Livros variados
Qual é a verdadeira face do amor?
O peruano Ricardo vê realizado, ainda jovem, o sonho que sempre alimentou: o de viver em Paris. O reencontro com um amor da adolescência o trará de volta à realidade. Lily - inconformista, aventureira e pragmática - o arrastará para fora do pequeno mundo de suas ambições.
Ricardo e Lily - ela sempre mudando de nome e de marido - se reencontram várias vezes ao longo da vida, em diferentes partes do mundo. Na Paris revolucionária dos anos 60; na Londres das drogas, da cultura hippie e do amor livre dos anos 70; na Tóquio dos grandes mafiosos; e na Madri em transição política dos anos 80. Uma narrativa ágil, ao mesmo tempo vigorosa e terna, conduz o leitor nesta dança de encontros e desencontros.
Criando uma admirável tensão entre o cômico e o trágico, Mario Vargas Llosa joga com a realidade e a ficção para contar uma história em que o amor se mostra indefinível, senhor de mil faces, como a menina má do título. Paixão e distância, acaso e destino, dor e prazer...
http://www.4shared.com/document/MywlUj9u/Mario_Vargas_Llosa_-_Travessur.html
Homem só, errante, errado, pendurado na vida como um ponteiro de relógio que não assinala presente. Até podia ser outro qualquer não fosse este homem sem nome narrado em memória, em passos divergentes. Estória sublimemente escrita por outro homem que até podia ser outro, noutro homem qualquer, não se chamasse Chico Buarque da Holanda (sim, também escreve como ninguém). Não se arrastasse na História com obras de um enquadramento único. Não fossem seus produtos artísticos testemunhos de humanidade que a salvam da condenação de ser mais uma espécie qualquer, essa humanidade qualquer que às vezes até muito pouco disso tem, vivendo em actos sem fecho de cortina, como selvagens.
Homem só, a confessar memória a cada página, a prender cobardias sem sentido na intenção dos próximos passos. É o estorvo. Da mãe, da irmã, do cunhado, do seu amigo, da ex-mulher, da ex-casa, um prisioneiro da ex-vida, uma sobra. É um solitário que conta a sua estória, em primeira pessoa, sem ter mais nenhuma que não a estória falhada que conta. E saberia muito bem como não existir não tivesse uma estória para contar. É um homem.
A escrita de Chico Buarque é droga pesada, propaganda de vida, um absoluto prazer sem efeitos secundários malignos. Estorvo, primeira aventura do artista brasileiro nos andaimes do romance literário, devia trazer na contracapa um aviso em letras garrafais: Buarque é um vício difícil de largar. Não comece a ler. Estorvo é equilibrado, não cai. E continua por aí nas prateleiras de livros, sem avisos prévios – é para vermos como anda a Protecção Civil! Depois admiram-se se nos arde o peito, se há paixão a mais nas calçadas boémias. Se todos os romances 'estorvassem' assim...
http://www.4shared.com/document/aP_r2I_M/chico_buarque_-_estorvo.htmlVirgínia Woolf, sem dúvida uma das mais importantes escritoras inglesas, nasceu em Londres em 1882, terceira filha de Sir Leslie Stephen, historiador e biógrafo, e de Julia Duckworth, depois de Vanessa (1879) e Thoby (1880).
Com a morte da mãe, em 1895, Virgínia apresenta primeiros sinais de depressão que a acompanharia longo de sua vida.
Em 1904, com a morte de Sir Leslie Stephen, os irmãos se transferem de Hyde Park Gate para Bloomsbury, onde se criou o famoso Bloomsbury Group, constituído de intelectuais, escritores e artistas, que se reunia às quintas-feiras na casa dos Stephen para discutir questões relacionadas com a arte e a cultura da época. O grupo era, a princípio, coordenado por Lytton Stract e dele faziam parte J. Maynard Keynes, E. M. Fors Leonard Woolf (que casaria com Virgínia em 1912) Roger Fry, Duncan Grant, Clive Bell (depois marido de Vanessa), Sydney-Turner, entre outros.
Em 1917, junto com o marido, Leonard Woolf, Virgínia funda a Hogarth Press, que publicará grandes nomes da literatura, como T. S. Eliot, Katherine Mansfield, M. Forster e, é claro, seus próprios livros.
Além de romances, Virgínia escreveu inúmeros contos e resenhas para jornais como The This Literary Supplement, The New Statesman, Athenae para citar alguns.
Em 28 de março de 1941, ao perceber que seria minada por outra crise de depressão, Virgínia escreve para Leonard e para Vanessa e se suicida, coloca várias pedras pesadas no bolso da roupa e se lança no rio Ouse, próximo à sua casa em Rodmell, Susse
Orlando, publicado em 1928, é na realidade o sexto romance de Virgínia, precedido por A Viagem (1917 - The Voyage Out), Noite e Dia (1919 - Night and Day), O quarto de Jacob (1922 - Jacob's Room), Sra. Dalloway (1925 -Mrs. Dalloway) e Ao Farol (1927 - To the Lighthouse), seguido de As Ondas (1931 - The Waves), os Anos (1937 - The Years) e Entre os Atos (1941 - Between the Acts).
Diferentemente dos demais romances, foi publicado com o subtítulo "uma biografia" e dedicatória a V. Sackville-West.
Virgínia conheceu a escritora Victoria Sackville-West - Vita - em 1919, e logo se tornaram grandes amigas.
Vita - casada com Sir Harold Nicolson, eminente biógrafo, autor de O Desenvolvimento da Biografia Inglesa (1928) - já era conhecida na sociedade londrina por suas amizades femininas. Seu envolvimento amoroso com Virgínia ocorreu seis anos depois que se conhecem e durou cerca de dois anos, quando Vita se apaixonou por outra pessoa. Mesmo assim, permaneceram amigas até a morte de Virgínia.
Ao planejar a elaboração do livro, Virgínia comenta em seu Diário: 'Será uma biografia começando em 1500 e continuando até o presente, chamada Orlando; apenas com uma mudança de um sexo para o outro.' Na verdade, o livro é mais que uma simples biografia, gênero que Virgínia muito apreciava e que, de certa forma, aparece em seus romances, como por exemplo O Quarto de Jacob, que para muitos retrata Thoby, seu irmão desaparecido prematuramente, ou Ao Farol, onde os protagonistas, Sr. e Sra. Ramsay, representam os pais da escritora.
Por outro lado, para enfatizar a idéia de "biografia", Virgínia baseou seu texto em fatos e pessoas reais: Orlando é Vita; para descrever o castelo, a autora usou Knole, castelo pertencente aos Sackville; é deles também o brasão de armas que aparece no vitral do castelo de Orlando.
Outro comentário freqüente com relação ao livro refere-se à androginia. De fato, os principais personagens de Orlando apresentam características andróginas: Arquiduquesa / Arquiduque, Shelmerdine, e, é claro, o próprio Orlando / jovem viril, que dá lugar a Lady Orlam, mãe, completando o ciclo da vida. Contudo, o livro é bem mais que uma biografia ou ainda uma defesa da mente andrógina, conforme as idéias de Coleridge, posteriormente apresentadas por Virgínia em Um Teto Todo Seu (1929). Orlando reflete o interesse da autora pela relação do indivíduo com o fluxo da história, e nesse sentido é magistral.
O fato é que o livro se tornou um sucesso da Hoga em dezembro de 1928, ano da publicação, foi necessário fazer uma terceira edição, embora Virgínia tive ficado apreensiva quanto ao resultado, conforme menciona em seu Diário: Sim, está terminado - Orlando iniciado em 8 de outubro, como uma brincadeira, e agora longo demais para meu gosto. Pode malograr por ser longo demais para uma brincadeira e maroto demais para um livro sério?
http://www.4shared.com/document/CzdaWQDL/Virgnia_Woolf_-_Orlando.html
Na obra A Estrutura da Bolha de Sabão, publicado em 1978, Lygia Fagundes Telles aborda temas como a rejeição e a formação da identidade do ser, mas em cada um deles esses elementos estão aliados a outros e são encarados de formas diferentes pelas personagens. A autora aborda sobretudo o universo feminino e suas diversas facetas: percepções e desejos próprios da mulher. Este livro pode ser considerado uma coletânea de contos marcado para repensar a realidade da mulher e a busca da emancipação feminina. Mas não se trata de um livro inteiramente feminista. A figura do homem também é trabalhada a fundo, marcando sobretudo o aspecto da fragilidade e das carências masculinas. http://www.4shared.com/document/qyFlFycb/Lygia_Fagundes_Telles_-_A_Estr.html
http://www.4shared.com/document/CzdaWQDL/Virgnia_Woolf_-_Orlando.html
Na obra A Estrutura da Bolha de Sabão, publicado em 1978, Lygia Fagundes Telles aborda temas como a rejeição e a formação da identidade do ser, mas em cada um deles esses elementos estão aliados a outros e são encarados de formas diferentes pelas personagens. A autora aborda sobretudo o universo feminino e suas diversas facetas: percepções e desejos próprios da mulher. Este livro pode ser considerado uma coletânea de contos marcado para repensar a realidade da mulher e a busca da emancipação feminina. Mas não se trata de um livro inteiramente feminista. A figura do homem também é trabalhada a fundo, marcando sobretudo o aspecto da fragilidade e das carências masculinas.
Conheci uma vez em um ônibus um guitarrista chileno que me disse que deu a sua banda o nome de Golden Acapulco. Um nome legal, falei para ele, me lembra algo... "É uma marca de cerveja?" Não, velho, disse ele, é um baseado. É o baseado que Arturo Belano e Ulises Lima vendiam em Los Detectives Salvajes.
É a base destes fragmentos e símbolos, destes boatos e lembranças desconexas que os leitores de Bolaño continuam construindo, nestas primeiras décadas do século XXI, a lenda dos real-visceralistas. Com a precisão dos boatos, com as contradições das lembranças. Porque se a alguma coisa se parece a literatura de Bolaño, essa coisa é a uma religião. Ou melhor: se a alguma coisa se parece o leitor de Bolaño, é a um crente, ou a um noviço. E assim sendo, Los detectives salvajes seria o equivalente ao Antigo Testamento. Ou melhor: seria a Teogonia de Hesíodo. Los detectives é uma Teogonia selvagem. É a crônica fiel - o meticuloso registro, a transcrição dos primeiros depoimentos - da ascensão dum jovem grupo de poetas a um duvidoso panteão canônico. E ao mesmo tempo, Los detectives é o artefato que os fez chegarem lá. Los detectives é a caótica radiografia duma banda de loucos perseguindo outros loucos ou de loucos fugindo nem se sabe de quê. É, por tanto, uma fábula universal.
A estrutura formal desta novela encaixa a perfeição com esta prática, a confissão e a testemunha, o mistério desvendado, o mito. Aproveitando a ligeireza e a dinâmica duma trama policial, os fatos e viagens dos real-visceralistas, som narrados por testemunhas que caem ao seu redor quando já saíram, como as gotas de água que levanta um carro sobre o asfalto úmido.
O livro começa com o diário de García Madero, um jovem estudante de direito e tímido aspirante a poeta, que encontra ao grupo de real-visceralistas e assiste - com uma mistura de horror e fascínio - a transformação do resto da sua vida. Este delirante grupo literário, dirigido por Arturo Belano e Ulises Lima (alteregos de Roberto Bolaño e Mario Santiago), percorrem as ruas de México DF como parasitas ou sub-humanos, conspirando e escrevendo, sobrevivendo a base do tráfico de maconha entre a burguesia boêmia, assistindo a teatros e bordéis com a mesma assiduidade com que furtam livros em cada sebo da cidade. No seu percorrido, só um ponto fixo parece orientar o movimento constante: a busca de Cesárea Tinajero, misteriosa poeta que desapareceu anos há no norte de México, deixando um minúsculo mas cautivador rastro. Sacudidos pelo acaso de uma perseguição homicida entre uma prostitua adolescente e seu mafioso proxeneta, os real-visceralistas aproveitaram a conjuntura para fugir do DF num sedan azul, rumo ao deserto de Sonora.
Chegado a este ponto, a narração se quebra e começa um incessante desfile de fragmentos breves, testemunhas dos mais diversos personagens que, ao longo de vinte anos (do início dos 80 ao final dos 90) e ao amplo de tudo o mundo (Paris, Juárez, Barcelona, Tel Aviv, uma prisão suiça, um camping no sul de França, uma guerra na Africa Subsahariana, de novo o DF), coincidiram com algum membro dos real-visceralistas, e ficaram fascinados com sua história.
E, quando parece que todos os santos estão mortos e não haverá mais testemunhas, a narração volta ao sedan azul saindo do DF rumo ao deserto de Sonora, ao diário de García Madero. E de novo a perseguição e fuga simultânea. De novo a vida e a poesia. Porém, nunca o final.
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