domingo, 16 de março de 2014 By: Fred

{clube-do-e-livro} LANÇAMENTO: CURSO PARA DIRIGENTES E MONITORES DE DESENVOLVIMENTO PRÁTICO MEDIÚNICO - SÍLVIA C.S. -TEXT

Essa famosa pintura de
Correggio (1498-1534) foi
escolhida como capa, pois
esta cena está de acordo
com as propostas cristãs do
Desenvolvimento Prático
Mediúnico deste curso.

Nada melhor para
representar o começo da
lição àqueles que irão
trabalhar com a
mediunidade; o exemplo do
menino Jesus envolto em
palhas dando-nos a primeira
lição da humildade; e Maria,
representando a paciência
da maternidade para que as
leis divinas se cumpram.


Esta homenagem à Edgard
Armond vem de encontro ao
profundo reconhecimento
por sentir-me apoiada por
seu Espírito ao longo
desta tarefa.


O conteúdo da frase deixada
por ele norteou os caminhos
para o planejamento deste
livro.


"O desenvolvimento
mediúnico deve libertar-se
do empirismo, do misticismo
religioso, do arbítrio pessoal
e das improvisações,
evoluindo para o aspecto
científico-religioso, com
bases e métodos claros e
positivos, sob orientação de
pessoas de bom senso
preparadas previamente e
habilitadas em todos os


sentidos."


Ao trabalhador espírita
incansável, responsável
pelo que de melhor hoje
possuímos dentro da FEESP,
meu respeito e admiração.


A Autora


CDM

Curso para Dirigentes e Monitores
de Desenvolvimento Prático Mediúnico


Silvia Cristina Stars de Carvalho Puglia

CDM

Curso para Dirigentes e Monitores
de Desenvolvimento Prático Mediúnico

Federação Espírita do Estado de São Paulo


Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 5988 de 14/12/73.
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Ficha Catalográfica
Pela Editora


Puglia, Silvia Cristina Stars de Carvalho, 1944 CDM
- Curso para Dirigentes e Monitores
de Desenvolvimento Prático Mediúnico

Silvia Cristina Stars de Carvalho - São Paulo: Edições FEESP


Federação Espírita do Estado de S. Paulo, 1994, 259 p.

1ª Edição - Outubro/1994

Bibliografia

1. Espiritismo II. Título
índice para catálogo sistemático:

1. Espiritismo 133.9
Federação Espírita do Estado de São Paulo
Livraria e Editora Espírita "Humberto de Campos"

Rua Santo Amaro, 372 - 01315-000 - São Paulo, SP
Tel.: (011) 607-5544 Fax:(011) 604-5245
CGC 61.669.966/0003-72 IE 112.061.126.114

Área de Divulgação

Diretor: Caio Atanácios Petro Salama
Coordenação Editorial: Júlia Nezu Oliveira

Apoio


INFORMÁTICA


Prólogo

O Curso de Preparação de Dirigentes e Monitores para Prática
Mediúnica (CDM) foi criado na Federação Espírita do Estado de São
Paulo, dentro da Área de Ensino, no ano de 1992, atendendo aos
apelos das casas espíritas ainda inseguras em como executar a tarefa
mediúnica e principalmente como desenvolver e educar a mediunidade
dos que ali chegam necessitados de aprendizado.

Sendo difícil, para a equipe de apoio aos Centros Espíritas, dar
assistência individual, este curso permite que dirigentes de muitos
Centros Espíritas possam freqüentá-lo e se prepararem para o trabalho
prático medúnico.

O curso, com duração de um ano, é ministrado em aulas semanais
de duas horas. Além da aula expositiva sobre o tema da prática
mediúnica do dia, os alunos participam elaborando o planejamento
de aula em casa e treinam em classe como trabalhar a prática
mediúnica.

Desde o início, a expositora e coordenadora Silvia Puglia, autora
deste livro, apostilou o conteúdo das aulas para facilicitar o
aprendizado. As solicitações cresceram e hoje, tornando-se inviável
produzir tantas cópias xerográficas, nasceu mais um livro texto.

A autora é professora especializada em metodologia educacional,
militante no movimento espírita desde 1979, expositora de Evangelho
na assistência espiritual, expositora e dirigente no curso de educação
mediúnica e coordenadora do Curso de Preparação de Dirigentes e
Monitores para a Prática Mediúnica.

Silvia é merecedora do nosso reconhecimento pelo profícuo,
trabalho que vem prestando à área de ensino e à FEESP na divulgação
da Doutrina Espírita e do Evangelho de Jesus.

Que o nosso Mestre Jesus a abençoe e sustente nesta difícil tarefa.

Júlia Nezu Oliveira

Diretora da Área de Ensino FEESP


Ao Leitor

Este livro foi elaborado no ano de 1993,
durante o Curso para Dirigentes e Monitores de Desenvolvimento
Prático Mediúnico (CDM), quando diretora da Área de Ensino, Júlia
Nezu de Oliveira, e diretora das Escolas de Educação Mediúnica,
Nadir Opitz.

São quinze aulas com a finalidade de auxiliar os alunos do curso
a acompanhar os estudos e planejar, com entendimento, suas aulas
práticas, dentro da proposta de conhecimento e evangelização da
Doutrina Espírita.

Seguindo os passos de Edgard Armond, fundador das Escolas na
Federação Espírita do Estado de São Paulo, nos sentimos seguros de
apenas reorganizar as aulas práticas dentro de suas diretrizes
básicas, para esse momento em que a Doutrina Espírita ganha
inúmeros adeptos no Brasil; também respaldados nos livros sobre
mediunidade de Andre Luiz, psicografados por Francisco Cândido
Xavier, as aulas teóricas se tornaram bastante elucidativas no que se
refere ao desenvolvimento mediúnico. Muitos estudiosos do espiritismo
também foram alvo de nossas pesquisas, aqueles que como Kardec,
analisam a mediunidade com responsabilidade cristã. Seus nomes
encontram-se nas bibliografias que antecedem as aulas.

Querendo enfatizar a evangelização dentro do desenvolvimento
prático mediúnico utilizamos ilustrações com pinturas famosas sobre
diversos aspectos mediúnicos no Evangelho. Continuando neste
raciocínio, a escolha da capa recaiu sobre a pintura de Corregio
(1498-1534), Florença - Galeria dos Uffizi, porque nada melhor para
representar o começo, àqueles que irão trabalhar com a mediunidade,
do que o exemplo do menino Jesus envolto em palhas, símbolo maior
da humildade, e Maria representando a paciência, sob os auspícios
da maternidade para que as leis divinas se cumprissem.

As aulas contém uma parte teórica expositiva, com ilustrações
elucidativas, exercícios para fixação e verificação do aprendizado e
planejamento de aulas práticas.

Com este livro pretendemos homogeneizar com bom senso o dever
amoroso de todos que lidam com a mediunidade dentro da Seara de


Jesus, evitando improvisações para que as tarefas com as nossas
programações reencarnatórias sejam cumpridas e ajudemos nossos
irmãos desta caminhada a produzirem seus melhores frutos.

Acreditando em Deus, como um Pai misericordioso, tivemos a
certeza de nunca estarmos sozinhos. Por isso agradecemos ao Plano
Espiritual que nos protegeu, incentivando-nos a continuar em vários
momentos difíceis. Do mesmo modo, o nosso apreço aos queridos
familiares, amigos e colegas de trabalho.

Nosso reconhecimento sincero a Ricardo de Carvalho Barizza,
Ricardo Pfeil e Júlia Nezu de Oliveira por tornarem possível esta
publicação, acreditando que esta possa trazer maior libertação pelas
propostas que contém.

Num fraterno abraço deixamos registrada nossa admiração por
Nadyr Opitz, responsável por guiar nossos passos rumo ao aprendizado
do Desenvolvimento Prático Mediúnico.

Silvia Cristina Stars de Carvalho Pug lia


Índice


Aula 1
Introdução ao Curso 01
Aula 2
Planejamento de Aulas Práticas 11
Aula 3
Preparo do Ambiente I Concentração
21
Aula 4
Preparo do Ambiente II 33
Aula 5
As Cinco Fases Adotadas para o Desenvolvimento Mediúnico 45
Aula 6
As Cinco fases Adotadas para o Desenvolvimento Mediúnico
Quinta Fase - Manisfestação Psicofonia
67
Aula 7
Radiação, Vibração, Doação, Cura e Corrente Magnética 81
Aula 8
Vidência e Audiência 101
Aula 9
Ondas, Percepções e Aura 119
Aula 10
Comunicações, Psicografia, Pneumatografia e Psicopictografia 139
Aula 11
Telepatia, Psicofonia e Psicografia - Revisão 157
Aula 12
Desdobramento 173
Aula 13
Desobsessão 187
Aula 14
Psicometria 211
Aula 15
Diagnóstico 233


AULA 1

Introdução ao Curso


Sumário

O Que é o Curso de Desenvolvimento Mediúnico

03
As Escolas de Educação Mediúnica no Brasil e em São Paulo - Histórico

da Fundação e Continuidade 03
a - Instruções de Allan Kardec 03
b - Dr. Bezerra de Menezes 04
c - Edgard Armond 04
d - Fraternidade dos Discípulos de Jesus 04
O Porquê do Curso CDM 05
Programa de Ação: Edgard Armond 05
O Trabalho dos Dirigentes 06
Importância do Trabalho dos Monitores - Deveres Básicos 06
Direcionamento dos Trabalhos do CDM 08
Parte A - Evangelho 08
Parte B - Doutrina 08
Ia Fase: Expositiva 08
2a Fase: Fixação do Aprendizado 09
3a Fase: Verificação do Aprendizado 09
Parte C - Prática 09

Bibliografia

1- Canuto Abreu - Bezerra de Menezes, As Instruções de Kardec
2- Edgard Armond, Mediunidade, cap. 40
3- Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII "Os Bons Espíritas",

cap. XXI "Conhece-se a Árvore Pelos Frutos" e cap. XXIV "A Coragem da Fé"

4- Emmanuel - Francisco Cândido Xavier, Pão Nosso, cap. 4 "Antes de Servir" (Jesus,

Mateus 20:28)


Aula Especial para Introdução do Curso

O Que é o Curso de Desenvolvimento Mediúnico

"O desenvolvimento mediúnico deve libertar-se do empirismo do
misticismo religioso, do arbítrio pessoal e das improvisações, evoluindo para

o aspecto científico-religioso, com bases e métodos claros e positivos e sob
orientação de pessoas de bom senso preparadas previamente e habilitadas
em todos os sentidos." (Edgard Armond)
As Escolas de Educação Mediúnica no Brasil e
em São Paulo - Histórico da Fundação e Continuidade.

a- Instruções de Alian Kardec

Sociedade Espírita, Rio de Janeiro, Fevereiro de 1889.
Fraternidade através do médium Frederico Pereira da Silva Júnior.

"Meus amigos! É possível que eu seja injusto convosco naquilo que vou
dizer: O vosso trabalho, feito todo de acordo - não com a doutrina - mas com

o que interessa exclusivamente aos vossos sentimentos, não pode dar bom
fruto. Esse trabalho, sem método, sem regime, sem disciplina, só pode, de
acordo com a doutrina que esposastes, trazer espinhos que dilacerem vossas
almas, dores pungentes aos vossos espíritos, por isso que, desvirtuados os
princípios em que ela se assenta, dais entrada constante e funesta àquele que
encontrando-vos desunidos pelo egoísmo, pelo orgulho, pela vaidade,
facilmente vos acabrunhará, com todo o peso da sua iniqüidade.
Mas onde a vantagem das subdivisões? Onde o interesse real para a
doutrina e seu desenvolvimento? Na dispersão que fazeis do vosso grande
todo, dando já desse modo um péssimo exemplo aos profanos, por isso existe
a fraternidade e vos dividis cheios de dissensões?

Para a propaganda precisamos dos elementos constitutivos dela.
Pergunto: Onde é a Escola dos Médiuns? Existe? Porventura os homens que
têm a boa vontade de estudar convosco os mistérios do Criador, preparando
seus Espíritos para o ressurgir na outra vida, encontram em vós os


instrumentos disciplinados - os médiuns perfeitamente compenetrados do
importante papel que representam na família humana e cheio dessa seriedade,
que dá uma idéia exata da grandeza da nossa doutrina? Ou a vossa
propaganda se limita tão somente a falar do Espiritismo? Ou os vossos
deveres e as vossas responsabilidade, individuais e coletivas, se limitam a
dar a nota do ridículo àqueles que vos observam, julgando-vos doidos e
visionários?"

b- Dr. Bezerra de Menezes

Fundou a Escola de Médiuns em 1890, sempre animado pelo Espírito
de Santo Agostinho e pelas instruções dadas por Allan Kardec. Não teve
êxito. O primeiro Centro em São Paulo foi fundado por Antônio Gonçalves da
Silva Batuíra.

c- Edgard Armond

Fundador das Escolas Mediúnicas na Federação Espírita do Estado de
São Paulo (por volta de 1951).

Opiniões valiosas para o bom desempenho das nossas tarefas:

• André Luiz, no livro Os Mensageiros, mostra vários depoimentos de
Espíritos que vieram com tarefas mediúnicas e falharam por vaidade e
interesses próprios.
• Edgard Armond: "Os médiuns em sua generalidade não são missionários
na acepção comum do termo, são almas que fracassaram desastradamente...
A mediunidade para a maioria dos homens é Misericórdia Divina, concedida
como ferramenta de trabalho para a evolução e libertação do espírito".
• Herculano Pires sobre a evolução do Espiritismo, "Não é através de
pretensas revelações mediúnicas de Espíritos e médiuns invigilantes e
vaidosos, nem de percepções de videntes convencidos de suposta investidura
missionária, e muito menos de reformas idealizadas por cientistas
improvisados, que se fará o progresso do Espiritismo".
d- Fraternidade dos Discípulos de Jesus

No plano físico e no espaço. Primeiro contato com esta fraternidade foi
em 1940. Organização no plano físico em 1954 por Edgar Armond. Símbolo:
trevo de três folhas.


O Porquê do Curso CDM

Crescimento do movimento espírita e conseqüente necessidade de
reorganização para o maior desenvoltura de monitores e dirigentes e o
melhor atendimento aos alunos que precisam educar e desenvolver a
mediunidade com Jesus, nos três aspectos: intelectual, moral e técnico.

Programa de Ação: Edgard Armond

a-Deveres Sociais: o trabalho mediúnico deve reforçar a responsabilidade
com a família e a sociedade.

b- Bens Materiais: a mediunidade deve ser exercida na riqueza ou na
pobreza sem inquietação. Ex.: parábola de Jesus: "Olhai as aves do céu e os
lírios do campo".

c-Especulação: Mediunidade Gratuita, ESE, cap. XVI

Ex.: apóstolo Paulo que tirava de suas mãos calejadas o seus sustento
material.

d- Práticas Inferiores: Lutar contra as más influências dos dois planos
"Orai e Vigiai".

e- Respeito às Leis: "A César o que é de César, a Deus o que é de Deus".

f- Atitude Ante o Bem e o Mal: Ambas exercem influência benéfica na
evolução dos seres, porque é dos contatos com uma e outra que resultam a
experiência e a aplicação sábia do livre arbítrio. Misericórdia e tolerância.
g- Necessidade de Estudo Constante: Ser médium não é agir desvendando

mistérios, mas servir, elevando-se gloriosamente para Deus.

Como vimos, o Programa de Ação, adotado por Edgard Armond, já ao
florescer da área de ensino, é de profundo bom senso, motivo pelo qual
estamos de acordo em continuar a adotá-lo.

Devemos acrescentar porém, que tanto ele como outros estudiosos do
Espiritismo, que respeitamos profundamente, como Hermínio C. Miranda,
Moacyr Petroni, Wenefredo de Toledo, Herculano Pires, Martins Peralva,
consideram que o desenvolvimento mediúnico deva ser feito com poucos
alunos para que sejam melhor observados, e por dirigentes capacitados,
amorosos, que planejam devidamente seus trabalhos e consigam ser flexíveis,
pois não há um médium igual à outro, existem apenas semelhanças...

Por esse motivo, com o número avançado de classes e número de alunos
(média de 70 a 100 por classe), traçamos esta programação, para este Curso
Especializado em Desenvolvimento Prático Mediúnico.

Entendendo que os grupos devam ser pequenos e que os médiuns
devam ter confiança no dirigente, este curso propõe aos monitores que


sirvam de dirigentes assistentes dentro da sala de aula. Assim sendo, eles
têm as mesmas responsabilidades que o dirigente geral dos trabalhos,
devendo ter todo o conhecimento da Doutrina e técnicas apropriadas para a
parte prática. Por esse motivo os monitores devem ficar sempre com o mesmo
grupo, criando um clima de amizade e confiança entre os participantes e eles
próprios.

Aqueles que porventura não compreendem, porque treinamos também
monitores para dirigentes, no curso CDM, realmente não estão a par do altos
propósitos da área de ensino, em especial da área mediúnica, em trabalhar
da melhor maneira possível, dentro do que nos é oferecido em ambiente de
trabalho, e número de alunos excessivo para que as tarefas definidas com a
mediunidade realmente produzam frutos.

O Trabalho dos Dirigentes

Traçamos um esquema para o planejamento de aulas, tendo em vista
tornar o desenvolvimento mediúnico mais eficiente, mais didático, para que
as técnicas usadas, sejam refletidas, estudadas anteriormente, aprendendo

o dirigente a orientar devidamente, levando os médiuns a descobrirem suas
potencialidades e colocá-las em prática, a serviço dos semelhantes.
Para os dirigentes e monitores, separamos alguns itens do Evangelho
Segundo o Espiritismo que devem ser por eles observados e colocados em
prática ao longo de sua jornada.

1- ESE - XXIV - Não Coloqueis a Candeia Sob o Alqueire; itens 13 a 16,
A Coragem da Fé.
2- ESE - XXI -Haverá Falsos Cristos e Falsos Profetas; item 123,
Conhece-se a Arvore pelos Frutos.
3-ESE-XVII- Sede Perfeitos; item3, O Homem de Bem; item 4, Os Bons
Espíritas; e item 10, O Homem no Mundo.

Os dirigentes e seus auxiliares diretos, os monitores, sempre deverão
estar unidos pelo amor, pela compreensão da verdadeira caridade, formando
uma equipe harmônica.

Só conseguirão autoridade na direção de um trabalho mediúnico pelo
exemplo da humildade e tolerância.

Importância do Trabalho dos Monitores

1- Preparar-se em casa para o importante trabalho a ser realizado na
Seara de Jesus, com orações, bons pensamentos, alimentação frugal, e


descanso do organismo físico.
2- Estudar o capítulo do livro Seara dos Médiuns, e o Evangelho referente

ao dia de trabalho.
3- Chegar no mínimo 15 minutos antes da aula começar.
4- Vestir-se convenientemente para o trabalho; decotes, e objetos de

adorno que façam barulho não devem ser usados.
5- Lembrar-se que a disciplina é importante para a realização do trabalho,
mas não confundir com mau humor e cara feia.
6- A alegria faz parte do bom andamento do trabalho, mas não confundir
com piadas, conversas nefastas, abraços indiscretos e barulho.
7- Prestar muita atenção à aula, sem conversar com os colegas ou com os
alunos; também verificar se os alunos estão atentos, principalmente os que
fazem parte do seu grupo.

8- No momento do treino prático mediúnico, procurar não se movimentar
e não tocar no aluno, para que ele possa concentrar-se convenientemente.
9- Caso o trabalho seja de elucidação de entidades sofredoras, deixar que

o Espírito fale através do médium, dando-lhe oportunidade de desabafar;
nunca começar evangelizar sem antes ouvir o que o espírito tem a dizer.
10- Jamais perguntar nomes e de onde vêm para as entidades sofredoras.
O importante é tentar receber inspirações dos benfeitores e juntá-las aos
conhecimentos evangélicos. Usar sempre o bom senso e o amor através de
palavras ternas, que consolem.

11- Caso o aluno se exceda, sempre dizer com calma, que o médium é dono
da sua vontade e que o Espírito só vai fazer o que ele (médium) quiser.
Portanto, o monitor não deve aplicar passes ou gesticular, como se estivesse
num local de rituais. Mostrar ao aluno que é ele quem deve educar-se e
disciplinar o Espírito comunicante. Fazer uma oração em silêncio, pedindo
ajuda aos benfeitores. Permanecer sempre atentos de olhos abertos.

12- Caso não consiga conter o médium, avisar discretamente o dirigente
para que tome providências. Isto apenas em último caso.

13- O monitor deverá sempre anotar em seu caderno, na frente do nome
do aluno, o que se passa com ele, qual o tipo de mediunidade que está
apresentando, se acompanha o trabalho ou dorme. Deverá permanecer
sempre com o mesmo grupo sendo amigo sincero dos participantes.

14- Guardar as anotações para a reunião com o dirigente de classe e
também caso necessite deixar o trabalho, poder passá-las ao novo monitor do
grupo.

15- Quando fizer a apuração, procurar mais ouvir do que explicar. Deixar
as explicações para que o dirigente as faça de maneira geral, para toda a
classe. Se tiver vidência, juntá-la à apuração do grupo.

16- As apurações deverão ser sintetizadas, não mencionando o nome do
aluno.


17- O monitor deverá falar alto, para que todos ouçam.
18- Dar exemplo de disciplina e assiduidade.
19- O sono. Se o aluno dormir, sempre no treino prático mediúnico

,conversar com o dirigente em particular e verificar se ele dorme também
durante as exposições da Doutrina e do Evangelho, mas nunca chamar a
atenção do aluno na frente dos colegas.

20- Lembrar-se que estamos em um trabalho de caridade, e se os alunos
estão necessitados de auxílio nós precisamos ser firmes, porém amorosos
como Jesus ensinou a Pedro na Casa do Caminho: "Pedro, lembra-te de que
não fomos chamados para socorrer as almas puras...Venho rogar-te a
caridade do silêncio quando não possas auxiliar! Suplico-te para os filhos da
minha esperança a esmola da compaixão...".

Nota: Em uma sala de Educação Mediúnica todos são monitores: expositores,
secretários e dirigentes de grupo.

Direcionamento dos Trabalhos do CDM

No início de cada curso, dependendo do número de aulas previstas, e de
acordo com o tempo estabelecido, disciplinaremos os trabalhos da seguinte
maneira:

Parte A • Evangelho

O Evangelho deverá ser relacionado com a aula do dia e o expositor
deverá ser bastante objetivo, não deixando por esse motivo de consolar e
esclarecer sobre a reforma íntima, indispensável em qualquer trabalho da
Doutrina Espírita.

A bibliografia recomendada é Pão Nosso, de Emmanuel, psicografado
por Francisco Cândido Xavier.

No segundo semestre esta tarefa será realizada pelos monitores.

Parte B -Doutrina

1e Fase: Expositiva

O expositor no tempo permitido deverá abordar o tema com bastante
profundidade, para isso deverá pesquisar a matéria na bibliografia e ser
objetivo, poderá usar recursos visuais didáticos que ajudem também no que
diz respeito ao tempo de exposição.


2- Fase : Fixação do Aprendizado

O expositor escolherá cada dia um aluno diferente para expor a tarefa
que foi determinada à classe na aula na anterior. Bibliografia recomendada:
Missionários da Luz e Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz.

Essa tarefa sempre corresponderá ao conteúdo da aula expositiva.
Poderá também fazer algumas perguntas relacionadas ao texto lido. (É uma
oportunidade para os alunos estudarem a matéria em casa.)

3ª Fase: Verificação do Aprendizado

O expositor poderá trazer material didático próprio para essa fase, das
mais variadas maneiras, como exemplo:

1- Perguntas e respostas entregues aos alunos em uma cartolina retangular
(5x20)cm. Quando um aluno lê a pergunta, o que recebeu a resposta, deverá
dizer que a tem e ler para a classe em voz alta e todos observarão se está
correta.

2- Respostas em cartolinas (de cores diferentes) que deverão ser colocadas
na lousa, em lugar adequado.

Parte C -Prática

O aluno previamente escalado deverá dirigir a aula do dia no máximo
em 40 minutos. Este aluno entregará ao dirigente seu planejamento de aula
por escrito para que seja corrigido.

Depois da aula, o dirigente fará oralmente as correções devidas (postura,
voz, linguagem e a aula propriamente dita, que deve passar pelo roteiro
adotado para o Desenvolvimento Mediúnico de acordo com a aula dada).

É importante que os alunos percebam se o objetivo foi atingido dentro
do que a aula se propunha. As correções do dirigente serão feitas com
humildade e carinho.

Quando todas as aulas básicas já tiverem sido abordadas e corrigidas,
poderemos fazer um treino mais intensivo com dois alunos por dia, expondo
por dez minutos teoricamente a sua aula, antes da aula prática por ele
mesmo elaborada.

Essas aulas já poderão ser as complementares que abordam diversos
tipos de mediunidade ao mesmo tempo. Os alunos que se candidataram no
primeiro semestre a Dirigente de Treino Prático Mediúnico, já terão passado
por uma seleção e, assim sendo, treinaremos aqueles que melhor aptidão
revelarem para o trabalho, no segundo semestre.


NA.: Lembramos aqui, o começo da jornada de Paulo de Tarso, na estrada de
Damasco, ao ser chamado por Jesus: "Saulo, Saulo porque me persegues?".


AULA 2


Planejamento de Aulas Práticas


Sumário

Roteiro para Elaboração do Plano de Aula

13
Análise para a Elaboração do Plano de Aula

14
1° Passo - Tema

15
2o Passo - Tempos

15
3o Passo - Objetivos
Objetivo Geral

15
Objetivo Específico

16
4° Passo - Harmonização do Ambiente

16
5o Passo - Preparo do Ambiente

16
a - Preparo Individual do Médium para a Concentração

16
b - Harmonização com os Colegas e com o Plano Espiritual

17
c - Limpeza do Ambiente

I7

6o

Passo - Trabalho do Dia

17

7o

Passo - Verificação

17
Perguntas para Verificação do Aprendizado

18

12


Planejamento de Aulas Práticas
Roteiro para Elaboração do Plano de Aula



Análise para a Elaboração do Plano de Aula

Este esquema foi elaborado, visando dar aos dirigentes e seus assistentes
diretos, os monitores, uma real visão de método e responsabilidade com que
deverá ser encarado o desenvolvimento prático mediúnico.

Esse trabalho foi iniciado, quando no curso CDM, elaborou-se um
Roteiro para Parte Prática.

Considerando que esse roteiro deva ser seguido pelos dirigentes para
que haja homogeneidade dentro das classes de educação mediúnica, neste
novo roteiro para elaboração do plano de aulas foram colocadas as diretrizes
de uma forma mais didática, para que o dirigente evite improvisações, como
leituras de aula, gerando muitas inseguranças para ele e também para seus
auxiliares diretos.

Deixamos aqui registrada a opinião de Edgard Armond à esse respeito
em TPM: "O hábito de ler preces especiais acaba por torná-las um ato
mecânico, inexpressivo, sem emoção e sem poder.".

Com método apropriado, o aluno certamente confiará muito mais na
equipe harmônica, que tem objetivos claros e definidos, que chega na sala
com planejamento dentro de um programa pré-estabelecido, e tem condições
de verificar as possibilidades do desenvolvimento mediúnico de cada aluno.

O empenho na elaboração do planejamento, com todos os seus objetivos
e fases a serem seguidas, vai com certeza dar mais clareza e entendimento
ao trabalho educativo. Não podemos esquecer que nosso curso é de educação
mediúnica, antes de tudo.

O planejamento visa fazer o dirigente pensar e estudar o que deva ser
dito, a melhor maneira de levar o aluno à chegar nas diversas fases à que aula
se propõe, conquistando a confiança em si mesmo, e por que não dizer
programar a sua própria reforma íntima, pois no momento de estudar o
planejamento, estará refletindo não só sobre conceitos técnicos, como também
evangélicos... Dará também maior segurança ao dirigente quanto à linguagem,
evitando vícios e erros de concordância.

O planejar do dirigente deve ser antes de tudo voltado para o amor aos
semelhantes. Dele depende toda vibração amorosa, o clima de amizade tão
necessário dentro da sala.


Io

Passo -Tema

Verificar qual o tema de aula na programação do curso que trabalha:

• DPM (Desenvolvimento Prático Mediúnico): alunos que ainda não fizeram
a Educação Mediúnica e cursam o Preparatório, Básico I e II ou Aprendizes
do Evangelho
• Primeiro Ano Mediúnico
• Segundo Ano Mediúnico
• Aprimorando Mediúnico: alunos que já cursaram a Educação Mediúnica e
visam aprimoramento das faculdades.
2° Passo • Tempos

De posse da programação, estabelecer o tempo das diversas fases,
dentro do tempo integral pré estabelecido, que hoje é de 50 minutos. Assim,
a distribuição estará de acordo com os objetivos de cada aula. Por exemplo,
para uma aula de desobsessão daremos mais tempo para a terceira fase, e
menos para a primeira e segunda. Numa aula de DPM ou Primeiro Ano
Mediúnico, onde as cinco fases estão sendo abordadas, e os alunos ainda não
têm, na sua maioria, condições de relaxar para uma boa concentração, nos
demoraremos mais na preparação do ambiente, ou seja, a segunda fase.

Algumas vezes os dirigentes notam que precisam dar mais
esclarecimentos, devido à apuração feita em aula anterior e se utilizam de
mais tempo na primeira fase, ou seja, a dos esclarecimentos técnicos,
reforma íntima, etc. O importante é planejar para não ultrapassar o horário,
em prejuízo do trabalho.

3o Passo -Objetivos

Objetivo Geral

O objetivo geral sempre deverá estar de acordo com o cronograma geral
do curso e reforma íntima, sempre ligado à sublimação da tarefa, de acordo
com as necessidades de elevação moral que cada qual deva trabalhar,
observando a capacidade maior ou necessidade da maioria dos alunos. Por
exemplo, numa aula de correntes de cura, salientar o objetivo maior, qual
seja estar em perfeitas condições físicas, para estar em perfeitas condições
espirituais, completo esquecimento dos problemas pessoais para exercitar a
prática da verdadeira caridade, a mais desinteressada, uma vez que vamos
doar os nossos melhores fluidos: "Precisamos doar os nossos melhores
fluidos".


Objetivo Específico

Mais relacionados com as faculdades à desenvolver. Por exemplo: numa
aula onde haja desdobramento com psicofonia, os monitores deverão observar

o aluno que dá a mensagem e depois na apuração não lembra, e pensa que
não desdobrou. Os monitores sabendo observar e fazer a apuração, o
dirigente trabalhará mais no sentido de deixar o aluno à vontade e sem medo,
ou se for o caso explicar melhor o processo do desdobramento para que seja
melhor compreendido, e com o tempo, mais consciente.
4o

Passo - Harmonização do Ambiente

Estabelecidos os objetivos, resumir para o tempo necessário o que deva
ser exposto para os alunos, como a bibliografia e o material didático. É
importante que os alunos saibam o que se vai trabalhar e qual o motivo,
começando nesse momento a harmonizar a classe amorosamente para o
trabalho. É nesse espaço de tempo que o dirigente deve ter o bom senso para
colocar a classe em melhores condições vibratórias, caso ele não a encontre
neste estado, por diversos motivos, como alunos conversando, desinteressados,
alunos que fizeram perguntas aos expositores e não ficaram satisfeitos,
divergências de opiniões, etc. Isto o dirigente só consegue se tem realmente
propósitos elevados, passando naturalmente, confiança e tranqüilidade a
todos.

5o Passo - Preparo do Ambiente

O preparo do ambiente se constitui de três partes:

a- Preparo Individual do Médium para a Concentração

O preparo do ambiente nunca pode deixar de ser feito, pode variar sim
de acordo com as possibilidades dos médiuns. O preparo individual dos
médiuns, será detalhado em uma aula, ainda neste livro. Para não nos
estendermos muito, aqui registramos que esse preparo deverá ser de muito
maior relaxamento para os alunos que não estão acostumados aos treinos
práticos, e mais rápido para as classes mais avançadas, como Segundo Ano
Mediúnico e Aprimoramento, sempre, porém visando não só o relaxamento
como a higienização mental, que é a transformação do pensamento em idéias
nobres e salutares, bem como conscientizar o aluno de que nos trabalhos de
caridade, é necessário que se tire do pensamento os problemas de ordem
pessoal, para que recebam mensagens mais precisas.

Para todo este trabalho deve ser levado em consideração a classe,
porque há muitos alunos que começam, seja no DPM, como no Primeiro Ano


Mediúnico, que não conseguem concentrar, porque não sabem relaxar
devidamente, respirar adequadamente e fazer uma transformação do
pensamento negativo para positivo. É muito importante que aprendam a
deixar realmente a mente em condições para obterem os melhores resultados.

b- Harmonização com os Colegas e o Plano Espiritual.

A harmonização, sabemos, já começa a ser feita desde o início quando
procuramos pensar ou plasmar algo todos juntos, mas no começo do treino
os médiuns precisam sentir esta união que se complementa na própria
limpeza do ambiente, uma vez que desde o começo do trabalho procuramos
transformar os fluidos do ambiente com o preparo dos médiuns.

c- Limpeza do Ambiente

A projeção de luzes, como sabemos, higieniza o ambiente de trabalho,
tornando-o mais saudável e propício aos propósitos sublimados do
desenvolvimento mediúnico e a ajuda do Plano Espiritual Superior.

Esta fase de preparo do ambiente jamais deverá ser menosprezada; se
mal feita poderá causar sérios prejuízos para o trabalho. Por isso o dirigente
precisa observar bem a classe que está trabalhando, isto é claro, com a
colaboração eficiente dos monitores, para se estender mais, ou deter-se mais
em determinadas partes das quais esta fase se compõe.

6o

Passo -Trabalho do Dia

Planejar o trabalho do dia, qual seja: psicofonia, desdobramento,
psicometria, desobsessão com diagnóstico, etc, com roteiro apropriado à cada
uma delas, depois naturalmente do preparo do ambiente mais adequado que
vai até o passe.

Esta fase se prolonga até o momento em que o dirigente pede aos alunos
para desconcentrar.

7o

Passo -Verificação

Para a verificação: definir o que os monitores devam apurar. Se estes
ainda não estiverem de posse dessas informações, colocar na lousa o que deva
ser apurado.

Aqui, o papel dos monitores é de fundamental importância, visto que de
acordo com a apuração do aproveitamento, o dirigente norteará o
planejamento de sua próxima aula.

Pede-se sempre aos monitores que procurem sintetizar as apurações e
que coloquem suas percepções juntamente com o relatório dos alunos, para


que estes não comecem a enxergar o monitor vidente como um semideus,
evitando assim problemas com a vaidade.

Por outro lado, o monitor deve escrever tudo o que o aluno relata, porque
se for omitido ou não der tempo de apurar tudo, o aluno deverá saber de tudo

o que acontece com ele em relação ao desenvolvimento mediúnico, que tudo
está sendo anotado carinhosamente para ajudá-lo nas suas inseguranças.
O dirigente, se preciso for, fará alguns esclarecimentos no final, sempre
de acordo com o que foi observado e apurado, já preparando o ânimo do aluno
para a próxima aula.

Observação: Caso a classe tenha muitos alunos com problemas e estes
queiram conversar com o dirigente, podemos adotar o sistema de os alunos
escreverem seus problemas em um papel, identificando-se ou não.

O dirigente lerá em casa e poderá na fase inicial reunir um grupo de
problemas parecidos e discorrer sobre ele, aproveitando sempre para tratar
sobre reforma íntima.

Com este sistema já observamos que os alunos se tranqüilizam no
decorrer do ano. Um pouco mais de trabalho será compensado com a paz que
reinará dentro da sala de aula, porque os alunos estarão mais conscientizados
das verdadeiras propostas.

Importante: O dirigente e monitores deverão estar dentro da sala de aula
desde o seu início, chegando com no mínimo 15 minutos de antecedência, e
assistindo toda a exposição doutrinária e evangélica do dia, observando
desde esse momento os médiuns do seu grupo de trabalho. Assim sendo,
dentro de uma sala de Educação Mediúnica todos os trabalhadores
permanecem no recinto do início ao fim, para que haja uma uniformidade de
linguagem.

Perguntas para Verificação do Aprendizado

1- Por que os dirigentes de aulas práticas devem planejar seus trabalhos?

Todas as atividades de nossa vida devem ser planejadas, para que haja
segurança e bom desempenho nas tarefas. As aulas práticas são trabalho de
grande responsabilidade e devem ser planejadas.

2- O tempo e a classe em que iremos trabalhar deve ser levado em conta?

Sim, porque não se pode fazer um planejamento para o primeiro ano igual
para o segundo ano, uma vez que os alunos se encontram em níveis
diferentes do desenvolvimento, e para cada aula o tempo deve ser distribuído
de forma a atender às necessidades da mesma.


3- Estabelecermos os objetivos são de extrema necessidade?

Sim, porque através deles direcionaremos nosso planejamento mais
adequadamente.

4- O dirigente precisa dizer alguma coisa aos alunos antes da aula prática?

Os alunos merecem respeito e por isso antes de tudo devemos informá-los
sobre o que iremos fazer e dar os esclarecimentos necessários à uma boa aula.

5- O preparo do ambiente deve ser sempre igual?

Não, para não cansar os alunos. Deve ser planejado de acordo com a aula,
visando sempre o trabalho propriamente dito, mas nunca ser esquecido.

6- De quantas partes se compõe o preparo do ambiente?

De três partes: preparo individual do médium, com exercícios de relaxamento
físico, respiração e higienização mental; harmonização com os colegas e o
Plano Espiritual; e limpeza do ambiente.

7-É preciso seguirmos todas as partes do preparo do ambiente?
Sim, porque se o médium se transforma e se harmoniza com os colegas num
só pensamento, o ambiente já estará sendo higienizado desde o início. No
final a intenção da limpeza estará mais direcionada. Com o tempo, poderemos
fazê-las mais simples, quando os alunos já não mais se queixarem de não
conseguirem concentrar-se.

8- A fase do trabalho propriamente dito deverá ser mais demorada?

Depende do trabalho. Por exemplo, para telepatia há maior necessidade de
retirar pensamentos intrusos, portanto daremos maior tempo para o preparo
do ambiente. Na desobsessão, os alunos mais habituados à concentração, a
fase do trabalho propriamente dito deve ser mais demorada, mesmo porque
há necessidade de esclarecimento das Entidades, mesmo que de forma
coletiva.

9- Como os monitores devem exercitar para sintetizar os relatórios?

Procurando ler em casa trechos de estudo e fazer um síntese por escrito, de
forma a não omitir informações importantes.

10-Se o monitor faltar, chegar atrasado, ficar mudando de grupo, o trabalho
pode ser prejudicado?

Muito. Os monitores são importantíssimos para que o desempenho mediúnico
se processe com responsabilidade e amor, produzindo bons frutos.


N.A.: Como sabemos através do Antigo e Novo Testamento a vinda de Jesus
foi planejada no Plano Espiritual, sendo divulgada amplamente pelos
profetas (médiuns).



AULA 3

Preparo do Ambiente I
Concentração


Sumário

Introdução

23
Preparo Individual do Médium - Anterior ao Trabalho

23
Preparo Individual do Médium para a Concentração

25
a - Relaxamento Físico

25
b - Respiração

25
c - Higienização Mental

26
Concentração

28
Perguntas para a Verificação do Aprendizado

30
Parte Prática

31

Bibliografia

1- Allan Kardec, Livro dos Médiuns, cap. XX -2o parte, Influência Moral do Médium
2- Allan Kardec, Evangelho Segundo Espiritismo, cap. XXVI, O Poder da Oração
3- André Luiz, Missionários da Luz, cap. I e II

22


O Preparo do Ambiente I -Concentração

Introdução

Inicialmente esclarecemos os dirigentes e monitores da importância do
preparo do ambiente num trabalho mediúnico.

Mas, em primeiro plano, a conscientização do médium de vir preparado
para esse trabalho.

Assim sendo, dando início ao roteiro traçado, primeiramente falaremos
do preparo individual do médium, anterior e no momento do trabalho.

Preparo Individual do Médium -Anterior ao
Trabalho

Todos indistintamente devem preparar-se antes do trabalho. Esse
preparo, é claro, deveria ser constante em nossas vidas, mas não somos
perfeitos e precisamos exercitar nossos pensamentos e atitudes pelo menos
no dia que antecede o trabalho.

Analisaremos nossa conduta com calma, dispensando pelo menos dez
minutos por dia para o "Conhece-te a ti mesmo".

A leitura de um trecho do Evangelho e sua análise, a forte disposição de
colocá-lo em prática, certamente nos dotará de melhores forças para enfrentar
as adversidades.

Cuidando de nossa reforma interior, estaremos mais protegidos pelo
nosso anjo de guarda, que nos livrará de tentações inferiores.

A reforma íntima compreende não só a postura moral diante dos
semelhantes, como também o cuidado com o nosso corpo físico.

No ESE cap. XVII item 11, um Espírito da Codidicação nos alerta sobre
os cuidados que devemos ter com corpo e com o espírito. O uso de bebidas
alcoólicas, excesso de alimentação, sono em demasia ou insónia, falta de
higiene corporal, abuso do sexo, fumo e outras drogas predispõem o médium
a inúmeros problemas de vampirização por parte de entidades que nem
sempre sabem o que fazem, porque desencarnam sem entendimento e se
aproximam das pessoas com as quais conseguem sentir-se melhor porque


usam determinadas drogas às quais as entidades se comprazem. O médium
sente-se cansado sem energias e desanimado.

Nota: Na Casa Central, temos tratamento para tabagismo e também para
uso de drogas.

O cuidado com os pensamentos inferiores de raiva, inveja, e as atitudes
menos elevadas de maledicência, impaciência, também atraem Espíritos
que se unem através da sintonia vibratória.

Para nos libertamos dessas influenciações que muitas vezes não
permitem que possamos desenvolver nossa mediunidade com Jesus, é
preciso a coragem da fé e da perseverança.

Lembrando Paulo de Tarso, que escreve sobre a caridade, tanto na
Epístola aos Coríntios, como na Codificação, (ESE - XV), reflitamos sobre a
humildade que deve acompanhar toda obra caritativa, para que trilhemos o
caminho da salvação.

Os médiuns devem preparar-se anteriormente, com orações diárias e
estudos do Evangelho. Incentivaremos o evangelho no lar com os familiares
como forma de limpeza do ambiente, sem contudo dar a conotação de
obrigação para com os familiares.

Nós espíritas sabemos que nossas atitudes falam mais alto do que as
imposições. Se o médium tem problemas em casa, ele faz sozinho o evangelho
no lar, procurando tornar seu temperamento menos agressivo possível,
tendo paciência e carinho com todos.

Edgard Armond diz que a maioria de nós encarna com a mediunidade
de prova, porque não fizemos aquisições morais no passado. Devido a isso
precisamos de reforma íntima para o bom desempenho das faculdades
mediúnicas. A mediunidade natural é a do homem que já fez sua caminhada
evolutiva rumo à perfeição, e não encontra dissabores quando ela eclode
como no caso da mediunidade de prova que é a mais comum neste mundo de
expiação e provas.

Há mesmo algumas pessoas que não têm tarefas específicas com a
mediunidade, mas precisam curar-se da alma, com auto-evangelização.

O curso de educação mediúnica tem por objetivo também ajudar os
alunos que não têm mediunidade a desenvolver, ou que porventura esta
venha a aparecer mais tarde. O médium educado, estará livre de desequilíbrios
devido à mediunidade.


O Preparo Individual do Médium para a
Concentração

Desde o preparo anterior já estamos visando a concentração. Aqui o
trabalho é mais técnico e o dividimos em: relaxamento físico, respiração e
higienização mental.

Mesmo havendo um preparo anterior do médium, o relaxamento é
importante, principalmente numa cidade grande, como São Paulo.

Cansaço, dores musculares por trabalhos físicos, muitas horas no
trânsito, imprevistos e dores de cabeça, podem bloquear a concentração.

Relaxamento Físico

Para atingir o relaxamento físico, procuraremos relaxar intimamente,
pois sabemos que nos medicamos, principalmente, de dentro para fora.

Se os alunos ainda estão começando, procuraremos direcionar seus
pensamentos para cenas que ajudem no relaxamento e na troca de energias
negativas por positivas.

A natureza divina como: a água límpida do mar, da chuva, de uma
queda d'água, um lago, um rio e também campos verdejantes, sombras de
arvores frondosas, flores bonitas e perfumadas, o sol quente e aconchegante;
sem dúvida ajudam no relaxamento físico e na troca de energias. Passagens
evangélicas não longas, mas com conteúdo suficiente que ao mesmo tempo
sirva à higienização mental.

Respiração

Está provado hoje pela ciência que a respiração adequada limpa os
pulmões, fortalece-os, torna-os mais elásticos, promovendo aeração por toda
corrente sanguínea por onde o oxigênio é levado, em maior quantidade, por
todo organismo.

A aeração ou oxigenação do sangue é realizada ao nível dos alvéolos
pulmonares através das trocas gasosas de gás carbônico por oxigênio, obtido
pela inspiração. Na expiração é eliminado o gás carbônico.

O coração bate impulsionando o sangue que transporta o oxigênio. Se
tiver mais oxigênio precisa de menor força contrátil muscular para
impulsionar uma menor quantidade de sangue com maior quantidade de
oxigênio.

Assim sendo os batimentos cardíacos também tornam-se menos
acelerados ajudando no relaxamento do médium que também promoveu
uma melhora no seu organismo físico.


O exercício visa ensinar também o aluno a respirar de maneira correta
em outras ocasiões, como no lar, no trabalho, etc.

Em casa, podemos fazer o exercício inspirado pelo nariz com a boca
fechada, segurando este ar, sentindo-o penetrar até o abdômen. Depois soltá-
lo pela boca contando até três ou quatro para cada fase, com o tempo,
aumentando a contagem. Em casa podemos fazer o exercício deitados.

Na sala de aula faremos o exercício inspirando profundamente, contando
até três. Seguramos o ar também contando até três e depois a soltaremos
pelas narinas contando novamente até três.

Isto é necessário para que não se faça ruídos, mas perfeitamente
provado de que se obtém bons resultados no relaxamento.

Higienização Mental

Aqui é muito importante a troca dos sentimentos. Como uma prece, um
pedido de ajuda, no enlevo sublime do Criador, o médium irradia a luz dos
seus sentimentos mais puros, distanciados da pequenez das suas preocupações
pessoais.

Se preciso for, fixaremos a mente em Jesus, ou outra expressão maior,
que seja conhecida dos médiuns, e através de suas virtudes vamos incentivá-
los à transformação dos defeitos por virtudes.

Na obra Nos Domínios da Mediunidade, cap. 2, André Luiz estranha ter
visto luz emitida pelos encarnados de boa vontade, no momento da
concentração. Aulus explica que todos nós encarnados poderemos conseguir
se nos propusermos à renúncia e a bondade pelo esforço pessoal. Em
Missionários da Luz,Ie II, Alexandre ressalta pela observação a importância
da epífise, glândula no corpo físico, ligada à vida mental.

No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha

o papel mais importante.
Na concentração adequada essa glândula emite raios intensos azulados,
mas pode ser transformada num ímã, relaxado por sensações inferiores de
natureza animal.

Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o
poder de emissão e recepção de raios peculiares à nossa esfera.

A epífise, ou glândula pineal no cérebro humano, é ligada à mente
através dos princípios eletromagnéticos do campo vital. É a glândula da vida
espiritual do homem e tem ascendência em todo o sistema endócrino.

No momento do intercâmbio mediúnico a epífise pode emitir raios
azulados e intensos, entretanto para as mentes desequilibradas, ou não
evoluídas, ela dorme embrionária.


A glândula pineal ou epífise tem o formato de uma pinha. É um
minúsculo cone de células nervosas situadas à frente do cerebelo, abaixo do
corpo caloso. Tem a forma oval de onde advém seu nome. Possui a cor
cinzento-avermelhada e a sua medida é (8x5)mm, menor que um grão de
ervilha.

É descrita desde a antiguidade grega e Descartes (1596), filósofo e
matemático naturalista francês, idealizador do sistema cartesiano,
considerava a glândula pineal como a sede da alma.

A epífise acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças
criadoras, e em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado
laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. Produz por analogia
com a glândula genital (hormônios, sexo) hormônios psíquicos ou unidades-
força (benéficas se aproveitadas para o serviço de iluminação, tóxicas se
usadas nos desvarios de natureza animal). Ligada ao centro de força
coronário seu núcleo capta energia do plano espiritual superior. É o depósito
psíquico de energia espirituais.

Acredita-se que a pineal tem a função de veladora dos instintos sexuais,
tanto que um tumor na mesma provocará o afloramento destes.


Fonte: Erhart, Eros Abrantes - Elementos de Anatomia Humana


Concentração

Se observarmos todos os cuidados no preparo do médium, anterior e no
momento do trabalho, chegaremos à bons resultados no que se refere à
concentração.

Concentrar como conceito é um ato mental intensamente ativo mediante

o qual focamos a mente sobre dado ponto de interesse com a idéia deliberada
de obter determinado efeito, atingir determinado fim. Fecha as portas da
mente, o mundo exterior, abrindo-as para o mundo psíquico.
Herminio C. Miranda, assim conceitua a concentração em relação do
fenômeno mediúnico: No fenômeno mediúnico, de um lado os terminais
receptores dos canais condutores colocados à disposição da entidade
comunicante, do outro, os terminais do circuito expressor, que converte o
conteúdo da mensagem em texto, fala ou formas outras de expressão visual
ou auditiva do pensamento.

Na realidade, quem cede os canais condutores é a individualidade
espiritual do médium que interrompe, não o seu pensamento, mas a expressão
deles que, em vez de circular rumo ao cérebro físico, é como que desviada como
a corrente de água de um rio a fim de deixar desocupado o leito para que
águas de outra origem possam escoar por ali.

Isso nos proporciona uma visão mais clara da concentração que no
fundo, consiste não propriamente em esvaziar a mente, deixando de pensar,
mas em redirecionar o pensamento, de forma a desobstruir o canal condutor
afim de cedê-lo livre e desembaraçado ao comunicante, (da obra: Diversidade
dos Carismas II).

A atenção abre as portas da mente para o mundo físico, diferente
portanto da concentração.

A concentração evolui para a meditação e o êxtase, sendo que na
meditação penetra a mente inicialmente concentrada em dado ponto de
interesse, entra-lhe na intimidade pela sucessão contínua de detalhes
remontando de efeitos à causas para obter conclusões, percepções e
conhecimentos; a mente segue aqui uma esteira de análises.

No êxtase, já há um despreendimento do mundo físico à regiões mais
elevadas (não quer dizer que o extático não se engane, pois apesar de
exercitar-se, nem sempre tem moral elevada e conhecimentos adequados à
boas realizações em estado extático).

Portanto, concentrar é fixar o pensamento num ponto definido, mas não
é pensar consecutivamente e sim ligar-se ao objetivo do pensamento porém
sem raciocinar sobre ele.

Assim, mais facilmente os mentores terão acesso ao pensamento do


médium para transmitir as mensagens. Se os objetivos são os mesmos, há
afinidade nas correntes fluídicas do pensamento.

A boa concentração facilita o intercâmbio com o Plano Espiritual
Superior; numa prece ou vibrações à distância, adquire um potencial
incomensurável. (Verificar ESE - Da Prece)

O objetivo maior desta aula é deixar claro que o bom desenvolvimento
da mediunidade depende tanto do corpo quanto do espírito, em perfeito
equilíbrio.



Perguntas para a Verificação do Aprendizado

1- O que significa o preparo individual do médium'?

O preparo do médium significa um melhor poder de concentração para uma
prece e trabalhos de caridade.

2-Quais os cuidados dos médiuns anteriormente aos trabalhos mediúnicos?

Preces, estudos doutrinários e evangélicos. Evitar excessos de álcool, fumo,
sexo. "Amar o próximo como a ti mesmo", enfim, cuidar do corpo e do espirito.

3- Como pode ser feito o relaxamento físico antes da concentração?

Direcionando o pensamento para paisagens da natureza, passagens
evangélicas, relaxando corpo e a mente, desfazendo energias negativas.

4- Por que a respiração correta antes da concentração?

Melhor absorção de energias vitais, fortalece os pulmões, leva o ar à todos os
alvéolos promovendo o saneamento. Acalma os batimentos cardíacos.

5- Atenção e concentração podem ser consideradas a mesma coisa?

Não, atenção abre as portas da mente para o mundo físico. Concentração as
fecha, abrindo-as para o mundo psíquico.

6- Os estados de meditação e êxtase adveém da mente já concentrada?

Sim. A meditação para a análise e o êxtase no desprendimento do mundo
físico. O êxtase é um dos estados da emancipação da alma.

7- O que é concentração?

Ato mental intensivo mediante o qual focamos a mente sobre dado ponto de
interesse, com idéia de obter determinado efeito.

8- Concentrados faremos melhor nossas preces? E o trabalho mediúnico será
fortalecido?

A prece se torna mais poderosa quando todos se associam de coração a um
mesmo pensamento e têm um mesmo objetivo, estando concentrados.

9- A glândula pineal ou epífise tem ligação com a vida mental?

Depois da puberdade, como poderosa usina que segrega unidades de força.
É a glândula da vida espiritual, internamente ligada ao coronário. No campo
mediúnico impulsiona e intensifica o poder de emissão e recepção. (A. Luiz).

10- Quando há atividade mental superior, como se mostra a epífise?

A epífise possui coloração cinzento-avermelhada, mas quando a mente se


eleva transforma-se em núcleo radiante azulado e seus raios formam um

lótus de pétalas sublimes (André Luiz).

11- Cientistas sugerem esporte como terapia. Jesus, virtudes como esporte da

alma. Por que?

Canalizam os cientistas as secreções elétricas da epífase contra os perigos do
seu acúmulo. Jesus ensina que os sentimentos bons dão saúde à alma. Corpo
e espírito em equilíbrio, intimamente ligados para o magnífico trabalho da
evolução, deverá ser a meta de todos os encarnados, conseguindo a verdadeira
libertação.

Parte Prática

Planejamento junto com os alunos de um preparo de ambiente para a
concentração.

Utilizaremos uma dinâmica de reflexão com os alunos.

IoPasso - Um candidato à dirigente irá a frente da classe e nós pediremos
a ele que sugira algo que relaxe e acalme, ele diz: um lago, por exemplo.

Outros alunos complementarão a paisagem com palavras que devem ser
escritas na lousa: ex.: água limpa, chuva, grama, vento, árvores, rio, flores,
caminho, frutos, musgo, sol, espelho, céu e estrelas.

Observação: O aluno poderá sugerir também uma frase evangélica.

Em seguida, faremos uma seleção dessas palavras, para que se entenda

o real objetivo da paisagem elaborada a partir de um lago.
O preparo do ambiente tem suas características próprias de relaxamento
físico e mental com vistas à concentração, e se nos estendermos muito, o
aluno vai divagar o pensamento, podendo não acompanhar e
conseqüentemente desconcentrar-se mesmo antes de compreender o ideal
do trabalho.

Mesmo para uma prece, há necessidade da concentração; há claro, os que
já conseguem, mas a maioria se queixa que não consegue rezar.

Reafirmamos a intenção da transformação dos sentimentos, através do
pensamento direcionado, dos fluidos que deverão ser trocados, mudando a
atmosfera individual de cada um e conseqüentemente do ambiente.

Portanto, não são quaisquer palavras e muitos rodeios que vão levar o
aluno a reforma, e sim algo bem direcionado, bem planejado e dito
amorosamente.


2o

Passo - O problema dos pertences: somente em casos de psicografia,
ficar com o lápis e caderno à mão.

3oPasso - A melhor maneira de sentar: própria de cada um, de acordo com
a estatura física, para não forçar posições.

4o

Passo - Fechar os olhos; ajuda no relaxamento.

5oPasso - O momento de plasmar a paisagem da natureza, bem como uma
cena do evangelho; vamos explicar aos alunos que não é sair para passear,
que não iremos à lugar algum, apenas criaremos mentalmente para
relaxarmos, que faremos uma prece em conjunto, apenas que terá muita
força. Os dirigentes e monitores devem sentir esta harmonia, esta força
transformadora e salutar, bem como os alunos.

6o

Passo - O aluno candidato poderá dirigir para exercitar, e os colegas
dirão como sentiram a preparação e se conseguiram concentrar. Nesse
ambiente que criamos de humildade para o aprendizado todos deverão
sentir-se à vontade, e suas dúvidas colocadas às claras, as quais iremos
esclarecendo no momento que acontecem. Reforçamos aqui que ninguém
precisa ficar envergonhado de errar. O curso atende à este problema. É
preferível errar durante o treino no CDM do que em sala de aula.

7o

Passo - Pediremos que desde esta aula os alunos sentem no mesmo
grupo, e que cada semana um deles fará papel de monitor na apuração.

8o

Passo - Explicaremos que as faltas neste curso serão toleradas em
menor número, uma vez que Trabalhadores da Seara de Jesus devem dar o
exemplo, e no curso começaremos a exercitar essa disciplina. Se preciso for,
diminuiremos nossas tarefas na Casa para que as que forem executadas
sejam de melhor qualidade.

Observação: O dirigente do CDM deve criar um clima bastante fraterno
preparando assim a classe para o ano letivo, bem como os trabalhadores para
a Seara de Jesus.


AULA 4

O Preparo do Ambiente II


Sumário

Harmonização com os Grupos e Limpeza do Ambiente

35

Referências sobre Pensamentos: Jesus, Kardec e André Luiz

36

Perguntas para Verificação do Aprendizado

38

Exemplo de Planejamento da Aula Prática

41

Bibliografia

1 - Allan Kardec, Gênese, cap. XIV e XV
2 - André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, cap. XIX Ideoplastia e cap. IV
Matéria Mental
4 - André Luiz, Missionários da Luz, cap. 5 e 6 (Oração)
5 - Allan Kardec, O Livro dos Médiuns

34


Preparo do Ambiente II

Harmonização com os Grupos e Limpeza do
Ambiente

Ambiente: consideramos o lugar em que ficamos, seja nossa casa, nosso
quarto de dormir, a sala onde trabalhamos, a sala de aula, etc.

Limpeza do Ambiente: como limpeza entendemos a transformação fluídica
que forma a atmosfera do ambiente.

Fluidos: como vimos em aula anterior, o médium pode sentir a mudança
que se processa no seu íntimo, através dos sentimentos sublimados, gerando
pensamentos de amor, que vibram ao seu redor, formando sua atmosfera
fluídica. O homem vive circunscrito por um oval fluídico que reflete seus
sentimentos de paz, de ódio, de tranqüilidade, de ansiedade, etc.

Trocando-se os sentimentos, todos em conjunto, em uma reunião,
haverá harmonia de pensamentos e conseqüente limpeza de criações fluídicas
de pensamentos menos edificantes.

Para compreendermos melhor essa limpeza, precisamos saber o que
vem a ser fluido, muito bem explicado na Gênese cap. XIV.

Deus criou o espírito e a matéria, ou fluido cósmico.

O espírito, como principio inteligente, é criado simples e ignorante,
rumo à evolução; a matéria, que é o fluido cósmico, para servir ao espírito nos
seus diversos estágios evolutivos, nos seus mais diferentes estados.

Essa matéria, que conhecemos tangível, é o fluido cósmico, modificado,
mais apropriado à nossa condição evolutiva.

À medida que o espírito evolui ele necessita de uma matéria menos
densa, ou seja, menos ponderável. Assim sendo, o espírito transforma, pelo
poder da sua vontade e condição evolutiva, os seus fluidos, mais densos em
mais etéreos.

O nosso corpo físico é formado de fluidos mais densos, nosso perispírito
de fluidos mais etéreos

Nosso planeta possui os fluidos que lhe são próprios, de acordo com sua
condição de mundo de expiação e provas. Cada planeta é constituído dos
fluidos necessários à atuação dos espíritos que ali permanecem, portanto
cada planeta possui a sua atmosfera fluídica própria.


Tudo é constituído de fluidos do planeta: os objetos inanimados, o corpo
dos animais, das plantas, do homem, em seus diferentes estados. De suas
inumeráveis combinações surge o chamado fluido elétrico, ou fluido elétrico
animalizado, fluido magnético, princípio vital ou fluido vital, etc.

O perispírito, que é também um corpo material, é uma condensação de
fluidos próprios do planeta em torno de um foco inteligente, ou seja o espírito.

Assim sendo o fluido cósmico ou universal é a matéria elementar
primitiva, da qual, originam-se os corpos mais distintos do Universo, pois,

o fluido cósmico é susceptível de passar por todas as modificações e adquirir
todas as propriedades.
Uma vez que nosso corpo espiritual é formado de matéria, o que dele se
origina, que são os pensamentos, também são materiais, porém em outro
estado, que pode ser visto por espíritos sem invólucro carnal, ou por espíritos
mais evoluídos, que já adquiriram a propriedade da clarividência.

Referências sobre Pensamentos: Jesus, Allan Kardec e
André Luiz

Jesus, Espírito evoluidíssimo, quando encarnado entre nós, possuía a
Dupla Vista, isto é, via com os olhos do espírito, criações fluídicas do
pensamento das criaturas, que normalmente não se enxergam.

Assim é que fez previsões, penetrando no pensamento de Judas, Pedro,
e outros, como encontramos na Gênese cap. XV: Mas, Jesus conhecendo o
pensamento deles, lhes disse....

Os fluidos não possuem qualidades próprias; sob o aspecto moral
trazem o cunho dos sentimentos exteriorizados pelos pensamentos.

Basta o Espírito pensar alguma coisa e ela toma forma, pois é matéria
mental.

A matéria mental é portanto instrumento sutil da vontade. Emitindo
uma idéia pelo pensamento, o Espírito vive no mundo das formas-
pensamentos, que se corporificam com a intensidade correspondente à
insistência em sustentá-la.

"Essas formas-pensamentos nos libertam ou escravizam, na pauta da
escolha que fizermos pelas correntes da matéria mental que exteriorizam."
(André Luiz, Mecanismos da Mediunidade)

Fica mais fácil compreedermos porque sentimos um ambiente pesado,
ou um ambiente bom. Nossa percepção vai se aguçando à medida que
compreendemos e vivenciamos um ambiente limpo e saudável pela
transformação dos pensamentos.


"Os fluidos se unem pela similitude, as pessoas procuram ambientes
que lhe são simpáticos". (Gênese XIV-19).

Ambientes desajustados estão impregnados de maus fluidos, a sensação
é penosa, ao contrário dos ambientes harmônicos, com fluidos salutares, cuja
sensação é agradável.

O evangelho no lar é importante para limpeza do ambiente, através da
edificação do pensamento, da prece, a longo prazo, ambientes com fluidos
deletérios, causam doenças diversas.

Jesus se referiu aos pecados por pensamentos, (ESE cap. VIII) e Kardec
à fotografias do pensamento. (GE, XIV)

O pensamento produz um efeito físico que reage sobre a moral. Assim
os pensamentos edificantes refundem a atmosfera, purificando-a.

Cabe aqui um esclarecimento sobre a mente e corpo mental. Costumamos
nos referir à mente como sendo o próprio espírito, muitos, como por exemplo
Platão, a chamaram na antiguidade de inconsciente. O corpo mental é uma
informação trazida por André Luiz, que nós nos sentimos à vontade em
colocá-la, porque no Livro dos Médiuns, Santo Afonso, no capítulo VII
explica: "A alma, abandona o corpo, acompanhada de uma parte do seu
perispírito", isto para discorrer sobre a bicorporeidade. Ora, se isto acontece,
é evidente que o perispírito não é constituído de um bloco único, podendo
assim ter um corpo mental, fazendo parte desse mesmo perispírito, sendo
uma camada mais sutil mais próxima do espírito. André Luiz diz ser "o
envoltório mais sutil da mente" (Detalharemos este assunto nas 5a e 7a
aulas).

Portanto o pensamento é matéria mental exteriorizada, como explica
André Luiz em Mecanismos da Mediunidade, cap. IV: "Essa corrente de
partículas mentais exterioriza-se de cada Espírito com qualidade de indução
mental, tanto maior quanto mais amplos se lhe evidenciem as faculdades de
concentração e o teor de persistência nos rumos dos objetivos que demande.".

Assim, as explicações de André Luiz estão de acordo com Kardec, no que
tange às criações fluídicas do pensamento: "O pensamento, criando imagens
fluídicas, se reflete no invólucro perispiritual como num espelho, aí toma
forma e é, de certo modo, fotografado.". (GE - XIV - 15)

Complementando, a limpeza do ambiente se faz pela intenção da alma,
por sua vontade, que determina o pensamento, e este se exterioriza como
matéria mental, trocando pela boa intenção e força de vontade as criações
mentais inferiores que poluem a ambiente, por fluidos sublimados, que
geram energia positiva e bem estar. Portanto, o pensamento é uma
conseqüência do sentimento do Espírito, que é uma faculdade deste e não do
corpo mental.


Sede Nova FEESP - São Paulo

Perguntas para Verificação do Aprendizado

1- O que é preparar o ambiente?

Preparar o ambiente significa limpar, trocar energias negativas por positivas,
através da vontade e do pensamento direcionado para o bem.

2- Por que limpamos o ambiente depois de fazermos o preparo individual dos
médiuns?

Na verdade o preparo do ambiente começa desde o início com a adaptação
psíquica dos médiuns, pois sem a harmonização dos pensamentos do grupo
a limpeza do ambiente não será satisfatória.

3- De que maneira o espiritismo explica a limpeza do ambiente?

Através do estudo dos fluidos. Estes podem ser manipulados para se
transformarem, uma vez que não possuem qualificação "sui generis", são o


resultado de uma intenção. Adquirem qualidades no meio em que se
elaboram. Portanto, se os pensamentos são bons, esses fluidos também o são
(GE cap. XIV). A prece, e o pensamento edificante purificam o ambiente.
(André Luiz)

4- O que são formas-pensamentos?

A matéria mental exteriorizada, que é instrumento sutil da vontade.

5- Do que é constituída a atmosfera dos seres espirituais, encarnados ou não?

Os fluidos espirituais que constituem um dos estados do fluído cósmico
universal, são precisamente a atmosfera dos seres espirituais. Cada ser
respira na atmosfera das suas criações fluídicas, boas ou más, de acordo com
os seus sentimentos (G.E. Cap. XIV)

6-Como o Espiritismo explica as passagens evangélicas: "E Jesus, conhecendo

o pensamento deles, lhe disse..."
Jesus, por suas aquisições morais de grande vulto, era dotado de dupla vista
ou percepção pelo sentido psíquico. Via as criações fluídicas formadas pelos
pensamentos das pessoas e portanto toda a atmosfera fluídica em que
viviam, de acordo com seus sentimentos ou intuição. Essa vidência escapa
aos sentidos carnais mais impressionados com a matéria. Jesus lia os
pensamentos e podia fazer previsões. Enxergava com a vista do Espírito
imortal.

7- Nossos pensamentos são matéria?

Sim, matéria mental, assim é que o halo vital ou aura de cada criatura
permanece tecido de correntes que lhe são próprias, que lhes imprimem
frequência e cor peculiares, fáceis de serem vistas e percebidas pelos
desencarnados mais evoluídos.

8- Pelas correntes da matéria mental que exteriorizam os espíritos, podem se
relacionar chegando mesmo a libertar-se ou escravizar-se?

Sim, na pauta do bem ou do mal que escolham. É necessário trabalhar pelo
melhoramento próprio, por quanto as imperfeições da alma atraem os maus
fluidos e estes causam doenças, se persistentes. "Semelhante atrai
semelhante".

9) Por que sucumbimos às tentações?

Por não orar e vigiar. Saber orar como ensinou Jesus, perdoando nossos
inimigos, não sendo orgulhosos, não usando palavreado desnecessário.
Saber vigiar, isto é, nos defendermos contra o nosso próprio mal, nossas
tendências inferiores: tabagismo, alcoolismo, maledicência, vaidade e outros
defeitos. Cada mente é um mundo de emissão e recepção, e cada qual atrai
os que se lhe assemelham.


10) O que significa vampiro entre os homens e o que nos explica A. Luiz a
respeito?

Entre os homens, vampiro é um fantasma que se alimenta de sangue dos
indivíduos, sugando-os. Alexandre, no livro Missionários da Luz, explica à

A. Luiz que o vampiro é uma entidade ociosa que se vale indebitamente das
possibilidades alheias, desde que encontre guarida no estojo carnal dos
homens; a diferença está em que entre os homens, o vampiro ataca pessoas
inocentes e boas, que para o Espiritismo isto significa injustiça Divina. Os
encarnados são poderosos imãs de atração pelos pensamentos negativos,
devido a inferioridade do espírito, e são sugados pelos vampiros nas suas
energias vitais.
11- Espíritos vampirescos conseguem penetrar em recintos onde foi feita a
limpeza ambiente?

Não, porque a oração funciona como verdadeiro antídoto ao vampirismo. No
lar de Cecília, pela sua presença e abundante remissão de forças purificadoras
e luminosas de que seu espirito se nutre, espíritos vampirescos não
conseguiram penetrar no ambiente apesar de seu marido ser vampirizado
por duas entidades. (Missionários da Luz, André Luiz, cap. 6)

12- O pensamento produz um tipo de efeito físico que reage sobre a moral ? (GE
cap. XIV item 20)

Sim. O homem sente instintivamente, procura reuniões homogêneas e
simpáticas, nas quais sabe que encontrará novas forças morais. Poder-se-ia
dizer que nelas recupera as perdas fluídicas que sofre todos os dias pelas
irradiações do pensamento, da mesma forma que pelo alimento recupera as
perdas do corpo material. (GE XIV-20)


Exemplo de Planejamento da Aula Prática

• Classe - Primeiro Ano Mediúnico
• Nº de alunos - 80
• Nº de Monitores -16
• Tema - Preparo de Ambiente
• Tempo Total - 50 min.
• Tempo dividido:
1ª Fase - 15 min.
2ª Fase - 10 min.
3ª Fase - não há
4ª Fase - Apuração 10 min.
• Relato -10 min.
• Considerações - 5 min.
• Objetivo
Geral

Levar o aluno à compreensão da necessidade da reforma íntima para suas boas
relações com o Plano Espiritual Superior.

Específico

1) Capacitar o aluno à concentrar-se tanto para o trabalho do desenvolvimento
mediúnico como para a prece diária.
2) Fazê-lo sentir a vibração amorosa da união, o fortalecimento interior e o ambiente
tranqüilo.


• Bibliografia - Os livros utilizados para esta aula do CDM
• Material Didático
1) Cartaz mostrando a transformação através da concentração e prece elevada.
Ex.: ilustração ampliada do livro Estudando a Mediunidade, Martins Peralva,
cap. XXXII Almas em Prece.

2) Cartaz com figura 67 ampliada sobre Influenciação de Bondade, do livro
Passes e Curas Espirituais, Wenefredo de Toledo.



1a

Fase - Resumo dos Esclarecimentos aos alunos

Extraídos da aula de Concentração e Limpeza de Ambiente do CDM

2a

Fase - Preparo do Ambiente

a) Preparo Individual do Médium

"Deixamos nossos pertences ao lado, fora do colo, para sentarmos mais
confortavelmente na cadeira. Cada qual encontra a posição mais adequada pois
iremos relaxar nosso físico e nossa mente, para fazermos uma prece em conjunto
e recebermos o passe espiritual.

Não iremos alugar nenhum, mas sim criaremos uma paisagem mentalmente,
com os nossos olhos fechados.

Assim, todos juntos, fechando nossos olhos, pensemos em uma paisagem
muito bonita, onde vemos uma cachoeira de águas limpas e cristalinas.

Nos sentimos dentro desta paisagem divina, sentados nas pedras que
circundam a água que agora desliza por entre as folhagens úmidas.

Olhando ao longe, as águas caem pela encosta da montanha, ouvimos o
ruído distante, a sensação de energia que nos transmite a queda d'água, o frescor
que nos dão as gotículas que chegam a respingar em nossas faces.

Aproveitando este ar puro, respiremos adequadamente, começando a
inspirar pelo nariz, contando até três, segurando o ar, contando até três e
expirando pelo nariz, devagar, contando novamente até três. Podemos repetir
esse exercício salutar mais duas vezes, (pausa)

Sentimos o ar puro penetrando nossos pulmões, nos acalmando, nos
relaxando.

Aos poucos, nosso corpo vai sentindo a melhora, nossas energias estão
sendo recuperadas, sentimos agradável sensação de leveza.

É quando temos vontade de agradecer à Deus pela tão sábia, tão bela.

Sentimos a presença de nosso Anjo da Guarda, que nos sugere uma
mudança interior com a frase: "Amai os nossos inimigos", ensinada por Jesus.

Sentimos realmente a necessidade desse amor, para encontrarmos paz,
tranqüilidade e até curarmos nossas doenças.

E para começarmos exercitar esse amor, humildemente perdoamos os que
nos afligem, que nos causam problemas, levando à eles um pensamento
amoroso, de felicidade, de ternura, de piedade. Afinal somos todos irmãos
perante Deus.

Procuremos visualizar esses irmãos problema, num halo de luz intensa,
felizes como nós gostaríamos de estar.


Sabemos que este pensamento direcionado para o bem, nos transforma e
opera maravilhas no estado geral do nosso organismo.

Agora sim, nos sentimos mais ainda restaurados, porque além do físico,
nosso espirito todo se acalma e se resplance em luz.

Nos sentimos mais bonitos, mais radiantes e protegidos por nosso Anjo da
Guarda."

b) Harmonização com os colegas e limpeza do ambiente

"Nesse momento, todos juntos, acompanhando o mesmo pensamento,
unidos pelo ideal tão nobre de amor aos semelhantes, percebemos que nossos
fluidos se entrelaçam. Sentimos que temos condição, juntamente com os Benfeitores
presentes, de projetar luz intensa por toda a sala, limpando-a com os fluidos
benéficos provenientes do amor. O ambiente se torna higienizado.

Todo o teto, paredes e piso são envoltos em cortinas fluídicas tornando essa
sala propícia para que os Benfeitores nos apliquem um passe.

Sintamos este passe, fiquemos receptivos, para que os Benfeitores cuidem
de cada um de nós da melhor maneira, restaurando nosso equilíbrio físico e
espiritual.

Acreditamos na ajuda especial para o nosso problema físico, (pausa)

Agradecidos, pedimos a Deus que conceda muitas alegrias à esses
Benfeitores amigos que aqui estiveram nos ajudando.

Abrindo nossos olhos, vamos nos desconcentrando... 10 min."



Fase -Não há

4- Fase - Verificação do Aproveitamento do Trabalho

a) Apuração dos Monitores
1- Vidência
2- Audiência
3- Sensações (irradiações - passe)
4- Acompanhamento do Trabalho - concentração

b) Relato
c) Considerações do Dirigente de acordo com o relato das
apurações. Poderá também sugerir aos alunos o empenho na
transformação de um defeito por uma virtude, ou mesmo, sugerir
que todos treinem nesta semana, a Virtude da Paciência,
procurando analisar-se.


N.A.: Como na Gênese XIV 15, que diz: "o pensamento, criando imagens fluídicas
se reflete no invólucro perispiritual como num espelho"... Jesus, espírito
evoluidissímo podia ler o pensamento de todos que o cercavam.


AULA 5


As Cinco Fases Adotadas
para o Desenvolvimento Mediúnico



Sumário

Constituição do Espírito Encarnado

47

Alma

47

Inconsciente Puro

48

Inconsciente Passado ou Arcaico

48

Inconsciente Atual ou Presente

48

Corpo Mental

48

Perispírito

49

Cordão Fluídico

50

O Perispírito e sua Função como Modelo Biológico

50

Centros de Força

50

Funções dos Centros de Força

51

Duplo Etérico

53

Corpo Físico

53

Constituição do Corpo Físico

53

O Método da Cinco Fases para o Desenvolvimento Mediúnico

55

Primeira Fase - Percepção de Fluidos

55

Segunda Fase - Aproximação

57

Terceira Fase - Contato

57

Quarta Fase - Envolvimento

57

Quinta Fase - Manifestação

59

Perguntas para Verificação do Aprendizado

59

Exemplo de Planejamento de Aula Prática

62

Bibliografia

1- Allan Kardec, Gênese, cap. XIV, itens 7 a 12
2- Edgard Armond, Mediunidade, cap. 22 "O Desenvolvimento"
3- Edgard Armond, Desenvolvimento Mediúnico, cap. II e V
4- André Luiz, Evolução em Dois Mundos, cap. II
5- Moacyr Petrone, Assistência Espiritual, cap. III
6- André Luiz, Missionários da Luz, cap. 3 e 4 "As Cinco Fases Adotadas para o
Desenvolvimento Mediúnico"
7- Jorge Andréa, Energética do Psiquismo
8- Hermani Guimarães Andrade, Espírito, Perispírito e Alma


As Cinco Fases Adotadas para o
Desenvolvimento Mediúnico


Constituição do Espírito Encarnado

Alma

Alma, como convencionou Kardec, é o nome dado ao espírito quando
encarnado.

O princípio inteligente criado por Deus, simples e ignorante, passa pela
série divinamente fatal dos seres inferiores entre os quais se elabora,
lentamente, na obra de sua individualização. É somente a partir do dia em
que o Senhor lhe imprime na fronte o seu tipo augusto, que o espírito toma
lugar entre as humanidades (GE, cap. VI, item 19).

Os espíritos são individualidades cósmicas, criados por Deus, que
tiveram assim um princípio, mas que viverão eternamente. "São o princípio
inteligente do universo" (LE cap .23); São "os seres inteligentes da Criação"
(LE cap. 76), isto quer dizer que atributos como inteligência, percepções,
vontades e sentimentos que geram o pensamento contínuo, pertencem ao
espírito.

É o espírito, pela vontade própria e de acordo com seu grau evolutivo
quem comanda a formação dos seus corpos, como veremos mais adiante. É
no espírito que se arquivam todas suas experiências boas ou más .É o espírito
a sede da memória. Em outras nomenclaturas, o espírito é chamado também
de mente, inconsciente, psique, etc.

É certo que o termo inconsciente esteve muito tempo ligado à
impossibilidade de recordação. Para nós, espíritas, torna-se claro uma vez
que por misericórdia Divina chegamos nesta encarnação com o esquecimento
do passado, para melhores chances de uma reestruturação mental através
das provas e expiações.

O termo continuou e pesquisadores modernos encontraram profundos
alicerces e tão misteriosa e complexa energética, naquilo que atualmente
representam as fontes do inconsciente.

Segundo o espiritismo, representa o próprio espírito ou alma quando
encarnado com sua fabulosa e autêntica fonte de energias.

Platão foi um precursor das noções do inconsciente e referia-se a
instintos e desejos como forças profundas da alma.


Como sabemos por informação dos Espíritos na Codificação, o esprírito
não é imaterial, mas sim incorpóreo. Ora, não sabemos a constituição exata
do espírito, mas é certo que é uma energia, uma força psíquica, que se
evidencia dia-a-dia, dentro da fenomenologia espírita.

Para facilitar esse nosso estudo da constituição do espírito encarnado
adotamos a divisão em zonas energéticas, do Dr. Jorge Andréa dos Santos,
médico e conceituado estudioso do espiritismo. (Ilustração p. 49)

Jorge Andréa divide o inconsciente, ou zona energética espiritual, de
acordo com as gradações de profundidade da memória: inconciente puro,
inconsciente passado ou arcaico e inconsciente atual ou presente.

Inconsciente Puro

Zona do autêntico "eu". Centro da vida. Ponto de partida das energias
diretivas do espírito. É o centro criativo. O inconscinete puro assemelhar-seia
ao que Platão entendia por idéia.

Inconsciente Passado ou Arcaico

Nesta zona espiritual estão sedimentadas todas as experiências do ser,
através das vidas sucessivas. Se apresenta em forma de aptidões, que
poderão ser buriladas. Desse núcleo de potenciação vão as energias para as
células físicas em seus núcleos.

Inconsciente Atual ou Presente

Nesta zona encontram-se arquivadas funções facilmente percebidas,
como neuroses por exemplo. Por esse motivo nem sempre encontramos
explicações para as neuroses, na vida atual do indivíduo.

É nesta faixa energética que os variados processos mediúnicos encontram
campo de expressão, bem como as doenças da alma, como fixações mentais,
por exemplo.

Corpo Mental

É o corpo material mais sutil que envolve a mente ou espírito. Para
conceitaurmos como uma zona energética de matéria mais etérea onde o
perispírito encontra seus alicerces, é André Luiz quem traz luz à explicação,
dizendo que o perispírito pode didaticamente ser dividido, e que a camada
mais sutil, mais próxima do espírito, seria chamada de corpo mental.

Se o espírito precisar trocar de planeta, ele conserva esse corpo
retirando do outro planeta o material necessário ao revestimento dessa zona


para adaptar-se, formando assim outro perispírito.

Os ovóides, espíritos que desgastam seus períspiritos por vampirizações
prolongadas nas trevas ainda conservam o corpo mental. Até nesses ovóides
percebe-se pontos energéticos que seriam rústicos centros de forças.

Perispirito

É o corpo do espírito que reveste o corpo mental, de matéria
quintessenciada. É o considerado o elo de ligação entre o espírito e o corpo
físico. Retira esse envoltório ou camada energética dos fluidos do planeta em
que vai encarnar. Geralmente conserva os traços da última encarnação,
quando do desercarne. É um corpo com características especiais como:

Plasticidade: Pode transformar-se na sua forma de acordo com o espírito
que o maneja, bom ou mau. Ex.: licantropia (forma de lobo), ovóide (perda do
corpo períspiritual); aparições e transfigurações. (Obras Póstumas, itens 1
a 22). Também através da evolução e o comando mental podem transformar
sua densidade e coloração.

Expansibilidade: Irradia para o exterior e forma em torno do corpo físico
uma espécie de atmosfera, comandada pelos sentimentos e pensamentos do
espírito. A influenciação dos fenômenos patológicos onde mentes se
assemelham, se associam, é explicada por essa expansibilidade. O perispírito
é o espelho exterior da alma. Essa irradiação é a aura propriamente dita.

Observação: O dom da ubiqüidade que o espírito irradia para várias
direções é uma condição que só espíritos elevados possuem.


Fonte: Andréa, Jorge - Energética do Psiquismo

49


Cordão Fluídico

Quando encarnado, o espírito pode despreender-se do corpo físico e ir
à longas distâncias, com seu perispírito, tornando-se algumas vezes visível
e até tangível, mas nunca sem esse cordão fluídico que o liga ao corpo físico.
Esse cordão fluídico, como o chama André Luiz, só se rompe com o
desencarne. Esse cordão se formaria pela propriedade do perispírito de
expansibilidade.

É preciso que fique claro que o perispírito é um corpo semi-material que
está de acordo com a evolução do espírito, portanto concordamos que seja um
"armazém de lembranças", como disse Gabriel Delanne, ou uma "carteirinha
de identidade", porque ele mostra quem é o espírito, seus sentimentos, seu
amor ou seu ódio.

Mas, este corpo pode ser modificado pela energia da vontade do espírito.
As funções portanto principais, de transformações do corpo perispiritual são
sempre comandadas pelo espírito e não pelo perispírito.

O Perispirito e sua Função como Modelo Biológico

Por ocasião da reencarnação o perispírito por ser o molde das idéias do
espírito que muitas vezes conserva-o para a outra vida. Se há necessidade de
mudanças para expiaçõe,s equipes especializadas no Plano Esperítual se
encarregam das mudanças, e quando o espírito já é mais evoluído ele mesmo
plasma através do poder mental, a sua forma futura.

Liga-se ao corpo físico desde o momento da concepção, molécula a
molécula comparando-se, segundo Delanne, ao eletroímã. A força magnética
da mente, orientaria as partículas a tomarem a configuração. A mente da
mãe também tomaria parte nessa forma a ser plasmada.

Portanto, o perispírito não é o criador, mas simplesmente o organizador
dos órgãos que formam o corpo físico.

Centros de Força

Sendo o composição do espírito encarnado uma série de camadas
energéticas, que vão compondo o seu revestimento natural, compreendermos
que no perispírito se encontrem estações energéticas, que seriam
acumuladoras e distribuidoras dessas energias vindas tanto do centro, ou
seja do espírito, como da periferia, corpo físico, uma vez que o perispírito é

o elo de ligação entre estas zonas energéticas.
No homem comum, os centros de forças se apresentam como um círculo
de mais ou menos cinco centímetros de diâmetro, quase sem brilho, porém
no homem espiritual é luminoso e refulgente. Recebe também o nome de
discos energéticos, rodas ou chacras, em outras nomenclaturas.


Foram pesquisados por Thelma Moss e Kendall Johnson, nos Estados
Unidos, a partir do efeito Kirlian (que explicaremos em aula posterior), eles
mapearam o corpo humano e verificaram que em determinados lugares dos
centros de forças, havia maior irradiação energética. São assim considerados
fulcros energéticos que se ligam na encarnação aos plexos do corpo físico.
"Sob a direção automática da alma imprimem na células a especialização."
(Moacyr Petrone)

No desencarne, André Luiz elucida que estes centros de forças continuam
fazendo parte do perispírito desempenhando suas funções de acordo com a
natureza e evolução do espírito, sofrendo alterações maiores, o centro
gástrico e o genésico.

Os principais centros de força no perispírito se localizam em regiões
anatômicas correspondentes aos plexos do corpo orgânico. Assim:

Plexo Localização Centro de Força
Sacral
Hipogástrico
Mesentérico
Solar
Cardíaco
Laríngeo
Frontal
Coronário
Base da Espinha
Baixo Ventre
Região do Baço
Estômago
Região Precordial
Garganta
Fronte
Alto da cabeça
Básico
Genésico
Esplénico
Gástrico
Cardíaco
Laríngeo
Frontal
Coronário

Funções dos Centros de Força

Segundo as funções que exercem, eis as finalidades dos centros de
forças:

Básico: Na contenção deliberada, as forças que transitam por esse órgão
se transformam, no cérebro, em energia intelectual. Estimula desejos, age
sobre o sexo. Capta e distribui a força primária e serve para reativação dos
demais centros. Essa reativação, se for feita assiduamente sobre o mesmo
centro, aumenta a animalidade.

Genésico: Regula as atividades ligadas ao sexo, recebendo influência
direta do básico. A reativação aumenta a libido em grau imprevisível,
podendo levar ao esgotamento e ao desequilíbrio, provocando muitas vezes
vampirismo, sendo portanto desaconselhável.

Esplénico: Regula a circulação dos elementos vitais cósmicos que, após
circularem, se eliminam pela pele, refletindo-se na aura; quanto mais
intensa a absorção, mais poderoso o magnetismo individual aplicável às


curas. A reativação aumenta a captação dessas energias, a vitalidade
nervosa e a normalidade circulatória sangüínea.

Gástrico: Regula a manipulação e a assimilação dos alimentos orgânicos,
influi sobre as emoções e a sensibilidade, e sua apatia produz disfunções
vegetativas.

Cardíaco: Regula as emoções e os sentimentos. A reativação expande os
sentimentos; influi sobre a circulação do sangue e sua manipulação é
delicada.

Laríngeo: Regula as atividades ligadas ao uso da palavra; influi sobre a
audição mediúnica.
Frontal: Regula as atividades inteligentes; influi no desenvolvimento da
vidência; tem ligações com a hipófise.

Coronário: Órgão de ligação com o mundo espiritual; serve ao Espírito
para influir sobre os demais centros de força; influi sobre o desenvolvimento
mediúnico por sua ligação com a epífise. A reativação dá continuidade de
consciência no sono e nos desdobramentos.


Fonte: Armond, Edgard - Passes e Radiações


Duplo Etérico

O duplo etérico é um corpo ou zona energética bastante densificada
intermediária entre o perispírito e o corpo físico.

Esse corpo acompanha internamente o contorno do corpo físico onde se
insere. As irradiações como continuidade de perispírito, buscam a zona
física, região em que se mesclam com as irradiações para a própria matéria.
Por esse motivo é chamado por alguns estudiosos de aura material.

Muitos espíritas conceituados, afirmam que efeitos psicocinéticos (efeitos
físicos) se originam do material oferecido por esta zona energética.

André Luiz, em sua obra Nos Domínios da Mediunidade, refere-se ao
duplo etérico no fenômeno do desdobramento do médium Castro, que sem
flexibilidade mediúnica, se exterioriza juntamente com esse corpo.

O duplo etérico se desintegra 30 a 40 dias depois do desencarne. Serve
portanto, à espíritos menos evoluidos se nutrirem de suas energias, de forma
vampiresca.

Corpo Físico

É o corpo de matéria mais condensada que serve ao espírito nas
encarnações necessárias à evolução, apresentando-se para nós de forma
tangível.

Como zona energética, é considerado a zona mais consciente onde as
energias espirituais transformam-se no processo intelectivo, posição de
nossa realidade e entendimento. Esta zona periférica de nossas vivências
propicia a absorção, para o interior, no espírito o resultado das experiências
à que está submetido o ser humano.

Constituição do Corpo Físico

É formado por células (que são a base de toda organização). As células
se especializam e se agrupam em conjuntos com características semelhantes.
Ex.: as células nervosas constituem o tecido nervoso, as células ósseas, o
tecido ósseo, etc.

Assim, as células agrupadas formam os tecidos; estes quando se
reúnem para uma função específica, formam os órgãos, como estômago,
intestino, etc.

Por sua vez órgãos reunidos para funções determinadas formam os
sistemas, mais complexos e perfeitos. Assim temos: o Sistema Muscular, o
Sistema Respiratório, o Sistema Circulatório, Sistema Digestivo, Sistema


Excretor, Sistema Esquelético, Sistema Genital, Sistema Endocrino e Sistema
Nervoso. Aparelho é uma denominação que pode ser usada como sinônimo
para Sistema.

Os órgãos dos sentidos, responsáveis pela captação dos estímulos, se
encontram ligados ao Sistema Nervoso, e são: olhos (visão), ouvidos (audição),
mãos (tato), língua (paladar) e nariz (olfato).

Os conjuntos e aglomerados de nervos e gânglios do Sistema Vago-
Simpático (uma das divisões do Sistema Nervoso), denominam-se plexos.

Portanto, o Sistema Nervoso é de fundamental importância para o
equilíbrio geral da saúde física, porque é através dele, pelos plexos, que se
ligam os Centros de Força do Corpo Perispiritual, também chamados de
Chacras, na literatura oriental.


Fonte: Erhart, Eros Abrantes - Elementos da Anatomia Humana


O Método das Cinco Fases para o Desenvolvimento
Mediúnico

Segundo Edgard Armond, é verdade que não se deve forçar a eclosão de
faculdades porque isto depende de amadurecimento espontâneo e oportuno,
mas é certo também que se pode e deve aperfeiçoar e disciplinar tais dotes
para se obterem resultados mais favoráveis.

Aqui calha o preceito: "Ao que não tem pouco ou nada se pode dar, mas
ao que tem muito se pode acrescentar".

"Um curso d'água entregue a si mesmo pode se perder na planície,
fazendo voltas inúteis, se estagnando e provocando malefícios, mas
devidamente canalizado vai diretamente à foz e em muito menos tempo".

No caso da mediunidade, o que se procura é justamente canalizar a
corrente, discipliná-la para que haja maior harmonia no curso; afastar
obstáculos para que flua com mais desembaraço e rapidez.

A falta de tais cuidados é que o mundo está cheio de médiuns obsidiados,
fracassados ou, na melhor das hipóteses, estagnados.

As cinco fases preenchem todas as necessidades do desenvolvimento no
período primário, e servem também de base aos demais, porque são
fundamentais para todos os casos.

Elucidaremos os alunos que começaremos o trabalho com benfeitores
espirituais e que somente na quinta fase chegaremos à psicofonia, ou seja,
a mensagem do mentor.

Primeira Fase - Percepção de Fluidos

É pedido pelo dirigente aos instrutores espirituais que já estudaram o
organismo do médium, que projetem um jato de fluido sobre os pontos
sensíveis do médium.

Objetivos

1- Visa a reeducação da sensibilidade para o trabalho com várias faixas
evolutivas dos desencarnados, determinando no seu organismo os pontos
mais sensíveis.

2- Definição das mediunidades. Os benfeitores podem até lançar mão de
fluidos mais pesados para que se defina a mediunidade.

3- Serve também para que o médium aprenda a se defender de vibrações
maléficas lançadas à distância.


Quando não Sentir

a- Não possui mediunidade a ser desenvolvida
b- Efeito do fumo, álcool ou entorpecentes
c- Contato com fluidos pesados com assiduidade


Pontos de Sensibilidade e suas Reações de Acordo com a Mediunidade

1- Local - Cérebro, lado esquerdo acima da orelha (pode ser frio, calmante,
suave em ondulações) - ação sobre a glândula pineal.
Reações: sonolência, vista turva, pálpebras pesadas, formigamento nas
extremidades, pressão na cabeça.
Mediunidade: psicofonia ou incorporação, escrita mecânica ou
semimecânica; desdobramentos; transmentação.

2- Local - Bulbo (quente, áspero, irritante em rajadas, refletindo-se na
cabeça e nos ombros) - ação sobre o nervo Vago, do sistema Nervoso
Parassimpático, que inerva todas as vísceras até o intestino grosso na sua
parte mais alta.

Reações: mau-estar, enjôo de estômago, falta de ar, formigamentos na
epiderme, inchaço de mãos e pés, sensação de dilatação.
Mediunidade: incorporação e efeitos físicos.
3- Local - Braços e mãos (leve em ondulações, descendo até as mãos).
Reações: nenhuma
Mediunidade: escrita telepática

Percepção de Fluidos (Jato de fluidos nos pontos sensíveis)
Local Reações Mediunidade
Cérebro, lado esquerdo acima
da orelha (pode ser frio,
calmante, suave em
ondulações) ação
sobre a
glândula pineal.
Sonolência, vista turva,
pálpebras pesadas,
formigamento nas extremidades,
pressão na
cabeça.
Psicofonia ou incorporação
escrita mecânica
ou semimecânica;
desdobramentos ;
transmentação.
Bulbo (quente, áspero,
irritante em rajadas,
refeletindo-se na cabeça e nos
ombros) - ação sobre o nervo
Vago, do Sistema Parassimpático,
que inerva todas
as vísceras até o intestino
grosso na sua parte mais alta.
Mal-estar, enjôo de
estômago, falta de ar,
formigamentos na
epiderme, inchaço de
mãos e pés, sensação de
dilatação.
Incorporação e
efeitos físicos.
Braços e mãos (leve em
ondulações, descendo até as
mãos)
Nenhuma Escrita telepática


Segunda Fase -Aproximação

Aproximam-se normalmente no dia-a-dia espíritos encarnados e
desencarnados das mais diferentes faixas vibratórias.

Mas como estamos trabalhando com benfeitores espirituais, somente
irão se aproximar espíritos com a intenção de cooperar.

O Espírito que está cooperando agora aproxima-se do médium, e este
deverá sentir, perceber sua presença. Esta fase é mais difícil que a primeira,
pois somente a sensibilidade do médium é que irá constatar.

O médium terá uma percepção geral em todo o organismo porque todo
ele recebe as vibrações do Espírito desencarnado.

Objetivos

Aumentar a capacidade de defesa própria às aproximações maléficas que
determinarão influenciações doentias, e que absorvem fluidos vitais preciosos.

Quando não Sentir:

1- Sensibilidade precária

2- Inibição, que poderá ser superada com exercícios

Terceira Fase -Contato

Os operadores espirituais agora estabelecem contato com o médium:

1- Nos pontos de sensibilidade já anteriormente estudados por eles, só
que nesta fase, com mais intensidade.
2- Nos centros de força - ação no perispírito, que o médium sentirá uma
leve manifestação de sua mediunidade.
3- Nos plexos - do corpo físico - o médium poderá sentir repuxamentos,
tremores, na área enervada pelos nervos referentes àquele plexo.

Objetivo

Dotar o médium de auto-controle na vida prática para distinguir fluidos
pesados que acarretam sérias perturbações espirituais e orgânicas.

Quarta Fase - Envolvimento

Poderá ser mais ou menos intenso de acordo com a mediunidade - tarefa
do aluno. Se sentir o envolvimento apenas através do pensamento ou idéias,
é sinal que tem facilidade para a telepatia; ao contrário se o envolvimento for
no perispírito, é sinal que o aluno possui a mediunidade de psicofonia ou


incorporação, ou psicografia mecânica ou semimecânica, pois o Espírito
utilizará os órgãos de fonação, braço ou mãos dos médiuns, quando for
necessário para as mensagens.

Objetivo

Levar o aluno a perceber o envolvimento negativo e tomar providências.
Neste particular, o dirigente deve sempre reforçar a reforma íntima com
bases nos ensinamentos de Jesus, de amor ao próximo. Poderá sentir uma
luz envolvente, uma gaze que o contorna, um abraço amigo.

Caso não Sinta:

Podem ser médiuns de efeitos telepáticos.

Observação: Se não sentir as três primeiras fases e sentir o envolvimento
é sinal que há falta de educação mediúnica e disciplina.

Em cada fase o dirigente deverá esclarecer os alunos a respeito do que
poderá acontecer deixando-os à vontade para o relato das percepções.
O método visa a conscientização dos alunos ao trabalho sério com a
mediunidade. Cada fase deverá ser dada em dias diferentes, porém apurándose
sempre as anteriores.

As Cinco Fases do Desenvolvimento Mediúnico
1ª Fase
Percepção dos Fluidos
0 cooperador lança
um jato de fluidos nos
pontos sensíveis
1 Reeducar
a sensibilidade.
2 Definição
das mediunidades através dos
pontos sensíveis e reações
3 Defesa
contra fluidos maléficos lançados
à distância
2ª Fase
Aproximação
0 cooperador espiritual
aproxima-se do médium
1 Mais
difícil do que a 1ª porque o médium
deverá sentir por si só
2 Defesa
própria contra influenciações
maléficas nas aproximações
3ª Fase
Contato
0 cooperador espiritual
estabelece um contato
com o médium
1 Nos
pontos de sensibilidade, mais
intensamente
2 Nos
centros de força leve
manifestação
da mediunidade
3 Nos
plexos repuxamentos,
tremores
4 Defesa
do médium: auto controle para
distinguir as pertubações esprirituais e
orgânicas
4ª Fase
Envolvimento
0 cooperador envolve
o médium
1 Através
do pensamento, idéias mente
2 No
perispírito, mais intensamente
3 Defesa,
deverá perceber o envolvimento
para tomar providências (reforma íntima)
5ª Fase Manifestação Circuito mediúnico psicofonia



Quinta Fase -Manifestação

Para esta fase dedicaremos toda a próxima aula.

Perguntas para Verificação do Aprendizado

1- Perante os quadros doentios observados por A. Luiz numa classe de
desenvolvimento mediúnico, o que explicou Alexandre?

O Espirito Cristão é a revivência do Evangelho de Jesus e a mediunidade
constitui um de seus fundamentos vivos; todos a possuem e é imprescindível
santificá-la, convertendo-a ao ministério vivo do bem. Os excessos do álcool,
alimentos, sexo, representam lamentáveis forças, as quais retém a alma nos
círculos inferiores.

2-A sessão de Educação Mediúnica foi considerada proveitosa para o Plano
Espiritual? Por que? (Missionários da Luz, André Luiz, cap. 3 e 4)

Sim, porque apesar dos desequilíbrios existentes nos encarnados, o Plano
Espiritual trabalhou assistindo os companheiros terrestres atacados pelo
vampirismo, bem como longa fila de entidades sofredoras desencarnadas. A
missão superior é amparar o inferior e educá-lo. Não nos cabe julgar.

3- A morte do corpo, segundo Alexandre, pode surpreender a alma em terrível
condição parasitária?

Bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância ainda
encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores e sugar-lhes a
substância vital.

4- As larvas observadas por A. Luiz serviam de alimentação aos espíritos
vampirescos?

Sim, aquelas estranhas formas voracíssimas, de grande mobilidade são
portadoras de vigoroso magnetismo animal, das quais espíritos vampirescos
se alimentam.

5- Haverá possibilidade, segundo Alexandre, de renovar-se o estado patológico
em que se encontram alguns alunos do desenvolvimento mediúnico?

Sim, segundo Alexandre, com esforço dos alunos e muita responsabilidade
dos dirigentes encarnados. Edgar Armond, assim se refere: "O
desenvolvimento mediúnico deve liberta-se do empirismo e misticismo
religioso, do arbítrio pessoal e das improvisações, evoluindo para o aspecto
científico-religioso, com bases e métodos claros e positivos e sob orientação de
pessoas de bom senso, preparadas previamente e habilitadas em todos os
sentidos". (Desenvolvimento Mediúnico, cap.l)


6-O que é perispírito, ou corpo astral, ou psicossoma ou campo eletromagnético
ou corpo espiritual? E qual a sua função?

Perispírito é o envoltório semimaterial do Espírito Imortal, de matéria
quintessenciada. É o corpo do espírito que o acompanha sempre mesmo após

o desencarne, e nos momentos de emancipação da alma e bicorporeidade. A
função do perispírito quando encarnado é de transmitir as sensações do
corpo para o espírito, e as impressões do espírito para o corpo. Funciona como
intermediário. É o principal agente das comunicações mediúnicas.
7- Quais as características do perispírito?
São: 1-Plasticidade: o que deixa ocorrer as transformações: licantropia
(lobo), zoantropia (animal), ovóide (perda da forma física por estar tão
fechada em si mesmo o espírito perde sua forma) e transfigurações (belas ou
feias Ex: Jesus transfigurou-se no Tabor). 2-Ubiqüidade: irradiar-se para
diversas direções (só os evoluídos). 3- Penetrabilidade: Penetrar paredes,
portas. 4-Expansibilidade: irradia para o exterior e forma em torno do corpo
uma espécie de atmosfera que a força de vontade e o pensamento podem
dilatar no contato com outros, contaminações ou não. É a aura propriamente
dita. 5- Forma: do Espírito que o maneja. 6- Cor: segundo a evolução; do
escuro ao brilho intenso.

8- Onde se origina o pensamento, na alma ou no perispírito?

O pensamento, é a linguagem universal dos espíritos. O perispírito é o corpo
do espírito que está de acordo com a inteligência que é o espírito, este lhe dá
forma, cor, densidade e outras características conquistadas pelo espírito,
evoluído ou não. Se origina do espírito, mas é efeito e não causa.

9- O Perispírito rege a atividade funcional dos órgãos do corpo físico?
Explique onde começa a desarmonia ou desequilíbrio.

Sim, através dos órgãos chamados centros de força no perispírito, que estão
intimamente relacionados aos plexos no organismo físico, que são aglomerados
de gânglios e nervos. O que desarmoniza os centros de força com conseqüências
no corpo físico (doenças) são os pensamentos inferiores já viciados,
provenientes do espírito. Portanto o comando da harmonia na saúde é dada
pelo espírito, através da sua vontade.


10- Quais os centros de força? E quais suas funções?
Os centros de força são: 1- Coronário: É o mais significativo pelo seu alto
potencial de radiações. É nele que se assenta a ligação com a mente, sede da
consciência. Supervisiona os outros centros que lhe obedecem ao impulso.
Órgão de ligação com a espiritualidade; 2- Frontal: Ordena percepções,
visão, audiência, tato, palavra, cultura, saber; 3- Laríngeo: Garganta,
fenômenos vocais; 4-Cardíaco: Coração, emoções, sentimentos, circulação
sangüínea; 5-Esplénico: Região do baço - distribuição adequada dos recursos



vitais em todo o corpo; 6-Genésico: Baixo ventre - sexo - modelador de formas;
7-Gástrico: Região do estômago - digestão. 8- Básico: Base da espinha - capta
energias primárias.

11-Que fase do desenvolvimento mediúnico nos mostra os tipos de
mediunidade existentes entre os alunos?

Já na primeira fase, percepção dos fluidos quando os benfeitores projetam
os fluidos nas partes sensíveis dos médiuns, previamente estudados por eles
assim: 1- Cérebro: (frio) lado esquerdo, acima da cabeça; ação sobre a pineal

- incorporação com possibilidades de mecanização na escrita; 2- Bulbo: pode
ser quente -incorporação com possibilidades de efeitos físicos; 3- Braços e
Mãos: leve em condulações, inchaço; possibilidade para a escrita telepática
(ou de inspiração).
12-A segunda fase, aproximação, é mais difícil de ser sentida que a primeira ?

Sim, porque o médium deve sentir sozinho a presença do espírito como um
todo. Na vida prática este exercício ajuda a defender-se de espíritos inferiores,
maléficos, maliciosos, etc.

13- Onde os médiuns poderão sentir a terceira fase, o contato?

O contato pode ser sentido: 1- Nos centros de força (perispírito), é uma
interpenetração do perispírito (leve manifestação da mediunidade). 2- Nos
plexos do corpo físico - repuxamentos, tremores. 3- Nos pontos de sensibilidade
- os mesmo da primeira fase, mais acentuados.

14- Como o médium pode sentir o envolvimento?

Como uma gaze, envolvendo-o, uma luz intensa ao seu redor, mais
profundamente, os médiuns mecânicos, menos intensamente, os médiuns
telepáticos. As reações do envolvimento como tonturas, dormência nas mãos
e pés, acelerações cardíacas, não devem preocupar, são normais, e não
duram mais que o tempo do envolvimento. Se dá quando o médium não está
acostumado com o exercício. Não há perigo, pois estamos trabalhando com
benfeitores.


Exemplo de Planejamento de Aula Prática

• Número de alunos 50
• Número de Monitores -10
• Tema - Envolvimento
• Tempo total - 50 min.
• Tempo dividido:
1ª Fase -10 min.
2ª Fase - 5 min.
3ª Fase - 5 min.
4ª Fase - 30 min sendo:
10 min . - Apuração
10 min. - Relato
10 min . - Considerações e Passe

• Objetivos
Geral

Disciplinara mediunidade levando os alunos à compreender que são instrumentos
do Plano Espiritual, mas com vontade própria, com livre-arbítrio.

Específico

1) Observar as sensações relatadas, que possivelmente nos mostrarão as
possibilidades individuais para o Desenvolvimento
2) Observar a disciplina dos médiuns

Nota: Nesta aula pedimos o passe no final, devido à algumas sensações que
os alunos ainda estejam sentindo. Irão para casa mais tranqüilos.

• Bibliografia - A mesma das aulas teóricas do CDM
• Material Didático
1- Quadro de giz, ressaltando com giz colorido a fase do Envolvimento.
PACEM
2 - Cartaz com o desenho dos centros de força
3 - Cartaz com o quadro das cinco fases e reações


62


1ª Fase - Resumo dos Esclarecimentos do Dirigente

• Como poderá acontecer o envolvimento
• Qual a utilidade do exercício do envolvimento
• Por que repetimos cada fase por duas aulas - (Verificar aula teórica sobre
os objetivos das cinco fases e especificamente de cada fase)
2ª Fase - Preparo do Ambiente (Ver esquema na 2-aula)
Hoje também não daremos a mensagem do Mentor. Procuraremos sentir
as fases que nos ajudarão a saber o tipo da nossa mediunidade para somente
deixarmos que o Espírito se comunique quando nós quisermos.

Deixemos nossos pertences de lado, sentando da melhor maneira que
pudermos.

Fechando nossos olhos, para melhor nos concentrarmos, podemos
movimentar a cabeça, caso estejamos sentindo tensão nos ombros ou pescoço.

Direcionaremos nossa atenção para este relaxamento, pensando numa
cena agradável que nos faz bem à vista.

Nesta cena, estamos num gramado verde e macio. À nossa frente se
descortina um campo florido imenso. Sentimos vontade de andar pelos estreitos
caminhos entre as flores. Com cuidado, penetramos nesse campo e observamos
a beleza, o colorido, a maciez das pétalas, o perfume que se espalha no ar, ao
entardecer. As flores variadas nos aliviam as tensões pela simplicidade e beleza
com que nos acolhem pelo perfume gratuito que nos oferecem nesta tarde de
primavera. A terra úmida que pisamos nos energiza.

Junto das flores que mais apreciamos, que mais nos fazem felizes,
sentamos à sua frente e aproveitamos para respirar adequadamente (se preciso
for, repetir o exercício respiratório com os alunos) - repetimos três vezes.

Sentimos nossos batimentos cardíacos ficarem menos acelerados, todo

o nosso corpo mais oxigenado e uma calma se instala dentro de nós.
O sol que ainda traça no horizonte, seus raios coloridos, nos aquece. No
ar a atmosfera agradável nos convida a uma prece à Jesus, pedindo forças para
suportarmos nosso problemas.

A força da fé dá perseverança da qual precisamos para também nos
ajudarmos.

Confiantes no Mestre lembrando de sua meiguice e tolerância para
conosco, depositamos em suas mãos nossas inquietudes. Temos a certeza do
seu amparo.

Nos sentimos mais leves e encorajados pelo amor de Jesus, sentimos a
união que se faz em toda a classe entre os colegas, pelo mesmo sentimento de
gratidão e coragem que nos foi infundido.


Pedimos ao Plano Espiritual presente que nos ajude a limpar nossa sala,
transformando-a num foco de luz, onde os melhores fluidos propiciam um
ambiente favorável para o trabalho de hoje. Extensa corrente de trabalhadores
do Plano Espiritual nos protege.

3ª Fase - Trabalho Propriamente Dito

Roteiro:
a) Percepção do fluidos
b) Aproximação
c) Contato
d) Envolvimento
e) Desconcentrar

Pedimos aos nossos colaboradores espirituais que projetem à pequena
distância, fluidos nos nossos pontos de maior sensibilidade, cada um sente esta
projeção à sua maneira (fazer uma pausa).

Agora os Colaboradores se aproximam dos médiuns. Cada médium sente
a aproximação, percebe a presença do Mentor (Fazer uma pausa).

Nesse momento os Colaboradores estabelecem contato com o médium,
tocando nos seus centros de força, no perispírito ou plexos do corpo físico, ou
pontos de sensibilidade, agora com maior intensidade, (fazer uma pausa)

E hoje os Colaboradores envolverão os médiuns. Estes sentirão de várias
maneiras o envolvimento. Poderá ser: uma luz a nos envolver, uma gaze nos
rodeando, um abraço amigo, e de outras formas variadas...(fazer uma pausa).

É o suficiente. Os alunos podem abrir seus olhos, desconcentrando-se
devagar e respirando calmamente. Todos estão bem?

4ª Fase - Verificação do Aproveitamento do Trabalho e Passe

1- Apuração pelos Monitores
Sensações nas devidas fases, até o envolvimento, videncias,


audiências. Acompanhamento ou não do trabalho.


2- Relato do que foi apurado


3- Dirigente - explicações das sensações e percepções


4- Passe
Concentrados novamente, mas agora já harmonizados e com a atmosfera
de nosso ambiente salutar, pedimos mais um auxílio aos amigos Benfeitores aqui
presentes, em nome de Jesus:

Que nos aplique um passe específico de cura, de restabelecimento de
nosso corpo físico e espiritual.


Procuremos abrir nosso centro de força Coronário, para absorvermos
melhor esses fluidos curadores que irão percorrer nosso corpo, alojando-se nos
pontos necessários e trocando as moléculas que estejam doentes.

Observamos os fluidos salutares encontrando o Frontal dissipando pela
íntima relação entre o corpo físico e o espiritual todas as tensões, provenientes
de angústias, e preocupações. Toda nossa cabeça sente a energização através
do comando do nosso pensamento, aliado aos fluidos salutares que os Benfeitores
nos propiciam. Nossas glândulas e sistema nervoso ficam revigorados...

Agora o Laríngeo merece nossa atenção. Toda essa região da garganta,
recebe tratamento adequado; as cordas vocais, o ouvido...

No Cardíaco, com nossos sentimentos elevados, os fluidos benéficos
penetram na corrente sanguínea, limpando através dela todo o corpo, que
percorre todas as células, todos os órgãos,

O Gástrico se revigora pela luz intensa, tornando os órgãos do Plexo Solar,
que regulam a vida vegetativa, em perfeitas condições.

Chegando ao Esplénico, os fluidos absorvidos aumentam nossa vitalidade
nervosa. Com o auxílio desse centro de força reativado, através da pele
eliminam-se as toxinas...

E no Genésico e Básico, esse passe de cura reabilita-nos os órgãos que
tenham alguma deficiência...

Completamente refeitos, agradecemos do fundo do coração aos Benfeitores
pelo passe recebido e pedimos à Jesus que os ampare sempre.

Graças a Deus.


N.A.: Jesus dá provas da imortalidade da alma e da existência do corpo perispitual,
chegando a mostrar as feridas aos discípulos, para que acreditassem. Como
sabemos os males do corpo físico se refletem no perispirito.


AULA 6

As Cinco Fases Adotadas
para o Desenvolvimento Mediúnico
Quinta Fase - Manifestação - Psicofonia

67


Sumário

Circuito Mediúnico

69

Como os Médiuns Poderão Transmitir a Mensagem

70

Telepatia ou Inspiração

70

Psicofonia

71

Anímica por Cristalizações Mentais ou Intuição

72

O Dirigente e as Manifestações Estranhas do Médium

74

Perguntas para Verificação do Aprendizado

74

Exemplo de Planejamento de Aula Prática

77

Bibliografia

1 - A. Kardec, Livro dos Médiuns, cap. XIV, item 166, cap XXVII e cap. XV item 180
2 - Edgard Armond, Mediunidade, cap. 9 e 11
3 - André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, XXIII
4 - André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 22 Emersão do Passado
5 - Edgard Armond, Mediunidade
6 - André Luiz, Ariston Santana Teles, Expansão


A Quinta Fase - Manifestação
Psicofonia


Circuito Mediúnico

Para melhor entendermos a manifestação, isto é, a mensagem de uma
entidade através de um médium, procuraremos entender o Circuito
Mediúnico, explicado por André Luiz, no livro Mecanismos da Mediunidade,
cap. VI.

Compara André Luiz, o circuito mediúnico ao circuito elétrico que
encerra um condutor de ida e outro de volta da corrente, abrangendo o
gerador e os aparelhos de utilização, a englobarem os serviços de geração,
transmissão, transformação e distribuição de energia.

Para execução de semelhantes atividades, as máquinas respectivas
guardam consigo recursos especiais, em circuitos elementares como sejam
os de geração e manobra, proteção e medida.

Assim estabelece-se o circuito mediúnico do Espírito para o médium, e
do médium para o Espírito através da sintonia e por afinidade, projetando

o Espírito seus pensamentos em forma de ondas magnéticas, sonoras e
coloridas.
As idéias em forma de ondulações são recebidas pelo médium,
interpretadas, ampliadas, trabalhadas e retransmitidas através do cérebro
físico, sistema nervoso, órgãos da palavra (comunicação oral), braço e mão
(comunicação escrita).

A união das correntes mentais chama-se portanto, circuito mediúnico.



Ao desenho da página anterior comparamos uma lâmpada, que acionado
de um interruptor, acende-se porque a fiação que leva a corrente está em
perfeito estado. Na mediunidade o que comanda esse "perfeito estado" é a
vontade das duas partes. Se não houver, é o mesmo que um fio partido onde
a luz não acenderá quando acionado o interruptor na parede.

O médium, em seu perfeito estado físico e moral, através da vontade,
poderá receber comunicações de espíritos do Plano Espiritual e Espíritos de
encarnados em desdobramento, podendo mesmo ser o espírito de umapessoa
que tenha lesão cerebral e seu espírito, num momento de liberdade dará uma
mensagem, uma vez que seu cérebro não tem condições de transmitir a
mensagem.

Nas primeiras aulas trabalharemos apenas com benfeitores.

Como os Médiuns Poderão Transmitir a
Mensagem

Telepática ou Inspiração

Envolvimento com a mente do médium, cuja sede é o cérebro. Esta
mensagem pode ocorrer à distância. As vezes, somente algumas palavras são
transmitidas e os médiuns influem na retransmissão, parecendo uma
mistificação porque eles usam palavras suas. Se não são cultos poderão
pronunciar erros de concordância.

Aos Espíritos pertencem somente as idéias, e não as palavras. É a
assimilação das correntes mentais do pensamento.



Psicofonia

Aqui o conteúdo e as palavras são do Espírito. O Espírito entra em
contato como perispírito do médium e atua sobre o corpo físico, ficando os
órgãos vocais do médium sob controle do Espírito comunicante.

Para que o Espírito comunicante passe a mensagem mais livremente,
é preciso que o médium sinta-se seguro, pois haverá uma ligeira exteriorização
do seu perispírito.


Explica Edgard Armond que aqui poderá dar-se a transfiguração que,
em sua natureza íntima, é aparentemente um efeito físico. O Espírito
operante atua sobre o médium desligando-o parcialmente do corpo denso, e
isto faz provocar um relaxamento dos centros nervosos e conseqüentemente
dos tecidos orgânicos da região que pretende modificar.

O parcial desligamento do médium produz um estado de liberação dos
tecidos e centros nervosos, dos quais o espírito operante assume o comando.

Com sua vontade age ele, fortemente atraindo ao seu próprio perispírito,
que passa a servir de molde temporário aos tecidos relaxados da região
visada, aos quais vão se adaptando, acomodando ao novo molde e assim
aparentando as formas e demais características orgânicas do Espírito
operante.

Diz Edgard Armond que se fosse apenas uma sobreposição de perispíritos

o fenômeno seria visível somente para videntes. O que acontece é superposição
porque o fenômeno se passa nos limites, no âmbito do corpo físico do médium,
utilizando-se o Espírito operante dos próprios elementos constitutivos desse
corpo.

Segundo André Luiz, é uma interpenetração psíquica como a luz
atravessando a vidraça. Diz ainda que o médium, afastado do corpo físico,
permanece vigilante e que esse processo é mais ou menos idêntico ao da
enxertia da árvore frutífera, pois a planta estranha revela suas características
e oferece seus frutos particulares, mas a árvore enxertada não perde sua
personalidade e prossegue operando em sua vitalidade própria.

Também poderá haver mudança na voz, bem como o fenômeno da
xenoglossia (mensagem em língua estranha à do médium nesta encarnação).

As sensações, quando recebemos mentores, são mais suaves.

Anímica por Cristalizações Mentais ou Intuição

O Espiritismo, explica o fenômeno anímico, como a manifestação da
alma do médium. A alma do médium pode manifestar-se, gozando de certo
grau de liberdade, pois recobra os seus atributos de espírito e fala como tal
e não como encarnado. Ai revela-se tanto a alma com problemas de fixação
mental ou cristalizações mentais, que ainda não superou-se a si própria em
evolução, bem como a intuição da alma do médium que fez suas aquisições
positivas em vidas anteriores.

Na tarefa de casa, onde lemos o capítulo 22 do livro de André Luiz, Nos
Domínios da Mediunidade, vemos um exemplo de comunicação que se
assemelha ao transe mediúnico, mas na realidade a médium revive cenas e
acontecimentos do seu mundo subconsciencial.

A mente cristalizada no passado, revive os momentos difíceis.

A. Luiz nos alerta para a tolerância com nossos irmãos que necessitam
de reequilíbrio, consolo e ensinamento e a idéia de mistificação deve ser
abolida.
Por isso deixemos que os alunos falem todos ao mesmo tempo, e nunca
bloqueemos uma comunicação. Este é um momento importante, onde os
benfeitores poderão agir para que os médiuns se libertem de suas cristalizações
mentais, podendo assim desenvolver a mediunidade de uma forma equilibrada
e satisfatória.

Por outro lado, a intuição, quando numa mensagem de bom conteúdo,
revela o domínio do Espírito imortal sobre o instinto. É a voz interior que nos
fala, não é razão mecânica limitada, mas intrínseca ilimitada, independente,
pois o campo da razão vai até onde a inteligência alcança, mas o da intuição
não tem limites.

O homem do futuro, isto é, o homem renovado, que venceu a si mesmo
vencendo a matéria grosseira, será um homem de inTelepáticatuição,
segundo Edgard Armond.


Só há fraude, mistificação, quando o médium decora textos e diz que são
palavras do Espírito.

Observação: Somente haverá comunicação de obsessor caso o médium
esteja em processo de fascinação, quando não consegue desligar-se da
entidade maléfica, mesmo estando distanciada, porque estaremos
trabalhando com benfeitores.

Caso aconteça esse processo hipnótico, à distância, o dirigente deverá
encaminhar o aluno para tratamento, mas nunca o fará na frente da classe
e o deixará de lado nas tarefas.

O amor é imprescindível. Estas observações o dirigente e os monitores
farão sem contudo explicar à classe, para não provocar pânico e inseguranças.

Falar da reforma íntima e o perdão aos inimigos para os alunos de um
modo geral, e não particularmente.

Neste caso há o circuito mediúnico mente à mente, mas é uma dominação
por parte do Espírito à qual o médium não consegue libertar-se, e age e fala
tudo o que o obsessor lhe ordena. Não é incorporação, porque neste caso o
Espírito estaria presente na sala de aula e isto nós sabemos que com o
ambiente bem preparado, com o pensamento elevado, os objetivos sublimes
de amor ao próximo, entidades maléficas não penetram no recinto.

Todos darão a manifestação ao mesmo tempo e nós diremos que
estamos trabalhando com benfeitores.


O Dirigente e as Manifestações Estranhas do Médium

Caso aconteçam problemas (mal estar) com os alunos, os dirigentes de
grupo deverão fazer uma prece para a resolução dos mesmos. Se persistir,
depois da aula, fazer uma prece com o aluno, porque isto o ajudará na
transformação do pensamento, e ele naturalmente se sentirá melhor. As
sensações poderão advir da falta de hábito às comunicações. Os dirigentes
devem lembrar que "a fé remove montanhas".

Observação: A Misericórdia Divina jamais permitirá que algo ruim nos
aconteça, se não estivermos predispostos a isso. A disciplina, abolindo
ruídos, gritos e gestos deve ser incentivada.

Perguntas para Verificação do Aprendizado

1- É possível numa classe de primeiro ano de Educação Mediúnica, as
manifestações aconteceram em grande escala e depois irem diminuindo com

o tempo?
Sim, porque há maior número dos que necessitam de curas e auto-
evangelização, do que médiuns necessitados de desenvolvimento. As
comunicações podem aqui ser anímicas, ou por telepatia de algum espírito
que esteja à distância.

2-O que é mediunidade natural, e porque na mediunidade de prova o
indivíduo, em geral, é pertubado?

A mediunidade natural eclode sem nenhuma perturbação, porque o indivíduo
já fez conquistas no terreno moral. Na mediunidade de prova quando ainda
não conscientizado de sua sublime tarefa, tem perturbações de ordem física
e psíquica, moléstias de toda ordem, pressões, temor, manias e até
perturbações mais graves que requerem isolamento em sanatórios.

3- É verdade que não se deve forçar a eclosão de faculdade porque isso
depende de amadurecimento espontâneo e oportuno, porém devemos
disciplinar esses dotes para obtermos resultados mais favoráveis?

"Um curso d'água entregue a si mesmo pode se perder na planície, fazendo
voltas inúteis, se estagnando, provocando malefícios, mas devidamente
canalizado vai diretamente à foz em muito menos tempo" (Edgard Armond-

Mediunidade).

4) O que é circuito mediúnico?

É o conceito dado por A. Luiz à extensão do campo de integração magnética


em que circula uma corrente de integração, sempre que se mantenha a
sintonia psíquica entre os seus extremos, ou mais propriamente o emissor e

o receptor.
5- Quando o circuito se abre, a corrente de associação mental se articula?

Para que se alimente o fluxo energético em circulação, é preciso que o circuito
mediúnico permaneça fechado, e para isso é indispensável o pensamento de
adesão ou aceitação. (A. Luiz, Mecanismo da Mediunidade).

6- Qual deve ser a atitude do dirigente do desenvolvimento mediúnico diante
das comunicações anímicas por cristalizações mentais?

Todos devem ser tratados com carinho, paciência e amor. São médiuns da
mesma maneira, pois um vaso defeituoso pode ser consertado e restituído ao
serviço. Há necessidade de muita paciência para ajudar nos processos
anímicos desse gênero. Entender que só o perdão recompõe a alma doente.
É a reeducação que tanto necessitamos nas reencarnações. (A. Luiz, Nos
Domínios da Mediunidade, cap. 22)

7- O quadro observado por A. Luiz em "Emersão do Passado", pode ser
classificado como mistificação inconciente?

Não, segundo o instrutor Áulus, porque na realidade a manifestação decorre
dos próprios sentimentos da paciente, arrojados ao pretérito, de onde recolhe
as impressões deprimentes de que se vê possuída, externando-as no meio em
que se encontra. Ela renasceu na carne, sem renovar-se em espírito.

8-No caso relatado por A. Luiz em "Emersão do Passado", houve incorporação?

Não, pois o circuito mediúnico não se fechou. Era um problema anímico de
cristalização mental. A. Luiz não viu todo o processo de psicofonia consciente
ou incorporação relatado no mesmo livro cap. 6, onde Eugênia à alguns
centímetros do seu corpo, cede espaço para que o sofredor fale com seu
aparelho vocal, e estão ligados por laços fluídicos.

9- A intuição é considerada anímica?

Sim, pois no esforço da evolução, o homem veio do instinto, adquiriu mais
tarde a razão e caminha agora para a intuição, que todavia apenas se
vislumbra no horizonte. O modo que vivemos, em sentido geral, é no pleno
domínio da razão. A intuição é a verdade cósmica divina existente em nosso
Eu. O homem do futuro, o homem renovado que venceu a si mesmo, a matéria
grosseira, será um homem de intuição (Edgard Armond, Mediunidade; A.
Luiz, Expansão)

10- O que são médiuns de incorporação ou psicofonia?

Uma categoria de médiuns nos quais o Espírito atua sobre os órgãos da
palavra podendo haver o fenômeno da transfiguração, onde a aparência


física do médium se transforma porque existe uma interpenetração
perispiritual. Os médiuns videntes têm oportunidade de ver uma superposição
de planos porque as vibrações espirituais se irradiam atingindo o corpo
espiritual do médium (seu perispírito).

11- Por que A. Luiz denomina psicofonia consciente para a incorporação
observada no livro "Nos Domínios da Mediunidade" cap. 6?

A. Luiz observa algo como uma enxertia neuropsíquica, onde a entidade
sofredora só se apossa do órgão vocal e do mundo sensório de Eugênia, vendo
e ouvindo por intermédio das energias da médium, que age qual enfermeira
com o objetivo de auxiliá-lo à pequena distância (cm). Fios brilhantes ligam
a fronte de Eugênia (médium), desligada do veículo físico à entidade
comunicante. Conhecerá Eugênia as palavras e as dores pela corrente
nervosa e por estas mesmas, a entidade revive os próprios sentidos. Chamou
A. Luiz de psicofonia inconsciente porque Eugênia estava vigilante, apesar
de emprestar seu aparelho físico.
12- Na quinta fase da adaptação psíquica do desenvolvimento mediúnico, na
manifestação, poderá ocorrer a comunicação de um espírito obsessor?

Sim, embora o preparo do ambiente esteja perfeito, impedindo a entrada e
espírito sofredores no local, alguns médiuns poderão não estar desligados
mentalmente das entidades. A comunicação se dá através do processo
hipnótico isto é pelo pensamento. O dirigente deve chegar até o médium,
fazer uma prece mentalmente pedindo auxílio aos benfeitores.


Exemplo de Planejamento de Aula Prática

• Classe - Primeiro ano Mediúnico
• Número de alunos - 80
• Número de monitores -16
• Tema - Mensagem Falada
• Tempo total - 50 min.
• Tempo dividido:
1ª Fase - 15 min.
2ª Fase - 5 min.
3ª Fase - 5 min.
4ª Fase - 25 min. sendo:


10 min. - Apuração
10 min. - Relato
5 min. - Considerações


• Objetivos
Geral

Levar o aluno à desinibição e segurança para ser o intermediário mais puro, que
aprenda a filtrar devidamente a Mensagem recebida pelo Mentor. Reforma íntima
para boas mensagens.


Específico

1) Observar as comunicações de alunos ainda não disciplinados ou com
"cristalizações mentais"
2) Incentivar os que, com esforço, dizem apenas algumas palavras, aproveitando
para explicar sobre a vaidade que desequilibra qualquer médium.


• Bibliografia - A mesma aula teórica do CDM e Evangelho - Atos dos
Apóstolos - cap 12:10.
• Material Didático
1) Quadro de giz salientando a manifestação com o giz colorido. PACEM
2) Cartaz com o desenho ampliado do livro "Estudando a Mediunidade" de
Martins Peralva, sobre Incorporação ou Psicofonia Consciente.
3) Na lousa, ou em cartaz, o desenho alusivo ao "Circuito Mediúnico".

1ª Fase - Resumo dos Esclarecimentos

Diremos que os alunos hoje poderão, todos juntos, no momento apropriado
dar a Mensagem do Mentor (Não mencionar que esta mensagem pode ser
anímica, principalmente com problema patológicos de fixações mentais. Isto
iremos somente observar).

• Não forçar, nem bloquear a Mensagem.
• A reforma íntima - Os bloqueios físicos pelo fumo, álcool, excessos
alimentares, maledicência, etc..
• A disciplina: o médium é dono do seu corpo.
2ª Fase - Preparo do Ambiente (roteiro na 2a aula)

Com muita tranqüilidade vamos fechando nossos olhos e todos juntos
rememoremos uma cena acontecida na Judéia.

Herodes manda prender o apóstolo Pedro.

Os inimigos do Cristianismo não entendiam a profundidade das verdades
reveladas e não conheciam o Poder da Oração.

Os cristãos, que precisavam reunir-se em catacumbas escondidos para
orar, assim o fizeram, pedindo a Deus, mesmo à distância, que protegesse Pedro
na prisão, imbuídos de muita fé.

Pedro acorrentado numa cela, sob a vigilância de soldados, viu uma luz
intensa iluminar toda a prisão.

Era um Anjo do Senhor com sua luz que o ajudava fazendo cair as grossas
cadeias que prendiam suas mãos...

Com a mesma fé dos primeiros cristãos, peçamos ao nosso Mentor que nos
liberte das cadeias que nos prendem pelo medo, angústia e dor. Temos a certeza
da ajuda para nossa libertação.

Esses amigos invisíveis com sua luz inundam o ambiente, tornando-o limpo
e higienizado. Formas pensamentos e tudo o que for negativo se dissipa ao contato
com essa luz.

O ar fica agradável e nós aproveitamos para respirar adequadamente (caso
a sala ainda não tenha assimilado, acompanhar com a contagem), (pausa)

Sentimos a união com todos os colegas à exemplo dos primeiros cristãos.
Pedimos aos benfeitores um passe restaurador para o nosso organismo.


3ª Fase - Trabalho do Dia: Manifestação Falada

1- Percepção de fluídos
2- Aproximação
3- Contato
4- Envolvimento
5- Manifestação
6- Desconcentrar


Começando o trabalho de hoje, primeiramente pedimos que os colaboradores
projetem fluídos à pequena distância nos pontos mais sensíveis dos médiuns.
Vamos sentindo essa projeção (pausa).

Agora o Mentor aproxima-se do médium e este percebe sua presença,
(pausa).

Bem próximo, o Mentor estabalece um contato com o médium, no ponto onde
ele irá trabalhar com a mediunidade (pausa).

O Mentor envolve o médium. Este sente o envolvimento, e a vontade de ser

o intermediário (pausa).
O Mentor fala através do médium: são palavras que vêm à mente, ou que
saem espontaneamente, de uma forma rápida. Todos juntos podem dar a
mensagem nem muita alto nem muito baixo, procurando ficar bem à vontade, sem
inibições, (pausa)

Vamos desconcentrando, abrindo nosso olhos, respirando profundamente.

Todos estão bem?

4ª Fase - Verificação do Aproveitamento do Trabalho.

a) Apuração dos monitores (já devem ter anotado as comunicações do
grupo). Videncias, audiências, percepções, sensações, comunicação,
psicofonia.
b) Relato das apurações.
c) Considerações finais, de acordo com os relatos dos monitores.
Incentivo à reforma íntima para os trabalhos da próxima aula.



N.A.: O Evangelho nos mostra a mediunidade de xenoglossia, onde o médium se
expressa em língua estranha à sua, nesta encarnação. Dessa mediunidade,
espíritos superiores se utilizam para a divulgação do Evangelho em todas as
nações, como foi o caso dos Apóstolos.


AULA 7

Radiação, Vibração, Doação,
Cura e Corrente Magnética



Sumário

Introdução

83
A Trindade Universal: Deus - Espírito - Matéria

83
A Matéria

84
Constituição da Matéria

84
Constituição da Matéria dos Seres Vivos

86
Radiação e Vibração

87
O Que é Irradiar?

87
O Homem Encarnado é um Gerador de Força Eletromagnética

87
Como se Dá a Radiação

88
O Homem é um Universo em Miniatura

88
O Que é Vibração

88
O Psicoscópio

89
A Força Magnética nas Curas

89
O Ectoplasma

91
Correntes Magnéticas nos Trabalhos de Cura

91
Doações com Corrente de Mãos

91
Formação de Corrente Magnética

92
Vibrações à Distância

93
Perguntas para a Verificação do Aprendizado

93
Exemplo de Planejamento de Aula com Correntes Magnéticas

95
Outro Roteiro para Segunda e Terceira Fase do Planejamento de Aula 98

Bibliografia

1- Allan Kardec, Gênese, cap. X, XI e XIV
2- Edgard Armond, Mediunidade, cap. XXI
3- André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, cap. II, VIII e XXII
4- André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. XVII e XXVIII
5- André Luiz, Evolução em Dois Mundos
6- André Luiz, Libertação


Radiação, Vibração, Doação,
Cura e Corrente Magnética


Introdução

O objetivo principal desta aula é a compreensão do poder de cura
existente em cada um de nós, que somado aos valores fluídicos irradiados do
grupo de trabalho, se tornam vibrações poderosíssimas, podendo mesmo
serem feitos tratamentos com pacientes, à distância.

Irradiar fluídos todos os corpos o fazem, porém irradiar fluídos benéficos,
curadores ou finos, só aqueles que praticam o bem e a caridade pelo amor de
servir ao irmão necessitado.

As curas operadas através desse trabalho transitam através destes
estudos: o preparo do médium e a fé do enfermo.

A conjugação de fluídos, quando assim direcionada, opera o impossível
para a humanidade.

Dentro e fora do recinto de trabalhos de cura, em reuniões espíritas, o
médium está sempre irradiando fluídos da sua qualidade vibratória, e até
mesmo quando dorme pode socorrer necessitados. Para isso deverá haver
entendimento e amor.

A Trindade Universal: Deus - Espírito - Matéria

No livro Gênese, cap. XI, Kardec afirma: "O elemento espiritual e o
elemento material são dois princípios constitutivos do Universo. O elemento
espiritual, individualizado, constitui os seres chamados Espíritos, assim
como o elemento material individualizado, constitui os diferentes corpos da
natureza, orgânicos e inorgânicos".

Assim sendo, Deus criou o Espírito, simples e ignorante, para que
através das vidas sucessivas, pelos seus próprios méritos, alcance a perfeição,
e criou o fluído cósmico ou universal, que é a matéria elementar primitiva,
para que o Espírito se utilize dela através das possibilidades de suas
inumeráveis transformações, à medida de suas necessidades nos diversos
estágios evolutivos. Este, segundo Kardec, é o brazão do universo: unidade-
variedade.


O fluído cósmico, vai do estado da eterização, ou imponderabilidade, à
materialização ou ponderabilidade.

Para os Espíritos mais adiantados, o fluído étereo tem aparência tão
material quanto os objetos tangíveis para os encarnados. Tudo no universo
é formado das transformações do fluído cósmico, por isso a matéria se
apresenta nos mais diferentes estados.

Por exemplo, a água que podemos ver em três estados: sólido, líquido e
gasoso; os alimentos que se decompõem ao serem aquecidos; o diamante, o
mais duro dos corpos pode volatizar-se em gás impalpável.

Portanto, a solidificação da matéria não é senão um estado transitório
do fluído universal, que pode retornar ao seu estado primitivo quando as
condições de coesão deixam de existir.

Inteligências superiores e espíritos evoluídos, são responsáveis pela
formação de planetas, sem naturalmente desobedecer às leis universais.

A exemplo disso temos Jesus, considerado o engenheiro do nosso
planeta.

A Matéria

A matéria para nós é tudo que tem massa e extensão. Corpo é uma
porção limitada de matéria. Objeto é um corpo, que por sua forma especial
se presta a determinado uso.

A matéria está disseminada pelo universo, como o sol, as estrelas, os
planetas, os satélites, a Terra, com seu solo, rochas, atmosfera, mares, nossos
corpos físicos e também espirituais (ou perispírito).

Os Espíritos afirmam na Codificação: "A matéria existe em estados que
ignorais. Pode ser tão etérea e sutil que nenhuma impressão vos cause aos
sentidos. Contudo é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria." (LE 22).

A Ciência veio afirmar, cerca de 50 anos depois essa assertiva, através
da Teoria da Relatividade, proposta pelo físico Albert Einstein, que dizia: "A
matéria é energia concentrada e a energia é matéria radiante".

Eisten usou a equação básica: E=m.C2, isto é, a Energia (E) é igual à
Massa (m) multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz (C2).

Constituição da Matéria

Hoje a Ciência proclama que a matéria é composta de átomos: a Terra,
objetos inanimados e os seres vivos (planta, animais, homens).


Entendamos a definição de átomo: é a menor fração de um elemento
capaz de entrar em combinação.

Os átomos diferem entre si pela quantidade de prótons, nêutrons e
elétrons. Os prótons e nêutrons formam o seu núcleo, que tem carga elétrica
positiva, e os elétrons, que tem carga negativa, formam a eletrosfera, que
circunda o núcleo. A fantástica velocidade no movimento dos elétrons e suas
contínuas mudanças de trajetórias permitem a forma de uma camada
permanente em torno do núcleo. Estão sempre em agitação, em movimento.
Portanto, a solidez e a inércia são ilusões dos nossos sentidos falíveis. A
substância não jaz dentro da forma, há ali movimento, energia, ondas
vibratórias.

Cada corpo tangível é um feixe de energia concentrada. A matéria é
transformada em energia e esta desaparece para dar lugar à matéria, de
acordo com a física relativista de Einstein, ou seja, a matéria é energia
(fluído) condensada.

A química estabelece que molécula é o conjunto de átomos unidos por
covalência. Valência é a capacidade de ligação entre os átomos, regulada pelo
número de elétrons que o átomo pode perder ou ganhar. Fica generalizado
termo molécula como uma unidade de substâncias que têm existência
independente e conservam suas propriedades químicas. Ex.: Uma molécula
de enxofre é composta de oito átomos. Os elementos são formados das
combinações moleculares. Ex.: A água (H20) contém uma molécula de
oxigênio e duas de hidrogênio. São elementos oxigênio, hidrogênio, azoto e
carbono.



Constituição da Matéria dos Seres Orgânicos

A lei de afinidade entre as moléculas que preside a formação dos
minerais conduz naturalmente à formação da matéria orgânica.

Os seres orgânicos são os que nascem, crescem, reproduzem-se e
morrem. São as plantas, os animais e o homem.

A única diferença que preside a forma dos seres orgânicos é que ela é
vitalizada. Segundo os Espíritos da Condificação, essa causa vitalizadora é

o princípio vital que tem sua fonte no fluído universal, que dá energia aos
corpos que no dizer de Kardec não seria senão a espécie particular de
eletricidade designada pelo nome de eletricidade animal, desprendida
durante a vida por ação dos órgãos e cuja produção para com a morte por
cessar aquela ação. Os corpos orgânicos seriam assim verdadeiras pilhas
elétricas que funcionam desde que os elementos dessas pilhas estejam nas
condições adequadas para produzir eletricidade.

O fluido vital, ou fluido elétrico animalizado, confere propriedades
especiais para modificar a constituição molecular do corpo orgânico. A
absorção dessa força pelo corpo humano é realizada pelo Aparelho
Respiratório, pela pele e Aparelho Digestivo (alimentos). O corpo espiritual
absorve energias pelos centros de força.

Radiação e Vibração

Definições e Conceitos

O Que é Irradiar?

Irradiar é lançar de si, emitir. Todo ser humano irradia de si um fluido
vital eletromagnético. Possui portanto faculdade radiante ou magnetismo
humano.

Edgard Armond classifica as radiações em mentais e fluídicas.

Mentais: decorrem de um processo intelectual através do qual o indivíduo
projeta a determinado alvo, pensamentos de força, coragem ou confiança.
Fluídicas: decorrem de projeções amoráveis ou sentimentos de amor.

Nas mentais o poder da vontade do emissor é de grande valia. Nas
fluídicas a força está no sentimento, no que podemos chamar de naturais.
Ex.: pessoas que chegamos perto e só pela sua presença nos sentimos bem,
em paz. Ao contrário de pessoas negativas que nos causam certo mal-estar
simplesmente pela proximidade.

"O Homem Encarnado é um Gerador de Força
Eletromagnética." A. Luiz

A ciência explica que uma corrente elétrica não é mais do que um
movimento de elétrons, e Odentro do átomo os elétrons também se movem.
Cada órbita eletrônica produz seu campo magnético, campos estes que se
somam se forem ordenados, por exemplo, o radar e o raio-x são ondas
eletromagnéticas. O cérebro humano produz constantemente milhões de
pequenos impulsos elétricos que tendem a somar-se e assim podem ser
recolhidos em volta do crânio.

Como espíritas, adotando a explicação de A. Luiz, no livro Mecanismos
da Mediunidade, "a corrente mental também é uma corrente de natureza
elétrica, embora menos ponderável na esfera física. Em torno da corrente


elétrica surgem efeitos magnéticos de intensidade correspondente. A
eletricidade vibra.

Toda partícula da corrente mental nascida das emoções e desejos
recônditos do espírito, através da consciência se desloca produzindo radiações
eletromagnéticas, cuja freqüência varia conforme os estados mentais do
emissor.

Como se Dá a Radiação

Segundo Henri Becquerel, cientista francês, 1896

Foi Henri Becquerel quem examinou uma chapa fotográfica velada por
um pedação de minério de urânio, suspeitou que este deveria emitir raios
capazes de atravessar o papel e até o metal. Descobriu assim que a
radioatividade é a desintegração espontânea dos edifícios atômicos. São
modificações ligeiras e há dois processos de desintegração: os núcleos
perdem uma pequena fração de si mesmos em forma de partículas emitidas
à grande velocidade, que são as radiações.

"O Homem é um Universo em Miniatura"

Ora, tudo na natureza obedece à leis Divinas e imutáveis; sabemos que
a Terra é considerada um grande magneto, isto é, uma grande imã posssuindo
dois eixos polares, positivo e negativo, entre os quais se forma o campo
magnético.

Da mesma forma o homem, por sua natureza e constituição, também é
um imã, com polaridade positiva e negativa, motivo pelo qual nos trabalhos
do passe os movimentos devem ser dirigidos adequadamente na dispersão
ou reposição de fluidos. Há 200 anos Frans Anton Mesmer introduziu o
método das técnicas de utilização do magnetismo humano em que as mãos
eram os instrumentos de trabalho.

O Barão de Reichenbach, demonstrou que o corpo humano, à semelhança
de um imã, é igualmente polarizado.

O Que é Vibração

Vibração como conceito é o ato ou efeito de vibrar, oscilar ou balançar.
É a forma ondulatória como se apresenta uma radiação.

O ser humano é um organismo celular dinâmico que absorve e emite
radiações diferentes, formando assim uma unidade vibratória de acordo com


suas condições de maturidade espiritual, para absorver ou emitir essas
radiações que vibram em forma de ondas.

É preciso irradiar de si energias sublimadas para que vibrem e atinjam
a meta desejada.

Portanto, vibrar espiritualmente é emitir pela força de vontade ondas
vibratórias para determinado fim.

É preciso lembrar que não é o pensamento que age, todavia, ele é o meio
de transporte das vibrações, dando-lhe a direção desejada.

O pensamento passa a ser assim efeito e não causa, pois a causa do
pensamento está no sentimento do espírito.

O Psicoscópio

É um aparelho mencionado por A. Luiz, Nos Domínios daMediúnidade,
que funciona à base de eletricidade e magnetismo e tem o poder de definir-
lhe as vibrações, identificando os valores da individualidade humana. É
usado no Plano Espiritual, como um auscultador da alma.

Observação: Sabemos que já possuímos na Terra, entre os encarnados,
aparelhos que conseguem medir radiações emanadas pelos indivíduos,
chamado dosímetro.

A Força Magnética Nas Curas

Os fluídos provindos de uma pessoa encarnada, irradiados pela vontade
do espírito ou não, são os chamados fluidos magnéticos ou magnetismo
humano, por ter ele o corpo físico. Os espíritos também possuem o fluído
magnético, chamado Espiritual.

No espírito encarnado, como desencarnado, a irradiação fluídica depende
do espírito, tanto em qualidade como em potência (sua elevação moral, vícios,
alimentação, etc).

As irradiações podem ser naturais, formando a túnica eletromagnética
do ser, ou podem, pelo poder da vontade, ser projetadas à longas distâncias,
tão rápidas como a velocidade da luz. O dom da ubiqüidade dos espíritos
elevados baseia-se neste conceito.

A força magnética tem duas funções: atração e repulsão, de acordo com

o desejo do emissor e receptor. Ex.: Jesus irradiava naturalmente bons
fluídos, e a mulher hemorrágica curou-se apenas pela "fé de tocar-lhe as
vestes". Jesus sente que algo sai dele.

O doente precisa apresentar uma certa tensão favorável; essa tensão
decorre da fé e mudança das atitudes. O Mestre quando curava os enfermos
nos ensinava dizendo: "Vai e não peques mais", "Não temas, crê somente",
"A tua fé te salvou", "A fé remove montanhas". Ensinava assim aos homens
a humildade pelo seu exemplo e os novos rumos que deveriam dar às suas
vidas.

"O magnetismo no homem se conjuga através de três forças: vontade pensamento
- ação".

A vontade é a energia que comanda a trajetória do desejo .0 pensamento
é força viva que manipula a forma pelas idéias. A ação é o impulso dado para
a direção que o pensamento marcou.

A força magnética é inata no homem, mas o seu desdobramento em
potência, só se obtém mediante exercícios consecutivos na meditação e
grande força de vontade empregada na reforma moral, quando quisermos
usar essa força para o bem, pois sabemos que há homens e desencarnados
que a empregam para o mal.

Portanto, o homem possuidor de faculdades radiantes, um ser de
natureza eletromagnética irradia ao redor de si, as suas próprias qualidades.

No caso do magnetizador comum, a energia que irradia está carregada
de fluido mais animalizado proveniente de fonte física o chamado fluido
ectoplásmico.

Tratando-se do médium curador, ele é o intermediário de energia de
natureza espiritual, mais sutis, mais puras, se provém de espíritos elevados.


O Ectoplasma

O ectoplasma, ou força nervosa é expelido pelo veículo físico; é uma
pasta flexível à maneira de uma geléia viscosa e similíquida que sai através
dos poros, da boca, narinas, ouvidos, tórax e extremidades dos dedos. Tem
um cheiro especialíssimo e está em si associado ao pensamento do médium;
é um material leve e plástico servindo aos fenômenos de materialização do
perispírito de desencarnados, prática esta desaconselhada por Espíritos
superiores, uma vez que nestes casos volta à sua fonte de origem e, por
receber do ambiente emanações tóxicas e bactérias, poderá prejudicar o
médium doador (Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz, 28).

Podemos concluir que o ectoplasma é uma força vital que deve ser doada
com um perfeito preparo do ambiente, onde os médiuns doarão o melhor de
si com a certeza de que seus fluidos estarão beneficiando os necessitados, e

o Plano Espiritual estará atento para que os médiuns não sofram prejuízos
físicos.
O ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispírica,
assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo; Mesmer

o chamou de fluido magnético.
Jesus atuava nas curas das mais diferentes maneiras, como imposição
das mãos, à distância (cura do servo do Centurião de Cafarnaum), pela
palavra, pelo olhar, usando recursos da natureza (cego de nascença - barro
da terra com saliva).

Os desencarnados também doam ectoplasma mais sutil, de acordo com
a evolução de seus espíritos e conseqüentemente dos seus perispíritos.
(Libertação, André Luiz)

Correntes Magnéticas nos Trabalhos de Cura

Doações com Corrente de Mãos

Somando valores fluídicos na corrente magnética, os médiuns doarão
mais ou menos seus fluidos mais densos ou mais sutis, para o refazimento
de corpos doentios.

Assim, o médium sempre pode ser considerado um médium de doação.

Essas doações são tão importantes que precisamos realmente valorizá-
las perante os alunos, uma vez que são utilizadas pelo Plano Espiritual tanto
para curas no local como à distância, onde o ectoplasma é levado, porque por
sua constituição pode ser removido como ensina A. Luiz ou no livro Nos
Domínios da Mediunidade.


Segundo Edgard Armond, "Corrente de Cura" é um dispositivo de
trabalho no qual os participantes, colocados em círculo, dão-se as mãos,
fechando um circuito.

A corrente tecnicamente é um campo de força magnética que utilizamos
em todos os casos em que se lida com fluidos pesados nos trabalhos de cura
material ou espiritual, sobre tudo nos últimos, quando ocorrem infiltrações
de fluidos deletérios provenientes de espíritos inferiores que afetam
diretamente os médiuns presentes.

Também, mesmo em se tratando de Espíritos superiores, os médiuns
por inferioridade vibratória ou vibração heterogênea encontram dificuldade
para realizar a tarefa necessitando da corrente para nela se apoiarem,
somando valores fluídicos. Sempre representa segurança e permite aos
médiuns desenvolverem em plenitude suas possibilidades mediúnicas.

Nos casos suaves a corrente é dispensada e a segurança é feita somente
pelos contatos áuricos de seus membros, o que basta para estabelecer um
campo de força satisfatório.

André Luiz se refere à Cadeia Magnética que é feita no Plano Espiritual
como proteção, em Missionários da Luz, cap. 17.

A cura se opera pela substituição de uma molécula malsã por uma
molécula sã. O agente propulsor é o espírito, encarnado ou desencarnado,
que infiltra num corpo deteriorado uma parte de seu envoltório fluídico,
porisso os fluidos que emanam da fonte impura são como substâncias
medicinais alteradas (GE, cap. XIV, 31).

Formação da Corrente Magnética

Com os médiuns sentados em cadeiras colocadas em círculos, para que
haja disciplina, pediremos para que unam as mãos aos colegas da direita e
da esquerda; as mãos direitas espalmadas para baixo, em cima da mão do
companheiro que terá a esquerda, embaixo, espalmada para cima.

O uso de anéis muito grandes nesse trabalho não são recomendáveis,
uma vez que poderá machucar o companheiro. Também não devemos
apertar a mão do outro médium e sim encostar nela levemente.

A corrente, assim formada, funciona como suporte magnético com a
sustentação de todos os médiuns, cujo pensamento será direcionado para
uma finalidade específica, com a realização de um tratamento material ou
espiritual a um enfermo, para ação no local ou à distância.

Se o enfermo estiver no local colocaremos um banquinho no centro do
grupo e formaremos a corrente com a participação do assistido.


Para isso ele senta, se do sexo masculino, na frente do médium do
mesmo sexo. Coloca suas duas mãos na do médium e os colegas da corrente
colocam as mãos no braço do companheiro, tanto à esquerda, como à direita.

Vibrações à Distância

Dr. Bezerra de Menezes, no início da década de 50, descreveu para o
trabalho de vibrações à distância o modo como o Plano Espiritual atua na
ajuda aos encarnados. Diz ele que os doentes são divididos em quatro grupos
por problemas específicos:

• os que sofrem de enfermidades graves;

• os que não apresentam gravidade mas requerem alívio imediato;

• os que são afligidos por males psíquicos;

• por lares que precisam de pacificação e ajuste.
Para cada grupo é designado um responsável no Plano Espiritual, que
conta com dois, três ou quatro mil colaboradores (naquela época).

Os doentes são atendidos pelos colaboradores espirituais
individualmente.

Cada médium doa seus fluidos ectoplásmicos que são recolhidos pelos
benfeitores para serem levados aos necessitados.

Para as vibrações coletivas grandes grupos de amigos espirituais
ajudam no processo mental de irradiação fluídica e vê-se luzes intensas
riscando o espaço, das mais variadas tonalidades e intensidades, que serão
levados aos mais distantes setores da Terra pelos grupos de Irmãos do Plano
Espiritual. Todo esse trabalho sempre é feito com horário pré-estabelecido.

Na Casa, esse trabalho é dirigido pela sra. Martha Gallego Thomaz, e
atende aos pedidos feitos em papeizinhos.

Perguntas para a Verificação do Aprendizado

1- Quais são os elementos constitutivos do Universo?

São espírito e matéria (fluido cósmico). Espírito criado por Deus simples e
ignorante, rumo à perfeiçã,o e matéria para serví-lo nos seus mais diferentes
estágios evolutivos. Assim, o espírito a transforma de acordo com suas
necessidades.

2-Do que são formados os corpos que conhecemos orgânicos e inorgânicos?

Todos são formados de átomos, que se unem formando as moléculas as quais
se juntam por afinidade formando os mais diferentes corpos da natureza,


minerais, terra, animais, plantas. Os corpos orgânicos assimilam um fluido
elétrico que lhes dá a vida (também chamado vital ou elétrico animalizado

- transformação do fluido cósmico em outro estado).
3- O que é irradiar?

É lançar de si, emitir; os corpos irradiam em torno de si a energia que lhes
é característica, de acordo com a sua formação molecular.

4- O que é vibração?

Vibração é a forma ondulatória como se apresenta uma irradiação, com
características próprias de forma, tom, cor e luz. Tudo vibra em turbilhão,
tudo se agita no Universo.

5- O Homem como a Terra, podem ser considerados um imã?

Sim, porque têm dois eixos polares, positivo e negativo, entre os quais se
forma o campo eletromagnético.

6- Como Edgard Armond classifica as radiações?

Em mentais e fluídicas. As mentais decorrem de um processo intelectual,
pelo poder da vontade; as fluídicas, também chamadas de naturais, decorrem
dos sentimentos,

7- Nos seres humanos, o espírito pode determinar as doenças?

Sim, caso o espírito esteja doente o corpo se desequilibra, mostrando em sua
aura, as correntes de força funcionando mal, e o indivíduo sente tonturas,
vertigens, dor de cabeça, cólera ou ódio. "O ser humano é um turbilhão
eletrônico regido pela consciência".

8- Como Kardec explica o processo das curas materiais?

O agente propulsor é o espírito, encarnado ou desencarnado, que infiltra
num corpo deteriorado uma parte da substância material do seu envoltório
fluídico. A cura se opera pela substituição de uma molécula malsã por uma
molécula sã.

9- Qual o nome do aparelho usado no Plano Espiritual para auscultação da
alma, definindo-lhe as vibrações características, ocasionadas pelos
sentimentos?

Psicoscópio.

10- Como definimos a corrente magnética?

A corrente, tecnicamente, é um campo de força magnética que representa
segurança para os médiuns contra os fluidos deletérios de espíritos inferiores
e também a soma de valores fluídicos nos casos de doação para curas
materiais.


11- O que é o fluido ectoplásmico?

É o fluido expelido pelo veículo físico, que se presta às curas materiais. É
bastante moldável, sendo que André Luiz o compara ao gesso para dar
formas. Precisa estar em condições propícias de higiene, não podendo o
médium descuidar-se dos excessos de alimentos, bebidas, fumo, etc. Também

o perispírito irradia ectoplasma, mais sutil, de acordo com a evolução do
Espírito (Libertação, de André Luiz).
Exemplo de Planejamento de Aula com Correntes
Magnéticas

• Classe - Primeiro Ano Mediúnico
• Nº de alunos - 80
• Nfº de monitores - 16
• Tema - Corrente de Cura - Doação
• Tempo Total - 45 min.
• Tempo dividido - 1ª fase: 10 min.
2ª fase: 5 min.
3ª fase: 5 min.
4ª fasesendo: apuração: 10 min.
relato: 10 min.

considerações finais : 5 min.

• Objetivos
Geral

A Caridade mais desinteressada, através da doação de fluidos à necessitados que
não conhecemos.

Específico

Direcionar o sentimento e pensamento dos médiuns, que irão influenciar na
qualidade dos fluidos doados.

• Bibliografia - A mesma desta aula teórica
• Material Didático
Se for uma aula comum de doação com correntes de cura, podemos trazer cartaz
alusivo do desempenho do Plano Espiritual nas irradiações no local e à distância.
Ex.: figura ampliada do livro de Martins Peralvacap. XXVII, Estudando a Mediunidade.

1ª Fase - Esclarecimentos do Dirigente, Relativos à Aula

1- Se for a primeira aula, explicar detalhadamente a formação da "Corrente de
Mãos"
2- O poder da Vontade do Emissor dos fluidos e a Fé do Receptor, aliados à
Evangelização
3- O pensamento elevado como responsável pela emissão de fluidos benéficos nas
curas
4- O porquê da "troca de urna molécula malsã por urna molécula sã"

2ª Fase - Preparo do Ambiente (roteiro no esquema da segunda aula)

Fechando nossos olhos, acomodando-nos melhor na cadeira, podemos
movimentar o pescoço e os ombros para nos sentirmos livres das tensões.
Relembremos agora a cena mais sublime que a história da humanidade já
conheceu. A cidade é Belém, região de pastoreio.
A pastagem recobre seu solo e favorece a criação de grandes rebanhos de
ovelhas. Toda a natureza pressente algo de deslumbrante à acontecer.
É noite, o céu estrelado sem nuvens, as ovelhas se aquietam, os pastores
fazem suas preces em tom amoroso:

- Querido Deus! Dê-nos a sua bênção, transformando as nossas esperanças
em realidades! Não nos deixe entregues às sombras...
Nesse instante, os pastores, almas singelas sentem algo envolvente e vêem
mensageiros celestes que lhes anunciam o nascimento do Salvador numa estrebaria.
Cheios de esperança chegam à estrebaria. Respeitosos, perguntam à Maria:

- Sendo este o Salvador, porque este berço tão estranho?
Maria sorri compassiva e diz:
- Por ser este o Salvador, cabia-lhe dar-nos o exemplo de renúncia e
humildade legítimas. Neste berço simples, convida-nos ao banquete espiritual das
bem-aventuranças.
O amor dos olhos infantis de Jesus, toca o coração de todos, dando assim a
primeira mensagem Divina para a humanidade: a grande lição da humildade...

Recordando nesta cena, tanto amor e renúncia, sentimos a vontade irresistível
de mudar nossos propósitos. Exercitar a verdadeira humildade, pedindo desculpas,
perdão, abraçando aqueles que não nos compreendem.

A esperança que nos trouxe este Menino refaz nosso íntimo.
Respiramos aliviados. E, nesse enlevo, a sala toda iluminada pelo nosso
amor e a luz dos Benfeitores aqui presentes, se torna higienizada e livre de todas
as inferioridades.
Um passe como flocos de neve caindo sobre nossas cabeças, nos refaz todo
o organismo físico e espiritual.


3ª Fase - Roteiro

1- Corrente de Mãos
2- Doação direcionada
3- Desconcentrar

Façamos a corrente de mãos, somando nossos valores fluídicos com
muito amor. Mão direita em cima, espalmadas para baixo, mão esquerda
embaixo, espalmadas para cima. Sintamos as energias circularem pela
corrente.

Pedimos ao Plano Espiritual que também faça uma corrente em volta dos
grupos de trabalho.

E com muita vontade, muito carinho, direcionemos nosso pensamento ao
Lar Gota de Amor, para que as crianças que ali se encontram, recebam nossos
melhores fluidos recompondo seus organismos nos pontos lesados.
Recompondo o ânimo e a esperança de um porvir melhor.

Que todos que lá trabalham recebam também essa nossa doação, do que
de melhor podemos no momento oferecer, (pausa)

É o suficiente, podemos desconcentrar, desfazendo a corrente de mãos e
respirando profundamente.

4ª Fase

1- Apuração dos monitores - Vivência - Audiência - Doação (nas classes mais
adiantadas podemos apurar se houve desdobramentos para o local onde
direcionamos a doação)

2- Relato dos monitores - sintéticos, mas sem omitir sensações, procurando
verificar se a vidência foi da cena plasmada no Preparo do Ambiente ou no local da
Doação.

3- Considerações finais do dirigente - de acordo com as apurações. Caso alunos,
não "sintam nada", incentivá-los à prática do "Conhece-te a ti mesmo" para verificar
as razões dos bloqueios.


Outro Roteiro para Segunda e Terceira Fase
do Planejamento de Aula

Preparo Individual

Relaxamento Físico

Fechando nosso olhos, imaginemos caminhar por um campo com uma
relva muito verde, onde pisamos descalços e sentimos a umidade refrescante
da terra. Andamos por esta relva livres, soltos, e a brisa suave nos envolve
levando tudo o que detemos no nosso corpo físico que nos deixa pesados; esta
brisa suave carrega todas as tensões e dores.

Agora conseguimos andar quase levitando, tamanha leveza do nosso
corpo físico....

Respiração

Ainda no campo, sentamos agora na sombra de uma árvore que nos
acolhe confortavelmente e aí vamos respirar profundamente, limpando
nossos pulmões.

Nos sentimos mais calmos. Nosso coração bate mais tranqüilamente....

Higienização Mental

Levantamos e caminhamos mais um pouco quando deparamos com um
rio, cuja corrente é forte e constante, carregando galhinhos das árvores...

Diante desse rio, que a natureza nos oferece como uma benção, deixamos
nele nossas inquietações, problemas, raiva, ansiedades, para que sejam
levados como aqueles galhinhos...

Nossos sentimentos se modificam ao percebermos que tudo de ruim
pode ser levado. Nosso esforço em perdoar e esquecer vai com certeza nos
trazer paz aos corações.

E ficamos olhando esse rio carregar todas essas impurezas. Logo ele fica
limpo e cristalino novamente.

Banhamos nosso rosto nesta água para nos refazer, sentindo que nossa
mente se encontra unida com o Pai criador, pela oportunidade concedida
pela natureza.


Concentração

Restaurados em nossas energias, pensemos no trabalho edificante de
cura que será realizado em nome de Jesus.

Harmonização com os Colegas e Plano Epiritual

Todos leves, bem dispostos, com o pensamento nos ideais de amor do
Cristo, unamos-nos fraternalmente com os colegas da classe e com os
Benfeitores do Plano Espiritual. Todos juntos harmonizados, em elevada
sintonia.

Limpeza do Ambiente

Projeções

Projetemos luz muito brilhante para limpar nossa sala de miasmas e
formas-pensamentos negativos. As projeções formam cortinas
eletromagnéticas que forram o teto descendo pelas paredes, forrando também

o piso. Nos sentimos completamente isolados como numa caixa de luz
realmente protegidos.
Corrente Magnética

Façamos a corrente com as mãos, (monitores verificando se estão de
acordo, mão direita espalmada para baixo em cima da esquerda do
campanheiro que terá a sua mão esquerda em baixo, espalmada para cima).

Sintamos as energias percorrerem a corrente. Percebamos a corrente
que se forma atrás dos médiuns, pelo Plano Espiritual, para dar sustentação
e proteção.

Doação

O assistido do centro do grupo (homem na frente de homem e mulher
na frente de mulher) dá as mãos para o doador do grupo enquanto os outros
colocam suas mãos nos seus braços, à direita e à esquerda, para não
desmanchar a corrente magnética.

Nesse momento projetamos nosso fluidos com amor ao colega necessitado
no centro do grupo.

Espíritos superiores utilizam nossos fluidos de acordo com as
necessidades do doente.


Desconcentrar

Primeiro vamos desfazer a corrente de mãos, depois abrir os nossos
olhos, respirando profundamente.

Apuração

Apuração da percepção de fluidos, de doação, da circulação dos fluidos
na corrente. Videncias, audiências (feitas pelos monitores).

Considerações Finais do Dirigente

Passe

Agora, sem a corrente de mãos, vamos nos concentrando novamente
pensando em Jesus.

Os Benfeitores presentes por misericórdia Divina, nesse instante nos
aplicarão uma passe individualmente para que se refaçam nossas
necessidades físicas e espirituais.

Agradecemos do fundo do coração ao Mestre Jesus e a todos os
benfeitores desse trabalho.

Graças a Deus.


AULA 8

Vidência e Audiência


Sumário

Clarividência e Clauriaudiência

103

Situações em que Podemos Ver os Espíritos

103

Nos Estados de Emancipação da Alma

103

Sono

103

Sonhos

104

Letargia e Catalepsia

104

Sonambulismo

104

Êxtase

105

Dupla Vista

105

Aparições dos Espíritos

105

Quanto à Forma

105

Quanto à Tangibilidade

106

Aparições Noturnas

108

Luz Material e Luz Espiritual

108

Espíritos Glóbulos

108

Desdobramento

108

Divisões da Vidência

109

Vidência Ambiental ou Local

109

Vidência no Espaço

109

Pela Formação do Tubo Astral

109

Pelo Desdobramento

110

Pela Expansão da Consciência

110

Vidência no Tempo

110

Audiência

111

Interpretação da Vidência e Audiência

111

Perguntas para a Verificação do Aprendizado

113

Exemplo de Planejamento de Aula

116

Bibliografia

1- Allan Kardec. L.M., cap. VI e XIV
2- Edgard Armond, Mediunidade, cap. 9 e 28
3- André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, cap. XVIII
4- André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 12
5- Hermínio C. Miranda, Diversidade dos Carismas, vol. II
6- José Náufel, Do ABC ao Infinito
7-Espiritismo Experimental - 2° vol. cap. XII


Vidência e Audiência

Clarividência e Clariaudiência

A clarividência é antes de tudo uma faculdade do Espírito imortal. É
portanto anímica, porque o clarividente vê com os olhos da alma o que lhe é
possível dentro da sua faixa evolutiva; quanto mais elevado o espírito
melhor a sua possibilidade de ver o Plano Espiritual Superior.

No entanto, pode ser uma faculdade mediúnica, quando o médium a
recebe por misericórdia Divina para ser uma ferramenta de trabalho no
serviço ao semelhante; neste caso deve fechar-se o circuito mediúnico onde

o fluido do vidente deve combinar com o do Espírito ,ou ainda: "Assim, não
é suficiente que o Espírito queira aparecer, nem apenas que uma pessoa
queira ver: é necessário que os fluido de ambos possam combinar-se, para o
que tem de haver entre eles, uma espécie de afinidade. É necessário, ainda,
que a emissão do fluido da pessoa seja abundante para operar a transformação
do perispírito e, provavelmente, há outras condições que desconhecemos.
Por fim, é preciso que o Espírito tenha concedido, ou pelo menos não o é em
certas circunstancias, por motivos que não podemos apreciar". (LM, cap. VI,
item 105).
"Na vidência, é a alma que vê e não os olhos materiais, de sorte que os
médiuns videntes tanto vêem com olhos abertos quanto com os olhos
fechados. E um cego pode ver os Espíritos da mesma forma que aqueles que
tém visão normal, pela mesma razão". (LM, cap. XIV, item 167).

Situações em que Podemos Ver os Espíritos

-Vos Estados de Emancipação da Alma

(sono, sonhos, letargia, catalepsia, êxtase, sonambulismo ou dupla vista)

Sono

O sono é uma função normal, de defesa do organismo físico, pois é
através dele que o organismo recupera as energias. O sono é a porta que Deus
acre para o Homem manter contato mais íntimo com os amigos do Plano
Espíritual, com os seus familiares desencarnados, com os seus amigos que


habitam o plano físico ou seja, os encarnados. Assim, segundo a Doutrina
Espírita, durante o sono "a vida do corpo cede lugar ávida da alma". (LE, 413).
A isto pode ser chamado de emancipação da alma, pois o corpo fica inativo
e o espírito se desprende e passa a viver a vida espiritual; nessas horas o
espírito adquire mais consciência, podendo ter visões mais claras e o laço
fluídico que o prende à vida carnal se alonga acompanhando-o para onde for,
a qualquer distância, pois esse laço fluídico somente se rompe com a morte
do corpo físico e ele deixa de absorver e assimilar o fluido vital.

Sonhos

O sono é o prelúdio dos sonhos, que podem ser do subconsciente ou reais.
Os sonhos do subconsciente são reproduções de idéias e pensamentos,
impressões que afetam a mente quando estamos acordados; quadros da
imaginação, cristalizações mentais dando aos sonhos aspectos confusos por
falta de coerência e nitidez. Os sonhos reais são reproduções do que se vê,
ouve ou sente no desprendimento do espírito; a nitidez, clareza, lógica, o
colorido são as características dos sonhos reais dependendo tudo isso da
maior ou menor evolução do espírito encarnado; espíritos mais elevados
podem receber ajuda através dos sonhos como por exemplo: José, pai de
Jesus avisado pelo anjo do Senhor que lhe disse: "Levanta-te e toma o menino
e sua mãe e foge para o Egito". (Mateus, 2:13)

Letargia e Catalepsia

Derivam do mesmo princípio significando a perda temporária da
sensibilidade e do movimento, mas existe uma diferença fundamental entre
elas, na letargia ocorre a suspensão total das forças vitais, dando ao corpo
todas as aparências da morte, ao passo que na catalepsia fica localizada,
podendo atingir tão somente uma parte mais ou menos extensa do corpo,
permitindo que a inteligência se manifeste livremente, o que faz com que não
seja confundida com a morte. Os letárgicos e os catalépticos em geral vêem
e ouvem o que se diz em sua volta, pois essas faculdades são do espírito, que
tem consciência do que está acontecendo, mas não podem comunicar-se.

Os Evangelhos de Jesus registram três casos de letargia: o de Lázaro,

o do filho da viúva de Naim e da filha de Jairo.
Em todos esses casos, o Mestre afirmou, enfaticamente, que esses
personagens não estavam mortos, mas apenas dormiam. Jesus Cristo jamais
iria contrariar a lei, fazendo os Espíritos dessas pessoas a voltarem aos seus
corpos.

Sonanbulismo

No sonambulismo, estado de independência da alma que se manifesta
predominantemente durante o sono, o espírito está na posse total de si


mesmo, como se estivesse realmente vivendo no Plano Espiritual. O
sonambulismo pode ser artificial ou magnético e natural; a diferença é que

o primeiro é provocado e o segundo é espontaneo. No primeiro caso um outro
espírito se manifesta através do médium sonâmbulo, enquanto no
sonambulismo propriamente dito é o próprio espírito do médium que atua
sobre o seu corpo; é portanto anímico. O sonâmbulo de uma forma geral é
vidente, porém quem vê é a alma, guardando muita relação com o estado
evolutivo da alma encarnada.
Êxtase

No êxtase, a alma se eleva mais nas manifestações expressivas de suas
capacidades, avançando mais além das possibilidades apresentadas no
sonambulismo; a penetração nos mundos superiores torna-se mais exeqüível
e pode acontecer de o extático desejar permanecer nesse mundo de felicidade
e querer romper os laços que o prendem na Terra. O extático vê e esta
vidência é real para ele, mas pode errar dependendo dos preconceitos e idéias
de que se acha imbuído.

Dupla Vista

Na dupla vista o espírito se encontra em liberdade bastante acentuada,
embora o corpo não esteja adormecido; é a vista da alma que como faculdade
é permanente. A dupla vista se desenvolve pelo exercício do trabalho ao
próximo que conduz ao progresso.

Algumas circunstâncias como moléstias, proximidade de um perigo,
uma grande comoção, quando o corpo acha-se num estado especial, e a
emoção provoca uma superexcitação, provocam o desenvolvimento da dupla
vista. É a providência divina atuando quando um perigo ameaça o homem,
dando-lhe os meios de consolá-lo e ajudá-lo.

Aparições dos Espíritos

Quanto à Forma

De acordo com as propriedades do perispírito, uma das quais permite
que pela vontade do espírito este transforme seu perispírito. Assim sendo,
os videntes poderão ver clarões, chamas, formas geométricas, luzes que de
acordo com a coloração poderão classificar como espíritos superiores ou
inferiores. Exemplo: a chama azul sobre a cabeça de Sérvios Túlios vista por
sua mãe que era vidente. O Espírito protetor do menino apareceu em forma
de chama.


Podem aparecer disformes, sem que os sejam atualmente, mas para
identificar-se na aparência. Exemplo: Esopo.

Aparecem também em forma de animais quando são ainda bastante
inferiores, usando esta tática para assustar ou obsediar os encarnados.

Quanto à Tangibilidade

O espírito reveste seu perispírito com uma camada de fluidos
ectoplásmicos retirados dos médiuns de efeito físicos, voluntária ou
involuntariamente. Aparece assim o espírito na sua forma perispiritual e
todos indistintamente poderão vê-lo e não somente os médiuns videntes. É
a materialização do perispírito de um espírito comprovada em estudos
científicos de William Crookes, onde o espírito de Katie King foi fotografado
inúmeras vezes, sendo visto por todos que estudavam o fenômeno.

Para essa tangibilidade explica André Luiz em Nos Domínios da
Mediunidade 28, que o espírito se utiliza de fluidos espirituais, fluidos
retirados do médium e fluidos da natureza, os quais ele os manipula e utiliza
para as materializações tanto do perispírito como de objetos.

À essa tangibilidade dos espíritos nas aparições Kardec dá o nome de
agêneres, que são espíritos com os quais podemos conversar sem suspeitar
quem são, mas que nunca ficam por muito tempo (GE cap. XIV - 36). Também
podem ser aparições vaporosas devido ao grau de condensação do fluido
perispiritual. Na Revista Espírita de 1858,59,61,66 e 69 encontramos vários
relatos.

Uma observação feita na GE cap. XIV - 38 é de que esses tipos de
fenômenos não são visíveis da mesma maneira por todas as pessoas. A
experiência de William Crookes é realmente notável, pois Katie King, em
espírito, diz estar à serviço da ciência e mesmo sendo um espírito não
evoluído, prestou-se à esse tipo de ajuda, (sabemos que quanto mais denso

o perispírito, melhor se presta aos efeitos físicos).
A tangibilidade não se dá somente com os agêneres, nas aparições, mas
também com os perispíritos de pessoas vivas, fenômenos estes colocados na
Codificação com o nome de bicorporeidade. Nestes casos de bicorporeidade
dois corpos aparecem, daí o nome empregado. Um dos corpos é o físico e o
outro o perispiritual que se desloca e pode aparecer no lugar onde se
encontra.

Há casos comprovados de tangibilidade como os de Santo Antonio de
Pádua e Santo Afonso de Liguori, os quais foram presenciados por muitas
pessoas. Nesses casos, como existe o corpo físico, o espírito pode operar a
transformação do perispírito através dos fluidos do seu próprio corpo carnal.


Esses fenômenos foram considerados milagres pela Igreja Romana e
Santo Afonso, (LM - 119) explica que a tangibilidade de um espírito
encarnado, aparecendo em dois lugares ao mesmo tempo está de conformidade
com o seu grau de elevação espiritual.


Fonte: Ranieri, R.A. - Materializações Luminosas - llus. Capa


Aparições Noturnas

Na Codificação Espírita os espíritos nos dizem que os vemos melhor no
escuro do mesmo modo que vemos as estrelas à noite; não quer dizer que as
estrelas não estejam no céu durante o dia, mas a luz do Sol não permite a
melhor visibilidade.

Luz Material e Luz Espiritual

Na Gênese cap. XIV, Kardec coloca que a vista espiritual proporciona
percepções especiais, porque a alma envolvida por seu perispírito carrega
consigo o seu princípio luminoso, de acordo com a capacidade evolutiva.

A percepção das coisas não ocorre por meio da luz ordinária, ou material
que tem focos circunscritos nos corpos luminosos, como o Sol por exemplo.
Existe uma luz espiritual, uma das propriedades do fluido etéreo, através da
qual os médiuns-videntes enxergam a vida do Plano Espiritual, sem
necessidade da luz solar.

Espíritos Glóbulos

Não são espíritos que são vistos, mas sim um problema de efeitos de
ótica. O humor aquoso do olho apresenta pontos quase imperceptíveis, que
hão perdido alguma coisa da sua natural transparência. Esses pontos são
como corpos opacos em suspensão no líquido, cujos movimentos eles
acompanham. Produzem no ar ambiente e a distância, por efeito do aumento
e da refração, a aparência de pequenos discos, cujos diâmetros variam de um
a dez milímetros e que parecem nadar na atmosfera. Pessoas conhecemos
que tomaram esses discos por espíritos que as seguiam e acompanhavam a
toda parte.

Desdobramento

É o nome dado à emancipação da alma e bicorporeidade, quando a alma
se desprende do corpo físico estando o encarnado acordado ou não. Sempre
acontece com espíritos de encarnados podendo ser vistos ou não. Dependendo
do grau evolutivo, da sintonia vibratória, Espíritos no desprendimento
podem trabalhar arduamente para o bem, como juntar-se a espíritos inferiores
por obsessão ou simples prazer. Nos desdobramentos mediúnicos também
há possibilidade de os perispíritos serem vistos pelos videntes.


Divisões da Vidência

Vidência Ambiente ou Local

É aquela que se opera no ambiente em que se encontra o médium,
atingindo fatos que ali mesmo se desenrolam e pode ser considerada como
sendo a faculdade em seus primeiros estágios.

O médium pode ver Espíritos presentes, cores, luzes, formas. Pode ver
também sinais, quadros e símbolos projetados mentalmente pelos instrutores
invisíveis, ou qualquer Espírito, no seu campo de visão. (Quase sempre esses
quadros e símbolos são formados com auxílio de fluidos pesados fornecidos
pelos médiuns e assistentes).

Poderá ver suas próprias criações mentais doentias.

Quando o fenômeno ganha, com o desenvolvimento, maior nitidez,
poderá ler palavras ou frases inteiras, também projetadas, no momento,
pelos Espíritos comunicantes.

Vidência no Espaço

É aquela em que o médium vê cenas, quadros, sinais ou símbolos, em
pontos distantes do local do trabalho. Esta visão é obtida de três modos:

Pela Formação do Tubo Astral

É um processo de polarização de um número de linhas paralelas de
átomos astrais, que vão do observador à cena que deve ser vista.

Todos os átomos sobre quais se age ficam, enquanto dura a operação,
com seus eixos rigidamente paralelos uns aos outros, de sorte a formar uma
espécie de tubo por onde o vidente olha.

Esta explicação é de Leadbeater e aceitâmo-la na íntegra, somente
acrescentando que as imagens assim obtidas são de tamanho reduzido,
porém perfeitamente nítidas.

Esta maneira, porém, não é a única, nem mesmo a mais comum, do
ponto de vista espírita, pois sucede que, na maioria das vezes, a ligação entre

o local da cena distante e aquele no qual se encontra o médium, é feita pelos
próprios instrutores invisíveis que, na matéria astral, estabelecem uma
linha de partículas fluídicas, formando um fio transmissor de vibrações de
extremo a extremo, por meio do qual a vidência então se exerce.
Também chamada Clarividencia


Pelo Desdobramento

Mediante o qual o Espírito do médium, abandonando momentaneamente
seu corpo físico, ou melhor dizendo, exteriorizando-se, é levado ao local da
cena a observar, então diretamente, sendo que, neste caso, a visão é muito
mais nítida e completa.

Quando o médium não tem ainda desenvolvida a capacidade de
desdobramento, os próprios instrutores o mergulham em sono sonambúlico
e, nesse estado, o transportam aos lugares desejados; nestes casos, o vidente
ou narra a cena vista somente após o regresso e o despertar no corpo físico,
ou vai narrando durante o próprio sono sonambúlico, à medida que a
observa.

Pela Expansão da Consciência

Onde o médium treinado em expandir sua consciência, abarca um
espaço considerável, percebendo o que está acontecendo em algum lugar no
espaço. É a clarividência propriamente dita, ou Dupla Vista ou Percepção
pelo sentido psíquico.

Vidência no Tempo

É aquela em que o vidente vê cenas representando fatos a ocorrer ou já
ocorridos em outros tempos.

Colocados em um ângulo de tempo, isto é, em um momento entre dois
ciclos de tempo, seu olhar pode abarcar o que já foi e o que ainda vai
acontecer, visto que as causas passadas ou presentes projetam no futuro seus
efeitos, aos quais permanecem ligadas, de forma que, colocado o vidente fora
dessa linha de ligação entre dois pontos, pode abrangê-los de extremo a
extremo.

No primeiro caso, como se compreende, das coisas do passado a visão é
rememorativa e, no segundo, de coisas do futuro, é profética ou premonitória.

Há ainda a observar que neste caso de visão no tempo, tanto pode o
médium ser transportado em desdobramento à região ou ponto onde se
encontram os clichês astrais, como podem ser estes projetados pelos espíritos
instrutores no ambiente em que se encontra o médium.

O médium tem noção do passado, presente e futuro, também pela
vidência do registro que se emana do corpo mental.


Audiência

A audiência é a capacidade de escutar sons originados do plano extrafísico.
O médium ouve a voz dos espíritos, ou sons produzidos pelos espíritos,
ou até mesmo sons originados pela natureza. O médium ouve o que está na
sua faixa vibratória.

Quase sempre a audição desperta no médium que já manifestou
vidência, visto serem faculdades que mutuamente se completam. O hábito
de comunicar-se com certos espíritos faz com que o médium audiente os
reconheça imediatamente pelo timbre da voz (LM cap. XIV - 165).

Dá-se o nome de pneumatofonia ou voz direta quando os Espíritos se
fazem ouvir imitando a voz humana, tanto ao nosso lado como nos ares e este
fenômeno pode ser ouvido por várias pessoas ao mesmo tempo. Trata-se de
um efeito físico onde os Espíritos manipulam os eflúvios leitosos, matéria
plástica exteriorizada do médium, particularmente através da boca, narinas
e ouvidos. Essa força nervosa, ou ectoplasma segundo André Luiz em
Missionários da Luz 18, "assemelha-se a gesso fluido de fácil manipulação
que através de uma ação técnica de Alexandre e o seu influxo mental formou-
se uma garganta ectoplásmica através da qual os Espíritos podem falar e se

o fluido for em grande quantidade os sons e vozes são claros, fortes e a
manifestação dura por mais tempo". Esse efeito físico pode dar-se no campo
da matéria densa como na rarefeita (André Luiz - Libertação - Matilde no
Plano Espiritual em uma de suas comunicações utiliza-se da garganta
fluí dica para ser ouvida).
A telepatia é a forma mais comum que o médium tem de receber e
perceber os sons ou vozes através das ondas sonoras e coloridas do pensamento.
Esse processo é semelhante ao processo de audição comum ampliada
milhares de vibrações.

Assim como sucede com as imagens na vidência, as vozes e sons reboam
às vezes dentro do cérebro do médium e outras vezes são ouvidas
exteriormente, de mais longe ou de mais perto, segundo a capacidade de
audição que o médium manifestar.

O centro de força coronário em certos casos atua sobre a glândula
pineal, desenvolvendo vidência e audição mentais.

Interpretação da Vidência e Audiência

As condições para um bom médium vidente são a sua capacidade de
interpretação e a sua capacidade de conversão em palavras, uma vez que é
principalmente pelo simbolismo que os espíritos alcançam o nosso
entendimento.


O famoso estudioso da mediunidade Boddington considera a
clarividência a visão ampliada, mas os videntes ficam freqüentemente
perplexos para explicar o processo pelo qual eles percebem as informações
que lhes são transmitidas. É difícil dizer se elas chegam pela visão, audição
ou telepatia. Hermínio C. Miranda dá-nos o exemplo da médium inglesa
Rowan Vincent que declarava não ver os espíritos, mas os tinha nítidos na
mente que era capaz de descrevê-los com minúcias que positivamente os
identificavam.

É comum acontecer aos médiuns videntes que viam Espíritos com
facilidade, ao desenvolverem a faculdade, terem mais percepções que vidências
aparentemente tangíveis e conseqüentemente melhores condições de
interpretação das mensagens.

A clarividência e clariaudiência são faculdades que pertencem à mesma
categoria de fenômenos e decorre do sentido espiritual, isto é, a audição não
é localizada como não o é a visão. A percepção auditiva se faz em toda alma,
embora fique a impressão de que se ouve com os ouvidos. Nestes casos a
faculdade é anímica. André Luiz, no livro Nos Domínios da Mediunidade:
"Idêntico mecanismo preside aos fenômenos da clarividência e da
clariaudiência, porquanto, pela associação avançada dos raios mentais entre
a entidade e o médium dotado de mais amplas percepções visuais e auditivas,
ou seja, o médium que, além de médium, é clarividente e clariaudiente, a
visão e a audição se fazem diretas, do recinto exterior para o campo íntimo,
graduando-se contudo, em expressões variadas". É evidente que aqui André
Luiz está falando do aproveitamento das faculdades de clarividência e da
clariaudiência no processo mediúnico.

Estudiosos do espiritismo consideram que a clarividência e a
clariaudiência distinguem-se da vidência e audição-internas. André Luiz, no
mesmo livro, estuda o segundo caso, que surgem no processo, quando
escasseiam os recursos ultra-sensoriais do médium.

"Atuando sobre os raios mentais do medianeiro, o desencarnado
transmite-lhe quadros e imagens, valendo-se dos centros autônomos da
visão profunda, localizados no diencéfalo, ou lhe comunica vozes e sons,
utilizando-se da cóclea, tanto mais perfeitamente quanto mais intensamente
se verifique a complementação vibratória nos quadros de freqüência das
ondas, ocorrências essas nas quais se afigura ao médium possuir um espelho
na intimidade dos olhos ou uma caixa acústica na profundez dos ouvidos".

Está bem claro, portanto, que a clarividência e a clariaudiência, como
faculdades decorrentes do sentido psíquico, são a visão e a audição feitas pela
alma, sem qualquer localização instrumental e independentemente dos
sentidos materiais.

Já a vidência interna, assim como a audição interna decorrem da
atuação de uma entidade espiritual sobre os raios do médium, de modo a


provocar-lhe a percepção de imagens e de sons com a utilização dos sentidos
orgânicos. É, por conseguinte, a transmissão a estes, de quadros, imagens e
sons, por meio de estímulos adequados, semelhantes aos que causariam aos
sentidos materiais a retração da luz e a produção de ondas sonoras.

No desenvolvimento mediúnico faremos exercícios no sentido de observar
os médiuns à serem encaminhados no final do curso a trabalho dignificante
como videncias descrevendo a causa das doenças, nos diagnósticos para cura;
nunca incentivaremos para outra finalidade.

Forçar o desenvolvimento dessa mediunidade indiscriminadamente,
sem evangelização poderá levar o médium à desequilíbrios fazendo-o viver
no mundo das criações mentais.

Para a vidência e clarividência o melhor caminho é a espiritualização,
com ideais sublimados, isto é, o trabalho em favor dos semelhantes.

Perguntas para a Verificação do Aprendizado

1- Os espíritos estão sempre à nossa volta?

Sim, como os micróbios do ar em torno de nós. Se víssemos sempre os
espíritos isto nos atordoaria, da mesma forma do que se estivéssemos vendo
a todo momento os infinitos micróbios no ar, e em todos os objetos.

2- Quando podemos ver melhor os espíritos?

Durante o sono, quando da emancipação da alma; o nosso espírito livre pode
ver e ouvir melhor o mundo incorpóreo, porque a Vidência é um atributo do
espírito, não sendo aí considerada mediunidade. Também nos casos de
doença prolongada, os laços materiais se afrouxam e a fraqueza do corpo
permite maior liberdade do espírito.

3- Ao que se atribui as várias formas que se apresenta o Espírito, como por
exemplo no caso da chama azul sobre a cabeça de Sérvius Túlios, ou formas
de animais ou crianças ou espíritos disformes, etc?

Atribui-se às propriedades do perispírito de poder transformar-se usando os
fluidos da matéria cósmica, os seus próprios e do médium vidente. Claro é
preciso que haja sintonia entre o vidente e o espírito que deseja mostrar-se,
para haver combinação fluídica. A chama azul, vista pela mãe de Sérvius
Túlios poderia mesmo ser visto o protetor espiritual caso ela tivesse a
faculdade mais aguçada. As formas de animais e crianças são geralmente
apresentadas por espíritos maléficos ou brincalhões. A deformidade como
Esopo seria para provar ser ele.


4- É verdade que vemos os Espíritos melhor à noite?

De certa forma sim, do mesmo modo vemos melhor as estrelas à noite. A
claridade no caso, para os videntes com pouca percepção pode atrapalhar a
vidência. Isto não quer dizer que os espíritos não estejam presentes mesmo
sem serem vistos, bem como as estrelas no céu.

5- A materialização do perispírito e a voz direta ou pneumatofonia pode ser
vista e ouvida por todos, mesmo não sendo médium videntes ou audientes?

Sim, porque é um efeito físico onde o Espírito usa o ectoplasma dos médiuns.
No caso da materialização o fluido envolve o perispírito do espírito que torna-
se visível, e da pneumatofonia ou voz direta usa também o ectoplasma com

o qual elabora um aparelho vocal para ser ouvido pelos presentes. Se há
pouco fluido, só os que têm percepções mais aguçadas verão ou ouvirão.
6- Qual o mecanismo que preside os fenômenos de vidência e audiência
segundo A. Luiz em Mecanismos da Mediunidade?

Pela associação avançada dos raios entre a entidade e o médium dotado de
mais amplas percepções visuais e auditivas, a visão e audição se fazem
diretas do recinto exterior para o campo íntimo, graduando-se contudo, em
expressões variadas. Atuando sobre os raios mentais do medianeiro, o
desencarnado transmite-lhe quadros e imagens valendo-se dos centros
autônomos da visão profunda, localizados no diencéfalo, ou lhe comunica
vozes e sons, utilizando-se da cóclea, tanto mais perfeitamente quanto mais
intensamente se verifique a complementação vibratória nos quadros de
freqüência das ondas.

7- A percepção na clarividência e clariaudiência pode ser considerada
mental? E os olhos e ouvidos para que servem?

Toda percepção é mental. Surdos e cegos podem ouvir e ver dentro das suas
fronteiras vibratórias. Os olhos e os ouvidos materiais estão para a vidência
e para a audição como os óculos estão para os olhos e o ampliador de sons para
os ouvidos. Quem vê e ouve na realidade é a mente.

8- De que maneira ocorreu a mensagem através da vidência e audiência de
Celina e Eugênia nas observações de A. Luiz? (Nos Domínios da Mediunidade

-12)
Através de imagens sugeridas pela mente de Clementino, o instrutor
espiritual. Ambas encontravam-se reunidas na faixa magnética do mentor
Clementino. A. Luiz e Hilário não viram o córrego curativo e o pavilhão de
serviço à infância no local. Esta é a vidência e audiência que parece se
encontrar dentro do cérebro, nas nossas entranhas, com olhos abertos ou
fechados.


9- Já vimos que a vidência é a visão hiperfísica, ou seja além dos limites dos
sentidos físicos, como pode acontecer?

1- Local o médium vê projeções mentais como: paisagens, espíritos, cores, etc.
Pode ser espontânea ou por interferência dos Espíritos. 2 - Espacial ou a
Distância - pode ocorrer: a - tubo astral - (confeccionado de matéria cósmica
universal, semelhante a um telescópio possante), b - pelo desdobramento


o espírito liberto vê e ouve com mais facilidade, viaja no espaço, na velocidade
do pensamento, c - pela expansão da consciência - o médium treinado abarca
um espaço considerável percebendo o que acontece em algum lugar do
espaço. 3 - Temporal - presente - passado - futuro - Espíritos mais
desmaterializados - o alcance e penetração são proporcionais à purificação
ou tarefa definida.
10- Podemos considerar o dom da predição, como na dupla vista (acordado)
ou na clarividência (sonambúlica) propriedades da alma, e não uma
mediunidade?

Sim, em alguns casos, quando não existe interferência da inspiração do
Plano Espiritual. As vezes o ser encarnado vem com tarefas específicas para
a instrução de um determinado grupo a que pertence. Na Gênese cap. XVI

- O dom da predição baseia-se nas propriedades da alma. É mais fácil ver em
estado sonambúlico e o alcance é proporcional à sua elevação na hierarquia
espiritual. A dupla vista (LE 447) é passível de desenvolvimento pela
desmaterialização do espírito. Considerado como lucidez.

Exemplo de Planejamento de Aula

• Classe - Primeiro Ano Mediúnico
• Nº de alunos - 80
• Nº de Monitores -16
• Tema - Mensagem do mentor através da vidência e audiência local
• Tempo Total - 50 min.
• Tempo dividido:
1ª Fase -10 min.
2ª Fase - 5 min.
3ª Fase - 10 min.
4ª Fase - 10 min. - Apuração
15 min. - Relato com verificação na lousa

• Objetivos
Geral

Orientar o médium para usar devidamente esta faculdade em benefício dos
semelhantes.

Específico

1) Esclarecer dúvidas entre a Vidência como Mediunidade e a Clarividência
anímica.
2) Esclarecer que a "melhor maneira" para o desenvolvimento dessa mediunidade
é a Reforma íntima. A capacidade de "interpretar".


• Bibliografia - a mesma da aula da apostila
• Material Didático
Cartaz com figuras que possam elucidar melhor o trabalho dos espíritos no
Diencéfalo ou na Cóclea. (Passes e radiações - Edgard Armond).
1ª Fase - Resumo do Esclarecimento do Dirigente

1 - Lembrarque em toda faculdade mediúnica não pode haver vaidade. Éferramenta
de trabalho. Relembrar a leitura do livro "Os Mensageiros" de André Luiz -O
clarividente que falhou na sua tarefa por interesses pessoais.

2- Necessidade de mudança dos vícios por virtudes.



3 - Explicar como vai ser feito o trabalho na sala de aula:
a) Pediremos aos Mentores que projetem um quadro através do qual os médiuns
captarão pela vidência ou audiência a mensagem no local.


b) Os médiuns deverão deixar a mente tranqüila, passivamente para a percepção,
e ao mesmo tempo ativa no que diz respeito a interpretação da mensagem. Como
é difícil, diremos aos alunos que "perguntem" mentalmente ao Mentor o significado.
Com o tempo, ficará mais fácil.

c) Cada aluno vai relatar o que viu e ouviu e nós vamos formando as mensagens
através das videncias e audiências. (Contar rapidamente as mensagens recebidas
por Celina e Eugência através da Clarividência - Nos Domínios da Mediunidade André
Luiz).

d) Explicaremos que os Mentores podem à distância projetar os quadros, mas nós
não desdobraremos. É a assimilação das correntes mentais.

2ª Fase - Preparo do Ambiente (melhor não plasmarmos paisagem nesta fase)

Fechamos nossos olhos e procuraremos relaxar todo o nosso corpo,
desfazendo as tensões: a cabeça, o pescoço, os ombros, o tronco, os braços, os
pés.

Plasmemos um Sol energizante com seus raios luminosos atingindo todo o
nosso ser. As energias negativas se dissipam. Sentimos leveza.

Agora procurando higienizar nossos pulmões fazemos a respiração mais
adequada (acompanhar com os alunos).

Todo nosso corpo se acalma, os batimentos cardíacos ficam menos acelerados.

Ao pensarmos em Jesus, na sua bondade, tolerância, paciência, sentimos a
vontade de mudanças interiores, que nos proporcionem mais tranqüilidade. Por
isso pensemos com carinho naqueles que nos causam problemas. Perdoemos
suas faltas, abracemos essas criaturas. Peçamos ao Mestre que lhes dê paz e
tranqüilidade.

Nesta transformação nosso padrão vibratório melhora, e ternos a certeza que
estamos nos unindo aos colegas da sala que também amamos muito.

Uma harmonia amorosa faz com que toda a sala fique calma e nós pedimos
aos Benfeitores que conosco projetem muita luz pelas paredes, teto e piso,
formando correntes fluídicas, higienizantes e protetoras, desfazendo formas-
pensamento e tudo o que possa interferir no trabalho de hoje.

Pedimos ao Plano Espiritual um passe para cada um de nós. Abramos nosso
Centro de Força Coronário, por onde captamos as energias espirituais. Esse
Centro de Força vai distribuindo para o Frontal, Laríngeo, Gástrico, Esplénico,
Genésico e Básico todas essas energias. Nos sentimos revigorados.

117


3ª Fase - Trabalho do Dia

a) As quatro Fases (ver aulas anteriores)

b) A quinta Fase - como Mensagem de Vidência ou Audiência.

c) Desconcentrar

Agora os Benfeitores projetarão um quadro na frente da sala, através dos
seus pensamentos. Como o pensamento dos Espíritos são coloridos e sonoros,
procuremos interpretar esse quadro da melhor maneira possível, como uma
mensagem, para o melhor andamento do curso de Educação Mediúnica que
estamos fazendo.

Procurem captar a mensagem que está sendo projetada para esclarecimento
do nosso trabalho mediúnico. Se não compreenderem perguntem ao Mentor o
significado (pausa). É o suficiente, podemos desconcentrar.

4ª Fase

a) Apuração - Videncias e Audiências - interpretações

b) Relato e simultânea escrita na lousa das percepções

c) Verificar se videncias e audiências formam uma mensagem ou mais.

Nota: Depois desse primeiro trabalho em outras aulas, conjugaremos a vidência

e audiência com desdobramento à distância ou através do tubo astral. Também em

doações ou doutrinações à distância com desdobramento.


AULA 9

Ondas, Percepções e Aura


Sumário

Ondas

121

Percepções, Correntes Mentais e Assimilação do Pensamento

122

O Que é Pensamento

123

A Música

124

Aura

125

Efluviografia

125

Composição da Aura

127

Coloração da Aura

128

Algumas Noções sobre Cores

129

Propriedades das Cores

131

Perguntas para a Verificação do Aprendizado

132

Planejamento de Aula Prática

136

Bibliografia

1- Allan Kardec, GE, cap. X
2- André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, cap. I, IX a XI e XV
3- André Luiz, Evolução em Dois Mundos, cap. XVII
4- Wenefredo de Toledo, Passes e Curas Espirituais, Aura - Cores
5- Edgard Armond, Cromoterapia, Propriedade das cores
6- André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 5


Ondas, Percepções e Aura

Ondas

Em geral, o termo onda designa todo impulso ou perturbação que se
propaga num meio contínuo. Uma definição precisa estabelece que uma
onda é uma variação periódica de um estado físico que se propaga através do
espaço ou da matéria.

Como vimos na aula anterior, todos os corpos materiais são formados
de átomos que irradiam em forma de ondas vibratórias. André Luiz,
simplificando o conceito de onda, esclarece que: "oscilando de maneira
integral, sacudidos simplesmente nos elétrons de suas órbitas ou excitados
apenas em seus núcleos, os átomos lançam de si ondas que produzem calor,
som, luz e raios gama, através de inumeráveis combinações".

Através de experiências científicas, desde o último quartel do século
passado, quando Dalton concebe a teoria corpuscular da matéria; Crookes
surpreende seu estado radiante; Henri Becquerel experimenta o urânio à
procura de radiaçõe;, o casal Curie detém o rádio, Einstein, com a Teoria da
Relatividade, propõe que a energia é o estado radiante da matéria, tendo a
luz peso específico; Isaac Newton decompõe a luz branca em sete cores e
comprova que os fenômenos luminosos seriam correntes corpusculares e
ondas vibratórias a se expandirem no ar; o ser humano entende que tudo no
Universo é constituído de matéria, nos seus mais diferentes estados.

Para nós espíritas, uma comprovação dos ensinamentos deixados na
codificação: "O fluído cósmico é a matéria elementar primitiva, cujas
modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos
corpos da Natureza e oferece dois estados distintos: o de eterização ou
ponderabilidade" (GE, X).

Assim sendo, como Deus criou o espírito e a matéria, e dentro do
conceito espírita, para que o espírito se utilizasse da matéria para sua
evolução, não fica difícil compreendermos, aliados aos conceitos científicos,
porque as ondas diferem umas das outras, sendo algumas perceptíveis para
nós, outras não.

Tudo no Universo, por ser matéria, irradia na proporção do teor
energético de que se compõe. As ondas são a forma ondulatória como se
apresentam estas irradiações.


As ondas são vibrações porque oscilam, balançam, têm movimento.

Plenamente consagrada na nossa literatura espírita, o termo "vibrações"
significa ondas e raios.

No estudo das ondas muitas facetas devem ser estudadas, como sua
qualificação em; longitudinal, transversal, reflexão, refração, difração,
velocidade, freqüência, comprimento, etc.

A. Luiz salienta que entre uma onda e outra, qualquer que seja sua
qualificação, de rádio, de luz, de raios-x, cósmica, etc, não existe diferença
de natureza, mas sim de freqüência, considerando o modo em que elas se
exprimem.
Para interesse nosso anotaremos o seguinte:

a- comprimento da onda é a distância que ela percorre, durante um
período. Classificam-se em : longas, médias, curtas e ultracurtas (métricas
ou decimétricas)

b- velocidade da onda é a velocidade da propagação de uma onda é a
velocidade que os impulsos se propagam, que dependem do meio: água, óleo,
mercúrio, etc.

c- freqüência da onda é o número de impulsos ou vibrações da onda por
segundo. A freqüência não se altera quando a onda é transferida de um meio
para outro.

Segundo o Dicionário Grolier, onda eletromagnética é a que se propaga
com a velocidade da luz, sem precisar de meio material conhecido. São ondas
eletromagnéticas os raios gama, raios-x, ultravioletas, luminosas,
infravermelhas, catódicos e as ondas hertzianas, todas as quais se diferenciam
apenas pela amplitude. A hertziana é emitida por osciladores elétricos; a
luminosa é emitida por corpos luminosos; a sonora, vibração do ar por choque
de corpos.

Percepções, Correntes Mentais e Assimilação do
Pensamento

Percepções

Como conceito, percepção é o ato, efeito ou faculdade de perceber;
perceber é adquirir por meios do sentido, conhecer, formar idéia de, ver bem,
notar.

Mediunicamente, perceber é captar ondas vibratórias do pensamento
de encarnados ou desencarnados, em decorrência da Lei da Sintonia, pela
associação das correntes mentais.


O Que é o Pensamento?

O pensamento é matéria exteriorizada da mente, ou seja, do corpo
mental do espírito, a matéria mais sutil que envolve a inteligência, sob o
comando desta.

O pensamento é portanto, matéria mental, e se compõe de átomos e
partículas, com cargas positivas (prótons) e negativas (elétrons), embora
convém repetir, de outro teor vibratorio, evidentemente mais sutil, mais
energético. As vibrações do pensamento são ondas eletromagnéticas que se
propagam com a velocidade da luz: 300.000 Km/s.

Essas partículas oscilam produzindo vibrações. Pois bem, as vibrações
causadas pelo fluxo energético de que se constitui o pensamento produzem
ondas eletromagnéticas dos mais diversos tipos, através das quais se
expressam as Criaturas, de acordo com o seu grau evolutivo, assim:

• Espíritos Superiores - ondas super-ultra-curtas
• Seres Humanos - exteriorizam ondas curtas, médias e longas
Ondas Longas - átomos regularmente excitados na esfera dos
pensamentos - irradiação natural para a manutenção do calor.
Ondas Médias - elétrons excitados nas órbitas da mesma natureza


através da Prece, reflexão, produz luz interior.
Ondas Curtas - nos diminutos núcleos atômicos por situações
extraordinárias da mente - por emoções profundas, transformam o
campo espiritual.


• Animais - arrojam de si raios descontínuos em ondas fragmentárias,
porque têm a vida psíquica ainda em germe.
Pode-se dizer que todas as criaturas dispõem de oscilações mentais
próprias, "pelas quais entram em combinação espontânea com a onda de
outras criaturas desencarnadas ou encarnadas, que se lhes afinem com as
inclinações e desejos, atitudes e obras no quimismo inelutável do pensamento"
(Mecanismos da Mediunidade, cap. XI).

Desta forma elas percebem e assimilam o pensamento dos outros, em
decorrência da Lei de Sintonia pela associação das correntes mentais.

Para as boas comunicações mediúnicas, o fator vital reside nas condições
morais do médium. Por isso, é importante estar sempre vigilante, policiando
seus atos e pensamentos, como alguém atento à limpeza e higiene de sua
casa; seguir os ensinos do Mestre, "Orai e Vigiai".

As ondas do pensamento podem ser percebidas através da vidência,
audiência, por suas cores, sons e formas. Telepáticamente, os pensamentos
do espírito chegam com sons e símbolos próprios, que devem ser elaborados
pela mente do médium e transformadas em palavras. Fica difícil para o


próprio espírito, quando não encontra o médium que melhor lhe assimile o
pensamento. No livro, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 5, vemos a
perfeita assimilação das correntes mentais entre o mentor Clementino e o
médium Raul Silva, que deve presidir habitualmente a quase todos os fatos
mediúnicos.

O esforço deve ser das duas partes, porque Clementino amortece o
elevado tom vibratório em que respira, descendo à posição de Silva. Observa

A. Luiz que a onda de força de Clementino mudava o campo físico do médium,
eriçando-lhe a pele, como agradável calafrio e descia para o plexo solar, onde
se transformava em luminoso estímulo que se estendia pelos nervos até o
cérebro, do qual se derramava pela boca, em forma de palavras.
O fenômeno parecia ao da energia elétrica, onde o jato de forças mentais
do mentor, como a energia elétrica da usina emissora, que atingindo a
lâmpada (receptora), se espalha no filamento incandescente, produzindo o
fenômeno da luz. O problema da voltagem foi graduada por Clementino pelo
pensamento e a expressão.

O êxtase dos grandes santos é oriundo, sem dúvida, da profunda
alteração vibracional a possibilitar-lhes meios de relação com as altas
esferas e com o que nelas se desenrola: visões maravilhosas, celestes
harmonias, cenários deslumbrantes ou vozes cheias de sabedoria.

Leon Denis assim se expressa: "... o espírito, liberto pela morte, se
impregna de matéria sutil e atenua suas radiações próprias, a fim de entrar
em uníssono com o médium".

A Música

Os sons constroem força magnética de acordo com a sua vibração. Se são
suaves e melodiosos, os fluidos são benéficos e agradáveis. Se são violentos
e ferem os nossos ouvidos, causam-nos mal-estar, perturbam o nosso equilíbrio
espiritual e nos roubam a calma.

Os sons em música rítmica, para acalentar o homem, vêm de tempos
muito longínquos. Os peixes e os pássaros, antes do Homem, por certo, já se
extasiavam com a música desde épocas primitivas; usavam-na os pastores
para apascentar as suas ovelhas através de flautas e outros instrumentos
melodiosos.

Nos tempos atuais, a música concorre para a formação de ambientes
homogêneos, nas casas de oração.

Nas sessões espíritas, entram com a sua suavidade para preparar o
ambiente, condensando os fluidos amenos na atmosfera de caridade. Aquela
que é melodiosa tem força de atração magnética, pela ação de concentração


dos ouvintes. Os fluidos finos, emitidos pelos que estão reunidos, se aglutinam
no ambiente formando linhas de forças curativas.

As músicas violentas são forças destruidoras pela desintegração que
provocam nos corpos e no ambiente.

Observação: Todos os corpos sonoros vibram, como por exemplo: os sinos,
as cordas dos instrumentos musicais, etc. Os sons articulados se alargam em
ondas concêntricas em direção até onde possa atingir a força vibratória. Ao
passo que a vibração espiritual, parte do sentimento manifestado pelo
coração com o fim de atingir determinado objetivo, próximo ou à distância.
Vibrar espiritualmente é muito diferente da vibração material. Um espírito
que está em vibração está emitindo ondas sonoras coloridas, porém não
sonoras como os instrumentos de corda, mas fluídicas, etéricas, que avançam
para a direção dada.

Aura

Todos os seres se revestem de um halo energético, que lhes corresponde
à natureza.

Objetos inanimados, bem como os possuidores de organismos, têm sua
aura material. Não há corpo sólido, líquido ou gasoso que não tenha a sua
aura, desde o átomo até o globo terrestre.

No homem, esta aura material se torna mais grosseira em virtude dos
seus pensamentos, que a impregnam dos seus fluidos materializados,
convertendo-se assim num verdadeiro duplo do corpo humano.

A sua coloração está na dependência da elevação espiritual. Num espírito
inferiorizado ela é escura, e num espírito mais aperfeiçoado vai se clareando,
de acordo com os graus de evolução.

Efluviografia

Efluviografia é o nome dado à ciência humana que estuda a coloração
da auras..

Semion Kirlian, técnico em eletricidade, com sua esposa Valentina, em
1939, na Rússia, com uma câmara elétrica de alta freqüência, obtiveram
fotografias coloridas de uma parte "aparentemente imaterial" de objetos,
plantas, animais.

Esses eflúvios ou emanações foram chamados corpo bioplasmático, que
não é senão a aura material.


Nos objetos inanimados o halo luminoso é fraco, a luz é estreita e
uniforme (porque aqui há somente aura material inorgânica).

As pesquisas realizadas através do efeito Kirlian, em que fotografias
obtidas em campos eletromagnéticos de alta freqüência puderam registrar
sobre a superfície do corpo humano pontos de maior irradiação energética,
que levaram os investigadores contemporâneos a descobrir os centros de
força, que sabemos situados no perispírito, pontos esses já conhecidos
milenarmente e explorados na acupuntura chinesa. Cientistas como Thelma
Moss e Kendall Johnson, nos Estados Unidos, através das kirliangrafias,
mapearam no corpo humano esses importantes pontos de maior irradiação
energética, possibilitando assim a localização dos centros de força. Embora
esses centros de força já fossem anteriormente divulgados por alguns
autores, como C. W. Leadbeater (Os Chakras), sua existência daí difundida
no meio espírita a partir de 1959 com o lançamento do livro Evolução em dois
Mundos, ditado por André Luiz à Francisco Cândido Xavier. Nesse livro,
André Luiz nos diz que os centros vitais estão no perispírito e regem o
funcionamento dos órgãos do corpo humano.

Assim sendo, observou-se concretamente que no homem a vida introduz
variações apreciáveis na irradiação; essa diverge conforme o estado de
sanidade dos tecidos e até o estado emocional do indivíduo. Nas fotos de
tecidos vivos a luz é tremeluzente, mais extensa, multifilamentosa e de cores
diversas; entre essas fotos de tecidos vivos e as fotos de objetos inanimados
há uma diferença acentuada.

Ficou patente que a aura humana é a atmosfera fluídica em que vive o
homem. É o conjunto das irradiações do corpo físico e do Perispírito, que são
produtos do estado espiritual de cada um.

Estas vibrações de cores, que são os produtos das vibrações do homem,
são a sua ficha de identificação perante os mentores espirituais. Atestam a
posição evolutiva de cada um.

A aura é a energia em movimentação, que se expande no contorno do
corpo, refletindo saúde, sentimentos, virtudes, vícios.

Nas comunicações, a aura é a plataforma onipresente, de que nos fala

A. Luiz "antecâmara de todas as nossas atividades de intercâmbio com a vida
que nos rodeia", extensão viva do perispírito, que segundo Kardec, é o "órgão
transmissor de todas as sensações" e o "princípio das manifestações".
A importância da aura é indiscutível, tanto nos fenômenos de natureza
anímica como mediúnica.

Cada um de nós tem uma vibração própria que, à visão dos sensitivos,
pode traduzir-se em cores diversas. Nos trabalhos mediúnicos, quando não
há harmonia de pensamentos, as cores não se mesclam e os resultados são
insatisfatórios.


Composição da Aura

A aura humana compõe-se de :

1- Irradiação do perispírito

a- de um campo estável - que mostra o caráter das pessoas e o grau de

espiritualidade (parte fixa)

b- de faixas ondulantes, que revelam as reações do espírito encarnado

às diversas circunstâncias da vida exterior (parte variável)
c- conjunto de estrias - são cintilações, radiações que indicam impulsos
momentâneos, de caráter passageiro.
2- Irradiação do corpo físico - uma camada leitosa (vista pelos videntes),
com o nome de aura material ou duplo etérico, que se decompõe 30 a 40 dias
após a morte.
Para a observação da aura nos diagnósticos espirituais, deve se levar
em conta a parte fixa da aura, que reflete saúde ou doenças. Nas moléstias
graves, a aura diminui de tamanho e fica deformada perdendo a forma
ovalada.

Nos exames espirituais, através da coloração da aura, os médiuns
devem apenas deter-se no campo fixo e estável, porque este campo reflete
saúde, doença, caráter, sentimentos, virtudes ou vícios.

A ondulações variáveis, bem como estrias (cintilações por impulsos
momentâneos) são de caráter passageiro. Nas moléstias graves, a aura
desvanece.



Coloração da Aura

Azul- indica sublimação do Espírito

Azul prata - atitude de prece

Amarelo pálido - prática de estudos edificantes

Vermelho - paixões violentas, raiva, vingança, sensualidade

Rosa - sentimento de amor

Verde escuro - inveja, ciúme, doença física

Verde Claro - indica polidez, calma, brandura

Cinza - indica depressão, tristeza e egoísmo

Cinza escuro - indica hipocrisia, mentira

Cinza claro - medo, dúvida e vacilação

Preto - ódio, vingança e ação maléfica

Branco azulado - indica pureza, amor e caridade

(Fonte: Wenefledo de Toledo - Passes e Auras Espirituais)

Observação: O dirigente poderá trazer cartazes com figuras desenhadas ou

ampliadas, relativas à aura, que se encontram nesse livro de Wenefledo de

Toledo. Exemplo:

Figura n° 75 - aura material dos objetos

Figura n° 76 - aura amorosa envolvente

Figura n° 2 - coloração da aura

Figura n° 18 - defeito na aura pelo desequilíbrio doentio

Figura n° 67 - influenciação benéfica-expansão da aura clara.

Figura n° 78 - influenciação má-expansão da aura escura.



Observação: A utilização destas fotos objetivam apenas ilustrar nossa aula
e aumentar nosso conhecimento geral, observando que os sentimentos são
de grande importância nas radiações energéticas. Porém, na Casa, não
utilizamos este processo para diagnósticos ou curas.

Algumas Noções Sobre Cores

Fonte: Edgard Armond -Cromoterapia

Apresentação: Capítulo 3 - 1

"É preciso respeitar as características e as especializações das cores,
porque seu emprego empírico, indiscriminado, produz resultados até mesmo
contraproducentes, com prejuízo dos atendimentos e malefício para os
necessitados deles. As cores, em nosso plano denso, criam disposições
emotivas na arte, na religião e no psiquismo individual, e como são energias
concentradas, podem agir sobre as células orgânicas, provocando alterações
boas ou más".

Assim sendo, com a opinião analisada de Edgar Armond, profundo
conhecedor da manipulação das cores para os tratamentos, nós consideramos
que nesta Casa Espírita, deixaremos a projeção das cores a cargo do Plano
Espiritual Superior que tem muito mais competência para esse trabalho de
grande vulto.

Ensinaremos aos alunos, que se os seus sentimento forem amorosos,
emitirão naturalmente raios de luzes coloridas, que poderão ser aproveitadas
e manipuladas pelos Benfeitores. Estaremos assim, dando nossa contribuição
benéfica, na medida da nossa maturidade espiritual.

Para o conhecimento dos dirigentes e monitores, colocaremos aqui algo
mais sobre as cores:


Recebemos energias coloridas dos alimentos, do Sol, dos seres espirituais
encarnados, e desencarnados, das plantas, dos animais, da Terra.

O Sol é praticamente a única fonte de radiação que a terra possui para
manter sua temperatura atual. O Sol irradia calor e luz.

A luz é uma forma de energia. O Sol irradia continuamente luz e em
todas as direções; uma pequena porção dela ilumina a Terra.

Isaac Newton, no ano de 1666, nos provou que a luz que consideramos
branca, é na realidade uma luz composta de várias cores.

Decompôs a luz solar mediante um prisma triangular de cristal
atravessado por um feixe luminoso. Obteve inúmeras cores de matizes
variadíssimas. Chamou-se a essa divisão de um raio de luz, em seus
componentes, de Dispersão da Luz. O arco-íris baseia-se nela. É a natureza
comprovando a ciência.

Para recompor a luz branca, através da soma de cores, inventou o Disco
de Newton. Este disco pintado com as mesmas cores que compõem o espectro
de luz branca, adquire quando girado velozmente, uma cor uniformemente
branca. O preto é ausência de cor.

Propriedades das Cores

Fonte: Edgard Armond -Cromoterapia

Branco: alegre, característica de altas hierarquias espirituais
Preto: fúnebre
Prateado e dourado: de expressão elevada, própria de Espíritos Superiores
Verde claro: antisséptico, sedativo, repousante
Verde escuro: energético
Azul claro: repousante
Azul escuro: excitante, coagulante, estimula e pressiona
Azul mar: tranqüilizante, age no metabolismo celular, tem aplicações nas
hemorragias
Cinza: opressor, produzindo sensações de solidão. Nos envolvimentos fortes,
torna os doentes insensíveis aos tratamentos
Vermelho: é faca de dois gumes: irritante, corrosivo e serve também para
fraqueza, anemias, depressões físicas
Vermelho claro: cauterizador de tecidos, cicatrizações de ferimentos e cortes.
Rosa: harmonia, amor, estímulo às funções cardíacas e glandulares
Amarelo forte: estimulante mental, específico para lesões oculares. Reativa
energias; é reconstituinte celular em doenças crônicas e anemias
Violeta: bactericida, higienização de feridas e infecções, aumento de glóbulos
vermelhos
Púrpura: depressivo, irritante


Edgard Armond nos esclarece que todas as cores, nos gamas mais
claros, brilhantes, são melhores; quando misturadas às cores mais escuras,
seus matizes indicam uma presença inferior. Exemplo: o amarelo, cor nobre,
mesclado com preto, passa a significações maléficas deliberadas.

Procuramos dar algumas noções sobre as cores, com opiniões de autores
que a Federação Espírita respeita.

Aos alunos, quando da vidência de cores, poderemos dar alguns
esclarecimentos, dizendo que os Benfeitores projetaram determinada cor
porque esta se fazia necessária. Por exemplo: Rosa - Harmonia. Amarelo reativador
de energias. Azul - repousante. Mas nunca incentivá-los à
projeção de cores. Poderão sim, relatar suas vidências com relação às cores.

Nesta aula, para a parte prática, podemos dividí-la. Por exemplo: na
primeira aula fazer o treino só com as ondas vibratórias e coloridas; na
segunda aula, com as tonalidades da aura dos companheiros e do planeta
Terra; em uma terceira aula, com doação de luz para colegas que estejam
doentes.

O dirigente não pode esquecer de dizer aos alunos que não devem ficar
avaliando seus companheiros ou familiares. Que este trabalho é sério e tudo

o que foge aos princípios de caridade se torna maléfico e sofreremos as
conseqüências desses atos impensados.
O médium nunca pode ser vaidoso e dizer a todos o que viu ou sentiu.
A apuração na sala tem a finalidade de ajudá-lo no seu aprimoramento
mediúnico.

Perguntas para Verificação do Aprendizado

1- O que é vibração como conceito? O que significam as vibrações espirituais
que costumamos fazer?

Vibração como conceito é o ato ou efeito de vibrar, oscilar, balançar. É a forma
ondulatória como se apresenta uma irradiação. No corpo físico do homem,
ou do animal, cada célula, órgão, aparelho ou sistema emite irradiações
próprias, e o conjunto delas, amalgamadas, forma a tonalidade individual
orgânica, a vibração característica do ser. Vibrar espiritualmente é emitir de
si, pela força de vontade, energias sublimadas para que vibrem em ondas e
atinjam a meta desejada. Não é o pensamento que age, todavia ele é o veículo
de transporte das vibrações.

2- Qual o aparelho usado no Plano Espiritual capaz de definir as vibrações
identificando os valores da individualidade humana?

Esse aparelho é um auscultador da alma, chamado psicoscópio. Funciona à
base de eletricidade e magnetismo. Na terra não pesaria senão algumas


gramas. Facilita os exames e estudos sem o impositivo de acurada concentração
mental. Através do psicoscópio vê-se que teto e paredes revelam-se formados
de correntes de força a emitirem baça claridade diferente dos seres humanos,
associados (nesse trabalho) pelos vastos círculos radiantes nas cabeças. A.
Luiz, Nos Domínios da Mediunidade.

3- O pensamento, como veículo de transporte das vibrações, é matéria?

Sim, é matéria mental exteriorizada que vibra em ondulações. O pensamento
não para; é sempre dinâmico. André Luiz compara-o à eletricidade, tendo a
mesma velocidade da luz, 300.000 km/s

4- O que são ondas?

A Terra é um magneto de gigantescas proporções, compondo por suas forças
atômicas condicionadas, o chamado campo eletromagnético. Nesse reino de
energias, a vida desenvolve agitação. E toda a agitação produz ondas. As
ondas ou oscilações eletromagnéticas são sempre da mesma substância,
diferenciando-se porém na pauta do seu comprimento ou distâncias, em
vibrações mais ou menos rápidas, conforme as leis de ritmo que se lhe
identificam as diversas freqüências. Os átomos lançam de si ondas que
produzem calor, som, luz, raios-gama, através de inumeráveis combinações.

5- Assim sendo, podemos dizer que uma onda é determinada forma de
ressurreição da energia?

À falta de terminologia mais clara diremos que sim, pois partindo de
semelhante princípio, entenderemos que a fonte primordial de qualquer
irradiação é o átomo, ou partes dele em agitação, lançando raios ou ondas que
se articulam, de acordo com as oscilações que emite. Assim sendo, as ondas
têm: 1- Comprimento - (distância que percorrem) longas, médias, curtas e
ultracurtas. 2- Velocidade - rapidez com que os impulsos da onda se
propagam. 3- Freqüência - é o número de impulsos ou vibrações da onda por
segundo.

6- O que são percepções?

As células, os tecidos, os órgãos emitem radiações que estão na dependência
da mente, como geradora para criar ondas vibratórias. Podemos dizer que
todas as criaturas dispõem de oscilações mentais próprias pelas quais
entram em combinação espontânea com a onda de outras desencarnadas ou
encarnadas, que se lhes afinem com as inclinações e desejos, no quimismo
inelutável do pensamento. Desta forma, elas percebem e assimilam o
pensamento dos outros em decorrência da Lei de Sintonia, pela associação
das correntes mentais.


7- Podemos então concluir, que vibrar é emitir ondas, e que de acordo com
essas ondas possuímos nossa atmosfera energética nos revestindo a alma?

Vibrar espiritualmente é emitir de si, irradiar, pela força de vontade, ondas
vibratórias para determinado fim. Essas energias em movimentação que se
expandem no contorno do corpo e refletem saúde, doenças, sentimentos,
vícios e virtudes compõem a atmosfera fluídica que nos envolve, ou campo
eletromagnético, ou túnica eletromagnética, ou aura dos espíritos. Apresenta
cores variadas, segundo a onda mental exteriorizada.

8- Qual a diferença da aura dos objetos e a aura humana?

Não há corpo sólido, líquido ou gasoso que não tenha a sua aura, desde o
átomo até o globo terrestre. É a aura material. A esses eflúvios, ou emanações,
deu-se o nome de corpo bioplasmático. Efluviografia - é o nome dado à ciência
humana que estuda estes fatos. Semion Kirlian, técnico em eletricidade e
sua mulher Valentina, em 1939, na Rússia, com uma câmara elétrica de alta
freqüência obtiveram fotografias coloridas aparentemente material de objetos,
plantas, animais. A aura humana é o conjunto das irradiações da matéria e
do perispírito que são produtos do estado espiritual de cada um. Essas
vibrações de cores que são os produtos das vibrações do homem são a sua
ficha de identificação perante o Universo. A diferença é que nos objetos
inanimados o halo energético que os envolve é de fraca luminosidade, a luz
é estreita e uniforme, e nos seres humanos ou espirituais a luz é tremeluzente
e varia conforme as vibrações de cada um.

9- Como André Luiz, conceitua a aura humana?

"A aura, ou campo eletromagnético, é composta de radiações das energias
funcionais das agregações celulares, tanto do físico como do perispírito. Aí
temos nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais, a aura humana,
peculiar a cada indivíduo interpenetrando-o, ao mesmo tempo em que parece
emergir dele, à maneira de campo ovóide. Apresenta cores variadas segundo
a onda mental emitida, entrando-lhe os pensamentos nobres ou deprimentes."

10- Como é chamada a aura material no ser humano?

Também chamada Duplo Etérico, uma camada leitosa, produto de emanações
(exsudação) do próprio corpo carnal, comum a todos os seres orgânicos. No
desencarne, a aura material permanece com o corpo físico e depois de algum
tempo se decompõe, devolvendo suas propriedades ao reservatório da
natureza.

11- Qual a diferença entre o comprimento, freqüência e velocidade da onda?

Comprimento - é a distância que ela percorre. Podem ser longas, médias,
curtas e ultracurtas. Se a onda é curta o efeito é longo e vice-versa. Ultravioleta
- onda mais curta com efeito mais longo. Infravermelho- onda mais
longa com efeito mais curto.


Freqüência da onda - é o número de impulsos ou vibrações da onda por
segundo. "O homem encarnado é um gerador de força eletromagnética com
uma oscilação por segundo registrada pelo coração".
Velocidade da onda - é a velocidade com que os impulsos da onda se
propagam. André Luiz usa uma analogia: compara a elaboração mental a
geradores capazes de criar força eletromotriz e fornecer correntes.

12- A música, como vibração, pode ser audível ou não. Explique?

A música por certo é muito física. As vibrações aéreas do seu som não são
apenas reais, mas também capazes de despedaçar um vidro. Ex.: o cantor
Benianino Gigli, com sua possante voz quebrava vidraças e janelas.
(Aumentando a freqüência o homem ouve melhor). Na Sinfonia Pastoral, de
Beethoven, nota-se um triângulo: homem, natureza, Deus; não pretendendo
retratar a natureza somente, mas Deus dentro dela. O homem perceberá
sensoriamente ondas sonoras numa escala extremamente variada segundo
suas disposições mentais. A música pode harmonizar o ambiente ou levar
seus componentes à histeria coletiva.

13- Quais as criaturas que se expressam em ondas super-ultra-curtas?

Os Espíritos Superiores, de elevado padrão vibratório.


Planejamento de Aula Prática

• Classe - Segundo Ano Mediúnico
• Nº de alunos - 80
• Nº de monitores -16
• Tema - Troca de Mensagens entre os Alunos - Doação Magnética
• Tempo Total - 50 minutos
• Tempo dividido
1ª Fase -15 min.
2ª Fase - 10 min.
3ª Fase - 20 min.
4ª Fase - 5 min.
• Objetivo
Geral

Incentivo à elevação do pensamento pela reforma íntima para assimilação de
correntes mentais superiores.

Específico

Treinar o médium a perceber, e não somente ver os símbolos da mensagem,
pelo padrão vibratório.

• Bibliografia - a mesma da aula
• Material Didático - o mesmo sugerido nesta aula teórica
1ª Fase - Resumo dos Esclarecimentos feitos pelo Dirigente

1- Ligeira explicação sobre as ondas

2- O que é assimilação das correntes mentais

3- O pensamento - matéria mental exteriorizada do corpo mental por vontade do

espírito - A vontade - papel nas doações.

4- Como trabalharemos: Os alunos sentam-se em fileiras, um de frente para o outro

e procurarão captar ou perceber as ondas sonoras, coloridas, a aura e escrever a

mensagem dada pelo mentor para o colega da frente (vidência, audiência,

telepatia).

2ª Fase - Preparo do Ambiente

Fechando nossos olhos, tranqüilamente, pensemos numa paisagem da
natureza onde uma relva macia em volta de um rio caudaloso e limpo, cujas águas
puras e cristalinas correm em direção ao mar...


Sentemos nessa relva, e procuremos respirar profundamente sentindo o ar
fresco e puro que higieniza nosso organismo. Nossa mente precisa se recompor.
(Se precisar, contar com os alunos)

Nesse momento, juntemos nossas inquietudes, rancores, dissabores,
angústias e coloquemos dentro de uma caixa de papelão.
Na beira do rio, depositamos esta caixa, que é levada pela corrente das águas.
Ao longe, a caixa vai se desfazendo e sendo levada com todos os nossos
problemas se dissipando.
Agradeçamos à Deus misericordioso, que permite que joguemos essas
impurezas nesta água, mas que conserva sua fonte sempre limpa.

Aliviados, pedimos aos Benfeitores presentes que nos ajudem no trabalho de
hoje, onde doaremos nossas energias aos colegas sentados à nossa frente, com
amor, carinho e desprendimento.

Mentalizemos Dr. Bezerra de Menezes e sua equipe de Caravaneiros a limpar
todo o ambiente com sua luz, ionizando a atmosfera e aplicando um passe em cada
um de nós.

3ª Fase - Trabalho do Dia

1- Doação sem corrente
2- Vidência e audiência das ondas vibratórias
3- Mensagem telepática por escrito

Compenetrados da importância do trabalho em favor dos colegas à nossa
frente, pensemos positivamente, pois o pensamento é força criadora.
Derramemos nossas energias à eles, sentindo que nossas auras se
tocam.
Vamos percebendo as energias em forma de ondas que nós emitimos:
seu movimento, cor, som, temperatura.
Os Benfeitores estão ajudando.
Agora, sintamos as energias que nos estão sendo doadas pelos colegas
do plano físico, juntamente com as do Plano Espiritual.

Visualizamos a penetração em nosso corpo, como funcionam nossos
centros de força, as sensações que sentimos ao ver a modificação na
tonalidade da nossa aura. (pausa)

Agora deixemo-nos envolver pelo Benfeitor, que enviará pelo pensamento,
pela telepatia, uma mensagem ao colega que estamos ajudando. Caso sejam
simbólicas, peçam ao mentor uma explicação, (pausa)

Podemos desconcentrar, abrindo nossos olhos e respirando
profundamente.


4ª Fase

Apuração
(Vidências, Audiências, Sensações (em nós mesmos), Mensagens
(receituários, esclarecimentos, etc)

Relato dos Monitores

Considerações finais do dirigente - Incentivá-los à prece, que é uma forma de
captação de energias.


N.A.: Através desta obra de arte, nota-se que o artista circunda Jesus com um
ovalado brilhante, simbolizando sua aura.


AULA IO


Comunicações, Psicografía,
Pneumatografía e Psicopictografía



Sumário

Comunicação por Meio de Efeitos Físicos

141
Sematologia - Linguagem dos Sinais e das Pancadas Tiptologia


141
Psicografia Indireta

142
Pneumatologia ou Escrita Direta

142
Comunicações Escritas de Efeitos Inteligentes

144
Mecânica

144
Semi-Mecânica

145
Intuitiva

145
Inspirada

145
Pressentimentos

146
Psicopictografia

146
Transmentação ou Telementação Sublimada

147
Fixação e Verificação do Aprendizado

149
Perguntas para a Verificação do Aprendizado

149
Planejamento de Aula Prática

153

Bibliografia

1 - Allan Kardec, LM., cap. XII, XIII, XV e XVII
2 - Allan Kardec, L.E, Introdução até cap. V
3 - Emmanuel, O Consolador
4 - Edgard Armond, Mediunidade
5 - Hermínio C. Miranda, Diversidade dos Carismas, cap.II, vol. II
6 - André Luiz, Missionários da Luz I


Comunicações, Psicografia,
Pneumatografia e Psicopictografia


Comunicações por Meio de Efeitos Físicos

"Como pode um Espírito produzir o movimento de um corpo sólido?"

(L.M. cap. IV - 74 - VIII) "Combinando uma parte do fluido universal com o
fluido próprio àquele efeito, que o médium emite".
Os médiuns de efeitos físicos são especialmente doadores de fluidos
animalizados que se combinam aos do espírito que melhor se adaptam à
realização do efeito desejado, por ser o perispírito constituído de matéria
cósmica mais densa.

Sematologia
Linguagem dos Sinais e das Pancadas -Tiptologia

Foram as primeiras comunicações inteligentes através dos efeitos
físicos. Não pode ser menosprezada, embora não seja mais utilizada. Se os
Espíritos precisam comunicar-se e não encontram lápis ou papel ou médiuns
devidamente desenvolvidos utilizam-se desse meio, não sendo
necessariamente Espíritos inferiores - Batedores.

Todos os Espíritos, bons ou maus, podem servir-se deste meio mesmo
que utilizando fluidos de espíritos cujo perispírito mais denso se presta mais
aos fenômenos de efeitos físicos, uma vez que o ectoplasma dos médiuns e do
espírito são utilizados como alavanca para o processamento da mensagem
por meio de pancadas com as respostas "sim" ou "não" ou mesmo da tiptologia
alfabética onde, por meio de pancadas, indica o Espírito as letras com as
quais deseja compor as palavras.

Assim sendo, quis Kardec inserir este capítulo no Livro dos Médiuns
para mostrar que as comunicações quando necessárias podem se dar através
desses efeitos físicos, e também provar que por trás de todo efeito físico existe
um efeito inteligente, ou seja, um espírito mandando uma mensagem para
os encarnados.

Esse tipo de comunicação evoluiu das pancadas, onde uma mesa batia
respondendo "sim" ou "não", mediante convencionado número de palavras,
para a tiptologia alfabética, a qual o Espírito utilizava letras do alfabeto.


A tiptologia pode acontecer também no interior da madeira sem que
haja nenhuma espécie de movimento. Esses modos de operar são lentos e
consomem muito tempo para comunicações mais longas.

Inserimos neste capítulo este meio de comunicação para que fique
registrada a importância que teve para o início do espiritismo, uma vez que
as mesas girantes representavam o marco inicial da Codificação.

Psicografia Indireta

Mais tarde para a correspondência com os Espíritos utilizou-se pranchas
e cestas, funis munidos de lápis.

Também neste caso há efeito físico, pois tanto a prancha como a cesta,
precisam do fluido do médium a combinar-se com o do Espírito para a
combinada escrita indireta.

A vontade do Espírito (suas idéias) é transmitida através do movimento
das pranchas ou cestas que são impulsionadas à escrever com a colaboração
maior ou menor do ectoplasma dos médiuns. Também para esse tipo de
escrita é necessário que haja médiuns de efeitos físicos. Alguns são doadores
de fluidos naturais outros imprimem sua vontade e podem potencializar a
doação para que o efeito se concretize.

Quando não se tinha idéia exata do que acontecia para esse tipo de
comunicação, muitos eventos foram publicados com os títulos "Comunicação
de uma mesa, de uma cesta, etc."

Hoje sabemos que essas expressões são errôneas, uma vez que uma
mesa ou uma cesta não podem ser inteligentes.

Atribui-se à movimentação dos objetos ao Espírito que se utiliza dos
médiuns de efeitos físicos os quais são particularmente aptos a produzir
fenômenos materiais como movimentos dos corpos inertes, ruídos, transporte
de objetos, materialização dos mesmos, levitação de corpos.

Pneumatografia ou Escrita Direta

No livro dos Médiuns os Espíritos insistiram em colocar esse tipo de
comunicação escrita entre os de efeitos físicos e explicaram: "Os efeitos
inteligentes são aqueles para cuja produção o Espírito se serve dos materiais
existentes no cérebro do médium, o que não se dá na escrita direta. A ação
do médium é aqui toda material, ao passo que no médium escrevente, ainda
que completamente mecânico, o cérebro desempenha sempre um papel
ativo".


A pneumatografia é a escrita produzida pelo Espírito sem intermediário
algum. A psicografia direta, ao contrário, é a transmissão do pensamento do
Espírito mediante a escrita feita com a mão do médium.

Desde a antiguidade a pneumatografia ou escrita direta já era conhecida,
como o aparecimento de três palavras célebres no festim de Baltazar.

A escrita direta se produz espontaneamente, sem o concurso nem da
mão do médium, nem do lápis. Pode aparecer mesmo numa folha de papel
dobrado dentro de uma gaveta que não tenha sequer um lápis. Encontra-se
no papel, traços, letras, frases e até dissertações, algumas vezes com uma
substância acinzentada, análoga à plombagina, outras vezes com tinta
comum, ou de imprimir.

Há pessoas que obtém respostas com facilidade, mas são raras.

As letras são colocadas no papel como se tivessem sido depositadas
sobre ele, não se sabendo de onde pode o Espírito ter tirado o material para
a escrita.

São Luiz nos explica no capítulo VIII do L.M., questões 126, 127 e 128:
"O Espírito pode extrair do elemento universal os materiais que lhe são
necessários à produção da escrita direta, com as propriedades que lhe são
peculiares, pois neste fenômeno as letras não se desvanecem como no caso
da materialização de objetos, os quais rapidamente desaparecem. Conclui
São Luiz que para os Espíritos não é tarefa difícil, embora não muito bem
compreendida por eles, quando não se encontram numa faixa de evolução
maior.

Há possibilidade mesmo de o Espírito "fabricar" um remédio como um
"alimento". Para nossa melhor compreensão, se serve da água nos seus mais
diferentes estados, e do Sol que através dos seus raios nos faz enxergar
partículas materiais que nossos órgãos grosseiros não poderiam ver. É a
modificação dos estados da matéria.

Os Espíritos atuam através da vontade e da permissão de Deus.

Antes da Codificação, que trouxe explicações plausíveis, o primeiro a
publicar algo sobre pneumatografia foi o Barão de Guldenstubbé, o qual
gozava de elevadas considerações e não suspeito de fraude, muito comum
nesse tipo de escrita.

Alguns estudiosos como Gabriel Delanne em "O Fenômeno Espírita"
relaciona a pneumatografia aos fenômenos de transporte, como em casos
observados que a cor da tinta era a de um lápis deixado no local embora longe
do papel e sem que este se movesse.

Nos dois fenômenos há necessidade de um médium que tenha muita
afinidade fluídica com o Espírito que irá realizar a tarefa e os dois casos são
raros quando desejados pelo médium e pedidos ao Espírito, há necessidade


de muito fluido vital, o que é explicado por Erasto no cap. V do L.M. "A massa
dos fluidos combinados é proporcional a dos objetos transportados". É mais
fácil ao Espírito transportar objetos leves, os quais ele oculta com os fluidos
expansíveis e penetráveis do médium e dele próprio e os transporta.

Comunicações Escritas, de Efeitos Inteligentes

Como vimos anteriormente, aos fenômenos físicos da escrita oculta-se
uma inteligência, ou seja um Espírito.

Mecânica

O espírito exprime suas idéias movimentando diretamente a mão do
médium. Quando atua diretamente sobre a mão do médium, o Espírito lhe
dá o impulso que se move sem interrupção e sem embargo do médium. Neste
caso o médium não tem consciência do que escreve no momento. É também
chamado médium passivo ou mecânico. Esta faculdade permite a
independência maior do pensamento do Espírito que escreve.

O papel do médium mecânico é o de uma máquina, mas para que ele
sirva de intermediário à Espíritos evoluídos é preciso que seu ascendente
moral se verifique.

O preparo do médium, anterior ao trabalho, é imprescindível, como
podemos verificar no relato de André Luiz, em Missionários da Luz I.

Entre seis comunicantes encarnados, apenas um deles estava em
condições físicas e morais para o trabalho da psicografia. Explica o instrutor
Alexandre que "Não é um simples pegar na mão; o intercâmbio aprimorado
entre os dois planos requer condições sadias do vaso sagrado. Requer
disciplina, educação, esforço e perseverança".

O intermediário não pode improvisar. Observa André Luiz, no corpo do
médium:

• as glândulas transformaram-se em núcleos luminosos (pareciam oficinas
elétricas),
• os condutores medulares formavam extenso pavio sustentando a luz
mental.

• os centros metabólicos infundiam surpresas.
• o cérebro mostrava fulgurações.
• os lóbulos cerebrais lembravam correntes dinâmicas.


• as células corticais e fibras nervosas com suas tênues ramificações conduziam
energias recônditas e imponderáveis.

• a epífise emitia raios azulados e intensos (em qualquer modalidade a epífise
desempenha o papel mais importante).
Elucida-nos ainda André Luiz que os auxiliares do Plano Espiritual
preparam o médium para que não se perturbe a saúde física; é um auxílio
magnético à células nervosas, ao Sistema nervoso, às glândulas supra-
renais. A transfiguração ocorre nesses casos como na psicofonia e também
pode ocorrer a mudança de caligrafia, bem como exteriorização do perispírito.

Kardec no capítulo XV do L.M. deixa claro que o médium nesses casos
não tem a menor consciência do que escreve.

Muitos estudiosos consideram esta a psicografia realmente autêntica,
na acepção do termo.

Semi-Mecânica

Nestes casos o médium semi-mecânico sente na sua mão uma impulsão
dada, mas ao mesmo tempo tem consciência do que escreve, à medida que as
palavras se formam. No primeiro, o pensamento vem depois do ato da escrita,
e aqui acompanha-o. Estes casos são mais numerosos.

Intuitiva

É a escrita que se dá pela transmissão do Espírito do médium, ou
melhor, de sua alma. O Espírito em liberdade, toma a mão e a guia. O papel
da alma aqui não é de inteira passividade, pois recebe o pensamento do
Espírito livre e o transmite com plena consciência do que escreve embora
muitas vezes fora dos limites do conhecimento do médium.

Inspirada

O médium recebe pelo pensamento comunicações estranhas às suas
idéias preconcebidas. A inspiração vem dos Espíritos que nos influenciam
para o bem ou para o mal, dependendo aí da elevada posição moral do
médium ou não, suas intenções boas ou más.

Kardec nos alerta para que cada um invoque com fervor e confiança
nosso anjo protetor, em caso de necessidade e freqüentemente nos
admiraremos das idéias que surgem como por encanto na mente.

As vezes as idéias surgem como que num impulso involuntário, como
pressentimos de coisas futuras, que os Benfeitores têm permissão para nos
ajudar no desembaraço de algum problema.


A revelação das grandes coisas, a pintura, a música, podem ser dadas
por inspiração, quando nesses casos a alma mais desprendida da matéria,
como no êxtase, recobra uma parte das faculdades de Espírito e pode receber
mais facilmente as comunicações de outros Espíritos que desejam comunicar-
se pela afinidade vibratória.

Pressentimentos

Feita por médiuns de pressentimentos, os quais têm uma intuição vaga
das coisas futuras. No capítulo XV do L.M., encontramos esse tipo de
mediunidade como se fosse uma espécie de dupla vista que lhes permite
entrever conseqüências de coisas atuais e mesmo orientação para trabalhos
futuros.

Mas também, o pressentimento pode acontecer como uma inspiração,
isto é, uma inteligência estranha, mostrando as diretrizes a serem tomadas
num determinado trabalho.

Entendemos que não se pode invalidar a hipótese do médium intuitivo
ser também inspirado para grandes tarefas que requerem grande
porcentagem de precisão, como revelações de caráter religioso, científico,
etc. De qualquer maneira, o médium deve sempre aprimorar-se moralmente,
porque se ele tiver um bom equilíbrio emocional, educação mediúnica e
disciplina em todas as ocupações da sua vida do cotidiano, certamente será

o melhor aparelho de que Espíritos Superiores poderão se utilizar para esses
trabalhos de grande vulto, sob a forma de inspiração, e recolher do seu
arquivo do passado, a qual aparece como intuição para que em conjunto
passem uma mensagem de conteúdo apreciável.
Psicopictografia

Segundo Emmanuel, no livro O Consolador, "A arte é a mais elevada
contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda
exteriorização do ideal, a divina manifestação desse "mais além", que
polariza as esperanças da alma. O verdadeiro artista, é sempre o médium das
belezas eternas, e o seu trabalho em todos os tempos foi tanger as cordas mais
vibráteis do sentimento humano, alçando-o da Terra para o Infinito e
abrindo em todos os caminhos a ânsia do coração para Deus nas suas
manifestações supremas de beleza, de sabedoria, de paz e de amor".

No L.M. cap XXXI, item X, encontramos que o gosto pela arte é intuitivo
e leva o homem à busca de inspirações.


A mediunidade nas artes revela-se através da escultura, pintura
literatura (oratória, poesia, etc), do teatro e da música.

A pintura mediúnica, a psicopictografia tem se desenvolvido
ultimamente com intensidade.

Na vida espiritual as artes continuam com toda a beleza e harmonia,
quando em lugares elevados, como depoimento de Mozart na Revista
Espírita n° 5, 1858: "No planeta onde estou, Júpiter a melodia está por toda
a parte, no murmúrio da água, no ruído das folhas, no canto do vento, as
flores murmuram e cantam, tudo emite sons melodiosos ... A natureza é tão
admirável".

A psicopictografia pode ser trazida pelos mesmos meios da psicografia
ou sejam: mecânica, semi-mecânica, intuitiva, de inspiração pela vidência,
audiência ou telementação.

Sempre o médium deverá ter os seus sentimentos cristianizados e
idéias nobres para não ser vítima de espíritos zombeteiros e obsessores que
também se utilizam desse tipo de mediunidade.

Não devemos forçar sua eclosão, bem como em todas as outras
mediunidades. Deverá ocorrer normalmente e o importante é o médium
perceber o conteúdo da mensagem passada através da psicopictografia.

Transmentação ou Telementação Sublimada

Incluímos esta variedade, por ter sido analisada por Edgard Armond,
no livro Mediunidade. Pode acontecer este tipo de comunicação também da
forma falada.

Segundo o autor, o médium recebe a mensagem sob inteira
responsabilidade do mentor, por afinidade e perfeita assimilação das correntes
mentais.

O Espírito comunicante pode atuar à distância, e fica com inteiro
domínio físico do médium pelo comando dos centros cerebrais e anímicos sem
exteriorização do seu Espírito. Trata-se de uma incorporação mental e o
médium escreve em estado de inconsciência ou semi-consciência.

Observando algumas classes, os alunos que não são médiuns de
psicografia mecânica ou semi-mecânica, as formas pela qual se obtém a
escrita e se toma conhecimento depois ou no momento da mesma, os alunos
que recebem a psicografia telepáticamente podem não ter noção do que
estejam escrevendo, só tomando conhecimento mais preciso depois de
terminada a mensagem.


Dizem também os alunos que quando para a escrita, a mente fica vazia
e enquanto se dá o fenômeno sentem uma pressão na cabeça, que se desfaz
às vezes logo após, ou pode perdurar algum tempo.

De qualquer forma, estes apontamentos servem para que os dirigentes
e monitores tenham sempre muito amor ao tratar seus alunos porque ao
médium ainda não bem desenvolvido, pode dar-se este fenômeno e ele pensar
tratar-se de algo patológico.

O dirigente deve sempre deixar o aluno a vontade para que ele não se
afaste por não compreender o que acontece com ele. A mediunidade com
Jesus não traz problemas, mas é preciso que haja, não só da parte dos alunos,
como de toda a equipe de Educação Mediúnica a harmonia necessária à um
bom trabalho. Só assim os médiuns relatarão com precisão tudo que está
acontecendo e poderão desenvolver sua mediunidade satisfatoriamente.

Edgard Armond compara esse tipo de mediunidade à telementação
sublimada descrita por André Luiz, em Mecanismos da Mediunidade, onde
para a sugestão precisa, é necessário haver afinidade. André Luiz alerta que
o fenômeno hipnótico indiscriminado se filia à ciência de atuar sobre o
espírito alheiro, mas por tratar-se de telepatia, reclama do receptivo obediência
e respeito ao emissor que de acordo com o grau de passividade estará em
hipnose vulgar, poderá cair em letargia, catalepsia ou sonambulismo. Nos
dois últimos casos poderá haver desprendimento total ou parcial do perispírito
do hipnotizado.

Não acontece nos casos de telementação sublimada ou transmentação,
pois somente Benfeitores se utilizam do médium mais apropriado e não
agem senão visando o seu bem e o da humanidade. É o estado de permuta
magnética aperfeiçoada em que o passivo transmite com facilidade os
propósitos do mentor, na esfera das suas possibilidades de expressão.
Consideramos a palavra sublimada para nos referirmos à telementação
como transmentação, devido a este último parágrafo.

Colocamos aqui, considerando ficar mais claras as instruções de Edgard
Armond e André Luiz, uma elucidação de Erasto, do Livro dos Médiuns cap.
XX - n° 230.

"Já o dissemos: os médiuns, apenas como tais, só muito secundária
influência exercem nas comunicações dos Espíritos; o papel deles é o de uma
máquina elétrica, que transmite os despachos telegráficos, de um ponto da
Terra a outro ponto distante. Assim, quando queremos ditar uma
comunicação, agimos sobre o médium, como o empregado do telégrafo sobre

o aparelho, isto é, do mesmo modo que o tic-tac do telégrafo traça a milhares
de léguas sobre uma tira de papel, os sinais reprodutores do despacho,
também nós comunicamos por meio do aparelho mediúnico, através das
distâncias incomensuráveis que separam o mundo visível do mundo invisível,
o mundo imaterial do mundo carnal, o que vos queremos ensinar. Mas, assim

como as influências atmosféricas atuam perturbando, muitas vezes, as
transmissões do telégrafo elétrico, igualmente a influência moral do médium
atua e perturba, às vezes, a transmissão dos nossos despachos de além-
túmulo, porque somos obrigados a fazê-los passar por um meio que lhes é
contrário. Entretanto, essa influência, amiúde, se anula pela nossa energia
e vontade, e nenhum ato perturbador se manifesta. Com efeito, os ditados de
alto alcance filosófico, as comunicações de perfeita moralidade são
transmitidas freqüentemente por médiuns impróprios a esses ensinos
superiores; enquanto que, por outro lado, comunicações pouco edificantes
chegam também, freqüentemente, por médiuns que se envergonham de lhes
haverem servido de condutores. Em tese geral, pode afirmar-se que os
espíritos atraem espíritos que lhes são similares e que raramente os espíritos
das plêiades elevadas se comunicam por aparelhos maus condutores, quanto
têm à mão bons aparelhos mediúnicos; bons médiuns, numa palavra".

Fixação e Verificação do Aprendizado

Por meio de perguntas relativas à aula expositiva e leitura feita em casa
sobre:

1 - O Psicógrafo - Missionários da Luz, n° 1.
2 - Pensamento e Mediunidade - Nos Domínios da Mediunidade, n° 13.
3 - Mandato Mediúnico - Nos Domínios da Mediunidade, n° 16.


Perguntas para a Verificação do Aprendizado

1- O que quer dizer pneumatografia? E quem foi o primeiro a torná-la
conhecida por seus experimentos?

Pneumatografia é a escrita direta, produzida diretamente pelo Espírito, sem
intermediário algum (LM cap. XII). Esse fenômeno é conhecido desde a mais
remota antiguidade, mas o primeiro a torná-lo conhecido por experimentá-
lo foi o Barão de Guldenstubbé, em Paris, que publicou sobre o assunto uma
obra muito interessante, com grande número de fac-símiles das escritas que
obteve. De início o Barão deixava uma folha de papel e um lápis numa
caixinha fechada a chave, mas logo verificou que o lápis não era imprescindível
à obtenção do fenômeno.

2- A pneumotografia pode estar relacionada com os efeitos de transporte?

No LM, cap. XII e XIV, Kardec faz alusões do maior ou menor poder do
médium para obter-se simples traços, sinais, letras, palavras, frases...


Segundo Gabriel Delanne em "O Fenômeno Espírita", que conta vários casos
observados sobre pneumatografia, quando um lápis de cor preta ou verde,
deixado no ambiente do experimento, a cor da escrita era a do lápis deixado,
sem que este se movesse. É um fenômeno de efeitos físicos.

3- Na pneumotografia o Espírito pega o lápis e o levanta para escrever?

Se isso acontecer, o que é perfeitamente possível, pois sabemos que o Espírito
manipulando os fluidos do médium e dos seus próprios pode envolver o lápis
e dar-lhe vida, este processo chama-se psicografia indireta (LM, cap. XIII).
Este método foi muito utilizado pelos Espíritos quando da revelação espírita,
mas difere da pneumotografia pois o lápis não se move e nem sequer é preciso
que esteja perto. Também considerado fenômeno de efeitos físicos.

4- Como se dá o fenômeno de transporte?

O fenômeno de transporte precisa de um único médium apto a realizar com
os fluidos retirados dele e do Espírito, o transporte de objetos. É necessário
perfeita combinação fluídica entre os dois. Pode dar-se à presença ou à
distância. No primeiro caso assemelha-se ao fenômeno da levitação, onde o
objeto é envolto em fluidos do Espírito do médium que o isolam da força
gravitacional. Para o transporte há necessidade de muito fluido animalizado,
por isso o Espírito geralmente transporta uma flor.

5- Qual a diferença entre psicografia indireta e a direta?

Psicografia indireta é feita por meio de cestas de bico, pranchetas à qual se
adapta um lápis. Na Psicografia direta existe a atuação do Espírito no braço
do médium. A mão escreve involuntariamente. Alguns autores só consideram
esta forma de psicografia, que Kardec considerou mecânica, como verdadeira,
pois não há interferência das idéias do médium. A direta é considerada de
efeitos intelectuais.

6- Como os Espíritos classificam os médiuns psicógrafos?

Os médiuns Psicógrafos estão classificados assim:
1- Mecânicos - O Espírito utiliza-se do braço do médium. O médium toma
conhecimento do que escreve, depois que esta acontece. Desenvolve-se com

o exercício, e o Espírito pode atuar quando o braço do médium não oferece
resistência.
2- Intuitivos - Idéias do Espírito encarnado que nascem a medida que a
escrita vai sendo traçada.
3- Semi-Mecânicos - A escrita acompanha o pensamento. Obs.: Só aqui, como
na mecânica, pode haver mudança de caligrafia (são médiuns polígrafos).
4- Inspirados - São idéias que surgem através de pensamento, sugestões, e
o médium pode escrever de olhos abertos. É a forma telepática.
5- Pressentimento - Os que têm intuição das coisas futuras ou como resultado
de comunicações ocultas (sonhos).

7-Existe uma predisposição orgânica no médium mecânico ou qualquer
pessoa pode desenvolver essa faculdade através do exercício?

Toda mediunidade pode ser desenvolvida, mas nunca adquirida. Portanto se
existe predisposição orgânica, aí sim ela é passível de desenvolvimento.
Começa geralmente com um frêmito no braço e na mão. É preciso também
que haja afinidade fluídica entre o médium e o Espírito. Deve ser feito o
exercício com preces, recolhimento, local e hora determinados, para que se
consiga um bom desenvolvimento dessa mediunidade com finalidade
sublimadas.

8- Explique: A transmissão da mensagem psicografada não é simplesmente
tomar a mão.

Relata-nos André Luiz em Missionários da Luz: Que antes do trabalho a que
se submete o psicógrafo, os auxiliares espirituais preparam as possibilidades
para que não se perturbe a saúde física. Observou que: As glândulas do
médium se transformam um núcleo luminosos; os condutores medulares
formam extenso pavio, sustentando a luz mental, como chama generosa de
uma vela de enormes proporções. O cerebelo mostra fulgurações, as células
corticais e as fibras nervosas se constituem em elementos delicadíssimos de
condução de energia ponderáveis, e a epífise emite raios azulados e intensos.
O primeiro indício para escrever é um frêmito no braço e na mão. É
necessário abandonar a mão ao seu movimento.

9- Através da psicografia podemos desenvolver a arte de receber pinturas ou
desenhos mediúnicos?

A única maneira de desenvolvermos esta espécie de mediunidade é
desenvolvendo a psicografia, sem nenhuma pretensão de produzir desenhos
ou pinturas mediúnicas, pois se houver propósito definido para que o
médium receba desenhos e pinturas, o Plano Espiritual saberá preparar o
médium para essa finalidade. Requer sempre do médium profunda e
concreta realização da reforma íntima. Quando recebidas por entidades
muito elevadas pode haver o processo de telementação sublimada (ou
incorporação mental), como explica Edgard Armond, onde o Espírito comanda

o centro cerebral que comanda os braços e o desenho pode atestar a
personalidade do Espírito que se comunica através da pintura.
10- Esse tipo de comunicação mediúnica, a psicográfica, pode ser improvisada
por médiuns invigilantes?

Essa modalidade de comunicação, especialmente por exigir do organismo
físico um bom preparo, o que se faz mediante o comedimentos dos excessos
de fumo, de álcool, sexo e drogas, não se improvisa. A preparação individual
do médium deve ser incessante. No relato de André Luiz, em Missionários
da Luz, podemos observar que entre os 18 encarnados presentes só um
médium estava em condições de dar a mensagem. A preparação estava muito


boa, com todos os médiuns doando energias vitais aos desencarnados
sofredores, mas a vaso físico para a psicografia precisa de preparo anterior,
renúncia e humildade.

11- Como poderemos chamar as mensagens recebidas por telepatia, mas que

o médium as recebe semiconsciente ou mesmo inconsciente?
Edgard Armond chama de transmentação e André Luiz telementação, à qual
acrescentamos a palavra sublimação, uma vez que só recebida por Espíritos
superiores, e de uma forma que o médium não interfira anímicamente. Essas
informações estão descritas ao nosso ver por Erasto, no LM cap. XX questão

230.
12-Descreva a forma como Celina recebeu a mensagem do instrutor espiritual
à longa distância, e o que foi dito por Aulus ser necessário?

Celina recebe a mensagem por assimilação perfeita das correntes mentais
devido às renúncias no plano físico, por ser ela uma médium bem aparelhada
e de elevado padrão moral. André Luiz vê somente um faixo de luz sobre sua
cabeça, não vê o instrutor à longa distância.

13-Porque Ambrosina não era molestada por espíritos inferiores?

Porque exercia o mandato mediúnico, com responsabilidade e na mais
íntima associação mental com o instrutor espiritual Gabriel que a protegia
sempre.


Planejamento de Aula Prática

• Classe - Segundo Ano mediúnico
• Nº de alunos - 60
• Nfº de monitores - 12
• Doação à um amigo
• Tema - Mensagens através da psicogratia ou psicopictografia (não
necessariamente mentores)
• Tempo total: 50 minutos
• Tempo dividido:
1ª fase: 5 min.
2ª fase: 5 min.
3ª fase: 15 min.
4ª fase: Apuração: 5 min.
Relato: 15 min.
Considerações Finais: 5 min.

• Objetivo
Geral

Obter, por meio da psicografia ou psicopictografia, mensagens do Plano Espiritual
(livre).

Específico

1 - Observar se os alunos têm a faculdade de psicopictografia e de que maneira eles
a recebem. Se há cristalizações mentais, ou instrução de moral mais elevada.
2- Observar também o conteúdo das mensagens psicografadas porque deixaremos
a cargo do Instrutor da Classe que traga os Espíritos , e aí poderemos classificá-
los. Os monitores levarão os trabalhos para casa para avaliarem, porém não farão
comentários de nenhuma espécie.

• Bibliografia - (a mesma da aula teórica)
• Material didático - folhas de papel, lápis cera, canetas, pranchetas, canetas
hidrográficas.
1ª Fase Esclarecimentos sobre a Aula Prática

1 - Como desenvolveremos o trabalho (psicografia e psicopictografia) pode ser de
olhos abertos e devem deixar o braço, mesmo que sintam peso no começo,
bastante à vontade, (direito e esquerdo)
2 - Procurar "entender" a mensagem que poderá vir mesmo em forma de quadros
ou sons.




2S Fase - Preparo do Ambiente (roteiro na 2a aula)

Primeiramente tentemos relaxar, nos acalmar para esse trabalho tão bonito
da noite de hoje.

Para isso, pensemos transformar nossa sala numa Praça com árvores
frondosas e floridas.

Nossas cadeiras se transformam em bancos confortáveis que permitem que
descansemos ao observar a natureza.

O canto dos pássaros, o sussurro do vento, um lago de águas limpas e
transparentes refletem toda beleza do momento.

Respiramos profundamente, recompondo nossas energias, desfazendo
tensões e cansaço.

Agora levantamos e olhamos para o lago. A água reflete nossa imagem como
num espelho.

Olhamos com os olhos da alma e vemos mais profundamente nossos Centros
de Força necessitados de brilho e de calor.

Num esforço pessoal, cada um de nós deseja mudanças nos nossos
sentimentos.

Elevemos nossos pensamentos à figura do Dr. Bezerra de Menezes e
lembrando de sua fé inabalável em Maria, procuremos trazer à nossa memória
aquele amigo ou parente que esteja necessitando de auxílio material, de carinho,
de compreensão.

Abracemos nosso amigo ou parente como Dr. Bezerra o faria, em nome da
Virgem. Sintamos nosso coração irradiarfluidos que beneficiam este nosso querido
afeto que precisa de tanta ajuda, que precisa encontrar o caminho da sua vida.

Que Maria de Nazaré o ampare na sua caminhada, que seja envolto em muito
amor, que acredite na nossa amizade, que tenha umafé que o torne verdadeiramente
forte.

Voltamos novamente nosso olhar para o lago, e um deslumbramento nos
afeta os sentidos.

Nossa figura agora transformada, nossos Centros de Força brilham e nós
vemos nossa imagem mais bonita, mais alegre. Sentimos a vontade de apanhar
uma flor e dar à Maria, bem como uma outra à Dr.Bezerra de Menezes.

Um perfume de rosas exalando ao nosso redor é a forma de fluidos benéficos
que Dr. Bezerra irradia de si e elabora para recompor nossas órgãos necessitados.


3ª Fase - Trabalho do Dia (roteiro)

1 - Psicografia ou Psicopictografia por espíritos trazidos ou não à sala sob
supervisão dos nossos Benfeitores.
2 - Desconcentrar

Preparados, vamos pedindo aos Colaboradores da Sala que tragam os
Espíritos que queiram passar uma mensagem através da psicografia ou
Psicopictografia (pausa).

Podemos nos desconcentrar, respirando profundamente.

4ª fase - Avaliação do Trabalho

1 - Apuração dos Monitores
Vidência, audiência, psicografia (consciente, semiconsciente, inconsciente) e
Psicopictografia.

2 - Relato dos monitores com leitura das mensagens e interpretação dos desenhos.

3 - Considerações finais do dirigente (de acordo com a apuração)



N.A.: No Antigo Testamento Moisés recebe os mandamentos através da
pneumatografia.


AULA 1 1


Telepatía, Psicofonia e Psicografía
Revisão



Sumário

Fenômenos Anímicos

159

Intuição e Conhecimento

160

Fenômenos Espíritas

162

Considerados Mente à Mente

162

Telepatia e Inspiração

162

Transmentação ou Telementação Sublimada

166

Considerados Perispírito a Perispírito

167

Psicofonia ou Incorporação e Psicografia Mecânica

167

Tarefa para Fixação do Aprendizado

168

Planejamento de Aula Prática

170

Bibliografia

1- Allan Kardec, LE, p. 400 a 472
2- Allan Kardec, LM, cap. VII, p. 116 a 124; XIV, p. 173 a 174; VI; VII p. 114 a 118;
e XXV p. 284
3- Allan Kardec, GE, cap. XIV
4- Allan Kardec, OP, 47
5- Allan Kardec, O Céu e o Inferno, cap. XI
6- Edgard Armond, Mediunidade, cap. 9 e 11
7- Hermínio C. Miranda, Diversidade dos Carismas, vol. II cap. III
8- Alberto de Souza Rocha, Espiritismo e Psiquismo, cap. XI
9-André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 15, 18, 16, 23, 19, 13, 11, 6 e 9
10 - André Luiz, Missionários da Luz, vol. 1
11- André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, cap. XIII e XIV


Telepatia, Psicofonia e Psicografia
Revisão


No curso de Educação Mediúnica, os fenômenos da comunicação, são
classificados em anímicos e espíritas.

Adota-se assim o conceito amplo, considerando mediunidade, "a
faculdade que tem um indivíduo de servir de intermediário entre as esferas
do mundo físico e do mundo espiritual".

Portanto, se o aluno der uma comunicação, mesmo que seja dele, de sua
alma, é considerada mediúnica, uma vez que é o seu espírito imortal com
aquisições anteriores de outras encarnações que fala, e não ela na sua
condição atual. Não confundiremos assim com mistificação daqueles que de
má fé se utilizam do termo mediunidade para enganar e mentir
deliberadamente.

Fenômenos Anímicos

O termo animismo significa: anima, do latim, "alma"; e ismo "doutrina".

Foi proposto por Aksakof depois como: "Para maior brevidade, proponho
designar pela palavra animismo todos os fenômenos intelectuais e físicos que
deixam supor uma atividade extracorpórea ou à distância do organismo
humano e mais especialmente todos os fenômenos mediúnicos que podem
ser explicados pela ação que o homem vivo exerce além dos limites do corpo".

Em resumo, podemos dizer que o animismo compreende todas as
manifestações supranormais da alma e seus respectivos efeitos.

O Espiritismo, desde o início, expõe o fenômeno anímico como
manifestação da alma do médium. "A alma do médium pode manifestar-se
como qualquer outro Espírito, desde que goze de certo grau de liberdade, pois
recobra os seus atributos de espírito e fala como tal e não como encarnado".

André Luiz, em Mecanismos da Mediunidade, cap. XXIII, assim
conceitua o animismo: "conjunto de fenômenos psíquicos produzidos com a
cooperação consciente ou inconciente dos médiuns em ação". No mesmo
livro, cap.22 - Emersão do Passado, esclarece o acontecido, isto é, uma
comunicação que parecia ser de outro Espírito, mas que não viu nem sinais
de ligação telepática (laço magnético que assinalam os fluidos teledinâmicos)
entre a entidade, que era um desafeto da senhora que estava em prantos.
Essa Senhora era vítima não de um verdugo, mas de suas lembranças


arquivadas na mente e das quais não conseguia desvencilhar-se. Era uma

cristalização mental de um fato passado em outra encarnação que a senhora,

na realidade, ainda não havia perdoado.

Deste relato, aprendemos muito com Raul Silva, doutrinador encarnado,
e Aulus, instrutor espiritual, em perfeita sintonia amorosa que tratam a
médium como enferma necessitada de evangelização, dando-lhe consolo e
carinho, porque "Todos podemos cair em semelhante estado, se não
aprendermos a cultivar o esquecimento do mal em marcha incessante com

o bem..."
Em psicologia, esse fenômeno chama-se catarse, que é libertação de um
trauma, de uma lembrança profundamente desagradável, através da
exteriorização verbal, que drena a alma do paciente.

Na doutrinação, feita no trabalho mediúnico, pode representar uma
eficiente psicoterapia, se for conduzida evangélicamente, uma vez que todos
os ensinamentos do Cristo são de libertação com amor.

Ernesto Bozzano, no livro Animismo ou Espiritismo conclui: "uma
causa única, e esta causa é o espírito humano, que quando se manifesta em
momentos fugazes durante a encarnação determina os fenômenos anímicos,
e quando manifesta mediunicamente durante a existência desencarnada
determina os fenômenos espíriticos".

Na Codificação não encontramos o termo animismo. Esse termo como
vimos, só surgiu mais tarde proposto por Alexandre Aksakof. Mas foram
mencionados nos estudos de emancipação da alma (desde o sono até dupla
vista), transmissão oculta do pensamento ou telegrafia humana (telepatia),
bicorporeidade e transfiguração, aparições de Espíritos de pessoas vivas,
médiuns intuitivos e de pressentimento.

Assim, podemos considerar os fenômenos anímicos como sendo aqueles
que não interferem com outros Espíritos no Plano Espiritual como;
precognição, telepatia, todos os casos de emancipação da alma,
desdobramento, clarividência, clariaudiência, bem como de efeitos físicos,
que podem ser provocados pela própria alma do médium, como: movimentação
de corpos inertes e transfiguração (expansão perispíritica que envolve o
corpo do médium).

Intuição e Conhecimento

Há homens sem grau de escolaridade superior que têm fortes luzes de
intuição.

A razão fará sempre o homem caminhar rumo ao conhecimento,
captando uma realidade exterior. A intuição seria compreensão rápida de


um fato percebido, mas sem o uso de um raciocínio laborioso. É preciso fazer
a distinção entre intuição e inspiração. A inspiração é a captação de uma
idéia diretamente de um outro Espírito. Talvez pudéssemos dizer que a
intuição esclarece e a inspiração impulsiona.

Kardec, no L.M., distingue o médium intuitivo, o que tem intuição
daquele que escreve, para distinguí-lo do mecânico, ou semi-mecânico, e
reserva o termo inspirado para aqueles que, por vezes, são médiuns sem o
saberem. Acrescenta ainda que os médiuns de pressentimentos são os que
têm vaga intuição das coisas futuras.

Sabemos que os Espíritos se utilizam do material existente nos arquivos
do inconsciente do médium para passar uma mensagem. Ora, tendo esse
médium a intuição, o conhecimento registrado de outras encarnações, fica
mais fácil aos Espíritos inspirarem este médium que possui determinado
conhecimento como intuição.

Quando médiuns possuem moral elevada e a Intuição aguçada, isto é,
muitos conhecimentos nos arquivos da mente, produzem obras psicografadas,
filosóficas ou científicas, bem como obras artísticas do mais puro enlevo.

É o caso do nosso querido Francisco Cândido Xavier, que nos trouxe
tantas obras, tidas como científicas, através dos Espíritos de conhecimento
elevado, no entanto, nesta encarnação, não teve a oportunidade de estudar
muito.

Quanto aos médiuns intuitivos, no capítulo que se refere aos médiuns
escreventes: "A transmissão do pensamento também se dá por meio do
Espírito do médium, ou melhor, de sua alma, pois que por este nome
designamos o Espírito encarnado... o pensamento nasce à medida que a
escrita vai sendo traçada e, amiúde, é contrário à idéia que antecipadamente
se formara". (LM XV - 180).

A intuição não é um produto da razão, é uma percepção que se tem em
certos momentos e circunstâncias de determinada situação, e quanto mais
aflitiva ou imperiosa e urgente for a situação, mais alto e rápido falará a
intuição apontando o verdadeiro caminho ou a verdadeira solução.

Diz Edgard Armond que as características sublimadas do homem
espiritual são o amor, a fé e a intuição.

Quanto a isso André Luiz, no livro Expansão, compara a fé, a razão e
a intuição, dizendo que o ESE afirma que a fé verdadeira é somente aquela
que encara a razão face a face em qualquer época da humanidade.

Kardec, sob inspiração do Mundo Maior, cuidou de provar que a razão
poderia demonstrar a autenticidade dos fatos. Tudo na natureza obedece a
Lei de Evolução. A Intuição não é faculdade estanque, porquanto constitui
alongamento da própria razão. Porém a intuição clara ainda é do alcance de
poucos, por exigir na sua plenitude, amadurecimento espiritual da criatura.


Pouco a pouco, então, a fé vai se tornando realidade; baseada na lógica
e iluminada pela intuição.

Nas literaturas sobre Espiritismo, encontramos uma colocação sobre
este tipo de comunicação anímica, que teria sido dada na Revista Espírita por
Camille Flamarion, pelo Espírito Galileu, que era ele mesmo reencarnado.

Fenômenos Espíritas

Quando ocorrem em conjugação com os fenômenos anímicos, isto é,
através das possibilidades anímicas, o espírito do médium entra em contato
com outros Espíritos, sejam encarnados ou desencarnados.

Temos então as mediunidades de telepatia quando existe a recepção da
mensagem de um Espírito, que no caso pode ser chamada de Inspiração; nos
casos de emancipação da alma, quando o Espírito de sua afinidade,
participando de fatos e mantendo diálogo entre eles, os desdobramentos
intencionais para ajuda à necessitados, a Vidência e Audiência, tipicamente
comandada por Espíritos em que o médium tarefeiro vê com seu organismo
com a constituição própria à essa finalidade.

A doação dos médiuns de cura, que também é um efeito físico anímico,
quando involuntário, pode tornar-se espírita, quando existe a ajuda do Plano
Espiritual.

A transfiguração, que ocorre durante uma incorporação, também é
espírita porque aqui é o perispírito do espírito que poderá mostrar-se
expandindo-se em torno do médium, podendo este mudar de estatura e peso.

Considerados "Mente a Mente"

Nos nossos trabalhos costumamos usar o termo "mente a mente" para
as comunicações telepáticas, e "perispírito a perispírito" para as que o
Espírito se utiliza dos órgãos do médium, influenciando no seu perispírito
diretamente. É claro que todas as comunicações se dão através do perispírito,
mas é uma forma utilizada para a diferenciação.

Telepatia e Inspiração

No sentido da comunicação espírita, quando se trata de assimilação das
correntes mentais, podemos considerar que se trata da mesma mediunidade.

A telepatia (do étimo grego tele = à distância + pathos = pensamento,
ou seja, transmissão do pensamento à distância), começou a ser estudada em
1825, na França.


a- Emissor, encarnado ou desencarnado
b- Receptor, encarnado ou desencarnado

O emissor não controla o receptor, comunicação telepática sem controle

dos órgãos do receptor.

O processo pode ser local ou à distância.

Por transmissão do pensamento entende-se a transmissão de palavras,
idéias, imagens de pessoas ou objetos, figuras, desenhos e até emanações
fluídicas do corpo espiritual.

Estudada em parapsicologia como importante fenômeno de percepção
extra-sensorial, não foi catalogada expressamente na Codificação Espírita,
onde encontramos com expressões "transmissão oculta do pensamento" e
"telegrafia humana".

Foi estudada por Rhine com telepatas encarnados (emissor e receptor)
em compartimentos separados e mesmo bem distantes.

A NASA realizou experiências telepáticas durante vôos espaciais,
inclusive viagens à Lua entre o nosso satélite e a Terra, tendo obtido bons
resultados, provando que a distância não impede a transmissão do
pensamento, que se faz por meio de ondas que se propagam, tendo os fluidos
emitidos por veículo.


A telepatia é, pois, uma realidade admitida pela ciência.

Do que existe na Doutrina sobre telepatia, dois seriam as processos
telepáticos:

Conjugação de Ondas

Processo pelo qual as ondas mentais emitidas por uma pessoa são
captadas por outra, e para que isto aconteça é necessário que estejam
vibrando na mesma freqüência para que se possa estabelecer a sintonia
(freqüência é o número de oscilações da partícula elétrica por segundo, que
no nosso caso, a partícula é mental, produzida pelo fluxo energético do
pensamento). Aqui podemos considerá-la como inspiração. Edgard Armond
chama de "Inspiração Momentânea" dos tribunos pregadores.

Visão dos Pensamentos

O segundo processo consiste em ver o pensamento do emissor, que
podemos chamar de transmissão de imagens fluídicas ou fotografias do
pensamento, como descrito na Gênese, de Kardec. Aqui, não seria
propriamente o processo telepático, e sim o dupla vista ou clarividência, para
ler-se o pensamento expresso em imagens fluídicas, caso não seja intencional,
como um Espírito bom criando imagens boas, ou mau com propósitos não
elevados. André Luiz, usa o termo formas-pensamentos para essas imagens.

Assim, a telepatia pode ser: Espontânea, que ocorre sem intenção. A
percepção é feita de modo ocasional; Intencional, quando se deseja obter, no
nosso caso, mensagem do mentor; e de precognição e retrocognitiva.
consistindo na captação do pensamento, ou emanações dos fluidos do
emissor, que revelam previamente fatos que vão correr e aquela que faz a
leitura do passado.

Por esse processo, imaginar é criar, e toda criação tem vida e movimento.
Quem apenas mentaliza angústia e crime, miséria e perturbação reflete no
próprio espelho da alma desarmonia e sofrimento. É preciso vigiar o
pensamento.

Podemos dizer que a telepatia só difere da inspiração por ser sempre,
esta última, uma interferência de inteligência, estranha ao médium.

Nas comunicações telepáticas, ao Espírito pertencem somente as idéias
e não as palavras, por este motivo os médiuns muitas vezes são taxados de
anímicos, como se o animismo não fosse necessário ao seu próprio
desenvolvimento.

Nesta classe de mediunidade é sempre preferível, todavia, que o
médium seja culto porque terá facilidade para traduzir, através de um
entendimento amplo e um vocabulário rico, as idéias transmitidas
telepáticamente pelo Espírito já que a forma de transmissão telepática é
essencialmente sintética e muitas vezes alegórica. Por este motivo Kardec


deixa claro que os Espíritos se utilizam do médium cujo cérebro possui
muitos conhecimentos adquiridos na vida atual e o seu Espírito rico de
conhecimentos latentes, obtidos em vidas anteriores.

Fizemos questão de mostrar o aspecto anímico da telepatia uma vez
que, mesmo sem a intenção deliberada, há pessoas que são boas receptoras
ou emissoras. Quando a sintonia vibratória da onda mental ou faixa pela
qual opera seu pensamento estiver fortemente vinculada por laços afetivos,
as pessoas dotadas de forte recepção telepática conseguem detectar pessoas
que estão com intenção de telefonar, que estão tocando a campainha,
perceber sensações de angústia, etc.

Exemplo: uma senhora, trabalhando em seu escritório normalmente,
de repente começa a receber telepáticamente impressões de sofrimento e
desespero de sua filha; vai para casa preocupada e encontra a filha chorando
porque soube da morte instantânea de uma querida amiga num acidente de
automóvel. Não houve intenção deliberada da filha avisar a mãe, mas esta
captou, por afinidade, a onda mental exteriorizada por sua filha. Assim, na
transmissão do pensamento por afinidade vibratória, muitos estudiosos do
espiritismo consideram a telepatia como fenômeno anímico, que depende do
maior ou menor poder de recepção ou emissão do pensamento.

Contudo, nesse relacionamento mente à mente, que se processa à
distância, poderá ocorrer fenômenos mediúnicos em circuito fechado, tanto
para o bem como para o mal. Kardec intitula de fascinação o processo
obsessivo por assimilação das correntes mentais em perfeita sintonia; é o
domínio que um Espírito ou encarnado deseja obter sobre o outro, e mesmo
à distância, comanda seus pensamentos. André Luiz, no livro Nos Domínios
da Mediunidade, cap. 23, conta a história de uma estreita ligação telepática
agindo e reagindo mentalmente sobre uma senhora por um terrível
hipnotizador desencarnado, chegando mesmo por essa ação hipnótica à
licantropia deformante.

Em outro capítulo do mesmo livro, 19, sob o título de Dominação
Telepática, André Luiz discorre sobre o problema da obsessão entre
encarnados: "O pensamento exterioriza-se e projeta-se formando imagens e
sugestões, que arremessa sobre os objetivos que se propõe atingir. Jovino
encontra-se na condição de um pássaro hipnotizado".

Observação: Nos casos de obsessão existe a intensão de dominar por parte
do obsessor, já a sintonia vibratória acontece entre ambos.

Hipnose

Na hipnose, o hipnotizado, no centro das irradiações mentais que lhe
são próprias permanece controlado pela vontade a que se submete. Na
hipnose vulgar, induzidos pelo impacto de comando do hipnotizador, cada
instrumento (médium), após demonstrar obediência característica, revelar



se-á em determinado grau de passividade. Poderão cair em estado de
letargia, catalepsia ou sonambulismo, que determinam o desprendimento
parcial ou total do perispírito, que, não obstante mais ou menos liberto das
células físicas, se mantém sob o domínio direto do magnetizador atendendo-
lhe as coordenações.

O famoso psicanalista Jean M. Charcot fez muitas experiências com o
hipnotismo e prova aos seus alunos, entre eles Sigmund Freud, médico
austríaco criador da psicanálise, que na dominação telepática através da
hipnose pode-se ajudar muito, por exemplo um doente a desfazer-se de suas
criações mentais, mas por outro lado também é possível pela sugestão e
afinidade criar-lhe situações embaraçosas, doentias, como nos casos explicados
pela Doutrina Espírita.

Lembramos que aqui na hipnose não existe incorporação do Espírito,
apenas sugestão mental.

Transmentação ou Telementação Sublimada

Esta modalidade de mediunidade, segundo Edgard Armond, se distingue
em relação às demais porque:

• Não há transmissão telepática comum consciente ou semiconsciente.
• Não há incorporação física, com exteriorização do Espírito do médium,
como na forma inconciente (lembrança ou esquecimento do ocorrido durante
a exteriorização).
• O Espírito comunicante pode estar presente ou à distância.
• O médium não perde a capacidade ambulatória.
• O médium não entra em sono sonambúlico.
• Nenhuma interferência anímica se dá.
• Há uma sobreposição da mente individual do médium pela do Espírito
comunicante, que fica, assim, com inteiro domínio físico do médium, pelo
comando dos centros cerebrais e anímicos.
Geralmente são comunicações de Espíritos Superiores que lançam seus
pensamentos e estabelecem contato com médiuns especiais de sensibilidade
apurada e perfeito equilíbrio psíquico.

Edgard Armond diz ser esta mediunidade, o fenômeno indicado por
André Luiz como telementação. Entendemos que se refere ao processo de
alta responsabilidade na esfera da consciência, que envolve a sugestão e a
afinidade porque a telementação, no livro Mecanismos da Mediunidade, é
explicada como tendo várias gradações. No cap. XIV, temos: "É o estado de
permuta magnética aperfeiçoada em que o passivo, na hipnose ou na vigília,
transmite com facilidade as determinações e propósitos do mentor, na esfera
das suas possibilidades".


No livro Nos Domínios da Mediunidade, vemos a perfeita sintonia de
Celina com um instrutor espiritual à distância, perfeita assimilação das
correntes mentais. Já no cap. 13, Celina passa a mensagem sem interferência
anímica; é médium bastante evoluída moralmente.

Portanto, considerando que para comparar a telementação de André
Luiz e a transmentação de Edgard Armond, poderíamos acrescentar a
palavra sublimada, assim teríamos: a transmentação é igual à telementação
sublimada".

Considerados "Perispírito à Perispírito"

Psicofonia ou Incorporação e Psicografia Mecânica

Neste casos acontece a exteriorização do espírito do médium; na
Codificação, encontramos o médium psicofônico designado por médium
falante, bem como o psicógrafo como médium escrevente.

Nessas modalidades, os fenômenos são sempre espíritas, porque uma
inteligência estranha se utiliza dos fluidos perispíriticos do médium e seus
próprios para comandar os centros da fala ou braço do médium.

É claro que toda comunicação mediúnica se faz pela irradiação do
pensamento. Nestes casos, a irradiação do pensamento que permanece como
uma túnica eletromagnética, ou aura, faz as primeiras ligações perispíriticas
de afinidade, ou sintonia vibratória. Depois, por permissão do médium, isto
é, por sua vontade, visto que cada um é dono do seu livre arbítrio, o médium
cede espaço na medida das suas possibilidades anímicas para o fenômeno,
e estes perispíritos se interligam com ligeiro afastamento do espírito do
médium, que controla o Espírito comunicante. A lembrança do ocorrido se
dá através do aprimoramento na prática da mediunidade, que poderá ser
chamada consciente, como André Luiz descreve um caso, em Nos Domínios
da Mediunidade, cap. 6 - Psicofonia Consciente, descrevendo a médium
exteriorizada em perispírito e perfeitamente consciente do seu estado,
controlando um obsessor. (Na Casa chamamos incorporação para obsessores).

Nos trabalhos mediúnicos de ajuda aos semelhantes há médiuns que
podem se utilizar da possibilidade anímica maior do desdobramento e torná-
la um fenômeno espírita por excelência, dando a mensagem do espírito à
longa distância, através do cordão fluídico que passa como uma corrente
nervosa todas as informações.

No livro, Nos Domínios da Mediunidade de André Luiz, cap. 11, o
médium Castro passa todas as informações para os colegas do grupo
mediúnico, estando desdobrado, e do local em que se encontra.

Observamos que em todos os casos há necessidade de que o organismo


do médium venha preparado para a tarefa da mediunidade, com condições
anímicas, mas também morais, porque senão será vítima somente de
espíritos obsessores, como podemos observar no livro Missionários da Luz,
de André Luiz, cap. 1, O Psicógrafo: "De todos os médiuns somente um
encontra-se em condições..."


Tarefa para Fixação e Verificação do Aprendizado

Leitura dos capítulos do livro Nos Domínios da Mediunidade, de André
Luiz, capítulos 15, 18, 16, 23, 19, 13, 11, 6, 9 e Missionários da Luz, vol. 1.

Depois de alguns esclarecimentos colocaremos na lousa os títulos do
quadro abaixo em cartolinas coloridas. O aluno receberá as informações em
outras cartolinas e deverá completar o quadro, tanto através das
características dos tipos de comunicação como das histórias relacionadas à
elas. De acordo com a tabelada página seguinte:


Comunicações Espíritas
Mente à Mente Perispírito a Perispírito
Telepatia Hipnose
Transmentação
ou Tele-
mentação
Psicofonia
Incorporação
Psicografia
Mecânica
Oral ou
escrita por
mentor ou
obsessor
Oral ou
escrita por
obsessor
Oral ou
escrita por
mentor
Somente
falada mentor
Somente
falada obsessor
Escrita mentor
ou
obsessor
Inspiração
momentânea.
Idéia do
Espírito
Domínio da
mente para
o bem ou
mal
Médium desenvolvido
que assimila
o pensamento
do mentor
Utilização do
aparelho
vocal
Utilização do
aparelho
vocal
Utilização do
braço e mão
À distância
sem exteriorização
À distância
sem exteriorização
À distância
sem exteriorização
Exteriorização
do
transe letárgico
ou sonambulismo
Exteriorização
do
perispírito
Exteriorização
do
espirito do
médium
Sintonia Tribunos,
monitores e
dirigentes
Sintonia Pode
ocorrer
obsessão
Sintonia
perfeita Pintura,
poesia, etc
Sintonia Respeito
do
livre arbítrio
Sintonia Pode
ocorrer
obsessão
Sintonia Pode
ocorrer
obsessão
Mensagem
com maior
teor anímico
Inspiração
momentânea
0 médium
atua no seu
pensamento
por comando
mental do
hipnotizador
Mensagens
mais precisas.
Comando
do centro
cerebral e
anímico
Consciente
ou
inconsciente.
Sensação
boa.
Consciente
ou
inconsciente.
Sensação
ruim.
Consciente
ou inconsciente.
Sensação
depende
do espírito
que se
comunica.
Inspiração
para o bem
e para o mal
(15). Evocação
pelo
pensamento
da mãe ao
filho desencarnado
(18)
Sono durante
o trabalho
(16)
Fascinação,
licantropia
(23) dominação
telepática
(19)
Celina recebe
mensagem
de instrutor
a longa
distância
(parece psicofonia,
13)
Médium
Castro
transmite
mensagem
de Oliveira
desdobrado
à longa
distância
(11)
Eugênia exteriorizada
deixa Libório
comunicar-
se (6). Possessão
0
irmão de Pedro
provoca
convulsões
em seu corpo
(9)
Mensagem
do mentor
Calixto
(somente um
médium em
condições)
Missionários
da Luz,
vol. 1

Obs.: Os exemplos encontram-se no livro "Nos Domínios da Mediunidade", André Luiz.


Planejamento de Aula Prática

• Classe - Primeiro ou Segundo Ano Mediúnico
• Nº de alunos - 80
• Nº de monitores - 16
• Tema - Comunicações escritas (telepatia - psicofonia)
• Tempo Total - 50 min.
• Tempo dividido:
1ª Fase - 5 min.
2ª Fase - 5 min.
3ªFase - 10 min.
4ª Fase - 10 min. Apuração
15 min.
Relato
5 min. Considerações

Nota: Se for primeiro ano, daremos mais tempo à primeira fase das explicações

• Objetivos
Geral

Obter elucidações de mentores sob a forma de escrita.

Específico

Observar o conteúdo das mensagens e as sensações dos médiuns ao receberem
a mensagem para encaminhá-lo à tarefa específica

• Bibliografia - (a mesma da aula teórica)
• Material Didático
Cartolinas coloridas para o quadro de fixação do aprendizado, medindo (12 x 33)
cm, com letras de tamanho grande que possam ser lidas pela classe.
1ª Fase - Resumo dos Esclarecimentos sobre a Aula

1- Pediremos aos mentores que nos esclareçam sobre o tema: Matéria Mental, da

forma escrita (para o segundo ano), ou fluidos (para o primeiro ano), ou outro tema

que julgar necessário.

2- Explicar as sensações que ocorrem nos diferentes tipos de mediunidade.

3- Colocar na lousa, depois do exercício feito: forma consciente (idéia antes da

escrita) é telepática (inspiração momentânea); forma semiconsciente (o médium

toma conhecimento no momento em que escreve), telementação ou psicografia;

inconsciente (o médium toma conhecimento do texto depoisde totalmente escrito

ou por partes) é telementação ou psicografia mecânica.


2ª Fase - Preparo do Ambiente (roteiro na 2-aula)

Fechemos nossos olhos e imaginemos uma praia. O mar com águas limpas
e ondas tranqüilas. A areia branca e macia.

Descalços, sentimos o contato com a areia e a água que chega até nossos
pés.

Ao contato com essa água tépida e salutar sentimos as energias negativas
se dissiparem. Relaxamos cada músculo pensando na cabeça, pescoço, ombros,
tórax, abdômen, braços, pernas e pés.

A paisagem nos convida a respirar. A brisa que nos envolve é suave e
higienizante. Nossos batimentos cardíacos ficam menos acelerados.

Sentimos tranqüilidade e calma e um convite à oração, outro manancial de
energias.

Todos juntos abramos nosso coração à Maria, mãe de Jesus:

Querida e meiga mãe, queremos te pedir humildemente amparo na nossa
caminhada; coragem nos momentos difíceis que precisamos enfrentar; que os
sentimentos de amor brotem em nossos corações como sementes a germinar; que
os nossos sentimentos se elevem no espelho das tuas virtudes; que os nossos
propósitos de servir na Seara de Jesus não esmoreçam...

Proteja-nos com tua meiguice e humildade, fortalecendo-nos as esperanças!

Envoltos nesses ideais, com carinho e piedade vamos pensando em nossos
colegas deste trabalho.

E com muito amor, expandiremos nossas auras que se tocam aos Benfeitores
aqui presentes. Sabemos que unidos nos tornaremos mais fortes.

E, que a luz que aqui se irradia, limpe nosso ambiente de tudo o que for
negativo.

Pedimos aos teus colaboradores do Plano Espiritual que nos aplique um
passe que nos restaure, que nos equilibre as forças físicas e espirituais, (pausa)

E olhando ao longe, onde parece terminar o oceano, magnífico espetáculo se
descortina à nossa frente.

No horizonte, o Sol reflete na água seus raios luminosos.

Fixemos nossa atenção no horizonte.


3ª Fase - Trabalho do Dia

Os alunos deverão estar com caneta e papel à mão para escrever as mensagens.
Estamos prontos para receber as mensagens dos Instrutores espirituais, estejam
eles distantes ou na sala, sobre o tema proposto, (pausa)
Podemos nos desconcentrar respirando profundamente.


4ª Fase

1- Apuração dos Monitores

- se acompanharam o trabalho e trouxeram mensagens
- de que forma receberam a mensagem: sensações e consciência (ou lembrança)
2- Relato dos Monitores
Deverá ser sintetizado, lendo cada uma mensagem escolhida. Os monitores
levarão as mensagens para casa para avaliação do conteúdo e possibilidades
mediúnicas, mas não colocarão nenhuma observação nas mesmas para não
incentivar a vaidade.

3- Considerações Finais
Explicação de alguma dúvida.



AULA 12

Desdobramento


Sumário

O Que é Desdobramento?

175

Onde é Abordado o Desdobramento na Codificação

175

Fenômeno Anímico ou Mediúnico?

175

Como Fenômeno Mediúnico Através das Possibilidades Anímicas

176

Bilocação e Bicorporeidade

177

Conscientes e Inconscientes

178

Sensações no Desdobramento

180

Perguntas para Verificação do Aprendizado

180

Exercícios para a Fixação do Aprendizado

183

Parte Prática

183

Exemplo de Planejamento de Aula Prática

184

Bibliografia

1- Allan Kardec, L.E., Emancipação da Alma
2- Allan Kardec, L.M., Bicorporeidade
3- Edgard Armond, Mediunidade
4- Hermínio C. Miranda, Diversidade dos Carismas
5- André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade
6- Carlos T. Rizini, Evolução para o Terceiro Milênio, Desdobramento


Desdobramento

O Que é Desdobramento?

O desdobramento é o processo de exteriorização do perispírito.

O Espírito no seu corpo menos denso, ou seja, o perispírito, deixa o corpo
carnal e dirige-se a outros locais sempre ligado pelo cordão fluídico. É um
estado de relativa liberdade para os Espíritos encarnados.

Onde é Abordado o Desdobramento na
Codificação?

Kardec abordou o tema no Livro dos Espíritos, como "Emancipação da
Alma", que se dá no sono, sonho, sonambulismo, letargia, êxtase e dupla
vista.

Ainda aborda o fenômeno como bicorporeidade para os casos de
materialização do perispírito, sendo que o mesmo encarnado pode ser visto
em dois lugares diferentes, ao mesmo tempo. Em um deles com o corpo
carnal, e em outro em perispírito materializado de forma tangível. É o
famoso milagre de Santo Antonio de Pádua e que também deu origem aos
homens duplos.

Fenômeno Anímico ou Mediúnico?

É anímico quando a alma se desprende do corpo físico, através da sua
vontade, sem interferência de Espíritos. No L.M., Kardec diz tratar-se de
fenômeno natural.

É mediúnico quando a alma se desprende do corpo físico através da sua
vontade e interferência dos Espíritos, servindo de intermediário entre os
dois Planos.

Como condição de exteriorização do perispírito, sem dúvida o fenômeno
é anímico. Como todo ser em evolução precisa sublimar sua conduta, o
Espírito no momento de emancipação procurará companheiros e locais com
os quais sintoniza.


Deus nos deu a oportunidade de livre escolha e esta liberdade no
momento do sono, para que não fôssemos espíritos totalmente enclausurados
no invólucro carnal. Quantas vezes acordamos de um profundo sono, com
problemas resolvidos.

Um dos relatos de Aksakof, sobre a filha do Barão de Guldenstubbé,
aluna de Emilie Sagée, era uma jovem professora francesa nascida em Dijon,
que em 1845 lecionava em um colégio para moças localizado na Livônia,
província russa perto de Riga, famosa pelo seu pinho. No colégio, a professora
era vista em locais diferentes ao mesmo tempo, pelas alunas. Foi desfeito o
problema de equívocos, quando em plena aula todas as alunas viram duas
professoras Emilie Sagée, uma ao lado da outra, a escrever no quadro negro,
com a diferença que a verdadeira tinha um pedaço de giz na mão, enquanto
a outra limitava-se a imitar os gestos.

Mas nem sempre a figura desdobrada imitava os gestos. Às vezes era
visto em pé atrás da cadeira onde estava sentada. A professora foi despedida
19 vezes indo morar com uma cunhada que tinha muitos filhos, os quais se
acostumaram com as "duas" tias Emilie.

Com se vê, o desdobramento é dos mais curiosos fenômenos anímicos,
que indica o verdadeiro estado do espírito em relação ao corpo físico, pois
como espírito se move mais livremente, vê e ouve com mais precisão, visita
pessoas encarnadas e desencarnadas, embora nem sempre, ao regressar ao
corpo físico, consiga lembrar-se dos fatos ocorridos.

Ficam registrados na memória como intuição, muitos experimentos e
aprendizados bons e maus durante o desdobramento.

Como Fenômeno Mediúnico Através das
Possibilidades Anímicas

No livro Evolução em Dois Mundos, André Luiz nos elucida que foi a
partir das faculdades de desdobramento, lentamente desenvolvidas com os
recursos do sono fisiológico, que começaram a ser criadas as primeiras
condições que iriam permitir o exercício da faculdade mediúnica. Assim,
encarnados que demonstrassem comunhão menos estreita entre as células
do corpo físico e do corpo espiritual, em certas regiões do corpo somático,
passaram das observações da vigília, a princípio fragmentárias, acentuáveis
conforme os graus de entendimento.

Podemos compreender que não existe fenômeno mediúnico sem a
dependência do anímico. Os fatos se tornam mediúnicos quando o encarnado
tem condição de servir de intermediário entre os dois planos: físico e
espiritual.


No livro Nos Domínios da Mediunidade, cap. XI, André Luiz relata um
desdobramento tipicamente mediúnico, onde o médium Castro é magnetizado
por benfeitores, tem seu perispírito desembaraçado dos efluídos vitais e
recebe um capacete de proteção, além de ser assistido o tempo todo por dois
trabalhadores desencarnados.

O médium Castro, desdobrado, conversa com Clementino, e através das
vibrações do seu cordão fluídico passa a mensagem para o Plano Físico
através do seu corpo carnal.

Um exemplo clássico é o de Apolônio de Tiana, que estava em Éfeso em
uma reunião, calou-se repentinamente e em seguida passou a anunciar o
assassinato do Imperador em Roma e no qual intervinha gritando: morte ao
Tirano! Realmente acontecia este fato em Roma, o que prova que Apolônio
desdobrou-se e relatava o que estava vivenciando em espírito. Aqui o
acontecido parece ter um cunho mais anímico do que mediúnico.

Bilocação e Bicorporeidade

Bilocação

Tanto nos casos anímicos como mediúnicos, desde que o perispírito,
visto por médiuns clarividentes, ou passe informações faladas ou escritas de
outros lugares (o encarnado está em dois lugares diferentes, em um deles
com o seu corpo físico inanimado, em outro, o Espírito com seu corpo
espiritual ou perispírito, que transmite o que vê, ouve à longa distância, ou
pode ser visto pelos videntes).

Bicorporeidade

Fenômeno pelo qual se constata a presença de um mesmo espírito
encarnado em dois lugares diferentes (dois corpos manifestando-se em
lugares diferentes).

O fenômeno adquire aqui mais precisamente o cunho de efeito físico,
pois que há materialização mais ou menos tangível do perispírito, podendo
ser visto e ouvido por muitas pessoas.

Esse efeito físico se dá usando o Espírito seu próprio ectoplasma
retirado do corpo físico para a materialização, e no LM, explica S. Afonso de
Liguori, no cap. VII, que Espíritos mais evoluídos conseguem manifestar-se
simultaneamente, se bem que um dos corpos, o físico sempre estará num
estado mais ou menos extático. O poder maior nestes casos é da irradiação


para diversos lados, o que espíritos menos evoluídos não o conseguem. Em
todos os casos não há divisão do espírito.

Conscientes ou Inconscientes?

Os estados de consciências ou inconsciência são colocados como
lembrança, ou esquecimento dos fatos ocorridos durante o desdobramento.

Inconcientes

Podem ser os casos de emancipação comum da alma, bem como na
mediunidade por influência de encarnados e desencarnados. Esta prática
não é incentivada pelos Espíritos de bem.

No caso dos encarnados, quando pelo hipnotismo, é perigoso por não se
conhecer as finalidades do operador. Já os desencarnados, dependendo do
esclarecimento e elevação moral do médium, pode ser benéfica ou
extremamente maléfica.

Os Benfeitores sempre provocam o desdobramento para ajudar à
necessitados com fins educativos. Obsessores, ao contrário, se utilizam até
do veículo físico enquanto dura a exteriorização, havendo a incorporação
como verdadeiro "condomínio Espiritual", havendo casos de ter sido visto o
corpo físico com outra personalidade, como relata Herminio C. Miranda, em
Diversidade dos Carismas: a médium Regina, ainda não devidamente
esclarecida sobre fenômenos mediúnicos de desdobramento, foi vítima de
espíritos que usavam seu corpo quando desdobrada. Não lembrava do
acontecido, mas outras pessoas diziam tê-la visto em lugares, quando ela
dormia, usando outros nomes. O psiquiatra considerou ser um caso de
múltipla personalidade. A médium no caso tinha suas costumeiras ausências.

Conscientes

Lembrança dos fatos e sensações ocorridos durante o desdobramento
podem acontecer quando o médium, já bem educado e disciplinado,
conscientizado dos ideais nobres para os quais o fenômeno deverá prestar-
se, fará exercício de aprimoramento no serviço aos semelhantes.

O médium sempre deverá estar esclarecido sobre a ajuda dos Benfeitores
e do ambiente bem preparado com harmonia de propósitos. Os companheiros
também devem saber que podem doar fluídos ao médium de desdobramento,
visto tratar-se de fenômeno também físico, onde para a exteriorização os
Benfeitores se utilizam dos fluídos dos médiuns.


Os dirigentes e monitores deverão ter o esclarecimento e bom senso
necessário para planejar devidamente suas aulas, não esquecendo de dizer
aos alunos que, também num trabalho de desobsessão, alguns médiuns
poderão ser levados até o local onde se encontram as entidades à serem
doutrinadas. Não devem impedir nem forçar o médium a desdobrar-se, e sim
antes que o trabalho se inicie, deixar claro tudo o que pode acontecer, e que
se for feito em nome de Jesus, toda proteção será feita por equipes bem
preparadas no Plano Espiritual.

Para a parte prática, os dirigentes devem fazer um bom relaxamento
como preparação dos médiuns, e procurar deixá-los seguros, sem medos
quanto às sensações que poderão advir caso ainda não estejam acostumados.

É comum, depois do trabalho bem executado, alguns alunos relatarem
que desdobraram e se sentem muito bem, ao contrário de outras vezes, em
outros lugares, que precisaram afastar-se por sentirem-se mal, ficando
mesmo doentes.

Não vamos questionar o fato do ambiente mal preparado com propósitos
menos nobres, e por que não dizer aqueles que cobram para ensinar e
exercitar. Sabemos de muitos transtornos ocorridos com estas pessoas mal
intencionadas e mal preparadas para o trabalho com o desdobramento.

Nunca devemos esquecer que a mediunidade, seja ela qual for ,é
ferramenta de trabalho em favor dos semelhantes. Só assim teremos todo
amparo do Plano Espiritual Superior. O dirigente deve deixar claro os
perigos, mas também tranqüilizar quanto aos receios, isto é, conscientizar o
aluno de que o desdobramento com fins sublimados é o que realmente não
se deve temer, tanto na sala de aula como no sono. Ex.: Celina, que em
desdobramento ajudava os desencarnados em um posto de socorro durante

o sono, como relata André Luiz no livro Nos Domínios da Mediunidade.
Muitos outros casos são relatados por Yvone Pereira, em desdobramento,
elucidando da necessidade de termos o amparo amigo do Plano Superior.
Existem muitas comprovações de desdobramento conscientes durante

o sono, e cujos perispíritos foram vistos em outro local, no caso a "Visita de
Espíritos de Pessoas Vivas". Como por exemplo, o caso relatado na Revista
Espírita de 1858, pág. 343: "um moço durante o sono vai visitar seus
familiares em Londres e pede à eles que escrevam uma carta contando a
visita. Isto realmente acontece; os familiares escrevem a carta contando da
rápida visita do jovem".
Observações: Não podemos confundir esse fenômeno com o dos Agêneres,
que são materializações de Espíritos desencarnados, como relata a Revista
Espírita de fevereiro de 1859. "Aconteceu em Paris. Uma pobre mulher
necessitada de trabalhar vai à Igreja de São Roque e aflita faz uma oração
para encontrar emprego. Quando sai encontra um moço que lhe diz para


procurar determinada senhora na rua e n° X. A senhora diz ter o emprego,
mas achou estranho porque não havia dito à ninguém. A necessitada olha
para um retrato na parede e diz ser aquele moço que indicou. O moço do
retrato estava morto há três anos".
Outra observação importante é que o médium de transporte não é um
médium de desdobramento. O médium de transporte é um médium que doa
seus fluídos ectoplasmáticos para que os Espíritos transportem objetos. É
um médium de efeitos físicos.

Sensações no Desdobramento

No sono, com a lembrança dos sonhos reais e no estado de vigília, ou

seja, acordados, poderão ocorrer as sensações:
a) formigamento das extremidades e uma estranha movimentação dentro do
corpo;


b) uma força como se alguém tentasse nos deslocar da cadeira;


c) visão da duplicata de si mesmo, depois de ter sido projetado para fora, em
geral acima da cabeça, horizontalmente;
d) tonturas;
e) sensação de zumbidos, com deslocamento em círculos;
f) solavanco na saída como na volta;
g) sensação de frio.


Com a Evangelização do médium, nada se deve temer, mesmo que ele
volte do desdobramento e não recorde perfeitamente. Pode ser falta de
aprimoramento ou determinação do Plano Espiritual Superior, através da
magnetização. O importante é que o aluno, ao terminar o trabalho, esteja
sentindo-se bem.

Perguntas para Verificação do Aprendizado

1-Os termos desdobramento, emancipação da alma, bilocaçãoe bicorporeidade
são a mesma coisa?

Poderíamos dizer que sim, se observamos as seguintes regras que acontecem
em todos os casos: 1 - Nunca a alma se divide; 2- Existe a exteriorização do
perispírito em todos os casos; 3- Sempre os dois corpos ficam ligados pelo
cordão fluídico.

2-Como podemos considerar o dom da ubiqüidade dos Espíritos e o fenômeno
dos agêneres?


O dom da ubiqüidade depende do poder de irradiação, do grau de pureza do
Espírito. Ele irradia para diversos lados, podendo comunicar-se em vários
lugares. Poderia aqui ficar o exemplo de Santo Antonio de Pádua como
bicorporeidade, explicado no LM por Santo Afonso. Os agêneres são aparições
tangíveis e materializadas de desencarnados. Parecem reais, podendo trocar
palavras. Mas desvanecem-se rapidamente quando necessário. Tem um
olhar diferente e são geralmente pálidos.

3- O que é desdobramento? Quando se dá, acordado ou dormindo?

É o processo de exteriorização do perispírito, e dele decorrem vários outros
fenômenos, que de acordo com as características, tomam nomes diferentes,
como também no sono provocado por encarnados ou desencarnados. Podem
ocorrer também com o nome de emancipação da alma (sono, sonhos,
sonambulismo, catalepsia, letargia e dupla vista).

4- O desdobramento pode ser anímico?

Sim, todos os fenômenos, quando realizados pela alma, sem interferência do
Plano Espiritual são anímicos, o que não quer dizer que devem ser
menosprezados. Os desdobramentos se tornam mediúnicos quando o médium
é um intermediário entre o Plano Físico e Espiritual.
Ex.: Ivone Pereira possui a condição de se desligar do corpo espiritual e ao
regressar, relatar tudo, lembrando-se perfeitamente. Emmanuel, chama
mediunismo à faculdade bruta, sem disciplina, que entra em comum cabilidade
com os Espíritos.

5- Nos desdobramentos conscientes, a saída do perispírito provoca alguma
sensação diferente?

Sim, a) formigamento das extremidades e uma estranha movimentação
dentro do corpo; b) uma força como se alguém tentasse nos deslocar da
cadeira; c) visão da duplicata de si mesmo, depois de ter sido projetado para
fora, em geral acima da cabeça horizontalmente; d) tonturas; e) sensação de
zumbidos, como no deslocamento em círculos; f) solavanco na saída como na
volta; g) sensação de frio.

6- Há regras para um bom desdobramento consciente no trabalho para
Jesus?

Sim: 1- Apelar para o protetor Individual, sem cujo auxílio o médium não
deve aventurar-se; 2- De início, não ir muito longe; 3- Procurar relaxar, para
não ter cãimbras (posição confortável); 4- Não ter medo no momento em que
sentir o formigamento nas extremidades ou tonturas; 5- Manter a serenidade
durante a exteriorização, mesmo que esta se dê de forma horizontal (porque
pode ocorrer de várias formas); 6- Ao regressar, fazê-lo calmamente, para
não prejudicar a lembrança do ocorrido.


7- Qual a diferença entre bilocação e bicorporeidade?

Segundo Edgard Armond, são fenômenos da mesma natureza, pois o
Espírito exterioriza-se no local onde está e manifesta-se no local para onde
se locomoveu. A bilocação significa dois lugares de manifestação e
bicorporeidade significa dois corpos manifestando-se em lugares diferentes.
Na bilocação poderá haver relato de vidências, audiências pelos médiuns
desdobrados, e na bicorporeidade há materialização sempre no perispírito,
por isso dois corpos aparecem.

8- Dê exemplo de bilocação e bicorporeidade.

Bilocação - Apolônio de Tiana estando em Éfeso, falando em uma reunião,
calou-se repentinamente e logo em seguida passou a anunciar o assassinato
do Imperador, que nesse momento estava presenciando em Roma e no qual
intervinha gritando: morte ao Imperador! Bicorporeidade - Santo Antonio de
Pádua foi visto e ouvido em dois lugares diferentes, com o mesmo corpo (um
somático, onde ele estava pregando, o outro o perispiritual materializado,
defendendo o pai que iria ao suplício, acusado de uma morte, cujo autor foi
preso).

9- Dê exemplos de desdobramento no trabalho mediúnico e durante o sono.

No desdobramento considerado mediúnico existe a interferência e ajuda do
Plano Espiritual Superior, quando o trabalho é feito com responsabilidade.
Assim é que Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, temos o relato
sobre o médium Castro que recebe um capacete de antolhos para proteção e
é conduzido por dois Benfeitores até o local onde deveria se dirigir (o encontro
com o Oliveira, um recém desencarnado que pertencera ao grupo de trabalho
mediúnico). Durante o sono, temos na Revista Espírita 1858, pag. 343, o caso
de um rapaz que foi até Londres visitar seus parentes, enquanto dormia.
Pediu aos parentes que escrevessem sobre a visita, o que realmente aconteceu,
mostrando que ele foi visto e conversou com os familiares. Neste caso houve
bicorporeidade, ou seja seu perispírito foi visto pelos familiares.

10-O que é vidência à distância? Ela pode ser confundida com o
desdobramento?

Sabemos que a vidência à distância pode se dar pelo desdobramento ou pelo
tubo astral que o Plano Espiritual utiliza em alguns casos. Para o médium
bem educado, nas suas faculdades mediúnicas, não há confusão, porque ele
percebe de alguma forma se saiu do corpo físico ou se lhe foi mostrado através
desse recurso utilizado pelos Espíritos. Também pode ocorrer através da
clarividência.

11- Conhece algum relato sobre Agêneres?

Sim, através da Revista Espírita de fevereiro de 1859. Aconteceu em Paris.
Uma pobre mulher entra na Igreja de São Roque, muito aflita, necessitando


de emprego. Quando sai, encontra um moço que lhe diz ter um trabalho em
rua tal, número tal, senhora X. Ela procura pelo endereço e encontra. A
senhora diz realmente estar precisando de empregada, mas que não havia
dito isso a ninguém. A pobre mulher vê um retrato na parede e diz ter sido
aquele moço que lhe informou. O rapaz do retrato era o filho da senhora,
morto há três anos.

Exercício para Fixação do Aprendizado

Cartolinas coloridas que serão presas à lousa; desde a segunda fileira; no espaço
certo e cada aluno deverá ler no verso a história correspondente; primeira fileira
branca (já presa à lousa); segunda rosa: terceira amarela; quarta verde (com estórias
no verso). Assim:
Encarnados Desencarnados
Emancipação
da Alma (sono,
sonhos,
etc)
Bicorporeidade
Bilocação
Desdobramento
Mediúnico
Dom da Ubiquidade
Agêneres
Pode ser cons
ciente ou não.
Para fins educativos
ou não
Dois corpos
manifestando-
se em dois
lugares
Dois lugares
de manifestação
Consciente
com fins sublimados
Irradiam para
diversos lugares
Materializam-
se parecendo
encarnados
Rapaz que foi
para Londres
e pediu carta
Santo
Antônio de
Pádua
Apolônio de
Tiana em
Éfeso
Médium
Castro
Dr. Bezerra
de Menezes
Moço desencarnado,
do
retrato na
parede

Parte Prática

A primeira aula deverá ser feita bem devagar, de preferência pedindo
do Plano Espiritual que ajude os alunos que tiverem essa possibilidade
mediúnica, e não se afastando muito do local. Apuraremos as sensações e
procuraremos deixá-los descontraídos. A primeira vez sempre vamos somente
até a porta da sala, depois saindo para algum local da Casa, que sabemos não
muito distante, e com o tempo vamos trabalhando com o aluno em aulas em
que eles poderão ajudar os Benfeitores trazendo sofredores ao local ou
levando seus fluidos para necessitados.

Nas primeiras aulas também faremos um relaxamento maior com
paisagem, se for necessário. Para esta aula, que iremos à uma Colônia
Espiritual, procuramos fazer um relaxamento em que o aluno não confunda
as videncias.


Exemplo de Planejamento de Aula Prática

• Classe - Segundo Ano Mediúnico
• Nº de alunos - 70
• Nº de monitores - 14
• Tema: Desdobramento à Colonia Espiritual dos Colaboradores da classe.
• Tempo Total - 50 minutos
• Tempo dividido:
1ª Fase - 5 mim
2ª Fase -10 mim
3ª Fase - 10 mim
4ª Fase - Apuração -10 -Relato-10 - Consideração final -5
• Objetivos
Geral

Receber mensagens elucidativas e instrutivas de mentores à distância.

Específico

Dotar o aluno de flexibilidade para relatar em desdobramento o que vê, ouve e
conversa telepáticamente com o Benfeitor.
Conscientizar o médium que não desdobra a ajudar os colegas com doações
amorosas. Trabalho em equipe.


• Bibliografia - a mesma da Aula
• Material Didático
Cartaz ampliado do Livro Estudando a Mediunidade, de Martins Peralva, sobre
0 desdobramento.
1ª Fase - Resumo dos Esclarecimentos do Dirigente

1 - Em todo trabalho mediúnico é preciso haver amor, fé e confiança nos Benfeitores.

2- Cuidado para que os desdobramentos sejam sempre em grupos, que visam o
bem e são harmônicos.

3- Contar ligeiramente caso ainda não tenha sido feito, a história de Castro, do livro
Nos Domínios da Mediunidade.

4- O relaxamento e a responsabilidade são imprescindíveis.

5- Relatar sensações possíveis para os que ainda não desdobram.

6- Não vamos forçar e nem bloquear o desdobramento.



2ª Fase - Preparo do Ambiente

1- Preparo do médium para a concentração:
a- relaxamento físico
b- respiração
c- higienização mental


2 - Harmonização com os Colegas

3 - Limpeza do Ambiente

Procuremos sentir nossos músculos se relaxarem ao contato com uma chuva
fina e tépida que penetra em nosso corpo, não só aliviando as tensões, como
também nos energizando. Descontraídos, vamos respirando da forma mais
adequada para sentirmos os batimentos cardíacos menos acelerados, nos tornando
mais calmos, através da oxigenação melhorada em nosso organismo, (pausa)

No momento, queremos visitar a colônia dos queridos colaboradores da
classe e por isso vamos fazer o firme propósito de deixar nossa mente
despreocupada, não pensando em nós mesmos; é um momento feliz, de
descontração, onde a amizade entre os colegas, tanto deste Plano como do
Espiritual, se consolida em nome de Jesus.

Todos juntos sentimos os efeitos dessa harmonia pelo ensejo de estarmos
juntos no local que lhes serve de moradia. Isto nos emociona e ilumina todo o
ambiente, tornando-o agradável e higienizado.

Confiantes, pedimos que nos ajudem na trajetória do Trabalho, nos fortalecendo
com um passe espiritual, (pausa)

3ª Fase - Roteiro

a- Corrente de mãos - Plano Físico e Espiritual

b- Desdobramento com mensagem do mentor ou relato de vidência e audiência
no momento do trabalho.

c- Volta

d- Desconcentrar

e- Desfazer a corrente de mãos

Os grupos de médiuns unem-se através das mãos e o Plano Espiritual
também o faz para nos proteger.

Sentindo-nos seguros-e amparados, deixemos que nosso Espíritos se
exteriorizem com calma.

185


Sigamos todos juntos à Colónia Espiritual, observando os detalhes e relatando
em voz alta. (Os monitores anotando)

Aqueles, através dos quais os Instrutores querem transmitir seus pensamentos,
prestem atenção no que lhes for passado e transmitam agora as Instruções, (os
monitores anotando).

Voltemos calmamente, juntos, e devagar vamos nos ajustando ao corpo
físico, (pausa)

Podemos nos desconcentrar respirando profundamente, abrindo nossos
olhos e desfazendo a corrente de mãos.

Todos estão bem?

4- Fase - Verificação do Trabalho

a- Apuração pelos monitores
O que apurar:


1- Se desdobraram ou não
2- Sensações boas ou más
3- Vidências, Audiências, Telepatia (conversa pelo pensamento

com os Espíritos)

4- Doações, Sensações

5- Vidência local dos que não desdobraram

6- Anotações sobre informações não coerentes como: o médium
passa a mensagem e diz que não desdobrou (Verificar se ele
desdobrou mas perdeu a lembrança na volta)

b- Relato dos Monitores

c- Considerações
O dirigente, sem mostrar preocupação, deve prestar atenção se algum aluno não
está bem, ou porventura teve medo. Incentivá-lo à prática de uma virtude durante
a semana, pois isto os ajudará para o próximo trabalho.

Observação: O trabalho de observação dos monitores nesta aula é de
fundamental importância, para que façam um bom relato e o dirigente possa
avaliar as possibilidades dos alunos para encaminhá-los aos trabalhos
específicos.
Quando queremos analisar se o aluno realmente desdobra, convém pedir aos
mentores que não se utilizem do tubo astral para a vidência à distância.
Deixar os alunos cientes disso.


AULA 13

Desobsessão


Sumário

Espíritos Simpáticos, Familiares e Protetores

189
Conceito

190
Classificação das Obsessões
Manisfestação, Causa e Meios de Combatê-la

190
Obsessão Simples

190
Fascinação

191
Subjugação

192
Subjugação Moral

192
Subjugação Corporal

192
Mecanismos da Incorporação

194
Desdobramento na Obsessão

196
As Sensações do Médium após a Incorporação e a Limpeza dos Grupos

196
Captação de Fluídos pelas Mãos

197
Considerações sobre Doutrinação, Segundo Edgard Armond

197
Espíritos Sofredores

198
Espíritos Obsessores

198
Doutrinação Geral

199
Decálogo para Doutrinação - André Luiz

199
Observação Importante dos aos Doutrinadores e Médiuns

200
Perguntas para Verificação do Aprendizado

200
Perguntas para Fixação e Verificação das Tarefas de Casa

203
Exemplo de Planejamento de Aula Prática

206

Bibliografia

1- Allan Kardec. L.M., cap. XXIII
2- Allan Kardec, G.E., cap. XIV 45 a 48 e cap. XV 29 a 36
3- Allan Kardec, O.P., Da Obsessão e Possessão
4- Hermínio C. Miranda, Diversidade dos Carismas
5- Edgard Armond, Mediunidade, cap.29 e 30
6- André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, cap. XXIV
7- André Luiz, Missionários da Luz, cap. 16, 17 e 18
8- André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 7, 9, 19, 23 e 24


Desobsessão

Espíritos Simpáticos, Familiares e Protetores

Vivemos rodeados de Espíritos. Esses Espíritos ficam à nossa volta com
intenções diversas. (LE - 484 a 521)

Há os Espíritos simpáticos, que se sentem atraídos para o nosso lado por
afeições particulares e, ainda, por uma similitude de gostos e de sentimentos,
tanto para o bem como para o mal.

Há os Espíritos familiares, que se ligam a uma determinada família por
afeição (não querendo necessariamente dizer que tenham pertencido à
família consanguínea). Gostam das pessoas, querem ser úteis, mas têm
limitações porque, apesar de serem bons, são pouco adiantados e só atuam
por ordem ou permissão dos Espíritos protetores.

Também para cada criatura, Deus, justo e misericordioso, designa um
protetor ou anjo da guarda, que assume a missão de zelar por cada um de nós,
inspirando-nos sempre para o bem. Não interferem no nosso livre arbítrio.
Procuram nos ajudar sempre, porque amam realmente; são Espíritos elevados.
Continuam essa missão até mesmo depois do nosso desencarne.

Assim sendo, para que não nos esqueçamos, temos sempre alguém
pronto para nos ajudar, basta que nos lembremos, tenhamos fé, sintamos a
sua presença nos momentos difíceis de tentação, medo ou mesmo de desespero.

Ninguém está sozinho. Todas as criaturas podem contar com a ajuda do
protetor ou anjo da guarda.

Quando somos assediados por Espíritos simpáticos, porque estamos
ligados por uma sintonia vibratória a eles, precisamos de muita atenção e
lucidez para identificarmos se esses espíritos estão nos inspirando para o
bem, ou para o mal.

Essa lucidez só conseguimos se tivermos o hábito de orar, fazendo
ligações com o anjo da guarda, e, também, se constantemente fizermos uma
avaliação pessoal para sabermos seja estamos imunizados contra o orgulho,
a vaidade, a maledicência, os maus pensamentos.

Se aquilo que estivermos fazendo para o semelhante faria bem a nós
mesmos, certamente estaremos no caminho certo e poderemos contar com
toda a proteção do nosso anjo da guarda.


Conceito

A obsessão, por ser tema deliciado, ainda, principalmente para pessoas
que acreditam que os espíritos inferiores tudo podem e tudo fazem para nos
prejudicar, necessário se torna elucidar a respeito dessa proteção, que todos
podemos usufruir, eliminando a imperfeição moral.

Somente a imperfeição moral permitirá a associação de idéias entre o
obssessor e o obsediado, causando muitos prejuízos.

Aquele que compreender e colocar em prática o Evangelho de Jesus
certamente estará livre de sofrer as conseqüências da obsessão, porque será

o homem liberto verdadeiramente, sem medos, paixões ou inseguranças. É
o homem, espírito imortal, que aprendeu a perdoar e a querer bem a todos
como irmãos, desculpando mesmo aqueles que o prejudicam.
Muitas obsessões acontecem porque não seguimos os ensinamentos do
Mestre: "Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos
que vos perseguem e caluniam".

Jesus deu um grande exemplo quando, na cruz, pediu ao Pai para que
perdoasse seus algozes, porque não possuíam o entendimento e amor. "Pai,
perdoai-os, porque não sabem o que fazem".

Vejamos no Livro dos Médiuns qual a definição dada para obsessão: "É

o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca
é praticada senão por Espíritos inferiores, que procuram dominar".
Classificação das Obsessões
Manifestação, Causas e Meios de Combatê-las

A obsessão apresenta caracteres diversos, que resultam do grau do
domínio exercido e natureza dos efeitos que produz e o modo de combatê-las.
É classificada em:

Obsessão Simples

O médium sabe que está sendo enganado. (LM, 238)

Manifestação: O obsessor procura se impor, se imiscuir nos pensamentos,
nas comunicações mediúnicas. O obsidiado aqui tem condições de lucidez e
percebe que está sendo presa de um Espírito mentiroso.

O que caracteriza esse tipo de obsessão como sendo simples, é o fato de


que o obsessor pode ser um Espírito inimigo do passado e muito maléfico, mas
o obsidiado se mantém em guarda, não entra na perfeita sintonia do inimigo,
tem seu pensamento elevado e consegue, muitas vezes, sozinho, através das
suas boas atitudes e sentimentos, afastar o obsessor.

Em alguns casos, quando o encarnado ouve palestras evangélicas e
tenta sua reforma moral, o obsessor, não conseguindo penetrar em seus
pensamentos, desiste ou pelo menos não incomoda, causando malefícios.

Essa obsessão pode começar a manifestar-se com efeitos físicos, como
barulho, pancadas, etc, e comunicações não precisas.

Poderá vir a progredir para outras fases mais constrangedoras, caso se
entre em sintonia como obsessor.

Causa: Desde o mal pelo mal, até vingança do passado.
Meios de Combatê-la: "Orai e Vigiai" - Jesus. Paciência, prece, caridade,
a ação benéfica pelo pensamento elevado modifica a atmosfera fluídica sendo
um antídoto da obsessão.
Exemplo: Livro dos Médiuns (252) - Roupas rasgadas com gavetas
fechadas à chave. O obsessor conseguia o fenômeno porque as moças não
tinham caridade na língua, eram maledicentes e ele as odiava por que no
passado lhes tinha servido de burro de carga.

Nesta fase podemos nos proteger vigiando nossos defeitos e procurando
transformar nossas atitudes para o bem; teremos toda ajuda do nosso anjo
guardião uma vez que sempre o bem triunfa sobre o mal. O obsessor deixará
de incomodar porque lhe cansaremos a paciência (249). A prece é
imprescindível.

Fascinação

Ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do
médium, e que de certa maneira lhe paralisa o raciocínio. O médium
fascinado não acredita que o estejam enganando. O Espírito procura se
infiltrar nas suas fraquezas como: ciúme, desejo de poder, de posse.

O obsessor quer sempre o afastamento de pessoas que vêem claro. É um
doente que se compraz.

É vaidoso e orgulhoso. Acredita cegamente no Espírito enganador.

Manifestação: É progressiva, indo desde atitudes excêntricas, fanatismos,
doutrinas estranhas, teorias falsas, até o licantropia deformante.

Causa: Sintonia vibratória perfeita com o obsessor. O médium tem
defeitos morais, vaidade, orgulho; não perdoa.

Meios de Combatê-la: Muito difícil porque o obsidiado não ajuda; ele se
compraz, está cego e iludido.


Exemplo: A solução que Áulus relata no livro Nos Dominios da
Mediunidade, cap. 23, é o reencarne do obsessor como filho da obsidiada, e
diz: "Louvado seja Deus pela bênção do lar". Acrescentando mais às
observações de André Luiz, diz que os dois precisam de tratamento e amor,
porque hão há dor sem razão e toda obsessão tem alicerces na reciprocidade.
Acrescenta ainda um ensinamento de Jesus para o caso: "não basta arrancar

o joio. É preciso saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz
do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro". Temos neste mesmo
livro, cap. 19, um exemplo de dominação telepática entre encarnado quando
Libório é obsidiado pela amante, por estarem em perfeita sintonia vibratória.
Subjugação

A subjugação divide-se em moral e corporal. Nas duas o obsidiado age
sob verdadeiro jugo.

Subjugação Moral

O indivíduo é levado a tomar decisões freqüentemente absurdas e
comprometedoras, que iludido, considera sensatas.

Subjugação Corporal

O Espírito age sobre os órgãos materiais, provocando movimentos
involuntários, levando-o por vezes a praticar atos ridículos. (LM, cap. XXIII)

Kardec (LM, cap. XXIII, 241) usa o termo subjugação, no lugar de
possessão, por compreender que havia uma idéia errônea da possessão,
acreditando-se em demónios que se apoderavam do corpo de alguém. Isto os
Espíritos, na Codificação, deixaram bem claro que não há posse total e nem
demônios são criados por Deus.

O que acontece é que o Espírito que subjuga, penetra o perispírito do
subjugado que recebe, como que um envoltório, o corpo fluídico do obsessor,

o corpo material por esse meio é atingido em todo o seu ser. Em lugar de agir
exteriormente, o Espírito desencarnado substitui o Espírito encarnado, que
fica ao lado, como na emancipação da alma, mas nunca tomando posse, visto
que a união molecular do perispírito com o corpo só se dá na concepção.
Na Gênese, Kardec usa o termo possessão para designar psicofonia
inconciente, pois que o Espírito fala com sua voz e maneiras próprias,
alertando que essa psicofonia ou incorporação pode ser de um Espírito bom
ou mau. O termo psicofonia e incorporação foi usado por nós, dentro do texto,
para melhor compreensão. (GE, cap. XIV, 48)


No caso da subjugação ou possessão por um Espírito mau, o envolvimento
se dá no perispírito, e na obsessão simples e no começo da fascinação, o
envolvimento é mental, através do pensamento.

Manifestação: Na subjugação corporal manifesta-se através da loucura,
doenças deformantes e de uma espécie de epilepsia.
Causas: O subjugado não tem força moral e física para se desvencilhar,
falta a ele os fluidos necessários; está sob verdadeiro jugo.

Meios de combatê-la:

a) Esclarecimentos Evangélicos e Doutrinários para Ambos. O encarnado
ouve palestras evangélicas para poder modificar-se pelo entendimento e
amor.

O desencarnado, quando trazido às desobsessões nas casas espíritas,
ouve também algumas palavras de amor e piedade, que os monitores do
trabalho irão dispensar-lhe sem agredí-lo e nem falando muito. Ele será
encaminhado por Benfeitores que farão a doutrinação propriamente dita.
Com bondade, os Benfeitores procurarão convencê-lo a afastar-se do obsidiado,
sempre respeitando seu livre arbítrio. Aqui, a autoridade é muito mais moral
do que de palavras.

O Plano Espiritual Superior, segundo André Luiz, no livro Nos Domínios
da Mediunidade, cap. 7, se utiliza de um aparelho chamado Condensador
Ectoplásmico, que tem a propriedade de concentrar em si raios de força
projetados pelos componentes da reunião (o ectoplasma). Parece-se com uma
tela de um metro quadrado, que acionado em um dos seus ângulos, recebe
a massa fluídica branquicenta e vibrátil.

A entidade trazida para a reunião vê desenrolar-se nessa tela, como em
uma televisão, fatos do seu passado. Isto ajuda a comovê-lo e despertar-lhe
mais sensibilidade para que possa ser elucidado pelo monitor e
encaminhado depois pelos Benfeitores.

Daí a importância da conscientização do trabalhador.
Aquele que não é médium de incorporação pode ajudar muito, sustentando
com sentimentos de amor e preces.
Se o monitor que doutrinar a entidade estiver bem preparado receberá no
seu campo intuitivo as impressões do condensador ectoplásmico para o
melhor esclarecimento. (Ler também cap. XVII de "Missionários da Luz", de
André Luiz)

b) Como falta ao encarnado fluidos necessários ele precisa de passes como
complementação.
Os longos processos obsessivos causam fadiga e doenças diversas, pela
vampirização da entidade. (Ler Missionários da Luz de André Luiz, Cap. IV

- Vampirismo).
Exemplos: A mulher encurvada há 18 anos (Lucas, cap. XIII, v 10 à 17)
e Nos Domínios da Mediunidade de André Luiz, cap. 9, Pedro é levado por


sua mãe ao centro espírita porque sofre de ataque epilético; André Luiz
observa que durante a inconsciência do doente uma entidade parecia fundir-
se à Pedro provocando-lhe convulsões e transfiguração. O córtex cerebral
sofria o bombardeio de emissões magnéticas de natureza tóxica e Áulus
explica que se trata de um transe mediúnico de baixo teor.

Celina, médium encarnada bastante evoluída espiritualmente, faz prece
aconchegando o doente que através dos jatos de luz emitidos por Celina qual
substância anestesiante se solta do obsessor. Este é conduzido por socorristas
à um local de emergência, semi-adormecido pelo contato da luz intensa da
prece parecendo um choque anímico.

Áulus reforça o ensinamento dizendo que sem o amor verdadeiro que
perdoa os inimigos penetramos forçosamente no inferno que criamos para os
outros, pois no passado Pedro era médico que abusava da tarefa de curar,
seduziu a esposa do irmão e o prejudicou bastante e nesta encarnação; é este
irmão do passado que o obsidia por ódio e vingança. A mãe de Pedro é a esposa
seduzida do passado...

Nos Evangelhos encontramos muitos casos desse gênero, como "O possesso
de Cafarnaum" (GE, cap. XV - 31), quando Jesus explica que para essa cura
há necessidade de elevação moral e desprendimentos (naquela época: oração
e jejum).

Mecanismos da Incorporação

Kardec distingue o médium audiente dos médiuns falantes, chamando
a atenção para o fato de que o primeiro limita-se a repetir o que está ouvindo,
enquanto que o outro não tem necessidade disso, porque o Espírito vai
diretamente ao seu aparelho fonador, sem precisar falar-lhe ao ouvido. (LM

- cap. XIV, 166). Também explica Kardec que o médium falante (ou psicofônico)
geralmente se exprime sem ter consciência do que diz, isto é, ele não guarda
lembrança das comunicações.
Convém esclarecermos aqui que há muitas gradações da consciência ou
lembrança que alguns chamam passividade, termo que pode gerar confusões
por ter como definição: inércia, indiferença , inatividade.

Receber uma comunicação sem resistência e transmití-la fielmente,
sem reações emocionais, é dever do médium responsável. Não deve permitir
que faça do seu corpo o que quiser, deixar caridosamente que fale, porém
vigiá-lo, filtrando a comunicação.

Sabemos que para o atendimento às entidades sofredoras e obsessoras
usamos na Casa o termo incorporação.


Esse termo, por muitos considerado errôneo, uma vez que significa dar
forma corpórea, juntar num só corpo, dar unidade, introduzir ou juntar-se
pode dar a idéia que o Espírito comunicante entra no médium.

Segundo Kardec, a técnica do processo se promove pela mistura dos
fluidos perispirituais do manifestante com os do médium. Alude também à
uma interpenetração de fluidos.

André Luiz, em Missionários da Luz, compara o que se vê durante a
incorporação à enxertia da árvore frutífera, isto é, a planta estranha (o
Espírito) revela suas características e oferece seus frutos particulares, mas
a árvore enxertada (o médium) não perde sua personalidade e prossegue
operando em sua vitalidade própria.

Segundo pesquisas de Hermínio C. Miranda e observações nossas, a
incorporação se dá assim:

O Espírito aproxima-se do médium e suas auras se unem.O Espírito
passa a comandar os centros nervosos do corpo do médium, controle este
exercido através do cérebro físico, via perispírito, já que a entidade não pode
comandar diretamente um corpo que não é seu.

O médium cede o controle parcial do seu corpo à entidade, que através
do seu perispírito assume tais controles, enquanto o perispírito do médium
se coloca ao lado, à curta distância.

Para os clarividentes a impressão é de que o corpo do médium desaparece
dentro dos fluidos da entidade.

O processo é o mesmo que para a psicofonia, isto é, incorporação de
mentores. A diferença está na sensação que o médium experimenta, a
começar pela vibração, detectando a presença de entidade sofredora ou
obsessora. Ao contrário do mentor, onde há suavidade com leve sensação de
balanço e expansão, na incorporação, logo que suas auras entram em
contato, parece haver um forte choque como se tivesse tocado um fio elétrico
desencapado. Este choque às vezes retira o perispírito bruscamente do corpo,
e uma vez fora dele sente dificuldades na garganta como se alguém ali
estivesse mexendo. Para os médiuns não acostumados ocorre confusão, pois
que se vê ali, e seu corpo gesticulando, parece dominado. Porém, quando não
tem medo e se acostuma, percebe que é dono de seus próprios pensamentos
e do seu corpo, no caso de precisar interferir.


Desdobramento na Desobsessão

Acontece quando a entidade a ser doutrinada não se encontra no recinto
do trabalho.

A ligação perispírita é feita à distância, e a comunicação é transmitida
pelo corpo físico através do cordão fluídico para que a entidade receba
esclarecimento e tratamento magnético. Geralmente são entidades difíceis
de serem trazidas, porque não aceitam deixar os lugares, geralmente
sinistros, que habitam. Hermínio Miranda, em Diversidade dos Carismas,
conta o desdobramento de Regina para doutrinar uma entidade numa
comunidade de bruxos, à distância. Depois a entidade concordou em vir à
sala de trabalho para ser esclarecida e encaminhada. É um trabalho que
requer muita reforma moral, e nunca deve ser feito sem o auxílio do Plano
Espiritual Superior.

As Sensações do Médium Após a Incorporação
e a Limpeza dos Grupos

Muitas vezes o choque sentido na incorporação também é sentido no
desligamento. A intensidade vai depender do Espírito que se comunica e da
flexibilidade mediúnica atingida.

Pode haver sensação de vazio no cérebro, quando a entidade desperta
em desespero e sai para ser socorrida.

Certas entidades, com suas fixações mentais, deixam às vezes alguns
vestígios no médium, que tem a impressão de estar ainda incorporado, vendo
cenas de intensa dramaticidade.

Outras entidades ameaçam não ir embora, ou mesmo não querem
incorporar, e o médium parece sentir-se exausto.

As dores dos necessitados são às vezes tão profundas que o médium tem
a sensação de as estar sentindo mesmo depois da incorporação.

A corrente magnética, onde os médiuns unem-se através das auras e
das mãos, é de grande valia para estes casos. Representa, como diz Edgard
Armond, sempre segurança nos trabalhos.

Os dirigentes pedem ao Plano Espiritual uma limpeza fluídica, que
sabemos, os Benfeitores atentos ao trabalho jamais deixarão de fazê-lo, com
passes de dispersão dos fluidos deletérios.


Porém, o médium aluno, que precisa tirar certas sugestões ou sensações
deixados pelo espírito, se reconforta ao ter a certeza do tratamento.

Pedimos também projeções luminosas ao gástrico dos médiuns, pois
sabemos que este centro de força mais facilmente é impregnado pelos fluidos
das entidades em sofrimento.

Caso depois dessa prática os médiuns se queixem de mal estar,
calmamente pedimos que no final da aula, se ainda não tiver passado a
sensação desconfortável, procure e o dirigente fará uma prece juntamente
com ele e o monitor. Durante a prece, o aluno se desligará dos quadros
retidos, e também os benfeitores, através da prece, utilizarão dos nossos
fluidos para recompor o médium. É preciso acreditar no valor da prece.

Importante é que o aluno sinta segurança no trabalho. O carinho e a
paciência são indispensáveis ao trabalho Evangélico. Caso o dirigente
relegue à segundo plano essas atitudes cristãs, muito mal poderá fazer
àqueles que precisam de apoio para o desenvolvimento mediúnico.

Captação de Fluidos pelas Mãos

Após o trabalho, e depois de desconcentrados, levantamos nossos
braços para a captação de fluidos. Embora esta prática seja questionada por
muitos, pois os fluidos circulam primeiro na cabeça dos médiuns para
escorrer pelas mãos, nós a usamos entre outras opiniões, baseadas em
Emmanuel, em O Consolador: "O passe poderá obedecer à fórmula que
forneça maior porcentagem de confiança, não só a quem dá, como a quem
recebe".

Também no sentido de uma rogativa ao Pai que nos ajude simbolizando
a mão por antenas, através da ação da vontade.

Considerações sobre Doutrinação, Segundo
Edgard Armond

As doutrinações visam esclarecer espíritos desencarnados orientándoos
no sentido do despertamento espiritual e subseqüente equilíbrio. A
doutrinação tem inúmeros aspectos no esclarecimento, não somente dos
espíritos denominados sofredores, mas também espíritos ignorantes que
permanecem em esferas de embrutecimento, espíritos maldosos que se


devotam ao mal conscientemente, espíritos intelectualmente desenvolvidos,
mas que ainda não penetraram no caminho da redenção espiritual.

Não nos esqueçamos que a Doutrina Espírita é o Consolador Prometido,
e como tal, o caráter evangélico é imprescindível.

A doutrinação não pode ser imposta a poder de argumentos; os pontos
de vista e os desejos dos espíritos devem ser respeitados, porque o livre
arbítrio é sagrado. O espírito que recusa ou despreza a doutrinação não deve
ser forçado a ouví-la ou ameaçado de represálias, e sim convidado a voltar
noutra ocasião sem discussões intermináveis. O monitor deve jogar a sua
semente e esperar que ela germine no coração do visitante empedernido.

Espíritos Sofredores

a) Espíritos portadores de moléstias: dizer-lhes que são simples reflexos
perispirituais de perturbações do corpo físico e que para eliminá-las é
necessário tirá-las de sua mente pela vontade, uso da prece para readquirir
suas forças e se disponha a qualquer trabalho construtivo a bem do próximo.

b) Espíritos inconscientes em período de readaptação ao novo meio, o
recurso são as preces e correntes de vibrações fluídicas, com as quais o
sofredor em contato direto, já basta para o despertamento.

c) Espíritos com perturbações psíquicas (tristeza, desânimo, manias,
fobias, etc.) devem ser instruídos sobre o valor das atividades construtivas.

Espíritos Obsessores

Os espíritos obsessores podem ser divididos em:

a) Espíritos livres habitantes das trevas, que por efeito de saturação do
mal já estão se desligando de suas atividades e tentando se libertar, porque
senão não conseguiriam se aproximar de um trabalho bem guardado -a
doutrinação deve versar sobre arrependimento, sentimentos de fé, humildade,
perdão.

b) Espíritos intelectualizados, que geralmente são avessos ao Evangelho,
convém ao monitor referir-se à transformação moral mostrando que somente
o desenvolvimento do intelecto não resolve o problema da felicidade, que o
orgulho e a impiedade é escravidão. As vibrações amorosas emitidas pela
corrente calarão fundo no seu coração, pouco afeito a sentimentos de tal
natureza.

Em resumo, a doutrinação desperta os que dormem, esclarece os
ignorantes e maldosos, estimula os fracos e abatidos e conforta a todos nos


seus sofrimentos e nas suas provações. Em todos os casos deve haver clareza,
simplicidade e concisão nas elucidações, porque não são as preleções extensas,
os floreios de linguagem que resolvem as dificuldades, mas sim as irradiações
de amor emitidas pelos participantes do trabalho que agem profundamente
no perispírito dos sofredores ou obsessores.

Doutrinação Geral

É necessária porque inúmeros sofredores presentes não conseguem a
oportunidade da incorporação, mas a eles distribuiremos os benefícios do
esclarecimento evangélico, ao mesmo tempo que através das doações fluídicas
dos encarnados as entidades sejam atendidas nas suas necessidades. É um
trabalho de extrema caridade e desprendimento.

Decálogo para Doutrinação - André Luiz

Colocaremos aqui o Decálogo para Doutrinadores, deixado por André
Luiz, no livro Expansão:

1- Antes de tudo, eleve seu pensamento, buscando amparo dos mentores
espirituais da reunião.

2- Ouça o comunicante, procurando sentir-lhe os problemas íntimos.
3- Fale com bondade. O conhecimento é necessário, mas só o amor possui
vibrações re vitalizantes.

4- Seja conciso no esclarecimento. Não é a quantidade de palavras que
determina a eficiência do atendimento, e sim, a clareza das idéias.

5- Evite qualquer interrogatório ou comentário que possa ferir a
susceptibilidade do visitante. Aja com absoluto respeito às dificuldades do
interlocutor.

6- Fuja à imagens que venham traumatizar a criatura sedenta de
libertação.

7- Comporte-se com humildade e paciência. A arrogância, nesse delicado
serviço, pode provocar lamentáveis conseqüências.

8-O diálogo com Espíritos problemáticos deve ser um ato de amor, com
moderação e disciplina.

9- Sabendo-se que o recinto mediúnico guarda características hospitalares,
cultive a harmonia, compreendendo a ligação natural entre Espírito, médium
e ambiente.

10 - O melhor remédio para consciência atormentadas é a prece, com o
trabalho de reabilitação no bem.


Observação Importante aos Doutrinadores e Médiuns

Todos deverão vir para a aula (trabalho) preparados espiritualmente,
tendo estudado o Evangelho da noite, e fisicamente, sendo comedidos na
alimentação, evitando todos os excessos que possam prejudicar a harmonia
do psiquismo. O dirigente sempre dirá à classe que estamos trabalhando, e
não treinando a mediunidade, dando assim a real noção de responsabilidade
aos médiuns.

Nota: Este trabalho pode ser feito à distância (com papéis onde há os nomes
escritos, endereço e idade); pode ser feito com o assistido no centro do círculo,
bem como pode ser deixado a cargo do Plano Espiritual trazer as entidades
obsessoras.

Perguntas para Verificação do Aprendizado

1- Qual a definição para obsessão? E quais os caracteres diversos que
apresenta?

Domínio que alguns espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Sempre
praticada por Espíritos Inferiores, que procuram dominar. A obsessão
apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir e que resultem do
grau de constrangimento e da natureza dos efeitos que produz. Portanto, o
fenômeno apresenta-se de variadas formas como: obsessão simples, fascinação
e subjugação, que pode ser moral e corporal. (LM, cap. XXIII - 237).

2- Do que decorre a obsessão?

a) A obsessão é quase sempre decorrente de uma imperfeição moral, que
permite a associação de idéias entre o obsessor e o obsediado, em conseqüência
da Lei de Causa e Efeito. (Sintonia Vibratória). André Luiz - Mecanismos da
Mediunidade. b) Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade. (André Luiz

- Nos Domínios da Mediunidade). c) "Não basta arrancar o joio, é preciso
saber até que ponto sua raiz se entrelaça a do trigo" - Jesus) "Amai os vossos
inimigos" - Jesus e, "O ascendente moral que o homem pode exercer sobre
o Espírito está na razão da sua superioridade" - Kardec.
3- O que é obsessão simples, como se manifesta, suas causas e modo de
combatê-la?

Obsessão simples é quando o espírito malfazejo se imiscui em suas
comunicações, apresenta-se no lugar de outros e procura perturbar o
médium. Na obsessão simples o médium sabe que está sendo enganado. LM,

238. Manifestação - Efeitos físicos (barulho, etc), comunicações não precisas;

idéias estranhas; falta de vontade de trabalhar espiritualmente, etc. Causas

- Desde o mal pelo mal, até vingança do passado. Remédio - "Orai e Vigiai"Jesus.
Paciência para cansar o obsessor. LM - 249. Caridade que cobre a
multidão dos pecados; prece (modificar a sintonia).
4-O que é fascinação, como se manifesta, quais as causas e meios de combatê-
la?

A fascinação tem conseqüência mais graves. Aqui o médium está
completamente iludido. A ação maléfica lhe paralisa o raciocínio. Não
acredita que o estejam enganando. O obsessor procura afastar do obsediado
as pessoas que vêem claro para exercer completo domínio. Manifestação progressiva,
indo desde psicografias do obsessor, fanatismo (doutrinas
estranhas, teorias falsas), atitudes excêntricas até alicantropia deformante.
(Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz - 23). Causa - Boas sintonias
vibratórias entre ambos. O médium é orgulhoso e vaidoso. Remédio - Difícil
porque o obsediado não ajuda; se compraz. Está cego e iludido. (No livro
acima citado uma solução: o obsediado reencarna como filho da obsediada.
"Louvado seja Deus pela bênção do lar". Aulus)

5- O que é subjugação, como se manifesta e quais os meios de combatê-la?

A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre
e o faz agir a seu mau grado. O paciente fica sob verdadeiro jugo. A
subjugação pode ser moral e corporal. Moral - Manifesta-se como na fascinação
por atitudes comprometedoras. Corporal - atua sobre o corpo físico provocando
movimentos involuntários, loucuras, epilepsia, doenças deformantes.
Kardec, no LM, faz ressalvas ao termo possessão - por não haver criaturas
que possam definidamente apoderar-se de outro corpo e nem somente e
eternamente voltados ao mal. A Gênese nos faz entender que no caso de
haver incorporação constante pode ser chamada de possessão, porque a
entidade fala com o aparelho vocal do obsediado. Meios de Combatê-la Necessita
de ajuda de terceiros; um bom magnetizador; falta ao obsediado
fluidos salutares; afastamento da entidade. Ex.: Nos Domínios da
Mediunidade - André Luiz, 9 - Possessão (Epilepsia).

6- Pode haver obsessão entre encarnados?

Sim, e um fato desse gênero nos é relatado no livro Nos Domínios da
Mediunidade de André Luiz, 19 (Dominação Telepática). O marido Jovino da
médium Anésia sob forte dominação telepática de uma mulher encarnada,
por uma questão de sintonia, tornou-se amante desta. André Luiz vê a
imagem da mulher que aparece frente os olhos de Jovino e este como um
autômato sai de casa ao encontro dela. Todas as vezes que André Luiz via a
figura projetada a esposa sentia-se mal. Mas aí o único remédio é o perdão
para imunizar-se da ação maléfica.


7- Uma pessoa encarnada pode obsediar um desencarnado?

Sim, no cap. 7 - Socorro Espiritual, no Livro Nos Domínios da Mediunidade,
André Luiz relata o caso de Sara, que durante o sono vai ao Hospital de
Emergência onde está Libório, o Espírito que ela persegue. Libório morreu
de excessos cometidos após ter roubado o dinheiro de sua mãe enferma. Esta,
já na espiritualidade e mais avançada, pede ajuda a equipe de André Luiz
e é atendida. Neste caso para doutrinação usam o condensador ectoplásmico,
onde Libório vê todo o desenrolar da trama que o fez desencarnar precocemente
como suicida.

8- Como Aulus descreve o condensador ectoplásmico para os trabalhos de
doutrinação1?

O condensador ectoplásmico condensa em si os raios de força projetados
pelos componentes da reunião, reproduzindo as imagens que fluem do
pensamento da entidade comunicante (o doutrinador pode receber a imagem
no campo intuitivo). O Espírito assistido contempla os reflexos da nubíssima
com dispositivos especiais medindo um metro quadrado aproximadamente.
Há necessidade de médiuns de doação. (Nota: Também é citado no livro
Missionários da Luz - 17 - Doutrinação).

9- Há possibilidade de educar a mediunidade de um encarnado quando este
apresenta um quadro de histeria?

Sim, desde que o histérico deseje ardentemente mudar, renovar-se
mentalmente para não sintonizar-se com entidades maléficas. Para tanto
precisa de disciplina, preces, renúncias e perdão. Caso relatado Nos Domínios
da Mediunidade - 24 - Luta Expiratória.

10- Como Alexandre explica à André Luiz a cadeia magnética nos trabalhos
de doutrinação, no livro Missionários da Luz, capítulo 17?

Quando André Luiz penetra no recinto dos trabalhos de doutrinação,
observa que muitos servidores mantinham-se de mãos dadas formando
extensa corrente protetora. Alexandre explica tratar-se da cadeia magnética
necessária à eficiência de nossa tarefa de doutrinação. Sem essa rede de
forças positivas que opera a vigilância indispensável, não teríamos elementos
para conter as entidades perversa e recalcitrantes.

11- Cite alguns casos de possessor que Jesus libertou.

1- Possesso de Cafarnaum - Na Sinagoga entra um homem dizendo: "Que
temos contigo Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Bem sei quem és:
és o Santo de Deus". Mas Jesus falando-lhe em tom de ameaça disse-lhe:
"Cala-te e sai deste homem". Então o Espírito imundo, com violentas
convulsões e dando um grito, saiu dele. (Marcos, cap. I - v 21 a 27).
A imensa superioridade de Cristo dava-lhe uma tal autoridade sobre os
Espíritos imperfeitos, então chamados demônios, que bastava-lhe ordenar


que se retirasse. (Gêneses, cap. XV-33).
2- Quando chegou a um lugar os discípulos e escribas discutiam, um homem,
tomando a palavra, disse: "Mestre, trouxe-vos meu filho que está possuído
de um espírito mudo; e onde quer que se aposse dele joga-o no chão, e o
menino espuma, range os dentes e vai-se secando. Roguei a vossos discípulos
que o expulsassem, mas não conseguiram". Jesus disse ao pai, "Se podes crer,
tudo é possível àquele que crê". E o pai disse em lágrimas: "Eu creio Senhor!
"Jesus ameaçou o espírito, dizendo-lhe: "Espírito surdo e mudo, Eu te
ordeno! Sai deste menino e não entra mais nele". E o Espírito dando um grito
e agitando-o em convulsões, saiu (Marcos IX, 14 a 18).


12-Porque a libertação dos possessos, figura como curas praticadas por
Jesus?

Nos casos de obsessão grave, o obsediado fica como que envolvido e impregnado
de um fluido pernicioso que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os
repele. É desse fluido que é preciso desembaraçá-lo. Por uma ação idêntica
à do médium curador nos casos de doença, é preciso expulsar o mau fluido
por meio de um fluido melhor, após ter sido afastada a entidade obsessora.
Esta é a ação mecânica, mas necessário se faz agir nos dois seres tanto
encarnado como desencarnado para que renunciem aos seus propósitos
maléficos. Aí, somente com renúncia, caridade e perdão. (GE XIV - 46).

Perguntas para Fixação e Verificação da
Tarefa de Casa

1- (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 6,7 e 14) Com a história de Libório
e Sara, podemos explicar que o médium de doação tem fundamental
importância nos trabalhos aos necessitados; que a paixão não é o verdadeiro
amor; e, que há necessidade de instruir-se na Doutrina Espírita. Detalhe.

a- O médium de doação tem muita importância porque seu ectoplasma é
utilizado para materializações de entidades ou, como no caso, para ser
utilizado no condensador ectoplásmico onde aparecem cenas ocorridas com

o assistido, b- Se Libório amasse realmente, não vampirizaria Sara. Seu
desejo era de posse, paixão e prazer, c- Instruir-se para sofrer menos, e
também não fazer sofrer como nessa obsessão recíproca, verdadeira
fascinação.
2- (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 9 - Possessão) Explique porque Áulus
diz a André Luiz: "Penetramos no inferno que criamos para os outros" e "As
sementes da luz jamais se perdem".


a- Pedro, o obsediado, no passado levou seu irmão consanguíneo à loucura
e à morte, seduziu sua esposa e hoje é obsidiado por ele; são laços de ódio
criados por Pedro que nessa encarnação apresenta-se como epilepsia
(possessão), subjugação corporal, b- Sempre a palavra da verdade ficará
como um eco para o momento da conscientização das criaturas envolvidas na
obsessão. Quando um dos componentes resolve libertar-se pelo perdão, ele
começará a receber com clareza os ensinamentos.

3- (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 19 -Dominação Telepática) Existe
obsessão entre encarnados?

Sim, através da telepatia; força mental da mulher que deseja obsidiar
(dominar) o marido de Anésia, o qual se compraz e deixa-se arrastar pelas
imagens criadas por ela.

4- (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 23 -Fascinação) Explique o obsessor
que se liga à paciente por mais de um milênio.

Para vermos como o processo da obsessão pode ser duradouro e envolver um
império de entidades. O obsessor e a paciente conheciam o dialeto da velha
Toscana, senão ela não falaria naquela língua (xenoglossia). São laços de
ódio que poderão ser amenizados com a encarnação do obsessor como filho
da obsidiada. "Louvado seja Deus pela glória do lar" - Áulus.

5- Muitos pensam que somente retirando o obsessor, o paciente fica curado.
Isto é verdade?

Não, porque na obsessão as mentes estão muito ligadas. E na maioria das
vezes, quando o paciente não tem vontade firme de renovar-se, ele sente um
vazio, ansiedade, falta da enfermidade, por comodismo, no caso de Sara com
Libório, que depois de ter sido levado à um posto de socorro, ela durante o
sono ia vê-lo, reclamando sua presença. Também vemos casos de histeria
como expiação, caso de Américo. (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 24)

6- (Missionários da Luz, André Luiz, cap. Obsessão) O que podemos extrair
deste capítulo?

1- Que as reuniões para atendimento dos sofredores devem ter dias e horas
determinados. 2- Que o ambiente deve ser homogêneo. 3- Que o paciente
perturbado representa uma legião de doentes invisíveis ao olhar humano .
4- Que são almas que chegaram de muito longe, extremamente ligadas. 5Que
da maioria dos pacientes, só vai se curar aquele que tiver auto-domínio.
6 - Os Benfeitores ajudam os dois Planos. 7- O doutrinador encarnado pode
ter as palavras carregadas de magnetismo positivo - o contágio do exemplo.
8- Não desanimar com dificuldades. 9- Cadeia magnética só se desfaz depois
do trabalho.


7- Na subjugação há necessidade da intervenção de terceiros?
Sim, porque esse tipo de obsessão tira a energia necessária de outras pessoas
que atuem pelo magnetismo e pelo ascendente moral. É muito difícil esse
doente comparecer às doutrinações porque machuca-se com freqüência,
dorme na hora do trabalho espiritual e muitas vezes são tidos como loucos
e não podem se locomover à qualquer lugar.


8- Quando nos deparamos com casos de epilepsia ou licantropia o que
devemos fazer?

À exemplo de Celina, médium educada e evoluída, no momento da crise, fez
uma prece para os dois irmãos: tanto Pedro como o obsessor, para que se
acalmassem. O valor da prece é muito grande. Depois, naturalmente o Plano
Espiritual poderia agir como necessário e ela, se preciso fosse, receberia o
obsessor pela incorporação.

9-O que mais devemos ter em mente no momento da elucidação das
entidades, também chamada doutrinação?

Que nós, nossos parentes ou amigos poderiam ser aquele sofredor ou
obsessor. Por isso Jesus ensinou: "Amai o próximo como a ti mesmo".

10- Qual o ensinamento mais importante de Jesus, para que ficássemos livres
das obsessões?

"Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que nos odeiam e orai pelos que vos
perseguem e caluniam", (Mateus, cap. 5, v. 20 e 11 - 43 a 47 e ESE, cap. XII)


Exemplo de Planejamento de Aula Prática

• Classe - Segundo Ano Mediúnico
• Nº de alunos - 80
• Nº de monitores - 16
• Tema - Desobsessão
• Tempo Total - 50 min.
• Tempo dividido:
1ª Fase - 5 min.
2ª Fase - 5 min.
3ª Fase - 15 min.
4ª Fase - 10 min. Apuração
10 min. - Relato
5 min. - Considerações

• Objetivos
Geral

A caridade mais desinteressada

Específico

1) dotar o médium de segurança para que tenha maior consciência nas incorporações,
e com isto ajudar com mais precisão as entidades e colaborar com o Plano
Espiritual.
2) verificar os que têm tarefa nesse tipo de trabalho, também através do
Desdobramento.

• Bibliografia - (a mesma da aula)
• Material Didático
Quadro de giz ou cartazes elucidativos sobre Incorporação. Ex.: figura ampliada do
livro Estudando a Mediunidade de Martins Peralva.
1ª Fase- Esclarecimento do Dirigente sobre o Trabalho

1- Salientar o valor da caridade praticada nas Incorporações

2- O médium não é menor quando recebe o obsessor, pois Chico Xavier o faz.

3- Sensações - (tirar o medo) - O mecanismo

4- O valor da prece

5- A disciplina

6- O sigilo


2ª Fase-Preparo do Ambiente

Fechemos nossos olhos para que melhor nos concentremos para este
trabalho de caridade.
Recordemos a cena em que Jesus é abordado por um doutor da Lei que
pergunta ele:

- Mestre que devo fazer para possuir a vida eterna?
E Jesus responde:
- Amar a Deus e ao próximo como a ti mesmo.
O doutor da Lei insiste:
- Mas quem é o meu próximo?
E Jesus contando paciente a parábola do bom samaritano, mostra que o
próximo são todos indistintamente, de credo, de raças, de posições sociais,
pois o bom samaritano socorreu um homem estendido no chão, sem perguntar
quem era.
A caridade deve ser assim, desinteressada, praticada à todos, para que
possamos ser felizes na vida eterna.
Pensando na mansidão de Jesus ao ensinar pacientemente o doutor da
Lei, seu inimigo, nos sentimos profundamente seguros e tranqüilos porque
acreditamos em suas palavras e na sua proteção àqueles que praticam os seus
ensinamentos.
Respiremos profundamente, e sintamos que ao elevarmos o pensamento
à Jesus, na sua bondade, unimos nossas auras à todos os companheiros.
Sentimos uma harmonia maior quando luzes projetadas pelos benfeitores
inundam o recinto, higienizando-o.
Um passe, neste momento dará ao nosso corpo e espírito melhores
condições de trabalho. Sintamos o passe dos mentores.

3*ªFase - Trabalho do Dia -Desobsessão

a) Corrente de mãos - Plano Físico e Espiritual
b) Doutrinação das entidades que incorporam
c) Doutrinação geral
d) Limpeza nos grupos
e) Desconcentrar
f) Captação de fluidos

Façamos a corrente de mãos; o Plano Espiritual também a faz em volta
dos grupos protegendo mais ainda os trabalhadores.


Os mentores colocam as entidades próximas aos médiuns e estes sentem o
envolvimento, o toque nas auras e permitem que estas entidades se pronunciem
através deles. Os que não sentirem o envolvimento elevam o pensamento em prece
doando seus fluidos para os benfeitores para o que necessitarem, seja diretamente
atuando nas entidades, como para a formação do condensador ectoplásmico.
Aqueles que se sentem preparados se forem solicitados ao desdobramento,
confiem plenamente. Todos tem oportunidade de ajudar. Os médiuns poderão dar
a comunicação, dois de cada vez (caso tenhamos dois monitores em cada grupo),
para que as entidades sejam evangélicamente elucidadas pelos monitores, (pausa)

Doutrinação Geral

Caros irmãos,

Começamos o trabalho de hoje com a pergunta sobre vida eterna, feita por
um inimigo de Jesus.

Ora, todos aqui sentem-se vivos, pois ainda sofrem, sentem dores, sentimentos
de vingança e muita infelicidade.

A vida eterna existe, mas Jesus deixou claro, havia necessidade de amar o
próximo, seja ele mesmo um inimigo.

Porque a verdadeira vida é a paz e a tranqüilidade daqueles que se libertam
de sentimentos de ódio, compreendendo que o perdão é bálsamo que nos liberta
das dores e sofrimentos.

Vivamos de verdade, perdoando nossos inimigos para conseguirmos a
felicidade, compreendendo a todos como irmãos do mesmo Pai.

Confiemos nesses Caravaneiros do Bem em nome de Jesus e sigamos com
eles para lugar seguro e pacífico.

Graças a Deus.

Limpeza dos Grupos

Pedimos agora aos benfeitores que apliquem passes de dispersão dos
fluidos deletérios nos médiuns necessitados. Também uma projeção de luz intensa
no gástrico de todos, limpando todos os grupos que se formaram para esse
atendimento.

Desconcentrar

Podemos desconcentrar, desfazendo a corrente de mãos, abrindo nossos
olhos e respirando profundamente.


Captação de Fluido

Agora, todos juntos, levantamos nossos braços para a captação de fluidos .
(pausa).
Todos bem?
Graças a Deus.


4ª Fase- Apuração dos Resultados

a) Apuração dos monitores (vidência, audiência, incorporação ou desdobramento)
b) Relato dos monitores
Relatar caso exista alguma sensação que ainda persista. As que foram sentidas

somente durante a incorporação, não há necessidade. Relatar também vidências
dos desdobramentos, caso haja ocorrido.
c) Considerações finais do dirigente

Elogiar o trabalho sempre, pelo esforço dos médiuns. Atender com uma prece

o aluno que porventura ainda sinta sensações desconfortáveis, deixadas na mente
pelos espíritos sofredores. A prece modifica as sensações, e os benfeitores
certamente estarão ajudando. O dirigente, antes de tudo, deve ser possuidor de fé
inabalável, e conduta evangélica.

N.A.: Nesta epístola, Pedro exorta os cristãos a amarem-se mutuamente, e não se
excederem na luxúria e idolatria, concluindo que a "caridade encobre a multidão dos
pecados". Nós espíritas, sabemos que a caridade e o perdão verdadeiro acabam
com as obsessões de ambos os lados.


AULA 14


Psicometria


Sumário

O Que é Psicometria

213
Estudos

213
Como se Dá a "Imantação do Objeto"

214
Afinidade Eletiva

215
Mecanismos da Psicometria

215
Casos Relatados

216

Io

Caso- O Pedaço de Carvão Extraído da Mina Inundada

217
21° Caso - Uma Caneta de um Filho Falecido

219
24° Caso - A Falecida Encontrava-se no Sono que Sucede ao Transpasse.. 220
26° Caso - O Desaparecimento Dramático de Dois Jovens

220
16° Caso - Psicometria Premonitória

223
Caso Relatado por André Luiz

225
Caso Relatado no Novo Testamento

226
Perguntas para Verificação do Aprendizado

226
Exemplo de Planejamento de Aula Prática

229

Bibliografia

1- Ernesto Bozzano, Enigmas da Psicometria
2- André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, cap. XX
3- André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 26
4- Martins Peralva, Estudando a Mediunidade, cap. XXXIX


Psicometria

O Que é Psicometria?

A palavra psicometria (psico + metria) significa medida da atividade
intelectual. Mas pelo seu uso ficou sendo como conceito: a faculdade que
possuem certos sensitivos de, ao contato direto ou à presença de um
determinado objeto, apreender psiquicamente a história da peça em si, como
matéria, ou a história do seu possuidor ou de pessoas que estiverem
relacionadas com esse objeto, reconstituindo os respectivos ambientes, os
fatos, pensamentos e sensações por ela vivenciados no passado e no presente,
e muitas vezes pronunciando acontecimentos futuros que lhes dizem respeito.
Psicômetra é o nome dado ao sensitivo que detém essa faculdade.

Segundo Bozzano é uma das modalidades da clarividência.

André Luiz a conceitua como a faculdade de ler impressões e recordações
ao contato de objetos comuns.

Estudos

Os primeiros estudos de que se tem notícia datam de 1889 com o Manua 1
of Psychometry, que foi publicado em Boston, pelo professor em medicina
Rhodes Buchanan. Outro clássico sobre o assunto é The Soul of Things (A
Alma das Coisas), publicado em 1863 pelo Dr. Dentón, professor de Geologia,
também em Boston, Estados Unidos.

Deixam estes pesquisadores a certeza de que a psicometria é um fato
inquestionável.

Ernesto Bozzano, em Enigmas da Psicometria, coloca a faculdade entre
os fenômenos da telestesia, que na definição de Frederic Myers é a percepção
à distância, implicando uma visualização direta de coisas ou condições,
independentemente de qualquer veículo sensorial conhecido e em
circunstâncias que excluem a presunção de serem as noções adquiridas
originárias de mentalidade estranha à do percipiente. Charles Richet,
conceitua como: "Conhecimento que tem o indivíduo de qualquer fenômeno


não perceptível nem cognoscível pelos sentidos normais, e estranhos à toda
e qualquer transmissão mental consciente ou inconsciente".

Porém, a psicometria, embora venha sendo considerada uma das
modalidades de telestesia, o próprio professor Bozzano, um dos mais
eminentes estudiosos da matéria que descreve em sua obra casos estudados
desde 1903, afirma: "Pois que a psicometria não passa de uma das modalidades
da clarividência, a esta pertencem também os seus enigmas".

Através da Codificação, aprendemos que os fluidos servem de veículos
à todas as manifestações.

Quem explica mediunicamente a psicometria é André Luiz, através de
Francisco Cândido Xavier, nos livros: Nos Domínios da Mediunidade e
Mecanismos da Mediunidade: "Expondo algumas anotações em torno da
p)SÍcometria, consideradas nos círculos mediúnicos por faculdade de perceber

o lado oculto do ambiente e de ler impressões e lembranças, ao contato de
objetos e documentos, nos domínios das sensações à distância não é demais
traçar sensitivas observações a cerca do pensamento, que varia de criatura
para criatura".
Como se Dá a "Imantação do Objeto"

André Luiz explicou, em Mecanismos da Mediunidade: "Para maior
compreensão de qualquer fenômeno da transmissão mediúnica, não nos é
liícito esquecer a ideoplastia pela qual o pensamento pode materializar-se,
criando formas que muitas vezes as revestem de longa duração, conforme a
persistência da onda em que se expressam.

Em Nos Domínios da Mediunidade: "O pensamento espalha as próprias
imanações em toda a parte a que se projetar. Deixamos vestígios espirituais
onde arremessamos os raios da nossa mente, assim como o animal deixa no
próprio rastro o odor que lhe é característico, tornando-se por esse motivo
facilmente abordável pela sensibilidade olfativa do cão."

Assim sendo, os objetos conservam as formas-pensamentos daqueles
espíritos que os tocaram. Mas, esquecidos por aqueles que o possuíram, não
funcionam como mediadores de relações espirituais, nada revelando acerca
do passado, ao psicômetra. Portanto, a influência não procede do objeto, mas
das forças que o acompanham, ou várias pessoas.

Bozzano explica que é porque os objetos impregnados do fluido do
possuidor agem como intermediários na clarividência e não como estimulantes
como no caso de bola de cristal, cartomancia ou quiromancia.


Vai mais além, dizendo que "a matéria inanimada, por suas propriedades,
recebe e retém, potencialmente, toda espécie de vibrações e emanações
físicas, psíquicas e vitais; assim servem de verdadeiros intermediários, para
estabelecer a relação entre a pessoa ou o meio distante, mercê de uma
influência real impregnada no objeto, pelo possuidor".

Afinidade Eletiva

Quando o objeto é tocado por várias pessoas e várias influências lhe são
deixadas, dá-se a afinidade eletiva, como chamou Bozzano, pois o psicômetra
entrará em relação com os fatos ligados à pessoa cujo fluido mais se evidencia
com os dele.

Mecanismos da Psicometria

André Luiz, que lança profusas luzes sobre o assunto, ensina que: "em
certos indivíduos, a onda mental a expandir-se, quando em regime de
circuito fechado, na atenção profunda, carreia consigo agentes de percepção
avançada, com capacidade de transportar os sentidos vulgares para além do
corpo físico, no estado natural de vigília".

Ele explica como se deslocam os sentidos normais para além do corpo
físico: "o fluido nervoso ou força psíquica, a desarticular-se dos centros vitais,
encorpora-se aos raios de energia mental exteriorizados, neles configurando

o campo de percepção que se deseje plasmar, segundo a dileção da vontade,
conferindo ao Espírito novos poderes sensoriais".
Para tornar mais claro o processo, explica mais adiante: "vamos
encontrar no médium de psicometria a individualidade que consegue
desarticular, de maneira automática, a força nervosa de certos núcleos,
como, por exemplo, os da visão e da audição, transferindo-lhe a potencialidade
para as próprias oscilações mentais".

Daí termos a impressão de que o sensitivo possui olhos e ouvidos além
do corpo físico. Acresce, ainda, que, muitas vezes, ele resolve não apenas
dissociar os agentes psíquicos dos respectivos núcleos, mas também operar

o desdobramento do corpo espiritual, "em processo rápido, acompanhando o
mapa que se lhe traça as ações no espaço e no tempo, com o que obtém, sem
maiores embaraços, o montante de impressões e informações para os fins que
se tenha em vista".

Para o psicômetra, há possibilidade de exercer vários tipos de faculdade
como: clarividência, clariaudiência (seja anímica ou espírita), telepática,
retrognição, precognição, desdobramento, criptomnesia (faculdade
supranormal de leitura da mente dos pacientes de determinados fatos
conhecidos em outros tempos e esquecidos no momento).

No que diz respeito ao passado, o psicômetra geralmente retira os
conhecimentos da própria moldura fluídica do objeto e no que tange ao
presente ou futuro, entrando em relação telepática que o objeto psicometrado,
estabelece com o médium e o espírito encarnado ou desencarnado, vê
claramente na mente espiritual, nos arquivos de que hoje poderá estar
esquecido da sua programação reencarnatória.

Sem dúvida, é a psicometria uma das modalidades da clarividência.

Casos Relatados

Bozzano, Ernesto - Enigmas da Psicometria

O quadro sintético dos grupos em que o autor dividiu os vários casos
analisados é o seguinte:

1- Relação psicométrica entre pessoas vivas, animais, vegetais e matéria
inanimada.

2- Relação espontânea pela proximidade do objeto suscetível de interesse
ao psicômetra e os de relação à distância, com o ambiente do objeto
psicometrado.

3- Relação com o próprio ambiente, sem que houvesse necessidade de
objetos psicometrados.
4- Casos de psicometria premonitória e aqueles em que a relação se dava
com entidades falecidas.

Muitos casos são relatados no livro revelando que o psicômetra, ao
contato com pedaços de galho de árvore, bem como uma pena de um pombo
correio (sem saber que no envelope tratava-se de uma pena), sente as
sensações do vegetal ou do animal, boas ou más. Também ao contato com a
pedra, esta revela suas origens, bem como o acontecido no ambiente.

Deixaremos aqui registrados aqueles que mais condizem com o nosso
trabalho dentro da Educação Mediúnica por seus efeitos, isto é, para que
entendamos o porquê da faculdade e em que sentido podemos utilizá-la em
benefício do próximo, uma vez que somos tarefeiros na Seara do Mestre. Caso

o psicômetra consiga detectar espíritos que sofrem ou precisam de ajuda
através dos objetos psicometrados, é nosso dever ajudá-los com orações e

pedidos de encaminhamento aos benfeitores do trabalho, porque sabemos
que se as pessoas já se desligaram dos objetos estes não são psicometráveis,
a não ser que evoquemos seus donos pelo pensamento (sem intenção
deliberada) e estes, por afinidade vibratória, comparecem aos trabalhos de
atendimento.

De qualquer maneira, é uma mediunidade, e como tal deve ser colocada
para o bem, e nunca para divertimentos ou benefícios pessoais.

Estes casos ilustrados também servem para que nos inteiremos das
várias características mediúnicas que os acompanhem.

Primeiro Caso
O Pedaço de Carvão Extraído da Mina Inundada

Este caso foi publicado na revista inglesa Light, de 1903, p. 214, e
narrado pela própria sensitiva, que mantinha correspondência com o sr.
Samuel Jones, que residia em Dudley, Worcestershire; e a senhorita
Hawthorne em Londres, ambos na Inglaterra.

Ela havia pedido a esse senhor que lhe enviasse amostras diversas, de
qualquer natureza, das quais a destinatária tudo deveria ignorar, exceto o
número de ordem que a habilitasse a distinguí-las.

Ao receber essas amostras, a senhorita Hawthorne anotava
imediatamente as impressões que cada uma lhe suscitava, à proporção que
as ia segurando entre as mãos, a fim de expedir, em seguida, essas impressões
escritas ao sr. Jones, que lhes aditaria o respectivo comentário, atinente à
autenticidade das notas psicométricas.

Ao colocar a mão sobre a amostra que portava número cinco, embrulhada
em papel grosso e constituída de uma substância dura e resistente,
imediatamente vieram-lhe à mente as figuras de dois ou três homens, um dos
quais tinha uma lanterna, a examinarem uma parede negra. Pressentiu
também que o embrulho continha um pedaço de carvão (hulha), arrancado
da parte mais profunda de uma mina, muito abaixo de um local de onde
chegavam ruídos de rodas e vagões de rodas e vagões em movimento.

O sr. Jones confirmou que a amostra era mesmo um pedaço de hulha,
extraído de grande profundidade, que os homens eram inspetores de minas,
munidos de lâmpadas de segurança, a examinarem os poços pela manhã e
que, na superfície do solo, perto do local de onde fora extraída a pedra,
passava uma via férrea de bitola estreita.

No seu relatório, a srta. Hawthorne continuava suas observações,
escrevendo que seu olhar se fixara então num homem que trabalhava
sozinho, numa galeria tão baixa que o forçava a deitar-se, mas cujos


pensamentos, coisa extraordinária!, não se prendiam à tarefa que estava
executando. Ele estava pensando na esposa e no filho de tenra idade. A
sensitiva passou a ser, então, assaltada de sensações estranhas: sufocação,
vertigem, dor de cabeça, dispnéia. Vê o homem, estonteante no chão, lívido,
a sangrar pela boca, pelo nariz, pelos ouvidos!

O sr. Jones relatou que, há 20 anos, um operário ficara mortalmente
ferido nessa galeria, quando tentava atingir o filão carbonífero, e isso
justamente por efeito de uma inesperada inundação. Esse homem falecera
quatro semanas após o acidente e sua mulher deu-lhe um filho horas antes
de ele morrer. Ora, essa criança agora rapaz, fora quem lhe entregara a
amostra psicometrada.

O registro final da sensitiva foi que, posteriormente, ela se sentiu descer
abaixo da camada de hulha. Seu pensamento se prendia a centenas de
séculos anteriores ao Cristo! Estava a ver uma floresta cujas árvores tinham
uma folhagem tão espessa que a impediam de ver o céu. Divisava ursos de
um pardo escuro, quase negros, procurando as suas cavernas. Viu um animal
monstro, de pé, sobre uma rocha da qual jorrava uma coluna d'água,
semelhante a um lençol. De modo vago, a srta. Hawthorne ligava essa fonte
à que existia atualmente na mina e de que lhe proviera tão grande angústia.

O sr. Jones ficou extremamente entusiasmado, porque lhe haviam
informado que a água que inundara a nossa mina jorrava de baixo para cima!

- Que belas observações verídicas neste vosso ensaio psicométrico!,
escreveu no relatório da srta. Hawthorne, antes de devolver-lhe.
Bozzano, após relatar esse caso, comenta que, teoricamente não se pode
admitir que um pedaço de carvão mergulhado nas profundezas da mina, a
centenas de metros do local em que se ferira um operário 20 anos antes,
tenha podido receber as vibrações mentais desse operário, de modo a revelar

o seu drama à clarividente.
Mais verossímil seria supor que a amostra recolhida, conduzida pelo
filho da vítima, se tivesse impregnado da influência vital do rapaz e a
sensitiva tivesse haurido no subconsciente deste o conhecimento do acidente.

Outra suposição seria que, por intermédio do rapaz, se tivesse
estabelecido uma relação telepática entre a sensitiva e o pai falecido.

Esta hipótese se justificaria pelo fato de constar do relatório psicométrico
um incidente impossível de figurar na subconsciencia do rapaz, ou seja, a
declaração da sensitiva de que os pensamentos daquele homem não se
prendiam à sua tarefa mas dirigiam-se à mulher e ao filhinho - observação
esta que o filho não estava, então, em condições de conhecer.

Impressionante fora o fato de haver a sensitiva denunciado a existência
de uma fonte ameaçadora, cuja oclusão ou desvio se impunha, mas acontecido


posteriormente ao tempo em que o morto ali trabalhava. E como dessa
circunstância resultara o acidente, poderia tratar-se de uma reminiscência
póstuma da vítima, telepáticamente transmitida à sensitiva.

Quanto à perfeita descrição da mina pela srta. Hawthorne, poderia ter
resultado de uma relação telepática estabelecida entre esta e o sr. Jones,
funcionário da mina.

Mas ficaria por resolver o problema que se apresentou à sensitiva, da
visão pré-histórica de uma floresta paleológica, povoada de ursos e ligada ao
passado da mina.

Para este caso especial, ainda se poderia supor que a sensitiva haurisse
uma imagem pictográfica nas reminiscências subconscientes de leituras
feitas pelo sr. Jones.

Vigésimo Primeiro Caso
Uma Caneta de um Filho Falecido

Um indivíduo mandou da índia uma caneta de madeira, acrescentando
que ela pertencera e um filho dele, já falecido.

O sensitivo, sr. Robert King, ignorando absolutamente a proveniência
do objeto, tomou-o e começou logo a descrever uma criança, cujo retrato
esboçou minuciosamente.

A seguir, o espírito da criança transmitiu-lhe lacônica mensagem
destinada ao consulente que, acrescenta o sr. King, está intimamente ligado
ao falecido.

Depois, diz o sensitivo:

- Sinto-me empolgado por uma influência singular e ouço nitidamente
uma voz que repete e insiste numa palavra cuja transcrição fónica é ...
Shanti.
A mensagem foi encaminhada para a índia e o pai do menino não
demorou a responder, gratíssimo, confessando não restar dúvida alguma
sobre a autenticidade da comunicação; primeiro, porque ele era, efetivamente,
uma criança; e, segundo, porque a descrição feita pelo médium era a
expressão maravilhosa da verdade.

Finalmente, a palavra "shanti", que quer dizer: a paz seja contigo, era
a saudação habitual que o filho lhe dirigia, quando vivo, todas as manhãs.


Vigésimo Quarto Caso
A Falecida Encontrava-se no Sono que Sucede ao
Transpasse

Uma senhora, das relações do sr. Hill, falecida em 3 de novembro de
1915.

No dia 8 do mesmo mês, apresentaram alguns objetos pertencentes à
falecida, sem resultado.

Dito, foi então, que ela ainda dormia o sono regenerador que sucede ao
transpasse.

No dia seguinte obteve-se um pormenor assaz probante em breve
mensagem, conquanto entremeado de apontamentos outros inexatos.

No dia 11 foram apresentados os mesmos objetos a outro médium, que
não conhecia o sr. Hill.

Ao demais, quem os apresentou foi uma senhora que também não
conhecia o sr. Hill.

O médium, que ignorava a morte da dona dos objetos, foi logo dizendo
que receava fosse "muito cedo para obter comunicação" com a morta.

E, de fato, nada de prático se conseguiu.

Duas outras tentativas, em 25 de novembro e 2 março de 1916, só deram
resultados negativos.

Finalmente, a 19 de abril, obtiveram pelo sr. Wilkison, as primeiras
provas valiosas de identidade e iniciativa pessoal da falecida.

Vigésimo Sexto Caso
Desaparecimento Dramático de Dois Jovens

Conta Hugh Júnior que, em dezembro de 1884, seu filho, William, de 18
anos de idade, comprou um iate, denominado Iolanda e, em companhia de
seu irmão Hugh, de 20 anos, empreendeu um cruzeiro marítimo, com a
promessa de regressaram no dia 14 do mesmo mês. A sra. Brown, mãe dos
rapazes, inicialmente relutou em concordar com a viagem, só havendo
assentido na partida dos filhos, por irem na companhia do sr. Murray, um
marítimo traquejado, diplomado pela Capitania do Porto.

Passou-se o dia 15, sem que os rapazes voltassem, deixando os pais
naturalmente preocupados.

Hugh Brown, na manhã seguinte, muito cedo, foi à casa do médium
George Springgs, para lhe pedir visitasse sua mulher, que estava enferma.


Nada lhe disse sobre o verdadeiro motivo do seu apelo, para não influir no
seu ânimo.

Spriggs chegou às oito horas de manhã, tomou a mão da sra. Brown e
não tardou a cair em transe. Perguntou-lhe se havia feito algum passeio
marítimo e, ante a resposta negativa, justificou-se dizendo que lhe notava
grande depressão de espírito, causada por algo relacionado com o mar.

Numa vaga referência ao caso que o preocupava, Hugh indagou do
médium se percebia algum sinistro marítimo.

- Não posso distinguir se eles se acham no mundo espiritual, respondeu
o médium em transe, mas, se me trouxer algum objeto deles utilizado,
poderei servir-me dos mesmos para os encontrar.
Foi-lhe entregue uma carteira de um dos rapazes e ele logo começou por
dizer:

- Vejo, num pequeno barco, à foz de um rio, duas velas desfraldadas ao
vento, uma, grande, outra menor... (Isso era exato), descem o rio e parecem
preocupados com a entrada no mar...
- Refere-se, evidentemente à baia de Porto Filipe, comenta Brown.
- Vejo uma espécie de torre com um molhe de pedras e distância...
- Provavelmente o farol do cais de Williamstown, disse o pai.
- Agora estão navegando em pleno mar, com terra à esquerda; nuvens
pesadas, precursoras de tempestade, acumulam-se no horizonte... Ei-los que
se dirigem para outro quebra-mar... Neste momento, esforçam-se para
voltar atrás, mas o vento lhes é contrário. Depois de bordejarem algum
tempo, decidem proejar para terra...Perto já da costa, quando se trata de
amarrar, parece que surgem dificuldades... Isso devido, possivelmente, à
falta de âncora, perdida dias antes no Iarra.
Conseguem, finalmente, desembarcar, encharcados até os ossos.
Passeiam e discutem sobre o que lhes importa fazer.

- Suponho, comenta Brown, que discutiam a hipótese de abandonar o
barco e regressarem por terra.
(Mas o fato de Murray e William terem lá deixado os sapatos, os
demoveu e voltaram para bordo).

- Suponho que, ainda hoje, o senhor receberá notícias...
Efetivamente, nesse mesmo dia, recebemos a notícia de que os rapazes
foram vistos no dia 14, ao largo Brighton".

Na manhã seguinte, o médium voltou à casa dos Brown e continuou a
descrever a sua vidência:


- Depois do descanso em terra, voltaram ao barco e ganharam mar
longo.
Com efeito, nesse dia, às 8 horas, recebi telegrama de que um barco
semelhante ao Iolanda fora visto de Frankstone na direção de Schnapper
Point.

- Depois de algumas horas, ei-los em local de onde lhes surge, à
esquerda, uma cadeia de rochedos ameaçadores e sinistros. Grossas nuvens
avultavam pela popa, o mar se encrespa... Eles pensam arribar à costa, mas
agora não é fácil descobrir o quebra-mar... O vento muda, as velas se agitam,
uma delas se esfrangalha... O mais baixo dos três está assentado à popa, ao
leme, e grita aos outros que acudam ao velame da proa...
(Esses detalhes se referem a Murray, cuja estatura não atingia a de
meus filhos e que se mantinha no governo da embarcação, procurando acudir
a vela principal, enquanto meus filhos se ocupavam com a outra. O médium
não conhecia Murray e ignorava estivesse ele na companhia dos meus filhos).

- Lutam agora com grandes dificuldades para a manobra do cordame.
Isto sucede a milha e meia da costa, num lugar de águas profundas e estamos
na manhã do dia 15..." (Neste instante houve uma pausa e eu penso que foi
quando se deu a catástrofe, o que aliás me foi confirmado mais tarde, por
comunicação mediúnica dos meus filhos).
Agora é Brown que continua o relato:

- Na manhã de 17, reunimo-nos em sessão, sempre na esperança de
obtermos esclarecimentos.
Imediatamente manifestou-se o guia do médium e anunciou a presença
de um Espírito recém-desencarnado, desejoso de se comunicar. Pouco
depois, William, o mais novo de meus filhos, conseguiu, com muita dificuldade,
falar pelo médium. Voz entrecortada de soluços, disse:

- Mamãe, perdoa-me; a culpa foi toda minha!
Efetivamente, fora ele que comprara o barco... Hugh, esse, só resolvera
embarcar para lhe fazer companhia...

Na noite de 18, meus filhos puderam manifestar-se e confirmaram a
descrição mediúnica do cruzeiro, notando apenas, que o naufrágio se dera
mais próximo da costa de Morington do que da de Cheltenham...

Respondendo a uma pergunta, William disse:

- Eram 9 da manhã de segunda-feira, 15 de dezembro, quando
soçobramos. (Declaração perfeitamente concorde com as informações
mediúnicas).
Vamos acrescentar um detalhe, que consta de um segundo depoimento
de Hugh Brown, dirigido à revista, em 21 de março de 1885.


Conta ele que, no dia 31 de dezembro (dia em que remetera seu primeiro
depoimento), ouvira dizer que o cadáver de William fora avistado perto de
Pienic Point, com falta do braço esquerdo e parte do direito.

No dia 27 de dezembro, em Frankstone, foi capturado um tubarão; em
cujo estômago encontraram o braço direito de William, um pedaço do colete
com o relógio de ouro, as chaves, o cachimbo e 12 xelins, em dinheiro. O
relógio parara justamente nas nove horas, indicadas pelo médium nove dias
antes.

Esse detalhe não constara no primeiro depoimento de Brown, por
recear este fosse lido pela sua mulher, aumentando-lhe a dor (o fato, porém,
fora revelado pelo médium, à parte, a outro filho de Brown). E só veio à tona,
em resposta às observações de um crítico.

Note-se que a análise psicométrica de Spriggs foi iniciada no dia 16 de
dezembro, ou seja, no dia seguinte ao do trágico acontecimento. Isto significa
que os filhos de Brown e Murray já haviam desencarnado e, por conseguinte,
que a relação que se estabeleceu entre o sensitivo e eles foi mediúnica.

Observa Bozzano que, dado que o médium não poderia tirar da carteira
informações inerentes a uma tragédia posterior à partida dos rapazes, para
sempre da casa paterna, ou seja, depois de se haverem utilizados dessa
carteira pela última vez; e dado que o médium, ao tomar as mãos da sra.
Brown, nada conseguira dela captar telepáticamente sobre a sorte de seus
filhos (os fatos eram ignorados e não podiam, portanto, constar do
subconsciente dos pais), segue-se que a influência contida na carteira serviu
para estabelecer a relação entre o médium e as personalidades desencarnadas
dos que as usavam, conforme parece confirmarem as manifestações
mediúnicas posteriores à análise psicométrica.

Outra observação dele, que fazemos nossa também, é a de que resulta
antes de tudo, dessa dramática narrativa, a concordância entre os detalhes
mediúnicos e as informações gradualmente colhidas sobre o naufrágio.

E mais, nota-se que a narrativa foi feita de modo a dar a impressão de
ser de alguém que a tudo assistia no presente e não no passado. Isto sugere
intervenção de alguma entidade espiritual (ou mais de uma), que descrevia
os acontecimentos por intermédio do médium!

Décimo Sexto Caso
Psicometria Premonitória

Aos 8 de agosto de 1913, mediante a simples apresentação de uma carta,
que ela nem se deu ao trabalho de fitar, a sra. Feignez, depois de traçar
exatamente a fisionomia moral e física do sr. Raimundo Raynal, declarou
que ele morreria de morte acidental, dentro de dois anos, caso viesse a deixar


Paris, e ferido em pleno rosto por um pedaço de ferro, sobre ou perto de um
veículo, que não era de estrada de ferro.

A 17 de novembro, avista de uma segunda carta, a sensitiva confirmou
sua predição anterior.

No dia 24 de novembro, outra pessoa, o sr. H. L., amigo de Raynal,
escondendo-lhe quem era o remetente, levou-lhe outra carta deste. Malgrado
as negativas tendenciosas de H. L., para induzí-la em erro, a sensitiva
reconheceu imediatamente tratar-se do mesmo Raynal e repetiu o vaticínio,
nos mesmos termos, acrescentando que sua morte não seria logo conhecida,
e sim dentro de um mês e meio, mais ou menos.

Mobilizado em 4 de agosto, Raynal foi morto em 5 de setembro.

No dia 19, a sra. H. levou a Feignez a última carta de Raynal, a fim de
obter detalhes de sua morte. A sensitiva declarou que ele não sofrera um
instante, sequer, ao tombar fulminado por uma bala, na vista direita; que
essa bala só a ele vitimara, não em combates, mas em comissão, quando
procurava desempenhar ordens recebidas, tendo junto de si dois ou três
camaradas, apenas. Acrescentou que a sra. H. havia recebido uma carta dele
poucos dias antes (a consulente confirmou: entre 4 e 6 de setembro). E
acrescentou mais: a senhora há de encontrar-lhe o cadáver, a sepultura, não
no campo, mas à margem direita de um caminho e à distância de alguns
metros de um molho de palhas.

Tudo foi confirmado: Raynal foi morto por uma bala (eis o pedaço de
ferro), que lhe penetrou o olho direito e varou-lhe o cérebro, tendo tido morte
fulminante ("não sofreu um instante sequer") e tinha junto de si a bicicleta
com que fazia a ligação entre o General e seu Coronel (veículo que "não é
caminho de ferro", como dissera Feignez); seu corpo foi encontrado pela sra.

H. em Barcy, ao norte de Meaux (após viajar por água), estava envolto em
palha, numa sepultura, sem qualquer indício aparente, quase à flor do solo,
havendo surgido, logo aos primeiros golpes da picareta, a carteira militar do
falecido; e, finalmente, o corpo lá estava no campo, junto de um monte de
palha!
Tudo isso foi previsto pela psicômetra, quase dois anos antes, quando
ainda não se esperava a eclosão da primeira guerra mundial, de que Raynal
seria uma das primeira vítimas.

Diante disso, pergunta Duchatel se o nosso papel já não estará escrito
e para um cenário preparado por alguém que ignoramos, mas cujos vestígios
se encontram em alguma parte e são eventualmente perceptíveis por
"sujets" extraordinariamente delicados e sensíveis.

Bozzano comenta que essa proposição de Duchatel encerra
provavelmente uma grande verdade.


Lembra que, em seu livro Os Fenômenos Premonitórios, tinha concebido
no mesmo sentido a conciliação das teses filosóficas do livre arbítrio e da
fatalidade, consideradas em relação com a clarividência do futuro e a que
chegara fora esta: "Nem livre-arbítrio nem determinismo absolutos durante
a encarnação do Espírito, mas liberdade condicionada".

Acrescenta que a explicação do fenômeno da psicometria premonitória
deve filiar-se à circunstância de, na quase totalidade dos casos, socorrem-se
os videntes do "eu" integral subconsciente da pessoa que os consulta.
Entretanto, isso leva a perguntar-se como os dados reveladores de
acontecimentos futuros podem existir na subconsciencia do indivíduo.

A única hipótese capaz de explicar o mistério seria a da reencarnação.

O Espírito no ato de reencarnar, fixa, a título de expiação, de prova e
aperfeiçoamento espiritual, os acontecimentos capitais da existência terrena
(acontecimentos que se apagariam da memória fisiológica, ao franquear a
vida, mas ficariam registrados no subconsciente para daí emergirem e se
definirem graças a um processo análogo ao das sugestões pós-hipnóticas).
Assim, fácil se torna compreender como pode o vidente, por vezes, descobri-
los nos escaninhos da subconsciencia de outrem.

Caso Relatado por André Luiz

Luiz, André, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 26 - "Psicometria Vista do
Plano Espiritual"

Quando André Luiz, Hilário e Áulus visitam um museu no Plano Físico.

"Todos os objetos que você vê emoldurados por substâncias fluídicas
opacas, que forma uma massa cinzenta, acham-se fortemente lembrados ou
visitados por aqueles que o possuíram". E André Luiz tocando um relógio, vê
uma reunião familiar, pois o mesmo conservava as formas-pensamentos do
casal que o adquiriu, e que de vez em quando visitava o museu.

Outro objeto, um espelho, continha não só os fluídos a emoldurá-lo,
como a própria dona desencarnada, que sob fixação mental não o abandonava
e se irritava quando o tocavam no museu, chegando a ser detectada sua
presença por uma senhora encarnada dotada de maior sensibilidade
mediúnica.

André Luiz mostra assim que a faculdade é do Espírito e que o objeto
serve de mediador para que se estabeleça a relação psicométrica.

O toque nem sempre é necessário, bastando a presença do mesmo.

Elucida também que roupas, leitos, adornos podem conservar os reflexos
dos que os usaram. "As marcas da nossa individualidade vibram onde
vivemos e por elas provocamos o bem ou o mal naqueles que entram em
contato conosco".


O excessivo apego aos bens materiais provoca muito sofrimento aqueles
que desencarnam, pois continuam sentindo-se donos de tais objetos.

Caso Relatado no Novo Testamento

Atos dos Apóstolos (21:10,11), "E chegou à Judéia um profeta de nome
Ágabo. E vindo ter conosco tomou a cinta de Paulo e legando-se aos seus
próprios pés e mãos disse:

- Isto - disse o espírito - assim ligarão os judeus em Jerusalém o varão
de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios.
Em Cesaréia, Paulo foi preso e atado com correias nos pés e mãos.

Perguntas para Verificação do Aprendizado

1- Como André Luiz conceitua a psicometria e como Ernesto Bozzano a
classifica nas mediunidades.

No livro, Nos Domínios da Mediunidade, encontramos: "Nos trabalhos
mediúnicos psicometria é a palavra que designa a faculdade de ler impressões
e recordações ao contato de objetos comuns". Ernesto Bozzano classifica essa
mediunidade como uma das modalidades da clarividência.

2-O que vem a ser a influência que deixa o objeto impregnado por seu
possuidor? Do que depende a duração dessa influência?

Bozzano nos elucida que esta influência deixada no objeto por seu possuidor,
consiste na propriedade da matéria inanimada para receber e reter,
potencialmente toda espécie de vibrações e emanações físicas, psíquicas e
vitais. Os objetos, segundo André Luiz conservam por algum tempo, as
formas-pensamentos daqueles que os tocaram. Se esquecidos por eles, nada
mais revelam acerca do passado do seu possuidor.

3-De que maneira o psicômetra pode entrarem relação com os acontecimentos
passados?

No que diz respeito ao passado o psicômetra retira os fatos e impressões do
próprio envoltório fluídico do objeto, impregnada da influência pessoal do
seu dono. Se conservada por longo tempo há possibilidade de recolher-se as
impressões deixadas como se estivesse vendo um quadro ou um filme.

4- Como se conhece o presente e o futuro, através da psicometria?

Quanto ao presente e futuro, é visto ou percebido da subconsciencia do seu


possuidor, mediante a relação telepática que o objeto psicometrado estabelece
com o médium, o psicômetra e o espírito encarnado ou desencarnado. Ora,
toda criatura, devido a lei de causa e efeito, traz impresso no perispírito um
quadro de suas provações. Nossa mente espiritual conhece tais provações e
permite que o psicômetra estabeleça relação com essas vicissitudes; pode
assim prevê-las, anunciá-las e dizer quando se verificarão.

5- A psicometria é uma modalidade de mediunidade?

Sim, a psicometria é uma modalidade de mediunidade pois os psicômetras
são portadores de aguçada sensibilidade psíquica e podem entrar em relação
telepática com os possuidores dos objetos psicometrados.

6- No caso de um objeto ter sido de vários donos e vários deles terem deixado
suas influênciasm como se comporta o psicômetra?

O psicômetra nesses casos entrará em relação telepática com o possuidor
cujo fluido se evidencia mais ativo em relação à ele. Essa seleção, Bozzano
chamou de afinidade eletiva.

7- Através da psicometria é possível evocar falecidos? E os casos de
desaparecimentos ?

Sim, se o objeto psicometrado realmente possui a influência do espírito a ser
evocado, ele pode entrar em contato telepático com o médium psicômetra. No
caso de desaparecimento, da mesma forma o psicômetra terá condições de
saber se o dono do objeto está vivo ou morto. Nos relatos de Bozzano, Enigmas
da Psicometria, caso XXI, "Uma Caneta de um Filho Falecido", caso XXIV

- " A Falecida Ainda Estava no Sono do Transpasse" e caso XXVI, "No
Desaparecimento" (os rapazes que viajam de barco e morrem).
8- Há possibilidade da matéria inanimada revelar situações acontecidas em
determinado local?

Sim, Edgard Armond, coloca em seu livro Mediunidade, que o romance Os
Últimos Dias de Pompeia teria sido escrito através dessa mediunidade; um
tijolo fortemente fluidificado serviu ao psicômetra para que no seu campo de
vidência se desenrolasse os acontecimentos ligados à destruição da cidade.
Também no livro Enigmas da Psicometria de Ernesto Bozzano, caso XIII, foi
descrito através do mobiliário, paredes, assoalho e teto que conservavam os
eflúvios dos seres ou as vibrações psíquicas correspondente, (quarto de hotel

- psicometria de um meio ambiente).
9- Cite alguns casos de premonição ou precognição, através da psicometria,
que tenham sido confirmados.

No livro Enigmas da Psicometria, de Bozzano, o caso XVI, o psicômetra entra
em relação com a subconsciencia da dona do objeto apresentado, e como num


filme vê o que vai acontecer, neste caso, 35 dias após. Em Atos dos Apóstolos
(21:10-11) "E chegou da Judeia um profeta por nome Ágabo. E vindo ter
conosco tomou a cinta de Paulo e ligando-se os seus próprios pés e mãos disse:

— Isto - diz o espírito - assim ligarão os judeus em Jerusalém o varão de quem
é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios. Em Cesaréia, Paulo foi preso
e atado com correias nos pés e mãos, cumprindo-se a profecia.".
10-Uma carta pode ser lida sem ser aberta? Isto pertence aos fenômenos da
psicometria?

Sim, uma vez que a carta pode estar impregnada dos fluidos de quem
escreveu e o psicômetra entra em relação telepática com esta pessoa
podendo assim saber do seu conteúdo. Pode também o psicômetra não entrar
em relação telepática e conhecer o conteúdo pelos fluidos deixados.

11 - Uma bola de cristal pode servir ao psicômetra para revelar acontecimentos
àquele que o procura?

Bola de cristal, cartas e outros apetrechos para adivinhação servem apenas
aos médiuns como estimulantes para entrar no campo da inconsciência do
consulente. Isto não é psicometria. Mas no livro de Bozzano, caso XXV, é
relatado o fato acontecido com Sr. Conan Doyle que manteve suas mãos sobre
uma bola de cristal, saturando-a com seus fluidos. A psicômetra viu seu guia
espiritual* e depois psicografou uma mensagem desse espírito, o qual se
identificou e recomendou que tomasse determinado remédio.

Obs.: * Chamamos de protetores, benfeitores ou mentores

Parte Prática

Para a aula prática, numa primeira experiência, o dirigente trará
objetos, os quais ele conheça o passado e o presente do seu dono, para uma
avaliação mais precisa dos psicômetras.

Dividirá a classe em grupos, e depois do preparo do ambiente, passará
o objeto de mão em mão.

Quando desconcentrarem, os médiuns poderão relatar o que foi visto,
ouvido ou percebido através dos objetos, sensações boas ou más.

Deve ser feita uma boa apuração.

Em outra oportunidade, poderemos trazer roupas ou objetos de pessoas
doentes para que sejam psicometrados, e naturalmente tratados com
atendimento aos necessitados desencarnados, que porventura estejam
ligados, e doações fluídicas aos encarnados possuidores dos objetos.

228


Planejamento de Aula Prática

• Classe - Segundo Ano Mediúnico
• Nº de alunos - 70
• Nº de monitores - 14
• Tema - Diagnóstico e Assistência Espiritual Através da Psicometria
• Tempo total 50
min.
• Tempo dividido - 1ª fase 5
min.
2ª fase - 5 min.
3ª fase - 10 min.
4ª fase - 30 min.: Apuração: 10 min.
Relato: 10 min.
Doação: 5 min.
Considerações: 5 min.

• Objetivos
Geral
Atendimento à doentes encarnados ou desencarnados, socorro aos aflitos ligados
por fixações mentais aos objetos.

Específico

1 - Dotar o médium de entendimento e clareza de raciocínio à respeito da vidência
mediúnica;
2- Conscientizar os médiuns de que a boa conduta atribui para esse trabalho no
sentido de a ajuda a ser prestada por Espíritos benéficos, e não brincalhões ou
zombeteiros.

• Bibliografia - (a mesma da aula teórica).
• Material Didático
Para uma primeira aula podemos trazer cartazes com os objetos desenhados e
suas influências, retirados do relato de André Luiz quando em visita a um museu.
Depois que os alunos já compreenderam não há mais necessidade.
1a

Fase - Resumo dos Esclarecimentos sobre o Trabalho

1- Divisão da classe em grupos
2- Importância do trabalho de diagnóstico, atendimento aos necessitados
desencarnados e doação aos doentes, utilizando a mediunidade em favor dos
semelhantes.
3- O médium deve procurar entender as vidências, que às vezes são flashs
muito rápidos



2ª Fase - Preparo do Ambiente

Fechemos nossos olhos, procuremos relaxar nossos músculos, da cabeça,
pescoço, ombros, tórax, abdômen, braços, pernas e pés.
Vamos relembrando a passagem evangélica quando Jesus, na Cruz, ao ver
sua mãe em prantos ao lado de João, lhe diz:

- Mãe, eis aí seu filho!
E voltando os olhos para João, declara-lhe:
- João, eis aí a sua mãe.
Quanta lição, quanto amor, quanta fraternidade...
Maria soluça, amparada nos braços de João, filho agora do seu coração. João
a leva para sua casa em Éfeso, na Grécia.
Uma casinha modesta no alto de uma montanha escarpada, de onde se
avista o Mar Egeu, com suas ondas, a praia e as pedras num som harmonioso e
envolvente.
Maria, parando à porta da singela vivenda, contempla a sua futura oficina de
amor.
Ajuda a todos que a procuram na ânsia do saber, sedentos de paz, de
consolo.
Uma noite, um vento frio e úmido revolta as ondas do mar. Um homem, rude
sobe as escarpas e bate à sua porta, dizendo ser um assaltante da pior espécie,
temido por todos.

Maria serena, o convida a entrar, e tomar um prato de sopa...
O homem angustiado confessou àquele coração bondoso de mãe dos aflitos:


- Eu sou Barrabás!
Maria solta um murmúrio de piedade. E o homem lhe pergunta:
- Não me odeia?
A mãe da humanidade o abraça enternecida. Barrabás torna-se assim mais
um servidor da Boa Nova, daqueles que batiam à porta à procura de conforto
espiritual.
Sabemos, que não estamos desamparados, que ninguém está sozinho na
caminhada e que há sempre o bem nos esperando em algum lugar.
Em paz, respiremos profundamente, (pausa)
Sintamos a luz que clareia nossa sala, através da harmonia entre os colegas

e os benfeitores presentes, pelo sentimento de piedade e esperança que irradia de
nós.

Pedimos um passe aos amigos do Plano Espiritual para restabelecer nossa
saúde.

Sintamos os fluidos benéficos penetrarem nosso organismo.


3ª Fase - Trabalho do Dia

1 - Passar os objetos entre os grupos com auxílio dos monitores para captarem, pela
psicometria, o diagnóstico.
2- Corrente de Mãos
Atender aos necessitados do Plano Espiritual (incorporação) e doutrinação.
3- Doutrinação Geral
4- Limpeza dos grupos


como na Desobssessão
5- Desconcentração

4ª Fase - Roteiro

1- Apuração do diagnóstico através da psicometria, sensações, percepções,
desdobramento, telepatia.
2- Relato dos monitores.
3- Corrente de mãos (novamente concentrados)
4- Doação direcionada à cada paciente do grupo
5- Desconcentrar
6- Captação de fluidos
7- Considerações finais do dirigente
O sigilo é caridade e entendimento para esses trabalhos


N.A.: Segundo Edgard Armond, no livro Mediunidade, o romance, Os Últimos Dias
de Pompeia, teria sido escrito através da psicometria.


AULA 15


Diagnóstico


Sumário

Mediunidade de Cura - Renúncia e Vida

235

Diagnóstico

236

A Saúde Dentro das Leis da Dinâmica Universal

236

A Força Operante nas Curas

240

O Magnetismo

240

O Uso Atual da Kirliangraíia nos Diagnósticos

241

Receituário Mediúnico

241

Perguntas para Verificação do Aprensizado

242

Parte Prática

245

Planejamenro de Aula Prática

246

Bibliografia

1- Allan Kardec, GE, cap. XIV - 31 a 34
2- André Luiz, Mecanismos da Mediunidade, cap. XXII
3- André Luiz, Entre a Terra e o Céu, cap. 34
4- André Luiz, Missionários da Luz, cap. 7
5- André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, cap. 17
6- Moacyr Petrone, Assistência Espiritual
7-Martins Peralva, Estudando a Mediunidade, cap. 28
8- Jorge Andréa, Energética do Psiquismo

234


Diagnóstico

Mediunidade de Cura - Renúncia e Vida

"Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai
os demônios ..." (Mateus 10:8)

Nesta sugestão de Jesus, que amplo se torna o trabalho de cura!

Emmanuel, complementa: "As chagas da alma se manifestam através
do envoltório humano e o corpo doente reflete o panorama interior do espírito
enfermo".

Nesta afirmação de Emmanuel, quanta responsabilidade para os
médiuns, que necessitam curar, não só o corpo, como o espírito.

Jesus curava pelo seu enorme poder de amar, pela certeza da verdadeira
vida eterna, pela misericórdia do Pai em deixá-lo renunciar às benesses das
altas esferas espirituais a que pertencia para conviver conosco.

O médium precisa conscientizar-se de que o seu trabalho não se resume
àquelas horas dentro da seara de Jesus. O Cristo pode precisar de sua
colaboração para socorrer alguém em crise.

O exercício da mediunidade exige preparo constante, estado de vigilância
e renúncia.

Sabemos ser nada fácil esse comportamento dentro do nosso estágio
evolutivo, mas também não impossível à medida que se descortina à nossa
frente a certeza do majestoso espetáculo da Vida.

A vida pulsando em todos os escaninhos do Universo. A vida no sorriso
das pessoas, a vida num abraço amigo, a vida dentro dos lares expiatórios.

Preparados estejamos sempre dentro do pulsar desta vida, ajudando os
semelhantes dentro ou fora da Seara de Jesus.

Se compreendermos o grande potencial de que dispomos de curar,
quando perfeitamente integrados na harmonia divina, certamente estaremos
dando nossa colaboração precisa, e oportuna, e certamente nossas renúncias
nos parecerão infantilidades perante o incomensurável poder de participação
da vida, com a colaboração direta dos benfeitores auxiliares de Jesus.


A moral elevada é a hierarquia que realmente se exerce no Universo.
A luz penetra a sombra no seu mais íntimo espaço. A fé raciocinada vencerá
qualquer barreira para o equilíbrio que a divina providência exige. Aqueles
que andam na luz não temem as trevas.

Os frutos da renúncia deverão amenizar a dor, consolar os aflitos,
amparar os necessitados, abrir caminho ao entendimento, libertar os grilhões
do perjúrio, dar o pão aos que têm fome, sentir a alegria dos que descobrem
a verdadeira vida.

E o médium perceberá que sua renúncia é análoga ao brinquedo que a
criança larga depois de cansada, porque ideais maiores detém sua
preocupação.

A evolução e o progresso nos impulsiona, como a criança, à descoberta
de um mundo maior, da vida pulsando mais à frente, mais e mais, como se
nunca parasse nossa necessidade de aprender.

O médium investido da magnânima intensão de doar de si, plenamente
conscientizado da vida, do amor que liberta, não terá medo, terá bom senso,
não vai enganar, nem mercantilizar, e sim cooperar plenamente na
maravilhosa obra do Criador!

Diagnóstico

Este trabalho, já difundido dentro da Casa Espírita, consiste em avaliar
mediunicamente, através dos diversos tipos de mediunidade, o melhor
tratamento para os doentes, pois como vimos em aulas anteriores, o ser
humano é um complexo feixe de matéria em diferentes estados, comandado
pelo Espírito.

A Saúde Dentro das Leis da Dinâmica Universal

Desde Pitágoras, que formulou sua célebre Lei da Harmonia e
Colaboração dos Antagonismos, conhecemos o princípio da dualidade,
presente em todos os fenômenos.

Os físicos explicam, pela dinâmica das forças, a razão pela qual a Terra
não é atraída pelo Sol, vindo a chocar-se com ele. A força mais conhecida de
todos é a força da gravidade. A Terra exerce uma força de atração sobre
qualquer objeto material, e este fenômeno é conhecido pelo nome de gravidade.
O galho de uma árvore, se cortado, cai ao solo devido à essa força, e é ela que
faz os corpos possuírem peso.


O centro da Terra é o seu ponto de gravidade, e atrai os corpos nessa
direção. É a causa que segura todos os corpos na superfície terrestre.

Segundo a Lei dos Corpos em Movimento, enunciada por Isaac Newton,
as forças se originam aos pares, sendo cada uma delas de igual valor e de
sentidos contrários. A força de que se necessita para manter um corpo que
gira dentro de sua própria trajetória, evitando que vá para fora, é conhecida
como força centrípeta, que é igual, mas de sentido contrário, à força
centrífuga.

A Terra, por exemplo, não é atraída pelo Sol porque a força da gravidade
entre o Sol e a Terra age como uma força centrípeta, que tende a atrair o
planeta que gira em sua órbita, pelo movimento de translação. A força
centrífuga, originada pelo movimento de rotação, tende a empurrar o
planeta no sentido contrário, isto é, para fora do Sol.

A atração da gravidade (para o centro) equilibra as forças centrífugas
(para fora) e faz com que os corpos mantenham-se em órbita, em equilíbrio.


Fizemos este preâmbulo porque, como espíritas, acreditamos que é
preciso que haja harmonia entre espírito e corpo físico para que a saúde não
fique comprometida.

Os desequilíbrios, ou doenças dos seres, são originadas pela falta de
harmonia entre essas forças, que inversas, se complementam para um ciclo
energético vital.

Relembrando o gráfico do Dr. Jorge Andréa, ilustrado na aula cinco,
representando as camadas energéticas de que se constituí o homem encarnado,

o equilíbrio de sua saúde se baseia nas forças provindas do centro para a
periferia, lançados da zona espiritual para fora, ou seja, para o corpo físico
(força centrífuga), e dos pontos mais condensados do corpo físico nasce a
corrente inversa em busca do centro espiritual (corrente centrípeta).
As correntes emissoras centrífugas procurariam principalmente os
centros nervosos do consciente, como também os plexos nervosos do sistema
neuro vegetativo. A sutilidade da energia espiritual seria de tal ordem que
os centros nervosos e a zona dos plexos, pela diversidade de trabalho, teriam


necessidade de receber esta energia adaptada após a passagem em estações
vibratórias intermediárias, onde pudesse haver equilíbrio, dosagem perfeita
e filtragem adequada da energia a ser distribuída pela organização física.

A energia espiritual atravessa as diversas camadas do inconsciente,
sofrendo adaptações principalmente nas estações vibratórias intermediárias,
isto é, os centros de forças, ou discos energéticos do perispírito, que
funcionariam dentro de um padrão metabólico avançado como verdadeiros
transformadores.

Com esse conceito, percebemos que todos os recantos orgânicos estariam
mergulhados pela vibração espiritual do seu fulcro central, seguindo-se
pelas extensões de suas prórias camadas energéticas do corpo mental e
perispiritual, indo às câmaras celulares das unidades físicas orgânicas,
levando o teor de impulso e diretrizes harmônicas para que a vida se
expresse.

A corrente centrípeta de direção inversa toma nascimento nos blocos
energéticos que a massa sangüínea deve proporcionar nas energias absorvidas
pelo ar atmosférico e pelos alimentos, após as devidas transformações. As
vias nervosas sensitivas também levam as suas experiências.


Fonte: Andréa, Jorge - Fronteiras da Alma


Assim, a harmonia das forças centrífugas e centrípetas poderia definir
a vitalidade de um organismo, no que diz respeito aos diagnósticos mediúnicos.

Os médiuns, através dos diversos tipos de mediunidade, observariam
esse complexo energético do assistido que, se saudável, se apresenta como
uma difusão luminosa, ou aura elevada, resultado das irradiações das
diversa camadas energéticas.

As doenças atingem o corpo físico, depois de as alojarem no corpo
espiritual.

Os médiuns, para esse trabalho, além das renúncias, dos seus defeitos
(fumo, álcool, pensamentos inferiores), deverão informar-se sobre o
funcionamento dos órgãos e sua ligação com os Centros de força e a coloração
da aura.

Evidente que não precisam ser médicos, mas sim enfermeiros vigilantes,
antes de tudo de si mesmos, para que obtenham a ajuda da Inspiração
do Plano Espiritual Superior, do qual nunca se prescinde.

A medicina atenua o sofrimento físico das transgressões momentâneas,
porém o espírito requer transformações morais como remédio.

No Plano Espiritual, como elucida André Luiz, no Livro Nos Domínios
da Mediunidade, cap. 17 - Passes. Os colaboradores espirituais são
devidamente fichados, como ocorre num hospital entre os médicos e
enfermeiros, "porque o êxito do trabalho requer experiência, horário,
segurança e responsabilidade do servidor fiel aos compromissos assumidos".

André Luiz, no Livro Entre a Terra e o Céu, cap. 34 e Missionários da
Luz, cap. 71, mostra que há fraternidades de auxílio específico no Plano
Espiritual. São inúmeras equipes de socorro que colaboram com os encarnados
nos diversos setores de auxílio e que "todas as escolas religiosas dispõem de
grandes valores na vida espiritual".

As equipes espirituais de socorro têm sempre o seu dirigente, um
Espírito mais evoluído, portador de grandes conhecimentos, com grande
elevação moral.

É conhecida a Fraternidade dos Humildes, cujo dirigente é Dr. Bezerra
de Menezes, na esfera da Federação Espírita do Estado de São Paulo, que
conta com inúmeros colaboradores espirituais, com atividades médicas e
investigações científicas para curas físicas.

Inúmeras outras fraternidades cooperam conosco, nos mais diferentes
setores de atividades assistenciais.

Mas para obtermos a ajuda desses amigos fraternos, precisamos estar
em sintonia vibratória elevada, porque da mesma maneira que os benfeitores
se unem em fraternidades, equipes das trevas se unem para atitudes menos
edificantes.


A Força Operante nas Curas

O Magnetismo

Incluímos nesta aula, as curas, porque nos trabalhos da Casa, são feitas
doações com corrente magnética aos encarnados, depois de verificado o
diagnóstico., É um trabalho de assistência especializada que foi organizado
sob orientação do espírito de Louis Pasteur, explica-nos Moacyr Petrone, no
livro Assistência Espiritual: "O trabalho implica num conhecimento mais
apurado por parte dos médiuns sobre magnetismo e sua aplicação, como
também na maior vivência em trabalhos de doação".

Nosso trabalho em sala de aula consiste na conscientização do médium
para tão relevante tarefa, abordando sempre o cuidado com o corpo físico e
espírito, a disciplina nos horários, humildade, renúncias aos vícios como
tabagismo, alcoolismo, etc.

Também daremos noções sobre o magnetismo, a força direcionada para

o bem pela vontade do espírito, que é o agente propulsor que infiltra num
corpo deteriorado uma parte do seu envoltório fluídico. (GE, cap. XIV - 31).
O fluido desempenha papel de agente terapêutico. Os fluidos que
emanam de fonte impura são como substâncias medicinais alteradas.

A ação magnética pode produzir-se de várias maneiras:
Io - Pelo fluido do magnetizador (magnetismo humano);
2o - Pelo fluido dos Espíritos (agindo diretamente sem intermediário);
3o - Pelo magnetismo misto (pelo fluido que os Espíritos espargem sobre o

magnetizador e para o qual serve de condutor).

Os campos magnéticos, no ser humano, foram evidenciados pelo Barão
de Reichembach, através de médiuns videntes; de colorações variáveis
também nos cristais, plantas e no próprio imã.

O Dr. Stone, austríaco estudioso nos E.U.A., pesquisou os processos de
cura por 60 anos e com o conhecimento dos campos eletromagnéticos do corpo
humano converteu-se num sistema chamado Terapia da Polaridade.

No corpo humano a movimentação das energias ou fluidos magnéticos
humanos seguem o sentido da circulação sangüínea.

As mãos assumem posição de polos magnéticos, como já utilizava
Mesmer; a aproximação das mãos como terminais condutores do fluido
magnético humano (ou humano-espiritual).

O passe é a transfusão de energias que altera o campo celular.


O Uso Atual da Kirliangrafia nos Diagnósticos

Akirliangrafia, ou fotografia através de campos elétricos de alta tensão,
consiste basicamente no registro do efeito luminoso (corona) em plantas,
animais e seres humanos, (verificar aula nove)

Os equipamentos usados hoje por alguns estudiosos são mais complexos,
como os de rádio frequência (RF).

Muitos tentam explicar o fenômeno da aura humana e usá-la como
indicador de doenças físico-mentáis. Porém, os estudos são ainda incipientes,
e continua a busca para definir padrões comparativos entre as cores e
formatos de uma aura saudável e uma doente.

Cientistas de todo o mundo se preocupam com o imponderável no campo
das curas, mas há cuidados no que se refere ao equipamento e filme
utilizados que poderiam dar uma noção errada a respeito da coloração da
aura nos diagnósticos.

Observação: A título de conhecimento, colocamos esse item porque em
salas de aula não nos utilizamos desse processo para os diagnósticos.

Receituário Mediúnico.

Como é Possível à Distância? E Entre Milhares de

Consultas1?

Quem discorre sobre o assunto é Martins Peralva, analisando o livro de
André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade: "Sabe-se que em casos isolados,
pode o Espírito visitar rapidamente e indicar no mesmo instante o
medicamento.

Nos casos, entretanto, de receituário em massa, o serviço é alguma coisa
notável e sublime com muita ordem, disciplina e trabalho. A equipe de
médicos desencarnados é numerosa.

Através de um sistema de comunicação que funciona indubitavelmente,
na base do magnetismo por meio de vibrações, as entidades responsáveis
pelos diversos setores (ruas, bairros), recebem a notificação da consulta,
entram em relação com o consulente, captam a sua imagem perispiritual e
retransmitem para o local dos trabalhos projetando-se ela no espelho fluídico
onde numa fração de minuto, é examinada pelos companheiros espirituais
ali presentes.


Caso venha alguma receita para um caso que já tenha desencarnado,
é porque sabemos que algumas vezes o desencarnado ainda permanece no
leito, ou no local indicado e continua doente.

Mas Kardec, instrui: "Nem todos os doentes são curados porque a cura
depende primeiramente dos méritos de cada um; das condições da Lei de
Causa e Efeito a serem cumpridos (programação reencarnatória); e da fé que
representa a verdadeira força ativa, de modo que o doente que não a possui
repele o fluido curador mesmo à distância". Ex.: Jesus curou o servo do
Centurião de Cafarnaum e disse nunca ter visto tanta fé.

Jesus ensinou: "Se tivésseis fé do tamanho de um grão de mostarda
direis à esta montanha transporta-se daqui para acolá e nada vos seria
impossível.". (Mateus 17:19).


Fonte: Peralva, Martins - Estudando a Mediunidade

Perguntas para Verificação do Aprendizado

1-O que significa diagnóstico nos trabalhos espíritas?

Diagnóstico é o termo usado para os exames espirituais prévios onde os
doentes serão examinados pelos médiuns através da vidência, audiência e
também da telepatia, que poderá se estabelecer com o assistido e o Plano
Espiritual Superior dedicado a este tipo de trabalho específico.


Tanto no Plano Físico como no Espiritual os que se dedicam a este tipo de
trabalho devem conhecer o funcionamento dos órgãos e centros de força e
manter um padrão superior de elevação moral. Continua indispensável a
exteriorização das faculdades radiantes. (Missionários da Luz, cap.19)

2- A escolha dos trabalhadores para o trabalho de passes, onde se faz
diagnósticos e curas, no Plano Espiritual é rigorosa?

Sim. O candidato, segundo Alexandre, deve preencher todos os requisitos do
conhecimento específico, além da boa vontade, domínio de si mesmo,
espontâneo equilíbrio de sentimentos, amor aos semelhantes, fé vigorosa e
profunda confiança no Poder Divino. São verdadeiros técnicos em auxílio
magnético. Usam seu magnetismo próprio direcionado para o Bem. São como
enfermeiros vigilantes.

3-E no Plano Físico, há possibilidade de escolher-se encarnados
verdadeiramente habilitados, não só em conhecimento do corpo humano e
perispitual, como possibilidades no campo da vidência hiperfísica e também
grande emissão das faculdades radiantes?

Segundo Alexandre (Missionários da Luz), mesmo que o operário humano
revele valores reduzidos, pode ser mobilizado desde que o interesse dele nas
aquisições sagradas do bem seja mantido acima de qualquer preocupação
transitória. Assim acontecerá o progresso das faculdades radiantes, não só
pelo próprio esforço, senão também pelo concurso do alto, de que se faz
merecedor.

4- Por que os espíritas fazem diagnósticos? De que maneira se realizam as
curas?

- Os diagnósticos são feitos porque acreditamos que as doenças têm sua
origem no espírito, a essência do Ser, e as doenças devem ser tratadas como
um todo, observando-se as causas e não somente detectando os efeitos. Desta
maneira, as curas se realizam pela ação dos fluidos sobre a matéria. O passe
é uma transfusão de energia alterando o campo celular. Na ciência humana
de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria... que, antes dele,
encontram-se as linhas de força, aglutinando os princípios subatômicos, e
que, antes desses princípios, surge a vida material determinante.
- Tudo depende do espírito no santuário da natureza. Renovemos o pensamento
e tudo se modificará conosco. Na assistência magnética, os recurso espirituais
se entrosam entre a emissão e a criatura necessitada para que ela ajude a si
mesma. A mente reanimada rege as vidas microscópicas que a servem, no
templo do corpo, edificando valiosas reconstruções.
O passe pode ser dispensado à distância desde que haja sintonia entre aquele
que o administra e aquele que o recebe.

5-A Gênese esclarece que: "a cura se opera pela substituição de uma molécula
malsã por uma molécula sã". Como pode produzir-se esta ação magnética?

Pode produzir-se pelo próprio fluído do magnetizador, ou magnetismo
humano; pelo fluído dos Espíritos que atuam diretamente sem intermediário
sobre um encarnado. É o magnetismo espiritual; e, pelo fluído que os
Espíritos derramam sobre o magnetizador e para o qual este serve de
condutor; decorre da ação conjugada entre o Espírito e o Homem. É o
magnetismo misto.

6- Por que se diz que o serviço de passe é conduzido pelos Espíritos com apoio
dos homens?

Porque são os Espíritos que preparam o ambiente a higienização e a
ionização da atmosfera, bem antes de os médiuns chegarem a seus postos de
trabalho. Protegem o ambiente isolando o recinto para impedir a entrada de
sofredores e obsessores. Possuem fluídos adequados para os processos de
cura, para os quais os médiuns colaboram. Preparam os médiuns para o
trabalho, isolando aqueles que não estão em condições: doentes, alcoolizados,
para que as toxinas não prejudiquem os demais e o ambiente, (o ectoplasma
vai carregado de substâncias tóxicas).

7- Por que Kardec afirma que apresentando-se ao curador dois doentes da
mesma enfermidade, um possa ser curado e o outro não?

Por vários motivos, tais como: os méritos de cada um; condições da Lei de
Causa e Efeito a serem cumpridas (programação reencarnatória); e, a fé, que
representa uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a
possui opõe a corrente fluídica uma força repulsiva, ou pelo menos uma força
de inércia que paralisa a ação. No Evangelho, Matheus, cap. IX 20 a 22 e
Marcos, cap. v: 25 a 30, temos o caso da mulher que sofria de hemorragia e
tocou nas vestes de Jesus, acreditando ficar curada. "A tua fé te salvou".

8- Como se processa o passe a distância? E o receituário mediúnico?

Segundo Aulus, diversos companheiros do Plano Espiritual se ajustam no
trabalho de auxílio, favorecendo a realização. A prece silenciosa será o
melhor veículo da força curadora.
Nos casos de receituário, o serviço é notável e sublime. Exige a cooperação
de várias entidades; uma comunicação teledinâmica entre os diversos
colaboradores, Nos centros onde o receituário é volumoso, é numerosa a
equipe de médicos desencarnados, receitando um de cada vez. É realmente
um trabalho fraterno.

9-Jesus operou curas à distância? Cite um exemplo.

Sim, certa vez, um centurião de Cafarnaum o procurou para que fosse curar

o seu servo gravemente enfermo prestes a morrer.

"Senhor, disse o centurião, eu não sou digno que entreis debaixo do meu
telhado pois eu também comando soldados, e eles me obedecem, quando
emito uma ordem. Dize, aqui mesmo, que meu servo fique curado e terei
certeza de que a cura ocorrerá. Jesus ordenou e quando o centurião chegou
à sua cidade, o servo estava completamente curado.
Jesus disse aos seus Apóstolos : "Nunca vi tamanha fé, nem mesmo em
Israel".
Ensinou o Mestre: "Se tivésseis fé do tamanho de um grão de mostarda direis
a esta montanha: Transporta-te daqui para acolá e nada vos seria impossível"
(Matheus, 17:19)

10-Existe comprovação científica da existência dos centros de força no
perispírito?

As pesquisas realizadas através do efeito Kirlian, puderam registrar sobre
a superfície do corpo humano pontos de maior irradiação energética. (Esses
pontos já eram conhecidos milenarmente e explorados pela acupuntura
chinesa.) Por esse tipo de fotografia (kirliangrafias) foi possível localizar os
centros de força, mapeando no corpo humano esses importantes pontos.
Destacam-se nesses trabalhos os cientistas, Telma Moss e Kendall Johnson,
nos Estados Unidos. A partir de 1959, com o lançamento do livro Evolução
em Dois Mundos, ditado por André Luiz, foi difundida a sua existência no
meio espírita. Os centros de força são fulcros energéticos que se ligam à
plexos correspondentes no corpo físico.

Parte Prática

A classe deverá estar preparada com as cadeiras em círculos.

Nos trabalhos à distância, com nomes e endereços em papéis, podemos
receber entidades sofredoras, mas não convém quando o assistido é um aluno
da sala. Abolimos os papeizinhos com nomes de parentes próximos.

Numa primeira aula, faremos somente o diagnóstico e corrente de
doação magnética. Em aulas posteriores pode ser conjugado à psicometria,
desobsessão, doações magnéticas bem como desdobramentos, aliados
naturalmente às outras mediunidades, sendo que os médiuns sempre
poderão dar sua colaboração.

Nota: Não colocamos nesta aula noções de aura e centros de força, bem como
funcionamento do corpo humano, porque já se encontram inseridas em aulas
anteriores, (cinco e sete)


Planejamento de Aula Prática

• Classe - Segundo Ano Mediúnico
• Nº de alunos - 70
• Nfº de monitores - 14
• Tema - Desobsessão com Diagnóstico e Doação Magnética
• Tempo total - 50 min.
• Tempo dividido
-1ª Fase: 5 min.
2ª Fase: 5 min.
3ª Fase: 10 min.
4ª Fase: 30 min. sendo: Apuração: 10 min.
Relatório:10 min.
Doação: 5 min.
Considerações Finais: 5 min.


• Objetivos
Geral

Assistência Espiritual Especializada

Específico

Observar os médiuns que possuem maior facilidade para o recebimento de
diagnósticos, bem como incorporação e doação.

• Bibliografia - (a mesma da aula teórica)
• Material Didático
Numa primeira aula, desenhos ampliados de Martins Peralva, do livro Estudando
a Mediunidade - (Receituário Mediúnico)
1a

Fase - Esclarecimentos do Dirigente Sobre a Aula

1- Como o Plano Espiritual trabalha - Fraternidades - Receituário.

2- O médium deve renunciar aos seus defeitos e trocá-los por virtudes.
1º -Para ter ajuda dos Benfeitores
2º - Para doar melhores fluidos
3º - Para sentir a alegria do trabalho bem exercitado

3- Como é feito o diagnóstico. Uso das faculdades:
Psicografia (não nesta aula) Vidência
Psicofonia Audiência
Telepatia Clarividência


4- Sigilo - A caridade mais desinteressada


2ª Fase - Preparo do Ambiente

Fechemos nossos olhos e pensemos numa pequena cidade. Esta cidade é
Nazaré.
Espalha-se o casario por entre as oliveiras, tendo ao fundo completando a
paisagem, uma montanha que se confunde com a abóbada celeste.
O Sol se põe. A brisa refresca o ar e nós respiramos profundamente sentindo
a oxigenação dos pulmões e os batimentos cardíacos menos acelerados.
Olhamos para o céu, as estrelas começam a aparecer.
Ondas sonoras nos chegam aos ouvidos, com suave melodia. É a Ave Maria,
ao entardecer.
Raios cósmicos de todo o firmamento vitalizam nossos centros de força.
Equilíbrio e bem estar, vigor e alegria nos envolvem.
Relembramos a passagem do Mestre por esse local, sempre amoroso e
tolerante.
É quando um leproso se aproxima, e com imensa fé pede a Jesus:

- Se quiseres, podes me curar!
Jesus, compadecido, estendendo a mão sobre sua cabeça lhe diz:
- Quero, fique limpo da lepra.
E o homem curou-se.
Que vontade amorosa e firme de Jesus, que fé incomensurável do homem
enfermo. A passagem evangélica nos transforma o íntimo em esperanças e
piedade e sentimentos fraternos com toda a equipe de trabalho.
Nossa sala inunda-se de luz. Pedimos com muita fé aos benfeitores aqui
presentes, que em nome de Jesus, nos apliquem um passe regenerador.

3ª Fase - Trabalho do Dia

1- Corrente de mãos - Plano Físico e Espiritual

2- Leitura dos nomes dos pacientes pelos monitores, com a idade e o

endereço.

3- Diagnóstico

4- Atendimento à entidades obsessoras ou sofredoras (doutrinação)

5- Doutrinação coletiva - Prece

Tenhamos a fé do homem enfermo ao pedir sua cura à Jesus.

Sabemos que amigos abnegados aqui se encontram para ajudar a todos
os que foram trazidos.



Todos merecem o perdão do querido Mestre.
Basta apenas o ato de humildade de pedir, como fez o leproso em


Nazaré, e acreditar nessa intercessão benéfica.
Perdoemos também para nos sentirmos mais leves, diante de tanta luta.
Abracemos os que aqui estão fraternalmente, porque somos todos

irmãos.
Sintamos Jesus a nos observar feliz e compreensivo.
Temos fé que o seu magnetismo consiga curar nossas dores para termos

a paz tão almejada.
Graças a Deus.


6- Limpeza dos Grupos - projeção de luzes no grupo e no gástrico dos
médiuns
7- Desconcentrar

4ª Fase - Verificação do Aproveitamento do Trabalho

1- Apuração feita pelos monitores: videncias, audiências, telepatia,
incorporação, desdobramento, diagnósticos.
2- Relato dos diagnósticos relacionados com as mediunidades


3- Concentrar (Corrente de mãos)
4- Doação magnética para os encarnados doentes (ler novamente os
nomes e endereços)


5- Desconcentrar
6- Captação de fluidos
7- Considerações finais do dirigente (o médium deve sempre estar


preparado para o trabalho de caridade - o sigilo é caridade).



N.A.: Esta passagem evangélica nos mostra o diagnóstico feito por Jesus através
da dupla vista, não deixando Ele, de agradecer ao Pai, nos dando o exemplo. Da
mesma forma aconteceu com a filha de Jairo, quando Jesus afirmou que a menina
apenas dormia. Naquele tempo não eram conhecidas a catalepsia ou letargia, mas
Jesus podia ver se seus laços fluídicos ainda estavam atados ao corpo ou não.


N.A.: Encerramos nossos apontamentos sobre fatos mediúnicos no Evangelho,
com esta sugestiva pintura de Rafael, mostrando que a misericórdia divina jamais
abandona aqueles que têm fé e esperança. Pedro, apesar de acorrentado está
livre porque é um verdadeiro seguidor do Evangelho.




---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Reginaldo Mendes







O Grupo Allan Kardec lança hoje mais um livro digital !
Desejamos a todos uma boa leitura !

Curso  para Dirigentes e Monitores de Desenvolvimento Prático  Mediúnico - Sílvia C.S.C Puglia

Livro digitalizado por Fernando José dos Santos e revisado por André Luiz de Menezes

Sinopse:
Apresenta quinze aulas que contém uma parte teórica expositiva, com ilustrações elucidativas, exercícios para fixação e verificação do aprendizado e planejamento de aulas práticas. A finalidade desta obra é auxiliar os dirigentes e monitores de trabalhos mediúnicos a planejar, com entendimento, suas aulas práticas dentro da proposta de conhecimento e evangelização da Doutrina Espírita.

Este livro representa  a contribuição do Grupo Allan Kardec para os deficientes visuais.









Muita paz !

 Bezerra

Livros:

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‘TUDO QUE É BOM E ENGRADECE O HOMEM DEVE SER DIVULGADO!

PENSE NISSO! ASSIM CONSTRUIREMOS UM MUNDO MELHOR.”

JOSÉ IDEAL

‘ A MAIOR CARIDADE QUE SE PODE FAZER É A DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA” EMMANUEL

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