sábado, 1 de outubro de 2011 By: Fred

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ENCICLOPÉDIA DE ASTRONOMIA


GRESUPE - Grupo de Estudos Ufológicos de Pernambuco


lETRA a


Aberração
1. Imperfeição na formação da imagem em um telescópio, resultante de defeitos
óticos nas lentes e nos espelhos. Aberração esférica é a limitação da habilidade
em focar perfeitamente a luz, e, aberração cromática é o surgimento de um
arco-íris ao redor da imagem.
2. Aberração sideral é a mudança aparente no fluxo de luz de uma estrela em
relação à Terra, provocada pelo movimento orbital da Terra.
Aberração Cromática
Falha nas lentes em focar corretamente todas as ondas de luz. As lentes operam
curvando a luz. Como diferentes cores da luz encontram-se em ondas de luz também
diferentes, as lentes curvam os feixes de luz em quantidades diversas. Se ocorre
a aberração cromática, então ao olhar através das lentes veremos a cor azul mais
próxima à lente, depois o verde, o amarelo, o laranja e, finalmente, o vermelho.
Já que as lentes curvam a luz em quantidades diferentes, a aberração cromática
pode ser corrigida pela combinação de dois tipos de lentes ou utilizando-se um
telescópio refletivo.
Aberração Esférica
Escurecimento de uma imagem refletida a partir de um espelho côncavo. Diferentes
pontos na curva da esfera refletem a luz em ângulos ligeiramente diversos e não
conseguem focar com perfeição os raios de luz. As lentes esféricas apresentam
aberração esférica e cromática.
Os construtores de telescópios descobriram maneiras de superar a aberração
esférica. A utilização de espelhos em forma de parábolas perfeitas permite focar
a luz com perfeição. Placas corretivas também podem ser colocadas na frente dos
telescópios que possuem espelhos esféricos.
Abertura
Diâmetro das lentes ou dos espelhos dos telescópios. A abertura é a
característica principal de um telescópio astronômico, determinando quanta luz
um telescópio pode reunir. Sempre devemos classificar os telescópios por sua
abertura e não pela sua magnitude. Nunca compre um telescópio cuja ênfase , no
anúncio, é dada ao seu poder de ampliação: a abertura e a qualidade são muito
mais importantes.
Absorção Intersideral
Absorção da luz por minúsculas partículas de poeira. Estas partículas de poeira,
com tamanho aproximado de 0,00001 cm, estão espalhadas por todo espaço, mas
concentram-se principalmente nos espirais da Via Láctea. Como estas partículas
absorvem mais luz vermelha do que azul, a quantidade de luz vermelha num corpo
celeste visto da Terra pode ser utilizada para calcular sua distância. Quanto
mais distante estiver a fonte de luz, mais luz avermelhada aparecerá. Este
fenômeno é conhecido como avermelhamento intersideral.
Adams, John Crouch (1819-1892)
Astrônomo e matemático britânico que, independentemente de Leverrier calculou a
posição de Netuno a partir de distúrbios (perturbações) gravitacionais na órbita
de Urano.
Aerolito
Denominação antiga de um meteorito.
AFÉLIO (Longe do Sol)
O ponto mais distante que um corpo atinge em sua órbita. Ele está em oposição
direta ao Perélio, ou ponto mais próximo ao sol. A Terra está em seu afélio no
mês de julho.
Agência Espacial Européia (ESA)
Agência formada pela Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda,
Itália, Holanda, Espanha, Suécia, Suíça e o Reino Unido que em 9 de agosto de
1975 lançou seu primeiro satélite, COS-B, que foi usado para estudar os raios
gama. A ESA também construiu o Spacelab, o laboratório localizado na parte
posterior das naves espaciais. A ESA também pretende participar da estação
espacial Freedom.
Aglomerado Aberto
Aglomerado sideral sem forma definida, cuja quantidade de estrelas varia de
poucas até alguns milhares numa região localizada, geralmente, a muitos anos-luz
de distância. Os aglomerados abertos são formados por estrelas jovens, quentes,
de brilho intenso, que se deslocam separadamente. Elas estão situadas no disco
da galáxia (por isto algumas vezes são chamados de aglomerados galácticos) que
se situa nos braços espirais. Exemplos de aglomerados abertos: as Plêiades
(M45), a Colmeia (M44) e a Caixa de Jóias.
Aglomerado Galáctico
Grupo de galáxias que é unido pela gravidade. A maior parte das galáxias
encontra-se em aglomerados e é mais provável que se encontre uma galáxia próxima
a outra do que numa parte isolada do céu.
Os aglomerados galácticos podem ser compactos, com largura aproximada de 50.000
anos-luz, contendo de 10 a 50 galáxias de tipos diferentes. O Grupo Local, ao
qual pertence a Via Láctea, é um exemplo destes aglomerados. Outros aglomerados
compactos podem ser formados principalmente por galáxias elípticas Alguns
membros dos aglomerados se aproximam tanto que um retira material do outro. A
isto dá-se o nome de "canibalismo galáctico" e acontece atualmente entre a Via
Láctea e diversas pequenas galáxias vizinhas (com a Via Láctea engolindo suas
vizinhas).
Outros aglomerados são do tipo difuso, com largura entre 10 e 50 milhões de
anos-luz, contendo por volta de 1.000 galáxias de vários tipos. Como as
galáxias, os aglomerados também se agrupam. Grupos de aproximadamente 7
aglomerados formam superaglomerados cujos tamanhos podem atingir 200 milhões de
anos-luz. Até o momento não se sabe com certeza se os superaglomerados se
formaram primeiro partindo-se depois em aglomerados e galáxias, ou se as
galáxias foram as primeiras a se formarem unindo-se depois para formar os
aglomerados e os superaglomerados.
Aglomerado Globular
Agrupamento, em forma de esfera, formado por milhares, ou até mesmo milhões de
estrelas velhas. A maior parte dos aglomerados globulares situa-se no halo
galáctico, a estrutura em forma de bolhas que circunda o centro da Via Láctea.
As estrelas do aglomerado globular estão entre as mais antigas conhecidas
(algumas tem no mínimo 13 bilhões de anos) e contém poucos elementos mais
pesados do que o hélio, pois foram formadas antes da criação destes elementos.
Alguns destes aglomerados, como o M13, o 47 Tucano e o Omega de Centauro,
aparecem a olho nu como pequenas manchas de luz.
Aglomerado Sideral
Grupo de estrelas mantidas unidas pela força da gravidade e que viajam juntas
pelo espaço. Nossa galáxia contém dois tipos de aglomerados: abertos e
globulares.
Os aglomerados globulares são formações esféricas densas contendo milhões de
estrelas antigas (População II). Com um tamanho aproximado de 100 anos-luz, eles
envolvem o núcleo galáctico. Eles se formaram a quase 13 bilhões de anos. Estes
aglomerados contém anãs vermelhas, que possuem poucos elementos pesados, pois
foram formadas antes dos elementos serem gerados nas explosões das supernovas.
Harlow Shapley utilizou as Variáveis RR Lyrae dos aglomerados globulares para
determinar sua localização e definir a estrutura de nossa galáxia.
Poucos aglomerados globulares brilhantes, como Omega de Centauro e M13, aparecem
como formas estranhas a olho nu. Se vivêssemos num planeta situado num
aglomerado globular não existiria noite. As estrelas nestes aglomerados são
tantas que seu brilho eqüivale ao de 20 luas cheias.
Enquanto os aglomerados globulares circundam o núcleo de uma galáxia, os braços
espirais contém aglomerados abertos. Os aglomerados abertos são associações
livres de estrelas jovens que se formam de uma mesma nebulosa. Os astrônomos
encontraram quase 1.000 aglomerados abertos e estimam que existam 18.000 deles
na Via Láctea. Ao contrário do que acontece nos aglomerados globulares, nos
aglomerados abertos as estrelas se movimentam separadamente. Muitos destes
aglomerados possuem gigantes azuis que morrem antes da formação de estrelas
menores amarelas e vermelhas. Os astrônomos localizam a seqüência sideral
principal de maior massa de um aglomerado aberto e a utilizam para calcular a
idade do aglomerado. As Plêiades, por exemplo, tem apenas alguns milhões de anos
porque existem estrelas azuis brilhantes iluminando este aglomerado. O tamanho
dos aglomerados abertos eqüivale a 10 anos-luz e eles são compostos por um
número de estrelas que varia entre 100 até milhares, como no caso do "aglomerado
duplo" na constelação de Perseu, que pode ser visto com o auxílio de um pequeno
telescópio. A Colmeia (M44) na constelação de Câncer, e o Aglomerado do Pato
Selvagem (M11) na constelação de Escudo são dois outros exemplos de aglomerados
brilhantes.
M13, um aglomerado globular situado na direção da constelação de Hércules.
Albedo
Medida da quantidade de luz refletida por uma superfície (como um planeta ou uma
lua). Se um corpo celeste tiver um albedo próximo a ele, tal como uma camada de
neve, então ele refletirá toda a luz que incidir sobre ele. Um corpo celeste com
albedo próximo a zero, tal como um bloco de carvão, absorve toda a luz. O albedo
de um corpo celeste ajuda a determinar a composição de sua superfície.
Albireo
Segunda estrela mais brilhante da constelação de Cisne. Albireo é famosa por ser
uma linda estrela dupla contrastante: um dos elementos é amarelo e o outro
azulado. As duas estrelas estão a 35 segundos de arco de distância e, como a
maior parte das estrelas duplas, só podem ser vistas em separado com o auxílio
de um telescópio.
Alcione
Estrela mais brilhante do aglomerado sideral Plêiades. Sua magnitude é 2,9 e
está situada a 240 anos-luz de distância. Alcione apresenta temperatura muito
elevada: sua superfície branco-azulada ferve a 20.000º C (36.000º F).
Aldebaran
Estrela vermelha gigante, também chamada Alda de Touro, que representa o olho
vermelho de Touro indo em direção a Orion. Situa-se a 64 anos-luz e é 36 vezes
maior do que o Sol. O brilho de Aldebaran eqüivale ao de 100 sóis.
Aldrin, Edwin Eugene (1930)
Co-piloto da primeira missão de aterrissagem lunar, em 20 de julho de 1969. Como
assistente de Neil Armstrong, tornou-se o segundo ser humano a pisar na
superfície da Lua, no passeio de duas horas e meia na superfície lunar, durante
a missão Apolo 11.
Alfa do Centauro
Sistema sideral mais próximo ao Sol. Situada a apenas 4,3 anos-luz, Alfa do
Centauro é um sistema sideral triplo composto por uma anã vermelha e duas
estrelas muito semelhantes ao Sol. As três estrelas de Alfa do Centauro, em
conjunto, apresentam magnitude aparente de -0,27.
Algol
Famosa estrela cintilante localizada a 80 anos-luz na constelação de Perseu.
Também chamada Beta de Perseu e Estrela do Demônio, Algol representa a cabeça
decapitada de Medusa, que foi morta por Perseu. O brilho de Algol varia durante
um ciclo de 2,87 dias devido à presença de uma estrela companheira que orbita em
frente a estrela principal eclipsando sua luz. Algol foi classificada como uma
estrela binária eclipsante pelo astrônomo inglês John Goodricke, em 1782. Mais
tarde os astrônomos descobriram que, na verdade, Algol é um sistema sideral
triplo.
Alongamento
1. Ângulo, visto da Terra, formado pelo Sol e um planeta (ou a Lua).
2. Ângulo formado entre um planeta inferior e o horizonte ao amanhecer e ao
anoitecer.
Altair
Estrela mais brilhante da constelação de Águia. Altair é 1,5 vezes maior do que
o Sol e muito mais quente do que ele. Situada a 16 anos-luz, possui magnitude
aparente de 0,77.
Altazimute
Montagem que permite movimentar um telescópio para cima e para baixo (altitude)
e para a esquerda e direita (azimute). Este tipo de montagem, utilizada nos
telescópios Dobsonianos, não permite ver os objetos celestes que estão na
rotação da Terra , ao contrário das montagens equatoriais.
Altitude
Distância de um objeto em relação ao horizonte. A altitude é medida em graus
perpendiculares ao horizonte.
Anã Branca
Estrela agonizante. Seu diâmetro eqüivale a 1/100 do raio do Sol
(aproximadamente o tamanho da Terra), sua luminosidade a 1/10.000 a do Sol, e.
sua massa é menor do que o limite de Chandrasekhar (1,4 vezes a do Sol). A
densidade das anãs brancas é 1.000.000 de vezes superior à da água.
Embora geralmente sejam brancas, estas estrelas podem ser de qualquer cor, sendo
que esta depende da temperatura de sua superfície. As anãs brancas mais quentes,
que foram as primeiras a serem descobertas, são de cor branca. O estágio de anã
branca é o antepenúltimo no processo de morte de uma estrela cuja massa final
(após o colapso de suas camadas externas) é inferior a 1,4 vezes a do Sol. Após
estas estrelas terem fundido todo seu hidrogênio elas entram em colapso. Quando,
em função do colapso, elas atingem uma temperatura suficiente para reiniciar a
fusão, esta se inicia com um salto e elas transformam-se em gigantes vermelhas.
As gigantes vermelhas perdem a maior parte de sua massa no vento solar
transformando-se em nebulosas planetárias e continuam a perder massa. Os núcleos
resfriados destas nebulosas são as anãs brancas. Estas estrelas agonizantes não
conseguem mais produzir energia a partir da fusão, e sua luz advém da fuga de
gás quente de seu interior. Quando esta fonte de calor se esgotar elas perderão
seu brilho e se transformarão em anãs pretas. Como elas não estão mais efetuando
a fusão, não existe mais energia capaz de contra-atacar os efeitos da força
gravitacional, e elas entram em colapso. Em conseqüência, sua matéria está
degenerada, o que significa que os elétrons escaparam de seus átomos e se
uniram. A força que evita que as anãs brancas tornem-se estrelas de neutros ou
buracos negros é chamada de degeneração, e é provocada pela resistência mútua
dos elétrons.
Os cálculos efetuados para determinar que dimensão as anãs brancas devem ter
para permanecerem estáveis demonstram que quanto mais massa uma anã branca
tiver, menor ela será. A anã branca mais famosa é Sirius B, companheira da
estrela Sirius.
Anã Vermelha
Menor estrela da seqüência principal e provavelmente o tipo mais comum de
estrela. Os astrônomos acreditam que 80% de todas as estrelas sejam anãs
vermelhas. As anãs vermelhas possuem a superfície fria (de acordo com os padrões
siderais) e, como fundem seu combustível nuclear vagarosamente, elas brilham
durante 50 bilhões de anos. Devido a seu pequeno tamanho e baixa temperatura
(2.000 a 3.000 K), sua luminosidade corresponde a apenas 5% a 0,01% da do Sol.
Em conseqüência os astrônomos só conseguem ver as anãs vermelhas que estão a até
100 anos-luz de distância.
Anãs Marrons
Corpos celestes que seriam estrelas, porém não possuem massa suficiente para
efetuar reações nucleares. Até o momento nenhuma anã marrom foi realmente
identificada, mas há evidências de que algumas estão se formando na nuvem
Camaleão e de que já existem algumas nas Plêiades. As anãs marrons teriam uma
quantidade de massa entre a de Júpiter e a das estrelas de pouca massa. Alguns
astrônomos acreditam que as anãs marrons sejam uma parte da matéria escura do
Universo.
Anãs Pretas
Anãs brancas que se resfriaram completamente. Não se sabe se nosso Universo é
antigo o suficiente para que este tipo de corpo celeste já tenha se formado.
Anaxagoas (500-429 a.C.)
Filósofo e astrônomo grego que acreditava que os objetos na Terra e no Céu eram
compostos pelas mesmas substâncias. Ele achava que o Sol era uma grande rocha
brilhante, como um pedaço de carvão aceso colocado no céu. Ele disse,
acertadamente, que a lua refletia a luz do sol explicando, assim, porque a lua
escurece durante um eclipse.
Anaximander (610- 545 a.C.)
Astrônomo e filósofo grego considerado o pai da astronomia. Ele acreditava,
corretamente, que a Terra era um corpo celeste frio e sólido. Infelizmente,
difundiu a idéia de que as estrelas estavam presas num globo gigante que girava
ao redor da Terra, que também seria fixa. Este pensamento só foi corrigido 2.000
anos depois por Kepler e Galileo.
Andrômeda
Constelação boreal que representa a linda filha de Cassiopéia, presa a uma
rocha, aguardando por Cetus, a baleia. Esta constelação, que divide uma Estrela
com o Grande Quadrilátero de Pégaso, é mais visível no outono. No centro desta
constelação localiza-se a grande Galáxia de Andrômeda (M31).
Andrômeda, Galáxia de
Objeto celeste mais distante que pode ser visto a olho nu. A Galáxia de
Andrômeda, também chamada de M31, é uma galáxia espiral similar à Via Láctea.
Ela aparece como um mancha ovalada de luz na constelação de Andrômeda. As
observações desta galáxia revelam que ela se situa a aproximadamente 2,1 milhões
de anos-luz da Terra e contém 300 bilhões de estrelas. Imagens desta galáxia
mostram que nela há faixas claras e escuras, aglomerados e supernovas. A Galáxia
de Andrômeda possui diversas galáxias satélites similares às Nuvens de
Magalhães. A Galáxia de Andrômeda, a Via Láctea, e outras galáxias menores
pertencem a um aglomerado chamado Grupo Local.
M31- Galáxia de Andrômeda com suas galáxias companheiras NGC 205 (superior) e
M32, cuja localização próxima ao fim da galáxia distorce os espirais de
Andrômeda.
Angstrom
Unidade de comprimento equivalente à centésima milionésima parte do centímetro.
O nome angstrom foi dado em homenagem a Anders Jonas Angstrom (1814-1874) que
estudou o espectro das ondas de energia (luz visível, raios ultravioletas, etc.)
do Sol. Os angstroms são geralmente usados para expressar o comprimento onda da
luz, sendo que a luz visível classifica-se entre 4000 e 7000 angstroms.
Ângulo de Posição
Ângulo formado por duas estrelas binárias em relação ao norte. O ângulo é uma
medida em sentido horário da posição das estrelas mais esmaecidas em relação às
mais brilhantes, que pode chegar a 360º.
Ano
Tempo que a Terra leva para orbitar o Sol. O ano que nós usamos é o tropical que
se baseia no tempo entre dois equinócios de primavera e dura 365,2422 dias. O
ano sideral, que é calculado pela posição da Terra em relação a outras estrelas
exceto o Sol, é um pouco mais longo devido a precessão e dura 365,3564 dias. O
ano anomalístico, que é o período entre um dos periélios da Terra até o
próximo,e, que é afetado pela força gravitacional dos outros planetas, dura
365,2596 dias.
Ano Sideral
Tempo que a Terra leva para orbitar o Sol em relação às estrelas de fundo. O ano
sideral eqüivale a 365,26 dias solares ou 366,26 dias siderais.
Ano-Luz
Distância que a luz percorre no vácuo num período de um ano. Esta distância
eqüivale a 9,4607 trilhões de km (ou 5,8786 trilhões de milhas). É importante
ressaltar que esta é uma medida de distância, não de tempo.
Antares (Rival de Marte)
Estrela mais brilhante da constelação de Escorpião, com magnitude de 1,1. Seu
nome foi dado devido à sua cor vermelha e pelo fato do planeta Marte passar
ocasionalmente por ela. Antares possui uma estranha estrela companheira, com
magnitude 6,8, que descreve uma órbita ao seu redor. Em 1971, os astrônomos
detectaram emissões de rádio vindas de Antares. Eles acreditam que estas
emissões seja produzidas pelo gás brilhante que sai, em forma de espiral, de
Antares em direção à sua companheira.
Antila (Máquina Pneumática)
Constelação austral, com poucas estrelas brilhantes, localizada ao sul de Hidra.
Anti-matéria
Matéria que apresenta carga elétrica inversa. Um átomo de anti-matéria contém
elétrons com carga positiva e prótons com carga negativa. Se a matéria e a
anti-matéria se encontrassem, explodiriam formando uma chuva de raios gama.
Antoniadi, Eugene M. (1870-1944)
Astrônomo francês que produziu ótimos mapas siderais, traçando a localização de
Mercúrio e Marte. Antoniadi inventou a escala de Antoniadi, que fornece uma
medida da qualidade de observação (chamada visão). O número 1 na escala de
Antoniadi significa um céu perfeito enquanto o valor 5 representa exatamente o
oposto.
Apastron
Ponto na órbita das estrelas duplas onde elas estão mais separadas.
Ápice Solar
Ponto no céu em direção ao qual o Sol se movimenta (similar ao movimento próprio
das outras estrelas). William Herschel tentou calcular em que direção o Sol se
movimentava, em relação às outras estrelas, determinando sua velocidade radial e
seu movimento próprio. Ele acreditava que o Sol seguia em direção à Hércules,
porém atualmente os astrônomos acham que o Sol vai em direção à Lira, a uma
velocidade de 20 km (12 milhas) por segundo. Em oposição ao Ápice Solar está o
Anti-Ápice Solar, ponto do qual o Sol se afasta.
APOGEU (Longe da Terra)
O ponto mais afastado da Terra na órbita da Lua ou de um satélite artificial ao
redor da Terra.
Apollo-Soyus, Projeto de Teste
Programa espacial que fez aterrissar 12 astronautas americanos na Lua. Durante
seu famoso discurso, o Presidente John F. Kennedy lançou a meta de "aterrissar
um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra em segurança". A NASA preparou
diversos planos para alcançar a Lua, porém optou por um local na órbita lunar.
Para isto, seria necessário um grande foguete para lançar todas as naves
espaciais ao mesmo tempo, para que viajassem juntas até a Lua.
Equipamento da Apolo
A nave espacial era composta por três partes: o módulo de comando, o módulo de
serviço e o módulo lunar. O módulo de comando, em forma de cone, abrigava os
astronautas durante a viagem. Atrás dele localizava-se o módulo de serviço, em
forma de cilindro, contendo energia e combustível para alimentar a nave, bem
como comida e oxigênio. As câmeras fotográficas e os filmes, que seriam
utilizados durante o passeio espacial, também estavam estocados no módulo de
serviço. E, finalmente, o módulo lunar que pousaria com os astronautas na Lua e
os lançaria de volta na órbita lunar. Todos estes módulos foram levados ao
espaço pelo foguete Saturno V, porém só o módulo de comando retornou à Terra.
As Missões
A NASA testou as naves Apolo nas primeiras missões do programa Apolo. Três
astronautas (Virgil I. Grissom, Edward H. White e Robert B. Chaffee) morreram
durante um teste num trágico incêndio. Esta tragédia atrasou 18 meses o programa
Apolo. Depois, a Apolo 7 lançou um módulo de comando e um de serviço na órbita
da Terra. Foram efetuados testes que a NASA descreveu como sendo "101 por cento
bem sucedidos".
Após o triunfo da Apolo 7, a Apolo 8 lançou astronautas na órbita da Lua. Pela
primeira vez seres humanos aíram do campo de gravidade da Terra e circundaram
um mundo alienígena. As duas missões Apolo que se seguiram testaram o módulo
lunar e ensaiaram a aterrissagem na Lua.
Em julho de 1969, a Apolo 11 cumpriu o desafio lançado por Kennedy fazendo
aterrissar Neil Armstrong e Edwin Aldrin no Mar de Tranqüilidade. Os dois
astronautas andaram sobre a superfície lunar durante duas horas e meia,
recolhendo pedras e fazendo experiências. Depois disto, a Apolo 12 aterrissou
próxima à sonda espacial Surveyor 3 que havia chegado à Lua 3 anos antes. Em
seguida aconteceu a infeliz viagem da Apolo 13. Quando o módulo de comando da
Apolo 13 foi lançado em direção à Lua, um tanque de oxigênio do módulo de
serviço explodiu. Durante três dias, os astronautas sobreviveram com um mínimo
de energia no módulo lunar. Para alívio do mundo todo, eles conseguiram retornar
em segurança à Terra.
A Apolo 14 marcou o início de uma tendência de se efetuar pesquisas científicas
mais aprofundadas durante as missões lunares. Durante passeios lunares mais
demorados, os astronautas provocaram descargas elétricas para testar as
características sísmicas da Lua. Também posicionaram refletores a laser na
superfície lunar que permitiram, aos cientistas, determinar a distância da lua.
A Apolo 15 levou os primeiros jipes lunares. Com este veículo movido à bateria,
os astronautas exploraram a superfície lunar a milhas de distância do lugar onde
haviam aterrissado.
A Apolo 16 foi a única a pousar nas montanhas da Lua. As rochas ali coletadas
demonstraram que esta região é muita antiga. A Apolo 17 bateu todos os recordes:
os astronautas permaneceram 3 dias na Lua, fizeram uma passeio que durou 22
horas e coletaram mais de 400 kgs de amostras de rochas.
O programa Apolo foi cancelado pela NASA após a Apolo 17. Os cortes no orçamento
e a falta de competição com a União Soviética provocaram a falta de incentivo
para que ele continuasse.
Missões Tripuladas do Programa Apolo
MissãoApolo 7
TripulaçãoWalter Schirra, Donn Eisele, Walter Cunningham
Lançamento11 de outubro, 1968
Retorno22 de outubro, 1968
ResultadosTeste dos módulos de comando e de serviço na órbita da Terra

MissãoApolo 8
TripulaçãoFrank Borman, James Lovell, William Anders
Lançamento21 de dezembro, 1968
Retorno27 de dezembro, 1968
ResultadosPrimeira vez em que uma tripulação foi lançada pelo foguete
Saturno V. Eles completaram 10 órbitas da Lua

MissãoApolo 9
TripulaçãoJames McDivit, David Scott, Russell Schweickhart
Lançamento3 de março, 1969
Retorno13 de março, 1969
ResultadosTeste na órbita da Terra do Módulo Lunar lançado pelo foguete
Saturno V.

MissãoApolo 10
TripulaçãoThomas Stafford, John Young, Eugene Cernan
Lançamento18 de maio, 1969
Retorno26 de maio, 1969
ResultadosEnsaio de aterrissagem lunar. Durou 2,5 dias na órbita lunar.

MissãoApolo 11
TripulaçãoNeil Armstrong, Michael Collins, Edwin Aldrin
Lançamento16 de julho, 1969
Retorno24 de julho, 1969
ResultadosArmstrong e Aldrin efetuaram a histórica aterrissagem lunar no
dia 20 de julho, no Mar de Tranqüilidade.

MissãoApolo 12
TripulaçãoCharles Conrad, Richard Gordon, Alan Bean
Lançamento14 de novembro, 1969
Retorno24 de novembro, 1969
ResultadosConrad e Bean alunaram no Mar das Tormentas

Missã Apolo 13
TripulaçãoJames Lovell, John Swigert, Fred Haise
Lançamento11 de abril, 1970
Retorno17 de abril, 1970
ResultadosTentativa de aterrissagem interrompida após explosão do tanque
de oxigênio

MissãoApolo 14
TripulaçãoAlan Shepard, Stuar Roosa, Edgar Mitchell
Lançamento31 de janeiro, 1971
Retorno8 de fevereiro, 1971
ResultadosShepard e Mitchell aterrissaram na região do Frei Mauro na Lua

MissãoApolo 15
TripulaçãoDavid Scott, Alfred Worden, James Irwin
Lançamento26 de julho, 1971
Retorno7 de agosto, 1971
ResultadosScott e Irwin aterrissaram próximo ao Monte Hadley, nos Apeninos
Lunares, e utilizaram pela primeira vez um jipe lunar

MissãoApolo 16
TripulaçãoJohn Young, Thomas Mattingly, Charles Duke
Lançamento16 de abril, 1972
Retorno27 de abril, 1972
ResultadosYoung e Duke aterrissaram nas montanhas Descartes

MissãoApolo 17
TripulaçãoEugene Cernan, Ronald Evans, Harrison Schmitt
Lançamento7 de dezembro, 1972
Retorno19 de dezembro, 1972
ResultadosCernan e Schmitt aterrissaram na fronteira do Mar da
Tranqüilidade, próximo à cratera Littrow.


Apsides
Ponto em que um satélite está mais próximo ou mais distante do corpo celeste que
orbita. Em relação aos planetas, o periélio e o afélio são os apsides. Numa
estrela dupla, o periastro e o apastro são os apsides.
Apus (Ave do Paraíso)
Constelação enfraquecida e irregular próxima ao Cruzeiro do Sul, situada no pólo
sul celeste.
Aquarius (Aquário)
Constelação zodiacal equatorial, mais visível no outono. Aquário mostra um homem
derramando água de uma ânfora que carrega sobre o ombro. A constelação de
Aquário não possui nenhuma estrela que se destaque pelo seu brilho, porém contém
diversas nebulosas incluindo a famosa Nebulosa da Hélice e o aglomerado globular
M2.
Aquila (Águia)
Constelação localizada no equador celeste que representa uma águia sendo caçada
por Hércules. A Via Láctea vaga através desta constelação austral. Sua estrela
mais brilhante, Altair, representa o olho de uma águia e, juntamente com Deneb e
Vega (pertencentes respectivamente às constelações de Cisne e Lira) formam o
Triângulo de Verão. Nesta constelação existem também diversas estrelas variáveis
e nebulosas.
Ara (Altar)
Constelação que antigamente fazia parte do zodíaco. Situada ao sul de Escorpião,
não possui estrelas brilhantes.
Arcos de Gás
Protuberâncias em forma de arco nas bordas do disco solar. São vistas de frente
e aparecem principalmente em cadeiras com uma largura de 20,000 milhas
(32,000km) nos limites dos super-grãos.
Arcturus
Estrela laranja brilhante da constelação de Boieiro. Arcturus pode ser
localizada desenhando-se um arco a partir do puxador da Grande Caçarola
(lembre-se: arc de Arcturus). Brilhando a uma magnitude de -0,06, é a quarta
estrela mais brilhante do céu e a mais brilhante na constelação à qual pertence.
Esta estrela gigante é 25 vezes maior do que o Sol, e tão brilhante quanto 100
sóis.
Arecibo, Observatório de
Maior radiotelescópio do mundo, localizado na montanhas de Porto Rico.
Construído numa cratera natural em 1963, este radiotelescópio de 305 metros não
pode ser movimentado, mas recebe sinais do céu desde 43 graus ao norte até 6
graus ao sul.
Argo Navis
Grande constelação austral representando o navio de Jason e os Argonautas. Por
esta constelação ser tão grande, os astrônomos a subdividiram em quatro
constelações menores: Carina (Quilha), Puppis (Popa), Pyxis (Compasso) e Vela
(Vela).
Ariel
Lua de Urano descoberta em 1851 pelo astrônomo amador inglês William Lassell.
Ariel completa uma órbita a cada 2,5 dias a uma distância de 192.000 km (119.000
milhas) e está a aproximadamente 1.500 km (900 milhas) de distância. Supõe-se
que Ariel seja composta por água congelada misturada com metano congelado.
Aries (Áries)
Pequena constelação zodiacal situada entre Touro e Peixes, que, a 2.000 anos
atrás, marcava o local onde o Sol cruzava o equador em direção ao norte.
Aparentemente o Sol circunda a Terra, passando pelas constelações zodiacais,
quando na verdade é a Terra que orbita o Sol. Este acontecimento era chamado de
equinócio de primavera (ou vernal) e dava nome ao primeiro ponto de Áries . A
ascensão reta (um tipo de longitude celeste) é medida a partir deste ponto,
porém a precessão da Terra fez com que o ponto de interseção do Sol fosse
alterado.
Aristarchus de Samos (310-230 a.C.)
Astrônomo grego que foi a primeira pessoa a determinar o tamanho relativo da
Terra, do Sol e da Lua. Percebendo que o Sol é muito maior do que a Terra, ele
propôs que o Sol e não a Terra, fosse o centro do universo. Os gregos rejeitaram
suas idéias e o universo heliocêntrico (centrado no Sol) não foi aceito até a
época de Copérnico.
Aristóteles (384-322 a.C.)
Filósofo grego cujo modelo geocêntrico (centrado na Terra) do universo foi
aceito por mais de 2.000 anos. Apenas na época de Galileo os cientistas
começaram a questionar suas crenças. Contudo, alguns dos escritos de Aristóteles
estavam corretos. Por exemplo: ele achava que a Terra era uma esfera, e não
plana.
Armstrong, Neil Alden (1930)
Astronauta americano que iniciou sua carreira como piloto de testes e cuja
primeira missão espacial foi no comando da nave Gemini 8 em 1962. Durante este
vôo, um problema nos propulsores fez com que a cápsula ficasse fora de controle,
forçando-o a fazer um pouso de emergência. Como comandante da missão Apolo 11 em
julho de 1969, Armstrong tornou-se a primeira pessoa a andar na Lua. Após uma
aterrissagem bem sucedida (eles não podiam desperdiçar nem um segundo de
combustível ), ele e Edwin Aldrin exploraram o Mar de Tranqüilidade durante duas
horas e meia, coletando rochas e fazendo experiências.
O primeiro passo na Lua: 20 de julho, 1969.
Ascensão Reta
Medida que eqüivale a longitude no espaço celeste. Ela começa no Ponto em Áries
e segue do leste para o oeste, sendo medida em horas, minutos e segundos,
variando entre 0 e 24 horas.
Associação Sideral
Agrupamentos de 10 a 1.000 estrelas, as quais se formaram a partir da mesma
nuvem e na mesma época. Estas associações siderais são compostas por estrelas
jovens do tipo O, B ou T Tauri. Os membros destas associações ainda não se
separaram, porém o farão daqui a 10 milhões de anos.
Asterismo
Conjunto brilhante de Estrelas que forma uma figura familiar, com nome bem
conhecido, mas que faz parte de uma constelação. A Grande Caçarola, por exemplo,
é um asterismo da constelação da Ursa Maior. O Cinturão de Orion e o Grande
Quadrilátero de Pégaso também são asterismos.
Asteróide
Pequenos corpos celestes rochosos e sem atmosfera geralmente encontrados numa
região entre Marte e Júpiter chamada de Cinturão de Asteróides. Os asteróides
que estão neste cinturão podem ser planetas que não chegaram a se formar, devido
a guerra gravitacional entre Júpiter e o Sol. Alguns asteróides apresentam
órbitas quase circulares, enquanto outros descrevem órbitas elípticas que os
fazem atravessar as órbitas de diversos planetas. O tamanho destes pequenos
corpos celestes varia entre o de Ceres, 940km (600 milhas) de diâmetro, e o de
uma pedra (1 a 2 metros). Ocasionalmente, os asteróides colidem entre si
liberando partículas de poeira que caem na Terra como meteoros.
Descoberta
Em 1772, o astrônomo alemão Johann Bode previu a existência de um planeta entre
Marte e Júpiter. O Barão Franz Xavier von Zach decidiu encontrar este planeta,
e, para tanto, formou um grupo de astrônomos, carinhosamente chamado de "Polícia
Celeste", que iniciou a busca. Contudo, não foi um membro deste grupo que
localizou o primeiro asteróide e sim Giuseppi Piazzi, em 1801. Porém o grupo de
astrônomos não desistiu da busca e o astrônomo alemão Wilhelm Olbers identificou
o asteróide Pallas, em 1802, e Vesta, em 1807. Karl Ludwig Harding encontrou
Juno, em 1804. O número de asteróides conhecidos aumentou rapidamente: 100 até
1869, 200 até 1979. Em 1891, quando Max Wolf começou a utilizar fotografias para
localizar asteróides, já haviam sido identificados 300. Com o auxílio de
modernos computadores, os astrônomos conseguem visualizar atualmente mais de
2.500 asteróides. A massa total de todos os asteróides equivale a 0,0004 vezes a
da Terra.
Grupos
Os asteróides podem ser agrupados de acordo com sua posição no sistema solar. A
maior parte deles faz parte de um dos seguintes grupos: Cinturão Principal,
Apolo e Amor, Troianos.
O grupo Cinturão Principal engloba quase 95% de todos os asteróides. Eles estão
situados entre 2 e 4 u.a. (1 u.a. = distância entre a Terra e o Sol), entre as
órbitas de Júpiter e Marte. Espaços chamados de lacunas de Kirkwood dividem a
região entre o Sol e Júpiter em frações. Os asteróides foram retirados dali
devido a repetidas perturbações com Júpiter.
O segundo grupo é chamado de Apolo e Amor. Os asteróides deste grupo apresentam
uma órbita mais elíptica que os deslocam do centro do Cinturão Principal até o
âmago do sistema solar. Alguns apresentam órbitas bastante inclinadas que cruzam
o caminho da Terra. No último grupo, Troianos, os asteróides orbitam a mesma
distância de Júpiter.
Natureza dos Asteróides
A maior parte dos asteróides aparece apenas como um ponto de luz. Sua
luminosidade se altera em até 1,5 magnitudes, provavelmente devido à sua
rotação. A maioria apresenta forma irregular, com albedos entre 7% e 18%. Os
astrônomos acreditam que os asteróides sejam corpos celestes sólidos e frios,
com superfície rochosa e núcleo formado por ferro e níquel. Estas ilhas
espaciais apresentam cicatrizes provocadas po milhares de impactos.
Origem dos Asteróides
No final do ano de 1800, William Oblers sugeriu que os asteróides eram formados
por material que não havia conseguido formar um planeta devido a força
gravitacional de Júpiter. Atualmente, os astrônomos acreditam que não existiria
massa suficiente para formar um planeta, mas apenas poeira capaz de formar entre
15 e 30 pequenos corpos celestes. As colisões entre eles teriam fragmentado
estes corpos formando o que conhecemos hoje.
AsteróideGrupoPeríodo em anosDistância em u.a.Diâmetro em KmRotação em
horasAlbedo %
1566 IcarusApolo1,120,1871,42,317,8
1620 GeographosApolo1,40,831,05,220,9
433 ErosAmor1,761,131,135,314,2
8 FloraCinturão Principal3,481,86150,013,616,8
18 MelpomeneCinturão Principal3,481,80141,014,014,0
4 VestaCinturão Principal3,632,55503,0503,010,7
192 NausikaaCinturão Principal3,721,8292,0-20,0
887 AlinaCinturão Principal4,001,164,4-14,6
5 AstraeaCinturão Principal4,132,10116,016,817,7
15 EunomiaCinturão Principal4,302,15270,06,115,5
3 JunoCinturão Principal4,361,99226,07,219,0
324 BambergaCinturão Principal4,391,78230,08,03,6
1 CeresCinturão Principal4,602,55955,09,17,2
2 PallasCinturão Principal4,612,11558,010,58,7
624 HectorTroiano11,55,02210,06,92,8
944 HidalgoUm corpo celeste isolado3,71,98---


Astrofísica
Ciência que utiliza as leis conhecidas da física a fim de estudar os céus. Os
astrofísicos calculam como os corpos celestes reagem em circunstâncias extremas.
Por exemplo, eles teorizaram sobre como uma Estrela suporta seu próprio peso
através da fusão e como a energia é irradiada pelo gás que vai em direção a um
buraco negro. Estes fenômenos são visualizados pelos astrônomos através de
fotografias e espectografias.
Astrofotografia
Uso de placas, filmes ou equipamentos eletrônicos para coletar luz dos corpos
celestes. A astrofotografia é a espinha dorsal da moderna astronomia, abrindo
novas janelas para o universo.
História
A primeira vez em que a fotografia foi utilizada em astronomia foi por volta de
1840 quando John W. Draper tirou uma foto da Lua. O filme usado naquela época
era muito lento, com período de exposição de diversos minutos. A primeira foto
de uma estrela, Vega, foi feita com uma exposição de 100 segundos, em 1850 por
W.C. Bond no Observatório da Universidade de Harvard. Em 1858, Warren de La Rue
inventou o espectroheliógrafo, com o qual começou a tirar fotos diárias do sol.
Desde então, os filmes usados tornaram-se 50.000 vezes mais sensíveis.
Aplicações
Como as fotografias acumulam luz, elas podem revelar corpos celestes de baixa
luminosidade e mais detalhes do que o olho humano. As fotos mostram pequenas
mudanças que não são notadas nas observações visuais tais como a paralaxe e o
movimento sideral. O brilho sideral é comparado através da utilização de placas
fotográficas, assim como os movimentos dos planetas, dos asteróides e dos
cometas. As espectografias das estrelas tem que ser feitas de tempos em tempos
já que elas são muito esmaecidas para serem estudadas visualmente.
Avanços Recentes
Durante os anos 80 foram inventados e utilizados pela primeira vez na astronomia
os CCD (Dispositivos de Carga Acoplados) . Hoje em dia, os CCD substituíram as
fotografias tradicionais na maior parte dos principais observatórios. Os CCDs
utilizam a mesma tecnologia das câmeras de vídeo pessoais. Um chip colocado em
seu foco coleta luz num conjunto de sensores que são como pequenos baldes. Eles
enviam sinais a um computador que processa os dados e mostra a imagem. Os
astrônomos utilizam os computadores para melhorar e trabalhar as imagens,
revelando detalhes 100 vezes mais esmaecidos do que as placas tradicionais.
Quando as câmeras CCD foram lançadas no mercado elas eram extremamente caras.
Porém o aumento da demanda fez com que os preços caíssem. Atualmente, os CCDs
estão tornando-se cada vez mais populares entre os astrônomos amadores, devido à
sua praticidade e qualidade: ao invés de tirar uma foto com exposição de 45
minutos e depois levar muitas horas para revelá-la, os amadores utilizam os CCDs
para obter a mesma imagem com um minuto de exposição e vê-la instantaneamente no
computador. A tecnologia do CCD revolucionou a moderna astronomia.
Astrometria
Astrometria é o mapeamento das posições dos corpos celestes no céu. Para os
navegantes e os estudiosos as cartas celestes são de suma importância. Os
astrônomos que trabalham em locais como o Observatório Naval dos E.U.A. e o
Observatório Real de Greenwich passam muito tempo mapeando as posições dos
corpos celestes.
Astronomia
Estudo do espaço além da atmosfera da Terra. Antes do século vinte este termo
significava o mapeamento dos céus.
História
A astronomia é provavelmente a ciência mais antiga. Na pré-história, as pessoas
olhavam o céu noturno e inventavam estórias a partir das figuras que viam nas
estrelas. Os registros escritos mais antigos das observações astronômicas datam
de 4.000 anos atrás quando as antigas civilizações utilizavam as estrelas para
marcar as festas anuais. Os egípcios, por exemplo, esperavam a estrela Sirius
aparecer, pois quando isto acontecia significava que a época do transbordamento
do rio Nilo estava próxima.
Os babilônios descobriram que a Lua repetia suas fases a cada 8 e 19 anos, e
esta informação serviu de base para os gregos. O famoso filósofo grego
Aristóteles escreveu que a Terra estava localizada no centro de um universo
perfeito, uma idéia que foi aceita durante 2.000 anos. Ele acreditava que as
estrelas eram esferas de cristal penduradas num globo transparente que girava em
volta da Terra. Por isto, teve muitas dificuldades em explicar o que eram os
planetas.
Como os planetas pareciam mudar de posição com relação às estrelas, os gregos
achavam que eles giravam em volta da Terra. Se isto fosse verdade, os planetas
se movimentariam no céu sempre da mesma maneira, e, geralmente o fazem. Porém,
algumas vezes eles parecem ir para trás: movimento retrógrado. Para explicar
este fenômeno, Ptolomeu criou os epiciclos, onde os planetas giram numa direção
em volta da Terra, porém se movimentam na direção oposta num pequeno percurso.
Imagine que está num carrossel e que existe um peso pendurado por um cordão
sobre sua cabeça. Se alguém observar o peso do centro do carrossel, imaginará
ver o peso mover-se junto com a plataforma, mas também dar alguns saltos para
trás.
Após a queda do Império Romano, os antigos árabes preservaram e adicionaram ao
conhecimento grego. Como resultado, há ainda hoje muitas estrelas com nomes
árabes. Por volta de 1500, começaram a aumentar os problemas com relação ao
modelo geocêntrico. Os astrônomos tinham de adicionar um sem número de epiciclos
para explicar os movimentos por eles observados. Para resolver o assunto, um
monge e astrônomo polaco chamado Nicolau Copérnico optou por colocar o Sol no
centro do universo, e considerar a Terra como um planeta que girava ao seu
redor. Apesar desta ser uma hipótese somente um pouco mais acurada, era muito
mais simples do que as centenas de epiciclos utilizados no modelo geocêntrico.
Copérnico publicou seu modelo heliocêntrico de universo no livro "De
Revolutionibus Orbium Coelestium" apenas um ano antes de morrer. Nos 50 anos que
se seguiram, este modelo tornou-se muito aceito até ser banido pela Igreja
Católica.
Com o intuito de acabar com a discussão, um astrônomo dinamarquês chamado Tycho
Brahe construiu um observatório, em forma de castelo, chamado Uraniborg numa
pequena ilha ao norte de Copenhague. Durante 20 anos ele efetuou as observações
mais detalhadas da história, antes do aparecimento dos telescópios.
Ao final da vida, conheceu Johannes Kepler, um matemático, que analisou os dados
por ele coletados. A partir destes dados, Kepler formulou suas leis sobre o
movimento planetário, mostrando que os planetas descreviam órbitas elípticas e
não circulares. Isto explica porque o modelo heliocêntrico de Copérnico não era
perfeito.
Quase na mesma época em que Kepler desenvolveu suas leis, Galileo Galilei
testava o recém inventado telescópio. Ele descobriu que o mundo estava vivo.
Existiam crateras e montanhas na Lua, Vênus apresentava fases, luas circundavam
Júpiter e havia imperfeições na superfície do sol. Olhando a Via Láctea,
descobriu milhares de estrelas, cujo fraco brilho, não permitia que fossem
vistas a olho nu.
Galileo ridicularizou a teoria do universo geocêntrico em seu livro "O
Mensageiro das Estrelas". Isto enfureceu a Igreja Católica que baniu seus livros
e o forçou a desmentir seus argumentos. Porém o mal já havia sido feito. Galileo
inspirou outros cientistas a observarem e analisarem os céus.
Isaac Newton nasceu no ano em que Galileo faleceu. Apesar de não se considerar
um astrônomo, Newton fez mais pela astronomia do que a maioria dos observadores.
Suas leis sobre o movimento e a gravidade, em conjunto com seu telescópio
refletor, propiciaram os maiores avanços da astronomia.
Durante os anos de 1800, a ciência da espectroscopia (estudo do espectro de um
corpo que emite radiações) surgiu a partir do trabalho de Fraunhofer e suas
linhas de absorção. Os astrofísicos como Norman Lockyer e William Huggins
estudaram os movimentos siderais utilizando espectógrafos. Isto fez a astronomia
entrar ao século 20.
Muitos dos avanços em nosso entendimento do universo foram ocasionados pelas
melhorias nas técnicas de fotografia e na criação de grandes telescópios.
Henrietta Leavitt descobriu a famosa taxa de massa versus luminosidade nas
variáveis Cefeu. Utilizando estes dados, Edwin Hubble descobriu alterações
vermelhas nas galáxias distantes, mostrando que o universo está em expansão.
Atualmente os indivíduos tem sido substituídos por equipes de astrônomos que
trabalham com equipamentos ultra modernos. As sondas espaciais, como a Voyager e
a Magellan, revelaram imagens dos planetas com as quais Galileo havia sonhado. A
astronomia avança a cada dia e continuará a modificar nossa visão do universo.
Astronomia dos Raios Gama
Estudo do espaço através do exame das radiações com comprimentos de onda
inferiores a um angstrom. Como a atmosfera da Terra bloqueia os raios gama, eles
só podem ser estudados por foguetes ou satélites. Em 1967, os satélites Vela
detectaram emissões de raios gama. Sabe-se que estas emissões acontecem
diariamente e que provêm de um corpo celeste de tamanho similar ao do Sol, porém
eles vêm de diversas direções e sua origem é ainda desconhecida. Parecem existir
diversas fontes de raios gamas espalhadas pelo Universo, pois foi encontrada
radiação de fundo de raios gama.
Astronomia dos Raios X
Estudo do espaço utilizando radiações eletromagnéticas com comprimentos de onda
entre 0,1 e 300 angstrons (raios X). A astronomia dos raios X começou no dia 18
de junho de 1962 com o lançamento do foguete de sondagem Aerobee. Esperava-se
que este foguete encontrasse raios X gerados pelo Sol atingindo a superfície da
Lua. Ao invés disto foram detectados intensos raios X vindos da direção da
constelação de Escorpião, e fracos raios X que provinham de todas as direções.
Nos anos 70 foram lançados muitos satélites equipados para detectar os raios X,
dentre eles ANS-1, Ariel V, Copernicus e Uhuru. Os raios X do Sol, que são
gerados principalmente pelo gás quente da coroa solar, também foram estudados
por diversos equipamentos, dentre eles o Observatório Solar Orbital.
Existem diversas fontes conhecidas de raios X:
1. Acredita-se que os buracos negros possam ser detectados com a utilização da
astronomia dos raios X. Descobriu-se que a estrela Cygnus X-1 é um sistema
sideral duplo, e que a massa conhecida de uma de suas companheiras faz dela uma
forte candidata a buraco negro. Os raios X emitidos por Cygnus-1 emanam quando
há a queda de material no buraco negro espiralando num disco de acreção que
alcança o horizonte de eventos. Cygnus X-1 pode ser um sistema sideral triplo.
Se a grande quantidade de massa de sua companheira fosse dividida entre duas
estrelas, nenhuma se tornaria um buraco negro.
2. A Nebulosa de Caranguejo, que foi criada em 1054 pela supernova AD, é uma
grande emissora de raios X, que acredita-se sejam produzidos pela interação dos
velozes elétrons do pulsar localizado ao centro e pelo campo magnético.
3. Fontes extragalácticas de raios X, tais como as Nuvens de Magalhães, os
quasares, as galáxias Seyfert e a área entre as galáxias localizadas no centro
de aglomerados galácticos.
Scorpius X-1: Sco X-1, foi a primeira fonte de raios X identificada. Ela mostra
fortes emissões ultravioletas que às vezes atingem intensidades incríveis. As
emissões regulares de raios X por Sco X-1 produzem uma luminosidade 100.000
vezes superior à do Sol. Devido à quantidade de energia que ela gera e erupções
ultravioletas, acredita-se que Sco X-1 seja um sistema de estrelas duplas, sendo
um dos membros uma estrela de nêutrons. As emissões parecem serem provocadas
pelo material das estrelas que cai sobre a estrela de nêutrons. À medida que
este material vai em direção à estrela de nêutrons, ele rodopia formando um
disco de acreção. Quando ele gira e cai, sua temperatura aumenta atingindo
milhões de graus Kelvin, e emite raios X e outros comprimentos de onda.
4. As binárias de raios X são sistemas de estrelas duplas nos quais a estrela
mais densa só pode ser detectada através de suas emissões de raios X.
Astronomia Infravermelha
Estudo do espaço utilizando radiações com comprimentos de onda que variam de
7.800 angstroms (luz vermelha) até 1 milímetro (microonda). A parte
infravermelha do espectro é composta em sua maior parte por comprimentos de onda
que nós percebemos como quentes. O corpos celestes cuja radiação é composta
basicamente por ondas infravermelhas não são tão quentes quanto o Sol, cuja
radiação é formada principalmente por ondas de comprimento visíveis. Como o
vapor d'água da atmosfera absorve a maior parte das radiações infravermelhas, os
estudos deste tipo de radiação são mais precisos quando os instrumentos são
levados para além da atmosfera terrestre. Em 1983, os Países Baixos, o Reino
Unido e os Estados Unidos lançaram o Satélite Astronômico Infravermelho (IRAS),
que descobriu, dentre outras coisas, nuvens de resíduos ao redor das estrelas
Vega e Fornalhault. O satélite IRAS é tão sensível que pode detectar o calor do
bulbo de uma lâmpada situado a uma distância equivalente à de Plutão.
Astronomia Ultravioleta
Estudo dos corpos celestes do universo que irradiam, basicamente, energia
ultravioleta, que se situa entre a luz visível e os raios X, e cujo comprimento
de onda varia entre 3.00 e 3000 angstrons (1 angstrom = Centésima milionésima
parte de um metro). Estas investigações revelam uma atividade violenta já que um
objeto celeste precisa ser aquecido acima de 50.000 graus para irradiar
basicamente raios ultravioleta. Utilizando a astronomia ultravioleta é possível
compreender alguns dos processos dinâmicos nas vidas e na evolução das estrelas
e das galáxias, assim como identificar quais os elementos presentes no espaço
intersideral e examinar a atmosfera das estrelas e dos planetas. Apenas os
satélites espaciais podem observar as fontes de raios ultravioleta porque a
maior parte deles não penetra na atmosfera terrestre.
Átomo
Bloco de matéria. O átomo é formado por três partes principais: prótons e
nêutrons, que formam o núcleo, e elétrons que circundam o núcleo. O átomo possui
uma quantidade igual de elétrons e prótons e é classificado de acordo com o
número de prótons que há em seu núcleo.
Auriga (Cocheiro)
Proeminente constelação boreal em forma de pentágono, mais visível no inverno.
Esta constelação divide a estrela El Nath como o chifre de Touro. A constelação
de Cocheiro representa uma cena confusa de um homem dirigindo uma caçarola e
segurando um cabrito. Cocheiro é formada por uma estrela brilhante amarela
chamada Capella ("cabra mãe" em árabe) e três estrelas próximas (os filhotes).
Aurora
Lençóis fluorescentes de luz vistos próximos aos Pólos Norte e Sul. Chamada de
Aurora Boreal no norte e Aurora Austral no sul, são compostas por luzes que
variam entre o vermelho e o verde, e podem ir e vir em segundos ou permanecer
por diversos minutos.
Os cientistas lançaram muitos foguetes e satélites com o intuito de estudar as
luzes do norte. Eles acreditam que estas luzes são provenientes de erupções
solares que vão em direção à Terra. A medida que as partículas caem na atmosfera
elas fazem brilhar as moléculas de oxigênio e nitrogênio . Estas erupções
luminosas acontecem num ciclo de onze anos de violenta atividade. Recentemente,
os cientistas descobriram que as auroras dos hemisférios norte e sul estão
ligadas pelo campo magnético da Terra.
Uma imagem ultra-violeta da Terra mostra uma aurora, em forma de anel,
circundando o pólo sul (marcado como uma cruz). A aurora forma este anel porque
as partículas carregadas do vento solar seguem as linhas da força magnética
(flechas).
As lindas luzes do norte podem assumir diversas formas.


Letra B


Baade Walter (1893-1960)
Nos anos 40, através da utilização do telescópio de 254 cm do Monte Wilson Baade
descobriu que a distância até a Galáxia de Andrômeda era duas vezes maior do que
se pensava. Isto fez com que os astrônomos duplicassem a escala que usavam para
medir as distâncias inter-galáticas (a distância entre galáxias), efetivamente
dobrando o tamanho do universo. Baade tornou-se a primeira pessoa a tirar fotos
de estrelas isoladas da Galáxia de Andrômeda. Também descobriu a existência de
dois tipos de Estrelas, População 1 e População 2, cuja diferença está na
quantidade de metais pesados que elas contém. As estrelas da População 2 são
mais antigas e possuem poucos metais pesados, enquanto as da População 1 são
mais jovens e contém uma quantidade maior de metais pesados.
Baricentro
Centro de gravidade da massa de dois planetas que orbitam um ao outro. O termo
baricentro geralmente é aplicado ao sistema Terra-Lua.
Bayer, Johann (1572-1625)
Astrônomo alemão que criou um sistema, utilizado até hoje, de nomear as estrelas
com letras do alfabeto grego e latino por ordem de luminosidade na constelação
onde se encontram. Por exemplo, a estrela mais brilhante da constelação de
Dragão seria Alfa de Dragão, a segunda Beta de Dragão, e assim por diante. Em
1603, publicou o primeiro atlas sideral, contendo mais de 2.000 estrelas,
chamado "Uranometria".
Bean, Alan Lavern (1932)
Astronauta americano que pousou na Lua com a missão Apolo 12 e comandou a
segunda estação espacial Skylab.
Bessel, Friederich Wilhelm (1784-1846)
Primeira pessoa a medir a distância entre a Terra e as estrelas. Ele calculou a
posição de mais de 50.000 estrelas. Em 1838, determinou a distância até a
estrela 61 Cygni, e seu cálculo de 10,3 anos-luz é muito próximo à distância
considerada atualmente de 11,3 anos-luz. Em 1844, Bessel analisou o movimento
das estrelas Sirius e Procyon e chegou à conclusão de que elas possuíam
companheiras invisíveis. Os cálculos atuais mostram que Bessel estava correto:
existem anãs brancas próximas a estas duas estrelas. O método utilizado por ele
de análise do movimento das estrelas para determinar se elas possuem
companheiras invisíveis é utilizado até hoje.
Betelgeuse
Estrela vermelha gigante, situada a 650 anos-luz. Ela é tão grande que se 300
sóis iguais ao nosso fossem colocados dentro dela, ainda sobraria espaço.
Betelgeuse é uma estrela variável cujo tamanho varia de 300 a 420 vezes o
tamanho do sol a cada 400 dias e cuja magnitude se alterna entre 0,4 e 0,9.
Um instrumento especial chamado interferômetro mostrou que esta estrela
apresenta características semelhantes às do sol , com áreas claras e escuras.
Bethe, Hans Albrecht (1906)
Em 1938 explicou que as estrelas utilizam a fusão como fonte de energia, e, em
1967, recebeu o Prêmio Nobel de Física por este trabalho.
Big Bang
Explicação mais plausível para a criação do Universo. Esta teoria, desenvolvida
por Friedmann e Lemaitre no anos 20 e adaptada por Gamow nos anos 40, diz que o
Universo foi criado a 15 bilhões de anos atrás quando a bola de fogo original
contendo todo o espaço, tempo e matéria começou a se expandir. Antes disto, tudo
(espaço, tempo e matéria) existia num espaço tão pequeno quanto o ponto ao final
desta sentença. Já que as leis da física conhecidas hoje não existiam antes do
Big Bang, é impossível determinar que forma a matéria tomou. A medida que o
universo se expandiu, ele não se transformou em algo conhecido, pois nada
existia. É melhor não imaginarmos esta expansão de fora para dentro e sim de
dentro para fora. Num certo sentido o universo criou o espaço no qual se
expandiu.
Esta teoria, é baseada na hipótese do Universo ser homogêneo (ou igual em toda
parte) e nas teorias da gravidade de Einstein estarem corretas; ela é também
referendada pela presença de radiação cósmica de fundo. Antes do Big Bang o
Universo era insuportavelmente quente. A medida que ele começou a se expandir
iniciou-se um processo de resfriamento. Atualmente a temperatura do Universo,
medida pelo Explorador Cósmico de Fundo é de 2,276K.
Binária Eclipsante
Sistema de estrelas duplas no qual, visto da Terra, uma estrela passa em frente
à outra. Durante a órbita o fluxo de luz deste sistema sideral varia de maneira
uniforme. O eclipse primário acontece quando a estrela de brilho menos intenso
passa em frente da mais brilhante, fazendo com que a luminosidade seja
drasticamente reduzida. O eclipse secundário ocorre quando a estrela mais
brilhante passa em frente da outra, reduzindo pouco a luminosidade. O tamanho
destas estrelas pode ser determinado calculando-se quanto tempo uma estrela leva
para passar em frente à outra. A estrela Algol, descoberta por Goodricke em
1782, foi a primeira a ser classificada como uma binária eclipsante.
Binária Visual
Veja Estrela Binária.
Binárias Espectroscópicas
Estrela dupla cuja órbita é tão próxima à da companheira que não podem ser
vistas em separado, mesmo com o auxílio de um telescópio. Quando uma das
estrelas aproxima-se de nós, a outra se afasta, e, isto faz com que um dos
espectros fique azulado enquanto o outro se avermelha. Em 1889, E.C. Pickering
descobriu a primeira estrela binária espectroscópica: Mizar.
Quando duas estrelas possuem brilho quase igual elas são chamadas de binárias de
linha dupla. Os astrônomos podem fotografar seus diferentes espectros e calcular
a massa de cada estrela. Se o brilho de uma das estrelas é mais intenso do que o
da outra ela é chamada de binária espectroscópica de linha única. Os astrônomos
só podem determinar a massa destas estrelas.
Os astrônomos utilizam as binárias espectroscópicas para localizar companheiras
invisíveis. Se uma estrela luminosa orbita uma estrela de nêutrons ou um buraco
negro, seu espectro se alterará revelando a massa de sua companheira invisível.
Bode, Johann Elert (1747-1826)
Astrônomo alemão que em 1801 criou o primeiro mapa acurado de todas as estrelas
que podem ser vistas a olho nu.
Bok, Bart J. (1906-1983)
Astrônomo americano, nascido na Holanda, conhecido pelos seus estudos sobre os
glóbulos de Bok (pequenos glóbulos escuros de gás que se sobressaem num fundo
claro) e a Via Láctea. Ele e Priscilla Bok popularizaram a astronomia quando
escreveram "A Via Láctea", em 1941.
Bola de Fogo
Meteoro luminoso em forma de bola magnitude é no mínimo -4. Alguns destes
meteoros são tão brilhantes que sua magnitude atinge -25. Algumas vezes, um
meteorito se desintegra à medida que cai através da atmosfera e, freqüentemente,
com uma explosão sônica, produz um bólido (um meteoro explosivo).
Bólido
Meteoro em processo de explosão.
Bootes (Boieiro)
Grande constelação boreal situada próxima à Ursa Maior e à Coroa Boreal, mais
visível na primavera. A estrela mais brilhante da constelação de Boieiro é a
gigante laranja Arcturus. Esta constelação possui estrelas duplas como Épsilon
de Boieiro, que é também chamada de Izar e Pulcherrima.
Borman, Frank (1928)
Comandante da missão Apolo 8, que orbitou a lua 10 vezes entre os dias 24 e 25
de dezembro de 1968.
Braço de Sagitário
Braço espiral da Via Láctea que se situa entre seu núcleo e o núcleo galáctico.
Braços Espirais
Grupos de estrelas jovens e brilhantes que se movimentam para longe do centro
das galáxias espirais.
Bradley, James (1693-1762)
Astrônomo inglês descobridor da nutação e da aberração da luz das estrelas.
Brahe, Tycho (1564-1601)
Astrônomo dinamarquês que pretendia estudar Direito, porém ficou tão
impressionado pela visão de um eclipse solar em 1560 que decidiu estudar
astronomia. Após descobrir que os estudos das estrelas existentes na sua época
não eram acurados, decidiu fazer a sua própria análise. Suas observações, que de
tão precisas foram utilizadas por Kepler como base para o cálculo de suas leis
sobre o movimento planetário, questionaram a visão difundida de um universo
sideral imutável. Em 1572, ele descobriu a supernova da Constelação de
Cassiopéia que foi chamada de Supernova de Tycho. Contudo Brahe acreditava que o
universo era geocêntrico, mesmo após o aparecimento de um cometa em 1577 que
demonstrou que os planetas não orbitavam a Terra em esferas de cristal.
Apesar de descartar a hipótese das estrelas estarem localizadas numa globo que
circundava a Terra, ele acreditava que todos os corpos celestes estavam na
órbita da Terra. Ele propôs um sistema no qual os outros planetas e os cometas
orbitavam o Sol enquanto o Sol e a Lua orbitavam a Terra.
Brilho da Terra
Iluminação fantasmagórica da parte escura da lua crescente pela reflexão da luz
do Sol na Terra. É a nossa própria luz refletida de volta pela superfície da
Lua.
Buraco Negro
Objeto compacto com incrível densidade. Na teoria, o espaço ocupado por um
buraco negro é menor do que a cabeça de um alfinete. Isto é chamado de
singularidade. Qualquer coisa que se aproxime do horizonte de eventos (onde a
velocidade de fuga supera a da luz) é engolida pela gravidade extremamente forte
do buraco negro. Uma vez dentro do buraco negro, não há como escapar. Os buracos
negros podem se formar de diversas maneiras. Por exemplo, eles podem ser o
núcleo que sobrou de uma supernova cuja massa era três vezes superior à do Sol.
Quando uma estrela não mais consegue fundir os átomos para produzir a energia
necessária para manter suas camadas externas, estas camadas caem sobre o núcleo.
Quando a massa final de uma estrela é três vezes superior à massa solar, o peso
de suas camadas externas é tão grande que nenhuma força consegue sustentá-las.
Então, estas camadas vão se partindo e caindo sobre o núcleo, formando um buraco
negro.
Como nada pode escapar de um buraco negro, é impossível detectá-los diretamente.
Eles são descobertos a partir da análise do efeito de sua gravidade nas estrelas
próximas. Por exemplo, acredita-se que o sistema de raios X Cygnus X-1 possua um
buraco negro, pois uma das estrelas deste sistema possui uma massa tão volumosa
que só pode ser uma estrela de nêutron ou um buraco negro. Também foram
detectadas emissões de raios X a partir deste sistema, que se devem,
provavelmente, a existência de um buraco negro que está engolindo pedaços de sua
companheira, os quais emitem a energia na forma de raios X à medida que entram
em forma de espiral e a alta velocidade no buraco negro. A matéria que vai
entrando em forma de espiral no buraco negro é denominada "disco de acreção". Em
maio de 1994 foi anunciado que o Telescópio Espacial Hubble havia encontrado
evidências conclusivas das existência de um buraco negro no centro da galáxia
M87, localizada a 50 milhões de anos-luz. Este buraco negro, cuja massa é
estimada em dois bilhões de vezes a do sol, foi detectado através da presença de
uma nuvem de gás espiralando ao seu redor a uma velocidade de 1,2 milhas por
hora, com temperatura de 18.000º F. Tanto a temperatura, quanto a velocidade do
gás convenceram os astrônomos de que ele está sendo engolido por um buraco
negro. Os astrônomos também acreditam na existência de buracos negros similares
no centro de outras galáxias, inclusive na Via Láctea.
O astrofísico Stephen Hawking considerou a possibilidade da existência de um
outro tipo de buraco negro, com massa similar a de um asteróide, que teria sido
formado bilhões de anos atrás a partir do calor gerado pelo Big Bang. Estes mini
buracos negros poderiam criar prótons, anti-prótons e partículas sub-atômicas.
Contudo, eles desapareceriam ocasionalmente: durante a criação de elétrons e
anti-élétrons (que destruiriam uns aos outros), eles perderiam sua energia e
"evaporariam".
Burbidge, Eleanor Margaret (1922) e Geoffrey (1925)
Astrofísicos britânicos que em 1956, em conjunto com William Fowler e Fred
Hoyle, descobriram que há a formação, através de fusão, de elementos mais
pesados do que o hidrogênio nas estrelas. Esta afirmação contradizia a teoria
anterior de que todos os elementos teriam sido criados durante o Big Bang. Os
Burbidge também notaram que os Quasares apresentam nuances vermelhas nas linhas
de seus espectros, demonstrando que eles estão perdendo matéria. Além disso,
Eleanor Burbidge utilizou a rotação das galáxias para calcular suas massas.


Letra C


Cabeleira
1. Imperfeição num telescópio que distorce as estrelas mais distantes dando-lhes
a aparência de um cometa ou de um objeto em forma de pêra.
2. Camada de gás que circunda o núcleo de um cometa.
Cabo Canaveral
Local na costa atlântica da Flórida onde está situado o Centro Espacial Kennedy,
que tem sido utilizado como base de lançamento das espaçonaves americanas desde
1947. Entre 1963 e 1973 o Cabo Canaveral foi chamado de John F. Kennedy. O
edifício que abriga a construção das aeronaves (VAB) é tão grande que possui
condições climáticas próprias.
Cadeia Próton-Próton
Fusão nuclear que produz hélio a partir do hidrogênio. São necessários quatro
núcleos de hidrogênio, que também são prótons, para fundir um átomo de hélio. O
Sol transforma quase 600 milhões de toneladas de hidrogênio em hélio, através
deste processo, a cada segundo. Sete por cento, ou aproximadamente 4 milhões de
toneladas, deste material é convertido em energia.
Caelum (Buril)
Pequena e esmaecida constelação austral localizada ao sul de Orion.
Calendário
Sistema utilizado para medir a duração de um ano e depois dividi-lo em unidades
menores, tais como meses, semanas e dias. O calendário mais utilizado atualmente
é o Gregoriano, criado em 1582, contendo 365,2422 dias.
Os primeiros calendários baseavam-se provavelmente nas fases da Lua. Usando-se
este método, ficou determinado que o mês era composto por 29,53 dias. Existiam
doze meses lunares num ano lunar, portanto, o ano lunar possuía 354,36 dias, 11
dias a menos do que a Terra realmente leva para circundar o Sol. Essa diferença
de das fez com que o calendário entrasse em descompasso com o ano solar e
agrícola. Júlio César percebeu este fato e, juntamente com o astrônomo
Sosigenes, criou um novo calendário chamado Juliano. Nele no quarto ano
acontecia o acréscimo de um dia.
Contudo, com esse calendário, para cada 358 adições deveriam existir 3
alterações a mais. Este erro, que poderia ser considerado pequeno, faria com que
o calendário Juliano tivesse 10 dias a menos em 1545. O papa Gregório XIII
solicitou então um novo calendário que lhe foi enviado por Chritopher Clavis.
Neste calendário, chamado de Gregoriano, só poderiam ocorrer anos bissextos nos
anos divisíveis por quatro .
Calisto
Segunda maior lua de Júpiter (4.900 km; 3.100 milhas). Esta lua, descoberta por
Galileo, é a mais escura e menos densa, tem a superfície cheia de crateras,
mostrando não ter sido alterada por atividade geológica desde a sua formação. Em
Calisto existe uma cratera formada por um meteoro gigante, com extensão de 2.600
km (1.612 milhas), chamada Valhalla.
Camelopardis (Girafa)
Grande e pálida constelação situada próxima a Polaris . Foi vista pela primeira
vez pelo matemático alemão Jakob Bartsch. Ele a definiu como sendo o camelo que
levou Rebeca até Isaac.
Campo de Provas de Areias Brancas
Local de testes das Forças Armadas americanas situado em Areias Brancas, no Novo
México, que foi utilizado pela primeira vez em 1945 para testar o foguete de
sondagem American Wac Corporal. Mais tarde von Braun utilizou esta base para
lançar os foguetes V-2 capturados durante a Segunda Guerra Mundial. Esta área
ainda é utilizada para testar mísseis e ogivas de combate.
Câncer (Caranguejo)
Constelação zodiacal de pouco brilho, situada próxima a Hidra. Ela é mais
visível no inverno e nela localiza-se o aglomerado aberto Praesepe (M44, o
Apiário).
Câncer, Trópico de
Ponto mais distante ao norte do Equador onde passa o Sol. O Sol aparece acima
desta latitude (23,5º durante o solstício de verão.
Canes Venatici (Cães de Caça)
Constelação boreal situada entre a Ursa Maior e Boieiro, onde está a linda
galáxia Espiral (M51).
Canis Major (Cão Maior)
Proeminente constelação austral situada próxima a Popa, onde está Sirius, a
estrela mais brilhante dos céus. Ela é mais visível no inverno.
Canis Minor (Cão Menor)
Pequena constelação próxima a Gêmeos. Tanto ela quanto Cão Maior representam os
cachorros de Orion aos pés de quem repousam.
Canopus
Segunda estrela mais brilhante dos céus (magnitude -0,72). Por esta brilhante e
supergigante estrela amarela estar separada das demais estrelas ela é
freqüentemente utilizada como guia pelas espaçonaves.
Capella (Alfa de Auriga)
Sistema sideral duplo cujos elementos são três vezes maiores do que o Sol. Com
magnitude aparente 0,09, esta é a sétima estrela mais brilhante dos céus.
Capricórnio, Trópico de
Latitude mais distante ao sul (-23,5º) onde o Sol aparece. Este acontecimento
acontece no solstício de inverno.
Capricornus (Capricórnio)
Pequena constelação zodiacal próxima a Sagitário, mais visível no verão.
Carina (Quilha)
Constelação austral próxima a Popa onde se situam a brilhante estrela Canopus, a
estrela variável Eta de Quilha e diversas nebulosas.
Carpenter, Malcolm Scott (1925)
Em 24 de maio de 1962 tornou-se o segundo homem a percorrer a órbita da Terra,
circundando-a três vezes.
Cassini, Divisão de
Lacuna elíptica com extensão de 2.700 km (770 milhas) entre os anéis A e B de
Saturno detectada por Giovanni Cassini. Embora este espaço não esteja totalmente
vazio, suas partículas são removidas pelo efeito gravitacional da lua Mimas de
Saturno.
Cassini, Giovanni Domenic (1625-1712)
Astrônomo ítalo-francês que calculou o período de rotação de Júpiter como sendo
de quatro minutos e mais tarde fez o mesmo com relação a Marte. Em 1668 preparou
tabelas detalhadas sobre a órbita de quatro satélites de Júpiter, que mais tarde
foram utilizadas por Roemer para determinar a velocidade da luz. Cassini
tornou-se diretor do Observatório de Paris, onde descobriu a existência de
quatro satélites de Saturno, detectando, em 1675, uma falha nos anéis deste
planeta, que posteriormente foi batizada com seu nome. Esta falha mostrou que os
anéis de Saturno não eram sólidos e fez com que Cassini descobrisse que os anéis
eram compostos por um sem número de partículas, cada qual numa órbita. Em 1672
Cassini, auxiliado por Richer, calculou a distância até Marte, fornecendo-nos
uma acurada escala de distâncias no sistema solar.
Cassiopéia (Cassiopéia)
Constelação boreal cujo nome foi dado em homenagem a um rainha da mitologia
grega, mas que a primeira vista se assemelha à letra W. A ponta deste W parece
um dedo apontando em direção à Estrela do Norte.
Castor
Uma das duas estrelas mais luminosas de Gêmeos. Quanto mais de perto se observar
Castor, situada a 45 anos-luz, mais estrelas poderão ser vistas. À distância
parece ser uma única estrela. Com a utilização de um telescópio descobre-se que
essa estrela é formada por duas estrelas com magnitudes 1,96 e 2,89 , que
desenham órbitas em volta delas mesmas a cada 420 anos. Instrumentos especiais
revelaram que estas duas estrelas são na verdade estrelas duplas. Além disso
Castor tem também duas anãs vermelhas escondidas, o que eleva o total para seis
estrelas.
Centaurus (Centauro)
Constelação austral situada próxima à constelação de Lobo e o Cruzeiro do Sul.
Nela encontra-se Alfa do Centauro, o sistema sideral mais próximo do sol e a
terceira estrela mais brilhante dos céus, e Omega de Centauro, o aglomerado
globular mais luminoso que existe.
Centro da Massa
Localização imaginária no total da massa que forma um objeto. Esta localização é
utilizada para calcular a atração gravitacional de um objeto.
Centro de Pesquisas Langley
Prédio da NASA, situado na região norte do estado da Virgínia, utilizado para
projetos de tecnologia aeronáutica e astronômica.
Centro Espacial Johnson
Divisão da NASA localizada próxima a Houston, Texas, onde está o Controle das
Missões, pós-lançamento, tripuladas por seres humanos.
Centro Espacial Kennedy (KSC)
Complexo da NASA, com 84.000 acres, localizado em Cabo Canaveral, na Flórida. O
Centro Espacial Kennedy é a primeira base de lançamento civil.
Cepheus (Cefeu)
Constelação boreal situada entre Cassiopéia e Dragão cujo nome foi dado em
homenagem ao marido de Cassiopéia. Nela está a estrela Delta de Cefeu, a
primeira Variável Cefeu identificada.
Ceres
Com diâmetro de 913 km (567 milhas), Ceres, o maior asteróide conhecido, possui
um terço da massa de todos os asteróides. Localizado a 257.120.000 milhas do
Sol, sua órbita é de 1.682 dias. Ceres, cuja magnitude é 6,9 e não consegue ser
visto a olho nu. Ele foi o primeiro asteróide a ser descoberto.
Cernan, Eugen Andrew (1934)
Além de ter sido o comandante da Apolo 17, última missão Apolo à lua, detém, em
conjunto com Jack Schmitt, o recorde da maior exploração lunar: passou 22 horas
na superfície da lua durante uma visita de três dias, em 1972.
Cerro-Tololo, Observatório Inter-Americano
Observatório situado na montanha Cerro-Tololo no Chile que possui o maior
telescópio (400 cm) do hemisfério sul. Ele é dirigido pela "Associação das
Universidades para Pesquisas em Astronomia"(AURA). Este observatório é famoso
pelos seus estudos sobre as Nuvens de Magalhães, a Via Láctea e as fontes de
raios X.
Cetus (Baleia)
Constelação equatorial próxima a Peixes, mais visível no outono. Nela está Mira
(que significa "Maravilhosa"), um estrela cujo brilho muda aleatoriamente,
chegando freqüentemente a desaparecer completamente.
Chandrasekhar, Subrahmanyan (1910)
Astrofísico indiano que lançou o argumento de que qualquer estrela,
independentemente de sua massa, se tornaria uma anã branca. Chandrasekhar
descobriu que as estrelas que chegam ao fim de sua existência com massa superior
a 1,44 vezes a do Sol, conhecido como o limite de Chandrasekhar, não conseguem
suportar seu peso como anãs brancas transformando-se então em estrelas nêutron.
Chamaeleon (Camaleão)
Constelação austral de pouco brilho próxima a Mosca e Oitante.
Chuva de Meteoros
Fenômeno que acontece quando uma quantidade de meteoros maior do que a usual
irradia de um único ponto do céu. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra
passa por uma região de poeira no rastro de um cometa. A maior parte destas
chuvas apresenta 50 meteoros por hora, mas em algumas ocasiões eles podem ser
até 100 por minuto.
Ciclo Solar ou Ciclo das Manchas Solares
Período de onze anos no qual a atividade das manchas solares parece se repetir.
Heinrich Schwabe descreveu o ritmo solar em 1843, como sendo um ciclo de 10
anos. Posteriormente, os cientistas descobriram que o ciclo dura 11 anos, mas
que pode variar entre 7 e 17 anos.
F.G.W. Sporer notou que, próximo ao início do ciclo, as manchas solares emergem
nas latitudes médias ao sul ou ao norte do equador solar. Depois, as manchas se
aproximam do equador, tornando-se mais numerosas durante 4,5 anos. Nos 6,5 anos
seguintes, as manchas diminuem. Próximo ao fim do ciclo, podem ser vistas
manchas antigas no equador, enquanto as novas se fundem.
A atividade das manchas solares pode afetar outras tempestades presentes na
superfície solar. Violentas explosões como as erupções e as protuberâncias
seguem um ciclo similar de 11 anos. Elas podem ser governadas pelo campo
magnético do Sol, que muda de direção a cada ciclo de manchas solares e que
possui um ritmo próprio de 22 anos. Durante o auge do ciclo surgem ventos
solares e há ação na cromosfera e na coroa solar Acredita-se que este ciclo de
11 anos tenha reflexos até no campo magnético e nas características
meteorológicas da Terra, que também apresenta um ciclo similar.
Cintilação
Brilho cintilante de uma estrela provocado pelas correntes na atmosfera da
Terra. Quando a luz das estrelas brilha através da atmosfera, este brilho é
refratado pelas partículas da turbulenta atmosfera da Terra. Este fenômeno
acontece no primeiros 8 km da atmosfera e provoca problemas de má visão, pois
não permite que os astrônomos obtenham uma boa resolução de imagem. Para escapar
da cintilação os astrônomos construíram observatórios no picos das montanhas,
acima das camadas turbulentas da atmosfera. O melhor observatório do mundo é o
Mauna Kea no Havaí, que está situado a 13.000 pés acima do nível do mar, e,
portanto, acima da maior parte da atmosfera da Terra. Outra maneira de superar
as cintilações é enviar foguetes para fora da atmosfera terrestre ou construir
observatórios sobre a água.
Cinturão de Radiação
Veja Cinturão de Van Allen
Circinus (Compasso)
Constelação austral próxima a Centauro.
Cisne X-1
Fonte de violentas emissões de raios X detectada por satélites de observação.
Localizado na constelação de Cisne, acredita-se que seja um buraco negro que
está engolindo as camadas externas de sua estrela companheira.
Claridade de Gegenschein
Claridade descoberta em 1854, cuja localização se opõe ao Sol quase no plano da
eclíptica e é mais visível no outono e na primavera. Esta luz é provocada por
partículas de poeira distantes que refletem a luz do Sol.
Clark, Alvan (1804-1887)
Fabricou lunetas de refração tão grandes que quebrou cinco vezes o recorde
mundial. Uma destas lunetas, com refrator de 101 cm (40 polegadas) é até hoje a
maior do mundo. Seu filho George descobriu a estrela Canícula (Sirius B), a anã
branca companheira da estrela Sirius, quando testava uma luneta.
Clementina
Espaçonave lunar americana projetada para testar a durabilidade dos equipamentos
eletrônicos. Nela estavam uma câmera CCD, uma câmera para ondas de luz visuais e
infravermelhas, e duas outras para ondas de luz infravermelhas próximas e
distantes. Também possuía dois equipamentos, denominados rastreadores de
estrelas, que eram a parte principal das observações militares. Clementina
deveria ficar na órbita da Lua e depois passar pelo asteróide Geographos. Porém,
devido a uma falha que fez com que os motores funcionassem durante 11 minutos
consumindo o estoque de combustível, não sobrevoou o asteróide. Contudo, esta
missão foi um grande sucesso devido ao fantástico mapeamento de toda a
superfície lunar.
Collins, Michael (1930)
Piloto do módulo de comando da Apolo 11 em julho de 1969; ele permaneceu na nave
Columbia enquanto Neil Armstrong e Edwin Aldrin aterrissavam na Lua.
Columba (Pomba)
Pequena constelação austral situada próxima a Cão Maior.
Coluna do Sol
Feixe vertical de luz que aparece sobre o sol poente ou nascente.
Coma Berenices (Cabeleira de Berenice)
Pequena constelação situada sob o puxador da Grande Caçarola, que possui
inúmeras galáxias. Diz-se que a Cabeleira de Berenice foi o presente dado a s
deuses pela Rainha Berenice do Egito em agradecimento ao retorno de seu marido.
Cometa
Pequeno corpo celeste na órbita do Sol. O que os diferencia dos asteróides é seu
núcleo formado por materiais voláteis e sua órbita ovalada. Apesar de ser
formado por gelo, o núcleo de um cometa, que é sua característica permanente, é
muito frágil. A medida em que os cometas se aproximam do sol, a radiação deste
último transforma parte do material volátil dos cometas numa cauda (a palavra
cometa deriva de uma palavra grega que significa "cabeludo"). Esta cauda é
puxada pelo vento solar. O comprimento médio da cauda é de 100 milhões de km (62
milhões de milhas), e o tamanho médio do núcleo é de 10 km (6,2 milhas). O
albedo de um cometa (2% a 4%) é um dos mais baixos dentre todos os objetos do
sistema solar.
Os nomes dos cometas são dados de acordo com o ano e a ordem em que foram
descobertos (ex.: 1990a, 1990B, etc.). Mais tarde eles são novamente nomeados de
acordo com a data em que atingiram o periélio (ex.: 1990I, 1990II, etc.).
Os cometas podem ser divididos em três categorias de acordo com a duração de sua
órbita: curtos (menos de 20 anos), intermediários (entre 20 e 200 anos) e longos
(mais de 200 anos). Neste sistema o cometa Halley seria classificado como
intermediário.
Como as civilizações antigas acreditavam que os céu era perfeito e estável, o
aparecimento de um cometa era considerado como um presságio de fome e morte. Só
a partir dos anos de 1500, quando Tycho Brahe concluiu que os cometas faziam
parte do sistema solar, foi que as pessoas passaram a acreditar que os cometas
eram corpos celestes.
A teoria atual sobre os cometas, descrita em 1950 por Fred Whipple, é
freqüentemente chamada de teoria da "bola de neve suja". Esta teoria diz que os
cometas são compostos basicamente por gelo contendo partículas de sujeira. A
medida que o cometa se aproxima do sol, parte destas partículas é liberada
formando a cauda. Em conseqüência disto, após o cometa percorrer a órbita do sol
um determinado número de vezes, ele se decompõe.
Os cometas são gerados pela Nuvem Oort, uma nuvem com material situada entre
40.000 e 50.000 u.a.. A existência d Nuvem Oort foi descoberta por Jan Hendrick
Oort e confirmada por Brian G. Marsden. Acredita-se que esta nuvem tenha sido
formada a partir do disco de acreção que formou os planetas.
Comprimento de Onda
Distância entre os picos das ondas eletromagnéticas. Freqüentemente medido em
angstrons, o comprimento de onda é igual à velocidade da onda dividida por sua
freqüência.
Condrita
Meteoritos rochosos que carregam consigo pequenos pedaços de pedra, chamados
côndrulos. Quarenta e oito porcento de todos os meteoritos são condritas.
Condrita Carbonácea
Tipo de meteorito contendo carbono e condrita que, excluindo seus elementos
voláteis, possui composição química similar à do Sol.
Conjunção
1. Dois planetas que parecem se aproximar um do outro a partir da perspectiva
terrestre.
2. Um alinhamento no céu: a) Conjunção Inferior: quando um planeta fica em linha
com a Terra e o Sol, de forma a ficar entre eles; e b) Conjunção Superior:
quando um planeta fica em linha com a Terra e o Sol , de forma que o Sol fica
entre a Terra e o planeta.
Conjunção Superior
Alinhamento de Mercúrio ou Vênus com o Sol e a Terra, com Mercúrio ou Vênus
posicionados no lado oposto do Sol em relação à Terra.
Conjunção Inferior
Linha orbital que se forma quando a Terra, o Sol e Mercúrio ou Vênus estão
alinhados, com Mercúrio ou Vênus entre a Terra e o Sol.
Conrad, Charles (1930)
Astronauta americano que comandou a segunda Missão Apolo que aterrissou na Lua e
a primeira tripulação do Skylab.
Constante Solar
Quantidade de calor que incide sobre uma superfície teórica perpendicular aos
raios solares e fora da atmosfera terrestre. O astrofísico americano Charles
Greeley Abbot (1872-1973) foi a primeira pessoa a calcular a constante solar.
Quando a Terra está a uma distância média do Sol, o valor aceito é de 2 calorias
por minuto por centímetro quadrado, o que eqüivale a 1,3 quilowatt por metro
quadrado. A constante solar apresenta uma variação de 1 a 2% devido à atividade
solar variável.
Constelação
Desenho formado por um grupo de estrelas no céu. Devido à tendência que as
pessoas possuem de visualizar objetos familiares em formas aleatórias, a maior
parte das civilizações ao olhar os céus criou suas próprias constelações. Porém
poucas delas sobreviveram até os dias atuais. A maior parte das constelações
conhecidas hoje em dia, incluindo as doze constelações zodiacais, são as
listadas por Ptolomeu em 150 A.C.. As constelações zodiacais representam figuras
da mitologia grega. Os nomes das constelações são em Latim, seguindo inclusive
as declinações.
ConstelaçãoNome em PortuguêsOrdem de Grandeza
AndromedaAndrômeda19
AntilaMáquina Pneumática62
ApusAve do Paraíso67
AquariusAquário10
AquilaÁguia22
AraAltar63
AriesÁries ou Carneiro39
AurigaCocheiro21
BootesBoieiro13
CaelumBuril81
CamelopardalisGirafa18
CancerCâncer ou Caranguejo31
Canes VenaticiCães de Caça38
Canis MajorCão Maior43
Canis MinorCão Menor71
CapricornusCapricórnio40
CarinaQuilha34
CassiopeiaCassiopéia25
CentaurusCentauro9
CepheusCefeu27
CetusBaleia4
ChamaeleonCamaleão79
CircinusCompasso85
ColumbaPomba54
Coma BerenicesCabeleira de Berenice42
Corona AustralisCoroa Austral80
Corona BorealisCoroa Boreal73
CorvusCorvo70
CraterTaça53
CruxCruzeiro do Sul88
CygnusCisne16
DelphinusGolfinho69
DoradoDourado72
DracoDragão8
EquuleusCavalo Menor87
EridanusEridano6
FornaxForno41
GeminiGêmeos30
GrusGrou45
HerculesHércules5
HorologiumRelógio58
HidraHidra1
HydrusHidra Macho61
IndusÍndio49
LacertaLagarto68
LeoLeão12
Leo MinorLeão Menor64
LepusLebre51
LibraBalança29
LupusLobo46
LynxLince28
LyraLira52
MensaMesa75
MicroscopiumMicroscópio66
MonocerosUnicórnio35
MuscaMosca77
NormaEsquadro74
OctansOitante50
OphiuchusSerpentário11
OrionÓrion26
PavoPavão44
PegasusPégaso7
PerseusPerseu24
PhoenixFênix37
PictorPintor59
PiscesPeixes14
Piscis AustrimusPeixe Austral60
PuppisPopa20
Pyxis(=Malus)Bússola65
ReticulumRetículo82
SagittaFlecha86
SagittariusSagitário15
ScorpiusEscorpião33
SculptorEscultor36
ScutumEscudo84
SerpensSerpente23
SextansSextante47
TaurusTouro17
TelescopiumTelescópio57
TriangulumTriângulo78
Triangulum AustraleTriângulo Austral83
TucanaTucano48
Ursa MajorUrsa Maior3
Ursa MinorUrsa Menor56
VelaVela32
VirgoVirgem2
VolansPeixe-Voador76
VulpeculaRaposinha55

Constelação Zodiacal
Faixa com 15 graus de largura formada por constelações através das quais a Lua,
os planetas (com exceção de Plutão) e o Sol, parecem que se movimentam. Devido à
precessão, o Sol não passa mais por estas constelações nas datas em que
costumava fazê-lo. As constelações presentes no círculo (Áries, Touro, Gêmeos,
Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e
Peixes) tem origem desconhecida, porém elas existem desde a Idade Média. A
eclíptica também passa por uma 13a. constelação: Serpentário. Como todas exceto
cinco destas constelações representam animais, o anel onde elas se situam era
chamado pelos gregos de "Zodiakos Kyklos" (Círculo de Animais).
Copérnico, Nicolau ( 1473-1543 )
Astrônomo que reviveu e popularizou a visão heliocêntrica (centrada no sol) do
universo. Apesar dos antigos filósofos Ecphantus, Heraclides, Hicetas e
Philolaus acreditarem que o universo era heliocêntrico, a visão predominante na
época de Copérnico era a do universo geocêntrico.
Em 1543, Copérnico publicou suas idéias sobre o universo heliocêntrico em seu
livro De Revolutionibus Orbium Coelestium (Sobre as Revoluções das Esferas
Celestiais). Ele acreditava que a Terra e outros planetas descreviam órbitas
circulares em volta do Sol. Ele suportava sua teoria filosoficamente (tal como,
o sol é tão majestoso que só poderia estar no centro do Universo) e
matematicamente (como a visão moderna de que as estações existem porque a Terra
está inclinada sobre o seu eixo e como orbita o Sol, os hemisférios norte e sul
recebem luz direta em momentos diferentes).
Embora Andreas Osiander, um teólogo luterano, tenha escrito um prefácio anônimo
no livro De Revolutionibus que dizia que as idéias do livro eram apenas modelos
que podiam ser usados para prever os movimentos celestes, certamente Copérnico
acreditava que o Universo era realmente heliocêntrico.
Coroa
Camada externa do sol formada por plasma. Embora seu tamanho varie de acordo com
a atividade magnética do sol, geralmente sua espessura é de aproximadamente
13.000.000 Km (8.000.000 milhas) e sua temperatura 2.000.000ºK. Apesar de ser
extremamente quente, sua baixa densidade evita a emissão de calor em demasia, já
que há poucas moléculas de gás para gerar energia. O brilho da coroa solar
corresponde à metade da luminosidade da Lua e ela só torna-se visível durante os
eclipses solares totais.
Corona Australis (Coroa Austral)
Constelação austral situada próxima a Sagitário que inclui um aglomerado
globular situado a 14.000 anos-luz.
Corona Borealis (Coroa Boreal)
Constelação boreal, situada entre Hércules e Boieiro, mais visível no inverno.
Corvus (Corvo)
Constelação equatorial, em forma de quadrado, situada próxima a Virgem.
Cosmologia
Estudo do passado, presente e futuro do Universo. Os antigos cosmologista
acreditavam que a Terra era o centro do universo, porém os modernos
cosmologistas perceberam que a Terra é apenas um planeta comum orbitando uma
estrela também comum. A capacidade dos cosmologistas estudarem o universo como
um todo, quando na verdade só podem ver um pequeno pedaço do mesmo, baseia-se na
teoria de que o universo é homogêneo, ou seja, todo igual. Dadas as
características comuns da Terra e do Sol, não há porque discordar.
Quando os cosmologistas examinam o universo, notam que as galáxias mais
distantes e mais remotas no tempo estão próximas umas das outras. Dando uma
interpretação a esta proximidade, os cosmologistas crêem que o Universo começou
com o Big Bang, que fez com que tudo se expandisse. Prevendo o futuro,
consideram quatro destinos possíveis para o universo:
1. O Grande Colapso: Existe massa suficiente no Universo para fazer com que a
força gravitacional supere a força de expansão, destruindo assim o Universo.
2. O Grande Salto: Similar ao Grande Colapso, porém após a destruição do
universo acontecerá um novo Big Bang. Os Grandes Colapsos e os Big Bangs se
repetiriam para sempre.
3. A força gravitacional é igual à força de expansão. O Universo parará de
expandir-se, porém não se destruirá. Ao invés disto, a expansão e o colapso
estarão para sempre em equilíbrio.
4. A força gravitacional não conseguirá deter a expansão do Universo, e esta
última continuará para sempre.
Cosmologia da Anti-matéria
Atualmente, uma questão incomoda os cosmologistas: por que parece que o universo
é formado apenas por matéria comum? A teoria do Big Bang prevê que tenham sido
criadas quantidades praticamente iguais de matéria e anti-matéria. Alguns
cosmologistas acreditam que apenas um pouco mais de matéria tenha sido criada,
sendo que a maior parte dela teria desaparecido rapidamente. Porém outros, os
cosmologistas da anti-matéria, acreditam que o universo é dividido em regiões
contendo matéria e anti-matéria. Exceto pelo tipo de carga, a anti-matéria se
comporta como a matéria, portanto os anti-planetas conteriam anti-formigas e
anti-elefantes.
Cratera
Buraco arredondado formado pela colisão de um meteorito contra um corpo celeste.
Antes da formação do sistema solar e do resfriamento dos planetas, o espaço
interplanetário era repleto de detritos dispersos no espaço. Ocasionalmente
alguns destes detritos caíam num planeta ou na lua. A superfície de Mercúrio,
bem como a da maioria das luas e asteróides, ainda mostram marcas deste estágio
inicial de desenvolvimento.
Cratera de Caloris
Cratera de 1.300 km (800 km) que é a característica mais marcante de Mercúrio.
Crepúsculo
A hora antes do nascimento ou após o pôr-do-sol quando ele está abaixo do
horizonte. O crepúsculo é classificado de acordo com a distância em que o Sol
caiu além do horizonte. Os três tipos são: Crepúsculo Civil (o Sol está
aproximadamente 6º abaixo do horizonte, Crepúsculo Náutico (12º abaixo do
horizonte) e Crepúsculo Astronômico (18º abaixo do horizonte).
Raios crepusculares: o brilho rosado na poeira ou no vapor d'água atmosférico é
interrompido pelas sombras das nuvens cumulus que se espalham por milhares de
metros no ar, criando faixas familiares no crepúsculo.
Cromosfera
Camada exterior do Sol, de cor vermelho-rosada, que só é visível durante os
eclipses solares totais. Tão pálida que é ofuscada pelas demais, a cromosfera é
composta por uma camada de gás, de aproximadamente 16.000 km (10.000 milhas) de
espessura , cuja temperatura oscila entre 5.000º K a mais de 10.000º K. Sendo a
cromosfera tão fina, quando comparada às outras camadas do Sol, parece que ela
não gera muita luz. A cromosfera expele jatos de gás quente chamados espículas,
que podem atingir 16.000 km (10.000 milhas) de altura. Graças a essas espículas,
a cromosfera consegue enviar material para a coroa solar.
Crux (Cruzeiro do Sul)
Pequena, porém proeminente constelação austral, próxima a Mosca, que foi
separada da constelação Centauro por Royer em 1673.
Cruz do Sul
Veja Crux (Cruzeiro do Sul).
Culminação
1. Ponto mais alto alcançado por uma estrela. A culminação de um objeto celeste
acontece quando ele cruza o meridiano.
2. Focar as partes de um telescópio para obter uma imagem clara.
Curvatura do Espaço
Ondulação no espaço provocada pela força gravitacional de um corpo celeste.
Antigamente os cientistas avaliavam o espaço utilizando a teoria da geometria
Euclidiana, onde a menor distância entre dois pontos é uma linha reta. Contudo,
a superfície da Terra não é assim, como também não o é o espaço. Na Terra o
caminho mais curto entre Nova Iorque e a Inglaterra não é uma linha reta, mas
sim uma curva que passa sobre a Irlanda.
De acordo com a teoria da relatividade de Einstein, o espaço pode ser tão
alterado por corpos de grande massa que não pode ser avaliado pela teoria
Euclidiana. Se o espaço fosse um grande trampolim, as massas, tais como a da
Terra, do Sol e dos buracos negros, seriam as bolas de basquete. Se fossem
colocadas no trampolim, elas formariam uma depressão em forma de curva e a menor
distância entre dois pontos na curva seria uma curva e não uma linha reta.
Consequentemente, embora o espaço não seja tão simples quanto uma estrutura
Euclidiana, sua real natureza é ainda desconhecida.
Cygnus (Cisne)
Constelação boreal , também chamada Cruzeiro do Norte, mais visível no verão.
Ela está situada numa parte congestionada da Via Láctea próxima a Vega. Sua
estrela mais brilhante é Alfa de Cisne que também faz parte do triângulo de
verão. A estrela 61 Cisne foi a primeira, além do Sol, a ter determinada sua
distância até a Terra . Algumas das nebulosas que se encontram na constelação de
Cisne são a Nebulosa Americana e a nebulosa Véu de Noiva. É bem possível que
exista nesta constelação uma galáxia explosiva (Cisne A, que tem liberado fortes
sinais de rádio), bem como um buraco negro. Os astrônomos acreditam que os raios
X emitidos por Cisne X-1 sejam uma prova da existência do buraco negro.
Visualmente, a constelação de Cisne é muito interessante pois nela está a
estrela Deneb, uma das mais brilhantes estrelas dos céus e a mais luminosa entre
as maiores: seu brilho eqüivale ao de 60.000 sóis.


Letra D


Data Juliana
Sistema de datas, iniciado por Scaliger em 1582, usado para assinalar os
acontecimentos históricos e prever os eclipses. Cada dia começa ao meio-dia e
não a meses ou anos: os dias são numerados em seqüência.
Declinação
Eqüivale a latitude na esfera celeste. Os graus ao norte do equador celestial
são positivos, enquanto que ao sul são negativos.
Deimos
A menor e mais distante das duas luas de Marte, localizada a 23.458,9 km
(14.661,8 milhas) de seu centro. Deimos completa sua órbita em 30 horas, 17
minutos e 54,87 segundos. A superfície escura e coberta de poeira desta lua de
formato irregular (15 x 12 x 11km ou 9 x 7,5 x 7 milhas) é pontilhada por
pequenas crateras. Acredita-se que Deimos seja um asteróide que foi capturado na
órbita deste planeta.
Delphinus (Golfinho)
Constelação boreal situada entre Pégaso e Águia que possui quatro estrelas que
formam um asterismo em forma de diamante chamado Caixa de Jóias.
Delta
Foguete, que entrou em operação em 1960, com um segundo estágio de combustível
líquido e um terceiro estágio opcional para combustível sólido. Ele é capaz de
lançar até 1.630 kg numa órbita de 370 km ( 230 milhas). Com ele foram lançados
centenas de satélites de comunicação e científicos, alguns sondas Explorer,
Echo, Relay, Syncom e Tiros. Ele foi projetado com base no mísseis de tamanho
intermediário Thor.
Deneb
Estrela branca supergigante, situada a 1.500 anos-luz, com magnitude aparente
1,26. É a estrela mais brilhante da constelação de Cisne. Deneb forma a cauda do
cisne e um dos vértices do triângulo de verão. É uma das estrelas mais luminosas
e seu brilho eqüivale ao de 50.000 sóis.
Determinação da Distância das Estrelas e das Galáxias
A maneira mais direta e correta de se determinar a distância até as estrelas
mais próximas é utilizar a paralaxe. A determinação precisa da paralaxe dos
objetos celestes próximos (até 100 anos-luz de distância) é primordial, já que é
o primeiro passo na obtenção das distâncias no universo. A maior parte das
demais técnicas usadas para determinar distâncias maiores são calibradas
usando-se a paralaxe. Uma das missões mais importantes do Telescópio Espacial
Hubble será aumentar a exatidão das paralaxes aceitas atualmente.
No caso das nebulosas e de outros corpos celestes cuja distância está fora do
alcance das paralaxes, utilizam-se as variáveis Cefeu, cuja freqüência de
pulsação está relacionada à sua magnitude absoluta, ou analisam-se as principais
seqüências de estrelas. Como a relação entre a luminosidade, a temperatura e a
magnitude absoluta das principais seqüências de estrelas é conhecida, é possível
calcular a sua distância. No caso de distâncias acima de 1.000.000 de anos-luz,
utiliza-se a teoria da expansão do universo.
Já que os objetos celestes mais distantes se movem mais rapidamente, sua
velocidade pode ser utilizada para calcular a distância. Contudo, como o cálculo
das distâncias é ainda muito complicado os astrônomos acabam permitindo a si
mesmos percentagens de erro elevadas.
Dia
Período de rotação do planeta que pode ser medido tanto em relação às estrelas
(dia sideral) quanto ao Sol (dia solar). Os dias solares e siderais não são
iguais porque a localização do Sol entre as estrelas se altera durante a órbita
do planeta. O dia sideral da Terra, medido em tempo solar, tem 23 horas, 56
minutos e 4 segundos. O dia de 24 horas da Terra (dia solar comum) é determinado
pela medida de sua rotação, com relação ao Sol, num ponto médio na órbita da
Terra.
Dia Sideral
Tempo que a Terra leva para completar uma rotação com relação a uma determinada
estrela. Antigamente os astrônomos acreditavam que o dia sideral era constante,
porém agora sabem que ele aumenta aproximadamente 0,003 segundos a cada ano
porque a velocidade de rotação da Terra está diminuindo. O dia sideral médio tem
23 horas, 56 minutos e 4,1 segundos.
Dia Solar
Tempo que a Terra leva para completar uma rotação sobre seu eixo em relação ao
Sol. O dia solar típico eqüivale a 1,0027 dias siderais. A diferença no tempo
ocorre porque, à medida em que a Terra gira, ela percorre sua órbita ao redor do
Sol, e ela precisa percorrer um grau a mais a cada dia para ficar com a mesma
face voltada em direção ao Sol.
Diagrama H-R
Veja o Diagrama Hertzsprung-Russel
Diâmetro Angular
Medida, em graus, de quão grande um objeto aparece no céu. Uma coincidência
interessante é que o Sol e a Lua apresentam o mesmo diâmetro angular
(aproximadamente meio grau).
Dicke, Robert Henry (1916)
Físico americano que, nos anos 60, demonstrou experimentalmente o princípio da
equivalência, que diz que todos os objetos caem na mesma velocidade quando
sujeitos à força da gravidade. Em 1964, ele se propôs a procurar a radiação
cósmica de fundo (que aliás já foi encontrada) que teria sido deixada pelo Big
Bang.
Dicotomia
O ponto em que a Lua, Mercúrio ou Vênus estão exatamente à meia fase.
Diferenciação
Divisão em camadas de um corpo gasoso de forma que suas partes mais densas
fiquem no centro. Este processo pode ser visualizado colocando-se areia num copo
d'água: após misturá-las a areia se concentrará no fundo.
Difração
Desvio da radiação eletromagnética (luz, ondas ultravioletas, etc.) à medida que
ela passa ao redor dos objetos. A radiação com ondas mais longas se curva mais.
A difração cria discos de ar ou círculos de luz, com falsos anéis à sua volta,
nos telescópios que não possuem boa resolução. A difração é um dos fatores que
fazem com que as sombras não tenham contornos na ponta.
Dione
Satélite de Saturno descoberto em 1684 por Giovanni Cassini. Com diâmetro de
1.120 km (694 milhas) localiza-se a 377.400 km (233.990 milhas) do centro de
Saturno. Durante sua órbitaade 2 dias, 17 horas e 41 minutos, é sempre do mesmo
lado de Dione que está voltado para Saturno.
Disco de Acreção
Disco de matéria espiralando ao redor de um objeto, tal como um buraco negro ou
uma estrela de nêutron. Se este objeto compacto orbitar uma estrela gigante
vermelha, sua gravidade poderá retirar gás das camadas externas desta estrela.
Este gás ganha velocidade a medida que espirala para dentro e suas partículas se
tocam atingindo temperaturas de milhões de graus e emitindo raios X.
Disco Voador
Veja UFO.
Dispersão
Divisão da radiação em seus componentes de comprimento de onda através de
refração. Um exemplo conhecido é a utilização de um prisma para formar um
espectro a partir de luz branca ou um arco-íris quando a luz do sol passa
através das gotas d'água na atmosfera.
Distância Angular
Medida, em graus, da distância aparente entre os corpos celestes no céu.
Distância Focal
Distância entre a lente ou o espelho de um telescópio e a imagem formada.
DJ
Veja Data Juliana.
Dobson, John
Legendário astrônomo amador que popularizou a astronomia nos anos 60. Ele e seus
amigos, que formavam a associação dos "Astrônomos das Calçadas de São
Francisco", visitaram diversos parques na costa oeste dos Estados Unidos,
ensinando astronomia a milhões de visitantes. Sendo um incrível construtor de
telescópios, Dobson criou alguns dos melhores refletores à partir de orifícios
em vidros. Todos seus telescópios foram construídos à partir de sucata. Eles são
tão simples e resistentes, e tornaram-se tão populares entre os astrônomos
amadores, que atualmente são chamados de "Dobsonianos".
Dollfus, Audouin Charles (1924)
Astrônomo francês que descobriu Janus, a décima lua de Saturno, em 15 de
dezembro de 1966.
Dorado (Dourado)
Constelação austral próxima a Mesa. Nela localizam-se a Grande Nuvem de
Magalhães e a Nebulosa da Tarântula, que circunda a estrela 30 de Dourado.
Draco (Dragão)
Constelação cuja estrela Thuban esteve muito próxima do pólo norte em 2832 AC,
porém acabou deslocando-se devido à precessão. Na constelação de Dragão há
também uma nebulosa planetária localizada a 1.700 anos-luz.
Drake, Frank Donald (1930)
Astrônomo americano que, durante o Projeto Ozma em 1960, focou com um telescópio
de 26 m as estrelas Tau Ceti e Épsilon de Erídano à procura de sinais
alienígenas. Ele também desenvolveu uma equação para calcular a probalidade de
encontrar alienígenas. A equação diz que o número de civilizações avançadas na
Via Láctea é igual à taxa média em que se formam as estrelas na Via Láctea,
multiplicada pela fração de estrelas com sistemas planetários, pelo número de
planetas que poderiam (por razões ecológicas) conter vida, pela fração de
planeta onde existe vida, pela fração de planetas onde a vida se desenvolve de
forma inteligente, pela fração de planetas onde a vida inteligente cria sistemas
de comunicação com outros planetas, pela média de vida das civilizações
avançadas. Utilizando premissas e aproximações para todas estas variáveis, Drake
deduziu que a aproximadamente 1.000.000 de civilizações avançadas na Via Láctea.
Draper, Henry (1837-1882)
Americano que, em 1872, fotografou pela primeira vez o espectro de uma estrela:
Vega. Mais tarde fotografou o espectro da Nebulosa de Órion.
Dreyer, Johan Ludwig Emil (1852-1926)
Americano que editou o Novo Catálogo Geral de Nebulosas e Aglomerados Siderais
(NGC). Este catálogo foi publicado em 1888, incluindo 7.840 corpos celestes.
Dyson, Sir Frank Watson (1868-1939)
Astrônomo inglês que estudou a cromosfera e a coroa solar durante os eclipses.
Em 1919, durante um eclipse, ajudou a confirmar a teoria da relatividade de
Einstein confirmando que a luz se curva devido à gravidade do sol.


Letra E


Eclipse
Resultado da passagem de um objeto celeste pela sombra de outro. Os nomes dos
eclipses são dados de acordo com o corpo celeste cuja visão é bloqueada.
Eclipses Lunares: acontecem quando a Lua passa pela sombra da Terra. Este tipo
de eclipse só acontece durante a lua cheia, quando a Terra está entre o Sol e a
Lua. O eclipse não acontece toda vez que a lua está cheia porque o plano da
órbita da Lua está numa inclinação de 5º em relação ao plano da eclíptica,
portanto nem sempre a Lua passa pela sombra da Terra. Quando a Lua se posiciona
totalmente na sombra da Terra acontece o eclipse total, que pode durar até 100
minutos, sendo que a Lua pode levar até duas horas para entrar e sair da sombra
da Terra.
Eclipses Solares: acontecem quando a Lua fica entre a Terra e o Sol, bloqueando
parte da luz solar. Como a Lua tem de estar entre a Terra e o Sol para que
ocorra um eclipse solar, eles só acontecem quando a lua é nova. Da mesma forma
que os eclipses lunares, os eclipses solares também não acontecem todos os meses
pois, devido à inclinação de 5º na órbita da Lua, a Terra, o Sol e a Lua nem
sempre estão alinhados quando há uma lua nova. Eclipse Anular: quando a Lua se
encontra próxima ou totalmente em seu apogeu (ponto mais distante de sua órbita)
e parece muito pequena para cobrir completamente o Sol, há a formação de um anel
brilhante (annulus) de luz solar ao redor da Lua. Quando a Lua está próxima ou
totalmente em seu perigeu (ponto mais próximo de sua órbita) ocorre o eclipse
total. Quanto mais longe a Terra estiver do Sol, mais longo será o eclipse
total. As camadas externas do Sol só podem ser vistas durante os eclipses
totais, já que em outros períodos elas são ofuscadas pelas camadas vizinhas.
Eclipses Lunares: 1995-2010.
DataTipo
15 de abril, 1995Parcial
8 de outubro, 1995Penumbra
4 de abril, 1996Total
27 de setembro, 1996Total
24 de março, 1997Parcial
16 de setembro, 1997Total
13 de março, 1998Penumbra
8 de agosto, 1998Penumbra
6 de setembro, 1998Penumbra
31 de janeiro, 1999Penumbra
28 de julho, 1999Parcial
21 de janeiro, 2000Total
16 de julho, 2000Total
9 de janeiro, 2001Total
5 de julho, 2001Parcial
30 de dezembro, 2001Penumbra
26 de maio, 2002Penumbra
24 de junho, 2002Penumbra
20 de novembro, 2002Penumbra
16 de maio, 2003Total
8 e 9 de novembro, 2003Total
4 de maio, 2004Total
28 de outubro, 2004Total
24 de abril, 2005Penumbra
17 de outubro, 2005Parcial
14 de março, 2006Penumbra
7 de setembro, 2006Parcial
3 de março, 2007Total
28 de agosto, 2007Total
21 de fevereiro, 2008Total
16 de agosto, 2008Parcial
9 de fevereiro, 2009Penumbra
6 de agosto, 2009Penumbra
31 de dezembro, 2009Parcial
26 de junho, 2010Parcial
21 de dezembro, 2010Total

Principais Eclipses Solares: 1995-2010
DataTipoDuração TotalOnde Será Visível
29/04/1995Anular***Sul do Oceano Pacífico, Peru, Brasil e Sul do Oceano
Atlântico
24/10/1995Total12 min e 5 seg.Irã, Índia, Índias Ocidentais, Oceano
Pacífico
09/03/1997Total2 min e 50 seg.Antiga União Soviética, Oceano Ártico
26/02/1998Total3 min e 56 seg.Oceano Pacífico, América Central, Oceano
Atlântico
22/08/1998Anular***Oceano Índico, Índias Ocidentais, Oceano Pacífico
16/02/1999Anular***Oceano Índico, Austrália, Oceano Pacífico
11/08/1999Total2 min e 23 seg.Oceano Atlântico, Inglaterra, França, Europa
Central, Turquia, Índia
05/02/2000Parcial***Antártida
01/07/2000Parcial***Oceano Pacífico, América do Sul
31/07/2000Parcial***Ásia, Alasca, Canadá, Regiões Árticas
25/12/2000Parcial***América do Norte, Golfo do México, Mar do Caribe
21/06/2001Total4 min e 57 seg.América do Sul, Oceano Atlântico, África,
Madagascar
14/12/2001Anular***Havaí, Alasca, Canadá, E.U.A., México, América Central,
Mar do Caribe
10 e 11/06/2002Anular***Ásia, Filipinas, Oceano Pacífico, América do Norte
04/12/2002Total2 min e 4 seg.África do Sul, Madagascar, Austrália
31/05/2003Anular***Islândia, Regiões Árticas, Europa, Ásia, Alasca, Canadá
23 e 24/11/2003Total1 min e 57 seg.Antártida, Austrália, América do Sul
23 e 24/11/2003Total1 min e 57 seg.Antártida, Austrália, América do Sul
19/04/2004Parcial***África do Sul, Oceano Atlântico
14/10/2004Parcial***Ásia, Havaí, Alasca
08/04/2005Anular***Panamá, Colômbia, Venezuela
03/10/2005Anular***Portugal, Espanha, África
29/03/2006Total4 min e 7 seg.África, Turquia, antiga União Soviética
22/09/2006Anular***América do Sul, Oceano Atlântico
07/02/2008Anular***Antártida
01/08/2008Total2 min e 27 seg.Canadá, , Ásia
26/01/2009Anular***Indonésia
22/07/2009Total6 min e 40 seg.Índia, Bangladesh, China, Japão
15/01/2010Anular***África, Índia, China
11/07/2010Total5 min e 20 seg.Chile, Argentina

Eclipse Anular
O significado de anular em latim é "como um anel". Os eclipses anulares
acontecem quando a Lua, por se encontrar no ponto mais distante de sua órbita
oval, está muito pequena para cobrir completamente o Sol durante um eclipse.
Isto faz com que apareça um anel ("annulus") de luz solar. Embora a Lua bloqueie
a maior parte da luz do Sol, não fica escuro o suficiente para que se possa ver
a coroa solar, além do que não é seguro observar o eclipse com os olhos
desprotegidos.
Eclipse Lunar
Veja Eclipse.
Eclipse Solar
Veja Eclipse.
Eclipse Total
Veja Eclipse.
Eclíptica
Plano em que a Terra gira ao redor do Sol. Seu nome advém dos eclipses solares e
lunares que acontecem quando a lua atravessa este plano. A maior parte das
órbitas dos outros planetas de nosso sistema solar localiza-se próximo ao plano
da elíptica. O plano da elíptica não se encontra perfeitamente perpendicular ao
eixo de rotação da Terra, e o ângulo de 23,5º entre o Equador e o plano da
elíptica é que origina as estações. Este ângulo também é conhecido como a
"obliqüidade da eclíptica".
Eddington, Sir Arthur Stanley (1882-1944)
Astrofísico britânico, que durante o eclipse total de 1919 liderou uma equipe de
cientistas que calculou a curvatura da luz provocada pelo efeito gravitacional
do Sol, o que ajudou a confirmar a Teoria da Relatividade de Einstein. Em 1924,
ele descreveu a relação entre a massa e a luminosidade das estrelas, que diz que
a massa de uma estrela determina a sua luminosidade. Ele também calculou a
densidade da estrela Sirius B.
Efeito de Coriolis
Nome dado ao fenômeno descrito em 1835 por Gaspard Gustave de Coriolis. Devido à
rotação da Terra, se for dado um tiro do Equador em direção ao norte ou ao sul
ele não atingirá o alvo.
Efeito de Doppler
Mudança de freqüência na radiação de um objeto quando ele se aproxima ou se
afasta . Este efeito, estudado pela primeira vez por Christian Johann Doppler em
1842, é semelhante à mudança no som de uma sirene quando ela se aproxima e se
afasta de nós. A medida que vem em nossa direção, parece que o som da sirene
aumenta, e quando se afasta, parece que diminui. Quando se aproxima, as ondas de
som emitidas pela sirene são unidas num comprimento de onda menor e com
freqüência mais alta. Quando se afasta, acontece o oposto, pois parece que as
ondas de som se afastam.
O mesmo acontece com a luz que também viaja em ondas. Estudando-se as ondas de
luz das estrelas e das galáxias, os astrônomos podem dizer se elas estão se
aproximado ou se afastando da Terra. Os corpos celestes que se movem em nossa
direção, tem suas ondas de luz comprimidas formando ondas de comprimento mais
curto e de maior freqüência, diz-se que estão "azulados". Os corpos celestes que
se afastam de nós tem sua luz avermelhada a medida que suas ondas de luz se
tornam maiores com freqüências mais baixas. As ondas vermelhas são as maiores.
Efeito Estufa
Aquecimento de um planeta provocado por sua atmosfera num processo similar ao
que acontece numa estufa. O vidro de uma estufa permite a passagem das ondas
curtas da energia solar. A medida que o interior absorve esta energia e se
aquece, ele começa a emitir radiações a partir de suas próprias ondas longas.
Estas compridas ondas terrestres não podem escapar devido à existência do vidro.
Como a atmosfera aprisiona mais radiação do que libera, a temperatura da
superfície do planeta aumenta. Se a Terra não possuísse atmosfera, sua
temperatura média seria de aproximadamente -30º C (-22º F) ao invés dos
agradáveis 16º C (60,8º F). Por outro lado, Vênus apresenta uma temperatura de
superfície de 730 K devido ao efeito estufa.
Efeito Poynting-Robertson
Desaceleração das pequenas partículas dos meteoros que orbitam o Sol, que faz
com que elas espiralem em direção ao Sol.
Efeito Zeeman
Divisão das linhas do espectro em seus componentes que ocorre quando uma fonte
de luz encontra-se num campo magnético. Geralmente a emissão de luz ocorre
quando os elétrons se movimentam dentro do átomo. Os campos magnéticos alteram o
movimento dos elétrons e sua geração de luz. Este efeito foi descoberto por
Pieter Zeeman em 1896; ele é muito útil na identificação da presença e na
determinação da força dos campos magnéticos ao redor das manchas solares, das
estrelas e de outros objetos celestes.
Efemérides
Registro das localizações no passado, no presente e no futuro de um cometa,
planeta ou satélite. As efemérides existem desde o quarto século antes de
Cristo. Embora seja relativamente simples prever as localizações dos planetas e
dos satélites, a dos cometas é mais complicada já que apenas parte de suas
órbitas é visível.
Einstein, Albert (1879-1955)
Físico que tornou-se conhecido pela sua Teoria da Relatividade. Em sua Teoria da
Relatividade Especial, publicada em 1905, ele afirmou que a massa, o comprimento
e o tempo da luz variam, porém sua velocidade permanece constante. Isto
contrastava com as teorias da gravidade de Newton, que dizia que medidas tais
como a massa, o comprimento e o tempo são absolutas e imutáveis.
Em 1915, Einstein incluiu a gravidade em sua teoria e publicou a Teoria da
Relatividade Geral, que, em 1919, provou ser ao menos parcialmente correta
quando foi observada, durante um eclipse solar, que a força gravitacional do Sol
curva a luz.
Em 1921, ganhou o Prêmio Nobel de física por seu trabalho, de 1905, explicando o
efeito fotoelétrico. Ele disse que se a luz for considerada como um fluxo de
partículas, então tem sentido o fato dos elétrons serem gerados pelas
superfícies que são aquecidas.
As teorias de Einstein continuam a ser testadas nos projetos espaciais tais como
o Ulisses e o Galileo. Estas espaçonaves procuram ondas gravitacionais que, se
as teorias de Einstein estiverem corretas, são provocadas por supernovas e
outros acontecimentos catastróficos. Se uma destas espaçonaves encontrar uma
destas ondas ela trepidará. Através da análise dos sinais de rádio gerados por
estas espaçonaves, esta trepidação poderá ser detectada na Terra.
Elétron
Uma das partes que formam o átomo, juntamente com os prótons e os nêutrons. A
proporção de elétrons que circunda o núcleo é igual à de prótons que há dentro
dele. Comparados aos prótons os elétrons são muito leves; eles carregam uma
carga igual e oposta àquela dos prótons, fazendo com que o átomo apresente uma
carga total igual a zero.
Elementos
Blocos básicos que formam a matéria; cada elemento tem um quantidade diferente
de prótons em seu núcleo. É possível determinar quais os elementos que estão
presentes nas estrelas através do estudo de seu espectro. As análises dos
elementos das superfícies das estrelas que permaneceram inalterados desde sua
formação mostram que a Via Láctea provavelmente foi originada de uma nuvem de
hidrogênio e hélio. Os elementos pesados presentes foram produzidos em estrelas
antigas através da fusão e propagados por todo o sistema solar através das
supernovas.
Quantidade de Elementos Cósmicos no Universo
Elemento SímboloPeso Relativo ao Hidrogênio dos Átomos para Cada Milhão de
Átomos de Hidrogênio
HidrogênioH 11.000.000
DeutérioD 2100
HélioHe 473.000
LítioLi 70,002
BerílioBe 90,00003
BoroB 110,001
CarbonoC 12370
NitrogênioN 14120
OxigênioO 16680
NeonNe 20110
MagnésioMg 2433
SilícioSi 2831
EnxofreS 3216
FerroFe 5626
Todos os Outros Elementos15


Elementos Pesados
Em Astronomia esta classificação engloba todos os elementos exceto o hélio e o
hidrogênio. Algumas vezes estes elementos, que são formados durante a fusão
nuclear e que são espalhados pelo Universo pelas supernovas, são chamados pelos
astrônomos de metais.
Elipse
Figura formada por um corte em um cone, não paralelo ao eixo ou a base do mesmo.
As elipses variam de quase circulares à muito alongadas. As órbitas de todos os
membros permanentes do sistema solar são em forma de elipse.
Emissão
Criação de radiação eletromagnética (luz, ondas ultravioletas, etc.) que
acontece quando os elétrons ao redor do núcleo de um átomo alteram sua distância
em relação ao núcleo. Examinando-se o comprimento das ondas da radiação é
possível determinar-se quais os elementos que estão presentes no corpo celeste.
Empuxo Gravitacional
Utilização do puxão gravitacional de um planeta para acelerar uma nave espacial.
Imagine estar parado e que outra pessoa está correndo em sua direção. A medida
que esta pessoa se aproxima você segura seu braço e a gira. Quando você a soltar
ela irá em outra direção. Na verdade, ela se afastará mais rapidamente do que
chegou. Isto faz com que a nave economize o combustível que utilizaria para
seguir diretamente ao seu destino. Ambas as sondas Voyager utilizaram o puxão
gravitacional quando passaram pelos planetas externos impulsionando-as para fora
do sistema solar.
Enceladus
Terceira lua de Saturno, situada a 238.020 km (147.572 milhas) de distância de
seu centro, cuja órbita é completada em 1 dia, 8 horas, 53 minutos e 22
segundos. Com extensão de 502 km (313,75 milhas) possui uma superfície muito
lisa devido, aparentemente, à formação contínua de gelo provocada pela emissão
de água de seus vulcões. Enceladus, com albedo igual a um, é o corpo celeste com
maior poder de reflexão de todo o sistema solar.
Encke, Cometa de
Cometa que ocasionou a chuva de meteoros Taurid. O cometa de Encke possui um
núcleo de 3,2 km (2 milhas) de extensão e massa de 100 bilhões de toneladas. A
cada órbita, o cometa de Enckes perde 1/200 de sua massa. Ele foi descoberto em
1818 por Jena Louis Pons e batizado em homenagem a Johann Franz Encke.
Encke, Johann Franz (1791-1865)
Astrônomo alemão que, a partir de análises já existentes dos movimentos de
Vênus, concluiu que a Terra localiza-se a mais de 95 milhões de milhas do Sol.
Em 1819, calculou a periodicidade do cometa Encke, bem como a menor
periodicidade dos cometas conhecidos. Analisou os efeitos gravitacionais de
Mercúrio e Júpiter na órbita do cometa para determinar suas massas. Em 1837
descobriu a divisão Encke, uma falha no anel externo de Saturno.
Equação do Tempo
Equação que corrige a discrepância entre o tempo solar real e aparente, e que é
imprescindível quando se lê a hora num relógio solar. Esta discrepância ocorre
devido à posição variável do Sol durante a percurso da órbita da Terra.
Equador
Linha imaginária. Um corpo celeste em rotação estará à mesma distância dos dois
pólos quando cruzar a linha do Equador.
Equador Celeste
Projeção do equador da Terra na esfera celeste.
Equinócio da Primavera (Ponto Vernal)
Momento em que o Sol cruza o equador celeste em direção ao norte. O equinócio da
primavera assinala o fim do inverno no hemisfério norte e o do verão no
hemisfério sul. O ponto de cruzamento também marca o ponto zero da ascensão reta
no céu, utilizado para localizar os corpos celestes a leste ou oeste. Este ponto
costumavam estar na constelação de Áries, porém, devido à precessão, ele agora
se encontra na constelação de Peixes.
Equinócio
Ocasião em que o Sol cruza o equador celeste, fazendo com que a duração do dia e
da noite seja igual no mundo todo. O equinócio de outono acontece por volta do
dia 23 de setembro e o equinócio de primavera, ou vernal, por volta do dia 21 de
março.
Equuleus (Cavalo)
Pequena constelação boreal, composta por estrelas de pouco brilho, situada
próxima a Pégaso.
Eratosthenes de Cirene (276-194 A.C.)
Astrônomo grego que foi a primeira pessoa a medir corretamente o tamanho da
Terra. Ele utilizou o angulo formado pela sombra do Sol ao meio-dia em duas
cidades, Alexandria e Sirene, e a distância entre estas cidades para determinar
uma proporção em relação aos 360º de um círculo e o tamanho desconhecido da
Terra. Quando Colombo partiu da Europa em direção às Índias, baseou-se numa
estimativa de tamanho menor da Terra que havia sido feita por Poseidonius, o que
fez com que ele subestimasse a distância.
Eridanus (Erídano)
Longa constelação austral que se inicia no equador celestial, próximo à estrela
Rigel, e segue em direção à Achernar, sua estrela mais brilhante. Em Erídano
encontra-se uma galáxia espiral e um sistema triplo de estrelas chamado Ômicron
do Erídano. Os cientistas posicionaram seus radiotelescópios em direção à
estrela Epsilon de Erídano na esperança de detectar sinais alienígenas por ser
ela a estrela mais parecida com o Sol.
Eros (Planeta Menor 433)
Um dos asteróides do grupo Amor e o primeiro asteróide detectado que permanece a
maior parte do tempo na órbita de Marte. Descoberto por Gustav Witt e Auguste
Charlois em 1898, Eros tem 24 km (15 milhas) de extensão e completa um giro a
cada 5 horas e 16 minutos. Sua órbita é de 1,8 anos e sua distância, em relação
ao Sol, varia entre 1,1 u.a. e 1,8 u.a.. Em janeiro de 1975, quando esteve a
apenas 225 milhões de quilômetros (14 milhões de milhas) da Terra, pode ser
visto com o auxílio de um telescópio como um corpo celeste de sétima magnitude.
Devido ao fato de Eros estar tão próximo à Terra, antes do surgimento do radar,
sua paralaxe foi utilizada para determinar a distância da Terra até o Sol.
Erupção
Erupções brilhantes e intensas da cromosfera solar que duram alguns minutos.
Quando as partículas carregadas, que são liberadas, atingem a Terra (o que leva
alguns dias) há a formação das auroras.
Esfera Celeste
Globo que os antigos astrônomos acreditavam recobrir a Terra. Acredita-se que os
objetos celestes ficavam nesta esfera, que por sua vez girava ao redor da Terra.
Espectro
Toda a variedade de radiação eletromagnética com comprimentos de onda que vai
desde os raios gama até as ondas de rádio. Freqüentemente as pessoas usam esta
palavra para quando se referem à parte visível do espectro, que é a projeção das
cores do arco-íris.
Espectro Contínuo
Arco-íris de cores produzido quando a luz branca brilha através de um objeto
como um prisma.
Espectro de Absorção
Espectro contínuo dividido por linhas pretas. Estas linhas são ocasionadas por
elétrons absorvendo radiação de um determinado comprimento de onda. O local onde
estas linhas aparecem no espectro é determinado pelo comprimento das ondas de
radiação absorvidas pelos elétrons.
Espectro Eletromagnético
Todos os comprimentos de onda das radiações eletromagnéticas. Da onda mais curta
à mais longa: rádio, microonda, infravermelha, luz visível, ultra-violeta, raios
X e gama.
Espectrógrafo
Instrumento localizado no foco de um telescópio que registra o espectro de um
corpo celeste. Os espectrógrafos são muito importantes na Astronomia, pois
permitem o estudo e a classificação do espectro das estrelas e das galáxias.
Espectroscopia
Estudo do espectro dos corpos celestes. Com a utilização de um espectroscópio a
luz dos corpos celestes pode ser dividida em seus componentes. A luz branca
brilhante, quando passa pelo espectroscópio, forma um arco-íris , chamado de
espectro contínuo. Quando o espectro contínuo apresenta finas lacunas negras no
arco-íris ele é chamado de espectro de absorção. Um espectro de emissão
apresenta linhas brilhantes sobre um fundo preto.
Em 1859, os cientistas alemães Robert Wilhelm Bunsen (1811-1899) e Gustave
Robert Kirchoff (1824-1887) definiram as leis que governam a espectroscopia.
Um dos princípios diz que qualquer massa com temperatura acima do zero absoluto
emitirá radiação, sendo seus comprimentos de onda determinados pela temperatura.
Os seres humanos, por exemplo, irradiam calor e brilho na presença de radiação
infravermelha. A temperatura do gás que espirala em direção a um buraco negro
atinge milhões de graus e ele irradia raios X. Outra lei diz que o gás aquecido
por um corpo celeste próximo e quente gera um espectro de emissão.
A mecânica quântica, criada por Neils Bohr em 1913, diz que os elétrons só podem
existir a partir de uma certa distância, ou nível, do núcleo do átomo. Os
elétrons podem pular entre estes níveis através da absorção de determinadas
freqüências de luz. É como subir uma escada: nós começamos no primeiro degrau e
consumimos energia para subir no próximo. Existem apenas os degraus 1 e 2, não
havendo nenhum intermediário. O mesmo acontece com um elétron quando ele muda de
órbita. Quando a freqüência de luz adequada passa por ele, o elétron a agarra e
utiliza sua energia para mudar de órbita. Nas escadas podem-se escalar dois ou
três degraus de uma só vez. Os elétrons fazem a mesma coisa. Se luz com
quantidade maior de energia, porém com o comprimento de onda adequado, passar
por ele, o elétron a utiliza para pular duas ou três órbitas.
Quando o elétron passa para uma órbita mais alta, o átomo se agita. Ele não
consegue segurar os elétrons por muito tempo, então, após um bilionésimo de
segundo, o elétron cai de volta para seu lugar e irradia a energia que utilizou
para se movimentar. Se fizermos a luz branca brilhante passar através de uma
nuvem de gás, os átomos presentes na nuvem usarão parte da energia da luz para
pular numa órbita superior. Em seguida eles irradiarão a luz num direção
diferente a voltarão ao seu estado original. Se, quando observarmos a luz branca
passando pela nuvem de gás, notarmos linhas escuras atravessando seu espectro
contínuo estaremos vendo um espectro de absorção. Porém, se olharmos para a
nuvem de um ângulo diferente, veremos apenas as freqüências particulares (linhas
coloridas) que ela irradia. Estaremos vendo então um espectro de emissão.
O mesmo acontece na atmosfera externa das estrelas. Gases frios que se
assemelham à coroa e à cromosfera solar circundam as estrelas. Os elementos
presentes nestas camadas externas absorvem e redirecionam determinadas
freqüências de luz. Quando os astrônomos visualizam a luz destas estrelas, ela
cintila através das camadas externas. Os átomos do gás absorvem determinadas
freqüências e as redirecionam, exatamente como descrito no modelo da nuvem. Os
astrônomos analisam o espectro de absorção das estrelas. Se eles pudessem
esconder a superfície brilhante das estrelas e ver apenas a atmosfera das
mesmas, eles veriam apenas a luz redirecionada, como se estivessem olhando a
nuvem. Na verdade os astrônomos fazem isto durante os eclipses solares. Durante
os eclipses os astrônomos tem uma oportunidade rara de estudar a luz de emissão
redirecionada da cromosfera solar. Eles são capazes de ver as linhas brilhantes
de um espectro de emissão que geralmente são ofuscadas pela brilhante superfície
do Sol.
Juntamente com o telescópio e a câmera, o espectroscópio é um dos instrumentos
mais úteis na Astronomia. A análise da luz das estrelas com este instrumento
permite aos astrônomos saber que elementos compõe o corpo celeste, sua
temperatura e se ele se aproxima ou se afasta da Terra. Os espectrógrafos
mostram que algumas estrelas são binárias e forneceram as maiores evidências de
que o Universo está em expansão.
Espectroscópio
Instrumento utilizado para estudar o espectro de uma estrela ou de uma galáxia.
Ele possui uma grade de difração que separa a luz de acordo com os comprimentos
de onda. O espectroscópio é similar a um prisma que projeta um arco-íris quando
a luz branca passa por ele.
Espelho
Superfície refletora usada em astronomia. Os espelhos astronômicos são
revestidos na frente de forma a evitar as imperfeições nas imagens que
ocorreriam se eles fôssem revestidos no verso, forçando a luz a transportar-se
através do vidro, como nos espelhos comuns.
Espículas
Jatos verticais de gás que emanam da cromosfera solar. Estas erupções atingem
9.600 km (6.000 milhas) de altura a uma temperatura de 10.000 K e duram
aproximadamente 5 minutos. Há sempre 500.000 espículas no Sol e elas são
agrupadas, pelo campo magnético, em células enormes.
Esporádicos
Meteoro que cruza o céu mas não faz parte de uma chuva de meteoros. Durante
qualquer noite, há uma média de 6 esporádicos por hora antes da meia-noite e 14
por hora após este horário. Para entender o porquê disto, imaginemos a Terra
como um ônibus que nunca para. Antes da meia-noite vemos a parte posterior da
órbita, como se fôsse a traseira do ônibus. Os únicos meteoros que vemos devem
alcançar a Terra. Após a meia-noite, a Terra gira até vermos sua órbita de
frente. Qualquer partícula de poeira que a Terra encontra transforma-se num
meteoro porque nós colidimos com ela.
Estação Espacial
Grande satélite permanente construído para alojar astronautas. As estações
espaciais são equipadas com laboratórios que permitem a realização de
experiências que não podem ser realizadas na Terra.
No dia 19 de abril de 1971, os soviéticos lançaram a primeira estação espacial,
chamada Salyut. A estação espacial Skylab foi colocada em órbita no dia 14 de
maio de 1973. Três tripulações já trabalharam na Skylab.
Um conjunto de países, incluindo alguns da América do Norte e da Europa,
pretendem lançar, em conjunto, uma estação espacial chamada Freedom. Os módulos
serão transportados pelo ônibus espacial e montados em órbita. A estação poderá
servir de base de lançamento para missões com destino à Lua e Marte.
Estrela
Esfera enorme composta por gás quente que, em determinado momento de sua
existência, funde hidrogênio em hélio. O Sol é um exemplo de uma estrela típica.
Preenchendo o céu noturno, as estrelas parecem pontos luminosos por estarem
situadas à grandes distancias. A luz do Sol leva aproximadamente 8,3 minutos
para alcançar a Terra, porém a luz que emana das outras estrelas demora anos .
Numa noite em que a Lua não esteja visível, e, estando longe de fontes de luz,
podem-se ver aproximadamente 3.000 estrelas a olho nu. Com um telescópio vemos
milhões de estrelas. Na verdade, os astrônomos catalogaram mais de um milhão de
estrelas usando a câmera Schmidt situada no Observatório Palomar. Eles
pesquisaram todo o Hemisfério Norte e Sul até -33º. Eles estimam que 800 milhões
de estrelas aparecem nestes locais e que a Via Láctea possui 200 milhões de
estrelas.
Características das Estrelas
O tamanho e a aparência das estrelas varia muito. Aproximadamente 99% são
chamadas de estrelas da seqüência principal, que fundem hidrogênio em hélio. As
maiores dentre elas, com massa 80 vexes superior à do Sol, são gigantes azuis.
Suas superfícies, cuja temperatura atinge 40.000 K, apresentam um brilho
equivalente ao de 1 milhão de sóis. Elas precisam consumir hidrogênio
rapidamente para suportar seu enorme peso e duram apenas alguns milhões de anos.
Exemplos de estrelas super-gigantes azuis: Rigel, Spica e Vega. Contudo este
tipo de estrela é muito raro: apenas uma em cada 10.000 estrelas é uma
super-gigante azul.
Mais comuns são as estrelas que se assemelham ao Sol. Seu brilho é
amarelo-esbranquiçado, sua temperatura de superfície varia entre 5.000 e 6.000
K, e elas vivem durante 10 bilhões de anos. Exemplos: Capella e Procyon, e 20%
do total das estrelas.
O tipo mais comum de estrelas são as anãs vermelhas. Elas possuem apenas 1/50 da
massa do Sol e brilham 1/1.000.000 do Sol. As anãs vermelhas fundem hidrogênio
lentamente porque elas precisam sustentar pouco peso. Isto permite que elas
vivam 20 bilhões de anos. O Universo não é antigo o suficiente para que qualquer
anã vermelha tenha saído da seqüência principal para tornar-se velha.
Nascimento das Estrelas
As estrelas nascem a partir de grandes nuvens formadas principalmente de
hidrogênio. A Nebulosa de Órion, um berçário sideral, contém massa suficiente
para formar 100.000 estrelas. Estas nuvens permanecem estáveis até o choque de
uma supernova passar através delas. Esta compressão faz com que a nuvem entre em
colapso.
A gravidade faz com que a nuvem se aglutine em esferas que formam um aglomerado
sideral Em cada esfera o grande peso das camadas que a circundam comprime o
núcleo. Quando uma esfera tiver se contraído o suficiente, ela começa a brilhar
com luz vermelha e irradia calor. A esfera é agora uma proto-estrela. Durante um
período, a proto-estrela passa por uma fase chamada T Tauri (nome dado a partir
estrela T da constelação de Touro na qual se detectou pela primeira vez este
processo). A temperatura e a pressão continuam a aumentar no núcleo da estrela
retirando os elétrons dos núcleos de hidrogênio. A alta temperatura permite que
os prótons superem o efeito de repulsão. Quando o núcleo atinge 10 milhões de
graus K, os prótons colidem numa velocidade tal que provoca sua união formando
núcleos de hélio e liberando energia. A fusão momentânea começa e a contração
cessa. A radiação do núcleo equilibra a força gravitacional. Então a superfície
começa a brilhar e expele a camada de gás que a circunda. Nasce uma estrela.
A quantidade de massa contida na esfera determina em quanto tempo a
proto-estrela vai contrair-se formando uma verdadeira estrela. Estrelas gigantes
e super-gigantes entram em colapso, movimentam-se através da seqüência
principal, saem da seqüência a principal numa fase de gigante vermelha, e
tornam-se supernovas antes das estrela mais leves completarem a fase T Tauri.
Interior de Uma Estrela
No núcleo de uma estrela, a temperatura e a pressão fazem com que os elementos
leves sejam fundidos em elementos mais pesados, liberando energia. A matéria
dentro do núcleo é uma miscelânea de elétrons e núcleos expostos. Na corrente
próton-próton, a uma temperatura de 10 a 15 milhões de graus K, quatro núcleos
de hidrogênio se unem para forma hélio. Acima de 15 milhões de graus K, o ciclo
carbono-nitrogênio-oxigênio controla a fusão. Os elementos mais pesados
funcionam como catalisadores nesta reação. Eles forçam o hidrogênio a fundir-se
em hélio, porém eles mesmos nunca são usados. Acima de 100 milhões de graus K, o
hélio se funde em carbono e oxigênio. As temperaturas mais elevadas fundem os
elementos mais pesados: néon, magnésio e silício em ferro. Cada reação libera
energia para anular com a compressão sem fim da gravidade.
Evolução das Estrelas de Tamanho Similar ao do Sol
Quando uma estrela semelhante ao Sol entra em sua fase T Tauri, ela é 50 vezes
maior e 500 vezes mais brilhante do que o Sol. À medida que ela se contrai, a
temperatura do núcleo aumenta, e após 30 milhões de anos, inicia-se a fusão. A
pressão da fusão equilibra a compressão gravitacional e a estrela brilha.
As estrela semelhantes ao Sol transformam hidrogênio em hélio durante quase 10
bilhões de anos. Esta fase, chamada de fase da seqüência principal, é a vida
adulta de uma estrela, e ela dura a maior parte do tempo em que uma estrela
brilha. Porém as estrelas não brilham para sempre.
Todas as estrelas enfrentam uma crise durante sua vida. Após brilhar durante
bilhões de anos, elas esgotam seu suprimento de combustível nuclear, restando um
núcleo quente composto por "cinzas" de hélio. A estrela tenta prolongar sua vida
provocando a fusão de hidrogênio numa camada em volta do núcleo. Com seu novo
sopro de vida, a estrela se expande atingindo 100 vezes seu tamanho anterior.
Sua superfície se resfria até um vermelho fosco, mas, como ela ficou tão grande,
ela brilha milhares de vezes mais do que quando estava na seqüência principal.
Nos seus últimos anos de vida a estrela torna-se uma gigante vermelha.
Os núcleos das gigantes vermelhas queimam a 100 milhões de graus K. Elas começam
a fundir hélio em carbono, porém esta fusão libera menos energia do que a fusão
de hidrogênio em hélio. Isto significa que ela deverá acelerar a fusão e que
esta fase dura apenas alguns milhões de anos. Durante este tempo, a estrela é
uma casa de força que ocupa um espaço 400 vezes superior ao anterior. Quando o
Sol se tornar uma gigante vermelha , ele ficará tão grande a ponte de engolir a
Terra. As camadas externas da gigante vermelha eventualmente se tornam tão
tênues que desaparecem no espaço, formando um invólucro esférico chamado de
nebulosa planetária (a Nebulosa Anular, M57, é um bom exemplo). Apenas o pequeno
núcleo da estrela permanece. As cinzas de uma estrela são as anãs brancas.
Quando novo, este corpo sideral apresenta um brilho branco com 100.000 K. E,
durante bilhões de anos ele vai irradiando a energia acumulada até atingir quase
o zero absoluto. Então estas cinzas pretas permanecem no espaço e são chamadas
de anãs pretas. Acredita-se que o Universo não tenha idade suficiente para
conter anãs pretas.
Evolução das Estrelas de Grande Massa
As estrelas que contém mais gás do que o Sol possuem um ciclo de vida diferente.
Estas enormes estrelas precisam consumir altas taxas de hidrogênio para suportar
suas camadas externas. O brilho destas estrelas é branco azulado, e é 10.000
vezes superior ao do Sol (exemplo: Estrela Deneb), porém seu combustível logo
acaba.
As estrelas gigantes azuis possuem vida curta. Enquanto a maior parte das
estrelas brilha durante dez bilhões de anos, as gigantes azuis permanecem na
seqüência principal apenas alguns milhões de anos. Depois elas se transformam em
enormes gigantes vermelhas. Elas esgotam seu estoque de hidrogênio e começam a
fundir hélio em carbono. Mas, ao contrário das estrelas menores, elas têm peso
suficiente para que seus núcleos atinjam os bilhões de graus necessários para
fundir carbono em oxigênio, néon e assim por diante até chegar ao ferro. As
estrelas gigantes possuem camadas que se assemelham às das cebolas com a parte
interna fundindo os elementos mais pesados. Quando há o acúmulo de ferro em seu
núcleo, a estrela se aproxima de sua morte.
O ferro é o elemento mais estável do Universo. Não se pode gerar energia a
partir da fusão do ferro. Na verdade, a fusão do ferro consome energia. Quando o
ferro toma conta do núcleo da estrela, sua morte é iminente. Então ondas de
choque passam por ela e detonam a maior explosão do Universo: uma supernova.
As supernovas explodem as camadas externas de uma estrela formando um invólucro
em expansão que se torna uma nebulosa. Todos os elementos mais pesados do que o
ferro fundem-se no fogo da explosão. No centro da explosão encontra-se uma
estrela de nêutrons ou um buraco negro. Estes corpos siderais são tudo o que
resta da brilhante estrela.
Estrela Cadente
Nome popular do meteoro.
Estrela de Barnard
Segundo sistema sideral mais próximo ao Sol, situado na constelação de
Serpentário. Localiza-se a 6 anos-luz de distância, aproxima-se a uma velocidade
de 108 km (67 milhas) por segundo, e apresenta o maior movimento próprio dentre
todas as estrelas. Se você observar a Estrela Barnard durante 180 noites
seguidas verá que ela se movimentará no céu numa distância equivalente a da Lua.
Provavelmente, existem dois planetas em sua órbita, cujas massas são muitas
vezes superiores à de Júpiter.
Estrela de Erupção (Variável Cefeu UV)
Estrela cujo brilho aumenta repentinamente e depois volta ao normal. Estas
erupções parecem similares às que ocorrem no Sol.
Estrela Degenerada
Estrelas tais como as anãs brancas e as nêutrons que, devido ao seu grande peso,
sofreram transformações gravitacionais e contém matéria deteriorada. A matéria
degenerada é formada por átomos cujos elétrons foram separados do núcleo pela
gravidade. A gravidade faz com que estes elétrons se juntem aos prótons formando
nêutrons, e estes nêutrons são então unidos firmemente. Nos átomos normais mais
de 99% do seu volume é formado por espaço vazio. Na matéria degenerada
praticamente todo este espaço foi preenchido. Portanto, quando uma estrela como
o nosso Sol se transforma numa anã branca, seu tamanho é drasticamente reduzido.
Uma estrela cuja massa seja superior a 1,44 sóis (limite de Chandrasakhar)
encolherá até o tamanho de uma cidade quando se transformar numa estrela nêutron
degenerada.
Estrela do Anoitecer
Nome dado a Vênus quando brilha após o anoitecer. Quando Vênus aparece logo após
o alvorecer, é geralmente chamado de Estrela da Manhã. Ocasionalmente, outros
planetas que brilham são também chamados de estrelas do anoitecer.
Estrela Gigante
Estrelas com uma grande quantidade de massa , alta temperatura e brilho intenso.
Se comparadas ao Sol a massa das estrelas gigantes é 10 a 30 vezes superior, seu
volume 1.000.000 a 10.000.000 maior e sua luminosidade 10 a 1.000 vezes a do
Sol. As gigantes muito grandes são chamadas supergigantes, porém não há uma
divisão bem definida entre os dois tipos. As estrelas entram numa fase curta de
gigantismo durante o período de fusão quando perdem hidrogênio. Apesar das
estrelas gigantes serem raras (pois o estágio gigante é muito breve na vida de
uma estrela) elas são facilmente identificadas devido ao seu brilho intenso.
Muitas das estrelas mais brilhantes que vemos no céu são gigantes.
Estrela Polar
Nome popular de Polaris. Contudo, devido à precessão, daqui a aproximadamente
5.000 anos a estrela Alfa de Cefeu será a estrela polar, e, daqui a mais ou
menos 12.000 anos, a estrela polar será Vega.
Estrelas Super-gigantes
Maiores e mais brilhantes estrelas do Universo. As super-gigantes contêm de 20 a
100 vezes a massa do Sol e brilham milhões de vezes mais. Como as estrelas
super-gigantes vivem apenas poucos milhões de anos e como apenas 1 em cada
10.000 estrelas é uma super-gigante, os astrônomos só conseguem localizar poucas
delas. Contudo essas usinas de energia brilham através de grandes distâncias no
espaço galáctico. Quando os astrônomos vêem braços espirais em galáxias
distantes, só o que conseguem ver é a luz destas estrelas super-gigantes.
Dezesseis entre as cem estrelas mais brilhantes que vemos no céu noturno são
super-gigantes. Exemplos: Betelgeuse e Antares.
Estrela Variável
Estrela cuja magnitude varia ao longo de seu ciclo. Um terço das estrelas
apresentam variações em suas emissões de luz. As estrelas variáveis são muito
importantes porque elas permitem aos astrônomos determinar as distâncias e os
tamanhos das estrelas. Elas também revelaram que o Universo é dinâmico e não
estático como acreditavam os gregos.
Variáveis Eclipsantes
Algumas estrelas apresentam variações em sua luminosidade porque há poeira à sua
volta. Os astrônomos acreditam que haja um espesso disco de matéria aglutinada
ao redor das estrelas T Tauri. Esta matéria eclipsa a luz da estrela fazendo com
que pareça que a luminosidade varie de forma irregular. Outras estrelas, como o
Sol, têm manchas que maculam suas superfícies modificando sua geração de luz.
Seu brilho varia ligeiramente à medida que as manchas solares passam por seus
discos.
Algumas estrelas binárias são variáveis quando o plano de sua órbita está na
linha de visão da Terra e as estrelas se eclipsam mutuamente. As binárias
eclipsantes são úteis porque os astrônomos podem medir o tamanho de cada estrela
através da determinação da duração do eclipse. Estes pares repetem estes ciclos
de brilho e escurecimento com uma regularidade monótona. Um exemplo famoso é a
estrela Algol na constelação de Perseu. Os antigos árabes consideravam seu ciclo
de 2,87 dias, chamando-o de "O Vampiro".
Variáveis Verdadeiras
Algumas variáveis se contraem, alterando sua luminosidade, devido a ondas de
choque que emanam de seus núcleos e dilatam sua parte externa. As primeiras e
mais famosas são as Variáveis Cefeu, cujo nome foi dado a partir da estrela
protótipo Delta de Cefeu. Identificadas por John Goodricke em 1784, estas
gigantes vermelhas pulsam em ciclos de 2 a 40 dias.
Henrietta Leavitt encontrou uma relação direta entre a extensão do período de
uma variável Cefeu e sua magnitude absoluta após estudá-las na Pequena Nuvem de
Magalhães. Como todas as estrelas nesta nuvem estão à mesma distância, ela
observou seus ciclos com relação ao seu brilho. Esta famosa equação é chamada de
relação período-luminosidade. Mais tarde Edwin Hubble utilizou os dados de
Leavitt para calcular a distância até as galáxias próximas e lançou o debate
sobre se estas nebulosas espirais eram aglomerados de poeira dentro da Via
Láctea ou verdadeiras galáxias isoladas.
As estrelas W Virginis se assemelham às Variáveis Cefeu. Elas foram confundidas
com estas últimas devido ao seu período, porém elas são 4 vezes menos
brilhantes. Isto fez com que as pessoas calculassem suas distâncias como sendo
quatro vezes superior ao que era na verdade, pois as Variáveis Cefeu são usadas
freqüentemente como padrão celeste para calcular as distâncias no Universo.
Outro tipo de estrelas variáveis são as RR Lyrae. Estas estrelas alteram seu
brilho em até uma magnitude num período de diversas horas. Todas as RR Lyrae tem
a mesma magnitude absoluta, por isso os astrônomos as utilizam como padrão para
determinar as distâncias até os aglomerados globulares.
Nem todas as variáveis apresentam ciclos regulares, portanto nem todas podem ser
utilizadas como indicadores de distância. O brilho de algumas estrelas
irregulares, como a Betelgeuse na constelação de Órion, muda de forma
imprevisível em poucas horas. Outras, como a estrela Mira, seguem ciclos que
podem durar um ano ou mais, sendo que seu geração de luz varia em até 1700%. Os
astrônomos ainda estão tentando entender porque as variáveis Mira mudam tão
drasticamente.
Estrelas Wolf-Rayet
Membros de um grupo de estrelas raras (somente 200 foram identificadas) e
extremamente quentes, com uma temperatura de superfície de no mínimo 30.000 K e
uma estranha composição rica em hélio, carbono e nitrogênio. Embora sua
localização no processo de envelhecimento das estrelas não esteja bem definido,
os astrônomos acreditam que elas sejam envoltas por um invólucro de gás em
rápida expansão. Parece que as estrelas Wolf-Rayet se formaram a partir de uma
grande massa e com o tempo eliminaram a maior parte de suas camadas externas,
expondo seus núcleos onde se acumularam, a partir da fusão de hidrogênio, hélio
e elementos mais pesados. Às vezes, as camadas de gás que foram expelidas formam
uma nebulosa visível ao redor da estrela.
Estrelas Anãs
Estrelas vermelhas com luminosidade, massa e tamanho variando de baixo a médio.
A maior parte das seqüências de estrelas são formadas por estrelas anãs. Essas
estrelas anãs não devem ser confundidas com as anãs brancas.
Estrelas Binárias
Veja Estrelas Duplas.
Estrelas de Nêutrons
Estrelas com massa 1,5 a 3 vezes superior à do Sol, cujo núcleo rompeu-se, sob a
pressão da gravidade, após seu combustível nuclear ter acabado.
No momento do colapso, quando a força da gravidade equilibra a pressão entre os
nêutrons, a maior parte das camadas externas da estrela explode formando uma
supernova. A estrela mãe, que era tão grande quanto o Sol, encolheu formando uma
estrela de nêutrons, do tamanho aproximado de uma cidade. A densidade desta
estrela de nêutrons é praticamente incalculável: Um dedal repleto desta matéria
pesaria 100 milhões de toneladas. Se este dedal fôsse jogado no chão, ele
formaria um buraco que atravessaria a Terra.
Estrelas Duplas
Duas estrelas que descrevem uma órbita em torno de um centro comum de gravidade.
Acredita-se que 46% de todas as estrelas sejam formadas por sistemas de estrelas
duplas, e 39% destas estrelas fazem parte de sistemas múltiplos de estrelas (com
mais de duas estrelas). As órbitas das estrelas duplas, que são muito regulares,
podem ser curtas, ou seja de poucas horas, como no caso da estrela Algol, ou
longas, com até milhões de anos, como no caso das estrelas Próxima e Alfa do
Centauro.
Quando mais próximas estiverem as estrelas, mais curta será sua órbita. Algumas
estrelas, chamadas de binárias de contato, chegam realmente a se tocar. Muitas
delas são chamadas de estrelas binárias espectroscópicas, pois só podem ser
vistas separadamente com o auxílio de um espectroscópio. Acredita-se que estas
estrelas foram formadas a partir de uma nuvem.
As estrelas duplas mais distantes entre si podem ser reconhecidas se a Lua se
posicionar à frente delas, pois elas piscarão separadamente. As estrelas duplas
que são vistas passando uma em frente a outra são chamadas de binárias
eclipsantes. Num sistema duplo, a estrela mais brilhante é denominada primária,
e a outra secundária. Geralmente as duas estrelas se formam separadamente, mas a
medida que a estrela primária cresce ela doa algum material para a secundária.
Caso a estrela secundária seja uma anã branca, se lhe for adicionado material
suficiente para ultrapassar o limite de Chandrasekhar, ela poderá explodir
transformando-se num supernova do Tipo I.
Algumas estrelas, chamadas de estrelas duplas óticas, dão a ilusão de serem
duplas, porém estão localizadas a anos-luz uma da outra.
Estrelas T Tauri
Um tipo de estrela muito jovem, numa fase inicial de sua vida, quando ainda está
ocorrendo a contração. As estrelas T Tauri (estrela T na constelação de Touro)
são estrelas nas quais a fusão ainda não começou, porém brilham em ondas
infravermelhas e aquecem as nuvens de gás e poeira que estão à sua volta. À
medida que se contraem, elas se aquecem e eliminam a camada de gás. Os
astrônomos acreditam que o quantidade de luz não se altera mas que ele varia
porque o material que circula à sua volta eclipsa sua luz. Um grande número de
estrelas T-Tauri foi descoberto a partir da forte radiação infravermelha que
elas emitem. Grupos espalhados de estrelas T-Tauri são chamados de associações
T.
Eudoxus de Cnidus (400-350 A.C.)
Astrônomo grego que criou um complicado sistema de esferas para explicar a
movimentação dos planetas, pois ele acreditava, assim como Aristóteles, que tudo
nos céus era perfeito e se movia em órbitas circulares. Ele também introduziu a
geometria na astronomia, e pode ter sido o criador de um método geométrico de
cálculo da distância entre a Terra e o Sol e a Lua.
Europa
A menor das luas galileanas de Júpiter. Situada a 670.900 km (415.900 milhas) do
centro de Júpiter, sua órbita é de 3 dias, 13 horas, 17 minutos e 53 segundos.
Com massa 0,66 vezes superior à da lua da Terra, Europa está a 3.138 km (1.946
milhas) de distância e apresenta densidade três vezes maior que a da água. Sua
superfície incrivelmente lisa (o sistema mais liso de nosso sistema solar) é
formada de gelo com rachaduras que foram preenchidas por mais gelo.
Excentricidade
Unidade de medida do alongamento da órbita. Os círculos possuem excentricidade
igual a zero, e a das parábolas é igual a 1. As elipses apresentam
excentricidade entre 0 e 1. A excentricidade da órbita da Terra é muito baixa,
0,02 (quase circular), enquanto a da órbita do cometa Halley é bastante elevada.
Exobiologia
Procura por vida extraterrestre, incluindo o estudo da composição dos outros
planetas. Este campo é também chamado de astrobiologia.


Letra F


Fácula
Grande mancha ou raia de material luminoso que se observa nas imediações da
mancha solar.
Fase
Parte de um objeto brilhante que pode ser observada da Terra. Apenas os corpos
celestes que passam entre o observador e o Sol mostram um ciclo de fases
completo.
Febe
Lua mais externa de Saturno. Devido à sua órbita retrógrada e a seu pequeno
tamanho (apenas 200 km ou 120 milhas de extensão) acredita-se que ela possa ser
um corpo celeste capturado, talvez um asteróide.
Flamsteed, John (1646-1719)
Astrônomo real britânico, criador da "História Celeste Britânica", primeiro
catálogo sideral feito com a utilização de um telescópio. Publicado em 1725, o
catálogo indicava a posição de quase 3.000 estrelas. Seu método de classificação
das constelações siderais em ordem crescente de ascensão levou à criação dos
números Flamsteed, utilizados até hoje. Ele também provou que a gravidade de
Júpiter e Saturno afeta o movimento dos dois planetas. A partir de sua análise
das manchas solares, ele calculou que o período de rotação do Sol é de
aproximadamente 25,25 dias.
Fobos
Lua mais próxima à Marte, situada próxima ao limite de Roche. Devido ao arrasto
atmosférico, Fobos está diminuindo de velocidade e dentro de 40 milhões de anos
colidirá com Marte. Fobos (com 28 km ou 45,36 milhas de extensão) é a maior das
duas luas, em forma de batata, de Marte. Ela é salpicada de crateras e grandes
sulcos. Seu albedo é de aproximadamente 5% devido à existência de uma extensa
camada externa de poeira com 10 metros de espessura.
Foco Principal
Ponto em que o espelho primário de um telescópio refletor foca uma imagem.
Foguete
Máquina que fornece uma rápida aceleração para propulsionar pessoas e/ou
equipamentos, geralmente para o espaço exterior. Gases quentes saem de um bocal
fornecendo impulso. Os foguetes atuais utilizam combustível químico sólido ou
líquido. Os dois apresentam vantagens. O combustível sólido é mais fácil de ser
manuseado e pode ser estocado indefinidamente. Contudo, uma vez aceso, é de
difícil controle. O foguete precisa consumir todo o combustível sólido antes de
ser desligado. O combustível líquido, por outro lado, é controlado mais
facilmente. Válvulas localizadas nos motores controlam o fluxo e direcionam a
queima. Contudo, ele precisa ser bombeado no foguete antes do lançamento e ser
mantido a baixas temperaturas para manter-se estável.
História
Os primeiros foguetes do mundo foram os fogos de artifícios usados pelos
chineses por volta de 1250. Mais tarde, eles construíram foguetes com ponteiras
explosivas como armas. Esta idéia se espalhou rapidamente. Na Índia, os soldados
atiraram esses mísseis contra as forças britânicas, e eles foram tão eficazes
que o oficial de artilharia William Congreve os introduziu na Inglaterra. Nas
guerras européias foram utilizados foguetes que se assemelhavam a grande
garrafas. Eles eram guiados por varetas colocadas na parte traseira. O Inventor
inglês William Hale substituiu as varetas por estabilizadores curvos que faziam
os foguetes girar como uma bola de futebol.
Foguetes Aeronáuticos
Por volta de 1850 os escritores começaram a fantasiar sobre as viagens
espaciais. Estes livros inspiraram os amadores a testar grandes foguetes, mas o
verdadeiro fundador dos foguetes modernos foi Konstantin Tsiolkovsky. Este
teórico russo criou as leis sobre os vôos dos foguetes que ainda são utilizadas
hoje em dia. Ele também percebeu que o combustível líquido era melhor do que o
sólido e projetou foguetes com múltiplos estágios.
A tarefa de construir o primeiro foguete movido a combustível líquido, coube ao
americano Robert Goddard que o lançou em 1926. Ao mesmo tempo, a Sociedade Alemã
para Viagens Espaciais estimulou os avanços na tecnologia dos foguetes. Werner
Von Braun destacou-se nos projetos de foguetes quando sua equipe construiu o
V-2, que seria o pai dos modernos mísseis balísticos.
Foguetes da Era Espacial
Após a Segunda Guerra Mundial, a equipe de Von Braun continuou suas pesquisas em
White Sands, no Novo México, onde desenvolveu o míssil Redstone. Estimulados
pela corrida espacial, os Estados Unidos e a União Soviética, embarcaram numa
maratona para construir foguetes cada vez melhores. Quando a União Soviética
disparou seu primeiro míssil intercontinental, os Estados Unidos responderam com
os foguetes Atlas, Titã e Thor que lançaram um sem número de satélites e
cápsulas em órbita. Quando o presidente Kennedy desafiou a Rússia para uma
corrida até a Lua, as duas nações correram para projetar um super-foguete. O
programa russo construiu o foguete Próton, que ainda é utilizado para lançar
cargas pesadas. Os americanos desenvolveram o foguete Saturno V que lançou todas
as missões Apolo .
Hoje em dia, equipamentos reutilizáveis substituíram os foguetes tradicionais.
Por exemplo, o Ônibus Espacial é impulsionado por um par de foguetes de
combustível sólido durante a primeira parte de seu lançamento. Mais tarde estes
se soltam e o lançador acende o combustível líquido. Devido à sua grande
plataforma de carga, o ônibus espacial pode colocar múltiplos satélites em
órbita, ao mesmo tempo, sem necessidade de lançar cada um com um foguete
individual.
Foguetes do Futuro
Os cientistas estão desenvolvendo foguetes que não dependem de combustível
químico. A rápida aceleração fornecida pelo combustível químico é necessária na
Terra para escapar da gravidade, porém no espaço, métodos menos potentes
funcionam bem. Os engenheiros estudam a possibilidade de usar eletricidade para
aquecer os íons que escapam. Uma idéia melhor ainda é a utilização da fusão
nuclear como fonte de energia. Os motores de fusão poderiam efetuar viagens
interplanetárias e até mesmo intersiderais.
Foguete Thor
Foguete americano projetado a partir do míssil balístico de médio alcance Thor.
O foguete tinha 19,8 m de comprimento por 2,4 de diâmetro. Ele possuía um único
motor como o do foguete Atlas, produzindo 70.000 kg de propulsão através da
queima de oxigênio líquido e querosene. Em 1963, ele deixou de ser utilizado
para fins militares, porém mostrou-se útil como lançador espacial. O foguete
Thor lançou os Pioneer, os Explorer e outros satélites e sondas americanas.
Foguete V-2
Primeiro míssil moderno utilizado pelos alemães contra posições inimigas durante
a Segunda Guerra Mundial e primeiro foguete a ultrapassar a velocidade do som. O
V-2 foi construído por uma equipe de engenheiros alemães chefiados por Werner
von Braun e foi testado pela primeira vez no dia 1o. de outubro de 1942. O V-2
tinha 14 m de altura e 1,65 m de diâmetro, pesava 12.700 kg e produzia 25.400 kg
de propulsão para levar uma carga de uma tonelada à uma distância de 320 km. O
V-2 foi atirado contra um inimigo pela primeira vez no dia 6 de setembro de
1944. Após a guerra, os americanos capturaram um V-2 e basearam o projeto do
foguete American Redstone nele.
Foguete Atlas
Foguete que lançou cápsulas no espaço durante o programa espacial "Mercúrio". A
NASA continuou a utilizar estes foguetes, em conjunto com os propulsores Agena e
Centauro, para colocar satélites em órbita. O foguete Atlas, que foi projetado a
partir de mísseis militares, tem 3 metros de largura por 25 de altura, e pesa
140.000 kgs.
Foguetes Titã
Grupo de foguetes espaciais americanos, construídos a partir do míssil
intercontinental Titã. O míssil de dois estágios Titã I era abastecido com
querosene e oxigênio líquido. Titã II podia estocar combustível enquanto
permanecia inativo. A NASA modificou este míssil para lançar as cápsulas Gemini
em órbita. O primeiro estágio tinha 19,2 m de altura e carregava 195.000 kg de
combustível. O segundo estágio media 8,2 m e produzia 45.000 kg de propulsão.
Fontes de Rádio
Qualquer fonte natural de ondas de rádio. Corpos celestes como o Sol, restos de
supernovas, rádio galáxias e quasares entram em combustão na região de rádio do
espectro eletromagnético. Os astrônomos acreditam que estas fontes revelam
violentas explosões, campos magnéticos poderosos, ou gás girando ao redor de um
pulsar ou de um buraco negro.
Formalhaut
Estrela mais brilhante da constelação de Peixe Austral e a décima oitava mais
brilhante dos céus. É uma estrela branca com magnitude 1,2, situada a 22,5
anos-luz, que possui uma companheira amarela de sexta magnitude. Por ela ser uma
das poucas estrelas luminosas na região do céu onde está situada é
freqüentemente utilizada na navegação.
Fornax (Forno)
Pequena e apagada constelação austral situada próxima a Erídano. Nela existe uma
galáxia elíptica anã localizada a 800.000 anos-luz que pertence ao Grupo Local.
Fotometria
Ciência que determina o brilho de um objeto celeste.
Fotômetro
Instrumento utilizado para medir a quantidade de radiação eletromagnética que um
objeto produz.
Fotosfera
Superfície gasosa do Sol. A fotosfera é composta por 300 km (200 milhas) de gás
denso a uma temperatura de 5.800 K. Grânulos visíveis na fotosfera, mostram o
processo de convecção do Sol que traz os gases quentes e a energia para a
superfície.
Fraunhofer, Joseph (1787-1826)
Físico alemão que estudou o espectro solar descobrindo linhas escuras que foram
chamadas de linhas de Fraunhofer.
Fraunhofer, Linhas de
Linhas escuras de absorção existentes em alguns comprimentos de onda do espectro
solar. Elas surgem porque o gás mais frio que vai em direção à superfície do Sol
absorve radiação de certos comprimentos de onda antes de chegar à Terra. As
linhas de Fraunhofer dos espectros das estrelas podem ser utilizadas para ajudar
a determinar a composição das mesmas.
Freqüência
Número de ondas contadas durante um determinado tempo, medidas em ciclos por
segundo, ou Freqüência Hertz, que é determinada dividindo-se a velocidade de uma
onda pelo seu comprimento.

Fusão (Fusão Nuclear)
Reação geradora de calor, que geralmente ocorre no centro das estrelas. O núcleo
dos elementos leves juntam-se para formar elementos mais pesados, liberando
energia. O tipo mais comum de fusão é quando quatro núcleos de hidrogênio se
fundem para formar um núcleo de hélio. Este último é 7% mais leve do que a massa
total dos quatro núcleos originais de hidrogênio. A massa faltante
transformou-se em energia.


Letra G


Gagarin, Yuri Alekseyevich (1934-1968)
Astronauta soviético que em 12 de abril de 1961 tornou-se o primeiro ser humano
a estar no espaço. Durante os 108 minutos em que permaneceu no espaço, Gagarin
orbitou a Terra na nave Vostok 1. Sua distância em relação à Terra variou entre
190 km (112 milhas) e 344 km (203 milhas). Gagarin relatou não ter tido
problemas por ter ficado à gravidade zero. Gagarin faleceu num acidente de
avião, durante um vôo treino, no dia 27 de março de 1968.
Galáxia
Sistema formado por bilhões de estrelas unidas pela gravidade. As galáxias são
geralmente encontradas nos aglomerados, a maioria dos quais se juntam com
outros, formando superaglomerados.
As diferenças estruturais entre os diferentes tipo de galáxias parece ser
conseqüência do seu tipo de formação: algumas parecem ter sido formadas
rapidamente por gás espiralando a alta velocidade, enquanto outras parecem terem
sido formadas gradualmente a partir de gás espiralando vagarosamente. Os
astrônomos utilizaram o sistema de classificação proposto por Edwin Hubble para
dividir as galáxias em quatro tipos:
Elíptica: Estas galáxias se formaram vagarosamente, e, de longe, se assemelham a
círculos brilhantes. Nestas galáxias não há nenhum núcleo significativo e elas
são formadas por estrelas velhas (população II). Seu tamanho varia entre o dos
aglomerados globulares até mais de 30.000 anos-luz.
Espiral: Estas galáxias se formaram rapidamente. Elas apresentam um núcleo
brilhante, formado por estrelas velhas (população II), ao redor do qual gira um
disco formado por estrelas novas (população I) e material intersideral. O núcleo
geralmente possui uma extensão de 100.000 anos-luz e espessura de 2.000
anos-luz, os braços do espiral são uma formação estrutural através da qual
passam as estrelas. 70% das galáxias brilhantes são galáxias espirais, inclusive
a Via Láctea. As galáxias em espiral são subdivididas de acordo com a
proximidade e o tipo de seus espirais, e o tamanho de seu núcleo.
Espirais em Barra: Estas assemelham-se às galáxias espirais, porém os braços dos
espirais saem, não diretamente do núcleo, mas dos dois lados de uma barra
alongada, ou de um grupo de estrelas e de material intersideral que passa por
eles.
Irregular: Estas galáxias não apresentam forma definida. Elas assemelham-se à
uma massa disforme pois não apresentam um núcleo definido.
Algumas galáxias, chamadas radiogaláxias, podem ser detectadas através da
rádioastronomia. As galáxias Seyfert possuem um núcleo central brilhante e
violentos gases girando a milhões de quilômetros por segundo.
Até agora a galáxia localizada à maior distância está a 15.000 milhões de
anos-luz. Esta galáxia, que está em desenvolvimento, chama-se 4C41.17 e possui
uma grande nuvem brilhante de gás, formada por hidrogênio, à sua volta. Outros
exemplos de galáxias: Galáxia de Andrômeda, Galáxia do Olho Negro, Galáxia
Pinhão.
A NGC 4565 é um exemplo de uma linda galáxia espiral
A partir de um planeta imaginário, vemos vários tipos de galáxias: espirais,
elípticas e irregulares.
A M82 parece ser uma galáxia espiral em processo de explosão. Na verdade, ela
está gerando bilhões de novas estrelas a partir de uma nuvem com a qual colidiu.
A galáxia Olho Negro da constelação da Cabeleira de Berenice é provocada por
vastas nuvens de poeira que passam pela sua brilhante região central.
Raramente uma camada de poeira circunda o núcleo de galáxia elíptica, porém este
é apenas um dos mistérios da galáxia Centauro A. Ela também possui dois gigantes
jatos de gás que se estendem por 2,5 milhões de anos-luz. Se estivessem próximos
poderiam engolir nossa galáxia e a de Andrômeda.
Galáxia dos Cães de Caça (M51)
Linda galáxia espiral situada na constelação dos Cães de Caça. Ela é localizada
a 13 milhões de anos-luz de distância e é um verdadeiro espetáculo que pode ser
visto com o auxílio de um telescópio simples.
A Galáxia dos Cães de Caça é formada por uma galáxia espiral (M51) localizada
sob o puxador da Grande Caçarola, e , por uma galáxia menor, NGC 5195, que
passou pela M51 rompendo os braços espirais.
Galáxia Espiral
Tipo de galáxia que possui braços espiralados exteriores à protuberância
central. Algumas, chamadas de galáxias com espirais em barra, possuem apenas
dois braços. Contudo, a maior parte das galáxias espirais assemelham-se a
furacões e apresentam grupos de estrelas e poeira saindo de seu centro. Os
núcleos, formados por estrelas antigas (População II), é circundado por
aglomerados globulares. Os braços são formados por estrelas da População I, e os
cientistas acreditam que elas ajudem a preservar a estrutura em forma de espiral
das galáxias. Ondas de choque provocadas pelas explosões das supernovas passam
através dos braços e agitam as nuvens de poeira. Elas geram estrelas novas,
algumas das quais, após poucos milhões de anos, se tornam supernovas continuando
o ciclo.
Os astrônomos classificam as galáxias espirais de acordo com a posição de seus
braços com relação ao núcleo. As galáxias com espirais compactos pertencem ao
grupo Sa, enquanto as galáxias com espirais soltos são Sb e Sc, e as galáxias
com espirais e, forma de barra vão de Sba a Sbc.
A Via Láctea é uma galáxia espiral com o Sol localizado a 3/5 de distância de
seu centro. O Sol completa uma órbita ao redor do núcleo a cada 240 milhões de
anos. Até agora, nosso sistema solar completou aproximadamente 20 circuitos.
Galáxia Espiral (M33)
Grande galáxia espiral, situada a 15 milhões de anos-luz na constelação da Ursa
Maior.
M33, a Galáxia Espiral, faz parte do Grupo Local de galáxias. Ela possui um
pequeno núcleo central, quase invisível, que pode ser visto no canto da
fotografia.
Galáxia Sombrero
Situada na constelação de Virgem, a galáxia Sombrero, que se assemelha a um
grande chapéu, é difícil de ser classificada. Do nosso ponto de vista a galáxia
Sombrero possui um grande núcleo circundado por um anel de poeira. Porém, como
nós a vemos de baixo para cima é difícil determinar se ela é uma galáxia espiral
ou lenticular (uma mistura de galáxia espiral com elíptica). Contudo, como foram
encontradas regiões HII nesta galáxia, que são uma característica das galáxias
lenticulares, ela foi classificada como galáxia espiral.
Galáxias Seyfert
Galáxias com pequenos núcleos ativos. Estas galáxias expelem nuvens de gás em
volta de seu núcleo, indicando que alguma coisa explodiu ali no passado. Estas
galáxias foram estudadas por Carl K. Seyfert e, atualmente, mais de 100 são
conhecidas. Aproximadamente 1% das galáxias espirais foram classificadas como
galáxias Seyfert.
Uma galáxia Seyfert típica possui um pequeno núcleo que emite radiações azuis,
ultravioleta e de rádio. Este núcleos, chamados "mini quasares" podem fornecer
uma ligação entre as galáxias normais e os quasares. As mudanças na luz dos
núcleos que ocorrem num período de meses podem ser provocadas pelos elétrons que
espiralam nos campos magnéticos (radiação sincrotron).
Galileo, Espaçonave
Sonda espacial lançada em outubro de 1989 com a missão de explorar Júpiter. A
espaçonave Galileo, lançada pelo o foguete Atlantis, foi programada para estudar
a estrutura e a movimentação de quatro satélites de Júpiter bem como colocar uma
sonda em sua atmosfera. Contudo, após o lançamento, sua antena principal não se
abriu completamente, prejudicando a eficiência da missão. Galileo fotografou
dois asteróides, 951 Gasora e Ida, mostrando que este último possui uma lua. A
espaçonave chegará a Júpiter em dezembro de 1995, porém o sucesso de sua missão
ainda é incerto já que só consegue transmitir dados a uma taxa de 10 bits por
segundo.
Galileo Galilei (1564-1642)
Astrônomo, matemático e físico italiano. Ele descobriu que o comprimento de um
pêndulo determina quanto tempo ele levará para balançar, independente da
extensão do balanço. Porém, suas outras descobertas foram mais controvertidas.
Antes de se tornar professor de matemática em Pisa, na Itália, ele percebeu que
todos os objetos caem a uma mesma velocidade, o que contrariava o conceito da
época de que os objetos mais pesados apresentavam velocidade de queda mais
rápida.
Em 1609, ao ouvir falar sobre os telescópios, decidiu construir seu próprio e
examinou o céu. Ele viu as fases de Vênus, as luas de Júpiter e as crateras da
Lua. Isto demonstrava que os corpos podem orbitar outros objetos além da Terra e
que a Lua, apesar de ser um corpo celeste, não era perfeita como pensava
Aristóteles. Tudo isto deu suporte à visão de Copérnico do Universo.
Em 1610, Galileo escreveu "O Mensageiro ds Estrelas" e, em 1632, o "Diálogo
sobre os Dois Principais Sistemas do Universo: Ptolomeico e Copérnico", ambos os
quais discutiam suas observações e opiniões sobre a exatidão do sistema de
Copérnico. Contudo, o estilo de Galileo era sarcástico, e em seu livro de 1632
ele não só se opôs à doutrina da Igreja como a ridicularizou. O "Diálogo Sobre
os Dois Principais Sistemas do Universo" foi incluído na lista dos livros
banidos pela Igreja., Galileo foi julgado pela Inquisição, foi forçado a voltar
atrás com relação a seu apoio a Copérnico, e foi colocado em prisão domiciliar.
(Galileo só foi perdoado pela Igreja Católica em outubro de 1992).
Mesmo assim, em 1638, ele publicou os "Discursos sobre Duas Novas Ciências" que
outra vez desafiou a doutrina da Igreja. A mensagem deste livro resume o modo de
vida de Galileo: não aceite simplesmente os fatos: discuta-os, teste-os e
procure pelas provas.
Galle, Johann Gottfried (1812-1910)
Astrônomo alemão que descobriu o planeta Netuno em 23 de setembro de 1846,
seguindo os cálculos exatos fornecidos por Leverrier sobre sua posição.
Gamow, George (1904-1968)
Astrofísico que, juntamente com Ralph Asher Alpher e Hans Bethe, previu a
existência de radiação de fundo proveniente do Big Bang. Esta radiação de
microondas foi realmente encontrada.
Ganímedes
Uma das quatro luas de Júpiter descobertas por Galileo e a maior do sistema
solar. Ela tem 5.262 km (3.262 milhas) de largura, está situada a 1.070.400 km
(665.120 milhas) de Júpiter, e sua órbita dura 7 dias, 3 horas, 42 minutos e 30
segundos. Sua densidade é duas vezes superior à da água, e ela é composta por
gelo e rocha de silicato. Ganímedes apresenta um lado claro e um lado escuro.
Acredita-se que as regiões claras se formaram a partir de uma ruptura na crosta
de Ganímedes logo após seu surgimento.
Gemini (Gêmeos)
Constelação zodiacal situada no hemisfério boreal, próxima a Órion, mais visível
no inverno. Suas duas estrelas mais brilhantes são Pollux e Castor. O aglomerado
aberto M35 também pertence a esta constelação.
Gemini, Projeto
Série de 12 missões espaciais americanas, com dois tripulantes, destinada a
praticar e a melhorar o desempenho no espaço com vistas ao programa de
aterrissagem lunar Apolo.
Gigante Azul
Estrelas grandes, quentes e brilhantes, com tamanho dez vezes superior ao do
Sol, temperatura de 36.000º F (ou 20.000 K) e brilho equivalente ao de 20.000
sóis. As Plêiades são um exemplo de estrelas gigantes azuis. Por serem tão
grandes e quentes, estas estrelas se queimam e morrem relativamente rápido.
Gigante Vermelha
Um dos últimos estágios no ciclo de vida sideral quando o núcleo de uma estrela
da seqüência principal perde todo o oxigênio e morre. Após o colapso, o núcleo
fica quente o suficiente para fundir o hélio em carbono. Há a liberação de
energia a partir do núcleo o que faz com que as camadas externas da estrela se
expandam alcançando 10 a 100 vezes o diâmetro do Sol A superfície destas
estrelas se resfria até 2.000/3.000 K e brilha tanto quanto 100 sóis. Exemplos
de gigantes vermelhas: Betelgeuse, Arcturus e Aldebaran.
Glenn, John Herschel Jr. (1912)
Primeiro americano a orbitar a Terra, circundando-a três vezes na nave
Friendship 7. O vôo, que aconteceu no dia 20 de fevereiro de 1962, durou 4
horas, 55 minutos e 23 segundos, a uma distância da Terra que variou entre 159
km (99 milhas) e 261 km (162 milhas).
Glóbulo
Nuvens de gás e poeira, em forma de esfera ou charuto, que são iluminadas por
estrelas ou nebulosas luminosas vizinhas. Seu tamanho varia entre o dos pequenos
glóbulos de Bok , cujo tamanho é similar ao do nosso sistema solar e cuja massa
é similar à do Sol, e o dos glóbulos grandes que se localizam a poucos anos-luz
de distância e possuem massa igual à de muitos sóis.
Goddard, Centro de Vôos Espaciais
Centro de pesquisas e projetos da NASA, construído em 1959 na cidade de
Greenbelt, Estado de Maryland, especializado em tecnologia de satélites. Este
Centro desenvolveu os satélites Explorer, Landsat e outros satélites de
comunicação e meteorológicos.
Goddard, Robert Hutchings (1882-1945)
Americano que, em 1935, construiu e lançou o primeiro foguete abastecido com
combustível líquido, cuja velocidade ultrapassou a do som. Robert Goddard,
Konstantin Tsiolkovsky e Hermann Oberth, três pessoas apaixonadas pelos vôos
espaciais, desenvolveram, independentemente, a teoria da propulsão dos foguetes.
Grande Caçarola
Veja Ursa Major.
Grade de Difração
Aparelho com uma série fendas paralelas que separam a luz em seu espectro de
cores. Quando se olha a parte posterior de um CD (Disco), vê-se o mesmo processo
quando a luz incide sobre ele formando um arco-íris.
Grande Mancha Vermelha
Sistema de tempestade anticiclônica, situada a 24º ao sul do Equador de Júpiter
que foi vista pela primeira vez por Giovanni Cassini em 1666. Este ciclone
elíptico, com 22.000 km (35.200 milhas) de comprimento, é grande o suficiente
para engolir três Terras. Sua cor alterna-se caoticamente entre o laranja, o
vermelho e o creme. Ele parece ser a única característica atmosférica permanente
de Júpiter.
Grande Rede de Telescópios (VBLA - Very Long Baseline Array)
Rede composta por dez radiotelescópios, situados desde o Havaí até o nordeste do
Canadá. As antenas são unidas por um computador, gerando uma resolução de 0,2
milisegundos de arco.
Grande Sistema de Antenas (VLA - Very Large Array)
O maior e mais sensível telescópio que existe. Ele está localizado a 64 km a
oeste de Sorocco, Novo México. Suas 27 bandejas móveis podem ser ajustadas, pois
elas estão colocadas sobre trilhos que formam um Y. Cada braço do Y tem 21 km
(13 milhas) de comprimento. Estas antenas podem captar sinais de ondas com
comprimentos de até um centímetro. Com a síntese de sua abertura, esta rede
atinge uma resolução equivalente a de um grande telescópio de 27 km (17 milhas)
de diâmetro.
Grande Telescópio (VLT - Very Large Telescope)
Um enorme telescópio que está sendo construído no Chile. A construção começou em
1988 sob a supervisão do Observatório Europeu do Sul. Existem planos de se
erguer quatro telescópios refletores gigantes, com 8 metros de diâmetro, e
processar suas imagens para obter-se uma resolução equivalente à de um único
telescópio de 16 km de diâmetro.
Granulação
Característica da fotosfera solar que surge a partir das células de convecção e
que é responsável pelo brilho da fotosfera. Este fenômeno é provocado pelos
gases quentes que emanam do Sol e os gases frios que vão em direção à
superfície. Os grânulos são como cintos de convecção, sempre liberando gás
quente que perdura por poucos minutos. O tamanho dos grânulos varia entre 300 e
1.500 km (200 e 1.000 milhas). Seu núcleo, de onde emanam os gases, é muito
brilhante, e suas beiradas, onde caem os gases frios, é escuro.
Gravidade
Força de atração entre todos os corpos celestes que aumenta de acordo com a
massa e decresce de acordo com a distância. A gravidade é uma, dentre muitas
outras forças que segue a lei do quadrado ao inverso. Apesar de ser a mais fraca
dentre as forças conhecidas, a gravidade é muito importante na astronomia pelas
massas envolvidas serem muito grandes. De acordo com a lei do quadrado ao
inverso de Newton, a força gravitacional entre dois corpos é proporcional à soma
de suas massas dividida pela distância entre seus núcleos elevada ao quadrado.
Por exemplo, se a Lua ficar três vezes mais distante da Terra, a gravidade entre
a Terra e a Lua seria 9 vezes menor. Isto acontece por 3 ao quadrado ser igual a
9. A teoria geral da relatividade de Einstein, contudo, considera a gravidade
não uma força, mas o resultado de distorção no espaço e no tempo.
Greenwich, Observatório Real de
A mais antiga Instituição Científica Britânica, fundada em 1675 pelo Rei Carlos
II. O observatório de Greenwich, na Inglaterra, foi construído para estudar a
Lua e fazer mapas das estrelas com o intuito de ajudar os navegantes. Seus
diretores recebiam o título de Astrônomo Real. Porém. em 1972, isto mudou porque
os deveres dos diretores foram separados daqueles do Astrônomo Real.
Posteriormente, o Observatório de Greenwich dedicou-se a estudar o tempo. A hora
média de Greenwich tornou-se a horário padrão para o mundo da astronomia. Além
disso, em 1884, o meridiano de Greenwich tornou-se o meridiano principal a
partir do qual são medidas todas as outras longitudes. Devido às nuvens de
fumaça e à poluição de luzes, o observatório foi transferido para Sussex em
1958. Atualmente ele abriga o telescópio refletor de 250 cm de Isaac Newton.
Grissom, Virgil Ivan "Gus" (1926-1967)
Astronauta americano que foi a primeira pessoa a participar de dois vôos
espaciais. Em 21 de julho de 1961, durante o segundo lançamento da série
Mercúrio, ele efetuou um vôo suborbital. Em 23 de março de 1965, juntamente com
John Young, ele efetuou o primeiro vôo tripulado do projeto Gemini. Grissom
havia sido escalado para o primeiro vôo da Apólo, porém ele, Roger Chaffee e
Edward White faleceram num incêndio durante um treino de contagem regressiva no
dia 27 de janeiro de 1967.
Grupo Local
Grupo formado por aproximadamente 30 galáxias, incluindo a Via Láctea, que se
mantém unido devido ao efeito gravitacional. As maior galáxia do Grupo Local é a
Andrômeda, cuja massa é aproximadamente duas vezes superior à da Via Láctea.
Grus (Grou)
Constelação austral próxima a Fênix cuja estrela mais brilhante, Almair, é uma
estrela branca com magnitude 2,2.


Letra H


Hale, George Ellery (1868-1938)
Astrônomo americano que fundou os observatórios de Monte Palomar, Monte Wilson e
Yerkes, o qual teve importante participação na criação da astrofísica. Ele
também foi responsável pelo projeto de alguns dos maiores telescópios do mundo,
tal como o telescópio refletor de 508 cm (200 polegadas), que ele construiu para
estudar as demais galáxias além da Via Láctea.
Hale, Observatórios
São os observatórios de Monte Palomar e Monte Wilson que foram fundados por Hale
e batizados com seu nome em 1970. O Observatório de Monte Palomar é dirigido
pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia e o de Monte Wilson pela Instituição
Carnegie de Washington. O Observatório do Monte Palomar, situado próximo a San
Diego, a 1.706 m de altitude, inaugurou seu principal telescópio de 508 cm (200
polegadas), do tipo refletor Hale, em 1948. Seu telescópio Schmidt de 183 cm (72
polegadas) foi utilizado na produção do atlas fotográfico "Sky Survey". O
Observatório de Monte Wilson, onde Hale iniciou suas observações em 1904,
inaugurou seu telescópio Hooker de 254 cm (100 polegadas) em 1917, porém seu
desempenho foi muito prejudicado devido à proximidade das luzes da cidade de Los
Angeles.
Hall, Asaph (1829-1907)
Astrônomo americano que descobriu as duas luas de Marte, Deimos e Fobos, em 11 e
17 de agosto de 1877, respectivamente. Hall tornou-se um expert nos satélites de
nosso sistema solar. Em 1892, Hall demonstrou que as duas estrelas de 61 Cygni
orbitam uma a outra.
Halley, Cometa de
Primeiro cometa a ser identificado como periódico (que volta regularmente ao
Sol). Halley percebeu que os cometas que apareceram em 1531, 1607 e 1682 eram na
verdade o mesmo cometa que descrevia uma órbita de 76 anos, e previu que ele
retornaria por volta de 1758. Hoje em dia sabe-se que este cometa foi visto
diversas vezes antes de 1531, sendo a primeira vez em 240 AC. Em 1910, o cometa
aproximou-se o suficiente da Terra para que sua cauda fosse vista. Em 1986 ele
foi visto novamente e deverá reaparecer em 2061 e 2137. Durante sua passagem em
1986 as espaçonaves Vega 1, Vega 2 e Giotto observaram o cometa e concluíram que
o tamanho de seu núcleo é de 15 x 8 km (9 x 5 milhas), sua temperatura de
aproximadamente 330 K e que ele expele poeira, gás e gelo.
Halley, Edmund (1656-1742)
Segundo astrônomo Real inglês, conhecido pelo seu cálculo do período de 76 anos
do cometa Halley. Em 1678 publicou o primeiro catálogo de estrelas do hemisfério
sul baseado em observações feitas com telescópios. Em 1679, sugeriu a utilização
das observações de Vênus cruzando a face do Sol para determinar o tamanaho de
nosso sistema solar e previu seus movimentos, que foram confirmados em 1761 e
1769. Em 1705, publicou "A Synopsis of the Astronomy of the Comets" (Uma Sinopse
da Astronomia dos Cometas), que incluía a órbita do cometa Halley e de outros 23
cometas. Em 1718 ele percebeu que as estrelas Aldebaran, Arcturus e Sirius
haviam se afastado da posição descrita por Ptolomeu, provando a existência do
movimento próprio destas estrelas.
Halo
Grande anel ao redor do Sol ou da Lua (geralmente com raio de 22º) que é
provocado pela luz que refrata através dos cristais de gelo das nuvens altas.
Harvard, Observatório da Universidade de
Prédio da Universidade de Harvard, fundado em 1839. Em 1973, tornou-se parte do
Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian quando uniu-se ao Observatório
Astrofísico Smithsonian.
Hawking, Stephen William (1942)
Físico britânico que se dedica ao estudo da relatividade e de objetos estranhos
como os buracos negros. Ele acredita na existência de mini buracos negros, que
se desintegrariam ocasionalmente devido à perda de radiação (eventualmente eles
perderiam toda sua energia). Hawking escreveu diversos livros dentre os quais "A
Brief History of Time" (Uma Breve História do Tempo) que analisa as origens do
Universo.
Hélio
Segundo elemento mais abundante e leve do Universo. Aproximadamente 15% do hélio
intersideral foi criado através da fusão nas estrelas e espalhado por todo o
Universo pelas supernovas. O restante do hélio foi deixado pelo Big Bang.
Heliocêntrico
Visão do Universo centrada no Sol.
Heracleides Ponticus (388-315 AC)
Astrônomo grego que foi a primeira pessoa a propor que Mercúrio e Vênus poderiam
orbitar o Sol, já que estes dois planetas estão situados próximos a ele. Também
acreditava que a Terra girava sobre um eixo. Apesar de suas idéias terem sido
ignoradas em sua época, mais tarde elas influenciaram os astrônomos, inclusive
Copérnico.
Hercules (Hércules)
Constelação boreal localizada entre a constelação de Lira e a Coroa Boreal, mais
visível no verão. Sua estrela mais brilhante, Ras Algethi, é uma estrela tripla.
A mais brilhante destas três estrelas é uma supergigante vermelha, 500 a 600
vezes maior do que o Sol, e uma das maiores estrelas conhecidas. As outras duas
estrelas do sistema formam uma estrela dupla espectroscópica com um período de
52 anos. Nesta constelação está também o aglomerado globular M13, situado a
22.500 anos-luz, contendo por volta de 300.000 estrelas e que é um dos
aglomerados mais brilhantes que existem.
Hércules, Aglomerado Globular (M13)
Aglomerado globular situado a 22.500 anos-luz. A olho nu, o Aglomerado Globular
Hércules assemelha-se a uma mancha de luz, porém com a utilização de um
telescópio vê-se que ele é formado por uma massa de estrelas. Localizado na
constelação de Hércules, é o aglomerado mais brilhante do hemisfério norte.
Hermes
Asteróide pertencente ao grupo Apolo que apresenta uma órbita excêntrica que o
traz para bem próximo da Terra. Este asteróide, cujo tamanho é de 0,8 km (0,5
milhas), chegou a ficar a uma distância de 780.000 km (485.000 milhas) da Terra
(aproximadamente duas vezes a distância entre a Terra e a Lua).
Herschel, Sir William (Frederick) (1738-1822)
Astrônomo amador britânico que descobriu Urano. Como ele queria um telescópio
melhor do que os encontrados na época, construiu o seu próprio, esmerilando e
polindo espelhos que estavam disponíveis ou produzindo espelhos maiores. Em
1781, tornou-se famoso quando, na terceira vez em que observava o céu, descobriu
Urano, o primeiro planeta a ser descoberto desde os tempos da pré-história. Em
1758, com financiamento do Rei, ele construi o maior telescópio da época (122
cm). Ele também analisou mais de 3.000 seções do céu, descobriu que o cinturão
que forma a Via Láctea é composto de estrelas e desenvolveu uma teoria sobre o
aparecimento das estrelas.
Hertzsprung, Ejnar (1873-1967)
Astrônomo dinamarquês que descobriu que as estrelas podem ser divididas em
diversas categorias e demonstrou que a cor e a luminosidade das seqüências de
estrelas estão relacionadas. Quando ele confeccionou um plano para o brilho e a
luminosidade das estrelas num gráfico, descobriu que a maior parte das estrelas
se localizam na faixa diagonal chamada atualmente de seqüência principal.
Hertzsprung-Russel, Diagrama
Gráfico desenvolvido independentemente por Ejnar Hertzsprung e Henry Norris
Russell no início deste século, comparando o brilho das estrelas versus sua
temperatura. Gráficos similares que utilizam a cor ao invés da temperatura são
chamados de Diagramas de Cor vs Magnitude. Se o espectro de uma estrela é
conhecido, qualquer um dos dois gráficos pode ser utilizado para determinar sua
magnitude absoluta. e sua distância. Também a idade relativa da estrela (estágio
de evolução) pode ser definida através destes gráficos.
Hevelius, Johannes (1611-1687)
Astrônomo polonês que criou os atlas siderais e a selenografia, que contém o
primeiro mapa da Lua mostrando o movimento das rochas lunares (ou Libração).
Hewish, Antony (1924)
Astrofísico britânico que, em conjunto com Jocelyn Bell, descobriu os pulsares
e, em 1968, os definiu como estrelas de nêutrons em rotação. Em 1974, ganhou o
Prêmio Nobel de Física, o primeiro a ser dado a um astrônomo observacional.
Híades
Aglomerado sideral aberto, em forma de V, localizado na constelação de Touro,
sendo o aglomerado sideral situado mais próximo ao nosso sistema solar:
aproximadamente 140 anos-luz.
Hidrogênio
Elemento que existe em maior quantidade no Universo, sendo também o mais leve.
Existe quase um átomo de hidrogênio, que é composto por um próton contendo um
único elétron, em cada 5 centímetros cúbicos de espaço intersideral. Ele pode
existir sob três formas: íons (HII), onde cada átomo teve seu elétron tirado,
moléculas (H2), onde dois átomos de hidrogênio se juntaram, e átomos nêutrons
(HI) contendo todos seus elétrons. O hidrogênio possui dois isótopos chamados
Deutério e trítio.
Hipérbole
Curva aberta e simétrica que se forma quando cortamos um cone. Um corpo celeste
que apresenta uma órbita hiperbólica ao redor do Sol, passará por ele uma única
vez sem jamais retornar.
Hipparchus de Nicea (190-125AC)
Astrônomo grego descobridor da precessão e que muito influenciou Ptolomeu. Ele
completou o primeiro catálogo de estrelas, utilizando um sistema de classificar
as estrelas em 6 magnitudes, de acordo com seu brilho. As estrelas mais
brilhantes eram classificadas na primeira magnitude, enquanto aquelas quase
invisíveis a olho nu foram classificadas na sexta magnitude. Quanto menor o
número na classificação maior o brilho da estrela. Esta escala ainda é utilizada
atualmente. Ele também determinou que a duração de um ano eqüivale a 6 minutos.
Hora Média de Greenwich (GMT)
Horário local do Observatório Real de Greenwich (Sussex, Inglaterra) chamado de
Horário Universal pelos astrônomos em todo mundo.
Hora Solar
Horário determinado pela posição do Sol no céu. A hora solar tem por base a
posição do Sol, enquanto o hora sideral se baseia na posição das estrelas do
fundo. A hora sideral é mais acurada, sendo a utilizada nos observatórios.
A hora solar aparente, como mostrada num relógio solar, não segue um ritmo
constante porque a inclinação axial e a órbita excêntrica da Terra provocam
variações. O horário marcado pelos relógios na Terra é a hora solar média, a
qual desconsidera as variações descritas.
Hora Universal
O mesmo que Hora Média de Greenwich. Ela é o horário padrão utilizado pelos
astrônomos para calcular acontecimentos como os eclipses e os trânsitos. A hora
universal é baseada no movimento do Sol e está matematicamente ligada à hora
sideral. Os astrônomos mantêm a hora universal em sincronia com a hora sideral
curta através das correções dos segundos.
Horizonte de Eventos
Área que cerca um buraco negro definida pelo raio de Schwarzschild. A luz
emitida nesta região não consegue escapar devido à força gravitacional do buraco
negro. A velocidade de escape dentro do horizonte de eventos é superior à
velocidade da luz.
Horologium (Relógio)
Constelação de pouco brilho localizada próxima a Eridano.
Hoyle, Sir Fred (1915)
Astrônomo britânico que apoiava a Teoria do Estado Imutável, que diz que o
Universo sempre foi e sempre será igual e, que a medida em que ele se expande,
há a criação de matéria para preencher as lacunas.
Hubble, Constante de
Medida equivalente à velocidade em que uma a galáxia se distancia da Terra
dividida pela distância da Terra. Assumindo-se que o Universo está em expansão,
os astrônomos acreditam que as galáxias mais distantes retrocedem mais
rapidamente do que as que se situam mais próximas.
Hubble, Edwin Powell (1889-1953)
Astrônomo americano que descobriu que o Universo está em constante expansão e,
quando em 1923 identificou uma Variável Cefeu na galáxia de Andrômeda, provou
que existiam outras galáxias além da Via Láctea. Esta descoberta aumentou em
muito o tamanho do Universo conhecido. Em 1925, durante o estudo das galáxias,
Hubble propôs um sistema, ainda em uso atualmente, para classificar as galáxias
de acordo com sua forma e estrutura.
Hubble, Lei de
Relação entre a distância entre uma galáxia e a Via Láctea e a velocidade na
qual ela se afasta de nós. Após estudar o espectro das galáxias situadas fora do
Grupo Local, Edwin Hubble descobriu que, devido à expansão do Universo, as
galáxias que estão mais distantes da Via Láctea retrocedem mais rapidamente.
Hubble, Telescópio Espacial
Telescópio óptico ultravioleta colocado em órbita num esforço conjunto da NASA e
da ESA. Após seu lançamento em 25 de abril de 1990, foi detectada uma
imperfeição em seu espelho principal que provocava aberração esférica e também
uma curvatura numa das seqüências de suas células solares. Contudo, durante a
missão da nave espacial Endeavor, em dezembro de 1993, a Câmera Planetária
Grande Angular (WFPC) foi substituída por uma WFPC2, que corrige a aberração
esférica. Atualmente o Telescópio Espacial Hubble está funcionando a contento e
fornecendo as mais claras imagens telescópicas jamais vistas. Ele já confirmou a
existência de um grande buraco negro no núcleo da galáxia M87. Com certeza, este
telescópio ajudará a desvendar muitos dos mistérios do Universo.
Hubble, Variável Nebular de
Nebulosa gasosa situada na constelação do Unicórnio, descoberta por Sir William
Herschel em 1783. Esta nebulosa se sobressai devido às variações nos detalhes
nebulares que se alteram a cada noite.
Huygens, Christiaan (1629-1695)
Cientista holandês que, em 1656, disse que a forma estranha de Saturno era
provocada pelos anéis que o circundavam os quais seriam compostos por materiais
sólidos. Ele também descobriu Titã. Mais tarde ele aperfeiçoou a teoria da onda
de luz.
Hydra (Hidra)
A maior das constelações. Ela se estende do hemisfério sul até o norte do
Equador celeste e situa-se próxima às constelações de Centauro e Taça. Alpahrd,
a estrela mais brilhante desta esmaecida constelação, é uma estrela gigante
laranja com magnitude 2,16.
Hydrus (Hidra Macho)
Constelação austral situada entre Fênix e o pólo norte celeste.
Hyperion
Oitavo satélite, em distância, de Saturno. Situado a 1.482.000 km (8.840 milhas)
do centro de Saturno, esta lua com 360 km (225 milhas) de diâmetro descreve uma
órbita a cada 21 dias, 7 horas, 39 minutos e 6 segundos. Hyperion apresenta um
formato irregular e uma órbita trepidante. Sua superfície avermelhada é formada
principalmente por gelo.


Letra I


Iapetus
Segunda lua mais distante de Saturno. Situada a 3.561.00 km (2.212.800 milhas)
do centro de Saturno, esta lua com 1.448 km (889 milhas) de diâmetro completa
uma órbita a cada 79 dias, 22 horas e 5 minutos. Durante sua órbita, é sempre o
mesmo lado de Iapetus que está voltado para Saturno. Metade desta lua, cuja
densidade é três vezes superior à da água, é brilhante com um albedo de 0,5
enquanto a outra metade é preta com um albedo de 0,05. Esta é a maior variação
de albedo do nosso sistema solar. Acredita-se que o material da parte escura
esteja sobre a superfície brilhante de Iapetus e que seja proveniente dela
mesma.
Icarus
Asteróide do grupo Apolo com 1,8 km (0,5 milhas) de largura e cuja órbita,
altamente excêntrica que dura 1,1 ano, faz com que sua distância com relação ao
Sol varie entre 0,19 e 2,0 u.a.. Dentre todos os objetos celestes do sistema
solar, somente os cometas chegam mais perto do Sol do que Icarus. O plano de sua
órbita apresenta 23º de inclinação com relação à elíptica, e ele passa pela
Terra a cada 19 anos.
Ida
Primeiro asteróide observado com uma lua descrevendo uma órbita ao seu redor
(descoberto pela sonda espacial Galileo em 1993).
Ilusão da Lua
Ilusão ótica que acontece quando a Lua está no horizonte, onde ela parece maior
do que é na verdade.
Impulso Específico
Taxa de desempenho do motor do foguete. Os engenheiros calculam esta taxa
dividindo a potência de empuxo do motor pelo peso do combustível consumido por
segundo. Isto fornece o tempo que uma unidade de combustível produzirá empuxo.
Quanto maior for o impulso específico de um motor, mais eficaz será sua queima.
Inclinação
O ângulo formado por uma plano de referência e o plano da órbita de um corpo
celeste. Em relação aos corpos que orbitam a Terra, o plano de referência é
geralmente o Equador. Para os demais corpos utiliza-se como plano de referência
a órbita da Terra, isto é a eclíptica. Por exemplo, a órbita da Lua apresenta
uma inclinação de 5 graus em relação à eclíptica.
Indus (Índio)
Constelação situada próxima ao pólo sul celeste, cuja estrela mais brilhante,
Épsilon, está a 11,1 anos-luz de distância da Terra.
Intelsat
Organização Internacional de Satélites de Telecomunicação (International
Telecommunications Satellite Organization) , fundada por 18 países em 1964.
Intensificador de Imagem
Equipamento que através do aumento eletrônico do brilho de uma imagem esmaecida
permite a diminuição do tempo de exposição fotográfico.
Interferometria
Junção de diversos telescópios pequenos (ex. rádio e óptico) a fim de obter um
resultado idêntico ao conseguido com a utilização de um grande telescópio.
Interferômetro Speckle
Método que permite uma melhor resolução das imagens geradas por observatórios
terrestres. Se forem tiradas diversas fotografias, um laser poderá detectar as
interferências e criar um gabarito. Depois, um computador une as fotos formando
uma imagem nítida. Com este método podem ser obtidas resoluções de 0,01 segundo
de arco.
Io
Segunda lua mais próxima a Júpiter. Com diâmetro de 3.632 km (2.233,5 milhas),
Io situa-se a 421.600 km (261.813,6 milhas) de distância de Júpiter e sua órbita
é de 42 horas, 28 minutos e 36 segundos. Esta lua vermelha e manchada apresenta
densidade 3,5 vezes superior à da água. Io, que é uma das poucas luas em nosso
sistema solar que possui atmosfera, é o único corpo celeste, além da Terra, onde
foram presenciadas explosões vulcânicas. Como Io tem uma ionosfera, ela sofre
influência do campo magnético de Júpiter. Pelo movimento de rotação de Júpiter
ser mais rápido do que o de Io e pelo campo magnético de Júpiter rodar em
conjunto com Júpiter, os gases de Io são puxados por este magnético formando um
fluxo frente a Io e gerando sinais de rádio que são detectados na Terra.
Características de Io:
. Temperatura Média de aproximadamente 140 K
. Pressão Máxima de 9,8 X 10-7 Atmosferas da Terra
Io apresenta traços de oxigênio, porém parece não existir nitrogênio ou qualquer
quantidade significativa de dióxido de carbono ou água.
Íon
Átomo que ganhou ou perdeu um elétron, tendo portanto carga negativa ou
positiva. A mistura de íons e seus elétrons perdidos, que existe nas estrelas e
nas nebulosas de emissão, é chamada plasma.
Ionosfera
Parte da atmosfera da Terra que contém átomos que foram ionizados pela radiação
solar.


Letra J


Jansky, Karl Guthe (1905-1950)
Engenheiro de Comunicação americano cuja descoberta que as ondas de rádio
provinham de outras fontes, além da Terra, levaram ao desenvolvimento da
rádioastronomia.
Janus
Lua de Saturno com 220 km (136 milhas) de diâmetro, cuja órbita dura 16 horas,
40 minutos e 19 segundos a uma distância de 151.472 km (94.064 milhas). Devido a
influência gravitacional de Janus (em conjunto com Epimetheus, Prometheus e
Pandora) o anel A de Saturno parece um cordão trançado.
Jipe Lunar
Jipe utilizado pelos astronautas da Apolo. Este jipe de 218 kg foi capaz de
vencer altos obstáculos, fendas profundas e encostas de até 20º. Ele possui uma
antena que mantém os astronautas em contato direto com a Terra.
Juno
Asteróide com 226 km (140 milhas) de diâmetro que orbita o Sol a cada 4,4 anos.
Descoberto por Karl Ludwig Harding em 1807, Juno foi o terceiro asteróide a ser
descoberto.
Júpiter
Quinto planeta a partir do Sol e o maior do sistema solar. Freqüentemente
ouve-se dizer que se Júpiter tivesse apenas um pouco mais de massa ele seria uma
estrela. Na verdade ele precisaria ter 100 vezes mais matéria para iniciar a
fusão e tornar-se uma estrela. Portanto dizer que Júpiter é quase uma estrela é
o mesmo que dizer que a Terra é quase Júpiter.
Com um raio de 69.173 km (41,504 milhas), a massa de Júpiter é maior que a de
todos os outros planetas juntos. Devido à sua grande massa Júpiter exerce uma
força de atração gravitacional muito forte. Para escapar da gravidade de Júpiter
teríamos que viajar a uma velocidade de 60 km (36 milhas) por segundo. A força
gravitacional de Júpiter é responsável pelas lacunas de Kirkwood no cinturão de
asteróides, pelas principais perturbações na órbita dos planetas, e,
parcialmente, pela atividade vulcânica de seu satélite Io. O campo magnético de
Júpiter, que é o maior de todo o sistema solar, cria uma ligação entre Júpiter e
Io, pois a atmosfera de Io é puxada pelo campo magnético de Júpiter à medida que
ele gira. Esta magnetosfera é responsável pelas ondas de rádio geradas por
Júpiter.
Como Júpiter é basicamente um corpo celeste gasoso, ele gira de forma diversa em
diferentes latitudes: seus pólos giram em 9 horas, 55 minutos e 40 segundos,
enquanto seu Equador gira em 9 horas, 50 minutos e 30 segundos. Acredita-se que
somente à grandes profundidades Júpiter possua um núcleo sólido de hidrogênio
metálico.
Júpiter possui cinturões de radiação similares aos cinturões Van Allen da Terra,
porém 100.000 vezes mais fortes. Partículas do vento solar são aprisionadas pelo
campo magnético deste planeta criando um obstáculo mortal para qualquer um que
deseje visitá-lo.
Atmosfera
A característica mais marcante de Júpiter é a Grande Mancha Vermelha, uma
tempestade com 26.000 km (16.120 milhas) de extensão que dura a mais de 100
anos. Além disto, a atmosfera de Júpiter contém nuvens brancas formadas por
amônia congelada com temperatura de 140 K. As faixas coloridas de Júpiter são
ocasionadas pela presença de amônia e enxofre em sua atmosfera, porém os gases
presentes em maior quantidade são o hidrogênio e o hélio.
Luas e Anéis
Em adição às suas muitas luas (pelo menos 16), Júpiter possui um denso anel
formado por minúsculas partículas liberadas pela atividade vulcânica de Io, por
colisões entre micrometeoritos presos no campo magnético de Júpiter, ou por
resíduos de cometas.
Parte Interna
Acredita-se que a parte interna de Júpiter tenha uma temperatura de 25.000 K e
pressão 50.000.000 a 100.000.000 superior à da superfície da Terra. Júpiter
perde uma quantidade maior de energia do que a que recebe do Sol. Atualmente,
acredita-se que esta energia tenha surgido quando Júpiter formou e produziu
calor à medida que seus elementos mais pesados afundaram em seu centro.
Luas de Júpiter
NomeDistância do centro de Júpiter(em milhas)Raio (em milhas)
Adrastea72.2007,8 x 6 x 4,8
Metis77.40012
Amalthea108.00081 x 50 x 45
Thebe133.20033 x 27
Io253.2001.089
Europa402.600941
Ganymede642.0001.579
Callisto1.129.8001.440
Leda6.655.0005
Himalia6.888.00054
Lysithea7.032.00012
Elara7.044.00024
Ananke12.720.0009
Carme13.560.00012
Pasiphae14.100.00012
Sinope14.220.00012

O abaulamento equatorial de Júpiter pode ser percebido nesta escala - o diâmetro
equatorial é 6,8% maior do que o polar e 11,25 vezes maior do que o da Terra.
Júpiter possui muita atmosfera! A parte superior de suas nuvens é formada por
cristais de amônia e a parte inferior por sulfito de hidrogênio de amônia com
moléculas de enxofre. Geralmente a atmosfera é tempestuosa com raios e fortes
ventos.


Letra K

K
Símbolo dos graus Kelvin, a unidade de temperatura medida a partir do zero
absoluto (-273,15º C, -459,67º F). Um grau Kelvin corresponde a um grau
centígrado, e na escala de Kelvin a água se solidifica a 273,15º ou 0º C.
Kepler, Johann (1571-1630)
Astrônomo e matemático alemão que descobriu o verdadeiro formato das órbitas
planetárias. Em 1601 Kepler substituiu Tycho Brahe como matemático imperial em
Benatek, um observatório próximo a Praga. Utilizando as descrições acuradas de
Brahe, Kepler tentou explicar os movimentos orbitais dos planetas. Primeiramente
focou sua atenção em Marte. Como Kepler acreditava na existência de uma ordem
divina no Universo que poderia ser expressa em termos matemáticos, ele tentou
descrever o mundo de uma forma matemática. Porém ele não conseguiu encaixar a
órbita de Marte em qualquer fórmula matemática, já que insistiu em descrever a
órbita de Marte como sendo circular e com velocidade constante. Após inúmeras
tentativas, ele descobriu que uma elipse, com o Sol no centro, descrevia
perfeitamente a órbita de Marte. Apesar do uso da elipse se opor à astronomia
deixada por Ptolomeu (pois Ptolomeu acreditava que os círculos eram uma forma
divina e, como os planetas eram divinos, eles se movimentariam em círculos), a
utilização desta primeira elipse permitiu que Kepler previsse com precisão o
movimento dos planetas. Em 1609 ele publicou suas descobertas no livro
"Astronomia Nova" (Nova Astronomia). Após descobrir que as órbitas planetárias
eram elípticas, ele descobriu que a duração da órbita de um planeta depende de
sua distância com relação ao Sol e que sua velocidade não é constante.
Mais tarde, Kepler trabalhou com a teoria óptica e projetou um telescópio que
foi muito bem aceito.
Kepler, Leis de
Três leis, escritas por Kepler, que governam a movimentação planetária:
1. Todo planeta se movimenta numa elipse em torno do Sol, o qual se encontra num
dos focos.
2. O raio vetor de um planeta, ou seja, a linha de ligação planeta - Sol,
percorre áreas iguais em períodos iguais.
3. Há uma equação fixa, p2 = a3 (onde p é o período orbital e a é o comprimento
da eixo principal), que determina o período orbital de um planeta. Os planetas
mais distantes levam mais tempo para completar sua órbita.
Kirkwood, Lacunas de
Lacunas localizadas no cinturão de asteróides onde há poucos ou nenhum
asteróide. Daniel Kirkwood explicou estas lacunas mostrando que elas se situam a
uma distância específica de Júpiter, o que faria com que qualquer objeto
orbitando em sua zona fosse arrancado de sua órbita.
Kitt Peak, Observatório Nacional de
Observatório localizado próximo a Tucson, no Arizona onde está a maior coleção
de telescópios de observação do mundo. O maior telescópio da coleção é o Mayall,
com 4 metros.
Kuiper, Gerard Peter (1905-1973)
Pioneiro em muitos campos da astronomia solar e sideral. Ele descobriu muitas
estrelas binárias, anãs brancas, o satélite Miranda de Urano e o satélite Nereid
de Netuno. Foi também um teórico notável que definiu a relação entre a massa e a
luminosidade das estrelas (relação massa-luminosidade) nas seqüências principais
de estrelas e forneceu uma base para a escala da temperatura sideral.


Letra L


Laboratório de Propulsão a Jato (JPL)
Prédio da NASA, situado em Pasadena, Califórnia, onde se localiza o Centro de
Operações dos Vôos Espaciais da NASA, que é o centro de controle das missões das
sondas espaciais e lunares. JPL é famoso pelas imagens geradas durante as
missões Voyager e Magellan.
Lacaille, Nicholas Louis de (1713-1762)
Astrônomo francês responsável pelos primeiros mapas acurados do céu do
hemisfério sul, o que lhe valeu o título de "pai da astronomia austral". Ele
ajudou a confirmar a teoria de Newton de que a Terra é abaulada no Equador.
Entre 1751 e 1753, mapeou aproximadamente 10.000 estrelas a partir do Cabo da
Boa Esperança, incluindo diversas constelações novas.
Lacerta (Lagarto)
Pequena constelação situada entre Andrômeda e Cisne.
Lagrange, Joseph Louis (1736-1813)
Astrônomo e matemático francês que concluiu, após efetuar cálculos relacionados
com a estabilidade do sistema solar, que não haveria mudanças significativas
durante um longo período. Ele também inventou o cálculo das variações e defendeu
uma base decimal para o sistema métrico.
Landsat
Seis satélites da NASA, transportando vários tipos de câmaras e sensores
infravermelhos usados para pesquisar os recursos da Terra e equipados para
monitorar as condições atmosféricas e oceânicas e detectar variações nos níveis
de poluição.
Larissa (1989 N2)
Satélite de Netuno, de cor preta e forma irregular, que foi descoberto pela nave
Voyager 2 em 1989.
Laser
Nome formado pelas primeiras letras de "Light Amplification by Stimulated
Emission of Radiation"(Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de
Irradiação). Os lasers trabalham com o fato dos átomos absorverem apenas uma
certa quantidade de luz antes de seus elétrons mudarem para um nível mais alto
de energia. Quando um fóton com um determinado nível de energia brilha num átomo
num estado agitado, ele pode estimular o átomo a liberar um fóton idêntico. Este
segundo fóton se movimenta na mesma direção, e com a mesma energia, que o
primeiro. A energia bombeada por um equipamento gerador de laser coloca os
átomos num estágio de energia mais alto. Então usam-se espelhos para refletir os
fótons, e a luz se torna tão intensa que escapa parcialmente através de um
espelho refletor como um feixe de laser intenso.
Latitude
Sistema de coordenadas usado para determinar a distância angular ao norte ou ao
sul do Equador. Todas as linhas da latitude são paralelas.
Leavitt, Henrietta Swan (1868-1921)
Astrônomo americano que, através da utilização das estrelas variáveis das Nuvens
de Magalhães, determinou que o período de pulsação das estrelas conhecidas como
Variáveis Cefeu está relacionado à sua luminosidade (relação
período-luminosidade).
Lei de Bode
Seqüência de números que corresponde à maior parte das posições planetárias.
Considere os números 0, 3, 6, 12, 24, 48, 96, 192 e 384, adicione 4 a cada um
deles e divida por 10. O resultado é próximo à distância, expressa em unidades
astronômicas, até a maior parte dos planetas em nosso sistema solar. Na verdade
o nome desta lei é equivocado, pois não foi Bode quem a criou. Um matemático
alemão chamado Johann Daniel Titus a propôs em 1772 e Bode apenas a popularizou.
Lemaitre, Georges Edouard (1894-1966)
Astrônomo belga que propôs a teoria do Big Bang.
Lente
Material transparente com pelo menos uma superfície curva que é utilizado para
alterar a direção dos raios de luz. As lentes são divididas em dois tipos:
convergentes e divergentes. As lentes convergentes produzem uma imagem real,
enquanto as divergentes não.
Leo (Leão)
Constelação boreal zodiacal mais visível na primavera, situada entre Câncer e
Virgem.
Leo Minor (Leão Menor)
Pequena e esmaecida constelação boreal localizada entre Leão e a Ursa Maior.
Leonov, Alexei Arkhipovich (1934)
Cosmonauta que foi a primeira pessoa a andar no espaço: em 18 de março de 1965,
ele permaneceu 10 minutos fora da cápsula Voskhod 2. Leonov também foi o
comandante soviético do Projeto de Teste Apólo-Soyuz.
Lepus ( Lebre)
Constelação austral localizada ao sul de Órion, mais visível no inverno.
Leverrier, Urbain Jean Joseph (1811-1877)
Astrônomo e matemático francês que, após um estudo detalhado da órbita de Urano,
previu a existência de um outro grande planeta arrastando-o. Leverrier, assim
como Lagrange, estudou a estabilidade das órbitas do planetas. Ele também
atualizou os dados de Lagrange, corrigindo a massa de Vênus. Estudou o movimento
dos cometas, o que lhe valeu a reputação de ser um excelente analista, pois
descobriu as discrepâncias nas órbitas prognosticadas dos corpos celestes. Sua
maior glória foi quando previu a posição do planeta Netuno, na mesma época que
Adams.
Libra (Balança)
Constelação boreal zodiacal situada entre Virgem e Escorpião , mais visível na
primavera.
Libração
Oscilação da Lua. Ela é provocada pelo fato do formato de sua órbita não ser
perfeitamente circular, apesar da duração de sua rotação e de sua órbita serem
idênticas. Uma outra libração decorre do fato da órbita da Lua apresentar uma
inclinação axial de 5 graus. Embora seja sempre a mesma face da Lua que
permanece voltada para a Terra, estas librações permitem que vejamos 59% de sua
superfície.
Lick, Observatório
Observatório da Universidade da Califórnia situado no Monte Hamilton e cujo
principal telescópio é um do tipo refletor com 305 cm.
Limbo
Limbo são as bordas dos objetos celestes.
Limite de Roche
Menor distância na qual um satélite natural pode orbitar sem ser destruído pelas
forças das marés. Em relação a um planeta e uma lua com composição similar, esta
distância eqüivale a 2,5 vezes o raio do planeta. As forças das marés arrastam a
massa quando há uma diferença entre a força com que a face próxima é puxada
comparada à face distante. Os meteoritos e os satélites artificiais são pequenos
o suficiente para que as forças das marés não exerçam uma influência
significativa em suas quedas. Em relação aos corpos celestes maiores, como a
Lua, o limite de Roche define quando as forças das marés se tornam tão fortes a
ponto de destruir o satélite. A lua Io situa-se muito próxima ao limite de Roche
de Júpiter. O arrasto provocado pelas forças das marés entre Júpiter e sua lua
Europa esticam e pressionam Io fazendo com que os vulcões, em sua superfície,
entrem em erupção. Os anéis de Saturno localizam-se dentro de seu limite de
Roche. O nome do limite de Roche foi dado em homenagem ao astrônomo francês
Edouard Roche (1820-1883) que calculou sua existência em 1848.
Linha de Absorção
Veja Linhas do Espectro ou Espectroscopia.
Linhas do Espectro
Finas linhas que são vistas quando a luz de um objeto se divide em seus
componentes de comprimento de onda ou espectro. O estudos das linhas do espectro
(espectroscopia) é uma das principais chaves para se entender o Universo. As
informações acerca das estrelas e das galáxias são obtidas a partir das linhas
do espectro. As linhas do espectro são produzidas quando um feixe de luz passa
por um prisma ou por uma grade de difração. As linhas do espectro podem ser
linhas de emissão brilhantes ou linhas escuras de absorção de um espectro
contínuo.
Algumas nebulosas apresentam linhas de emissão, enquanto quase todas as
estrelas, inclusive o Sol, possuem linhas de absorção em seu espectro. A posição
das linhas nos espectros de emissão corresponde às linhas que faltam no espectro
de absorção. Em 1814, Joseph Fraunhofer estudou o espectro solar e identificou
muitos elementos encontrados na Terra. Ele também viu as linhas de um elemento
desconhecido ao qual deu o nome de hélio, derivado da palavra grega Helios que
significa Sol. Os espectros dos corpos celestes localizados no espaço profundo
foram estudados pela primeira vez por William Huggins e Pietro Secchi, por volta
de 1860.
Cada elemento emite linhas espectrais características. Elementos simples como o
hidrogênio possuem apenas algumas linhas espectrais enquanto outros, mais
complexos, podem ter milhares de linhas espectrais. O brilho vermelho de muitas
nebulosas, que pode ser visto em fotografias, é provocado pela linha de emissão
vermelha do hidrogênio. As linhas espectrais dos átomos são medidas em
laboratório, e depois comparadas às linhas fotografadas nas estrelas e nas
nebulosas. Assim os astrônomos podem localizar quais são os elementos que
flutuam na atmosfera externa das nebulosas ou das estrelas.
Os astrônomos utilizam os espectros para medir a temperatura das superfícies das
estrelas. Estudos chamados de perfis analisam como as linhas aparecem num
espectro contínuo. As altas temperaturas e pressões expandem as linhas e as
tornam mais brilhantes em direção ao final azul do espectro. Os astrônomos
utilizam estes dados para classificar as estrelas em tipos espectrais chamados
O, B, A, F, G, K e M. As mais quentes, tipo O, mostram superfícies em ebulição,
com 40.000 K, de cor azul brilhante, enquanto as mais frias, tipo M, apresentam
uma superfície vermelha, com brilho fraco e temperatura de apenas 2.500 K. O Sol
é uma estrela do tipo G, com temperatura de superfície de 5.700 K.
Linhas Proibidas
Linhas brilhantes do espectro formadas quando os elétrons tem sua órbita
alterada. Apesar de existirem gases em volta das estrelas as linhas proibidas
não podem ser produzidas na Terra devido ao lapso de tempo necessário para os
elétrons deixarem suas órbitas estáveis, descerem alguns níveis de energia e
produzirem as linhas. Para que as linhas proibidas se formem, é necessário que o
gás seja leve. Nos gases mais densos encontrados na Terra, os elétrons são
jogados de um lado para o outro e não conseguem ultrapassar as órbitas para
produzir as linhas. Por isto é que as linhas proibidas são vistas apenas no
espaço. Um exemplo são as linhas proibidas de oxigênio existentes em muitas
nebulosas.
Lockyer, Sir Joseph Norman (1836-1920)
Astrônomo inglês e pioneiro da astrofísica que descobriu a existência de hélio
no espectro solar. Ele também identificou e nomeou a cromosfera solar.
Longitude
Sistema de coordenadas usado para determinar a posição a leste ou oeste do
meridiano principal. As linhas da longitude não são paralelas já que todas elas
se originam e se encontram nos pólos. Cada 15º graus de longitude levam uma hora
para girar sob o Sol.
Lovell, James Arthur ( 1928)
Comandante da avariada nave Apolo 13, cuja aterrissagem lunar foi cancelada após
a explosão de um tanque de oxigênio no módulo de serviço. Ele também foi um dos
tripulantes da missão Apolo 8, a primeira espaçonave a levar seres humanos para
a órbita lunar.
Lowell, Observatório
Observatório astronômico situado em Flagstaff, no Arizona, fundado por Percival
Lowell.
Lowell, Percival (1855-1916)
Astrônomo amador e homem de negócios americano que, apesar de ter se tornado
conhecido pelos mapas errados que fez dos canais de Marte, estimulou a procura
de um Planeta X que estaria perturbando a órbita de Netuno.
Lua
Único satélite natural da Terra. A Lua tem 4,6 bilhões de anos, massa de 7,4 x
1.022 kg, diâmetro de 3.480 km (2.157,6 milhas), e orbita a Terra a uma
distância média de 384.402 km (238.329,24 milhas). Apesar da Lua ser muito menor
do que o Sol, vistos da Terra parecem ter o mesmo tamanho. Isto acontece porque
a Lua está muito mais próxima da Terra do que o Sol. Quando a Lua aparece no
horizonte, ela nos parece muito maior do que é na verdade. Esta ilusão ótica é
chamada de ilusão da Lua.
Órbita
Devido à influência gravitacional do Sol, a órbita da Lua forma uma elipse
ligeiramente deformada com uma excentricidade de 0,054. Como o plano da órbita
da Lua apresenta um inclinação axial de 5º com relação à eclíptica (plano da
órbita Terra-Sol), os eclipses lunares e solares não ocorrem todos os meses. As
forças das marés aprisionaram a Lua numa órbita onde é sempre a mesma face que
está voltada para nós. É necessário lembrar que a parte da Lua que não
conseguimos ver é a que está mais distante, não a mais escura. O seu lado mais
distante é iluminado durante a lua nova.
Origem
A origem da Lua permanece misteriosa. As muitas teorias sobre o nascimento da
Lua podem ser divididas em três categorias:
1. Um pedaço da Terra que se partiu
2. Um corpo celeste que foi capturado
3. Formou-se a partir de poeira e gás deixados para trás quando a Terra surgiu
A teoria mais aceita atualmente sobre a origem da Lua, que se inclui na primeira
categoria, diz que um asteróide, um cometa ou um outro corpo celeste chocou-se
com a Terra arrancando grandes quantidades de material. Este material caiu no
espaço ao redor da Terra, e a força gravitacional entre eles, fez com que se
unissem formando a Lua.
Superfície
A Lua é recoberta por crateras e bacias ocasionadas pelo impacto de meteoros e
"maria" ("mar" em latim) formados pelos fluxos da lava dos vulcões que
atualmente encontram-se extintos. Os mares são as superfícies escuras da Lua,
como as que formam o Mar da Tranqüilidade. Como a Lua não possui atmosfera sua
superfície não sofreu erosão, contudo ela sofreu um desgaste provocado pelo
bombardeamento de micrometeoritos. Esta chuva constante de minúsculas partículas
formou uma crosta rochosa coberta com regolito (solo).
Se você morasse numa parte da Lua de onde a Terra fosse visível no céu, ela
flutuaria para sempre naquele ponto, sem nunca nascer ou se pôr.
Lua Azul (Blue Moon)
Expressão que significa "não freqüentemente". Originalmente, refere-se a
ocorrência de duas luas cheias num mesmo mês ou a cor que a lua apresenta
algumas vezes, provocada pelas cinzas vulcânicas na atmosfera terrestre.
Lua Nova
Período em que a Lua está em perfeito alinhamento entre o Sol e a Terra. Se o
plano da órbita da Lua não fosse inclinado, aconteceria um eclipse a cada Lua
nova.
Luminosidade
Medida da quantidade total de radiação produzida por uma estrela ou por qualquer
corpo celeste brilhante num determinado período de tempo. A luminosidade das
estrelas está diretamente relacionada às suas superfícies, tamanho e
temperatura. Geralmente a luminosidade é expressa como um número na escala da
magnitude absoluta. Quanto menor este número, mais brilhante será a estrela. A
luminosidade não está relacionada à distância da estrela.
Lunação
Ciclo completo das fases lunares.
Lupus (Lobo)
Constelação austral situada entre Escorpião e Centauro.
Luz
Posição do espectro eletromagnético a qual o olho humano é sensível.
Veja Radiação Eletromagnética.
Luz Avermelhada
Alongamento de um comprimento de onda da luz provocado pelo afastamento a alta
velocidade de um corpo celeste. Se um corpo luminoso retrocede, sua cor se
avermelhará porque as ondas de luz se alongam enquanto viajam em direção aos
nossos olhos. O avermelhamento das ondas de luz é similar à diminuição do
barulho de uma sirene quando ela se afasta de nós.
Através do estudo das luzes avermelhadas, os astrônomos deduziram que o Universo
está em expansão. As galáxias apresentam recuo em seus espectros, com as
galáxias mais distantes retrocedendo mais rapidamente. A Lei de Hubble define
como a luz avermelhada aumenta com a distância.
Luz Zodiacal
Luz situada na eclíptica, mais visível na primavera após o pôr do sol ou no
outono antes do nascer do Sol, que é produzida por uma nuvem de partículas de
poeira que reflete a luz solar. Estas nuvens contêm minúsculas partículas
pesando entre 2 e 10 gramas, sendo sua massa total de 3.012 toneladas. Quando
uma destas partículas cai na Terra, ela se torna um micrometeorito. Embora o
vento solar espalhe as partículas menores jogando-as para fora do sistema solar
e a força gravitacional do Sol atraia as maiores, mais poeira é sempre criada
pelos cometas.
Luzes do Norte
Nome popular da aurora boreal.
Lynx (Lince)
Constelação boreal situada próxima à Ursa Maior.
Lyra (Lira)
Pequena, porém proeminente, constelação boreal mais visível no verão. Lira
apresenta muitos detalhes astronômicos interessantes como a estrela dupla
Épsilon de Lira, a Nebulosa Anular (M57) e Vega, a sexta estrela mais brilhante
dos céus.


Letra M


M13
Veja o Aglomerado Globular Hércules.
M32
Veja a Ilustração da Galáxia de Andrômeda.
Magnetosfera
Estrelas situadas a uma altitude de 500 km (300 milhas) que formam a camada mais
externa da atmosfera da Terra. Nesta camada, partículas ionizadas são
aprisionadas pelo campo magnético e interagem com o vento solar. As partículas
carregadas do vento solar sopram a magnetosfera em forma de lágrimas ou de
cometa.
Magnitude
Medida do brilho de um corpo celeste que foi criada por Hipparchus. Este sistema
classificatório está dividido em seis níveis, sendo o primeiro o das estrelas
mais brilhantes e o sexto o das estrelas que apenas podem ser vistas a olho nu.
Em 1856, Norman Pogson percebeu, após utilizar os fotômetros para medir o brilho
das estrelas, que as estrelas de primeira magnitude eram 100 vezes mais
brilhantes do que as de sexta magnitude. Portanto, cada magnitude é
aproximadamente 2,5 vezes mais brilhante do que o nível anterior. Pogson propôs
então um sistema de classificação no qual a diferença entre a primeira e a sexta
magnitude era exatamente 100.
Com o surgimento de novos e mais potentes telescópios, os astrônomos tiveram que
classificar as estrelas em magnitudes cada vez mais altas. Por exemplo, a olho
nu podemos ver as estrelas de até 6a. magnitude, porém o Telescópio Espacial
Hubble pode detectar estrelas de até 28a. magnitude.
Veja Magnitude Absoluta e Magnitude Aparente.
Magnitude Absoluta
Medida total de luz gerada por uma estrela. A magnitude absoluta é calculada
através da determinação de quão brilhante uma estrela seria se estivesse
localizada a 32,6 anos-luz (10 parsec). Comparando a magnitude absoluta com a
aparente, os astrônomos podem determinar a distância até a estrela. É como olhar
dois flashes idênticos à distâncias diferentes: comparando o brilho aparente dos
dois, saber-se-á qual está mais longe.
Magnitude Aparente
Brilho de uma Estrela vista da Terra. A distância até a estrela, bem como sua
magnitude absoluta (brilho verdadeiro), determinam a magnitude aparente. Através
da comparação entre a magnitude absoluta e aparente de uma estrela, os
astrônomos podem calcular a sua distância em relação à Terra.
Magnitude Visual
Medida do brilho de um corpo celeste na luz visível, com comprimentos de onda
variando de 3.000 a 7.000 angstrons.
Manchas Solares
Áreas escuras e relativamente frias presentes na superfície do Sol. As manchas
solares variam de 1.500 km (900 milhas) de diâmetro a sistemas medindo 150.000
km (90.000 milhas). As manchas solares aumentam de tamanho e se tornam mais
numerosas à medida que as erupções na coroa solar aumentam. Grupos de manchas
solares recobrem milhões de quilômetros quadrados do Sol. Estas manchas se
assemelham às células nervosas, com uma sombra central rodeada por uma leve
penumbra. A penumbra é 500 graus mais fria do que a fotosfera e a sombra 1600
graus mais fria. Estas temperaturas mais baixas permitem a formação de
moléculas, e os astrônomos já detectaram gases indo da sombra para a penumbra.
Os cientistas acreditam que o campo magnético do Sol, que é milhares de vezes
mais forte do que o da Terra, impede que as correntes da zona radioativa cheguem
à superfície. Como outros fenômenos magnéticos, as manchas solares seguem um
ciclo de 11 anos. Elas raramente se formam a mais de 40 graus ou a menos de 10
graus de distância do equador solar. A maior parte dos grupos dura 10 dias. O
campo magnético permanece até as manchas desaparecerem.
Maré (Plural Maria)
Grandes áreas escuras espalhadas no lado visível da Lua. Elas são compostas por
basalto (um tipo de rocha formada por lava vulcânica solidificada) que verteu da
Lua 4 bilhões de anos atrás, cobrindo muitas crateras antigas, como o asfalto
usado para tapar buracos nas rodovias. Estas planícies foram chamadas de "maré"
(que significa "mar" em latim) porque os primeiros astrônomos achavam que essas
crateras estavam repletas de água.
Maré de Lua
Veja Marés.
Maré de Quadratura
Veja Marés.
Marés
Movimento periódico das águas do mar, pelo qual elas se elevam ou descem em
relação a uma referência fixa no solo. É produzido pela ação conjunta da Lua e
do Sol, e em muito menor escala, dos planetas. Sua amplitude varia para cada
ponto da superfície terrestre dependendo das posições daqueles astros.
As marés são mais fortes na época próxima às luas novas e cheias porque o Sol, a
Lua e a Terra formam uma linha reta. Por exemplo, a Maré da Lua, que é uma maré
de grande amplitude que se segue ao dia da lua cheia ou da lua nova As marés são
mais fracas durante ao quarto crescente e minguante quando a Lua se situa num
ângulo reto em relação à Terra e ao Sol. As forças das marés do Sol e da Lua
tendem a anular um ao outro ocasionando uma maré neutra (quando as marés são
fracas, nem altas nem baixas). As diferenças diárias nas marés variam de poucos
centímetros a muitos metros, e elas dependem da fase da Lua e do formato da
costa.
Marte
Quarto planeta em distância a partir do Sol, chamado também de Planeta Vermelho
devido à sua cor. Marte apresenta algumas características semelhantes à Terra
como o seu período rotacional que é de quase 24 horas, seu eixo que apresenta
uma inclinação de 23,98º, suas nuvens atmosféricas, leitos de rio secos, vulcões
e calotas polares de gelo. Porém, em outros aspectos Marte e a Terra são
totalmente diferentes: Marte possui muitas crateras resultantes de impactos, seu
clima é muito frio e seco,e, ocasionalmente, ocorrem grandes tempestades de
poeira. Marte não possui um núcleo líquido ou qualquer placa teutônica.
Marte leva 687 dias para completar uma órbita ao redor do Sol, a uma distância
de 227.941.000 km (141.636.000 milhas). Seu raio é de 3.384 km (2.030 milhas),
sua densidade 3,9 vezes superior à da água e apresenta uma inclinação de 1,85º
em relação ao plano da eclíptica. Para conseguir escapar da gravidade de Marte é
necessário viajar a uma velocidade de 5 km (3 milhas) por segundo.
Atmosfera
Nos primórdios de sua história Marte possuía uma atmosfera similar à da Terra,
porém atualmente sua densidade eqüivale a 1/250 da Terra (praticamente um
vácuo). A atmosfera de Marte é composta principalmente por dióxido de carbono
(95%) com traços de argônio, nitrogênio, água, oxigênio e monóxido de carbono. A
água existente em Marte não se apresenta sob a forma líquida devido às baixas
temperaturas, porém há água congelada na superfície dos pólos, e alguns
cientistas acreditam que parte da água esteja escondida sob a superfície na
forma de gelo. No verão a temperatura varia entre -100ºC, ao amanhecer, até 0º C
, ao meio-dia, e no inverno ela cai até -150º C à noite.
Condições Climáticas
Ocasionalmente acontecem tempestades de poeira com ventos fortes e uma fina
camada de gelo. A cada começo de primavera, o dióxido de carbono que se encontra
congelado nas calotas polares se dissolve e entra na atmosfera.
Topografia
Há uma linha circundando Marte que separa o antigo e alto Hemisfério Sul do
Hemisfério Norte. O Hemisfério Sul mostra sinais dos bombardeios de meteoros que
aconteceram quando Marte foi formado. Contudo, o hemisfério norte apresenta
poucas crateras antigas e novas. Existem em Marte estruturas que parecem terem
sido formadas por água corrente, sugerindo que algum dia seu clima foi diferente
do atual. As calotas polares são compostas por um núcleo de gelo com uma camada
de dióxido de carbono.
Em Marte situa-se o Monte Olimpo, o maior vulcão conhecido do sistema solar, e o
Vale Marineris, um sistema de cânion com mais de 5.000 km (3.100 milhas) de
comprimento.
Luas de Marte
NomeDistância do Centro de Marte(em milhas)Dimensões (em milhas)
Fobos5.62616,8 x 12,2 x 10,8
Deimos14.0759,2 x 7,2 x 7,2

Características de Marte
. Temperatura Média durante o dia: -5º C (22º F)
. Pressão: 0,006 atmosferas da Terra
Massa
Medida da quantidade de matéria que compõe um corpo. Quanto maior a quantidade
de matéria de um corpo, mais inércia ele terá. (Inércia: resistência que todos
os corpos materiais opõem à modificação do seu estado de movimento). Por
exemplo, uma bola de boliche tem mais massa do que uma de beisebol, portanto é
mais fácil jogar a de beisebol do que a de boliche. Observação: a massa não é
igual ao peso. Se jogássemos as duas bolas no espaço, ambas ficariam sem peso,
mas mesmo assim a de boliche ainda seria a mais difícil de ser movimentada.
Matéria Escura
Massa que forma de 90 a 99% do Universo. Os cosmologistas definiram que, para
que o Universo exista, é necessário que ele seja composto por uma massa crítica
de seis átomos de hidrogênio por metro cúbico. Se a quantidade fosse maior, o
Universo teria desaparecido logo após o Big Bang, e se fosse menor, teria se
expandido muito depressa, não permitindo a formação de estrelas e galáxias.
De acordo com estes cálculos, não há matéria visível suficiente para que o
Universo exista, portanto, se estas teorias estiverem corretas deve existir
matéria invisível. Suporte para a teoria da existência de matéria escura é
fornecida pelo seu efeito gravitacional nos objetos celestes visíveis. Por
exemplo, a movimentação das estrelas distantes pode ser reduzida pelo efeito
gravitacional da matéria escura. Pode ser que esta matéria exista sob a forma de
"matéria sombra", que seria a imagem refletida de nossa própria matéria e que
interagiria com a nossa matéria através da gravidade.
Outras explicações mais verossímeis envolvem as estrelas anãs marrons ou outras
estrelas pequenas, com pouco brilho, que seriam invisíveis. Os cientistas
conseguiram detectar 10% do total que deveria existir de matéria escura
analisando seu efeito gravitacional na matéria visível.
Mecânica Celeste
Ramo da astronomia que trata do movimento e das ações recíprocas dos corpos no
espaço. Os astrônomos utilizam a mecânica celeste para calcular as órbitas dos
corpos celestes e das espaçonaves. A mecânica celeste surgiu quando Isaac Newton
escreveu suas três leis do movimento em 1687. Ele descobriu que todos os corpos
se atraem devido à força gravitacional. Utilizando a mecânica celeste os
astrônomos descobriram que a órbita do cometa Halley é perturbada (alterada).
Júpiter e Saturno. Leverrier e Adams também fizeram uso da mecânica celeste para
determinar a posição de Netuno, através da análise de seu efeito na órbita de
Urano.
Mensa (Mesa)
Constelação austral onde se situa parte da Grande Nuvem de Magalhães.
Mercúrio
Planeta mais próximo do Sol. Mercúrio é estranho assemelhando-se mais a uma lua
do que a um planeta. Ele apresenta um raio pequeno (1.739 km, 1.043 milhas),
porém tem um grande núcleo de ferro e sua densidade é 5,45 vezes superior à da
água. Para conseguir escapar do efeito gravitacional de Mercúrio é necessário
viajar a 4,3 km (2,6 milhas) por segundo. Sua órbita excêntrica apresenta uma
inclinação axial de 7º. Para surpresa dos astronautas, Mercúrio possui um campo
magnético e uma atmosfera fraca composta basicamente por sódio e potássio.
Antigamente, acreditava-se que era sempre o mesmo lado de Mercúrio que ficava
voltado para o Sol, porém descobriu-se que na verdade ele completa um giro em
torno de seu eixo a cada 58,64 dias. Este número representa dois terços da sua
órbita de 87,97 dias, o que significa que ele gira três vezes em seu eixo a cada
duas órbitas completadas.
Visibilidade
Mercúrio é muito difícil de ser visto. Isto acontece porque ele só se torna
visível durante algumas semanas por ano e pelo fato de ele nunca ficar mais de
28º acima do horizonte enquanto o Sol fica abaixo do horizonte. Embora este
planeta seja brilhante devido à sua proximidade do Sol, não é possível desvendar
as características de sua superfície a partir da Terra. A sonda espacial Mariner
10 visitou Mercúrio e descobriu que é recoberto por crateras de impacto,
incluindo uma com 1.400 km (850 milhas) de diâmetro chamada Bacia de Calor. Do
lado oposto desta bacia há um terreno com características interessantes como
cristas, grandes vales, crateras deformadas e planícies. Outra característica
interessante de Mercúrio são suas calotas polares formadas de gelo.
Características de Mercúrio
. Temperatura Média durante o dia: 427º C (826º F)
Como Mercúrio não possui uma atmosfera mensurável de gases leves, também não
apresenta pressão atmosférica. Isto significa que Mercúrio não possui oxigênio,
nitrogênio, dióxido de carbono ou vapor d'água.
Mercúrio, Projeto
Primeiro programa espacial americano a colocar um ser humano no espaço e
trazê-lo de volta são e salvo.
Meridiano
1. Círculos que vão de norte a sul na esfera celeste.
2. Círculo de longitude.
Mês
Período de tempo que corresponde aproximadamente a uma lunação. Período de
tempo, por volta de 30 dias, que compõe cada uma das 12 divisões do ano solar.
Messier, Charles (1730-1817)
Astrônomo francês e ávido caçador de cometas. Após ter sido enganado pela
aparência de cometa da Nebulosa de Caranguejo, ele começou a catalogar outros
objetos estranhos, editando um livro contendo 45 destes objetos em 1771. Mais
tarde ele adicionou mais 103 corpos celestes tais como Andrômeda (m31) e a bela
Galáxia em Espiral (M51). Após sua morte, sua lista de objetos foi aumentada
para 110 objetos celestes estranhos, com base nas anotações feitas por Messier.
Esta lista inclui atualmente galáxias, aglomerados abertos, aglomerados
globulares e diversos tipos de nebulosas. Muitos destes corpos celestes podem
ser vistos a olho nu e todos podem ser visualizados com o auxílio de um
telescópio simples.
Meteorito
O material de um meteoro que atinge a Terra. Os meteoritos só podem ser gerados
por meteoróides com mais de 6 polegadas, pois os meteoróides menores se
incendeiam na atmosfera da Terra.
Meteoro
Uma partícula extraterrestre, geralmente do tamanho de uma semente de maçã, que
cai na atmosfera terrestre e freqüentemente produz uma cauda brilhante. Os
meteoros costumam aparecer no rastro dos cometas já que estes últimos perdem
massa quando se aproximam do Sol. Nas noites claras podem ser vistos seis
meteoros por hora.
Em 1966, aconteceu uma tempestade de meteoros no sudeste dos Estados Unidos, com
100 deles aparecendo a cada segundo, vindos do mesmo ponto na Constelação de
Leão.
Meteoróide
Corpos sólidos, menores do que os asteróides, que vagam no espaço
interplanetário. Quando eles atingem a atmosfera terrestre são chamados de
meteoros, e de meteoritos caso cheguem intactos ao solo, o que é altamente
improvável.
Meteoros de Leonid
Chuva anual de meteoros que dura dois dias e acontece por volta do dia 17 de
novembro. Esta chuva está associada ao cometa Temple-Tuttle 1866-1. A maior
concentração de meteoros acontece a cada 33 anos quando o cometa passa próximo à
Terra.
Meteoros Geminid
Principal chuva anual de meteoros que começa por volta do dia 7 de dezembro e
atinge seu ponto máximo, com 55 meteoros por hora, entre 13 e 14 de dezembro.
Meteoros Quadrantic
Chuva anual de meteoros que acontece entre os dias 3 e 4 de janeiro. Ela se
origina na Constelação de Boieiro.
Meteoros Taurid
Chuva anual de meteoros que ocorre entre os meses de outubro e novembro. A
milhares de anos atrás, os meteoros Taurid, que se formaram a partir da trilha
de poeira deixada pelo cometa Encke, formavam a mais pesada chuva de meteoros.
Atualmente, a Terra limpou a maior parte da poeira.
Michelson, Albert Abraham (1852-1931)
Físico americano que foi a primeira pessoa a medir o diâmetro de uma estrela que
não fosse o Sol. Contudo ele é mais conhecido por suas medições acuradas da
velocidade da luz e por suas experiências, em conjunto com Edward Morley, que
demonstraram que a luz viaja a uma velocidade constante através do espaço.
Michelson-Morley, Experiência de
Experiência efetuada em 1887 que pretendia detectar os efeitos do éter.
Antigamente acreditava-se que o espaço era preenchido por uma substância chamada
éter, pois achavam que a luz precisava viajar através de um meio. Michelson e
Morley conseguiram provar que a Terra não viajava através do éter, por meio da
divisão de um feixe de luz e da posterior reunião do mesmo.
Micrometeorito
Minúsculo meteorito que consegue passar intacto pela atmosfera da Terra.
Microscopium (Microscópio)
Esmaecida constelação austral próxima a Sagitário.
Mimos
Segundo satélite de Saturno, com diâmetro de 500 km (300 milhas). Mimos possui
uma cratera de 390 km (242 milhas) de extensão que lhe dá uma aparência de globo
ocular. Situado a uma distância de 184.512 km (115.320 milhas) de Saturno, Mimos
completa uma órbita a cada 22 horas e 37 minutos.
Minguante
Fase da Lua em que ela passa de cheia para nova. O período em que ela passa de
cheia a nova é chamado de quarto minguante, e de nova a cheia de quarto
crescente.
Mintaka
Estrela que em conjunto com Betelgeuse e Zeta de Órion forma o cinturão de
Órion. Mintaka é a estrela que se situa mais ao norte no cinturão. Ela é uma
estrela dupla com magnitude de 2,2, situada a 1.500 anos-luz.
Minuto de Arco, Segundo de Arco
Pequena divisão do grau. Um grau é formado por 60 minutos, e um minuto por 60
segundos (portanto 60 x 60 ou 3.600 segundos num grau). Estas unidades angulares
não devem ser confundidas com unidades de tempo. A lua cheia está a uma
distância aproximada de 30 minutos de arco (um grau e meio).
Mir
Estação espacial soviética que está em órbita desde 1986. Os cosmonautas que
ficam na estação espacial Mir bateram recordes de permanência. Em 1988, dois
astronautas permaneceram em órbita durante 366 dias.
O laboratório espacial Mir ainda está em órbita.
Mira
Primeira estrela variável identificada. Esta estrela gigante vermelha oscila
entre a segunda e a décima magnitude e permanece invisível durante a maior parte
do ano. Mira possui uma anã azul companheira que a orbita a cada 14 anos.
Miranda
Geologicamente, Miranda é a lua mais estranha do sistema solar. Ela parece ter
sido separada e mal juntada. Percorrendo seu diâmetro de 560 km (350 milhas)
encontram-se todas as características geológicas existentes. É a lua que se
situa mais próxima a Urano, descrevendo uma órbita a cada 33 horas e 55,5
minutos. Sua temperatura média é de 58 K. Miranda não possui atmosfera, não
tendo, portanto, oxigênio, água, nitrogênio ou dióxido de carbono sob a forma
gasosa.
Mizar
Segunda estrela no puxador da Grande Caçarola e a primeira estrela dupla
descoberta com o uso de um telescópio.
Módulo de Comando
Batizado durante o programa Apolo, o módulo de comando alojava a tripulação
durante as jornadas espaciais e permaneceu na órbita da lua enquanto dois
membros da tripulação pousaram com o módulo lunar.
Módulo Lunar
Veículo espacial, com dois estágios, do Programa Apolo. O módulo lunar possui
uma altura total de 7 metros dividida entre o estágio de pouso (3,2 m) e o
estágio de ascensão (3,8 m). O estágio de ascensão possui apenas espaço
suficiente para abrigar os astronautas, com suas roupas espaciais, e amostras de
rochas lunares. Após decolar da Lua, o estágio de ascensão é capaz de efetuar as
manobras necessárias para acoplar-se ao módulo de comando antes de viajar de
volta à Terra.
Monoceros (Unicórnio)
Constelação equatorial situada na Via Láctea entre Cão Maior e Cão Menor, mais
visível no inverno. Nela situa-se também a Nebulosa da Rosetta.
Montagem Equatorial
Modo de se posicionar um telescópio no qual um dos eixos, chamado eixo polar,
está alinhado com o eixo da Terra. Consequentemente, os efeitos da rotação da
Terra podem ser facilmente corrigidos pela simples rotação do telescópio no eixo
polar. Por outro lado, a montagem Azimute não cria um alinhamento com o eixo da
Terra, tornando necessário mover o telescópio em dois planos para corrigir os
efeitos da rotação da Terra.
Monte Olimpo
Ponto mais alto do planeta Marte e a mais alta montanha do sistema solar. Olimpo
é um vulcão com 26,4 km de altura e 600 quilômetros de diâmetro. Como não foi
possível definir sua natureza, a partir da Terra, e devido à presença de nuvens
ao seu redor, ele foi originalmente chamado de Nix Olympica (Neve de Olimpo).
Monte Palomar
Local onde está situado o telescópio refletor de 508 cm do Observatório de Hale,
próximo a San Diego.
Monte Wilson
Local onde está situado o telescópio refletor de 254 cm do Observatório de Hale,
a nordeste de Los Angeles. A performance deste telescópio foi muito prejudicada
pelas luzes da cidade de Los Angeles. Entre 1917 e 1957, este telescópio foi o
maior do mundo. Hubble utilizou-o para encontrar provas de que o Universo está
em expansão e que a Via Láctea é uma galáxia comum. Em Monte Wilson, Shapley
descobriu que nosso sistema solar localiza-se a 30.000 anos-luz do centro da Via
Láctea, e Baade efetuou a pesquisa que levou à diferenciação entre as populações
I e II das estrelas. Hale utilizou o telescópio do Monte Wilson para explorar as
manchas solares, e, atualmente, estão sendo efetuadas mais pesquisas sobre estas
manchas e a atividade solar neste mesmo local. Os projetos futuros deste
observatório incluem a utilização de um novo telescópio para mapear Marte e
descobrir como suas tempestades de poeira iniciam e evoluem.
Movimento Próprio
Deslocamento anual de uma estrela, medido em arcos de segundo, provocado pela
sua movimentação no espaço. A estrela com maior movimento próprio é a Barnard,
que se desloca 10,3 arcos de segundo ao ano.
Movimento Retrógrado
Movimento de um corpo, no sentido leste / oeste, no sentido oposto ao da órbita
normal dos planetas. Parte do movimento retrógrado é apenas aparente. Por
exemplo, parece que Marte se move para trás quando a órbita da Terra o alcança,
mas na verdade este movimento de recuo não ocorre. Para visualizar este tipo de
movimento, imagine estar dirigindo numa rodovia e ultrapassando um caminhão. Se
você olhar para o caminhão quando o estiver ultrapassando terá a sensação de que
ele está andando para trás. Isto acontece porque você está trafegando a uma
velocidade superior à dele.
Algumas massas do Sistema Solar apresentam movimentos retrógrados reais. Muitas
das luas de Júpiter e Saturno, assim como a lua Tríton de Netuno, possuem
órbitas retrógradas. Vênus gira do oeste para o leste, apresentando uma rotação
retrógrada. Os cientistas ainda não conseguiram compreender com exatidão porque
estes corpos orbitam ou giram para trás.
Musca (Mosca)
Pequena constelação austral próxima ao Cruzeiro do Sul.


Letra N


Nadir
Interseção inferior da vertical do lugar com a esfera celeste e que é o ponto
diametralmente oposto ao zênite.
NASA
Fundada em julho de 1958, a "National Aeronautics and Space Administration"
(Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) é um órgão federal que
controla todos os programas civis espaciais e de pesquisa aeronáutica.
Nascimento e Desaparecimento Helíaco
Primeiro aparecimento ou desaparecimento observado de uma estrela que acontece
em conjunção com o Sol. Os astrônomos antigos, que utilizavam o surgimento e o
desaparecimento de estrelas, tais como a Sirius, para acompanhar a órbita da
Terra ao redor do Sol, freqüentemente baseavam seus calendários nestes
acontecimentos.
Nebulosa (Nuvem)
Nuvem formada por poeira e gás. Exemplos: Nebulosa de Órion, Nebulosa Cabeça de
Cavalo, Nebulosa da Lagoa, Nebulosa da Califórnia. Algumas, como as nebulosas de
emissão (ex. Nebulosa de Órion) possuem brilho próprio e geralmente são
vermelhas. Outras, como as nebulosas de reflexão (ex. as Plêiades) refletem a
luz das estrelas vizinhas. As nebulosas de absorção , como a Nebulosa Cabeça de
Cavalo, não brilham e aparecem como um desenho escuro contra um fundo iluminado.
Nas nebulosas nascem estrelas e as velhas estrelas explodem transformando-se em
supernovas, como na Nebulosa de Caranguejo.
As nebulosas são nuvens de gás e poeira situadas a muitos anos-luz de distância.
Nebulosa Anular (M57)
Nebulosa planetária brilhante situada na Constelação de Libra. Seu diâmetro é de
0,66 anos-luz e ela se situa a 2.000 anos-luz de distância. Considerando sua
taxa de expansão atual, de 19 km (11,6 milhas ) por segundo, os astrônomos
acreditam que tenha 5.500 anos.
Nebulosa da Coruja
Uma das maiores nebulosas planetárias conhecidas, localizada na Constelação da
Ursa Maior, a 1,5 ano-luz de distância.
Nebulosa da Rosetta
Nebulosa tênue da constelação de Unicórnio situada a 4.500 anos-luz de
distância. Os astrônomos acreditam que esta nebulosa tenha 500.000 anos.
Nebulosa da Tarântula
Grande e luminosa nuvem de gás ionizado situada na Grande Nuvem de Magalhães.
Nebulosa de Emissão
Nuvem de gás que brilha a medida que emite luz. Seu brilho é similar à maneira
que a luz é produzida numa lâmpada fluorescente. Geralmente as nebulosas de
emissão são vermelhas.
Nebulosa de Reflexão
Veja Nebulosa
Nebulosa do Caranguejo (M1)
Restos gasosos da supernova que explodiu em 1054, a 6.300 anos-luz. No centro
desta massa de gás estão os restos da estrela que explodiu. Apesar de ter sido o
núcleo central de uma estrela, durante a explosão transformou-se numa estrela
nêutron espiralada chamada Pulsar. A nebulosa está se expandindo ao redor deste
pulsar. O Pulsar Caranguejo inunda a nebulosa com radiação letal. Explosões de
raios X, luz visível e ondas de rádio liberadas pelo pulsar, fazem com a
nebulosa se ilumine.
Nebulosa Planetária
Camada de gás, em expansão, existente ao redor de uma estrela quente. As
nebulosas planetárias são geradas quando uma gigante vermelha perde suas camadas
externas em seu processo de transformação em anã branca. Herschel criou o termo
nebulosa planetária porque, para ele, elas se assemelhavam aos discos dos
planetas. Exemplos de nebulosas planetárias: Nebulosa Anular (M57), Nebulosa
Hélice e Nebulosa da Bola de Sabão (M27).
Nebulosa Trífida (M20)
Nuvem de gás ionizado situada na Constelação de Sagitário cujo nome deriva de
suas linhas de poeira que a atravessam e a dividem em três partes.
Nereid
Lua de Netuno descoberta em 1949. Com 340 km (210 milhas) de diâmetro, ela está
situada a 5.511.000 km (3.424.400 milhas) de distância de Netuno e seu giro dura
360 dias, 4 horas e 48 minutos. A órbita de Nereid, com uma inclinação de 27º em
relação ao equador de Netuno, apresenta excentricidade de 0,75, a maior de todos
os satélites do sistema solar. Durante a viagem da Voyager 2, em 1989,
descobriu-se que Nereid assemelha-se a um asteróide e que possui um lado claro,
com albedo de quase 1, e outro muito escuro, com albedo de 0,25.
Netuno
Oitavo planeta do sistema solar, embora até 1999 provavelmente passará a ser o
nono já que atualmente Plutão encontra-se mais perto do Sol do que Netuno. Sua
distância média com relação ao Sol é de 4,5 bilhões de km (2,79 bilhões de
milhas) ou 30 u.a. e sua órbita, quase circular, dura 165 anos. Para escapar da
força gravitacional de Netuno é necessário viajar a uma velocidade superior a
23,5 km (14,1 milhas) por segundo. A rotação de Netuno dura 16 horas e 6
minutos. Seu diâmetro é de 24.552 km (14.731 milhas) e sua massa 17,2 vezes
superior à da Terra, o que faz de Netuno o mais denso dentre todos os planetas
gigantes. Seu núcleo parece ser líquido. Durante muitos anos suspeitou-se da
existência de anéis ao redor de Netuno, porém isto só foi confirmado em 1989,
durante a segunda visita da sonda espacial Voyager 2. Os anéis de Netuno estão
reunidos em arcos que refletem tanta luz quanto o carvão.
Atmosfera
A atmosfera de Netuno é composta basicamente por hidrogênio, metano e,
provavelmente, hélio. A atmosfera estranhamente tempestuosa de Netuno contém uma
tempestade do tamanho da Terra chamada de "Grande Mancha Escura". Uma outra
tempestade menor, D2, e uma mancha branca, apelidada de Motoneta, também fazem
parte da atmosfera de Netuno. Este planeta, assim como Júpiter e Saturno, libera
mais calor do que o que recebe do Sol. É possível que Netuno ainda esteja em
processo de resfriamento.
Descoberta
Netuno foi descoberto através dos cálculos efetuados independentemente por John
Adams, em 1943, e Urban Leverrier, em 1846. Já que a órbita de Urano diferia
sempre do previsto, acreditava-se que havia alguma coisa perturbando esta órbita
e, com base na teoria da gravidade de Newton, Adams e Leverrier calcularam a
posição de Netuno. Em 1846, Johann Galle, tendo por base os cálculos de
Leverrier, localizou Netuno a menos de um grau do local previsto por Leverrier.
Nêutron
Um dos componentes básicos do átomo, parecido com o próton, porém sem carga. Os
nêutrons estabilizam o núcleo dos átomos reduzindo a repulsão que acontece entre
os prótons. Os nêutrons são ligeiramente mais pesados do que os prótons. Eles
sempre se localizam no núcleo (centro) dos átomos.
Newton, Sir Isaac (1642-1727)
Matemático britânico famoso por sua Teoria da Gravitação Universal, segundo a
qual a gravidade aumenta com a massa e decresce de acordo com a distância
elevada ao quadrado. Isto significa que, se houver dois objetos, com massa
igual, e um deles estiver a uma distância 3 vezes maior vai apresentar uma força
gravitacional 9 vezes menor (3x3). Newton também generalizou suas três leis
sobre o movimento:
1) Todo objeto permanece em estado de repouso ou movimento a não ser que uma
força externa aja sobre ele.
2) A mudança no movimento (aceleração) é proporcional à força que a cria.
3) A cada ação corresponde uma reação igual e oposta.
Newton publicou suas idéias, em 1687, no livro intitulado "Philosophiae
Naturalis Principia Mathematica" (Os Princípios Matemáticos da Filosofia
Natural). No meio e no final do século XVII, Newton e Gottfried Wilhelm Leibniz
desenvolveram cálculos independentes que podem ser chamados de Matemática da
Mudança.
Newton, que também trabalhou com telescópios, determinou a causa da aberração
esférica e foi capaz de evitá-la utilizando um espelho parabólico ao invés de um
esférico. Ele desenvolveu seu próprio telescópio conhecido atualmente como
Telescópio Newtoniano Refletor.
Newton efetuou experiências com prismas. Ele percebeu que se a Lei de Snell (que
fala sobre a quantidade de luz que se curvaria quando de sua passagem de um
meio, como o ar, para outro, como a água) se aplicasse a um feixe de luz como um
todo, este feixe se dobraria por igual e não haveria a criação de um espectro.
Contudo, Newton notou que a lei se aplicava a cada cor, individualmente, e que a
cor branca poderia ser considerada como a mistura de todas as outras cores. Ao
passar pelo prisma, cada cor apresentaria uma curvatura formando um espectro. Em
1704, ele publicou suas descobertas no livro "Optiks".
NGC
"New General Catalogue of Nebulae and Clusters of Stars" (Novo Catálogo Geral de
Nebulosas e Aglomerados Siderais). Este catálogo foi compilado em 1888 e serve
de base para consultas sobre muitos corpos celestes localizados no céu.
Nodo Descendente
Veja Nodos.
Nodos
Dois pontos nos quais a Lua cruza a eclíptica (plano da órbita Terra-Sol).
Norma (Esquadro)
Pequena e esmaecida constelação austral situada próxima à Constelação de Lobo.
Nova
Explosão que ocorre na superfície de uma estrela num sistema binário, que faz
com que ela se torne 100.000 vezes mais luminosa do que o normal. Os nomes das
Novas são dados de acordo com a constelação onde são vistas e o ano em que estão
mais brilhantes. Freqüentemente a estrela era invisível a olho nu antes da
explosão, e, era considerada uma estrela nova pelas pessoas que não utilizavam
telescópios.
Acredita-se que as Novas ocorrem em sistemas siderais duplos formados por
estrelas antigas, como as gigantes vermelhas e as anãs brancas. A medida que as
gigantes vermelhas se expandem, parte de seu gás é capturado pela anã branca.
Quando este gás atinge uma quantidade suficiente (aproximadamente 100 vezes a
massa da Terra), começa uma reação nuclear e a anã branca expele gás e outros
materiais. Esta explosão faz com que a luminosidade da anã branca aumente (às
vezes o equivalente a mais de 100.000 sóis), e, após o término da mesma o brilho
volta ao nível normal. Acredita-se que após as estrelas voltarem ao normal, a
anã branca volta a acumular material expelido pela gigante vermelha seguindo-se
outra explosão.
Antigamente os cientistas acreditavam que as Novas surgiam a espaços de tempo
compreendidos entre 1.000 e 10.000 anos. Contudo atualmente eles acreditam que o
período mínimo seja de 100.000 anos, pois a força da Nova separa as duas
estrelas que formam o sistema binário e leva tempo para que a gravidade consiga
recolocá-las próximas o suficiente para que a gigante vermelha volte a fornecer
material para a anã branca.
Núcleo
Região central de um corpo.
Núcleo Galáctico
Centro de uma galáxia. Aqui as estrelas são geralmente velhas e se fundiram
formando elementos mais pesados. Nesta região as estrelas também estão mais
juntas do que nas regiões mais externas das galáxias. Muitas galáxias, inclusive
a Via Láctea, apresentam emissões de rádio a partir de seus núcleos. Isto levou
os cientistas a acreditarem na existência de buracos negros no centro destas
galáxias, e que estas emissões de rádio ocorrem à medida que os buracos negros
absorvem matéria.
Nutação
Oscilação do eixo da Terra, em forma de S, provocada pela mudança no ângulo da
inclinação axial. Esta alteração é provocada pelo efeito gravitacional da Lua na
Terra, que faz com que esta última oscile como uma tampa que está sendo
retirada. Esta mudança também ocasiona variações no período de rotação da Terra.
Nuvens de Magalhães
Duas galáxias pequenas e irregulares que orbitam a Via Láctea a uma distância de
160.000 anos-luz. Seus nomes foram dados em homenagem a Ferdinando Magalhães, o
primeiro europeu a descrevê-las. Parece existir um fluxo de gás de hidrogênio
conectando estas galáxias satélites à Via Láctea. A Grande Nuvem de Magalhães
possui 1/30 da massa da Via Láctea e a Pequena Nuvem de Magalhães 1/200. A
Grande Nuvem de Magalhães possui uma grande quantidade de poeira intersideral,
ao contrário da Pequena Nuvem de Magalhães.


Letra O


Oberon
A mais distante lua de Urano, situada a 583.520 km (361.782 milhas) de
distância. Oberon, que foi descoberta em 1787 por Herschel, possui uma
superfície marrom salpicada de crateras, as quais são circundadas por raios
brilhantes provocados por bombardeios de meteoros. O diâmetro de Oberon é de
1.554 km (964 milhas) e sua órbita dura 13 dias, 11 horas, 15 minutos e 36,5
segundos.
Objeto de Vidro
Nome antigo dado às objetivas dos telescópios. A objetiva é a parte de um
sistema ótico que forma uma imagem real de um objeto e a projeta num anteparo,
ou no plano focal de outro sistema, para que seja observada.
Objeto do Céu Profundo
Qualquer objeto visível que não pertence ao nosso sistema solar.
Objetos Circumpolares
Corpos celestes que parecem orbitar um dos pólos. O quanto mais próximo se
estiver dos pólos, mais objetos circumpolares serão vistos.
Observatório Astrofísico Zelenchukskaya
Observatório localizado nas montanhas Cáucaso, na Rússia, a 2.070 m de altitude,
e equipado com um telescópio refletor de 600 cm.
Observatório de Jodrell
Observatório onde está instalado o maior radiotelescópio que pode ser
movimentado em todas as direções e cujo refletor apresenta um diâmetro de 76m.
Observatório de Mauna Kea
Observatório situado num vulcão extinto no Havaí, considerado o melhor posto de
observação do mundo. Nele encontra-se o maior telescópio refletor do mundo:
Keck.
Observatório Europeu do Sul
Observatório com um telescópio de reflexão de 360 cm (142 polegadas) localizado
em Cerro La Silla, uma das montanhas do norte do Chile, a uma altitude de 2.400
m (7.870 pés). Desde sua inauguração em 1960, tem sido dirigido por uma
associação da qual fazem parte a Bélgica, a Dinamarca, a França, a Alemanha, a
Holanda e a Suécia.
Observatório Nacional de Rádioastronomia
Observatório de rádio fundado em 1957 em Green bank, no oeste do Estado da
Virgínia.
Observatório Naval dos Estados Unidos
Posto de observação astronômica do governo dos Estados Unidos, localizado em
Washington SC, com telescópios na Argentina, Arizona, Flórida e Nova Zelândia.
Desde a sua criação em 1830 ele produziu gráficos acurados do céu. Em 1844 seu
nome foi alterado para Observatório Naval dos Estados Unidos sendo transferido
para sua localização atual em 1893. Nele está uma das mais completas bibliotecas
sobre astronomia do mundo. Ele é responsável pela determinação das zonas
horárias nos Estados Unidos.
Observatórios, História dos
Embora as pessoas olhem para o céu deste a pré-história, apenas recentemente
começaram a ser construídos prédios específicos para este fim. No princípio os
movimentos das estrelas eram estudados com vistas à astrologia. Parece que um
dos propósitos de Stonehenger (2500 AC -1700 AC) tenha sido o de observar as
estrelas, porém isto não pode ser confirmado. Acredita-se também que a famosa
Torre de Babel tenha sido um observatório astrológico dos babilônios.
O observatório de Hipparchus, construído em 150 AC na ilha de Rodes, parece ter
sido o primeiro a utilizar equipamentos de observação, tais como os quadrantes
(usados para determinar a altitude). Observatórios semelhantes aos atuais foram
construídos em Damasco e Bagdá entre os anos de 800 e 900. Em 1260, foi
construído um observatório onde é atualmente o Irã utilizado para modificar a
visão do Universo de Ptolomeu. Em 1420, um príncipe chamado Ulugh Beg construiu
um observatório que foi utilizado por ele para confeccionar um catálogo sideral.
O famoso observatório de Tycho Brahe, chamado Uraniborg, foi erguido em Hven em
1576.
Contudo, nenhum destes observatórios possuía telescópios, já que estes só foram
inventados a partir de 1609. Nos séculos XVII, XVIII e XIX foram construídos
observatórios equipados com grandes telescópios em Cabo Canaveral, Greenwich,
Paris e Washington. Atualmente o maior telescópio ótico está no observatório de
Mauna Kea, no Havaí. Nos anos 30, os astrônomos passaram a estudar outros
comprimentos de onda de radiação, além da luz visível, e, após Karl Jansky ter
descoberto, em 1931, as ondas de rádio que emanam do centro da Via Láctea,
passaram a ser construídos os radiotelescópios. Um deles é composto por 27
radiotelescópios cujos dados podem ser combinados para formar uma imagem.
Com o advento da era espacial, muitos telescópios foram lançados no espaço, além
da atmosfera terrestre, como o Telescópio Espacial Hubble, o Satélite
Astronômico Infravermelho e o Observatório Solar Orbital. Estes equipamentos
permitem observações espaciais isentas de obstáculos bem como em comprimentos de
onda que são absorvidos pela atmosfera.
Octans (Oitante)
Esmaecida constelação austral situada entre Pavão e Camaleão.
Ocular
Uma combinação de lentes usada para ver as imagens formadas nos telescópios. A
maior parte dos oculares são feitos com lentes de campo, que aumentam a área que
pode ser vista com o telescópio, em adição às lentes oculares. Áreas variáveis
podem ser vistas com diferentes oculares. Alguns oculares corrigem melhor as
aberrações cromáticas e esféricas do que outros, alguns deixam mais espaço entre
os olhos do observador e as lentes, e alguns evitam mais do que outros a
formação de imagens duplas ocasionadas pelas reflexões no telescópio e no
ocular.
Ocultação
Passagem de um corpo celeste em frente a outro. As ocultações permitem aos
astrônomos determinar a natureza e o tamanho dos corpos celestes. Por exemplo, a
ocultação de uma estrela por Urano permitiu que os astrônomos detectassem a
existência de anéis ao redor deste planeta, e a ocultação de uma estrela por
Plutão fez com que os astrônomos descobrissem que este planeta possui atmosfera,
já que sua luz diminuiu gradualmente.
Olber, Paradoxo de
"Por que o céu é escuro?" Olber dizia que se alguém partisse do princípio de que
o Universo é muito antigo e que contém a mesma quantidade de estrelas em cada
área, então existiriam estrelas para qualquer lugar que se olhasse e o céu
noturno seria extremamente brilhante. Muitas explicações foram dadas para o fato
óbvio do céu não brilhar por igual. Olber achava que o motivo principal seria a
existência do gás intersideral, outros que isto se devia ao rastro avermelhado
das galáxias. Mais tarde, a explicação para o céu não ser todo iluminado, foi de
que o Universo não era suficientemente antigo e, portanto, ainda não teria
havido tempo suficiente para que as estrelas preenchessem todo o Universo. Esta
última teoria é considerada a mais correta: o céu noturno é escuro não porque o
Universo está em expansão e sim por ser ele muito jovem.
Olbers, (Henrich) Wilhelm (Mattaus) (1758-1840)
Astrônomo alemão que estudou os cometas e propôs o Paradoxo de Olber. Ele
descobriu 5 cometas, entre eles o Cometa de Olber, e calculou que a Terra
passaria pela cauda do Cometa Biela. Olber dizia que a cauda dos cometas é
direcionada em oposição ao Sol por partículas carregadas do vento solar. Ele
também acreditava na existência de um planeta entre Marte e Júpiter. Contudo,
quando em 1802 descobriu o asteróide Pallas, conclui que este planeta teria se
partido formando o cinturão de asteróides.
Ônibus Espacial
Espaçonave que é lançada ao espaço como um foguete tradicional mas que depois
retorna à Terra como um avião. Os Estados Unidos possuem o maior e mais testado
programa de ônibus espaciais, porém a Rússia e a ESA planejam uma agenda
similar.
O ônibus espacial é composto por um orbitador do tamanho aproximado de um DC-10,
com uma cabine de dois andares e um depósito de carga. Na cabine ficam os
astronautas a uma pressão atmosférica normal e há espaço para até sete pessoas.
O depósito de carga assemelha-se à fuselagem de um jato com um teto retrátil.
Nele são colocadas as cargas tais como satélites e laboratórios e há também um
braço robô de 15 metros para manipular a carga. Ele tem capacidade para levar
29.500 kg de equipamento e trazer 16.000 kg de volta à Terra.
Para lançar o orbitador, o ônibus espacial possui dois foguetes propulsores
situados na lateral de um grande tanque externo de combustível. Os dois foguetes
são alimentados com combustível sólido para impulsionar o orbitador durante os
primeiros minutos de viagem. Então eles são jogados no Oceano Atlântico para
serem recuperados e reutilizados.
O tanque externo de combustível leva hidrogênio líquido e oxigênio para acionar
os três motores principais do orbitador. Eles funcionam durante aproximadamente
20 minutos para colocar o orbitador na órbita baixa da Terra. Então o tanque cai
e se desintegra sobre o Oceano Índico.
Missões
O ônibus espacial é projetado para três tipos de missões: lançamento de
satélites, manutenção de satélites e experiências com a micro-gravidade. O
grande depósito de carga permite o lançamento de diversos satélites durante uma
mesma missão. Utilizando o braço mecânico ele posiciona satélites
meteorológicos, de comunicação e pesquisa na órbita baixa da Terra, ou fornece
uma plataforma para lançá-los. Ele também pode recuperar satélites defeituosos e
consertá-los ou trazê-los de volta à Terra, o que é mais econômico do que
construir e lançar um novo satélite.
Durante uma missão destinada à experiências com a micro-gravidade, a cabine
funciona como um laboratório com pressão atmosférica normal. O depósito de carga
fornece as mesmas condições que um vácuo. Algumas dessas missões realizam
diversas experiências enquanto outras se dedicam apenas a um assunto como, por
exemplo, medicina e astronomia.
Algumas vezes o depósito de carga abriga um laboratório espacial. Um deles,
construído pela ESA, é uma grande laboratório orbital que foi montado como um
protótipo para futuras estações espaciais.
Este ônibus espacial também transporta encomendas especiais, que são
experiências doadas por escolas, universidades e companhias. Este serviço abre
espaço para populações que não poderiam pagar por este tipo de experiência.
Planos Futuros
Nos próximos anos, o ônibus espacial será o elo de ligação da planejada estação
espacial Freedom. Durante a constrição da Freedom o ônibus espacial transportará
os módulos e os materiais , e mais tarde, as pessoas e os suprimentos da Terra
até a estação espacial e vice-versa. Muitas nações planejam contribuir com a
Freedom .
Atualmente a NASA está desenvolvendo um avião espacial que levantará vôo de um
aeroporto espacial. Esta super-nave, chamada X-30, transportaria as pessoas para
a estação espacial. Ali as pessoas tomariam um taxi espacial que as levaria até
a Lua ou Marte.
Oort, Jan Hendrik (1900-1992)
Astrônomo holandês que muito contribuiu para o nosso conhecimento sobre a
estrutura e o tamanho da Via Láctea. Após um cuidadoso estudo dos movimentos e
da distribuição das estrelas no Universo, ele calculou com exatidão a massa
visível da Via Láctea e a localização do Sol. Em 1950, Oort revelou a existência
de uma nuvem esférica, composta por gelo e cometas sem cauda, que circunda o Sol
a uma distância aproximada de um ano-luz. Quando as estrelas passam por esta
nuvem, a turbulência provocada por elas faz com que a nuvem de Oort libere
cometas que seguem em direção ao sistema solar.
Oort, Nuvem
Nuvem localizada entre 40.000 e 50.000 u.a. do Sol, de onde origina-se a maior
parte dos cometas de nosso sistema solar. Ocasionalmente, um cometa é desviado
da Nuvem Oort para a órbita do Sol em uma longa trajetória elíptica. A
existência desta nuvem, que parece ter sido formada pelo que restou quando da
formação de nosso sistema solar, foi proposta por Jan Heinrich Oort em 1950.
Ophiucus (Serpentário)
Grande constelação equatorial situada próxima à Serpente, mais visível no verão.
Apesar de não ser tradicionalmente uma constelação zodiacal, a eclíptica passa
por sua região sul. Nela situam-se a Estrela Barnard e muitos aglomerados
globulares.
Oposição
Posição de um planeta, fora da órbita terrestre (planeta superior) quando ele
fica em oposição ao Sol e apresenta uma elongação de 180 graus. Em oposição, os
planetas encontram-se em sua fase cheia e o mais próximo possível da Terra. Como
a órbita de Marte é um pouco alongada, isto faz com que este planeta, em algumas
de suas oposições, fique mais próximo da Terra do que os outros planetas.
Órbita
Trajetória curva de um corpo celeste, influenciada pela atração gravitacional de
um corpo de maior massa.
Órbita Geoestacionária
Órbita circular a 35.900 km (22.300 milhas) acima do Equador cuja velocidade é
igual à da rotação da Terra. Como as duas órbitas são idênticas ou
sincronizadas, do ponto de vista do satélite, parece que a Terra está parada.
Este tipo de órbita é freqüentemente utilizada com os satélites de comunicação.
Órbita Lunar
O caminho que uma astronave ou um satélite percorrem quando circundam a Lua. Por
exemplo, durante as missões Apolo os módulos de comando e os de serviço
permaneceram na órbita lunar, enquanto o módulo de aterrissagem descia na
superfície lunar.
Órbita Sincrônica
Quando um satélite permanece estacionário em relação a um ponto na superfície de
seu corpo celeste companheiro. Por exemplo, os satélites meteorológicos estão em
órbita sincrônica com a Terra.
Orientação (ou Sistema de Comando)
Computador ou equipamento que guia a espaçonave direcionando o empuxo através do
motor do foguete. Este equipamento é similar ao comando de leme dos aviões. Há
dois tipos de sistemas de comando: manual e automático. O comando manual é
controlado pelo piloto, geralmente utilizando um manche como o dos aviões. O
comando automático é controlado por um computador com o plano de vôo
pré-programado, similar ao piloto automático dos aviões. As espaçonaves precisam
ter no mínimo um sistema de comando, sendo que as modernas possuem tanto o
sistema automático quanto o manual.
Orion (Órion)
Grande e brilhante constelação equatorial situada próxima às constelações de
Lebre e Erídano, facilmente localizável devido às três estrelas que formam o
Cinturão. As civilizações antigas consideravam Órion uma ovelha e não um
caçador. Uma das características mais marcantes desta constelação é a sua
nebulosa (M42), visível a olho nu, chamada de Nebulosa de Órion. Nesta
constelação encontram-se também as famosas e brilhantes estrelas Betelgeuse e
Rigel.
Órion, Nebulosa de (M42)
Nebulosa difusa de emissão situada na espada de Órion. Ela está a 1.300 anos-luz
de distância e possui um diâmetro de 25 anos-luz. Partes desta nebulosa são
verdadeiros berçários contendo estrelas com apenas centenas de anos (apenas
bebês, considerando-se o tempo de vida de uma estrela). Ela possui material
suficiente para formar 100.000 estrelas.


Letra P


Pallas (Planeta Menor 2
Asteróide descoberto por Olbers em 1802. Seu diâmetro é de 523 km (324 milhas) e
ele completa uma órbita ao redor do Sol a cada 4,61 anos. Foi o segundo
asteróide a ser descoberto.
Pandora
Lua do anel F de Saturno, de formato irregular, situada na parte mais externa
deste planeta. Ela foi descoberta pela Voyager.
Parábola
Figura que se forma quando um cone é cortado num determinado ângulo em relação a
base. Muitos telescópios astronômicos são equipados com espelhos em forma de
parábola, já que este formato faz com que os raios de luz formem um foco
simples.
Paralaxe (Derivada da palavra grega que significa "mudança" ou "variação")
Mudança aparente na posição de um corpo celeste, em relação ao fundo, quando
visto de dois locais diferentes. Para visualizar melhor a paralaxe, com o braço
esticado, segure o dedão de sua mão e olhe para ele primeiro com um olho e
depois com o outro. Quando você mudar de olho terá a impressão de que o dedão
deu um salto e isto acontece porque você o visualizou de dois locais diferentes.
Da mesma forma, os astrônomos utilizam pontos opostos na órbita da Terra para
medir a paralaxe das estrelas próximas. O pulo ou a paralaxe medida pelos
astrônomos é muito pequena devido às grandes distâncias em que se localizam as
estrelas. Mesmo as estrelas mais próximas apresentam um paralaxe inferior a
1/360 de um grau. Apenas as estrelas situadas próximas à Terra podem ter sua
distância determinada por paralaxe. Contudo, esta medição da paralaxe, quando
possível, é muito importante, pois é uma das únicas maneiras que existem de
medir as distâncias no Universo de forma direta.
61 Cisne, em 1836, foi a primeira estrela a ter sua paralaxe determinada. Isto
também forneceu evidências conclusivas de que a Terra movimenta-se no espaço.
Parélio
Disco de luz circular situado a 22º de distância do Sol. Geralmente os parélios
surgem aos pares e são provocados pela refração da luz do Sol nos cristais de
gelo da atmosfera.
Parsec (Abreviatura de Segundo de Paralaxe)
Unidade astronômica de distância equivalente a uma paralaxe anual de um segundo
de arco. Um parsec eqüivale a 3,2616 anos-luz, um quiloparsec eqüivale a 1.000
parsecs e um megaparsec eqüivale a 1.000.000 de parsecs.
Veja Paralaxe.
Pavo (Pavão)
Constelação austral situada entre as constelações de Altar e Tucano.
Pegasus (Pégaso)
Grande constelação boreal, mais visível no outono, que representa o cavalo alado
da mitologia grega. Pégaso situa-se entre as constelações de Peixes e Andrômeda
e é facilmente reconhecida devido ao seu asterismo, o Grande Quadrilátero de
Pégaso.
Penumbra
1. Área parcialmente escurecida durante um eclipse.
2. Área externa, parcialmente obscurecida, de uma mancha solar.
Periastro (derivado de uma palavra grega que significa "Próximo da Estrela")
Ponto na órbita ao redor de uma estrela em que o corpo celeste fica mais próximo
a ela. Geralmente o periastro é utilizado para descrever as estrelas binárias,
porém ele também pode ser utilizado em relação aos planetas.
Periélio (Derivado da palavra grega que significa "Próximo ao Sol")
Ponto mais próximo ao Sol na órbita de um planeta ou outro corpo ao redor do
Sol.
Perigeu (Derivado da palavra grega que significa "Próximo à Terra")
Ponto mais próximo à Terra na órbita da Lua ou de um satélite artificial ao
redor da Terra.
Período Sideral
Tempo que um corpo celeste leva para orbitar outro em relação as estrelas de
fundo. Em relação aos planetas, este fenômeno é chamado também de ano. O período
sideral difere do que se observa da Terra por ela estar em constante movimento.
A Lua, por exemplo, apresenta um período sideral de 27,32 dias, e completa suas
fases em 29,53 dias. O ciclo das fases é chamado de período aparente ou
sinódico.
Período Sinódico
Tempo que um corpo celeste leva para retornar à sua posição original no céu. O
período sinódico difere do período sideral devido à perspectiva da Terra. Como a
Terra viaja em sua órbita, nossa perspectiva do sistema solar muda em relação ao
fundo formado por estrelas fixas. Durante o tempo em que um planeta leva para
retornar à mesma posição no céu, nós também teremos nos movimentado. É como
tentar medir a velocidade de outro motorista numa rodovia. Se nós viajarmos a
uma velocidade de 88 km/hora (50 milhas) e uma carro próximo ao nosso estiver a
96,8 km/hora (55 milhas), acharemos uma velocidade de 8,8 km/hora (5 milhas),
pois mediremos apenas a velocidade da ultrapassagem.
Os antigos gregos calculavam os anos dos planetas de acordo com seu período
sinódico. Eles acreditavam que a Terra estava fixa no centro do sistema solar
enquanto os outros corpos celestes revolviam à sua volta.
Pérolas de Baily
Colar de pérolas situado ao redor da lua visto por Francis Baily durante um
eclipse anular. Este efeito ocorre porque a lua possui montanhas e extremidades
irregulares, que penetram a luz do Sol. Quando um pérola brilha mais do que as
outras a Lua parece possuir um diamante, além do colar de pérolas.
Perseid
Chuva anual de meteoros que atinge seu auge no dia 11 ou 12 de agosto.
Perseus (Perseu)
Constelação boreal brilhante situada próxima à Cocheiro e Andrômeda onde se
localiza a famosa Estrela Variável Algol.
Perturbação
Desvio do movimento ideal de um astro em torno de outro, causado pela atração
gravitacional de um terceiro astro. Um exemplo disto é a alteração da órbita de
um cometa quando ele passa próximo a Júpiter.
Phoenix (Fênix)
Constelação austral situada entre Erídano e Grou.
Piazzi, Giuseppe (1746-1826)
Astrônomo italiano que foi a primeira pessoa a descobrir um asteróide. Ele
avistou Ceres, o maior entre os asteróides, em 1o. de janeiro de 1801. Embora
Ceres se assemelhasse a uma estrela quando vista através do telescópio (por isto
o nome asteróide que significa "parecido com uma estrela") ele não conseguiu
localizá-la no gráfico sideral de Lacaille. Isto fez com que Piazzi observasse
Ceres durante diversos dias, confirmando que ele era um corpo celeste situado
entre Marte e Júpiter.
Pic du Midi, Observatório
Fundado em 1882, este foi um dos primeiros observatórios construído a uma grande
altitude sendo também o primeiro a utilizar um coronógrafo (instrumento
utilizado para estudar a coroa solar). Ele está situado nos Pirineus franceses e
é administrado pela Universidade de Toulouse.
Pictor (Pintor)
Esmaecida constelação austral situada entre Dourado e Quilha.
Pioneer
Série de sondas espaciais americanas. Apesar da primeira sonda Pioneer não ter
atingido seu objetivo, a Pioneer 10 chegou a Júpiter (primeira sonda a fazê-lo)
e a Pioneer 11 (ou Pioneer Saturno) foi a primeira sonda a tirar fotografias em
close de Saturno.
Pisces (Peixes)
Constelação boreal situada próxima a Pégaso. O Equinócio de Outono é localizado
em Peixes.
Piscis Austrians (Peixe Austral)
Constelação austral situada próxima à Grou e Microscópio.
Pitágoras (580- 500 A.C.)
Matemático grego que acreditava que a Terra era uma esfera localizada no centro
do Universo. Ele percebeu que o Sol, a Lua e os planetas seguiam determinados
caminhos no espaço e acreditava que cada um deles situava-se numa esfera
celeste.
Planeta (Derivado da palavra grega que significa "Errante")
Objeto (exceto os cometas, os asteróides e os meteoritos) que não emite luz
própria e que orbita uma estrela. Não existe uma distinção clara entre a
composição de um planeta e a de um asteróide. Por exemplo, paira uma dúvida
sobre Plutão, se ele deve ou não ser considerado um planeta, pois seu tamanho,
sua excentricidade e sua inclinação axial não seguem os padrões dos outros
planetas. Algumas pessoas sugeriram que Ceres poderia ser considerada um planeta
já que ela apresenta todas as características inerentes a eles.
Formação
Quando as estrelas nascem há uma nuvem de gás, em forma de disco, orbitando-as.
A medida em que as partículas desta nuvem de gás se chocam e se unem, sua grande
massa provoca um arrasto gravitacional muito forte. Então, mais partículas são
atraídas e a massa do planetesimal (uma pequena partícula que se tornará um
planeta) vai aumentando até sua força gravitacional tornar-se intensa o
suficiente para transformá-la numa esfera. A gravidade dos planetas também
provoca alterações durante sua formação e, à medida em que os elementos mais
pesados caem no fundo, ocorre a liberação de energia.
Sistema Solar
Os nove planetas de nosso Sistema Solar são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Durante um período, acreditou-se na
existência de um outro planeta, chamado Vulcão, situado entre Mercúrio e o Sol.
Mercúrio, Vênus e Terra são freqüentemente chamados de planetas terrestres,
enquanto Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são chamados de gigantes gasosos. Os
planetas terrestres não possuem a atmosfera tão gasosa quanto a dos planetas
gigantes por estarem localizados mais próximos do Sol e possuírem menos massa.
Após sua formação, muitas das partículas de gás são aquecidas pelo Sol, fazendo
com que se movimentem com maior rapidez e atingindo a velocidade de fuga. A
velocidade de fuga é mais baixa nos planetas terrestres devido à sua menor massa
e à gravidade. Elementos mais leves, como o hidrogênio, podem atingir a
velocidade de fuga mais facilmente do que os elementos mais pesados. Em
conseqüência, a maior parte do hidrogênio que permaneceu na Terra está
aprisionado com o oxigênio na água.
Planeta Inferior
Planeta que está mais próximo do Sol do que a Terra (Mercúrio e Vênus).
Planeta Superior
Planeta que orbita o Sol a uma distância superior que a da Terra. Todos os
planetas de Marte à Plutão são planetas superiores.
Planetas Externos
Planetas situados a uma distância maior do Sol do que da Terra.
Plano Focal
Local onde é formada a imagem do telescópio.
Plasma
Gás ionizado composto por pedaços de átomos. A medida em que o gás se aquece, as
colisões contra outros átomos ou a forte radiação arrancam os elétrons de seus
invólucros criando uma miscelânea de elétrons e núcleos expostos. Acredita-se
que a maior parte da matéria visível do Universo exista sob a forma de plasma.
Plêiades
Jovem aglomerado aberto situado na Constelação de Touro. As Plêiades são
formadas por seis estrelas visíveis a olho nu e outras 400 que não o são. As
Plêiades são relativamente novas: tem 50 milhões de anos. As fotografias revelam
a existência de uma nebulosa de reflexão situada atrás das Plêiades.
Plutão
Nono planeta, em distância, a partir do Sol. Contudo, desde 1979, Plutão
encontra-se mais próximo ao Sol do que Netuno, e permanecerá assim até março de
1999. Esta alternância na colocação de Plutão deve-se à grande diferença que
existe entre seu periélio (a 4,4 bilhões de quilômetros, ou 2,73 bilhões de
milhas do Sol) e seu afélio (a 7,4 bilhões de quilômetros, ou 4,59 bilhões de
milhas, do Sol). O plano da órbita excêntrica de Plutão apresenta uma inclinação
de 17,2º em relação à eclíptica e ele leva 248 anos para completar uma órbita ao
redor do Sol. Sua inclinação axial é de 122º e ele demora 6 dias, 9 horas e 36
minutos para efetuar uma rotação.
Plutão é o único planeta de nosso sistema solar que ainda não foi visitado por
uma sonda espacial. A maior parte das informações que temos sobre este planeta
foram conseguidas em 1988, quando ele ocultou uma estrela e descobriu-se que
Plutão possuía atmosfera, e entre 1985 e 1989, quando ele e sua lua Caronte
eclipsaram-se mutuamente, fornecendo uma idéia de seu tamanho.
Existe uma discussão sobre se Plutão deve ou não ser considerado um planeta. Seu
diâmetro é de apenas 1.151 km (691 milhas) e constitui-se numa exceção em
relação à maior parte das características dos outros planetas. Todos os planetas
apresentam um órbita praticamente circular que se situa próxima à eclíptica, e
os outros situados após o cinturão de asteróides são gigantes gasosos. Por outro
lado, Plutão , como já foi dito anteriormente, apresenta uma órbita com
inclinação de 17,2º em relação ao plano da eclíptica. Ele é formado por uma
mistura de rocha e gelo, e possui uma densidade entre 1,8 e 2,1 por cm3, que é
aproximadamente duas vezes superior a da água. Para escapar da força
gravitacional de Plutão é necessário viajar a uma velocidade de 1,2 km (0,7
milhas) por segundo.
Atmosfera
Em 1988, quando Plutão ocultou uma estrela, a luz desta estrela desapareceu
gradualmente ao invés de desaparecer de repente, descobriu-se que este planeta
possui atmosfera. Plutão e a Terra são os únicos planetas de nosso sistema solar
que possuem atmosferas compostas principalmente por nitrogênio. A atmosfera
relativamente espessa de Plutão (3,19 km ou 1,9 milhas) contém também metano e
possivelmente monóxido de carbono e argônio. A temperatura média desta atmosfera
é de 100 K. Parece existirem estações em Plutão, com parte de sua atmosfera
congelando-se e transformado-se em neve quando ele está distante do Sol e
derretendo-se quando fica próximo ao Sol.
Superfície
Plutão possui uma superfície rochosa, de cor avermelhada, que é mais brilhante
nos pólos do que no equador. Seu albedo varia entre 90%, nas calotas polares, e
30%, em seu equador, com um albedo médio de 50%. A temperatura da superfície de
Plutão em seu equador é de aproximadamente 58 K.
Origem
Plutão chegou a ser considerado uma lua de Netuno que havia escapado, porém a
existência de Caronte vai contra esta teoria. É pouco provável que tanto Plutão
quanto Caronte, cujo tamanho eqüivale à metade de Plutão, tenham escapado da
órbita de Netuno. Atualmente acredita-se que Plutão tenha sido um asteróide de
do sistema solar que foi capturado pela gravidade do Sol. Caronte e Plutão, que
sempre mostram a mesma face, parecem terem sido formados na mesma época.
A órbita excêntrica de Plutão pode ter sido circular no passado. Contudo, quando
Netuno se afastou do Sol, Plutão pode ter sido forçado a descrever a órbita
atual, que está numa ressonância de 3:2 com Netuno (Netuno descreve três órbitas
ao redor do Sol enquanto Plutão percorre duas).
Características de Plutão:
.Temperatura Média durante o dia: 80 K
.Pressão: desconhecida
Plutão possui uma atmosfera fraca e mutante composta provavelmente por metano.
Não há evidências da existência de elementos tais como oxigênio, monóxido de
carbono e vapor d'água
Polaris (Estrela Polar)
Estrela situada a menos de um grau do pólo norte celeste. Na verdade Polaris é
uma estrela dupla e já foi uma variável Cefeu. Apesar de ser a estrela mais
brilhante da Constelação da Ursa Menor, é apenas a 47a. estrela mais brilhante
do céu.
A Ursa Menor encontra-se verticalmente abaixo de Polaris e a Ursa Maior em baixo
à direita.
Pollux
Gigante amarela com magnitude de 1,15, que é a estrela mais brilhante da
Constelação de Gêmeos
Pólo
Uma das duas extremidades do eixo imaginário sobre o qual um corpo celeste
executa seu movimento de rotação.
Poluição por Luz
As luzes das cidades, ou outro tipo de claridade, que interferem com as
observações astronômicas.
Pontos Cardeais
Norte, Sul, Leste e Oeste.
Pontos de Lagrangian
Cinco pontos em que um corpo celeste pequeno fica em equilíbrio quando está na
companhia de dois corpos celestes de grande massa que orbitam um ao outro.
Apenas dois destes cinco pontos são estáveis.
População Sideral
Classificação das estrelas com base em suas idades. As estrelas do Tipo I são
relativamente jovens e situam-se nos braços das galáxias espirais. As do Tipo II
são mais antigas e se localizam no halo das galáxias.
Precessão
Movimento cíclico dos equinócios ao longo da eclíptica, na direção oeste,
causado pela ação perturbadora do Sol e da Lua sobre a dilatação equatorial da
Terra e que tem um período de cerca de 26.000 anos. Uma conseqüência da
precessão é que daqui a 5.000 anos a estrela polar será Alfa de Cefeu, e daqui a
12.000 anos Vega será a estrela mais próxima ao polo norte celeste.
Primeiro Quarto
Momento em que a Lua está no primeiro quarto de sua órbita. Muitas pessoas
acreditam que "primeiro quarto" significa que apenas um quarto da Lua brilha,
porém isto não é verdade. Durante o primeiro quarto, na nossa perspectiva,
metade da Lua está iluminada.
Propulsão (Sistema de Propulsão)
Foguetes de uma espaçonave que fornecem propulsão para impulsionar a nave no
espaço. Ao contrário do que é mostrado em muitos filmes de ficção científica, os
motores de uma espaçonave só precisam queimar quando a nave muda de velocidade
ou direção. Os sistemas de propulsão atuais utilizam combustíveis químicos
sólidos ou líquidos. Ambos têm suas vantagens: o combustível sólido é fácil de
ser utilizado podendo ser armazenado indefinidamente, contudo, uma vez aceso é
difícil de ser controlado. O foguete precisa consumir todo o combustível antes
de ser desligado. O combustível líquido, por outro lado, é mais fácil de ser
controlado. As válvulas dos motores, que se abrem e fecham, controlam o fluxo e
direcionam a queima. Contudo, este tipo de combustível precisa ser bombeado no
foguete antes do lançamento e ser mantido à baixas temperaturas para permanecer
estável. Os combustíveis líquidos utilizados incluem o hidrogênio, a hifrazina e
o querosene.
Como não existe oxigênio no espaço, os sistemas de propulsão precisam
transportar seu próprio oxigênio para queimar o combustível. Os cientistas estão
desenvolvendo sistemas de propulsão que não utilizam combustíveis químicos. A
rápida aceleração gerada pelo combustível químico é necessária, na Terra, para
que a nave escape da gravidade. Porém, no espaço, métodos menos potentes dão
melhores resultados. Grandes velas poderiam utilizar o vento solar para
movimentar a espaçonave entre os planetas internos. Os engenheiros pensaram na
utilização de eletricidade para aquecer os íons que escapam. Porém, a melhor
idéia, é o uso da fusão nuclear como fonte de energia. Os motores por fusão
poderiam guiar as jornadas interplanetárias e intersiderais.
Propulsores
1. Os propulsores são usados nos lançamentos dos foguetes espaciais e eliminados
logo após a decolagem.
2. Primeiro estágio de um foguete de lançamento.
Proto-Estrela
Estágio inicial de uma estrela quando o gás e a poeira já se condensaram o
suficiente para brilhar, porém ainda não começou a fusão.
Protuberância
Arcos finos de gás lançados da fotosfera solar em direção à coroa.
Podem ser melhor apreciados através de um filtro H-alfa; possuem baixas
densidades e dão a impressão de estarem apoiados em campos magnéticos.
Próxima Centauri
Estrela mais próxima ao Sol, a uma distância de 4,23 anos-luz, aproximadamente
0,1 ano-luz mais próxima do que as outras estrelas. Esta estrela é uma anã
vermelha com magnitude de 10,7.
Ptolomeu Claudius Ptolemaeus (170 A.C.)
Astrônomo que escreveu sobre muitos assuntos incluindo matemática, ótica e
geografia. Em Almagest, Ptolomeu apoiou o modelo de Universo geocêntrico. Apesar
de ter estudado o modelo heliocêntrico, o rejeitou por não ter encontrado
evidências conclusivas.
Pulkovo, Observatório
Observatório russo fundado em 1718 que publicou estudos de ótima qualidade.
Pulsar
Fontes de rádio que apresentam características de repetição com uma regularidade
semelhante àquela dos relógios atômicos. Os pulsares são estrelas de nêutrons em
rotação situadas no centro dos remanescentes das supernovas. Atualmente são
conhecidos mais de 100 pulsares. A rotação dos pulsares diminui e desaparece
gradualmente num período de 10 bilhões de anos, sendo que os novos apresentam
períodos de poucos milissegundos (eles giram milhares de vezes por segundo) e os
mais antigos de 4 segundos. Enquanto a maioria emite ondas de rádio, apenas
alguns foram observados na luz visível e nos raios X.
Descobrimento
Em 1967, Jocelyn Bell era uma estudante graduada que trabalhava no
rádio-observatório Jodrell Bank, na Inglaterra. Ela fazia parte de uma equipe,
comandada por Antony Hewish, que estudava as cintilações nos quasares. Bell
notou cliques no gravador à medida que o telescópio pesquisava o céu. A equipe
descobriu diversas fontes que soavam como cronômetros. Durante poucos meses eles
brincaram com a idéia que eram luzes alienígenas, apelidando-as de "Pequenos
Homens Verdes". Mais tarde, os astrônomos consideraram a hipótese dos pulsares
se originarem de duas anãs brancas numa órbita próxima. Eles estavam tentando
fazer com que este modelo se encaixasse nas emissões observadas quando
encontraram a Pulsar do Caranguejo.
Clicando 30 vezes por segundo, a Pulsar de Caranguejo agita o centro da Nebulosa
de Caranguejo, uma remanescente da explosão de 1054 de uma supernova.
Percebeu-se que só uma estrela nêutron possui uma gravidade titânica para girar
tão rapidamente e permanecer intacta.
Formação e Estrutura
Quando ocorre o colapso de uma supernova, a gravidade e a pressão são tão
intensas que elas transformam o núcleo num tipo exótico de matéria chamada
"nêutron degenerado". A massa correspondente à de três sóis se comprime numa
bola do tamanho de uma pequena cidade. Se a estrela próxima apresenta qualquer
tipo de rotação, seu núcleo degenerado girará furiosamente. Além disso, se a
estrela possuir campo magnético, o pulsar resultante gerará um dínamo um milhão
de vezes mais potente.
A maior parte dos corpos celestes não tem seu campo magnético alinhado com seu
eixo de rotação. A Terra, por exemplo, possui um pólo norte geográfico e um pólo
norte magnético, separados por quilômetros de distância. Num pulsar, os íons se
movimentam espalhando ondas de energia sincrotron nos pólos magnéticos,
liberando um sinal como um farol cósmico. Para se ter uma visão mais clara de um
pulsar, pense num flash com um raio de luz de cada lado. Se você colocar este
flash de luz dupla sobre uma superfície e o girar o efeito será semelhante ao de
um pulsar. Se a Terra ficar alinhada com um dos raios de energia, os rádio
telescópios detectarão cliques à medida que a fonte de luz passar.
Os cientistas acreditam que as estrelas de nêutron possuem uma superfície
cristalina com poucos centímetros de espessura. Aqui, a gravidade e o magnetismo
são tão fortes que distorcem os átomos dando-lhes um formato semelhante ao das
agulhas. Sob a superfície há um oceano de super-fluido. Se você resfriar o hélio
até 4 K, ele se torna um super-fluido, com viscosidade zero. Coloque este
super-fluido em sua banheira, agite-o e deixe-o ficar. Quando você voltar, após
alguns meses, este hélio ainda estará girando da mesma forma.
Em direção ao núcleo há mais matéria estranha. Forças misteriosas alteram as
partículas fundamentais. Os pulsares constituem uma das estruturas mais exóticas
do Universo.
Puppis (Popa)
Constelação austral próxima à Cão Menor.
Pyxis (Bússola)
Constelação austral situada entre a Máquina Pneumática e Popa.


QSO (OQE)
Objeto Quase-Sideral ou Quasar.
Quarto Crescente
Fase de um planeta ou de uma lua entre a meia fase e a fase cheia.
Quarto Minguante
Fase da Lua quando ela está minguando e se assemelha a um semi-círculo
iluminado; uma das duas meias Lua (a outra é o Quarto Crescente).
Quasar
Fonte de emissão de rádio semelhante a uma estrela. O nome quasar é uma versão
moderna de Objetos Quase-Siderais Aproximadamente 200 quasares já foram
identificados. Em 1963, os astrônomos descobriram poderosas fontes de energia
que provinham de estrelas que pareciam comuns. Quando os espectros dos quasares
foram analisados utilizando-se recursos ópticos, foram descobertas estranhas
linhas de absorção. Maarten Schmitt percebeu que estas "estrelas de rádio"
emitem a maior parte desta energia na forma de luz visível, que vai se
transformando de luz avermelhada em ondas de rádio (Veja o Efeito de Doppler).
Grandes luzes avermelhadas implicam em enormes movimentos para longe da Terra,
e, aplicando a lei de Hubble, pode-se calcular que os quasares se localizam a
bilhões de anos-luz de distância, muito distantes das estrelas comuns.
Os astrônomos concluíram que se os quasares estão tão distantes e brilham com
tal intensidade, eles devem produzir enormes quantidades de energia. Um quasar
típico irradia uma quantidade de energia equivalente à de 100 galáxias. Além
disso, como sua luminosidade se altera num período de poucas horas, eles devem
ser tão grandes quanto nosso Sistema Solar. Os astrônomos discutem estas
observações, tentando descobrir que mecanismo poderia fornecer um dínamo.
Atualmente eles acreditam que os quasares sejam os núcleos de galáxias novas que
irradiavam quantidades incríveis de energia quando o Universo era novo.


Letra R


Radarastronomia
Técnica que utiliza as emissões de pulsos de microondas e a detecção e análise
do eco refletido pelos objetos celestes. Os astrônomos utilizaram radares para
analisar as chuvas de meteoros e para medir distâncias dentro do Sistema Solar.
Utilizando o grande radiotelescópio de Arecibo, foram enviados sinais para Vênus
capazes de penetrar suas nuvens e mapear sua superfície. Mais recentemente, as
sonda espacial Magellan circundou Vênus e fez um levantamento detalhado deste
planeta utilizando um tipo especial de radar.
Radiação
Veja Radiação Eletromagnética
Radiação Cósmica de Microondas de Fundo
Veja Radiação de Fundo.
Radiação de Fundo
Radiação infravermelha e de rádio que chega de todas as direções no espaço com
temperatura igual a 2,726 K (um pouco acima de zero absoluto). Acredita-se que
estas radiações sejam restos de energia deixados pelo Big Bang. Sua existência
foi descoberta por Gamow e Dicke e confirmada por Wilson e Penzias em 1965. Você
pode detectar esta radiação na TV. Se você sintonizar um canal que apresenta
apenas estática e tirar a luminosidade, então 1% do que você verá será radiação
deixada para trás pelo Big Bang.
Radiação Eletromagnética
Energia que viaja no vácuo à velocidade da luz e que é visualizada como uma onda
e um jato de partículas. Dependendo do tamanho de sua onda, a radiação magnética
tomará a forma de (do menor para o maior) ondas de rádio, microondas, luz
infravermelha, luz visível, ultravioleta, raios-X ou raios gama.
Radiação Sincrotron
Ondas de energia emitidas por partículas carregadas cujo curso foi alterado
quando elas se movimentavam numa velocidade aproximada à da luz. Em muitos casos
isto envolve elétrons espiralando ao redor das linhas do campo magnético. A
radiação sincrotron possui um espectro muito diferente do da radiação termal
(produzida por calor). Os cientistas observaram este fenômeno pela primeira vez
em aceleradores de partículas chamados sincrotrons. O comprimento de onda da
radiação depende da velocidade e do peso das partículas.
Os elétrons produzem mais radiação sincrotron do que partículas mais pesadas
como os prótons. Eles emitem radiação sincrotron nos campos magnéticos de
Júpiter, nas erupções solares, nos restos de supernovas e nas explosões de
galáxias e quasares. Alguns corpos celestes, como a Nebulosa de Caranguejo,
possuem um campo magnético tão poderoso que suas emissões sincrotron são
visíveis.
Radiante
Ponto a partir do qual parece irradiar uma chuva de meteoros. Os meteoros seguem
um curso paralelo, porém do nosso ponto de vista a linha parece voltar para uma
região, o radiante. O efeito é o mesmo dos trilhos de trem que parecem se unir
no horizonte. Embora os percursos permaneçam paralelos, eles parecem divergir a
partir de um ponto. O nome das chuvas de meteoros é dado de acordo com a
constelação em que está o radiante.
Rádioastronomia
Utilização das ondas de rádio para explorar o Universo. As ondas de rádio
abriram novas portas para os astrônomos e os levaram à descobertas fabulosas.
História
Em 1931, o engenheiro americano Karl Jansky estava tentando se livrar de um
ruído irritante nas comunicações de longo alcance. Ele eliminou as fontes
conhecidas de estática, tais como motores de carros e trovões. Observando que o
barulho parecia se repetir com a rotação da Terra, ele construiu uma antena
direcional e conclui que o ruído tinha origem extraterrestre.
Jansky havia descoberto uma poderosa fonte de ondas de rádio proveniente de
Sagitário. Seu trabalho inspirou o amador Grote Reber, que construiu o primeiro
radiotelescópio nas planícies do estado de Illinois. Apesar de ser pequeno, de
acordo com os padrões atuais, com ele foram localizadas muitas fontes de rádio.
Contudo, o trabalho de Grote passou despercebido pela comunidade astronômica
durante diversos anos.
Só após a 2a. Guerra Mundial os astrônomos começaram a estudar seriamente a
rádioastronomia. A guerra havia deixado muitos equipamentos e os astrônomos
usaram velhas peças para construir novos telescópios. Nascia então a ciência da
Rádioastronomia.
Características das Ondas de Rádio
O rádio forma o longo final do espectro eletromagnético, com ondas variando de
poucos centímetros até quilômetros. Estas longas ondas não são absorvidas ou
espalhadas pela atmosfera. Isto permite que os radiotelescópios possam
monitorá-las durante o dia e a noite. A radiação de rádio é gerada de duas
formas: térmica e não-térmica. A emissão térmica é resumida pela lei de Wein,
que diz que qualquer massa acima do zero absoluto irradia um espectro contínuo.
Corpos frios, como poeira e gás intersideral, emitem a maior parte de sua
energia na forma de rádio. As estrelas não liberam muita radio-energia por serem
muito quentes e brilharem principalmente em ondas visíveis e infravermelhas.
A outra forma de emissão de rádio é não-térmica. Ela advém de elétrons
acelerados e é a maneira pela qual uma torre de radiodifusão transmite os
sinais. As emissões não térmicas revelam violentos atos da natureza como jatos
de plasma ou restos de supernovas em expansão. Fontes como os pulsares
apresentam radiação sincrotron advinda de partículas carregadas aprisionadas num
forte campo magnético e movendo-se próximas à velocidade da luz. Correntes de
íons rodopiando para dentro de um buraco negro também liberam radio-energia
quando são dissipados.
Radarastronomia
Uma das primeiras utilizações da rádioastronomia foi nos radares. Os pulsos dos
radares revelaram que a superfície da Lua é granulada. Os astrônomos também
utilizaram os radares para medir as distâncias até os planetas situados próximos
ao Sol. Através da análise dos sinais de retorno, foram capazes de determinar os
períodos de rotação e até de identificar o movimento retrógrado de Vênus. Os
astrônomos também estudaram os meteoros com o auxílio de radares. Sua capa de
vapor é um excelente alvo para os radares já que o gás ionizado reflete ondas de
rádio, permitindo que sejam localizados mesmo durante o dia. Com isto foi
confirmado que os meteoros são partículas de poeira que orbitam o Sol.
Recentemente, a NASA lançou a sonda Magellan em direção a Vênus. A partir da
órbita, o satélite utilizou um radar para penetrar na espessa atmosfera e mapear
em detalhe a superfície.
Fontes Galácticas de Rádio
O céu está repleto de emissões de rádio. Com suas longas ondas, eles podem
penetrar a poeira intersideral que bloqueia outras formas de radiação. O núcleo
galáctico, por exemplo, é um grande emissor de rádio, como foi observado por
Jansky. Posteriormente, concluiu-se que o núcleo galáctico pode ser formado a
partir de quatro fontes. Os astrônomos acreditam que pelo menos uma destas
fontes é um enorme buraco negro. Seus sinais de rádio sugerem que ele esteve
ativo no passado e que agora está aguardando a aparição de novas nuvens.
A maior fonte de emissão de rádio é Cassiopéia A, situada na constelação com o
mesmo nome. Ela é o invólucro em expansão de uma supernova que explodiu por
volta de 1667, porém esta explosão não foi vista da Terra devido à camada de
poeira. A medida que as ondas de choque passam para o meio intersideral que a
circunda, ondas de rádio são liberadas por seu gás quente. Outros restos de
supernova que são fortes emissores de ondas de rádio são a Nebulosa do Véu de
Noiva e a Nebulosa de Caranguejo.
Na Nebulosa de Caranguejo há também um pulsar, chamado Touro A, que se situa no
centro e gira 30 vezes por segundo. O pulsar é uma estrela de nêutrons em
rotação que libera ondas de rádio a partir de seus pólos magnéticos. Quando um
destes pólos se volta para a Terra, os radiotelescópios detectam ruídos
semelhantes ao das metralhadoras.
Os radioastrônomos muitas vezes procuram sinais sonoros de origem menos
violenta. As nuvens intersiderais compostas por gás de hidrogênio emitem ondas
de rádio de 21 cm quando seus prótons e elétrons se deslocam. Os astrônomos
analisaram esta radiação para mapear os braços espirais da Via Láctea. Eles
descobriram que dois destes espirais são gerados pelo núcleo ovalado e que o Sol
se situa entre eles. As ondas de rádio também permitem que os astrônomos
analisem locais distantes de nossa galáxia.
Fontes de Rádio Extragaláctica
Quando os astrônomos direcionam seus telescópios para além da Via Láctea, eles
encontram um Universo vivo com grandes explosões. Um corpo celeste chamado Cisne
A desvendou o domínio das radiogaláxias.
As radiogaláxias não foram percebidas pelos astrônomos óticos. Somente após
serem pressionados pelos radioastrônomos foi que eles examinaram as fotografias
que mostravam jatos de plasma. Cisne A, a primeira radiogaláxias a ser
descoberta, tem dois núcleos. Outras radiogaláxias mostram lobos de radiação
sincrotron saindo de seus núcleos. A galáxia Virgo A (M87), localizada no centro
do super-aglomerado de Virgem, emite fortes ondas de rádio. Os cientistas viram
plasma saindo de seu núcleo e acreditam na existência de um grande buraco negro.

Mais ativas do que as radiogaláxias são as galáxias Seyfert, observadas pela
primeira vez por Carl Seyfert em 1943. Elas possuem núcleos ativos agitando-se
no centro. Elas fornecem uma ligação entre as galáxias normais e os quasares.
Durante muitos anos os quasares foram confundidos com estrelas normais. Contudo,
quando os astrônomos viram seus espectros, ficaram chocados pois estas
"estrelas" não possuem linhas de absorção. Então Maarten Schmidt percebeu que os
quasares são emissores de rádio tão poderosos porque, apesar de irradiar em luz
visível e ultravioleta, as ondas são avermelhadas transformando-se em ondas de
rádio. Isto implica em elas retrocederem a velocidades muito altas e, portanto,
de acordo com a lei de Hubble, devem estar muito distantes. Como os quasares são
tão brilhantes e estão tão longe, eles devem produzir quantidades incríveis de
energia.
Rádioastronomia Cosmológica
Quando a teoria do Big Bang foi formulada nos anos 40, ela previu que a primeira
radiação seria formada por luzes avermelhadas que se transformam em rádio. Esta
previsão foi esquecida até 1964 quando dois físicos, que trabalhavam no
laboratório Bell, tentavam eliminar um desagradável ruído de rádio na
comunicação. Arno Penzias e Robert Wilson tropeçaram na radiação cósmica de
fundo. Apelidada de "Eco do Big Bang" essa radiação parecia vir de todos os
pontos do céu. As primeiras flutuações só foram detectadas recentemente quando o
satélite COBE (Explorador de Radiação Cósmica de Fundo) detectou uma mudança em
sua força de 1/100.000. O encontro da radiação cósmica de fundo solidificou a
teoria do Big Bang, tornando-a o mais aceito modelo de formação do Universo.
Rádio-galáxias
Galáxias com aparência normal que possuem nuvens que emitem ondas de rádio a
partir de seus núcleos. A energia do núcleo faz com que estas nuvens produzam
radiação sincrotron. Uma das teorias diz que um buraco negro expele partículas
da galáxia, e, a medida que as partículas vão para o gás que circunda a galáxia,
elas emitem ondas de rádio.
Radiotelescópio
Equipamento que coleta ondas de rádio emitidas pelos corpos celestes e as
converte em sinais elétricos, que podem ser utilizados para produzir imagens.
Devido ao fato das ondas de rádio serem milhões de vezes mais longas do que a
luz visível, são necessários telescópios muito maiores para obter a mesma
resolução. Contudo, os radiotelescópios não precisam ser construídos com
precisão absoluta como os telescópios óticos, e alguns chegam a utilizar redes
de arame para focar as ondas. Os radiotelescópios são a espinha dorsal da
rádioastronomia, uma ciência que existe desde os anos 40.
Grote Reber construiu o primeiro radiotelescópio e com ele encontrou muitas
fontes de rádio. Apesar de ter publicado suas descobertas em 1940, elas foram
ignoradas pelos astrônomos.
A Segunda Guerra Mundial fez com que os astrônomos tivessem acesso a muitos
equipamentos de rádio. Utilizando peças encontradas, eles construíram os
primeiros radiotelescópios, que pareciam um amontoado de linhas unidas com
arame. Eles apostaram na rotação da Terra para varrer o céu.
Nos anos 50 e 60 surgiram muitos telescópios móveis. Nos Estados Unidos o centro
de desenvolvimento dos radiotelescópios era em Green Bank, no Estado de
Virgínia, enquanto na Inglaterra localizava-se em Jodrell. Os grandes esqueletos
dos radiotelescópios atingiram 80 metros de extensão. Nos anos 70, surgiu a
tendência de juntar-se uma série de pequenos telescópios em rede. O maior e mais
sensível radiotelescópio existente localiza-se no deserto do Novo México,
próximo a Socorro.
Para obter uma boa resolução, atualmente os astrônomos utilizam uma Grande Rede
de Interferômetros composta por dez antenas, situadas desde o Havaí até o
nordeste do Canadá e as Índias Ocidentais, para unir imagens geradas por
telescópios separados por milhares de quilômetros, através do uso de um
computador, alcançando resoluções de imagens sequer sonhadas nos anos sessenta.
Esta combinação de antenas permite um desempenho similar ao de um telescópio
espacial situado a 13.300 km (8.000 milhas) de distância com uma resolução de
0,2 milissegundos de arco.
Raio Cósmico
Radiação composta por partículas carregadas cuja origem exata é desconhecida.
Esta radiação é composta por prótons (o núcleo dos átomos de hidrogênio),
partículas alfa (o núcleo dos átomos de hélio), núcleos de outros átomos (tais
como o berílio, o boro e o lítio), elétrons, pósitrons e alguns anti-prótons.
As partículas que formam o raio cósmico movem-se quase à velocidade da luz. A
origem desses raios cósmicos ainda não foi desvendada. Acreditava-se que eles se
originavam das supernovas, porém esta teoria foi rechaçada. Atualmente,
considera-se que as partículas dos raios cósmicos atingem altos níveis de
energia quando elas surgem a partir de choques de ondas magnéticas. A medida que
elas circulam por aí, as partículas acumulam energia gerada pelo choque de ondas
magnéticas, as quais, por sua vez, receberiam a energia das supernovas. Contudo,
a veracidade desta teoria está sendo questionada já que ela não consegue
explicar o porquê de algumas destas partículas terem um nível tão elevado de
energia.
Raio de Schwarzschild
Raio do horizonte de eventos num buraco negro. Quando a luz ou a matéria passam
pelo Raio de Schwarzschild, não conseguem escapar do empuxo gravitacional do
denso corpo porque, dentro do raio, a velocidade de fuga é maior do que a
velocidade da luz. Como, de acordo com a Teoria da Relatividade de Einstein, a
matéria não consegue atingir a velocidade da luz, se um corpo celeste tiver uma
velocidade de fuga maior do que a velocidade da luz, nada poderá escapar de sua
força gravitacional.
O Raio Schwarzschild do Sol tem 3 km (2 milhas) , enquanto o da Terra é de 3 cm.
Isto significa que a Terra teria que ser comprimida numa bola de 3 cm. O núcleo
de uma estrela tem que ser comprimido em seu Raio Schwarzschild, durante a
explosão de uma supernova, para transformar-se num buraco negro.
Raios Crepusculares
Raios solares do amanhecer ou anoitecer. Eles são ocasionados pela luz que passa
através das nuvens e que reflete a poeira atmosférica.
Ranger
Série de nove sondas americanas enviadas para fotografar a Lua entre 1961 e
1965.
Refração
Curvatura da luz. Algumas cores e alguns comprimentos de onda se curvam mais do
que outros.
Regiões HI, HII
Nuvens intersiderais contendo hidrogênio, que é resfriado e desionizado (neutro)
em HI, e aquecido e ionizado em HII (algumas vezes chamada de nuvem de emissão).
As regiões HII freqüentemente apresentam uma cor vermelha brilhante como pode
ser vista em muitas fotografias do espaço profundo.
Regulus
Estrela mais brilhante da Constelação de Leão. Chamada de Estrela Rei por
Copérnico, possui brilho azul esbranquiçado e magnitude de 1,36. Seu diâmetro é
3,8 vezes superior ao do Sol e situa-se a 84 anos-luz de distância. Regulus
apresenta uma temperatura de superfície de 20.000º C (36.000º F). Duas estrelas
companheiras, com magnitudes 7,64 e 13,0 orbitam Regulus.
Réia
Segunda maior lua de Saturno. Ela foi descoberta em 1672 por Giovanni Cassini, é
a sexta lua em distância de Saturno e completa uma órbita a cada 4,5 dias. Réia
possui um diâmetro de 1.530 km (949 milhas) e sua distância média de Saturno é
de 527.040 km (326.765 milhas). Durante sua órbita, Réia mantém sua face
composta por gelo e crateras voltada para Saturno e seu lado escuro não é
mostrado.
Relação Focal (relação f)
Distância focal do espelho ou da lente dividida pela sua abertura. Quanto maior
a relação focal, maior é o tubo, menor é o campo de visão e pior é a imagem.
Relação Massa-Luminosidade
Tendência geral das estrelas mais volumosas e com maior massa de apresentarem
uma magnitude absoluta superior.
Relação Período-Luminosidade
Relação entre a massa, a magnitude absoluta e o período de pulsação das
variáveis Cefeu, descoberta por Henrietta Leavitt em 1912. Quanto mais brilhante
for uma variável Cefeu, mais longo será seu período. Edwin Hubble utilizou esta
relação para encontrar a distância até a galáxia de Andrômeda.
Relatividade
Teoria, proposta por Albert Einstein, que modificou a história: ela descreve o
tempo e o espaço e como o movimento e a gravidade os afetam.
Em 1905 Einstein publicou sua Teoria Especial da Relatividade, que dizia que
todos os observadores encontrarão o mesmo valor para a velocidade da luz,
independente da velocidade em que viajarem. Ele deduziu que o tempo deveriam
passar de forma diferente para cada observador, e que dois observadores, um
parado e outro em movimento, calcularão o mesmo acontecimento de forma
diferente. Segue-se a isto a idéia de que o tempo observado por pessoas cuja
velocidade se aproxima à da luz será mais lento. Se isto não acontecesse, eles
encontrariam um valor menor para a velocidade da luz do que as pessoas que
estivessem paradas. (Se você ficar parado à beira de uma rodovia, um caminhão
parece estar trafegando a 55 km/hora. Se você estiver dirigindo nesta rodovia ao
lado do caminhão ele parecerá estar parado. Da mesma forma, a medida que as
pessoas se aproximam da velocidade da luz, elas (e todos os objetos que
estiverem com elas) se tornarão mais curtos. Isto também assegura que a
velocidade da luz permaneça constante. Se você estiver parado segurando uma
bastão com um metro de comprimento e pedir ao seu irmão para correr de uma ponta
até a outra, ele percorrerá um metro. Se você estiver correndo segurando este
mesmo bastão e disser a seu irmão para correr de uma ponta até a outra, ele
percorrerá mais de um metro. Se você reduzir o tamanho do bastão, ele percorrerá
apenas um metro apesar de ter que correr para lhe alcançar.
A famosa equação de Einstein E = mc² (A energia é igual à massa multiplicada
pela velocidade da luz ao quadrado) levou os cientistas a imaginarem como as
estrelas brilham. Também os levou a construir usinas e bombas atômicas.
Em 1915 Einstein publicou sua Teoria Geral da Relatividade, que descreve a
gravidade como sendo conseqüência da massa. Einstein escreveu que a massa
distorce o tempo e o espaço, criando a gravidade. Esta teoria também diz que a
luz atravessará as linhas curvas e irá em direção a um corpo volumoso. Isto foi
confirmado em 1919 quando, durante um eclipse total, Sir Arthur Eddington
fotografou a luz das estrelas vagando na superfície do Sol. O raio se curvava
exatamente como fora predito na Teoria da Relatividade.
Na maior parte das circunstâncias, a energia prevista pelas Leis de Newton
funciona bem. Muitos físicos confessam que preferem os princípios simples de
Newton à Teoria da Relatividade de Einstein. Contudo, quando a força
gravitacional é intensa, somente a Teoria da Relatividade dá bons resultados.
Além disto, ela consegue prever a existência de corpos estranhos como os buracos
negros. Por tudo isto, a relatividade é a teoria mais aceita para descrever o
tempo e o espaço.
Resolução
Capacidade do telescópio de distinguir dois objetos próximos. Há contudo um
limite para a capacidade de resolução dos telescópios terrestres em relação aos
corpos celestes, pois a atmosfera embaça a imagem e prejudica a resolução. Por
orbitar acima da atmosfera terrestre o Telescópio Espacial Hubble consegue
mostrar detalhes que não podem ser vistos com os telescópios situados na Terra.
Reticulum (Retículo)
Pequena constelação austral.
Rigel
Estrela mais brilhante da Constelação de Órion e sétima estrela, em brilho, dos
céus. Esta super-gigante azul brilha a uma magnitude de 0,8, é 78 vezes maior do
que o Sol, e situa-se a 850 anos-luz de distância. Rigel possui muitas
companheiras. Uma delas apresenta magnitude de 7,7 e outra é uma binária
espectroscópica com um período de 9,9 dias.
Rigil Kent
Veja Alfa Centauro
Rigil Kentaurus (Pé do Centauro)
Nome árabe da estrela Alfa Centauro.
Roemer, Ole ou Olaus ou Olaf (1644-1710)
Astrônomo dinamarquês que, em 1676, determinou a velocidade da luz. Em 1672,
quando trabalhava como membro da equipe do Observatório de Paris, Roemer notou
que a duração do eclipse das luas de Júpiter era algumas vezes mais curto e
outras mais longo do que o projetado. Ele acreditava que estas diferenças eram
provocadas por variações nas distâncias entre Júpiter e a Terra, que faziam com
que a luz percorresse distâncias diferentes. A partir disto, ele calculou que a
luz viajava a 225.000 km (140.000 milhas) por segundo. Apesar deste valor estar
abaixo do utilizado atualmente, ele representa a primeira vez em que alguém
considerou a velocidade da luz finita.
Rotação
Giro de um corpo celeste sobre seu eixo. A Terra, por exemplo, gira sobre uma
linha imaginária traçada entre seus dois pólos a cada 24 horas.
Rotação Diferencial
As várias partes que compõem os objetos gasosos girando a velocidades
diferentes. Isto ocorre nas estrelas, no planetas gasosos e nas galáxias. Por
exemplo, o Sol, Júpiter e Saturno apresentam rotação diferencial. Contudo, todas
as partes de objetos sólidos com a Terra, tem, necessariamente, que girar na
mesma velocidade,
Rotação Sincrônica
Uma condição que ocorre quando os períodos de rotação e revolução de um satélite
são iguais. A Lua, por exemplo, mostra a mesma face para a Terra devido à sua
rotação sincrônica. Num futuro distante a força das marés fará com que a Terra
apresente uma rotação sincrônica, sempre mostrando a mesma face para a Lua.
Roupa Espacial
Vestimenta utilizada pelos astronautas para protegê-los do vácuo do espaço. Ela
funciona como uma espaçonave pessoal já que fornece ar, mantém uma temperatura
confortável e protege os astronautas das radiações mortais. Esta vestimentas são
feitas com camadas de nylon, alumínio e plástico e possuem articulações, pois
elas endurecem quando infladas.
As primeiras roupas espaciais, utilizadas nas missões Mercury, eram adaptações
dos uniformes para altas altitudes, e podiam ser inflados numa emergência. As
roupas mais modernas do projeto Gemini possuíam um cordão umbilical para
pressurizar os astronautas. Os primeiros passeios lunares americanos foram
feitos com estas roupas. Contudo, na Lua os astronautas utilizaram um Sistema
Portátil de Manutenção da Vida ao invés do cordão umbilical. Os trajes lunares
foram projetados para condições extremas. Eles possuem uma camada externa de
material anti-abrasivo, camadas de material isolante e uma proteção contra
micrometeoritos. O capacete possui um anel de acoplamento, correias de segurança
e um revestimento de ouro para refletir o calor e a luz. As luvas e as botas
também possuem uma proteção extra para os astronautas poderem passar e andar
sobre as rochas.
Ante do advento do ônibus espacial, todos os trajes eram confeccionados sob
medida. Atualmente, os astronautas dividem uma coleção de trajes modulados.
Peças como as luvas e os capacetes são ajustados para cada astronauta antes de
cada decolagem. Cada traje é independente e protege o astronauta durante 8
horas.


Letra S


Saco de Carvão
Nebulosa escura com 40 anos-luz de extensão, situada a 400 anos-luz, e que
aparece como um buraco no céu circundando o Cruzeiro do Sul. Esta aparência de
buraco advém do fato desta nuvem de gás, cuja massa é 100 vezes superior à do
Sol, bloquear ou reduzir a luz das estrelas que se encontram atrás dela.
Sagan, Carl Edward (1934-1996)
Astrônomo e biólogo americano que popularizou a astronomia e acreditou na
possibilidade de existir vida em outras regiões do Universo. Ele também
demonstrou um possível começo para a vida na Terra, produzindo aminoácidos
através do aquecimento solar de uma mistura de amônia, sulfito de hidrogênio,
metano e água.
Sagitta (Flecha)
Pequena constelação boreal situada entre as Constelações da Raposa e da Águia,
que representa um flecha disparada por Hércules em direção a Vega. Apesar de ser
uma constelação pequena e esmaecida, foi uma das 48 constelações descritas por
Ptolomeu a mais de 2.000 anos.
Sagittarius (Sagitário)
Constelação zodiacal austral situada próxima à Coroa Austral que representa um
ser metade homem, metade cavalo lançando uma flecha. Esta constelação, que é
mais visível no verão, contém a Nebulosa da Lagoa (M8), a Nebulosa Ômega (M17),
e a Nebulosa Trífida (M20). Nela encontra-se também a fonte de rádio Sagittarius
A, considerada o centro de nossa galáxia. O Sol atinge seu ponto mais ao sul
enquanto está em Sagitário, por volta do dia 22 de dezembro (o solstício de
inverno).
Sagittarius A
Nome de uma fonte brilhante de rádio considerada o centro da Via Láctea. Foi a
descoberta da origem da estática de rádio que levou Karl Jansky a criar a
rádioastronomia nos anos 30.
Salyut
Série de estações espaciais soviéticas, lançadas a partir de 1971, construídas a
partir de três cilindros de 2 m e 3 m de comprimento e 4 m de diâmetro. A
estação espacial mede 12 m de comprimento e foi lançada pelo foguete soviético
Próton. As missões Salyut levavam equipamento para pesquisas astronômicas e
biológicas.
Saros
Ciclo de 6.585,3 dias (18 anos e 11,3 dias) durante o qual o Sol, a Lua e a
Terra retornam para as mesmas posições relativas e os eclipses se repetem.
Satélite
Qualquer corpo pequeno que orbita um corpo celeste maior. Os satélites podem ser
naturais, como a Lua, ou artificiais, como o ônibus espacial. O primeiro
satélite artificial, lançado no dia 4 de outubro de 1957, foi o Sputnik I
soviético. O primeiro satélite americano foi o Explorer I, lançado em 31 de
janeiro de 1958.
Satélites dos Planetas
Veja nos itens que descrevem cada planeta em separado.
Satélites Cosmos
Descendentes da série de satélites soviéticos Sputnik. Os satélites Cosmos
fizeram sua primeira aparição em 16 de março de 1962.
Satélites de Comunicação
Equipamentos colocados em órbita que permitem a comunicação a nível mundial sem
a utilização de cabos. Para que a comunicação se estabeleça, sinais de
microondas são enviados de um local para o outro a partir do satélite. Os sinais
de microondas que levam as mensagens dos e para os satélites são chamados ondas
portadoras. Cada onda portadora pode transportar milhares de mensagens, e essas
ondas podem ser enviadas em muitas freqüências. Como um satélite de comunicação
não consegue abranger mais do que um terço do mundo, são necessários
aproximadamente três satélites para cobrir o mundo todo.
Satélites de Exploração
Série científica de 55 satélites que foram lançados entre 1958 e 1975. Esses
lançamento foram iniciados pela Agência de Projetos Avançados de Pesquisa (ARPA)
e continuados pela NASA. As conquistas destes satélites incluem a descoberta dos
cinturões de radiação Van Allen da Terra (pela Explorer 1) e as primeiras
fotografias feitas da Terra no espaço (pela Explorer 6).
Satélites de Navegação
Satélites capazes de determinar a posição de qualquer objeto na Terra com
precisão milimétrica. Eles funcionam utilizando o efeito de Doppler. Eles emitem
sinais a intervalos regulares, e, como a posição do satélite é conhecida,
calculando-se o tempo que o sinal leva para chegar até o local onde se está, um
computador pode determinar onde estamos. Quanto mais satélites de navegação,
mais acuradas serão as determinações das localizações.
Satélites Eco
Série de satélites refletores passivos de comunicação que foi iniciada com o Eco
1 em 12 de agosto de 1960. O satélite Eco 2 resultou da primeira associação
espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Satélites Meteor lógicos
Equipamentos que orbitam a Terra e geram fotografias de nuvens e tempestades.
Com o auxílio de antenas e fitas de áudio ou computadores pessoais, os cidadãos
comuns podem interceptar as informações fornecidas pelos satélites
meteorológicos e fazer previsões do tempo.
Saturno
Sexto planeta em distância a partir do Sol, famoso por seus brilhantes anéis.
Saturno é uma esfera gasosa composta principalmente por hidrogênio e hélio.
Devido à sua rápida rotação diferencial de 10 horas e 14 minutos no equador e 10
horas e 40 minutos próximo aos pólos, Saturno assume uma forma achatada (com um
diâmetro equatorial de 120.660 km ou 74.975 milhas e um diâmetro polar de
108.000 km ou 66.960 milhas). O raio médio de Saturno é de 57.316 km ( 34.390
milhas). A uma distância média de 1.427.010.000 km (886.703.000 milhas) do Sol,
Saturno leva 29,5 anos para completar uma órbita. Se você quisesse orbitar
Saturno, sem ser tragado por sua força gravitacional, teria que viajar a uma
velocidade de 36,0 km (21,6 milhas) por segundo.
Saturno e Júpiter podem ter favorecido a vida na Terra. Atualmente, uma grande
cometa atinge a Terra uma vez a cada 100 milhões de anos. Se Saturno e Júpiter
não desviassem os cometas que vem em direção à Terra, ela seria atingida por uma
grande cometa a cada 100.000 anos. Estes grandes cometas causariam a destruição
de tudo que vive na Terra, evitando a evolução.
Estrutura
Quando olhado através de um telescópio Saturno apresenta uma cor
amarelo-esbranquiçada. Os anéis de Saturno, que possuem muito menos detalhes do
que os de Júpiter, podem ser vistos através de um telescópio de tamanho médio.
As cores de Saturno são menos distintas que as de Júpiter devido à menor
presença de amônia em sua atmosfera superior. Por causa da grande distância que
separa Saturno do Sol, os topos de suas nuvens tem uma temperatura gélida de
-170º C (-250º F). Em conseqüência, há pouca atividade, ao contrário do que
acontece em Júpiter, embora a cada poucos meses apareçam manchas claras e
escuras no topo das nuvens. A última grande erupção aconteceu em 1991 quando
toda a região equatorial ficou iluminada. Parece que ocorrem grandes tempestades
a cada 27/30 anos, que duram alguns anos.
A atmosfera de Saturno é tão fria que a amônia se cristaliza formando nuvens na
atmosfera. A atmosfera externa é composta por hidrogênio, hélio e metano. Os
astrônomos acreditam que Saturno possua um núcleo sólido formado por ferro e
rocha, com diâmetro de 14.000 km (8.680 milhas), circundado por milhas de gelo e
hidrogênio metálico. Em seu centro, a pressão atinge 50 milhões de atmosferas, e
as temperaturas alcançam 15.000º C (27.000º F). Como acontece com Júpiter,
Saturno irradia mais energia do que a que recebe do Sol. Esta energia pode ter
sido deixada durante sua formação ou pode ser gerada pelo calor produzido à
medida que o planeta se contrai. Ela também pode ser gerada pela "chuva de
hélio" provocada por gotas de hélio descendo da atmosfera e liberando calor.
Os famosos anéis de Saturno são os mais belos de todo o sistema solar. Eles
parecem sólidos, porém são na verdade compostos por milhões de partículas que
circundam o equador de Saturno. Os anéis medem 275.000 km (170.000 milhas), de
ponta a ponta com apenas 1,6 km (1 milha) de espessura. Eles apresentam um
espaço escuro, chamado de Divisão de Cassini, provocado pelo arrasto da lua
Mimas de Saturno. Outra divisão nos anéis, a divisão Encke, parece ter uma lua
em sua órbita.
Os astrônomos constataram a existência de formas estranhas nos dois lados de
Saturno quando o viram pela primeira vez com o auxílio de telescópios, mas não
foram capazes de dizer o que eram. Galileo chamou essas estranhas formações de "
Orelhas". Christian Huygens, em 1655, descobriu que eram anéis. Ele também
percebeu que à medida que Saturno orbita o Sol, vemos os anéis de diferentes
ângulos. É como ver um Frisbee voando: primeiro você vê o topo, depois suas
beiradas e por último sua parte inferior. Embora Cassini tenha dito , no século
XVII, que os anéis de Saturno eram compostos por um sem número de satélites,
somente em 1859 os astrônomos demonstraram que os anéis não eram sólidos. Em
1895 o astrônomo americano James Keeler concluiu que diferentes partes dos anéis
mostravam efeitos de Doppler diversos, indicando que eles viajavam a velocidades
diferentes. Então, quando Saturno ocultou uma estrela, foi detectada luz desta
estrela passando através dos anéis, mostrando mais uma vez que eles não eram
sólidos. A luz da estrela também mostrou que algumas partículas estão mais
unidas do que outras, e então os astrônomos nomearam com letras cada tipo de
anel. Os anéis A e B são dois anéis grandes separados pela divisão de Cassini. O
anel D, que se situa dentro do anel C, é o mais próximo ao planeta e é composto
por tão poucas partículas que pode-se ver Saturno através dele. Os anéis são
compostos basicamente por partículas de gelo o que faz com que eles tenham um
albedo de 0,70, que é maior do que o de Saturno.
Luas de Saturno
Nome Distância do Centro de Saturno(em milhas)Raio (em milhas)
Pã80.1516
Atlas82.60212 x 6
Prometeu83.61242 x 30 x 24
Pandora85.02033 x 27 x 21
Epimeteu90.84042 x 30 x 24
Jano90.90066 x 60 x 48
Mimante111.300117
Encilado142.800150
Tétis176.820318
Telesto176.00010 x 8,5 x 9
Calipso176.00010 x 6,5 x 6,5
Díone226.500336
Helene226.50011 x 10 x 9
Réia316.200460
Titã733.0801.545
Hipérion888.600123 x 78 x 66
Jápeto210.780740
Febe7.771.20066

Nove luas de Saturno possuem discos grandes o suficiente para serem
classificados como tal. Os discos são compostos por pequenas partículas de gelo.
Saturno V
Foguete que lançou as missões Apolo com destino à Lua. Este enorme foguete tinha
111 metros de altura e pesava 2.850 toneladas. Desenvolvido em 1961, o Saturno V
possuía três estágios. O foguete era capaz de colocar uma carga de 150 tons na
órbita da Terra ou de 50 tons na Lua. Este, que foi o mais poderoso foguete já
construído, foi testado pela primeira vez no dia 9 de novembro de 1967, com a
colocação de um falso módulo de comando em órbita. O foguete levava 3.450.000 kg
de combustível, lançou todas as missões lunares e colocou a Skylab em órbita. Os
foguetes Saturno V foram lançados do complexo 39, no Cabo Canaveral, o mesmo
local de onde são lançados atualmente os ônibus espaciais.
Saturno, Foguetes
Conjunto de poderosos foguetes que foram utilizados nos vôos espaciais
tripulados durante o programa Apolo. Saturno 1 foi o primeiro foguete
desenvolvido pelos Estados Unidos especificamente para vôos espaciais.
Schiaparelli, Giovanni Virginio (1835-1910)
Astrônomo italiano que, em 1877, percebeu a existência de linhas na superfície
de Marte. Ele as chamou de "canali", palavra italiana que significa "canais". O
nome foi erroneamente traduzido para o inglês como "canal", que significa "canal
de água", o que fez com que muitas pessoas pensassem que eles haviam sido
construídos por seres inteligentes. Este erro inspirou Percival Lowell a
formular a hipótese de que uma raça em extinção habitava Marte e construiu os
canais para levar água dos pólos para o equador. Schiaparelli, que não
acreditava na teoria de Lowell, continuou a mapear Marte e a dar nome às
características de sua superfície. Ele também observou Mercúrio e Vênus e
concluiu que os dois planetas tinham sempre a mesma face voltada para o Sol, o
que foi desmentido recentemente.
Schiaparelli tornou-se mais conhecido pela descoberta de que os meteoros liberam
chuvas de meteoros em sua esteira. Ele explicou que o cometa 1861 III provocava
a chuva de meteoros Perseid e que o cometa 1866 I provocava a Leonid.
Schmidt, Maarten (1929)
Astrônomo dinamarquês, naturalizado americano, que foi a primeira pessoa a
perceber que os quasares eram grandes emissores de ondas de rádio devido ao seu
enorme rastro avermelhado.
Schwarzchild, Karl (1873-1916)
Astrônomo alemão conhecido por seu trabalho sobre a estrutura e o transporte de
calor do interior das estrelas. Ele é famoso por ter solucionado as equações da
Teoria da Relatividade de Einstein em seu leito de morte. Sua explicação para a
existência do buraco negro, cujo raio leva seu nome, diz que quando a matéria é
comprimida em seu Raio Schwarzschild ela entre em colapso e forma um buraco
negro.
Schirra, Walter Marty, Jr. (1923)
Único astronauta a voar nas missões Mercúrio, Gemini e Apolo. Ele foi um dos 7
astronautas do projeto Mercúrio escolhidos em 1959.
Scorpius (Escorpião)
Brilhante constelação zodiacal situada do lado oposto de Órion. Em Escorpião
encontram-se muitos objetos celestes interessantes como a estrela triple Beta de
Escorpião, as estrelas duplas Mu e Ômega de Escorpião, mais brilhante fonte de
raios X, SCO X-1, e os aglomerados siderais M4 (aglomerado globular) e M6
(aglomerado aberto). No centro fica Antares, sua estrela mais brilhante. Esta
constelação representa o escorpião que matou Órion.
Scott, David Randolph (1932)
Comandante da missão Apolo 15. Ele e o astronauta James Benson Irwin, exploraram
a Lua durante 18 horas e percorreram 27 km (17 milhas) num jipe lunar. Eles
permaneceram na Lua durante 2,75 dias. Durante este tempo, Scott deixou cair um
martelo e uma pena e demonstrou que, sem a resistência do ar, os dois atingiam a
superfície ao mesmo tempo.
Sculptor (Escultor)
Esmaecida constelação austral, situada ao norte da Constelação da Baleia, que
contém o pólo sul galáctico (o ponto a 90º de latitude sul) e uma galáxia anã no
Grupo Local.
Scutum (Escudo)
Esmaecida constelação austral situada entre Águia e Serpente, mais visível no
verão. Escudo contém aproximadamente 200 estrelas e o maravilhoso aglomerado
M11.
Scutum, Nuvens de Estrelas
Veja Scutum.
Seqüência Principal
Linha diagonal no diagrama Hertzsprurg-Russell que aparece quando a temperatura
e o brilho de muitas estrelas são plotados num gráfico. A maior parte das
estrelas que existem atualmente são estáveis, fundindo continuamente hidrogênio
em hélio e compondo uma linha que se estende desde as quentes estrelas azuis, no
canto superior esquerdo do gráfico, até as frias estrelas vermelhas, no canto
inferior direito.
Selenografia
Ramo da astronomia que trata da Lua.
Serpens (Serpente)
Constelação situada no equador celestial que representa a serpente que está no
Serpentário. Esta constelação, mais visível na primavera e no verão, possui duas
partes: Serpens Caput (a cabeça) e Serpens Cauda (a cauda). A estrela dupla
Delta de Serpente, o brilhante aglomerado globular M5 (NGC5904) e M16 (NGC6611)
estão localizados nesta constelação.
SETI
"Search for Extraterrestrial Intelligence". Busca de Inteligência
Extraterrestre. Este projeto, dirigido pela NASA, utiliza os radiotelescópios
para captar sinais de civilizações alienígenas. O computador principal analisa 8
milhões de freqüências de rádio, procurando sinais que não sejam de origem
natural.
Sextans (Sextante)
Esmaecida constelação austral situada entre Leão e Hidra, mais visível na
primavera.
Shapley, Harlow (1885-1972)
Astrônomo americano que descobriu que a Via Láctea é muito maior do que se
imaginava e que o Sol não está localizado próximo a seu centro. Shapley chegou a
esta conclusão através da análise das Variáveis Cefeu nos aglomerados
globulares. Ele supôs que o Sol se situava a 50.000 anos-luz de distância do
centro da Via Láctea. Contudo, mais tarde ele descobriu que a poeira esmaecia o
brilho das estrelas, e calculou que a Via Láctea estaria a 100.000 anos-luz de
distância e o Sol a 30.000 anos-luz de seu centro. Estes valores são aceitos até
hoje.
Shepard, Alan Bartlett (1923)
Primeiro americano a ser lançado no espaço. Ele viajou na nave Freedom 7 num vôo
sub-orbital que durou um pouco mais de 15 minutos, que o levou a uma altitude de
187,5 km (116,5 milhas). Em fevereiro de 1971, ele comandou a missão Apolo 14.
Shepard e Edgar Dean Mitchell fizeram dois passeios lunares totalizando 9,25
horas. Eles exploraram a cratera Cone para coletar amostras. Shepard se
aposentou em 1974.
Siderita
Meteorito de ferro. As sideritas são compostas por uma mistura de ferro e níquel
com traços de carbono, cobalto, cobre e fósforo. As sideritas são massas sólidas
com densidade 7,8 vezes superior à da água. Elas são classificadas de acordo com
seu teor de níquel: as com 5-6% de níquel são os hexaedros, as com 6-20% de
níquel são as octaedritas e os que tem mais de 20% de níquel são os aerólitos.
Todos os meteoritos de ferro se formam dentro de um asteróide e se cristalizam
lentamente. As sideritas provavelmente se formaram em asteróides que colidiram e
se despedaçaram a mais de 1 milhão de anos.
Siderólito
Meteorito formado por uma mistura de ferro e minerais rochosos.
Siding Spring, Observatório
Observatório australiano situado a 1.165 m acima do nível do mar. Ele fornece
uma majestosa visão do hemisfério sul e está localizado a 28 km (18 milhas) da
cidade de Cooabarabran, no estado de New South Wales.
Singularidade
Teoria que prevê que a matéria pode ser comprimida em um ponto com volume zero.
Toda a massa de um buraco negro se concentra neste ponto, forçando o tempo e o
espaço se curvarem sobre si mesmos. Os cientistas também acreditam que toda a
massa do Universo estava contida em singularidade antes do Big Bang. As leis da
física conhecidas não se aplicam à singularidade.
Síntese da Abertura
Utilizada na rádioastronomia para superar a dificuldade de movimentação dos
grandes telescópios. Diversas antenas são colocadas em uníssono com o auxílio de
um computador e os dados gerados são resumidos.
Sirius
Estrela mais brilhante do céu noturno, com magnitude de -1,47, também chamada de
Estrela do Cão. Estando localizada a uma distância de 8,7 anos-luz, é a quinta
estrela mais próxima do Sol. A temperatura de sua superfície é de 11.000º C
(20.000º F). Situada na Constelação de Cão Maior, Sirius é 1,76 vezes maior do
que o Sol e possui uma massa que eqüivale a 2,32 vezes a do Sol. Seu brilho é 23
vezes superior ao do Sol. Sirius possui uma companheira anã branca, com
magnitude de 8,4. As duas estrelas orbitam uma à outra a cada 50 anos.
Muitas civilizações antigas utilizaram Sirius para marcar o tempo. Os egípcios,
por exemplo, esperavam Sirius aparecer: ela assinalava a enchente anual do rio
Nilo.
Sistema Catadióptrico
Tipo de telescópio, basicamente um telescópio refletor, que combina
características refletoras e refratoras. Foi desenvolvido nos anos 40 por
Bernard Schmidt.
Sistema de Manutenção da Vida
Equipamento que simula as condições da Terra numa espaçonave e protege a
tripulação contra os perigos do espaço. Por exemplo, na cabine da nave espacial
este sistema cria um meio ambiente artificial que fornece aos astronautas ar
para respirar e água para beber. Os sistemas de aquecimento e resfriamento
fornecem proteção contra as temperaturas extremas encontradas no espaço. Todas
as espaçonaves tripuladas requerem algum tipo de sistema para manutenção da
vida.
Sistema Sideral Triplo
Grupo de três estrelas que orbitam um único centro de massa.
Sistema Solar
Família de planetas, asteróides e cometas que orbitam o Sol. O Sol, que contém
mais de 99% da massa do sistema solar, situa-se no centro e comanda toda a
vizinhança por ser a única fonte de luz e calor. O Sol governa todas as
interações gravitacionais que ocorrem até a 2.400 anos-luz de distância de seu
centro.
Os cientistas classificam os planetas em dois grupos: terrestres e gigantes
gasosos. Os planetas terrestres (que significa semelhantes à Terra) são
Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Estes corpos rochosos são menores do que os
gigantes gasosos e possuem superfícies sólidas. Os astrônomos acreditam que,
como os planetas terrestres orbitam próximos ao Sol, eles tenham sido formados a
partir do que restou após o Sol ter liberado os elementos mais leves no centro
do sistema solar.
Os gigantes gasosos são enormes bolas de gás leve cujas camadas de gás se tornam
mais densas em direção ao núcleo. Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são gigantes
gasosos, porém Plutão não. Há uma grande lacuna entre Marte e Júpiter onde se
localiza o faixa de asteróides. Os asteróides, também chamados de planetesimais,
são pequenos corpos rochosos cujo diâmetro varia de poucos centímetros a 960 km
(600 milhas). Embora a maior parte dos asteróides esteja no cinturão principal,
cinturões menores como o grupo Apolo, o grupo Amor e o grupo Troiano também
circulam ao redor do Sol.
Os componentes finais da família solar são os cometas. Eles parecem bolas de
neve do tamanho de pequenas cidades. Estes corpos celestes apresentam órbitas
excêntricas que os levam, periodicamente, para perto do Sol. Durante suas
visitas, o Sol vaporiza suas superfícies, e eles criam longas caudas. A maior
parte dos cometas se encaixa na classificação de curta ou longa duração. Os de
curta duração visitam o sistema solar central freqüentemente, permanecendo
dentro do espaço delimitado pelos planetas mais distantes. O cometa de Halley,
com um período de 76 anos, é considerado um cometa de curta duração. Os cometas
de longa duração apresentam períodos de até 100.000 anos. Eles voam para longe
dos planetas retornando à nuvem Oort, que é uma nebulosa esférica composta por
poeira e gelo que restou quando da formação do sistema solar.
Sizígia
Conjunção ou oposição de um planeta, especialmente a Lua, com o Sol.
Skylab
Primeira estação espacial americana. A Skylab foi lançada no dia 4 de maio de
1973 numa órbita quase circular de 435 km (270 milhas). Após um minuto de vôo, a
blindagem contra micrometeoritos se soltou e foi destruída. Esta capa protetora
havia sido pintada com tinta branca para proteger a estação do superaquecimento.
A primeira tripulação salvou a Skylab colocando outra cobertura. Eles também
consertaram um painel solar defeituoso. A Skylab era composta por quatro módulos
e abrigava três tripulações, sendo que a última permaneceu durante 84 dias na
estação espacial. Em junho de 1978, as erupções solares aqueceram e expandiram a
atmosfera, tirando a Skylab de sua órbita. Em 1979 ela caiu no Oceano Índico.
Sociedade Astronômica Real
Organização britânica que congrega astrônomos e geofísicos profissionais. Ela
foi fundada em Londres, em 1820, por John Hershel. Durante o final do século XIX
muitos de seus membros eram famosos astrônomos amadores. Atualmente esta
organização promove encontros e publica trabalhos de pesquisas.
Sol
Estrela localizada no centro de nosso Sistema Solar. Ele contém mais de 99% de
toda a massa do sistema solar e controla a órbita dos planetas, dos cometas e
dos asteróides localizados a até 2.400 anos-luz de distância de seu centro.
Nosso Sol é uma das 200 bilhões de estrelas que habitam a Via Láctea. Ele se
situa a 23.000 anos-luz de distância do núcleo galáctico. Estas estrelas da
População I (relativamente jovens) se situam nos braços espirais e viajam a 250
km (150 milhas) por segundo. O Sol demora aproximadamente 240 milhões de anos
para circundar o núcleo.
Características Gerais
A Terra orbita o Sol a uma distância de 93 milhões de milhas. Por estar tão
próximo à Terra, o Sol é a única estrela a revelar as características de sua
superfície. Ele é uma estrela amarela média, com espectro do tipo G2,
temperatura de superfície de 5.700 K e temperatura interna de 15 a 20 milhões de
graus K. Ele aparece no céu com um brilho cegante, magnitude aparente de -26,5
(500.000 mais brilhante do que a Lua cheia), porém sua magnitude absoluta é de
apenas 4,6. Comparado às outras estrelas, o Sol é relativamente grande (80% de
todas as estrelas são anãs brancas), com diâmetro de 1.392.000 km ( 865.000
milhas), porém se comparado às estrelas gigantes ou super-gigantes ele se torna
pequeno. Ele é 109 vezes maior do que a Terra e seu volume um milhão de vezes
superior ao de nosso planeta. O Sol, com uma massa de 2,19 x 1027 toneladas é
330.000 vezes mais volumoso do que a Terra, mas sua densidade é apenas um quarto
a da Terra.
Por não ser uma esfera sólida, o Sol apresenta taxas de rotação diferentes de
acordo com a latitude. O Sol gira a cada 24,7 dias no equador, 28,2 dias nas
latitudes médias e 34 dias próximo aos pólos. O período de rotação sideral dura
25,38 dias. este período difere do que se vê da Terra porque enquanto o Sol
gira, a Terra revolve em sua órbita, e o Sol precisa se virar um pouco mais para
mostrar a mesma face. O tempo que o Sol leva para rodar o suficiente para
apresentar a mesma face à Terra por duas vezes é chamado de período sinódico e
eqüivale a 27,27 dias. O eixo de rotação do Sol apresenta uma inclinação de
7,25º com relação ao plano no qual a Terra orbita o Sol (eclíptica).
Camadas e Atmosfera da Superfície
A superfície do Sol, chamada de fotosfera, é composta por uma densa camada de
gás com alguns quilômetros de espessura. À medida que se penetra nesta camada, a
temperatura vai de 4.300 K a 9.000 K. Acima da fotosfera está a cromosfera, uma
região transparente formada por gás quente com 19.200 km (12.000 milhas) de
espessura. Aqui a temperatura atinge 1 milhão de graus K. Depois da cromosfera,
encontra-se a coroa solar, um quase vácuo contendo partículas de gás a uma
temperatura de 4 milhões de graus K. A coroa se espalha por milhões de
quilômetros acima da fotosfera e se transforma em vento solar, um fluxo de
partículas que foi detectado até na órbita de Júpiter.
O espectro do Sol possui milhares de faixas escuras de absorção chamadas de
linhas de Fraunhofer. Elas revelam a composição química da atmosfera do Sol. A
abundância de elementos mostra a natureza do gás a partir do qual o Sol se
formou: 90% de hidrogênio, 8% de hélio e 2% de elementos pesados. As mesmas
proporções de elementos pesados estão presentes tanto no Sol quanto na Terra.
Produção de Energia
O Sol produz 3,8 x 1038 erg de energia por segundo, sendo que cada centímetro da
fotosfera irradia uma quantidade de energia que eqüivale à de um motor de 9
cavalos. Esta quantidade é milhares de vezes superior à energia necessária para
acender todas as luzes das casas da Terra. A Terra está a uma distância tão
grande que ela intercepta apenas uma pequena quantidade desta energia. Mesmo
assim, cada metro quadrado da Terra recebe uma média de 1,3 quilowatt de
energia, valor este chamado de constante solar.
Durante séculos os cientistas debateram acerca de como é gerado o brilho do Sol.
Surgiram idéias como a queda de meteoros ou a existência de carvão
incandescente, porém estas explicações determinariam que o Sol poderia brilhar
durante poucos milhões de anos, e as evidências geológicas mostram que a Terra
existe a mais tempo. No início do Século XX, surgiu uma teoria baseada na famosa
equação de Einstein E = mc². As pessoas perceberam que apenas a fusão nuclear
poderia gerar energia para os 10 milhões de anos de idade do Sol.
Uma das reações que poderia energizar o núcleo, chamada cadeia próton-próton,
requer núcleos de hidrogênio em colisão que se transformam em hélio. Esta reação
está presente no núcleo das estrelas com temperatura inferior a 15 bilhões de
graus K. Nos núcleos mais quentes predomina o ciclo carbono-nitrogênio-oxigênio
(CNO). Estes elementos não se alteram porém eles auxiliam as estrelas a fundirem
hidrogênio em hélio e a gerar energia.
Os cientistas não sabem ao certo qual o tipo de reação que ocorre no núcleo
solar, porém sabem que ele transforma 4 milhões de toneladas de matéria em
energia a cada segundo e que possui massa suficiente para manter-se estável
durante os próximos 5 bilhões de anos. Depois, quando envelhecer, ele se
transformará num estrela gigante vermelha e brilhará por mais alguns milhões de
anos. Eventualmente suas camadas externas se soltarão e ele morrerá sob a forma
de uma anã branca.
Solstício
Época em que o Sol passa pela sua maior declinação boreal ou austral, e durante
a qual cessa de afastar-se do equador. Os solstícios situam-se, respectivamente,
no dia 22 de junho para a maior declinação boreal e no dia 22 de dezembro para a
maior declinação austral do Sol. No hemisfério sul, a primeira data se denomina
solstício de inverno e a segunda solstício de verão; e, como as estações são
opostas nos dois hemisférios, essas denominações são invertidas no hemisfério
norte.
Observar o nascimento do Sol no solstício de inverno, estando num local
construído com este intuito, pode ser uma experiência emocionante.
Sombra
1. Parte mais escura de uma sombra. As pessoas que estão numa determinada faixa
na Terra na sombra da Lua durante um eclipse solar vêem um eclipse total,
enquanto as que estão na parte da Terra na penumbra da Lua (sombra parcial) vêem
um eclipse parcial.
2. Parte mais escura e interna de uma mancha solar.
Sonda Espacial
Qualquer espaçonave-robô enviada para explorar o espaço, algum planeta ou a Lua.
A primeira sonda espacial a visitar a Lua foi a soviética Luna I em 1959. As
primeiras a serem enviadas para outros planetas foram as da série americana
Mariner. Esta sonda também foi a primeira a enviar informações sobre Marte,
seguindo-se depois as sondas Pioneer e Viking. A sonda soviética Venera foi a
primeira a aterrissar com sucesso em Vênus. Recentemente, a NASA lançou duas
sondas espaciais Voyager com destino a dois planetas externos: Magellan enviada
a Vênus e Galileu a Júpiter.
Sondas Espaciais Surveyor
Série de sete sondas-robô americanas que foram enviadas à Lua. A nave de
pesquisa tinha 3 metros de altura e se apoiava em três pernas de aterrissagem.
Ela levava painéis solares e uma antena na ponta de seu mastro. Quando a sonda
se aproximava da Lua um foguete a colocava em sua órbita. Três foguetes menores
reduziam a velocidade da sonda à medida que ela descia, fazendo-a aterrissar a
uma velocidade de 5 km (8 milhas) por hora. Na Lua seu peso era de 280 kg, 1/6
de seu peso na Terra.
Embora a Surveyor 2 tenha caído na Lua, assim como a Surveyor 4, estas sondas
nos forneceram uma grande quantidade de informações sobre a superfície lunar.
Cada missão levava uma câmera de televisão com um espelho móvel. A Surveyor 3 e
7 possuíam braços mecânicos para coletar amostras do solo lunar. As Surveyor 5,
6 e 7 possuíam caixas contendo produtos químicos para analisar o solo lunar.
Elas encontraram rochas de basalto, cuja existência foi confirmada
posteriormente pelas missões Apolo. O programa Surveyor mostrou que os seres
humanos poderiam alunar com segurança.
Sondas Espaciais Mariner
Série de sondas espaciais planetárias americanas que foram as primeiras a
visitar outros planetas. A Mariner 2 passou por Vênus em 1962. Tanto a Mariner 2
quanto a 5 efetuaram medições da densidade e da temperatura atmosférica de
Vênus. As sondas Mariner 4, 6, 7 e 9 fotografaram o Planeta Vermelho, Marte. A
Mariner 9 foi a primeira sonda espacial artificial a orbitar outro planeta. Até
o momento, as melhores fotografias que existem de Mercúrio foram tiradas pela
Mariner 10.
Sondas Espaciais Mariner
Série de sondas espaciais planetárias americanas que foram as primeiras a
visitar outros planetas. A Mariner 2 passou por Vênus em 1962. Tanto a Mariner 2
quanto a 5 efetuaram medições da densidade e da temperatura atmosférica de
Vênus. As sondas Mariner 4, 6, 7 e 9 fotografaram o Planeta Vermelho, Marte. A
Mariner 9 foi a primeira sonda espacial artificial a orbitar outro planeta. Até
o momento, as melhores fotografias que existem de Mercúrio foram tiradas pela
Mariner 10.
Soyuz
Série de 40 espaçonaves soviéticas tripuladas utilizadas para vôos de longa
duração entre 1967 e 1981. Ela era composta por três módulos: na frente - um
módulo de comando esférico, em seguida uma seção em forma de cone - utilizada
durante o lançamento e a aterrissagem, e, por último, um módulo de serviço que
abrigava os sistemas elétricos e os foguetes de propulsão. A espaçonave tinha 7
m de comprimento, espaço interno equivalente a 10,2 metros cúbicos e pesava
6.690 kg.
A Soyuz foi projetada inicialmente para colocar três cosmonautas em órbita, mas
quando da reentrada da Soyuz 11 em 1971 a cápsula perdeu pressão e matou a
tripulação. Desde então, ela transporta apenas dois astronautas.
Spica
Estrela mais brilhante da constelação de Virgem e a décima sexta estrela mais
brilhante dos céus. Também chamada de Alfa de Virgem, esta estrela
azul-esbranquiçada tem uma magnitude de 0,96. Ela é 8 vezes maior do que o Sol e
está localizada a 260 anos-luz de distância. Spica é uma binária eclipsante com
um ciclo de quatro dias. A massa das duas estrelas eqüivale a 10,9 e 6,8 vezes a
do Sol, respectivamente.
Sputnik
Primeira série de satélites soviéticos. Em 1957, o Sputnik tornou-se o primeiro
satélite artificial. Ele era composto por uma esfera de alumínio cheia de gás de
nitrogênio, do tamanho aproximado de uma bola de basquete e possuía quatro
antenas que emitiam sinais fornecendo informações sobre sua temperatura e
pressão. O Sputnik 1 orbitou a Terra durante três meses. Sua órbita durava 96
minutos a uma altitude que variava de 228 a 947 km (142 a 588 milhas).

MissãoData do LançamentoResultados
Sputnik 104/10/1957Primeiro satélite artificial reentrou na Terra no dia 4
de janeiro de 1958
Sputnik 203/11/1957Levou uma cadela (Laika). Caiu no dia 4 de abril de
1958
Sputnik 315/05/1958Sonda científica. Retornou no dia 6 de abril de 1960
Sputnik 415/05/1960Vôo teste da Vostok. Os soviéticos não conseguiram
recuperar a cápsula porque os foguetes a impeliram para uma órbita mais
alta.
Sputnik 519/08/1960Vôo teste da Vostok. Os dois cães, Belka e Strelka,
aterrissaram após 18 órbitas
Sputnik 601/12/1960Vôo teste da Vostok. A cápsula se desintegrou devido à
inclinação errada na reentrada
Sputnik 704/02/1961Fracasso da sonda Vênus
Sputnik 812/02/1961Lançamento da sonda Vênus 1 a partir da órbita
Sputnik 909/03/1961Vôo teste da Vostok. O cachorro Chernushka foi
resgatado após uma órbita
Sputnik 1025/03/1961Vôo teste da Vostok. O cachorro Zvezdochka foi
resgatado após uma órbita.

Stafford, Thomas Patten (1930)
Astronauta que participou de quatro vôos espaciais, desde a Gemini até a
Apolo-Soyuz. Escolhido como astronauta em 1962, Stafford pilotou, em 1965, a
missão Gemini 6 que se encontrou com a Gemini 7. Em 1966, ele e Eugene Cernan
comandaram a missão Gemini 9. Ele também comandou a missão Apolo 10 em conjunto
com Eugene Cernan e John Young. Finalmente, participou da acoplagem Apolo-Soyuz
em julho de 1975.
Stonehenge
Círculo pré-histórico formado por pedras gigantes situado em Salsbury, no sul da
Inglaterra. As evidências demonstraram que ele foi construído em três estágios.
O primeiro, Stonehenge I, construído entre os anos de 3100 e 2300 A.C., possuía
um dique circular e um círculo com 56 buracos, que foram preenchidos
rapidamente. Stonehenge II, construído entre 2150 e 2000 A.C., possuía uma
entrada e dois círculos formados por pedras trazidas do Pais de Gales a 385 km
(200 milhas) de distância. Stonehenge III, construído entre 2100 e 1100 A.C.,
possuía um tipo de tampa nas pedras verticais, endo que algumas chegavam a
pesar 50 toneladas.
Não se sabe ao certo porque Stonehenge foi construído, porém, as teorias atuais
dizem que ele foi criado com fins astrológicos ou religiosos.
Super-aglomerado
Conjunto de aglomerados de galáxias. Este enormes corpos celestes se assemelham
a esponjas, com as galáxias espalhadas ao longo de filamentos e grandes lacunas
sem matéria luminosa. Nosso Grupo Local faz parte do super-aglomerado de Virgem.
O super-aglomerado típico é composto por doze aglomerados galácticos e atravessa
centenas de milhões de anos-luz. São conhecidos aproximadamente 50
super-aglomerados.
Supernova
Explosão que ocorre quando um enorme estrela consumiu todo seu estoque de
combustível nuclear. Tipo I: Num sistema de estrelas duplas, no qual uma das
estrelas é uma anã branca e a outra uma gigante vermelha, poderá acontecer uma
queda de material da gigante vermelha no núcleo denso da anã branca suficiente
para gerar ondas de choque e produzir a explosão de uma supernova. Tipo II: Por
volta do final de seu curto ciclo de vida, as estrelas de grande massa fundem
seus elementos. Elas produzem oxigênio, néon, silício, etc. até chegar ao ferro.
As estrelas não conseguem produzir energia a partir da fusão do ferro.
Portanto, à medida que há o acúmulo de ferro no núcleo, a estrela não consegue
mais suportar seu peso. Num instante, o núcleo da estrela entra em colapso
formando uma esfera de nêutrons (estrela de nêutrons). Isto estabiliza o núcleo,
e a estrela se descontrai como uma bola de basquete espremida. Isto cria uma
onda de choque e uma queima de neutrinos que passa através da estrela detonando
a maior explosão conhecida no Universo.
Durante algumas semanas, as supernovas brilham como uma galáxia. Os astrônomos
podem localizar supernovas situadas a milhões de anos-luz de distância. Estas
explosões titânicas criam todos os elementos exceto o ferro. Isto significa que
os planetas, as cidades e os seres humanos são compostos por pó sideral, já que
cada elemento na Terra e em nossos corpos num determinado momento ardeu no fogo
de uma supernova.
Após a explosão da supernova, as camadas externas da estrela se deslocam para o
espaço ao seu redor, criando uma nebulosa que cresce durante milênios. As ondas
de choque das supernovas passam pelos braços das galáxias espirais. Elas
enriquecem o meio intersideral com elementos pesados e perturbam a nebulosa que
gera novas estrelas. Elas também lançam raios cósmicos no Universo.
Lista de Supernovas Históricas
AnoVista PorTipo Provável
1054Antigos Chineses Tipo I
1572Tycho BraheTipo II
1604Johannes KeplerTipo II
1667****Tipo II
1987Ian SheldonTipo I

Supernova 1987A
Mais próxima e brilhante supernova observada na Terra desde 1604. Ela foi vista
primeiramente na Grande Nuvem de Magalhães na noite do dia 24 de fevereiro de
1987, e sua estrela-mãe foi Sanduleak -69 202. No seu pico máximo, no meio do
mês de maio, ela atingiu uma magnitude de 2,8.


Letra T


Tactita
Pequenas pedras de gelo com diâmetro de até 10 cm que são encontradas na região
leste dos Estados Unidos, norte e nordeste da África, Checoslováquia e
Austrália. Seu formato é redondo ou em forma de lágrima e elas contêm pouca
água. Este detalhe as distingue do vidro vulcânico e indica que elas se formaram
e resfriaram rapidamente. As tactitas são similares ao vidro formado pelos
impactos dos meteoros, e algumas têm núcleos de ferro.
Os cientistas acreditam que os tactitas se formam quando um meteoro colide com a
Terra ou a Lua. Já que estas rochas não mostram sinais de colisões com raios
cósmicos, elas não poderiam ter viajado longas distâncias no espaço. Muitos
campos de tactitas estão localizados próximos a crateras de meteoros conhecidas.
Tales de Mileto (624- 546 A.C.)
Filósofo grego considerado o fundador da ciência física moderna . Acredita-se
que um de seus alunos tenha sido o filósofo Anaximander. Tales acreditava que
tudo era composto por água e que a Terra era um dique flutuando num enorme
oceano. Tales plotou o caminho do Sol no céu, e dizem que ele previu o eclipse
do dia 28 de maio do ano de 585 A.C. Os registros indicam que o eclipse deteve a
batalha entre os lidios e os medas. Como conseqüência deste eclipse, os
historiadores puderam dar a data exata a esta batalha, o que a transforma na
batalha mais antiga registrada.
Tau Ceti
Estrela semelhante ao Sol que se situa a 11,4 anos-luz de distância. Ela é a
sétima estrela mais próxima ao Sol, sua magnitude é de 3,5, e é uma das poucas
estrelas próximas que pode ser vista a olho nu.
Taurus (Touro)
Constelação zodiacal, situada no hemisfério norte, que representa um touro indo
em direção à Órion. Esta constelação, mais visível no inverno, contém dois
brilhantes aglomerados abertos: Plêiades e Híades. Próximo ao chifre, localizado
no extremo sul, localiza-se a Nebulosa de Caranguejo (M1), onde ocorreu, em
1054, a explosão da supernova que foi presenciada pelos chineses. A chuva de
meteoros Taurid irradia de um ponto próximo à estrela Epsílon de Touro. Próxima
a ela também se situa a nebulosa variável Hind onde está T Tauri, o protótipo de
um tipo de estrelas variáveis irregulares. O Sol passa pela constelação de Touro
entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de junho.
Taxa Horária de Zênite
Número de meteoros que um observador experiente veria se o radiante da chuva de
meteoros estivesse localizado sobre sua cabeça.
Telescópio
Equipamento que coleta e foca a luz dos corpos celestes num ponto, tornando a
moderna astronomia viável. Contudo, como as estrelas são minúsculas fontes de
luz, elas não podem ser ampliadas. O primeiro telescópio surgiu em 1608 e foi
construído pelo dinamarquês Hans Lippershey. No ano seguinte, Galileu foi o
primeiro a testar um telescópio nos céus. Utilizando um telescópio simples,
Galileu descobriu quatro luas circundando Júpiter, as fases do planeta Vênus, e
crateras e montanhas na Lua. Estas visões que confirmaram o modelo Heliocêntrico
do sistema solar, foram um golpe fatal no modelo geocêntrico de Universo de
Aristóteles.
O primeiro tipo de telescópio foi o refrator. Ele era equipado com uma lente
colocada na parte da frente do tubo para coletar e focar a luz. Contudo, os
telescópios refratores formam aberração cromática. Uma maneira de se evitar isto
é construir telescópios com longas lentes focais. Antes de 1721, astrônomos como
Christiaan Huygens e Giovanni Cassini utilizavam telescópios com 46 metros de
comprimento e lentes com poucas polegadas de diâmetro. Chamados de "telescópios
aéreos", estes monstros podiam distinguir objetos como anéis e luas ao redor de
Saturno, mas eram necessárias muitas pessoas para movimentá-los.
Então, em 1721, John Hadley construiu o primeiro telescópio refletor. Ele
possuía uma abertura de 15 cm num tubo com 1,8 m de comprimento. Já que os
telescópios refletores não apresentam aberração cromática, eles podem ter
aberturas maiores em tubos mais curtos. Hadley construiu um telescópio
Newtoniano que possuía um espelho parabólico que refletia a luz num espelho
inclinado, que, por sua vez, direcionava a luz para uma ocular. Atualmente, a
maior parte dos telescópios são do tipo refletor Newtoniano. Embora pareça que
grandes ampliações seriam mais úteis em astronomia, os astrônomos raramente as
utilizam porque as distorções provocadas pela turbulência do ar se sobressaem
nas imagens muito ampliadas.
Telescópio Binocular
Tendo um telescópio para cada olho, os telescópios binoculares permitem ver
objetos distantes em terceira dimensão.
Telescópio de Cassegrain
Tipo de telescópio refletivo no qual a luz bate no primeiro espelho côncavo,
depois é refletida num outro espelho côncavo, que então reflete a imagem através
de um buraco no espelho primário. Foi inventado em 1672 pelo físico francês
Jacques Cassegrain.
Veja também Telescópio.
Telescópio de Schmidt
Telescópio refletor inventado pelo engenheiro ótico estoniano Bernard Voldemar
Schmidt (1879-1935), que produz ótimas imagens grande ângulares. Geralmente
acoplados a uma câmera, estes telescópios utilizam uma placa de correção e um
espelho esférico para reunir a luz. Estes telescópios tornaram-se populares
entre os astrônomos amadores e profissionais.
Telescópio Keck
Dois telescópios refletores idênticos (de 10 metros cada um) situados em Mauna
Kea, no Havaí. Estes telescópios apresentam um desenho único: eles são compostos
por 36 segmentos hexagonais ao invés de um único espelho grande, e, desde 1955,
são os maiores telescópios existentes.
Telescópio McMath
Telescópio solar situado na montanha Kitt Peak, no Arizona. É o maior
observatório solar que existe, com uma abertura de 152 cm.
Telescópio Newtoniano
Tipo de telescópio refletor que utiliza um espelho em forma de parábola
(parabólico) para acumular e focar a luz. O espelho parabólico reflete a luz num
espelho diagonal montado num tubo, que então reflete a luz em lentes
perpendiculares ao tubo. Graças ao seu desenho simples porém eficaz, os
telescópios newtonianos são muito populares entre os astrônomos.
Telescópio Refrator
Tipo de telescópio que utiliza grandes lentes para observar os objetos celestes.
Como é necessária a utilização de vidro de ótima qualidade na construção destes
telescópios, e, como eles sofrem aberração cromática e arqueamento devido ao seu
próprio peso, nenhum grande observatório encomendou telescópios deste tipo nos
últimos 50 anos. O maior, ainda em operação, possui uma lente de 102 cm e se
situa em Yerkes.
Telescópio Russo Refletor de 600 cm
Situado nas montanhas Cáucaso na Rússia, a uma altitude de 2.070 m, este
telescópio refletor de 600 cm ( 236 polegadas) foi o maior do mundo durante mais
de uma década.
Telescopium (Telescópio)
Constelação austral esmaecida situada ao sul de Escorpião.
Telescópio Refletor
Tipo comum de telescópio equipado com um espelho curvo. Como é mais fácil
construir um espelho grande do que um lente grande e como os espelhos não
apresentam aberração cromática, a maior parte dos telescópios modernos são do
tipo refletor ao invés de refrator.
Os astrônomos usam diversos tipos de telescópios refletores. O mais simples é o
Newtoniano. Ele se baseia num espelho parabólico que coleta a luz e a foca numa
ocular com um espelho plano.
Um segundo tipo de refletor é o Schmidt-Cassegrain. A luz entra pela placa
frontal e reflete no espelho principal. Depois ela reflete num segundo espelho
colocado na frente e prossegue através de um buraco no espelho principal
chegando à ocular. Muitos astrônomos amadores usam o telescópio do tipo
Schmidt-Cassegrain devido ao seu pequeno tamanho e por ser portátil.
Maiores Telescópios Refletores
NomeTamanhoPaísLocalização
Keck I e II10 mEstados UnidosPico de Mauna Kea, Havaí
Observatório Especial Astrofísico6 mAntiga União SoviéticaMontanhas
Cáucaso
Monte Palomar5 mEstados UnidosMonte Palomar, Califórnia
Observatório Whipple4,5 mEstados UnidosMonte Hopkins, Arizona
Observatório Roque de Los Muchachos4,2 mIlhas CanáriasLa Palma
Cerro Tololo4 mChileLa Serena
Observatório Kitt Peak4 mEstados UnidosKitt Peak, Arizona
Observatório Anglo-Australiano3,9 mAustráliaSiding Springs, New South
Wales
Observatório Europeu do Sul3,6 mChileLa Silla
Observatório Astrofísico Germânico-Espanhol3,5 mEspanhaCalar Alto
Observatório Lick3 mEstados UnidosMonte Hamilton, Califórnia

Telstar
Satélites de comunicação americanos, construídos pela AT&T, que se assemelham a
bolas brilhantes com antenas saindo de suas superfícies e que são capazes de
efetuar comunicações intercontinentais. Em 1962, o Telstar I uniu as redes de
televisão da a América do Norte e da Europa.
Tempo
Período, que é medido ou mensurável, durante o qual ou através do qual um evento
acontece. As antigas culturas utilizam o dia e a noite, as fases da Lua e o
ritmo das estações para marcar o tempo. O dia, o mês e o ano são unidades de
tempo baseadas em ciclos astronômicos e elas são a base de nossos calendários.
Horas, minutos e segundos são divisões convenientes de nosso dia, presentes em
nossa cultura desde seus primórdios.
Os relógios primitivos utilizavam areia ou água para marcar o tempo. Estes
aparelhos primitivos ocasionavam erros e tinham de ser ajustados de acordo com
as observações astronômicas. Os observadores percebiam quando o Sol atingia seu
ponto máximo ou mínimo ou o horário em que as estrelas brilhantes apareciam e
desapareciam. Relógios mais precisos foram desenvolvidos nos séculos XVI e XVII
quando os navegantes tiveram de plotar as longitudes utilizando o tempo de
transito do Sol e de outras estrelas. Relógios de observação e náuticos foram
utilizados nas viagens marítimas.
Até o ano de 1920 os cientistas utilizavam a rotação da Terra como medida padrão
de tempo. Eles acreditavam que não poderia ser encontrado um relógio mais
preciso do que a Terra. Eles estavam errados. Em 1925, o Observatório Real de
Greenwich começou a medir a rotação da Terra utilizando um relógio sincrônico e
foi descoberto que o período de rotação da Terra variava. Os astrônomos chamaram
esta variação de nutação. O período varia em até 0,003 segundos ao dia. Nos anos
60 foram desenvolvidos relógios mais precisos, com os de pulso equipados com
cristal de quartzo e os atômicos.
Tempo Atômico
Unidade de tempo baseada nas vibrações do átomo de césio. O átomo de césio
oscila (vibra) 9 bilhões de vezes a cada segundo. A contagem destas oscilações
permite aos cientistas construir um relógio super acurado. Os astrônomos
utilizam estes relógios para medir a rotação da Terra. A cada poucos anos é
necessário acrescentar um segundo para manter os relógios atômicos em sincronia
com a rotação da Terra.
Terminadouro
Círculo máximo que, num planeta ou num satélite, separa o hemisfério iluminado
do hemisfério escuro, e cujo plano é perpendicular à reta que liga o centro do
Sol ao centro do astro considerado.
Terra
Terceiro planeta em relação ao Sol e único lugar do universo onde se sabe que
existe vida. Situa-se a 1 u.a. (149.573.000 km ou 92.960.000 milhas) do Sol. Sua
órbita de 29,8 km (18,5 milhas) por segundo dura 365,25 dias e sua revolução 23
horas, 56 minutos e 4 segundos.
Atmosfera
A atmosfera da Terra é formada por 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1%
constituído por uma mistura de argônio, dióxido de carbono, vapor d'água e
outros gases. A baixas altitudes, as partículas de vapor d'água formam nuvens. A
partir de 140 km (90 milhas), a Terra é circundada por uma magnetosfera, zona em
forma de dois cinturões chamados Cinturões de Van Allen, que acumula íons, a
maioria dos quais vêm do Sol.
Superfície
A maior parte da superfície da Terra é recoberta de água. Esta água está
distribuída em oceanos, rios, lagos e riachos. Sua massa de terra está dividida
em sete continentes: África, Ásia, Austrália, Europa, América do Norte, América
do Sul e Antártida. Em algum momento, muitos ou todos estes continentes formavam
um continente gigante chamado Pangea, mas, devido ao movimento das placas
terrestres eles se separaram. Existem muitos tipos de terrenos na Terra:
desertos áridos e planos, terrenos férteis, florestas e planícies.
Interior
De fora para dentro, a Terra é formada por uma crosta de 35 km (22 milhas), uma
Descontinuidade de Mohorovicic (fronteira entre o manto e a crosta), um manto
que se estende por 2.900 km (1.800 milhas) e um núcleo. Acredita-se que a parte
externa do núcleo seja sólida e composta de ferro, e que possua uma corrente
elétrica a qual seria responsável por 90% do campo magnético da Terra.
Tétis
Quarta lua de Saturno. Seu diâmetro é de 1.060 km (657 milhas) e ela foi
descoberta por Giovanni Cassini em 1684. Tétis orbita Saturno a cada 45 horas e
18,5 minutos numa rota circular a uma distância de 183.150 milhas da superfície.
Ela é composta por gás congelado e sua densidade é 1,1 vezes superior à da água.
Odysseus, a maior cratera de Tétis (400 km, 250 milhas de extensão), possui um
cume central e é maior cratera com um cume de nosso sistema solar. Dez por cento
da superfície de Tétis é composta por um vale chamado Ithaca Chasma.
Thuban
Estrela de terceira magnitude na constelação de Dragão que foi a estrela do
Norte a cerca de 5.000 anos atrás, durante o tempo dos egípcios. Eles
construíram as Grandes Pirâmides em linha com Thuban. Devido à precessão, Thuban
perdeu seu lugar para Polaris como estrela brilhante mais próxima ao pólo norte.
Tipo Espectral
Método de classificação das estrelas de acordo com suas temperaturas de
superfície. Por volta de 1860, William Huggins e Pietro Secchi fotografaram pela
primeira vez o espectro siderais e descobriram que as linhas de absorção
diferiam de estrela para estrela. Então, no início do século XX, E.C. Pickering
trabalhou no Observatório de Harvard agrupando as estrelas com espectros
similares. Este projeto transformou-se no "Catálogo de Henry Draper", contendo
225.300 estrelas, que foi publicado em 1924.
Primeiramente os astrônomos nomearam os espectros siderais utilizando sucessivas
letras do alfabeto. Porém os cientistas perceberam que a temperatura determina o
espectro sideral, e então decidiram reorganizar as letras, classificando-as em
ordem decrescente, da mais quente para a mais fria: O, B, A, F, G, K e M.
Contudo, algumas estranhas estrelas não seguem este esquema. As estrelas
classificadas como R, N e S possuem a mesma temperatura de superfície das
estrelas K e M porém tem mais elementos pesados em seus espectros. As estrelas R
e N possuem carbono em suas atmosferas enquanto as S contém zircônio. As
bizarras estrelas Wolf-Rayet, incrivelmente quentes, são classificadas como W.
As estrelas classificadas em diferentes tipos de espectros diferem com relação à
quantidade de elementos presentes em sua coroa. Por exemplo, a diferença entre
os tipos F e G é que a linha de hidrogênio diminui enquanto a de cálcio aumenta,
respectivamente.
Alguns astrônomos se especializaram em classificar as estrelas de acordo com
seus espectros. Eles analisam as linhas dos elementos tais como o hidrogênio, o
cálcio, e até as moléculas como as de dióxido de carbono. Eles conseguem separar
os espectros das estrelas anãs e das estrelas gigantes dos espectros das
estrelas da seqüência principal. Apesar de terem a mesma temperatura de
superfície, as estrelas anãs e as gigantes apresentam espectros com
peculiaridades que as diferenciam das estrelas da seqüência principal.
Titã
Maior lua de Saturno e a única que possui uma atmosfera substancial. Titã foi
descoberta por Christiaan Huygens em 1655. Ela orbita Saturno a cada 15 dias, 22
horas e 41,5 minutos a uma distância de 1.221.620 km (759.080 milhas). Em 1944,
o cientista planetário americano Gerard Kuiper detectou a existência de uma
atmosfera de metano ao redor de Titã. Os astrônomos acreditam que existam nuvens
de metano e hidrogênio que atuam como estufas mantendo a temperatura a 94 K. A
pressão atmosférica em Titã é 1,6 vezes superior à existente na Terra. O
diâmetro de Titã é de 5.150 km ( 3.200 milhas), porém as nuvens penetram 160 km
(100 milhas) fazendo com que a superfície seja reduzida a 4.990 km ( 3.100
milhas). Portanto, Titã é maior do que Mercúrio e possui uma atmosfera mais
densa do que a de Marte. Titã é a segunda maior lua do sistema solar, pois
apenas Ganímedes é maior do que ela. Sua densidade é 1,6 vezes superior à da
água o que faz com que os cientistas acreditem que sua superfície seja composta
por gelo derretido com mares de metano líquido.
Características de Titã:
.Temperatura d'água aproximada de 94 K
.Pressão atmosférica 1,6 vezes superior à da Terra
.Atmosfera composta por 78% de nitrogênio
Titã apresenta apenas traços de oxigênio e não possui água, na forma líquida,
vapor d'água ou dióxido de carbono.
Titânia
Quarta lua, em distância, de Urano. Descoberta em 1787 por William Herschell,
Titânia completa uma órbita a cada 8 dias, 16 horas e 56,5 minutos. Ela se situa
a 453.910 km (270.260 milhas) acima de Urano e seu diâmetro é de 1.800 km (1.100
milhas). Os cientistas acreditam que Titânia seja composta principalmente por
água, com um pouco de pedras e metano congelado.
Titius-Bode, Lei de
Veja Lei de Bode.
Titov, Gherman Stepanovich (1935)
Segundo russo a ser lançado no espaço. Em agosto de 1961 ele se tornou o
primeiro ser humano a passar um dia inteiro em órbita. Ele circundou a Terra 17
vezes na nave Vostok 2, permanecendo 25,3 horas no espaço.
Tombaugh, Clyde William (1906-1997)
Astrônomo americano que descobriu o planeta Plutão no dia 18 de fevereiro de
1930, enquanto trabalhava no Observatório Lowell.
Trânsito
1. Momento em que um corpo celeste cruza o meridiano (linha imaginária, de norte
a sul, que passa através do ponto zênite do observador). Este é o ponto em que
os corpos celestes se encontram mais altos. Os astrônomos monitoram o trânsito
das estrelas para medir a rotação da Terra, que é vital na determinação do hora
padrão.
2. Observação da passagem de Mercúrio ou Vênus pelo Sol ou da Lua em frente ao
seu planeta vizinho .
Trapezium
Aglomerado sideral situado no centro da Nebulosa de Órion. Quatro destas
estrelas são jovens estrelas azuis com magnitudes de 5,1 , 6,7, 6,7 e 8,0.
Quanto vistas com o auxílio de um telescópio elas formam um trapézio perfeito. A
aberturas maiores podem ser vistas outras estrelas de 11a. magnitude que formam
o grupo.
Triângulo de Verão
Asterismo formado por três estrelas brilhantes que são mais visíveis no verão:
Vega, Deneb e Altair.
Triangulum (Triângulo)
Pequena constelação boreal situada entre Andrômeda e Perseu. Apesar de ter sido
identificada desde a antigüidade, ela não contém estrelas brilhantes. Nela está
a galáxia espiral M33, que faz parte do Grupo Local e se situa a 2,3 milhões de
anos-luz de distância.
Triangulum Australe ( Triângulo Austral)
Pequena, porém proeminente, constelação austral que está situada próxima ao
grupo de estrelas chamado de Via Láctea. Sua estrela mais brilhante tem uma
magnitude de 1,88 e está localizada a 99 anos-luz de distância. A segunda
estrela em brilho está a 39 anos-luz de distância e sua magnitude é de 3,04. A
terceira estrela completa o triângulo e reluz a uma magnitude de 3,06.
Tritão
Maior lua de Netuno. Seu diâmetro é de 2.735 km (1.700 milhas) e sua órbita é
retrógrada. Há uma teoria que diz que a estranha órbita de Tritão é resultado de
uma colisão com outra lua de Netuno, que escapou e se transformou no planeta
Plutão. A temperatura da superfície de Tríton, -240º C (-400º F) faz c m ela
seja o objeto celeste mais frio do sistema solar. Sua superfície é coberta de
gelo salpicado com crateras. Esta superfície recebe novas camadas de gelo quando
o gás que escapa de seu interior durante o verão se congela quando exposto às
baixas temperaturas invernais.
Características de Tritão
.Temperatura: 37,5 K
.Pressão: 10 milionésimos da atmosfera da Terra
.Atmosfera: d'água basicamente nitrogênio
Dez por cento da superfície de Tritão é composta por dióxido de carbono sólido,
contudo, ela possui muito pouco dióxido de carbono em sua atmosfera e pode ter
gelo sob sua superfície, porém nenhum vapor d'água ou oxigênio.
Troianos
Dois grupos de asteróides que compartilham a órbita de Júpiter. Se fossem
traçadas linhas ligando estes dois grupos de asteróides a Júpiter, formar-se-ia
um triângulo eqüilátero. Contudo, como estes asteróides são perturbados por
outros planetas, eles se afastam de seus pontos habituais. , L4 e L5. O primeiro
asteróide Troiano descoberto foi 588 Achilles em 1906. Uma pesquisa recente
sugere que há aproximadamente 700 asteróides com brilho superior à magnitude 21
orbitando próximo aos pontos L4 e L5.
Tsiolkovsky, Konstantin Eduardovich (1857-1935)
Pioneiro das era dos foguetes freqüentemente chamado de Pai da Astronáutica.
Embora professor de profissão, ele traçou e desenhou planos para um dirigível de
metal movido a gás (uma nave mais leve do que o ar) e construiu o primeiro túnel
de vento russo. Ele estudou a aerodinâmica e delineou os princípios dos vôos
muito antes dos irmãos Wright construírem seu avião. Seu primeiro artigo sobre
vôos espaciais, "Espaço Livre" (1883), descrevia as verdadeiras condições sem
peso da órbita.
Por volta de 1898, ele havia desenvolvido uma teoria sobre a propulsão dos
foguetes estudando a relação entre a velocidade final e a velocidade de
exaustão, que é a velocidade em que os gases escapam pela parte posterior dos
foguetes. Ele também desenvolveu equações demonstrando como a quantidade de
combustível que um foguete necessita se relaciona com seu peso. Em 1903,
publicou "A Exploração do Espaço com Equipamentos Reativos", que descreve como
os foguetes espaciais poderiam queimar hidrogênio e oxigênio líquido, um
princípio utilizado até hoje. Tsiolkovsky também projetou foguetes de múltiplos
estágios quando percebeu que os foguetes compostos por apenas um estágio não
possuíam força suficiente para superar a gravidade da Terra.
Tucana (Tucano)
Constelação situada próxima ao pólo sul celestial onde se localiza a Pequena
Nuvem de Magalhães. Nesta constelação encontra-se também um brilhante aglomerado
globular, 47 Tucanae (NGC 104) que brilha a uma magnitude de 3 e está a 19.000
anos-luz de distância. A segunda estrela mais brilhante de Tucano é um complexo
sistema sideral.
Tunguska
Local onde ocorreu uma explosão na Sibéria no dia 30 de junho de 1908. As
testemunhas dizem terem visto uma bola de fogo tão brilhante quanto o Sol
passando pelos do céu seguida de uma explosão ensurdecedora. Embora os
cientistas estimem que a explosão ocorreu a 8 km (5 milhas) de distancia da
Terra, ela arrancou as árvores num raio de 30-40 km (20-25 milhas). Ninguém
morreu, pois a região onde ocorreu a explosão não era habitada. A causa desta
explosão confundiu os cientistas: como ela não formou uma cratera alguns
acreditam que um cometa ou meteoro explodiu na atmosfera.
Tycho
Veja Brahe, Tycho.


Letra U


u.a.
Veja Unidade Astronômica.
UAI
União Astronômica Internacional
UFO
"Unidentified Flying Object" - Objeto Voador Não-Identificado. Embora o público
e mesmo observadores experientes digam ter visto UFOS, 95% destas visões
revelam-se aeronaves, estrelas brilhantes, planetas, meteoros, satélites, etc.
Contudo, até agora, o restante das visões não conseguiu ser explicado. A maioria
dos astrônomos não acreditam que os UFOs sejam visitantes extraterrestres, e
poucos foram os que disseram ter visto algum. Veja mais sobre este assunto na
nossa página de Ufologia.
Umbriel
Terceira lua, em distância, de Urano, descoberta em 1851 por William Lassell.
Ela completa uma órbita a cada 4 dias, 3 horas e 27,5 minutos a uma distância
média de 266.300 km (165.110 milhas). Seu diâmetro é de aproximadamente 1.117 km
(690 milhas). Sua superfície, que é mais escura do que a das outras luas de
Urano, parece ter sido refeita recentemente: algumas de suas muitas crateras são
mais brilhantes do que o restante de sua superfície.
União Internacional de Astronomia (UIA)
Organização, fundada em 1919, que atualmente congrega milhares de astrônomos do
mundo todo. Um comitê sediado no Observatório Astrofísico Smithsonian, em
Cambridge, Massachusetts, mantém os observatórios informados sobre o
aparecimento de novas e o descobrimento de cometas.
Unidade Astronômica (u.a.)
Unidade usada para expressar a distância média entre a Terra e o Sol. Os
astrônomos muitas vezes expressam as distâncias do sistema solar em unidades
astronômicas. Eles medem estas distâncias usando radares, períodos orbitais e as
sondas espaciais. Uma u.a. eqüivale a 148.640.000 km (92.900.000 milhas).
Universo
O conjunto de tudo o que existe. O Universo contém todo o espaço, tempo, energia
e matéria. O estudo do Universo é chamado de Cosmologia.
História
Muitas civilizações antigas consideravam a Terra o centro do Universo. Na antiga
Grécia, Aristóteles afirmava que a Terra permanecia parada enquanto uma grande
esfera celeste girava ao seu redor. Ptolomeu promoveu este modelo e tentou achar
uma explicação matemática para o movimento dos planetas.
O modelo geocêntrico do Universo durou por quase 2.000 anos até que os
cientistas perceberam que a Terra era um planeta que girava ao redor do Sol.
Também chegaram à conclusão de que as estrelas deveriam ser similares ao Sol
porém se localizavam a uma distância muito maior do que os planetas. William
Herschel estudou a posição do Sol com relação às outras estrelas. Observando a
Via Láctea movimentar-se no céu ele conclui, corretamente, que nossa galáxia
possui a forma de um disco. Contando as estrelas Herschel determinou que o Sol
se localizava no centro deste disco, mas ele não percebeu que uma camada de
poeira bloqueava a luz das estrelas situadas a mais de 4.000 anos-luz. A poeira
faz com que só consigamos ver uma pequena parte de nossa galáxia.
Nos 200 anos seguintes, os astrônomos acreditaram que a Via Láctea englobasse
todo o Universo. Depois, no início do século vinte surgiu um debate a respeito
das "nebulosas espirais" que foram vistas espalhadas no céu. Alguns astrônomos
pensaram que eram apenas grupos de estrelas de nossa própria galáxia, enquanto
outros acreditavam que elas eram "ilhas isoladas" como a Via Láctea. Edwin
Hubble pôs um fim à discussão.
Por volta de 1920 Hubble fotografou muitas nebulosas espirais com o recém
construído telescópio do Monte Wilson. Com seu enorme espelho, ele separou as
imagens das estrelas Variáveis Cefeu em galáxias distantes. Utilizando a relação
período-luminosidade, descoberta por Henrietta Leavitt, ele concluiu que estes
corpos deveriam estar localizados a centenas de milhares ou milhões de anos-luz
de distância, muito longe da Via Láctea.
Quando Hubble examinou o espectro das galáxias distantes ele percebeu uma luz
avermelhada. Cegou-se então a uma conclusão: quanto mais distantes as galáxias
maior a quantidade de luz vermelha, implicando que elas retrocediam mais
rapidamente. Ele sintetizou esta relação na Lei de Hubble, criando a moderna
Cosmologia.
Cosmologia Moderna
Atualmente os astrônomos consideram a recessão das galáxias distantes como uma
evidência de que o Universo está em expansão. Isto significa que, no passado, o
Universo era menor e que no passado distante ele era menor ainda. Os
cosmologistas teorizam que aproximadamente a 15 bilhões de anos atrás tudo no
Universo estava comprimido num pequeno núcleo de energia. Então sucedeu-se uma
gigantesca explosão chamada de Big Bang.
Atualmente, a maior parte dos astrônomos aceitam o Big Bang como sendo a
explicação mais plausível. Eles destacam as luzes avermelhadas galácticas e a
radiação cósmica de fundo descoberta por Robert Wilson e Arno Penzias em 1963.
Eles também estão engajados numa busca para responder a questão:
QUAL É O DESTINO DO UNIVERSO?
Hoje em dia os cosmologistas perguntam-se se o Universo continuará a se expandir
para sempre. O resposta depende diretamente da quantidade de massa que o
Universo contém, pois ela define se a gravidade é forte o suficiente para parar
a expansão atual. Os pesquisadores calcularam quatro possíveis destinos para o
Universo:
1. Se houver massa suficiente a expansão continuará para sempre. As estrelas
agitarão as galáxias por centenas de bilhões de anos até à completa exaustão do
combustível nuclear. As galáxias que eram luminosas esmaecerão e se separarão,
e, após um tempo infinito, a temperatura do Universo cairá até o zero absoluto.
2. Se a força da gravidade se igualar à da expansão, ela irá diminuindo até
parar completamente. As galáxias permanecerão para sempre em seus lugares,
apenas se afastando umas das outras. Neste cenário, as estrelas consumirão todo
o combustível nuclear à medida que o cosmo se resfria.
3. Se a força da gravidade superar a da expansão, as galáxias pararão de
retroceder . A luzes avermelhadas se transformarão em luzes azuladas à medida
que o Universo entrar em colapso. Durante a compressão, a temperatura aumentará
até perder sua identidade. Os átomos se desintegrarão. Tudo se unirá numa
catástrofe chamada de Big Crunch (Grande Contração). Os gigantes telescópios
atuais são direcionados para o fim do Universo visível, procurando a quantidade
crítica de massa necessária para parar a expansão. Até o momento, apenas 30%
deste total foi encontrado, porém os astrônomos acreditam que a maior parte dela
esteja esconddda na forma de matéria escura, que poderia ser composta por
partículas exóticas, buracos negros, anãs marrons e até mesmo galáxias não
luminosas.
4. Caso ocorra o Big Crunch, pode vir a existir outro Big Bang, criando um novo
Universo. Poder ser que exista um ciclo infindável , chamado de Big Bounce
(Grande Salto), de Big Bangs e Big Crunches.
Universo em Expansão
Movimento isolado dos objetos do universo, que pode ser mensurado pelo efeito de
Doppler. Os cientistas deduziram, a partir deste movimento, que o universo está
em expansão. Os objetos mais distantes movimentam-se mais rapidamente do que os
mais próximos.
Universo Oscilante
Modelo de Universo que se baseia em cicloo de expansão e contração. Se existir
matéria suficiente a expansão atual será interrompida e o Universo começará a se
contrair lentamente. Embora não possa ser afirmado, alguns astrônomos prevêem
que se isto ocorrer acontecerá um ressalto que provocará a formação de um novo
Universo.
Uraniborg
Observatório, em forma de castelo, de Tycho Brahe localizado na ilha de Hven, ao
norte de Copenhague, Dinamarca. Completado em 1580, foi usado por Brahe durante
20 anos. Hoje restam apenas suas ruínas.
Urano
Sétimo planeta a partir do Sol e o primeiro a ser localizado com um ruínas.
Urano é um gigante gasoso quatro vezes maior do que a Terra, com raio de 25.059
km (15.035 milhas). Se quisermos escapar da força da gravidade de Urano teremos
de viajar a 21,2 km (12,7 milhas) por segundo. No momento em que ele está mais
brilhante, Urano é apenas visível a olho nu., porém ele só foi identificado como
um planeta no dia 13 de março de 1781 por Sir William Herschel. Urano está tão
distante do Sol que recebe apenas 0,27% da luz que cai na Terra, e a temperatura
no topo de sua atmosfera é de aproximadamente -212º C (-350º F). Visto de um
telescópio, Urano parece uma pequena bola verde. Apenas 5 de suas 15 luas podem
ser vistas da Terra.
Propriedades Físicas
Urano orbita o Sol a uma distância média de 19,18 u.a. (2.869.600.000 km ou
1.783.000.000 milhas), que é o dobro da distância entre Saturno e o Sol. Sua
órbita quase circular (excentricidade de 0,047) apresenta uma inclinação com
relação à eclíptica de apenas 0,75 graus, e ele completa uma órbita a cada 84
anos.
Devido às alterações na distância da Terra, a luminosidade de Urano apresenta
uma variação de até 26%, e seu brilho muda à medida que ele gira através de seu
dia de 17,3 horas. A característica mais estranha de Urano é a grande inclinação
de seu eixo de rotação (98º) fazendo com que ele se situe próximo a seu plano
orbital. Isto faz com que os pólos de Urano tenham um verão e um inverno que
duram 42 anos cada.
Em 1976, uma equipe liderada por James Janesik ,fotografou Urano com o
telescópio de 1,54 m da Universidade do Arizona em comprimentos de onda quase
infravermelhos. Através da ampliação da resolução do telescópio até quase seu
limite, eles viram nuvens de metano e amônia. Depois, em 1977, uma equipe
chefiada por James Elliot testemunhou Urano eclipsar uma estrela brilhante. Eles
viram que a estrela esmaeceu 5 vezes antes de encontra Urano, o que os levou a
pensar que isto resultava da presença de anéis escuros ao redor do planeta. Mais
tarde, foi constatada a existência de 11 anéis. Quando a nave Voyager 2 visitou
Urano em 1986, ela fotografou os anéis do planeta, revelando que eles eram
compostos por substâncias semelhantes ao carvão com um dos albedos mais baixos
do sistema solar.
Quando a Voyager 2 mostrou a existência de um campo magnético em Urano, os
cientistas o utilizaram para calcular o período de rotação estimado em 17,3
horas. Atualmente os cientistas acreditam que Urano possua um núcleo rochoso
circundado por um mar composto de água, metano e amônia. Embora se acredite que
este mar possua uma temperatura de milhares de graus Celsius ele não borbulha
devido à grande pressão existente sobre ele. Acredita-se que ele seja o causador
do campo magnético de Urano.
Luas de Urano
NomeDistância do Centro de Urano(em milhas)Diâmetro (em milhas)
Cordélia29.86016
Ofélia32.28018
Bianca35.50025
Créssida37.10037
Desdemona37.60032
Julieta38.61050
Pórcia39.65065
Rosalinda41.97032
Belinda45.15040
Puck51.60092
Miranda77.870288
Ariel114.750696
Umbriel159.580700
Titânia261.500948
Oberon349.560914

Ursa Maior
Veja Ursa Major.
Ursa Major (Ursa Maior)
Maior constelação boreal, mais visível na primavera, que se situa do lado oposto
a Polaris. Ela é o norte circumpolar das latitudes médias. Suas sete estrelas
mais brilhantes formam um asterismo chamado de Grande Caçarola. As estrelas Alfa
e Beta, Dubhe e Merak, formam uma linha que leva a Polaris. Dubhe é uma estrela
binária, com seus membros brilhando às magnitudes 2,0 e 4,8 e orbitando uma a
outra a cada 44 anos. Alioth, a estrela Epsilon, é uma binária espectroscópica
que completa um ciclo a cada 5 dias. As outras estrelas múltiplas são Gama
(Phekda) , Eta (Benetnash) e Zeta (Mizar). Cinco das estrelas na caçarola formam
uma associação que viaja em conjunto pelo espaço. Muitas galáxias, como a
espiral M81 e M101, fazem parte da constelação da Ursa Maior. A nebulosa
planetária M97, também chamada de Nebulosa da Coruja se encontra nesta
constelação. Finalmente, a Ursa Maior contém Lalande 21185, um estrela vermelha
com magnitude 7,48 que é a quarta estrela mais próxima ao Sol.
No final do outono, a Grande Caçarola situa-se sobre o rio Hudson próximo a
Kingston, Nova Iorque.
Ao mesmo tempo em Sarasota, na Flórida, a Caçarola afunda, ficando a maior parte
dela abaixo do horizonte.
Ursa Minor (Ursa Menor)
Constelação boreal cuja estrela mais brilhante, Polaris, está a menos de 1 grau
do pólo norte celeste. A segunda estrela mais brilhante, Kochab, foi a estrela
do norte entre 1.500 e 300 A.C.. Esta constelação é mais conhecida por seu
asterismo: a Pequena Caçarola.


Letra V


Valles Marineris
Sistema de cânions situado em Marte que eclipsa o Grande Cânion. Os
desfiladeiros vão de leste para oeste no hemisfério norte por 5.000 km (3.100
milhas). Seu cânion tem 6 km (3,6 milhas) de profundidade e 160 km (96 milhas)
de largura. No extremo oeste localiza-se o Noctis Labyrinthus, um complexo
sistema que desenha figuras geométricas. A erosão no chão do cânion e restos de
pedras nas paredes sugerem que em algum período existiu água passou, porém a
maior parte do cânion foi formada por falhas geológicas.
Van Allen, Cinturões de
Dois invólucros que circundam a Terra e aprisionam radiação cósmica. Estes
tórridos cinturões coletam elétrons e prótons de alta energia que espiralam em
direção ao campo magnético da Terra a partir do vento solar. James Van Allen
descobriu estes cinturões de radiação em 1958 através do estudo de dados
enviados pela Explorer I. As seções transversais de ambos os cinturões parecem
grandes orelhas situadas a alturas de 3.000 km (1.900 milhas) e a 22.000 km
(14.000 milhas) acima do equador da Terra. As sondas espaciais que orbitam Vênus
e Marte mostram que estes planetas não possuem cinturões de radiação,
significando que eles não possuem campos magnéticos fortes. Por outro lado,
Júpiter possui Cinturões Van Allen 10.000 vezes mais fortes do que os da Terra.
A grande massa e a rápida rotação dirigem o dínamo magnético de Júpiter.
Van Allen, James Alfred (1914)
Físico americano que manipulou a atmosfera superior do V-2, após a 2a. Guerra
Mundial, e desenhou o foguete de sondagem Aerobee. Van Allen é mais conhecido
pelos instrumentos que colocou no primeiro satélite americano: Explorer I. Ele
instalou medidores de Geiger que contavam as partículas de raios cósmicos na
alta atmosfera da Terra. Eles descobriram duas regiões em forma de círculo,
chamadas de cinturões de radiação Van Allen, que mostraram que a Terra possui
uma magnetosfera.
Van De Kamp, Peter (1901)
Astrônomo holandês, naturalizado americano, que, em 1937, começou a estudar as
estrelas próximas aos planetas localizados fora de nosso sistema solar. Ele
fotografou o movimento próprio da estrela Barnard, a segunda estrela mais
próxima ao Sol e observou como ela se movia. Em 1956 ele concluiu que uma
planeta, com 1,6 vezes a massa de Júpiter a circundava. Após mais observações,
em 1963 ele anunciou que dois planetas de grande massa orbitavam a estrela
Barnard, e em 1974, ele revelou que a estrela Epsilon de Erídano possui uma
companheira com massa 6 vezes superior à de Júpiter. As descobertas de Van Allen
ainda não foram confirmadas de forma conclusiva.
Vandenberg, Base Aérea de
Edifício sede, localizado em Lompoc na Califórnia, da base de testes para
foguetes e mísseis. O governo pretende construir ali uma plataforma para lançar
o Ônibus Espacial na órbita polar (uma órbita que circunda os pólos ao invés do
equador.)
Variáveis Cefeu
Classe de estrelas cujo nome foi dado em razão da estrela Delta de Cefeu, a
primeira variável Cefeu descoberta. A massa e a luminosidade destas estrelas
variam num ritmo regular, sendo que o tempo que levam para ir de um tamanho a
outro está ligado à sua magnitude absoluta. Graças a esta relação, calculada por
Henrietta Leavit em 1912, tornou-se possível determinar a distância até as
galáxias onde há Variáveis Cefeu. Por exemplo, uma vez determinado o período de
mudança do brilho de uma Cefeu, é só definir a luminosidade real ou absoluta de
uma estrela (magnitude). Estrelas mais brilhantes apresentam períodos mais
longos. Comparando a magnitude absoluta com a aparente tem-se a distância.
Variáveis RR de Lyrae
Estrelas que apresentam um curto ciclo de brilho variável (de 1 hora a 1 dia). A
fase RR Lyrae da evolução sideral acontece nas estrelas da População II
(antigas) e dura 80 milhões de anos. Como acontece com as Variáveis Cefeu, o
brilho ou a luminosidade real pode ser obtida através de seu ciclo de brilho
variável. Como a escala de luminosidade das variáveis RR Lyrae é pequena, seu
brilho real pode ser comparado à sua luminosidade aparente, que podem então ser
utilizada para determinar sua distância. Em 1920, Harlow Shapley utilizou as
variáveis RR Lyrae para mapear a posição da Terra na galáxia.
Vega
Estrela mais brilhante da constelação de Lira e a quinta estrela mais brilhante
dos céus. Com uma magnitude de 0,04, Vega é uma estrela branca situada a 26
anos-luz de distância e é três vez s maior do que o Sol. Devido à precessão o
eixo da Terra se aproximará de Vega por volta do ano 14.000 D.C., e ela ficará
próxima ao polo norte celeste, porém não tão próxima quanto Polaris está
atualmente.
Vela (Vela)
Constelação austral, que já fez parte da constelação de Argus Ela contém uma
parte brilhante da Via Láctea e se localiza próxima a Centauro. Sua estrela mais
brilhante é uma binária visual com magnitudes de 2,22 e 4,79.
Velocidade da Luz
Veja Velocidade da Luz (c)
Velocidade da Luz (c)
Velocidade na qual a luz viaja no vácuo. Embora a luz viaje no vácuo a uma
velocidade de 299.792.458 km (186.282.397 milhas) por segundo, ela se movimenta
mais lentamente em meios mais densos como a água ou o vidro.
Velocidade de Fuga
Velocidade necessária para que um objeto celeste consiga sair do campo
gravitacional. A força do campo gravitacional determina a velocidade de escape.
A velocidade de escape da Terra é de 11 km (7 milhas) por segundo. Alguns corpos
celestes possuem tão pouca massa que suas velocidades de escape não são
suficientes para reter as partículas de gás, e, por isso eles não possuem
atmosfera. Por outro lado, os Buracos Negros possuem um velocidade de escape
superior à velocidade da luz.
Velocidade Radial
Velocidade de um objeto com relação a um observador, calculada tendo por base a
direção da linha de visão (velocidade em direção a um observador ou vice-versa).
A velocidade radial é freqüentemente medida usando-se o efeito de Doppler.
Vento Solar
Fluxo de partículas atômicas que irradiam da coroa solar. Estas partículas,
compostas basicamente por prótons e elétrons com poucos núcleos de hélio, são
lançadas a uma velocidade de 350 a 800 km (220 a 550 milhas) por segundo. O
vento solar apresenta uma média de 5 prótons e 5 elétrons por centímetro cúbico
quando passa pela Terra. Acredita-se que o vento solar seja o elo de ligação
entre as tormentas no Sol e as alterações no campo magnético da Terra
(magnetosfera).
Os cientistas estudam o vento solar de forma indireta, analisando os fenômenos
que ele provoca. O vento solar faz com que as caudas dos cometas fiquem sempre
em direção oposta ao Sol, faz com que as distantes fontes de rádio brilhem, dá à
magnetosfera da Terra a forma de cometa e é responsável pelos cinturões de
radiação Van Allen. A magnetosfera oscila num ciclo de 27 dias reagindo à
rotação do Sol. Como muitas outras características do Sol, o vento solar segue
um ciclo solar de 11 anos e sopra com mais força quando a atividade na coroa
solar é mais intensa. Quando ocorrem erupções, o vento solar aumenta fazendo com
que as partículas penetrem nas linhas do campo magnético da Terra e na sua
atmosfera ocasionando as auroras.
Vênus
Segundo planeta em distância com relação ao Sol e o mais próximo da Terra. O
raio de Vênus é de 6.052 km (3.631 milhas). Ele se localiza a 0,72 u.a. do Sol e
apresenta uma órbita de 224,701 dias. Ele gira em torno de seu eixo a cada 243
dias, numa rotação retrógrada (a direção de sua rotação é o oposto da direção de
sua órbita). Se quiséssemos escapar da força da gravidade de Vênus teríamos de
viajar a uma velocidade de 10,3 km (6,2 milhas) por segundo. Devido às suas
massas semelhantes e ao fato de estarem posicionados à mesma distância do Sol, a
Terra e Vênus são freqüentemente chamados de planetas gêmeos. Contudo, suas
similaridades se restringem a estes dois itens.
Atmosfera
A espessa atmosfera de Vênus não permite uma observação ótica direta de sua
superfície. Esta atmosfera também resulta numa pressão de superfície 93 vezes
superior à da Terra ao nível do mar. Embora a atmosfera de Vênus possua 30.000
vezes mais dióxido de carbono do que a atmosfera da Terra os dois planetas
apresentam quantidade semelhantes deste elemento, exceto que em Vênus ele se
concentra na atmosfera e na Terra se concentra nas rochas. O nitrogênio compõe
3,5% da atmosfera de Vênus, água contra 78% da Terra. Enquanto a atmosfera da
Terra contem nuvens de vapor d'água, Vênus possui nuvens de ácido sulfúrico. Os
ventos atmosféricos atingem uma velocidade de 100 metros por segundo em Vênus.
Como estes ventos sopram na mesma direção em que o planeta gira, eles são
chamados de ventos de "super-rotação". Por não ter campo magnético, Vênus é
bombardeado pela radiação solar.
Superfície
A superfície de Vênus tem aproximadamente 500 milhões de anos, o que significa
que ela foi refeita pelo menos uma vez desde a sua formação a, aproximadamente,
4,5 milhões de anos atrás. Este novo revestimento pode ter sido ocasionado pelo
encolhimento ou pela expansão da crosta ou por atividade vulcânica. Há dúvidas
acerca do surgimento da nova superfície de Vênus: se ela se formou a partir de
um único cataclismo ou se foi provocada por uma alta taxa de atividade vulcânica
que foi diminuindo gradativamente até atingir o estágio atual. Oito por cento da
superfície de Vênus é coberta por planícies que foram formados por depósitos
deixados pela atividade vulcânica. Embora atualmente existam abalos, Vênus é uma
possível atividade vulcânica, não há evidências de que exista um sistema global
de placas que se movimentam como na Terra.
Antes da superfície de Vênus ser mapeada, acreditava-se que ela fôsse similar às
áreas pantanosas da Terra. Contudo, Vênus não possui água na forma líquida.
Ainda não ficou claro se já existiu água em Vênus. Contudo, mesmo que um dia ela
tenha existido, a temperatura atual da superfície deste planeta que é de 460º C
(800º F) não permitiria que ela permanecesse na forma liquida, já que esta
temperatura é alta o suficiente para fundir chumbo. Os ventos da superfície de
basalto de Vênus são muito lentos, atingindo apenas 1 metro por segundo.
Embora a superfície de Vênus contenha crateras de impacto, sua quente e espessa
atmosfera evita que elas tenham do que 3 km de diâmetro (1,86 milhas) Um objeto
pequeno ou suficiente para criar uma cratera menor do que esta se queimaria na
atmosfera de Vênus. A atmosfera de Vênus, contudo, permite a formação de algumas
crateras duplas. Acredita-se que elas sejam criadas quando um meteoro se parte
ao passar pela atmosfera e os pedaços caem juntos. Vênus tem um grande cânion
com 6.800 km (4.216 milhas) de extensão que é o maior do sistema solar.
Características de Vênus:
.Temperatura Média durante o dia: 477º C (859º F)
.Pressão aproximada de 93 atmosferas terrestres
.Atmosfera composta por 96% de dióxido de carbono, 3,5% de nitrogênio, 0,1% de
vapor d'água e traços de oxigênio
Vesta (Planeta Menor 4)
Quarto asteróide a ser descoberto. Ele foi identificado por Heinrich Wilhelm
Matthaus Olbers no dia 29 de março de 1807. A órbita de Vesta é elíptica e se
situa entre 2,15 u.a. e 2,57 u.a. de distância do Sol, na parte interna da faixa
de asteróides. Esta órbita, que dura 3,63 anos, apresenta apenas 7 graus de
inclinação com relação à eclíptica.
O formato de Vesta é esférico, com um diâmetro de 390 km (240 milhas) e uma
massa de 3 x 1017 toneladas. Sua superfície brilhante de basalto tem um albedo
de 26%, o que corresponde à magnitude 6. Quando se encontra mais próximo à
Terra, ele pode ser visto a olho nu em noites com céu limpo e escuro.
Via Láctea
Galáxia espiral formada por 200 bilhões de estrelas. Nela residem o Sol e todos
seus planetas. A Via Láctea parece um disco com um grande protuberância chamada
de bojo central. Ele se assemelha a duas metades de uma bola de tênis colocadas
sobre o buraco central de um disco, só que este disco estaria a 100.000 anos-luz
de distância e o centro da bola de tênis a 20 anos-luz. A galáxia é
moderadamente fina se comparada à sua extensão: nas regiões externas, onde se
localiza o Sol, a Via Láctea apresenta uma densidade de 1.000 anos-luz.
A Via Láctea é formada por três partes principais que podem ser separadas de
acordo com o tipo de estrelas: o halo, o núcleo (bojo) e o disco.
O halo é composto por estrelas que se formaram antes da Via Láctea
transformar-se num disco, a partir de uma nuvem esférica. Estas estrelas são
muito velhas e, tendo sido formadas antes do colapso da Via Láctea, elas estão
situadas fora do plano da galáxia (acima e abaixo do disco). Além disso, como
elas se formaram a mais de 15 bilhões de anos atrás, elas possuem poucos
elementos mais pesados do que o hélio e o hidrogênio. Arcturus é uma estrela
pertencente ao halo que atualmente está passando pelo disco, próximo ao Sol.
O bojo (a bola de tênis) é formado por estrelas de pouca massa com idade similar
à das estrelas do halo. O núcleo contém a maior parte da massa visível da
galáxia. No centro do núcleo localiza-se uma fonte de emissão de rádio que
alguns astrônomos acreditam ser um super buraco negro. Infelizmente, a grande
quantidade de poeira e gás presente nesta parte da galáxia impede que a
examinemos com os telescópios óticos.
O disco é composto pelas estrelas jovens e não é muito homogêneo. Por exemplo,
as estrelas do disco tendem a formar grupos chamados de aglomerados abertos, e
há concentrações de gás inter-galáctico que formam os braços dos espirais. Estes
braços dos espirais são ricos em hidrogênio e são compostos basicamente por
jovens estrelas quentes azuis. O disco não é totalmente plano: em direção às
beiradas ele se apresenta deformado, provavelmente devido ao efeito das muitas
galáxias satélites da Via Láctea.
Na galáxia existem grãos intersiderais alongados compostos principalmente de
silício e grafite. Estes grãos absorvem luz, impossibilitando ver-se além de
6.000 anos-luz no plano galáctico. Contudo, os radiotelescópios conseguem
penetrar estas partículas de poeira e, por este motivo, a maior parte das
informações que temos sobre o formato da galáxia foram conseguidas com a
utilização de ondas de rádio.
Aqui aparece uma esfera de matéria escura, chamada corona, circundando a Via
Láctea, que possui 10 vezes mais matéria visível do que a galáxia.
Viking, Espaçonave
Duas sondas espaciais americanas enviadas para estudar Marte, em 1976. As sondas
eram compostas por duas partes: um orbitador e um aterrissador. O orbitador
fotografou Marte à procura de um local para aterrissagem. Uma vez encontrado o
local ideal, a Viking aterrissou e efetuou experiências em busca de sinais de
vida. Composto por três pés almofadados, os aterrissadores tinham 2,1 m de
altura e pesavam 599 kg. Eles eram equipados com coletores de amostras mecânicos
e com câmeras de televisão e antenas para enviar sinais à Terra.
Virgo (Virgem)
Constelação situada na região equatorial do zodíaco. O Sol cruza o equinócio de
outono nesta constelação por volta do dia 21 de setembro. A estrela Gama de
Virgem, uma estrela dupla cujos componentes brilham nas magnitudes 3,63 e 3,60,
completa uma órbita a cada 171,76 anos. A única estrela brilhante desta
constelação é Spica, porém ela possui milhares de galáxias distantes (o
Aglomerado de Virgem) incluindo a Galáxia Sombrero (M104).
Virgo A (M87)
Maior fonte de rádio da constelação de Virgem. Os astrônomos acreditam que esta
enorme galáxia abrigue um volumoso buraco negro e que as ondas de rádio irradiem
de um jato de gás com 4.000 anos-luz de comprimento que emana do núcleo.
Observações recentes efetuadas pelo Telescópio Espacial Hubble detectaram
violentos gases espiralando próximo a seu núcleo, o que confirma a existência de
um buraco negro. Esta é também uma forte evidência da existência dos buracos
negros.
Volans (Peixe-Voador)
Constelação austral cujas estrelas não apresentam magnitude superior a 3,5.
Von Braun, Werner (1912-1977)
Engenheiro alemão, naturalizado americano, que foi uma das pessoas que projeto o
maior foguete do mundo: Saturno V. Quando adolescente, ele ajudou o pioneiro dos
foguetes espaciais, Hermann Oberth, na Sociedade Alemã de Viagens Espaciais. As
forças armadas alemãs se interessaram pelo trabalho de Von Braun e financiaram
sua tese de doutorado cujo tema levou ao desenvolvimento do foguete V-2.
Em 1944, von Braun foi preso pela polícia secreta nazista, acusado de mostrar
mais interesse pelo desenvolvimento dos foguetes espaciais do que pela guerra.
Próximo ao final da guerra, von Braun e sua equipe foram para o sul da Alemanha
aonde se entregaram às forças americanas. Eles continuaram suas pesquisas sobre
foguetes em Areias Brancas, no Novo México e em Huntsville, no Albama, onde
construíram o míssil Redstone.
Vostok
Primeira cápsula soviética a efetuar vôos tripulados. Vostok era uma esfera
selada de 2,3 m de diâmetro, pesando 2.400 kg. Ela mantinha as condições normais
de pressurização do ar e podia abrigar um cosmonauta durante 10 dias.
MissãoData de LançamentoResultados
Vostok 112 de abril, 1961Primeiro vôo espacial tripulado. Yuri Gagarin
completou uma órbita ao redor da Terra.
Vostok 206 de agosto, 1961Gherman Titov efetuou um vôo com duração de um
dia
Vostok 311 de agosto, 1962Adrain Nikoleyev completou 64 órbitas,
aterrissando no dia 15 de agosto.
Vostok 412 de agosto, 1962Paval Popovich completou 48 órbitas ao mesmo
tempo em que a Vostok 3 estava no espaço.
Vostok 514 de junho, 1963Valerie Byovshy completou 81 órbitas retornando
dia 19 de junho.
Vostok 616 de junho, 1963Valentina Tereshkava tornou-se a primeira
astronauta do sexo feminino.

Voyager
Par de naves-robô lançadas em 1977 para estudar os planetas gigantes gasosos. A
NASA aproveitou o alinhamento do sistema solar exterior para lançá-los. As
sondas utilizaram a força da gravidade para ultrapassar os planetas e chegarem a
seus destinos. Enquanto a Voyager 1 visitou apenas Júpiter e Saturno, a Voyager
2 explorou todos os gigantes gasosos.
Ambas as naves levaram dois conjuntos de instrumentos. O primeiro servia para
examinar continuamente as cercanias da nave, medindo os raios cósmicos, o campo
magnético e o vento solar. O segundo possuía câmeras e sensores utilizados
apenas durante os encontros planetários. As sondas eram equipadas com um pequeno
reator de plutônio 238 e carregavam um radiotelescópio para enviar dados à
Terra.
A Voyager 1 chegou a Júpiter em 1979, tendo ficado mais próxima no dia 5 de
março. Depois, seguiu para Saturno onde chegou no dia 12 de novembro de 1980.
Finalmente saiu do plano do sistema solar. A Voyager 2 chegou em Júpiter no dia
9 de julho de 1979 e em Saturno durante o mês de agosto 1981. Seguiu então para
Vênus aonde chegou em 24 de janeiro de 1986. Finalmente, a Voyager 2 passou por
Netuno no dia 24 de agosto de 1989.
O objetivo das duas missões era estudar a atmosfera, as luas e os anéis dos
planetas. Elas tiraram milhares de fotos, mostrando detalhes que seriam
impossíveis de serem vistos a partir da Terra. Durante suas breves visitas, as
espaçonaves Voyager revelaram mais sobre os gigantes gasosos do que os
astrônomos conseguiram juntar de informações durante 300 anos de observações por
telescópio.
Vulpecula (Raposinha)
Constelação boreal esmaecida situada próxima à constelação de Cisne, mais
visível no verão. Sua estrela mais brilhante apresenta uma magnitude de apenas
4,63, porém nela se encontra a nebulosa planetária M27, chamada de Nebulosa da
Bola de Sabão. O primeiro pulsar, CP 1919, foi encontrado nesta constelação.


Letra W


Whipple, Fred Lawrence (1906)
Astrônomo americano que em 1949 propôs que os cometas era "bolas de gelo sujo".
Este modelo diz que os cometas são formados por poeira e rochas que são mantidas
unidas por gases congelados, como a amônia e o metano. Até 1942, Whipple
descobriu seis cometas.
White, Edward Higgins II (1930-1967)
Em 3 de junho de 1965, ele se tornou o primeiro americano a andar no espaço.
Durante este passeio de 21 minutos fora da nave Gemini 4, ele se movimentou com
o auxílio de uma pistola de gás. White faleceu num incêndio durante um
treinamento de uma missão Apolo.


lETRA x


Letra Y


Yegorov, Boris Borisovich (1937)
Soviético que em outubro de 1964, durante o vôo da nave espacial Voskhod 1,
tornou-se o primeiro físico a participar de vôo espacial tripulado. A espaçonave
viajou a uma distância de 409 km (254 milhas) da Terra, a maior, até aquela
época, com pessoas a bordo. Durante o vôo espacial, Yegorov e os outros
cosmonautas vestiram roupas de lã e tornaram-se as primeiras pessoas a vestir
uma roupa não-espacial no espaço.
Yeliseyer, Alexi Stanislovovich ( 1934)
Cosmonauta soviético que participou da missão Soyuz 5 em janeiro de 1969.
Durante este vôo, quando foi efetuada a primeira acoplagem de espaçonaves com
tripulação dupla, Yeliseyer foi andando no espaço até a nave Soyuz 4. Em outubro
de 1969, juntamente com Shatalov, participou da missão Soyuz 8 que efetuou
manobras com a Soyuz 6 e 7. Em abril de 1971, ele viajou na nave Soyuz 10, que
se encontrou com a estação espacial Salyut. Além disto ele foi o diretor do vôo
conjunto Apolo-Soyuz.
Yerkes, Observatório
Observatório fundado em 1875 por Hale, na Baía de Williams, no estado de
Wisconsin. Situado a 334 m de altitude, ele é equipado com um telescópio
refrator de 102 cm, o maior do mundo.
Young, John Watts (1930)
Astronauta americano que comando a espaçonave Gemini 10. Ele participou da
primeira missão americana tripulada por duas pessoas: Gemini 3. Em maio de 1969
ele pilotou o módulo de comando no teste de alunagem da Apolo 10. Em abril de
1972, comandou a missão Apolo 16 e, juntamente, com Charles Duke, passou 20
horas e 15 minutos na superfície lunar, durante a estadia de 71 horas e 2
minutos da nave Apolo 16.


Letra Z


Zênite
Ponto mais alto no céu, oposto a "nadir". O ângulo formado entre o zênite e um
objeto é a distância de zênite.
Zero Absoluto
Menor temperatura possível. À temperatura zero absoluto (-273,15º Celsius;
-459,67º Fahrenheit) não existe energia para ser transferida para outros átomos,
portanto o corpo celeste estará tão frio quanto possível.
Zwicky, Fritz (1898-1974)
Astrofísico suíço que em 1934, juntamente com Baade, descobriu que as novas eram
diferentes das supernovas e que, embora a maior parte de uma estrela seja
destruída numa explosão de uma supernova, o núcleo da estrela pode gerar uma
estrela de nêutrons.

Repassando:
 
Enciclopédia de Astronomia - GRESUPE - Grupo de Estudos Ufológicos de Pernambuco.txt




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