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De***sarix***
Zuenir Ventura-Vozes do Golpe-Um Voluntário da Pátria
A história que vocês vão ler começa e termina
em Brasília no dia 31 de março de 1964,
ainda que o autor tenha se deslocado
algumas ve^s para outras datas e lugares.
Mas são "viagens " curtas por meio das
lembranças dele próprio ou dos outros e
através das notícias e boatos que chegaram à
capital da República naquele angustiante dia.
São memórias de um momento carregado de
paixão política e cuja complexidade admite
muitos pontos de vista e opiniões. Passados
quarenta anos, as visões são tão variadas,
quando não desencontradas, quantas eram as
versões naquela jornada em que se decidiram
novos rumos para o Brasil. A memória, a
nossa e a alheia, é, como se diç, traiçoeira.
Mas é também inventiva: não só omite como
acrescenta. O que houver de falta ou de sobra
neste relato pode-se atribuir a ela.
Luiz Fernando Verissimo-vozes do golpe-A Mancha(conto)
Preso durante o regime militar, Rogério parte para o exílio. Ao voltar, enriquece no
ramo imobiliário. Visitando um prédio que pretende comprar, vê uma mancha que lhe
impõe uma tarefa paradoxal: lembrar e ao mesmo tempo livrar-se da memória dos anos da
ditadura.
Enriquecer. Rogério achava engraçada aquela palavra. Quando lhe perguntavam o
que ele fizera depois de voltar do exílio e ele respondia "enriqueci" era como se fosse
alguma coisa orgânica. Como se dissesse "engordei" ou "perdi os cabelos". As pessoas riam
e não pediam detalhes, não perguntavam "Enriqueceu como?". Se ele dissesse "fiquei rico"teria que explicar.
CONTO
Um médico recém-formado cuida de um complexo caso psiquiátrico:
depois do desaparecimento do filho, envolvido com grupos guerrilheiros na
Porto Alegre de 1964, uma senhora judia enlouquece e enceta um diálogo
imaginário para falar de suas tormentas religiosas, políticas e psicológicas.
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"Na busca de quem sou,para onde vou,percorri vários caminhos.Alguns me alegraram,outros me revoltaram,muitos me entristeceram e um quase me aniquilou.Tentei então o impossível:REGRESSEI..."
De***sarix***
Zuenir Ventura-Vozes do Golpe-Um Voluntário da Pátria
A história que vocês vão ler começa e termina
em Brasília no dia 31 de março de 1964,
ainda que o autor tenha se deslocado
algumas ve^s para outras datas e lugares.
Mas são "viagens " curtas por meio das
lembranças dele próprio ou dos outros e
através das notícias e boatos que chegaram à
capital da República naquele angustiante dia.
São memórias de um momento carregado de
paixão política e cuja complexidade admite
muitos pontos de vista e opiniões. Passados
quarenta anos, as visões são tão variadas,
quando não desencontradas, quantas eram as
versões naquela jornada em que se decidiram
novos rumos para o Brasil. A memória, a
nossa e a alheia, é, como se diç, traiçoeira.
Mas é também inventiva: não só omite como
acrescenta. O que houver de falta ou de sobra
neste relato pode-se atribuir a ela.
Luiz Fernando Verissimo-vozes do golpe-A Mancha(conto)
Preso durante o regime militar, Rogério parte para o exílio. Ao voltar, enriquece no
ramo imobiliário. Visitando um prédio que pretende comprar, vê uma mancha que lhe
impõe uma tarefa paradoxal: lembrar e ao mesmo tempo livrar-se da memória dos anos da
ditadura.
Enriquecer. Rogério achava engraçada aquela palavra. Quando lhe perguntavam o
que ele fizera depois de voltar do exílio e ele respondia "enriqueci" era como se fosse
alguma coisa orgânica. Como se dissesse "engordei" ou "perdi os cabelos". As pessoas riam
e não pediam detalhes, não perguntavam "Enriqueceu como?". Se ele dissesse "fiquei rico"teria que explicar.
Carlos Heitor Cony-Vozes do Golpe-A Revolução dos Caranguejos
No dia 1o de abril de 1964, depois de um passeio com Drummond por Copacabana, Carlos Heitor Cony escreveria sua primeira — e ácida — crônica sobre o golpe. Aqui, ele rememora os textos escritos naquele ano e as perseguições que sofreu — tanto da ditadura como de setores da esquerda.
CONTO
Um médico recém-formado cuida de um complexo caso psiquiátrico:
depois do desaparecimento do filho, envolvido com grupos guerrilheiros na
Porto Alegre de 1964, uma senhora judia enlouquece e enceta um diálogo
imaginário para falar de suas tormentas religiosas, políticas e psicológicas.
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"Na busca de quem sou,para onde vou,percorri vários caminhos.Alguns me alegraram,outros me revoltaram,muitos me entristeceram e um quase me aniquilou.Tentei então o impossível:REGRESSEI..."
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"odeio quem rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia..."
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