domingo, 16 de fevereiro de 2025 By: Fred

{clube-do-e-livro} LANÇAMENTO: JUVENTUDE NO ALÉM- LIZETH MARCELLO - FORMATOS: PDF, TXT

Pelo esp�rito F�bio

Psicografia de
Lizeth Marcello Stanojev



Juventude no Al�m

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Victor Rebelo

Diretor Editorial

Rog�rio Magalh�es
Revis�o ortogr�fica

Stanojev, Lizeth Marcello
Flores da Esperan�a

Viv�ncia Editorial

1. Espiritismo
2. Espiritismo I. T�tulo
3. Contos Esp�ritas
4. Psicografia
Viv�ncia Editorial

Rua Major Bas�lio, 441 - sala 22
Mooca - S�o Paulo - SP
11 6605-4651
www.rcespiritismo.com.br


Impresso no Brasil/Presita em Brazilo


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Pelo esp�rito F�bio
Juventude
no Al�m

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Juventude no Al�m

Pelo esp�rito F�bio

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�CORAGEM AMIGOS, JESUS � O VOSSO
MODELO; ELE SOFREU MAIS DO QUE
QUALQUER UM DE N�S E N�O TINHA
NADA A SE CENSURAR, ENQUANTO N�S
TEMOS O NOSSO PASSADO A ESPIAR PARA
FORTALECER O FUTURO. SEJAMOS POIS,
CRIST�OS; ESTA PALAVRA ENCERRA TUDO.�

Extra�do do livro

O Evangelho Segundo o Espiritismo

de Allan Kardec
FEB


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Juventude no Al�m

Pelo esp�rito F�bio

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�NDICE


Pref�cio
Mensagem de um grande amigo
Introdu��o
1 � Natal na Col�nia
2 � Col�nia Santa M�nica
3 � Conhecendo o Umbral
4 � Renascendo a esperan�a
5 � Pequenos maravilhosos
6 � Juliana
7 � Paulo
8 � Roberto
9 � Convite para um novo curso
10 � Mestre Gabriel
11 � Curso de Socorrista
12 � Primeiro dia de est�gio
13 � Visita ao lar
14 � Centro Esp�rita
15 � Trabalhando no Centro
16 � Aula pr�tica
17 � Desabamento
18 � De volta � Col�nia
19 � Novas experi�ncias
20 � Capela do Adeus 1
21 � Capela do Adeus 2
22 � Doa��o de �rg�os
23 � Homenagem dos amigos
24 � Despedida


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Juventude no Al�m

Pelo esp�rito F�bio

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PREF�CIO
F�bio � um rapaz maravilhoso. Sempre tive muito
orgulho por ele ser meu irm�o g�meo e continuo tendo
cada vez mais com seus trabalhos realizados no Plano
Espiritual, por sua for�a de vontade em querer aprender,
estudar, ajudar ao pr�ximo, progredir com tudo.
Estou muito feliz com este livro que ele acaba de
escrever aos encarnados. Agrade�o a Deus por permitir que
a vontade de F�bio se realizasse.
O livro tem uma linguagem simples, onde descreve suas
experi�ncias desde o dia em que desencarnou.
Procura passar a todos mensagens de otimismo, amor,
coragem, f� em Deus e, principalmente, nunca perder a esperan�a.
Que Deus o ilumine cada vez mais e o aben�oe. Amo
muito meu irm�o, desejo a ele muita paz, coragem, sabedoria
e muita for�a em seus trabalhos.
E que no futuro pr�ximo ele tenha a oportunidade de
escrever novas mensagens a todos.

Daniela Marcello Stanojev


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Juventude no Al�m

Pelo esp�rito F�bio

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MENSAGEM DE UM GRANDE AMIGO

� com muita alegria que escrevo para todos voc�s. Viver
na Terra � bom, mas precisamos aprender muitas

coisas, assim como do �lado de c��. Precisamos sobreviver,
distinguir o certo do errado, viver bem com todas as pessoas,
com a natureza e com os animais.

Aprender � muito bom. Quanto mais aprendemos, mais
conhecimentos traremos para o nosso Lar Eterno.

Irm�os, aproveitem a oportunidade que Deus Pai lhes
d� para diminuirem seus carmas. Leiam bastante, cres�am
intelectualmente cada vez mais e sejam bondosos.

A riqueza nos d� conforto, chances de viajar, conhecer
novas fronteiras, mas isso n�s n�o trazemos junto. O dinheiro,
a riqueza, as j�ias, tudo isso fica na hora da �nossa partida�.
Tudo fica no plano f�sico.

Os bens materiais nos s�o emprestados por Deus, �s
vezes at� para nos testar, para ver o que faremos com eles e
se saberemos usufruir bem, ou se ser�o apenas para o nosso
bem-estar e orgulho.

A caridade � muito importante.

N�o � apenas ajudando com donativos � entidades necessitadas
que se pratica a caridade, mas tamb�m com nosso
trabalho volunt�rio e, se n�o for poss�vel, at� em ora��es.
Orem sempre para o pr�ximo. Assim voc�s tamb�m ser�o
ajudados.

Para essa nova vida, o que vale mesmo trazer na �bagagem�
s�o nossos bons atos, nosso conhecimento intelectual;
por isso estudem bastante. Todo conhecimento � digno e
as portas sempre se abrem mais facilmente. Por isso, irm�os,


Juventude no Al�m

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abracem esta oportunidade de crescimento, se instruam muito.
Quanto mais conhecimento e viv�ncia, melhor para voc�s mesmos.


Quando se passa para o �lado de c��, muitos desencarnados
come�am tudo do pr�nc�pio. Aprendem a ler, a escrever, a
estudar e sempre � mais demorado quando partimos do princ�pio.
J� outros chegam com muito conhecimento e sua evolu��o
� mais r�pida, devido ao que j� foi aprendido em outra oportunidade.
Sua aceita��o � mais r�pida.

Portanto, nunca � tarde para aprendermos. Todo tipo de
conhecimento � primordial e n�o se esque�am nunca do Evangelho,
que � o que a humanidade precisa aprender.

A f� � a base de tudo. Estudem com f�, garra, para tornar
tudo mais f�cil.

Sejam todos felizes. Tenham sempre muita f� em seus cora��es
e saibam que �daqui� sempre tem muitos irm�os orando
por todos voc�s.

Aproveito esta oportunidade para deixar um abra�o � minha
esposa, meus filhos, netos, genro e nora.

Sigam seus caminhos em paz e sempre com muita humildade.


Estou muito feliz com o trabalho de meu dileto neto F�bio,
que, apesar de pouco tempo vivendo neste novo lar, tem
progredido muito e est� realizando grandes trabalhos.

Suas mensagens s�o simples, mas de cora��o aberto a todos
e, com a aprova��o de muitos irm�os, ele conta suas est�rias
de aprendizado no Plano Espiritual.

Fiquem todos com Deus!

Luiz Marcello Junior


Pelo esp�rito F�bio

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INTRODU��O
Caros amigos leitores, � a primeira vez que escrevo para
voc�s, por isso pe�o-lhes que me desculpem se eu
n�o conseguir ser objetivo em meus pensamentos ou talvez
repetitivo. �s vezes, repetindo as coisas � que n�s as absorvemos
melhor. � como quando somos crian�as, que nossa
m�e repete sempre as mesmas coisas e s� assim aprendemos
e nos conscientizamos do que � certo ou errado.
Meu nome � F�bio. Desencarnei aos vinte anos, idade
terrena, mas meu esp�rito j� � bem mais velho.
Meu desencarne foi violento. Fui cruelmente assassinado.
Houve muita pol�mica sobre esse caso, comentado
por muitas pessoas que me conheciam e por outras que nunca
haviam me visto uma �nica vez sequer. Fui taxado de
drogado, traficante por uns e de um bom rapaz por outros.
Experimentei drogas, mas nunca fui drogado, apenas
fui tirado dessa vida terrena por um.
Logo que desencarnei, senti-me perdido, porque j� sa�
de casa sabendo, ou melhor, sentindo que algo de grave ia
me acontecer. Mas n�o vou entrar em detalhes, para n�o deixar
minha fam�lia mais triste, e tamb�m n�o vou dizer quem
foi, porque n�o � esse meu objetivo.
Meu objetivo neste livro � narrar como fui recebido
aqui pelos bons esp�ritos e por meu av� Marcello, a quem
trato como �nono�.
Assim que os tiros acabaram com minha vida carnal,
fiquei assustado, corri para minha casa, mas l� estavam alguns
amigos a me esperar.
Conversaram comigo e me levaram para o Posto de


Juventude no Al�m

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Socorro mais pr�ximo. Caso alguns n�o saibam, esses Postos de
Socorro ficam bem pr�ximos � Terra, na Zona do Umbral, propriamente
dito.

Fui socorrido e tratado dos meus ferimentos e, depois de
alguns dias, eu compreendi o que realmente havia acontecido,
gra�as aos nossos bons irm�os, que trabalham sempre em nome
de nosso Pai Maior. Fui me recuperando e hoje j� estou muito
bem, trabalhando com muito prazer e seguindo tamb�m os ensinamentos
de nosso Mestre Jesus.

A primeira coisa que aprendi foi o b�sico. Aprendi a me
locomover, a me comunicar atrav�s do pensamento e fiquei encantado
com tudo que vi por aqui e ainda vejo.

Aqui � o lugar mais lindo que voc� pode imaginar. Todos
s�o amigos leais, prontos para ajudar uns aos outros e crescer,
crescer cada vez mais para o nosso pr�prio aprimoramento.

Aconselhado pelos mentores, fui trabalhar primeiro com
jovens drogados, talvez pela curiosidade de como seria fazer
isso.

� um trabalho �rduo ver seres humanos, ou melhor, esp�ritos
desencarnados sofrerem tanto pela falta de drogas, j� que seu corpo
n�o existe mais. Mas o que realmente sente falta � o perisp�rito,
corpo que n�s, esp�ritos em evolu��o, nos manifestamos no plano
espiritual.

Todos s�o levados para Postos de Socorro a drogados. Primeiramente
s�o desintoxicados, depois come�am a ser esclarecidos.
Muitas vezes conseguimos logo com sucesso, outros n�o
aceitam e somos obrigados a deix�-los partir, porque o que existe
aqui � o Livre Arb�trio.

Segui nessa caminhada, queria ajudar. Tentamos conquistar
a confian�a de muitos irm�os, tivemos progressos. Digo que
tivemos progressos porque eu n�o estava s� nessa empreitada.
Estavam comigo meus amigos Paulo, Roberto, Juliana e meu
av� Marcello para nos orientar.

Cada vez ficamos mais impressionados com as coisas que
descobr�amos. V�amos crian�as drogadas com oito, nove, dez
anos que haviam desencarnado por overdose. Crian�as de rua e


Pelo esp�rito F�bio

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tamb�m jovens de fam�lias ricas.

Trabalhamos com esses irm�os por volta de uns tr�s meses.
Era um trabalho cansativo, pois trabalh�vamos quatro dias e
descans�vamos um.

No nosso dia de descanso, visit�vamos amigos em outras
col�nias, parentes e tamb�m v�amos nossos familiares.

Nosso trabalho estava t�o gratificante que quer�amos ajudar
cada vez mais, at� que conseguimos permiss�o para visitarmos
nossos irm�os do Umbral. L� a coisa � mais dif�cil. T�nhamos
que ir bem protegidos com roupas especiais e cada irm�o
socorrido era uma b�n��o para n�s.

Aprendi muito nesse lugar vendo a tristeza, a agonia, a
dor, mas conseguimos fazer progressos, sempre usando o nome
do Nosso Senhor Jesus Cristo.

N�o ficamos muito tempo nesse trabalho e logo fomos transferidos
para um setor mais ameno. Fomos trabalhar com crian�as.

Numa bela manh�, chegamos ao Educand�rio Santa Teresa.
� um lugar lindo! Tem jardins, parque de divers�o para as
crian�as e muitas pessoas trabalhando para que nenhuma crian�a
sentisse tanto a falta de seus familiares. As crian�as mais
doentes ficavam em quartos com mais duas ou tr�s crian�as,
para n�o se sentirem sozinhas, e sempre havia um quarto para
que eu e meus amigos fic�ssemos ora contando est�rias, ora
brincando.

� lindo trabalhar com esses pequenos. Ajud�vamos os
mestres a ensaiar corais, outros tocavam instrumentos musicais
e alguns s� queriam brincar.

Aprendi muito com esses pequenos maravilhosos. Se voc�
pensar bem, veja quantas coisas aprendemos com as crian�as.
�s vezes, achamos que sabemos mais coisas porque somos adultos,
mas as crian�as s�o mais s�bias. Elas nos ensinam a ter humildade,
serenidade, harmonia, todas as coisas boas e toda simplicidade
de que necessitamos.

Foi um trabalho gratificante. Como aprendi nesse Educand�rio!


Ap�s o t�rmino desse trabalho, fui estudar mais um pou



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co. J� havia aprendido as coisas mais necess�rias para o in�cio
da minha jornada nesse novo lar, mas eu tenho sede de aprender
e fui fazer um curso indicado pelos meus mentores.

Estudava oito horas por dia e depois trabalhava, fazia um
�est�gio� junto com meus amigos.

Est�vamos aprendendo a ser socorristas. Isto n�o � f�cil
fazer. Precisamos de toda ajuda de nossos irm�os para podermos
ser fortes e sabermos lidar com as pessoas na hora de seu
desencarne.

Existem pessoas que j� partem preparadas. S�o os esp�ritas
estudiosos, fervorosos, caridosos. Aqueles que n�o tem a
ambi��o de s� quererem ser ajudados, que ajudam sem ser solicitados
e sem cobrarem por sua caridade. Estes s�o f�ceis de
serem conduzidos ao seu lugar certo, aceitam bem a sua passagem,
sua volta para o lar eterno.

Mas existem outros irm�os que n�o aceitam, n�o querem
ajuda e preferem ficar vagando at� se arrependerem de seus atos
e pedir perd�o a Deus, orar com toda for�a de seu cora��o. A�
ent�o podemos ajud�-los com todo amor de nossos cora��es e
� a� que ficamos felizes com cada conquista, porque cada irm�o
ajudado � uma gl�ria para n�s, � um ponto a mais somado para
a nossa eleva��o.

Como � bom ajudar! Saibam que � melhor ajudar do que
ser ajudado.

Pelo menos uma vez por semana vamos � reuni�es esp�ritas.
� sempre bom freq�entarmos essas casas de caridade. Aprendemos
muito, o que � bom demais, pois durante nossa exist�ncia,
tanto no plano f�sico como no plano espiritual, sempre temos
muito que aprender e mesmo assim sempre erramos. Mas
isso � para nosso aprimoramento, at� chegar o dia em que n�o
erraremos mais.

Geralmente freq�entamos casas de caridade onde nossas
fam�lias freq�entam.

Os pais de Paulo freq�entam uma casa na Consola��o. Os
pais de Roberto, na Liberdade; os pais de Juliana n�o freq�entam
centros, s� v�o � Igreja Cat�lica, mas aos poucos conseguiremos


Pelo esp�rito F�bio

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lev�-los a um bom centro, com toda a certeza.

Meus pais e minha irm� freq�entam uma casa esp�rita no
Tatuap� e outra na Vila Formosa. N�o sou autorizado a dar o
nome dessas casas , para evitar curiosidades.

Os centros esp�ritas devem ser freq�entados com muito
amor, boa vontade e, acima de tudo, muita f� no cora��o.

Irm�os, estudem o Evangelho. Leiam todos os dias um trecho,
debatam entre voc�s de cada lar, entre sua pr�pria fam�lia,
porque assim voc�s estar�o aprendendo e se esclarecendo cada
vez mais, para na hora do adeus final n�o se sentirem perturbados
e nem com uma sensa��o de perda e abandono.

Quero dizer que os ensinamentos de Jesus s�o maravilhosos
e, quanto mais aprendemos, mais felizes seremos. Pratiquem
a caridade, sejam calmos, serenos, n�o discutam com ningu�m,
procurem ouvir mais e falar menos, para seu pr�prio bem. Tenham
sempre, acima de tudo, Deus dentro de seus cora��es.

Continuarei estudando sempre aqui na col�nia onde eu
moro. Essa col�nia � maravilhosa, como todas as outras tamb�m
s�o. � que o nosso cantinho parece ser sempre o que mais
nos sentimos � vontade e, aqui, a Col�nia Santa M�nica � meu
novo lar e onde trabalho, estudo e assisto palestras. Aqui tamb�m
estudamos o Evangelho, passeamos e nos divertimos.

Nossas col�nias lembram cidades da Terra, s� que mais
bem cuidadas, limpas, organizadas, onde nossos mentores sabem
de tudo que acontece e est�o sempre prontos a nos esclarecer
e mostrar o melhor caminho que devemos seguir.

Pretendo numa pr�xima ocasi�o contar a voc�s, mais
detalhadamente, como � viver aqui. Tenho ainda muito a aprender,
pois desencarnei em outubro de 1996 e ainda tenho muito
caminho pela frente.

Pedi permiss�o para escrever este livro para tranq�ilizar
meus pais e minha irm� t�o amada e dizer a todos os amantes
do Espiritismo que aqui � muito bom, desde que sigamos as Leis
do Senhor.

Sinto saudades de minha m�e e de meu pai que amo tanto,
de minha irm� que nasceu junto comigo, pois somos g�meos, e a


a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Juventude no Al�m
quem eu amo tanto, sinto saudades dos meus amigos, mas estando
aqui eu posso visitar a todos e assim eu sou muito feliz.
Rogo a Deus que proteja sempre a todos que amo, a todos
que oram por mim e por minha fam�lia e saibam que tamb�m
oro por todos voc�s.
Agrade�o esta oportunidade concedida por Deus. Um dia
nos encontraremos de novo, se assim Deus o quiser.
Abra�o a meus pais, � minha irm�, � minha av� e a todos
que participaram da minha vida terrena.
Amo todos voc�s!

Pelo esp�rito F�bio

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NATAL NA COL�NIA


1
Caros amigos, como j� lhes falei, desencarnei em outubro
de 1996. Logo fui tratado de meus ferimentos, pois
desencarnei com v�rios tiros � queima-roupa.
Levei certo tempo para me adaptar nessa nova vida, afinal,
toda mudan�a precisa de adapta��o. Logo que sa� do Posto
de Socorro, fui levado para a Col�nia Santa M�nica, como
j� lhes contei, e fiz amizade com v�rios irm�os. Sempre fiz
amizades com muita facilidade e aqui � bem mais f�cil ainda,
pois todos est�o prontos a ajudar.
Tive um pouco de conhecimento da doutrina esp�rita na
minha vida terrena, nada muito profundo, apenas os primeiros
passos para a nossa passagem. Freq�entava poucos centros
esp�ritas, mas tive muitas elucida��es com minha m�e, que
sempre, desde crian�a, freq�entava com meu av� e tamb�m
gostava muito de ler livros esp�ritas.
Sempre depois dessas leituras, ela nos contava as est�rias,
para que aprend�ssemos alguma coisa, minha irm� e
eu.
Gostava de ouvir, mas n�o era muito chegado � leitura.
Esse pouco conhecimento j� me ajudou bastante na minha grande
partida. Por isso lhes falo, irm�os: estudem muito, leiam o
Evangelho todos os dias, se informem, porque na hora da despedida
final � s� o nosso conhecimento que vai junto conosco.
Mas voltando um pouco, fiquei quase dois meses me
adaptando � nova vida, sempre recebendo visitas de parentes
e amigos, conhecendo melhor meu novo lar e todas as
novas regras daqui.
Dois dias antes do Natal, meu primeiro Natal no Plano


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Espiritual, confesso que estava bem curioso para saber como
seria. No plano terrestre, eu n�o gostava dessa �poca, achava
tudo muito parado e s� pensava em comer. Mas aqui, como seria?
Quase n�o nos alimentamos, n�o conhecia muitas coisas
ainda, pensei:

� Isso vai ser uma chatice!
Dois dias antes da v�spera do Natal, exatamente no dia
22 de dezembro, meu av� Marcello, em uma de suas visitas,
veio me buscar para passar o Natal em sua casa, junto com
outros familiares e alguns amigos que moravam juntos.

Aqui em �cima�, dependendo do seu aprovamento e seu
conhecimento, voc� passa a morar em casas que voc� mesmo
monta do seu gosto. E meu av�, desencarnado h� alguns anos
e muito dedicado ao seu trabalho, j� conseguiu esse m�rito.

Fiquei encantado com essa permiss�o que eu havia recebido.
Fomos at� a casa de meu av� de aerobus*, para que
eu conhecesse melhor os lugares e fosse me adaptando � Col�nia.
At� chegarmos l�, vi muitas coisas bonitas. Pensei comigo
mesmo: que lugar lindo, bem cuidado, parece a Terra, apesar
de que l� sempre tem tr�nsito e buraco nas ruas por onde
muitas pessoas transitam todos os dias.

Mas eu estava pensando quando meu av� come�ou a rir
e me falou:

� Binho, aqui tudo � diferente. A beleza � mais pura, todas
as pessoas se respeitam e por isso tudo � mais bonito.
Achei interessante vov� Marcello ler meus pensamentos
e, assim, comecei a vigiar tudo que pensava para n�o fazer
nenhuma bobagem.

Foram dias maravilhosos que passei com ele. Vov� sempre
foi, ou melhor, ainda � muito alegre, bem disposto e sempre
pronto para ensinar e nos passar seus enormes conhecimentos.


Na v�spera do Natal, sa�mos � noite e fomos a um teatro.
L� estava sendo encenada a pe�a Jesus de Nazar�. Era um palco
lindo, tudo t�o real que me encantei s� de entrar l�.

Estavam v�rios atores contracenando a vida de Jesus, foi


Pelo esp�rito F�bio

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simplesmente maravilhoso. Depois de assistirmos a essa pe�a,
ficamos numa pra�a muito grande, onde v�rios irm�os conversavam
em grupos e todos pareciam se divertir muito.

Nessa �poca de Natal e fim de ano, geralmente est�o
todos de f�rias em seus cursos e os trabalhos v�o sendo revezados,
para que todos possam descansar.

Quando chega perto da meia-noite, onde na Terra todos
se abra�am e desejam Feliz Natal, aqui n�s come�amos a orar
em conjunto. No centro do jardim tem uma constru��o que
mais se parece com um coreto de cidade interiorana. L� tocam
m�sicas evang�licas e o orador vai fazendo lindas preces.
Cheguei a ficar comovido com palavras t�o lindas que
ouvia com muito interesse.

Ao terminar essas ora��es, a m�sica continuou por mais
algum tempo e depois fomos todos nos retirando, cada um indo
em dire��o aos seus aposentos.

Foi um bonito Natal!

No fim do ano, j� n�o fazem festa. As pessoas geralmente
se visitam para longos bate-papos e temos permiss�o tamb�m
para visitarmos nossos entes queridos na Terra.

Na segunda quinzena de janeiro � que come�am as aulas
novamente e pela primeira vez comecei meus cursos t�o maravilhosos.
Meu av� j� havia me dado umas dicas de como fazer
para volitar*, fui aprender mesmo durante o curso.

Hoje, na maioria dos lugares onde preciso ir, j� vou
volitando junto com meus companheiros de trabalho. Isso nos
torna bem mais r�pidos do que tomar o aerobus. Geralmente
usamos o aerobus quando estamos passeando pela col�nia ou
em visitas �s outras col�nias pr�ximas, para podermos aproveitar
mais desse lugar maravilhoso que � aqui.

E assim, amigos, se passou o meu primeiro Natal na vida
espiritual. Foi uma experi�ncia boa, gostei muito, passei feliz,
vi a encena��o da vida de Jesus. Como foi linda a passagem
de Jesus aqui na Terra. Pena que ele foi t�o judiado e, agora,
todos que judiaram dele precisam de sua ajuda para se elevar
cada vez mais na vida espiritual.


a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Juventude no Al�m
Amem-se uns aos outros cada vez mais. N�o deixem intrigas
invadirem suas vidas, relevem sempre e vivam em paz.

2
Pelo esp�rito F�bio

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COL�NIA SANTA M�NICA


Logo que deixei o Posto de Socorro, fui passar uns tempos
na casa de meu av�. Assim que come�aram os cursos,
no in�cio do ano, mudei-me para uma casa onde moravam
mais alguns jovens. A maioria era da mesma idade, variando
entre dezenove e vinte e cinco anos. Alguns haviam desencarnado
alguns meses antes de mim, outros um pouco depois,
mas todos com pouca experi�ncia. Junto conosco, morava o
Seu Moacir, que era nosso instrutor chefe.
Freq�ent�vamos os mesmos cursos. Come�amos aprendendo
como era viver aqui. Nesse �novo lar� n�o precisar�amos
mais tomar banho, nem nos alimentar. Tudo seria feito com
o poder de nossas mentes. As roupas aprendemos a plasmar
iguais as da Terra e nos sent�amos bem usando roupas iguais as
que costum�vamos usar. Tom�vamos apenas �gua flu�dica para
fortalecer nossos esp�ritos.
Vivemos nessa casa durante alguns meses. Junto com o
curso, comecei a trabalhar, pondo em pr�tica o que l� aprendia.
Com a ajuda de Seu Moacir, conheci melhor como era
viver aqui. Ele foi de grande import�ncia para o per�odo de
adapta��o, sempre muito paciente e com respostas para todas
as minhas d�vidas.
Quando resolvi trabalhar com drogados, fui trazido para
a Col�nia Santa M�nica. J� estava despertando em mim um
primeiro trabalho interessante.
A Col�nia Santa M�nica � muito bonita. N�o � uma col�nia
grande, existem col�nias bem maiores, mas � limpa e organizada
como todas as outras.
Suas ruas s�o arborizadas, largas e suas constru��es ma



Juventude no Al�m

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ravilhosas. � um lugar encantador. As folhagens daqui s�o de
um verde diferente do da Terra. O verde � mais verde porque
n�o existe polui��o e as cores s�o mais real�adas.

As constru��es s�o modernas e diferentes das conhecidas
na Crosta Terrestre.

Assim que cheguei � col�nia, fiquei surpreso com tudo
que via. Tudo era diferente e senti uma ansiedade muito grande.
Todo come�o � dif�cil, sempre sentimos medo do desconhecido.
Fiquei pensando como seria arrumar um emprego,
mas aqui tudo � t�o diferente da Terra. N�o precisamos fazer
testes, preencher fichas, aguardar sermos chamados e nunca
ter a certeza de quanto tempo ficaremos no emprego.

Chegando aqui, fui com um amigo ver o que eu precisaria
para iniciar minha vida �profissional�. Estava muito preocupado
se seria aceito ou n�o em algum trabalho, j� que
minha experi�ncia era t�o pequena. S� sabia o que estava
aprendendo no curso. Minha ansiedade foi percebida de in�cio
e logo fui ouvindo um:

� Calma, rapaz, aqui tem trabalho para todos e muito o
que fazer.
Isso foi dito pelo meu amigo Gabriel, com quem eu trabalharia
desse momento em diante.
Fui muito bem recebido. Assim que cheguei e depois de
boas explica��es, foram-me indicados dois trabalhos e optei
trabalhar com drogados.

Quando sa�mos, fui levado para onde seria meu novo lar.
Fui morar num pr�dio onde residiam muitos jovens.

Meu apartamento � de tamanho m�dio. O quarto � bem
grande e arejado. � mobiliado, tem uma cama, duas mesinhas
de cabeceira, onde em uma delas coloquei as fotos de minha
m�e, meu pai e de minha irm� em um bonito porta-retrato dourado.
Tem uma escrivaninha com um receptor que posso comparar
a um computador, onde recebo e fa�o relat�rios e tamb�m
posso ver minha fam�lia na Crosta Terrestre quase todos
os dias.

Escolho um hor�rio em que est�o todos no aconchego do


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


lar, assim �mato� a saudade de todos de uma s� vez.

Nesse quarto existe cama, mas n�o preciso mais dormir,
deito-me nela apenas quando fa�o um trabalho exaustivo, s�
para meditar e reavaliar tudo o que foi feito e o que ainda ficou
pendente. Tamb�m ou�o m�sica nas minhas horas de descanso,
para relaxar.

Al�m do quarto, existe tamb�m uma sala com um jogo de
sof� e poltronas e muitas plantas, onde posso receber amigos e
parentes para um bom papo. Passo poucas horas aqui, mas esse
cantinho � maravilhoso para meu descanso e estudo.

Aqui na col�nia todos se d�o bem. Existe paz, harmonia,
colabora��o, incentivo e, sobretudo, a sinceridade.

Na vida espiritual, todos est�o sempre prontos a ajudar o
pr�ximo. Os moradores mais antigos v�o sempre passando suas
experi�ncias aos rec�m chegados e tudo � feito com muito
amor.

Nas horas de folga podemos sair, passear, assistir palestras,
ir a shows e at� fazer visitas � outras col�nias.

Aqui existe o Livre Arb�trio, que � o mesmo para todos,
depende tudo s� de voc� mesmo. As coisas n�o s�o impostas.
Existem irm�os que n�o querem trabalhar e ningu�m lhes
obriga a nada. Nesses casos, s� � explicado a eles que sua
evolu��o s� depende da sua participa��o e sua boa vontade
em crescer e ser �til.

Como � bom nos sentirmos �teis. Como � bom ajudar ao
pr�ximo, muito melhor do que ser ajudado.

Existe um setor nas col�nias onde engenheiros tentam
passar aos irm�os da Terra projetos como os daqui. Algumas
vezes conseguem reproduzir constru��es. Se houvessem mais
m�diuns* desenvolvidos, seria mais f�cil passar ensinamentos
n�o s� na parte de constru��es, mas tamb�m nas �reas da
m�sica e da sa�de, por exemplo, j� que aqui est�o sendo
desenvolvidos rem�dios para a cura de muitas doen�as que
desesperam os encarnados.

Muitos irm�os aqui em cima trabalham com essa miss�o
de tentar fazer com que os irm�os terrenos possam viver me



a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Juventude no Al�m
lhor e com menos sofrimentos.
Por isso eu lhes digo: estudem sempre e, se n�o conseguirem
entender o Evangelho sozinhos, freq�entem centros esp�ritas
e ou�am palestras para seu melhor conhecimento.

3
Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


CONHECENDO O UMBRAL


Com o decorrer do tempo, quis saber cada vez mais sobre
os esp�ritos que vivem no Umbral*.
H� v�rios tipos de Umbral. Na primeira camada vivem
aqueles que geralmente s�o impiedosos em suas condutas.
S�o aqueles que n�o t�m nem um pouco de conhecimento
sobre o Espiritismo ou sobre a vida ap�s a morte e n�o conseguem
entender sua situa��o, sempre maldizendo o porqu�
de tudo.
Alguns desses irm�os som o decorrer do tempo, quis saber
cada vez mais sobre os esp�ritos que vivem no Umbral*.
H� v�rios tipos de Umbral. Na primeira camada vivem
aqueles que geralmente s�o impiedosos em suas condutas.
S�o aqueles que n�o t�m nem um pouco de conhecimento
sobre o Espiritismo ou sobre a vida ap�s a morte e n�o conseguem
entender sua situa��o, sempre maldizendo o porqu�
de tudo.
Alguns desses irm�os s�o mais f�ceis de doutrinar e levar
at� os Postos de Socorro.
No segundo plano do Umbral � digo segundo plano
porque h� v�rias camadas. Imaginem um pr�dio com v�rios
andares no subsolo. Quanto mais vamos descendo, mais triste
� a situa��o l� embaixo � j� existem irm�os mais revoltados,
que atacam os esp�ritos que l� vivem e at� os que querem
ajud�-los.
Geralmente, nesse plano vivem muitos drogados que fazem
mal a outros, que de alguma forma prejudicaram pessoas
inocentes.
Vi nesse local irm�os de todos os tipos. Quanto maior � o


Juventude no Al�m

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v�cio, mais deformado fica o perisp�rito. Existem esp�ritos que
mal d� para distinguir se � homem ou mulher, jovem ou de
mais idade, tamanha � sua deformidade.

Cheguei a me assustar muitas vezes com o que via, sem
acreditar que aquilo pudesse existir.

Numa das camadas mais baixas, vi muitas pessoas
acorrentadas pelas pernas, outras dentro de jaulas, em grutas
com portas de ferro.

Foi a� que perguntei ao meu mentor o que significavam aquelas
cenas t�o repugnantes que eu estava acabando de conhecer,
porque de certa forma eu j� havia ouvido falar de Umbral, mas
nunca imaginei cenas daquele tipo. Foi ent�o que ele me explicou:


� Nesses lugares, F�bio, ficam pessoas que fizeram muitas
maldades nessa �ltima encarna��o e outras at� de encarna��es
passadas, que n�o souberam aproveitar uma nova vida
para superar a ignor�ncia e a maldade.
� Mas o que elas fizeram de t�o grave assim?
� Geralmente s�o pessoas que matam ou mandam matar
pensando que ningu�m vai descobrir seus crimes um dia. Pensam
que porque o homem n�o descobre, Deus n�o est� vendo.
S�o tamb�m pessoas que usam suas mediunidades para ganhar
dinheiro f�cil e fazer certos trabalhos para algumas pessoas destru�rem
outras e tirar vantagens de certas situa��es. Usam esp�ritos
trevosos lhe oferecendo bebida e comida e, quando essas
pessoas desencarnam, s�o alvos em primeiro lugar desses esp�ritos
que um dia disseram ser seus amigos e por a� v�o esses
casos.
� Mas com todos que matam acontece isso, de virem
para esse lugar assustador?
� Nem todos. Cada caso � um caso. Aqui tudo � estudado
e todos tem o que merecem.
�s vezes, um irm�o que desencarnou pode ter tirado a
vida de outro, mas por leg�tima defesa. Ent�o vai ser estudado
todo seu curr�culo antes desse ato desastroso.


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


� Ent�o quem tirou a minha vida tamb�m vir� para esse
lugar?
� Depende somente dele. Mas talvez vir�, porque esse
n�o deve ser seu �nico crime.
Continuamos nossa peregrina��o pelo Umbral, mas s� observamos
tudo e fal�vamos muito, pois l� � tudo assustador.
Fiquei com d� daquelas pessoas e rezei para que todas
um dia aceitem as orienta��es de Jesus e de seus emiss�rios e
possam sair dali.

Nessa aula sobre o Umbral, usamos roupas protetoras e
os esp�ritos que ali vivem n�o podiam nos ver, at� que estiv�ssemos
preparados para todos os imprevistos, j� que eles usam
de muitas artimanhas para tentarem se soltar e voltar para a
Crosta Terrestre. Perturbam irm�os encarnados e levam muitos
� loucura e a praticar m�s a��es sob as influ�ncias malignas
deles.

Nesse dia n�o pudemos ajudar nenhum irm�o, porque era
um trabalho s� de reconhecimento das �reas mais baixas.

Essa visita me deixou muito cansado, devido � impureza
do local e do negativismo que ali existe.

Quando sa�mos desse lugar, tomamos um banho
energ�tico para descarregar as vibra��es negativas e tomamos
bastante �gua flu�dica para nos restabelecermos.

Foi um dia exaustivo. Mas assim que for poss�vel e eu
estando mais preparado, gostaria de voltar a esse lugar e tentar
ajudar esses esp�ritos que tanto mal fizeram ao pr�ximo e a
eles mesmos.

Alguns pedem ajuda parecendo serem sinceros, j� estando
cansados de sofrer por tantos anos, mas sempre h� irm�os
descendo a esses lugares e resgatando os que est�o
arrependidos de verdade. Aqueles que pedem perd�o e querem
conhecer uma nova vida com muita dignidade e honestidade,
esse direito lhes � assegurado.

Depois dessa visita, voltei ao meu lar e estudei ainda
mais o Evangelho. Agradeci com toda for�a de meu cora��o a


Juventude no Al�m

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Deus, nosso Pai, por eu estar num lugar t�o bonito, t�o cheio
de amor e de onde s� tenho a aprender cada vez mais.

Irm�os, amem-se uns aos outros, fa�am somente o bem,
perdoem todas as pessoas que um dia atravessaram seus caminhos,
tirando sua paz de esp�rito, sua esperan�a, lhe prejudicando.
Vivam s� com muito amor no cora��o e renunciem a
muitas coisas em prol de outros que necessitem mais.

Orem muito, principalmente para as pessoas que mais
lhe decepcionaram. S�o elas que mais precisam de ajuda.�o
mais f�ceis de doutrinar e levar at� os Postos de Socorro.

No segundo plano do Umbral � digo segundo plano
porque h� v�rias camadas. Imaginem um pr�dio com v�rios
andares no subsolo. Quanto mais vamos descendo, mais triste
� a situa��o l� embaixo � j� existem irm�os mais revoltados,
que atacam os esp�ritos que l� vivem e at� os que querem
ajud�-los.

Geralmente, nesse plano vivem muitos drogados que fazem
mal a outros, que de alguma forma prejudicaram pessoas
inocentes.

Vi nesse local irm�os de todos os tipos. Quanto maior � o
v�cio, mais deformado fica o perisp�rito. Existem esp�ritos que
mal d� para distinguir se � homem ou mulher, jovem ou de
mais idade, tamanha � sua deformidade.

Cheguei a me assustar muitas vezes com o que via, sem
acreditar que aquilo pudesse existir.

Numa das camadas mais baixas, vi muitas pessoas
acorrentadas pelas pernas, outras dentro de jaulas, em grutas
com portas de ferro.


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


RENASCENDO UMA ESPERAN�A
4

Certo dia, em uma das minhas visitas ao Umbral, conheci
um rapaz de dezesseis anos. Esse rapaz era
alto, magro, de cor parda e muito calado. Ficava s� olhando
tudo que se passava � sua volta, se escondendo sempre que
eu olhava para ele.
N�o contive minha curiosidade e me aproximei dele. Tentava
conversar, mas ele se esquivava.
Comecei a falar em nome de Jesus e ele riu. Insisti e n�o
estava obtendo nenhum resultado, at� que mudei minha t�tica.
Fingi que ia embora, a� ele me chamou e perguntou:
� Quem � voc�, meu chapa? Por que voc� est� limpo, se

aqui nesse lugar s� existem pessoas sujas e fedorentas como eu?
Aproximei-me dele e respondi:

� Voc� tamb�m pode se tornar uma pessoa limpa como
eu, desde que aceite sua situa��o.
� N�o acredito nisso. Quero saber porque uns vivem t�o
bem e outros nessa mis�ria em que me encontro.
Comecei perguntando qual era seu nome, mas ele era meio
arredio e n�o queria responder, dizendo que n�o me interessava.


Contei a ele minha est�ria e ele fingiu nem ouvir, mas
toda vez que eu falava que ia embora, ele mudava sua atitude.
Ent�o lhe perguntei:

� Por qu� voc� n�o quer me responder nada, mas tamb�m
n�o quer que eu v� embora? Se voc� n�o quer ajuda,
existem outros irm�os que est�o em situa��o at� pior que voc�
esperando pela nossa colabora��o.
A� ent�o ele teve um gesto desesperador. Apareceu por
inteiro na minha frente e chorou muito, dizendo que n�o sabia


Juventude no Al�m

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o que havia acontecido e resolveu se abrir comigo.
Seu nome � Rodrigo. Era um garoto de rua, abandonado
por sua m�e desde pequeno. Passou parte de sua vida em um
orfanato p�blico, mas aos nove anos fugiu de l�, indo morar
nas ruas de S�o Paulo.

N�o sabia se tinha irm�os ou parentes, pois nunca ningu�m
o procurou.

Sofreu muito pelo abandono, nunca perdoou sua m�e e
para todas as pessoas que via sempre rogava pragas, principalmente
�s que passavam com carros bonitos e importados.

Recebia ajuda de uma ou outra pessoa. Pedia esmola.
No come�o era para comer, depois passou a usar drogas e
tudo que conseguia era para gastar nisso. N�o tinha amigos,
era um garoto muito fechado em seu sofrimento e em seu v�cio,
j� que a maior parte do seu dia passava drogado.

Perto dele, o cheiro era insuport�vel, suas roupas sujas e
maltrapilhas. Foi a� que ele me perguntou:

� �Cara�, se voc� quer tanto me ajudar, d�-me suas roupas,
deixe-me tomar um banho e comer alguma coisa.
� Rodrigo, se voc� quer mesmo isso, eu lhe darei, mas
acho que se voc� vier comigo ser� bem melhor. Existem outros
locais aqui bem melhores que esse que voc� conhece. No
c�u tem lugar para todos, as leis de Deus foram feitas para
todos os seus filhos. � s� voc� querer que sua vida espiritual
vai melhorar e muito.
Foi a� que ele ficou desesperado, querendo saber do que
eu estava falando, e come�ou a chorar.

� Rodrigo, voc� j� desencarnou. Sua vida terrena terminou
e aqui s� depende de voc� para tudo ficar melhor. Tenha
f� em Deus e reze junto comigo, que isso lhe far� muito bem.
� �Cara�, n�o acredito em Deus. Ele n�o existe para os
pobres, s� para os ricos, porque os ricos t�m cada vez mais e
os pobres cada vez menos. Como voc� quer que eu reze, se
ele n�o existe?
Expliquei para aquela criatura que tudo � feito por Deus.


Pelo esp�rito F�bio

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Se ele era pobre e passava tanta necessidade, era porque de
alguma forma estava pagando por vidas passadas. Que alguma
falta ele havia cometido e precisava pedir perd�o a Deus
para poder come�ar a reviver no �para�so�.

Fui conversando muito com ele, que estava sempre desconfiado
e olhava para todos os lados, como fugindo de algu�m
ou pronto para me escapar. Mas com muita conversa,
consegui que ele fizesse uma ora��o simples comigo. Eu falava
e ele repetia:

� Deus, nosso Pai, que sois todo poder e bondade, ajude
esse nosso irm�o Rodrigo a sair das trevas e entrar no Reino
dos C�us. Pai, estou lhe pedindo perd�o por todos meus erros
em atos ou pensamentos e pe�o ao Senhor que me d� abrigo e
me conduza � paz eterna. Am�m.
Depois dessa ora��o, Rodrigo chorou como uma crian�a
e confessou nunca ter rezado antes. Acreditou que havia desencarnado
e consegui lev�-lo a um Posto de Socorro bem ali perto.


Rodrigo tomou banho, trocou de roupa, teve seus cabelos
e unhas cortados, foi bem alimentado e levado a um quarto
muito limpo, com cama macia e len�ol bem alvo. Deitou e
dormiu.

Depois de alguns dias, voltei para visit�-lo. Ele j� n�o
me chamava mais de �cara�, mas de F�bio.

Assim que entrei no quarto, ele se levantou e me deu um
abra�o e, podem ter certeza, meus amigos, eu comecei a chorar
junto com ele, mas de alegria, de felicidade, por v�-lo t�o
bem, iniciando uma nova etapa em sua vida e eu cumprindo
uma miss�o que me foi confiada.

Hoje Rodrigo j� foi totalmente desintoxicado e est� levando
uma vida cheia de esperan�as. Estuda em um educand�rio
para adolescentes, est� aprendendo a ler e escrever e promete
que vai fazer todos os cursos que os mentores indicarem para
ele.

Irm�os, como � gratificante ver nosso trabalho ter resul



a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Juventude no Al�m
tado positivo. � maravilhoso ver um desencarnado se reencontrar
e seguir os ensinamentos de Deus, Nosso Pai, com toda
gratid�o e j� sentir que cada vez quer crescer mais.
Rodrigo entendeu que aqui nesse nosso novo Lar, tudo
depende s� de n�s mesmos. Sempre somos ajudados, sempre
temos nossas d�vidas esclarecidas, mas o que voc� leva no
cora��o, a sua boa vontade, sua garra, determina��o, perseveran�a,
� o que mais vai lhe ajudar.
Amigos, nunca desanimem quando tiverem problemas.
Orem sempre a Deus, mentalizem Jesus, chamem pelos bons
esp�ritos e, com certeza, todos se sentir�o melhores e mais
protegidos.

5
Pelo esp�rito F�bio

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PEQUENOS MARAVILHOSOS


Depois de minhas visitas ao Umbral, voltei a conversar
com o amigo Gabriel e ficou resolvido que eu iria trabalhar
com crian�as. Seria um trabalho mais ameno, mais positivo,
j� que eu estava perplexo por ter visto cenas tristes.
Ap�s descansar por uns dias e reativar minha energia,
comecei a fazer um curso de Evangeliza��o Infantil.
Como � bom fazer esse curso. Aprendemos tantas coisas
bonitas que at� pensei em um dia ser professor de crian�as.
Quem sabe com o tempo e adquirindo cada vez mais conhecimento,
isso poder� se concretizar um dia.
Freq�entava as aulas todos os dias. � um trabalho que,
al�m de bom, � gratificante.
No meu primeiro contato com as crian�as, fiquei encantado
ao ver aqueles pequenos t�o maravilhosos brincando alegres
e felizes. Alguns sentiam muito a falta de suas m�es e
alguns at� choravam. Era a� que n�s convers�vamos com eles
e faz�amos com que compreendessem o que havia acontecido
de fato, explicando-lhes que poderiam rever seus familiares
assim que terminassem os estudos.
A idade das crian�as variava entre sete e doze anos. Elas
viviam todas juntas no Educand�rio Infantil e l� existem pessoas
para cuidar desses pequeninos.
Primeiramente, colocamos em pr�tica as nossas aulas.
Junto com os ensinamentos do Senhor, cant�vamos m�sicas
com letras e melodias maravilhosas, de f�cil compreens�o
para elas. Consegu�amos faz�-las prestar muita aten��o em
tudo que fal�vamos.
Nessa tarefa eu n�o estava sozinho, desfrutava da companhia
de meus amigos Paulo, Roberto e Juliana novamente.


Juventude no Al�m

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Ap�s cada dia de trabalho, nos reun�amos com Gabriel
para discutirmos nossas dificuldades e o que seria feito no dia
seguinte. Segu�amos seu planejamento muito bem organizado,
como � tudo aqui em cima.

Seguindo sempre o planejamento, ap�s as aulas come�amos
a sair em excurs�es pela col�nia, depois visitamos pra�as,
cinemas e fomos aos poucos mostrando como era tudo
por aqui.

As crian�as estavam encantadas com a maravilha do lugar
e ficaram mais contentes ainda quando viram p�ssaros e
animais muito d�ceis andando pelos parques.

Brinc�vamos muito com elas para que esquecessem de
seus familiares, pelo menos enquanto estavam conosco.

Com o passar do tempo, come�amos a fazer trabalhos
suaves com elas. Essas crian�as nos acompanhavam a centros
esp�ritas e come�amos pelas salas de aula desses locais.

Existem muitos centros que fazem evangeliza��o de
crian�as. Isso � muito bom, come�ar desde cedo para que as
crian�as sintam amor por essa religi�o t�o maravilhosa. Na
minha opini�o � a mais completa, n�o querendo me desfazer
de nenhuma outra, afinal, toda religi�o � importante, desde
que sempre tenha � frente as Leis de Deus.

Freq�entando os cursos nos centros esp�ritas, n�o s�
as crian�as encarnadas aprendem muito sobre essas Leis
maravilhosas, mas nossos pequenos desencarnados tamb�m
aprendem muito. H� uma transfer�ncia de energias muito
grande e isso s� faz bem a todas elas. Para n�s que acompanhamos
tamb�m � �timo.

Passado algum tempo do in�cio do curso, levamos as crian�as
para assistirem aos trabalhos no centro esp�rita. Faz parte da
evangeliza��o esse per�odo e elas s� participam da abertura dos
trabalhos e quando fazemos visitas aos lares com problemas mais
suaves � se � que podemos dizer que existem problemas suaves
�, com menos gravidade, que � para n�o choc�-las.

As crian�as s�o �timas para acalmarem ambientes. Dei



Pelo esp�rito F�bio

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xam fluidos leves, positivos e muita for�a para os necessitados.
Esses pequenos, como eu costumo dizer, s�o maravilhosos e
tudo que fazem e falam � com muita do�ura e meiguice.

Os adultos n�o imaginam do que as crian�as s�o capazes.
Elas nos ensinam mais do que n�s a elas.

Sua candura � um exemplo para todos. As crian�as v�em
tudo de modo simples, n�o complicam as coisas, por isso s�o
t�o puras.

Os adultos �s vezes ficam desesperados por n�o saberem
lidar com uma crian�a, mas � s� ensin�-las com naturalidade
que elas captam tudo que queremos dizer, sem que seja
preciso florear as coisas. Elas s�o humildes e precisam de muito
carinho e amor para estarem bem.

Em cada lar que entra uma corrente de crian�as, o ambiente
se torna mais leve, as pessoas se entendem melhor.
Digo aos pais que perderam seus filhos pequenos que todos
est�o muito bem aqui. S�o como nossos filhos, tamanha a dedica��o
e amor com que todas elas s�o tratadas.

Nunca se revoltem por perderem seus filhos, seja com que
idade for, muito menos fiquem julgando Deus por terem perdido
seus pequeninos e inocentes. Aqui todos s�o nossos anjinhos e s�
precisam de amor e ora��es. Em suas preces, mostrem que seus
entes queridos s�o muito amados. Isso � uma grande prova de
amor e d� muito conforto �quele que partiu.


Juventude no Al�m

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JULIANA
6
Caros amigos, neste livro propus-me a escrever todas
as minhas experi�ncias p�s-morte, mas pe�o licen�a
a voc�s para falar um pouco sobre a vida e a passagem dos
meus amigos dessa nova empreitada. Como j� citei antes,
trabalhamos sempre em pequenos grupos e abro um espa�o
aqui para falar dessas pessoas maravilhosas que est�o aqui
comigo.
Primeiramente vou falar um pouco de Juliana. Vou come�ar
falando dela por ser a nossa �mascote�, a �nica garota
do grupo.
Juliana � uma menina de dezessete anos, morena,
de apar�ncia fr�gil, mas de uma for�a interior muito grande.
Vivia em um lar de classe m�dia no bairro da Mooca,
em S�o Paulo.
Seus pais sempre freq�entaram a Igreja Cat�lica e passaram
a ela esse ensinamento. N�o acreditavam em Espiritismo,
mas tamb�m n�o tinham nada contra, apenas nunca
tiveram vontade de conhecer mais a fundo essa religi�o
maravilhosa.
Sua fam�lia sempre teve muita f� em Deus e muito
amor no cora��o. S�o pessoas bondosas, sempre que podem
ajudam outros irm�os com donativos, com palavra
amiga e sempre com muita ora��o. Juliana foi criada assim,
sempre adquirindo bons h�bitos e tudo feito com muito amor.
Al�m dos pais, Juliana vivia com mais dois irm�os. Sempre
tiveram uma fam�lia unida e com muita luta viviam bem,
sem grandes luxos e ostenta��es. O que mais imperava nesse
lar era a compreens�o, a bondade e a educa��o que os
pais conseguiram passar a esses filhos sempre muito ama



Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


dos.

Juliana sempre foi uma menina de sa�de fr�gil. Desde
pequena estava sempre em consultas m�dicas, mas ia tocando
sua vida com um tratamento aqui e outro ali.

Seus pais sempre tiveram que dar mais aten��o a ela do
que aos outros filhos, devido � sua sa�de debilitada, mas isso
n�o gerava ci�mes nos irm�os. Pelo contr�rio, isso os unia ainda
mais.

Certo dia, Juliana come�ou a sentir terr�veis dores de cabe�a
que nenhum analg�sico conseguia cur�-la. Foi com sua
m�e ao m�dico e este pediu v�rios exames, inclusive uma
tomografia computadorizada da cabe�a.

Nesse exame, foi constatado um tumor maligno. A fam�lia
de Juliana entrou em desespero e n�o viam sa�da para esse
diagn�stico. Sofreram demais com essa not�cia. Os m�dicos
ainda estavam estudando se deviam arriscar uma cirurgia ou
apenas um tratamento com radioterapia e quimioterapia.

Depois de alguns dias, foi decidido apenas o tratamento,
tal o avan�o da doen�a. Ap�s alguns meses, Juliana estava
piorando a cada dia. Foi internada v�rias vezes e nada melhorava
sua situa��o.

Seus pais, sempre com muita f�, oravam muito por ela e
mandavam rezar v�rias missas pela sua sa�de na par�quia que
costumavam freq�entar. At� o padre fazia v�rias visitas a ela,
sempre levando palavras de �nimo, f�, coragem e colocando

o nome de Deus acima de tudo. Essa fam�lia sentia uma dor
muito grande, mas nunca se revoltou contra o Criador. Assim
come�ou a luta dessa minha amiga t�o querida.
Juliana ficou de cama por v�rios meses. Sempre recebia
visitas das pessoas da par�quia e tamb�m de outros amigos e
familiares. Entre os familiares de Juliana, havia uma tia que era
esp�rita. Sempre freq�entava centros esp�ritas e rezava muito
a Corrente M�dica do Espa�o, pedindo que viessem em aux�lio
de sua sobrinha e amenizasse sua dor e seu sofrimento.

Nessas visitas, sempre lia trechos do Evangelho e dava


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explica��es sobre essa maravilhosa religi�o. Juliana gostava
muito dessas visitas e dessas aulas e prestava sempre muita aten��o,
porque o ensinamento de Jesus � maravilhoso. Aos poucos
foi aceitando a vida p�s-morte, a reencarna��o, o porqu� de
tantos sofrimentos, j� que entendia que havia vivido em outras
�pocas e que essa doen�a tinha algum fundamento em sua vida
atual.

O tempo foi passando e ela piorava cada vez mais, mas
sempre com seu cora��o em paz, orando a Jesus e pedindo
que fosse feito o melhor.

Depois que come�ou a ser evangelizada, j� encarava
a morte de uma maneira mais amena, sem tanto medo, e chegava
a ver seu desencarne como a melhor alternativa para
sua doen�a.

Com o tratamento, o corpo de Juliana foi se debilitando
cada vez mais. J� estava muito magra, os cabelos haviam
ca�do, mas queria sempre a visita de sua tia para aprender
cada vez mais.

Em conversas com seus pais, Juliana j� os preparava para
a sua passagem e dizia para que eles aceitassem de forma
natural, mesmo sabendo do sofrimento deles. Queria partir com
a certeza de que eles tamb�m acreditassem que a vida continuaria
ap�s sua morte e que um dia voltariam a se encontrar
numa vida bem melhor, sem dores e sem sofrimentos, onde o
crescimento s� depende da nossa boa vontade e f� em Deus.
Foi nesse clima de esperan�a e renova��o que, em agosto de
1996, Juliana partiu para a Vida Eterna.

Foi socorrida por alguns de seus familiares e amigos e
levada a um Posto de Socorro pr�ximo, onde ficou at� se restabelecer
e aceitar sua partida assim que ficou consciente. Era
muito querida por todos pela sua delicadeza e sua compreens�o.
Assim que conseguiu afastar o sofrimento de seu perisp�rito,
foi levada pelos mentores a fazer cursos. Era esfor�ada demais
e ainda �. Gosta de aprender cada vez mais e tem trabalhado
em prol de muitas pessoas necessitadas.


Pelo esp�rito F�bio

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Juliana � um exemplo de amor e coragem. � determinada
em suas obriga��es e ainda tem sonhos de crescer muito. A doen�a
fez com que amadurecesse muito e sua fam�lia tamb�m
est� aceitando essa partida com resigna��o e coragem.

Hoje, Juliana � feliz longe de seus sofrimentos f�sicos e
nos agracia com seu sorriso maravilhoso e sua grande for�a de
vontade.

Rogo a todas as pessoas que tenham muita f� em seus
cora��es. N�o desanimem diante de problemas t�o cru�is como
esse caso da nossa amiga Juliana. Acreditem que tudo o que
acontece n�o � por acaso. O sofrimento de uma doen�a, de
uma perda, � para o nosso engrandecimento, para o nosso
amadurecimento espiritual.

Tenham coragem para seguir suas vidas, n�o se desesperem
por bobagens que n�o valem a pena e n�o pensem que
seu sofrimento � sempre maior que de outros. Antes de reclamarem,
olhem para tr�s e ver�o que seus problemas, �s vezes,
s�o pequenos, comparados aos de outros irm�os.

Sigam seus caminhos sempre em frente, pensando que
tudo vai melhorar e que Deus nunca desampara seus filhos.


Juventude no Al�m

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PAULO
7
Vou falar agora um pouco sobre meu amigo Paulo. � um
rapaz de vinte e tr�s anos, vem de uma fam�lia de classe
m�dia alta. Morava no bairro do Morumbi, numa �rea nobre de
S�o Paulo. Sua fam�lia tem muitas posses e meu amigo sempre
teve muito conforto, fez muitas viagens pelo Brasil e tamb�m
pelo exterior. Estudava e sempre gostou das coisas boas da vida.
Tinha mais um irm�o, que era seu grande amigo.
Todos nessa fam�lia se davam muito bem. Havia muita
compreens�o entre eles. Os pais faziam de tudo para
que seus filhos fossem felizes, faziam todas as suas vontades.
Essa era uma fam�lia unida, n�o s� pelo amor que sentiam
uns pelos outros, mas tamb�m porque se uniam na
religi�o esp�rita.
Os pais de Paulo sempre viveram dentro dessa doutrina
e passaram aos filhos seus conhecimentos e, tamb�m,
a dedica��o a esses trabalhos. Freq�entavam um centro
esp�rita em outro bairro. Os pais de Paulo eram
freq�entadores mais ass�duos do que os filhos, mas sempre
houve muita f� nesse lar esp�rita.
Todos gostavam de ler o Evangelho e seu pai fazia pelo
menos uma vez por semana a Evangeliza��o no lar. Quer
dizer, debatiam entre eles alguns trechos do Evangelho e
sempre trocavam id�ias, um passando o que havia compreendido
ao outro.
No dia do anivers�rio de Paulo, seus pais deram a ele
um carro novo de presente. Era um carro importado que ele j�
estava querendo h� algum tempo. Esse presente o deixou encantado
e muito agradecido a seus pais.
Logo que recebeu as chaves, chamou seus pais e seu


Pelo esp�rito F�bio

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irm�o para passearem, darem uma volta pela cidade. Todos
foram felizes desfrutar da alegria de Paulo, que mais parecia
uma crian�a com seu brinquedo novo.

Depois de alguns meses, Paulo estava voltando da faculdade
e j� estava bem perto de casa quando dois indiv�duos o
abordaram na rua, num farol fechado. Meu amigo levou um
grande susto quando viu que eles estavam armados e pareciam
drogados. Um deles abriu a porta do carro e Paulo tentou
sair com o carro para fugir deles. Foi quando o outro lhe desferiu
um tiro mortal na cabe�a. Assustados, os ladr�es roubaram
s� o seu rel�gio e fugiram do local, largando o carro com a
porta aberta e Paulo, que jazia morto.

Logo chegaram pessoas ao local, mas ningu�m sabia dizer
direito o que havia acontecido, ningu�m viu nada, como
sempre. Assim que a pol�cia chegou e achou seus documentos,
sua fam�lia foi informada. O desespero foi grande demais, a sensa��o
de perda � muito ruim, d�i sempre com grande intensidade
e aquele vazio que � sentido � muito forte.

Mas a fam�lia de Paulo estava nesse momento envolta
por bons esp�ritos, que os acolheram e oravam para que eles
ficassem mais calmos.

Paulo foi sendo desligado de seu corpo pelos esp�ritos
encarregados dessa tarefa e socorrido imediatamente, sendo
levado a um Posto de Socorro.

Passou uns dias desacordado e, quando recobrou os sentidos,
recebeu a visita de sua av� materna, que ele queria muito
bem. Assim que Paulo a reconheceu, ficou desconfiado de que
algo mais grave havia acontecido e foi logo perguntando a
ela:

� V�, o que estou fazendo aqui? Que lugar � esse? O que
aconteceu?
� Calma, meu netinho querido � falou dona Palmira. Vou
responder uma pergunta de cada vez e voc� ficar� sabendo
de tudo, dentro do poss�vel.
Nesse lugar voc� est� sendo tratado por m�dicos e en



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fermeiras com todo amor que existe em seus cora��es. S�o
pessoas boas, sempre dispostas a ajudar e sei que voc� vai
colaborar com todas elas, sendo um bom menino.

Aqui � um hospital e o que aconteceu � que voc� j� cumpriu
sua miss�o no plano terrestre e agora ganha a liberdade
para crescer cada vez mais espiritualmente. Voc� viveu num
lar esp�rita e sabe como s�o essas coisas, n�o � mesmo?

� Sim, vov�, mas estou confuso ainda. Como isso aconteceu?
Sinto uma forte dor na cabe�a e pesco�o e n�o me recordo
de nada.
� Aos poucos voc� ir� recordar tudo, mas agora o mais
interessante � voc� ficar forte para iniciar uma nova vida.
� V�, e meus pais e meu irm�o, como eles est�o?
� Est�o muito tristes, mas est�o sendo atendidos pelos
�bons esp�ritos� e s� com o tempo � que conseguir�o assimilar
tudo. Todos eles est�o orando muito por voc�, para que
seja feliz e com a esperan�a de um novo reencontro, talvez
um dia at� uma comunica��o oral ou escrita. Mas ainda �
muito cedo para pensarmos nisto. Vamos cuidar de voc�, que
� o mais importante agora.
� Vov�, eu n�o estou com medo por ter desencarnado,
s� estou preocupado com o que est� por vir.
� Paulo, voc� n�o tem que ter medo de nada, meu filho.
Daqui pra frente, s� coisas boas v�o lhe acontecer. O pior j�
passou. Num futuro bem pr�ximo, voc� ir� estudar, conhecer
novas pessoas, fazer boas amizades e tamb�m ir� trabalhar
em prol dos irm�os necessitados. Isso � o que mais gostamos
de fazer aqui, ajudar a todos que precisam de n�s. Por enquanto,
filho, n�o se preocupe com o que est� se passando com
seus familiares, reze muito por eles e por voc� mesmo e seja
feliz sempre.
Quando Paulo come�ou seus estudos, sempre incentivado
por sua av� e outros familiares e amigos, foi que nos conhecemos.
Ele foi assassinado assim como eu, mas nossas est�rias
s�o bem diferentes e tudo isso que acontece serve para o nosso


a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Pelo esp�rito F�bio
engrandecimento, porque aprendemos que nunca devemos ter
�dio nem repulsa em nossos cora��es.
Quando um esp�rito deixa a Terra, leva consigo suas
virtudes inerentes e vai para o espa�o se aperfei�oar ou ficar
estacionado, at� que queira ver a luz.
Paulo e eu, quando fomos tirados dessa vida, n�o carregamos
conosco �dio nem desejo de vingan�a e j� sab�amos
que, para chegar a Deus, n�o h� outra senha que n�o seja a
caridade e o perd�o.

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ROBERTO
8
Chegou a vez do meu amigo Roberto. Deixei-o por �ltimo
devido � sua grande ansiedade em participar deste
livro. Mas como aqui devemos controlar nossos impulsos, esperar
foi mais uma li��o que ele aprendeu.
Roberto � um grande amigo, como os demais. Tem um
astral elevado e est� sempre fazendo brincadeiras para quebrar
a rotina. At� em momentos que estamos trabalhando, sempre
tem uma piadinha sadia ou uma cara engra�ada.
Roberto � filho de japoneses que s�o comerciantes no
bairro da Liberdade, em S�o Paulo. Desde pequeno, sempre
se destacou entre os irm�os atrav�s de sua vivacidade, alegria
e bom humor. Em todos os momentos, seja qual for, meu amigo
sempre tem sa�da para tudo de um modo simples e com
irrever�ncia.
Ele tem mais um irm�o e uma irm�, � o filho do meio, e
trabalhava junto com seus pais. � de uma fam�lia de classe m�dia,
mas com trabalho sempre teve tudo, dentro do limite.
Seu sonho sempre foi ter uma moto e seus pais conseguiram
dar a ele uma de presente, do jeitinho que ele queria.
Roberto ficou muito feliz com esse presente e cuidava
de sua moto como de uma j�ia, sempre limpinha e brilhando.
Ia com sua �m�quina� a todos os lugares, andava com
ela pela cidade quando trabalhava, quando passeava e tamb�m
em viagens.
Certo dia, Roberto foi a uma danceteria comemorar o
anivers�rio de um amigo. A festa estava muito animada, todos
se divertiam muito. Ele n�o era de beber nada alc�olico, preferia
refrigerantes e sucos naturais.
No final dessa festa, meu amigo estava voltando para


Pelo esp�rito F�bio

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casa, j� de madrugada, quando um carro que vinha em alta
velocidade deu uma fechada nele e chegou a tocar em sua
moto. Como estava correndo tamb�m, sua moto ficou
desgovernada e bateu contra um muro, em uma rua de pouco
movimento. O carro que causou esse acidente fugiu sem prestar
nenhum socorro e Roberto ficou ali agonizando por um bom
tempo, at� que foi socorrido por pessoas que passavam no local
e viram que ele estava machucado.

Roberto sofreu fratura no bra�o e traumatismo craniano,
devido � for�a com que bateu a cabe�a contra o muro. Assim
que foi socorrido e levado para o hospital, foi feito tudo
que era poss�vel, mas por causa da demora para ser socorrido,
seu corpo carnal n�o resistiu aos ferimentos e aconteceu
seu desencarne.

Nessa hora, Roberto estava inconsciente e seu desligamento
foi feito de forma r�pida pelos irm�os especializados,
que o levaram a um Posto de Socorro. Ficou nesse local por
algumas semanas. Toda vez que recobrava os sentidos, ficava
assustado e os m�dicos lhe davam rem�dios para dormir
mais um pouco.

Enquanto isso, os pais de Roberto foram avisados do ocorrido
e, como toda perda � dif�cil, entraram em p�nico, sem
compreender o porqu�. O desespero e o des�nimo tomou conta
daquela fam�lia, mas, gra�as a Deus, essa � uma fam�lia
esp�rita e conseguiram ir se controlando com o passar das horas.
Fizeram uma corrente junto com outros familiares e amigos
e oraram por aquele irm�o que havia acabado de
desencarnar.

Geralmente, em lares esp�ritas, dificilmente vemos a
revolta e o �dio tomar conta dos irm�os, mesmo nessa hora
t�o dif�cil. Mesmo que um dos membros da fam�lia fique revoltado,
logo aparece outro para tirar esse sentimento de
seu cora��o. Nessas horas em que falta a compreens�o do
que ocorreu, o racioc�nio fica confuso, parece que o ch�o
se abre sob nossos p�s, o melhor � rezar e rezar muito para


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podermos voltar � realidade e acabar aceitando o que aconteceu.


Temos de pensar tamb�m nessa hora, por mais dif�cil
que seja, no irm�o que partiu. Ele tamb�m fica na maioria
das vezes confuso, sem compreender o que aconteceu e,
nessa hora, quase sempre n�o basta s� a palavra amiga de
outro desencarnado, mas as palavras positivas que a fam�lia
manda para ele. � uma situa��o dif�cil para ambas as partes,
s� com muito estudo e f� um dia conseguiremos aceitar
com menos dor essas partidas.

Mas voltando a falar de Roberto, essa simpatia de pessoa,
ao acordar, deparou-se com parentes seus que j� haviam
desencarnado. Sua surpresa foi imensa quando viu
um tio de quem gostava muito. Esse tio foi conversando
at� que ele compreendeu o que realmente havia acontecido.
Roberto tinha conhecimentos esp�ritas, chegou a freq�entar
algumas reuni�es junto com seus pais, e esse pouco
conhecimento o ajudou muito.

Roberto desencarnou aos dezenove anos, no in�cio de
outubro de 1996. Nos conhecemos no primeiro curso que fizemos,
junto com Juliana e Paulo. Foi uma amizade que foi
crescendo com o passar do tempo e pela afinidade que sentimos
uns pelos outros.

Estamos juntos nessa empreitada desde o come�o.
Sempre fazemos os mesmos cursos e trabalhamos juntos.
Temos o mesmo desejo de aprender cada vez mais, talvez
por isso ainda estamos todos juntos. Sabemos que um dia
trocaremos de turma para novos aprendizados e novas experi�ncias,
mas nossa amizade vai continuar, com toda
certeza, cada vez mais forte.

Quando desencarnamos, no in�cio geralmente nos agrupamos
com pessoas da mesma faixa et�ria e com os mesmos
gostos, para nos sentirmos mais seguros. Com o passar do tempo,
j� n�o vai mais existir isso. Trabalharemos com todas as
pessoas que nos forem indicadas e certamente continuare



Pelo esp�rito F�bio

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mos a fazer trabalhos cada vez melhores. Aqui todos se querem
bem e se ajudam mutuamente.

Gostaria de terminar este cap�tulo com uma palavra do
Evangelho, principalmente para aqueles que perderam pessoas
muito pr�ximas, como filhos, pai, m�e, al�m daqueles
que sofrem com doen�as e sem esperan�a de vida.

�A dor � uma ben��o que Deus envia aos seus eleitos;
n�o vos aflijais, pois, quando sofrerdes, mas bendizei, ao contr�rio,
o Deus todo poderoso que vos marcou pela dor neste
mundo para a gl�ria no c�u�.


9 9
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CONVITE PARA UM NOVO CURSO

Terminado mais um dia de trabalho com as crian�as, meus
amigos e eu fomos chamados para uma reuni�o com
Gabriel. Est�vamos ansiosos, querendo saber logo do que se
tratava. No caminho, �amos discutindo sobre v�rios assuntos
de trabalho.
O local onde Gabriel faz as coordena��es de trabalho
fica num pr�dio muito elegante, um pouco longe de nossos apartamentos,
mas mesmo assim �amos andando, j� que havia ainda
algum tempo sobrando. Aproveitamos para desfrutar mais
um pouco da beleza da col�nia.
No caminho encontramos com muitos amigos, mas n�o
pod�amos parar para conversar. Assim que chegamos ao gabinete
de Gabriel, este nos recebeu com muita alegria. Entregamos
a ele nossos relat�rios e mostramos como est�vamos felizes
com o que faz�amos.
Ap�s uma longa conversa, Gabriel nos prop�s um outro
curso, que iria iniciar brevemente. Olhamos um para o outro
e sorrimos. Estava aparecendo mais uma boa chance em nossos
caminhos.
Gabriel percebeu nossa alegria e foi logo dizendo:
� Meus caros amigos, pensei em voc�s assim que este
curso teve sua data marcada para come�ar. Sei que voc�s est�o
dispostos a aprender muito e h�o de querer faz�-lo. � muito
interessante e s� depende de voc�s aceitarem ou n�o. Ser�
mais um ponto marcante para seus curr�culos. Sei que voc�s
s�o esfor�ados e confiamos nos quatro amigos.
Olhou para mim e falou:
� F�bio, voc� que sempre tem boas intui��es, j� consegue
imaginar do que se trata?


Pelo esp�rito F�bio

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� Dessa vez, devo confessar que ainda n�o percebi nada,
mas partindo de voc�, meu grande amigo, s� pode vir coisa boa.
Est�vamos querendo saber logo do que se tratava, mas
Gabriel continuava a fazer suspense, at� que Juliana foi logo
dizendo:

� Amigo Gabriel, ser� que d� para voc� falar logo do
que se trata, que meu cora��o parece que vai explodir de
tanta ansiedade!
� Controle-se Juliana, j� vou explicar sobre esse novo
curso. Ser� um curso demorado, mas muito interessante. Voc�s
assistir�o oito horas de aula por dia. Ter�o quatro horas de
aula, descansam por uma hora e depois continuam as outras
quatro. Sei que isso n�o � problema para alunos t�o s�rios e
ass�duos como voc�s, mas ser� cansativo. Ap�s o primeiro
m�s de aula, voc�s far�o est�gio nos Postos de Socorro, junto
com outros irm�os mais conhecedores do assunto e que
complementar�o as aulas. Esse curso exigir� muito de voc�s
mas � gratificante.
Nossa curiosidade aumentava a cada palavra pronunciada
por Gabriel, at� que ele resolveu contar o que far�amos.
O curso que iria come�ar era para �socorrista�. Ficamos
encantados com a id�ia. Ser socorrista � �timo, mas exige
grande responsabilidade. Olhamos um para o outro e, como
um coro ensaiado, respondemos que sim, que far�amos esse
curso do qual j� hav�amos comentado muitas vezes entre n�s.

Gabriel se sentiu orgulhoso. Falou que sabia que aceitar�amos
o convite e que confiava em n�s. Havia poucas vagas
para esse curso e, assim que Gabriel foi informado sobre
ele, mesmo sem nos consultar, j� havia dado nossos nomes,
tamanha a certeza que tinha de que aceitar�amos faz�-lo.

O curso come�aria em duas semanas. Foi o tempo suficiente
para outra equipe nos substituir no trabalho com as crian�as.
O mais dif�cil disso tudo foi termos que nos afastar daquelas
criaturas t�o maravilhosas, mas sabemos que estaremos
em contato com elas sempre que for poss�vel.


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O grupo que iria nos substituir tamb�m era formado por
jovens. Todos estavam alegres com o in�cio desse trabalho e
t�nhamos a certeza de que os nossos pequenos estariam em
boas m�os.

Depois de duas semanas, nos despedimos deles e come�amos
o nosso novo curso. Agora ir�amos ser socorristas. No
plano espiritual, os socorristas s�o chamados de anjos enviados
pelo Senhor, para receber e esclarecer os novos irm�os
que chegam a todos os minutos. � um trabalho dif�cil, por isso o
curso � demorado. Ficar�amos estudando por seis meses, colocando
em pr�tica nossos novos ensinamentos, junto com irm�os
que j� fazem esse servi�o h� muito tempo.

Ficamos contentes em receber esse convite, j� imaginando
como seria receber nossos familiares e amigos na hora de
sua chegada aqui, caso ainda estiv�ssemos trabalhando nisso.
Far�amos de tudo para sermos os melhores alunos do curso, podem
ter certeza. O que dependesse de n�s seria feito.

Para ser franco com voc�s, caros leitores, meus amigos
e eu n�o nos sentimos como �anjos�, como s�o chamados os
socorristas aqui, mas sim filhos de Deus, orgulhosos e privilegiados
pela oportunidade que bate em nossa porta. Tudo que
queremos � fazer nosso trabalho bem feito e nos sentirmos �teis
cada vez mais, pondo em pr�tica tudo que vamos aprender e
seguir com toda certeza, o caminho certo para nos elevarmos
cada vez mais.

Est�vamos sim, muito felizes com essa oportunidade e
com a confian�a depositada em n�s. Far�amos tudo que estivesse
ao nosso alcance e quem sabe at� um pouquinho mais.
Nosso objetivo � aprender sempre, cada vez mais, e continuar
um trabalho digno como todos que fizemos at� aqui. Ajudar
cada vez mais irm�os a se esclarecerem para uma vida melhor
aqui no plano espiritual.

Temos ainda muitos sonhos que s� ser�o realizados com o
passar do tempo, afinal faz t�o pouco tempo que chegamos aqui
e j� conseguimos tanta coisa boa. Quanto mais chance de tra



Pelo esp�rito F�bio

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balhar temos, mais chances queremos ter. Nossa f� em Deus
Pai e Jesus, Nosso Mestre amado, cada vez aumenta mais e
somos gratos por nos sentirmos t�o amados no Plano Espiritual,
sempre ter � nossa volta pessoas t�o boas, t�o otimistas, tirando
sempre nossas d�vidas e nos dando orienta��es com muita boa
vontade e muito amor no cora��o.

Agrade�o sempre a Deus por todas as boas chances que
temos aqui �em cima� e oro para que todos os irm�os encarnados
e desencarnados tamb�m sintam paz e alegria em seus
cora��es.

A vida � cheia de atribula��es, sempre existe um problema
aqui, outro ali. Mas entendam, irm�os, que tudo isso que
acontece � para o crescimento espiritual.

Quando voc�s estiverem com grandes problemas, nunca
desanimem, entreguem tudo nas m�os de Deus e orem. Com
toda certeza, no dia seguinte voc�s se sentir�o mais fortes e
com mais garra para lutar e continuar a vida.


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MESTRE GABRIEL


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No dia marcado, fomos com muita ansiedade at� o pr�dio
onde seriam ministradas as aulas desse novo curso,
o curso de socorrista.
Chegamos mais cedo ao local e Gabriel nos acompanhou.
Como ainda faltavam alguns minutos para o in�cio das
aulas, ficamos conversando um pouco. Gabriel falava sobre
tudo que ir�amos aprender e nos encorajava muito.
Ele � um irm�o de seus quarenta e oito anos. � alto, elegante,
voz firme, muito brincalh�o e bastante amigo. J�
desencarnou h� alguns anos e sua miss�o atual � distribuir trabalhos
a novos grupos formados pelos mentores. Trata a todos
com muita naturalidade e quem conversa com ele pela primeira
vez parece j� conhec�-lo h� bastante tempo. � desenvolto
em suas atitudes e sempre usa de muita objetividade. A
paz e a serenidade j� fazem parte de seu comportamento. Sabe
expor claramente seus objetivos e sempre vai direto ao assunto
desejado. N�o usa de meias palavras e a gentileza j� faz
parte de seu temperamento.
Gabriel diz gostar muito de seu trabalho. Est� sempre em
atividade e, nas suas horas de folga, at� nos acompanha em
alguns trabalhos, sempre passando sua experi�ncia e habilidade
ao tratar com os irm�os desencarnados. � muito paciente
e minucioso em seus coment�rios. Nunca ouvi Gabriel dizer
que n�o sabia responder a alguma pergunta. � dedicado aos
estudos e est� sempre disposto a passar suas experi�ncias. �
am�vel com todas as pessoas e isso s� faz aumentar seu grau
de espiritualidade. Ele � um exemplo de bondade e de amor
ao pr�ximo.
Como � bom saber que existem pessoas como Gabriel,

Pelo esp�rito F�bio

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que ajudam sem esperar recompensas. Tudo que fazemos aqui
no plano espiritual � em nome do amor e da caridade, diferente
da Crosta Terrestre, onde muitas pessoas dizem ajudar em
nome do amor, mas na verdade s� querem receber elogios,
agradecimentos e reconhecimento a todo momento. Essa �ajuda�,
na verdade, � s� para satisfazer o pr�prio ego dessas pessoas
que, por agirem assim, destroem o bom ato do momento e
n�o ganham gl�ria alguma dos �c�us�.

Toda ajuda, toda caridade exige grande esfor�o. Temos
de estar cientes que com amor de verdade em nossos cora��es
e sem esperar recompensas por nossos atos � que existe
a verdadeira �caridade�. Tudo deve fluir normalmente por amor
ao pr�ximo e n�o por obriga��o.

No plano espiritual, procuramos sempre ajudar a outros
irm�os, passar a eles nosso conhecimento por menor que seja,
mas tudo feito dentro das leis de Deus: �Ajudar sem ver a quem�!


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CURSO DE SOCORRISTA


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Ap�s uma boa conversa com os amigos, chegou a hora
t�o esperada. Fomos para a sala de aula e Gabriel nos
acompanhou at� a porta, seguindo depois para outro local.
Entrei na sala com muita emo��o. Era uma sala ampla,
bem arejada, com mesinhas que lembram bem uma sala de
aula das escolas da Terra. Havia cortinas com estampas bem
delicadas na cor azul enfeitando as janelas, um quadro negro
e a escrivaninha do professor, com um computador.
Meu cora��o batia mais acelerado, estava muito emocionado
por estar ali e com muita curiosidade por saber como
seria esse curso.
Na sala havia vinte mesinhas e aos poucos foram entrando
os alunos. Havia pessoas de todas as idades, mas o que
predominava mais eram os jovens. Dos vinte alunos, contei
onze com pouco mais de vinte anos.
Al�m dessa sala havia outras duas, tamb�m com vinte
alunos cada uma. Conforme os alunos chegavam, �amos nos
cumprimentando como se f�ssemos velhos amigos. Sempre
quando encontramos com pessoas novas aqui em cima, a primeira
pergunta �:
� Como voc� desencarnou?
Parece que a curiosidade n�o faz parte s� da vida ter-
rena.
Entre os jovens, pode-se dizer que a maioria morre de
acidente de carro ou moto, overdose ou assassinato. Os mais
idosos geralmente s�o por alguma complica��o em partes vitais
do organismo. S�o poucos os mais idosos que desencarnam
violentamente. Existem tamb�m alguns que sofrem acidentes
e desencarnam, mas n�o � a maioria, como tamb�m muitos


Pelo esp�rito F�bio

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jovens partem por motivo de doen�a, como � o caso de nossa
amiga Juliana.

Ficamos conversando entre n�s por algum tempo, mas tudo
isso j� � planejado para que possamos ir nos enturmando melhor,
conhecendo um pouco mais do outro e isso � muito bom.

J� que vamos passar juntos seis meses, � bom nos conhecermos
melhor. Todos da sala de aula s�o pessoas simp�ticas e
muito otimistas. Pude notar que a emo��o e a ansiedade n�o
partiam s� de mim, mas de todos que ali estavam. N�o sab�amos
direito como seria esse curso, mas vontade de aprender
era o que n�o faltava em nenhum de n�s.

Notei entre os alunos uma senhora de uns cinq�enta anos
que mais ouvia do que falava. Como sou muito conversador,
fui at� ela perguntar seu nome e quais eram seus objetivos
para esse curso. Meio constrangida, ela falou que seu nome
era Dulce e que estava um pouco assustada com a responsabilidade
que esse curso exigiria dela.

Mesmo sem saber direito dos nossos deveres fui falando:

� Dona Dulce, se a senhora est� aqui para realizar esse
curso � porque est� capacitada para tal. N�o deve se preocupar
com o futuro, j� que teremos um bom tempo pela frente.
Perguntou meu nome e falou:

� Sabe, F�bio, para os mais jovens, o desconhecido n�o
� t�o assustador, mas para quem j� tem a minha idade parece
tudo mais dif�cil.
� Que nada, dona Dulce. Faz de conta que aqui todos
temos a mesma idade, j� que os objetivos s�o os mesmos.
Queremos aprender e sermos �teis. A senhora est� aqui for�ada?
� N�o, F�bio. Estou aqui de livre e espont�nea vontade,
j� que o Livre Arb�trio impera aqui em cima.
� O que a senhora fazia na Terra?
� Era dona de casa. Meus dois filhos j� estavam casados
e eu vivia s� com o meu marido. Nunca trabalhei fora, apesar
de sentir muita vontade de faz�-lo, mas escolhi me dedicar ao

Juventude no Al�m

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lar e talvez por isso mesmo � que sou insegura.

� N�o pense nisso, dona Dulce, aqui temos um ao outro
para ajudar e se eu poder ser �til � senhora, pode contar comigo.
Fique mais � vontade e se sentir� melhor. Esse nosso novo
trabalho deve ser muito interessante. Deixe-me voltar para o
meu lugar, que o professor j� est� chegando.
Nesse momento, entrou na sala um senhor de uns sessenta
anos, alto, olhos azuis, cabelos e barbas brancas, muito
simp�tico, bem vestido e com um perfume muito bom que exalou
pela sala adentro. Ficamos todos olhando para ele com um
sorriso nos l�bios e ele tamb�m sorriu para n�s.

� Meu nome � Get�lio. Serei o professor de voc�s com a
colabora��o de mais dois amigos, que voc�s ir�o conhecer na
hora certa. Passaremos um bom tempo juntos, portanto, � bom
sermos bem gentis uns com os outros. Estou sentindo que seremos
bons amigos e podem contar comigo para esclarecer todas
as suas d�vidas. Vi que voc�s j� se apresentaram uns aos
outros e houve muita simpatia entre todos. Esse � um bom come�o.
Estudaremos e trabalharemos juntos por um bom tempo e
tenho certeza que, nesse per�odo, nossa amizade s� vai aumentar
cada vez mais. Antes de iniciar as explica��es desse curso,
quero pedir a todos para fazer uma ora��o conhecida na Terra.
Rezaremos uma ave-maria e um pai-nosso para nos fortificarmos.
Terminada essas ora��es, o professor Get�lio continuou:

� Esse curso � muito interessante. H� muita coisa a ser
aprendida e para dar tudo certo � preciso muito amor no cora��o
de cada um. Lidaremos com o pr�ximo num momento bem
dif�cil para cada irm�o. N�s j� sentimos essa necessidade de
apoio na hora do nosso desencarne, portanto, voc�s sabem
como temos que ser gentis e objetivos em nossas conversas
com os irm�os que chegam aqui a todo momento. N�o pensem
que, ap�s algumas aulas, voc�s j� estar�o prontos para
enfrentar problemas t�o diversos. Primeiramente, haver� um
est�gio nos hospitais, depois nos postos de socorro e, assim,

Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


voc�s estar�o prontos para descer � Terra e resgatar os irm�os
que estar�o desencarnando. Voc�s ser�o a segunda equipe a
entrar em contato com esses irm�os. Os primeiros s�o os encarregados
de fazer os desligamentos. Terminada essa parte
do servi�o � que voc�s acompanhar�o os irm�os, conversar�o
com eles e os encaminhar�o a seus devidos lugares.

Nessa hora, vai ser preciso muita coragem e pouca emo��o.
Como voc�s j� sabem, existem v�rios tipos de irm�os.
Aqueles mais preparados para a morte aceitam suas situa��es
mais rapidamente, s�o mais d�ceis e at� colaboram com aqueles
que v�o ajud�-los, mas existem outros irm�os que s�o muito
materialistas, n�o querem deixar seus bens e adoram seu
corpo de carne, n�o aceitam de jeito nenhum que sua hora
chegou.

Existem outros que preferem ficar vagando na esfera terrestre,
com medo de serem roubados pelos familiares e verem
seus bens materiais sendo divididos pelos seus parentes. Esses
s�o os que mais d�o trabalho, mas, como tudo aqui � feito sob

o Livre Arb�trio, ningu�m pode obrigar esses irm�os a nos atender,
a nos escutar e muito menos nos seguir para o lugar certo.
Somente quando eles perceberem que de nada adiantou seu
apego as coisas terrenas � que pedir�o socorro, da� sim voc�s
voltar�o e os encaminhar�o.
Falei que n�o podemos deixar a emo��o tomar conta de
nossos cora��es: para isso, precisamos estar bem conscientes
de nossas obriga��es. Se a emo��o dominar, voc�s n�o conseguir�o
executar seus trabalhos. Nessa hora temos de ter �pulso�,
cabe�a erguida e um pouco da frieza para conseguir o
objetivo. Usar de frieza n�o quer dizer ser est�pido e nem maltratar
ningu�m, mas sim fazer valer o que � certo e o certo � a
nossa vontade predominar.

Haver� casos em que irm�os pedir�o a voc�s para deixarem
que eles voltem para seus lares, para sua vida, que ainda
h� muita coisa a ser feita, mas isso � imposs�vel, n�s sabemos.
Mas muitos pensam que pedindo poderemos liber�-los e


Juventude no Al�m

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eles voltar�o para seus corpos. Tudo depende s� do preparo
dos irm�os encarnados, assim, temos que intuir sempre a eles
que estudem para seu crescimento espiritual.

Ap�s a elucida��o sobre o curso, o professor Get�lio pediu
que cada um contasse como foi sua recep��o na hora da
chegada aqui. Quando o �ltimo aluno terminou de contar sua
experi�ncia, n�s j� hav�amos tido uma boa aula e j� est�vamos
aprendendo um pouco.

Nas pr�ximas aulas, o professor Get�lio ir� trazer alguns
irm�os que representar�o estar desencarnando naquela hora,
para que possamos conversar com eles e, assim, come�armos
a sentir como vai ser daqui para frente.

Achei bem interessante essa nossa primeira aula. Ter�amos
que nos preparar muito para seguir esse caminho que parece
f�cil, mas � bem mais dif�cil do que parece. � preciso muito
amor no cora��o para receber esses irm�ozinhos que aqui chegam,
sem assust�-los e nem deix�-los inseguros. � uma hora
dif�cil para eles e gloriosa para quem consegue alcan�ar esse
objetivo.

Rogo a Deus que nos oriente sempre para fazer esse trabalho
cada vez melhor e doar cada vez mais de n�s mesmos.

Tenho certeza que estudarei e aprenderei muito para poder
dar o melhor de mim a todos que precisarem.


12 12
Pelo esp�rito F�bio

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PRIMEIRO DIA DE EST�GIO


Com o decorrer do curso, as aulas foram ficando cada
vez mais interessantes. De tr�s salas que haviam no
come�o, s� restaram duas. Muitos irm�os desistiram do curso
durante o percurso, por n�o se sentirem capazes ou por
n�o ser aquilo que esperavam.
Aqui nada � questionado, cada um faz aquilo que tem
vontade. � indicado um curso, mas cada um resolve o que �
melhor para si. � preciso for�a de vontade, pois o trabalho �
�rduo e nos deixa um pouco tensos.
Foram feitos grupos de cinco pessoas para come�ar o
est�gio. J� faziam alguns meses que o curso havia sido iniciado
e j� estava na hora de p�r em pr�tica o que hav�amos
aprendido at� ent�o.
Nosso grupo continuou o mesmo de outros trabalhos:
Juliana, Roberto, Paulo e eu. Al�m disso, convidamos dona
Dulce para fazer parte dele. A escolha dos componentes do
grupo era de nossa responsabilidade. Resolvi chamar dona
Dulce pela sua pureza e sua inibi��o. Como nosso grupo �
de jovens e sempre falamos muito, achei que ela se daria
bem entre n�s e acabaria se soltando um pouco mais. Dona
Dulce se sentiu feliz com nosso convite. Assim, fomos juntos
a um hospital. Seria nosso primeiro dia de �estagi�rios�.
Chegando ao local indicado, entramos e fomos muito
bem recebidos pelas equipes l� presentes. A maioria
trabalhava j� h� algum tempo nesse local e foram todos
muito simp�ticos conosco.
A diferen�a de Hospital e Posto de Socorro � que, nos
Postos, todos que desencarnam passam rapidamente, enquanto
que no Hospital alguns mais doentes e mais debilita



Juventude no Al�m

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dos ficam por mais tempo. Geralmente, a perman�ncia nesses
locais varia muito de situa��o para situa��o.

Uns desencarnam violentamente por acidentes tr�gicos
e seu perisp�rito � muito afetado, ent�o sua perman�ncia
se torna um pouco mais longa do que outra pessoa que
desencarna de um modo menos doloroso. Depende da aceita��o
e conhecimento de cada um, portanto, cada caso � um
caso.

Ap�s conversar com o pessoal que trabalha no hospital,
fomos encaminhados a um quarto onde estava uma senhora
de bastante idade dormindo. Entramos no quarto junto com o
doutor Eduardo, m�dico que estava assistindo aquela senhora.

Assim que ficamos ao redor de sua cama, o doutor a
acordou para lhe dar alguns rem�dios e para podermos conversar
um pouco. Logo que ela nos viu, arregalou os olhos e
perguntou:

� Doutor, essas crian�as n�o v�o tratar de mim, n�o �
mesmo? Eu s� tenho confian�a em m�dicos de mais idade, assim
como o senhor.
� Calma, dona Eul�lia. Esses jovens s� vieram visit�-la e
conversar um pouco. Eles n�o s�o m�dicos. Est�o de branco
porque fica mais bonito para um hospital.
� Ent�o est� bem. Se � para conversar, tudo bem. Gosto
de ouvir jovens falando, s�o animados e est�o sempre brincando.
Meu neto � assim tamb�m. E por falar nele, quando
receberei a visita de minha fam�lia? E meu neto, n�o vem? Estou
com saudades dele.
� Dona Eul�lia, assim que estiver melhor poder� receber
a visita de alguns familiares. N�o desses que a senhora
est� esperando, mas de outros que j� n�o v� h� algum tempo.
� Quem, por exemplo? Eu estou em contato com todos,
n�o existe nenhum que n�o vejo h� muito tempo.
Olhei para o doutor Eduardo e mentalmente perguntei se
poderia conversar com ela, com o que ele concordou.

� Dona Eul�lia, meu nome � F�bio, estou aqui nesse mo

Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


mento enviado por Deus para que seja esclarecida uma situa��o
de grande import�ncia. A senhora poder� receber em breve
a visita de seu marido, que est� ansioso para v�-la.

� Garoto, o que est� me dizendo? Meu marido j� est�
morto h� alguns anos, como poderia querer me visitar?
� A senhora n�o est� com saudades dele?
� Sim, mas como poderei v�-lo?
� Basta a senhora fazer uma ora��o conosco e aceitar
essa sua nova vida.
� De que vida voc� est� falando?
� A senhora n�o est� bem aqui? � hora de come�ar a
aceitar uma nova vida, melhor e mais harmoniosa. Aqui tudo �
melhor, n�o existem mais sofrimentos, ang�stias, s� alegria,
satisfa��o e bem estar.
� Ser� que estou entendendo o que est� dizendo ou estou
sonhando?
� N�o, dona Eul�lia. A senhora entendeu direitinho. Est�
come�ando uma nova vida para todos que se encontram neste
hospital e a senhora se enquadra nisso tamb�m.
� Ent�o est� querendo dizer que morri?
� N�o, a senhora n�o morreu, s� renasceu para uma vida
muito melhor do que aquela em que vivia. Como pode notar, j�
n�o sente mais dores, est� mais bem disposta e tudo vai melhorar
cada vez mais, pode ter certeza.
� Garoto! � F�bio seu nome, n�? Estou come�ando a gostar
dessa id�ia. S� de pensar que realmente n�o tenho mais
sentido dores fort�ssimas j� est� valendo a pena.
� Ent�o, ore conosco e aceite sua nova condi��o de filha
de Deus. Agora a senhora est� no �para�so� e, assim que estiver
pronta, receber� visitas que a deixar�o muito feliz.
� Engra�ado. Eu pensava que quando a pessoa morria acabava
tudo, mas agora estou vendo coisas bem diferentes. Por exemplo,
este hospital n�o � o que eu costumava ficar internada. �
mais bonito, n�o tem aparelhos por todo lado, � mais bem cuidado
e, toda vez que acordo, tem algu�m perto de mim, ou m�dico

Juventude no Al�m

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ou enfermeira. No outro, quando era preciso, eu tocava a campainha
e, depois de algum tempo, � que aparecia algu�m.

� Ent�o, dona Eul�lia, a senhora j� est� vendo a diferen�a
e vai se sentir ainda melhor quando sair desse leito. J� �
poss�vel andar normalmente.
Dona Eul�lia havia desencarnado acometida de um c�ncer
no p�ncreas e, com o tempo, n�o conseguia mais sair da
cama. Mas nessa nova vida tudo � poss�vel.

Quando desencarnou, dona Eul�lia ficou por quase um
m�s nesse hospital, mas agora que havia aceitado normalmente
seu desencarne, poderia sair dali em alguns dias.

Doutor Eduardo ouviu toda a nossa conversa em sil�ncio,
at� se afastou um pouco para me deixar mais a vontade.
Olhou para mim e mostrou que estava satisfeito com o meu
trabalho.

Depois de alguns dias, voltei para visitar dona Eul�lia e
ela estava acompanhada do marido que j� havia falecido h�
alguns anos. Ficou feliz ao me ver e agradeceu pela nossa
conversa de outro dia. Estava feliz e logo recome�aria sua
vida aqui no novo Plano.

Doutor Eduardo mandou um relat�rio ao professor Get�lio,
comentando como foi meu primeiro dia de est�gio. Esse
relat�rio foi lido na sala de aula e eu recebi uma salva de palmas
como reconhecimento pelo meu trabalho.

Sinceramente, eu n�o achei dif�cil esclarecer dona
Eul�lia. Ela era uma pessoa l�cida, de bastante idade e j� havia
sofrido muito, ent�o aceitou com bastante facilidade e simplicidade,
mas sei que surgir�o casos em que deverei me empenhar
muito mais para elucidar.

Estou feliz com o que estou fazendo e vou me empenhar
ainda mais para ajudar outros irm�os que est�o sofrendo.
Que Deus guie meus passos para eu poder provar minhas
boas inten��es e meu afeto para com todos.


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


VISITA AO LAR
13
Nosso curso ficava cada vez mais interessante. Nessa
altura, j� conhec�amos os outros dois professores que
se revezavam com o professor Get�lio. Eles eram t�o formid�veis
como o outro. Eram pessoas interessantes, capazes e nos
deixavam bem � vontade. Seus nomes eram J�lio e Ant�nio.
Eram amigos nossos e estavam sempre prontos a nos esclarecer
qualquer d�vida. Sempre nos acompanhavam durante os
est�gios e nos davam a �maior for�a�.
Certo dia, fomos informados pelos professores que ir�amos
passar uma semana na Crosta Terrestre, para ver como o
trabalho � feito. Assistir�amos a alguns desligamentos e acompanhar�amos
os trabalhos de resgate.
Quando recebemos essa not�cia, ficamos radiantes de
felicidade de poder voltar � Terra e fui logo perguntando se era
permitida a visita a nossos lares terrenos. Ao ouvir a palavra
�sim �, dei um pulo de alegria, junto com a maioria da classe.
S� os mais t�midos � que n�o tiveram esse gesto.
Fiquei feliz e j� agradeci a Deus por mais essa oportunidade
de poder rever meu lar e meus familiares. Depois, fui logo
perguntando:
� Professor, quando ser� realizado esse trabalho?
� Breve, mais breve do que voc� pode imaginar.
� Onde ficaremos durante esses dias?
� Ficaremos alojados num grande centro esp�rita existente
no centro de S�o Paulo. N�s, os professores, iremos com
voc�s e l� encontraremos com mais alguns irm�os que trabalham
direto nesse centro esp�rita. Faremos um trabalho comunit�rio.
Ajudaremos a resolver alguns problemas nesse centro,
com irm�os perturbados por desencarnados e voc�s poder�o


Juventude no Al�m

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p�r em pr�tica o que aprenderam aqui. Conversar�o com esses
desencarnados, dando-lhes aten��o e socorrendo-os, j� que
sofrem por n�o entenderem sua atual situa��o. Ser� um trabalho
muito bonito e gratificante, pondo em pr�tica as aulas de
caridade e amor ao pr�ximo. Entre um trabalho e outro, ser�
permitido visitarem seus lares terrenos e reverem suas fam�lias,
sempre acompanhados de um mentor desse Centro. Poder�o
ir mais de uma vez durante essa semana. As visitas ser�o
curtas, mas vai dar para �matar as saudades�.

Antes que eu me esque�a � falou professor Get�lio � partiremos
dentro de uma semana. Iremos de aerobus at� l� e desembarcaremos
direto nesse centro. Outros detalhes ser�o dados
com o transcorrer dos dias. Controlem suas ansiedades,
para n�o atrapalhar a concentra��o que tanto necessitaremos.

Quando terminou a aula e voltei ao meu quarto, n�o conseguia
esconder minha alegria. J� havia visitado meu lar antes,
mas sempre queremos fazer novas visitas. D� uma emo��o
muito grande pensar que poderei rever minha m�e, meu
pai e minha irm�. Saber como eles est�o reagindo � minha
aus�ncia, ver o meu quarto que at� hoje continua do jeito que
deixei.

N�o sou materialista, nunca fui, mas � bom rever tudo do
jeitinho que deixei, isso me faz sentir ainda mais amado. Dizendo
isso, n�o quero dizer que todos devem guardar os objetos
de seus �mortos� para sempre. Acho at� que j� est� na
hora de meus pais doarem tudo que foi meu, ficarei feliz com
esse ato. Existem tantas pessoas precisando, mas ainda n�o
chegou a hora deles aceitarem essa decis�o. Eles sabem o que
fazer e no momento certo pensar�o melhor e achar�o uma
solu��o.

O que � mais importante � me sentir amado e receber
sempre aquelas preces t�o maravilhosas que eles me enviam,
palavras de f�, coragem, incentivo, � isso que fica em nossos
cora��es.

Fiquei pensando por um bom tempo nesse novo trabalho,


Pelo esp�rito F�bio

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em quantas coisas iria aprender, at� que chegou essa t�o sonhada
hora. Chegou o dia de voltar � Crosta Terrestre para um trabalho
importante e que me faria crescer um pouco mais.

Chegando l�, assisti a algumas reuni�es no centro esp�rita,
onde pudemos orientar v�rios irm�os desencarnados. Todos
que doutrin�vamos ficavam numa sala desse centro esperando
outros irm�os e todos eram levados aos Postos de Socorro
por outros irm�os designados.

Assistimos tamb�m ao desligamento de um irm�o que
acabara de desencarnar de um tr�gico acidente de carro. Seu
perisp�rito ficou t�o danificado que desmaiou e, assim, foi mais
simples fazer esse trabalho.

Na hora do desencarne � como costumamos dizer aqui,
cada caso � um caso. Uns desligamentos s�o mais f�ceis, outros
mais demorados.

Desligamento, para voc�s entenderem melhor, s�o fios
que saem do corpo, das partes vitais, ficando preso ao perisp�rito.
Esse desligamento � como se fosse enrolada uma
carretilha e depois alojada no perisp�rito.

Quando o perisp�rito est� desmaiado � mais f�cil faz�-lo,
mas existem casos em que o irm�o n�o quer permitir, por achar
que ainda est� vivo e isso dificulta muito o trabalho.

Meu grupo e eu n�o faz�amos nada nessa hora, s� prest�vamos
aten��o nesse trabalho e or�vamos muito pelos irm�os
que acabavam de desencarnar. Mesmo eu sendo um esp�rito,
ficava um pouco perturbado nessa hora, mas rezava com
toda minha for�a para que Deus ajudasse aqueles irm�os e
desse a eles a paz necess�ria ao seu esp�rito.

Ap�s dois dias de trabalho, chegou o momento t�o sonhado.
Recebemos a permiss�o para visitar nossos lares. Fui at� minha
casa com um irm�o que trabalhava no centro j� h� algum
tempo.

Ao chegar na entrada de minha casa, meu cora��o bateu
mais forte e minha vontade era de entrar correndo e gritando:
cheguei! Mas me controlei, fiz uma prece e entrei todo


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feliz.

Quando entrei na sala, vi minha m�e sentada no sof�
lendo o Evangelho. Fiquei feliz pela escolha de sua leitura.
Aproximei-me dela, dei um beijo em seu rosto e um grande
abra�o. Ela sentiu a minha presen�a e, no mesmo momento,
levantou os bra�os como que retribuindo ao meu abra�o e
falou:

� Filho, voc� est� aqui? Eu te amo muito! Estou morrendo
de saudades de voc�.
Nesse momento, n�s dois come�amos a chorar. Fiquei
feliz pela sua sensibilidade, ela conseguiu sentir a minha presen�a
e parece que at� a saudade foi diminuindo. Continuei
abra�ado com minha m�ezinha por mais algum tempo e falando
para que ela n�o chorasse mais, s� lembrasse dos momentos
bons que vivemos juntos, que a dist�ncia � t�o pouca, a
�nica coisa que nos separa � um v�u que me faz invis�vel.

Logo ela se acalmou e voltou a ler o Evangelho e eu fui
at� o quarto de minha irm�. Dei um grande abra�o nela e um
beijo em seu rosto. Fiquei passando a m�o em sua cabe�a e
ela tamb�m sentiu a minha presen�a. Falei a ela algumas palavras
positivas e fiz uma prece para que Deus proteja sempre
essa minha irm�zinha t�o amada.

Meu pai estava para chegar do trabalho, ent�o aproveitei
esse espa�o para ir at� o meu quarto e rever minhas coisas.
Andei pela casa toda e notei que em toda parte h� porta-retratos
com fotos minhas. Fiquei feliz por sentir o amor t�o grande
que minha fam�lia tem por mim.

Logo em seguida chegou meu pai. Assim que ele abriu a
porta, dei-lhe um grande abra�o e um beijo no rosto. Gra�as a
Deus, em minha casa todos s�o sensitivos, todos tem sempre
boas intui��es. Meu pai tamb�m sentiu a minha presen�a e
comentou com minha m�e:

� O F�bio est� aqui! Estou sentindo a presen�a dele.
Os dois se emocionaram outra vez e seus olhos encheram
de l�grimas, mas num misto de alegria e saudades.


a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Pelo esp�rito F�bio
Permaneci por mais alguns minutos em casa e voltei ao
centro esp�rita para continuar meu trabalho, s� que bem mais
feliz e cheio de esperan�as por rever minha fam�lia mais conformada.
De uma coisa eu sempre me orgulhei deles: nunca
sentiram revolta e nem �dio em seus cora��es pela minha partida
de forma t�o violenta. Ficaram muito chocados, mas nunca
perderam a f� em Deus e posso afirmar, com certeza, que
isso me deu mais for�a para seguir minha jornada aqui no
�c�u�.
N�o desanimem nunca!

Juventude no Al�m

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CENTRO ESP�RITA
14
Nossos trabalhos transcorriam normalmente dentro dos
crit�rios estabelecidos pelos professores. Havia muito
trabalho nesse centro onde est�vamos alojados. Trabalhavam
nesse local muitas pessoas, tanto encarnadas como desencarnadas.
Quando viemos para c�, achei que �ramos muitos, vinte
pessoas da classe, agora sei que ainda seria preciso mais trabalhadores
dispon�veis, tamanho � o n�mero de pessoas que
procuram ajuda nesse local.
Esse centro est� aberto ao p�blico desde a parte da manh�
at� � noite. S�o centenas de pessoas que passam por l�
todos os dias.
Geralmente � feita uma triagem para aqueles irm�os que
v�o pela primeira vez. Na maioria das vezes � indicado um
tratamento espiritual para cada necessitado, que � feito atrav�s
de algumas sess�es de passes e palestras elucidativas.
Nesse lugar, vemos todos os tipos de problemas, desde
os mais simples que s�o resolvidos com um passe, at� outros
onde s�o necess�rios mais cuidados de todos. Existem pessoas
que v�o simplesmente para tomar esses passes e j� se sentem
bem e outros que parecem que v�o por obriga��o.
� o caso de uma mulher que tivemos a oportunidade de
conhecer. Essa mulher tinha apar�ncia meio estranha, parecia
meio desequilibrada. Estava na companhia de um homem que
depois vim a saber que era seu marido. J� freq�entava o centro
h� algumas semanas, mas se via nitidamente que era contra a
sua vontade. Nesse dia em que a conheci, ap�s tomar passe,
seu marido foi conversar com um dos m�diuns da casa. Exp�s
seu problema a ele, ou melhor, o problema dela, sua esposa.


Pelo esp�rito F�bio

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Falou ao m�dium sobre o comportamento estranho que
sua esposa apresentava nos �ltimos meses e n�o sabia o que
fazer, j� que at� em neurologista j� a havia levado.

O m�dium pediu para conversar com ela e ver se obteria
alguma resposta para esse caso. Ela foi chamada, entrou na
sala com ar desconfiado, olhando tudo ao seu redor. Era um
comportamento realmente estranho.

Ap�s uma conversa onde havia mais perguntas do que
respostas dela, o m�dium perguntou se ela acreditava em Espiritismo
e ela foi logo respondendo:

� Sou muito cat�lica. N�o acredito nessas coisas aqui, acho
tudo meio estranho e n�o me sinto bem neste lugar. Quero ir
embora, j� que fui obrigada pelo meu marido a vir aqui.
� Mesmo a senhora sendo cat�lica, pode acreditar em
outras vidas e freq�entar nosso centro esp�rita, j� que esse lugar
d� esperan�as a muitas pessoas. Muitos dos freq�entadores
tamb�m v�o � igrejas cat�licas, isso n�o interfere em nada,
s� depende da senhora.
E ela rapidamente respondeu:

� �, mas eu n�o tenho nada a fazer nesse lugar. Sou uma
pessoa boa, nunca fiz nada de mal a ningu�m e vou embora.
Sem pensar em mais nada, saiu da sala e ficou a esperar
pelo marido do lado de fora do centro.
Foi a� que o coitado do homem contou que ultimamente
ela est� muito revoltada, s� briga com ele, n�o tem �nimo para
mais nada e est� sempre falando sozinha em um tom de voz
que mais parece estar discutindo com algu�m.

Ao ouvir esses coment�rios, o m�dium anotou num papel

o nome dela e o endere�o e prometeu ver o que realmente estava
acontecendo com ela, mas s� poderia dar a resposta ap�s
outros trabalhos realizados na casa. Assim ficou marcado desse
homem retornar ao centro dentro de dois dias.
O nome e o endere�o foram passados � nossa equipe.
Meus amigos e eu ir�amos trabalhar nesse caso, com a orienta��o
de um dos mentores da casa.


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Logo que terminaram os trabalhos desse dia, nossa equipe
se dirigiu � casa desse casal, para podermos analisar esse
caso. Essa mulher estava com quase quarenta anos, mas sua
apar�ncia era de mais de cinq�enta. Estava bem consumida
por esse problema e n�o queria ajuda de ningu�m.

Assim que entramos nesse lar, pudemos notar que haviam
alguns irm�os desencarnados em volta dela, que n�o lhe
davam sossego. Um deles parecia cobrar alguma coisa dela.
Nos tornamos invis�veis, isto �, mudamos nossa vibra��o para
n�o sermos vistos por eles, j� que nossa vibra��o � bem diferente
deles.

Ficamos ouvindo um pouco o que eles falavam e eram
s� coisas negativas, ofensas e provoca��es em rela��o a ela.
Estudando melhor essas atitudes, fomos informados por irm�os
superiores o que realmente havia entre aquela mulher e esses
esp�ritos trevosos.

H� alguns anos atr�s, essa mulher procurou uma �macumbeira�*
para fazer um trabalho a um rapaz. Queria que
ele se apaixonasse por ela e a pedisse em casamento. Essa
�macumbeira� fez esse tipo de trabalho em troca de dinheiro e
pediu a esses irm�os trevosos que atendessem ao pedido dela.
Foi oferecido a eles comida e bebida da boa e eles fizeram sua
parte do combinado. Infernizaram esse rapaz, que acabou se
casando com ela e hoje � o seu marido.

Com o passar do tempo, esses infelizes irm�os trevosos
queriam mais coisas em troca, s� que ela n�o atendeu seus
pedidos e eles resolveram se vingar dela. Sua vida est� desastrosa.
O marido tamb�m estava sofrendo muito com os problemas
existentes e, como tinha muita f�, resolveu procurar o centro
esp�rita. Dessa forma, ele estava mais protegido e n�o era
v�tima do ataque deles.

Lutou com todas as for�as para levar sua esposa ao centro,
mas s� conseguiu lev�-la obrigada. Esses irm�os trevosos
ficaram ainda mais revoltados com ela e n�o a deixavam em
paz nunca, quase levando-a � loucura.


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


Por intui��o n�o conseguimos afastar esses irm�os, ent�o
resolvemos aparecer para um deles para conversar. Quando
ele me viu, ficou assustado e logo foi dizendo:

� Ei, voc� do �Cordeiro�, que est� fazendo aqui? Esse
lugar j� � meu!
� Irm�o, esse lugar n�o pode ser seu, porque aqui n�o �
seu lugar. Voc� sabe que � um irm�o desencarnado e que deve
seguir seu destino conforme a vontade de Deus.
� Que Deus, cara. Aqui quem manda sou eu e n�o vou
sair, mas sim voc�.
Num gesto brusco, tentou pular sobre mim, mas me desviei
e ele ficou ainda mais bravo.

� Voc� de branco, n�o adianta vir com �lorota� que eu
n�o entro na sua.
Perguntei a ele seu nome e ele, rispidamente, falou:

� Pode me chamar de �manda-chuva�, aqui todos respeitam
as minhas ordens.
� Todos n�o, meu amigo. Eu s� recebo ordens dos meus
mentores e de nosso Mestre Maior, que � Jesus. Voc� tamb�m
deveria fazer o mesmo.
N�o posso escrever a voc�s os palavr�es que ele me falou.
Estava ficando cada vez mais desconcentrado por ver que
suas palavras n�o me atingiam. Queria de qualquer forma prejudicar
aquela mulher e quando viu que estava cercado � nesse
momento meus amigos tamb�m apareceram para ele �, ficou
assustado e tentou fugir, mas fizemos uma corrente � sua volta e
ele come�ou a sentir suas for�as enfraquecerem.

Nosso mentor explicou a ele com toda delicadeza que
essa mulher jamais daria mais alguma coisa a ele e o �nico
caminho que lhe restava era orar conosco e pedir perd�o a
Deus. Ele relutou muito contra tudo que ouvia. Estava come�ando
a �acordar�, mas n�o queria bancar o fraco, como dizia
sempre.

Ao longo de muita conversa, conseguimos lev�-lo ao centro
quase que amarrado, para trabalharmos melhor nesse caso


Juventude no Al�m

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e com mais seguran�a para aquele lar. Quando viu que n�o
dava mais para manter sua posi��o em rela��o �quela mulher
e que havia muito mais dos nossos naquele local, ele mostrou
arrependimento, orou conosco e pediu perd�o a Deus por tudo
de mal que havia feito para aquela mulher e outras pessoas.

Depois desse dia, ele realmente mudou. Foi levado para
um Posto de Socorro, recebeu atendimento e prometeu trabalhar
em prol de necessitados.

Resolvido esse caso, essa mulher foi melhorando cada
vez mais e j� freq�entava o centro esp�rita por amor. Havia
realmente se arrependido do mal que havia feito.

Seu marido gostava dela realmente e n�o foi por �macumba�
que se casou, foi por amor. Se ela tivesse esperado as
coisas acontecerem normalmente, n�o teria feito coisas erradas
como se meter com esses tipos de irm�os trevosos, que s�
querem vampirizar as pessoas mais fracas. Assim, poderia ter
evitado tanto sofrimento para ela e seu marido.

Hoje, com todos os problemas resolvidos, nesse lar voltou
a reinar a paz e o amor.

Nunca fa�am o mal, meus amigos, nem se envolvam com
pessoas erradas. O que parece vir f�cil, tamb�m pode trazer
muitos problemas e dificuldades. Sempre que tiverem problemas,
orem e pe�am conselhos aos bons esp�ritos. Sejam felizes!



Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


TRABALHANDO NO CENTRO

15


J� era o meu terceiro dia de trabalho aqui no centro esp�rita

onde estava alojado. O trabalho aqui � muito interessante
e tamb�m exaustivo pelo n�mero de casos que aqui aparecem.


Geralmente s�o trazidos todo tipo de esp�ritos que ainda
n�o se conscientizaram de sua situa��o. Uns acompanham
pessoas que vem simplesmente tomar passes e outros s�o trazidos
porque precisam de uma palavra nossa para serem esclarecidos
e encaminhados para outros locais, onde v�o seguir
seu verdadeiro caminho.

H� alguns irm�os que n�o compreendem nada de sua
situa��o atual, mesmo ap�s ouvir palestras. A� � que entramos
com nossas orienta��es e colocamos em pr�tica o que aprendemos
at� hoje em nossos cursos.

Conversamos com eles carinhosamente e expomos o que
houve de fato, que j� s�o irm�os desencarnados e que n�o podem
mais continuar na Crosta Terrestre para seu pr�prio bem.
Alguns aceitam com boa vontade e nos deixam ajud�-los. Esses,
depois de um esclarecimento, sentem-se melhores e s�o
encaminhados at� outros grupos e, dali, seguem para escolas,
hospitais, dependendo de seu comportamento e do que est� sentindo.


Existem ainda irm�os que, al�m de desconhecerem sua
situa��o, tentam fugir de uma conversa mais firme e chegam a
dar um pouco de trabalho. �s vezes s�o revoltados e n�o querem
acreditar que j� morreram. Discutem conosco, tentam fugir,
mas a fuga desse lugar � imposs�vel, porque h� muitas pessoas
trabalhando e normalmente s� damos tr�gua quando j�
conseguimos nosso objetivo.


Juventude no Al�m

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Um dia, conversando com um desencarnado bem calmo,
ele me disse ap�s uma longa conversa:

� Amigo, quer dizer que estou realmente morto?
� Sim, irm�o, voc� j� desencarnou, j� cumpriu sua miss�o
na Terra e agora tem de se preparar para uma nova empreitada
no plano superior.
� Ent�o quer dizer que n�o vou mesmo morar mais aqui
onde morava?
� N�o, de agora em diante voc� vai viver em alguma
col�nia, onde outros lhe ensinar�o muitas coisas.
� Sabe que estou feliz por ter morrido?
� Que bom que voc� aceitou sua nova condi��o. Assim
ser� mais f�cil para voc� crescer cada vez mais. S� � preciso
boa vontade, esfor�o e querer se elevar cada vez mais.
� Olha, o que vou fazer daqui para frente at� que n�o me
interessa muito. Farei tudo que me mandarem, assim como voc�
est� falando, mas um peso saiu da minha cabe�a.
� Posso saber que peso � esse, meu amigo?
� Ah, pode sim! Eu tinha uma d�vida muito grande para
pagar em um m�s, mas, j� que morri, a d�vida tamb�m morreu,
n�? J� pensou a cara do Man� quando souber que n�o vai me
tirar mais um tost�o sequer? Essa eu queria ver.
� Amigo, n�o pense que foi melhor voc� ter morrido s�
para deixar de pagar uma d�vida. Voc� tem que pensar que
seus familiares que ficaram continuam com a d�vida do mesmo
jeito.
� Que nada, garoto! O melhor disso tudo � que eu n�o
tinha mais ningu�m vivo. Essa d�vida morreu junto comigo. Talvez
isso sirva de li��o para aquele agiota do Man�. Ele me
explorou enquanto p�de, mas agora acabou se dando mal.
� Esse Man� n�o devia agir direito com as pessoas, mas
n�o fique contente com a perda dele. Quando voc� precisou,
ele lhe foi �til. Que tal fazermos uma ora��o para ele e tamb�m
para voc�?
� Voc� acha que � preciso rezar para ele?

Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


� Sim, vamos rezar para todas as pessoas que um dia nos
ajudaram e todas aquelas que um dia nos negaram ajuda. Essas
tamb�m precisam ser lembradas, porque, de alguma maneira,
crescemos um pouco mais sem a ajuda delas, tivemos
de nos esfor�ar mais para conseguir aquilo que nos foi negado.
A for�a de vontade � um ato muito bonito. � bom ser ajudado,
mas melhor ainda � ajudar.
� �, depois disso, fa�o a ora��o junto com voc�, garoto,
e vou mudar meu modo de pensar e agir daqui pra frente. Como
voc� mesmo diz, � muito bom crescer cada vez mais.
� Agora, meu amigo, voc� vai acompanhar aqueles irm�os
que est�o lhe esperando e ser� levado at� o seu novo
lar. Tenho certeza que voc� vai gostar de l� e procure fazer
tudo com boa vontade, com amor no cora��o e tenha sempre
gratid�o �s pessoas.
� dessa maneira que trabalh�vamos o dia todo, sempre
encaminhando irm�os aos seus lugares certos. � bom trabalhar
nesse centro esp�rita, aqui existe muito que fazer e nos
sentimos sempre �teis. Nosso entrosamento j� era bem grande
com os mentores da casa e com outros que l� trabalhavam.
Estavam sempre prontos a nos ajudar quando surgia alguma
d�vida e, com isso, os dias iam se passando sem que eu notasse.


No quinto dia de trabalho, voltei ao meu lar terreno para
mais uma visita e fiquei novamente feliz por rever meus entes
t�o queridos. Fiquei por pouco tempo, mas foi o suficiente para
me sentir grato a Deus por ser t�o bom para com seus filhos.

Trabalhar no centro me engrandeceu a alma. Aprendi
muito. Consegui socorrer muitos necessitados e vi que somos
capazes de realizar qualquer tipo de trabalho que nos propomos
a fazer, sempre com ajuda superior, mas chegar� a hora
em que sairemos sozinhos e teremos de decidir o que ser�
melhor fazer no momento certo. Nessa hora, teremos de nos
apegar ainda mais a Jesus, nosso Mestre, e arrancarmos for�as
dos c�us para sermos sempre �teis a quem necessita, tra



a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Juventude no Al�m
tando-os com o carinho necess�rio e levando sempre a palavra
certa para o esclarecimento.
Pe�o a Deus que me d� muita for�a para seguir nessa
empreitada que escolhi e sei que farei o melhor que estiver
ao meu alcance, sempre com o intuito de fazer o bem sem
ver a quem.

Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


AULA PR�TICA
16
Ao terminar um longo dia de trabalho, onde hav�amos
conseguido encaminhar muitos irm�os, est�vamos todos
reunidos em uma das depend�ncias do centro esp�rita, conversando
sobre nosso desenvolvimento nesse campo de trabalho
e fazendo nossos relat�rios para entregar aos professores,
quando surgiu um convite de um dos mentores para que f�ssemos
assistir a uma aula pr�tica de socorro.
Na hora ficamos curiosos para saber do que se tratava,
j� que est�vamos trabalhando como socorristas no centro.
Esse mentor explicou que ir�amos at� um certo local para
ver um trabalho de perto. Era um caso que acabara de acontecer.
Sa�mos em grupo e fomos at� o local, acompanhados dos
professores.
Nesse local havia acabado de acontecer um acidente muito
feio. Pelo que fomos informados, o motorista estava dirigindo
em alta velocidade, perdeu o controle do carro e bateu violentamente
na traseira de um caminh�o. Com o impacto da batida,
o carro entrou debaixo do caminh�o e o motorista, um rapaz
jovem, ficou com o corpo todo destro�ado, assim como seu carro.
Quando chegamos a esse local, j� havia muitos irm�os
no socorro desse jovem. Havia carro de resgate e os bombeiros
estavam cortando o carro para que o rapaz pudesse ser
retirado de dentro. Ele j� estava morto, mas seu perisp�rito ainda
continuava a se retorcer dentro do ve�culo, n�o imaginando
que aquele corpo j� estava sem vida.
Foi uma cena triste de se ver. Aquele pobre rapaz sofrendo
tanto sem imaginar o que realmente havia acontecido. Vimos
uma equipe l� presente, que tentava fazer o desligamento

Juventude no Al�m

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de seu corpo, mas encontravam muita dificuldade pelo seu estado
de desespero e nervosismo.

Alguns irm�os socorristas tentavam explicar a ele o que
havia acontecido, mas, em seu estado de desespero total, nem
conseguia ouvir o que lhe era falado. N�o conseguia assimilar
as palavras diante de um fato t�o horr�vel.

Quando os bombeiros conseguiram tir�-lo de dentro do
carro, estenderam seu corpo no ch�o e os esp�ritos encarregados
de fazer o desligamento puderam trabalhar melhor. Aquele
rapaz achava que eles eram m�dicos e foi se acalmando um
pouco. Demorou bastante para ser feito esse trabalho, devido
ao estado em que ficou o corpo, mas tudo deu certo.

Os socorristas o levaram para um Posto de Socorro. Nessa
situa��o, era imposs�vel conversar com ele e explicar o que
havia acontecido. Seria preciso que ele fosse tratado, retirada
sua dor e da� sim, quando ele recobrasse os sentidos, seria informado
de sua situa��o atual.

Fiquei impressionado de ver tudo aquilo. Apesar de ser
esp�rito, aquela cena me chocou bastante. Nossos professores
disseram que no come�o � assim mesmo, mas com o passar do
tempo vamos aprendendo a controlar mais nossas emo��es,
at� o dia em que tudo parecer� normal.

Fiquei curioso para saber um pouco mais daquele jovem
e comecei a fazer perguntas ao professor. Logo fiquei sabendo
mais sobre ele.

Era um rapaz de fam�lia muito rica. Nunca trabalhou na
vida e nem estudava mais. Fez v�rias viagens pelo Brasil e por
outros pa�ses do mundo. Tinha tudo que queria e n�o dava import�ncia
a nada. Tudo vinha f�cil demais para ele. J� havia
destru�do outros dois carros fazendo �rachas� nas ruas e viver
perigosamente era o que ele mais gostava.

Esse era seu terceiro carro destru�do e, junto com ele,
tamb�m destruiu sua vida. No momento da batida, esse rapaz
estava drogado e dirigia em alt�ssima velocidade. Nem
percebeu que na sua frente havia um caminh�o, at� se cho



Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


car com ele. Agora estava morto e n�o colocaria mais a vida
de ningu�m em perigo.

Ficamos a conversar durante muito tempo sobre esse
caso, que acontece como tantos outros por a�. Bebidas, drogas
e alta velocidade n�o combinam com pessoas sensatas, que,
al�m de colocarem suas vidas em jogo, tamb�m matam sem
perceber. � preciso cuidar bem do corpo que recebemos emprestado
para nossa miss�o na Terra. Digo emprestado porque
ele � apenas nosso inv�lucro e um dia ser� devolvido � natureza
e retornar� ao p�.

Enquanto estivermos com o corpo f�sico, devemos cuidar
bem dele e sempre agradecer a chance de poder fazer o
melhor por ele, j� que � com esse corpo que passaremos nossa
exist�ncia aqui na Terra, � com ele que vamos elevar mais
nossa alma ou n�o, tudo depende do comportamento e do esclarecimento
de cada um.

Tamb�m reparei, no momento do seu desligamento, que
havia um casal de esp�ritos, j� com uma certa idade, ao lado do
corpo daquele jovem. Pelo carinho com que olhavam para ele,
s� poderia ser algum parente pr�ximo. Passavam a m�o pelo
seu rosto e em sua cabe�a e oravam muito, com todas as suas
for�as. Logo fiquei sabendo que eram seus av�s paternos, que,
assim que souberam do desenlace, vieram em socorro do neto.
Como seu perisp�rito estava desacordado, n�o poderiam falar
com ele, mas esse gesto de carinho j� estava lhe ajudando, com
toda a certeza. Esse casal iria acompanh�-lo at� o Posto de Socorro
e, assim que fosse poss�vel, poderiam lhe fazer uma visita
e conversar, para faz�-lo aceitar mais rapidamente sua nova
condi��o de desencarnado.

N�o fiquei sabendo se ele era esp�rita ou n�o, mas de
qualquer forma acabar� aceitando tudo, se Deus quiser, e poder�
ser ajudado por seus av�s, que lhe estimam muito. V�-se
que s�o esp�ritos bem esclarecidos, com muita luz e bastante
amor no cora��o para dar n�o somente ao neto, mas a todos os
irm�os que precisarem deles.


a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Juventude no Al�m
Estava absorto em meus pensamentos quando reparei que
aquele senhor olhou para mim, acenou-me e deu um leve sorriso,
como concordando com tudo que eu estava pensando a respeito
deles. Fiz uma prece por eles e pelo rapaz que havia voltado
para a Eternidade, pedindo a Deus para ter compaix�o de
mais esse irm�o que a irresponsabilidade acabara de levar �
morte.
Aconselhado pelos professores, fizemos uma ora��o em
conjunto por aquele irm�o que acabara de desencarnar e voltamos
ao nosso alojamento no centro esp�rita, sabendo que nossa
miss�o � dif�cil e que precisaremos estar muito bem preparados
para poder pratic�-la.

Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


DESABAMENTO
17
Aproveitando o �ltimo dia de nossa perman�ncia aqui
no centro esp�rita, tivemos mais uma aula pr�tica. Fomos
convidados a nos conduzir at� um local onde havia acabado
de ter o desabamento de uma obra.
Essa obra tinha tudo para se tornar um bonito pr�dio de
apartamentos, mas, por falha de engenharia, tornou-se um monte
de entulho e cascalho, terminando com o sonho de muitas pessoas
que esperavam v�-lo pronto o mais r�pido poss�vel.
Chegamos ao local e j� havia muita agita��o. Muitos funcion�rios
dessa obra tentavam escavar com as pr�prias m�os
num determinado local, onde haviam duas pessoas soterradas.
Logo em seguida, chegaram os bombeiros, que sempre tem
miss�es dif�ceis para realizar, e logo foram usando seus equipamentos
para socorrer as v�timas. Cabe sempre aos bombeiros
a parte mais dif�cil nos socorros, eles est�o sempre prontos
a retirar v�timas do local de trag�dias, seja em casos de inc�ndio,
desmoronamento, acidentes em geral, afogamentos e outros
socorros mais graves. At� quando fogem animais, os bombeiros
s�o chamados.
Essa � uma profiss�o dif�cil, mas reconhecida e valorizada
por toda a popula��o. Seus atos s�o todos registrados aqui
em cima, j� ganhando seus pontinhos positivos para a hora
final. Parab�ns a todos os bombeiros. Que Deus os ilumine e
os proteja cada vez mais!
Mas, continuando, quando chegamos ao local, havia uma
grande agita��o. Foi muito triste ver duas pessoas soterradas,
ainda vivas, lutando contra a morte por asfixia. Tentavam respirar
e cada vez ficava mais dif�cil, o ar j� n�o existia mais ali
embaixo.


Juventude no Al�m

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Eram dois oper�rios, que acabaram morrendo. Ficaram
ao lado de seus corpos, tentando se livrar daqueles escombros,
sem saber que j� haviam morrido. Estavam desesperados,
gritando por ajuda, quando tentamos conversar com eles,
mas nem percebiam que �ramos esp�ritos, que est�vamos ali
para tir�-los daquele lugar e explicar o que havia acontecido
de fato.

Eles nos agarravam e pediam por socorro. Junto conosco,
estavam outros irm�os com mais pr�tica nesses assuntos,
mas, mesmo assim, aqueles pobres coitados n�o entendiam o
que era falado, s� queriam sair daquele local.

Seus desligamentos foram at� certo ponto bem r�pidos,
devido � gravidade do caso. Algum tempo depois desse servi�o
ser completado, os bombeiros conseguiram chegar at� os
corpos e os retiraram de l�.

Ao verem seus corpos livres daquele entulho todo, os oper�rios
se acalmaram um pouco, mas diziam n�o conseguir respirar
direito. Foi a� que come�ou a conversa de esclarecimento:


� Amigos, como voc�s est�o observando, seus corpos
jazem no ch�o sem vida e voc�s agora est�o livres para a
liberdade eterna.
Mas parecia que fal�vamos em outra l�ngua diferente,
nada adiantava. Eles n�o conseguiam compreender uma s�
palavra, tamanho o desespero que invadia suas mentes. S�
conseguiam dizer que n�o respiravam, que o ar faltava em
seus pulm�es e que precisavam de ajuda.

Olhavam seus corpos estendidos e ficavam ainda mais
nervosos, at� que um deles deu um grito, como se estivesse se
libertando, e saiu do lado de seu corpo, dizendo que j� conseguia
respirar melhor.

Conversei com ele, tentando lhe explicar que agora ele
j� estava em liberdade, que aquele sufoco j� havia passado e
que, de agora em diante, as coisas s� iriam melhorar. Seria
preciso ter muita f� em Deus e aceitar sua nova vida, sem


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


revolta. Foi dito a ele que sua vida carnal terminou naquele
momento do desabamento e que agora ele era um esp�rito como
n�s, que est�vamos ali do seu lado prontos para ajud�-lo em
tudo que estivesse ao nosso alcance.

Mostramos seu corpo sem vida, deitado no ch�o, para
que acreditasse realmente naquilo que lhe era dito. Foi um
momento dif�cil, com muito choro e afli��o, mas aos poucos
nossas palavras iam lhe dando al�vio e conforto. Ele ouvia tudo
que diz�amos sem retrucar, s� chorava e gemia, ainda sentindo
as dores dos machucados causados na hora do desabamento.


Em seguida, chegou uma equipe para lev�-lo a um Posto
de Socorro, onde seria tratado de seus ferimentos e, mais tarde,
no momento oportuno, receber seu esclarecimento total.
Nesse instante, a equipe de socorro fez com que ele adormecesse,
para diminuir seu sofrimento.

Com o colega dele aconteceu a mesma coisa. Foi feito o
poss�vel para ajud�-lo, mas sab�amos que ainda era cedo para
v�-los bem. Seria preciso alguns dias de sono para se recuperarem
do acidente e, quando estivessem se sentindo mais fortes,
seriam esclarecidos por n�s ou por outros socorristas.

Ver o desespero desses dois homens foi terr�vel, queriam
se mexer e n�o era poss�vel, queriam respirar e era imposs�vel,
sentiam dores no corpo e n�o conseguiam se livrar daqueles
escombros para aliviar, at� que, por falta de ar e pelos
ferimentos que sofreram, vieram a desencarnar.

� muito dif�cil ver o sofrimento das pessoas. Nesse momento,
sentimos vontade de fazer o imposs�vel para socorr�-los
e aliviar suas dores, mas temos de ter calma, porque sabemos
que s� o tempo se encarrega de curar tudo. Tanto no plano terrestre
como no espiritual, o tempo ainda � o que resolve a maioria
dos sofrimentos, al�m da nossa f� em Deus, que nunca nos
desampara.

A morte � dif�cil sempre, principalmente as mais cru�is,
mas sempre existe uma sa�da para tudo e Deus nos concede o


a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Juventude no Al�m
direito de nos arrependermos de nossos atos. Nessa hora, sentimos
tudo diferente, conseguindo ver luz no final do t�nel.

Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


DE VOLTA � COL�NIA


18
Os dias passaram r�pido e chegamos ao final desse trabalho
t�o bonito no centro esp�rita. Foi um trabalho positivo,
onde aprendemos a lidar diretamente com problemas
tanto de encarnados como de desencarnados. Tivemos a oportunidade
de ajudar e fazer a verdadeira caridade. Todos que
procuram um centro esp�rita recebem ajuda de todos os
mentores da casa, ficam protegidos e seus passos guiados pelos
bons esp�ritos. � um trabalho intenso, mas de bom resultado
para todos.
� pondo em pr�tica nossos servi�os que aprendemos e
vamos nos soltando mais, adquirindo confian�a no que fazemos.
Fazendo um levantamento de tudo que foi feito aqui, tivemos
um resultado positivo. Nossos mestres estavam contentes
conosco, elogiaram e incentivaram-nos, dando-nos for�a
para continuar a crescer cada vez mais. Todo trabalho exige
dedica��o e bom senso, tanto na Terra como no �c�u�. S� que
no �c�u� ele � reconhecido imediatamente, enquanto que na
Terra, �s vezes, leva um bom tempo para isso acontecer e nem
sempre acontece. Mas ningu�m deve desanimar e sim trabalhar
sempre da melhor forma que puder, agradecendo seu
emprego, seu patr�o, seu sal�rio, seus amigos, enfim agradecer
a tudo e a todos que os cercam.
No dia em que deixamos o centro esp�rita, houve muitos
agradecimentos tanto de nossa parte, os estagi�rios, como do
pessoal que j� trabalha l� h� algum tempo. Todos s�o pessoas
maravilhosas, amigas e sempre dispostas a nos passar seus conhecimentos.
Foi num clima de ternura e amor que voltamos �
nossa col�nia.
Est�vamos todos contentes e felizes por essa semana di



Juventude no Al�m

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ferente que passamos e sei que sentirei saudades desse lugar,
mas quem sabe um dia n�o retornarei para trabalhar nessa casa
t�o cheia de amor e caridade.

Assim que chegamos � Col�nia Santa M�nica, fizemos
nossos relat�rios e entregamos ao professor Get�lio. Ele aprovou
nosso trabalho e mostrou estar satisfeito conosco.

No dia seguinte, fomos para nossa aula normalmente e,
pelo nosso esfor�o e dedica��o, recebemos uns dias de folga
no curso. Ter�amos uns dias livres para passear, assistir palestras,
shows, enfim fazermos o que mais gost�ssemos.

No primeiro dia, aproveitei para descansar e escrever
um pouco mais dessas mensagens que estou passando a voc�s,
meus amigos. Gosto de adiantar meu trabalho, porque, antes
de passar as mensagens para minha m�e psicografar, todos os
cap�tulos s�o aprovados primeiro pelos meus mentores e s�
em seguida � que s�o liberados.

Nesses dias de folga, fui visitar alguns amigos e tirei um
dia inteiro para ficar na casa de meu av� Marcello. Gosto de
sua companhia, ele � muito alegre, sempre tem muitas coisas
a dizer e ensinar. Aprendo muito todas as vezes que nos encontramos.
Nessa visita, tivemos a oportunidade de falar sobre
meu trabalho no centro e recebi um incentivo muito grande
dele. Meu av� � um esp�rito muito esclarecido e d� conselhos
�timos para o meu crescimento.

Conversamos tamb�m sobre esse livro que estou escrevendo
e ele mostrou estar bastante satisfeito com tudo que estou
fazendo. Esse livro est� sendo bom n�o s� para meu crescimento,
como tamb�m para a tranq�ilidade de meus pais e
minha irm�. � uma forma deles saberem tudo que est� acontecendo
comigo e terem a certeza de que estou feliz.

Depois de conversar bastante, sa�mos para passear pela
col�nia e desfrutar desse lugar t�o maravilhoso. Viver na col�nia
� bom, tudo � bonito e sempre tem um lugar diferente para
conhecer. Encontramos com v�rios amigos de meu av� e tivemos
a oportunidade de trocar id�ias com esse pessoal todo.


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


Foi um dia bem diferente. Recarreguei minhas energias,
respirando esse ar puro que existe aqui em cima. J� me sentia
pronto para voltar ao trabalho e �s minhas aulas, com id�ias
novas em minha cabe�a, mas que ser�o somente para o futuro.


Foi bom rever meu av�, ficamos contentes por mais essa
oportunidade e, ao me despedir, ele me deu um abra�o bem
apertado e prometeu que em breve ser� ele quem ir� me visitar,
fazendo uma surpresa.

Voltei para minha col�nia muito contente e tranq�ilo. No
caminho, ainda parei para conversar com uns amigos e combinamos
que, no dia seguinte, ir�amos a uma palestra no Teatro
Central, palestra essa que seria dada por um mentor bem conhecido
aqui e de grande capacidade. Com certeza eu aprenderia
bastante coisa com ele.

No dia seguinte, l� estava eu na porta do teatro, esperando
meus amigos para assistir a essa palestra que estava
sendo t�o comentada por todos aqui. Entramos e o teatro j�
estava quase todo tomado, restando poucos lugares para
aquela sess�o.

Em poucos minutos teve in�cio a palestra. O tema era
�Livre Arb�trio, Caridade e Perd�o�.

Quando o palestrante come�ou a falar, ficou um sil�ncio
total na plat�ia. Todos prestavam muita aten��o, j� que esse
tema � muito discutido entre n�s.

Come�ou primeiramente pela caridade. Foi lido um trecho
do Evangelho, o qual pe�o a permiss�o para reproduzi-lo
aqui:

�Amar o pr�ximo como a si mesmo: fazer para os outros

o que quer�amos que os outros fizessem por n�s�. � a mais
completa express�o da caridade, porque resume todos os deveres
para com o pr�ximo.
A caridade pode ser feita de muitas maneiras: em pensamentos,
em palavras e em a��es.
Em pensamento: � orando pelos pobres abandonados,


Juventude no Al�m

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pelas pessoas necessitadas, aos doentes, �s crian�as. Uma prece
j� os alivia.

Em palavras: dirigir aos companheiros um bom conselho,
falando em nome de Deus; orientar pessoas que est�o desesperadas
e sem esperan�as de vida.

Em a��es: ajudar pessoas necessitadas, dar comida a uma
crian�a de rua que est� com fome, socorrer o pr�ximo quando
necessitar de ajuda.

Juntando estes tr�s itens, voc� estar� praticando uma verdadeira
caridade.

Sobre o Perd�o foi dito o seguinte: �Se perdoais as faltas
dos homens, nosso Pai Celestial tamb�m vos perdoar�, mas se
n�o perdoais aqueles que vos ofendem, nosso Pai tamb�m n�o
vos perdoar��.

Devemos acima de tudo perdoar as pessoas que nos ofendem,
que nos prejudicam, que nos traem, porque elas ser�o as
mais prejudicadas, s�o as mais infelizes achando que est�o
certas. Essas pessoas ter�o muito o que aprender e perdoar.

N�o devemos guardar ressentimento das coisas mais
cru�is que podem nos acontecer. Perdoando, nossos cora��es
ficam mais leves e livres para o melhor desenvolvimento
de nossas vidas. Guardar rancor n�o nos traz felicidade,
mas sim a infelicidade.

Sobre o Livre Arb�trio, um tema j� bem conhecido, foi
dito o seguinte: �Todos nascem livres e tem o direito de fazer
de suas vidas o que quiserem, mas aqueles que tem o bom
senso, respeitam seus deveres e obriga��es e n�o imp�em nada
�s outras pessoas j� est�o praticando o Livre Arb�trio, porque
podem mostrar o caminho, mas n�o obrigam ningu�m a fazer
nada que n�o queiram�.


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


NOVAS EXPERI�NCIAS

19


Ao terminarem nossos dias de folga, voltamos para as
aulas e foi feito um debate entre os alunos, com orienta��o
dos professores. Esse debate era sobre tudo que fizemos
durante aquela semana no centro esp�rita. Pudemos trocar id�ias
e revelar aos mestres o que nos interessou.

Alguns alunos deixaram bem clara sua prefer�ncia por
trabalhar nos locais onde havia acontecido acidentes de todos
os tipos. Achavam que a� poderiam ser mais �teis e se sairiam
melhor neste tipo de socorro. Outros ainda n�o haviam se decidido
por nada e esperariam o t�rmino do curso para responder
melhor essa quest�o, j� que ainda far�amos outros tipos de
trabalho em locais diferentes.

Nesse debate, n�o era preciso escolher nada, ele s� estava
sendo feito para um melhor esclarecimento e servia como
uma reavalia��o de todo nosso trabalho at� ali.

Particularmente, eu gostei de trabalhar no centro esp�rita.
L� existe um n�mero enorme de problemas a serem resolvidos,
� bem diversificado. Pode ser feito muito pelos encarnados,
dando a eles conselhos que nem sempre todos conseguem
captar ou intuir, mas � feito de tudo para aliviar suas tens�es,
desde um passe at� uma palestra elucidativa.

Aos desencarnados, podemos orient�-los, mostrando o
melhor caminho a ser seguido. Nem sempre somos ouvidos,
mas quando n�o querem aceitar nossas palavras, s�o levados
a conversar com os encarregados da Doutrina. Ent�o v�o �
reuni�o medi�nica e podem dar comunica��o, para terem a
certeza de que agora s�o esp�ritos, porque a� � mostrado a eles
que est�o falando atrav�s de um corpo que n�o � o seu, � apenas
um corpo emprestado, ficando mais f�cil a compreens�o.


Juventude no Al�m

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Depois de esclarecidos, s�o todos levados para os Postos
de Socorro e alguns j� se sentem t�o bem aceitando sua
nova vida que logo ficam liberados para seguir o caminho indicado
pelos mentores.

Outros alunos ainda mostraram sua prefer�ncia por trabalhar
nos Postos de Socorro, onde toda hora chegam muitos
esp�ritos necessitando de ajuda. L� o trabalho � bem maior,
mas � assim que gostamos, � a maneira de praticarmos a caridade.


Somente no final do curso � que ser� feita a escolha de
como iremos trabalhar e onde. Cada um tem o direito de escolher
como quiser e o que for melhor para ele. As opini�es est�o
muito divididas, mas na hora certa todos n�s tomaremos nossas
decis�es.

Para complementar mais esse debate, tivemos a presen�a
de uma pessoa maravilhosa, que veio nos elucidar um pouco
falando a respeito de tudo que j� hav�amos feito at� aquele
momento. Suas palavras eram fortes e bem colocadas. Mostrou
o que faremos ainda daqui at� o final do curso e tenho
certeza que ser� bem interessante.

Quando pensamos que j� aprendemos quase tudo, sempre
aparece uma novidade, uma coisa nova para nos chamar
a aten��o. Dentro de poucos dias, voltaremos � Crosta Terrestre
para novos trabalhos, s� que n�o ficaremos por muito tempo,
como da outra vez. Vamos e voltamos no mesmo dia. Ir�
apenas um grupo de cada vez.

No final desse debate, vi quanta coisa ainda tenho a
aprender. Existem muitas maneiras de ser socorrista. Em todos
os cantos h� um esp�rito precisando de uma palavra amiga e
esclarecedora. Foi assim que, mais uma vez, vi-me diante de
um irm�o que n�o aceitava sua condi��o de esp�rito.

Aconteceu alguns dias ap�s esse debate que foi feito em
sala de aula. Voltamos � Crosta Terrestre para resgatar mais
alguns esp�ritos e me vi diante de uma situa��o nova.

Jorge era um rapaz que j� havia desencarnado h� alguns


Pelo esp�rito F�bio

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meses, mas n�o aceitava isso de maneira alguma. Fiquei sabendo
sua est�ria antes de me aproximar dele, para ser mais
f�cil nosso contato.

Jorge havia sido atropelado por um �nibus, onde viera a
morrer. N�o tinha uma religi�o e duvidava da exist�ncia de
Deus, sem nunca ter procurado por esclarecimentos maiores.
Era ateu. Nunca freq�entou igrejas nem outros templos sagrados.
Ele era mendigo e revoltado por ver outras pessoas em
boas situa��es e ele sem ter nada, nem onde morar. Vivia debaixo
de um viaduto com sua companheira, que tamb�m era
revoltada como ele.

Quando n�o conseguiam esmolas para comer, roubavam
pessoas idosas, por acharem mais f�cil tirar a carteira deles.
Viveram assim por muito tempo, sem grandes chances de melhorar.
Trabalhar n�o queriam, mas andavam pelas ruas o dia
todo, procurando novas v�timas.

No dia de sua morte, estava sozinho e embriagado. Nem
percebeu que o �nibus vinha em sua dire��o e atravessou a rua
assim mesmo. Foi socorrido, mas de nada adiantou.

Os socorristas do local tentaram conversar com ele, mas
sua revolta era muito grande e, n�o entendendo nada do que
havia acontecido, se afastou desse local, achando que ainda
estava vivo. Viu seu corpo sem vida, mas n�o deu grande import�ncia
a isso, tamanha era sua ignor�ncia.

N�o aceitando ser esclarecido, a equipe que estava nesse
local nada p�de fazer, a n�o ser deix�-lo ir embora. Nunca
podemos resgatar um irm�o sem sua permiss�o. N�s conversamos,
mas ele � quem decide se quer ser ajudado ou n�o.
Nesse caso, nada p�de ser feito.

Depois de alguns meses, meu grupo e eu fomos ter com
Jorge. Ele ainda continuava confuso e ainda mais revoltado.
Ficava sempre rodeando balc�es de bares para poder beber,
atrav�s do fluido das pessoas que ali freq�entavam.

Fomos conversar com ele, mas nos recebeu com hostilidade.
Contamos a ele que j� havia morrido e o melhor seria


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nos acompanhar para ter uma chance de mudar para melhor.
Mesmo sendo objetivo, ele n�o entendia, achando que n�o
existia vida depois da morte e que ainda estava vivo, s� um
pouco confuso, talvez de tanta bebida.

Tivemos a permiss�o de mostrar a ele seu corpo j� em
decomposi��o, para tornar mais f�cil a sua compreens�o, mas
mesmo assim hesitou.

Foi preciso muita ora��o e muita conversa para conseguirmos
resgatar aquele irm�o t�o confuso. Tivemos at� que
falar que se ele n�o gostasse do lugar bel�ssimo onde o levar�amos,
era poss�vel voltar e continuar perdido, sem nenhuma
esperan�a de melhorar e crescer. N�o mentimos a ele, muitos
que recebem ajuda, quando se sentem melhores, �s vezes fogem
para continuar na Crosta Terrestre e n�o podemos fazer
nada para modificar essa situa��o. S� quando somos chamados
por eles � que voltamos e os resgatamos novamente.

Tudo o que fazemos � de cora��o e com boa vontade,
mas n�o podemos obrigar ningu�m a nos seguir.

Jorge foi levado a um Posto de Socorro bem pr�ximo e,
depois de alguns dias, voltamos para ver como estava. Fiquei
contente por ver que estava se restabelecendo aos poucos e j�
aceitava sua nova vida sem revolta. Confessou ao nosso grupo
que se tivesse aceitado antes essa nova condi��o, n�o teria
sofrido tanto e perturbado a outras pessoas como fez.

O importante � que Jorge agora est� bem e, com o passar
do tempo, ser� encaminhado a algum trabalho que ele goste,
tornando-se mais um esp�rito a fazer o bem a outras pessoas.

Assim como Jorge, existem muitos esp�ritos vagando por
a�, sem querer ajuda. Outros at� s�o vampirizados e obrigados
a fazer maldades, n�o percebem que est�o sendo usados, �s
vezes at� por falta de uma simples ora��o ou um pedido a Deus
do fundo do cora��o. Muitos n�o sabem rezar, mas usem o nome
de Deus e de Jesus, nosso Mestre, e pe�am com toda sua for�a.
Basta dizer: �Deus, ajude-me, venha em meu socorro�! Dizendo
isso, o esp�rito logo ser� socorrido e levado para um lugar


a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Pelo esp�rito F�bio
melhor, podendo depois seguir seu caminho dentro da paz e da
luz.

Juventude no Al�m

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CAPELA DO ADEUS 1


20
Chegando um dia para mais uma aula, recebemos outra
miss�o importante. Conhecer�amos de perto os trabalhos
realizados numa Capela do Adeus.
Nessas capelas � que s�o velados os corpos, � a hora do
adeus final. O professor Get�lio deu uma explica��o sobre esse
trabalho que foi muito interessante. Nesse local, todos os esp�ritos
ficam at� serem sepultados e s� depois s�o encaminhados
a seus devidos lugares. � feito isso para haver uma maior
aceita��o e tamb�m a despedida com os familiares e amigos.
Esse � um lugar sagrado, onde todos devem se comportar
muito bem, mas, infelizmente, nem sempre isso acontece.
Como em todos os lugares, existem as pessoas mais respeitosas
e outras que s� v�o por obriga��o.
Nessas capelas deveria haver mais respeito aos mortos.
Seria bom que todos entendessem que o corpo que ali jaz precisa
de muita ora��o, palavras de conforto e de esclarecimento
e n�o como geralmente acontece. A maioria das pessoas se
comportam mal. Fazem fofocas, falam mal do morto. Julgam a
causa de sua morte e fazem coment�rios maldosos. Outras reparam
nas roupas que as pessoas vestem e, al�m disso, existem
os grupos que ficam contando piadas e caem na gargalhada,
sem o m�nimo respeito � dor dos familiares e do pr�prio
morto.
Sem contar aquelas que mais parecem que v�o a uma
festa, de t�o coloridas e cheias de adornos. Outras v�o de bermudas,
shorts, chinelos e assim por diante.
Numa Capela do Adeus, deve-se ir o mais simples poss�vel.
Uma roupa adequada, sem chamar a aten��o e um comportamento
s�rio como � o ambiente. � preciso ter respeito por


Pelo esp�rito F�bio

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esse local e pelos familiares que est�o sofrendo tanto com a
perda de uma pessoa t�o querida.

Se voc� n�o tiver respeito nem pela fam�lia, nem pelo morto,
n�o deve ir ao vel�rio. � melhor n�o comparecer do que
ficar conversando muito, falando mal das pessoas ou contar piadas.
Existem outros locais mais apropriados para essas situa��es.


Ao entrar numa Capela do Adeus, voc� deve se aproximar
do corpo que est� sendo velado e fazer uma ora��o do
fundo do seu cora��o a Deus, para que tenha piedade daquele
irm�o que l� est� e fazer por ele o melhor. Pedir que Deus o
aben�oe, o ilumine e o esclare�a o quanto antes daquela situa��o
em que se encontra.

Deve-se dirigir aos familiares mais pr�ximos, dar-lhes os
p�sames, um abra�o amigo e falar palavras de conforto, esperan�a
e f�. Procure n�o comentar como foi a morte daquela
pessoa, a n�o ser que a iniciativa seja de algum familiar, mas
nunca d� seu parecer sobre esse caso, pelo menos nesse instante
e nesse local.

Seria muito bom se, nessa hora, alguma pessoa lesse trechos
do Evangelho, fizesse ora��es ou rezasse um ter�o*. Assim,
estaria ajudando mais ao esp�rito que acaba de desencarnar
e tamb�m n�o daria tempo das pessoas conversarem tanto.

Os familiares mais pr�ximos do morto tamb�m devem
saber se comportar nessa hora. � uma hora triste, dif�cil, mas
tem de haver um ponto de equil�brio. Por maior que seja o sofrimento,
devem-se evitar gritos e atitudes descontroladas. �
normal que se chore bastante nessas capelas, mas nada que se
ou�a � dist�ncia. Todas as pessoas devem se conscientizar que
as atitudes exageradas tamb�m prejudicam o �morto�, tornando
mais dif�cil para ele a separa��o. N�o quero com isso inibir
sua dor. Podem chorar � vontade, colocar toda sua dor para
fora, mas tudo isso com controle e sensatez, se for poss�vel.

Ap�s essas explica��es, fomos visitar uma capela onde estava
sendo velado um homem muito rico. A capela era um luxo


Juventude no Al�m

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s�. Tudo de primeira qualidade, os casti�ais brilhavam muito e
havia muitas coroas, enviadas por amigos e familiares.

O homem que ali jazia devia ter no m�ximo uns sessenta
anos e foi v�tima de um enfarto fulminante. Era casado e tinha
um casal de filhos. Sua filha era casada e o filho ainda solteiro.

Havia muitas pessoas nesse vel�rio e o barulho era intenso.
Vozes altas eram ouvidas junto com risinhos mais baixos.
Fiquei impressionado de ver tamanha falta de considera��o
com o �morto�.

Sua vi�va mais parecia que ia a um recital, toda de
preto com um colar de ouro todo trabalhado, brincos enormes,
pulseiras, v�rios an�is e um salto alto enorme. Lembrei-
me da aula do professor Get�lio, onde dizia sobre a simplicidade.


Essa mulher pouco chorava, talvez para n�o estragar sua
maquiagem. N�o ouv�amos ningu�m rezando, s� coment�rios
dos bens que o �morto� havia deixado. A vi�va era t�o vaidosa
que mais parecia irm� da pr�pria filha, de tantas pl�sticas que
j� havia feito.

O filho era um pouco revoltado e j� comentava que agora
teria de trabalhar no lugar do pai para tocar sua empresa.
Sempre teve toda comodidade, acobertado pela m�e, e agora
j� pensava em como seria dali para frente, tendo de renunciar
�s viagens e passeios que estava acostumado. Em nenhum
momento rezou pelo seu pai, j� que suas preocupa��es eram
outras.

A filha era mais simples. Estava vestida discretamente com
um conjunto preto. Chorava num canto e dizia ao marido que
sentiria muita falta do pai, que era seu grande amigo. Talvez ela
fosse a �nica pessoa que realmente estava sentindo aquela morte.


Como se n�o bastasse o barulho daquele ambiente, acreditem,
ainda estavam servindo bebidas, como uisque e refrigerantes.
Era uma falta de respeito total.

Depois de ver o comportamento da vi�va e dos filhos,


Pelo esp�rito F�bio

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preocupei-me em ver como o �desencarnado� estava reagindo
a tudo aquilo. Seu sofrimento era muito grande. N�o
acreditava no que havia acontecido, achava que ainda devia
viver alguns anos mais, para poder ensinar o filho a tomar
conta de sua empresa com mais dedica��o. Aquele ainda
n�o era o momento exato para que o rapaz assumisse essa
responsabilidade. A filha e a mulher n�o poderiam exercer
essa fun��o, porque n�o entendiam de neg�cios.

Estava muito preocupado com os bens materiais e sofrendo
muito, at� que resolvemos intuir algu�m a fazer alguma
prece por aquele homem. Mas quem poderia fazer preces naquele
momento? Era um barulho s�! Tentamos a vi�va, mas
esta s� pensava em conversar com suas amigas da alta roda.
O filho, ent�o, nem pensar, aquele rapaz n�o devia nem saber
rezar. Foi a� que achamos a �nica pessoa s�ria e absorta em
seus pensamentos: a filha!

Cheguei perto dela e intu� para que fizesse uma ora��o
em voz alta, para o bem de seu pai e tamb�m para acalmar
aquele ambiente t�o barulhento. A mo�a era muito sensitiva e,
na mesma hora, se levantou, foi at� o caix�o de seu pai e come�ou
a rezar um pai-nosso em voz alta. Todos olharam assustados
a rea��o dela, mas a acompanharam na ora��o.

Depois dessa prece, o ambiente se acalmou um pouco,
parece que todos ca�ram na realidade e at� o morto ficou mais
tranq�ilo.

Amigos, n�o se esque�am nunca de rezar muito quando
forem a um vel�rio. Essas ora��es ajudam tanto o �morto� como
os familiares e toda prece feita de cora��o tamb�m ajuda e
fortifica a voc�s mesmos.

Portanto, respeitem e orem sempre!


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CAPELA DO ADEUS 2


21
Volto a falar sobre as Capelas do Adeus, tamanha a import�ncia
destes locais. Venho frisar novamente que
a Capela do Adeus � um lugar sagrado, onde deve haver
respeito, simplicidade e onde todos devem doar um pouco
de si para aquele que partiu. � um lugar onde o esp�rito est�
lutando para deixar seu corpo e aceitar sua nova condi��o.
N�o devem existir conversas maldosas, nem julgamentos
para aquele que ali se encontra sob a mira de todos os olhares.
� um momento dif�cil, onde deve existir muita prece e
solidariedade tanto para o �morto� como para os familiares.
Qualquer coment�rio maldoso s� piora a situa��o e magoa
ainda mais as pessoas e o esp�rito.
Respeitem sempre os locais sagrados. Quando forem
a essas despedidas, elevem seus cora��es e encham de ternura,
boa vontade, amor, solidariedade, f�, esperan�a e boas
palavras de conforto. Se voc� n�o souber o que falar nesse
momento, n�o diga nada. � melhor calar-se a dizer bobagens.
Todas as pessoas s�o capazes de controlar suas atitudes,
s� depende da sua boa vontade e dignidade. Se voc� for a um
vel�rio a fim de falar mal do �morto� ou de qualquer outra
pessoa, contar piadas, fazer coment�rios maldosos, ironizar
alguma situa��o, � melhor n�o comparecer, sua presen�a s�
vai atrapalhar aquela despedida.
Aproveito para contar mais uma experi�ncia que tive em
outra Capela do Adeus.
Era o vel�rio de uma mulher de pouco mais de cinq�enta
anos. Seus tra�os mostravam que um dia ela havia sido muito
bonita, mas a doen�a a deixou muito magra e a envelheceu


Pelo esp�rito F�bio

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bastante. Fiquei sabendo que ela era muito vaidosa, cuidava-se
bem, fazia gin�stica, fez pl�sticas em alguns locais de seu corpo
para melhorar a apar�ncia, gostava de se vestir muito bem,
usar j�ias, enfim tudo para deix�-la mais bonita, j� que o marido
tinha condi��es para sustentar os caprichos dela. Tinha muitos
amigos e freq�entava sempre os lugares mais requintados. Sua
casa estava sempre cheia de convidados e todos se divertiam e
bebiam bastante. N�o tinha filhos, dizia que engravidar estragaria
seu belo corpo. Passou por essa vida sem deixar grandes
marcas.

Quando ficou doente, a primeira coisa que notou foi que
os grandes amigos come�aram a se afastar de sua casa. J� n�o
havia reuni�es, tampouco grandes festas. Sua doen�a n�o permitia
que sa�sse da cama, mesmo assim n�o aceitava que estava
chegando ao fim, sua vaidade n�o permitia.

Dessa maneira chegou o dia de sua morte. Em seu vel�rio,
havia muitas pessoas. Seu marido era um empres�rio bem
sucedido e muitos se acharam na obriga��o de ir ao vel�rio
pelo status da falecida e do marido. Suas melhores amigas se
aproximavam do corpo e saiam rapidamente, sempre a comentar
sua magreza e feiura. Diziam �quem te viu e quem te
v��!

Os coment�rios eram na maioria maldosos. Eram poucos
os que faziam uma ora��o para aquela pobre coitada,
que estava sofrendo tanto para se desligar de seu corpo.
Apesar do sofrimento que passou, n�o queria aceitar a morte
e estava desesperada. Quando ouvia uma prece de algum
amigo presente, acalmava-se mais, mas quando o coment�rio
era maldoso, entrava em crise de choro e n�o se conformava.

� por isso que nas Capelas do Adeus n�o devem ter
coment�rios maldosos sobre a passagem do �morto�, isso �
dolorido demais.

Meus colegas e eu sempre cheg�vamos perto de algum
presente e tent�vamos intu�-lo a orar, mas estava dif�cil, parece
que falar alto e rir era bem mais interessante.


Juventude no Al�m

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Mas com o decorrer das horas, entrou uma senhora bem
simples a essa sala onde estava sendo o vel�rio, n�o conhecia
ningu�m dali, mas teve uma atitude inesperada at� para n�s
que somos esp�ritos. Essa senhora chegou bem perto da morta
e come�ou a fazer uma prece em voz alta. Todos pararam de
conversar e olharam para aquela mulher. Nesse instante, parece
que se abriu uma porta de esperan�a para a falecida, seu
olhar se iluminou e todos os presentes come�aram a orar junto.
Isso fez muito bem � �morta�. Essa prece a confortou e foi a�
que ela entendeu o que realmente havia acontecido. Nesse
momento nos aproximamos e tivemos a oportunidade de conversar
com ela mais claramente.

A mulher aceitou que havia morrido, mas nos confessou
estar magoada com o descaso daqueles que julgou um
dia serem seus amigos. Prometeu que n�o guardaria rancor
de ningu�m e lembrou que j� fez o mesmo em outros vel�rios
que j� havia visitado.

Depois de seu enterro, levamos essa mulher at� um Posto
de Socorro, para que fosse tratada e se recuperasse das
marcas causadas pela doen�a. Apesar do seu modo de viver,
ela tinha bastante f� em seu cora��o e logo pediu ajuda a
Deus, nosso Pai. Assim, p�de ser encaminhada e, mais para
a frente, seguir� seu caminho, sempre bem amparada por
mentores maravilhosos.

Agora vou contar um outro caso interessante. Fomos visitar
o vel�rio de um senhor de setenta anos que desencarnou
de um problema respirat�rio. Esse homem nasceu em um lar
esp�rita. Durante toda sua juventude, freq�entou centros esp�ritas
com os familiares e mais tarde, com um pouco mais de
idade, fundou sua pr�pria casa esp�rita. Era um local pequeno,
mas bem freq�entado por pessoas de bastante f�. Dirigia os
trabalhos sempre com muita lucidez e procurava sempre se
aperfei�oar mais, para seu pr�prio bem e tamb�m dos
freq�entadores. Fazia muitas caridades, distribuindo sempre
cestas b�sicas para os pobres e ajudando muitas fam�lias. Era


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


querido por todos, tanto encarnados como desencarnados.

Quando adoeceu, foi internado em um hospital e ficou l�
durante uma semana, at� a hora de sua morte.

Ao chegar em seu vel�rio, o ambiente era da mais pura
paz. Fiquei admirado com o que pude ver. Havia um grupo de
esp�ritos conversando e, entre eles, o falecido. Fiquei surpreso
de ver aquela cena. Aquele homem, que viveu sua vida toda
dentro da mais pura simplicidade, generosidade e dedica��o,
agora estava ali t�o bem que mais parecia um esp�rito
j� desencarnado h� muito tempo.

Seu respeito ao corpo que o serviu durante tantos anos
era comovente. Olhava para seu corpo, passava a m�o no rosto
e orava muito, agradecendo por t�-lo servido durante aqueles
longos anos. Era uma cena bonita de se ver. Como a gratid�o
� comovente. Aquele homem tratou bem de seu corpo
durante a vida e era grato a ele depois da sua morte.

Seus amigos espirituais se reuniram numa prece maravilhosa
e davam todo apoio ao rec�m-desencarnado. O modo
de vida daquele homem foi honroso. S� fez o bem e praticou a
caridade, nunca guardou raiva de ningu�m e ali estava sua
recompensa, nessa hora de despedida. Estava calmo, tranq�ilo
e agradecido a Deus e aos amigos espirituais que cativou
com seu belo trabalho.

As pessoas presentes em seu vel�rio eram na maioria
amigos da sua pequena Casa de Caridade, parentes e at� pessoas
que ele ajudou, que vieram para se despedir de seu benfeitor,
que os ajudou na hora da necessidade.

O comportamento de todos nesse vel�rio era impec�vel.
Todos rezavam e diziam palavras positivas, agradeciam a Deus
por ter colocado aquele homem em seus caminhos. Essas palavras
s� o confortavam e mostravam o quanto havia sido importante
sua passagem pela Terra.

Ap�s o sepultamento, esse homem t�o bom e generoso
partiu junto com alguns irm�os, j� consciente de sua pr�xima
miss�o no Plano Espiritual. Com certeza continuar� suas obras


a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Juventude no Al�m
de caridade nesse novo plano, dentro da luz, como sempre
viveu. Agora, mais feliz, podendo fazer mais por todos que
necessitarem de sua ajuda.
� muito bonito poder assistir a uma cena t�o bela como
essa que tive a oportunidade de participar. Todas as pessoas se
comportavam muito bem nessa Capela do Adeus e se despediram
daquele amigo com o cora��o cheio de ternura, agradecimento,
amor pelo trabalho realizado, ouvindo-se apenas conversas
francas.
Ainda vai demorar um pouco para que todos se
conscientizem da necessidade de controlar suas atitudes nesses
locais sagrados, mas continuaremos a trabalhar nesse sentido,
para que um dia o respeito domine a mente das pessoas e,
quando forem se despedir de algum �morto�, esforcem-se para
manter a dignidade e o bom senso.

Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


DOA��O DE �RG�OS


22
At� o presente momento, venho contando a todos, com
muito respeito, as experi�ncias vividas por mim desde
a hora do meu desencarne. Venho contando tudo da maneira
mais simples, para ser compreendido por todos, e procurando
n�o chocar ningu�m com essa leitura, que � feita com todo
meu amor e carinho e sempre auxiliado por mentores prontos
a me ajudar. Tudo que est� sendo narrado � supervisionado por
meus mestres e s� depois � que chega at� voc�s. Aqui tudo �
feito dentro da mais pura ordem e respeito, a organiza��o no
Plano Espiritual � fundamental. � dentro desse respeito que aqui
existe que pe�o permiss�o a todos para poder falar sobre um
assunto t�o pol�mico: a Doa��o de �rg�os.
Ouvem-se muitos coment�rios sobre esse assunto entre
os encarnados. Uns s�o a favor, outros contra. Para esclarecer
um pouco aos amigos, quero entrar nesse assunto tentando dizer
�s pessoas que est�o indecisas sobre que atitude tomar
sobre esse assunto t�o comentado.
Quero esclarecer a todos que, depois que desencarnamos,
n�o necessitamos mais de nenhum �rg�o existente no corpo
que acabamos de deixar na Terra.
Nosso corpo foi uma cria��o de Deus para nos servir
enquanto estamos encarnados, depois n�o necessitamos mais
dele, tanto que na B�blia diz: �Da terra veio, � terra voltar��.
Essa � a maior verdade, meus amigos.
N�o fiquem presos a um corpo que s� vai desaparecer. A
vida continua ap�s a morte, sem a necessidade do corpo f�sico.
Enquanto estamos �morando� na Terra, necessitamos do
corpo para nos locomover, para atender as prioridades do dia-
a-dia. Esse corpo tem uma alma que o conduz, mas, depois da


Juventude no Al�m

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morte f�sica, o corpo desaparece e a nossa alma passa a ser
esp�rito. � assim que passamos a viver, somente com o �esp�rito�.


Ouvimos muitos coment�rios de encarnados dizendo que
n�o v�o doar seus olhos, porque podem precisar dele para enxergar
depois de morto. Outros dizem que se doarem seu cora��o,
n�o ter�o como sentir emo��es em outras dimens�es e
assim por diante.

Conscientizem-se, meus amigos, que tudo isso � bobagem,
� medo de fazer o bem. J� foi comentado nesse livro que
devemos fazer o bem sem ver a quem. Ent�o n�o se sintam
inseguros em ser doadores de �rg�os. Depois de morto, ningu�m
precisa mais deles. J� os que precisam fazer um transplante
sabem como � importante a necessidade do amor ao
pr�ximo, em doar um �rg�o �quele que tanto necessita para
continuar com sua miss�o na Terra at� que chegue a sua derradeira
hora.

N�o se sintam amedrontados. Sejam doadores. H� tantas
pessoas precisando de uma autoriza��o sua para ver um
filho viver, outro para poder enxergar novamente...

N�o tenham medo de fazer essa autoriza��o. Seus entes
queridos que acabam de morrer n�o precisam mais de nenhum
�rg�o que est� dentro daquele corpo inerte e sua autoriza��o
vai trazer novas esperan�as n�o a uma s� pessoa, mas � muitas
que dependem desse gesto, que est�o esperando esses �rg�os.


Fazer doa��o de �rg�os � um gesto de amor ao pr�ximo
e podem ter certeza que um dia voc�s ser�o recompensados
por essa atitude t�o generosa. Doar um �rg�o ajudar� tanto no
crescimento espiritual de quem est� doando como daquele que
receber� esse �rg�o. Com certeza, este se sentir� grato a Deus
e a seu doador eternamente.

Vou contar um caso de doa��o que achei muito bonito. A
paciente que necessitava de um cora��o era uma menina de
dezesseis anos de idade. H� alguns anos, come�ou a sentir


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


falta de ar quando fazia aula de Educa��o F�sica na escola
onde estudava. Essa menina sempre foi de uma sa�de perfeita,
at� que come�ou a ter essa falta de ar.

Foi levada ao m�dico por seus pais e, ap�s v�rios exames,
ficou constatado um problema muito s�rio. Com o decorrer
do tempo foi se agravando, at� que chegou a informa��o
de que s� um transplante poderia salvar sua vida.

Essa menina sempre teve uma vida normal. Gostava de
passear com as amigas, jogar v�lei, nadar, dan�ar, enfim tudo
que uma jovem gosta de fazer. Depois que foi constatado esse
problema t�o s�rio, sua vida mudou radicalmente. J� n�o
podia mais sair, nem fazer as coisas que mais gostava. Nem
a escola podia mais freq�entar.

Certo dia, ap�s uma s�ria crise, foi internada em um hospital
onde fazia seu tratamento e j� estava na fila, sempre com
a esperan�a de aparecer um doador compat�vel com ela. Ap�s
muitas idas e vindas ao hospital, chegou o grande dia. Uma
garota da sua idade havia morrido em um acidente de moto e
seu cora��o era compat�vel. Foram feitos todos os exames preventivos
e toda a prepara��o adequada. Em seguida, essa menina
recebeu o cora��o da doadora.

Sua fam�lia estava muito emocionada com tudo que estava
acontecendo. Estavam felizes de haver essa doadora,
mas ao mesmo tempo choravam por saber que uma garota
t�o jovem havia morrido e s� ela poderia salvar a vida de sua
filha.

Enquanto decorria a cirurgia, os pais da menina foram
at� a capela do hospital e rezaram muito, n�o s� pela filha,
para que tudo transcorresse da melhor forma, mas tamb�m pela
garota que doou o cora��o.

Ningu�m sabia o nome da doadora, mas eram gratos a
ela assim mesmo. Mandaram rezar missa em inten��o � alma
dessa garota. Seus sentimentos eram puros e suas preces ouvidas
por todos, inclusive por essa garota an�nima.

A menina que recebeu o �rg�o chamava-se Priscila e


Juventude no Al�m

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logo depois fiquei sabendo que a doadora era Carolina.

Depois de alguns dias em que Priscila havia sa�do do
hospital, j� estava se sentindo bem melhor e logo poderia voltar
a ter uma vida normal, conforme orienta��o m�dica. Seu
pai foi at� o hospital e procurou saber mais sobre a garota que
doou o cora��o. N�o foi lhe dado muitas informa��es, porque
a fam�lia n�o queria ser identificada, mas conseguiu saber que
foi a Carolina que doou o �rg�o. S� de saber o nome dela j�
ficaram contentes, assim suas preces poderiam ser endere�adas
a ela com todo amor e carinho.

Com esse gesto maravilhoso, a fam�lia de Carolina conseguiu
salvar a vida de Priscila, que ser� eternamente grata a
todos. E tenham a certeza de que Carolina tamb�m est� feliz
com a atitude de seus pais, que n�o hesitaram em fazer o bem
a quem tanto precisava.

Hoje Carolina est� consciente dessa doa��o e feliz por
ver que seus pais pensam nela com muito amor, que sabem
que seu cora��o est� batendo dentro do peito de uma menina
que tanto precisava dele.

N�o tenham medo de doar seus �rg�os e nem o de seus
familiares mortos. Doar � um ato de muito amor ao pr�ximo e
tenham a certeza que n�o precisar�o mais deles depois de sua
partida. � t�o bom, mesmo depois de desencarnado, saber que
foi poss�vel salvar uma vida ou at� mais vidas, j� que muitos
�rg�os podem ser utilizados para transplantes. O esp�rito, quando
toma consci�ncia desse ato, fica feliz por chegar ao Plano
Espiritual j� praticando a caridade e o amor ao pr�ximo.

Sejam l�cidos em seus pensamentos. Tomem essa decis�o
t�o bonita. S� um cora��o cheio de amor � que pode, numa
hora t�o dif�cil, decidir fazer a caridade.

Todos n�s do Plano Espiritual somos a favor da doa��o
de �rg�os. Sigam esse exemplo de amor e caridade e tamb�m
colaborem para salvar vidas. Voc�s ser�o eternamente agradecidos
por todos n�s e se sentir�o felizes com essa atitude t�o
digna de salvar vidas.


a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Pelo esp�rito F�bio
Tenham coragem e n�o se arrepender�o desse ato t�o
maravilhoso. Lembrem-se que um dia voc�s poder�o estar nessa
situa��o, precisando de um �rg�o para poderem continuar
em sua jornada.
Deus os aben�oe e ilumine seus cora��es.

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HOMENAGEM AMIGOS


DOS
23
Era um domingo, n�o havia aula e eu estava de folga junto
com meus amigos do grupo. Sab�amos que haveria
um show em um dos sal�es da Col�nia e eu havia combinado
com Juliana de assistir a esse evento, j� que ela tanto insistiu.
Seria um show com cantores j� desencarnados e o pessoal do
curso estava todo animado para assistir. O show seria feito em
dois finais de semana, para que todos tivessem a oportunidade
de participar.
Em todos os finais de semana s�o promovidos eventos
para que os moradores da Col�nia possam se divertir. S�o
shows, palestras, corais, enfim um pouco de tudo e sempre
ficam lotados.
Nesse dia, eu preferia ficar em casa para p�r em dia os
meus estudos e minhas leituras, mas como Juliana insistiu tanto,
acabei concordando em fazer companhia a ela. Marcamos �s
vinte horas, na porta do sal�o, bem na pra�a principal.
Cheguei l� um pouco cedo e fiquei conversando com
alguns amigos que encontrei e iriam assistir ao show. J� passava
das vinte horas e Juliana n�o chegava. Fiquei surpreso quando
um amigo nosso trouxe um recado dela, dizendo que n�o
poderia comparecer por haver um compromisso inadi�vel e
que eu voltasse para casa, que no pr�ximo final de semana
assistir�amos ao show.
Fiquei surpreso com esse recado, n�o podia imaginar que
compromisso seria esse de Juliana, j� que trabalh�vamos juntos
e n�o estava sabendo de nada importante para esse domingo.
Ainda mais porque foi ela quem insistiu tanto para sairmos
um pouco e assistirmos ao espet�culo, mas depois conversaria
com ela.


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


Voltei para casa andando e apreciando as maravilhas
dessa Col�nia. No caminho, encontrei alguns amigos, conversei
um pouco e estava decidido que, chegando em casa, estudaria
um pouco e n�o sairia mais at� o dia seguinte.

Quando cheguei � porta do pr�dio em que moro, encontrei
Paulo e o convidei para subir e conversar um pouco. Ele se
mostrou um pouco constrangido e perguntou se n�o iria me
atrapalhar, j� que sabia dos meus planos de estudar, colocar a
leitura em dia e tamb�m terminar de escrever os cap�tulos desse
meu livro. Passei o bra�o em seu pesco�o e garanti que
s� me daria alegria se conversarmos. Paulo hesitou, mas
acabou concordando.

Ao chegar � porta do apartamento, senti alguma coisa
estranha, mas n�o sabia o que era. N�o comentei nada com
Paulo e abri a porta. Quando acendi a luz, fiquei de boca aberta.
Foi uma surpresa incr�vel que planejaram para mim. Fiquei
t�o feliz com o que via que mal conseguia falar uma palavra
ao menos. Meus amigos estavam todos ali reunidos. Fizeram
uma festa surpresa e eu nem imaginava que estavam tratando
disso tudo sem que eu soubesse ou percebesse alguma coisa.
Havia cartazes espalhados por todas as paredes da sala e
diziam:

� Parab�ns escritor!
� Voc� conseguiu!
� Seja feliz, amigo!
� Esse � apenas o primeiro livro!
Al�m dos cartazes, a sala estava toda enfeitada com bexigas
coloridas e, assim que entrei, come�aram todos a assobiar
e bater palmas. Fiquei t�o emocionado com toda aquela
festa, com aquela surpresa maravilhosa, que n�o me contive e
comecei a chorar de emo��o. Como � bom ver o nosso trabalho
reconhecido pelos amigos, que satisfa��o isso nos d�.

Agora pude compreender o porqu� de Juliana n�o ter ido
ao meu encontro para assistirmos ao show. Entendi tamb�m
porque o Paulo ficou sem gra�a quando me encontrou na en



Juventude no Al�m

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trada do pr�dio. � que ele estava atrasado para a festa, mas
disfar�ou bem e eu n�o percebi nada.

Estavam presentes nessa sala: Juliana, Roberto, Mestre
Gabriel, os professores Get�lio, J�lio e Ant�nio, Paulo e, para
minha maior surpresa e felicidade, entre meus amigos t�o queridos
estava o meu av� Marcello. Corri para abra��-lo e chorei
em seu ombro, mas um choro de alegria, felicidade e satisfa��o
por v�-lo presente nessa festa surpresa. Agora entendi
porque meu av� havia me falado, na �ltima visita que fiz a ele,
que um dia me faria uma surpresa. Todos j� sabiam bem antes
dessa festa e conseguiram me enganar direitinho, mas foi uma
surpresa incr�vel e deliciosa.

Todos os amigos me abra�aram e disseram palavras maravilhosas
a meu respeito. Senti-me envaidecido, mesmo sabendo
que n�o devemos ter esse sentimento de vaidade, mas
� muito bom fazer uma coisa que gostamos e, ao terminar,
receber o carinho dos amigos. Foi uma experi�ncia �tima,
senti-me realizado. Fiz um trabalho de cora��o aberto e quando
tudo que fazemos � de cora��o, sempre somos recompensados.


Mais uma vez agradeci a Deus por ter me dado essa
oportunidade. Trabalho bastante e quero cada vez trabalhar
mais, poder ajudar os necessitados e todos que precisam de
uma palavra amiga. Tudo que fazemos aos outros s�o revertidos
a nosso favor, isso aprendi aqui no Plano Espiritual. Dessa
maneira, falo sempre a todos que devemos amar ao pr�ximo
como a n�s mesmos, esse � um ensinamento de Deus que
nunca devemos esquecer.

Quando minha emo��o passou, abracei novamente meus
amigos e agradeci por aquele momento maravilhoso que me
proporcionaram. Sem a ajuda de todos os presentes, esse meu
trabalho n�o teria se realizado.

Meus amigos sempre incentivaram esse meu plano de
escrever um livro. Cada novo lan�amento da Literatura Esp�rita
� sempre uma ben��o para quem escreve e para quem l�.


a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a
Pelo esp�rito F�bio
Com certeza, um dia ainda vou me especializar mais e fazer
novos cursos, para poder escrever novamente e ensinar a todos
um pouco mais sobre esse Plano Espiritual que � t�o divino
e nos d� tanta chance de crescer e aprender sempre, s� dependendo
da vontade de cada um.
Depois de algum tempo de conversa com todos os amigos
presentes e de muitas risadas, demo-nos as m�os, fazendo
uma corrente, e oramos ao Mestre por tudo de bom
que temos recebido. Fiquei feliz com a festa surpresa, com a
visita de meus amigos e de meu av�. Tenham a certeza de que
sou feliz aqui com tudo que fa�o, que aprendo e sei que vou
ser cada vez mais feliz.
Sejam felizes voc�s tamb�m. Orem sempre. Tenham muita
f� em Deus e sigam seus caminhos em paz.

Juventude no Al�m

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DESPEDIDA
24
Otempo foi passando e o Curso de Socorrista j� est�
quase chegando ao fim. Aprendi muita coisa e tenho
certeza de que cresci com esse aprendizado. Tudo que fiz e
aprendi at� hoje aqui �em cima� deixa-me orgulhoso, mais
respons�vel e posso dizer que tamb�m mais feliz.
Quando encarnado, sentia-me um rapaz respons�vel com
minhas obriga��es. Sempre gostei de trabalhar e estudar. N�o
cheguei a cursar nenhuma faculdade por falta de tempo,
desencarnei ainda jovem, mas consegui me formar T�cnico em
Processamento de Dados e sempre me dei bem nesse ramo.
Em minhas horas de folga fico por muito tempo pensando
e avaliando tudo que j� aconteceu comigo e cheguei a conclus�o
de que sou um privilegiado. Faz pouco tempo que cheguei
aqui e j� me sinto t�o bem ambientado, aprendi a perdoar,
a fazer caridade, ajudar necessitados, ser paciente, enfim,
tudo que � necess�rio para se viver bem aqui. Sou feliz e quero
que todos tamb�m se sintam assim. Aprendi muita coisa
nova, conheci muitos mestres, grandes amigos e posso dizer
com certeza de que o saldo � positivo.
Hoje vejo com muita alegria todos os esp�ritos que pude
ajudar e com grande emo��o e gratid�o a todos que me ajudaram
quando cheguei aqui. Rezo muito por todos esses companheiros
e pe�o a Deus que os aben�oe e os ilumine cada vez
mais, assim como fui ajudado. Sei que j� ajudaram a muitos
outros esp�ritos, que tamb�m s�o gratos a eles. Todos esses grandes
amigos sabem que se um dia precisarem de mim, poder�o
contar com minha ajuda a qualquer momento e em qualquer
circunst�ncia. Estarei sempre � disposi��o, com o cora��o
cheio de ternura para lhes ser �til.


Pelo esp�rito F�bio

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.


Amo o que fa�o, amo a todos esses irm�os maravilhosos
que tanto me ajudaram e ainda me ajudar�o muito e amo a
todas as pessoas que de alguma forma me ajudaram com muitas
ora��es e palavras de conforto e orienta��o. Que Deus
aben�oe a todos, estarei sempre zelando por voc�s de alguma
forma e como for poss�vel. Tenham sempre Jesus, Nosso Mestre,
em seus cora��es e lembrem que Deus � o nosso Pai Eterno
e nos d� sempre tudo aquilo que necessitamos. Confiem
nessa for�a Divina e ser�o sempre felizes.

Agrade�o a Deus e a todos os irm�os que tornaram meu
sonho realidade. Recebi com gratid�o e satisfa��o a permiss�o
de poder contar a todos voc�s minhas experi�ncias aqui
vividas. Talvez em outra oportunidade voltarei a lhes escrever,
mas com certeza terei mais experi�ncia e farei um trabalho
bem mais elaborado.

Desde j�, agrade�o a todos que permitiram a realiza��o
desse trabalho, que foi feito com todo amor e carinho, agrade�o
tamb�m � minha m�e, que psicografou esse trabalho com
muito amor, carinho e dedica��o, e a todos que de alguma
forma fizeram parte para que esse livro fosse elaborado e chegasse
at� suas m�os.

Obrigado, amigos leitores, por terem lido a esse trabalho e
me perdoem se n�o consegui atingir as suas expectativas.

Fiquem com Deus, tenham muita paz e amor em seus
cora��es e sejam felizes, com a certeza de que Deus est� sempre
olhando por todos n�s, tanto encarnados como desencarnados.


Que Deus os aben�oe!

Sejam felizes, assim como eu sou!

Abram seus cora��es. N�o deixem jamais os problemas
materiais abalarem sua f�. Confiem que tudo vai melhorar cada
vez mais e seu cora��o deve estar livre para acreditar que
estar� sempre Renascendo a Esperan�a!




O Grupo Amigos dos Livros e Outros  tem o prazer de lançar hoje mais um livro digital para atender aos  deficientes visuais !

JUVENTUDE NO ALÉM- LIZETH MARCELLO

SINOPSE:
Este livro tem uma linguagem simples, onde descreve as experiências de Fábio desde o dia em que desencarnou. Procura passar a todos mensagens de otimismo, amor, coragem, fé em Deus, principalmente, nunca perder a esperança.

DOAÇÃO DO NOSSO ASSOCIADO MOISÉS DE OLIVEIRA


http://blogdefilmesminisserieseseriados.blogspot.com.br/

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Este e-book representa uma contribuição do grupo Amigos dos Livros  para aqueles que necessitam de obras digitais, como é o caso dos deficientes visuais e como forma de acesso e divulgação para todos.

 

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