensamento de
todos os envolvidos.
No dia 12 de janeiro de 1.953, uma comissão de peritos e
cientistas norte-americanos foi reunida no Pentágono sem
conhecimento do público ou da imprensa. Esta reunião,
batizada de "O Grande Júri", foi presidida pelo Prof. Dr. H.
P. Robertson, professor de física teórica no Instituto de
Tecnologia Californiano. Entre outros sábios da época,
estavam presentes o Prof. Luiz W. Alvarez, físico do
laboratório Lawrence da Universidade Berkeley, Califórnia,
Prêmio Nobel de Física de 1.968; os Profs. Thorston Page,
Lloyd V. Berkner, Samuel A. Goudsmith, o Brigadeiro-
General Garland, os Srs. H. Marshall Chadwell e Ralph L.
Clark da CIA; e o Prof. Allen Hynek, como conselheiro
científico.
No decurso da primeira sessão, a comissão recebeu o pedido
do comando aéreo para que chegasse a uma conclusão final.
As alternativas sugeridas e deliberadas, após a apresentação
de inúmeros relatórios e documentos oficiais, eram as
seguintes: a) todos os relatórios de observações sobre discos
voadores são explicáveis por fenômenos naturais; b) os
relatórios de observações não contêm dados suficientes
sobre os quais fundamentar uma conclusão; e c) os discos
voadores existem verdadeiramente e são engenhos espaciais
de origem extraterrestre.
O Major Dewey Fouret, integrante da comissão
especializada na investigação de testemunhos e relatos,
apresentou em seguida amplo e completo estudo das
manobras desses OVNIs, concluindo finalmente, e sem
quaisquer dúvidas, que se tratava de aparelhos de navegação
espacial de origem desconhecida e provavelmente
extraterrestre.
Infelizmente, no decurso das últimas sessões de redação do
relatório final, e notadamente naquela em que a futura linha
política deveria ser definida, os homens da CIA intervieram.
Pediram que a sombra de mistério que envolvia o assunto
fosse atenuada e que os serviços militares procedessem a um
"abafamento" sistemático de qualquer evidência pública, sem
poupar meios para isso. A situação política internacional,
com os blocos comunista e socialista (a famosa Guerra Fria),
foi a perfeita justificativa.
Logo depois de se estabelecerem estas diretrizes, as
primeiras tentativas realizadas pelas diversas agências de
inteligência assim como por militares para desprestigiar o
fenômeno OVNI conseguiram fácil sucesso. Um
comunicado para a imprensa do Departamento de Defesa,
datado de 25 de outubro de 1.955, resume bem a posição
dos militares a respeito do assunto. No teor do comunicado
podemos claramente ler o seguinte: "... Não foi encontrada
qualquer evidência da suposta existência dos popularmente
chamados discos voadores...". Para sustentar sua posição a
respeito e contornar qualquer explicação das 131
observações estudadas, a Força Aérea sugeriu que novos
aparelhos desenvolvidos pela aviação, com formatos
diferenciados, poderiam ter provocado a grande maioria das
confusões e as demais, produto de fenômenos naturais. E
como se isso fosse pouco, o Coronel Frederick A. Fahringer,
da Força Aérea, escreveu uma carta para o então Senador
Federal Sr. Wayne Morse, na qual explicava: "... Nos 18 anos
de investigação de mais de nove mil observações de OVNIs,
a evidência provou que, além de qualquer dúvida razoável,
os fenômenos aéreos reportados foram simplesmente
objetos criados pelo homem ou enviados por ele para o
espaço, ou, provavelmente, apenas imagens criadas por
condições atmosféricas ou por corpos celestes, ou
simplesmente criados por resíduos de atividade
meteorítica...".
Cabe lembrar que, com o objetivo de agregar
respeitabilidade a toda essa teoria da Força Aérea, o notável
astrônomo Donald Menzel, conhecido refutador do
fenômeno OVNI, havia sido incorporado às investigações
oficiais, sendo também membro do seleto e secreto grupo de
investigação do projeto "Operação Majestic 12", estabelecido
pelo presidente Truman. A posição pública de Menzel era a
de que os discos voadores seriam apenas uma combinação
de fenômenos naturais associados a objetos criados pelo
homem. O Sr. Donald Menzel levou as suas conclusões ao
público norte-americano numa série de livros que
detalhavam a sua opinião sobre os diversos aspectos do
tema, negando sempre qualquer origem extraterrestre. Tudo
isso resultado de simples manobra intencional do governo
para afastar a população da realidade do fenômeno e
continuar a manter o controle da situação. Isso ficou
claramente configurado no trabalho The Report on
Unidentified Flying Objects, do Capitão Edward J. Ruppelt,
editado em 1956, que, mesmo fora do "Projeto Blue Book"
desde 1953, demonstrava uma linha de abafamento do
assunto, querendo justificar grande número de observações
como sendo confusões provocadas por balões-sonda,
inclusive nos casos do Capitão Mantell e do Tenente
Gorman.
Algum tempo depois, em outubro de 1.966, a Universidade
do Colorado escolheu o físico Dr. Edward U. Condón para
dirigir o primeiro estudo acadêmico e civil sobre os discos
voadores, sendo que tanto a iniciativa quanto a verba
destinada para a empreitada sairiam do Departamento de
Investigação da Força Aérea. Quem então levava adiante o
"Projeto Blue Book" era o Major Héctor Quintanilla, que
procurou por todos os meios desvincular as autoridades
militares do novo programa, destacando que a sua única
função seria a de fornecer copias dos informes existentes
sobre OVNIs nos arquivos do projeto. Porém, desde o início
do "Projeto Colorado", como foi conhecido o programa,
pesquisadores civis desconfiaram de suas verdadeiras
intenções e objetivos, considerando que tudo não passava de
tentativa de distração e acobertamento de informações e
conclusões, procurando apenas colocar de lado a
responsabilidade militar e oficial. Isso ficou evidente poucos
anos depois.
No dia 17 de dezembro de 1969, uma Comissão de
Inquérito da Força Aérea, reunida na cidade de Daytona,
Ohio, e presidida pelo então secretário de Aeronáutica Sr.
Robert Seamans Jr., encerrou definitivamente o "Projeto
Blue Book", após a publicação de uma conclusão negativa
apresentada pelo Dr. Edward U. Condón. No texto,
afirmava-se categoricamente que os discos voadores não
passavam de simples ilusão de ótica provocada por diversos
fenômenos atmosféricos, produto de causas naturais. Por
outro lado, salientava-se também a falta de evidências
conclusivas em prol de uma natureza extraterrestre, embora
40% dos casos analisados não tivessem qualquer explicação.
O Sr. Seamans apoiou sua decisão no pronunciamento da
Academia de Ciências dos Estados Unidos sobre o relatório
Condón. O fim do "Projeto Blue Book" trouxe para a Força
Aérea a perfeita manobra das relações públicas, dando a cada
pergunta sobre o tema a resposta de estar sendo realizada
uma investigação minuciosa do fenômeno, sem jamais apre-
sentar uma posição oficial.
Vale destacar que, de 1.947 até 1.969, foram registrados
12.618 casos de observação de OVNIs apenas em território
norte-americano, além de alguns registrados por astronautas.
Desse total, somente 701 permaneceram na categoria de
OVNIs, já que os demais conseguiram ser explicados.
Porém, o assunto, embora oficialmente abandonado pelos
militares, continuou a perturbar o mundo nos anos
seguintes, chegando a provocar uma mobilização sem
precedentes. No dia 14 de julho de 1.978, uma reunião
celebrada na sede das Nações Unidas em Nova York apre-
sentava a necessidade de estabelecer uma agenda para
discutir o assunto "Objetos Voadores Não-Identificados".
Nessa reunião, participaram como defensores do assunto o
ex-astronauta Leroy Gordon Cooper, o astrofísico Jacques
Vallée, o engenheiro Claude Pocher, chefe do projeto
francês de investigação (GEPAN), Dr. J. Alien Hynek e
outras tantas personalidades internacionais. Cabe lembrar
que a discussão sobre o tema na ONU já havia ocorrido
antes, quando da gestão do secretário-geral U. Thant, entre
1.961 e 1.971, sendo o tema posteriormente reatado pelo
primeiro-ministro de Granada, Sr. Eric Gairy, em 1.975, que
considerava que a investigação científica do fenômeno
deveria ser parte integrante das atividades da ONU em
relação a sua importância mundial.
No dia 27 de novembro de 1.978, o Comitê Especial Político
das Nações Unidas estabeleceu finalmente uma agenda sobre
o assunto OVNI, passando a ouvir cientistas envolvidos com
a investigação do fenômeno. A reunião, iniciada por volta
das 11:00 horas, teve como item número 126 da agenda a
discussão sobre a possibilidade de criar uma agência ou um
departamento dentro das Nações Unidas para realizar,
reunir, coordenar e distribuir informações e resultados da
investigação sobre a presença dos Objetos Voadores Não-
Identificados e fenômenos vinculados ao nível mundial.
Enquanto isso, o Departamento de Estado norte-americano
já se encontrava pronto para destruir essa possibilidade, com
sua delegação não comparecendo ao evento. Na reunião, o
Sr. Eric Gairy, alentado por uma favorável reação geral em
relação a suas propostas, insistiu na necessidade de um
trabalho científico a respeito do assunto, buscando que a
ONU adotasse uma resolução oficial para desenvolver novos
e mais profundos estudos sobre o fenômeno. Mesmo com a
intervenção e exposição do Dr. Hynek, do Dr. Jacques
Vallée e dos relatos do Tenente-Coronel Larry Coyne sobre
a carta do ex-astronauta Gordon Cooper o resultado foi
negativo.
No dia seguinte, 28 de novembro de 1978, um artigo no
jornal New York Post aparecia com a manchete "Estados
Unidos veta OVNIs na ONU", demonstrando a recusa norte-
americana a qualquer atitude oficial diante do fenômeno.
Em conseqüência, na Assembléia Geral da ONU, realizada
no dia 18 de dezembro do mesmo ano, buscou-se rever a
criação da entidade anteriormente citada (uma agência ou
departamento para reunir, coordenar e distribuir
informações e resultados da investigação sobre a presença
dos Objetos Voadores Não-Identificados e fenômenos
vinculados a eles), sob a insistência do Sr. Gairy, de Granada,
não encontrando mais apoio. A delegação norte-americana
alegou não querer destinar qualquer tipo de investimento
para esse fim, negando sua participação e desaprovando
definitivamente a tentativa. Algum tempo depois, o Sr. Eric
Gairy perdeu o poder, e Granada foi invadida pelos Estados
Unidos, acabando de vez com a polêmica.
A realidade ufológica, isto é, a presença de entidades
extraterrestres em nosso mundo, representa para todos os
governos, instituições e interesses um grave problema,
difícil de ser enfrentado e resolvido. A presença destes seres
não apenas coloca por terra nossos conhecimentos
científicos em relação à física ou à tecnologia aeroespacial,
mas, principalmente, estabelece uma polêmica em relação a
nossa forma de viver e conceber a nossa sociedade. Uma
civilização extraterrestre evoca de imediato uma reflexão
sobre os aspectos social, econômico, político, jurídico,
familiar, religioso e profissional, já que eles próprios, como
cultura e estrutura, devem possuir um modelo em que todos
esses elementos participam de alguma forma.
O fato de terem vindo até o nosso mundo implica, de
imediato, serem detentores de um conhecimento muito
avançado, é claro, mas principalmente que, como
civilização, sobreviveram a ele e a si próprios, situação que
não é a nossa. Isto significa que, como seres participantes de
uma estrutura social, souberam congeminar avanço
tecnológico com sociedade e humanidade, souberam
conviver nesse desenvolvimento junto com o seu meio
ambiente e que superaram as divergências internas próprias
de uma sociedade hierarquizada e estratificada, pois não
findaram vítimas de lutas de classe ou guerras territoriais,
religiosas ou étnicas.
Esta simples consideração nos obriga a aceitar que,
provavelmente, estes seres superaram as barreiras políticas e
sociais que limitam o desenvolvimento e a conquista de uma
vida organizada e justa, construindo um mundo que
ultrapassou as diferenças de classe, etnia ou credo, fugindo
do peso das hierarquias e dando espaço à livre iniciativa e à
criatividade tecnológica, desimpedidas da pressão de
interesses econômicos, comerciais, culturais e até
doutrinários.
Desta forma, caberia aceitar que o simples fato de qualquer
entidade oficial reconhecer clara e definitivamente a
existência destes seres ante a opinião pública representaria o
fim do sistema por nós conhecido. Toda a estrutura
econômica seria obrigada a ser revista, já que a presença
destes seres, aceita oficialmente, pressuporia a imediata
chegada de um novo modelo econômico, além de uma
tecnologia que tornaria obsoleto todo o parque industrial
existente, destruindo totalmente o mercado de ações e
levando à quebra total do sistema financeiro mundial. Isto,
sem considerar a necessária revisão da nossa origem históri-
ca, pois muitos eventos do passado, tidos por milagres,
iluminações, revelações ou simples manifestações divinas,
teriam sua aceitação totalmente reformulada, pois poderiam
ser simples experiências de antigos contatos extraterrestres,
destruindo, de imediato, enorme grupo de religiões ou
filosofias institucionalizadas, deixando sem base todo um
contingente de sacerdotes e fiéis seguidores, agora
psicologicamente traumatizados pela frustração e decepção,
não tendo mais onde focalizar a sua justificativa de
continuidade existencial.
Por outro lado, a organização profissional estaria ameaçada
pelo total desemprego diante de uma nova realidade, cuja
forma seria outra. As classes beneficiadas pelo poder
econômico ou político estariam à beira de perder suas
mordomias e benefícios, juntando-se ao contingente de
humanos que agora exigiriam uma revisão completa da
distribuição de oportunidades e alimentos, pois a geração de
renda estaria comprometida.
Finalmente, temos de concluir que a simples confirmação
oficial da existência de uma presença alienígena em nosso
mundo pressupõe a instauração de um caos total em escala
mundial com aqueles que detêm o destino do mundo tendo
de abdicar de imediato e dar início a uma nova realidade
social, política, econômica e doutrinária, deixando de lado o
modelo atual.
Não é, pois, de se estranhar que, desesperadamente, os
interesses vigentes, percebendo-se ameaçados pela acolhida
desta presença, busquem quase que irracionalmente
confundir a opinião pública com meias-verdades ou absurdas
mentiras, vindas não apenas de personalidades do mundo
científico, governamental ou militar, mas principalmente de
entidades oficiais particulares ou não, que se auto-intitulam
defensoras da realidade extraterrestre. Particularmente, é
muito mais fácil dividir para vencer, como dizia Napoleão
Bonaparte, motivo que leva a estes especialistas a infiltrar-se
no meio para destruir a credibilidade no tema, afetar a
integridade e confiabilidade das testemunhas ou,
simplesmente, para ridicularizar e eliminar qualquer atitude
ou informação que atente contra os interesses de seus
patrocinadores.
No passado, discos voadores eram coisa de loucos,
alucinados ou pessoas desequilibradas. Hoje, na
impossibilidade de negar o que é evidente, a única forma de
manter o público distante desta extraordinária revolução
cultural é simplesmente dizer: "eles são ruins e você pode
ser o próximo experimento".
Infelizmente, os tempos do obscurantismo não acabaram.
Os antigos inquisidores foram substituídos por outros que
nos dizem em que devemos acreditar. Os juízes da verdade
continuam a pensar por nós, distanciando-nos da
oportunidade de abrir os olhos e atingir a nossa maturidade.
Porém, dos confins do Universo uma grande verdade se
aproxima, lenta, mas arrasadora. E, afinal, o mundo
enfrentará sua ignorância, pagando o preço do seu
conformismo. E quando isso ocorrer, o "livro da vida" terá
sido aberto, e uma nova Jerusalém estará descendo dos céus
para a Terra.

Os OVNIs

No dia 24 de junho de 1.947, o Sr. Kenneth Arnold, distinto
homem de negócios de 32 anos, proprietário da Sociedade
Abastecedora de Material de Incêndio do Grande Oeste,
nascido em Boise, no Estado de Idaho, nos Estados Unidos,
encontrava-se a bordo do seu monomotor a uma altitude de
2.800 metros sobre as montanhas Cascades, no Estado de
Washington, tendo decolado de Chehalis em direção a
Yakima.
Era uma maravilhosa tarde de sol, com excelentes condições
atmosféricas e de visibilidade, razão por que Kenneth
Arnold, também membro do Pelotão Aéreo do condado de
Ada, participava da busca de um avião C-46 da Marinha,
sinistrado na região e cuja recompensa representaria US$
5.000 no bolso. Quando completava uma curva de 180
graus, um grande brilho, semelhante à cauda de um cometa,
interrompeu sua tranqüila manobra. Pensou de imediato que
se tratava de algum tipo de explosão, pela potência do brilho,
que havia sido muito forte. Para sua surpresa, deparou-se
com um brilho de tom branco-azulado que ondulava a
incrível velocidade sobre o pico do monte Rainier. O relógio
do seu painel de instrumentos marcava um minuto para as
15:00 horas. Seu coração palpitava enquanto aguardava o
barulho e a sacudida do que pressupunha ser uma explosão.
Mas nada ocorreu. Por um momento pensou que o brilho
poderia ter vindo do reflexo de outra aeronave, mas a única
que conseguia distinguir a distância era um avião DC-10, que
voava na rota de São Francisco a Seattle. Quando voltava a
respirar mais tranqüilo, um segundo brilho branco-azulado
iluminou toda a cabine. Não muito distante de onde se
encontrava, Arnold avistou uma deslumbrante formação de
nove estranhos objetos que passavam quase raspando os
picos das montanhas a uma enorme velocidade.
Impressionado, abriu a janela para poder ver melhor e com
detalhe, percebendo que os objetos "balançavam" refletindo
a luz do sol sobre as suas superfícies, que pareciam
brilhantes como um espelho. Ainda sob os efeitos do
espanto, Arnold conseguiu cronometrar em um minuto e
quarenta e dois segundos a trajetória dos objetos entre os
montes Rainier e Adams, calculando mais tarde com o seu
amigo Al Baxter que a velocidade dos objetos deveria ser de
no mínimo 2.664,5 km/h, velocidade essa três vezes maior
que a de qualquer aeronave terrestre.
Numa entrevista realizada pela rádio de Pendleton, no
Estado do Oregon, ocorrida no dia seguinte, Arnold
comentou: "Em princípio pensei que se tratava de patos
selvagens, porque voavam como patos, mas iam tão rápido
que... de imediato mudei de idéia e pensei que se tratava do
vôo de um novo tipo de aeronaves com reatores... A
distância era difícil de determinar, mas acredito que
poderiam estar a uns 30 quilômetros. Pareciam um prato
cortado pela metade com uma espécie de triângulo convexo
atrás".
Em Pendleton, Arnold foi procurar o responsável pelo FBI
para dar um informe detalhado sobre sua observação. Ele
ainda acreditava que aqueles objetos poderiam ser algum
tipo de míssil guiado ou controlado a distância, como lhe foi
sugerido por um piloto do aeroporto de Yakima. Porém o
escritório do FBI estava fechado.
No dia seguinte, Arnold contou a sua experiência ao East
Oregonian, o jornal local, tendo sido entrevistado por Nolan
Skiff, que haveria de converter-se no primeiro jornalista
encarregado de difundir a incrível experiência de Arnold.
Durante o depoimento, o piloto relatou todo o evento,
salientando que os objetos avistados deslocavam-se como "o
faria um prato se lançado sobre a superfície da água". Mas,
por um erro de interpretação do exemplo pelo jornalista
responsável da edição, o artigo o descreveu como tendo
forma de "prato voador", dando assim início ao surgimento
desta expressão e conceito.
A imprensa, numa primeira etapa cética em relação ao
assunto, não tardou em convencer-se da honestidade de
Arnold, comentando o seguinte: "... Ele parece o mais
respeitável dos cidadãos: é um bem-sucedido vendedor de
equipamentos contra incêndio e um experiente piloto de
busca e resgate, havendo acumulado mais de quatro mil
horas de vôo e sobrevoado em várias oportunidades a região
das Cascades".
Porém, houve jornalistas que insistiram em questionar
Arnold e seus cálculos, já que durante o episódio não havia
empregado nenhum tipo de instrumento especial. Porém, a
velocidade dos objetos estranhos, por mais pessimista que
fosse, continuava perto dos 2.172 km/h. É claro que
continuavam não sendo aviões à propulsão a jato, mas
também não podiam ser mísseis. Arnold, numa entrevista
posterior, afirmou: "... Nada, excetuando os foguetes
alemães, poderia atingir semelhante velocidade".
Seja como for, a Força Aérea não negou nem reconheceu
ter aviões nos céus das Casacades naquele momento.
Simplesmente, os militares rejeitaram o relato, alegando ser
apenas produto de uma ilusão de ótica, devido a uma
miragem produzida nos picos nevados das montanhas por
uma capa de ar quente, o que provocava o efeito de parecer
flutuar por cima do horizonte.
Quatro dias depois da experiência de Arnold, um grupo
composto por dois pilotos e outros tantos membros do
serviço de informação militar observou "manobras
teoricamente impossíveis" de um potente foco luminoso
sobre a base aérea de Maxwell, em Montgomerry, no
Alabama. No mesmo período, um piloto de um jato avistou
cinco objetos de formato desconhecido nas proximidades do
lago Meade, em Nevada. No dia 4 de julho, os dois
tripulantes de um DC-3 comercial assistiram ao vôo de uma
formação de cinco objetos discoidais durante 45 minutos, e,
ainda, uma segunda formação vinda logo depois.
Em qualquer um dos casos, a visão de Arnold marcou apenas
a chegada dos "pratos voadores", sendo que, apenas alguns
dias depois destes relatos, grande número de testemunhas
afirmaram ter observado a presença de estranhos objetos
similares aos descritos por Arnold ao longo de todo o
território norte-americano.
Ninguém jamais poderia prever que uma grande polêmica
estava para começar e que jamais acabaria. O clima que
rodeava as primeiras notícias profetizava uma possível rápida
solução para o enigma, como se fosse natural aguardar uma
confirmação oficial que pudesse esclarecer o assunto, por
meio da revelação de algum novo aparelho ou tecnologia.
Porém, o prognóstico não se cumpria, e as respostas
tardavam chegar. Mais que isso, ocorreu que, durante quase
os cinco anos seguintes, continuaram reunindo-se milhares
de novas observações, chegando a haver comentários sobre
que, em apenas semanas, seria possível contabilizar milhares
de testemunhos, rodeados sempre pela mesma aura de
assombro e entusiasmo. Desde então, os relatos destas
experiências tornaram-se um dos temas favoritos da
imprensa, refletindo a crescente preocupação e interesse
públicos. Cientistas, militares, jornalistas e pilotos encontra-
ram-se inúmeras vezes para debater o assunto, gerando
apenas incontáveis questões, cujas respostas pareciam
sempre fugir das mãos.
Nesse período, o homem preparava-se para conquistar o
espaço e resultava quase óbvio pressupor que outras
civilizações poderiam fazer ou ter feito o mesmo. Nada
poderia opor-se à possibilidade de isso estar acontecendo
agora ou de já ter ocorrido no passado. Porém, teríamos
capacidade ou preparação suficiente para enfrentar as suas
conseqüências?
Embora ainda apenas mera especulação, a idéia desta
presença começava a dividir o mundo moderno. Duas linhas
claramente definiam-se a cada nova oportunidade: crentes e
céticos. A Força Aérea norte-americana, guardiã dos céus da
poderosa nação do norte, iniciava uma atuação com vistas a
ridicularizar as testemunhas e abalar a sua credibilidade,
enquanto, por "baixo do pano", organizava custosos projetos
de investigação. Os militares estavam particularmente
interessados em obter informações sobre seu próprio
pessoal, razão pela qual foram criados departamentos
especiais sob várias classificações de segurança. A atitude
quase eremita que caracterizou a atividade da Força Aérea
norte-americana foi atribuída, em diversos momentos, ao
presente temor de que alguns destes estranhos objetos
pudessem ser armas secretas soviéticas, ou, até, de ser
acusados de imperícia, em função de não ter capacidade de
explicar ou identificar de forma clara o que estava
ocorrendo, pois o que pudesse ser descoberto poderia
resultar no maior perigo de todos diante do que
representaria em relação ao seu poder potencial. Porém, os
altos níveis militares, na realidade, estavam tão intrigados e
perplexos como todas as testemunhas, já que muitos dos
relatos resultavam tão fantásticos e surpreendentes que nem
a Força Aérea levava a sério as interpretações. Mais tarde
soube-se que a aparente despreocupação com que
abordavam a questão era parte de uma atitude premeditada,
mediante a qual pretendiam encobrir um projeto
encarregado de registrar todos os fatos relacionados com os
discos voadores. Como no dia 23 de setembro de 1.947,
quando a Casa Branca declarava ao público não estar
interessada no assunto "discos voadores", mas,
paralelamente, o Tenente-General Nathan Twining, chefe
da Divisão de Inteligência do Comando de Materiais Aéreos
da Força Aérea em Wright Field, atual Wright Patterson,
confidenciava ao governo que os documentos obtidos
reuniam suficiente importância para ser realizado um estudo
mais detalhado.
Dentro dessa ótica e na possibilidade de que os estranhos
objetos fossem aviões soviéticos, frutos de extraordinário
avanço tecnológico, no dia 30 de dezembro ficava
estabelecida a primeira comissão oficial com o objetivo de
recolher, checar, avaliar e comunicar toda e qualquer
informação sobre a presença de estranhos objetos. O projeto
em questão dependeria do Centro de Inteligência Técnica
do Ar, apelidado de "Sign" ou "signo". Assim nasceu o
primeiro projeto de investigação oficial, denominado
"Projeto Sign", ou também chamado de "Projeto Soucer",
que analisou 243 informes, 156 dos quais, segundo foi consi-
derado, mereceram estudo mais profundo. Os resultados
desta primeira análise foram tão interessantes que o
comandante da base de Wrigth Field enviou, num
documento classificado como Top Secret (totalmente
secreto), uma mensagem ao Pentágono em que concluía que
os objetos em questão poderiam ser espaçonaves
extraterrestres. O General Hoyt Vandemberg, chefe do staff
da. Força Aérea, desconsiderou a sugestão por aparente "falta
de provas". O certo foi que os responsáveis pelo projeto
tiveram de recuar e, em sua avaliação final, expressaram que
"não se dispunha de nenhuma evidência definitiva que
pudesse provar ou negar a existência desses objetos como
aviões reais de configuração desconhecida e não
convencional". Porém, se por um lado estabeleceram que o
problema não constituía perigo para a segurança nacional,
estava claro que a questão não podia se reduzir a uma
conspiração de brincalhões. Menos ainda porque foram os
técnicos desse projeto os que estiveram a cargo da
investigação do evento de Roswell, ocorrido várias semanas
depois da observação realizada por Kenneth Arnold, quando
se teve acesso pela primeira vez ao informe de um disco
voador sinistrado e da captura de seus tripulantes.
Segundo os rumores que a imprensa da época recolheu, um
fazendeiro do Novo México teria descoberto uma
espaçonave extraterrestre sinistrada em suas terras e
comunicado o fato às autoridades militares locais, pensando
tratar-se do acidente de algum protótipo de avião militar.
Nesse informe, o Sr. W. Mac Brazel confirmava ter achado
os destroços de um veículo aéreo no campo da fazenda
Foster durante a manhã do dia 3 de julho, a 48 quilômetros
de Corona, em Lincoln County, e 120 quilômetros ao
noroeste de Roswell, no Novo México.
Um comunicado da agência Associated Press datado de 9 de
julho de 1947, reproduzido em quase todos os jornais da
época, reportava que o fazendeiro, criador de ovelhas,
encontrou grande quantidade de pedaços de papel cobertos
por uma substância semelhante ao alumínio, unidos por
pequenas barras. Disperso ao longo de 180 metros havia
uma espécie de borracha escura. De acordo com outras
versões, o incidente teria ocorrido no dia 2 de julho, quando
o Sr. Dan Wilmot e sua esposa teriam observado um enorme
objeto luminoso nessa localidade voando a grande
velocidade em direção sudeste, sendo que, na mesma noite,
o Sr. Mac Brazel teria ouvido grande explosão semelhante a
um forte trovão. No dia seguinte, procurando fazer uma
vistoria no rebanho de ovelhas, Brazel foi em direção a uma
região montanhosa a 160 quilômetros de distância, divisa
com suas terras e com região de Socorro, próxima do Rio
Grande. Numa espécie de várzea, ao oeste de Socorro,
encontrou os primeiros vestígios do desastre. Os rumores
também consideravam que o fazendeiro teria encontrado
entre os destroços uma espécie de disco, que teria entregado
para um oficial da Base Aérea de Roswell.
A sensacional notícia, mergulhada num mar de confusão e
contradições, estaria muito longe de confirmar-se. No dia 8
de julho, o jornal Roswell Daily Record colocava na boca do
Tenente Warren Haught, oficial de relações públicas da Base
Aérea de Roswell, as seguintes declarações: "... Os rumores
relacionados com o disco voador, ontem, transformaram-se
em realidade, quando o escritório de inteligência do Grupo
de Bombardeio 509 da Oitava Força Aérea, sediada em
Roswell Army Air Field, foi suficientemente afortunado
para conseguir a posse de um disco graças à cooperação de
um dos fazendeiros locais e do escritório do comissário". A
notícia evidentemente provocou enorme movimento geral,
informando inclusive que o objeto teria sido achado a 120
quilômetros de Roswell. As linhas telefônicas da base
estiveram bloqueadas durante dias, mas a Força Aérea não
comentou absolutamente nada. Somente algumas semanas
depois o Brigadeiro-General Roger Ramey, entrevistado
num programa de rádio local, afirmou que tudo não passava
de um completo erro de informação, já que os destroços
pertenciam apenas a um balão-sonda.
Quando ainda não se haviam dissipado os comentários do
incidente de Roswell, ocorrido no deserto do Novo México,
os relatos de observações voltaram a surgir. Algumas das
primeiras fotos destes objetos começaram a aparecer, como
a realizada em Phoenix, no Arizona. Ali, no dia 7 de julho
de 1.947, o fotógrafo William Rhodes, por volta do
entardecer, informou que se encontrava em sua casa quando
ouviu enorme barulho. Por alguma razão pensou que podia
tratar-se de um disco voador, saindo com a sua câmera, a
tempo de obter duas fotos de um objeto que se afastava a
grande velocidade. Rhodes o descreveu como sendo algo
semelhante a um salto de sapato masculino, o que
correspondia perfeitamente com a descrição realizada por
Kenneth Arnold quando observou esses objetos sobre
Washington. As fotos de Rhodes foram publicadas logo
depois no jornal Republic, do Arizona, no dia 9 de julho.
Mais adiante, o fotógrafo contou que na semana seguinte
fora interrogado durante várias horas por um agente do FBI
e um oficial da Força Aérea. Ambos lhe solicitaram o
empréstimo dos negativos, ao que Rhodes acedeu. Um mês
depois, Rhodes reclamou o retorno dos negativos,
recebendo por carta a resposta de que estes não poderiam
ser devolvidos. Finalmente, no início de 1.948 ocorreu um
último encontro com outros oficiais do "Projeto Sign",
quando estes foram entrevistá-lo, resultando no último, para
nunca mais ser incomodado. Por outro lado, Rhodes nunca
mais recebeu seus negativos de volta e não quis mais saber
nada sobre o assunto "discos voadores".
Nos arquivos da USAF (United States Air Force), o incidente
de Phoenix aparece classificado como "possível engano",
embora também se saiba que alguns oficiais consideraram o
material autêntico, o que parece mais provável, visto que
permaneceram com os negativos.
A idéia do público em relação ao que se convencionou
chamar pela sigla UFO, em inglês (Unidentified Flying
Object), ou OVNI (Objeto Voador Não-Identificado), era de
que se tratava de um fenômeno fascinante, porém
inofensivo. Mas jamais se poderia imaginar que um ele-
mento trágico pudesse ser incorporado ao total de
observações registradas, pois, logo depois, uma notícia
deixou o público atordoado, quando um jornal publicou que
um jovem piloto havia morrido, vítima da perseguição de
um estranho objeto. Agora os OVNIs podiam ser mortais.
O certo é que, no dia 7 de janeiro de 1948, às 13:15 horas,
uma equipe de observadores militares localizados em
Madisonville, no Estado de Kentucky, informava à base
aérea de Camp Godman que um aparelho redondo, com
mais de 70 metros de diâmetro, voava rapidamente em dire-
ção a Fort Knox. Enquanto isso, a base de Wright Patterson
divulgava um comunicado de que não se estavam realizando
atividades de vôo na região.
As 13:45 horas, um observador militar da base aérea
solicitou a identificação do objeto por rádio, enquanto os
oficiais em terra o localizavam através dos binóculos. Logo
depois, o comandante da base, Coronel Hix, ordenou
imediatamente pelo rádio que três caças Mustang F-51, que
ainda se encontravam no ar, interceptassem o artefato.
Em seguida, a pequena patrulha, comandada pelo Capitão
Thomas Mantell, conseguiu localizar seu alvo, às 14:45
horas, partindo para interceptá-lo. Dois aviões tiveram de
retornar por falta de combustível, e o terceiro, pilotado pelo
jovem Capitão Mantell, informou pelo rádio que o engenho
estava por cima dele e que tentaria alcançá-lo para examiná-
lo melhor.
A uma velocidade de 500 km/h e a 5.000 metros de altitude,
Mantell informou tratar-se de um objeto enorme e metálico
que continuava a ascender. As 15:15 horas, já a 6.000
metros, o capitão comunicou à base que o objeto continuava
a subir e que abandonaria a perseguição por não contar com
máscara de oxigênio. Foi sua última mensagem.
As 16:00 horas foram encontrados os destroços do F-51 de
Mantell num raio de vários quilômetros, mostrando que o
avião havia se desintegrado a grande altitude e em pleno
vôo. O corpo do jovem Mantell foi encontrado entre os
restos do avião a 140 quilômetros de Godman.
Segundo os peritos militares, a conclusão foi a de que o
Capitão Mantell teria desmaiado quando ultrapassou a
altitude de 5.000 metros, correndo atrás do reflexo do
planeta Vênus, precipitando contra o chão. Obviamente,
uma justificativa por demais infantil, já que algumas
investigações, realizadas por alguns inconformados,
demonstraram que a posição do avião de Mantell não
coincidia com o ponto de observação do planeta Vênus
naquele dia. Alguns, porém, alimentaram a hipótese de que
o avião teria sido abatido pelo OVNI, em conseqüência de
um ataque.
Algum tempo depois, o Dr. Urner Liddel, do Escritório de
Investigações Navais, ofereceu uma explicação que a Força
Aérea não havia considerado: de que a Marinha estava
realizando estudos a grande altitude como parte de um
programa chamado de "Skyhock", isto é, utilização de
balões-sonda estratosféricos. Noutras palavras, o capitão
Mantell teria se confundido com um balão.
O caso de Mantell, de confrontar-se com um OVNI, não foi
o único nesse período. Meses depois, no dia Ia de outubro
daquele mesmo ano, o Tenente George F. Gorman, da
Guarda Aérea Nacional, defrontar-se-ia com um objeto nas
proximidades de Fargo, em Dakota do Norte.
Nesse dia, o Tenente Gorman retornava a sua base após
efetuar um vôo rotineiro de reconhecimento. Nas
proximidades, solicitou à torre permissão para pousar,
obtendo autorização imediatamente, informando que, além
de um avião civil, a área estava livre. Gorman arremeteu em
direção à pista e comprovou a trajetória do outro avião,
situado bem abaixo dele. Tudo transcorria perfeitamente
bem quando, de improviso, uma luz adiantou-se pela direita.
Não houve condições de identificar o objeto, mas
evidentemente tratava-se de uma outra aeronave. Sob suas
reclamações, a torre de controle não pôde confirmar
absolutamente nada, certificando apenas que o único objeto
próximo resultava ser o avião civil anteriormente reportado.
Assustado e confuso, Gorman optou por subir novamente e
perseguir a luz. Ao manobrar, distinguiu claramente o
contorno do objeto sobre o centro da cidade de Fargo,
embora parecesse não ser um objeto sólido. Acelerando a
toda velocidade, observou que a luz era na verdade uma
série de luzes brilhando, procedentes de um núcleo circular.
Após atingir uma distância de aproximadamente 1.000
metros do objeto, este realizou algumas manobras,
iniciando-se uma perseguição aérea. Depois de uma série de
evoluções, o objeto colocou-se em trajetória de colisão com
o avião de Gorman, que optou por evadir-se. As manobras
de tentativa de colisão frontal ocorreram duas vezes, e,
afinal, o aparelho discoidal elevou-se, perdendo-se no
espaço. Ao retornar para a base, Gorman reportou
textualmente: "... Estou certo de que alguém controlava
essas manobras...". Outras quatro pessoas testemunharam a
presença do objeto na cidade de Fargo, mas ninguém
percebeu a caçada aérea.
De qualquer forma, o Pentágono convenceu-se da
necessidade de contar com auxílio científico para esclarecer
os informes chegados até o "Projeto Sign". Para tanto, foi
escolhido o acadêmico Dr. Joseph Alien Hynek, professor
de astronomia da Universidade Estatal de Ohio. Os motivos
pelos quais Hynek era o candidato ideal residiam no seu
tremendo ceticismo em relação à presença extraterrestre, o
que resultava num grande alívio e perspectivas de enorme
colaboração para a Força Aérea, pois os militares estavam
mais que impacientes por colocar um ponto final no
assunto. Por outro lado, embora o astrônomo Donald
Menzel colaborasse com a Força Aérea, também participava
da "Operação Majestic 12", o que não ocorria com o Dr.
Hynek. Nesse sentido, as informações a que Hynek tinha
acesso resultavam diferentes e reduzidas em relação às de
Menzel.
Vale relembrar que o famoso astrônomo Dr. J. Alien Hynek
foi quem assessorou o cineasta Steven Spielberg no filme
Contatos Imediatos de Terceiro Grau, no qual se coloca à
mostra o terrível desespero que as agências governamentais
norte-americanas experimentavam por buscar justificar os
fenômenos observados, com o objetivo de evadir, dessa
forma, o assédio da imprensa e a curiosidade popular.
Porém, mesmo havendo desenvolvido diversos projetos de
investigação oficial e extra-oficial, o governo norte-
americano não conseguia conter a opinião pública nem seu
crescente interesse. Anos mais tarde, o "Projeto Blue Book"
não conseguiu mais esconder do conhecimento da imprensa
as diversas ondas de observações de OVNIs ocorridas por
todo o planeta, arrebanhando centenas de curiosos sobre o
tema pelos artigos publicados. A excitação pública chegou a
tal nível de insatisfação diante da atitude do governo, que
grupos civis de investigação passaram a ser formados. Um
dos primeiros foi a Aerial Phenomena Research
Organization (APRO), que reunia tal volume de informação
a respeito, que editava uma revista quinzenal sobre as
últimas observações e descobertas. Alguns anos depois, o
próprio Major reformado Donald E. Keyhoe funda o
National Investigations Commitee on Aerial Phenomena
(NICAP), com sede em Washington, vindo a tornar-se a
mais importante entidade de investigação do país. Ao longo
do tempo, esse exemplo passaria a ser seguido por diversos
países, sendo o Peru um dos primeiros a fundar uma
entidade de investigação na América do Sul, sob o nome de
Instituto Peruano de Relações Interplanetárias (IPRI) em
1.955. Logo depois surgiram outros grupos de investigação,
inclusive no Brasil, como a Comissão Brasileira de Pesquisa
Confidencial dos Objetos Aéreos Não-Identificados
(CBPCOANI), e na Argentina, sob o nome de Comissão
Observadora de OVNIs (CODOVNI).
Embora a presença dos OVNIs no continente sul-americano
tenha sido tão expressiva como o foi no resto do mundo, a
Argentina foi um dos primeiros países a voltar-se
militarmente para a investigação do fenômeno. De acordo
com as declarações do então chefe da base naval de Puerto
Belgrano, Capitão Luis Sánchez Moreno, o interesse do
círculo militar argentino pelos OVNIs ocorreu por volta de
1.952. Porém, somente em 1.962 foi constituído o primeiro
grupo oficial de investigação, sob o nome de Comissão
Permanente de Estudos do Fenômeno OVNI, vinculada a
um único segmento militar e integrada pelos Capitães
Constantino Nunez e Omar Roque Pagani e os jornalistas
Eduardo Azcuy e Guillermo Gainza Paz, que colaboraram
voluntariamente. A Força Aérea, por seu lado, preferiu
deixar o Serviço de Inteligência como responsável pelas
investigações. Desta forma, um comunicado emitido pelo
Serviço de Informações da Aeronáutica, datado de outubro
de 1.962, dirigido aos observatórios meteorológicos de todo
o país, informava da criação de uma Divisão de Investigação
do Fenômeno OVNI, colocando à disposição um endereço
para receber toda e qualquer informação sobre o assunto.
Num posterior documento, identificado como
"confidencial", o Capitão Sánchez Moreno emitia uma
declaração classificada com o número 02778, em que
informava que, no dia 22 de maio de 1.962, uma formação
de aviões da Marinha, em vôo próximo da Base Aeronaval
Comandante Espora, em Bahia Blanca, havia sido
interceptada por vários objetos voadores de procedência
desconhecida, que permaneceram no local por quase 35
minutos.
Outros países foram desenvolvendo programas oficiais de
investigação, embora não tenha sido possível o acesso a
todos. A França incorporou-se ao time no dia 12 de maio de
1.977, quando o Centro Nacional de Estudos Espaciais
(CNES) colocava em andamento um novo serviço no Centro
Espacial de Toulouse, o primeiro organismo científico e
oficial dedicado exclusivamente ao estudo dos OVNIs. A
entidade, identificada como Grupo de Estudo dos
Fenômenos Aeroespaciais Não-Identificados (GEPAN), foi
uma resposta à curiosidade manifestada pela população
francesa a respeito do assunto, conforme comentou um dos
diretores do CNES. O primeiro responsável pelo projeto foi
o engenheiro Claude Poher, que já era investigador amador
e contava com a simpatia do público, assim como de alguns
grupos particulares. Em outubro de 1978 o organismo
passou para as mãos do Dr. Alain Esterle, que proporcionou
ao GEPAN enorme agilidade, vindo a estabelecer
metodologias bastante originais, bem próximas de um
trabalho eminentemente científico. Em julho de 1988, a
publicação francesa Science et Nature criticou a existência
do GEPAN em função dos escassos resultados obtidos em
quase onze anos de atividade. Logo depois, o GEPAN foi
dissolvido, e os seus integrantes se reuniram sob a
denominação de Serviço para a Identificação de Fenômenos
de Reentrada Atmosférica (SEPRA), dirigido por Jean-
Jacques Velasco, último chefe do GEPAN. Durante o seu
funcionamento, o grupo examinou 1.660 relatos de OVNIs,
dos quais somente três (isto é, 0,2% do total) permaneceram
sem qualquer explicação. Desde o seu funcionamento, em
1977, quando se recolheram 900 observações de estranhos
objetos, a quantidade ficou reduzida para apenas 50, em
1987.
Na América do Sul, o Uruguai somou-se à pesquisa militar da
mesma forma que a Argentina, ingressando na investigação
oficial no dia 7 de agosto de 1.979, pela ordem número
1.873 do Comando Geral da Força Aérea, quando dava por
criada a Comissão Receptora e Investigadora de Denúncias
de OVNIs (CRIDOVNI). Em seu primeiro comunicado, a
entidade informava que a Força Aérea Uruguaia havia
considerado necessária a existência da entidade oficial, já
que o assunto afetava profundamente a opinião pública,
ameaçando distorcer a verdadeira dimensão do fenômeno. A
experiência da CRIDOVNI foi considerada extraordinária,
porque, apesar de recém-constituída, já havia recebido o
apoio de todos os grupos de investigação locais, com os quais
realizou enorme trabalho de pesquisa. Até 1985, a Comissão
foi presidida pelo Tenente-Coronel Eduardo Aguirre.
Uma nova época iniciava-se para o mundo. A investigação
do fenômeno abandonava totalmente a exclusividade do
segmento militar para ingressar com grande força no civil.
Porém, a força da pressão e manipulação militar e
governamental não deixaria de existir, bem ao contrário;
agora, ingressaria numa nova modalidade de atuação,
encontrando melhor e mais eficiente forma de manipulação
da informação e sua filtragem, colocando entre os
interessados uma seleta equipe de cientistas e civis
constituída intencionalmente para impressionar o mundo e
poder confundi-lo, a ponto de controlar o comportamento
do público e suas manifestações, gerando com isso a
distância necessária da verdade e privando o mundo das
reais intenções destes seres. Os próprios civis seriam a
censura e o filtro, sob o comando de entidades e instituições
invisíveis, cujos objetivos estariam salvos do conhecimento
público e de qualquer evidência incriminatória.
Inadvertidamente, os entusiastas do assunto ingressariam
num processo de manipulação e orientação, em que
informações e desinformações, implantadas estrategica-
mente, permitiriam a reação objetivada, provocando medo,
receio, desconfiança e suficiente confusão para promover o
distanciamento entre eles e os verdadeiros fatos, assim como
entre os corretos investigadores, semeando invejas, intrigas
e competição. E os contatados, principais testemunhas dessa
incrível realidade, também não seriam poupados. Alguns
contatados verdadeiros ou forjados intencionalmente, cujos
relatos ou atitudes fossem condizentes com os propósitos
destes articuladores, seriam facilmente promovidos a
conhecimento público, enquanto aqueles, cuja
fenomenologia fugisse do controle dos manipuladores,
seriam marginalizados e destruídos diante da opinião
pública, por carecer de uma "autenticação" por parte destes
"ufólogos" reconhecidos, eliminando, desta forma, toda e
qualquer possibilidade de descoberta de sua escura atividade,
ou simplesmente para evitar o confronto que poderia levar o
público a refletir sobre as incoerências de postura existentes.
Ao mesmo tempo, a mistificação e a "ufolatria" não seriam
desaproveitadas, resultando também numa nova arma em
favor destas elites articuladoras, utilizando-se de "sacerdotes
contatados" para gerar argumentos suficientes que
desabonassem a credibilidade dos verdadeiros, cujo discurso
pudesse parecer próximo. E, finalmente, a melhor forma de
fechar totalmente o cerco ao público contra a verdade
resultaria simplesmente na construção de uma elite
representativa de "ufólogos" nacionais e internacionais,
subordinados clandestinamente a esses organismos
invisíveis, o que seria suficiente para servir de forma ativa a
seus interesses, sem qualquer risco desnecessário.
De qualquer forma, o público jamais saberia que havia virado
massa de manobra. Mais uma vez, os interesses criados
roubavam a verdade daqueles desejosos da oportunidade de
crescer e apreender a viver. Porém, a justiça tarda, mas não
falha. Independentemente de quem manipula e por que,
seres de outros mundos estão chegando um pouco mais a
cada dia. A hora, o dia e o ano ninguém sabe, apenas eles.


O Primeiro Contato

Na famosa e prestigiosa revista O Cruzeiro do dia 23 de
outubro de 1954 foi publicado um artigo da série "Na Esteira
dos Discos Voadores", sob o título "Espiões
Interplanetários", no qual se informava que seres do planeta
Vênus estariam vigiando a Terra e desembarcando em zonas
desertas do interior de discos voadores, história esta contada
pelo Sr. George Adamski. Pela primeira vez, o Brasil tomava
conhecimento de um fato inusitado e diferente: um homem
afirmava estar em contato com seres extraterrestres de
forma contínua e inteligente.
Nas proximidades da encosta sul do famoso monte Palomar,
na Califórnia, onde se localiza o famoso Observatório Hale,
morava numa modesta casa da "highway to the stars"
(estrada para as estrelas) um polonês de nascimento,
naturalizado norte-americano, de 63 anos, cujo nome era
George Adamski. Tinha aproximadamente 1,65m, cabelos
brancos, aspecto forte, maneira simples, ar inteligente,
palavra fácil e olhos tristes, sonhadores e ligeiramente
estrábicos. Assim o descreveu o jornalista brasileiro João
Martins, que o entrevistou, na oportunidade, para a revista O
Cruzeiro.
George Adamski não somente estava convencido da
realidade do fenômeno extraterrestre, como também sabia
que seus tripulantes eram cordiais e semelhantes aos
humanos, pois se havia encontrado com eles em diversas
oportunidades.
Interessado desde longa data pela astronomia e pelo tema
extraterrestre, Adamski participava, com um grupo de
entusiastas aficionados ao tema, da pesquisa de aparições e
reunião de dados. Tão devotado foi em relação ao assunto
que acabou por dedicar-se à fotografia, realizando incríveis
fotos de discos voadores mais adiante.
Segundo ele próprio comenta, tudo começou no dia 9 de
outubro de 1946, quando ocorreu uma enorme chuva de
meteoros na região. Nessa oportunidade, embora já aceitasse
a possibilidade de vida fora da Terra, nunca havia
experimentado qualquer confirmação a esse respeito.
Porém, durante a chuva, Adamski encontrava-se absorto,
contemplando o fenômeno no monte Palomar, quando
percebeu, a olho nu, a presença de um enorme objeto
escuro, semelhante a um dirigível, pairando no céu e
deslocando-se vagarosamente em direção à cidade de San
Diego. Em princípio pensou tratar-se de algum aparelho
norte-americano destinado a fins científicos, que logo
depois elevou o nariz e subiu a alta velocidade para o espaço,
desaparecendo rapidamente. Mais tarde teve a confirmação
de que não era um aparelho comum, ao ouvir pelo rádio a
reportagem da observação de um objeto voador não-
identificado em forma de charuto percorrendo os céus da
Califórnia.
Embora desconfiado de sua observação, ouviu algumas
testemunhas no seu restaurante em "Palomar Gardens", que
confirmaram ter visto o mesmo objeto naquela noite. A
partir daquele dia, Adamski passou a observar o céu
sistematicamente, e no verão de 1947 um grupo de notícias
sobre observações de OVNIs estimulou-o a continuar.
Somente no mês de agosto, durante a noite de uma sexta-
feira, sua paciência foi generosamente recompensada ao
observar, junto com mais quatro pessoas, a passagem de um
grande grupo de "bolas luminosas", que surgiram de leste
para oeste em fila indiana. Algumas paravam no ar e
voltavam na direção contrária, podendo-se observar que
havia uma espécie de anel luminoso, ao redor de um corpo,
no meio. A última das bolas luminosas parou alguns
segundos e pareceu disparar dois raios de luz, um para o sul
e outro para o norte, antes de continuar o seu caminho.
Segundo Adamski e seus amigos, contaram 184 objetos no
total, que também foram observados por funcionários do
Observatório Hale, para os quais o número era ainda maior.
Toda essa experiência animou Adamski sobremaneira para
continuar suas observações, às quais se dedicou
disciplinadamente. Porém, num dia chuvoso de 1949, seu
relacionamento com o assunto passaria a um novo estágio.
Naquela oportunidade, quatro pessoas foram para o seu
restaurante dando início a uma conversa sobre discos
voadores que culminaria numa interessante proposta. Os Srs.
J. P. Maxfield e G. L. Bloom, ambos do Point Loma Navy
Eletronics Laboratory, próximo de San Diego, estavam com
mais outras duas pessoas uniformizadas e desconhecidas de
Adamski. No restaurante, os visitantes comentaram que se
dirigiam para o Observatório Hale com a intenção de
solicitar o auxílio dos astrônomos na observação dos OVNIs.
Por outro lado, solicitaram que Adamski permanece-se
atento nas suas observações, já que com o equipamento que
utilizava seria possível ter sucesso; com o seu telescópio de
seis polegadas poderia agir facilmente e observar perfei-
tamente qualquer objeto, inclusive fotografá-lo. Nesse
sentido, concluíram que a Lua poderia estar sendo utilizada
como base, razão pela qual mereceria constante atenção.
Mais adiante, Adamski tornou a encontrar-se com o Sr. G. L.
Bloom no dia em que a rádio KMPC de Bervely Hills,
Califórnia, anunciou que um disco voador havia aterrissado
próximo da cidade do México. Nesse encontro, o Sr. G. L.
Bloom recebeu duas fotografias de objetos estranhos na Lua
obtidas por Adamski por intermédio do seu telescópio.
Em março de 1950, o jornalista Sanford Jarrel do San Diego
Journal, assim como outros do Union e Tribune, publicaram
as fotografias da Lua. Adamski confirmou que haviam sido
analisadas no Point Loma Navy Eletronics Laboratory. Um
tanto céticos, os jornalistas foram ao laboratório para
confirmar a informação, gerando enorme confusão e
desencontros. Finalmente, pediram mais informações ao
Pentágono, recebendo como resposta simplesmente que não
tinham qualquer conhecimento sobre as fotografias e que, a
respeito do assunto discos voadores, os serviços oficiais
encontravam-se ainda estudando os relatórios, sem qualquer
conclusão definitiva.
Durante vários anos, Adamski devotou-se a investigar e
observar o céu, mas até a primavera de 1.951 não havia
colhido grandes resultados, apenas umas duzentas fotos de
objetos luminosos no espaço. Do verão de 1.951 até 1.952,
conseguiu mais de quinhentas fotos, e umas doze de objetos
em forma de charuto, mandando uma coleção delas para a
Base de Força Aérea de Wright Patterson, sem ter qualquer
resposta.
Muitas pessoas especularam desde o início que Adamski
falsificava as fotografias para promover-se pessoalmente,
assim como para divulgar o seu restaurante. Embora jamais
tenha demonstrado ostentação ou riqueza, teve de enfrentar
críticas ferrenhas em relação ao seu material, tanto em sua
época como posteriormente, permanecendo esse assunto até
hoje ainda controvertido.
No dia 20 de novembro de 1952, Adamski realizou nova
excursão rumo ao deserto com as Sras. Alice K. Wells e
Lucy McGinnis, esta última proprietária do "Palomar
Gardens", juntando-se mais adiante os casais Bailey, de
Winslow, e Williamson, de Prescott, nas proximidades de
Blythe, por volta das oito horas da manhã. No local do
encontro, organizaram os detalhes da nova direção a seguir,
passando a olhar mapas e trocar idéias. Finalmente, Adamski
determinou a rota, que seria próxima a uma antiga base aérea
e centro de treinamento militar abandonado. O critério
adotado para tal decisão foram apenas o seu impulso e
sensações. A determinação não havia sido racional, mas
totalmente intuitiva.
Todos de acordo, rumaram para o Desert Center, desviando
depois pela estrada para Parker, no Arizona. Após onze
milhas de estrada, decidiram parar para fazer um
reconhecimento da área e descansar. Adamski continuava
sentindo algo estranho, como se alguma coisa importante
fosse ocorrer, e isso o incomodava, pois não sabia
determinar a natureza desse estado. Enquanto isso, o Dr.
Williamson analisava as características do local, que era
completamente agreste e desprovido de vegetação. Por volta
do meio-dia pararam para fazer um lanche, observando a
passagem de um avião bimotor a grande altura; porém, logo
depois, perceberam a presença de um estranho objeto no
céu. A grande altura, brilhando pelo reflexo do sol numa
superfície prateada, surgiu um objeto de formato alongado,
como um charuto. Com os binóculos distinguiram que a
parte superior era de cor laranja. O Dr. Williamson, que no
passado havia sido membro da Força Aérea, percebeu uma
marca escura do lado da fuselagem, semelhante a uma
espécie de insígnia, mas completamente diferente de tudo o
que já tivera visto.
Emocionado, Adamski comentou que esse objeto o estava
procurando, razão pela qual deveriam mover-se para um
outro local, à procura do disco que o aguardava. No carro
sob direção da Sra. Lucy e ao lado do Sr. Bailey,
acompanharam o objeto por quase uma milha, saindo da
estrada. Abandonando o veículo, subiram por um montículo
de pedras, passando a fotografar o objeto através do
telescópio de seis polegadas e com uma câmera Hagge-
Dresden Graflex acoplada. Enquanto isso, a Sra. Lucy voltava
com o carro para recolher os retardatários. Minutos depois,
um enorme clarão se deu no céu, surgindo um objeto
circular que descia silenciosa e vagarosamente para a terra, a
menos de meia milha de distância. Quando aterrissou, houve
tempo de Adamski bater pelo menos as sete chapas que
possuía, quando percebeu a saída de um homem do seu
interior que fazia sinais para que se aproximasse. Adamski
passou a caminhar em direção ao homem, que descreveu
como tendo cabelos longos, caídos sobre os ombros, baixa
estatura, aparentando uns 28 anos, vestindo uma roupa
estranha e com a cabeça descoberta. Embora a expressão do
visitante fosse simpática e aparentemente amistosa, Adamski
sentia, quando de sua aproximação, uma sensação esquisita,
que não conseguia identificar.
O ser estendeu a mão para o surpreso Adamski, que
respondeu o gesto tocando a palma de sua mão contra a dele
num leve contato. A forma do ser era angelical, quase não
dando para identificar se era homem ou mulher. Seus olhos
eram esverdeados e ligeiramente puxados, sua testa era larga,
cabelos loiros, as maçãs do rosto mais salientes que o normal
e o nariz também mais grosso. A boca era de tamanho
médio e, quando sorria, dava para perceber a presença de
dentes perfeitos e brancos. A pele era bronzeada, porém lisa
e sem qualquer presença de barba. A roupa era de tom
marrom, parecendo ser feita de uma única peça. O tecido
aparentava ser bastante fino, que caía em dobras curiosas,
sem evidenciar botões, costuras, bolsos nem zíperes. Apenas
utilizava uma espécie de cinto de cor marrom-ouro. Os
sapatos, ou botas, eram avermelhados e feitos de um
material tão fino e leve que dava para perceber o
movimento dos dedos dos pés.
Adamski perguntou à entidade de onde vinha, mas ela não
pareceu entender as suas palavras. Na insistência, o ser
balançou a cabeça levemente, como indicação de que não o
compreendia. Nesse momento, Adamski procurou
concentrar-se mentalmente na figura de um planeta,
apontando para cima com a mão. O ser pareceu
compreender. Seguidamente, por meio de gestos e
encenações, Adamski foi montando um quadro em relação
ao Sol e identificando a Terra como o terceiro planeta em
que se encontravam, e o ser realizou um quadro similar,
apontando para um segundo planeta em relação ao Sol.
Dessa indicação, Adamski identificou como sendo o planeta
Vênus o local de procedência daquele ser.
Durante algum tempo, as tentativas de mútuo entendimento
derivaram numa série de conclusões: esses seres não tinham
qualquer objetivo agressivo em relação aos humanos;
aparentemente radiações muito fortes estavam sendo
emanadas pela Terra em função das atividades nucleares,
afetando o espaço exterior; e a intensificação desta atividade
poderia provocar no futuro uma série de desastres no
planeta, de proporções terríveis. Segundo o ser, estariam
vigiando nosso comportamento de perto, aguardando o
momento em que, se necessário, teriam de intervir. Por
outro lado, Adamski concluiu que esses seres se
encontravam numa condição de grande desenvolvimento,
não somente material e tecnológico, mas também espiritual,
pois de hábitos fundamentalmente vegetarianos. Soube
também que muitas das naves extraterrestres observadas em
nosso planeta pertenciam a outras civilizações fora do
sistema solar e que as viagens desses seres eram realizadas
em grandes naves alongadas, das quais eram lançados os
discos. De acordo com o tamanho da espaçonave, algumas
eram tripuladas ou não, utilizando a força magnética de
atração e repulsão.
O ser fez Adamski compreender que a humanidade ainda
não estava preparada para um contato aberto e que não
tinham interesse de um confronto direto, pela ignorância
atual. A Terra ainda não se encontrava no grau de evolução
necessário para permitir um intercâmbio, pois sua presença
provocaria uma revolução na ciência, na religião, nos
costumes, enfim, em todos os aspectos da vida, provocando
um desequilíbrio de tal magnitude que o homem não teria
condições de enfrentar. Nesse sentido, pessoas da Terra já
haviam sido levadas para outros planetas voluntariamente, e
a presença desses seres é bastante freqüente para estudar os
nossos costumes, inclusive misturando-se entre nós. Por
outro lado, o ser deu a entender que o aspecto físico
humanóide é muito comum no espaço, havendo grande
quantidade de planetas com seres similares a nós.
Olhando para o disco, que mais parecia um sino, Adamski
percebeu algumas sombras nas janelas. O objeto parecia
constituído de um material brilhante metálico e não se
encontrava pousado, e sim flutuando a uns cinqüenta
centímetros do solo. A cúpula era escura, com um anel
dentado sustentando-a e uma espécie de esfera ou bola no
topo. Finalizado o encontro, o ser voltou para o disco,
elevando-se tão silenciosamente como quando havia
chegado.
Todas as pessoas que acompanharam Adamski naquela
oportunidade testemunharam o encontro a uma relativa
distância, registrando o fato numa declaração diante de um
tabelião. Porém, muitas pessoas contestaram o evento,
alegando tratar-se de um embuste, uma mentira, com a
cumplicidade de todos, ou simplesmente que as testemunhas
foram vítimas de um trabalho de hipnose.
Após este incidente, outros encontros pessoais vieram a
ocorrer, num total de nove. Em duas oportunidades,
Adamski chegou a ingressar num disco e ser levado a uma
nave interplanetária, o que gerou uma série de desenhos
esquemáticos sobre seu funcionamento e distribuição
interna. Numa outra conversa, Adamski também explicou
que na Lua os seres haviam construído bases, e que o
incidente do Capitão Mantell fora apenas um terrível
acidente, pois o avião se aproximou demais da nave,
chegando a colidir com o campo de força que a rodeava.
A experiência do Sr. George Adamski atravessou décadas
impactando um mundo cético e arredio. Embora seu
resultado transmitisse um conteúdo de revisão de uma
realidade inconseqüente e negligente, parece que o caminho
que a humanidade seguiu não foi melhor que o praticado
naquela época. A mensagem de tolerância, paz e reflexão
sobre a condição vigente, simplesmente foi considerada
como oportunismo de um aproveitador em busca de
publicidade e autopromoção. Inclusive, o fato de contar com
o apoio de testemunhas e centenas de fotografias não
resultou argumento suficiente para garantir-lhe credibilidade
ou atestar a veracidade de suas experiências e seu conteúdo.
É curioso que, daquela época até hoje, muitos contatados
estejam experimentando a mesma situação. Mesmo
angariando testemunhos dos mais diversos em seu favor,
estes continuam não sendo satisfatórios para os
"pesquisadores", que os consideram reacionários em relação
aos interesses que defendem, acusando-os simplesmente de
mentirosos ou aproveitadores, para desacreditá-los ante a
opinião pública e, assim, retirá-los de circulação, garantindo
dessa forma a perpetuação de sua hegemonia e a continui-
dade do exercício de sua manipulação.
Porém, George Adamski não foi a primeira vítima de um
mundo corrompido pelos interesses particulares e egoístas
que trazia a vivência de uma realidade extraordinária.
Também foi o caso, na época, do técnico em explosivos Sr.
Daniel Fry, que trabalhava na Aerojet General Corporation.
No dia 4 de julho de 1950, o Sr. Daniel Fry encontrava-se
trabalhando no campo de provas da base de White Sands, no
Novo México, próximo da cidade de Las Cruzes. Naquela
noite, tendo perdido a última condução para a cidade, ficou
dormindo no campo de provas. Totalmente só e sem nada
para fazer, percebeu, por volta das oito horas da noite, que o
barracão estava quente demais, saindo para refrescar-se.
Caminhando sem rumo numa maravilhosa noite sem
nuvens, observou que um estranho corpo escuro estava
deslocando-se no céu, percebendo logo o seu formato
arredondado. Ainda surpreso, o objeto foi se aproximando
vagarosamente em sua direção, pousando levemente, como
uma pena, a pouco mais de vinte metros de onde se
encontrava. Era um objeto oval metálico, de
aproximadamente 15m de diâmetro na parte mais larga, sem
janelas, portas, juntas ou rebites aparentes. Lentamente e
munido de enorme curiosidade, Daniel Fry aproximou-se do
objeto, chegando a tocá-lo rapidamente, percebendo uma
superfície lisa e suave.
Enquanto pensava a respeito, uma voz invadiu o ambiente,
dando-lhe um enorme susto, fazendo-o recuar e tropeçar na
areia. Apavorado, escutou novamente uma voz amigável
dizendo: "... Tenha calma, você está entre amigos".
Daniel levantou-se sacudindo a areia e retrucando meio
aborrecido, convencido de que estava com algum
companheiro por perto:
"... Você bem que podia abaixar o volume de sua voz. Não
havia razão para explodir dessa forma".
A voz respondeu: "... Explodir? Ah! Sim, você quer dizer
que o aviso foi muito alto. Desculpe, mas você estava quase
se matando e não houve tempo de regular os controles".
O diálogo continuou por alguns minutos, dando a entender
que o tripulante daquele objeto não era terrestre e que ainda
faltava algum tempo para poder pisar em terra, pois deveria
adaptar-se ao ambiente. Por outro lado, instruiu Daniel para
que tomasse cuidado, pois poderia se ferir seriamente, até
morrer, se continuasse a manter uma distância próxima da
nave. A entidade informou que objetivavam investigar e
determinar a capacidade de adaptação dos terrestres, além de
verificar a facilidade de resposta diante de situações fora do
normal. Segundo comentou o visitante, anteriores
expedições ocorridas em épocas distantes não tiveram bons
resultados, e agora as suas expectativas eram de melhores re-
sultados, já que estavam procurando por mentes mais
receptivas.
Diante de tudo isso, Daniel consultou se poderia voltar para
a base e convocar alguns cientistas para prosseguir o
intercâmbio, pois não era justo que apenas ele tivesse o
privilégio dessa oportunidade. A entidade retrucou
negativamente, afirmando que vinham pesquisando a mente
de muitos cientistas e que, infelizmente, embora muitos
tivessem avançado em conhecimentos técnicos, estavam
travados em relação a uma visão de vida mais humana.
Assim como haviam avançado, teriam de retroceder, pois a
ciência não era tudo, e valores essenciais para uma vida
realmente melhor haviam sido desconsiderados.
Após um longo diálogo, percebeu que a voz não provinha
de nenhum lugar em particular, mas que se encontrava em
sua mente. O ser estava se comunicando telepaticamente. O
convite para ingressar no interior do disco foi feito. Sem
titubear Daniel aceitou, entrando sem encontrar ninguém
para recebê-lo. Perguntado, o extraterrestre afirmou que
aquela era uma nave de carga, enviada para coletar amostras
e com pouco espaço interno para tripulantes, comandada
por controle remoto desde uma nave-mãe em órbita, razão
pela qual encontrava-se vazia. Já no interior, o surpreso
passageiro encontrou uma espécie de sala não muito ampla,
de uns 3x2 m e 1,80 m de altura, sentando-se confortavel-
mente numa das quatro poltronas perfeitamente anatômicas.
Prestando enorme atenção aos detalhes da nave, o diálogo
prosseguiu, e Daniel obteve longa explicação sobre alguns
conceitos tecnológicos.
Finalmente, o extraterrestre propôs que Daniel Fry desse
uma volta rápida até a cidade de Nova York, em apenas
trinta minutos, alertando que ele não sentiria os efeitos da
aceleração, mesmo que isso representasse uma velocidade de
oito mil milhas por hora. Amedrontado, mas curioso,
percebeu que o metal começou a se tornar transparente,
obtendo uma perfeita vista do local onde se encontrava
estacionado. Segundos depois o objeto decolou com Daniel
em seu interior, deslocando-se a uma enorme velocidade.
Logo depois, ele conseguia identificar a cidade de Las Cruzes
abaixo dele, e, enquanto apreciava a paisagem, o ser
explicava alguns conceitos da tecnologia de vôo. Chegando
até Nova York, foi possível apreciar um espetáculo de luzes
e prédios do céu; o objeto evoluiu sobre a cidade e
rapidamente iniciou o seu retorno para o deserto do Novo
México, chegando suavemente na base de White Sands. Ali,
Daniel foi deixado sem qualquer violência ou agressão, mas
com a certeza de que não estamos sós, e que a distância que
nos separa de outras civilizações é gigantesca.
A experiência de Daniel Fry foi a primeira em que um ser
humano teria viajado num disco voador; porém, contatos
com outros humanos começaram a suceder-se de forma
impressionante. A legião de contatados extrapolou os
Estados Unidos, vindo até a Europa e a América como um
todo. Mas os comentários e as mensagens eram sempre os
mesmos: "... a raça humana precisa progredir não apenas no
que diz respeito a sua tecnologia, mas, principalmente, em
relação ao respeito e à conquista de uma melhor forma de
vida".
Os encontros com seres extraterrestres de forma consciente
não foram realmente a única modalidade de contato
praticado por esses seres naquela época. Embora a grande
maioria das experiências de contato fossem tranqüilas e sem
qualquer agressão, logo depois surgiram os encontros
borrados do consciente, em que os extraterrestres demons-
traram não somente uma capacidade mental elevada, mas
também o poder de dominar a nossa mente por completo. E
isso parece estar associado principalmente às experiências
que envolveram trabalhos de caráter científico e
investigativo, em que o ser humano, levado ao interior do
objeto, era submetido a uma bateria de exames e análises, às
vezes incômoda. Vale esclarecer que a ufologia mundial
denominou de "abdução" a condição de rapto de uma pessoa
pelos tripulantes de uma nave extraterrestre e o seu
correspondente submetimento a qualquer tipo de análise por
parte destes seres. Desta forma, um "abduzido" é aquele que
foi levado ao interior de uma nave extraterrestre, com ou
sem sua vontade, pelos respectivos tripulantes.
O caso mais famoso de um processo de abdução, com a
respectiva perda de memória, que se conhece é o do casal
norte-americano Barney e Betty Hill, ocorrido em 1.961. De
acordo com os detalhes do caso, tudo ocorreu no dia 19 de
setembro, quando Barney e Betty se dirigiam, em seu
veículo, para a sua residência, na localidade de New
Hampshire, depois de umas pequenas férias no Canadá.
Num determinado momento da viagem, perceberam a
presença de uma pequena luz no céu, que foi crescendo em
tamanho, dando a sensação de que seguia uma trajetória
paralela à do seu veículo. Curiosos, acompanharam a luz,
percebendo que a pouco menos de um quilômetro o objeto
aterrissara. Impressionados, seguiram até o local, detendo-se
ao lado da estrada. Barney abandonou o veículo e retirou
seus binóculos do estojo para observar o enorme objeto. Ao
perceber as janelas que rodeavam o objeto aterrissado,
Barney ficou apavorado, retornando rapidamente para o
interior do veículo.
Nesse instante, Barney e Betty foram incomodados por um
apito intermitente, fazendo-os abandonar o automóvel,
sentindo uma tremenda sonolência. Passadas duas horas, o
apito voltou a tocar com força, e eles perceberam que se
encontravam viajando a cinqüenta quilômetros do local em
que haviam parado para observar o objeto pousado. Nesse
momento, não se lembravam em absoluto do que havia
ocorrido naquelas duas horas. Quando chegaram a sua
residência, perceberam algumas marcas de queimadura na
superfície do automóvel, não podendo precisar a causa.
Ainda sem qualquer idéia do ocorrido, o casal entrou em
contato com a Base Aérea de Pease, e com o Comitê
Nacional de Investigações sobre Fenômenos Aéreos
(NICAP), de Donald E. Keyhoe, estabelecido em Washing-
ton. Somente após três longos anos todo o ocorrido seria
conhecido.
Passado algum tempo da estranha experiência, o casal
começou a ter alguns sonhos estranhos e problemas no
relacionamento, razão por que decidiram participar de
algumas sessões de psicoterapia. Ambos foram submetidos à
hipnose pelo hipnoterapeuta Benjamin Simons, que
descobriu que os estranhos sonhos possuíam estreita relação
com a experiência vivida em 1.961.
No estado de transe, Betty e Barney relataram ter escutado
um apito forte e intermitente e ser retirados do interior do
veículo por um grupo de seres de baixa estatura e levados ao
interior de uma nave extraterrestre estacionada numa
clareira. Logo depois, foram depositados cada um numa
espécie de mesa de hospital, passando a ser minuciosamente
examinados. Barney percebeu que lhe colocaram uma
espécie de cálice próximo do quadril para retirar sangue, e
Betty teve uma agulha introduzida próxima do umbigo,
sentindo dor. Na expressão de dor, o extraterrestre que a
observava surpreendeu-se, colocando de imediato a mão em
sua testa e eliminando totalmente a dor. Em ambos os casos,
foram-lhes retiradas amostras de cabelo, unhas e pele. Os
seres surpreenderam-se ao perceber que os dentes de
Barney eram falsos, e fixos os de Betty. Num dos momentos
no interior da nave, Betty percebeu uma espécie de mapa
tridimensional em uma parede, inquirindo o possível
comandante da nave a respeito dele. O ser explicou que era
um mapa estelar de rotas de viagem pela Via Láctea,
indicando os lugares freqüentemente visitados. Curiosa a
respeito, Betty perguntou de imediato se ele podia indicar
qual o planeta de sua procedência, ao que o ser retrucou,
perguntando sobre seus conhecimentos de astronomia.
Betty era enfermeira e respondeu que seu conhecimento a
esse respeito era extremamente precário. O ser sim-
plesmente respondeu que de nada valeria fazer qualquer
esclarecimento, já que, em vista dessa precariedade, seria
impossível para ela identificar a estrela da qual provinham.
De qualquer forma, Betty reteve em sua mente a imagem do
mapa, reconstruindo-o sob transe. A investigadora norte-
americana Sra. Marjorie Fish procurou reconstruir o mapa,
conseguindo fechar o enigma após vários anos da
experiência, justamente quando os astrônomos anunciaram a
descoberta de duas novas estrelas, identificadas como Zeta
Retículi 1 e 2, as quais eram o eixo central de todo o mapa.
Este evento confirmou a veracidade da experiência do casal,
assim como a descrição do exame a que Betty foi submetida,
isto é, Betty teve uma agulha introduzida no abdome para
ver se estava grávida ou não. O teste do líquido amniótico
foi desenvolvido muitos anos depois deste evento pela nossa
medicina, sendo desconhecido na época. A experiência
desse casal foi registrada pelo investigador John G. Fuller no
seu livro The Interrupted Journey.
Este tipo de evento, isto é, a perda da consciência por um
lapso de tempo, ou missing time, é muito comum nos
tempos atuais em relação a experiências abdutivas, ou seja,
situações de rapto por entidades alienígenas.
Porém, as experiências de contato com seres de outros
mundos nem sempre foram fáceis ou simpáticas para as
pessoas vítimas da experiência, embora isso dependa muito
da "cabeça", da preparação e do nível intelectual de quem
enfrenta tal situação. Exemplo é o caso Villas Boas,
pesquisado pelo reconhecido investigador brasileiro já
falecido Dr. Olavo
T. Fontes, pioneiro no Brasil deste tipo de trabalho. Segundo
é conhecido, no dia 15 de outubro de 1957, o trabalhador
rural Antônio Villas Boas, de 23 anos de idade na época, foi
abduzido, isto é, raptado por uma nave extraterrestre.
Embora Villas Boas já tivesse observado estranhos objetos
no céu, nunca havia passado por uma experiência similar.
Nesse dia, depois de uma segunda observação, Antônio
encontrava-se lavrando a terra quando percebeu uma esfera
luminosa no céu, que desceu, parando na frente de seu
trator. Assustado, pulou para fora do veículo, tentando fugir,
não conseguindo, porém, chegar muito longe. Três seres de
baixa estatura, trajando roupas especiais e capacetes,
agarraram-no pelos braços, com força, levando-o para o
interior da nave. Dentro do objeto, encontrou mais três
seres de características semelhantes, percebendo que se
comunicavam por um tipo de uivo ou grito. De imediato,
retiraram suas roupas, passando a lavar-lhe o corpo dos pés à
cabeça, e retirando amostras de sangue logo depois do
maxilar inferior. Finalizado o trabalho, Antônio foi colocado
numa sala, em que havia apenas uma espécie de poltrona ou
sofá. Amedrontado e sem saber qual seria o seu destino, o
jovem Villas Boas entrou em pânico. Cada minuto parecia
uma eternidade, e Antônio sentiu-se cada vez mais longe de
poder obter sua liberdade novamente. Após um tempo,
apareceu uma mulher nua, de baixa estatura, aparentando ter
1,30 m, de corpo miúdo, cabelos quase brancos e olhos
azuis. As maçãs do rosto eram altas, nariz quase reto e
maxilar inferior pontudo. Embora fosse uma mulher, suas
características eram um tanto diferentes e estranhas. Len-
tamente, foi chegando perto do constrangido Antônio que,
sem entender o que estava ocorrendo, realizou com ela um
ato sexual.
O resultado desse estranho encontro sexual entre seres de
dois mundos completamente diferentes foi profundamente
investigado pelo Dr. Olavo T. Fontes, que submeteu
Antônio a uma bateria de exames, identificando a presença
de um claro envenenamento por radiação, além de perceber
as lesões de onde fora extraído o sangue.
É difícil saber se realmente a experiência de Antônio Villas
Boas foi 100% real, ou apenas parte dela. As experiências de
caráter extraterrestre nem sempre são assimiladas pela
testemunha tal como verdadeiramente ocorreram. Às vezes
é possível que a vítima idealize algum aspecto do encontro
ou releve algum detalhe em particular; até aspectos
históricos passados podem surgir do inconsciente,
misturando-se com a realidade, provocando total distorção
dos fatos. Por outro lado, algumas vezes as carências e
desajustes da personalidade do abduzido podem provocar
um resultado confuso e difícil de ser analisado, compro-
metendo totalmente a interpretação das intenções
extraterrestres.

O Controle de Nossas Mentes

Assim como muitas pessoas foram testemunhas de
observações a distância da passagem de estranhos objetos,
muitas também testemunharam experiências de contato
com seus tripulantes em todo o mundo, vindo a prestar
relevantes informações, como já relatado. Porém, desse
enorme grupo de relacionamento com supostas entidades
extraterrestres, surge no contexto fenomenológico uma
dualidade interpretativa em que podemos notar experiências
aparentemente violentas nas quais, embora a vítima se
sentisse agredida, ao longo do contato se estabeleceu um
profundo sentimento de afeição pelos raptores. Noutros ca-
sos, porém, o sentimento de frustração, impotência e
fragilidade, acaba num estado desagradável e traumático.

A diversidade de respostas psicológicas humanas a este tipo
de experiência constitui um enorme "quebra-cabeças"
confuso e desconcertante. E experiências assim não faltam;
são os casos, em nossos dias, do Sr. Whitley Strieber,
registrado no livro e no filme Comunion (Comunhão); do
Sr. Ed Walters, nas experiências de observações e abduções
de Gulf Brease, na Flórida, Estados Unidos; e da famosa
experiência de Travis Walton, ocorrida em Snowflake, no
Arizona, que virou filme, sob o título Fire in the Sky (Fogo
no Céu). Porém, mesmo com as evidências típicas deste tipo
de encontro, isto é, marcas ou eritemas na pele, traumas
psicológicos, testemunhas paralelas, evidências físicas locais,
registros de autoridades, etc., sempre há quem distorça os
fatos para amedrontar a opinião pública. Exemplo disso é o
caso ocorrido com a experiência de Travis Walton.
No dia 5 de novembro de 1975, um grupo de lenhadores do
povoado de Snowflake encontrava-se voltando calmamente,
por volta das 18:00 horas, numa caminhonete, de mais um
longo dia de atividades. O grupo retornava percorrendo uma
região a 240 km da cidade de Phoenix, no Arizona, quando
perceberam a presença de um objeto no ar a baixa altura,
medindo aproximadamente 6x2,5 m. O grupo parou
próximo do objeto, que encantou o jovem Travis Walton.
Impressionado, saiu da caminhonete para olhar mais de
perto. De imediato, o objeto lançou um feixe de luz contra o
peito de Travis, lançando-o a vários metros. Seus
companheiros, aterrorizados, fugiram, abandonando-o, por
pensarem que estivesse morto. Ao chegarem ao povoado,
notificaram as autoridades sobre o ocorrido, procedendo às
buscas. No retorno ao local dos fatos, nada foi encontrado.
Durante seis longos dias Travis esteve desaparecido, o que
provocou a suspeita de assassinato por parte das autoridades,
razão pela qual seus companheiros foram submetidos a
diversos interrogatórios, inclusive ao detector de mentiras.
Finalmente, a irmã de Travis recebeu um telefonema da
localidade de Heber, a 20 km de Snowflake. De imediato,
seu cunhado e irmã foram ao seu encontro, achando-o em
perfeito estado. O jovem abduzido relatou haver sido
raptado por um grupo de seres de aproximadamente 1,5m de
altura, olhos grandes e carecas. Ao acordar dentro do objeto,
sobre uma maca, passou a ameaçar os pequenos seres que o
rodeavam, que abandonaram o recinto em que se
encontrava. Apavorado, saiu da sala, percorrendo um longo
corredor, chegando até uma outra sala. Ali, foi abordado por
um ser de características perfeitamente humanas e
masculinas, que o conduziu para fora da nave, que se
encontrava no interior de uma outra. Nesse momento,
observou a presença de um outro ser humano. Após esse
segundo encontro, perdeu completamente a consciência,
acordando algum tempo depois, já em terra. Travis não
apresentou qualquer tipo de traumatismo físico ou
psicológico, apenas os seis dias desapareceram totalmente de
sua lembrança.
Esse foi o relato do ocorrido com o jovem Travis Walton
naquela oportunidade; porém, no filme Fire in the Sky, que
foi assistido por gente de todo o mundo, a experiência de
Travis é mostrada como um encontro com seres psicóticos,
sádicos e que gostam de submeter humanos a sessões de
tortura extraterrestre. No filme, o jovem Travis aparece
retornando, finalmente, traumatizado, ferido e
completamente perturbado, coisa que jamais ocorreu.
Isto demonstra perfeitamente como um caso real,
completamente documentado e repleto de testemunhas, foi
manipulado para servir explicitamente a interesses
particulares, a fim de desvirtuar o assunto e amedrontar a
opinião pública. Os meios de comunicação foram
propositalmente utilizados para mentir a respeito de um fato
real e provocar medo e rejeição sobre a presença
extraterrestre. E este tipo de manipulação não é o primeiro.
Segundo o grande investigador francês Jacques Vallée,
existem informações que atestam que, durante longo tempo,
a humanidade foi exposta a um extenso processo de
manipulação intencional visando determinados resultados
em relação ao fenômeno extraterrestre. Isto é, alguns
organismos invisíveis teriam utilizado a crença e a aceitação
do fenômeno para encobrir investigações secretas e
desvirtuar algumas descobertas. De acordo com isso, a
humanidade poderia ter sido vítima de um vasto programa
de controle individual ou de massa.
Ao que parece, temos que, durante algumas décadas,
numerosos incidentes cuja responsabilidade fora atribuída a
entidades extraterrestres podem, na verdade, ter sido
produto de programas e projetos perpetrados por um grupo
de organizações ou entidades comandadas por algum tipo de
poder central, que dividiu funções e objetivos. Exemplo
disso foi um programa ou projeto denominado MK-Ultra,
que passou quase despercebido durante duas décadas, até
que uma comissão investigadora do Senado norte-americano
iniciou a sua descoberta, sendo que, dele próprio, derivaram
mais de 149 subprojetos relacionados com a manipulação
experimental do comportamento humano, realizados por
185 cientistas e 74 instituições. Embora a CIA norte-
americana negasse em 1977 que não trabalhava para
nenhum projeto similar, existem evidências de que alguns
experimentos foram continuados por outras agências de
inteligência e alguns grupos privados a serviço de certos
níveis governamentais e/ou militares.
No início dos anos 60, já existiam técnicas sofisticadas para
induzir e provocar alucinações em pessoas, alterando sua
percepção da realidade e provocando estados de amnésia ou
bloqueios mentais. Isto quer dizer que a possibilidade de
gerar agentes inconscientes por intermédio de métodos
hipnoprogramados, lavagem cerebral e drogas seria
perfeitamente possível nessa época, o que significa que
existiria grande número de experimentos nesse sentido, com
o objetivo de encobrir sabotagens, assassinatos ou ações
similares. Fica difícil pressupor até onde pode ter chegado o
domínio destas técnicas por parte de agências e centros
patrocinados pelos militares com o intuito de dominar e
controlar a mente humana, principalmente se seus objetivos
eram de interesse de segurança nacional e de espionagem,
inclusive se considerarmos a existência de uma enorme e
bem planejada rede de controle e uma sofisticada estrutura
de desinformação para acobertá-la e protegê-la da opinião
pública, já que a utilização dessas técnicas evidentemente
atentava completamente contra a ética, a moral e qualquer
legalidade. Nesse sentido, a manipulação, da qual tem sido
objeto o assunto extraterrestre, pode nos dar uma idéia bem
próxima de até que ponto a verdade se diluiu e as meias-
verdades confundiram, proporcionando uma pseudo-
realidade mentirosa e perturbadora que ameaçou totalmente
a possibilidade de que a humanidade tomasse consciência de
que, até hoje, foi conduzida como um rebanho em direção
ao matadouro, servindo passivamente a um controle que nos
engana e faz agir conforme seus propósitos e interesses.
Este é o caso do famoso informe Matrix, um documento de
361 páginas publicado em setembro de 1988 pela livraria
Arturus Book Service, da Geórgia, nos Estados Unidos. O
documento, repleto de surpreendentes "revelações", levava
a pensar que o governo norte-americano havia estabelecido
um acordo com uma civilização extraterrestre aparente e
incrivelmente mais avançada que a nossa, em que pela troca
de conhecimentos destes seres ela obteria impunidade para
agir, raptar e experimentar quantos seres humanos fosse
necessário, além de estabelecer bases subterrâneas em
território norte-americano. Por outro lado, dava-se a
entender que os propósitos extraterrestres poderiam ser até
da utilização do homem como fonte de alimento,
envolvendo inclusive experiências genéticas. Além do mais,
no conteúdo do documento, doenças como a AIDS e
algumas outras desconhecidas teriam sido desenvolvidas por
estes seres para experimentação.
O documento encontrou força nas declarações ocorridas no
dia 22 de maio de 1988, pelo piloto veterano John Lear, que
afirmou que o governo norte-americano escondia segredos
terríveis, e que o seu povo havia sido vendido aos
extraterrestres pelos governantes.
O resultado da circulação deste relatório foi estrondoso.
Grande número de investigadores e interessados no assunto,
em todo o mundo, passou a acreditar que realmente os
extraterrestres se haviam instalado na América do Norte e
encontravam-se realizando atividades semelhantes às
praticadas na Segunda Guerra com seres humanos, tudo isso
sob o consentimento do governo norte-americano. Mais
uma vez, a imagem negativa, destrutiva e hostil dos
extraterrestres ganhava espaço no imaginário humano, e
uma repulsa a sua existência e presença cobrava força no
íntimo daqueles que aceitavam essa crença.
Até pouco tempo, o autor do documento escondia-se,
utilizando o pseudônimo de Vladamar Valerian. Mais tarde,
descobriu-se ser ele, na verdade, o capitão John Grace, do
Serviço de Inteligência da Força Aérea. Além do mais, o
piloto veterano John Lear era também, na verdade, um
colaborador da CIA.
Nesse sentido, redunda ser evidente que a vida não nos
pertence, apenas serve para garantir a continuidade daqueles
que dominam o mundo. A realidade extraterrestre é
arrancada da humanidade para evitar que a sua aceitação
popular se transforme no estandarte de uma nova revolução
cultural sem precedentes em nível mundial, e isso é
histórico.
Quando em 1953 a CIA concluiu que o assunto
extraterrestre não representava potencial problema imediato
para a segurança nacional, e que a sua natureza e propósitos
escapavam completamente da compreensão humana, surgiu
o projeto MK-Ultra, com a intenção de manipular a crença
sobre o assunto, sendo que as suas implicações psicológicas e
sociológicas fascinaram as agências de inteligência norte-
americanas. No período, iniciou-se uma campanha de
distorção que fez desacreditar observadores, testemunhas e
investigadores ante a opinião pública; paralelamente,
infiltraram-se entidades privadas e personalidades no
segmento, minando as organizações de investigação e os
simpatizantes. Este é o caso da NICAP, a mais famosa
organização particular norte-americana de investigação que
influenciou entidades do mundo todo, fundada pelo major
reformado Donald E. Keyhoe; seu vice-presidente foi o
fundador da CIA, e entre os diretores encontravam-se os
fundadores de sua seção de guerra psicológica. Na frente do
público, a entidade exigia dos órgãos militares a abertura das
informações sobre o fenômeno extraterrestre; por um lado,
respondia para o público como comprometida com o
esclarecimento do assunto, mas, por outro lado, seus
principais membros faziam parte do serviço de inteligência
norte-americano, filtrando as informações e confundindo a
opinião pública, que confiava nesta organização como
defensora de seus interesses diante da realidade da presença
extraterrestre. Ingenuamente, a opinião pública sofria a
manipulação daqueles que deveriam ser seus aliados no
esclarecimento dos fatos. As pessoas haviam depositado sua
confiança em quem respondia com a omissão, represen-
tando um teatro bem armado para cativar, seduzir, obter
informações e devolver apenas o que lhes interessava.
Estrategicamente, uma elite ufológica, a serviço das agências
de inteligência, obtinha do próprio público o material para o
exercício de sua manipulação, filtrando e retomando apenas
o que servisse a seus interesses, destruindo evidências ou
forjando resultados para confundir internacionalmente.
Assim, o controle da informação era total. O ingênuo
público circulava num ambiente em que as informações
alteradas alimentavam a sua curiosidade, colocando estrate-
gicamente dúvidas, distâncias em relação aos fatos
verdadeiros e provocando reações negativas com relação às
testemunhas, eventos ou contatados que fossem
considerados subversivos à continuidade de seus interesses.
Foram reunidas suficientes evidências de que,
posteriormente a esse período, outras agências de
inteligência continuaram o trabalho de manipulação,
auxiliadas por entidades privadas, envolvendo inclusive
seqüestros, que começaram a proliferar por volta de fins da
década de 60. Algumas evidências indicam que as vítimas
destes seqüestros tiveram, realizados pelas agências, não
somente resultados de alterações psicológicas, mas também
de caráter genético. Tudo isso para responsabilizar os
extraterrestres de algo que a ciência aberta não poderia
realizar, já que a experimentação genética e mental em seres
humanos não era permitida pela lei. Noutras palavras, esse
tipo de experiência atribuída a uma civilização extraterrestre
redundaria num enorme resultado se os experimentos
pudessem ser para futuro uso militar, sem responsabilizar
qualquer entidade governamental ou privada. Que melhor
forma de submeter seres humanos a experimentos dos mais
variados senão responsabilizando seres extraterrestres, mes-
mo que de cidadania norte-americana?
Desta forma, é bem possível que muitos abduzidos
acreditem haver sofrido experiências de contato
extraterrestre ou ter sido submetidos a algum tipo de
intervenção ou implante, confirmando seus depoimentos
com eritemas ou marcas de tais exames. Mesmo investigados
por meio de processos de regressão hipnótica, sua descrição
estaria calcada nos programas de indução mental aos quais
teriam sido submetidos, confirmando apenas aquilo que seria
necessário para endossar o fato de um suposto rapto
extraterrestre, e, assim, apenas os extraterrestres levariam a
culpa e a responsabilidade do transtorno, bem como a fama.
Seja como for, o fato é que estes procedimentos não
permaneceram apenas em território norte-americano, tendo
sido exportado para diversos países em que os interesses
vigentes aconselhavam manter a população à margem da
verdade. Não é, pois, por acaso que o assunto discos
voadores permanece, ainda nos dias de hoje, um tema
controvertido e difícil de ser discutido abertamente. Embora
a população mundial não possa mais deixar o assunto de
lado, persistem dificuldades em sua aceitação.
Percebamos, pois, que num momento como hoje, de grande
atividade ufológica mundial, que neste ano aponta
estatísticas com incremento de mais de 400% de
observações e experiências em nível mundial apenas em
relação a 1995, temos também paralelamente uma explosão
de filmes de ficção científica, como O Dia da Independência
(Independence Day) e A Invasão (Arrival), além de muitos
mais que deverão chegar em breve, todos apresentando uma
imagem extraterrestre hostil, violenta e indiferente em
relação aos direitos humanos. A necessidade de impor
subliminarmente a possibilidade de uma presença alienígena
perigosa e ameaçadora torna-se crucial para a perpetuação da
manipulação e o distanciamento do ser humano comum
desta realidade. Desta forma, os meios de comunicação
submetem-se inconscientemente a esse jogo, servindo de
canais de programação mental, ingressando diretamente na
mente do telespectador que, curioso, busca informação,
encontrando apenas a consolidação do que poucos desejam:
o medo, a insegurança e a dúvida. O esclarecimento estará
sempre distante, pois as regras deste escuro jogo é
justamente a confusão e a alimentação da controvérsia. E,
pelo jeito, a situação permanecerá assim por muito tempo.
Antigamente o assunto era coisa de loucos, pessoas
perturbadas e sem nada melhor para fazer, usando o tema
para "aparecer". Quem se expunha a relatar um fato estranho
corria o risco de ser considerado tolo e ridicularizado
publicamente, comprometendo sua credibilidade e
competência. Porém, é absurdo perceber que,
normalmente, uma pessoa que tivesse testemunhado uma
aproximação extraterrestre correria de imediato o sério risco
de ser desacreditada ante a opinião pública, visto que, se a
mesma pessoa testemunhasse uma assassinato, seu de-
poimento poderia levar o responsável a uma pena capital.
Hoje, não dá mais para negar a existência dessa realidade. Os
antigos métodos de afastamento não funcionam mais;
portanto, já que estas organizações não podem destruir a
crença pública da existência deste seres, a ordem é dizer que
são ruins e que desejam apenas nos utilizar como cobaias
numa megaexperiência extraterrestre. Desta forma, basta
assustar para manter a população longe da possibilidade do
contato; basta destruir os contatados publicamente ou negar-
lhes a oportunidade de falar, para afastar o público da
verdade dos fatos e da real intenção desses seres em relação
à raça humana. E, pois, suficiente compor um grupo de pes-
soas que assuma o poder sobre o assunto para ter toda a
população submetida ao exercício da manipulação. E,
descobrir quem é quem nesse meio, não será tarefa fácil.
Como diria uma das melhores séries de televisão atual: "A
verdade está lá fora".

Alternativa 3

Dentro do Universo das informações existentes sobre a
presença extraterrestre, inúmeras mentiras e pseudo-
verdades têm transitado por todos os meios de comunicação,
afetando sobremaneira o comportamento, a apreciação e o
interesse da população sobre as intenções, os propósitos e,
principalmente, sobre a controvertida polêmica da real
existência destes seres. O cabedal de boatos e informações
implantadas pelas diversas agências governamentais e mili-
tares tem-se sobreposto a inúmeras verdades, que, eclipsadas
pelas intencionais fraudes, continuam a confundir os mais
assíduos curiosos e investigadores, transformando-os em
marionetes inconscientes de suas vontades e agentes de
censura e manipulação.
Tal é o caso de um surpreendente programa de televisão,
que foi ao ar há mais de um quarto de século, em que
categoricamente se dava a entender que um seleto grupo de
sábios e cientistas de todo o mundo estava sendo transferido
secretamente para uma colônia em Marte, o que, de ime-
diato, já parece algo absurdo de acreditar. Porém, no
trabalho de investigação realizado sobre este assunto, pelo
eminente pesquisador chileno Sr. José Antônio Huneeus,
temos que, no dia 1º de abril de 1977, a cadeia de televisão
inglesa ITV colocou no ar um programa denominado
Science Report (Informe Científico), produzido pela
empresa Anglia Televisión de Norwhich, dedicado ao que
foi chamado de "Alternativa 3", uma suposta conspiração
que envolvia os Estados Unidos e a então União Soviética,
cujo objetivo era preservar e instalar uma amostra bem
seletiva da raça humana sob todos os aspectos em Marte,
enquanto o planeta Terra se deteriorava sob a contaminação
ambiental e o chamado "efeito estufa". O programa foi
escrito por David Ambrose, dirigido por Christopher Miles,
produzido em 1977 por John Rosenberg e John Woolf, e
narrado por Tim Brinton. Embora estivesse numa linha de
documentário, sua concepção lembrava claramente a
estrutura de um drama muito similar ao da Guerra dos
Mundos, transmitido pelo rádio por Orson Welles no "Dia
das Bruxas" de 31 de outubro de 1.938. Vale lembrar que o
trabalho de Welles provocou enorme pânico na população
norte-americana, já que, embora estivesse baseado na novela
de ficção do escritor inglês H. G. Wells, foi apresentado
como simulação de um programa de notícias. De qualquer
forma, os profissionais que geraram o programa "Alternativa
3" afirmaram tratar-se de simples ficção construída a partir
de algumas especulações e tendências científicas e
tecnológicas; mas, mesmo assim, o programa converteu-se
numa grande dúvida internacional ao longo do tempo,
estimulando a imaginação de muitos.
Para termos uma idéia, o programa jamais foi ao ar nos
Estados Unidos, mas o tema "Alternativa 3" reuniu grande
legião de crentes ao longo dos anos. Apenas fitas de vídeo
"pirateadas" e o livro com o mesmo título, escrito por Leslie
Watkins, David Ambrose e Christopher Miles, publicado
pela Editora Sphere Books, da Inglaterra, em 1978, e pela
Avon Books, dos Estados Unidos, em 1979, procurados
continuamente, foram a única fonte de informação para
alimentar a imaginação desse público.
Porém, mesmo que na época o programa e as informações
apresentadas não tivessem provocado grande impacto,
alguns aspectos então surgidos começaram a ser associados
ao seu conteúdo, como as contínuas declarações de
observações de estranhos objetos e luzes na superfície lunar,
assim como a notícia das evidentes futuras intenções da
Nasa a respeito do planeta Marte, isto é, de tornar seu
ambiente habitável artificialmente para a colonização de
humanos, além de outras coisas.
No livro, assim como no programa, a trama envolve uma
conspiração que visa permitir a sobrevivência de um seleto
grupo de humanos em Marte, o local escolhido. Após o
desaparecimento de cientistas e da criação de escravos
humanos, militares de ambos os lados (norte-americanos e
soviéticos) realizam diversos encontros para dar início ao
projeto, assassinando quem resistir ou interferir. Para
viabilizar o objetivo, inicialmente são montadas bases na Lua
para servir de degrau imediato até a conquista de Marte.
Porém, por vários fatores, a base na Lua é destruída
totalmente, concluindo assim o projeto.
A idéia da existência do projeto "Alternativa 3" transformou-
se num mito, mesmo diante da constante afirmação de seus
autores de que tudo era apenas ficção. E isso não é de se
estranhar, como podemos observar em relação à obra
Operação Cavalo de Tróia, de J. J. Benitez.
Nesta, um enorme público considera o trabalho uma
verdade, isto é, que os norte-americanos teriam viajado
através do tempo e encontrado Jesus, o que demonstra certa
credulidade ou até ingenuidade por parte do público sensível
ao tema. Nesse sentido, caberia aqui fazer profunda reflexão
a respeito, já que muitos outros mitos atuais circulam no am-
biente ufológico internacional. É caso da febre do mito
"Alternativa 3" modificado, trazido à tona novamente aos
Estados Unidos pelos Srs. John Lear e William Cooper, que
adaptaram aspectos da história para a idéia de bases
extraterrestres construídas dentro do território norte-ame-
ricano sob a aprovação do governo e a presença de seres
extraterrestres considerados ruins ou "não-confederados",
que têm por hábito retalhar animais e fazer experimentos
com seres humanos de diversas maneiras e de forma
violenta, inclusive torturando-os psicologicamente,
chegando ao ponto de utilizar as mulheres como
incubadoras de embriões híbridos. Além, é claro, do mito de
que é impossível existir contato inteligente com esses seres,
em que a relação estabelecida seja clara, objetiva, inteligente,
cordial e constante.
Tudo isso demonstra como a população mundial está
vulnerável para receber qualquer informação, por mais
absurda que possa ser, tornando-a uma possível realidade.
Minar a mente do homem tornou-se algo relativamente
simples hoje em dia; basta apenas saber colocar a informação
no momento certo e por meio da fonte correta que, em
breve, o mundo todo estará discutindo o assunto e
aceitando-o como possibilidade.
Um outro exemplo foi a paranóia perpetrada pelo ex-
suboficial da armada norte-americana, Sr. William Cooper,
de que conspirações políticas e ufológicas pairavam sobre a
população, que atribuiu a existência de operações da CIA e
do FBI e a origem da AIDS e de outras doenças a seres
extraterrestres, chegando ao ponto de imputar a morte do
presidente Kennedy e o suposto suicídio da atriz Marilyn
Monroe à existência de acordos secretos entre
extraterrestres, governo e entidades do mundo econômico e
político da época.
Vale destacar que as palestras de Cooper são empolgantes e
fartamente assistidas por um público ávido e curioso,
repletas de sensacionalismo exacerbado no discurso, o que
também podemos registrar em outros "ufólogos" que
defendem idéias semelhantes, como o Sr. John Lear, autor
de vários trabalhos sobre extraterrestres.
Numa palestra ocorrida por volta de 1991 durante a UFO
Expo West de Los Angeles, o Sr. John Lear discursou,
protegido por uma barreira de seis guarda-costas (criando, é
claro, um clima propício de suspense e tensão),
denunciando que o governo norte-americano realmente
possuía bases secretas na Lua desde longa data, e que os
projetos Mercury, Gêmini, Apolo, Skylab e Space Shuttle da
Nasa eram todos uma fraude para acobertar toda essa
atividade. Afirmou, inclusive, que já existia uma base em
Marte instalada há vários anos, e que os marcianos existiam
como civilização mais avançada, morando no subsolo,
aparentando forma física similar à humana.
De qualquer forma, podemos observar que a intoxicação de
informações a respeito da presença extraterrestre, assim
como sobre as verdadeiras atividades oficiais em relação a
este relacionamento, sofre de uma terrível manipulação,
encontrando no ingênuo público interessado eco suficiente
para se expandir e contaminar. Porém, não somente o
público leigo e interessado torna-se vítima desta situação,
mas também os próprios investigadores, que se transformam
em massa de manobra para perpetuar a distorção.
Mas, dentro de toda essa loucura e especulação, deixando a
paranóia da invasão de lado e retornando à análise do
fenômeno, temos que, realmente, existe vasto repertório de
informações e observações que corroboram uma atividade
anômala e estranha ocorrendo tanto em nossa Lua quanto
no espaço que nos circunda. E isto vem acontecendo desde
o século XIX, o que de imediato invalida a possibilidade de
ser o governo norte-americano o responsável por estes
fenômenos. Por outro lado, seria importante refletir sobre
até que ponto a atividade espacial humana tem nos
permitido tomar conhecimento do que ocorre no espaço
afora? Até que ponto podemos ter certeza de que a presença
desses estranhos seres é certamente extraterrestre? Será que
os astronautas tiveram encontros com esses seres?
Vale considerar que realmente existem várias teorias para
explicar o fenômeno OVNI. Algumas delas sugerem que
pode ser realmente produto da presença de seres de origem
extraterrestre com a missão de investigar outras formas de
vida e localizar novas fontes de suprimento. Há aqueles que
sugerem ser viajantes terrestres do futuro realizando uma
investigação sobre o passado. Além do mais, poder-se-ia
extrapolar no sentido de considerá-lo como fruto de
fenômenos, objetos e/ou manifestações pertencentes a
outras dimensões de matéria ou a outros Universos. De igual
forma, existem aqueles que insistem em considerar o
fenômeno como resultante da observação e registro de
naves e aparelhos "terrestres" desenvolvidos por uma
tecnologia avançada secreta, originária de alguma potência
humana não revelada; e, mais, temos aqueles que o definem
como luzes e irradiações telúricas provenientes de
fenômenos geotécnicos desconhecidos; ou, simplesmente,
que tudo não passa de alucinações coletivas e histeria geral.
De qualquer forma, existem diversos aspectos que apontam
para a consagração da hipótese da natureza extraterrestre,
como, as evidências de uma atividade espacial e lunar
registradas por astrônomos e pelas diversas missões espaciais,
tanto por meio de relatos como de filmes e fotografias; o
enorme volume de testemunhas oficiais e civis da presença
dessa tecnologia em nosso planeta, colhido por relatos,
resíduos, fotos, filmes, marcas no solo, no corpo ou na
mente, reunidos ao longo de mais de cinqüenta anos; e o
acúmulo de grande volume de informações obtidas de
inúmeros contatos e contatados, embora nem sempre
considerados pelos ditos "ufólogos científicos". Vale
comentar que, historicamente, quase tudo o que se sabe
hoje sobre a presença destas entidades está sedimentado
pelo elevado número de evidências fornecidas por testemu-
nhas, sendo que muitas delas não são sequer consideradas
pelo fato de seus relatos não se encaixarem com o que
alguns investigadores consideram "padrão" ou "comum". Em
muitos casos, a investigação invade o aspecto pessoal para
considerar a credibilidade da testemunha, como se o
fenômeno estivesse direcionado apenas a um público
específico. Cabe lembrar que qualquer pessoa, em qualquer
circunstância da vida e dentro de qualquer condição mental,
social, econômica, legal, profissional ou mesmo doutrinária
poderá constituir-se uma testemunha, mesmo que algumas
de suas características não agradem os investigadores.
Infelizmente, existe hoje uma corrente nítida de
preconceitos dentro da dita "ufologia científica", afastando
totalmente da investigação e do público o acesso a
informações de conteúdo e de eventos, pela simples razão
de não considerá-las apropriadas para o "consumo" popular.
Críticas à parte, devemos lembrar que a humanidade é muito
jovem na sua prospecção espacial, razão mais que suficiente
para considerarmos que as surpresas futuras poderão ser
muitas. Por outro lado, a presença de objetos de origem
desconhecida bem próximos das diversas missões espaciais,
tanto tripuladas como não, encarregaram-se de reforçar a
tese extraterrestre da origem desses artefatos, assim como de
seus ocupantes, já que demonstraram mover-se com enorme
agilidade tanto no espaço quanto sob os oceanos, e até
mesmo em nossa própria atmosfera.
Nesse sentido, a atividade espacial do mundo moderno tem
sido bastante intensa desde outubro de 1957, quando do
lançamento do Sputnik 1 da ex-União Soviética, o primeiro
satélite artificial colocado no espaço pelo homem. Logo
depois, seguiu-se o lançamento do Sputnik 2, em 3 de
novembro do mesmo ano, contendo em seu interior a
pequena cadela de nome Laika. Vale destacar que, segundo
alguns pesquisadores, o acompanhamento da trajetória da
Sputnik 2 por alguns astrônomos revelou a presença de um
segundo objeto de origem desconhecida, escoltando de
perto a sonda soviética. E somente em 2 de janeiro de 1959
é que foi lançada a primeira sonda espacial soviética Luna 1
para observar a nossa Lua, a primeira a atingir a superfície do
satélite, em 2 de setembro.
Nos anos seguintes, a corrida espacial permitiu cogitar da
presença humana no espaço, dando origem a vários projetos
envolvendo missões tripuladas com um homem apenas.
Assim, no dia 12 de abril de 1961 foi lançada para circundar
a Terra a missão soviética Vostok 1, contendo em seu
interior o tripulante Yuri Gagarin, o primeiro astronauta
humano no espaço. Segundo alguns relatos não-oficiais,
Gagarin teria observado a presença de um objeto no espaço
pouco antes de sua reentrada na atmosfera terrestre. A
seguir, seu companheiro de aventura, German Titov,
lançado meses depois na Vostok 2, comentou também que
um grupo de objetos luminosos havia seguido a sua cápsula.
Logo depois do lançamento de Gagarin ao espaço, no dia 5
de maio seguiu o astronauta norte-americano Alan B.
Shepard Jr. na missão Mercury 3, o segundo homem no
espaço. E como os norte-americanos não perdiam tempo na
corrida para dominar a tecnologia espacial, Shepard foi logo
seguido pelo lançamento da Mercury 4 em 21 de julho,
tripulada pelo astronauta Virgil I. Grisson.
Após o lançamento da Vostok 2 em 7 de agosto de 1961
pelos soviéticos, veio a missão Mercury 5 em 29 de
novembro, com o lançamento do macaco Enos. Mais tarde,
em 20 de fevereiro de 1962, a Mercury 6 levava ao espaço o
Tenente-Coronel da Marinha John Herschel Glenn, sob o
código Friendship 7, que pouco antes de ingressar na Terra
declarou ter observado no espaço um grupo de objetos
luminosos que o acompanhou.
Aqui surge um dos primeiros relatos registrados da
observação de um estranho fenômeno no espaço, que foi
ilustrado no filme The Right Stuff (Os Eleitos), sobre a
corrida espacial, justificado como evento associado ao
processo de ionização provocado pelo ingresso da cápsula na
atmosfera terrestre. Em diversos encontros no espaço entre
astronautas e UFOs ou OVNIs, a Nasa sempre procurou
abafar a situação e buscar explicações das mais variadas,
sempre contornando, nunca solucionando.
Mas, de qualquer forma, temos que, pelo que foi possível
coletar de informações, a observação de estranhos objetos
sobrevoando o espaço e, em muitos casos, acompanhando as
cápsulas espaciais, foi uma constante durante quase todas as
missões espaciais, inclusive na Lua. Entre os anos de 1961 e
1973, circulou grande número de relatos sobre estas
observações, afirmando até que os astronautas da missão
Apolo 11, Armstrong e Aldrin foram acompanhados e
contatados por seres extraterrestres na Lua.
Muitas fotos com objetos ou manchas luminosas foram
distribuídas ao público pela Nasa, sendo que a posição oficial
da agência espacial, assim como dos próprios astronautas, em
princípio, resultou sempre em negar completamente a
existência desses incidentes. Porém, um dos casos menos
conhecidos foi publicado no boletim Just Cause, da
Organização Cidadãos Contra o Segredo dos OVNIs (CAUS),
uma das entidades mais sérias e respeitadas dos Estados
Unidos.
No exemplar de março de 1987, o editor Barry Greenwood
(co-autor do livro Clear Intent) transcreve uma carta
redigida por um ex-inspetor de segurança do Centro Espacial
Johnson da Nasa, em Houston, no Texas, cujo trabalho era
exatamente a vigilância do prédio 30, em que se encontra
localizado o famoso centro de controle das missões
espaciais. O segurança, identificado pelo pseudônimo de Bob
Davis, descreve no documento como ele e um companheiro
de trabalho encontravam-se observando, durante breve
descanso, a tela do centro de controle, quando os
astronautas filmavam de dentro do veículo lunar a região de
Hadley Rille, na Lua. Embora Bob Davis não tenha indicado
o nome da missão espacial nem a data do evento,
Greenwood confirma que a expedição a essa região lunar
ocorreu durante a missão de doze dias da Apolo 15, lançada
no dia 26 de julho de 1.971, com os astronautas Alfred M.
Worden, David R. Scott e James B. Irwin. Na carta, Bob
Davis comenta que, enquanto observava a tela,
repentinamente surgiu em cena um objeto pequeno,
brilhante, movendo-se em linha reta da esquerda para a
direita, ao longo da parte superior da tela. Nesse momento,
Davis pensou inicialmente que se tratava da própria cápsula
Apolo orbitando no céu escuro ao redor da Lua, mas logo
duvidou disso, já que, de imediato, um dos controladores
perguntou, assustado, o que era aquilo, alertando os
astronautas que estavam no veículo dessa presença. Quando
Davis perguntou a um dos técnicos presentes sobre a
natureza do objeto, recebeu como resposta que
provavelmente teria sido uma bolha de óleo que pingara na
lente da câmera, e que o melhor que podia fazer era aceitar
essa resposta, além de não contar isso para ninguém, se
quisesse manter o emprego. O próprio Greenwood lembra
haver percebido alguma coisa na transmissão direta dessa
missão, porém não se recorda de qualquer referência a um
possível avistamento nos jornais.
As mudanças comportamentais de grande número de
astronautas, incluindo os da missão Apolo 15, foram
realmente curiosas, e isso não pode ser atribuído apenas à
simples experiência de haver enfrentado a solidão do espaço
e da Lua. O impacto psicológico e espiritual dessa aventura
não poderia resultar mudanças tão radicais, como foi no caso
do astronauta coronel James B. Irwin, da Apolo 15, que
criou em 1972 a Fundação High Flight (Alto Vôo), uma
entidade cristã voltada a espalhar a mensagem de que Deus
caminhando sobre a Terra é mais importante que o homem
caminhando sobre a Lua. Um dos ambiciosos projetos do
coronel Irwin foi procurar a desaparecida Arca de Noé no
monte Ararat, na Turquia, demonstrando haver sido
"tocado" por certa experiência místico-religiosa no espaço.
Interessante foi o fato de que outro astronauta dessa missão,
Alfred M. Worden, atualmente dedicado à poesia,
comentara abertamente sobre o que pensava das visitas
extraterrestres ao nosso mundo, durante uma entrevista para
um programa de televisão, chamado O Outro Lado da Lua,
apresentado por ocasião do vigésimo aniversário da chegada
da Apolo 11 na Lua. De acordo com os seus comentários,
temos a seguinte declaração: "... Penso que podemos ser
uma combinação de criaturas que estavam vivendo aqui na
Terra em algum tempo no passado e que houve uma visita
de seres de alguma parte do Universo, e estas duas espécies
juntaram-se e tiveram descendentes; não estou convencido
completamente de que não sejamos o resultado dessa união
particular ocorrida há muitos milhares de anos".
Uma das evidências mais interessantes e menos conhecidas,
que poderiam provar algum tipo de atividade artificial sobre
a órbita lunar, é uma série de vídeos captados pelo técnico e
investigador japonês Yasuo Mizushima, que também em
1.982 teve a oportunidade de observar um objeto de
formato cilíndrico sobrevoando a localidade de Chinasaki,
no Japão. A experiência mais importante deste jovem
investigador ocorreu em outubro de 1983, enquanto
observava a Lua com o seu telescópio Celestron, quando
registrou a passagem de cinco objetos da parte sudeste do
satélite, que apresentavam a forma de grãos de arroz. O
jovem técnico calculou que o diâmetro dos objetos deveria
ser de 400 a 500 metros aproximadamente. Outros
astrônomos amadores que também presenciaram o evento,
como os Srs. Nakamura e Namashima, ainda registraram o
movimento de outros objetos sobrevoando diversas
direções.
O investigador Yasuo Mizushima possuía dois telescópios
Celestron, dos modelos C-14 e C-8, sendo que este último
apresentava uma câmara de vídeo acoplada. Com este
equipamento, Mizushima observou umas seis ou sete vezes a
Lua sendo sobrevoada por diversos objetos, tendo como
resultado pelo menos quatro gravações sobre as crateras
Tycho, Platão, Copérnico e Alphonsus. Os tamanhos e
distâncias variavam e, em alguns casos, registrou apenas o
deslocamento de algumas sombras passando em meio as
crateras, que indicavam a presença de objetos muito
próximos da superfície lunar. Segundo comenta Yasuo,
numa oportunidade mostrou seus vídeos ao astronauta James
Irwin, quando ele se encontrava em Tóquio para participar
do Congresso Internacional de Astronáutica. Depois de ver
o vídeo, o astronauta confidenciou a Yasuo que, durante sua
permanência na Lua, havia observado vários OVNIs. Em
1983, Mizushima publicou um trabalho no Japão sob o título
Outra Alternativa 3, cujo conteúdo discute os mistérios da
Lua, Marte e Vênus. No texto, o investigador cogita da
possibilidade de existir uma colônia extraterrestre na Lua e
outras em diversos pontos do nosso sistema solar.
A presença de estranhos objetos na Lua também foi
observada em outros países por diversos astrônomos, como
é o caso registrado no dia 16 de agosto de 1966, do
telescópio situado em North Dakota, nos Estados Unidos,
quando, em plena área de sombra na Lua, os astrônomos
norte-americanos observaram impressionados uma enorme
mancha luminosa, que registraram fotograficamente. De
igual forma, temos o caso registrado no dia 18 de agosto de
1966 pelo diretor do Observatório Astronômico de Adhara,
em São Miguel, Buenos Aires, na República Argentina.
Nesse dia, o padre Benito Reyna escreveu para o investiga-
dor Jack Perrin: "...Mais vale tarde do que nunca.
Primeiramente, muito obrigado pelo seu gentil envio de
fotos de OVNIs, tão interessantes. Depois, solicito as suas
desculpas por escrever-lhe em espanhol e não em inglês, ou
talvez em francês, que você compreenderia.
Não estranhe que agora lhe responda, pois tenho muitas
ocupações apostólicas por diversos lugares no interior da
República. Em relação ao seu pedido de uma foto da Lua
com OVNIs, anexo-lhe a obtida no dia 12 de dezembro de
1965. Nessa noite, enquanto obtínhamos algumas fotos da
Lua, de várias partes nos perguntavam por telefone se
percebíamos algo estranho nela, pois alguns viam passar
estranhos pontos escuros. Ao revelar a sexta foto das obtidas
a cada quatro minutos, registradas com 1/50', apareceu uma
frota de OVNIs que a cruzavam. Perceberá três grandes na
atmosfera; a do centro mostra uma torre superior, enquanto
a maior está distorcida pela atmosfera; além do mais, em
frente ao Mare Pluvium temos outro; na parte do leste, dois
pares e ... fora da borda há outro, que perceberá se colocar a
foto contra a luz...". Porém os registros argentinos não
acabariam tão facilmente. Novas fotografias de objetos na
Lua seriam obtidas no dia 4 de janeiro de 1969, pelo
Observatório de Adhara, em São Miguel, desta vez por
intermédio do astrônomo Sr. Francisco Busciglio, que
registrou a presença de objetos estranhos sobrevoando a Lua
por volta da meia-noite.
Todo esse material vai ao encontro das diversas fotos de
objetos na Lua obtidas por George Adamski durante fins da
década de 40 e início da de 50, assim como de outros
astrônomos. Naquela época, no caso de Adamski, as fotos
foram consideradas uma fraude, assim como as demais,
inclusive até hoje, ainda que objetos de idênticas
características tivessem sido fotografados ao redor do mundo
inúmeras vezes e até depois de sua morte, como ocorrido no
dia 19 de outubro de 1973 em Lima, no Peru, quando o
arquiteto Sr. Hugo Luyo Veiga registrou um objeto
exatamente igual ao fotografado durante as experiências do
contatado norte-americano.
Adamski foi um dos primeiros a apresentar claras evidências
da presença desses objetos transitando livremente pela Lua,
ainda que, hoje, o seu material continue sendo polêmico
para muitos investigadores. De igual forma, sofre o mesmo
tipo de desconfiança o material obtido pelas experiências de
Billy Meier, na Suíça, e de Ed Walters, nos Estados Unidos.
Embora eles tenham reunido farto material fotográfico e em
vídeo de suas experiências, assim como apresentado
testemunhas e testemunhos, não gozam de apoio ou
prestígio por parte de significativo número de
investigadores. E isto é fácil de entender. Como é possível
que apenas um seleto grupo de cidadãos possa ter tal
facilidade de relacionamento com extraterrestres, se existem
centenas de "grandes" pesquisadores do fenômeno em todo
o mundo que nunca viram nada na sua vida? Por que estas
pessoas seriam privilegiadas em detrimento daqueles que
devotam seu tempo e vida a este tipo de investigação?
Talvez, valeria refletir até que ponto muitos dos
investigadores do fenômeno são verdadeiramente cientistas
no correto significado da palavra e até que ponto buscam
aproximar-se do fenômeno por meio da pesquisa na
tentativa de "cavarem" a sua própria experiência? É bem
provável que muitos "investigadores" estejam utilizando as
informações, assim como as testemunhas e contatados,
como degrau imediatamente superior para realizar a sua
própria experiência, o que pode bem justificar, em muitos
casos, o preconceito existente ou a pressão que alguns
investigados sofrem para produzir e oferecer provas.
Seja como for, independentemente dos contatados, das
testemunhas, das observações e da vontade dos
investigadores, quem tem a última palavra são e serão
sempre os próprios extraterrestres. Desta forma, apenas eles
poderão dizer com quem, quando e como. Enquanto isso, o
volume de informações e evidências existentes não podem
ser desprezados nem subestimados, e muito menos
superestimados, apenas considerados modesta e
responsavelmente.

OVNIs no Espaço

A humanidade, ao longo de milhares de anos, vem se
deparando com intrincados e desconcertantes fenômenos
que colaboraram para complicar ainda mais a sua já difícil
tarefa de evoluir. A presença de eventos considerados
estranhos passou ao longo dos últimos cem anos a ter uma
explicação fora dos padrões divinos, miraculosos e ex-
traordinários, para ser apreciada como eventos relacionados
com a presença de uma tecnologia mais desenvolvida.

A tudo isso veio se somar as viagens espaciais, colocando o
homem em contato com o Universo e abrindo uma
passagem empolgante e desafiadora, demonstrando que,
além de não estarmos sós, existem aquelas civilizações que
dominam as viagens espaciais há muito mais tempo que nós,
e isso tem sido constantemente registrado pelas diversas
missões espaciais, tanto de norte-americanos quanto de
soviéticos. Nesse sentido, foram realizadas centenas de
gravações em vídeo e filme, assim como obtidos centenas de
fotos e registros de diálogos dos astronautas com o res-
pectivo centro de controle.
Embora toda essa documentação esteja transitando pelo
mundo, a controvérsia permanece pela constante negativa
da Nasa em não divulgar informações, assim como de alguns
dos astronautas, embora estes estejam cada vez mais abertos
para falar conforme se afastam da agência espacial. Vale
lembrar que graças ao Ato ou à Ata de Liberdade de
Informação (FOIA), cuja cláusula permite a todo norte-
americano obter acesso a qualquer documentação, mesmo
considerada top-secret (de alto segredo), grande volume de
documentos, muitos deles censurados, encarregaram se de
confirmar o envolvimento oficial de diversos personagens
importantes da historia, além de órgãos governamentais e
militares, e de diversas agências de inteligência na
investigação do fenômeno OVNI, demonstrando que o
assunto é sério e de grande importância.
Neste sentido, os registros de diversos astronautas trouxeram
à tona a existência de grande atividade espacial alienígena,
mostrando que estas entidades dominam perfeitamente o
espaço. Assim mostra o relato de um dos pioneiros da
astronáutica e o último a participar das missões Mercury, isto
é, voar sozinho no espaço, o astronauta Gordon Cooper.
No dia 15 de maio de 1963, o Major Leroy Gordon Cooper
foi lançado ao espaço numa apertada cápsula Mercury 9,
para uma jornada de vinte duas órbitas ao redor da Terra.
Durante a órbita final, o Major Cooper relatou à estação de
Muchea, próxima de Perth, na Austrália, que estava
observando um estranho objeto esverdeado, incandescente,
à sua frente, se e que este se aproximava rapidamente em sua
direção. O objeto de origem desconhecida era real e sólido,
pois fora captado pelo radar da estação de Muchea. A visão
de Cooper foi reportada pela Companhia Nacional de Rádio,
que cobriu o vôo passo a passo; porém, quando Cooper
retornou, os jornalistas foram informados de que não
receberiam permissão para fazer perguntas sobre a
observação do OVNI. Mas esta não foi a única experiência
do gênero que teve como astronauta. Quando da sua missão
na Gêmini 5, em 21 de agosto de 1965, junto com o
astronauta Charles P. Conrad Jr., observaram a presença de
vários objetos no espaço.
O Major Cooper acreditava firmemente nos OVNIs, já que
quase uma década antes, em 1.951, avistara um enquanto
pilotava um avião F-86 Sabrejet sobre a Alemanha ocidental.
De acordo com sua descrição, eram objetos metálicos de
formato discoidal, lembrando um pires, que se encontravam
a uma altitude considerável, dando a perceber que eram
capazes de deixar para trás todos os aviões norte-americanos
de combate.
Vale lembrar que Major Cooper foi o único astronauta a
testemunhar na reunião de novembro de 1978, ocorrida nas
Nações Unidas, enviando uma carta para ser lida e cujo
conteúdo apresentava o seguinte: "... Eu acredito que estes
veículos extraterrestres e seus tripulantes visitam nosso
planeta a partir de outros mundos... Muitos astronautas estão
relutantes em discutir sobre os OVNIs... Tive a
oportunidade, em 1951, de observar durante dois dias
muitos deles, de diferentes tamanhos, voando sobre a
Europa em formação de combate, em geral do Leste para o
Ocidente...".
Numa entrevista realizada e gravada por J. L. Ferrando, o
Major Cooper afirmou: "... Por muitos anos convivi com um
segredo, imposto a todos os especialistas em astronáutica.
Agora posso revelar que a cada dia, nos Estados Unidos,
nossos instrumentos de radar interceptam objetos de forma
e composição desconhecidas. E há milhares de relatos de
testemunhas e uma quantidade de documentos para prová-
los, porém ninguém quer fazê-lo publicamente. Por quê? É
que as autoridades temem que as pessoas possam pensar
quão horríveis invasores são esses. Assim, o lema ainda é:
evitar o pânico a qualquer custo. Também testemunhei um
fenômeno extraordinário neste planeta Terra. Aconteceu há
alguns meses na Flórida. Lá eu vi, com meus próprios olhos,
uma área definida sendo consumida pelas chamas, com
quatro buracos provocados por um objeto voador, que
desceu no meio de um campo. Seres deixaram o veículo, já
que havia outros sinais para prová-lo. Eles pareciam ter
estudado a topografia, coletando amostras do solo e,
finalmente, retornaram para seu lugar de origem,
desaparecendo com enorme velocidade ... Eu soube que as
autoridades fizeram de tudo para manter o incidente em
sigilo perante a imprensa, temendo uma reação de pânico
por parte do público".
Numa outra entrevista do Major Cooper, concedida para
Michael Lindemann da CNI News, encontramos em
algumas passagens a seguinte informação: "Para muitos
interessados emUFOs, Gordon Cooper é uma lenda. Como
astronauta pioneiro da Mercury, ele foi um daqueles norte-
americanos de visão clara, ambiciosos, otimistas, sinceros,
com a coisa certa — como disse Tom Wolfe —; homens que
fizeram o programa espacial americano ser um sinônimo de
sucesso e orgulho nacional. Porém, ao contrário da maioria
de seus companheiros astronautas, Gordon Cooper afirmou
durante décadas que ele particularmente acreditava que pelo
menos alguns UFOs são objetos espaciais alienígenas.
Com a ajuda de um amigo comum, encontrei Gordon
Cooper em seu escritório, em Van Nuys, Califórnia, no dia 8
de fevereiro. Ele não é tão grande como eu pensava, nem na
altura nem no físico. Em 1968 ele estava careca. Sua marca
ainda é o sorriso, dentes fortes, levemente estrábico. Tem
olhos azuis, atentos. Fala pausadamente e de maneira
concisa. Simplesmente puxamos algumas cadeiras ao redor
de sua mesa e começamos a falar.
Eu disse que gostei do filme de Denis Quaid retratando
Cooper em Os Eleitos (The Right Stuff), e perguntei se ele
havia gostado. 'Gostei. Ele fez um bom trabalho', disse
Cooper. 'Então você pensou em si mesmo como um
cachorro-quente?', perguntei. 'Sim, acho que sim',
respondeu-me.
Conversamos sobre o programa espacial. Segundo
comentou, subiu na Mercury 9 em 15 de maio de 1963,
completando vinte duas órbitas, um recorde norte-
americano na época. Em agosto de 1965, ele saiu novamente
na Gêmini 5 com Charles "Pete" Conrad, permanecendo lá
em cima por oito dias, realizando cento e vinte duas órbitas,
um recorde mundial. Eles estipularam passar à frente dos
soviéticos, pelo menos simbolicamente. 'Era o momento da
transição na corrida espacial. Já estávamos preparados para a
Lua. Conseguimos. Os soviéticos nunca conseguiram',
afirmou Cooper.
Cooper ia para a Lua, porém, no seu lugar, foi Alan Shepard,
e aí o programa Apolo foi cancelado. Cooper ia também para
Marte. Poucos norte-americanos sabiam que a Nasa estava
muito adiantada nos planos para uma missão tripulada em
Marte, com aterrissagem programada para 1.981. Cooper
estava previsto para comandar esta missão. Teria sido uma
nave espacial movida a energia nuclear, montada durante
órbitas ao redor da Terra, depois das partes terem sido
enviadas para o espaço com uma série de foguetes Saturno
1-B. 'Os motores nucleares estavam prontos. Muitas das
naves espaciais estavam prontas. Eles estavam ainda traba-
lhando, disse ele, E aí o programa foi cancelado também.
Tudo pelo Senador Proxmire, o pior inimigo que a América
jamais teve', afirmou Cooper.
Eu perguntei sobre seu famoso encontro com um UFO. Foi
na Alemanha, em 1951. Ele e vários outros pilotos estavam
voando jets F86; 'mal eram aviões supersônicos', ele disse.
Quando olharam para cima, viram o que parecia ser um
amplo grupo de objetos voadores de forma lenticular dupla,
os clássicos pires voadores, voando em formação. Cooper
disse que estes objetos estavam a uma altitude muito maior
do que o seu avião podia voar, embora não pudesse precisar
o quanto. Também eram mais velozes, embora também não
pudesse dizer o quanto. Nos próximos dois ou três dias ele e
outros pilotos viram algumas centenas desses objetos.
Cooper disse que realizavam manobras muito parecidas
àquela do seu próprio esquadrão. Ele e as outras testemunhas
encontravam-se de comum acordo de que estavam
presenciando uma tecnologia que não era humana.
Cooper e seus colegas relataram o que viram a seus
superiores. No devido tempo a explicação oficial foi: 'cascas
de sementes em alto vôo', o que resultou num grande
absurdo.
Porém, Cooper já havia formado sua própria opinião, ou
seja, a de que UFOs representam visitas de alguma parte, e
em tempo hábil tornou sua posição clara. Escreveu uma
carta para as Nações Unidas em 1978, dizendo: '... acredito
que os UFOS existem e que suas tripulações visitam este
planeta a partir de outros, que são, obviamente, um pouco
mais avançados do que nós aqui na Terra... sinto que
precisamos ter um programa coordenado de alto nível para
coletar e analisar cientificamente dados de toda a Terra...'.
Em 1.978 Cooper estava convicto de que estes visitantes
extraterrestres eram amigáveis, pelo menos a maioria. Ele
mantém esta posição até hoje.
Eu lhe disse que a maioria dos pesquisadores neste campo
está convicta de que alguém no governo sabe muito mais do
que diz. E Cooper concordou.
'Então, como a verdade pode vir à tona?', perguntei. 'Acho
que isso é mais com eles, os alienígenas', ele disse. 'Parece
que eles se mostram quando, onde e para quem querem. Eu
gostaria que escolhessem pessoas que realmente desejam
encontrá-los, em vez de alguns pescadores em Pascagoula,
Mississipi', falou, referindo-se ao famoso seqüestro ocorrido
em 1973 com Charles Hickson e Calvin Parker.
'O que há sobre Roswell, por exemplo?', perguntei.
'Bem, estou certo de que algo foi captado em Roswell',
respondeu Cooper.
Nesse momento perguntei-lhe sobre a existência de corpos,
no que ele respondeu:
'Talvez sim. Porém, creio que havia melhores do que em
Roswell. Conseguimos alguns vivos'.
'Vivos? Alienígenas vivos? Claro que a gente ouve boatos e
histórias fantásticas. Você realmente sabia que havia alguns
alienígenas vivos?'
'Eu conheci um sujeito que trouxe um', afirmou.
'O quê? Trouxe um? O que significa isso, exatamente?'
Segundo Cooper, foi nos anos 50, em White Sands Proving
Ground, em meio ao deserto do Novo México. O amigo de
Cooper, chamado Moser, queja faleceu há alguns anos, era
especialista em foguetes. Moser estava trabalhando por conta
própria num campo de testes para foguetes, aprontando-se
para um experimento no dia seguinte. Repentinamente, sem
aviso prévio, ouviu uma voz chamar seu nome. Ele não sabia
de onde vinha a voz. Olhou ao redor e não viu ninguém. A
voz repetiu seu nome e disse: 'Não se preocupe, estou sobre
você, num veículo, a algumas milhas acima'.
Gordon Cooper afirma que a voz pertencia a uma pessoa que
pediu para Moser que providenciasse algumas informações
básicas sobre a Terra e os humanos, pois precisaria começar
a se adaptar à vida aqui na Terra. Ficou acertado que Moser
levaria livros para o visitante, que os leria numa velocidade
incrível, e que lhe providenciaria mais. Moser viajou na
nave do visitante repetidas vezes. O visitante parecia
humano o suficiente para andar na rua, porém não estava
acostumado à gravidade da Terra e passou duro período
respirando o nosso ar. Precisou de cinco anos para se
aclimatar às condições do nosso planeta quando começou a
viver na superfície. Moser permaneceu em estreito contato
com ele.
Eu perguntei a Cooper se alguma vez havia encontrado o
visitante, ao que ele respondeu negativamente. 'Fiz várias
tentativas, dei indiretas, mas Moser nunca nos apresentou',
afirmou. 'Segundo Moser, o visitante teria se misturado
atualmente com a população, tornando-se um homem de
negócios...'.
Como foi possível apreciar ao longo desta entrevista,
algumas informações realmente nos levam a pensar que as
Forças Armadas conhecem de longa data o fenômeno, e que
as experiências ufológicas são das mais variadas. Inclusive,
que seja muito provável que seres extraterrestres já estejam
convivendo entre nós, dadas as características físicas de
alguns deles.
Da totalidade de informes e experiências com OVNIs
ocorrida com astronautas, os especialistas convergem em
considerar o relato do comandante da Gêmini 4, James
MacDivitt, como um dos mais interessantes e reveladores.
Na transmissão de MacDivitt para o Cabo Cañaveral, no dia
4 de junho de 1965, encontramos o seguinte: "... Acabo de
ver alguma coisa aqui em cima, mas justamente quando me
aproximava para obter uma boa foto, o Sol ficou na frente e
o perdi... Agora estou recebendo as novas instruções. Mas
daqui a pouco vou ver se consigo encontrar a coisa outra
vez. Acho que será difícil porque se distanciava muito
rápido. Parece-me ter uns braços muito longos que saíam do
seu corpo. Somente a vi durante um minuto, mas tenho um
par de fotos obtidas com uma das câmeras móveis e com a
Hasselblad".
Uma vez em terra firme, o comandante da Gêmini 4 teve de
enfrentar a imprensa. Reconheceu haver sido o autor das
fotografias, embora não se mostrasse muito seguro do que
havia observado: "... Provavelmente foi algum tipo de
satélite artificial que não consegui identificar no momento",
explicou. Segundo os ufólogos, pelo menos as declarações de
McDivitt apontavam claramente para a correta definição de
um UFO ou OVNI, e isso já era suficiente para promover
grande entusiasmo nesse meio. Depois, o astronauta passou a
negar as afirmações. O divulgador científico da Nasa, Sr.
James Oberg, declarou que após detalhada análise das fotos,
estas resultaram ser apenas o simples reflexo da janela da
cápsula. O astronauta rejeitou a interpretação de Oberg, mas
não se pronunciou em favor de qualquer outra hipótese: "...
Não sei o que era aquilo, mas duvido muito que exista
alguém no mundo que possa sabê-lo".
Segundo o Dr. Alien Hynek, eminente astrônomo e,
naquela época, diretor do Centro de Estudos de UFOs, um
dos poucos documentos fotográficos para os quais a Nasa
não conseguiu achar qualquer explicação convincente foi
aquele obtido pelos tripulantes da missão Apolo 11 no dia 16
de julho de 1969, pouco antes de descer na superfície lunar.
Nessa oportunidade, o comandante da missão Neil A.
Armstrong e os astronautas Edwin E. Aldrin e Michael
Collins teriam observado um objeto cilíndrico que,
conforme a mudança de ângulo, variava a sua forma e
definição. Vale destacar que os astronautas pensaram, em
princípio, que o comentado objeto fosse apenas algum tipo
de fragmento ou parte de alguma missão anterior, ou até
parte de um foguete Saturno 5, razão por que solicitaram a
Houston uma confirmação. A base teria informado que o
objeto estava longe demais para ser observado à simples vista
pelos astronautas, além de encontrar-se em outra posição.
Por outro lado, a tripulação da Apolo 11 insistia em afirmar
estar assistindo a um espetáculo incrível, bem na frente de
seus narizes, exatamente entre a sua nave e a Lua. Inclusive,
Armstrong observou o fenômeno através de binóculos,
comentando que a forma do objeto era parecida a um "L",
como "um livro aberto". A sua vez, Collins mencionou que
pareciam "cilindros ocos conectados entre si". Em sua
transmissão para a base, acrescentou: "Isto é realmente
sobrenatural". Ainda que a Nasa negasse qualquer relação
extraterrestre com o evento, ou simplesmente informasse
que os astronautas "confundiram-se com um dos estágios do
Saturno 5", os especialistas da investigação ufológica estavam
convictos de que algo ocorrera na Lua.
Difícil acreditar que homens como os astronautas, pilotos
experientes e treinados arduamente para missões espaciais,
tivessem confundido suas observações. O Sr. James Oberg
também procurou desmistificar o episódio, afirmando que:
"... uma das conversas por rádio que costumam publicar
livros e revistas ufológicas é uma fraude, e, no caso da
suposta presença de objetos não-identificados vistos na Lua,
tem como único ponto de apoio uma seqüência fotográfica
trucada numa revista japonesa".
Mesmo que as contradições ou respostas nos levem a pensar
em manobras e estratégias de abafamento ou da existência
de uma conspiração, não é a Nasa o alvo principal do público
voltado à investigação ufológica. Ao contrário do que se
imagina, a Nasa é acusada de manter uma posição dúbia e
ambígua, colocando sempre uma mensagem ou informação
de duplo sentido, o que não ocorre com a atitude mantida
pela Agência Central de Inteligência (CIA) e pela Agência
Nacional de Segurança (NSA), que realmente ocultam
informações ou as deturpam. Os que apontam essa
ambigüidade por parte da Nasa enfatizam que a agência
espacial divulga material em que aparecem estranhos objetos
registrados, enquanto, por outro lado, a agência e seus
integrantes, incluindo os astronautas, negam catego-
ricamente qualquer relação com o fenômeno extraterrestre.
E isso parece mais nítido pela própria postura do astronauta
Gordon Cooper, que não somente defende o assunto como
também dá fé de ter observado vários objetos, porém, sem
jamais confirmar suas observações no espaço em 1.963 e em
1.965 quando a serviço da Nasa.
Segundo Oberg: "... Tudo o que nossos astronautas
fotografaram no espaço está à disposição de quem o
requeira". E esta postura por parte da Nasa, de mostrar a
quem quiser todo o material obtido, coloca por terra a
pretensão de acreditar que exista algo similar a uma política
de encobrimento por parte da agência espacial. Mas a
realidade não é bem assim.
Sobre o exposto, vale relembrar que, por volta dos anos 70,
o escritório central da agência espacial em Houston, Texas,
recebia milhares de cartas de jovens reclamando informação
confiável sobre os OVNIs, assim como numerosos
chamados telefônicos de gente irritada pela falta de interesse
que demonstrava a agência em divulgar sua postura oficial
sobre o assunto. Como única resposta, a Nasa limitava-se a
remeter aos solicitantes mais insistentes uma carta-modelo,
em que explicava que em suas dependências não havia
qualquer tipo de atividade de investigação sobre o assunto, o
que foi interpretado como tentativa de eximir-se de
responsabilidades. Atualmente, é sabido que, apesar dos
contínuos desmentidos, a agência espacial vem intervindo
no estudo de alguns casos importantes, sobretudo dos
vinculados à CIA. Documentos liberados, graças ao Ato de
Liberdade de Informação, provaram que técnicos da Nasa
participaram da busca de um suposto OVNI, sinistrado numa
área nas redondezas da cidade de Bermejo, na Bolívia,
próxima à fronteira argentina, em 15 de maio de 1.978.
Nessa oportunidade, comprovou-se que um objeto de
origem desconhecida havia colidido numa das ladeiras do
Cerro Bravo, segundo aponta um documento assinado pelo
embaixador norte-americano em La Paz, obtido pelos
investigadores Lawrence Fawcett e Barry Greenwood,
autores do livro Clear Intent.
Diversas iniciativas, como a liderada pelo grupo norte-
americano Cidadãos Contra o Silenciamento OVNI (CAUS),
conseguiram obter, por meio do Ato de Liberdade de
Informação (FOIA), grande volume de documentos. Nestes,
ficou constatada a existência de relatórios em que certos
casos foram ventilados de forma pouco comprometedora ou
que foram disponibilizados apenas com a evidente finalidade
de atenuar a ansiedade popular em relação ao assunto.
Noutros, o trâmite para a sua liberação transformou-se em
verdadeiras batalhas legais, em que se comprovou que o
aparente desinteresse pelo assunto não era tão desin-
teressado assim, permitindo identificar que, em diversas
épocas, existiram várias dezenas de subcomissões que
permaneceram ocultas do conhecimento público,
trabalhando completamente voltadas para o esclarecimento
do fenômeno OVNI.
A polêmica estruturada em relação à conduta da Nasa
aumenta ainda mais a desconfiança por parte dos
investigadores e dos mais devotados curiosos do assunto.
Estaria a Nasa alimentando a ansiedade pública com pseudo-
verdades? Até que ponto poderíamos confiar no relato dos
próprios astronautas?
Embora o Dr. Allen Hynek, após uma visita às dependências
da Nasa em Houston, em julho de 1976, tivesse comentado
que nenhuma observação realizada em vôos espaciais
merecia plena confiança, temos que o Dr. Franklin Roach,
um dos principais assessores da famosa comissão geradora do
relatório Condon, que acabou por encerrar a investigação
oficial do fenômeno, assinalou, no capítulo 6 do relatório, o
seguinte: "... as observações dos astronautas continuam
sendo um desafio para quem as analisa".
Seja como for, alguma coisa de estranho está, realmente,
acontecendo, e a única forma de saber exatamente o quê
não dependerá dos organismos oficiais nem das entidades de
investigação ou dos próprios ufólogos, mas do momento em
que o próprio fenômeno nos envolver e viermos ser, todos
nós, testemunhas e vítimas.

Os Astronautas e os OVNIs

Milhares de anos transcorreram desde que o homem
abandonou as cavernas e passou a peregrinar pela vasta
Terra, dando início a fantásticas civilizações que, até hoje,
impressionam pela sua beleza, engenhosidade e sofisticação.
De igual forma, há milhares de anos estranhos fenômenos
acompanham o desenrolar desta humanidade, apa-
rentemente às vezes, observando ou intervindo em outras,
conforme parece ser a sua vontade. Nesse longo período,
estranhos encontros macularam a já turbulenta evolução
humana, sugerindo a possível presença de algum plano ou
processo de investigação articulado por entidades de origem
desconhecida. Como que obedecendo a um processo
silencioso e misterioso, testemunhas e relatos vêm sendo
arregimentados por todos os cantos deste pequeno planeta
com a nítida pretensão de tornar a sua presença algo comum
e aceitável.
Durante todo esse tempo, pessoas de todos os níveis sociais,
culturais, doutrinários, raciais, profissionais e etários, em
todas as épocas, foram transformadas em importantes
observadores de uma presença não-humana, resultando
referenciais de pesquisa e elementos de análise. Porém, ao
longo do nosso avanço tecnológico, peritos, técnicos,
cientistas e diversos tipos de militares foram forçadamente
engajados neste grupo, transformando-se em fundamentais
elementos de investigação, dado o seu grau de
comprometimento em relação às suas responsabilidades
profissionais. E neste mar de estranhos eventos, objetos
luminosos de mágicos movimentos também foram
observados no espaço afora, encontrando por testemunhas
tanto astronautas soviéticos quanto norte-americanos, e
deixando atordoados técnicos e dentistas que os
acompanhavam nos centros de controle.
Desde que as agências espaciais deram início à grande
corrida pela conquista do espaço, lançando o primeiro
satélite Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957, o Universo
abriu enorme janela para as possibilidades de uma
compreensão maior da dimensão do vasto espaço que nos
cerca, assim como da origem da vida em nosso planeta. As
expectativas em torno desse novo campo de exploração e
investigação eram de poder obter grande número de
respostas a respeito da antigüidade do nosso sistema solar e,
é claro, das condições que permitiram dar origem à vida em
nosso mundo, e se é possível isso ocorrer também em
outros lugares do Universo. Porém, o mais interessante de
tudo isso foi que, infelizmente, toda essa atividade científica
acabou gerando muito mais questões que respostas. E, ao
que parece, a tendência é continuar.
A presença de outras entidades inteligentes no espaço não
demorou para ser identificada pelos cientistas, logo após o
início da atividade espacial humana. Os registros nesse
sentido apontaram para um acompanhamento sistemático de
nossas experiências, identificando quase sempre mais
alguém lá em cima. Como o caso ocorrido depois do lança-
mento da cápsula espacial soviética Sputnik 2, no dia 3 de
novembro de 1.957, levando em seu interior a cadela de
nome Laika. Ironicamente, a cadela foi o primeiro ser
terrestre no espaço e, infelizmente, a primeira vida terrestre
a morrer ao acabar o oxigênio da cápsula, reentrando na
nossa atmosfera somente em abril de 1.958. Fora o cruel
resultado, temos que a experiência permitiu que alguns
astrônomos, que acompanharam o percurso da cápsula no
espaço e realizaram as respectivas análises fotográficas,
atentaram para a presença de um segundo objeto, que não
pôde ser identificado.
Alguns anos mais tarde, a primeira missão espacial tripulada,
a soviética Vostok 1, lançada em 12 de abril de 1961, que
transformou o Coronel Yuri Alekseyevich Gagarin o
primeiro homem no espaço a completar uma órbita em 89,1
minutos, foi também a primeira experiência humana a
defrontar-se com algo estranho fora da Terra. Pouco antes
do seu reingresso na atmosfera e de ser resgatada nas
proximidades de Smelovka, relatou-se ter observado alguma
coisa brilhante próxima da cápsula. Alguns meses depois, seu
companheiro, o astronauta Coronel-General German
Stepanovich Titov, lançado em 7 de agosto de 1961 na
Vostok 2 e que completou dezessete voltas e meia ao redor
da Terra em vinte cinco horas, também relataria uma
experiência similar, mas com a diferença de haver realizado
um registro fotográfico do evento. E isso não se daria apenas
com os soviéticos.
Após o lançamento de cinco cápsulas Mercury não
tripuladas e uma sexta com um macaco (29/7/1960,
19/12/1960, 31/1/1961, 21/2/ 1961, 24/3/1961 e
25/4/1961), tendo várias delas falhado e explodido antes de
entrar em órbita, os norte-americanos conseguiram colocar
o primeiro astronauta no espaço no dia 5 de maio de 1961,
menos de um mês depois dos soviéticos. A missão, sob
comando de Alan Bartlett Shepard Jr. daria início a uma
lenda sobre a coragem destes homens que, mesmo sabendo
da falta do preparo técnico dos foguetes, enfrentaram
corajosamente o desafio da corrida espacial.
Dentro desse espírito, a terceira missão espacial norte-
americana tripulada por humanos levou ao espaço a cápsula
Mercury 6, no dia 20 de fevereiro de 1962, sob o comando
do Tenente-Coronel John Herschel Glenn Jr., que após
realizar a terceira órbita informou à base australiana de
Woomera a observação de estranhos objetos luminosos
circundando sua cápsula. Esta passagem ficou dissimulada no
filme The Right Stuff (Os Eleitos), quando o ator Dennis
Quaid observa uma série de pequenas luzes pela escotilha,
dando a entender que eram faíscas da ionização atmosférica
produzidas pelo ingresso na atmosfera.
Porém, não somente no espaço as observações persistiam
impactando as agências governamentais e os organismos
militares. Muitos militares foram acompanhados por
estranhos objetos em diversos tipos de missões ou
experiências de caráter militar ou aeronáutico.
No dia 11 de maio de 1962, o piloto da Nasa, Joseph A.
Walker revelou que uma de suas tarefas, como militar, era
detectar UFOs durante seus vôos com o famoso X-15, um
avião de propulsão a jato. Numa dessas oportunidades, em
abril daquele mesmo ano, ele teria conseguido filmar cinco
ou seis estranhos objetos durante um vôo a cinqüenta milhas
de altitude, o que naquela época era um recorde. Segundo
Walker, era a segunda vez que filmava UFOs em pleno vôo.
Durante uma palestra por ocasião da Segunda Conferência
Nacional de Uso Pacífico de Recursos Espaciais, ocorrida na
cidade de Seattle, Washington, Walker afirmou: "... Não
quero fazer especulações sobre eles (UFOs). Tudo o que sei é
o que apareceu no filme, que foi revelado após o vôo...". Até
aquele momento, nenhum dos filmes realizados pelo piloto
havia sido liberado para o público.
No mesmo período, o também piloto do projeto X-15 Major
Robert White relatou a observação de um UFO durante um
vôo realizado a cinqüenta e oito milhas de altitude, ocorrido
no dia 17 de julho do mesmo ano (1962), ou seja, apenas
dois meses depois de Walker. Numa entrevista para o jornal
The Time, o major comentou: "... Não tenho idéia do que
possa ser. Era acinzentado, a uns trinta ou quarenta pés de
distância... Há coisas por aqui! Realmente há!...".
Enquanto isso, os astronautas continuavam sendo
acompanhados no espaço. Passados três meses da missão de
John H. Glenn, o quarto astronauta norte-americano foi
lançado ao espaço num foguete Atlas, no dia 24 de maio de
1962, na cápsula espacial Mercury 7. O jovem Tenente-
Comandante da Marinha Malcolm Scott Carpenter, sob o
codinome Aurora 7, foi o segundo norte-americano a
realizar um vôo orbital. Durante a realização de três órbitas
ao redor da Terra, Carpenter observou a presença de um
objeto muito luminoso que se destacava no espaço, do qual
realizou algumas fotos. Segundo consta, os radares de Cabo
Cañaveral registraram a presença do objeto, não indicando
tratar-se de qualquer satélite ou fragmento de algum foguete.
Curiosamente, a cápsula Mercury 7, perfeitamente
posicionada para ingressar na atmosfera, acabou caindo a
duzentos e cinqüenta milhas fora do local demarcado para o
resgate, provocando uma dramática busca de trinta e nove
minutos até a sua localização. Segundo a Nasa, o desvio teria
sido ocasionado por um defeito no sistema automático de
controle de altitude, provocando o desvio em direção ao
sudoeste. Das fotos obtidas por Carpenter, apenas uma delas
chegou ao conhecimento público, apresentando a imagem
de um objeto de forma quase cilíndrica e brilhante, tendo
aparentemente um segundo objeto saindo do seu interior.
Alguns meses depois, a missão soviética Vostok 3, ainda
orbitando no espaço com o astronauta Major Andrian G.
Nikolayev, recebeu a companhia da missão Vostok 4,
lançada ao espaço em 12 de agosto de 1962 com o
astronauta Pavel Popovich. A Vostok 3 completou sessenta
e quatro órbitas, enquanto a Vostok 4, apenas quarenta e
oito, quando ambas iniciaram o seu ingresso na atmosfera.
Pouco antes de retornar, o astronauta Pavel Popovich
reportou ao centro de controle soviético a presença de um
grupo de objetos ou partículas luminosas próximas de sua
cápsula. De igual forma, semanas depois, o astronauta
Tenente-Comandante Walter M. Schirra, pilotando a cápsula
Mercury 8, lançada em 3 de outubro de 1962, enfrentaria o
mesmo fenômeno no espaço, chamando os objetos
observados pela primeira vez pelo código de "Papai Noel
existe", utilizado mais tarde pela tripulação da Apolo 8. Du-
rante a sua observação, Walter Schirra comunicou ao centro
espacial o seguinte: "... Por favor, saibam que Papai Noel
existe e está aqui...".
Quase meio ano depois, em 15 de maio de 1963 o Major
Leroy Gordon Cooper, a bordo da cápsula Mercury 9,
cumprindo a última missão do projeto Mercury, durante a
órbita final, relatou à estação de Muchea, próxima de Perth,
na Austrália, estar observando estranho objeto esverdeado à
sua frente, o qual rapidamente se aproximava em sua
direção. O objeto, de origem desconhecida, fora captado
pelo radar da estação de Muchea. Simultaneamente, técnicos
da Nasa detectaram sinais de uma misteriosa e aterradora voz
metálica, numa linguagem indecifrável. Este acontecimento
encontra-se melhor decrito na página 177.
Um mês depois, foi lançado o astronauta soviético Valeri
Bykovsky na missão Vostok 5, no dia 14 de junho do
mesmo ano, com o objetivo de aguardar o lançamento da
Vostok 6, com a primeira mulher astronauta, a famosa
Valentina Tereshkova. Porém, um atraso por defeitos no
equipamento obrigou o lançamento da Vostok 6 a se realizar
somente no dia 16 de junho. Após completar quarenta e
oito órbitas, Tereshkova retornou à Terra, enquanto
Bykovsky somente retornou depois de completadas oitenta
e uma órbitas. Durante a estada de ambos os astronautas no
espaço, tanto Tereshkova como Bykovsky reportaram ao
Centro Espacial soviético a presença de objetos luminosos,
que acompanharam suas cápsulas a curta distância,
proporcionando-lhe detalhada descrição. Em certo mo-
mento, Tereshkova pensou tratar-se da Vostok 5, quando da
primeira observação, solicitando por rádio insistentemente
que seu colega alterasse o rumo de sua espaçonave com
medo de enfrentar uma colisão, mas Bykovsky estava a mais
de cinco mil metros do local.
As experiências dos soviéticos com estranhos objetos no
espaço não acabariam por aqui, pois logo depois, quando do
lançamento da missão Voskhod 1, em 12 de outubro de
1964, uma nova forma de aproximação estaria se iniciando.
Nesta missão, três homens foram colocados de uma única
vez no espaço, os astronautas Vladimir Komarov,
Konstantin Feoktistov e Bóris Yegorov, que após dezesseis
órbitas retornaram para a Terra. Segundo consta, os
astronautas perceberam e observaram a presença de um
objeto não-identificado que os acompanhou durante o seu
ingresso na atmosfera, evento este testemunhado pelos três
tripulantes. Pouco depois, os astronautas Pavel Belyayev e
Alexei Leonov foram lançados na missão Voskhod 2, no dia
19 de março de 1965. Esta missão seria a primeira em que
um ser humano flutuaria livre pelo espaço, cabendo ao
astronauta Leonov a honra de tal façanha. Porém, após a
primeira tentativa em que Leonov flutuava preso apenas por
um cabo, tornando-se o primeiro homem a caminhar no
espaço, um problema impediu que a cápsula retornasse após
a órbita dezesseis, forçando-o a ingressar na cápsula depois
de completar a órbita dezessete. Na primeira tentativa, os
foguetes de freio não funcionaram de forma automática,
tendo então de ser acionados de forma manual, porém sem
muita potência, transformando a cápsula numa bola de fogo,
a ponto de derreter a antena de rádio. Os astronautas caíram,
sem sofrer qualquer dano, próximo das montanhas Urais,
numa região bastante fria. Em uma reunião de imprensa
celebrada posteriormente em Moscou, à qual somente
concorreram jornalistas locais, os astronautas revelaram que,
momentos antes de inexplicavelmente abandonarem a sua
órbita, encontraram um misterioso objeto discoidal,
totalmente desconhecido no espaço, que voava a grande
velocidade.
A essa altura, os norte-americanos já haviam iniciado as
experiências com o projeto Gêmini desde o dia 8 de abril de
1964, quando do lançamento da primeira cápsula não-
tripulada, seguida pela Gêmini 2 em 19 de janeiro de 1965.
Depois, seguiram-se as missões Gêmini 3, com os
astronautas Virgil I. Grissom e John W. Young, em 23 de
março, e a famosa Gêmini 4, com os astronautas James
McDivitt e Edward H. White, em 3 de junho de 1965.
A missão Gêmini 4, lançada pelo foguete Titan 2, objetivava
realizar a mesma façanha perpetrada pelo soviético Leonov,
isto é, White flutuaria no espaço por aproximadamente vinte
e um minutos, apenas ligado à cápsula por um cabo de sete
metros. Após concluir sessenta e duas órbitas, a missão
estaria concluída, retornando para a Terra. Porém, as
condições encontradas no espaço não foram tão calmas
assim.
Depois de quase vinte e quatro horas do lançamento e
sobrevoando o Havaí, o astronauta White informou a
observação de um objeto cilíndrico no espaço com
elementos estendidos, aparentando ser algum tipo de
antena, que McDivitt passou a fotografar e filmar
repetidamente. A seguir, o objeto em questão passou a se
aproximar, assustando os astronautas, que pensaram na
possibilidade de uma colisão. Na transmissão de rádio entre
White e o centro de operações de Cabo Canaveral temos o
seguinte texto:
— White: "... Havaí...".
— Controle: "... Gêmini 4, Guymas Cabo Canaveral...".
— White: "... Adiante, Guymas, Gêmini 4...".
— Controle: "... De acordo, temos vocês verde. Como estão
as coisas aí em cima?...".
— White: "... Bem. Acabo de ver algo a mais aqui em cima
comigo, mas justamente quando me aproximava para obter
uma boa foto o Sol se colocou na frente e o perdi...".
— Controle: "... De acordo. Temos algumas mudanças de vôo
para você. Quer estar alerta para copiá-los?...".
— White: "... Sim, estou atento e vou ver se posso encontrar
a coisa outra vez...".
— Controle: "... Há grande número tempestades ao redor
neste momento. Os relâmpagos estão iluminando o interior
da nave espacial...".
— White: "... Conforme. Adiante. Não parece que voltarei a
vê-lo outra vez...".
— Controle: "... Isso é certeza? Ainda estão buscando essa
coisa aí em cima?...".
— White: "... Não. Eu a perdi. Parecia que tinha uns braços
grandes que saíam do seu corpo. Somente a vi por um
minuto. Tenho um par de fotos, uma obtida com a câmera
manual, e a outra, com a Hasselblad, mas me levava o fluxo
e antes que tivesse obtido o controle fui levado e o perdi...".
— Controle: "... Bem feito...".
Passado o susto, os astronautas voltariam a ter um novo
encontro, mas desta vez com dois objetos voando em
formação sobre as regiões do Paquistão e da China,
realizando também algumas fotos.
Finalmente, após White tomar-se o segundo homem a
caminhar no espaço, os astronautas retornaram para a Terra;
os filmes foram levados junto com todo o material do porta-
aviões para o Centro Espacial, demorando quatro dias para
que McDivitt pudesse examinar as fotos reveladas. Enquanto
isso, o analista de fotos da Nasa já havia encaminhado para
divulgação três a quatro fotos, porém McDivitt negou que
elas correspondessem ao que ele havia registrado e visto.
Quando conseguiu examinar pessoalmente o material, Mc
Divitt confirmou que o objeto registrado realmente era o
mesmo visto no espaço, se bem que a qualidade da imagem
assim como da ampliação não permitiam apreciar o objeto
com boa definição, apenas de forma difusa.
Numa posterior entrevista com McDivitt, no dia 3 de
outubro de 1967 e realizada pelo investigador sueco Gosta
Rehn, temos a seguinte conclusão: "... O astronauta viu um
objeto cilíndrico com uma prolongação que parecia uma
antena. Seu aspecto lembrava um pouco o segundo estágio
do foguete Titan. Não foi possível estabelecer suas pro-
porções, mas apresentava uma superfície angular, isto é, que
visualmente não se parecia como uma forma circular. Em
plena luz, o objeto era branco e prateado. No momento, a
cápsula espacial navegava em vôo livre sobre algum ponto
do oceano Pacífico.
McDivitt obteve algumas fotos num filme preto-e-branco. A
impressão era de que o objeto não avançava em linha
paralela à Gêmini, mas que se lhe aproximava, encontrando-
se bastante próximo. Os astronautas reagiram para evitar a
colisão. O objeto desapareceu da vista quando o Sol deu em
cheio na escotilha. McDivitt procurou localizar novamente
o objeto, alterando a posição da cápsula, para que o Sol não
os cegasse com seu reflexo, mas não conseguiu.
McDivitt comentou mais tarde que, provavelmente, o
objeto era um satélite não-tripulado. Por sua vez, o
departamento aeroespacial investigou sobre a posição dos
diferentes satélites no espaço, chegando à conclusão de que
poderia se tratar do satélite Pegasus 2, que no momento das
fotos encontrava-se a 1.900 km da Gêmini. Diante disso,
McDivitt ficou inconformado com a interpretação. Nesse
sentido, o cientista Dr. Franklin Roach, também curioso em
relação ao incidente, elaborou um quadro comparativo em
que relacionava todos os satélites, incluindo o Pegasus 2, e
fragmentos de satélites, especificando distâncias e tempos. O
Dr. Roach concluiu que o Pegasus 2 era demasiado pequeno
para que tivesse sido fotografado e filmado pelos astronautas,
além do que, pelas descrições de McDivitt, o misterioso
objeto teria passado a menos de 37 km da cápsula. Isto
desconsideraria de imediato o satélite, pois ele estava bem
mais longe.
Numa entrevista posterior, McDivitt afirmou: "... Eu vi nada
menos que um satélite a grande altitude... Parecia uma
dessas estrelas que se percebem da Terra e que vemos passar
fugazmente a enormes distâncias. Quando percebi,
tínhamos o satélite quase em cima de nós. Parecia que se
deslocava da esquerda para a direita..., como se retornasse
para o oeste, o que induz a supor que seguia uma trajetória
sul-norte...".
Mais adiante, o Dr. Roach indicou que o incidente deveria
ser considerado na classificação dos casos dúbios, pois
mesmo que os astronautas tivessem chamado o objeto
fotografado de satélite pela sua trajetória mais elevada e
polar, ele apresentava todas as características de um objeto
fora dos padrões de um satélite. Mas essas não foram as
únicas observações de estranhos objetos realizadas pelos
astronautas da Gêmini 4. De acordo com a agência de
notícias Associated Press, McDivitt e White informaram
também a observação de outros misteriosos objetos
luminosos ao sobrevoar a China e a Ásia Oriental. Nesse
sentido, McDivitt afirmou: "... Não sei o que eram e duvido
muito que exista alguém no mundo que possa sabê-lo...".
Dois meses passados da experiência dos astronautas da
Gêmini 4, em 21 de agosto de 1965, uma nova missão
norte-americana retornou para o espaço no foguete Titan 2.
A Gêmini 5, com os astronautas Leroy Gordon Cooper Jr. e
Charles P. Conrad Jr., tinha como missão simular as
manobras para um encontro espacial com outra cápsula
Gêmini; esse encontro ocorreria com as missões posteriores
Gêmini 6 e 7. Porém, uma pane no controle de combustível
fez abortar a missão, passando as cápsulas apenas a realizar
belíssimas filmagens da Terra vista do espaço, gerando dados
que propiciaram o desenvolvimento futuro de projetos de
rastreamento e espionagem militar espacial. Após quebrar o
recorde de permanência no espaço, com 7,96 dias, e de
realizar cento e vinte e oito órbitas, os astronautas
retornaram para a Terra no dia 29. Mas, além da pane nos
instrumentos, no dia 24 de agosto a Gêmini 5 também
observara a presença de três estranhos objetos quando
sobrevoava a Austrália, a China e a Ásia Oriental, registrando
fotograficamente um desses objetos na região do Himalaia.
Mais tarde, quando os astronautas retornaram, a Nasa
realizou uma reunião confidencial com eles, pois parte da
conversa mantida entre Houston e a tripulação da Gêmini 5
havia conseguido vazar, apesar dos esforços do serviço de
inteligência. Pelo conteúdo das fitas gravadas, o encontro
dos astronautas com os estranhos objetos teria ocorrido nos
dias 21 e 24 de agosto, segundo algumas fontes. E de acordo
com as transmissões de rádio, temos o seguinte diálogo:
— Dr. Chistopher Kraft: "... Garotos, alguma coisa voa junto
com vocês?...".
— Gêmini 5: "... Aguarde... Negativo, por que
perguntam?...".
— Dr. Chistopher Kraft: "... Temos uma imagem no
radar...Trata-se de um objeto espacial tripulado, juntamente
com vocês e a umas duas a dez mil jardas de distância...".
Este primeiro objeto foi detectado apenas por Houston, mas
Cabo Canaveral continuava as buscas ao objeto, até que a
cápsula passou além da curvatura da Terra próxima da Ilha
de Ascensão, a última estação de rastreamento e contato. A
próxima seria em Cornarvon, na Austrália. Foi aí que o
estranho objeto voltou a aparecer, da mesma forma que
havia ocorrido com a Gêmini 4. Nesse momento as
transmissões de rádio registraram o seguinte:
— Houston: "... Gêmini 5, Gêmini 5. Aqui Houston...".
— Gêmini 5: "... Houston, Gêmini 5...".
— Houston: "... Conforme Gêmini 5. Aqui Houston.
Alertamos que temos detectado outro objeto que tripulava
junto com vocês enquanto sobrevoavam os Estados Unidos.
A distância era de umas duas a dez mil jardas da cápsula.
Podem olhar e ver se o localizam? Infelizmente não
podemos dar a direção em que devem olhar...".
— Gêmini 5: "... A que hora é isso?...".
— Houston: "... O que você disse? Que tamanho ou que
hora?...".
— Gêmini 5: "... Hora...".
— Houston: "... Bom, parece estar com vocês. E dessa
forma que o estamos detectando. Justamente ao seu lado...".
-— Gêmini 5: "... Conforme...".
— Houston: "... Vamos perdê-los dentro de pouco aqui;
assim que perceberem algo, porque não o deixam registrado
na próxima estação?...".
— Gêmini 5: "... De acordo...".
— Houston: "... O retorno de radar era aproximadamente o
mesmo que o de vocês, pelo menos em magnitude...".
— Gêmini 5: "... Conforme...".
A imprensa desabou sobre os astronautas da Gêmini 5,
buscando a confirmação de suas observações no espaço.
Porém, a Nasa censurou totalmente os comentários dos
astronautas, negando qualquer possibilidade extraterrestre.
Mas a grande aventura espacial e a presença de estranhos
objetos sulcando a estratosfera terrestre não acabaria tão
cedo.
Quatro meses depois, os norte-americanos dariam início a
uma nova missão Gêmini, procurando o tão anunciado
encontro de duas cápsulas no espaço. Assim, no dia 15 de
dezembro de 1965, era lançada a missão Gêmini 6, com os
astronautas Walter Shirra e Tom Stafford, para encontrar-se
no espaço com a Gêmini 7, lançada em 4 de dezembro, com
os astronautas Frank Borman e James Lovell. Um defeito na
missão Gêmini 6 havia atrasado o seu lançamento do dia 25
de novembro para o dia 15 de dezembro, permitindo que a
Gêmini 7 subisse antes que ela. Porém, a sorte não estava do
seu lado. Logo depois de subir, a Gêmini 6 teve de retornar,
permanecendo no espaço por apenas um único dia. Porém,
a Gêmini 7 permaneceu por 13,78 dias, ou trezentas e trinta
horas, no espaço, estabelecendo um novo recorde,
retomando para a Terra apenas no dia 18 de dezembro.
Embora o acompanhamento de ambas as cápsulas ocorresse
no espaço, a missão não pôde continuar, forçando o aborto
do experimento.
Desta forma, a Gêmini 7 acabou permanecendo mais tempo
no espaço, razão por que registrou a passagem de vários
objetos em diversos momentos da missão, inclusive quando
realizava a aproximação com a Gêmini 6. Esta foi uma das
missões com farto material divulgado de estranhos objetos
registrados no espaço, em que constam objetos luminosos
fotografados a 297 mil metros de altitude e diversos outros
voando em formação a dois. Além do mais, as transmissões
de rádio entre os astronautas e Cabo Canaveral apontaram
perfeitamente o que ocorreu durante as manobras:
— Gêmini 7: "... Espantalho às 10 horas...".
— Houston: "... Aqui Houston... Fale novamente 7...".
— Gêmini 7: "... Garotos, temos um espantalho na direção
10 horas, mas um pouco mais em cima...".
— Houston: "... Pode ser algum dos estágios do foguete
impulsor Titan 2...".
— Gêmini 7: "... Este é um objeto identificado!... Não é o
foguete impulsor!... Sabemos onde está o foguete!... Que
fazemos?...".
Diante desta resposta, os controladores de vôo apenas se
mantiveram em silêncio. Após o incidente, a Nasa preferiu
não divulgar nada, permanecendo tudo registrado na fita
magnética número 43, correspondente à missão Gêmini 7.
No informe secreto da Nasa sobre o evento, Houston
apontou a possibilidade de que os astronautas tivessem con-
fundido os objetos com uma peça da cápsula, supostamente
o sobrealimentador. Porém, tanto Lovell como Borman
foram enfáticos em afirmar ao controle de terra que esta
peça se encontrava em foco ao mesmo tempo que os
OVNIS.
No dia 3 de junho de 1966 foi lançada a missão Gêmini 9,
com os astronautas Thomas P. Stafford e Eugene A. Cernan.
Esta missão foi a continuação da Gêmini 8, lançada em 16 de
março, porém com atraso de quase um mês (17 de maio) por
falha do equipamento. Em seu interior se encontravam os
astronautas Neil Armstrong e David R. Scott, mas dela não
existem registros de qualquer incidente ufológico.
Sumamente curioso é o fato de que tanto a Gêmini 8 quanto
a Gêmini 9 quase fracassaram completamente em suas
missões.
No caso da Gêmini 8, seus astronautas enfrentaram graves
problemas no espaço para conseguir acoplar sua cápsula a
um foguete Agena, lançado uma hora antes; mas ao ser
disparado um dos pequenos foguetes de manobra, as duas
naves começaram a girar no espaço sem qualquer freio, de
forma assustadora. Numa incrível e rápida atitude, o as-
tronauta Armstrong desligou o foguete, conseguindo assim
eliminar o perigo, porém obrigando a abortar a missão pela
terrível perda de combustível. Após concluir seis órbitas e
meia, isto é, 10 horas, 41 minutos e 26 segundos da missão,
a Gêmini 8 retomou para a Terra. De igual forma, a Gêmini 9
também falhou na tentativa de acoplamento, obrigando o
astronauta Cernan a sair da cápsula por duas horas para
realizar os reparos. Depois de completar quarenta e cinco
órbitas e permanecer por mais de três dias no espaço a
missão também foi dada por encerrada. Segundo alguns
registros, a missão Gêmini 9 teria sido acompanhada desde o
seu lançamento por estranhos objetos, que teriam sido
observados tanto pela tripulação como pela equipe técnica
de terra. O curto espaço de tempo de ambas as missões
provavelmente tenha influenciado a possibilidade de
observação de estranhos objetos, o que não ocorreu com as
missões posteriores.
No dia 18 de julho do mesmo ano, a missão Gêmini 10,
tripulada pelos astronautas John W. Young e Michael
Collins, era lançada de Cabo Canaveral para atingir uma
altitude de 762 mil metros. Nesta missão, o astronauta
Collins conseguiu completar um passeio de pelo menos 30
minutos, realizando alguns trabalhos externos. Porém,
pouco tempo depois de ingressar em órbita, Young
chamava, assustado, Houston, dizendo: "... Temos à vista
dois objetos brilhantes... Estão aqui em cima e deslocam-se
em nossa órbita... Não são estrelas!... Voam paralelamente a
nós e são vermelhos!...".
A mensagem foi captada por todos os que se encontravam
no centro de controle, inclusive por Leroy Gordon Cooper,
que estava presente acompanhando o desenrolar da missão.
De imediato, Houston solicitou aos astronautas que
fornecessem mais detalhes, sendo que, nesse momento, os
objetos saíram da órbita e começaram a se distanciar da
cápsula, para logo perder-se no espaço. O astronauta Young
insistiu, comentando: "... Pareciam satélites de algum
tipo...". Essa comunicação parece forçada, pois, para que
satélites em órbita venham a afastar-se, é necessário que
utilizem foguetes, o que em nenhum momento foi
mencionado. Finalmente, após completar quarenta e quatro
voltas à Terra, a missão foi concluída.
Em seguida subiu ao espaço a cápsula Gêmini 11, no dia 12
de setembro de 1966, contando com os astronautas Richard
Gordon Jr. e Charles Conrad Jr., que estabeleceu novo
recorde de altitude (1.368 km), concluindo perfeitamente
seus objetivos. Esta missão realizou uma série de manobras
com o foguete Agena, permitindo o passeio espacial do
astronauta Gordon por 2 horas e 43 minutos pelo espaço
afora, ligado por um cabo de 33 metros à cápsula.
Quando se completava a décima oitava órbita, sobrevoando
a ilha de Madagáscar, Gordon e Conrad observaram a
presença de um objeto brilhante e alargado, que se mantinha
a uma distância constante, dando a impressão de os estar
observando. Sem perder tempo os astronautas conseguiram
fotografar o objeto, mas, posteriormente, os laboratórios de
avaliação fotográfica da Nasa somente a puderam rotular
como pertencente a um objeto não-identificado ou algum
satélite, sendo classificada sob o número S66-54661. Assim,
ao completar quarenta e quatro órbitas ou 2,97 dias, a missão
retornou para a Terra.
Mais adiante, no dia 11 de novembro de 1966, a Gêmini 12
partia para o espaço, carregando os astronautas James Lovell
Jr. e Edwin E. Aldrin, iniciando a última missão da série.
Como parte das atividades, o astronauta Aldrin realizaria
uma série de fotografias e quebraria o recorde de passeios
espaciais, permanecendo por 5 horas e 30 minutos no
espaço, preso apenas por um cabo de oito metros.
Nos dias seguintes ao seu lançamento, os dois astronautas
comunicaram Houston sobre algo que havia começado a se
transformar numa rotina para os controladores e para os
próprios astronautas: vários OVNIs haviam se aproximado da
cápsula em várias oportunidades. Segundo registros, Lovell e
Aldrin teriam sido bem objetivos quando afirmaram:
"...Vimos quatro objetos muito próximos de nossa órbita... E
podemos afirmar que não são estrelas!...". Essa informação
encontra reforço na fotografia classificada como S66-63402,
obtida pelo astronauta Aldrin durante a missão espacial, em
que é possível observar o veículo espacial Agena e estranhos
objetos sobrevoando-o ao fundo; este mesmo fato está na
foto classificada como S66-62871, obtida por Lovell, em que
se observa um estranho objeto acompanhando a cápsula
espacial em órbita; e na foto classificada como S66-62966,
pode-se apreciar a presença de dois objetos voando em
formação.
Ao completar sessenta e três órbitas a missão foi concluída,
retornando para a Terra. Durante toda essa atividade, ambos
os astronautas realizaram, além das mencionadas, outras
fotografias, mas a Nasa qualificou os objetos de simples
fragmentos de lixo espacial ou apenas possíveis reflexos.
Tudo isso foi frustrante, já que a Nasa desautorizava seus
pilotos, fazendo-os de "tolos" ante a opinião pública e os
meios de comunicação.
Devemos acreditar que os astronautas são homens treinados
para distinguir qualquer coisa, já que, acima de tudo, a
maioria deles foi piloto de combate, razão mais que
suficiente para se ter muita atenção em relação ao que se
aproxima.
Paralelamente ao projeto Gêmini em 1964, a Nasa já havia
dado início a uma série de experiências denominadas Apolo,
lançadas inicialmente com o foguete "Little Joe II" não-
tripulado, e, mais tarde, colocadas no espaço com o
poderoso Saturno 5. Assim, finalizada a etapa das cápsulas de
dois tripulantes, deu-se início aos projetos Apolo procuran-
do colocar três astronautas no espaço, realizando agora os
preparativos para a chegada e a descida na Lua.
Desta forma, após um total de quatro missões Apolo entre
1964 e 1966, algumas abortadas por defeitos e outras bem-
sucedidas, foi dado início à conquista da Lua com a tentativa
de lançamento da Apolo 1. Assim, no dia 27 de janeiro de
1967 os experientes astronautas Virgil I. Grissom, Edward
H. White e o novato Rodger B. Chaffee tiveram sua viagem
frustrada, morrendo dramaticamente ao ocorrer um
incêndio produzido por um curto circuito no interior da
espaçonave. O ar da cápsula, oxigênio puro, fez com que a
morte dos astronautas fosse instantânea. Nunca mais foi
empregado esse tipo de condição de ar interno novamente,
além de vir a estabelecer todo um procedimento de resgate
para prevenir futuras eventualidades.
Passado o terrível incidente, foram realizadas mais cinco
missões sem tripulação, até o lançamento da missão Apolo 7,
no dia 11 de outubro de 1968. Nesse dia, o poderoso foguete
Saturno 5 levava consigo os astronautas Walter Schirra, Don
Eisele e Walter Cunningham, cujo objetivo seria realizar
algumas manobras no espaço para as futuras missões lunares.
Já durante a decolagem, os técnicos do centro de controle
detectaram e fotografaram a presença de um estranho objeto
acompanhando o foguete; durante a órbita sobre a Austrália,
o astronauta Cunningham comunicou para o Cabo Kennedy,
na Flórida, a presença de vários objetos escoltando a cápsula
a curta distância, por mais de cinco minutos. Depois de
realizar cento e sessenta e três órbitas e permanecer por
onze dias no espaço, a missão foi concluída e retornou à
Terra.
Na continuação, no dia 21 de dezembro de 1968, a missão
Apolo 8 subia ao espaço com os astronautas Frank Borman,
James Lovell e William Anders, com o objetivo de realizar a
primeira viagem tripulada para a Lua e de orbitá-la. Durante
o Natal, enquanto a cápsula girava em torno da Lua a uma
distância de 112 km da superfície, ocorreu um silêncio de
pelo menos seis minutos, por uma pane no equipamento.
Apesar dos insistentes chamados de Houston, não havia
retorno do sinal de rádio. Porém, o silêncio foi
repentinamente quebrado quando surgiu a voz do astronauta
James Lovell no rádio, afirmando enfaticamente: "... Temos
a comunicar que de fato existe Papai Noel!...". Novamente o
codinome, empregado pelo astronauta Walter Schirra na sua
observação durante a missão Mercury 8, foi empregado por
Lovell para identificar a presença de UFOs na Lua. E isto
pode ser comprovado, pois no momento da transmissão do
astronauta os monitores, que controlavam a pulsação da
tripulação em Houston, apontaram um aumento repentino
para cento e vinte batidas por minuto em Lovell. Segundo
posteriores informações, o astronauta teria observado
primeiro uma forte luz vindo de uma cratera lunar. Depois
de completar dez órbitas lunares e seis dias no espaço, os
astronautas voltaram para a Terra. Futuras missões
apontariam que os astronautas da Apolo 8 teriam realizado
importante mapeamento da superfície lunar, identificando a
presença de estranhas estruturas.
Posteriormente, a missão Apolo 9, lançada no dia 3 de
março de 1969 com os astronautas James A. McDivitt,
David R. Scott e Russel Schweickart, foi também até a Lua,
onde realizou manobras de acoplamento com o módulo de
descida. Esta missão permaneceu um total de dez dias no
espaço. De igual forma, a Apolo 10, lançada em 18 de maio
com os astronautas John W. Young, Thomas P. Stafford e
Eugene A. Cernan, também chegou até a Lua,
permanecendo no espaço por sete dias. Tanto a Apolo 9
quanto a 10 comunicaram em suas viagens a presença de
estranhos objetos escoltando seus vôos, e, em vários
momentos, estes realizaram diversas manobras bem
próximos das cápsulas. A Apolo 10 chegou a fumar a
presença de luzes na superfície lunar, como o atestam os
fotogramas classificados pelos códigos AS-10-32-4822.
Existem duas versões da mesma seqüência, uma oficial, do
arquivo do Centro Espacial Goddar, que não mostra nada de
especial, e outra do Centro Espacial Johnson, em que a
mesma seqüência de fotogramas apresenta uma luz ou forte
brilho na borda de uma cratera lunar.
Porém, a mais curiosa e interessante das situações ocorreria
com a missão Apolo 11, lançada no foguete Saturno 5 em 16
de julho de 1969, com os astronautas Neil A. Armstrong,
Michael Collins e Edwin E. Aldrin, que seriam os primeiros
a pousar na Lua. De acordo com alguns astronautas da
missão, esta teria sido a mais terrível experiência de suas
vidas.
No mesmo dia do lançamento, isto é, pouco depois de entrar
em órbita terrestre, um estranho objeto luminoso não-
identificado foi observado próximo da cápsula Apolo 11,
acompanhando por longo período a trajetória dos
astronautas, e de imediato fotografado. Porém, a misteriosa
companhia não abandonou a missão, passando a escoltá-los
até a metade de sua viagem para a Lua. De acordo com a
tripulação, o objeto encontrava-se muito próximo deles,
mantendo a mesma distância em relação à Terra, isto é,
aproximadamente 150.000 km. De acordo com as descri-
ções, o objeto apresentava o formato de um "livro aberto" ou
"L". A seguir, temos a transcrição do arquivo técnico da
Nasa sobre esse evento:
— Aldrin: "... A primeira coisa estranha que vimos acredito
ter sido um dia antes, bastante próximo da Lua. Tinha
grandes dimensões, assim que focamos a câmera nele...".
— Collins: "... Como percebemos essa coisa, olhamos através
da escotilha. E aí estava...".
— Aldrin: "... Sim, e não estávamos seguros de se seria o
Saturno 1-B. Consultamos a Terra e nos informaram que o
Saturno 1-B estava a seis mil milhas de distância. Estávamos
com um problema com a altitude que havíamos conseguido
nesse momento, verdade?...".
— Collins: "... Havia algo. Notamos um pequeno choque ou
talvez o imaginamos...".
— Armstrong: "... Estava pensando que a M.E.S.A. poderia
haver-se soltado...".
— Collins: "... Penso que realmente não percebemos
nada...".
— Aldrin: "... Certo. Víamos toda classe de objetos pequenos
que nos passavam e então vimos esse objeto brilhante.
Olhamos através da câmera e parecia ter um pouco a forma
de um 'L'...".
— Armstrong: "... Como um livro aberto...".
— Aldrin: "... Então estávamos em PTC nesse momento,
assim que cada um de nós teve oportunidade de vê-lo, e
realmente parecia estar dentro de nossa vizinhança e com
tamanho considerável...".
— Armstrong: "... Deveríamos dizer que estava justo no
limite da resolução do olho. Era muito difícil dizer
concretamente que forma apresentava. E não havia jeito de
saber o tamanho sem saber a distância, ou de saber a
distância sem saber o tamanho...".
— Aldrin: "... Então me abaixei no LEM e comecei a olhar
através das câmaras. Estávamos confusos porque, com o
sextante um pouco fora de enfoque, o que víamos parecia
ser cilíndrico...".
— Armstrong: "... Ou na verdade anéis...".
— Aldrin: "... Sim...".
— Collins: "... Não, parecia como um cilindro oco. Não
parecia como dois anéis conectados. Podia-se ver a coisa
balançar. Quando virou de perfil, podia-se ver através do seu
interior. Era um cilindro oco. Mas mudando-se o enfoque
no sextante, também mudava, parecendo com um livro
aberto. Era realmente estranho...".
— Aldrin: "... Penso que não há muito o que dizer a respeito,
porém apenas que era um cilindro...".
— Collins: "... Foi durante o período em que pensávamos
que era o cilindro quando consultamos sobre o Saturno 1-B
e quase nos convencemos de que isso era o que devia ser.
Mas, de verdade, não temos nenhuma outra conclusão. Na
realidade, como não o vimos mais, exceto nesse período,
não temos uma conclusão sobre o que poderia ter sido, qual
o tamanho ou a distância. Era algo que não formava parte
dos objetos que víamos. Estamos bastante seguros disso...".
Algum tempo depois, quando se aproximavam da décima
terceira órbita lunar, que havia sido estabelecida para iniciar
as manobras que permitiriam o descenso ao norte da cratera
Moltke, sobre o chamado Mar da Tranqüilidade, dois objetos
foram avistados, fotografados e filmados próximos dos
módulos dos astronautas. Nesse sentido, a revista II Giornale
dei Misteri, publicada em Florença, na Itália, conseguiu, por
intermédio da CBA, uma organização de investigação, vinte
e dois fotogramas do filme em cores de dezesseis milímetros
dos astronautas, nos quais é possível observar a presença de
dois objetos esféricos próximos da Lua, apresentando certo
brilho e características quase fantasmagóricas. Vale destacar
que, em relação a esse material, existe divergência, já que
alguns especialistas afirmam que a filmagem foi realizada no
dia 20 de julho, antes de os astronautas pousarem na Lua,
enquanto outros contestam, afirmando que a filmagem foi
realizada no dia 22, ou seja, depois de haverem estado na
superfície lunar.
Mesmo assim, os astronautas continuaram a realizar as
manobras de pouso, e o módulo de descida chamado
"Águia", contendo em seu interior os astronautas Armstrong
e Aldrin, iniciava os preparativos da alunissagem. Enquanto
isso, Collins permanecia no módulo de comando Colúmbia,
em órbita a 110 km da superfície lunar, monitorando o
trabalho. Mesmo enfrentando problemas técnicos com o
módulo de descida, Armstrong conseguiu realizar o imortal
pouso na Lua, de forma manual, no dia 21 de julho, às 16:17
horas. Durante 21 horas e 37 minutos, os astronautas Aldrin
e Armstrong permaneceriam na superfície lunar, en-
frentando uma aventura jamais imaginada.
Ao saírem com as roupas especiais e tocando o solo lunar,
dava-se início a uma nova etapa na conquista espacial.
Enquanto ambos os astronautas recolhiam amostras de
rochas e levantavam seus instrumentos de medição,
perceberam, para seu espanto, que não estavam sozinhos.
Apavorados, entraram de imediato em contato com o centro
de controle de Houston, transmissão esta vetada aos meios
de comunicação, mas que acabou sendo revelada mais
adiante por um grupo de radioamadores que, segundo eles,
possuíam equipamentos sofisticados que lhes permitiram
gravar o diálogo.
De acordo com a gravação divulgada por estas fontes, temos:
— Apolo 11: "... Um momento!... Um momento!...".
— Houston: "... Que foi?... Que diabos foi?... E só isso que
queremos saber!...".
— Apolo 11: "... Esses 'bebes' são enormes, senhor!... São
enormes!...".
"... Não... Não... Não é uma ilusão de ótica nem uma
distorção... Oh!... Meu Deus!... Ninguém acreditaria
nisso!...".
"... Eu lhes digo, há outras naves espaciais aqui, alinhadas na
borda da cratera!... Estão na luz, nos observando!...".
— Houston: "... Que... Que... Que está ocorrendo com
vocês?... Que diabos ocorre?...".
— Apolo 11: "... Estão sob a superfície!...".
— Houston: "... Que está funcionando mal?... Controle
chamando Apolo 11...".
— Apolo 11: "... Roger... Roger... Estamos bem aqui, mas
temos encontrado alguns visitantes. Sim, estiveram aqui
durante algum tempo, a julgar pelas suas instalações...".
— Houston: "... Missão central falando. Confirme a última
mensagem...".
— Apolo 11: "... Estou lhe dizendo que aqui há outras naves
espaciais. Estão alinhadas em fila, do lado mais distante da
borda da cratera...".
— Houston: "... Repita... Repita!...".
—• Apolo 11: "... Examinaremos a órbita... Queremos voltar
para casa... Em 625 e um quinto. O relógio automático está
colocado. Minhas mãos tremem de tal forma que não
consigo...".
— Houston: "... Filmar?...".
— Apolo 11: "... Diabos!... É assim... As condenadas câmeras
estão funcionando mal aqui em cima...".
— Houston: "...Vocês, rapazes, conseguiram alguma
coisa?...".
— Apolo 11: "... Não temos mais filmes agora... Temos
apenas três tomadas de OVNIs, ou o que quer sejam, mas
podem ter velado o filme...".
— Houston: "... Missão... Controle. E a missão controle.
Estão para partir?... Repita... Vocês estão para ir embora?...
Que significa toda essa agitação?... Por cenas de OVNIs?...
Expliquem...".
— Apolo 11: "... Estão pousados aqui!... Estão na Lua, nos
observando!...".
— Houston: "... Obtenham fotografias!... Todas as fotografias
possíveis dos OVNIS... Vocês estão filmando?...".
— Apolo 11: "... Sim, os espelhos estão todos no seu lugar...
Mas esses seres podem vir amanhã e levá-los embora... Seja
qual for a sua forma, aquilo eram naves espaciais... Não há
dúvida...".
Este foi o diálogo registrado ocorrido entre os astronautas
Aldrin e Armstrong e o centro de controle de Houston,
confirmado mais adiante por Otto Binder, membro da
equipe espacial da Nasa, e pelo diretor Christopher Craft, ao
deixar a agência espacial. Porém, a aventura da Apolo 11 não
acabaria por aí.
Ao iniciar o retorno para a Terra, o módulo de descenso
partia para acoplar-se com o módulo de comando, em que
aguardava o solitário Collins. Nesse instante, os três
astronautas voltaram a observar a presença de três objetos
que os seguiam a mais ou menos 60 km de distância. Mal
estavam conseguindo enfrentar a situação, quando per-
ceberam a presença de mais outros três objetos, pousados na
superfície de uma cratera. Mesmo com todo esse tumulto, os
astronautas conseguiram lançar-se ao espaço, retornando
para a Terra no dia 24 de julho, caindo no oceano a 1.460
km ao sudeste das ilhas do Havaí.
Poucos dias depois, o jornal norte-americano The
Washington Post publicava a transcrição completa do
diálogo entre os tripulantes da Apolo 11 e o centro de
controle em Pasadena. Como sempre, a Nasa negou
completamente as alegações.
Somente alguns anos depois Armstrong comentaria
abertamente que alienígenas teriam uma base na Lua e que
os teriam alertado para se retirarem do local e permanecer
longe dali. Numa entrevista realizada durante um evento
ocorrido nas dependências da Nasa, Armstrong teria
respondido algumas perguntas sobre a missão a um
professor, cujo conteúdo de uma delas é o seguinte: "... É
incrível. Certo. Sempre soubemos que havia uma
possibilidade. O caso é que fomos avisados. Nunca houve
dúvida sobre uma estação espacial ou uma cidade na Lua" .
Questionado sobre o tal aviso extraterrestre, Armstrong
respondeu: "... Não posso entrar em detalhes, exceto para
dizer que as naves deles eram muito superiores às nossas,
tanto em tamanho como em tecnologia. É, meu Deus, como
eram grandes... E ameaçadoras!...".
Finalmente, quando a pergunta diz respeito às demais
missões depois da Apolo 11 e sobre o conhecimento da Nasa
com relação à presença alienígenas na Lua, Armstrong
acrescentou: "... Naturalmente a Nasa estava comprometida
e não pôde arriscar-se a provocar pânico na Terra. Porém,
realmente foi uma notícia sensacional...".
Neste depoimento, o astronauta Neil Armstrong parece
confirmar a veracidade dos eventos ocorridos na Lua, mas
claramente evita entrar em detalhes, admitindo numa outra
conversa que a CIA estava por trás do abafamento.
De acordo com o ufólogo soviético Dr. Aleksander
Kasantsev, o astronauta Aldrin obteve fotografias coloridas
dos objetos observados do interior do módulo, assim como
filmagens de quando saíram para a superfície lunar.
Em 1979, o antigo chefe do sistema de comunicações da
Nasa, Sr. Maurice Chateiam, confirmou que o astronauta
Armstrong realmente havia observado dois UFOs na borda
de uma cratera lunar. Além do mais, Chatelain acredita que
alguns UFOs ou OVNIs podem ser de alguma civilização do
nosso próprio sistema solar, inclusive de Titan, a maior lua
de Saturno.
Está mais que claro para Otto Binder, Garry Henderson,
Christopher Craft e Maurice Chatelain que os astronautas
receberam ordens expressas para não discutir o que viram, e
isto é fácil de entender. Embora a Nasa seja uma entidade
civil, muitos de seus programas são custeados pelo
Departamento de Defesa, o que já estabelece uma condição
de submissão aos interesses governamentais. Inclusive o fato
de os astronautas serem militares os coloca sujeitos às regras
de segurança militar. Além do mais, a Agência Nacional de
Segurança protege todo o material fotográfico e filmes, assim
como monitora e controla as transmissões de rádio das
missões espaciais.
Seja como for, grande número de astronautas e membros da
equipe técnica do centro de controle da Nasa participaram
ao longo de vários anos de uma incrível aventura, digna do
melhor filme de ficção científica. Embora possa parecer
absurdo o aqui relatado, devemos lembrar que todos os
astronautas que enfrentaram diversas experiências do gênero
mudaram radicalmente de vida, encaminhando-se para um
estilo religioso e até místico.
A grande aventura espacial norte-americana continuou a
enfrentar grandes e surpreendentes descobertas. Muitas
delas inimagináveis, como foram as experiências registradas
pelas próximas missões, a ponto de perceber que não
somente não estamos sós no Universo, mas que além de
seres de outros lugares estarem nos visitando, também estão
estruturando bases em diversos lugares, inclusive na nossa
Lua.

Estruturas na Lua

Alguns meses após a grande aventura da Apolo 11, sua
sucessora, a Apolo 12, era colocada no espaço, no dia 14 de
novembro de 1969. Na cápsula encontravam-se os
astronautas Charles P. Conrad Jr., Richard F. Gordon e Alan
F. Bean, que, logo após a decolagem, foram bombardeados
por dois impressionantes clarões de luz, deixando tanto
astronautas como técnicos extremamente impressionados. E
bem depois de entrar em órbita, isto é, no dia 15 de
novembro, os impressionados astronautas comunicavam a
Houston o seguinte: "... Desde ontem, estamos sendo
seguidos por um objeto voador, que podemos ver através da
escotilha quando o ângulo de rotação é de 35 graus... Que
pode ser?...".
Pouco tempo depois, os astronautas reportaram a presença
de mais um objeto desconhecido, passando a ser dois que os
escoltavam, um à frente da cápsula e outro atrás, como se
estivessem mantendo uma fila indiana. Segundo o relato, os
objetos eram tão brilhantes que podiam ser observados da
Terra.
Mais tarde, na chegada à Lua, o módulo de descida
"Intrepid", com os astronautas Conrad e Bean, pousou
calmamente na região indicada como Mar das Tormentas ou
Mare Procellarum, abaixo do equador lunar. Nesse local,
encontrava-se a uns 180 metros os restos da sonda espacial
norte-americana Surveyor 3, lançada em abril de 1967 para
investigar a Lua. Depois de recolher amostras dos restos da
nave e de algumas rochas lunares, os astronautas realizaram
enorme bateria de fotos, que seriam incrivelmente
reveladoras.
Vale destacar que, durante as manobras de descida, os
astronautas e o centro de controle de Houston perceberam a
presença de estranhos sons, assobios e palavras
ininteligíveis, impossíveis de decifrar, o que intrigou
sobremaneira técnicos e astronautas, tornando o pouso
extremamente perigoso. A viagem de volta também foi
tumultuada para os astronautas.
No dia 24 de novembro, por volta das 11:47 horas,
enquanto a cápsula sobrevoava a Índia já em órbita terrestre
para o seu retorno, os astronautas perceberam a presença de
um objeto claro que projetava um feixe de luz vermelho
sobre o solo e que repentinamente, desapareceu sem deixar
rastro. Após 244 horas, 36 minutos e 24 segundos no
espaço, os astronautas retornaram à Terra para dar
explicações do ocorrido. Porém, sua incrível aventura ainda
continuava.
Ao revelar o material fotográfico obtido na Lua, os técnicos
perceberam a presença de imagens perturbadoras. Dentre as
fotos, uma delas apresentava uma inexplicável aurora
luminosa e brilhante próxima do astronauta Conrad. Além
do mais, os fotogramas de um dos filmes em dezesseis
milímetros apresentavam a imagem de enormes estruturas
transparentes na superfície da Lua, cuja simetria mostrava
claramente ser obra inteligente.
Numa das fotos em que aparece o astronauta Alan Bean é
possível observar claramente a existência de uma estrutura
em forma de domo, quase totalmente transparente, atrás
dele. Em outra foto do mesmo astronauta, realizada por
Conrad, é possível perceber no reflexo do vidro do seu
capacete a presença de um estranho objeto no ar, pairando
por detrás do fotógrafo.
A Nasa não conseguiu até o presente momento dar qualquer
explicação a respeito do material fotográfico, nem explicar
por que uma câmera se quebrou durante a estada dos
astronautas na Lua, nem a razão pela qual teriam
abandonado um filme completo em solo lunar, o que
resultou na perda de significativo material de pesquisa.
Seja como for, os registros obtidos pela missão Apolo 12
permitiram que alguns investigadores identificassem a
existência das ruínas de gigantescas estruturas de origem
inteligente e desconhecida na superfície lunar. As
posteriores missões espaciais norte-americanas encarregar-
se-iam de confirmar outros detalhes.
Porém, nada disso era de desconhecimento geral, bem ao
contrário. Tanto norte-americanos quanto soviéticos já
sabiam de longa data da presença de estranhas e
perturbadoras estruturas na superfície lunar, eis que existem
registros bastante anteriores aos projetos Apolo sobre o
assunto.
No dia 18 de julho de 1965 foi lançada em direção à Lua a
sonda espacial soviética não-tripulada Zond 3, com 950 kg
de peso em equipamentos, logo após a da missão orbital
Luna 3. Carregando sofisticada parafernália de instrumentos
de transmissão de sinais de rádio e televisão, a sonda tinha
por missão orbitar a Lua e transmitir imagens de sua
superfície ao atingir 10.000 km, o que ocorreu 33 horas
depois do seu lançamento. No dia 20 de julho, a sonda
iniciou uma série de 28 fotografias, obtidas em intervalos de
134 segundos. Durante 68 minutos, a sonda enviou imagens
do lado escuro da Lua com uma resolução de 1.100 linhas
horizontais, isto é, mais que o dobro das transmissões
anteriores realizadas pela sonda norte-americana Ranger 9
(21/3/1965), permitindo que todo esse material fotográfico
servisse para a elaboração de detalhado mapeamento da
superfície lunar.
Mas, dentro de todo esse material fotográfico, os soviéticos
observaram a presença de estranhas formas aparentemente
simétricas sobre a superfície. Neste caso, numa das fotos
realizadas na seqüência de 68 minutos aparece uma estrutura
elevando-se da superfície a uma altura de 20 milhas do solo,
próxima da região conhecida como Mare Orientale,
chamada de "torre lunar", que se sobressaiu do horizonte de
forma espetacular. Nas seguintes seqüências, a torre não era
mais visível por causa do movimento orbital da sonda e pela
curvatura da Lua, porém, aparece no mesmo ângulo uma
outra estrutura, semelhante a um domo quase transparente.
O fato de que esses objetos lunares nada naturais sejam
realmente estruturas reais e não reflexos ou sombras em
ambas as fotografias reside no fato de que podem ser
identificados corretamente, já que, movendo-se a sonda para
a parte superior direita da Lua, as estruturas apresentam o
distanciamento proporcional da sonda. E isso não é tudo. A
sonda espacial norte-americana Clementine, que faz parte
do projeto estratégico de defesa conjunto entre a Nasa e o
governo, lançada no dia 25 de janeiro de 1994 e que passou
a operar na Lua em 21 de fevereiro, registrou enorme
quantidade de fotos da superfície do satélite, mostrando
também a presença de estruturas simétricas.
Por outro lado, lembremos que já os astronautas da Apolo 10
haviam registrado, na seqüência classificada sob o código
AS-10-324822 do Centro Espacial Johnson, a existência de
luzes na Lua. Uma detalhada análise da foto obtida por essa
missão apontou serem essas luzes reflexos do Sol, numa
superfície de material transparente cujo comprimento
deveria ser de aproximadamente uma milha. A estrutura em
si parece, pela sua geometria, um agregado de cubos de
vidro, ordenados numa espécie de base ou suporte de
formato espiral. Os cientistas batizaram esse objeto de
"Palácio de Cristal".
Seja como for, vale destacar que o material obtido pela
Apolo 12, divulgado ao público e aos meios de
comunicação, sugere claramente ter sido manipulado pela
própria Nasa. Desta forma, a presença das enigmáticas
estruturas lunares foram literalmente "apagadas" dos filmes e
fotos, evitando qualquer explicação e constrangimento por
parte da agência espacial. Esta afirmação encontra
sustentação num fotograma em preto-e-branco em que é
possível apreciar o módulo lunar, registrado num filme
original de dezesseis milímetros e distribuído para divul-
gação. Porém, ocorre que o material foi alterado. E isto pode
ser observado numa outra análise da seqüência original do
antigo filme, do qual o fotograma foi retirado. Nessa análise
de 1969, por meio de um processo computadorizado de
ampliação, foi possível identificar a presença de estranhas
formas que se levantavam próximas do módulo lunar, mas
na foto divulgada elas não aparecem.
Num outro fotograma distribuído para divulgação, obtido
pela câmera Hasselblad da Apolo 12, em que aparece o
astronauta Alan Bean carregando um pacote de
instrumentos, como já mencionado, também nada consta de
anormal. Porém, quando analisado pela versão com-
putadorizada, encontramos atrás dele uma enorme estrutura
maciça, proporcionando a idéia de ser uma espécie de domo
de cristal.
Além do mais, temos também a foto classificada como AS-
12-48-7071, do capacete de Alan Bean, realizada por
Conrad, também já citada, em cuja ampliação fotográfica não
somente o objeto suspenso no ar refletido é real, como
também deixa uma sombra no solo. Como conclusão,
podemos acreditar que esta missão tinha por objetivo
vistoriar os restos de uma antiga estrutura construída por
alguma civilização de origem desconhecida, provavelmente
localizada pelos astronautas das missões anteriores. Noutras
palavras, o achado não pode ser, em hipótese alguma, casual,
e são mais que claras as intenções da Nasa: obter algum
proveito técnico dessa investigação.
A posterior missão espacial foi a terrível Apolo 13, lançada
em 11 de abril de 1970, que retornou à Terra no dia 17, e
quase custou a vida dos astronautas James A. Lovell, John L.
Swigert e Fred W. Haise por uma série de problemas
técnicos a bordo. Por incrível que pareça, a missão Apolo 13
acabou imortalizada no cinema pelos atores TomHanks,
Kevin Bacon e Bill Paxton no papel dos astronautas dessa
missão. Hollywood conseguiu transformar o tremendo
fracasso da Nasa num enorme sucesso dramático de
bilheteria. Neste caso e pela própria situação que envolveu
todo o evento, não existem registros de qualquer incidente
ufológico ocorrido durante o transcurso da missão, dado que
sua permanência no espaço foi curta, assim como toda a
atenção dos técnicos e da tripulação esteve voltada à busca
de soluções para os problemas enfrentados, já que o risco de
vida foi total. Desta forma, temos que a preocupação de
todos esteve focalizada apenas no retorno a salvo e na
sobrevivência dos astronautas, não restando qualquer
oportunidade para prolongadas ou detalhadas observações.
Assim, passado quase um ano do nefasto fracasso, a Nasa
conseguiu lançar a missão Apolo 14 em direção à Lua, no dia
31 de janeiro de 1971. Na cápsula, encontravam-se os
astronautas Alan B. Shepard, Stuart A. Roosa e Edgar D.
Mitchell, cuja missão seria chegar até a região conhecida
como Fra Mauro. Após uma viagem tranqüila e sem
contratempos, sua chegada na região lunar aconteceu no dia
5 de fevereiro, estando a cargo dos astronautas Shepard e
Mitchell o pouso na superfície no módulo lunar "Antares",
enquanto Roosa orbitava a Lua no módulo de comando
"Falcão Kitty". De forma semelhante à missão Apolo 12, os
astronautas Shepard e Mitchell encontraram-se diante de um
complexo de estruturas artificiais, aparentemente em ruínas,
na região do pouso.
No material obtido pelos astronautas com a fumadora
Hasselblad de 70 mm foi possível identificar a presença de
estruturas próximas do módulo lunar, quase idênticas às
fotografadas pela missão anterior. Num dos registros
fotográficos obtidos pelo astronauta Shepard, podemos
observar, claramente, Mitchell próximo de uma estrutura de
cristal transparente em forma geométrica. Noutra imagem,
obtida pelo astronauta Mitchell com uma das câmeras de
televisão da Apolo 14 e classificada sob o número AS-14-66-
9301-IN, da região de Fra Mauro, podemos apreciar, com o
auxílio de uma ampliação computadorizada, a presença de
uma estranha forma quase circular sobre a superfície lunar
parcialmente destruída.
Seja como for, os astronautas retomaram à Terra 216 horas
depois de iniciada a missão, isto é, no dia 9 de fevereiro,
carregando consigo mais um enorme acervo de informações
relativas à presença de construções de origem desconhecida
sobre a superfície lunar, assim como grande volume de
rochas.
Passados apenas poucos meses, no dia 26 de julho, os
astronautas David R. Scott, Alfred M. Worden e James B.
Irwin subiam em direção à Lua na missão Apolo 15, levados
por um potente foguete Saturno 5.
Depois de percorrer o espaço por longos dias e realizar as
devidas manobras, Scott e Irwin prepararam seu pouso no
módulo lunar "Falcon", que ocorreu no dia 30 de julho,
enquanto Worden permaneceria orbitando no módulo
"Endeavour".
Em princípio, a missão dos astronautas era explorar a região
Hadley Rille até as montanhas Apeninos e recolher amostras
da região; porém, a presença de estranhos objetos na área de
atividade alterou completamente o seu programa.
Aqui, alguns trechos dos diálogos ocorridos entre Houston e
os astronautas durante o passeio lunar:
— Scott: "... Um objeto em forma de ponta de lança parece
correr, realmente, de leste para oeste...".
— Houston: "... Roger, estamos copiando...".
— Irwin: "... Rastreie aqui, pois vamos descer o declive...".
— Houston: "... E só seguir o rastro, hein?...".
— Irwin: "... Certo, estamos... Sabemos que é uma corrida
razoável... Estamos mantendo direção 320, envergadura para
413... não posso ultrapassar estas delineações, aquela camada
em Monte Hadley...".
— Scott: "... Nem eu. Isto é realmente espetacular...".
— Irwin: "... Eles são mesmo lindos...".
— Scott. "... Fale sobre a organização...".
— Irwin: "... É a mais organizada estrutura que jamais vi!...".
— Scott: "... E... tão uniforme em amplitude...".
— Irwin: "... Nada que vimos até então apresentou grossura
tão uniforme do topo dos rastros até o fundo...".
Mais adiante, os astronautas da Apolo 15 reportariam a
presença de vários objetos luminosos sobrevoando a região
de pesquisa, alertados pelo centro de controle sobre essa
presença.
Após uma permanência de 295 horas no espaço, os
astronautas retornaram no dia 7 de agosto com dezenas de
quilos de pedras lunares e farto material fotográfico. Além
do mais, com uma experiência que mudaria dramaticamente
suas vidas, como é o caso do astronauta Irwin, que, como já
vimos, passou a procurar algum tempo depois a Arca de
Noé, e em 1972 iniciou as atividades da Fundação High
Flight, uma entidade espiritualista cristã. De igual forma, o
astronauta Worden não somente passaria a se dedicar à
poesia, como também comentaria abertamente sobre o que
pensava sobre a presença extraterrestre em nosso mundo.
Lembremos também que o segurança norte-americano do
prédio 30 do Centro Espacial Johnson da Nasa, em Houston,
identificado pelo pseudônimo de Bob Davis, afirmou ter
presenciado as comunicações entre o centro de controle e
os astronautas quando da observação dos estranhos objetos
voadores na Lua.
De qualquer forma, novamente a presença extraterrestre
manifestava-se na Lua de forma aberta, inclusive próxima
das enigmáticas estruturas artificiais. Mas a grande aventura
espacial não acabava assim.
Passados vários meses, uma nova missão partia rumo à Lua
no dia 16 de abril de 1972. Era a missão Apolo 16,
comandada pelos astronautas John W. Young, Thomas Ken
Mattingly, como piloto do módulo de comando "Casper", e
Charles M. Duke, piloto do módulo lunar "Orion". Todos
eles sequer imaginavam o que encontrariam, pois sua missão
objetivava apenas realizar algumas experiências científicas e
investigar a região lunar de Descartes, utilizando um veículo
com rodas especialmente desenvolvido para esse fim,
chamado "Rover".
Desta forma, após realizar experimentos com fungos, vírus e
bactérias e coletar rochas de vários locais, os astronautas
conseguiram obter uma série de fotografias de estranhos
objetos próximos do módulo lunar, como atesta o seguinte
diálogo:
— Houston: "... Você falou sobre algo misterioso?..".
— Apolo 16: "... Ok... quando estávamos caminhando...
quero lhe contar sobre algo que vimos próximo do módulo
lunar... Quando chegamos a uns 40 pés de distância havia
uma série de objetos... coisas brancas... voando... Parecia
que estavam sendo propulsados ou impelidos... mas não
estou certo...".
— Houston: "... Copiamos isso... Roger...".
Quais poderiam ser os verdadeiros objetivos destes projetos
espaciais? Apenas continuar a coletar rochas e fazer
experimentos ou existia alguma coisa por trás? Nesse
sentido, uma transmissão de rádio ocorrida logo após
alunissagem, tornou evidente o verdadeiro objetivo destes
astronautas, assim como os da Nasa em mandá-los para a
Lua. No seguinte diálogo temos a evidência:
— Apolo 16: "... Orion pousou... Não posso ver a grossura de
(truncado)... Estamos num campo repleto de blocos, no
âmbito do raio sul, tremenda diferença de albedo... Acabo
de ter a impressão de que estas rochas podem ter vindo de
algum outro lugar... Por toda parte, onde vimos o fundo, que
se estende por todo lado iluminado pelo Sol, você tem a
mesma delineação mostrada pela foto da Apolo 15 em
Hadley, Delta e Radley Mountain...".
— Houston: "... Ok... Vá em frente...".
— Apolo 16: "... Estou olhando para a Montanha de Pedra
(Stone Mountains)... Parece que alguém lá fora usou o
arado... As praias ou bancos de areia parecem terraços
dispostos uns sobre os outros... Parecem seguir o contorno
bem ao redor...".
— Houston: "... Há alguma diferença nos terraços?...".
— Apolo 16: "... Não Tony... Não que eu possa lhe dizer
daqui... Esses terraços podem ter sido erguidos de (truncado)
ou algo parecido...".
— Mattingly/Casper: "... Outra estranha visão daqui... Parece
uma luz penetrante... Penso que é Annbell... Outra cratera
aqui parece estar inundada, exceto que este mesmo material
parece esvair-se na parte externa... Você pode ver uma
porção definida desta matéria correndo para dentro... Este
material encontra-se no topo ou foi estruturado lá, porém
está no topo de coisas que estão do lado de fora e mais
altas... E uma operação muito estranha...".
Esta foi a primeira vez que os astronautas permaneceram
investigando por mais tempo fora do módulo lunar. Durante
todas as 71 horas em que permaneceram na superfície, o
objeto de estudo parece ter sido a presença de outras
estruturas, como atestam os seguintes diálogos:
— Duke: "... Estes mecanismos são incríveis... Não estou
visualizando o gnomo aí...".
— Young: "... Ok, mas, homem, este vai ser um passo
bastante íngreme para dar...".
— Duke: "... Você conseguiu... YOWEEL. Homem... John...
Eu te digo que esta é uma vista e tanto... Tony, os blocos em
Buster estão cobertos... o fundo está coberto de blocos,
cinco metros na transversal... Aliás, parecem estar dispostos
de acordo com determinada orientação, ou seja, sentido
nordeste/sudoeste... Transcorrem ao longo do sentido do
paredão nestes dois lados, e do outro, você mal pode ver 5%
da extremidade saliente... 90% do fundo estão cobertos com
blocos de uma largura de 5cm ou mais...".
— Houston: "... Bom espetáculo... Parece secundário...".
— Duke: "... Bem aqui... o azul que descrevi da janela do
módulo lunar é colorido porque está revestido com vidro,
mas por baixo do vidro é cristalino... textura igual à das
rochas Gênesis... está tudo morto na minha marca...".
— Young: "... Mark... Está aberto...".
— Duke: "... Não acredito...".
— Young: "... E eu deixei esta beldade a seco!...".
— Houston: "... Dover... Dover... Decolaremos EVA-2
imediatamente...".
— Duke: "... É melhor vocês mandarem mais alguns caras
para cá... Eles terão de tentar...".
— Houston: "... Parece familiar...".
— Duke: "... Meninos, eu te conto... estes EMUs e PLSSs são
realmente soberbos... fantásticos!...".
Parece evidente que os astronautas não somente
procuravam, como mais uma vez se defrontaram com
estranhas formas artificiais, empregando desta vez
engenhosos códigos para descrever alguns aspectos ou
detalhes. Mas, mesmo assim, fica patente a emoção que
experimentaram ao se defrontar com essa tecnologia.
A experiência destes astronautas não se concluiu aí, pois os
diálogos continuaram a descrever essa extraordinária visão:
— Duke: "... Nós o sentimos sob nossos pés... E um lugar
macio. No lugar onde estamos, eu te conto!... Se este lugar
tivesse ar, com certeza seria lindo... E lindo com ou sem ar...
O cenário no topo da montanha de pedra (Stone
Mountain)... você deveria estar aqui para ver e acreditar...
Estas catedrais são incríveis...".
— Houston: "... Ok... Você poderia dar uma olhada naquela
área nebulosa e verificar o que há na superfície?...".
— Duke: "... Além dos domos, a estrutura quase vai para
dentro daquele desfiladeiro que descrevi e a outra se estende
até o topo... Na direção nordeste do desfiladeiro você não
pode ver a delineação... Em direção nordeste há túneis; para
o norte eles mergulham a 30 graus para leste...".
Fica mais que evidente que a Nasa estava enviando
astronautas para a Lua não para trazer rochas, mas para
pesquisar as estruturas artificiais detectadas durante as
primeiras missões espaciais Apolo. Não é de estranhar,
então, que a sonda Clementine esteja atualmente mantendo
uma vigilância constante na Lua, já que a tecnologia
empregada na construção desses complexos de cristal deve
ter estimulado sobremaneira o governo norte-americano. A
missão Apolo 16 foi concluída no dia 27 de abril de 1972,
após 265 horas e 51 minutos de atividade espacial, abrindo
lugar para a última missão do tipo.
No dia 7 de dezembro de 1972, o poderoso foguete Saturno
5 colocava no espaço a última das missões Apolo, dando por
encerrada toda uma etapa de investigação espacial. Em
direção à Lua, os astronautas Eugene A. Cernan, Ronald E.
Evans e Harrison H. Schmitt conduziam a missão, cujo
objetivo seria pousar na região Tauros-Littrow e proceder a
algumas viagens com um outro veículo do tipo "Rover".
No dia 11 de dezembro, o módulo lunar "Challenger", com
os astronautas Schmitt e Cernan, realizou o último pouso de
um objeto tripulado na Lua, enquanto o módulo orbital
"América" permanecia no espaço com Evans.
No espaço, Ron Evans observava detidamente a superfície
lunar, enquanto seus companheiros se preparavam para pisá-
la. Mesmo assim, Evans comunica para Houston o seguinte:
— Houston: "... Vá em frente Ron...".
— Evans: "... Ok, Robert... Acho que o grande furo que
quero relatar do lado traseiro é que dei outra olhada para o
trevo em Aitkin com os binóculos... E aquele domo ao sul
(truncado) para leste...".
— Houston: "... Copiamos isso Ron... Há alguma diferença na
cor do domo e no Mare Aitkin?...".
— Evans: "... Sim, há... Aquele Condor, Condorsey ou
Condorcet ou como você desejar chamá-lo... Hotel
Condorecet é aquele que adquiriu a forma de diamante
caindo no chão...".
— Houston: "... Robert, entendido... Hotel Condorcet...".
— Evans: "... Condor... Condorcet... Alfa... Ou eles
captaram um desabamento ou é um... e não parece
(truncado) do outro lado da parede, do lado noroeste...".
— Houston: "... Ok... Copiamos parede noroeste de
Condorcet A...".
— Evans: "... A área é oval ou elíptica... Claro, a elipse está
voltada para o topo...".
Temos aqui, evidentemente, a utilização de uma série de
códigos para confundir as mensagens e disfarçar o conteúdo
das descrições. Novamente podemos perceber que a missão
objetivava claramente observar as estruturas artificiais não
somente no solo, mas também no espaço, estabelecendo um
tipo de vigilância constante sobre a região e, inclusive,
investigando outras áreas possivelmente não mapeadas.
O astronauta Evans faz referência à cratera Aitkin, em que,
em dezembro de 1996, a Nasa confirmou oficialmente a
existência de água em seu interior. Lembremos que a cratera
em questão encontra-se na região sul do satélite, ostentando
um diâmetro de 2.500 km e uma profundidade de 12.000
metros. Segundo a confirmação oficial, teria sido a sonda
espacial Clementine a realizadora da descoberta, porém, pelo
diálogo anterior e os que veremos a seguir, entre Houston e
o astronauta em órbita, já existia essa certeza:
— Módulo lunar: "... O que vocês estão percebendo?...".
— Houston: "... Manchas quentes na Lua?...".
— Módulo lunar. "... Onde estão suas grandes anomalias?...
Você pode fazer um resumo rápido?...".
— Houston: "... Conseguiremos isso para você no próximo
desfiladeiro...".
— Evans: "... Hei!... Posso ver um amplo trecho lá
embaixo... No lugar do pouso... Onde eles poderiam ter
expelido algo daquela matéria transparente, parecida à
auréola de santo...".
—Houston:"... Roger... Interessante... Muito... VáparaKilo...
Kilo...".
— Evans: "... Hei!... Agora assumiu a coloração cinza, e o
número um se expande..."
— Houston: "... Roger... Pegamos... E copiamos que está
tudo indo para lá... Vá para Kilo... Kilo lá...".
— Evans: "... Modo está indo para HM... O registrador está
desligado... Um pouco de perda de comunicação lá...
Humm?... Ok... Isto é Bravo... Bravo, escolha OMNI...
Hei!... Vocês sabem que nunca vão acreditar... Estou direto
sobre a borda de Orientale... Acabei de olhar para baixo e vi
a luz resplandecer novamente...".
— Houston: "... Roger... Entendido...".
— Evans: "... Bem no final do sulco...".
— Houston: "... Alguma chance de...?".
— Evans: "... Está a leste de Orientale!...".
— Houston: "...Você não acha que poderia ser Vostok?...".
Nesse momento ocorre uma interrupção nas comunicações
pela passagem de um OVNI. Na continuação do diálogo
entre os astronautas do módulo lunar e Houston, podemos
identificar que a presença de água na Lua se confirma
definitivamente:
— Módulo lunar: "... Ok... 96:03... Conseguimos alguma
clareza... Parecem manchas de água bem claras e
elevadas...".
— Evans: "... Há elevadas manchas de água por toda
parte...".
— Módulo lunar: "... Na parte norte de Tranqüilitatis... Isto
é Maraldi, não é?... Você está certo de que estamos a treze
milhas?...".
— Houston: "... Vocês estão a catorze milhas, para ser
exato, Ron...".
— Módulo lunar: "... Eu te conto... Há algo sinuoso...
Caminhos ou escarpas muito, muito sinuosas... Estamos
neste momento passando uma... Eles não apenas cruzam as
áreas planas inferiores, como também passam direto sobre a
cratera e uma montanha... Muito parecido a uma cumeada
artificial... Um espinhaço parecido a uma serpente... Claro...
Tão artificial como gostaria que fosse...".
Além da confirmação da presença de água e de curiosas
estruturas sobre a superfície da Lua, os astronautas atentam
para a presença de um estranho fenômeno, isto é, apontam
claramente para a presença de seres extraterrestres, como
sugerem a anterior e a seguinte transmissão:
— Módulo lunar: "... Ok... Al Buruni captou variações no
chão... Variações nas luzes e seu albedo... Quase parece uma
amostra, como água fluindo sobre uma praia... Não em
grandes áreas, mas em pequenas ao redor do lado sul... A
parte que parece uma amostra lavada pela água é um albedo
muito mais claro, embora não possa ver nenhuma fonte real
disso... A textura, no entanto, parece a mesma...".
— Houston: "... América, aqui Houston... Gostaríamos que
você interrompesse o contato com OMNI Charlie até que
possamos lhe dar a senha...".
— Módulo espacial: "... Wilco...".
— Módulo lunar: "... Os sismógrafos fizeram algum registro
sobre o tempo do impacto em que vi a luz resplandecente
na superfície?...".
— Houston: "... Permaneça firme... Checaremos isto...".
— Módulo lunar: "... Talvez seja um OVNI, não se
preocupe... Eu pensei que alguém estivesse observando
isso... Poderia ter sido um dos outros raios de luz...".
— Houston: "... Roger... Copiamos o tempo e...".
— Módulo lunar: "... Marquei o lugar...".
— Houston: "... Passe-o para a sala traseira...".
— Módulo lunar: "... Ok... Também o marquei no mapa...".
A presença de um objeto voador não-identificado destaca-se
nesta transmissão, dando a entender uma naturalidade
intrigante pelo tipo de resposta. Noutras palavras, os
astronautas, assim como Houston, encaram a presença de
um objeto alienígena com bastante naturalidade.
A missão Apolo 17 foi concluída no dia 19 de dezembro de
1972, após 301 horas, 51 minutos e 59 segundos de
atividades espaciais, culminando assim todo um período de
grandes e intrigantes descobertas. Mesmo no seu retorno
para a Terra, os astronautas foram incomodados com a
presença de estranhos objetos no espaço, que foram
comunicados ao centro de controle.
As posteriores missões espaciais, como a Skylab, mais
conhecida como "o laboratório orbital", não escaparam ao
assédio de estranhos objetos voadores. Como no caso da
Skylab 2, lançada no dia 25 de maio de 1973 com os
astronautas Charles Conrad Jr., Joseph P. Kerwin e Paul J.
Weltz. Segundo consta, a tripulação observou a presença de
um objeto muito brilhante próximo do laboratório por longo
tempo. De igual forma, a Skylab 3, lançada em 28 de julho
do mesmo ano com os astronautas Alan L. Bean, Owen K.
Garriot e Jack R. Lousma, registrou a presença de um objeto
também muito brilhante, cujo movimento parecia ser
constante. Sob o registro SL3-118-214, o astronauta Alan
Bean obteve clara imagem do estranho objeto.
Também as posteriores missões Columbia e Endeavour do
ônibus espacial, mais conhecidas como "Space Shuttle",
também enfrentaram a presença de estranhos objetos,
fotografando e filmando a sua passagem tanto próximos da
nave espacial como simplesmente sobrevoando a Terra e
realizando manobras.
Posteriores missões não-tripuladas, como a sonda
Clementine, conseguiram registrar a presença de estruturas
triangulares próximas da cratera Ukert, na Lua, localizada
quase na região central, além de detectar a presença de
enorme número de estruturas simétricas em várias outras
regiões e de perceber uma atividade não-humana em sua
superfície. Evidentemente, a Lua abrigou num passado bases
de outras civilizações, que deixaram as estruturas como
monumento à sua existência e tecnologia, porém, apreciadas
apenas em sua beleza pelos poucos astronautas que as
visitaram.
Seja como for, a presença de estranhos objetos voadores,
frutos de uma tecnologia desconhecida, assombraram não
somente o passado da humanidade, mas também o seu
presente, seja em seu céu como no espaço. As diversas
missões espaciais, tanto norte-americanas quanto soviéticas,
não somente comprovaram a presença de espaçonaves de
origem extraterrestre circulando no espaço como também
descobriram que estas civilizações existem há muito tempo,
utilizando a nossa Lua como base intermediária de
atividades. Por esta razão, ao longo de muitos anos, diversos
contatados e astrônomos registraram a presença de luzes e
objetos movimentando-se pelo satélite, alertando a
humanidade dessa atividade, sem encontrar qualquer eco.
A repressão experimentada pelos astronautas apenas reflete a
presença de incontrolável medo de uma presença que
ameaça o estado de ordem vigente. O homem acredita ser
detentor da verdade absoluta, senhor único do destino deste
planeta. Porém, para sua infelicidade e desconforto, outras
inteligências estão demonstrando que toda essa arrogância
não é apenas leviana e sem base, mas que sua depredante e
irresponsável atitude reverbera no espaço afora. Os tempos
de uma postura egoísta e sem visão de conjunto agoniza
claramente, enquanto objetos estranhos povoam os céus do
nosso maltratado planeta, anunciando, com arauto
silencioso, a chegada de uma nova forma de concepção da
vida, do mundo e do próprio Universo. Sinais chegam dos
céus anunciando o alvorecer de uma nova era e de uma
nova civilização estruturada em moldes agora
desconhecidos. Curiosos anjos de formas estranhas e
veículos brilhantes perturbam a tranqüilidade dos poderosos
e dos ignorantes que teimam em negar o que resulta
evidente. Em breve, um novo amanhã surpreenderá quem
não tiver a humildade de rever sua postura, tomando a
chegada desta nova realidade uma terrível e radical forma de
seleção.
A qualquer momento, os antigos carros de fogo ou os
famosos dragões voadores chegarão. E cada um de nós?
Como enfrentaremos essa possibilidade? Esperemos que da
melhor forma possível.
Contatos e Abduções

Ao longo de todos os fascículos já publicados, e
considerando tudo o que já foi abordado, discutido,
questionado, apresentado e até sugerido dentre as muitas
conclusões possíveis sobre a questão de toda essa
fenomenologia, poderíamos destacar, especificamente,
apenas três: em primeiro lugar, constatamos que o
fenômeno OVNI é um assunto muito sério, não só no nível
governamental, cujo envolvimento direto e indireto se faz
presente em atitudes de simulação e manipulação, censura, e
até em discursos de aparente desinteresse ou desinformação,
etc., mas também nos níveis social e "científico" (científico
entre aspas deve-se ao fato de que o fenômeno OVNI em si,
por tudo o que implica, ainda está à margem daquilo que
poderia ser objeto de estudo das ciências tradicionais. Além
disso, a grande maioria, dos autodenominados, "ufólogos
científicos" possui formação parca ou nenhuma, além de
certa miopia intelectiva para uma avaliação isenta e
escorreita do assunto); em segundo lugar, analisando as
várias hipóteses da origem do fenômeno (seres
extraterrestres de passagem ou de visita, viajantes terrestres
do futuro, objetos e formas dimensionais, naves e aparelhos
"terrestres" de tecnologia avançada, luzes e irradiações
telúricas provenientes de fenômenos geotécnicos
desconhecidos, atividades ou movimentos cósmico-estelares
ainda por postular-se etc.), temos que, sem dúvida, a mais
popular, a mais discutida, a mais argumentada e contra-
argumentada, a mais "palpável" e a que mais tem sido objeto
de estudos é, pois, a chamada hipótese extraterrestre; e,
finalmente, em terceiro lugar, admitindo-se a realidade de
tamanha "revelação", achamo-nos absolutamente
despreparados e digerirmos, como já foi possível apreciar
mundialmente, para sequer digerirmos a idéia de que
"vizinhos" não só existem como estão à soleira da porta.
À partir disso, valeria a pena voltarmos nossa atenção para
este aspecto tão controvertido e importante do fenômeno
OVNI, que diz respeito aos possíveis contatos de seres
humanos com criaturas supostamente extraplanetárias, já
que são elas a fonte direta de comprovação da existência
destas presenças e de sua natureza, permitindo a identifi-
cação de suas intenções e objetivos, introduzindo novas
informações ou desinformações, e ser alvo de seus fiscais e
intérpretes, os ditos "ufólogos científicos".

Extraterrestres

Faz-se necessário sempre ressaltar que, na impossibilidade
de tocar, apalpar, cortar, radiografar, emulsionar, enfim, de
ter à disposição o objeto de pesquisa, toda e qualquer
avaliação, afirmação ou conclusão que se faça do fenômeno
OVNI é, por assim dizer, no mínimo, assaz limitada. Mesmo
assim, na impossibilidade de "condições ideais de pesquisa e
análise", a investigação conta com algumas "ferramentas" à
mão para, pelo menos, dar início a essa aventura
perfeitamente "de outro mundo". Antes de entrarmos
diretamente no chamado "processo de contato", é impor-
tante ter em mente que, no tocante às diferentes alternativas
de tentativa de explicação da origem e procedência dos
OVNI, uma idéia não invalida a outra; em outras palavras, as
diferentes hipóteses não se excluem. Ao contrário, muitos
acreditam que a vasta diversidade dos casos surgidos só pode
encontrar respaldo explicativo admitindo-se a
concomitância de várias das possibilidades anteriormente
apresentadas.
Como já foi relatado em publicações anteriores, poucos anos
após o advento da chamada Era Moderna da ufologia, em
fins da década de 40 e princípios dos anos 50, começaram a
aparecer pessoas que afirmavam ser os discos voadores naves
de transporte interplanetário, tripuladas por seres de origem
extraterrestre. Mas de onde estas pessoas tiravam tais
informações? Obviamente, de contatos diretos com alguns
dos ditos tripulantes dessas espaçonaves.
Quando se mencionam certos termos como "seres
extraterrestres", "contatos", "avistamentos de naves de
procedência alienígena", "evidências físicas de determinado
acontecimento dito ufológico", parte-se do princípio de que
tal cabedal de ocorrências provém de criaturas vivas, de
fisiologia similar à humana ou não, que nos estariam
visitando. Assume-se de imediato que, na vastidão do
Cosmos, a vida não só é apenas uma possibilidade (para
alguns mais que isso, uma probabilidade), mas um fato mais
que consumado, haja vista o enorme número de "provas" de
que nossos céus são singrados periodicamente.
Pois bem: admitindo-se como válida tal teoria, que razões
estariam levando seres de procedência distante (quem sabe
quão longínqua) a viajar tanto? Por que estes supostos seres
se interessariam por nós? Ou será que têm outros interesses
que desconhecemos?
Atualmente existem algumas teorias elaboradas ao longo do
tempo que tratam de responder a estas perguntas. Dentre as
principais e mais veiculadas, destacaremos apenas algumas,
assim como algumas "ocorrências" que as justificariam.

Hipóteses Sobre os Objetos dos Extraterrestres

As hipóteses a seguir descritas foram postuladas a partir do
estudo e análise (guardadas as devidas limitações) de eventos
advindos de encontros entre OVNIs e seus supostos
tripulantes, com vastíssimo número de pessoas (dos mais
variados tipos, idades e credos), ocorridos em diferentes
países durante os últimos 50 anos. Encontros similares a
estes continuam a ser relatados diariamente.
1) Comprovação e reflexão sobre a sua existência por meio
da propaganda:
Esta tendência seria aquela responsável por fazer com que o
fenômeno OVNI seja um assunto constante dentro da nossa
sociedade, isto é, que seja visto, discutido, debatido,
fotografado, filmado, analisado, etc. com o claro intuito de
mostrar-se, de fazer-se presente, de invadir e estimular a
nossa curiosidade, de levar a humanidade a uma reflexão
sobre a pluralidade de vida e de sociedades que possam exis-
tir no Universo e de comprovar a sua existência. Tudo indica
que muitos dos avistamentos relatados tenham como pano
de fundo clara e objetiva "campanha de marketing
extraterrestre", com o intuito, talvez, de acostumar a
humanidade, por uma contínua e pesada exposição, à
realidade do fenômeno.
Tomem-se como exemplo os seguintes casos:

* Em agosto de 1947, o artista italiano Rapuzzi Johannis,
enquanto caminhava pelas montanhas entre a Itália e a
antiga Iugoslávia, avistou um objeto vermelho de
forma discoidal pousado, ladeado por duas entidades
de tipo "anão". Os seres, além de baixos, possuíam
cabeças grandes e rostos verdes.

* No dia 4 de fevereiro de 1951, uma menina chamada
Sheila, que vivia em Withdean, Sussex, Inglaterra,
brincava no jardim de sua casa quando avistou um
objeto discoidal de cor cinza-esverdeado, com uma
cúpula transparente. Três criaturas vestindo roupas
coloridas e bufantes foram vistas saindo do objeto,
dirigir-se até a jovem Sheila, voltar-se e retornar ao
objeto, que em seguida desapareceu.

* No dia 12 de setembro de 1952, no estado de Virginia,
Estados Unidos, o guarda florestal Gene Lemon,
juntamente com outras testemunhas, enquanto
procurava o local de um suposto pouso de uma nave
avistada instantes antes, deparou-se com uma criatura
de três metros, de rosto vermelho, olhos
protuberantes e corpo verde-fosforescente.

* No dia 9 de outubro de 1954, em Pournay-la-Chetive,
França, quatro crianças, brincando perto do cemitério
local, viram uma criatura de olhos grandes, cabeça e
rosto cobertos por pêlos, baixa (aproximadamente
l,20m), saindo que saiu de um disco pousado.

* Perto de Niágara Falis, Estados Unidos, em janeiro de
1958, uma mulher que dirigia seu veículo, após
perceber na rua em que trafegava destroços do que
parecia ser um avião, notou duas figuras com quatro
patas, rabo e o que lhe pareceram ser braços na altura
da cabeça. As criaturas desapareceram de repente, e ao
mesmo tempo um OVNI apareceu no ar.

* Em princípios dos anos 60, em West Virgínia, foram
vistas criaturas tipo "homem-borboleta", com asas,
olhos vermelhos brilhantes e cabeça diminuta.
* No dia 12 de abril de 1964, em Socorro, Novo México,
o sargento patrulheiro Lonnie Zamora avistou duas
"pessoas" ladeando um objeto oval pousado.
* Em Cisco Grave, Califórnia, no dia 5 de setembro de
1964, uma testemunha conhecida por Mr. S. avistou
dois humanóides com roupas cintilantes, de olhos
proeminentes e que aparentemente estavam
acompanhados por um robô.
* Enquanto esquiavam em Imjarvi, ao sul da Finlândia,
em janeiro de 1970, Aarno Heinonen e Esko Viljo
viram, saindo de uma luz que desceu do céu na frente
deles, uma entidade que carregava uma caixa nas
mãos. O ser era magro, pálido, de nariz arrebitado,
orelhas pequenas e cabeça pontuda.
* Enquanto investigava denúncias de avistamentos na
região de Falkville, Alabama, o chefe de polícia Jeff
Greenhaw deparou-se com um ser de brilho metálico
que caminhava na estrada em sua direção. Bateu
quatro fotos: uma a 15m, outra a 6m e duas a 3m. Este
fato ocorreu no dia 18 de outubro de 1973.
* Também no dia 19 de dezembro de 1973, uma
testemunha viu, da janela de sua cozinha, uma criatura
tipo humanóide de aproximadamente 1m de altura,
com roupa que brilhava em tom verde, caminhando
pelo jardim de sua casa, em Vilvoorde.
* Já em junho de 1976, o Dr. Padron Leon, quando
dirigia seu carro nas Ilhas Canárias, Espanha, deparou-
se com um globo transparente que flutuava sobre a
estrada, aparentemente manipulado por duas entidades
que estavam em seu interior. Os seres tinham entre 3
e 3,5 m de altura, vestiam "uniformes" de cor
vermelha, capacetes negros e possivelmente luvas
também negras.
* Em janeiro de 1977, duas testemunhas, Barbara e seu
filho de 12 anos Robert, do jardim de sua casa em
Huyton, Merseyside, Inglaterra, viram uma figura alta,
vestida com roupa brilhante, flutuando perto de alguns
arbustos vizinhos.
* Em 27 de setembro de 1989, na localidade de
Voronezh, ex-União Soviética, a 300 km de Moscou,
um OVNI pousou e dele emergiram duas criaturas
gigantes de cabeça pequena, aparentemente
acompanhadas por um robô.

A todos esses casos, alguns envolvendo criaturas de feições
não-humanas, devem ser somados o incontável número de
avistamentos e experiências correlatas ao longo de todos os
tempos, notadamente ocorridas no último século e, ainda
hoje, observadas por pessoas comuns, pilotos de aviões civis
e militares, foguetes, cápsulas e ônibus espaciais, assim como
marinheiros em geral e uma gama interminável de outras
testemunhas ao longo de todo o planeta. E com base nessa
"evidência" que se considera corroborada, por parte de
alguns, a afirmação de que seres de outros mundos estão se
mostrando a olhos vistos.

2) Reparos, Inspeções, Análises, Estudos e Prospecções

Muitos são os relatos de testemunhas que viram naves, na
maioria dos casos de forma discoidal, pousadas; em muitas
ocasiões, criaturas foram vistas em pleno desenvolvimento
de atividades, que foram interpretadas como as descritas
anteriormente. Vejamos:
Reparos

* No dia 23 de julho de 1950, em Guyancourt, perto de
Paris, por volta das 23 horas, Claude Blondeau viu dois
objetos pousados, de forma discoidal, cinzas. De cada
lado das duas naves havia um "homem" de
aproximadamente 1,70m, cabelos castanhos, roupa
escura. Aproximando-se, Claude perguntou a um dos
seres: "Estão com alguma avaria?". Prontamente o ser
respondeu-lhe, em correto francês: "Sim, mas logo
estará arrumado". Com um minuto mais de reparos os
seres decolaram.

Análise de amostras minerais

* Em maio de 1955, na localidade de Dinan, costa norte
da França, o Sr. Droguet viu no pátio da escola em que
trabalhava uma nave a 1m (flutuando) do solo e a seu
lado dois humanóides de baixa estatura, vestidos com
escafandros e capacetes, um deles recolhendo
minerais do solo (cascalho grosso).
* Em fevereiro de 1969, em Nuble, Valparaíso, Chile,
um senhor, sua esposa e duas filhas, por volta das 4
horas da manhã, viram três seres "descer" por um raio
luminoso, emitido por uma nave que aterrissou a 60m
da casa em que estavam. Os seres tinham cerca de 2m
de altura, vestiam traje inteiriço, luvas e botas, e uma
insígnia metálica no peito; andaram pela praia e
coletaram areia e pedras negras.

Levantamento de amostras vegetais

* Em Newark Valley, Nova York, no dia 24 de abril de
1964, o fazendeiro Gary Wilcox, ao avistar um objeto
de forma oval flutuando em uma colina de sua
propriedade, acercou-se e viu sair da nave dois
"homenzinhos" de 1,20 m de altura, que traziam em
suas mãos tufos de ervas. Ambos entabularam uma
conversação, e os seres, além de afirmarem que
provinham de Marte, mostraram-se muito
interessados em adubos e fertilizantes.

Levantamento de amostras animais

* Em abril de 1897, Alexander Hamilton, fazendeiro em
Kansas, viu uma nave em forma de charuto baixar
sobre seu rancho, erguer um bezerro pelo pescoço e
levá-lo consigo.
Neste tópico poderiam ser incluídos todos os casos das
chamadas "mutilações de animais" (fenômeno de alcance
mundial), aos quais a responsabilidade se atribui a seres
extraterrestres, com propósitos ainda desconhecidos.

Levantamento de amostras diversas

* No dia 16 de dezembro de 1965 o ferroviário César T.
Gallardo, em Sauce Viejo, Argentina, viu um homem
trajando uniforme cintilante, que entrou no
compartimento em que estava, rasgou uma parte do
jornal que o ferroviário estava lendo e o levou
consigo, assim como certa quantidade de petróleo.
Outras testemunhas viram um "homem luminoso"
caminhando sobre a via.

Vale ressaltar que o Brasil, em termos de casos ocorridos,
pesquisados e divulgados, encontra-se em situação
"privilegiada", com uma infinidade de eventos de
diversidade ímpar, tendo muitos exemplos de "clássicos
mundiais". Um dos bons serviços que a comunidade
"ufológica" brasileira tem feito é justamente a divulgação
periódica das principais ocorrências nacionais.
Além destas duas hipóteses, de cunho "publicitário" e
"científico", ocorreram, e continuam ocorrendo, situações
em que algum tipo de "contato", de "comunicação" (verbal
ou não), se plasmou. Este é um capítulo todo especial no que
tange ao assunto do qual estamos tratando; uma "teoria" ou
"abordagem" muito delicada, tão inusitada quanto polêmica.

Contatos e Comunicações com Alienígenas

A seguir, abordaremos alguns dos mais famosos casos em
que algum tipo de intercambio, de comunicação, de relação
"interpessoal" ocorreu. A partir da avaliação do "conteúdo"
de tais eventos, "especialistas" têm tentado encontrar os
propósitos ou razões que atrairiam seres de outros orbes a
este rincão da Via Láctea. Desta forma, admitimos a seguinte
subdivisão do tópico:

A) Visualizações: Consideraremos aqui a infinidade de
contatos visuais, feitos por meio de gestos e, às vezes,
palavras, trocados entre terrestres e seres de procedência
não-terrestre. No tocante a gestos, os mais freqüentes foram
os feitos com as mãos espalmadas (geralmente a direita), os
acenos de cumprimento ou despedida e sorrisos. Cabe
destacar que nas ocasiões em que ditos eventos ocorreram, a
conotação dada aos gestos e posturas foi a mesma assumida
"aqui na Terra", isto é, de cortesia, simpatia, saudação. Em
muitas ocasiões foram emitidas palavras ou "frases
completas" por parte dos extraterrestres (em encontros
rápidos), a maioria delas em idioma ou linguagem
ininteligível. O francês, o inglês, o espanhol e o português
também já foram ouvidos.

B) Contato Não-Amistoso: Muitas foram as situações nas
quais o "contato" ocorreu, mas antes de ser considerados
"inteligentes" poderiam perfeitamente ser classificados como
não-amigáveis. Formam o cabedal de casos que envolvem
lutas, ferimentos, ataques de variadas formas e até mortes. É
extremamente importante ter sempre em mente que juízos
de valor não podem nem devem ser emitidos, não só devido
à escassez de informações fidedignas e de "primeira fonte"
como também devido à natureza extraordinária do
fenômeno. Assim, leviana seria a atitude de julgar como
crime, abuso, intrusão, invasão ou qualquer outra maneira
depreciativa a suposta intenção dos alienígenas envolvidos
nas situações em questão. Feita a ressalva, analisemos alguns
casos:

* No dia 21 de outubro de 1917, na província de Las
Hurdes, Espanha, ocorreu o encontro entre Nicolas
Sanchez e uma luz, que além de interpor-se em seu
caminho fê-lo cair de seu cavalo. Nove dias depois, de
forma inexplicável para a época (hoje manipula-se a
hipótese de irradiação), Nicolas faleceu.
* Entre 1914 e 1921 (não se sabe ao certo), na Garganta
La Olla, Espanha, enquanto caminhava só por uma
estrada deserta, "tio Mona" deparou-se com um "ser"
baixinho, que lhe atacou; assim que colocou as mãos
no "ser", sentiu uma pilosidade anormal. Lutaram por
alguns segundos e, em seguida, "tio Mona" viu o "ser"
erguer-se em direção a uma luz, em forma de lua
cheia, que pairava por cima dele.
* Na localidade de Kelly Hopkinsville, Kentucky,
Estados Unidos, entre os dias 21 e 22 de agosto de
1955, Billy Ray Taylor avistou, junto a várias outras
testemunhas, um OVNI sobrevoando sua co-
munidade. Alertado pelos latidos de seu cachorro, viu
aproximar-se de sua casa uma criatura que caminhava
com os braços esticados, de 1m de altura, cabeça com
forma oval, sem cabelo, olhos enormes localizados nas
partes laterais da cabeça, boca grande e orelhas do tipo
elefante. No lugar das mãos possuía garras; era de cor
cinza, e os olhos eram brilhantes, amarelos. Foram
vistos outros seres pelas redondezas. Apesar de haver
disparado contra várias vezes, nenhum corpo foi
encontrado.
* No dia 21 de janeiro de 1959, logo após um murmúrio
gerado pela visualização da queda de um OVNI em
Gdynia, Polônia, uma criatura humanóide foi vista
caminhando pela área. Conduzido a uma clínica
médica para observação, a criatura teve seu "uniforme"
retirado somente após o uso de ferramentas, e assim
que teve seu bracelete retirado, faleceu. Um exame
post-mortem revelou número anormal de dedos,
estranha disposição de órgãos internos e sistema
circulatório em forma de espiral.
* Em outubro de 1963, o Sr. Eugênio Douglas, quando
dirigia seu caminhão por uma estrada em Isla Verde,
Argentina, teve seu veículo obstruído por três
entidades que emergiram de um disco voador situado
a 10m dele. Os seres eram altos (3,5 m) e possuíam
capacetes com antenas. Um raio vermelho,
proveniente dos seres ou do disco, atingiu Eugênio,
queimando-o. Em seguida Eugênio disparou contra
eles e fugiu.
* O Sr. Stephen Michalak, em Falcon Lake, Ontário,
Canadá, no dia 20 de maio de 1967, viu um disco
voador pousar a poucos metros dele. Aproximou-se,
escutou vozes que provinham do interior do disco e,
enquanto analisava o formato da nave, recebeu o
impacto de uma onda de "ar quente" saída de uma
espécie de exaustor, causando-lhe queimaduras de
segundo grau.
* Em 1975, no dia 14 de fevereiro, Antoine Sévérin
testemunhou, na Ilha Reunion, no oceano Índico, a
aproximação e aterrissagem de um objeto circular de
cúpula transparente. Dele emergiram pequenas
criaturas de altura por volta de 1m, que lhe dispararam
um raio de luz branca, deixando-o inconsciente por
várias horas, causando-lhe distúrbios físicos dias
depois.
* Enquanto trafegavam perto de Huffman, Texas, Betty
Cash, Vickie e Colby Landrum viram um objeto
voador aproximar-se do carro. O calor emitido pelo
objeto era tão intenso que não se podia tocar nas
partes internas do veículo. Aparentemente as três
testemunhas foram expostas a uma forte radiação, pois
Betty, além de náusea e diarréia, sofreu perda de
cabelos e desenvolveu câncer mamário. Tanto Vickie
quanto Colby sofreram queimaduras e tiveram seus
sistemas oculares afetados. Este fato ocorreu no dia 29
de dezembro de 1980.

C) Contato Inteligente: Aqui abordaremos encontros que
envolveram um contato mais íntimo com as "criaturas
propriamente ditas", tanto física como mental-
telepaticamente, ocorrido de forma voluntária ou "forçada".
Selecionou-se, da miríade de casos existentes, alguns da-
queles considerados "clássicos" e "amistosos". Dentre as
variantes de experiências ocorridas, destacam-se aquelas que
decorreram de conversas, viagens (locais e não-locais),
mensagens das mais diversas e até mesmo eventos nos quais
se constataram distintos tipos de "curas" a doenças
apresentadas pelos terrestres em tais ocasiões.

* No mês de julho de 1947, no Brasil, o Sr. José Higgins
foi o único de um grupo de pesquisadores que
permaneceu no local depois do pouso de um disco
voador na frente do grupo. Três entidades de altura
equivalente a 1,80m e roupas brilhantes indicaram à
testemunha que provinham de Urano, desenhando no
solo oito círculos concêntricos e indicando o primeiro
como sendo o Sol.
* No dia 8 de novembro de 1954, na época com treze
anos, Philip Molava, enquanto dava de comer a seus
coelhos no jardim de sua casa em Croydon, sul de
Londres, viu um pequeno disco voador passar por
sobre a área. No dia seguinte, Philip acordou vomitan-
do e foi tratado com suspeita de intoxicação alimentar.
Deitado na cama, viu surgir de uma nuvem brilhante
três criaturas que se materializam. De nada mais se
lembrou, a não ser do fato de que no dia seguinte já
estava bem, e a partir daí passou a vivenciar
experiências de caráter paranormal.
* Dirigindo distraidamente por uma estrada deserta, na
Áustria, em setembro de 1955, o Sr. Josef Wanderka
deparou-se de repente com uma nave pousada. Ao
avistar seus supostos tripulantes, foi convidado a
entrar na nave. Disseram a Josef que provinham de
Cassiopéia, e mostraram-se interessados no
funcionamento de motores a combustão.
* Dia 25 de outubro de 1957, a filha de um rico
fazendeiro em Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil, estava
com câncer no estômago. Na noite em questão,
quando sentia muitas dores, a moça viu, assim como
sete pessoas de sua família presentes no seu quarto, a
luz brilhante de um disco voador que pousou ao lado
da casa. Todos presenciaram a entrada de duas
criaturas, de 1,20m de altura, cabelos loiros longos e
olhos verdes, primeiro na casa e depois no quarto da
jovem. Um dos seres, por meio de telepatia com o pai
da enferma, tomou conhecimento do problema. O
outro encarregou-se de, por uma luz branco-azulada,
analisar os órgãos internos da jovem, visualizando o
tumor e retirando-o. Ao pai da paciente foi dada uma
caixa em forma globular contendo trinta pílulas
brancas a ser ministradas diariamente à menina. Dois
meses depois o médico da jovem constatou a sua
completa cura.
* Trinta e oito membros da missão anglicana de Boinai,
juntamente com o Reverendo William Gill (em Papua,
Nova Guiné), testemunharam o vôo de dois objetos
não-identificados sobre a área em que estavam. Da
cúpula de uma das naves avistaram-se quatro figuras
que, aparentemente, controlavam o objeto. O
Reverendo acenou para eles, que responderam da
mesma maneira. Em seguida, sinais luminosos foram
trocados, por lanternas, também prontamente
respondidos. Isto ocorreu em 1959.
* Aproximadamente às 11 horas da manhã do dia 18 de
abril de 1961, o fazendeiro Joe Simonton viu um
objeto voador estático no ar a alguns metros de
distância. De uma abertura na lateral do objeto, viu
três criaturas descritas como "italianos": 1,50m de al-
tura, cabelos, pele e trajes negro-escuros. Uma das
criaturas pediu-lhe água e prontamente foi atendida
por Joe, que recebeu dos visitantes três panquecas,
bem "terrestres", com a única ressalva de estarem
totalmente destituídas de sal.
* O Sr. Sid Padrick, que vivia em Watsonville,
Califórnia, em janeiro de 1965, após avistar um disco
voador pousado, de 20m de diâmetro, escutou uma
voz que lhe dizia para se aproximar, pois nenhum mal
lhe seria causado. Dentro da nave, Sid encontrou-se
com oito alienígenas de aparência totalmente humana,
inclusive uma mulher. Um dos seres comunicava-se
com Sid em inglês, dizendo-lhe que era o único capaz
de fazê-lo. Padrick pôde observar o interior da nave;
inclusive lhe foi dada a oportunidade de um passeio
pelos ares. Disseram-lhe que provinham de um
planeta situado no sistema solar, mas não visível da
Terra. O curioso foi a afirmação de que estavam em
missão de observação, mas a "observação" devia ser
feita por parte dos terrestres, não deles. Padrick foi
deixado a 300 km de sua casa.
* Em 4 de maio de 1969, enquanto pescava na Fazenda
dos Ingleses na região de Bebedouro, perto de Belo
Horizonte, Brasil, o soldado José Antônio da Silva foi
atingido por uma luz que o deixou paralisado.
Assistido por dois humanóides de 1,20m de altura,
vestidos com trajes cinza-escuro, José Antônio foi
levado a uma nave, pousada, em forma de cilindro. A
nave decolou, e José Antônio sentiu os efeitos da
gravidade, tendo sido necessário o uso de um
capacete, fornecido pelos alienígenas. Em seguida, foi
conduzido a uma sala em forma de pedra, com
quadros de animais e outras cenas terrestres. Manteve
conversa com uma entidade cuja descrição se
assemelha a um gnomo. Após recusar uma aparente
proposta de se tornar um agente terrestre desta
"civilização", José Antônio foi deixado a 300 km do
local onde se encontrava pescando, quatro dias depois.
* Caçando alces com amigos, no dia 25 de outubro de
1974, Carl Higdon surpreendeu-se quando viu a bala
do rifle que apontava na direção de um alce sair
vagarosamente do cano e cair no chão 15m à frente
dele. Sentindo-se num cone de silêncio, viu
aproximar-se uma criatura humanóide, de pele
amarela, dentes grandes, sem orelhas e aparentemente
sem queixo, com uma antena que lhe saía da testa.
"Teletransportado" a uma nave, Higdon pôde
visualizar cenas do mundo dos alienígenas, que
mostravam seres humanos que viviam em harmonia
com o meio. Interessante ressaltar que lhe foi
mencionado que processos de "hibridização" por meio
de experimentos genéticos eram realizados com seres
terrestres e que ele, Higdon, aparentemente não
"servia" a tal propósito, porque havia se submetido a
uma vasectomia.
* Elsie Oakensen, quando dirigia pela estrada A5, em
Northhamptonshire, Inglaterra, em 22 de novembro
de 1978, avistou um objeto enorme à sua frente. Após
permanecer algum tempo sob a luz proveniente do
objeto, seguiu viagem. Chegando em sua casa, teve a
típica sensação de missing time (tempo perdido). A
partir deste encontro Elsie teve sua capacidade
paranormal aguçada; hoje, inclusive, dedica-se a
trabalhos de curas mediúnicas e espirituais.

Para terminar este tópico, concentremo-nos agora nas
chamadas "experiências de contato inteligente, nas quais
uma mensagem (geralmente à humanidade) foi transmitida;
ou, em certos casos, a experiência vivida não foi unitária,
mas sim uma dentre várias, nas quais um sem-número de
"informações" foram transmitidas, processadas, arquivadas,
divulgadas, manipuladas e transformadas em objeto de
estudos.

Apêndice: A chamada "ciência oficial" ainda resiste
tenazmente em admitir a possibilidade de que seres de
outros planetas possam nos visitar. A possibilidade, ou
mesmo a probabilidade, de existência de vida fora da Terra é
assimilável pelos "senhores da ciência". Mesmo a asse-
veração de vida inteligente (talvez até "mais" que nós)
parece-lhes cabível, sempre e quando não se ventile que
viajam até aqui. Ditos "cientistas" parecem debater-se contra
dois "espinhos". Primeiro, temos a questão de como poderia
o "acaso" da Biologia cósmica conceber, em lugares e
condições tão díspares, universalmente falando, criaturas tão
similares? Segundo, a questão de que, ainda que tais criaturas
existam, ainda que possam ter alcançado um nível
tecnológico de envergadura suficiente para viagens
interplanetárias, como vencer milhões de anos-luz,
tetradimensionalmente falando? Esses paradigmas parecem
ser colunas de sustentação de um gigantesco dique, que tem
represado o fluido do conhecimento já há séculos (para não
dizer milênios), dificultando a vazão de algo tão precioso e
vital quanto o desejo de saber, ainda que o que venha à tona
não seja do nosso agrado. O melhor que temos a fazer,
todos, é curvar-nos diante do grande "mestre tempo", que, à
sua maneira, destila justiça e compreensão.
Redigido o apêndice, vamos aos casos. Uma última
observação: alguns dos casos mencionados foram estudados
de forma suficientemente exaustiva para que alguma classe
ou tipo de "veredicto" fosse sentenciada. Quando se fizer o
momento certo, não nos esquivaremos de qualificar os casos
pertinentes, tecendo os comentários que se fizerem
necessários.

* O ano de 1952 viu "aparecer" Howard Menger, na
época morador do Brooklin, Nova York, que afirmava
ter contatos com seres extraterrestres, principalmente
com uma linda mulher de cabelos longos, que vestia
um traje translúcido e emanava amor e atração física.
De acordo com Menger, os alienígenas seriam
responsáveis pelos avanços dos povos astecas e outras
civilizações antigas. A mulher em questão afirmava ter
quinhentos anos de idade e ensinou a Menger
conceitos "mecânicos" e espiritualistas. Em 1959,
Menger escreveu o livro From Outer Space to You.
Comentário: O Sr. Howard Menger, durante as
décadas de 60, 70 e 80, esteve "desaparecido" do
chamado eixo ufológico. Muitos afirmam que sua
ausência deveu-se a duas razões principais: a primeira
seria a frágil consistência de seus relatos, severamente
criticados por "especialistas"; a segunda, um
esvaziamento de interesse por parte do público da
época, notadamente mais concentrados e interessados
nos relatos do já mencionados por George Adamski.
Nos primeiros anos da década de 90, Menger voltou
ao "circuito", convidado para vários congressos e
seminários relacionados com o tema nos Estados
Unidos.
* Foi 1954 o ano da publicação de Aboard a Flying
Saucer, de Truman Bethurum, que afirmava ter sido
contatado no deserto da Califórnia por criaturas de
l,50m, pele cor de oliva e trajando uniformes. Os
referidos seres saíram de urna nave de 90m de largura
por 50m de altura, capitaneada por uma mulher, Aura
Rhanes, que afirmou provir do planeta Clarion,
aparentemente escondido no lado escuro da Lua.
Segundo ela, os alienígenas eram capazes de se passar
por seres humanos.
Comentário: O caso Bethurum nunca foi levado muito
a sério, principalmente quando ele mesmo chegou a
mostrar falta de interesse em comentar suas
experiências.
* Edwin é o nome de um "contatado" que se
corresponde freqüentemente com um extraterrestre
chamado Valdar. Originalmente, conheceram-se
quando Valdar era o supervisor de departamento da
fábrica em que Edwin trabalhava. Tendo o hábito de
saírem para pescar juntos, certa vez, enquanto
conversavam, Valdar revelou sua origem
extraplanetária. Edwin viu quando ele partiu num
disco voador que havia pousado na Baía Richards, na
localidade de Natal, África do Sul. Desde então, Edwin
assegura que continua em contato freqüente com
Valdar via rádio, recebendo mensagens de alerta à
situação atual do planeta Terra.
* Marian Keech foi uma "contatada" que recebia
mensagens, principalmente do tipo psicográfica, de
seres do espaço que se autodenominavam "Os
Guardiães". Estes seres transmitiam conceitos
filosóficos de cunho esotérico e também faziam
previsões, poucas confirmadas. Foi formado um grupo,
que mais tarde se tornou uma seita religiosa,
dissolvendo-se com o passar dos anos e pela falta de
"comprovações".
* O ano de 1968 foi o início dos "contatos" da mexicana
Maria, que afirma ser uma das quinze mil pessoas
"contatadas" neste planeta, sendo que somente trinta
ou quarenta estão autorizadas a falar publicamente e
comunicar ao mundo suas experiências e informações,
estas transmitidas por mentes superiores, de cunho
filosófico e científico. Maria atualmente realiza cursos
e forma grupos de trabalho em vários países da
América Central e Europa, devotando-se
especificamente ao campo terapêutico, para o qual
desenvolveu toda uma teoria e prática com cristais.
* No dia 13 de dezembro de 1973, enquanto dirigia
pelas montanhas de Clermont Ferrand, França, o Sr.
Claude Vorilhon avistou um objeto voador que
pousou perto dele, de onde emergiu uma criatura de
aproximadamente 90 cm de altura, cabelos negros e
barba, vestindo uma roupa de peça única, verde. O ser
dirigiu-se a Claude em francês e disse-lhe que sua raça
já o observava há algum tempo e que ele havia sido
escolhido como um "emissário" para expandir a
mensagem extraterrestre aos povos da Terra. Com as
mensagens recebidas nas semanas seguintes, Claude
publicou um livro, que serviu como introdução para o
que foi chamado de "Movimento Raeliano".
Comentário: Sem entrar no mérito da questão da
"experiência" em si, vale destacar o fato de que o
chamado "Movimento Raeliano" é constantemente
criticado pelas pessoas vinculadas ao "meio ufológico",
não tanto pela inconsistência de suas afirmações
(consenso geral), mas principalmente pelas atitudes
incongruentes de seu líder e fundador.
* Em 1975, o então jovem jornalista espanhol Juan José
Benitez Lopez publicou seu primeiro livro sobre
ufologia chamado OVNIs: SOS à Humanidade, em que
relata de maneira pormenorizada sua visita e estada em
Lima, Peru, para onde havia sido enviado na qualidade
de correspondente para assuntos internacionais do
jornal A Gaceta del Norte. Nessa oportunidade, seu
trabalho consistiu em averiguar a veracidade de
notícias que circularam na época e que diziam respeito
a um grupo de jovens que afirmavam manter "contato
inteligente" com seres extraterrestres. Benitez ouviu,
perguntou, gravou e, na ausência de evidência mais
concreta, colocou aos jovens sua posição de que suas
impressões e credibilidade teriam de se basear apenas
na "simpatia" e "boa vontade". Diante dessa colocação
e para sua surpresa, foi "convidado" a uma experiência
de campo por uma das supostas entidades extra-
terrestres, por uma "comunicação" telepática
canalizada por um dos integrantes do grupo de jovens
(Benitez guarda consigo esta preciosa folha de papel
até hoje). Tal como dizia a "mensagem", no local
assinalado e na hora acertada, de forma clara, nítida e
indubitável, Benitez e todos os presentes, também
convidados, viram aproximar-se e estacionar quase
sobre suas cabeças dois grandes objetos sólidos, que
emitiam intensa radiação luminosa. A experiência
como um todo durou vários minutos, para deleite e
susto do jovem jornalista. Desta forma, concluía com
êxito o primeiro registro de um "contato programado
previamente", presenciado por um membro da
imprensa. A partir daí, o grupo de jovens seguiu com
suas experiências, não só espalhando pelo mundo a
"mensagem" obtida dos seres extraterrestres com os
quais mantinham (e mantêm até hoje) "contato"
(mensagem de reflexão, de autoavaliação, de esperança
num tipo de vida diferente do atual etc.), mas também
tentando estruturar processos de continuidade de tão
singulares experiências.
Comentário: Advinda destes primeiros "contatos"
ocorridos no Peru em 1974 surgiu a famosa Missão
Rama, que se dividiu em duas vertentes principais e
diferentes, as quais têm sobrevivido ao longo de vinte
e dois anos em vários países do mundo. Muito de
positivo e negativo ocorreu nesse intervalo e tem sido
atribuído, justa e injustamente, às diferentes correntes
nas quais se desmembrou o grupo original, não sendo
da alçada desta obra entrar no mérito da questão nem
emitir veredicto a respeito. É mister, porém, que se
ressalte o testemunho pessoal do escritor de língua
espanhola mais lido da atualidade, J. J. Benitez, ainda
que seus "compromissos" e/ou "convicções" atuais o
levem, às vezes, a relegar à segundo plano ou mesmo a
menosprezar suas experiências no Peru. Mesmo assim,
Benitez escreveu mais adiante um segundo livro,
chamado 100.000 km em busca de OVNIs, no qual
descreve uma segunda experiência em companhia de
outro jornalista espanhol.
* Em abril de 1980, Aino Ivanoff, dirigindo seu carro
numa tranqüila estrada da Finlândia, viu-se de repente
submerso em uma densa neblina, quando se sentiu
transportado ao interior de uma nave em que seres
alienígenas, por meio dele, nos aconselharam a
terminar com guerras e destruição. Aparentemente
lhe foi dito, também, da inabilidade de estes seres
terem filhos, o que indicaria justificativa para
processos de hibridização e experimentos genéticos
feitos principalmente pelas chamadas abduções (tema
a ser tratado no capítulo seguinte).
* Gary Kinder publicou, em 1987, o livro Light Years,
que discorre sobre as experiências e aventuras do
suíço Eduard "Billy" Meier durante os anos de 1974 e
1978. Kinder relata as primeiras experiências de
"contato" de Meier, os processos de "comunicação",
de encontros e de preparação utilizados por ele para
realizar aquelas que são consideradas as melhores e
mais nítidas fotografias e filmagens de discos voadores
obtidas até o momento. Detalha, também, todo o
processo de análise e pesquisa desenvolvido pelo casal
Lee e Brit Elders, investigadores norte-americanos que
divulgaram ao público mundial as análises das imagens
de filmes, do som/ruído gravado por Meier certa
ocasião e até do material de origem supostamente
extraterrestre recolhido por ele depois de outro
"contato". O caso Meier saiu ileso de tamanha bateria
de exames, apesar de haver sido considerado polêmico
desde o princípio. Estudos posteriores comprovaram
fraudes em algumas das fotos e filmagens (porém, não
em todas), o que permitiu que muitos "especialistas"
voltassem a ter noites de sono tranqüilas, sentindo-se
"aliviados" da carga que era admitir a veracidade de tão
"perfeitos contatos". Dentre as milhares de páginas de
mensagens e informações compiladas pelo suíço,
destacam-se as seguintes: Meier contatava-se com
seres provenientes das Plêiades, principalmente com
duas mulheres, a loura Semjase e a morena Asket, que
pilotava a nave em que vinham. Semjase contou-lhe
sobre suas origens, de visitas de antepassados seus à
Terra em tempos antigos, da necessidade de mudança
de atitude por parte dos seres humanos terrestres, que
estariam levando sua própria condição a uma situação
limite, na qual a auto-aniquilação era mais que uma
possibilidade. O chamado Caso Meier esteve no "topo"
das discussões e debates mundiais por muitos anos,
"resfriando-se" no início dos anos 90. Hoje, sabe-se
que Billy Meier continua "atuando", recolhendo e
compilando informações por intermédio de seus
"contatos". Vez por outra uma nova publicação é
lançada no mercado e um novo congresso volta a
debater o tema, fazendo com que este seja talvez o
caso mais discutido e comentado da ufologia.
Comentário: A importância do caso Meier explica-se
por si só. E importante ressaltar que, apesar de
comprovadas fraudes em algumas das fotos e filmagens
relativas que vieram a público, nem todas foram assim
qualificadas; muitas resistiram incólumes às pesquisas
realizadas e até hoje intrigam os reais investigadores.
Além disso, Meier chegou a dizer que não reconhecia
como suas muitas das fotos taxadas de truques
fotográficos (sabe-se que sua casa sempre foi muito
visitada, e como as fotos eram, pelo menos no
princípio, guardadas numa caixa de sapatos que ficava
embaixo de uma cama, à vista de todos, a prudência
não permite descartar a possibilidade de que outro ou
outros tenham manipulado ditas fotos); a pessoa
encarregada de revelar as fotos também defende o
suíço, igualmente não reconhecendo aquelas que
teriam, teoricamente, sido reveladas por ele, além de
jamais colocar em dúvida a idoneidade de seu
"cliente". Finalmente um último "mistério": assim
como no caso de George Adamski, também
massacrado por "parte do eleitorado insatisfeito" (da
ufologia dita científica), ninguém explica como ano
após ano são relatadas e descritas naves com formatos
extremamente similares (para não dizer idênticas) às
descritas e fotografadas/filmadas tanto por um quanto
por outro. Será tão extensa a rede de enganadores
promovida por estes indivíduos ou será que "algo" de
verdade e fundamento tinham e têm seus "contatos"?


Estudo das Variações Tipológicas

Como são os extraterrestres que chegam à Terra? Analisando
os relatos das descrições obtidas, que a cada dia ocupam mais
gavetas e disquetes, observa-se uma enorme variedade em
termos tipológicos e fenotípicos. Estudiosos têm feito
classificações e divisões, assumindo diferenças entre raças,
reinos e até famílias. A grande maioria, porém, tem
estabelecido a forma humanóide como tipo básico. Neste
conjunto há de tudo: pequenos e grandes; de tons de pele
dos mais variados, predominando o cinza, o verde, o
branco-pálido e a "cor de pele" normal. Há os de cabeças
grandes, diminutas, encapuzados, "escafandrados"; rostos
quadrados, ovais, disformes, angelicais; ruivos, carecas e
com mais ou menos dedos nas mãos. Existem ainda os que
se qualificariam num quesito entre "robôs" e "andróides".
Vale a observação de que, de acordo com estudos
estatísticos realizados pelo competentíssimo pesquisador
Jacques Valleé, já passam de dois milhões os relatos devi-
damente registrados de eventos relacionados a OVNIs que
chegaram a aterrissar em todo o mundo (estimando-se que o
total de casos, nos últimos cinqüenta anos, considerando
aqueles que ocorreram e nunca chegaram a ser relatados,
algo em torno de quatorze milhões), e que aqueles
envolvendo ocupantes, tripulantes ou seres associados a eles
rondaria a barreira de três a dez mil casos com algum tipo de
registro e superior a cem mil, considerando-se os
desconhecidos.
Origens: De onde vêm os extraterrestres? De acordo com as
informações obtidas a partir dos "contatos", tudo indica que
a variedade de tipos reflete-se nos lugares de procedência
indicados por eles próprios: Plêiades, Mercúrio, Ganimedes,
Orion, Marte, Vênus, Saturno, Júpiter, Urano, Zeta Reticuli,
Sírius, Alfa Centauri e sistemas e planetas desconhecidos,
tais como Clarion, Meton, Apu, Hera, etc.
Comunicação: De que maneira se comunicam os
extraterrestres? A telepatia tem tido a primazia como veículo
de contato entre terrestres e alienígenas, obviamente
"decodificada" de acordo com os idiomas e paradigmas de
cada um. Os "contatados" que utilizam (ou são submetidos)
esse meio de comunicação afirmam que "sentem" ou
"escutam" em suas mentes as palavras e frases provenientes
dos extraterrestres. Muitos inclusive ressaltam o fato de que
a comunicação da parte deles, terrestres, em direção aos
visitantes também é, em muitos casos, realizada
telepaticamente. Além da telepatia, símbolos ou sinais e
"linguagem" são comumente utilizados, predominando os
sinais feitos com as mãos e desenhos em geral, seja os vistos
no interior de naves ou os feitos no solo. A linguagem dos
ocupantes pode ser separada em dois grupos: a) o diálogo
entre eles próprios, descritos pelas testemunhas como
"palavreado estranho", sons guturais, grunhidos de porcos,
latidos de cães, coaxar de rãs, mugido de vacas e cacarejo de
gansos; idioma ou linguagem "tipo alemão", linguagem com
um som "k" recorrente; musical; voz rouca, etc.; b) o diálogo
com as testemunhas também é dividido em dois grupos: 1º
em língua conhecida: pelo que se sabe, apenas quatro
idiomas foram utilizados pelos extraterrestres até o
momento: espanhol, inglês, francês e português. A natureza
dos diálogos varia de uma simples frase até longas conversas;
e 2º em língua desconhecida.


Faltaria apenas comentar um aspecto específico da
fenomenologia OVNI, tão ou mais polêmico que o "contato
inteligente", aquele que se refere aos casos que, no jargão da
casuística ufológica, se encontram sob o título de
"abduções".

Abduções

O termo "abdução" vem do inglês abduction, que significa
"seqüestro" ou "rapto", e se relaciona, em ufologia, aos casos
em que seres humanos são teoricamente "forçados" por
criaturas alienígenas a viver algum tipo de experiência.
Desnecessário dizer que ditos "eventos" suscitam enorme
controvérsia não só fora do meio especializado (se a
viabilidade de "visitas" por parte de seres extraterrestres já é
tão combatida, que dizer então da possibilidade de que "eles"
sejam capazes de interferir em nossas vidas de maneira tão
incisiva), como também no seio da ufologia, cujos
participantes tendem a radicalizar suas posturas, pró ou
contra, quanto à intenções, conseqüências e atitudes a serem
tomadas em relação às entidades mencionadas. A título de
exemplo, existem aqueles que afirmam ser os eventos dessa
natureza uma clara demonstração de que "nos invadem", e
existem outros que adotam a tese de que "estão
salvaguardando a raça humana". A disparidade é enorme e
perfeitamente explicável e compreensível quando se
considera o "absurdo" de cada caso, a falta de informações de
primeira fonte "dos dois lados" (já que até o momento
nenhum extraterrestre tratou, de bom grado e em uma
entrevista ao vivo e em cores, de explicar o porquê de suas
atitudes), a falta de preparação, bom senso e isenção da
grande maioria dos responsáveis pelas pesquisas e a
tremenda variedade de casos que dia-a-dia afloram. O único
consenso parece ser que "sim algo real está acontecendo"
nesse sentido, isto é, pessoas estão sendo abduzidas atual-
mente ao redor do mundo por seres extraterrestres, embora
se desconheça completamente os detalhes precisos de
muitos aspectos envolvidos (psicológicos, formativos,
circunstanciais, contextuais, etc.).

Cenário Geral

Uma típica experiência de caráter abdutivo normalmente
começa com o avistamento de um OVNI, muitas vezes
envolvendo algum tipo de "efeito", seja de caráter
eletromagnético em casas ou veículos, seja alguma "estranha
sensação" por parte das testemunhas. Após a partida do
OVNI, imediatamente ou horas ou dias depois, a testemunha
percebe que certo tempo "se perdeu", isto é, não se recorda
de haver vivido determinado período de tempo. Sonhos
bizarros com discos voadores e entidades estranhas são
freqüentes, passado algum tempo, assim como alterações dos
estados físico e anímico, fazendo com que algumas tes-
temunhas procurem ajuda profissional, em muitos casos
psicólogos ou terapeutas. De modo próprio ou pela hipnose
regressiva, muitas delas não só "recuperam" a vivência
"perdida" como também se deparam com uma experiência
sui generis, na qual um "rapto" e posterior transporte a uma
espécie de nave ou recinto ocorreram diante da sua atitude
impotente. O transporte, quando lembrado, normalmente é
realizado com a pessoa flutuando em direção a uma luz ou
objeto de forma discoidal; às vezes a testemunha se percebe
no interior de uma sala muito iluminada e asséptica, ladeada
por criaturas estranhas, normalmente pequenas (altura
aproximada de 1,20 m e 1,50 m), com cabeças grandes e
desproporcionais em relação ao corpo, normalmente em
forma de "pêra invertida". A seqüência indica uma espécie
de exame médico e, na maioria dos casos, a volta para o
lugar de início da experiência. Esta é uma descrição bem
generalizada, baseada na "reconstrução" dos fatos ocorridos
com muitas das testemunhas (por muitos pesquisadores
denominadas de "vítimas"), por meio de seus depoimentos,
dos "diagnósticos" clínicos e das conclusões dos
especialistas.
Uma espécie de "roteiro a ser seguido", pela compilação e
avaliação sistemática dos principais casos, foi idealizado pelo
famoso e conceituado pesquisador norte-americano Dr.
Richard Haynes, especialista na área de aviação e acidentes
aéreos. E sempre conveniente recordar que ditas
classificações são parciais, genéricas e funcionam apenas
como suporte para tentativa de estudo e intelecção do tema.
Isto posto, eis a seqüência:
1. Atividade pré-abdutiva: o "antes" da testemunha.
2. O alerta, estimulo orientado: o que atrai a atenção para
algo anormal.
3. A captura: a "realização" do rapto.
4. Entrada no veículo: o "transporte".
5. Excursão pelo interior do veículo: o "passeio" de
reconhecimento ou já "parte do experimento".
6. Comunicação/Mensagem: a "informação" que se recebe,
pessoal ou não.
7. Exame pessoal: o famoso "exame médico".
8. Excursão para um segundo ambiente: outro "passeio",
talvez com outros propósitos.
9. Retorno à superfície da Terra: a "volta".
10. Conseqüências: o "depois" da abdução.

Histórico

Os casos clássicos de abdução com muitos aspectos comuns
aos descritos acima foram os ocorridos com o casal Barney e
Betty Hill, em setembro de 1961, e de Travis Walton,
ocorrido em novembro de 1975, já mencionados nos
capítulos anteriores. Hoje, dependendo da "elasticidade"
com que se considera o tema, o também mencionado "Caso
Villas-Boas" se posiciona sob a mesma "classificação", sendo
considerado por alguns ufólogos estrangeiros como o marco
inicial desta "vertente" ufológica. Vejamos alguns casos
interessantes:

• Em Tujunga Canyon, Estados Unidos, em 1953, Sara Shaw
e Jan Whiteley, depois de uma experiência de "tempo
perdido", com ajuda profissional "resgataram" uma vivência
muito similar aos padrões clássicos.
• Ocorreu na Venezuela, em dezembro de 1954, uma
tentativa fracassada de abdução, quando Flores Lorenzo e
Jesus Gomez foram assaltados por quatro entidades de baixa
estatura que tentaram forçá-los a entrar numa nave pousada
perto deles. Lorenzo golpeou uma das entidades com um
rifle, quebrando-o.
• Fernando Eustágio, acompanhado de seu irmão e um
vizinho em agosto de 1963, sofreu uma tentativa frustrada
de abdução a uma nave em forma de globo, por uma
entidade muito alta e magra que carregava uma caixa
brilhante e possuía um olho na testa.
• No dia 3 de dezembro de 1967 ocorreu em Ashland,
Estados Unidos, a fantástica abdução do patrulheiro Herbert
Schirmer, que naquela noite viu decolar um disco voador e,
sentindo os efeitos de "perda de 30 minutos", submeteu-se à
hipnose, que revelou detalhes do encontro. No momento
em que via decolar o disco, Schirmer sentiu uma força que o
impediu de usar sua arma e de utilizar o rádio do carro. Viu
entidades aproximarem-se do seu veículo, que dispararam
um gás verde, que o paralisou. Foi tirado do carro e levado
escada acima para dentro da nave. Os tripulantes, de cerca
de 1,5m, eram musculosos, porém magros, com peitorais
largos e cabeças pequenas, olhos tipo "gato" ou orientais e
lábios finos. Estavam vestidos com roupa de uma peça de
cor cinza, sem zíperes, costuras ou marcas, e possuíam um
cinto em que carregavam "armamentos". Respiravam.
Disseram-lhe que possuíam bases no Triângulo das
Bermudas, na costa da Argentina e dos Estados Unidos.
Naquele momento estavam em Ashland à procura de
eletricidade das torres geradoras da região. Quando
perguntados se eram os responsáveis por raptos de pessoas,
os alienígenas aquiesceram e justificaram o fato pelo
denominado "programa de análises genéticas". No final,
prometeram a Schirmer mais duas visitas.
• Um dos mais famosos casos é o ocorrido com Betty
Andreasson, no dia 25 de janeiro de 1967. Betty, estando
em sua casa com sua família e sete crianças, foi abduzida e
levada ao interior de uma nave. Com o líder dos alienígenas,
que se identificou como Quazgaa, ela trocou livros (uma
Bíblia por um "livro religioso" que ela perdeu). Foi
submetida a um exame médico, que incluiu sondas no nariz
e no abdômen. Na seqüência, foi levada à uma outra sala e
coberta com um fluido, com tubos para poder respirar.
Avistou pequenos alienígenas "répteis" e viu-se flutuando
sobre uma cidade de cristal. Betty afirma ter ouvido a "voz
de Deus". Seu caso é extremamente complexo e está descrito
nos livros The Andreasson Affair e The Andreasson Affair
Phase 2, escritos por Raymond Fowler. Toda a história foi
"descoberta" por meio de hipnose regressiva.
• Em 1968, dia 2 de maio, depois de haver presenciado
vários avistamentos na região em que vivia, Shane Kurz foi
abduzida e levada ao interior de uma "sala hospitalar", onde
foi estuprada pelo líder dos alienígenas, de aparência
humanóide bem similar à raça humana. Entretanto, Shane
alega que gostou do encontro sexual, possivelmente apenas
porque sobre seu corpo foi espalhada uma substância líquida
antes do contato (o mesmo detalhe relatado por Villas-Boas).
Toda essa história foi revelada anos depois, pela hipnose,
quando Shane procurou auxílio médico para problemas físi-
cos de que padecia.
• Suécia, abril de 1969. Kathryn Howard, Harvey e Martin
foram abduzidos e levados ao interior de uma nave. Curioso
o fato de que, pela hipnose, Kathryn e Harvey descreveram
experiências similares, enquanto Martin comportou-se como
se tivesse sido "desligado".
• Um clássico deste segmento é o ocorrido no dia 12 de
outubro de 1973, em Pascagoula, Mississipi, Estados Unidos,
quando Charles Hickson e Calvin Parker foram levados a
uma nave de formato ovóide por três entidades de aspecto
humanóide, de pele rugosa e projeções cônicas nos locais
originais do nariz e orelhas, que flutuavam no ar. Com garras
similares às de caranguejo, ergueram os assustados amigos
sem o mínimo esforço. Dentro da nave foram examinados
por um "olho" que flutuava e "analisava" cada parte de seus
corpos.
• Quando caçava com seu cachorro em Medinaceli, Itália,
em 5 de fevereiro de 1978, o espanhol Julio F. percebeu que
havia tido um "tempo perdido". Após realizar uma regressão
hipnótica posteriormente, revelou-se a abdução seguida de
exames médicos nele e no cachorro. Os abdutores eram
altos e loiros e revelaram que existiam dois tipos de seres
que visitavam a Terra: os iguais a eles, similares aos
humanos, e os "baixinhos", responsáveis pelos experimentos
de engenharia genética.
• Em 1982, João Valério da Silva foi abduzido em Botucatu,
São Paulo, atingido por um raio de luz branca. Dentro da
nave, foi cercado por vários alienígenas, incluindo uma
mulher nua; em seguida, desmaiou. Foi encontrado pela
família deitado sobre o piso de sua casa, com marcas por
todo o corpo, inclusive com lesões no pênis. Seu relógio
estava parado.
• O ano de 1986 marca o início de uma seqüência de casos
mundialmente conhecidos e controvertidos, tais como as
famosas experiências de Whitley Strieber com criaturas
pequenas, de pele escura e olhos grandes, negros e
amendoados, minuciosamente relatadas em três best sellers
internacionais: Communion, Transformation e
Breakthrough.
• Finalmente, encerraremos esta lista com um dos mais
complexos e impressionantes casos até hoje registrados. O
caso de Kathy Davies (pseudônimo de Debbie Tomey) e
outros membros de sua família que sofreram múltiplas
abduções como parte de um suposto "programa genético"
extraterrestre de longa duração. Aos seis anos Kathy foi
abduzida, e sangue e pele foram-lhe retirados (desta
experiência possui uma cicatriz na perna). Com dezoito anos
foi novamente "levada" e sofreu uma forma de "penetração"
no útero, quando possivelmente foi artificialmente
inseminada. Meses depois, em nova abdução, um feto foi-
lhe retirado e, oito anos após, em outro "rapto", foram-lhe
mostrados nove bebês, supostamente "produtos" da
inseminação à qual fora submetida. Aparentemente até
mesmo as crianças "terrestres" de Kathy foram "levadas".
Este caso, além de interessante, merece destaque porque
tornou-se público e mundialmente conhecido pelo livro (e
posterior série de televisão) de nome Intruders (disponível
nas vídeo-locadoras), que catapultou à fama não só seu
autor, Budd Hopkins, como também a temática abdutiva,
que ganhou força e interesse a partir de meados da década
de 80. Foi apresentado por Hopkins, também, o caso que
causou comoção no meio ufológico no início dos anos 90: o
de Linda Cortile, que foi vista sair flutuando pela janela de
seu apartamento, situado a elevada altura num edifício em
plena cidade de Manhattan, em Nova York, por pelo menos
cinco testemunhas independentes.
Dentre as testemunhas, estavam dois agentes ou seguranças
que trabalhavam para as Nações Unidas (suspeitou-se,
inclusive, que no momento em questão acompanhavam o
então Secretário-Geral Javier Pérez de Cuellar, portanto,
outra suposta testemunha potencial, fato negado por ele). As
testemunhas foram unânimes também na asseveração de
haver presenciado um objeto discoidal pairando ao lado do
mencionado edifício, para o qual se dirigiu o corpo "inerte"
de Linda.

Números

Assumindo-se as atividades ditas abdutivas como um
capítulo à parte dentro do cenário ufológico, quantos seriam
os casos ocorridos? Obviamente estatísticas confiáveis são
raras neste aspecto, por todas as dificuldades já apontadas.
Como exemplo, valeria a pena mencionar uma pesquisa,
realizada entre julho e setembro de 1991, pela Organização
Roper (responsável por sondagens de opinião pública), que
concluiu que somente nos Estados Unidos o número de
possíveis vítimas em potencial seria da ordem de algo entre
dois e dez milhões. Claro está que a aceitação desse resultado
como referencial foi pequena, principalmente em virtude da
forma como foi desenvolvida a enquete, já que interrogou os
entrevistados com perguntas de caráter extremamente
genérico e tendencioso. De qualquer maneira, esses
números refletem a onda de "psicose" que assola a nação
norte-americana em relação ao tema, já que em nenhum
outro lugar do planeta se discute tanto a fenomenologia
abdutiva. Isso tem, inclusive, levado alguns pesquisadores a
crer que as abduções não passam de outro "produto de
exportação ianque" ou da presença de algum tipo de
conspiração estruturada.
Mais confiáveis e merecedores de crédito são os dados
apontados pelo pesquisador e folclorista Thomas E. Bullard,
que revelam altos padrões de similaridade entre casos
ocorridos em dezessete países diferentes, que levaria a quase
"zero" a probabilidade de coincidências de caráter
mitológico, folclórico ou mesmo patológico.
O Brasil, líder em tudo o que concerne à ufologia (de bom e
de ruim), também se destaca no que tange ao tópico
abdução. Dos pesquisadores envolvidos diretamente no
tema destaca-se a renomada Dra. Gilda Moura (autora do
livro UFO: Contato Alienígena), que além de discorrer de
forma profissional e científica sobre o tema, encontra-se
sempre atualizada devido a seu constante intercâmbio com o
melhor da pesquisa de ponta de tudo o que se refere a
abduções no nível internacional. Ninguém melhor como
referencial nacional.

Prós e Contras

Concentremo-nos agora em opiniões abalizadas, tanto a
favor como contra, proferidas por profissionais que emitem
juízo não baseados em "dados coletados" ou "teorias
pessoais", mas sim em profundo trabalho de pesquisa (ainda
que sabidamente parciais).
Por exemplo, o Dr. Alvin Lawson, crítico da utilização de
hipnose regressiva como veículo de escape de experiências
do inconsciente, divulgou um experimento no qual,
recolhendo amostra de pessoas que não possuíam interesse
nem conhecimento do assunto "discos voadores", estas
foram capazes de reproduzir, sob hipnose, histórias muito
similares àquelas contadas pelos chamados, "abduzidos
autênticos". Por outro lado, os 270 casos apontados pelo Dr.
Thomas E. Bullard, acabam pesando no sentido contrário (é
dele, inclusive, a concepção original de um "roteiro" padrão,
mais tarde elaborado pelo Dr. Richard Haynes). O psicólogo
e professor Michael Persinger explica o "dúbio" cenário das
abduções como produto da natureza do cérebro humano.
Nesse sentido, afirma que os relatos de abduzidos seguem
determinados padrões não porque se referem a experiências
similares de vítimas nas mãos de alienígenas, mas porque
elas são provocadas quando áreas específicas dos lóbulos
temporais do cérebro são estimuladas por mau
funcionamento neuronal. Assim, o contexto dessa
estimulação, aliado a fatores pessoais e culturais, combina
para formar uma imagem específica. Já o escritor Jim
Schnabl especula que as idéias de "escaneamento" de mente
e interferência na vida sexual por parte dos alienígenas
(relatados em alguns casos) podem refletir a condição de
"ser" do abduzido ao encontrar-se deitado no divã do
hipnólogo; em outras palavras: a condição de "submissão"
imposta pela relação paciente-terapeuta permitiria engendrar
fantasias de caráter fantástico e sexuais.
Sobre o tema, a famosa pesquisadora inglesa Jenny Randles
sugere que certos estados de consciência podem gerar uma
percepção de realidades distintas, como os OVNIs, por
exemplo. Essa percepção, que ela denomina "fator Oz" (do
conto "O Mágico de Oz"), pode ser a oportunidade que
algumas criaturas alienígenas estejam buscando para entrar
em contato com a humanidade, seja pela telepatia, ou por
meios psicotrônicos, processo que envolveria a implantação
de imagens, eventos e mensagens nas mentes das pessoas
que as recebem, em que os alienígenas poderiam manter-se
a distância, observando sem serem observados (essa hipótese
"explicaria" os casos em que pessoas relataram experiência
abdutiva estando diante de testemunhas independentes, sem
movimentar-se fisicamente, quando toda uma "saga" ocorria
na privacidade de suas próprias mentes).
Resumindo, o assunto é controverso, mas tem recebido
tratamento "sério" nos últimos anos. Mesmo que uma
resposta à questão da origem e propósitos esteja ainda fora
de alcance, fortes indícios mostram que realmente "sim, algo
de real está acontecendo".

Interesse Acadêmico

O maior exemplo da seriedade com que se pode vir a tratar
um tema traduz-se quando instituições acadêmicas assumem
a responsabilidade de estudá-lo. O tema "abdução" tomou
tamanha importância que foi o foco de uma conferência
exclusiva, realizada a portas fechadas à imprensa e curiosos,
no, talvez, mais conceituado instituto de pesquisas
científicas do planeta — o Instituto de Tecnologia
Massachusetts (MIT). Entre os dias 13 e 17 de junho de
1992 mais de uma centena de eminentes pesquisadores
debateram a temática abdutiva, num encontro que já se
transformou em marco referente ao tema. Dentre os
assistentes, destaque para o Dr. David E. Pritchard, o médico
John G. Miller, o já mencionado Thomas Bullard, o sempre
presente Budd Hopkins, os Drs. David Webb e Stuart
Appelle, a mencionada Jenny Randles, Ann Druffel, John B.
Alexander, o psicólogo clínico Gwen L. Dean, David
Hufford, a psicóloga brasileira Gilda Moura e a grande
"estrela" da conferência, aquele que não só a organizou, mas
também projetou aos assentos universitários o tema das
abduções: o renomado Dr. John E. Mack. Fundador do
hospital de psiquiatria de Cambridge, da Universidade de
Harvard (da qual quase foi "expulso" por seu envolvimento
"pouco ortodoxo" em um assunto também tão "pouco
ortodoxo"), autor do livro Abduction: Human Encounters
with Aliens (um best seller internacional), Dr. Mack
assumiu a liderança de toda uma classe de pesquisadores em
combate à pouca seriedade com que se costuma tratar o
tema. Um resumo da conferência excederia os limites e
objetivos deste trabalho, mas o interessado pode encontrar
maiores referências no livro Alien Discussions: Proceedings
of the Abduction Study Conference, compilado por David e
Andrea Pritchard, John Mack, Pam Casey e Claudia Yapp.
Importante salientar que os defensores da realidade do
fenômeno abdutivo não se manifestam com relação à
origem de seus perpetradores, isto é, não apontam os
"culpados"; admite-se que nossa realidade espaço-temporal
está sendo invadida. Por quem? Esta é outra história. Ainda
que testemunhas relatem e descrevam não só as entidades
abdutoras como também os seus propósitos, a cautela tem
sido a tônica no que diz respeito à abordagem dessas
informações.
Além do acima mencionado, merece destaque o trabalho
realizado pelo Dr. David Jacobs, historiador da Universidade
de Temple, autor do livro Secret Life, cujo trabalho
independente com um grupo de trinta e nove abduzidos
corroborou de maneira ímpar as pesquisas feitas por colegas
seus do círculo universitário.
Na área dos grupos ou entidades de pesquisa, o que de
melhor tem surgido são os primeiros resultados de um
projeto específico da Mufon, entidade civil de maior
renome no momento, chamado "Projeto de Transcrição de
Abdução Alienígena". Iniciado em 1992, teve analisados
142 casos de abduções submetidos a quinze diferentes
pesquisadores. Dan Wright, coordenador do projeto,
apresentou no simpósio anual da Mufon de 1995 as
seguintes conclusões: a) os abdutores pertencem a diversos
grupos, com diferentes graus de tecnologia e "evolução"; b)
os abduzidos são tratados de maneiras diferenciadas:
enquanto alguns recebem tratamento de "animais", a outros
dizem que são seres humanos especiais; c) o envolvimento
"governamental" é um fato: a questão é saber quão direta e
qual o diapasão desta interferência (além, é claro, do por-
quê). As pesquisas continuam e certamente os futuros
boletins da Mufon trarão mais novidades.

Nem Tudo São Flores

Acirradas críticas são feitas também por pessoal "gabaritado".
Os principais "torpedos" vêm da área daqueles que são
virtualmente céticos em relação à realidade do fenômeno
OVNI (afirmam que nada mais são que "fenômenos naturais"
perfeitamente explicáveis ou ainda por explicar) e também
da área que considera absolutamente questionável (para
dizer o mínimo) o uso da hipnose como veículo de
obtenção de informação fidedigna.
Bom exemplo foi o simpósio anual da CSICOP (Comitê para
Investigação Científica de Relatos de Paranormalidade),
ocorrido durante quatro dias em junho de 1994, em Seattle,
Estados Unidos, no qual a tônica esteve na "ressurreição" do
Caso Roswell, também na questão das abduções.
Reconhecidamente, uma abnegada instituição contrária à
realidade do fenômeno OVNI, que alberga o "maior número
de céticos por metro quadrado", a CSICOP, deixou a cargo
de Robert Baker e William Cole a tarefa de metralhar o
quadro abdutivo. Seus representantes não perderam muito
tempo e desde o início apontaram os estados alterados de
sono do tipo hipnótico como sendo a origem da maioria das
"vivências" relatadas, cabendo a anomalias patológicas de
caráter mental o restante dessas vivências. Como "golpe de
misericórdia" soou o depoimento de Donna Basset, que
relatou aos assistentes a façanha de haver conseguido
enganar o "todo-poderoso" Dr. John Mack, simulando uma
experiência e passando incólume por todo um processo dito
"terapêutico". A utilização de hipnose regressiva como
ferramenta de apoio à investigação dos casos de abdução
sofreu seu mais sério revés.
As conclusões das pesquisas realizadas pelos espanhóis Josep
Guijarro e Javier Sierra, compiladas na já famosa "Síndrome
de Diana", que se concentrou nos casos envolvendo os
chamados "visitantes de dormitório", revelaram tipos de
distúrbios de caráter mental como fonte primeva das
vivências apontadas.
O debate ferrenho continua, e tão cedo não se vislumbra
qualquer possível "acordo".

A "Vivência"

Afinal, o que acontece aos abduzidos quando dentro das
"naves" ou "salas" às quais são levados? De acordo com o que
eles mesmos declaram, a partir de lembranças vívidas ou sob
hipnose, poderíamos esquematizar os "procedimentos" da
seguinte maneira (este seria um resumo das conclusões a que
chegaram alguns dos principais pesquisadores, como Mack,
Jacobs, Hopkins):
a) Muitas das testemunhas fazem um tour por uma espécie
de corredor. Às vezes divisam outras pessoas também
caminhando ou passam por outras "salas".
b) Invariavelmente as "vítimas" são levadas a uma "sala
cirúrgica", em que amostras de sangue, pele, esperma (em
homens) são coletadas, incisões e "implantes" (de óvulos,
pequenos chips, esferas diminutas) são feitos e "exames
ginecológicos", realizados. Destaca-se a figura de uma das
entidades que é freqüentemente batizada pelas "vítimas" de
"doutor", responsável pela coordenação e consecução das
principais atividades neste recinto.
c) Outro tour é descrito como seqüência da vivência
anterior, muitas vezes levando a uma "sala de incubação"
(salas em que "fetos", supostamente oriundos de um
processo de hibridização "alienígena-homem" são expostos.
Há relatos de criaturas híbridas já crescidas que aparecem e
são levadas à presença das "vítimas" para que estas as
abracem e lhes transmitam carinho) ou a uma sala vazia em
que imagens provenientes de um monitor são mostradas,
perguntas são feitas ou uma espécie de "escaneamento"
mental é realizado. Muitas vezes este tour é anterior à visita
"ao médico".
Como reagem as "vítimas" quando recompõem as vivências?
As reações são variadas, em muito influindo a habilidade do
terapeuta em ajudá-las a assimilar tais vivências. Na maioria
dos casos a atitude predominante é de revolta e repugnância
por terem de sofrer passivamente e sentirem que já não mais
detêm o controle de suas vidas. Há casos, contudo, em que o
processo se desenvolveu de tal maneira que as "vítimas" não
se sentem vítimas, mas sim partícipes de um projeto maior,
de algo que a médio ou longo prazo trará benefícios a todos.
Hoje existem muitos grupos de apoio às "vítimas" de
abduções, com destaque para a Intruders Foundation, nos
Estados Unidos. Estes grupos, sempre capitaneados por um
terapeuta, visam prestar ajuda de todo tipo, desde um
"ouvido que escute" até o debate conjunto de cada caso.
Muitas são as pessoas que reconheceram no apoio recebido
por parte de tais grupos a motivação necessária para desistir
do suicídio, alternativa que, como afirmam, chegaram
seriamente a considerar.

Conclusões

O fenômeno OVNI é real. A hipótese extraterrestre como
responsável pelo fenômeno não invalida as demais nem
tampouco explica todos os casos. Porém, além de ser a mais
"simples e aceitável", é a que tem recebido mais "respaldo"
das evidências apresentadas. Reais são as naves, os seres, os
efeitos físicos advindos da interação OVNI-homem.
As abduções são reais. Produto de somatizações, delírios
mentais, estados alterados de consciência ou intrusão de
entidades de outras dimensões, o fato é que reais são as
cicatrizes, os temores, as testemunhas independentes.
A "contaminação" de informação feita por pessoas
inescrupulosas, ignorantes ou mesmo mal (in)formadas não
justifica o ceticismo doentio que por vezes atinge a simples
menção do tema (igualmente condenável é o ufanismo
idolátrico). Caberia nesse sentido uma atitude mais prudente
e cautelosa por parte de todos os envolvidos, tanto curiosos
e investigadores quanto contatados e simples testemunhas.
O binômio discernimento-paciência parece ser a chave para
que, algum dia, possamos abrir a porta que encerra os
mistérios desta autêntica "Caixa de Pandora", que hoje
responde pela denominação de Fenômeno OVNI, já que a
versatilidade de entidades e propósitos, assim como de
fenômenos e manifestações, parece inesgotável, colocando à
prova, a cada momento, o bom senso humano.
A presença destes estranhos engenhos não somente resulta
histórica, mas também cultural. De fato esta relação
representa a oportunidade de darmos um grande passo em
direção às estrelas. Porém, até o momento, parece que estes
"senhores" interplanetários indicam que o primeiro passo é
dá-lo em direção ao nosso interior. E esta colocação não é
"misticóide" nem "espiritualóide", mas prática. Resulta
evidente que, sem conquistarmos um comportamento
coerente e responsável, jamais obteremos destes seres
qualquer credibilidade; em adquirirmos sentido comum e
respeito pela vida, jamais poderemos aspirar a uma troca
igualitária e de conteúdo; em construirmos uma filosofia de
vida digna e soberana, que privilegie a igualdade e garanta o
futuro de seus participantes, preservando sua integridade
assim como a do meio ambiente, jamais faremos parte dessa
elite cósmica. Nesta situação, apenas nos restará assumir de
vez a condição de sermos um eterno e triste laboratório
espacial, em que será possível constatar, objetiva e
praticamente, até que ponto uma criatura pode degradar a
sua inteligência, levar adiante seus egoísmos e ter como
forma de existência simples o descaso pela vida, própria e
alheia.
Acredito que não seja possível existir tanta mediocridade
escondida na alma humana, razão pela qual considero que
todas estas evidências devam estimular, mesmo que não a
aceitação tácita do fenômeno OVNI como realidade, pelo
menos como possível alerta em relação a forma de nos
comportarmos ante esta possibilidade. Ou seja, é importante
termos a capacidade de refletir sobre o assunto e ver de que
forma ele nos "pega".
O que é difícil aceitar? É difícil aceitar extraterrestres nos
visitando? Ou difícil é aceitar o que isso possa representar
para nossas crenças pessoais? Para nossos costumes? Para
nossa forma de viver? Para nossos padrões sociais? Enfim,
será que o mundo que nos cerca e que construímos é real ou
é uma ficção pior que qualquer contato extraterrestre?
Eu pessoalmente participei de uma incrível e extraordinária
experiência, e o seu lado mais maravilhoso foi o
extraterrestre, e o mais triste e difícil foi enfrentar os meus
semelhantes, que não souberam me ouvir nem muito menos
me compreender.
Espero, de coração, que todo este trabalho, aqui
apresentado, ofereça a possibilidade de uma profunda
reflexão sobre a vida, o homem e o Universo que nos cerca,
possibilitando considerar o futuro como nosso aliado, o
tempo como nosso amigo e, a partir de uma reflexão
profunda diante das evidências, possamos todos lutar por um
mundo mais humano e digno.

Cronologia Astroarqueológica

250.000.000 a.C.
* Antigüidade das dez pegadas humanas, com perfeitos
cinco dedos medindo 23,73 x 10,25 em, investigada
pelo Dr. Wilburg G. Burroughs em 1931, do
departamento de geologia do Berea College de
Kentucky, nos Estados Unidos. Encontradas na região
noroeste de Mount Vernon, no Estados Unidos.
* Antigüidade das pegadas humanas gigantes medindo
59x18 cm, indicando um peso de 250 kg, encontradas
em Mount Victoria, nos Estados Unidos. Investigadas
e descobertas em 1970 pelo Dr. Rex Gilroy, diretor do
Museu de História Natural de Mount York.
* Antigüidade das pegadas calçadas fossilizadas que
esmagaram um trilobite na região de Antelope
Springs, a 43 milhas da cidade de Delta, no Estado de
Utha, Estados Unidos. As pegadas, medindo 32,5 x
11,25 cm, foram descobertas pelos Srs. William
Meister e Francis Shape no dia 3 dejunho de 1968.

70.000.000 a.C.
* Antigüidade das pegadas humanas fósseis encontradas
na região da Valdecevilla, Rioja, Espanha.
* Antigüidade do cubo metálico encontrado em 1885
numa mina da Áustria, num estrato carbonífero. O
objeto encontra-se hoje no Museu de Salisbury.

65.000.000 a.C.
* Antigüidade das pegadas humanas encontradas ao lado
das de dinossauros no famoso "Vale dos Gigantes", ao
longo do leito do rio Paluxy, próximo de Glen Rose,
no Texas, Estados Unidos. As pegadas foram
investigadas em 1971 pelo Dr. C. N. Dougherty, que
apresentou registro de centenas delas na região.

60.000.000 a.C.
* Antigüidade atribuída à coleção de pedras gravadas do
Dr. Javier Cabrera, encontradas na região de Ocucaje,
próxima à cidade de Ica, no Peru. Nestas pedras,
encontram-se descrições gráficas de seres que viveram
numa época remota, contemporânea dos dinossauros,
detentores de grande e avançada tecnologia. De acor-
do com Cabrera, esta civilização teria evacuado a Terra
diante do grande grupo de terremotos e da destruição
que acabou com os dinossauros.

22.000.000 a.C.
* Antigüidade da pegada gigante fossilizada numa laje de
argila, encontrada na jazida carbonífera de Cow
Canyon, a mais ou menos 40 km ao leste de Lovelock,
nos Estados Unidos.

15.000.000 a.C.
* Antigüidade da marca de um sapato encontrada no
Fisher Canyon, no Condado de Pershing, no Estado de
Nevada, Estados Unidos.

1.000.000 a.C.
* Antigüidade da pequena estátua de 2 cm feita em
argila, encontrada em 1889 no povoado de Nampa,
Idaho, nos Estados Unidos, a uma profundidade de 90
m.
500.000 a.C.
* Antigüidade do geodo encontrado no dia 13 de
fevereiro de 1961, pelo grupo composto por Mike
Mikesell, Wallace A. Lane e Virgínia Maxey, próximo
do lago Owens, na região de Olancha, na Califórnia,
contendo em seu interior uma peça metálica manu-
faturada, cujas características, segundo o Dr. Willis,
assemelhavam-se a uma vela de ignição para motor a
explosão.

100.000 a.C.
* Antigüidade do crânio Neanderthal encontrado na
Austrália pelo Dr. Morton Sorrel, chefe da expedição,
em cujo interior foi localizado um objeto cujas
características indicavam ser algum tipo de implante
extraterrestre, embora estivesse sendo investigado por
especialistas da Universidade de Sydney.

40.000 a.C.
* Antigüidade do crânio Neanderthal furado à bala,
exposto no Museu de História Natural de Londres,
Inglaterra. Foi encontrado em Broken Hill, na região
norte da Rodésia, África.

20.000 a.C.
* Antigüidade de um petróglifo investigado pelos irmãos
Leyland, na Austrália, em que aparece claramente um
indivíduo vestindo capacete e roupa com zíper
frontal, saindo do interior de um objeto esférico com
tripé.
* Antigüidade das pinturas encontradas nas cavernas de
Altamira, próximas à região de Santillana del Mar, em
Santander, Espanha, em cujo interior foram
identificados desenhos que levam a pensar em discos
voadores.

12.000 a.C.
* Antigüidade da pintura rupestre encontrada na região
de Fergana, Uzbequistão, descoberta pelo arqueólogo
russo Gueorqui Chatseld, que apresenta uma entidade
vestindo roupas de astronauta ao lado de um disco
voador em vôo.
* Antigüidade dos petróglifos de Val Camonica, na
Itália.
* Antigüidade dos 716 discos de pedra, com inscrições,
achados na região de Baiam-Kara-Ula, no Tibet,
descobertos em 1938 pelo arqueólogo Dr. Chi-Pu-Tei
e pesquisados em 1962 pelo investigador chinês Dr.
Tsum-Um-Nui da Universidade de Pequim. De acordo
com as lendas dos Ham, moradores da fronteira entre
a China e o Tibet, misteriosos "navios voadores"
trouxeram do céu a raça dos Dropas.

10.000 a.C.
* Antigüidade do crânio do bisão furado à bala, exposto
no Museu Paleontológico de Moscou, atual Rússia. Foi
encontrado ao oeste do rio Lena, na República
Socialista Autônoma de Yakutia.
* Antigüidade das pinturas rupestres das Wondjinas
encontradas nas regiões de Kimberley, na Austrália,
pesquisadas desde 1838.

8.000 a.C.
* Antigüidade das pinturas rupestres encontradas nas
cavernas de Varzelândia, em Minas Gerais, Brasil,
cujas imagens apresentam discos voadores e esquemas
no sistema solar.

7.000 a.C.
* Antigüidade das mais de 5.000 pinturas rupestres
encontradas na região de Tassili, no Saara argelino, na
África, pesquisadas pelo investigador francês Henri
Lhote.

2.345 a.C.
* Ano em que subiu ao trono o imperador Yao. Neste
período, os manuscritos Chaung-Tzu, no capítulo 2;
Liu-Shi-Chun Chiu, volume XII e capítulo 5; o
Huainan-Tzu, no capítulo 8, relatam vários incidentes
de características insólitas vividos pelo imperador Yao.
Por exemplo, no ano 42 do seu reinado, uma estranha
estrela desceu do céu até a cratera de um vulcão, e no
ano 70 do seu governo, a estrela emergiu da cratera do
vulcão.

2.300 a.C.
* Antigüidade da lenda Sei-To-Ki ou do "homem
divino", que desceu dos céus para a Terra na região da
atual Coréia do Norte, onde reinou entre os povos
locais.

2.000 a.C.
* Antigüidade da obra chinesa Ciência Natural, em cujo
texto, no seu capítulo 10, encontramos a seguinte
descrição: "... sob o reinado do imperador Xia Ji foram
vistos dois sóis no ribeirão do rio Feichang; um deles
ascendendo no leste, e o outro descendo no oeste, e
ambos rugiam como o trovão". Nesse mesmo ano, na
ilha de Kyu Shu, no Japão, um túmulo Chip-San
apresenta uma inscrição ilustrando a imagem de um
rei elevando as mãos para o céu, procurando acolher
sete discos solares.

1.500 a.C.
* Antigüidade de um registro egípcio em que "rodas ou
discos de fogo" são vistos planando sobre o palácio do
faraó Thutmosis III ou Thutmés III, membro da XVIII
dinastia.

1.361 a.C.
* Antigüidade do famoso IV canto de Akenaton, ou
também conhecido por Amenofis IV, antecessor de
Tutankamon, realizado para o deus Aton. No canto, é
possível ler a seguinte descrição: "... E assim ocorreu
que, encontrando-se o faraó na caça do leão, em pleno
dia, seus olhos avistaram um disco brilhante pousado
sobre uma rocha, que pulsava como o coração do
faraó, e seu brilho era como o ouro e a púrpura. O
faraó colocou-se de joelhos ante o disco". Neste canto,
no III Hino, o faraó continua a narração dizendo:
"...Oh!, disco solar que com teu brilho ofuscante
pulsas como um coração e minha vontade parece tua.
Oh!, disco de fogo que me iluminas, e teu brilho e a
tua sabedoria são superiores à do Sol". Cabe destacar
que foi após a visão do disco solar identificado como o
deus Aton que Amenofis IV mudou seu nome para
Akenaton, alterando toda a estrutura religiosa do
antigo Egito, o que lhe valeu ser assassinado mais
tarde.

1.027 a.C.
* Nessa data, correspondente ao ano 24 do reinado do
imperador Chao Wang, da dinastia Cheu, ocorreu o
seguinte fenômeno: "...No dia 8 da quarta Lua
apareceu uma luz pelo lado sudoeste que iluminou o
palácio do rei. O monarca, surpreendido pelo fulgor,
interrogou os sábios a respeito. Eles lhe mostraram
livros que indicavam que esses prodígios significavam
a aparição do grande sábio do ocidente, cuja religião
haveria de ser introduzida no país".

721 a.C.
* Em tempos do início do império romano, Rômulo,
que o teria fundado por volta de 754 a.C, desapareceu
em estranhas circunstâncias após insólita tempestade
precedida de eclipse do Sol. Segundo a lenda, Rômulo
teria sido arrebatado até a presença dos deuses no céu,
numa carruagem voadora.

708 a.C.
* Durante o reinado do imperador Numa Pompílio, os
escribas romanos registraram a observação nos céus de
um "escudo de bronze" voador.

508 a.C.
* Segundo relatos do romano Plínio, o velho, foram
observados em Bolsena, na antiga Itália, "escudos
ardentes" voando sobre a cidade, que a assediaram
com raios caloríficos deixando-a em chamas.

503 a.C.
* Nesse ano e por volta da meia-noite, na cidade de
Roma, foram vistos "navios", como os de guerra,
brilhando no céu.

498 a.C.
* Nesse ano, na Itália, durante a batalha do lago Regilo
provocada pela invasão de Tarquínio, dois estranhos
"cavaleiros de branco", de uma altura superior à dos
mais altos soldados, apareceram repentinamente em
meio à batalha.

480 a.C.
* Na obra Temístocles VI, Plutarco recolhe curioso
fenômeno produzido na antiga Grécia, em que, nesse
ano, uma grande luz incandescente apareceu no céu,
no momento em que os gregos venciam a frota
invasora persa do rei Xerxes, na batalha de Salamina.

461 a.C.
* Segundo o sábio grego Lycosthenes: "... observou-se
que o céu brilhava, e o povo viu estranhos fantasmas
que os aterrorizavam. As formas e as vozes da aparição
eram terríveis para os olhos e ouvidos humanos".

394 a.C.
* Segundo narra o livro História Natural VI-XXXI, do
romano Plínio, o velho, um estranho "conjunto
celestial" brilhou sobre Cnido, cidade de Caria, ao
mesmo tempo em que os soldados espartanos eram
derrotados no mar, perdendo o império grego.

372 a.C.
* Em comemoração à queda da cidade de Esparta, na
Grécia, o historiador Diodoro Sículo escreveu: "...Um
oráculo divino anunciou a queda do império, pois
durante muitas noites foi vista nos céus uma grande
luz brilhante".

344 a.C.
* Na obra As Nuvens do Engano, Plutarco comenta que,
nesse ano, o grande legislador grego Timoleonte, ao
ser requerido pelas cidades gregas de Sicília para
expulsar os cartagineses, relata uma curiosa situação:
"... Agora, com sete naves coríntias, duas de Corcira e
uma décima que proporcionaram os leucadianos, ele
zarpou. E pela noite, após ter entrado no mar aberto e
encontrando-se desfrutando de vento favorável, os
céus pareceram explodir, abrindo-se subitamente
sobre a sua nave, cuspindo seguidamente abundante e
vivo fogo. Deste se elevou uma tocha no alto, como
aquelas de que são portadores os místicos, e correndo
com eles na sua trajetória os levou precisamente
àquela parte da Itália à qual haveriam colocado rumo
os pilotos...".

340 a.C.
* Segundo registros recolhidos pelo historiador Tito
Lívio em História Romana livro VIII, capítulo VI, da
antiga república romana, consta o estranho encontro
ocorrido entre os cônsules romanos, latino e romano
com um indivíduo de aspecto majestoso e elevada
estatura, fora do normal.

332 a.C.
* No período do cerco da cidade de Tiro pelo imperador
Alexandre, o grande, apareceram repentinamente
sobre o campo "escudos voadores", como foram
chamados, voando em formação triangular. Dirigia a
formação um disco de maior diâmetro, sendo quase o
dobro dos demais. Os discos passearam sendo
observados pelos exércitos de ambos os lados, até que,
repentinamente, do maior dos escudos voadores
saíram uns raios que desfizeram as muralhas e as torres
como se fossem feitas de barro. E os sitiantes
lançaram-se em avalanche pelas brechas. Os escudos
voadores permaneceram suspensos até que a cidade
foi conquistada, desaparecendo rapidamente, logo
depois, no alto, fundindo-se com o azul do céu.

234 a.C.
* Na sua obra Timoleonte, Plutarco comenta que na
cidade de Rimini, nesse ano, foram vistas três luas
enquanto as tribos dos galos invadiam a Itália.

223 a.C.
* Dion Cássio, historiador grego, escreveu na sua obra
História Romana, livro I, que nesse ano ocorreram
eventos que semearam grande pavor entre os cidadãos
de Roma. Segundo narra, ocorreu que o rio Picena
teve as águas tingidas com a cor de sangue em Etruria,
e boa parte do céu pareceu estar incendiada. Em
Arimio fulgurou durante uma noite uma luz como se
fosse dia. Em muitas outras partes da Itália, foram
visíveis três luas durante a noite, e no fórum um
abutre esteve pousado durante vários dias.


222 a.C.
* No livro História Natural, livro II, escrito por Plínio, o
velho, é descrito que três luas apareceram ao mesmo
tempo durante o consulado de Gnaeus Domitius e
Gaius Faunus.

221 a.C.
* Segundo consta no trabalho Prodigium Libellus do
grego Lycosthenes, novamente foram vistas naquele
ano três luas na cidade de Rimini, que voavam em
diversos pontos do céu.

218 a.C.
* Nos livros XII e LXII de sua História Romana, o
historiador Tito Lívio relata como "navios fantasmas"
foram avistados brilhando no céu. Inclusive em Roma,
assim com em outros lugares, apareceram imagens de
homens altos com brilhantes vestes brancas que se
mantinham a distância, sem aproximar-se das
testemunhas. Nos seus livros XXI-XXII, o mesmo
autor recolhe a narrativa de como foi avistado um
"escudo voador" nos céus de Arpi (cidade de Apúlia,
na Itália). Também nesses livros se recolhem novas
aparições de "navios fantasmas", assim como o
fenômeno do "globo solar" menor, e das "lâmpadas
cintilantes", vistas no céu de Praeneste, cidade de
Lácio.

217 a.C.
* Seguindo com as obras de Tito Lívio, no seu livro
XXIII, o autor relata o seguinte: "... O disco solar
apareceu contraído. Resplandecentes pedras caíram do
céu em Praeneste, e em Arpi apareceram escudos no
céu; o Sol pareceu estar lutando contra a Lua, e em
Caperna duas luas se elevaram ao mesmo tempo... Em
Faleiro, o céu pareceu desgarrar-se como numa grande
fresta, e através da fenda havia reluzido uma brilhante
luz, e aquelas partes haviamse contraído ... Em Capua
houve o aspecto de um céu incendiado e de uma lua
que caía em meio a uma grande chuva...". Nesse
mesmo ano, "globos de fogo" foram avistados no céu
quando os romanos foram derrotados no lago
Trasimenus pelas tropas de Aníbal.

216 a.C.
* Segundo consta no trabalho Prodigium Libellus, temos
o seguinte relato: "No dia da batalha de Cannae, entre
os romanos e os cartagineses, foram observados
objetos circulares e outros em forma de navio,
fenômeno que durou toda uma noite. Do solo era pos-
sível distinguir formas brancas a bordo daqueles
objetos que se mantinham no céu, mas podiam ser
observados da terra à vontade.

214 a.C.
* No seu livro XXI, Tito Lívio relata como foi vista na
cidade de Adria uma plataforma no céu, e próximo
dela uma forma de "homem vestido de branco". No
seu livro XXIV, o autor recolhe incidentes estranhos
em Adria, onde foi visto um "altar no céu", além do
testemunho de algumas pessoas que afirmaram ter
visto legiões armadas sobre Janículo. Já nos livros
XXIV e XLIV foram avistadas no rio Tarracina naves
de guerra cujas formas eram desconhecidas.

212 a.C.
* No livro XXV de Tito Lívio encontramos o
avistamento de uma pedra grande que voava pelos
céus da cidade de Rhaetia.

206 a.C.
* Neste ano, relata Tito Lívio que dois sóis foram vistos
na região de Alba, e em Fregelle se fez dia durante a
noite.

204 a.C.
* Nesse ano, dois sóis também foram vistos ao longo da
Itália, e em Setia um meteoro foi visto cruzando o céu
de leste a oeste.

175 a.C.
* Nesse ano foi relatado que na cidade de Lácio foram
avistados três sóis brilhantes no céu simultaneamente,
e várias tochas caíram naquela noite em Lanuvium.


174 a.C.
* Segundo Plínio, nesse ano foram vistos em Roma, ao
mesmo tempo, três sóis no céu.

173 a.C.
* O historiador Tito Lívio escreve que, nesse ano,
ocorreram incríveis eventos em Lanuvium e
Friverum, respectivamente, sendo que em Lanuvium
foi avistado no céu uma grande frota de navios do
espaço e, em Friverum, uma estranha lã gris cobriu o
solo.

171 a.C.
* Nesse ano, o fórum romano teve condições de
observar três sóis brilhando no céu simultaneamente.

170 a.C.
* Segundo registros romanos, nesse ano na Via Ápia,
aproximadamente a 25 km de Roma, foi vista uma
frota de naves no céu.

167 a.C.
* Em Lanuvium foi vista uma brilhante tocha no céu.

166 a.C.
* Novamente na cidade de Lanuvium foi observada uma
tocha no céu, e em Casini foi avistado um sol por
várias horas brilhando durante a noite, sendo que no
território de Vei apareceu um tipo de lã entre algumas
árvores.
163 a.C.
* Nesse ano foi observado em Capua um sol durante a
noite. Em Forini foram vistos dois sóis durante o dia,
brilhando ao mesmo tempo como se estivessem em
fogo. Em Cefalonia foi ouvido um som vindo dos céus
que foi interpretado como sendo trombetas divinas.
Seguidamente houve uma chuva de terra e um vento
tempestuoso, que derrubou casas e arrasou os cultivos.
De noite, um brilhante sol apareceu em Pisauro.

154 a.C.
* Na região de Compsa, especificamente sobre a cidade
de Sammio, apareceram armas voando e atravessando
o céu de um ponto a outro.

152 a.C.
* Em muitos lugares de Roma foram avistadas aparições
vestidas com roupas brancas que, a cada tentativa de
aproximação, desapareciam repentinamente.

140 a.C.
* Durante esse ano em Praeneste, cidade de Lácio, na
Itália, apareceram imagens no céu.

137 a.C.
* Nesse ano em Praeneste, cidade de Lácio, na Itália, foi
vista uma tocha no céu durante a noite.


134 a.C.
* Na região de Amiternum, cidade de Sabinos, durante
várias semanas foi vista à noite uma luz muito
brilhante semelhante ao Sol.

127 a.C.
* Na cidade dos Volscos de Fruosino, foi vista no céu
uma tocha acesa.

122 a.C.
* No Prodigium, capítulo 114, consta que em Galium,
na Sicília, foram observados três sóis e três luas.

118 a.C.
* Plínio menciona no seu livro II, capítulo XXXI, como
em Roma foram vistos três sóis no céu nesse ano,
afirmando: "... Informa-se também que vários sóis
foram vistos ao meio-dia no Bósforo e que duraram até
o anoitecer".

116 a.C.
* O historiador Lycosthenes recolhe num escrito que na
cidade de Lácio foram avistados três sóis no céu, nesse
ano, enquanto Plínio, no seu livro II, capítulo XXXI,
complementa informando que em Remo também se
observou o mesmo fenômeno, comentando: "... Uma
luz no céu da noite, o fenômeno chamado de 'sóis
noturnos', foi visto durante o consulado de Caio
Cecílio e Cneo Papirio, e durante um período causou
uma: aparição de luz diurna durante a noite".

106 a.C.
* Novamente na cidade de Roma foi ouvido grande
barulho vindo do céu, sendo que logo pareceu cair
lanças dele. Houve a seguir uma chuva de sangue.
Logo depois, foi vista uma tocha no céu.

103 a.C.
* Nesse período foram registrados pelos historiadores
vários eventos aéreos anômalos. Dentre eles Plutarco,
em sua obra Caio Mario, menciona os muitos sinais
que apareceram no céu. O romano Pero de Meria e
Tuda informou que durante a noite haviam sido vistas
lanças flamejantes e escudos voadores, que em
princípio moviam-se em distintas direções e logo se
chocaram entre si, representando os movimentos dos
homens na batalha. Finalmente alguns cederam
enquanto outros pressionavam em perseguição, e
todos eles se deslocavam em direção oeste. O
historiador Julius Obsequens descreve: "... A Lua, com
uma estrela, apareceu de dia desde a hora terceira até a
sétima. Na hora terceira do dia um eclipse do Sol
produziu escuridão. Choveu leite no campo votivo.
Em Picena (Adriático) foram vistos três sóis". Num
outro trabalho, Plínio, o velho, recolhe em sua
História Natural, livro II capítulo LVIII, alguns dados,
comentando o seguinte: "... nos contam que durante
as guerras contra os címbios ouviram-se ruídos de
metálicas armaduras e sons de trombetas procedentes
do alto, e o mesmo sucedeu freqüentemente tanto
antes como depois. No consulado de Mario, os
habitantes de Ameria e Turder viram esse espetáculo
de exércitos celestiais avançando do leste e oeste para
enfrentar-se em batalha, sendo derrotados os do
oeste".

100 a.C.
* Um escudo ardente e resplandecente atravessou o céu
de oeste a leste em direção ao pôr-do-sol, lançando
faíscas durante o consulado de Lucius Valerius e Caius
Marius.

93 a.C.
* Relatos nesse período comentam que, em Volsini,
brotaram chamas do céu no alvorecer do dia, e depois
que se juntaram todas a chama abriu uma grande faixa
de cor gris, parecendo dividir-se no céu, e da fenda
apareceram línguas de fogo.

91 a.C.
* No capítulo 114 do Prodigium encontramos como um
globo de fogo correu o céu italiano na região do norte,
emitindo terrível barulho. No mesmo livro, também
encontramos outra menção a um outro globo de fogo
avistado em Spoletium, que desceu ao nível do solo
para logo aumentar seu tamanho ascendendo,
fazendo-se tão grande que ocultou o próprio Sol.
85 a.C.
* Plínio, o velho, narra no seu livro II, capítulo XXVI, o
seguinte: "... Luzes brilhantes apareceram de
improviso no céu". No capítulo XXXIII encontramos:
"... Um Sol noturno, isto é, uma luz emanada da noite,
foi avistado durante o consulado de Cecilius e de
Papirius, e em muitas outras ocasiões, de tal forma que
a noite parecia dia".

83 a.C.
* Em Apollonia, segundo Plutarco, os soldados de Silas
prenderam um "sátiro" adormecido, tal qual os
escultores e poetas o descrevem. Desprezando os
muitos intérpretes, ele emitia um grito rouco, como o
de uma cabra, que não podia ser entendido. Silas, hor-
rorizado, ordenou que o retirassem de sua vista.

82 a.C.
* Ocorreu também durante o governo de Silas, entre
Capua e Volturno, um grande bater de estandartes e
armas com espantoso barulho, de tal forma que os
exércitos pareceram estar em combate empenhados
durante vários dias. Quando este evento foi inves-
tigado mais de perto, as marcas de cavalos e de
homens e das matas recentemente pisoteadas
pareciam predizer a carga de uma grande guerra.

76 a.C.
* Plínio, o velho, relata na sua obra História Natural,
livro II, capítulo XXXV, o seguinte: "... Foi durante o
consulado de Otávio e Scribonio que uma luz, caindo
de uma estrela, cresceu ao aproximar-se da Terra, e,
depois de alcançar o tamanho de uma Lua, derramou a
claridade de um dia encoberto. Este fenômeno foi tes-
temunhado pelo pró-cônsul Silano e sua comitiva".

73 a.C.
* No capítulo XV da obra Temístocles, Plutarco relata o
estranho caso ocorrido em Otria, na região de Frigia
(mar Negro), durante o treinamento das tropas do rei
de Ponto, Nitrítades, e o cônsul romano Lóculo,
quando, repentinamente, o céu se abriu e um objeto
envolto em chamas caiu entre os exércitos. Segundo o
relato, o objeto era muito semelhante a um jarro de
vinho, e sua cor era de prata fundida.

66 a.C.
* Nesta oportunidade, Plínio, no seu livro II, capítulo
XXXV, relatou um novo evento aéreo anormal: "... No
consulado de Cneo Otávio e Caio Scribonio, foi vista
cair uma faísca de estrela e aumentar de tamanho ao
aproximar-se da Terra, e após se fazer grande como
uma Lua esta difundiu uma tênue luminosidade, para
logo, voltando-se para o céu, tornar-se como uma
tocha; esta é a única notícia do ocorrido. Foi também
visto pelo pró-cônsul Silas e o seu grupo".
63 a.C.
* Em Spoletium, cidade de Umbria, um brilhante feixe
luminoso atravessou o céu desde o oeste, sendo toda a
cidade sacudida por vários tremores de terra.

50 a.C.
* Marco Túlio Cícero escreveu na sua obra Divinationis,
livro I, capítulo XLIII, o seguinte relato: "... Foram
vistas aparecer duas ou três luas, e chamas de fogo
foram observadas no céu. Em outra oportunidade o
Sol substituiu a noite, e sons foram ouvidos no céu. As
próprias nuvens pareciam explodir, e apareceram
estranhos globos no céu".

49 a.C.
* Segundo Plínio, em Samnium foi observado nesse
período um novo fenômeno aéreo, durante o
consulado de Lucius Paulus e Caius Marcellus.
* Nesse mesmo ano, Caio Suetônio, em sua obra Os
Doze Césares, recolhe o insólito encontro de Caio
Júlio César com uma "aparição de sobre-humana
estatura e beleza", na fronteira entre a Gália e a Itália.
Cabe destacar que a vida do imperador Caio Júlio César
está repleta de relatos e eventos envolvendo a
presença de estranhos objetos voadores, tanto no céu
quanto na Terra, assim como de misteriosas aparições.

48 a.C.
* Plutarco diz em sua obra que, no mês de agosto desse
ano, ocorreu um curioso incidente em Teaalia,
quando, no alvorecer, um pouco antes da batalha
entre os exércitos de Júlio César e de Pompeo, uma
enorme e brilhante luz apareceu sobrevoando o cam-
po. O mesmo César afirmou ter visto uma fulgurante
tocha saída do interior da enorme luz, precipitando-se
sobre o acampamento de Pompeo enquanto
inspecionava a guarda. Curiosamente, o resultado
dessa batalha, segundo comenta o historiador Dio
Cassius, havia sido revelado na Síria, a mais de 1.500
km de distância do local dos acontecimentos, por dois
estranhos jovens, que desapareceram tão
misteriosamente como haviam surgido.

44 a.C.
* Na obra César, de Plutarco, capítulo LXIII,
encontramos uma grande quantidade de relatos sobre
a presença de luzes no céu, esferas e diversos
prodígios celestiais, além de sons estrondosos vindos
do espaço e da aparição de "aves de presságios". De
igual forma, nesse mesmo período, o filósofo Estrabão
afirma que foram apreciados por diversas multidões
grupos de "homens envoltos em fogo" que se
precipitavam desde o céu. Por outro lado, também
Plínio, no seu livro II, capítulo XXXI, menciona que
foram vistos três sóis nos céus de Roma nessa época.

42 a.C.
* Vários eventos foram recolhidos nas obras do filósofo
Obsequens ocorridas durante esse ano. Dentre elas, a
aparição de três sóis observados na cidade de Modena,
próximo da terceira hora do dia, sendo que os três
objetos acabaram, afinal, fundindo-se num só corpo.
Por outro lado, em Mutina, os mesmos três sóis foram
observados no mesmo horário. Em Roma, uma
enorme luz brilhou no céu durante a noite, fazendo
com que as pessoas se levantassem para trabalhar
pensando já ser dia.

41 a.C.
* Segundo Lycosthenes, em Cnido, próximo do rio de
Cilicia, foram vistos três sóis no céu, que também se
reuniram formando um único corpo.

16 a.C.
* Nesse ano, conforme relatam algumas crônicas, na
Itália foi vista uma tocha envolta em chamas cruzando
o espaço, transformando a noite em dia.

12 a.C.
* Nesse ano, em Roma, um "cometa" iluminou a cidade
imperial durante vários dias, dividindo-se, mais tarde,
em pequenas tochas, para depois desaparecer.

9 a.C.
* No dia 10 de fevereiro desse ano, na cidade de Kyu
Shu, no Japão, apareceram nove sóis no céu,
provocando grande confusão e pavor entre a
população e os membros da dinastia Yamato.

7 a.C.
* Nesse ano acredita-se ter sido o do nascimento de
Jesus, data em que a lendária estrela de Belém teria
guiado os reis magos até a gruta em que se encontrava
o menino recém-nascido.

Início do Primeiro Século

* Nesse período de início de século, foram inúmeros os
estranhos incidentes aéreos registrados, sendo os
historiadores romanos os melhores cronistas dessas
observações. Alguns deles poderiam ser considerados
como os primeiros ufólogos da história, já que suas
compilações sobre estranhos fenômenos foram
incrivelmente notáveis. Tal é o caso de Plínio, o
velho, que no seu livro II da História Natural escreve:
"...Roma é o único lugar do mundo dedicado a um
cometa, aquele que o divino Augusto julgou favorável
para si mesmo, o que apareceu no início de sua vida
pública, durante os jogos celebrados em honra à
Vênus-mãe, pouco depois da morte de seu pai, César,
no colégio instituído por este último para tal fim,
expressando seu gozo com estas palavras: Durante os
dias da celebração de meus jogos foi observada uma
estrela com cauda, que durou sete dias, na região
setentrional do céu. Esta estrela permaneceria até
quase as onze horas do dia, era resplandecente e foi
visível desde toda a Terra. Também se deu o caso de
serem visíveis vários sóis ao mesmo tempo, nunca por
cima ou por baixo do Sol, mas do lado. Nem próximo
da Terra ou sua direção, mas ao levante ou ao poente.
Diz-se que uma só vez se observou esse meteoro
durante o dia; isso ocorreu no Bósforo, e sua
contemplação durou desde a manhã até o pôr-do-sol.
Em outros tempos, freqüentemente, se viram três sóis;
por exemplo, durante os consulados de Postumio,
Mucio, Mareio, Porcio, Marco Antônio, Dolabella,
Lépido e Planco, e em nossos dias foram visíveis du-
rante o principado do divino Cláudio, sendo colega do
seu consulado Cornélio Orfito. Em minha vida, nunca
ouvi que mais três sóis tivessem sido observados
simultaneamente. Apareceram três luas durante o
consulado de Domício e Fannio...'".

9 d.C.
* Dio Cassius descreveu como o Templo de Marte, no
campo de mesmo nome, foi atingido por um raio e
como numerosos gafanhotos invadiram a cidade,
sendo devorados pelos pássaros, comentando também
outros eventos: "... e os picos dos Alpes pareceram
derrubar-se sucessivamente e despedir para o alto três
colunas de fogo. O céu pareceu arder em muitos
pontos, e numerosos cometas apareceu ao mesmo
tempo, e do norte pareceram ser lançados dardos, que
caíram em direção ao acampamento romano".

14 d.C.
* Cassius relatou que nesse ano o Sol sofreu um eclipse
total, e a maior parte do céu pareceu estar em fogo,
sendo que tochas de fogo pareceram cair dele, sendo
vistos também cometas de cor vermelho-sangue.

17 d.C.
* Novamente o historiador Plínio, o velho, no seu livro
História Natural, volume XI e capítulo XXIV,
descreveu o seguinte: "... Há também luzes meteóricas
que somente podem ser vistas quando caem; por
exemplo, uma que correu o céu ao meio-dia e à vista
de todo o público, quando Germânico estava
oferecendo um espetáculo de gladiadores. Destas
existem de dois tipos: uma espécie das chamadas
"tochas" e outra chamadas de "mísseis", que são da
classe das que apareceram na época do desastre de
Modena. A diferença entre elas é que as "tochas"
produzem longos rastros com sua parte frontal
incandescente, enquanto os "mísseis" permanecem
acesos em toda a longitude do seu percurso, que é
longo".

18 d.C.
* Segundo os historiadores, nesse ano morreu Ovídio,
que relatou antes de morrer que, numa oportunidade,
em meio à noite, havia sido surpreendido por um sol
branco de grande luminosidade.

41 d.C.
* Nesse ano o imperador Cláudio, que durante a época
do seu consulado já havia observado no céu a presença
de três sóis, subiu ao poder, onde permaneceria até o
ano 54 d.C. Durante o período do seu reinado,
segundo relata o filósofo Sêneca na sua obra Questões
Naturais, um comenta procedente do norte elevou-se
do horizonte para logo rumar em direção leste.

48 d.C.
* Nesse período, segundo relatou o investigador italiano
Giuseppe Rosaccio em sua obra Le Sei Etá del Mondo,
três sóis foram observados na antiga Roma.

60 d.C.
* Julius Obsequens escreveu que um "escudo ardente",
acompanhado de grande feixe de luz, foi visto por
vários cidadãos de Roma. Referindo-se também a esse
ano, o filósofo Sêneca escreveu: "... Temos podido
contemplar durante seis meses este cometa que
apareceu no feliz reinado do divino imperador Nero".

65 d.C.
* Na obra A Guerra dos Judeus, de Titus Flavius Jusefus,
no livro IV, capítulo V, o autor relata o ocorrido em
Jerusalém nesse ano: "... Uma vez apareceram sobre a
cidade uma estrela, semelhante a uma espada, e um
cometa, ambos permanecendo por um ano completo.
Como antecedência à rebelião judaica e antes dos
encontros que precederam a guerra, o povo chegou
em grande número para celebrar a festa do pão ázimo,
no oitavo dia do mês de Nisan; durante a nona hora da
noite, brilhou uma grande luz no altar e no santuário,
análoga à do dia, persistindo por meia hora...". Mais
adiante, Jusefus explica como poucos dias depois da
festa, o vigésimo primeiro do mês de Jyar, ocorreu um
incrível e maravilhoso fenômeno. Segundo relata, o
evento poderia ser tomado por uma fábula se não
existissem testemunhas e se não fosse pela índole dos
fatos, os quais justificaram o ocorrido. Foi que, pouco
antes do Sol ocultar-se, surgiram dentre as nuvens
carros e soldados armados dos pés à cabeça, que
sitiaram algumas cidades.

71 d.C.
* De acordo com o relato de Lycosthenes, nesse
período foram vistos no céu da Itália,
simultaneamente, dois sóis, de leste a oeste, sendo que
um ficou mais fraco e pálido e o outro, mais brilhante
e poderoso.

76 d.C.
* Plínio, o velho, escreveu na sua obra História Natural,
livro II, capítulo CXXII, o seguinte: "... Também
existem estrelas que nascem subitamente no mesmo
céu. Estrelas-dardos vibrantes como uma flecha e que
são um terrível engenho. A esta classe pertence o
cometa sobre o qual Tito escreveu, durante o seu
consulado, em seu famoso poema, sendo esta a última
aparição até o presente. As mesmas estrelas, quando
são mais curtas e se reduzem ao tamanho de um
punho, têm sido chamadas de "adagas". Estas são as
mais pálidas de todas e possuem um fulgor como o
brilho de uma espada e não apresentam irradiação
alguma".

77 d.C.
* Julius Obsequens registrou que nesse ano a aparição de
um "escudo envolto em brasas" foi observada nos céus
de Roma.

98 d.C.
* Lycosthenes é quem agora recolhe uma nova
observação realizada por Tarquínio nesse ano,
relatando: "... Foi avistada uma tocha ardente em todo
o céu. Repentinamente ela caiu. Ao lado do Sol um
escudo incandescente passou pelo céu de Roma. Este
veio brilhando pelo oeste e cruzou em direção leste".

Século II

* Segundo os teólogos e exegetas contemporâneos desse
período, foi nesse momento que os textos que viriam
a compor o Novo Testamento começaram a circular
entre as primeiras comunidades cristãs, assim como as
cartas do apóstolo Paulo. Foi nesse período também
que se reuniram alguns documentos contendo relatos
de eventos ufológicos extraídos do Torá judeu, os
quais passariam a formar parte do Antigo Testamento
católico mais adiante. Aqui, encontramos o relato de
Ezequiel, com referência à "Glória de Yahvé", isto é, a
coluna de fogo que guiou o povo de Israel no seu
caminho pelo deserto, além de outras tantas, como a
viagem de Henoc e Elias num carro de fogo. Nesta
época, também ocorreram eventos que acabaram
sendo registrados, como o referido por Galieno em sua
obra Comentário aos Apotegmas de Hipócrates, no
qual encontramos o seguinte relato: "... E geralmente
sabido que Esculápio foi levado pelos anjos numa
coluna de fogo; coisa semelhante ocorreu com
Dinísio, Hércules e outros que trabalharam em
benefício da humanidade". Com relação ao mito de
Hércules, por exemplo, Apolodoro escreve em sua
obra História o seguinte: "... Hércules trasladou-se a
Oeta no território traquiniano e construiu ali uma pira,
montando-a. E quando a pira estava ardendo, conta-se
que uma nuvem o levou flutuando aos céus".

174 d.C.
* Dio Cassius descreveu na sua obra História Romana,
no volume LX, capítulo XII, o seguinte relato: "...
Durante uma grande batalha contra os quadri, Marco
Aurélio temeu colocar todo o seu exército. Uma legião
inteira de cristãos rezou pelo seu Deus, que ime-
diatamente prestou ouvidos fulminando o inimigo
com os seus raios e aliviando ao mesmo tempo os
romanos com uma intensa chuva. Marco Aurélio ficou
muito assombrado ante tal demonstração e não
somente honrou os cristãos com o seu edito oficial,
mas também deu o título "Tonante" a sua legião.
Numerosos raios caíram em fileiras inimigas, e a água
e o fogo desciam simultaneamente, consumindo os
bárbaros, pois a chuva era como óleo que fazia com
que o fogo se estendesse".

192 d.C.
* Herodiano, no seu livro História do Império depois de
Marco Aurélio, volume I, descreveu um objeto
particularmente brilhante que cruzou o céu, além de
outras maravilhas que ocorreram por aqueles dias,
afirmando que "estrelas foram vistas no ar em pleno
dia". Por sua parte, o historiador Hélio Lampridio
escreve na sua obra Vida de Cômodo o seguinte: "...
Durante o reinado de Cômodo, um objeto
particularmente brilhante cruzou o céu".

193 d.C.
* Novamente Dio Cassius refere-se a esse ano,
comentando sobre a conspiração contra Didio Juliano
no seu livro História Romana, e no livro LXXXIV
comenta o seguinte: "... Três homens trataram de
assegurar-se controle dos assuntos: Severo, Niger e
Albibo. Eles eram os três homens augurados pelas três
estrelas que subitamente apareceram à vista rodeando
o Sol, quando Juliano se encontrava em nossa
presença oferecendo sacrifícios de ingresso diante do
edifício do Senado. Estas estrelas foram tão visíveis
que os soldados ficaram olhando-as continuamente e
assinalando-as mutuamente, declarando que algum
terrível fato deveria acontecer ao imperador".

217 d.C.
* Novamente no trabalho História Romana de Dio
Cassius recolhe-se um incidente insólito: "... em
Roma, um espírito com aparência de homem levou
um asno até o Capitólio e depois ao palácio. Ao ser
preso por isso e enviado a Antonio, disse que não se
apresentaria ante o imperador. E quando chegou a
Capua evaporou-se repentinamente".

249 d.C.
* Um Determinado dia apareceram diante dos
espantados e aterrorizados habitantes de Palmira duas
grandes esferas flamejantes que giravam uma junto à
outra, para depois afastar-se, deixando passo ao fulgor
de alguns relâmpagos entre elas. Uma das estrelas,
como que se sentindo em perigo, desceu, passando em
alta velocidade sobre a cidade, de modo que a
temperatura elevou-se subitamente e muitas palmeiras
foram danificadas. O duelo continuou algum tempo,
com persecuções e descargas de relâmpagos, até que
um dos globos transformou-se numa enorme nuvem e
dela caíram pedaços de objetos que afundaram na
areia, enquanto o outro desapareceu no alto do céu.
Isso foi relatado por Alberto Fenóglio em sua obra
Cronistoria su Oggetti Del Passato.

312 d.C.
* Nesse ano, escreveu o biógrafo e cronista do
imperador Constantino, o grande, em sua obra Vida de
Constantino, livro I, capítulo XXIII, referindo-se ao
sítio da batalha da ponte Milvio, o seguinte relato:
"...Por volta das horas medianas do Sol, disse
Constantino que viu com seus próprios olhos o troféu
da cruz nos céus, situado sobre o Sol, radiante de luz e
com uma inscrição adjunta contendo as palavras "com
isso conquisto" e à vista do ocorrido ficaram pasmos
tanto ele como todas as suas forças militares, que lhe
seguiram em sua marcha e foram espectadores do
milagre". Posteriormente, o historiador Edwar Gibbon
comentaria sobre esta observação, afirmando: "... Este
surpreendente objeto do céu assombrou todo o
exército, assim como o imperador, que ainda indeciso
sobre a eleição de uma religião trocou o assombro em
fé pela visão que teve na noite seguinte. Pois Cristo
lhe apareceu ante seus olhos e, mostrando o mesmo
símbolo da cruz, disse a Constantino que fabricasse
um estandarte semelhante e marchasse com a
segurança da vitória contra Magêncio e todos seus
inimigos".

314 d.C.
* O professor de literatura chinesa Sr. Ke Yang, da
Universidade Lanzhou, encontrou evidências de que
houve avistamentos aéreos anormais registrados em
textos clássicos chineses. Um deles faz menção a um
dia de janeiro do ano 2 (314 da nossa Era), sob o
reinado do imperador Jianxing, quando o Sol se
precipitou em terra e outros três sóis surgiram juntos
por cima do horizonte. Outro dia, o Sol desceu
rapidamente até o solo e outros três sóis voaram, um
junto ao outro, depois de haver-se elevado em direção
oeste, dirigindo-se depois até o leste".

317 d.C.
* Num outro texto pesquisado pelo professor Yang,
temos o seguinte incidente: "... No ano 5 do reinado
do imperador Jianxing, três sóis brilharam
simultaneamente no céu, pintando-o de tons
multicores. Os sóis estavam rodeados por uma aureola
e suspensos a dez metros acima do solo. No centro dos
sóis, distinguia-se uma coloração esverdeada".

384 d.C.
* Em tempos do imperador Teodósio o grande, último
imperador do grande Império Romano, foi avistado no
céu um sinal terrível: um objeto em forma de coluna,
segundo comenta o historiador Lycosthenes.

393 d.C.
* Novamente o historiador Lycosthenes relatou uma
nova observação, ocorrida em tempos do imperador
Flávio Teodósio, quando foi visto aparecer
bruscamente um globo que brilhava de forma intensa.
Segundo comenta, pouco a pouco um grande número
de novos globos luminosos aproximou-se do primeiro,
sendo a luz destas estrelas tão intensa que parecia que
colidiriam violentamente umas com as outras. Depois,
todos esses globos fundiram-se em uma só chama e à
sua frente apareceu algo como uma espada, cujo
punho era o primeiro globo avistado. Todos os outros
globos que se reuniram brilhavam tão intensamente
como o primeiro. A "espada" ardeu durante quarenta
dias e logo desapareceu.

394 d.C.
* Uma estranha aparição foi registrada na cidade de
Antioquia, na Turquia, nesse ano. Segundo relatam
algumas testemunhas, uma espécie de enorme mulher
deslocava-se pelo céu sobre as ruínas da cidade,
emitindo um som ensurdecedor.

398 d.C.
* Um objeto parecido com uma "bola de fogo",
acompanhado de uma espécie de "espada", brilhou
intensamente sobre a cidade de Bizâncio, parecendo
arrasar o solo. Ninguém lembrou ter observado jamais
nada similar.

457 d.C.
* Na obra Prodigium ac Ostentum Chronicum, de
Lycosthenes, encontramos o relato de como uma
espécie de globo foi avistado em Britânia. O texto diz:
"... Era enorme e de seus raios saiu uma bola de fogo.
Parecia um dragão de cuja boca saíram fogos e raios,
um dos quais se prolongava até França e outro que se
dirigia até a Irlanda".

460 d.C.
* Num curioso trabalho sob o título Os signos
espantosos apareceram novamente no ar sobre as
cidades de Lyon, Nimes, Montpellier e outros lugares
circundantes, ante o grande assombro do povo,
editado em Lyon e relatado por Enéas Silvius,
encontramos referências sobre a observação de um
curioso incidente aéreo ocorrido nesse ano: "... No
sexto ano depois do jubileu foram vistas entre Siena e
Florença vinte nuvens as quais agitaram os ventos,
batalhavam umas contra as outras, cada qual em sua
fileira, retrocedendo e aproximando-se, como se
tivessem sido ordenadas em batalha, e durante esse
enfrentamento das nuvens os ventos cumpriram
também com o seu dever de demolir, abater, romper,
enrugar e destruir casas, rochas e, inclusive, elevar
homens e bestas pelos ares".

478 d.C.
* Nesse ano, foram registrados na Hungria três sóis, que
foram vistos passeando pelo céu.

575 d.C.
* Nesse ano, foi registrado um estranho caso ocorrido na
Irlanda, em que uma misteriosa luz atravessou a
espessa parede de uma casa na cidade de Druceatt e do
seu interior saiu a voz de um anjo.

577 d.C.
* Lycosthenes comentou que, nesse ano, uma lança
atravessou o céu de norte a oeste na Itália.

584 d.C.
* Na obra Historia Francorum, Gregoire de Tours
comentou como no céu francês surgiram raios
brilhantes de luz que pareciam cruzar-se e colidir,
separando-se e desaparecendo depois.

585 d.C.
* Gregoire de Tours escreveu que em setembro desse
ano algumas pessoas testemunharam sinais, raios e
cúpulas no céu francês que, como em outras
oportunidades, atravessaram vertiginosamente o céu.

609 d.C.
* Nesse período, Muhammad Ibn Abdilah mudou o
nome para Maomé, após encontrar-se, durante a
serena e calma noite do 17º dia do Ramadã, com o
arcanjo Gabriel. Desde então, Maomé, igual aos
demais profetas de outras religiões, protagonizou
numerosos encontros com seres vindos do céu. Sua
visita aos céus no cavalo alado, os anjos e arcanjos, os
jinas, etc. serão eventos e situações que encontram
semelhança nos textos bíblicos. São numerosos os
episódios relatados no Alcorão, em que encontramos
similaridades com os eventos que fundamentaram
quase todas as religiões, em que a presença de
entidades celestiais será uma constante.

619 d.C.
* Nesse ano, um objeto brilhante, com uma figura
humana em seu interior, foi avistado sobrevoando o
rio Gamo, no Japão. Também nesse período, no Japão,
o historiador Zhang Zuo recolhe outro caso ocorrido
durante a dinastia Tang, na sua obra História do Poder
e da Oposição, na qual encontramos o seguinte: "...
Qui Jingye levantou-se em armas junto com seus
homens contra o imperador e, sobre o campo de
batalha, dois exércitos combatiam terrivelmente.
Sobre eles se viam grandes estrelas em formação
batalhando umas contra as outras, retrocedendo e
aproximando-se cada qual dentro de sua formação;
esta cena durou três noites".

664 d.C.
* No capítulo VII da obra História Eclesiástica "Gentis
Anglorum", pode-se encontrar o relato de um
incidente ocorrido no Convento de Barking, na
Inglaterra. Segundo comenta o relato, quando algumas
religiosas oravam no cemitério anexo ao convento,
uma grande luz, que ofuscava o Sol, desceu do céu em
direção à elas, dirigindo-se depois para o outro lado do
cemitério. Na manhã seguinte, outras religiosas que já
haviam se retirado dos seus claustros, comentaram que
alguns raios luminosos infiltraram-se através das portas
de suas habitações.

678 d.C.
* Na mesma obra História Eclesiástica "Gentis
Anglorum", de autoria do monge São Beda,
encontramos o relato de como na Inglaterra
apareceram repentinamente dois homens misteriosos,
considerados enviados do céu pelo estranho de seu
aspecto físico.

679 d.C.
* No dia l2 de outubro desse ano, uma estranha
substância similar ao algodão caiu sem explicação
sobre a região de Maniwa, atual Osaka, no Japão,
sendo levada facilmente pela força do vento a outros
lugares. Seu aspecto lembrava perfeitamente o
fenômeno denominado "fios da Virgem",
freqüentemente vinculados a experiências ufológicas e
aparições marianas.

684 d.C.
* Na noite de 21 de outubro desse ano, sete estrelas
foram avistadas dirigindo-se juntas em direção
noroeste, onde finalmente se fundiram numa única
luz. Este relato encontra-se registrado na obra Notas
sobre os Fatos do Passado, do historiador Nihongi,
sendo esta uma tradução do japonês para o chinês
clássico.

746 d.C.
O historiador Lycosthenes registrou nesse período o
avistamento de objetos voadores, contendo tripulantes de
forma humanóide em seu interior.

773 d.C.
* Na Inglaterra, depois do pôr-do-sol, o historiador
Lycosthenes comentou que uma "cruz vermelha"
apareceu no céu a enorme velocidade.

776 d.C.
* Na obra Anais Lauricenses encontramos o relato de
como os guerreiros saxões, responsáveis pelo cerco do
Castelo de Siguburg, foram colocados a correr, para
felicidade dos francos residentes no castelo, ao avistar
grande grupo de escudos brilhantes, de cor
avermelhada, que desciam dos céus e sobrevoavam a
área.

793 d.C.
* Dentro das crônicas anglo-saxônicas, podemos
recolher grande número de eventos curiosos, em que
constam as observações de objetos no céu
semelhantes a escudos, projetando uma cor aver-
melhada. Noutros casos, encontramos a descrição de
potentes luzes que aterrorizaram os habitantes da
Inglaterra, sendo que estes jamais haviam visto coisa
similar antes vinda do céu.

796 d.C.
* Na obra do monge beneditino Roger de Wendover
podemos encontrar uma nova ocorrência durante esse
ano, descrita como a aparição de pequenos globos
luminosos, os quais foram avistados girando ao redor
do Sol.

805 d.C.
* Na Itália, foi avistado durante esse ano grande número
de tochas de fogo correndo ao redor do Sol.

810 d.C.
* O cronista franco Eginhard, também secretário de
Carlo Magno, registra um episódio protagonizado pelo
imperador durante sua última expedição contra o rei
da Dinamarca. Nessa oportunidade, o mesmo Carlo
Magno presenciou o aparecimento de uma fulgurante
tocha resplandecente, que desceu lenta e serenamente
do céu para logo atravessar o firmamento. O cavalo
montado pelo imperador assustou-se terrivelmente,
dando um tranco que quase jogou o cavaleiro ao chão.

811 d.C.
* No dia 3 de setembro desse ano, o monge beneditino
Roger de Wendover registra o avistamento de
misteriosas luzes atravessando o céu, que
apresentavam movimento ondulatório.

827 d.C.
* Nesse ano, na Espanha, especificamente durante a
expedição de Pepino I, rei de Aquitânia e filho de Luis
I, o piedoso, foram avistados terríveis objetos no ar
durante a noite, que se manifestaram com cores
tênues no início e, posteriormente, como fogos
brilhantes cor de sangue.

840 d.C.
* Os tratados de demonologia encontram-se repletos de
estranhos incidentes, perfeitamente explicáveis sob o
aspecto extraterrestre. Um destes, por exemplo,
encontramos no relato do arcebispo Agobardo de
Lyon, na França, que narra que, numa oportunidade,
vários homens foram presos e executados como
demônios pelos populares quando foram vistos saindo
de estranhos objetos luminosos que desceram do céu.

879 d.C.
* Segundo narra o historiador Shang Zuo, antigos textos
chineses indicam que, no ano 6 do reinado do
imperador Xinzhong, foram observados,
simultaneamente, dois sóis durante o dia, sendo que
ambos lutavam mutuamente com determinação. Nesse
mesmo período, outros dois sóis apareceram
novamente no céu representando um combate aéreo,
vindo mais tarde a fundir-se numa só luz, sob o olhar
impressionado da população. O mesmo historiador
resgata outro caso em que uma grande estrela em
movimento, grande como um balde, que voava pelo
céu do norte, foi vista acompanhada de outras
menores, durante o dia 29 de maio do ano 2 do impe-
rador Kai Yuan.

890 d.C.
* Segundo Giusseppe Rosaccio, na obra La Sei Etá del
Mondo, nesse ano foram observados vários objetos
sobrevoando os céus da Itália.

900 d.C.
* Durante o terceiro ano do reinado do imperador
Guang Hus na China, a obra Novo Livro dos Tang
recolhe outro interessante caso, referindo-se à
observação de uma estrela de cor amarela vista voando
em direção sudoeste. De acordo com a descrição, a
estrela apresentava cabeça pontuda, com o corpo
acabado em forma de cilindro. Por outro lado, a obra
Contos de Coisas Estranhas narra como durante o ano
7 do reinado do imperador Kai Yuan, durante uma
noite de outono, o céu iluminou-se por completo sem
qualquer razão aparente. Mais adiante, numa outra
região, um marinheiro avistou uma "enorme
tartaruga", que surgiu repentinamente diante do navio
em que se encontrava, ao mesmo tempo em que
apareceram dois sóis no meio da noite, voltando tudo,
logo depois, à normalidade.
919 d.C.
* Na Hungria, um objeto similar a uma tocha brilhante
foi avistado no céu, ao mesmo tempo em que duas
esferas, mais brilhantes que qualquer outra estrela,
separavam-se em várias direções.

957 d.C.
* No manuscrito dos arquivos da cidade de Nisa,
encontra-se registrado o relato de como
repentinamente dois sóis apareceram no céu da
cidade, assustando todas as testemunhas.

960 d.C.
* Na sua obra Observações do Céu, o historiador Zhao
Xigu relata como durante a dinastia Song (entre o ano
960 e 1279) houve o registro de um grande navio
celestial fabricado por um tal Yan Sun, que tinha 50
pés de comprimento, soava como o ferro e resistia à
podridão. O navio podia elevar-se ao céu voando, para
depois retornar à Terra novamente.

989 d.C.
* Três objetos em forma de globos foram avistados
sobrevoando os céus do Japão, por volta do dia 29 de
julho.

1.000 d.C.
* Sobre a cidade de Avigliana, próxima a Turim, na
Itália, objetos semelhantes a tochas de fogo cruzaram
o céu a enormes velocidades, e uma claridade
deslumbrante que iluminou completamente a noite
deixou aterrorizados os habitantes da vila.

1011 d.C.
* Em Lorena, na França, foi avistada no céu uma tocha
de fogo similar a uma torre. Ao mesmo tempo grande
estrondo deixava-se ouvir com enorme força.

1015 d.C.
* Durante o 23 de agosto foram avistados, no Japão, dois
objetos luminosos e de forma esférica, que deixaram
escapar estrelas do seu interior.

1027 d.C.
* No Cairo, Egito, numerosas estrelas passaram sobre o
céu da cidade e o delta do Nilo, acompanhadas de
grande estrondo e muita luminosidade.

1034 d.C.
* Na cidade de Nuremberg, na Alemanha, foi avistado
um objeto semelhante a um tronco, envolto em fogo e
chamas verdes.

1043 d.C.
* Um estranho objeto de forma esférica e cor de fogo foi
visto atravessar toda a Europa de sul a leste, mudando
depois de direção e desaparecendo pelo oeste. Este
relato consta num documento em que se pode
apreciar uma gravura, que acompanha a descrição,
sendo possível identificar um objeto cilíndrico rodea-
do por chamas. O documento encontra-se exposto no
Museu de Verdum, na Alemanha.

1067 d.C.
* Segundo registra o cronista Geoffrey Gaimar, ocorreu
nesse período a observação de um fogo brilhante que
voava pelo céu. Mais tarde, este se aproximou da
Terra, iluminando-a por longo tempo. Depois subiu ao
céu novamente para desaparecer mais tarde no
interior do oceano, na localidade de Northumberland,
na Inglaterra.

1094 d.C.
* No dia 22 de janeiro desse ano, um objeto metálico foi
avistado nos céus do Japão pouco antes do pôr-do-sol.

1096 d.C.
* Por volta do mês de julho foram avistados vários
fenômenos estranhos nos céus do Japão. Nesta
oportunidade, dez luzes dispostas em linha reta
cruzaram o país, sem que ninguém encontrasse
qualquer explicação para o fenômeno.

1105 d.C.
* No mês de abril, especificamente durante o
amanhecer do sábado anterior à Páscoa, foram
observadas duas luas cheias no céu. Uma em direção
leste e a outra, oeste. Nesse mesmo dia, segundo relata
William de Malmesbury, uma das luas transformou-se
num semi-arco.

1130 d.C.
* Conforme relatos coletados por alguns historiadores,
ocorreu a observação de dois "dragões voadores" de
grande luminosidade, que sobrevoaram a cidade de
Praga.

1157 d.C.
* Na obra O Céu: Caos ou Harmonia!, de Jean-Pierre
Verdet, encontramos a narrativa do avistamento de
três luas no céu. Nesse mesmo ano, na Itália, dois sóis
sobrevoaram o país. E noutra oportunidade, surgiram
três esferas ao redor do Sol.

1167 d.C.
* Na madrugada do Natal desse ano, segundo registrado
nos Anais de Nicholas Trivetus, apareceram duas
estrelas cor de fogo no céu, uma grande e outra
menor. Em princípio pareciam unidas uma na outra,
mas logo depois se separaram e desapareceram ra-
pidamente.

1168 d.C.
* Em março desse ano, encontramos na obra Anais de
Nicholas Trivetus o relato de como um globo
luminoso foi observado deslocando-se pelo ar. Nos
livros relacionados à astronomia também encontramos
o relato da aparição de três luas no céu, catalogadas
com o nome de "paraselenes".

1180 d.C.
* No dia 27 de outubro desse ano, foi observado no
Japão um objeto semelhante a um navio feito de
cerâmica, que desceu do céu próximo à montanha de
Kyu Shu, desaparecendo logo depois e deixando um
rastro luminoso atrás de si.

1186 d.C.
* Por volta das duas horas da tarde do dia 9 de agosto
desse ano, o céu abriu-se repentinamente e tanto
clérigos como laicos viram uma cruz muito comprida,
brilhante e de enorme tamanho. A sua aparição durou
até a meia-noite. Assim relata Benedito de
Peterboroung em sua obra Gesta Régis Henrici
Scumdum.

1189 d.C.
* Na interessante obra Chonica de Walter Hemingford,
religioso de Giseburne, encontramos o seguinte: "...
não se deve guardar silêncio sobre o maravilhoso
prodígio visto por muitas cidades inglesas. Existe sobre
o caminho que vai para Londres uma nobre vila
chamada Bunstable. Aqui, como ao meio-dia, seus
habitantes viram sobre o céu sereno e sem nuvens
uma imagem do Signo do Senhor, brilhando branca
como a cera. Nela se encontrava uma figura humana
crucificada, muito similar à que conhecemos como o
Senhor da Paixão. Esse espetáculo foi observado por
milhares de pessoas e logo desapareceu. Cada um pode
interpretá-lo como seja o seu gosto; eu simplesmente
sou o narrador. Não sei se isso se trata de um presságio
ou de um signo divino". No mesmo ano, no capítulo
sob o título De quodam puero et puella de terra
emergentibus, que significa "sobre o menino e a
menina que emergiram da terra", da obra Chonicon
Anglican de Rudolph Coggeshall, encontramos o
relato da aparição de duas estranhas crianças verdes
saídas do fundo da terra.

1213 d.C.
* No dia 10 de março desse mesmo ano, objetos
voadores luminosos apareceram por detrás da
montanha do templo de Hokkedo, no Japão. Os
objetos subiam e apagavam-se alternadamente, segun-
do comenta o cronista japonês Yusuke Matsumura.

1239 d.C.
* O cronista Mathieu de Paris, na sua obra Historia
Anglorum, relata que no dia 24 de julho ocorreu um
curioso incidente na Inglaterra: "... No findar do dia,
com o céu bastante claro, sereno e brilhante, foi vista
uma estrela grande, similar a uma tocha, que surgiu do
sul e subiu ao céu, emitindo uma grande claridade.
Depois dirigiu-se em direção norte lentamente, e
quando se encontrava no meio do firmamento deixou
atrás de si um rastro de fumaça e brasas, com a forma
de uma cabeça grande, com a parte frontal brilhando e
a posterior emitindo fumaça e relâmpagos".

1254 d.C.
* Desde a abadia de Saint Albans na Inglaterra, no dia l2
de janeiro foi observado no céu estrelado e com lua
cheia um objeto comprido e elegantemente enfeitado
com maravilhosas cores. Foi visto durante bastante
tempo por vários religiosos que o descreveram como
se estivesse pintado. Segundo relataram, parecia ser
feito de grandes pranchas de madeira, sendo que
finalmente desapareceu por cima da abadia, movendo-
se muito lentamente.

1264 d.C.
* Novamente o cronista Mathieu de Paris relata como
no dia 7 de janeiro desse ano, na cidade de Berwick,
na Inglaterra: "... foram observados alguns objetos
estranhos que se dirigiam para a terra, arrastados pela
fúria dos ventos. Eram realmente enormes e elegantes,
com equipamentos militares que haviam sido vistos
naquelas regiões. Dos objetos saíram seres que não
quiseram se identificar. Ninguém conhecia seu idioma
e por isso lhes foi permitido ir em paz. Outras
embarcações como aquelas foram vistas no mar".

1271 d.C.
* No dia 12 de julho, bem no momento em que o
monge budista Ichire se preparava para ser decapitado
em Katse, na localidade de Komukura, no Japão, teve a
sua vida salva pela interferência de um objeto que
apareceu no céu, semelhante a uma lua cheia, tão
luminoso e brilhante que provocou pânico na
população.

1277 d.C.
* O reconhecido poeta chinês Liou Ying, da dinastia
Yuan, relatou em seu poema Sucesso Visto no
Amanhecer, incluído no capítulo III do Compêndio
da Literatura dos Yuan, sua própria observação.
Segundo narra, bem no alvorecer do dia observou,
através de sua janela, três objetos luminosos. Dois
desapareceram rapidamente, mas o terceiro, de
formato discoidal, com cinco luzes de cores abaixo
dele e uma cúpula na parte superior, começou a
mover-se como uma folha morta ao vento, agitando as
nuvens a seu passo.

1290 d.C.
* Um manuscrito descoberto no mosteiro de
Ampleforth refere-se à observação ocorrida no dia 3
de agosto pelos religiosos do mosteiro de Byland. O
texto diz: "... um dos irmãos da confraria chegou e
avisou que havia um grande objeto lá fora. Todos saí-
ram e viram uma enorme coisa de prata, como um
disco, que voava lenta, mas poderosamente, sobre
eles, provocando-lhes o maior dos terrores...".

1301 d.C.
* De acordo com o historiador Dino Compagni, na sua
obra Crônica, no capítulo XIX, encontramos o
seguinte: "... Durante a noite apareceu no céu um sinal
maravilhoso, uma cruz vermelha, sobre o palácio dos
priores. Uma linha tinha aproximadamente vinte
braças e a outra, cruzada, era um pouco menor. Durou
muito pouco tempo, por isso, nós que a vimos,
compreendemos que Deus estava muito desgostoso
com a nossa cidade...".

1322 d.C.
* O monge beneditino Robert de Reading descreve que
nesse ano uma pilastra de fogo foi observada por volta
das sete horas da tarde em Uxbridge, na Inglaterra. Era
do tamanho de um pequeno navio de cor clara,
atravessando lenta e majestosamente o espaço aéreo.
A frente do objeto ardia uma chama, encarnada,
lançando grandes raios de luz ao seu redor. Também
foi ouvido um terrível som, similar ao de uma batalha.

1345 d.C.
* Os habitantes da cidade barcelonesa de Manresa, na
Espanha, observaram no dia 21 de fevereiro uma
estranha luz no céu por volta do meio-dia. A luz vinha
da mágica montanha de Montserrat, cruzando o
espaço em direção à Igreja de Nossa Senhora do
Carmo, sobre a qual se deteve. Foi tanto o impacto
social deste insólito incidente aéreo que desde então
se celebra anualmente o aniversário da aparição da
"misteriosa Llum de Manresa".

1355 d.C.
* No capítulo VII do texto chinês Notas da Vida
Campestre, de Tao Zhongyi, recolhemos o relato de
uma observação ocorrida durante o reinado do
imperador Yuam Shum, na vila de Pingyiang, atual
Suzhou. Segundo o texto, por volta do anoitecer,
Zhongyi pôde ver uma enorme nuvem preta, na qual
se moviam homens e cavalos. A nuvem, que se movia
rapidamente em ziguezague, encontrava-se precedida
de inúmeras chamas de fogo, grandes como lanternas.
O objeto voava tão baixo que arrancou as telhas dos
tetos de várias residências do povoado. Vários meses
depois desse incidente, na região de Leicester, na
Inglaterra, duas bandeiras, uma vermelha e outra azul,
surgiram no céu, aparentando combater-se
mutuamente.

1368 d.C.
* Na China, especificamente durante a dinastia Ming,
que se prolongou até o ano 1644 de nossa Era, uma
nova observação foi relatada por Quian Yong, em sua
obra Relatos no Jardim: "... No meu país se comenta
amiúde que, antes do alvorecer, um dia, perto do final
do outono, quando madura o arroz, o vento se elevou
sobre a densa névoa que cobria o campo. Destacaram-
se dois ou três dragões que voavam dentro desta
névoa, não possuindo cabeça nem cauda.
Repentinamente, desapareceram com o nevoeiro...".

1387 d.C.
* Na obra Cronicon Monarchi Leycestrensis, do
historiador Henry Knigton, encontramos a descrição
de como foi observada uma luz no céu, repetidas
vezes, semelhante a uma roda ardente em rotação ou
como um barril em chamas, que emitia fogo pela parte
superior. Também foram observadas coisas similares
com longos raios resplandecentes.

1422 d.C.
* Segundo o depoimento colhido por Yusuke
Matsumura, ocorrido por volta do dia 12 de outubro
no Japão, muitos cidadãos observaram surpresos as
evoluções de dois objetos muito luminosos, se-
melhantes a sóis, nos céus. Também em princípios do
século XV ocorreu uma interessante observação na
Itália, a ponto de impressionar o pintor Fillippo Lippi,
que deixou o avistamento plasmado na pintura "A
Madona de São Giovannino". Na obra, é possível
observar, além da Virgem, um pastor ao fundo com
seu cachorro observando um objeto discoidal e
brilhante pairando no céu. A pintura conserva-se
atualmente na Sala di Saturno do Palácio Vecchio de
Florença, na Itália.

1428 d.C.
* Exatamente à 1:30 da madrugada do dia 3 de abril
desse ano, grande parte dos habitantes do povoado de
Forli, na Itália, observou no céu uma chama de fogo
muito alta em forma de torre, e também uma coluna
que parecia de fogo subindo pelo ar. Nesse mesmo dia,
entre uma e três da madrugada, foi observada uma
"lâmpada de fogo" flutuando no ar.

1461 d.C.
* Na página 143 do nono volume da obra Crônica do
Duque de Bourgogne, da Corte de Felipe III, o Bom,
encontramos a descrição de um evento ocorrido no
dia l2 de novembro desse ano. Segundo o relato, um
objeto brilhante como uma barra de ferro e do
tamanho de meia-lua foi observado por quinze
minutos sobre a cidade francesa de Arras. O estranho
objeto permaneceu parado e, depois, repentinamente,
começou a subir em espiral, girando até desaparecer
no céu.

1487 d.C.
* O historiador italiano Leone Cobelli recolhe em suas
Crônicas de Forli, a observação de uma carruagem de
fogo procedente do Monte Pogiolo, no mês de junho,
que voava durante a noite em direção ao povoado. Na
manhã seguinte, um objeto semelhante parou no céu,
justamente sobre a praça maior da cidade de Forli.
Logo depois, no mês de agosto, um objeto vindo dos
montes Apeninos foi avistado por mais de meia hora,
sendo identificado como uma "roda de carreta" que
voava pelo céu sobre a região de Ravena, também na
Itália.

1492 d.C.
* Poucos dias antes e depois do descobrimento da
América, segundo consta no diário de bordo de
Cristóvão Colombo, tanto ele quanto Pedro Gutierrez
e outros membros da tripulação puderam observar, em
várias oportunidades, uma espécie de luz, que se
elevava e descia do céu. Logo depois, seriam
incontáveis as ocorrências de fenômenos aéreos
relatados pelos cronistas da conquista.

1499 d.C.
* Em finais do mês de dezembro desse ano, três sóis
foram observados ao sul da Polônia.

1513 d.C.
* De acordo com o manuscrito do vice-rei da Índia
Dom Alfonso de Albuquerque ao rei Dom Manoel de
Portugal, conservado no Arquivo Nacional da Torre
do Tombo em Lisboa, podemos ler o seguinte relato:
"... E aguardamos ali alguns dias até que tivéssemos
tempo para atravessar. E estando ali, naquele lugar,
contra a terra do Cipreste João, apareceu no céu o
sinal da cruz muito claro e resplandecente. E vimos
uma luz que, ao chegar até ela, se partiu em várias
partes sem tocar a cruz nem cobrir sua claridade...".
1519 d.C.
* O navegador Antonio Pigafetta, que participou da
expedição de Magalhães ao redor do mundo, deixou
escrito um detalhado encontro com um disco de fogo,
ocorrido sobre a ilha de Biranota.

1535 d.C.
* No mês de abril, é observada sobre a cidade de
Estocolmo, na Suécia, a presença de estranhos objetos
no céu.

1561 d.C.
* No mês de abril, incontáveis testemunhas assistiram à
passagem de esferas e discos pelos céus da cidade de
Nuremberg, na Baviera. A documentação deste evento
ficou registrada no jornal A Gaceta de Nuremberg, em
que se informa que quando o Sol apareceu muitas
pessoas puderam observar objetos de cor vermelha,
azul e preta cruzando o céu. As observações
alastraram-se até o mês de setembro de 1571.

1566 d.C.
* No dia 7 de agosto, a cidade de Basiléia, na Suíça,
amanheceu com o céu coberto por uma enorme
quantidade de objetos de forma esférica e cor preta,
que se dirigiam a alta velocidade em direção ao Sol,
vindo a celebrar logo depois um incrível combate aé-
reo.


1571 d.C.
* No dia 29 de setembro, o jornal Neue Zeitung, de
Basiléia, Suíça, registrou o relato da aparição de uma
enorme esfera preta que permaneceu visível durante
todo o dia, chegando a cobrir o Sol por completo.

1593 d.C.
* Sobre a cidade de Londres, na Inglaterra, foi observada
a passagem de um "dragão voador" cercado de chamas,
que passou a grande velocidade ante a uma população
aterrorizada.

1663 d.C.
* No dia 15 de agosto, muitos vizinhos do distrito de
Belozero haviam ido para a Igreja da aldeia de
Robozero, na atual Rússia, para participar do ritual
dominical. Enquanto participavam da missa, todos os
presentes ouviram enorme estrondo, saindo de
imediato para a rua. Uma das testemunhas, o Sr. Levka
Pedrorof, observou, pasmo, junto com os demais, a
passagem de uma enorme bola de fogo que havia
descido do céu, apresentando um diâmetro de
aproximadamente 45 m.

1716 d.C.
* Em março desse ano, o famoso astrônomo inglês
Edmond Halley, descobridor do cometa que leva o seu
nome, observou e relatou a presença de um objeto
luminoso que se manteve no céu por mais de duas
horas. O cientista não conseguiu apresentar uma
resposta satisfatória, pois nada conhecido poderia ter
gerado tal potência de luz. Halley afirmou que a luz
desse objeto, observado durante a noite, era tão
potente que poderia ler um texto sem qualquer
dificuldade.
* No mesmo mês, o capitão e a tripulação de um barco,
que se encontrava ao noroeste da Espanha,
observaram a presença de uma nuvem brilhante que
se dividia em vários raios luminosos, todos eles
semelhantes à queda de um cometa. O corpo
luminoso em questão continuou a brilhar até o meio-
dia seguinte, desaparecendo subitamente.
* No dia 31 de março, em Londres, uma massa luminosa
foi observada pela aterrorizada população sobrevoando
a cidade.
* Por volta das 21 horas do dia 2 de abril, outra massa
luminosa atravessou e iluminou o escuro céu da cidade
de Dublin.

1718 d.C.
* No dia 17 de março, por volta das 19:45 horas, o
médico e físico Sir Hans Sloane, que foi presidente da
Royai Society de Londres, observou uma enorme luz
aparecer repentinamente no horizonte, entre Oxford
e Worcester, na Inglaterra, comentando o seguinte:
"... Pensei que se tratava de um foguete, mas movia-se
de forma mais lenta, dando a impressão de ir por
debaixo das estrelas. Observei que a parte terminal do
objeto transformou-se em esférica, mas não de grande
tamanho, mais parecendo uma lua cheia. A cor
daquele corpo era branco-azulada e possuía um brilho
que resplandecia como o Sol num dia claro...".

1726 d.C.
* Em 19 de outubro, na localidade de Ath, na Bélgica,
conforme narra o documento A História da Cidade de
Ath, de Joseph Gilles de Boussu, foram observadas
grandes nuvens de fogo, que pareciam colidir entre si,
aterrorizando as testemunhas com seu grande es-
trondo. Distinguiam-se também grandes círculos
luminosos abertos na sua parte baixa, que se
empurravam uns aos outros como ondas no mar
agitado. Esses fenômenos continuaram durante a
noite, desde as 19:30 horas, quando haviam
começado. Porém, no mesmo dia, em Lisboa, foi
observado na mesma hora um estranho fenômeno no
céu, que acabou transformando em duas pirâmides de
fogo.
* No dia 28 de outubro, durante duas horas seguidas, na
localidade de Vilvoorde, na Bélgica, foram observados
terríveis meteoros no céu, aparecendo entre as
nuvens como relâmpagos e desaparecendo da mesma
forma. Assim consta no livro História da Cidade de
Vilvoorde.

1736 d.C.
* Na cidade de Slank ocorreu um insólito evento,
recolhido em algumas obras de arte da época. Durante
toda uma noite, as testemunhas observaram uma
espécie de dragão sobre as nuvens, que parecia
rodeado de espadas e canhões estrondosos, carregando
figuras humanas. Este caso está registrado na obra O
Céu: Caos ou Harmonia!, de Jean-Pierre Verdet.

1737 d.C.
* No dia 5 de dezembro o Sr. Thomas Short percebeu a
presença de uma nuvem de cor vermelho-escuro, sob
a qual havia um corpo luminoso que projetava feixes
de luz muito brilhantes em direção ao céu. Os raios
luminosos moviam-se durante um tempo e depois
paravam. Fez tanto calor repentinamente que a
testemunha teve de tirar a camisa, mesmo estando em
campo aberto. O fenômeno ocorreu sobre a cidade
inglesa de Sheffield.

1738 d.C.
* Por volta das 15 horas do dia 29 de agosto, na
Inglaterra, foi observado um corpo incandescente
com forma de cone, que lançava chamas por trás,
desaparecendo rapidamente. A figura aparentava ser
um cone de fogo com uma ponta acabada numa bola
brilhante. No mesmo período, na região de Reading,
em Berkshire, testemunhas escutaram um grande
barulho no céu, seguido de um som surdo e
prolongado, que foi ouvido durante mais de um
minuto.

1742 d.C.
* No dia 16 de dezembro, por volta das 19:40 horas, um
membro da Royal Society, em Londres, Inglaterra,
observou uma luz de grandes dimensões deslocando-
se paralelamente ao horizonte, segundo descreve
Bernardino Bueno. De acordo com os detalhes, temos
que o objeto apresentava as características de uma
barra cilíndrica de ferro opaca, com uma chama
luminosa que se inclinava por trás, bem na parte
extrema.

1743 d.C.
* Segundo encontramos no livro O Céu: Caos ou
Harmonia!, na noite de 28 de dezembro, estranhos
objetos luminosos acompanharam uma extraordinária
tempestade sobre os céus de Cartagena, na Espanha.

1760 d.C.
* Uma esfera de fogo particularmente barulhenta foi
observada nos céus da Nova Inglaterra (atual Estados
Unidos) no dia 10 de maio. Apresentava um brilho de
tamanha proporção, que provocava uma segunda
sombra nos objetos.

1762 d.C.
* No dia 9 de agosto Monsieur de Rostan, astrônomo e
membro da Sociedade Econômica de Berna e da
Sociedade Médico-Física de Basiléia, encontrava-se no
lago Ginebra de Lausanne, na Suíça, medindo a altura
do Sol com um quadrante, quando percebeu a
existência de um objeto opaco, rodeado por uma
auréola gasosa que eclipsava parcialmente o Sol. O
objeto, que se movimentava bem mais lento que o Sol,
foi observado também desde a cidade de Sole, em
Basiléia, por Monsieur da Coste, a umas 45 léguas ao
norte de Lausanne. Rostan registrou o objeto com
uma câmera escura, remetendo depois a imagem para
a Academia de Ciências de Paris. Embora não conste
qualquer registro deste incidente nas memórias da
Academia, apenas resta o relatório de Rostan. Este
caso é considerado como o da primeira foto realizada
de um OVNI na história.

1767 d.C.
* Por volta do mês de setembro, um jornal da época
registrou um estranho evento ocorrido na localidade
de Pertshire, na Escócia, comentando o seguinte:
"...Aquilo tomou forma de uma pirâmide e precipitou-
se para o rio a grande velocidade, desaparecendo ra-
pidamente a 7 km, o que provocou uma emoção
considerável nas testemunhas. Apesar disso, o objeto
arrastou uma carroça, deslocando-a a vários metros do
campo. Um homem que se encontrava na rua caiu do
cavalo e permaneceu muito tempo inconsciente.
Além disso, o objeto destruiu também uma casa e o
arco de uma porta. Depois desapareceu
rapidamente...".

1768 d.C.
* Nesse ano, o ilustre escritor alemão Goethe, autor da
célebre obra Fausto, comentaria uma aventura
ocorrida quando contava com apenas 16 anos de
idade, relatando o seguinte: "... Repentinamente, a um
lado do caminho, observei uma espécie de anfiteatro
enormemente iluminado. Num lado havia infinitas
pequenas luzes, tão brilhantes que feriam a vista. Essas
luzes não eram fixas, já que pulavam em todas as
direções, embora houvesse algumas que apenas
permanecessem imóveis...".

1777 d.C.
* No dia 17 de junho o astrônomo francês Charles
Messier observa um grupo de objetos redondos e
pretos no céu.

1790 d.C.
* Numa crônica do inspetor de polícia Liabeuf,
encontramos um caso bastante interessante ocorrido
na localidade de Alençon, em Orne, França. Segundo
Liabeuf, um enorme globo foi observado por
testemunhas descendo no topo de um morro, que foi
chamuscado pelo grande calor que projetava o objeto.
As testemunhas, dois presidentes da Câmara, um
médico, três personalidades locais e doze fazendeiros,
perceberam como bruscamente se abriu uma
portinhola na esfera, da qual surgiu um homem de
aparência normal, vestindo roupa justa. Ao ver-se na
presença de testemunhas, o homem murmurou
algumas palavras incompreensíveis, ingressando de
imediato no bosque. Mais adiante, as testemunhas
realizaram meticulosa busca, procurando achar o
curioso personagem; porém, não conseguiram
nenhuma pista.
1798 d.C.
* Por volta das 20:40 horas do dia 10 de dezembro, um
objeto cilíndrico foi visto sair do interior de uma
nuvem na localidade de Ainwick, na Inglaterra. Uma
das testemunhas relatou que o objeto parecia dividir-
se em duas meias-luas com raios luminosos. O
estranho objeto desapareceu cinco minutos depois
sem deixar vestígios.

1800 d.C.
* O século XIX inicia-se com uma grande e
impressionante observação em Baton Rouge, capital
do Estado da Louisiana, nos Estados Unidos, durante a
noite de 5 de abril. Naquela oportunidade, um enorme
objeto luminoso, grande como uma casa, passou a
pouco menos de 200m do solo ante um grande
número de testemunhas, para logo dirigir-se rumo
noroeste. Sua luminosidade foi tão intensa que os
observadores perceberam claramente um aumento na
temperatura local.

1809 d.C.
* No dia 10 de agosto, Sir John Staveley observou um
estranho fenômeno em Londres, comentando:
"...Observei uma grande quantidade de meteoros junto
à extremidade de uma nuvem preta, da qual saíam
luzes ofuscantes dançando e passando através da nu-
vem. Uma delas aumentou de tamanho até atingir o
brilho de Vénus numa noite clara. Não percebi
nenhum corpo na luz, que se deslocava com
velocidade, embora continuasse junto à nuvem.
Depois se separou, perdeu o brilho e desapareceu.
Observei essas luzes durante quase uma hora, e
quando aumentavam de tamanho, poderia dizer que
desciam em direção ao solo...".

1810 d.C.
* Nesse ano, vários astrônomos de diversos lugares
identificaram a presença de numerosos pequenos
objetos orbitando ao redor da Terra. Posteriormente,
foram desqualificadas as observações, justificando
tratar-se de defeitos nas lentes dos telescópios.

1813 d.C.
* De acordo com o registro de 22 de setembro do
célebre astrônomo Camile Flamarion, o Sr. Louis
Ordinaire observou, por volta das 19 horas, a presença
de uma esfera luminosa nos céus franceses saindo do
interior de uma nuvem para juntar-se a outra, esta um
pouco mais cumprida. A bola era incrivelmente
brilhante e de cor amarelo-alaranjado, apresentando
movimentação aérea de quase um minuto. Quando a
esfera desapareceu no interior da segunda nuvem, foi
ouvido um enorme barulho, semelhante ao som de
uma tubulação....
* No mesmo ano, encontramos cartas assinalando a
passagem de estranhos objetos voadores sobre os céus
do Chile, os quais foram referidos como "bolas de
fogo". Uma carta do Padre da Merci menciona a
passagem de um objeto luminoso sobre os céus da
cidade de Santiago.

1814 d.C.
* Um disco voador é observado no céu de Genebra, na
Suíça, conforme registro do jornal local A Tribune de
Geneve.

1819 d.C.
* Por volta do mês de dezembro, a imprensa soviética
da época recolheu os testemunhos de vários vizinhos
que denunciaram a presença de estranhos fenômenos
observados no céu durante várias noites seguidas. A
terra tremia, foram ouvidos estranhos sons e, durante
a noite, misteriosas tochas voadoras iluminaram o céu
inexplicavelmente, pelo menos em três
oportunidades.

1820 d.C.
* Nesse ano, o astrônomo Françoise Aragó publicou, em
sua obra Annales de Chimie et de Physique, o relato
de uma observação ocorrida durante um eclipse lunar:
"... Estranhos objetos, a iguais distâncias uns dos
outros, evolucionavam no céu e preservavam a
formação em suas manobras com precisão militar...".

1831 d.C.
* Do dia 6 de setembro até 1º de novembro, o Dr.
Warthmann e seus assistentes observaram sobre
Genebra, na Suíça, um estranho objeto luminoso
durante várias noites consecutivas.

1833 d.C.
* O Sr. Charles Fort recolheu um insólito caso ocorrido
nas Cataratas do Niágara, no dia 13 de novembro. Na
data, um estranho objeto luminoso permaneceu
estático no céu durante uma hora. O objeto deixou
sobre o solo uma estranha substância gelatinosa, que
se desfez rapidamente. Ao mesmo tempo, o objeto
também foi avistado no México, na Jamaica e em
outros países do oceano Atlântico.

1844 d.C.
* No dia 4 de outubro o astrônomo Glaisier fala da
observação de vários objetos de forma discoidal,
emitindo rápidas ondas de luz.

1845 d.C.
* Nesse ano, encontrando-se a 1.400 km de Adália,
Golfo Pérsico, o capitão e toda a tripulação do
sofisticado navio Vitoria observam, impressionados,
como três corpos luminosos elevam-se do oceano a
menos de 800 m do navio em direção ao céu,
aparentando estar unidos entre si por uma espécie de
elos brilhantes e apresentando um tamanho de três
vezes maior que uma lua cheia.


1847 d.C.
* Nuvens de fogo ou luminosas são observadas por cima
da parte central do Japão, próximo da atual região de
Matsushito, movendo-se a grande velocidade.

1851 d.C.
* Segundo foi publicado no jornal Le Soir, de Bruxelas,
na época, no dia 21 de fevereiro, o célebre pintor
Navez observou, enquanto passeava pelo Boulevard de
Waterloo por volta das 19 horas, um' estranho
meteoro envolto em chamas azuladas, deixando um
rastro de fumaça vermelha e chamas durante a sua
lenta e regular trajetória.

1853 d.C.
* A esquadra do almirante norte-americano Perry visita
o Japão nesse ano, sendo que as crônicas japonesas
mencionam também a observação de estranhos
objetos luminosos no céu nesse período.

1860 d.C.
* Também no Japão, os jornais divulgam a presença de
estranhos objetos luminosos, semelhantes a estrelas
douradas e prateadas, e a presença de duas luas no céu
numa região diferente.


1863 d.C.
* No Observatório de Zurique, na Suíça, o astrônomo
Dr. Wolf observa grande número de discos brilhantes
vindos do leste.

1868 d.C.
* No Observatório de Radcliffe, próximo de Oxford, na
Inglaterra, vê-se um estranho objeto luminoso
movendo-se no céu a baixa velocidade, parando e
mudando de curso para o oeste e depois para o sul.
* No dia 14 de novembro, o jornal El Constituyente, de
Copiapó, cidade ao norte de Santiago do Chile, publica
um curioso artigo, reportando que mais de cem
objetos voadores passaram sobre a cidade, em perfeita
formação, cruzando toda a região e oferecendo um
espetáculo surpreendente, em que alguns destes
objetos realizaram vôos extremamente baixos, a pouco
mais de 200m de onde se encontravam os
observadores.

1870 d.C.
* No dia 22 de março o capitão F. W. Banner,
comandante do navio Lady of the Lakes, escreve no
seu diário de bordo: "... os marinheiros do meu navio
viram no céu um curioso objeto voador, que me foi
indicado imediatamente. Tinha forma circular e ficava
imóvel no céu à altura das nuvens, enquanto estas se
deslocavam com o vento. A observação durou cerca
de meia-hora...".
* No dia 26 de setembro, espalha-se a notícia de que um
estranho objeto voador fora visto destacando-se
contra a luz da Lua.

1871 d.C.
* Em 12 de agosto um enorme engenho de cor prateada
é observado sobrevoando o céu de Marselha, na
França.
* No dia 29 de agosto, o astrônomo francês Trouvelet
fala da observação de uma formação de objetos
complexos sobrevoando o céu, alguns deles de forma
triangular, outros redondos e de formas variadas.
Segundo a descrição, alguns pareciam planar, e um
deles demonstrava alguma dificuldade, caindo e
oscilando de um lado para outro. O objeto apresentava
o movimento de "folha morta" e muitas vezes alterava
a sua direção.

1873 d.C.
* Nesse ano um disco luminoso sobrevoou por três
vezes a aldeia de Bonham, no Texas, e desapareceu.
No dia seguinte, um outro objeto luminoso foi
observado sobrevoando Fort Scott, no Kansas.

1877 d.C.
* De acordo com o publicado no jornal Siete Dias, um
enorme objeto vindo do espaço colidiu contra o solo
na região de Carcará. A análise posterior de seus
restos, realizada por um destacado químico francês,
apontou a presença de 5% de carvão em estado de
grafite e sulfato de magnésio em seu interior.
1878 d.C.
* No dia 29 de julho, durante um eclipse solar, o
professor James C. Watson, diretor do Observatório de
Michigan, observou vários estranhos corpos
planetários, semelhantes a discos vermelhos menores
que Mercúrio, a oeste do Sol. O professor Lew Swift,
diretor do Observatório Warner, observou também os
mesmos objetos, porém numa outra região do céu. Os
dois cientistas registraram os objetos como sendo
planetas intermercuriais. A observação de Swift
determinou que outros objetos de formato discoidal e
de diversas cores estão mais próximos que os de
Watson. Mais adiante, o Dr. C. H. Peters demonstra
que os objetos em questão não eram planetas, mas sim
objetos de origem desconhecida.

1880 d.C.
* No dia 22 de março desse ano, vários objetos
brilhantes são avistados no céu sobre a cidade de
Kattenau, na Alemanha.
* No dia 25 de agosto, um objeto brilhante em forma de
charuto branco-dourado, com extremidades pontudas
e de cujo interior se desprenderam dois objetos
menores, é observado em pleno dia por A. Trecul,
membro da Academia Francesa.

1882 d.C.
* Em 17 de novembro, o astrônomo Walter Maunder,
do Observatório de Greenwich, na Inglaterra,
descreve na revista Observatory um grande disco de
luz esverdeada observado no céu. O objeto atravessou
o horizonte a uma velocidade constante em apenas
dois minutos. Sua forma era arredondada inicialmente,
quando passou a parecer uma elipse alongada, sendo
visíveis algumas manchas escuras no seu centro.

1883 d.C.
* O destacado astrônomo Dr. José A. Y. Bonilla, diretor
do Observatório de Zacatecas, no México, observou
com o telescópio no dia 12 de agosto a passagem de
uma formação de 283 objetos não-identificados
durante duas horas, enquanto estudava as manchas
solares. Durante a observação, conseguiu realizar
algumas fotos desses objetos, sendo estas as fotos mais
antigas conservadas até hoje. No dia seguinte, já havia
contabilizado 1.166 objetos que atravessaram o espaço
entre a Terra e a Lua.

1885 d.C.
* Nesse ano, no informativo Bulletin de la Societé
Astronomique de France, o astrônomo professor A.
Trecul apresenta o seguinte comentário: "... No dia 25
de agosto de 1880, durante uma tempestade com
trovões e relâmpagos, vi, em pleno dia, sair de uma
nuvem escura um corpo luminoso muito brilhante,
ligeiramente amarelo, quase branco, de forma um
pouco alongada...".
* No dia le de novembro um enorme disco voador é
observado por numerosas testemunhas no céu de
Andrinopla, na Turquia, dentre elas um astrônomo.


1887 d.C.
* No dia 12 de novembro, por volta da meia-noite,
próximo do cabo Race, uma enorme bola de fogo
apareceu, elevando-se lentamente do mar até uma
altura de 16 m. Essa bola começou a andar contra o
vento e veio parar junto do navio, de onde era
observada. A observação durou apenas cinco minutos,
segundo registrou o Bulletin de la Societé
Astronomique de France.

1889 d.C.
* Os franceses Faure e Graffigny constroem uma
maquete de um engenho esférico com um anel
circular, cujo princípio de funcionamento é a
utilização da pressão da irradiação solar para a pro-
pulsão no espaço.
* Nesse ano, em Marselha, os astrônomos Codde e
Fayton observam, cada um por seu lado, um objeto de
forma redonda de quase um décimo do Sol durante
um eclipse.

1895 d.C.
* No dia 16 de outubro o exército etíope encontrava-se
em marcha para Aduá, onde deveria desenvolver-se
uma batalha. Porém, os soldados ficaram aterrorizados
ao observar no céu a passagem de um objeto estranho
de cor verde, que deixava um rastro longo de fumaça e
que emitia um barulho semelhante ao de trovão.
Quem registra o evento é o inglês Afework, cronista e
amigo de Menelik.

1896 d.C.
* Um caso interessante ocorreu na tarde do dia 17 de
novembro, na cidade de Sacramento, na Califórnia.
Nesse dia, enquanto o maquinista de bonde Sr. Charles
Lusk descansava na varanda de sua casa, observou uma
luz brilhante que se deslocava desde o horizonte a
mais ou menos 300 m de sua posição, deixando ver
claramente uma espécie de rastro ou cauda atrás de si.
Uma outra pessoa não somente afirmou ter visto o
mesmo objeto, como também o descreveu como
sendo um cilindro brilhante, havendo percebido a
presença de dois ocupantes em seu interior.
* No dia 18 de novembro, também na localidade de
Sacramento, continuou a ser observado no céu um
estranho objeto voador, o qual também foi avistado
por volta das 21 horas em São Francisco e Oakland.
* No dia 22 de novembro, o jornal San Francisco
Examiner registrou a presença e observação de um
estranho objeto voador sobre a cidade de São
Francisco.

1897 d.C.
* Nesse período, uma incrível onda de avistamentos de
estranhos objetos voadores, similares aos descritos por
Julio Verne em suas obras Robur, o Conquistador, e O
Dono do Mundo, e de tripulantes de aspecto oriental,
são observados por uma enorme quantidade de
testemunhas ao longo dos Estados Unidos. Em alguns
casos, os tripulantes chegaram a estabelecer contato
com algumas testemunhas.
* Objetos de forma oval e brilhantes,
predominantemente vermelhos, são observados
também em Sacramento, na Califórnia, Denver, no
Colorado, Nova York e Kansas.
* Por volta das 22:30 horas do dia 19 de abril, o Sr.
Alexander Hamilton, do Kansas, acordou com um
enorme barulho vindo do curral. Levantou-se da sua
cama e foi dar uma olhada lá fora, levando um
tremendo e não incompreensível susto. Na frente de
sua casa e sobre o curral, a mais ou menos 200 m dele,
aproximadamente, se encontrava um enorme objeto,
que descia vagarosamente sobre seus animais.
Impressionado, chamou aos brados seu filho e um
empregado, e os três saíram rapidamente em direção
ao curral, armados de machados e escopetas. Nesse
instante, o curioso objeto flutuava estático a escassos
10 m do solo, aparentando possuir uns 80 a 90 m de
comprimento, com a perfeita forma de um charuto.
De acordo com o depoimento do Sr. Hamilton, no
objeto viajavam uma média de doze seres, que
dirigiram um raio de luz na sua direção. Perplexo,
observou que o objeto iniciou a sua subida, detendo-se
a uns 90 m do solo. Somente nesse momento, o Sr.
Hamilton percebeu que uma de suas vacas estava
sendo levantada em direção ao objeto, não tendo
quaisquer meios para deter os seres. Concluído o rapto
do animal, o objeto elevou-se, fugindo em grande
velocidade para o céu, até se perder de vista.

1899 d.C.
* No Bulletin de la Societé Astronomique de France
aparece um comentário em que, do dia 10 para 11 de
agosto, o Sr. Jules Jarlot, quando se encontrava em
Torcy-Sedan, observou a sudeste a presença de um
objeto muito vermelho, parecendo dez vezes mais
brilhante que Marte. O objeto manteve-se uns dez
minutos visível, reacendendo-se várias vezes antes de
desaparecer completamente em direção sudoeste.

1902 d.C.
* No dia 10 de maio, na região de Devon, na Inglaterra,
o coronel Markwick reporta a observação de
numerosos objetos coloridos, semelhantes a balões de
brinquedo, voando a grande velocidade no céu.

1903 d.C.
* Nesse ano, o matemático e astrônomo Newcomb
Simon demonstra matematicamente a impossibilidade
de um objeto mais pesado que o ar poder voar.
* No dia 9 de agosto, por volta das 23 horas, na
localidade de Argenteuil, na França, o Sr. Desmoulins
e outras quatro pessoas observam um objeto voador
vermelho sobrevoar mais ou menos 6 km em menos
de vinte minutos. O objeto não se assemelhava a um
balão, parecendo ser mais transparente.

1904 d.C.
* No dia 28 de fevereiro, às 6:10 horas, o Tenente da
Marinha de Guerra Frank Schoffield, comandante da
USS Supply, observa no céu da Califórnia uma
estranha formação de três discos voadores, registrando
o fato no seu diário de bordo.

1905 d.C.
* No dia 29 de março, na região de Cardiff, em Gales,
testemunhas reportam a aparição de uma luz vertical
brilhante.
* No dia 2 de abril, na região de Cherbourg, na França,
um objeto oval é observado no céu.
* No dia 2 de agosto, por volta das 13:30 horas, na
região de Silshee, na Califórnia, o Sr. J. A. Jackson
informa ter visto uma brilhante luz suspensa no céu.
Outras testemunhas observam o mesmo objeto,
identificando outras luzes no seu interior.
* Na quarta-feira, dia 29 de novembro, por volta da
19:10 horas, Sir David Gill observou no céu um objeto
oval que acabara de explodir no horizonte. O meteoro
apresentava um diâmetro semelhante ao da lua cheia,
porém mais alongado no sentido vertical. O objeto
manteve-se ali por cinco minutos e desapareceu no
fundo do céu entre a névoa.

1909 d.C.
* No dia 23 de dezembro, na localidade de Worcester
em Massachusetts, por duas vezes um objeto voador
iluminou a noite da cidade e o campo com um farol
fantasticamente potente, conforme registrou o jornal
The New York Herald.
* No dia 24 de dezembro o mesmo fenômeno foi
observado em Boston e em Willimantic.

1910 d.C.
* No dia 5 de fevereiro, às 23:45 horas, o senhor e a
senhora Whitney, da localidade de Everett, em
Washington, avistaram um gigantesco objeto discoidal
de cor dourada a menos de quatro milhas ao norte de
Greer, em Idaho, às margens do rio Clearwater. O
disco não apresentava menos de meia milha de
diâmetro (próximo de 800 m). As manobras do objeto
demonstravam ser resultado de algum tipo de
inteligência.

1915 d.C.
* No dia 28 de agosto, no decorrer da Primeira Guerra
Mundial, um grupo de soldados da Nova Zelândia foi
testemunha do desaparecimento de toda uma tropa do
primeiro batalhão inglês de Fourth Norfolk, no
interior de uma névoa densa que se formou a sua fren-
te num dia ensolarado, quando arremetiam contra a
montanha 60. Isto ocorreu na Baía Suvla, na península
de Gallipoli, Turquia.
1917 d.C.
* No dia 13 de outubro, um objeto de formato discoidal
e cor prata, brilhando sem ferir os olhos, surgiu no céu
da localidade de Fátima, em Portugal, por volta das 12
horas. O objeto girava sobre si mesmo a grande
velocidade, transformando-se repentinamente numa
roda de fogo e lançando em todas as direções clarões
de luz semelhantes a um arco-íris. Depois, o objeto
desceu e parou, subindo novamente céus e, pouco a
pouco, tornando-se mais brilhante, parecendo um
verdadeiro Sol, chegando a ferir os olhos e emitir
calor, secando a roupa das testemunhas pela emanação
de um forte calor, molhadas por um intensa chuva
ocorrida antes do evento.
* No dia 21 de outubro, na província de Las Hurdes,
Espanha, ocorreu o encontro entre Nicolas Sanchez e
uma luz, que além de interpor-se em seu caminho o
fez cair de seu cavalo. Nove dias depois, de forma
inexplicável para a época (hoje se cogita a hipótese de
irradiação), Nicolas faleceu.

1919 d.C.
* No dia 20 de janeiro, às 10:45 horas, o astrônomo
Raphael Ascar observa em Zeitun, no Egito, enquanto
procurava a região Gama de Andrômeda com sua
luneta de 108 mm, uma pequena e estranha nuvem
branca, de grandeza quase parecida à nebulosa de
Andrômeda, vista num binóculo, só que mais
luminosa. Porém, a nuvem apresentava movimento
estranho e rápido demais, sendo mais iluminada no
centro que nas bordas. A nuvem vinha do oeste para a
região polar. Um pouco antes de atingir o horizonte, o
núcleo da nuvem, que era de cor verde muito vivo,
desfez-se em estilhaços, iluminando o céu com um
clarão.

1921 d.C.
* No informativo Bulletin de la Societé Astronomique
de France, encontramos a observação de Reyser
Bernson ocorrida no dia 6 de janeiro de 1919, por
volta das 17:30 horas, quando avistou uma curiosa
estrela cadente entre Alfa Perseu e Gama Andrômeda.
Nesse momento, dirigia-se lentamente para o norte
numa velocidade variável, para logo depois diminuir
sua marcha, chegando quase a parar. Antes de
desaparecer, o objeto havia alterado várias vezes a sua
cor original.

1926 d.C.
* No dia 5 de agosto, Nicolai Roerich, famoso
aventureiro que teria descoberto no Himalaia antigos
textos que falavam sobre a presença de Jesus no
Oriente, observava no céu, por volta das 9:30 horas,
na direção norte-sul, sobre a localidade de Kukonor,
um enorme objeto oval brilhante, refletindo a luz do
Sol e movendo-se a grande velocidade. Com os
binóculos, observou tratar-se de um objeto de forma
arredondada e de superfície resplandecente.


1931 d.C.
* Nesse ano, o famoso navegador solitário Sir Francis
Chichester, reconhecido pela própria rainha Isabel II
como grande explorador, partiu para Nova Gales do
Sul, na Austrália, com o objetivo de aterrissar na Nova
Zelândia. Durante sua viagem e sobrevoando o mar da
Tasmânia, avistou repentinamente um objeto aéreo
desconhecido, de forma esférica e de cor cinza-
esbranquiçada, cuja luminosidade se manifestava por
clarões intermitentes. Esta descrição ficou registrada
em seu livro The Lonely Sea and the Sky.

1935 d.C.
* Em outubro, durante a guerra ítalo-etíope, inúmeras
testemunhas observaram um objeto em forma de
disco planar imóvel e silencioso pela da cidade de
Adis-Abeba.

1942 d.C.
* No dia 25 de fevereiro, nas primeiras horas da
madrugada, a cidade de Los Angeles, na Califórnia,
veio a justificar seus temores, quando um sinistro
blecaute e a passagem de um estranho grupo de
objetos voadores de origem desconhecida tomou
conta dos céus, apavorando toda a população e
deixando preocupado todo o comando militar. Um
grupo de fantasmagóricos objetos atravessou os céus
da cidade de Los Angeles, justo no momento em que
o clima reinante era de guerra, obrigando a população
e as instituições militares a responder atordoadamente
com as armas, provocando um estrondo de canhões
por quase uma hora. Obviamente, não houve baixas,
apenas algumas testemunhas do evento reportaram a
observação de algumas curiosas aeronaves e de um
estranho e enorme objeto, que teria se afastado
próximo à costa das regiões de Santa Mônica e Long
Beach.
* No dia 26 de fevereiro, o cruzador Tromp da marinha
real holandesa atravessou o mar de Timor, quando o
oficial de vigia avistou um enorme disco metálico
aproximar-se do barco a grande velocidade. Durante
três horas o objeto sobrevoou o navio e desapareceu,
por fim, a uma grande velocidade.
* No dia 25 de março o comandante Roman Sobinski
retornava de uma operação de bombardeio sobre
Essen, quando, ao passar por cima de Zuiderzee, ao
norte da Holanda, o seu posto de metralhadora de
cauda informa a presença de um estranho objeto
luminoso. O objeto, de cor alaranjada, passou a ser
caçado pelo bombardeiro que atirou, atingindo-o
aparentemente, mas sem resultado. Finalmente, o
objeto, após algumas manobras, desapareceu
rapidamente.
* Dentre as fotos mais antigas existentes na China,
temos uma realizada nesse ano, na qual aparece uma
rua comercial pertencente ao porto de Tientsing e
onde se pode distinguir claramente no céu um
pequeno objeto em forma lenticular e dotado de uma
cúpula.


1944 d.C.
* No dia 12 de fevereiro, no Centro de Ensaios de
Kummersdorf, os alemães realizam a filmagem do
lançamento de um foguete experimental na presença
do Ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, do SS-
Reichsfuhrer Himmler, e de Heinz Kammler, além de
diversos oficiais. Na revelação do filme aparece um
estranho objeto esférico no céu acompanhando o
deslocamento do foguete.
* No dia 29 de setembro, no Centro de Ensaios de
Rechlin-Roggenthin, um piloto testando um novo
Messerschmitt observa a presença de dois objetos
luminosos no céu. Ao aproximar-se, percebe tratar-se
de um objeto cilíndrico de mais de 100 m de
comprimento.
* No dia 23 de novembro, o Tenente Edward Schluter,
do 415 Esquadrão de Vôo Noturno de Combate
observa grande número de objetos similares a bolas
sobrevoando a região de Estrasburgo.
* Logo depois, no dia 27, encontramos o registro dos
Tenentes Henry Giblin e Walter Cleary, que
observam um gigantesco objeto sobre o seu avião em
Speyer, na Alemanha.
* E, para finalizar, temos o ocorrido no dia 22 de
dezembro às 18 horas, quando o Tenente norte-
americano David McFalls, também do 415 Esquadrão
de Vôo Noturno, se encontrava sobrevoando a região
de Alsácia-Lorena, na linha entre França e Alemanha,
quando informou pelo rádio o seguinte: "... Duas luzes
muito brilhantes subiram do chão. Elas se nivelaram
conosco próximas da cauda do avião. Eram enormes,
brilhantes e de cor alaranjada. Estiveram conosco por
dois minutos... Daí afastaram-se rapidamente
parecendo apagar-se".
* Durante todo o mês de novembro, um grupo de aviões
de combate, sobrevoando Rhin e em direção a
Estrasburgo, observou durante a noite um enorme
grupo de objetos realizando manobras impossíveis de
acompanhar.

1945 d.C
* No dia 2 de janeiro, o The New York Times publicou
o incidente ocorrido em dezembro de 1944 com o
Tenente Donald Meiers, quando este se encontrava
sobrevoando a Alemanha num avião Beaufighter. De
acordo com o artigo, Meiers descreveu o incidente da
seguinte forma: "... Bolas de fogo vermelho aparece-
ram flanqueando nossas asas enquanto voavam ao
nosso lado. Um segundo tipo de bola de fogo
deslocava-se em linha vertical de formação a três. Bem
adiante de nós um terceiro grupo de umas quinze
luzes ia longe a nossa frente, com sinais que acendiam
e apagavam...".

1946 d.C.
* Nesse ano, em apenas doze meses, a Suécia registrou a
aparição de mais de mil observações de objetos
voadores não-identificados.
* Por volta do mês de maio, durante uma escura noite
nos céus da Suíça, um enorme objeto flamejante com
uma cauda foi avistado movendo-se a grande
velocidade, deixando a população local apavorada. No
dia seguinte, em plena luz do dia, foi observado um
objeto semelhante a um "charuto" sobrevoando a
região.
* No dia 10 de junho, vários objetos lembrando os
foguetes V-2 alemães foram observados sobrevoando a
Finlândia. Dois dias depois, o Serviço de Defesa suíço
ordenou secretamente à polícia permanecer em estado
de alerta pela observação de um estranho objeto no
céu.
* Um mês depois, no dia 18 de julho, dois "foguetes
fantasmas" foram avistados perto do Lago Mjosa, na
Noruega. E, no dia seguinte, por volta do meio-dia,
um grupo de testemunhas observou um estranho
foguete perto do Lago Kolmojorv, na Suíça. Até o
final do ano, mais de mil estranhos objetos foram
observados na Suíça, Dinamarca, Finlândia, Grécia,
Portugal, África do Norte, Itália e Índia, provocando o
maior alvoroço nos círculos militares, pois estes
pressupunham a existência de testes de alguma nova
arma, cujo proprietário era desconhecido.
* Entre os dias 9 e 30 de julho desse ano, as Forças
Armadas da Suécia receberam mais de seiscentos
relatos de luzes coloridas que se deslocavam com uma
velocidade incrível pelos céus durante a noite.


1947 d.C.
* No dia 24 de junho, o Sr. Kenneth Arnold de Boise,
em Idaho, nos Estados Unidos, encontrava-se a bordo
do seu monomotor a uma altitude de 2.800 m sobre as
montanhas Cascade, no Estado de Washington,
havendo decolado de Chehalis em direção a Yakima,
quando avistou uma deslumbrante formação de nove
estranhos objetos que passava quase raspando os picos
das montanhas a uma enorme velocidade.
* No mês de julho, no Brasil, o Sr. José Higgins foi o
único de um grupo de pesquisadores a permanecer no
local depois do pouso de um disco voador à frente do
grupo. Três entidades de altura aproximada
equivalente a 1,80 m e roupas brilhantes indicaram à
testemunha que provinham de Urano, desenhando no
solo oito círculos concêntricos e indicando o primeiro
como sendo o Sol.
* No dia 3 de julho, o Sr. W. Mac Brazel confirma ter
achado os destroços de um veículo aéreo no campo da
fazenda Foster, durante a manhã, a 48 km de Corona,
em Lincoln County, e 120 km ao noroeste de
Roswell, no Novo México.
* No dia 7 de julho, o fotógrafo William Rhodes, por
volta do entardecer, informou que se encontrava em
sua casa quando ouviu um barulho enorme no lado de
fora. Por alguma razão, pensou que podia tratar-se de
um disco voador, saindo com a sua câmera a tempo de
obter duas fotos de um objeto que se afastava a grande
velocidade.
* Em agosto, o artista italiano Rapuzzi Johannis,
enquanto caminhava pelas montanhas entre a Itália e a
antiga Iugoslávia, avistou um objeto vermelho de
forma discoidal pousado, ladeado por duas entidades
de tipo "anão". Os seres, além de baixos, possuíam ca-
beças grandes e rostos verdes.

1948 d.C.
* No dia 7 de janeiro, às 13:15 horas, uma equipe de
observadores militares localizados em Madisonville,
no Estado de Kentucky, informava à base aérea de
Camp Godman que um aparelho redondo, com mais
de 70 m de diâmetro, voava rapidamente em direção a
Fort Knox. Em seguida, a pequena patrulha,
comandada pelo Capitão Thomas Mantell, conseguiu
localizar seu alvo às 14:45 horas, partindo para
interceptá-lo. Às 16 horas são encontrados os
destroços do avião F-51 de Mantell.
* No dia 22 de janeiro nasceu o "Projeto Sign", ou
também chamado "Projeto Soucer", por iniciativa da
Divisão de Inteligência do Comando Aéreo da Base de
Wright Field, atual Base da Força Aérea de Wright
Patterson, cujo objetivo era recolher, avaliar e
distribuir entre as agências interessadas toda a
informação sobre os avistamentos que indicassem
perigo para a segurança nacional.
* No dia 20 de agosto, o renomado astrônomo Sr. Clyde
Tombaugh, que em 1930 descobriu o planeta Plutão,
observou em companhia de sua mulher e filha um
objeto voador não-identificado.
* No dia 1º de outubro, o Tenente George F. Gorman,
da Guarda Aérea Nacional, defrontou-se com um
objeto nas proximidades de Fargo, em Dakota do
Norte.
* O Inspetor-Geral do Escritório de Investigação
Especial da Força Aérea dos Estados Unidos,
inconformado pelo resultado do informe referido,
iniciou por conta própria uma pesquisa em dezembro.
Esta pesquisa resultou no desenvolvimento de um
trabalho de investigação paralelo ao "Projeto Sign", o
qual foi chamado de "Projeto Twinkle", sob a
responsabilidade do Dr. Lincoln La Paz, cientista
especializado em meteoritos.

1949 d.C.
* O "Projeto Sign" foi substituído pelo "Projeto Grudge"
no dia 11 de fevereiro, partindo da hipótese de que
muitas das aparições e registros desses objetos são
simples produto de fenômenos ambientais,
focalizando a investigação nas testemunhas.

1950 d.C.
* No dia 4 de julho, o Sr. Daniel Fry, que se encontrava
trabalhando no campo de provas da base de White
Sands, no Novo México, próximo da cidade de Las
Cruzes, realizou o primeiro contato inteligente com
extraterrestres, estabelecendo diálogo com um ser
chamado A-Lan.
* No dia 23 de julho, em Guyancourt, perto de Paris,
por volta das 23 horas, Claude Blondeau viu dois
objetos pousados, de forma discoidal, cinzas. De cada
lado das duas naves havia um "homem" de
aproximadamente 1,70 m, cabelos castanhos e com
roupa escura. Aproximando-se, Claude perguntou a
um dos seres: "Estão com alguma avaria?".
Prontamente o ser respondeu-lhe, em correto francês:
"Sim, mas logo estará arrumado". Um minuto mais de
reparos e decolaram.

1951 d.C.
* Nesse ano, o futuro astronauta Leroy Gordon Cooper
avistava um OVNI enquanto pilotava um avião F-86
Sabrejet sobre a Alemanha ocidental. De acordo com a
sua descrição, eram objetos metálicos de formato
discoidal, lembrando um pires.
* No dia 4 de fevereiro, uma menina chamada Sheila,
que vivia em Withdean, Sussex, Inglaterra, brincava
no jardim de sua casa quando avistou um objeto
discoidal de cor cinza-esverdeado, com uma cúpula
transparente. Três criaturas vestindo roupas coloridas
e bufantes foram vistas saindo do objeto, dirigir-se até
a jovem, voltar-se e retornar ao objeto, que em
seguida desapareceu.

1952 d.C.
* Em janeiro nasceu a APRO (Aerial Phenomena
Research Organization), uma das primeiras entidades
civis norte-americanas de investigação do fenômeno
extraterrestre.
* Em março, o "Projeto Grudge" foi substituído pelo
famoso "Projeto Blue Book", sob a responsabilidade do
Capitão Edward J. Ruppelt da Força Aérea.
* No dia 5 de abril, as Forças Armadas norte-americanas
emitiram a ordem 200-5, solicitando que todos os
funcionários do serviço secreto das bases aéreas de
todo o mundo entrassem em contato imediatamente
com o Centro Técnico de Informação Aérea (ATIC)
no caso de observarem um OVNI.
* Esse ano viu "aparecer" o Sr. Howard Menger, que
afirmava ter contatos com seres extraterrestres,
principalmente com uma linda mulher de cabelos
longos, que vestia um traje translúcido e emanava
amor e atração física. A mulher em questão afirmava
ter quinhentos anos de idade e ensinou a Menger
conceitos "mecânicos" e espiritualistas. Em 1959,
Menger escreveu o livro From Outer Space to You.
* No dia 7 de maio um objeto similar a um disco voador
foi fotografado pelos Srs. Ed Keffel e João Martins,
jornalistas da revista O Cruzeiro, na praia da Barra da
Tijuca, no Rio de Janeiro.
* Entre os dias 19 e 26 de julho, uma enorme onda de
observações ocorreu na cidade de Washington. No
período, foram avistados grupos de seis e doze objetos
sobrevoando o Capitólio.
* No dia 12 de setembro, no Estado de Virgínia, Estados
Unidos, o guarda florestal Gene Lemon, juntamente
com outras testemunhas, enquanto procurava o local
de suposto pouso de uma nave avistada instantes
antes, deparou-se com uma criatura de 3 m, de rosto
vermelho, olhos protuberantes e de corpo verde
fosforescente.
* No dia 20 de novembro, George Adamski realizou seu
primeiro contato físico com extraterrestres em Desert
Center, tendo por testemunhas as Sras. Alice K. Wells
e Lucy McGinnis, esta última proprietária de "Palomar
Gardens", e os casais Bailey de Winslow e Williamson
de Prescott.

1953 d.C.
* Nesse ano, na localidade de Tujunga Canyon, nos
Estados Unidos, as Sras. Sara Shaw e Jan Whiteley
"resgataram" uma vivência muito similar aos padrões
clássicos de abdução depois de uma experiência de
"tempo perdido", com ajuda profissional.
* No dia 12 de janeiro, uma comissão de peritos e
cientistas norte-americanos foi reunida no Pentágono,
sem conhecimento público ou da imprensa. Esta
reunião, batizada de "O Grande Júri" ou "Painel
Robertson", foi presidida pelo Prof. Dr. H. P.
Robertson, professor de física teórica no Instituto de
Tecnologia da Califórnia. O Major Dewey Fouret,
integrante da comissão especializada na investigação
de testemunhos e relatos, apresentou amplo e comple-
to estudo das manobras desses OVNIs, concluindo
finalmente, e sem quaisquer dúvidas, que se tratava de
aparelhos de navegação espacial de origem
desconhecida e provavelmente extraterrestre.
* No dia 21 de maio, um suposto objeto voador não-
identificado acidentou-se numa localidade próxima a
Kingman, Arizona.
* No dia l2 de julho, o pequeno pastor Máximo Munoz,
de quatorze anos, observou um objeto esférico do qual
baixaram três seres de 65 cm de altura e cor amarela
na região de Villares del Saz, na Espanha.

1954 d.C.
* Nesse ano foi publicado o livro Aboard a Flying
Saucer, de Truman Bethurum, que afirmava ter sido
contatado no deserto da Califórnia por criaturas de
1,50 m, pele cor de oliva e trajando uniformes. Os
referidos seres saíram de uma nave de 90 m de largura
por 50 m de altura, capitaneada por uma mulher, Aura
Rhanes, que afirmou provirem do planeta Clarion,
aparentemente escondido no lado escuro da Lua.
Segundo ela, os alienígenas eram capazes de passar por
seres humanos.
* No dia 11 de junho, o famoso astrônomo inglês Sir
Percy Wilkins observou de um avião sobrevoando a
região de Virgínia, nos Estados Unidos, dois objetos
brilhantes de forma esférica, que pareciam suspensos
no céu.
* No período de setembro a outubro, uma enorme onda
de observações foi identificada na França. E o grande
investigador Jacques Vallée recolheu, somente nesse
período, mais de duzentos casos.
* No dia 9 de outubro, em Pournay-la-Chetive, França,
quatro crianças brincando perto do cemitério local
viram uma criatura de olhos grandes, cabeça e rosto
cobertos por pêlos, baixa de aproximadamente 1,20
m), que saiu de um disco pousado.
* No dia 8 de novembro, na época com treze anos,
Philip Molava, enquanto dava de comer a seus coelhos
no jardim de sua casa em Croydon, sul de Londres, viu
um pequeno disco voador passar sobre a área. No dia
seguinte, Philip acordou vomitando e foi tratado com
suspeita de intoxicação alimentar. Deitado na cama,
viu surgir de uma nuvem brilhante três criaturas, que
se materializaram. De nada mais se lembra, a não ser
do fato de que, no dia seguinte, já estava bem, e a
partir daí passou a vivenciar experiências de caráter
paranormal.
* Em dezembro, ocorreu na Venezuela uma tentativa
fracassada de abdução, quando Flores Lorenzo e Jesus
Gomez foram assaltados por quatro entidades de baixa
estatura que tentaram forçá-los a entrar numa nave
pousada perto deles. Lorenzo golpeou uma das
entidades com um rifle, quebrando-o.

1955 d.C.
* No dia 30 de janeiro foi fundado o Instituto Peruano
de Relações Interplanetárias na cidade de Lima, no
Peru, uma das primeiras entidades de investigação do
fenômeno extraterrestre na América Latina.
* Em maio, na localidade de Dinan, costa norte da
França, o Sr. Droguet viu no pátio da escola em que
trabalhava uma nave a 1 m (flutuando) do solo, e a seu
lado dois humanóides de baixa estatura, vestidos com
escafandros e capacetes, sendo que um deles recolhia
minerais do solo (era cascalho grosso).
* Na localidade de Kelly Hopkinsville, Kentucky,
Estados Unidos, entre os dias 21 e 22 de agosto, Billy
Ray Taylor avistou, junto a várias outras testemunhas,
um OVNI sobrevoando sua comunidade. Alertado
pelos latidos de seu cachorro, viu aproximar-se de sua
casa uma criatura que caminhava com os braços
esticados, de l m de altura, cabeça com forma oval,
sem cabelo, olhos enormes localizados nas partes
laterais da cabeça, boca grande e orelhas de tipo
elefante. No lugar das mãos possuía garras; era de cor
cinza, e os olhos eram brilhantes, amarelos. Foram
vistos outros seres pelas redondezas. Apesar de haver
disparado várias vezes contra o ser, nenhum corpo foi
encontrado.
* Dirigindo distraidamente por uma estrada deserta, na
Áustria, em setembro, o Sr. Josef Wanderka deparou-
se de repente com uma nave pousada. Ao avistar seus
supostos tripulantes, foi convidado a entrar na nave.
Os seres disseram que provinham de Cassiopéia e
mostraram-se interessados no funcionamento de
motores a combustão.

1956 d.C.
* No dia 29 de agosto foi fundado o Comitê Nacional de
Investigações sobre Fenômenos Aéreos (NICAP) nos
Estados Unidos, sob o comando de Donald Keyhoe,
Frank Edwards e do Almirante Roscoe Hillenkoetter.

1957 d.C.
* No dia 15 de outubro, o trabalhador rural Sr. Antônio
Villas-Boas, de vinte e três anos de idade na época, foi
abduzido, isto é, raptado por uma nave extraterrestre.
No interior da nave manteve relação sexual com uma
alienígena. Este foi o primeiro caso registrado de uma
relação sexual entre seres de diferentes procedências.
* Dia 25 de outubro, a filha de um rico fazendeiro em
Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil, estava com câncer
no estômago. Naquela noite, quando sentia muitas
dores, viu, assim como sete pessoas de sua família
presentes no seu quarto, a luz brilhante de um disco
voador que pousou ao lado da casa. Todos
presenciaram a entrada de duas criaturas de 1,20m de
altura, cabelos loiros longos e olhos verdes, primeiro
na casa e depois no quarto da jovem. Um dos seres,
por meio de telepatia com o pai da enferma, inteirou-
se do problema. O outro encarregou-se de, por uma
luz branco-azulada, analisar os órgãos internos da
jovem, visualizando o tumor e retirando-o. Ao pai da
paciente foi dada uma caixa em forma globular
contendo trinta pílulas brancas a serem ministradas
diariamente à menina. Dois meses depois, o médico da
jovem constatou a sua cura completa.
* Após o lançamento da cápsula espacial soviética
Sputnik 2 no dia 3 de novembro, contendo em seu
interior a cadela de nome Laika, o primeiro ser
terrestre no espaço, os observadores de terra perce-
beram a presença de um segundo objeto no espaço, de
origem desconhecida, acompanhando a cápsula.

1958 d.C.
* Perto de Niagara Falis, Estados Unidos, em janeiro,
uma mulher, que dirigia seu veículo, após perceber na
rua em que trafegava destroços do que parecia ser um
avião, notou duas figuras com quatro patas, rabo e o
que lhe pareceram ser braços na altura da cabeça. As
criaturas desapareceram de repente, e ao mesmo tem-
po um OVNI apareceu no ar.
* No dia 16 de janeiro, por volta das 12:30 horas, o
navio da Marinha de guerra brasileira Comandante
Saldanha da Gama, ancorado na Ilha Trindade,
observou e fotografou um estranho objeto
sobrevoando os rochedos da ilha. As seis fotografias
foram realizadas pelo fotógrafo submarino Sr. Almiro
Baraúna na presença de toda a tripulação.
* No dia 31 de julho, tornou-se pública a foto de um
OVNI obtida da Base Experimental de Foguetes de
Holloman nos Estados Unidos, realizada no mês de
março. Numerosos técnicos e militares apoiaram a
autenticidade do registro.
* No dia 21 de janeiro, logo após um murmúrio gerado
pela visualização da queda de um OVNI em Gdynia,
Polônia, uma criatura humanóide foi vista
caminhando pela área. Conduzida a uma clínica
médica para observação, o ser teve seu "uniforme"
retirado somente após o uso de ferramentas. Assim
que teve seu bracelete retirado, faleceu. Um exame
post-mortem revelou número anormal de dedos,
estranha disposição de órgãos internos e sistema
circulatório em forma de espiral.
* No dia 20 de abril, próximo da cidade de Coral Gables,
na Flórida, agentes da polícia encontraram o corpo do
Dr. Morris K. Jessup no interior do seu carro, que
estava com o motor em funcionamento.
Aparentemente foi suicídio, embora sua morte até
hoje não tenha sido esclarecida. Nessa época, Jessup
era um dos mais importantes cientistas a favor do
fenômeno OVNI.
* No dia 27 de junho, trinta e oito membros da missão
anglicana Boinai, em Papua, Nova Guiné, juntamente
com o reverendo William Gill, testemunharam o vôo
de dois objetos não-identificados sobre aquela área. Da
cúpula de uma das naves avistaram-se quatro figuras
que, aparentemente, controlavam o objeto. O
Reverendo acenou para eles, que responderam da
mesma maneira. Em seguida, sinais luminosos foram
trocados, por lanternas, também prontamente
respondidos.

1960 d.C.
* No princípio dos anos 60, em West Virginia, foram
vistas criaturas tipo "homem-borboleta", com asas,
olhos vermelho-brilhantes e cabeça diminuta.
* No dia 14 de dezembro, a Nasa publicou declarações
sobre o possível impacto que ocorreria na sociedade
caso fosse descoberta vida inteligente em outros
planetas.

1961 d.C.
* No dia 12 de abril, foi lançado para circundar a Terra a
missão soviética Vostok 1, contendo em seu interior o
tripulante Yuri Gagarin, o primeiro astronauta humano
no espaço. Segundo alguns relatos não-oficiais,
Gagarin teria observado a presença de um objeto no
espaço pouco antes de sua reentrada na atmosfera
terrestre.
* Aproximadamente às 11 horas da manhã do dia 18 de
abril, o fazendeiro Joe Simonton viu um objeto voador
estático no ar a alguns metros de distância. De uma
abertura na lateral do objeto, viu três criaturas,
descritas como "italianos", com 1,50m de altura,
cabelos, pele e trajes negros/escuros. Uma das
criaturas pediu-lhe água e foi prontamente atendida
por Joe, que recebeu dos visitantes três panquecas,
bem "terrestres", com a única ressalva de estarem
totalmente destituídas de sal.
* No dia 7 de agosto o astronauta Coronel-General
German Stepanovich Titov foi lançado ao espaço na
Vostok 2, completando dezessete voltas e meia ao
redor da Terra em 25 horas. Titov também relataria a
observação de um objeto desconhecido, mas com a
diferença de haver realizado um registro fotográfico
do evento.
* No dia 19 de setembro, o casal Barney e Betty Hill
dirigia-se, em seu veículo, para a sua residência na
localidade de New Hampshire, após pequenas férias
no Canadá. No caminho, foram abduzidos e
submetidos a diversos testes por seres procedentes de
Zeta Reticuli. Este foi o caso a ser acompanhado por
um processo de hipnose regressiva.
* Em novembro, no Rádio Observatório Astronômico
Nacional de Green Bank, na Virgínia, foi celebrado
um grupo de reuniões com diversos cientistas para
debater a questão da existência de inteligências
extraterrestres. Entre os presentes, encontrava-se o já
falecido astrônomo Carl Sagan.

1962 d.C.
* Nesse ano, especulou-se sobre a queda de outro objeto
voador não-identificado ao sul da região de
Alamogordo, no Novo México. Segundo consta, o
objeto teria sido detectado pelos radares militares e
interceptado por aviões de combate, e possivelmente
derrubado.
* Em 20 de fevereiro de 1962, a Mercury 6 levava
consigo ao espaço o Tenente-Coronel da Marinha
John Herschel Glenn, sob o código Friendship 7, que
pouco antes de ingressar na Terra informou ter
observado no espaço um grupo de objetos luminosos
que o acompanhavam.
* No dia 18 de abril, um estranho objeto voador não-
identificado colidiu com a Terra nas proximidades de
Nellis, perto de uma base aérea nas redondezas da
cidade de Las Vegas, Nevada.
* No dia 11 de maio, o piloto da Nasa, Joseph A. Walker
revelou que uma de suas tarefas, como militar, era
detectar UFOs durante seus vôos com o famoso X-15,
um avião da propulsão a jato. Numa dessas
oportunidades, em abril desse mesmo ano, ele teria
conseguido filmar cinco ou seis estranhos objetos
durante um vôo a 50 milhas de altitude, o que naquela
época era um recorde.
* No dia 24 de maio, na cápsula espacial Mercury 7, foi
lançado o jovem Tenente-Comandante da Marinha
Malcom Scott Carpenter, sob o codinome Aurora 7, o
segundo norte-americano a realizar um vôo orbital.
Durante a realização de três órbitas ao redor da Terra,
Carpenter observou a presença de um objeto muito
luminoso que se destacava no espaço, realizando
algumas fotos.
* No mesmo período, o também piloto do projeto X-15
Major Robert White relatou a observação de um UFO
durante um vôo realizado a 58 milhas de altitude,
ocorrido no dia 17 de julho do mesmo ano, isto é,
apenas dois meses depois de Walker.
* A missão Vostok 4 foi lançada ao espaço em 12 de
agosto de 1962, com o astronauta Pavel Popovich. A
Vostok 4 e a Vostok 3 iniciaram seu ingresso na
atmosfera. Pouco antes de retornar, o astronauta Pavel
Popovich reportou ao centro de controle soviético a
presença de um grupo de objetos ou partículas
luminosas próximas de sua cápsula.
* O astronauta Tenente-Comandante Walter M. Schirra,
pilotando a cápsula Mercury 8, lançada em 3 de
outubro, enfrentou o mesmo fenômeno no espaço,
chamando os objetos observados pela primeira vez
pelo código de "Papai Noel existe", utilizado mais tarde
pela tripulação da Apolo 8.
* No dia 8 de novembro, em Paris, foi criado o GEPA,
um grupo de estudos de fenômenos aéreos.

1963 d.C.
* No dia 15 de maio, o Major Leroy Gordon Cooper foi
lançado ao espaço numa apertada cápsula Mercury 9,
para uma jornada de vinte e duas órbitas ao redor da
Terra. Durante a órbita final, o Major Cooper relatou à
estação de Muchea, próxima de Perth, Austrália, que
estava observando um estranho objeto esverdeado,
incandescente, à sua frente, o qual se aproximava
rapidamente em sua direção. O objeto de origem
desconhecida era real e sólido, pois foi captado pelo
radar da estação de Muchea.
* No dia 14 de junho, foi lançado ao espaço o astronauta
soviético Valeri Bykovsky, na missão Vostok 5, com o
objetivo de aguardar o lançamento da Vostok 6 com a
primeira astronauta feminina, a famosa Valentina
Tereshkova. Porém, um atraso por defeitos no
equipamento obrigou a Vostok 6 a ser lançada
somente no dia 16 de junho. Após completar as
respectivas órbitas, ambos retornaram à Terra
reportando a observação de estranhos objetos.
* Em agosto, o Sr. Fernando Eustágio, acompanhado de
seu irmão e um vizinho, sofreu uma tentativa frustrada
de abdução em uma nave em forma de globo, por uma
entidade muito alta e magra, que carregava uma caixa
brilhante e possuía um olho na testa.
* Em outubro, o Sr. Eugênio Douglas, quando dirigia seu
caminhão por uma estrada em Isla Verde, Argentina,
teve seu veículo obstruído por três entidades que
emergiram de um disco voador situado a 10 m dele.
Os seres eram altos (3,5 m) e possuíam capacetes com
antenas. Um raio vermelho proveniente deles ou do
disco atingiu Eugênio, queimando-o, que em seguida
disparou contra os seres e fugiu.

1964 d.C.
* No dia 12 de abril, em Socorro, Novo México, o
Sargento patrulheiro Lonnie Zamora avistou duas
"pessoas" ladeando um objeto oval pousado.
* Em Newark Valley, Nova York, no dia 24 de abril, o
fazendeiro Gary Wilcox, ao avistar um objeto de
forma oval flutuando em uma colina em sua
propriedade, acercou-se e viu sair da nave dois
"homenzinhos" de l,20m de altura, que traziam em
suas mãos tufos de ervas. Ambos entabularam uma
conversação, e os seres, além de afirmar provirem de
Marte, mostraram-se muito interessados em adubos e
fertilizantes.
* No mesmo dia 24 de abril, o policial Lonnie Zamora,
de Socorro, Novo México, observou o pouso de um
objeto oval aterrissando nas imediações, percebendo
sair do seu interior um grupo de seres de baixa
estatura.
* No dia 12 de julho, o Comandante soviético
Viatcheslav Zaitsev, que efetuava o trajeto
Leningrado-Moscou a bordo de um TU 104-A, avistou
no meio do caminho um enorme disco, surgido
bruscamente debaixo da fuselagem do avião.
* Em Cisco Grave, Califórnia, no dia 5 de setembro, uma
testemunha conhecida por Mr. S. avistou dois
humanóides com roupas cintilantes, de olhos
proeminentes e que aparentemente estavam
acompanhados por um robô.
* No dia 12 de outubro foi lançada a missão Voskhod 1.
Nesta missão, três homens foram colocados de uma
única vez no espaço, os astronautas Vladimir
Komarov, Konstantin Feoktistov e Bóris Yegorov, que
após dezesseis órbitas retornaram para a Terra. Se-
gundo consta, os astronautas perceberam e
observaram a presença de um objeto não-identificado.

1965 d.C.
* O Sr. Sid Padrick, que vivia em Watsonville,
Califórnia, em janeiro, após avistar um disco voador
pousado, de 20m de diâmetro, escutou uma voz que
lhe dizia para se aproximar e que nenhum mal lhe
seria causado. Dentro da nave, Sid encontrou-se com
oito alienígenas, de aparência totalmente humana,
inclusive uma mulher. Um dos seres comunicava-se
com Sid em inglês, dizendo-lhe que era o único capaz
de fazê-lo. Padrick pôde observar o interior da nave e
inclusive lhe foi dada a oportunidade de um passeio
pelos ares. Disseram-lhe que provinham de um
planeta situado no sistema solar, porém não visível da
Terra. O curioso foi a afirmação de que estavam em
missão de observação, mas a "observação" deveria ser
feita por parte dos terrestres, não deles. Padrick foi
deixado a 300 km de sua casa.
* No dia 19 de março, os astronautas Pavel Belyayev e
Alexei Leonov foram lançados na missão Voskhod 2.
Após completar a missão, os astronautas caíram, sem
sofrer qualquer dano, próximos das montanhas Urais,
numa região bastante fria. Em uma reunião de
imprensa celebrada posteriormente em Moscou, à qual
somente concorreram jornalistas locais, os astronautas
revelaram que, momentos antes de inexplicavelmente
abandonarem sua órbita, encontraram um misterioso
objeto discoidal, totalmente desconhecido no espaço,
que voava a grande velocidade.
* No dia 23 de abril, faleceu o famoso contatado George
Adamski na Califórnia, Estados Unidos, deixando uma
legião de seguidores e simpatizantes, além de alguns
trabalhos publicados, como o livro Flying Saucer have
Landed, no qual narra toda a sua experiência, em
parceria com Desmond Leslie.
* No dia 24 de abril, na localidade inglesa de South
Devon, o fazendeiro Ernst Bryan, que desconhecia
por completo a saga de Adamski, assim como seu
nome e qualquer coisa a ver com extraterrestres,
experimentou um contato com seres que aterrissavam
num disco voador de 65m de diâmetro. Os seres,
fisicamente humanos, altos e loiros, passaram a
conversar com ele. Um, em particular, de aspecto
quase infantil e vestindo uma toga com um cinto
dourado, identificado com o nome de "Yamski"
(corrutela de Adamski?), conversou em perfeito inglês
sobre um amigo humano dos extraterrestres de nome
"Des" (Desmond Leslie?) e de um homem de nome
Mantell (capitão Thomas Mantell?), de quem teria
provas de sua existência (estaria ainda vivo?).
* Em 3 de junho foi lançada a famosa Gêmini 4, com os
astronautas James McDivitt e Edward H. White. Após
quase 24 horas do lançamento e sobrevoando o Havaí,
o astronauta White informou a observação de um
objeto cilíndrico no espaço com elementos es-
tendidos, aparentando ser algum tipo de antena, que
McDivitt passou a fotografar e filmar repetidamente.
* No dia 1º de julho, na região de Valensole, na França,
o Sr. Masse observou o pouso de um objeto
semelhante a uma bola de futebol norte-americana, a
pouca distância, percebendo a presença de seres que
recolheram amostras do solo.
* Quando da missão na Gêmini 5 em 21 de agosto,
Gordon Cooper, junto com o astronauta Charles P.
Conrad Jr., observou a presença de três estranhos
objetos quando sobrevoavam a Austrália, a China e a
Ásia Oriental, registrando fotograficamente um destes
objetos na região do Himalaia.
* No dia 15 de dezembro, foi lançada a missão Gêmini
6, com os astronautas Walter Shirra e Tom Stafford,
para encontrar-se no espaço com a Gêmini 7, lançada
em 4 de dezembro com os astronautas Frank Borman
e James Lovell. Um defeito na missão Gêmini 6 havia
atrasado o seu lançamento, do dia 25 de novembro
para o dia 15 de dezembro, permitindo que a Gêmini
7 subisse antes que ela. Porém a sorte não estava do
seu lado. Logo depois de subir, a Gêmini 6 teve de
retornar, permanecendo no espaço por apenas um
único dia. Porém, a Gêmini 7 permaneceu mais tempo
no espaço, razão pela qual registrou a passagem de
vários objetos em diversos momentos da missão,
inclusive quando realizava a aproximação com a
Gêmini 6.
* No dia 16 de dezembro, o ferroviário César T.
Gallardo, em Sauce Viejo, Argentina, viu um homem
trajando uniforme cintilante entrar no compartimento
em que estava, rasgar parte do jornal que o ferroviário
estava lendo e levá-lo consigo, assim como certa
quantidade de petróleo. Outras testemunhas viram um
"homem luminoso" caminhando sobre a via.

1966 d.C.
* No dia 18 de julho, a missão Gêmini 10, tripulada
pelos astronautas John W. Young e Michael Collins,
foi lançada de Cabo Cañaveral. Nesta missão, o
astronauta Collins conseguiu completar um passeio de
pelo menos trinta minutos. Porém, pouco tempo
depois de ingressar em órbita, Young chamava,
assustado, Houston, alertando sobre presença de
estranhos objetos no espaço.
* No dia 16 de agosto, do telescópio situado em North
Dakota, nos Estados Unidos, em plena área de sombra
na Lua, os astrônomos norte-americanos observaram
impressionados uma enorme mancha luminosa,
registrando-a fotograficamente.
* No dia 18 de agosto, o diretor do Observatório
Astronômico de Adhara, em São Miguel, Buenos
Aires, na República Argentina, padre Benito Reyna
escreve para o investigador Jack Perrin sobre a
observação de estranhos objetos na Lua.
* No dia 25 de agosto, a Base Norte-Americana de
Foguetes Intercontinentais de Dakota do Norte
permaneceu inoperante durante a presença de um
estranho objeto voador de cor avermelhada.
* No dia 12 de setembro sobe ao espaço a cápsula
Gêmini 11, contando com os astronautas Richard
Gordon Jr. e Charles Conrad Jr., concluindo
perfeitamente seus objetivos. Quando se completava a
décima oitava órbita, sobrevoando a ilha de
Madagáscar, Gordon e Conrad observaram a presença
de um objeto brilhante e alargado, que se mantinha a
uma distância constante, dando a impressão de estar os
observando. Sem perder tempo os astronautas
conseguiram fotografar o objeto.
* Em outubro, a Universidade do Colorado escolheu o
físico Dr. Edward U. Condon para dirigir o primeiro
estudo acadêmico e civil sobre os discos voadores;
tanto a iniciativa como a verba destinada para a
empreitada saíram do Departamento de Investigação
da Força Aérea.
* No dia 11 de novembro, a Gêmini 12 partia para o
espaço carregando os astronautas James Lovell Jr. e
Edwin E. Aldrin, para a última missão da série. Nos
dias seguintes ao seu lançamento, os dois astronautas
comunicaram a Houston que alguma coisa havia
começado a transformar-se numa rotina para os
controladores e até para os próprios astronautas: vários
OVNIs haviam-se aproximado da cápsula em várias
oportunidades.

1967 d.C.
* Um dos mais famosos casos foi ocorrido com Betty
Andreasson, no dia 25 de janeiro. Betty, em sua casa
com sua família e sete crianças, foi abduzida e levada
ao interior de uma nave. Com o líder dos alienígenas,
que se identificou como Quazgaa, ela trocou livros
(uma Bíblia por um "livro religioso", que ela perdeu).
* No dia 27 de janeiro os experientes astronautas Virgil
I. Grissom, Edward H. White e o novato Rodger B.
Chaffee tiveram sua viagem frustrada na missão Apolo
1, morrendo dramaticamente ao ocorrer um incêndio
produzido por um curto-circuito no interior da
espaçonave.
* O Sr. Stephen Michalak, quando em Falcon Lake,
Ontário, Canadá, no dia 20 de maio, viu um disco
voador pousar a poucos metros dele. Aproximou-se,
escutou vozes que provinham do interior do disco e,
enquanto analisava o formato da nave, recebeu o
impacto de uma onda de "ar quente", saída de uma
espécie de exaustor, causando-lhe queimaduras de
segundo grau.
* No dia 2 de junho, o jornal Informaciones, de Madri,
publicou na primeira página as fotos de um OVNI
observado na região de San José de Valderas.
* No dia 15 de junho, na fazenda Vale do Rio do Ouro,
na localidade de Alexânia, em Goiás, o Sr. Wilson
Plácido de Gusmão observou a presença de um
pequeno objeto no interior do seu quarto. O pequeno
objeto estabeleceu contato e prometeu retornar outras
vezes.
* Em julho, o industrial alemão conhecido pelo
pseudônimo de Stefan Denaerde, que atualmente
reside na localidade de Den Haag com sua esposa e
filhos, foi contatado por extraterrestres enquanto na-
vegava nas águas de Oosterschelde. Segundo afirmou,
seres do planeta larga solicitaram a sua ajuda, passando
a estabelecer com ele longo diálogo.
* No dia 8 de setembro, a família King descobriu um dos
primeiros casos de mutilação de animais na região de
Alamosa, no Colorado.
* No dia 18 de outubro, fundou-se na União Soviética a
primeira Comissão Cosmonáutica Permanente para o
estudo dos OVNIs.
* No dia 3 de dezembro, ocorreu em Ashland, Estados
Unidos, a fantástica abdução do patrulheiro Herbert
Schirmer, que naquela noite "viu decolar um disco
voador, sentindo os efeitos de perda" por 30 minutos.
Mais adiante, submeteu-se a hipnose, que revelou
detalhes do encontro.

1968 d.C.
* Nesse ano teve início os "contatos" da mexicana
Maria, que afirma ser uma das quinze mil pessoas
"contatadas" neste planeta. Maria professa atualmente
cursos e forma grupos de trabalho em vários países da
América Central e Europa, devotando-se especi-
ficamente ao campo terapêutico, para o qual
desenvolveu toda uma teoria e prática com cristais.
* No dia 2 de maio, depois de haver presenciado vários
avistamentos na região em que vivia, Shane Kurz foi
abduzida e levada ao interior de uma "sala hospitalar",
onde foi estuprada pelo líder dos alienígenas, de
aparência humanóide bem similar à raça humana.
Entretanto, Shane alega ter gostado do encontro
sexual.
* No dia 11 de outubro foi lançada a missão Apolo 7.
Nesse dia, o poderoso foguete Saturno 5 levava
consigo os astronautas Walter Schirra, Don Eisele e
Walter Cunningham. Durante sua órbita, os
astronautas reportaram a presença de objetos
estranhos acompanhando a cápsula.
* No dia 21 de dezembro a missão Apolo 8 subiu ao
espaço com os astronautas Frank Borman, James
Lovell e William Anders, com o objetivo de realizar a
primeira viagem tripulada para a Lua e de orbitá-la.
Durante o Natal, enquanto a cápsula girava em torno
da Lua a uma distância de 112 km da superfície,
ocorreu um silêncio de pelo menos seis minutos por
uma pane causada no equipamento. Apesar dos
insistentes chamados de Houston, não havia retorno
do sinal de rádio. Porém, o silêncio foi
repentinamente cortado quando surgiu a voz do
astronauta James Lovell no rádio, afirmando
enfaticamente: "... Temos a comunicar que de fato
existe Papai Noel!...".

1969 d.C.
* Novas fotografias de objetos na Lua foram obtidas no
dia 4 de janeiro, pelo Observatório de Adhara, em São
Miguel. Desta vez, por intermédio do astrônomo Sr.
Francisco Busciglio, que registrou a presença de
objetos estranhos sobrevoando a Lua por volta da
meia-noite.
* No dia 11 de janeiro foi publicado o informe da
Universidade do Colorado sobre os OVNIs, que desde
1966 foi coordenado pelo Dr. Edward U. Condon.
* Em fevereiro, na localidade de Nuble, Valparaíso,
Chile, um senhor, sua esposa e duas filhas, por volta
das 4 horas da manhã, viram três seres "descerem" por
um raio luminoso, emitido por uma nave aterrissada a
60m da casa em que estavam. Os seres tinham cerca
de 2m de altura, vestiam traje inteiriço, luvas e botas,
e tinham uma insígnia metálica no peito; andaram pela
praia e coletaram areia e pedras negras.
* No dia 3 de março a missão Apolo 9 foi lançada para a
Lua com os astronautas James A. McDivitt, David R.
Scott e Russel Schweickart. Na sua viagem foi
reportada a presença de estranhos objetos.
* Em abril, o grupo composto por Kathryn Howard,
Harvey e Martin foram abduzidos e levados ao interior
de uma nave na Suécia. Curioso é o fato de que, pela
hipnose, Kathryn e Harvey descreveram experiências
similares, enquanto Martin comportou-se como se
tivesse sido "desligado".
* No dia 4 de maio, enquanto pescava na Fazenda dos
Ingleses, na região de Bebedouro, perto de Belo
Horizonte, Brasil, o soldado José Antônio da Silva foi
atingido por uma luz que o deixou paralisado.
Assistido por dois humanóides de 1,20m de altura,
vestidos com trajes cinza-escuro, José Antônio foi
levado a uma nave pousada, em forma de cilindro. A
nave decolou, e José Antônio sentiu os efeitos da
gravidade, sendo inclusive necessário o uso de um
capacete, fornecido pelos alienígenas. Em seguida, foi
conduzido a uma sala em forma de pedra, com
quadros de animais e outras cenas terrestres. José
Antônio manteve conversa com uma entidade cuja
descrição se assemelhava a um gnomo. Após recusar
uma aparente proposta de tornar-se um agente
terrestre desta "civilização", o soldado foi deixado a
300 km do local em que se encontrava pescando,
quatro dias depois.
* No dia 18 de maio foi lançada a missão Apolo 10, com
os astronautas John W. Young, Thomas P. Stafford e
Eugene A. Cernan, que também chegaram até a Lua.
Os astronautas também comunicaram a presença de
estranhos objetos escoltando seus vôos, e, em vários
momentos, realizaram diversas manobras bem
próximos das cápsulas. Foi fumada a presença de luzes
na superfície lunar.
* No dia 16 de julho a missão Apolo 11 foi lançada no
foguete Saturno 5 em direção à Lua, com os
astronautas Neil A. Armstrong, Michael Collins e
Edwin E. Aldrin, que seriam os primeiros a pousar em
solo lunar. Durante a missão, os astronautas
encontraram estranhos objetos, tanto no espaço
quanto na Lua.
* No dia 14 de novembro a Apolo 12 foi colocada no
espaço. Na cápsula, encontravam-se os astronautas
Charles P. Conrad Jr., Richard F. Gordon e Alan F.
Bean que, logo depois da decolagem, foram
bombardeados por dois impressionantes clarões de
luz, deixando tanto astronautas quanto técnicos
extremamente impressionados. Logo depois, foram
acompanhados por estranhos objetos e encontram
estruturas na Lua.
* No dia 17 de dezembro, uma comissão de inquérito da
Força Aérea, reunida na cidade de Daytona, Ohio,
presidida pelo então secretário de Aeronáutica Sr.
Robert Seamans Jr., encerrou definitivamente o
"Projeto Blue Book", após a publicação de uma
conclusão negativa apresentada pelo Dr. Edward U.
Condon.

1970 d.C.
* Enquanto esquiavam em Imjarvi, ao sul da Finlândia,
no mês de janeiro, Aarno Heinonen e Esko Viljo
viram, saindo de uma luz que desceu do céu à sua
frente, uma entidade que carregava uma caixa nas
mãos. O ser era magro, pálido, de nariz arrebitado,
orelhas pequenas e cabeça pontuda.

1971 d.C.
* No dia 31 de janeiro a missão Apolo 14 subiu em
direção à Lua. Na cápsula, encontravam-se os
astronautas Alan B. Shepard, Stuart A. Roosa e Edgar
D. Mitchell, cuja missão seria chegar até a região
conhecida como Fra Mauro. Após uma viagem
tranqüila os astronautas encontraram objetos voadores
e estruturas na Lua, aparentando ser restos de uma
antiga base extraterrestre.
* No dia 13 de junho, o renomado cientista e
investigador ufológico norte-americano Prof. James E.
McDonald foi encontrado morto com um disparo na
cabeça, nas proximidades do Canhão de Ouro, no
Arizona. Da mesma forma que seu colega, Dr. Jessup,
sua morte não foi esclarecida.
* No dia 26 de julho, os astronautas David R. Scott,
Alfred M. Worden e James B. Irwin subiram em
direção à Lua na missão Apolo 15, carregados por um
potente foguete Saturno 5. Lá encontraram também
extraterrestres e restos de suas antigas construções.

1972 d.C.
* No dia 16 de abril uma nova missão partia rumo à Lua.
Era a missão Apolo 16, comandada pelo astronauta
John W. Young, Thomas Ken Mattingly, como piloto
do módulo de comando "Casper", e Charles M. Duke,
como piloto do módulo lunar "Orion". Na Lua
encontraram também objetos e estruturas de origem
desconhecida.
* No dia 7 de dezembro, o poderoso foguete Saturno 5
colocava no espaço a última das missões Apolo, dando
por encerrada toda uma etapa de investigação espacial.
Em direção à Lua, os astronautas Eugene A. Cernan,
Ronald E. Evans e Harrison H. Schmitt conduziram a
Apolo 17, cujo objetivo seria pousar na região Tauros-
Littrow e proceder a algumas viagens com um outro
veículo do tipo "Rover". Na Lua, encontraram
também estranhos objetos voadores e restos de antigas
estruturas.

1973 d.C.
* Nesse ano foram obtidas fotos de estranhos objetos
voadores na cidade de Taiwan, realizadas quando dois
estranhos objetos executavam arrojadas manobras no
céu da cidade ante um público curioso e assustado.
* No dia 25 de maio foi lançada a missão Skylab 2, com
os astronautas Charles Conrad Jr., Joseph P. Kerwin e
Paul J. Weltz. Segundo consta, a tripulação observou a
presença de um objeto muito brilhante, próximo do
laboratório, por longo período.
* No dia 9 de julho, além de grande número de pessoas,
a polícia da cidade de Nagai, no Japão, observou a
presença de estranhos objetos no céu.
* No dia 28 de julho foi lançada a missão Skylab 3, com
os astronautas Alan L. Bean, Owen K. Garriot e Jack
R. Lousma, registrando a presença de um objeto muito
brilhante, cujo movimento parecia ser constante. Sob
o registro SL3-118-214, o astronauta Alan Bean
obteve clara imagem do estranho objeto.
* No dia 12 de outubro, em Pascagoula, Mississipi,
Estados Unidos, os Srs. Charles Hickson e Calvin
Parker foram levados a uma nave de formato ovóide
por três entidades de aspecto humanóide, de pele
rugosa e projeções cônicas nos locais originais do nariz
e das orelhas, e que flutuavam no ar. Com garras
similares às de caranguejo, ergueram os assustados
amigos sem o mínimo esforço.
* Enquanto investigava denúncias de avistamentos na
região de Falkville, Alabama, o chefe de polícia Jeff
Greenhaw deparou-se com um ser de brilho metálico,
que caminhava na estrada em sua direção; na
oportunidade, tirou quatro fotos: uma a 15 m, outra a
6 m e duas a 3 m. Este fato ocorreu no dia 18 de
outubro.
* No dia 19 de outubro em Lima, no Peru, o arquiteto
Sr. Hugo Luyo Veiga registrou um objeto exatamente
igual ao fotografado durante as experiências do
contatado norte-americano George Adamski.
* No dia 13 de dezembro, enquanto dirigia pelas
montanhas de Clermont Ferrand, França, o Sr. Claude
Vorilhon avistou um objeto voador que pousou perto
dele, de onde emergiu uma criatura de 90 cm de altura
aproximada, de cabelos negros e barba, vestindo roupa
de peça única, verde. Com as mensagens recebidas,
publicou um livro, que serviu como introdução para o
que foi chamado de "Movimento Raeliano".
* Também no dia 19 de dezembro uma testemunha viu,
da janela de sua cozinha, uma criatura tipo humanóide
de aproximadamente 1 m de altura, com roupa que
brilhava em tom verde, caminhando pelo jardim de
sua casa, em Vilvoorde.

1974 d.C.
* Nesse ano iniciava-se uma enorme onda de
observações de estranhos objetos no Japão, avistados
nas cidades de Tóquio, Hokkaido, Daika, Akashi,
Sendai, Watanabe e Nagoya.
* No dia 22 de janeiro, em Lima, no Peru, os irmãos
Sixto e Carlos Paz Wells estabeleceram contato
inteligente com uma suposta criatura procedente de
Orion, operando desde Ganimedes, a maior lua de
Júpiter.
* No dia 7 de fevereiro, os irmãos Paz Wells e um grupo
de amigos realizaram a confirmação de sua experiência
ao encontrar-se frente a frente com um objeto
lenticular a pouca distância, previamente combinada,
na região de Chilca, a 60 km de Lima, no Peru.
* No dia 11 de outubro, o Sr. Kazuhiro Fujimatsu
registrou fotograficamente a presença de estranhos
objetos no céu da cidade de Hiroshima, no Japão, às
6:30 horas.
* Caçando alces com amigos, no dia 25 de outubro, Carl
Higdon surpreendeu-se quando viu a bala do rifle que
apontava na direção de um alce sair vagarosamente do
cano e cair no chão 15m à sua frente. Sentindo-se
num cone de silêncio, viu aproximar-se uma criatura
humanóide, de pele amarela, dentes grandes, sem
orelhas e aparentemente sem queixo, com uma antena
que lhe saía da testa. "Teletransportado" a uma nave,
Higdon pôde visualizar cenas do mundo dos
alienígenas, que mostravam seres humanos vivendo
em harmonia com o meio.
* No dia 7 de setembro, o jornalista espanhol J. J.
Benitez foi convidado por Carlos Paz Wells a
participar de um encontro programado com dois
objetos voadores não-identificados, no dia e hora
indicados, na região de Chilca, a 60 km de Lima, no
Peru. Esta experiência obrigou o jornalista a escrever
um livro chamado OVNIs: SOS à Humanidade, em
que narra os detalhes que o levaram a esse encontro.
Esta foi a primeira experiência de contato programado
de extraterrestres com a imprensa.
* Em finais de novembro, Carlos Paz Wells deu origem
ao primeiro grupo sob a denominação de Missão
Rama, em Lima, no Peru, abrindo linha paralela e
diferenciada daquela praticada pelo primeiro e único
grupo original.

1975 d.C.
* Nesse ano continuou uma enorme onda de
observações iniciada em 1974 no Japão, nas cidades de
Nagoya, Tóquio e Shikoku.
* Em janeiro, o argentino Carlos Alberto Diaz foi
abduzido por um disco voador por volta das 4 horas,
próximo de Bahia Blanca. A vítima foi devolvida
quatro horas depois, a 500 km do local do incidente.
* Em 25 de janeiro, J. J. Benitez retornou a Lima, no
Peru, com o jornalista espanhol Fernando Mugica, os
quais participaram de mais um encontro com discos
voadores, desta vez a convite de Sixto Paz Wells.
Desta experiência, resultou um novo livro chamado
100.000 km em busca de OVNIs.
* No dia 28 de janeiro, na localidade de Hinwil, Suíça, o
guarda de segurança Sr. Eduard Meier desapareceu
num bosque, retornando logo depois. Este foi o início
de uma série de experiências ocorridas até hoje, e que,
mais adiante, se confirmariam por farto material
fotográfico. Segundo Meier, ele havia iniciado um
contato com uma extraterrestre de nome Semjase,
proveniente das Plêiades.
* No dia 14 de fevereiro, Antoine Sévérin testemunhou,
na ilha Reunion, no Oceano Índico, a aproximação e
aterrissagem de um objeto circular de cúpula
transparente. Dele emergiram pequenas criaturas de
altura por volta de 1m, que lhe dispararam um raio de
luz branca, deixando-o inconsciente por várias horas,
causando-lhe distúrbios físicos dias depois.
* No dia 18 de fevereiro, às 15:30 horas, foram
observados objetos estranhos sobrevoando a região de
Punta Cuevas, na Península de Valdes, Argentina.
* No dia 3 de março estranhos objetos foram observados
na localidade de Montsireigne, na França.
* No dia 3 de maio, o piloto mexicano Sr. Carlos
Antonio de los Santos observou, durante dez minutos,
três objetos em forma de disco controlar o seu avião.
Isto ocorreu no trajeto entre Zihuatanejo e México,
capital. A observação foi acompanhada pelos controla-
dores de tráfego aéreo do aeroporto internacional do
México.
* No dia 21 de maio, estranhos objetos foram
fotografados na localidade de Benodet, na França.
* No dia 13 de agosto o Sargento da Força Aérea norte-
americana Charles L. Moody foi abduzido por
pequenas entidades de cabeça grande. Segundo o
sargento, essas entidades retornaram depois, repetidas
vezes, a abduzi-lo.
* No dia 26 de agosto, em pleno Estado de Carolina do
Norte, por volta das 4 horas, três pessoas, a Sra. Sandra
Larson, sua filha Jackie e o amigo delas Larry,
observaram uma estranha frota de objetos luminosos
chegar próximo do seu veículo. Depois de ouvir um
forte som, perderam a consciência, retornando
somente noventa minutos depois, ocupando
diferentes lugares no interior do veículo. Em transe
hipnótico, conseguiram rever todos os detalhes de sua
abdução.
* No dia 5 de novembro, um grupo de lenhadores do
povoado de Snowflake, Arizona, encontrava-se
voltando calmamente, por volta das 18 horas, numa
caminhonete, quando perceberam a presença de um
objeto no ar a baixa altura, medindo aproximadamente
6 x 2,5 m. O grupo parou próximo do objeto, que
encantou o jovem Travis Walton. Impressionado,
Travis saiu da caminhonete para olhar mais de perto.
De imediato, o objeto lançou um feixe de luz contra
seu peito, lançando-o a vários metros. Seus
companheiros fugiram, acreditando que estivesse
morto. Durante seis longos dias Travis esteve
desaparecido, havendo-se encontrado com seres de
diversos tipos físicos.

1976 d.C.
* Em abril, Carlos Paz Wells formou o primeiro grupo
da Missão Rama no Brasil.
* Já em junho, o Dr. Padron Leon, quando dirigia seu
carro nas Ilhas Canárias, Espanha, deparou-se com um
globo transparente flutuando sobre a estrada,
aparentemente manipulado por duas entidades que
estavam em seu interior. Os seres tinham entre 3 e 3,5
m de altura, vestiam "uniformes" de cor vermelha,
capacetes negros e possivelmente luvas negras.
* Também no mês de junho, na localidade francesa de
Romans, a altas horas da noite, Hélene Giuliana sofreu
uma experiência de abdução, justamente depois de o
motor do seu veículo parar diante da aparição, no céu,
de estranho objeto luminoso de cor alaranjada.

1977 d.C.
* Em janeiro, duas testemunhas, Barbara e seu filho
Robert, de doze anos, do jardim de sua casa em
Huyton, Merseyside, Inglaterra, viram uma figura alta,
vestida com roupa brilhante, flutuando perto de alguns
arbustos vizinhos.
* No dia 22 de setembro, um enorme objeto voador, em
forma de disco e do tamanho de um campo de futebol,
foi observado na cidade soviética de Petrozavodsk, na
costa ocidental do lago Onega, por várias horas.

1978 d.C.
* Quando caçava com seu cachorro em Medinaceli, em
Soria, na Itália, no dia 5 de fevereiro, o espanhol Julio
F. percebeu que havia tido um "tempo perdido". Após
realizar uma regressão hipnótica posteriormente,
seguida de exames médicos nele e no cachorro
revelou-se a abdução.
* No dia 14 de julho, uma reunião celebrada na sede das
Nações Unidas em Nova York apresentou a
necessidade de estabelecer uma agenda para discutir o
assunto OVNIs. Nessa reunião, participaram como
defensores do assunto o ex-astronauta Leroy Gordon
Cooper, o astrofísico Jacques Vallée, o engenheiro
Claude Pocher, chefe do projeto francês de
investigação (GEPAN), o Dr. J. Allen Hynek e outras
tantas personalidades internacionais.
* No dia 21 de outubro, o jovem piloto australiano
Frederick Velentich desapareceu sobre a Austrália
depois de haver notificado à torre de controle a
presença de um estranho objeto voador próximo ao
seu avião.
* No dia 26 de agosto, a missão espacial soviética Soyuz
31, com os astronautas Vladimir Kovalyonok e
Alexander Ivanchenkov, registrou junto ao
controlador de vôo Yuri Georgievich Nazarov a
presença de um OVNI acompanhando a cápsula.
* Elsie Oakensen, quando dirigia pela estrada A5, em
Northhamptonshire, Inglaterra, em 22 de novembro,
avistou um enorme objeto à sua frente. Após
permanecer algum tempo sob a luz que provinha do
objeto, seguiu viagem. Chegando em sua casa, teve a
típica sensação de missing time (tempo perdido). A
partir deste encontro, teve sua capacidade paranormal
aguçada; hoje, inclusive, dedica-se a trabalhos de curas
mediúnicas e espirituais.
* No dia 27 de novembro, o Comitê Especial Político
das Nações Unidas estabeleceu finalmente uma agenda
sobre o assunto OVNI, passando a ouvir cientistas
envolvidos com a investigação do fenômeno, dentre
eles o renomado Dr. J. Allen Hynek. Porém, o
resultado final deu por encerrada a possibilidade de
criar qualquer entidade de investigação oficial sob a
tutela da ONU, após a oposição dos representantes
norte-americanos.
* No dia seguinte, 28 de novembro de 1978, um artigo
do jornal New York Post publicou a manchete
"Estados Unidos veta OVNIs na ONU", demonstrando
a recusa norte-americana a qualquer atitude oficial
diante do fenômeno.

1979 d.C.
* No dia 6 de fevereiro, os tripulantes do navio
Tamames da empresa espanhola CEPSA observaram
dezesseis luzes evolucionando em todas as direções do
céu, enquanto realizavam a rota de Alcudia a
Cartagena.
* No dia 11 de novembro, o avião Supercaravelle da
companhia TAE, que se deslocava de Baleares a
Canárias, realizou um pouso de emergência no
aeroporto de Manises, em Valência, Espanha. A razão
foi um estranho objeto voador, que passou a
incomodar o avião de tal forma que o comandante, Sr.
Javier Lerdo de Tejada, preferiu proteger seus cento e
nove passageiros.

1980 d.C.
* Em abril, o Sr. Aino Ivanoff, dirigindo seu carro numa
tranqüila estrada da Finlândia, viu-se submerso em
uma densa neblina. Daí, sentiu-se transportado ao
interior de uma nave em que seres alienígenas, por
intermédio dele, nos aconselharam a terminar com
guerras e destruição.
* No dia 24 de agosto, os jovens Hsing Sheng e Bi Jiang,
de Pequim, observaram, nas montanhas Changping,
uma branca e deslumbrante luz por volta das 4:08
horas, que sobrevoava as proximidades da grande
muralha. Hsing Sheng e Bi Jiang procuraram
aproximar-se o máximo possível do objeto luminoso,
subindo a montanha. Mais tarde, ambos descreveram a
observação como sendo de um objeto parecido com
um "T" invertido, com três pontos luminosos em sua
estrutura, assemelhando-se a três estrelas unidas por
um núcleo escuro. Ao redor desse centro escuro
podia-se perceber um anel de luz, sendo que o centro
parecia girar. O objeto encontrava-se pairando
vagarosamente no céu ainda escuro, não apresentando
qualquer som durante sua passagem.
* No dia 25 de dezembro, diversas testemunhas na
Espanha, Portugal, França e Inglaterra reportaram a
observação de grande número de objetos luminosos
no céu.
* No dia 27 de dezembro, um estranho objeto aterrissou
num bosque próximo da base militar britânica de
Bentwaters, no condado de Suffolk. Diversas
testemunhas relataram como os militares fecharam o
local procurando comunicação com os ocupantes do
OVNI.
* Enquanto trafegavam perto de Huffman, Texas, Betty
Cash, Vickie e Colby Landrum viram um objeto
voador aproximar-se do carro. O calor emitido pelo
objeto era tão intenso que não se podia tocar nas
partes internas do veículo. Aparentemente, as três
testemunhas foram expostas a forte radiação, uma vez
que Betty, além de náusea e diarréia, sofreu perda de
cabelos e desenvolveu câncer mamário. Tanto Vickie
quanto Colby sofreram queimaduras e tiveram seus
sistemas oculares afetados. Este fato ocorreu no dia 29
de dezembro.

1981 d.C.
* No dia 14 de maio, a missão soviética Soyuz 40, com
os astronautas Viktor Petrovich Savinyikh e Vladimir
Vasilyeivich Kovalyonok tiveram um encontro com
um OVNI enquanto realizavam uma órbita a mais.
* No dia 31 de agosto, o escritor e jornalista espanhol
Eduardo Pons Prades, reconhecido historiador,
estabeleceu contato com os tripulantes de um OVNI
na região dos pirineus franceses. O diálogo prolongou-
se por várias horas, dando origem, mais tarde, ao livro
chamado El Mensaje de Otros Mundos.
* Nesse ano foi lançado o livro Missing Time sobre
abduções, do artista plástico e atual ufólogo de Nova
York Sr. Budd Hopkings.

1982 d.C.
* No dia 8 de fevereiro, o comandante Gerson Mareei
de Brito, oficial do vôo Vasp 169, pilotando um
Boeing 727-200, no trajeto Fortaleza-Rio de Janeiro,
foi acompanhado desde Petrolina até pousar por um
objeto luminoso e de origem desconhecida, o qual
realizou diversas evoluções no caminho. Toda a
tripulação e os passageiros observaram o fenômeno.
* No dia 8 março, fez-se pública a sentença definitiva do
enfrenta-mento judicial entre o grupo norte-
americano CAUS (Cidadãos Contra o Segredo dos
OVNIs) e a Agência Nacional de Segurança (NSA)
para a obtenção de documentos oficiais sobre OVNIs.
A CIA afirmava possuir 57 documentos, e a NSA, um
total de 131. A sentença do Supremo Tribunal
informou que a NSA não tinha por que fazer públicas
as informações secretas sobre OVNIs, negando ao
CAUS o acesso aos documentos.
* No dia 29 de novembro o Sr. João Valério da Silva foi
abduzido na cidade de Botucatu, São Paulo, atingido
por um raio de luz branca. Dentro da nave, foi
cercado por vários alienígenas, incluindo uma mulher
nua; em seguida, desmaiou. Foi encontrado pela
família deitado sobre o piso de sua casa, com marcas
por todo o corpo, inclusive com lesões no pênis. Seu
relógio estava parado.

1983 d.C.
* Em outubro, o investigador japonês Yasuo Mizushima,
enquanto observava a Lua com seu telescópio
Celestron, registrou a passagem de cinco objetos na
parte sudeste do satélite, que apresentavam a forma de
grãos de arroz.

1984 d.C.
* No dia 17 de junho, o motorista Sr. Carlos Cervantes
encontrava-se na localidade de Huaraz, norte do Peru,
quando foi curado de um sério corte no braço, já em
estado avançado de infecção, por um grupo de
extraterrestres, que apareceu do interior de um
estranho objeto luminoso.
* No dia 28 de dezembro, o norte-americano Sr.
Richard Saunder, residente em St. Marys, na Geórgia,
recebeu em sua residência duas estranhas entidades.
Na conversa, ambas advertiam sobre sua natureza
extraterrestre, e que na Universidade de Harvard
estariam realizando experiências genéticas que
colocariam em risco a humanidade no futuro.

1985 d.C.
* No dia 28 de agosto, durante o primeiro evento sobre
os OVNIs realizado em Dalian, na República Popular
da China, foi declarada a observação de mais de
seiscentos objetos nos últimos anos. O evento
congregou mais de quarenta cientistas de diversas
áreas.
* No dia 26 de dezembro, começaram as experiências
abdutivas do escritor de ficção científica norte-
americano Sr. Whitley Strieber, enquanto este se
encontrava retirado numa cabana ao norte de Nova
York.

1986 d.C.
* No dia 27 de abril, faleceu o papa da ufologia norte-
americana Dr. Joseph Alien Hynek.
* No dia 19 de maio, um grupo de objetos voadores não-
identificados afetou a ponte aérea São Paulo-Rio de
Janeiro. A força aérea enviou dois aviões F-5 e dois
Mirage para enfrentar os inconvenientes objetos. Num
pronunciamento à imprensa, o então Ministro da
Aeronáutica, Brigadeiro Octavio Moreira Lima,
procurou abafar o evento alegando tratar-se de
fenômenos atmosféricos.
* No dia 23 de junho, os bombeiros da localidade de
Capilla del Monte, próxima à cidade de Córdoba, na
Argentina, realizam o resgate de quatro jovens
perdidos há alguns dias nas imediações de Cerro
Uritorco. Os jovens relataram que, durante dias,
observaram luzes no céu realizando incríveis
manobras.
1987 d.C.
* No dia ao 1º de maio, o trabalhador rural panamenho
Sr. Máximo Camargo enfrentou o contato com um
disco voador e seus tripulantes. Os seres eram de
forma humana e passaram a informá-lo sobre seus
objetivos. Mais tarde, no dia 24 de junho, os seres
voltaram a manifestar-se, afirmando que entre 1987 e
1994 o mundo enfrentaria grandes problemas sociais e
fome, devendo nesse período garantir-se boa
produção de alimentos. Depois, viriam sete anos de
grande dor, sofrimento e desesperança para toda a
humanidade. Por outro lado, afirmaram que, entre
1998 e 1999 haveria um grande fenômeno em nosso
sistema solar, abalando a situação planetária. De 2000
em diante, haverá profundas mudanças em nosso
mundo.
* No dia 11 de novembro, o Sr. Ed Walter, morador da
região de Gulf Breeze, ao norte da Flórida, nos Estados
Unidos, observou impressionado a descida de um
OVNI nas proximidades da região residencial em que
morava. Após diversas aparições desses objetos na
área, Ed acabou sendo contatado e abduzido,
realizando enorme número de fotografias e filmes
dessas experiências.

1988 d.C.
* No dia 2 de fevereiro, um objeto em forma de bola de
fogo cruzou a Península Ibérica no final da tarde.
Logo depois, um enorme número de objetos, de
formas e cores variadas, foi observado em diversos
lugares da Espanha.
* No dia 15 de agosto, na região de Castilla, Espanha, o
jovem Julian Arribas e um grupo de contatados
pertencentes ao movimento "Missão Ponta de Flecha"
conseguiram registrar, num único fotograma (1/24 de
segundo) em Super 8, uma estranha formação
luminosa em forma de sino que, segundo
depoimentos, corresponderia a uma nave
extraterrestre procedente de um planeta chamado
Aproxix, em Andrômeda.
* No dia 29 de novembro, faleceu o fundador da
NICAP, Sr. Donald E. Keyhoe.
* No dia 29 de dezembro a Nasa concluiu o Protocolo
de Pós-Detecção de Vida Inteligente Extraterrestre,
no qual estabeleceu as diretrizes burocráticas a seguir
no caso de encontrar sinais de vida extraterrestre
inteligente no espaço.

1989 d.C.
* Durante a noite do dia 25 de março, jornalistas de
cinco países reunidos na região de Chilca, ao sul de
Lima, no Peru, testemunharam a passagem de um
objeto voador não-identificado, convocados por Sixto
Paz Wells, co-fundador, com seu irmão, da Missão
Rama. O objeto foi filmado pelas equipes de televisão
do canal 23, com a participação do jornalista José
Gray, e do canal 51, com a participação da jornalista
Letícia Callava, ambos de Miami, Estados Unidos,
além da participação do jornalista Rolando Vera, do
canal 2, de Buenos Aires, Argentina.
* Em abril, a secretária inglesa Patrícia Mee falou para a
prestigiosa organização BUFORA sobre suas
experiências conscientes e regulares de contatos e
viagens a outros planetas com seres extraterrestres,
que começaram desde os seis anos de idade.
* No dia 29 de abril os jovens Gullermo Leon e David
Mora, de Sevilha, Espanha, iniciaram as transmissões
de uma série de informações codificadas por uma
pequena emissora informatizada de um watt de
potência. Seu objetivo foi estabelecer contato com
extraterrestres. Após um mês de tentativas, a
impressora do equipamento foi ativada sem nenhuma
instrução prévia. E o surpreendente foi que os
caracteres impressos não estavam dentro da pro-
gramação do equipamento e não pertenciam aos que
normalmente possui essa configuração. Mais adiante,
os investigadores receberam também sinais sonoros
ainda não decifrados.
* No dia 7 de maio, um suposto OVNI colidiu no
deserto do Kalahari, na Bostwana, a 70 km da África
do Sul. Teria sido registrado pelo radar da fragata Cisne
Branco, que se encontrava ao sul da cidade do Cabo.
Este caso foi investigado pelo pesquisador inglês
Anthony Dodd, embora seja considerado falso.
* Em 1º de julho, no decorrer do Mufon Ufo
Simposium, o ufólogo Sr. William Moore confessou
abertamente que desde 1982 esteve trabalhando para
os serviços de inteligência da Força Aérea, fornecendo
informações não somente sobre investigadores e teste-
munhas, mas também colaborando com o processo de
contaminação e desinformação dentro do meio.
* No dia 2 de setembro, no decorrer de uma viagem dos
irmãos Bongiovanni a Fátima, em Portugal, ambos
continuadores do trabalho do contatado italiano
Eugênio Siragusa, e na oportunidade acompanhados
pelo casal Mourino, da localidade de Vigo, o jovem
Giorgio Bongiovanni vivenciou um transe no qual
apareceu para ele a Virgem Maria, vindo de imediato a
somatizar os estigmas de Jesus em ambas as mãos. A
partir dessa experiência, os irmãos Bongivanni deram
ênfase escatológica e milenarista ao seu movimento
Fraternidade Cósmica.
* Em 9 de outubro, foi informado pela agência TASS
que, no dia 27 de setembro, na localidade de
Voronezh, ex-União Soviética, a 300 km de Moscou,
um OVNI pousou e dele emergiram duas criaturas
gigantes de cabeça pequena, aparentemente
acompanhadas por um robô, deixando no local uma
pedra.
* Em novembro, iniciou-se na Bélgica uma enorme
onda de observações de objetos de forma triangular e
luzes brancas em suas pontas. Foram centenas as
testemunhas.

1990 d.C.
* No dia 9 de janeiro, a missão norte-americana STS-32
Colúmbia foi lançada ao espaço, observando uma
estranha luz azul-esverdeada aparecida no Cabo
Canaveral. O avistamento começou ao redor das 21
horas, segundo revelou a agência de notícias France
Press, porém a Nasa negou qualquer confirmação.
* No dia 22 de junho, a jornalista francesa Marie-
Therese de Brosses, do jornal Paris-Match, foi
convidada a ir ao quartel-general da Força Aérea da
Bélgica pelo chefe da Seção de Operações, Coronel De
Brouwer, responsável pelas investigações da presença
de OVNIs em território nacional. A jornalista assistiu a
uma filmagem da tela de um radar, registrada na
ocorrência do dia 31 de março desse ano, em que um
objeto de forma triangular foi perseguido por aviões F-
16.
* Em setembro, foi publicado no jornal soviético
Rabochaya Strekalov uma entrevista dos astronautas
Gennadi Manakov e Gennadi Strekalov, que
afirmaram, durante sua estada na estação espacial Mir
(1986), ter observado uma gigantesca esfera prateada.
Segundo puderam apreciar, era maior que um barco e
projetou-se num céu totalmente aberto.
* No dia 14 de outubro, durante o II Congresso
Internacional de Ufologia do Penedés, ocorrido na
localidade de El Vendrell, em Terragona, Espanha, o
contatado Sixto Paz Wells encerrou definitivamente
sua gestão e os grupos desenvolvidos por ele na Missão
Rama, originada no Peru.
* Em outubro e durante o II Congresso Internacional de
Ufologia do Penedés, ocorrido na localidade de El
Vendrell, em Terragona, Espanha, o vice-presidente
da reconhecida organização inglesa de investigação
BUFORA admitiu publicamente ter sido abduzido na
Flórida, Estados Unidos, enquanto estava investigando
o caso da contatada norte-americana Kathryn
Howard.

1991 d.C.
* Nesse ano, iniciou-se uma enorme onda ufologia ao
longo de todo o território mexicano, ocorrendo
observações por todas as cidades do país, de dia e de
noite.
* No dia 11 de maio foram observados estranhos objetos
na localidade de Casimiro de Abreu, ao norte do Rio
de Janeiro.
* No dia 6 de agosto um enorme objeto voador
acompanhado por diversos de menor tamanho foram
observados por mais de quinhentas testemunhas numa
região da Cordilheira dos Andes, na divisa entre Peru,
Chile e Bolívia. Um grupo de caminhoneiros que
saíram de La Paz, na Bolívia, em direção a Arica, no
Chile, observaram perfeitamente os objetos, os quais
também foram avistados pelos moradores dos
povoados de Parinacota, Hucuyo e Visviri.
* Em setembro, dois velhos aposentados ingleses, os Srs.
Doug Bower e Dave Chorley, assumia para o jornal
londrino Today a autoria de todos os famosos círculos
ou pictogramas encontrados na Inglaterra. Esta
afirmação provocou enorme polêmica, pois de forma
alguma poderia encerrar em definitivo o caso.
Primeiro, porque os pictogramas nos campos de trigo
vinham aparecendo em quase toda a Inglaterra e em
outros países, até na Austrália, e seria impossível
aceitar que ambos os velhinhos fossem os res-
ponsáveis. Por outro lado, as marcas surgiam de um
dia para outro. Isto significa que eram produzidos
durante a noite, com uma exatidão milimétrica, sendo
desenhos de algumas dezenas de metros na maioria
dos casos, e construídos à noite, no campo e sem
iluminação ou auxílio técnico.
* No dia 2 de setembro, exatamente dois anos depois de
sua primeira visão, Giorgio Bongiovanni tornou a cair
em transe, surgindo os estigmas nos pés, dando a
partir dessa data maior força a sua atividade reveladora
do terceiro segredo de Fátima e do fim de sua missão,
a ocorrer em 1997.

1992 d.C.
* No dia 4 de outubro, um estranho objeto voador foi
filmado por um grupo de turistas em Sydney, na
Austrália.

1993 d.C.
* No dia 10 de março, por volta das 6 horas, um
estranho objeto de forma discoidal, com um segmento
desprendendo-se de sua base, foi fotografado sobre
Maslin Beach, na Austrália.
* No dia 15 de agosto, o jovem turista Nikolai Yegorov
filma em vídeo, num balneário de férias na Crimea,
Ucrânia, um estranho objeto voador de forma
lenticular. O mesmo objeto havia sido registrado em
1992, em Sydney, na Austrália.
* No dia 26 de outubro, um grupo de pescadores que se
encontrava na região de Norfolk, Inglaterra, filmou o
mesmo objeto registrado na Ucrânia e na Austrália.

1994 d.C.
* Em setembro, a onda ufológica no México continuou
registrando um objeto discoidal na região de Presa del
Bosque, em Michoacan.

1995 d.C.
* Em agosto, foi apresentada pela primeira vez,
publicamente, em Sheffield, Inglaterra, a autópsia de
um extraterrestre associada ao famoso caso Roswell. O
filme foi apresentado pelo inglês Ray Santilli, um
produtor cinematográfico de 39 anos. Segundo
Santilli, o filme lhe foi vendido por um técnico militar
reformado do exército norte-americano que, na época,
realizou a gravação.

1996 d.C.
* Iniciou-se a onda ufológica mais importante da
história. Objetos voadores não-identificados foram
observados em todo o planeta Terra, levando os meios
de comunicação e as instituições a discutir o assunto
como nunca.
* Em 20 de janeiro, foi localizado um suposto
extraterrestre na localidade de Varginha, interior de
Minas Gerais, inicialmente encontrado por três
jovens. Aparentemente, teria sido removido pelas
autoridades locais e militares para investigação. Até o
momento não se conhece o seu possível destino final,
embora muito se tenha especulado a respeito.
* No dia 5 de março, faleceu o General Moacyr de
Mendonça Uchoa, notável pioneiro e pesquisador
brasileiro, conhecido pelos seus livros e experiências
ocorridas em Alexânia.
* Na madrugada do dia 21 de agosto, foi observado por
enorme grupo de testemunhas, fotografado e filmado,
um objeto a baixa altitude, próximo à lagoa de
Paranoá, em Brasília, virando assunto de primeira
página dos principais jornais brasileiros.
* No dia 29 de dezembro foi informado pela imprensa
que o eletricista inglês Joseph Carpenter foi
indenizado, por uma companhia de seguros britânica,
Goodfellow Rebecca Ingrams Pearson Ltda., no valor
de US$ 1,7 milhões. O curioso é que o seguro era
contra "seqüestro por extraterrestres". Segundo a
companhia seguradora, o eletricista apresentou provas
irrefutáveis de sua abdução: uma garra transparente
presa ao seu casaco, uma fotografia e um vídeo
filmado por quatro testemunhas.

Nota:
O número de casos e relatos existentes ao longo da história é
enorme e é impossível relacionar todos neste trabalho.
Pedimos desculpas por isso, pois nos limitamos apenas aos
mais curiosos e interessantes como referência.


 
 
 
 
Lançamento Gênesis do Conhecimento
Eles Estão Entre Nós - C. R. P. Wells
 
 
links ao final da mensagem
 
 
 
digitalização, formatação e revisão - Lucia Garcia
 
 
 
Sinopse:
 
Eles Estão Entre Nós
Não há mais como Negar esta Realidade
 
 Desde tempos que se perdem na lembrança o homem vem pesquisando o Universo em busca de respostas, não apenas sobre o início da própria criação e do seu porquê, mas, também, a respeito do papel que a vida representa nesse vasto e extraordinário cenário cósmico.
Nessa busca, a investigação de estranhos fenômenos envolvendo presenças de origem alienígena vem reunindo, ao longo dos anos, enorme contingente de curiosos e interessados.
Como incansável pesquisador que é, com mais de vinte anos de contatos com extraterrestres em nível mundial e de coordenação de grupos surgidos dessas experiências, o autor vem, oportunamente, oferecer elementos que podem nortear a linha de raciocínio daqueles que apenas divagam sobre o tema tanto quanto podem dar maior sustentação e firmeza à convicções de outros, pois tais são fatos concretos, parte dos registros históricos da humanidade e quanto aos quais pouco há que se duvidar.
A par de informações científicas acerca do universo e da matéria, discorrendo sobre a formação das estrelas e dos planetas, sobre os tipos de galáxias, métodos de medida astronômica, sistema solar e outros sistemas, e sobre a vida, que é um mistério ainda a resolver, o autor nos supre com detalhes sobre projetos de investigação espacial, relatando histórias contadas por seus participantes e, ainda, discorre largamente sobre Marte, os extraterrestres na pré-história e no Oriente, os primeiros contatos, o controle de nossas mentes, as abduções, as comunicações com alienígenas e insere, no final da obra, uma importantíssima cronologia astroarqueológica.
 
 

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