segunda-feira, 1 de agosto de 2011 By: Fred

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Novas luzes sobre o hebraico bíblico

Livro de Tarcisio Caixeta de Araujo ajuda a compreender uma das línguas mais antigas do mundo. Com abordagem singular, autor facilita o aprendizado, estimulando o prazer do leitor pelo inusitado.

Uma das mais antigas evidências escritas do idioma hebraico remonta aos tempos dos reis bíblicos Davi e Salomão e contém anotações sobre atividades agrícolas e estações de plantio e colheita. No entanto, foi como língua sagrada que o hebraico atravessou os séculos e chegou até os dias de hoje, para os fiéis, como a língua escolhida por Deus para transmitir seus ensinamentos à humanidade.

Foi essa língua, cuja escrita se desenvolveu entre as muitas centenas de dialetos falados entre antigos povos semitas, que acolheu o texto fundamental do judaísmo, a Torá, constituída pelos cinco primeiros livros da Bíblia hebraica (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), ou Pentateuco, na Bíblia cristã, consolidada a partir da Septuaginta, a mais antiga tradução do texto sagrado para o grego, que teria sido feita em Alexandria ao longo dos três últimos séculos que antecedem a era cristã.

Com as guerras que acabaram por dispersar os judeus, entre 598 a.C. e 134, o hebraico foi gradativamente substituído pelos idiomas do exílio e, no século 2, já não era mais uma língua falada. Mas seu significado na tradição judaica era tamanho que, no final do século 19, ele ressurge como língua viva e, em 1948, com a criação do Estado de Israel, torna-se o idioma oficial do novo país. Partindo do hebraico bíblico, a língua assimilou novos vocábulos para expressar a realidade dos seus falantes atuais. Hoje, o hebraico usado pelos israelenses possui mais de 60 mil vocábulos, dos quais cerca de 70% foram recuperados do texto bíblico.

No Brasil, o interesse pelo aprendizado do hebraico tem crescido nas últimas décadas. Recebe, agora, um excelente manual para o aprendizado do idioma dos antigos hebreus, Urim Tumim: introdução ao hebraico, de Tarcisio Caixeta de Araujo.

Pastor batista, mestre em teologia, com carreira de mais de 20 anos dedicados ao ensino de hebraico, Tarcisio Caixeta tem larga experiência no estudo do idioma bíblico, adquirida no Seminário Teológico Batista Mineiro e na University of Wales, no País de Gales, e do hebraico moderno, obtida na PUC Minas, Associação Israelita Brasileira e no Ulpan Kibutz Shfayim, em Israel. Além do magistério, seus estudos do Talmude e da teologia judaica contribuem para que Urim Tumim possa se tornar importante referência no ensino do hebraico clássico no Brasil, pela abordagem singular que faz o autor, tornando especialmente acessível matéria tida como de difícil aprendizado.

A prática do hebraico bíblico, para Tarcisio Caixeta, se dá pelo uso das diversas ferramentas que o estudante tem ao seu dispor, tais como o manejo de dicionários, gramáticas, vocabulário, estrutura da língua e conhecimentos culturais. Essa prática deve ser uma experiência que leve em conta as expectativas, necessidades e limites do aprendiz, e, antes de tudo, "estimule o prazer pelo novo, pelo inusitado".

Palavras cruzadas
A partir dessa preocupação, o hebraico clássico é tratado, em Urim Tumim, com o auxílio do hebraico moderno, de maneira simples, contextualizada e viva. As lições vão se desenvolvendo de maneira envolvente, em 18 unidades acompanhadas de exercícios variados, que vão de questões abertas a palavras cruzadas. As duas primeiras unidades fornecem informações iniciais que auxiliam o estudante na apreensão gradual de elementos particulares do universo hebraico, que, se apresentados sem o devido preparo, podem causar certo estranhamento no falante do português. É o que ocorre, por exemplo, quando o aprendiz se vê diante de um alfabeto consonantal e dos sinais massoréticos, responsáveis pela indicação dos sons vocálicos, que, na escrita hebraica, não têm representação correspondente às do alfabeto latino, a que estamos habituados.

Essa peculiaridade é tratada pelo autor de forma lúdica e divertida, fazendo com que seja assimilada facilmente. Também a leitura/escrita da direita para a esquerda ou a forma oculta dos verbos ser/estar no tempo presente – imprescindíveis na língua portuguesa – podem causar espanto num primeiro momento, mas, com a fundamentação histórica e atividades prazerosas, são logo integradas à prática do estudante.

Metodologicamente, Tarcisio Caixeta optou por introduzir os excertos dos livros bíblicos na terceira unidade, tratando-os passo a passo: o texto hebraico, sua transliteração para o alfabeto latino, a pronúncia e a tradução; depois, os sons consonantais; e, finalmente, a análise massorética, com os sons vocálicos e semivocálicos. Aos poucos, o idioma fascinante se torna familiar, compreendido em seus aspectos sintáticos, ortográficos e fonéticos, ampliando-se os suportes para que os significados possam ser explorados pela curiosidade do iniciante. Essa exploração será abordada na unidade seguinte, em que se tem uma orientação preciosa sobre os tipos de dicionário e a maneira adequada de sua utilização.

A base trabalhada nas unidades iniciais será desdobrada nos demais capítulos do manual, que, a partir de textos explicativos, contempla temas gramaticais essenciais para a alfabetização no novo idioma. Para isso, o autor busca recursos diferenciados para trabalhar cada tópico de modo mais eficaz, apoiando-se muitas vezes no hebraico moderno ou na gramática da língua portuguesa, oferecendo ao estudante parâmetros de comparação que facilitam o entendimento. Assim, esses temas são tratados em profundidade, mas não à exaustão, já que, na proposta do autor, os aspectos normativos devem ser usados como suporte ao conhecimento continuado do idioma bíblico.

Ao final, Tarcisio Caixeta disponibiliza uma série de ferramentas complementares que serão de grande valia no decorrer do aprendizado, com um resumo da gramática, o calendário judaico, vocabulário especial – com palavras mais frequentes na Bíblia hebraica – e revisão da pronúncia, entre outras.

Diáspora
Com humor e leveza, o aprendizado da leitura e da escrita da língua do Antigo Testamento se associa ao contato com a história dos primeiros israelitas e da diáspora judaica pelo mundo, quando, a partir do hebraico, foi possível desenvolver novos idiomas, como o iídiche e o ladino. Esses idiomas, lembra o autor, nasceram da criatividade e da necessidade da comunicação particularizada, cifrada, codificada e arranjada de modo a proteger um povo em perseguição ou sob constante suspeita – outro aspecto que demonstra o vigor e a singularidade dessa língua e o valor de seu aprendizado por outros povos.

Embora o livro de Tarcisio Caixeta tenha por objetivo oferecer apenas uma iniciação ao idioma bíblico, a proposta metodológica do autor é suficiente para propiciar aprendizado satisfatório da pronúncia e base gramatical do hebraico clássico, além de fornecer bom domínio do vocabulário, que poderá ser complementado com segurança a partir da verificação das acepções em dicionários de hebraico disponíveis no Brasil. Ou seja, o método facilita ao aprendiz a leitura do texto bíblico em seu idioma de origem, com a correta pronúncia, e permite-lhe, ainda, compreender importantes aspectos da língua ligados ao contexto histórico e cultural dos personagens bíblicos.

Urim Tumim: uma introdução ao hebraico vai, assim, um pouco mais além dos propósitos de seu autor, constituindo importante instrumento para os brasileiros que se dedicam à leitura da Bíblia hebraica. Isso não apenas com motivações devocionais ou no âmbito dos estudos teológicos, mas também para a pesquisa acadêmica em áreas diversas, como as línguas clássicas, linguística, literatura, história, filosofia, direito, ciências políticas, psicologia e
arqueologia. Atende, portanto, àqueles que se interessam pelo texto bíblico como fonte inesgotável para a melhor compreensão do passado e das bases sobre as quais foram assentadas tantas culturas contemporâneas.

Vívien Gonzaga e Silva é professora de língua portuguesa e literatura brasileira

URIM TUMIM – Introdução ao hebraico – De Tarcisio Caixeta de Araujo – Edição do autor

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